#na verdade eu não aguento mais esperar

[bat-the-misfit]

eu não aguento

[zarry-fics]

Carente de você - w. Harry Styles

avisos: nenhum

masterlist

Eu estava cortando algumas frutas para fazer uma salada, algo que venho sentindo vontade de comer há um bom tempo. Assim que terminei de cortar todas elas, as pus em seus devidos potes e alcancei o leite condensado, despejando uma quantidade generosa em um dos potes, o outro eu guardaria para mais tarde. Foi quando ouvi a porta da frente ser aberta rapidamente, o que me assustou, mas não por muito tempo, pois minutos depois vi Harry, o meu namorado, cruzar a porta de entrada da cozinha, ficando parado no batente, sem necessariamente se aproximar de mim. — Olá, amor! Como vai? Achei que não te veria hoje. — e é verdade. Ele me garantiu que não poderia me ver, pois estava atolado no trabalho, sem ter tempo para nada.

— Não consegui ficar sem você. — respondeu baixo, o encarei por um momento e percebi-o meio cabisbaixo

— Aconteceu algo, H? — indaguei preocupada, decidindo guardar os potes de salada de frutas na geladeira, talvez ele precise de mim agora

— Só estou cansado, amor. — disse com uma careta, eu suspirei e ao organizar tudo, lavei as mãos e me aproximei dele, o tomando em um abraço, selando nossos lábios

— Vou preparar um banho para você, meu bem. Vamos. — o avisei, então segurei a sua mão e o guiei até o meu quarto, Harry suspirou audivelmente e se sentou na cama, rapidamente eu entrei no banheiro e organizei a banheira, a enchendo e jogando alguns sais também. Demorei alguns minutos, mas terminei rápido e voltei ao quarto, Harry já tirou as suas roupas, só restou a sua calça e seus sapatos. Ele está realmente estranho. — Hey. — chamei a sua atenção e ele me olhou — Pode vir. — eu falei mas antes o ajudei a retirar seus sapatos e o resto de suas roupas. Eu já havia tomado um banho, há poucos minutos atrás, mas optei por também me juntar a ele, então me despi também.

Me sentei na banheira primeiro, Harry veio logo depois e então eu o abriguei entre minhas pernas, passando as minhas mãos suavemente por seus ombros. O ouvi suspirar. — Você quer conversar sobre como foi o seu dia hoje, Hazz? — perguntei baixinho, não quero pressioná-lo a me falar nada.

— Foi a mesma coisa de sempre. — disse quase sem me esperar terminar a pergunta — Amor, eu preciso ser sincero contigo.

— O que foi? — já me senti um pouco confusa

— Eu vim aqui porque estava com saudades. Eu só queria passar um tempo com você, até saí mais cedo do trabalho por isso. — foi automático, ao ouví-lo, meu ritmo cardíaco aumentou, então eu sorri silenciosamente. — Não aguento mais te ver somente nos fins de semana, eu quero tanto ter você sempre que eu chegar em casa, babe. Por favor… — ele implorou, mas não entendi muito bem pelo quê ele implora. Enruguei as sobrancelhas, mas para acalmá-lo, eu deixei um beijinho em seu pescoço.

— Querido, eu estou bem aqui. — peguei uma espuma e coloquei um pouco do sabão líquido assim que o alcancei, começando a esfregar as suas costas, delicadamente. — Eu vou cuidar de você por hoje, sim?

— Mas… Você não está entendendo. — Harry tentou se virar para mim, mas como não conseguiu, ficou do jeito que está. — Eu quero você todos os dias, S/N. Eu não aguento mais ficar sozinho. — ele me parece exasperado, o que me deixou nervosa.

— Você não está sozinho. — rebati e me arrependi no segundo seguinte

— O que está querendo insinuar? Que não pretende ter algo mais sério comigo? — seu corpo se tornou tenso

— O quê? Claro que não, amor. Quero ter você pro resto da minha vida. — o que é verdade, só não estou pronta para morar com ele ainda. É uma mudança de rotina drástica, não sei se consigo lidar com isso. Já falamos sobre isso tantas vezes, eu só não quero magoá-lo. E tudo tem haver com insegurança, tenho medo que Harry acabe se enjoando de mim, caso comecemos a morar juntos. Seria uma dor terrível.

— Por favor, eu não aguento mais… — mordi o meu lábio, ligando o pequeno chuveiro para molhar seus cabelos claros e os lavar com o seu shampoo preferido. — Eu quero você.

— Amor, eu-

— Eu sei que está cedo, só namoramos há pouco menos de um ano, mas… Poxa, S/A. Eu sinto que te conheço há anos e anos, eu me sinto tão bem com você, me dói tanto te ver por poucas horas na semana, eu queria você dormindo ao meu lado na cama, todos os dias. Não sabe como eu seria feliz em chegar do trabalho e ver você. — seu desabafo me trouxe a sensação de inúmeras borboletas no estômago, fiquei sem reação.

— Harry, podemos conversar sobre isso depois? Quero te ajudar com seu banho agora. — eu pedi, torcendo para que ele aceite. A verdade é que eu não sei como reagir perante essa situação.

— Tudo bem.

//

Harry tem algumas roupas suas em meu armário, então quando vestiu uma boxer, ele se deitou na cama e assim que terminei de me arrumar, fiz o mesmo, mas não antes de desligar as luzes. Apenas a luz da lua que entra pelas persianas ilumina o ambiente, ouvi meu namorado suspirar e ao me deitar ao seu lado, eu beijei a sua bochecha — Me diga porque você não quer morar comigo. — ele sussurrou, parece tão envergonhado.

— Não é isso, bae…

— Então o que é? Você sabe que eu posso lidar com os custos, não é problema pra mim, S/A. — ele parece realmente confuso e tentado a me ouvir

— Eu só… — pensei um pouco, talvez seja melhor expôr o que realmente sinto, talvez ele me entenda — Eu só tenho medo de você se enjoar de mim, babe. Você sabe que se decidirmos morar juntos teríamos uma responsabilidade enorme, você me veria todos os dias, eu simplesmente não quero perder a graça pra você. — fui sincera em cada palavra e meu namorado me olhou surpreso, me puxando para mais perto

— Isso nunca, eu nunca me enjoaria de você, S/N. Eu te amo, você ainda não entendeu? — soou convicto e mais uma vez, meu coração respondeu ao seu comentário.

— Sim, mas-

— Se entendeu, não pense isso nunca mais. Que absurdo, é só por isso que você não quer morar comigo? — eu assenti, mordendo o meu lábio — Eu não acredito que você está pensando nisso, você é adorável. É impossível que perca a graça.

— Harry, para. Você está me deixando com vergonha… — resmunguei sem conseguir olhá-lo nos olhos

— Diz que vai pensar no meu caso e que eu posso ter esperança de que você vai aceitar morar comigo. Diz… — insistiu, selando nossos lábios diversas vezes

— Sim, eu vou pensar sim. — o sorriso que ele esboçou ao ouvir-me foi impagável. Acabei sorrindo junto.

— Agora me abraça. Quero sentir você. — pediu alegremente, nem esperando eu falar qualquer coisa, ele simplesmente me agarrou forte, me puxando para que pudesse ficar colada a ele.

— Amor, você está carente? — questionei mais para fazer graça, a resposta está meio óbvia, na verdade

— Carente de você. — rebateu — Agora me dá um beijo. — o olhei e percebi que já fazia um biquinho lindo para receber o beijo. Revirei os olhos e, ao segurar as laterais do seu rosto, beijei-o apaixonadamente, aproveitando o momento para passar os dedos em seus cabelos molhados — Obrigado por cuidar de mim, eu te amo muito. — sussurrou ao nos separamos por um instante

— Eu também te amo. — respondi o olhando nos olhos

— Quer que eu vá buscar aquela salada de frutas que você estava preparando quando cheguei? — perguntou enquanto acaricia a minha cintura

— Não, quero você aqui. — exclamei o agarrando com mais força, até deixei um beijo em seu pescoço.

— Sim, senhora.

✦ ✦ ✦

[maiaracz]

Olha, sinceramente eu nem sei por onde começar…

É uma mistura de sentimentos tão grande, que fica impossível identificar o que é,

Dor, mágoa, tristeza, raiva, não sei…

Mas, sei exatamente o que não quero mais pra mim:

E eu não quero mais isso que existia entre a gente, digo isso, porque nem sei como definir.

Se vc me amasse de verdade, vc jamais me deixaria passar 1 hora sequer sofrendo, quanto mais esse tempo todo…

Entendo, quando vc diz que precisava de um tempo e respeito sua opinião, mas isso não significa que eu vá aceitar e eu vá achar correto isso.

Por várias vezes durante o dia, eu peguei o telefone na mão na esperança de ter uma mensagem dizendo assim:

Não aguento ficar longe de vc,

Sinto sua falta,

Tô sofrendo pra caralho,

Fica comigo,

Me desculpe,

Me espera,

Ou qualquer coisa que me mostrasse que você realmente se importa comigo e com meus sentimentos e que vc me ama de verdade e que vale a pena esperar por você , porque seremos felizes, absurdamente felizes!

Mas, você fez diferente, me deixou sofrer, me deixou pensar as piores coisas do mundo, me fez sentir coisas absurdas e isso definitivamente eu não quero mais pra mim, não precisamos disso, nem eu e nem você. É primordial saber a hora de ir embora…

Talvez o tempo tenha se encarregado de nos aproximar só pra nos mostrar o quanto somos incompatíveis, sei lá!

Assim, podemos encerrar um ciclo de anos atrás que nos consumia com a dúvida “ e se a gente tivesse ficado juntos ?”

Pensando assim, podemos ver o quanto o destino nos prega peças…

Por fim, quem é capaz de me deixar afundar nesse mar de sentimentos sufocantes, não é capaz de me amar da forma que hoje eu sei que mereço!

Você foi o meu amor mais lindo, o sentimento mais verdadeiro que senti, a saudade mais intensa que eu tive e o sonho que mais quis viver, mas não basta meus sentimentos, é necessário estarmos na mesma página e pelo jeito, nem no mesmo livro estamos…

É necessário encerrarmos esse ciclo, para que possamos seguir, tal qual com seus sentimentos, seus medos e suas projeções do futuro, sem que exista machucados diários em nossas vidas.

Sentirei sua falta, dia após dia e quando me perguntarem de você, eu direi, foi o amor da minha vida!

Maiara Zerbinatti

[milesandmilesawayfromnowhere]

Não entendo o porque

Não sei qual pergunta fazer

Muito menos a resposta esperada

Esperar por você é mais doloroso quando na verdade já está tão perto

Eu não aguento mais ficar aqui

Eu não aguento mais sentir raiva de você

Só quero que você vá embora

Some daqui e não olhe para trás

Sua mentira me entristece

Sua mascara não caiu por que nunca cobriu o seu ego

Olho pra você e só vejo oque eu li

Olho pra você e lembro de como estragou meu cantor preferido

Você perdeu a porta de entrada pra minha alma 

Só vai embora

L.N.

[candymiana]

Eu não aguento mais ser sempre a pessoa mais atenciosa, que sempre faz de tudo, a melhor amiga... e sempre espero muito e recebo nada.

Na verdade o problema está em mim? Por esperar demais de pessoas que não fazem o mínimo?

[bagy-ana]

Esse é um desabafo pessoal, já avisando.

Eu vou morar sozinha.

Não é de fato uma certeza em 100%, mas tudo indica que vai se concretizar!

E eu estou MUITO feliz com essa possibilidade, porque já não aguento mais conviver com meu pai. Esses dias tenho tentado ser menos impaciente e não estou me deixando levar pelas provocações dele. Quando ele começa, apenas ajo como se ele nem estivesse ali e tenho tentado ficar na encolha ao máximo.

Também já estou cansada da pressão que eles têm colocado para que eu saia de casa. Sei que já tenho 18 anos, mas ficar toda hora me falando algo que já sei não ajuda em nada. E a questão não é que eu queira permanecer aqui, — por mim eu já estaria morando sozinha faz tempo — mas sim que eu não tinha para onde ir, nem um trabalho para poder me sustentar. E não queria trabalhar em um lugar que sugasse minha alma em troca de ter independência, que é o caso da maioria dos trabalhos que vejo. Tenho certeza que algumas pessoas vão me achar uma vagabunda (nem gosto de usar este termo) preguiçosa por dizer isso, e que só não quero trabalhar. E quer saber? Por mim eu não trabalharia mesmo, se caísse dinheiro todo mês na minha conta sem fazer nada vocês acham que eu iria querer estar em um trabalho que rouba meu tempo, a coisa mais preciosa que tenho? Claro que não.

Mas como vivemos em um mundo em que precisamos de dinheiro, não tenho escolha a não ser trabalhar. Mas não tenho a mínima vontade de ser em algo que não possui propósito nenhum.

Meus pais me condenam por pensar assim. E sinceramente? Sempre me arrependo de expor qualquer opinião a eles.

Mas voltando...

O que aconteceu é que estava conversando com minha mãe e ela, depois de me condenar por algo que falei, me deu uma ideia interessante e estou agora prestes a colocar em prática.

Meu avô tem uma casa em outra cidade que não está habitada no momento. E eu posso morar lá.

Como eu nunca pensei nisso??

Não vou precisar gastar com aluguel, nem água, já que lá tem sistema de poço artesiano. E minha tia vai me ajudar a encontrar um emprego. Já está quase tudo encaminhado.

Eu finalmente vou poder morar sozinha. Desejo isso há tanto tempo. Finalmente vou ter liberdade. Bem, sempre a tive, mas sabe aquela história do passarinho na gaiola? Ele passou tanto tempo preso que ao abrirem as portas ele não sai, porque tudo que ele conhece é a gaiola. Eu me sinto assim. Sempre fui tão super protegida pela minha mãe que com o tempo me senti presa, mesmo não estando, era tudo mental, eu sempre tive a escolha de ir embora. Só nunca percebi.

Desde criança me sinto como a rapunzel em sua torre, mas isso mudou. Não sou mais aquela criança perdida. Bem, talvez ainda um pouco perdida, mas agora sei que posso ir me encontrando pelo caminho, sem precisar estar presa por correntes. Por muito tempo pensei que precisasse ter tudo na minha vida resolvido para ir embora desse lugar, dessa cidade, mas não é verdade, eu posso ir resolvendo pelo caminho. Não posso esperar minha vida inteira passar aqui. Tenho tantos sonhos, vejo as pessoas vivendo coisas incríveis nos livros que leio, nos filmes que vejo e penso "queria viver isso um dia". E eu posso! Agora eu SEI que posso. E isso explodiu minha cabeça, não literalmente.

Eu firmei um compromisso comigo mesma. Sei que, quando chegar o momento de sair da casa dos meus pais, essa será uma decisão definitiva. Não importa o que aconteça, não haverá volta. Será uma linha que, uma vez cruzada, permanecerá assim. Não porque eles não me aceitariam de volta, mas porque eu não quero mais lidar com os pequenos estresses do dia a dia que essa convivência me traz. Não quero voltar para um ambiente onde me sinto presa a padrões e desgastes constantes. É uma decisão que pode parecer extrema, mas para mim, é um pacto de liberdade e responsabilidade.

Sinto um tipo de segurança em saber que não terei um plano de retorno, porque isso significa que vou me preparar para caminhar sozinha, construir algo sólido, encontrar meu próprio caminho sem depender deles como uma rede de segurança.

E eu sei, estou ciente de que qualquer dificuldade que eu enfrentar precisará ser superada por mim mesma, sem a opção de recuar. Mas acho que é exatamente isso que vai me fazer crescer.

Me desejem sorte.

[hellololla]

Blowing through the jasmine in my mind.

E depois de um longo e tenebroso inverno (ou, mais especificamente, uma primavera fria e chuvosa) chegou o verão. E chegou faz tempo; já tem até enfeite de halloween nas prateleiras (desde julho!) mas isso é problema pra outro post. Enfim, antes tarde do que nunca cumprir a tradição de vir aqui depois de um sumiço, anunciar alguma obviedade, postar fotos aleatórias e, claro, desfrutar do meu passatempo preferido: reclamar. 

A quizila número 01 da lista é o vizinho que comprou um quadriciclo motorizado. Se você não sabe o que raios é um quadriciclo motorizado então imagine uma moto com quatro rodas. Se você não quiser imaginar, clique aqui. E qual o problema, você se pergunta, de o vizinho ter comprado um quadriciclo? Nenhum, eu diria. Afinal de contas o dinheiro não é meu e ele parece estar extremamente feliz com a compra. Tão feliz, na verdade, que sai de casa com o quadriciclo todos os dias. E a cada dia ele sai com o quadriciclo pelo menos dez vezes. Hoje eu fiz questão de contar: fora o momento em que eu estava no banho (se ele saiu eu não ouvi, por causa do barulho do chuveiro) o negócio passou debaixo da minha janela VINTE E NOVE VEZES.

E qual o problema, você se pergunta, de o vizinho passar com o quadriciclo embaixo da sua janela o dia inteiro? Nenhum, eu diria. Afinal de contas em nenhuma dessas vezes ele passou com o quadriciclo por cima do meu pé e ele parece estar extremamente feliz desfilando para cima e para baixo, às vezes com uma mulher que pode ser a esposa na garupa, noutras com um menino que pode ser o filho. O quadriciclo sem sombra de dúvida é a diversão de verão desta família. 

Mas como eu disse, é uma quizila. Um ranço. Uma birra. Uma PINIMA. E assim sendo não precisa existir um problema real. Basta eu estar de saco cheio e gratuitamente irritada. Cacete, o que tanto esse homem faz na rua? Ele não trabalha? Não ajuda a mulher nas tarefas domésticas? Não tem nenhum outro hobby ou ocupação que não seja ficar rodando o quarteirão com aquela maldita motinha o dia inteiro? Que INFERNO. Já me peguei torcendo pro bagulho pifar mas tenho certeza que ele ou se m*ta ou compra outra no dia seguinte pra curar a abstinência. Mal posso esperar pelo fim do verão.

A bronca número 02 são os moleques jogando futebol na rua. Quase todos os dias eles estão lá, devidamente caucasianos, suburbanos e britânicos, dando pontapés numa bola barata e berrando sem parar. E qual o problema, você se pergunta, com os adolescentes aproveitando as férias escolares chutando uma redonda? Nenhum, eu diria. Afinal nem todo mundo pode viajar e eles parecem estar extremamente felizes fazendo a rua de várzea. Os ingleses não copiaram aquela mania americana (que você deve conhecer através dos filmes da Sessão da Tarde) de mandar a criançada para um "summer camp" nas férias escolares a fim de não ter que conviver com os próprios filhos. Os ingleses preferem um outro método para não ter que conviver com os próprios filhos: colégio interno. Muito mais eficiente, eu diria, apesar de bem mais caro. 

Enfim. O problema não é a diversão dos jovens, e sim o fato de eles jogarem exatamente ao lado da cerca do meu jardim. E a maldita bola cai no meu quintal TODAS AS VEZES. Quase sempre mais de uma vez. Já fui interrompida trabalhando, jantando, falando ao telefone, durante um zoom call, fazendo xixi, pintando a unha, you. name. it. Eu não aguento mais. Quando não acho a bola eles - muy gentilmente - se oferecem pra entrar e procurar. Entrar na MINHA CASA, sabe. Passar por dentro da minha SALA sem três meses de aviso prévio (o que para um introvertido é o equivalente de te ver pelado). Me colocando na posição desconfortável de ter que negar, e perder minutos preciosos do meu dia vasculhando o jardim atrás de brinquedinho de marmanjo. E o pior é que a bola costuma cair no fundo de uns arbustos de difícil acesso, e que lá pelo fim desse mês vão começar a se encher de teias de aranha. NÃO ESTARÁ SENDO POSSÍVEL, boys. 

Tem outras broncas, mas essas duas estão me tirando do sério. Já tive devaneios com o cara do quadriciclo atr0pelando os moleques do futebol e fantasiei cenas dignas da seção "members only" dos fóruns de gore. Mas well. Enquanto digito o quadriciclo está passando na rua novamente (são dez da noite) e no máximo posso desejar que comece a chover a partir de amanhã até o dia em que o vizinho se cansar e, como todo inglês amante do sol, decidir mudar para a Austrália. Já quanto aos aspirantes a Premier League jogando pelada na rua... No máximo posso gritar da janela NÃO ADIANTA VOCÊS NUNCA MAIS VÃO GANHAR OUTRA COPA. Pesado? Pesado. Mas menti? Não menti. It's not coming home.

Fora isso, tudo ok. Estou apaixonada por melão cantaloupe. Esqueci meu aniversário de casamento de novo. Admirei belos e intermináveis campos de trigo e de cevada. Vi a Stevie Nicks no Hyde Park e Simple Minds nas 24 Horas de Le Mans. Não vi a aurora boreal em Londres, mas o simples fato de saber que aconteceu já me alegra. Quero um gato Sphinx. Comi curry japonês, fast food coreana e bebi hectolitros de aperol e bubble tea. Recebi amigos do Brasil na minha casa. Sentei em diversos pub gardens em mesas coberta de pints de IPA e pacotes de batatinhas chips. Abriram cafeterias novas e uma loja de videogames antigos na vizinhança. Andei um bocado de Uber boat - algumas vezes por necessidade, mas quase todas a lazer. Já tenho a marquinha de bronzeado da estação: a do relógio no meu braço. Ouvi toda a discografia da Taylor Swift a fim de chegar a uma conclusão e ainda não cheguei. Estou gostando da linha nova de perfumes da M&S. Finalmente consegui começar a usar vestidos de verão e chinelo. Minha sogra se acidentou mas o sistema público de saúde chegou junto e ela já está andando de novo. O jardim que aparece aqui é do fim de maio e acho poético ver as hortênsias ainda em botão - agora que estão totalmente abertas e já começam a ressecar essas fotos me trazem uma sensação de frescor e ao mesmo aquele desconforto de constatar a passagem do tempo.

Os problemas familiares deram uma pausa (que está me saindo meio cara em termos financeiros, but all is good and you can't put a price in a drama free existence), eu consegui fazer pequenas viagens e aquisições - tudo em dimensão muito mais modesta do que eu gostaria, mas continuo exercitando gratidão e pensando naquele texto sobre o "dia normal" que sempre me vêm à mente quando ensaio ficar entediada com a vida. 

"Could be worse" é tão o meu slogan que decidi o que escrever na minha lápide: "Could have been worse. At least there was cake."

[shinekoda]

you’re late

— Ta, agora cala a boca? -disse antes de deixar Hyunjin sozinho em casa e descer 35min mais tarde pro expediente. Ele havia pedido que eu o deixasse dormir até mais tarde dessa vez, pois ele só tinha cliente às 10h, então eu o deixei.

Fiz duas tatuagens pequenas antes do Hyunjin descer, segunda feira costuma ser tranquilo pela parte do dia, se der sorte, até à noite.

Conferi meu celular infinitas vezes pra ter certeza se Jisung havia me enviado mais alguma mensagem, porque ele ainda não tinha aparecido.

A hora do almoço chegou mais rápido do que eu consegui perceber, e eu e Hyun decidimos comer fora hoje. Na verdade, Hwang tinha decidido por si próprio, afinal Jeongin iria almoçar la, então ele iria atrás.

— Innie! -o mais alto fez sinal de longe, correndo até o pequeno de olhos de raposa.

— Oi Minho, faz tempo que não nos vemos! -sorriu.

— Verdade, Hyunjin te sugou totalmente pra ele. Você pode ir la em casa quando ele estiver.

— Só quando ele estiver?

— Quer dizer, pode ir à qualquer hora.

Jeongin me conheceu antes de conhecer Hyunjin, a mãe dele sempre gostou muito de mim por algum motivo ainda desconhecido, visto que ela é totalmente religiosa e conservadora, e eu sou o cara que ajudou o filho dela a se descobrir gay.

— Jisung-hyung vai almoçar com a gente hoje, vocês se incomodam? Ele vai chegar daqui a pouco. -Jeongin perguntou preocupado, e é claro que assentimos. Era fofo ele sempre se preocupar com o irmão mais velho, mesmo que seja um irmão postiço, o tratava como se tivessem se conhecido desde sempre.

Poucos minutos se passaram ate Jisung chegar na mesa, cumprimentando a todos igualmente, se sentando ao lado de Jeongin e na minha frente. Todos nós comemos a mesma coisa, pela primeira vez Hyunjin concordou com algo que eu disse.

— Ah, Minho, acho que vou passar no seu estúdio mais tarde hoje, foi mal nao avisar, tem problema ? -Hwang me encarou assim que Jisung terminou de falar.

— O Changbin ta de férias, então você tem que ficar na recepção, da próxima vez tenta avisar antes.

— Foi mal, Minho. -sorriu sem graça.

~•~

— Ai, não aguento mais, hyung! Minhas mãos doem! Vou desmaiar! -choramingou após terminar de se despedir com um cliente que demorou quase 5h.

— Lamento, posso fazer o que? Você foi quem quis trabalhar com isso.

— Como suas mãos não doem?

— E quem disse que não doem? Eu só não faço drama como você.

— Aff, acho que vou ficar só fazendo piercings, cansei de ser tatuador. -se deitou na maca fazendo ainda mais drama.

— HYUNJIN! -Jisung gritou da recepção.

— O QUE? -gritou de volta.

— FAZ UM PIERCING NA MINHA TETA HOJE? QUANDO VOCÊ ACABAR AI.

— OK.

~•~

-17:40-

— Não tenho nada pra fazer.

— Eu tenho. -Hwang respondia concentrado no que fazia.

— Hyunjin...

— Porque você não vai la falar com o Jisung? Ele também não tem nada pra fazer.

— Porque não... -disse baixinho.

— Minho, eu to trabalhando, não sou sua mãe!

Respirei fundo e revirei os olhos.

Hyunjin se desconcentrava muito fácil, e mesmo que ele fosse meu funcionário, era divertido distrai-lo e deixa-lo irritado.

Fui atrás do Jisung, era o que me restava.

— Oi.

— Oii! Ai, o Hyunjin não vai acabar nunca?

— Acho que ele vai acabar tarde. Pode ir embora se quiser.

— Mas e meu piercing? To esperando ele terminar.

— Você tem certeza que quer fazer isso?

— Uhum.

— Então vamo lá. -levantei e esperei ele vir atrás de mim, mas ele não veio. — Jisung? Vem, vamo lá, eu faço em você.

— Ah, então... deixa pra outro dia mesmo, acho que é melhor esperar.

— Porque? Não confia em mim? Fui eu quem ensinou o Hyunjin, só pra você saber.

— Não... não é isso, ah tá bom vai, vamos lá.

Preparei tudo e Jisung deitou na mesa. De camisa.

— Jisung... você tem que tirar a camisa.

— Agora?

— É...

Ele riu de novo, tirou a camisa e deitou outra vez. Coloquei o papel de proteção e vesti minhas luvas, peguei na agulha e me aproximei do corpo de Jisung.

— Ta pronto?

— Não, mas pode ir. -fechou os olhos com força e apertou as mãos. Ri fraco, e segui em frente. 

— Pronto, ja foi, pode abrir os olhos.

— "Já" o caralho, puta que pariu que trosso do capeta, pensei que ia parir pela teta agora, porra. -ri fraco da reação dele, guardei as coisas e me preparei pra ir embora. Não aguentava mais aquele dia.

— Você já pode ir embora, quer que eu te leve até a porta também?

— Não precisa, obrigado. -sorriu de novo. Ele parece uma pessoa feliz, tenho preconceito com essa especie.  —Ya, Minho-hyung? -chamou alto com a maçaneta da porta de vidro em sua mão esquerda.

— Sim? -virei para ele.

— Saia comigo, hyung. Vamos sair juntos, hum?

[nanabueno-blog1]

pra você

eu falo que vou esperar sim por você, mas a verdade é que eu não aguento mais

genuinamente não sei pq to me prestando a esse papel de novo, me torturando desse jeito. Eu não mereço isso, ao contrário do que você pensa. Eu não mereço te assistir amar outra pessoa e esperar por você. Eu não sou a pessoa horrível que você me fez pensar que sou. Você me convenceu de que meus erros são imperdoáveis não só pra você, mas pra mim também, e agora não consigo me perdoar e seguir em frente e me forço a te esperar

Eu não sou a pessoa ruim e suja que você disse que eu sou; todos os dias eu tento me lembrar disso e não consigo, parece que isso entrou na minha mente de uma forma que não sai mais

E não sei pq tento provar pra você que eu não sou ruim e mentirosa, você não liga, nunca ligou. nunca vou entender como você seguiu em frente tão rápido, nunca.

Enquanto você tá super feliz, a porra de um fake ainda fica me infernizando, me falando um monte de coisa que eu não quero saber, me mandando foto sua e da sua namorada. Eu não mereço isso.

Você ainda me bloqueia. Pq vc me bloqueou? Eu não to fazendo nada. Não to nem seguindo em frente, to esperando vc no silencio à distância, vc me bloqueia a toa, não disse nada pra ngm, to deixando você viver a sua vida

Não sei nem se vc lê essa porra, mesmo deixando disponível pra você eu prefiro pensar que to falando sozinha. E não vou parar de escrever pra você

tchau

[conteipetalas]

unfollow

e o último fio que nos ligava foi você quem cortou, quando eu menos esperei e quando eu tava em um daqueles momentos meio nirvana de plenitude

a semana tava boa demais pra ser verdade.

acho que as cartas mentem, então

elas se enganaram tão feio pra única resposta que não podiam errar

a de que você vai voltar

eu não aguento mais ter esperança e tanta dor ao mesmo tempo.

eu imaginei a gente se reencontrando no botequim, onde tudo começou 1 ano atrás

mas as chances dos nossos caminhos se cruzarem aleatoriamente de novo é tão pequena

que eu queria que fosse o suficiente pra me fazer parar de esperar

e digo isso já não contando com sua capacidade de me chamar espontaneamente

porque aparentemente preferes fugir e negar

ao invés de encarar nossos demônios

como você consegue ser tão frio?

e deixar tudo se desfazer tão fácil assim

me dói muito perceber que eu não signifiquei nada, me cortou da sua vida sem nunca ter se despedido direito

e aí eu lembro que eu nunca nem fiz parte da sua vida de fato

e era exatamente isso que fez tudo começar a acabar

eu só queria tirar essa dor do peito

como pode tanto amor e tanta raiva coexistir ao mesmo tempo dentro de mim?

hoje foi a primeira vez que eu me arrependi amargamente de ter colocado um quadro seu no meu quarto

eu não quero ter que lembrar mais

eu não aguento mais lembrar

a paixão me cegou tanto que eu realmente acreditei nas suas palavras

você me convenceu tão bem

mas quem ama cuida, cuida até mesmo pra ir embora.

você sempre comentou seus histórico de relações complicadas

mas eu queria você soubesse que por mais que eu tenha sido tão compreensiva

toda relação tem seus demônios e tudo depende da forma como a gente encara eles

eu comecei a ficar com muito medo de encarar eles sozinha e te pedi ajuda

e você me abandonou com eles aqui

assombrando e me olhando no quarto escuro da minha mente

com mil vozes tentando adivinhar o que você quis dizer com toda essa falta de dizeres

eu só queria ter meus sentimentos validados

e agora sinto que estraguei tudo, como se eu estivesse errada em sentir demais

eu queria muito ser do tipo que fala que quem me perdeu foi você

mas eu nunca consegui ser esse tipo de pessoa

e te ver postando quase todo dia frases de quem nunca ligou pra nada

mesmo que seja só pra alimentar uma persona

me faz pensar como eu só fui mais uma garota clichê

que caiu no papo mais antigo do mundo

"se uma se for, outras mil virão"

(você realmente acredita nisso?)

não foi esse o menino que eu conheci

mas foi bom que alguém tomou coragem pra cortar esse vínculo virtual

talvez tenha sido a coisa mais responsável que você tenha feito pela gente

fazer o que eu pensei várias vezes

mas não tive coragem

aprendi na terapia que a tristeza vem da sensação de perda

eu sinto que te perdi, como naquela música da sua bio

eu queria conseguir sentir raiva por mais tempo

mas eu ainda sinto amor

e um abandono gigantesco

é um tipo de morte diferente.

16.março.2024

[e eu ainda lembro como se fosse hoje você me chamando de "cabeça" por não ter encontrado a escada da sapucaí e ter te feito dar uma volta atoa pra tentar me encontrar fazendo surpresa no nosso primeiro encontro. Eu lembro do seu sorriso quando a gente cruzou os olhos pela primeira vez nesse dia, dessa vez mais sóbrios. Eu lembro de você segurando meu queixo e falando que gostava de mim perto da mureta da rua, e essa foi a maior cilada desse dia porque eu fiquei revivendo essa frase por semanas. Lembro de me sentir protegida estando super bêbada com um menino que eu mal conhecia e que nem tava pensando em transar comigo naquela noite. Eu lembro a primeira vez de eu contando tão feliz pros meus amigos sobre você, na escada do meu prédio da faculdade. Eu já me imaginei até te mostrando minha faculdade, acredita? Você conhecendo meus amigos, meu quarto, meu bairro. Eu te imaginei fazendo parte da minha vida, de verdade. Imaginei eu morando por 1 semana na sua casa quando você realizasse seu plano de morar sozinho. Eu também lembro da sensação da primeira vez que você segurou minha mão nesse encontro. E invejo muito a facilidade que você tem pra ignorar tudo isso e as outras coisas que vivemos e simplesmente ir embora. Um dia vai ser minha vez de colocar essas memórias em um lugar melhor do meu coração. Mas também me lembro, principalmente, de eu imaginando extremamente curiosa como essa nossa história se desenrolaria e eu não pensei que odiaria tanto assim esse final mal feito.]

[madneocity-universe]

Problematic Fave: Daisy Oh

Não importa o que os outros digam, ter auto controle e ser a rainha do face card sempre teve lá suas vantagens. Era pela postura imperturbável que as pessoas pensavam duas vezes antes de entrar no caminho dela, era pela monotonia e frieza estampada que ela conseguia passar a imagem de ser mais madura do que realmente era, e quando conseguia usar tudo isso como uma armadura, Daisy sabia que podia fazer qualquer coisa sozinha.

Ela podia resistir a qualquer coisa sozinha, e persistir sobre qualquer coisa também, mas só quando ela queria.

Enquanto ela fica entre as pernas do professor de poções de Mahoutokoro, o chupando como se fosse a única coisa que ela pudesse fazer pra viver, Daisy não pensa em resistir, na verdade, sequer está pensando em qualquer coisa além do peso dele em sua língua e como ela tinha esperado o dia todo pra mamar aquele homem delicioso sentado em seu sofá. Assim como que se foda se existe um tempo certo pra esperar seu divórcio esfriar, mesmo se Seok ainda estivesse trabalhando no mesmo lugar e frequentando os mesmos lugares, não ia esperar mais um dia pra se ajoelhar pra outra pessoa; é quase como se ele pudesse sentir a cabeça dela ficando cheia de pensamentos e ele pudesse ouvir ela reclamando do ex marido, porque não leva um segundo pra segurar seus cabelos e empurrar sua cabeça pra pegar ele mais fundo na boca e esquecer daquela merda toda.

Movimento que ela agradece soltando um gemido satisfeito ao redor dele, antes de pedir desculpas lambendo cada veia sensível como a cadelinha obediente que ela vira na presença dele, o chupando com ainda mais vontade até sentir ele cutucando sua garganta. Ela se apoia nas coxas dele com tanta facilidade, abre mais a boca com tanto gosto, quando sente que ele aperta mais o domínio em seu cabelo e foder sua garganta sem pudor algum. Ela poderia ficar horas choramingando com ele enterrado dentro da boca, engasgando com cada centímetro, se fosse pra ouvir ele gemer e tratar ela feito uma vagabunda.

Mas não era melhor do que quando ele a comia feito uma vagabunda, pressionando o rosto dela na mesinha de centro enquanto a pegava por trás sem dó, empurrando o cacete duro e grosso dentro dela em um ritmo frenético que mal a deixava respirar, que dirá segurar todos os gemidos que escapavam por seus lábios quando ele socava com muita força um ponto sensível nela.

— Porra, eu não consigo, você tá tão fundo — Ela choraminga baixo, depois dele descer um tapa pesado em sua bunda, a reprimindo por um gritinho histérico. — Você é tão grande… Porra, eu não consigo.

Mas ouvir a voz dele dizendo pra ela fazer silêncio, faz ela escorrer pelas pernas e dar a buceta gostoso pra ele, deixando o barulho alto das bolas dele esmurrando sua bunda sobressair em todos os seus gemidos manhosos com ele perfurando seu buraco encharcado e apertado bem demais. Bom demais pra ela calar a boca.

— Isso, porra. Assim mesmo, não para de socar. — As mãos dela se movem só pra segurar as bordas da mesa, que ela não sabe como ainda está de pé com a força que ele continua investindo nela, enquanto ele aumenta a velocidade e segura a cintura dela no lugar. — Bota, bota mais fundo. Mete em mim, eu aguento. Porra!

Bom demais pra ela não gemer feito uma puta também, e só para quando ele enfia os dedos na boca dela, que ela chupa com vontade enquanto soluça de prazer gozando com força ao redor dele, apertando tanto aquele caralho grande que ordenha cada gota de porra que ele tem pra ela até vazar, deixando ele meter fundo e socar dentro dela tudo de novo em cima do sofá.

Porque ela não fica satisfeita, e ele parece que também não, metendo tão fundo quanto antes, fazendo ela ver estrelinhas cada vez que ele enfia dentro dela até o cacete desaparecer em sua buceta.

Nada que ela fosse resistir e negar, nem quando aparecesse no dia seguinte andando torto e com marcas por toda parte.

— Mas não é da conta de vocês.

[eefjm]

eu não sei como lidar com isso, porque já sei a resposta, já sei que não há nada que eu possa fazer, mas tudo está me deixando tão mal comigo mesma que ultimamente não ando nem mesmo conseguindo comer direito. A ansiedade que essa situação está me provocando é absurda e não tem nenhum fundamento, ela não vem do medo ou da possibilidade de ser diferente, acho que ela vem da decepção e da esperança de que poderia ter sido diferente, mas não dá para mudar o que aconteceu e, devo acreditar, provavelmente tudo teria sido igual ao que está sendo mesmo que demorasse um pouco mais para aparecer. A verdade é que o problema não sou eu. O problema é que ele está apaixonado por outra e eu não posso fazer nada quanto à isso a não ser esperar e (mesmo que seja errado e eu possuo consciência disso) torcer para que não dê certo com ela e eu possa tentar de novo. Muito provavelmente, ele já estava construindo sentimentos por ela enquanto falava comigo e por isso é tão injusto. Mais injusto ainda, é me deixar acreditar que talvez pudéssemos, sim, construir algo legal. Injusto é ter me permitido ver um futuro onde não havia espaço para mim. Injusto é ter mentido quando fui te confrontar e me fazer crer em uma mentira, para então decidir lutar por você e pelo que estava sentindo e te mandar uma mensagem. Injusto é não ter sido honesto e me deixar esperando por uma resposta, quando na verdade parar de falar comigo foi uma decisão sua e, obviamente, algo que você pretendia fazer tão logo. Injusto for não ter sido honesto sobre seus sentimentos e me deixar descobrir da pior forma possível, para eu então me sentir humilhada e envergonhada por ter ido atrás de alguém que não me quer e, eu acho, nunca quis de verdade. Agora tô aqui, me remoendo por tudo, por ter me deixado acreditar e por ter me permitido criar expectativas, me odiando por estar querendo que fosse diferente e desejando um relacionamento com você quando eu nem mesmo te amo. Toda essa situação me gerou uma obsessão doentia e, admitindo para mim mesma agora, parece que estou ficando mais louca a cada vez que me permito entrar no seu perfil do instagram. Eu literalmente stalkeei cada uma das garotas de lá e, claro, achei e vi o que não gostaria nunca de ter visto: a pessoa por quem você me trocou. Eu quero tanto sumir, apagar tudo isso do mapa, dos meus pensamentos, quero esquecer tudo sobre você e quero que você suma da minha mente por completo. Não aguento mais desejar que fosse diferente, pensar em como teria sido se estivéssemos ainda nos falando, criar imagens de nós como um casal na minha mente. Eu tô cansada disso tudo, quero que acabe, quero parar com isso. Quero seguir a vida, tal como eu fazia antes de decidir te responder naquela porra de app.

[megyy-facas]

Durante o dia a minha cabeça não pára. E no momento que vou para te escrever nem sei o que dizer. Nem sei o que pensar. Não penso em nada e é como se nem tivesse a passar por nada psicologicamente. Avómãe, não me conheço mais.

Nada me enche. Tudo me esvazia. Tem dias que me sinto a maior sortuda, está tudo bem aparentemente e sou a melhor pessoa do mundo. Sinto-me grata por tudo o que tenho, tudo o que fazem por mim, tudo o que sou e consegui conquistar. Sinto me orgulhosa de mim mesma, e nada me pára. Tenho o mundo nas mãos. Tem dias que sinto que nada é suficiente, do que são comigo, do que eu faço, do que eu sou, do que eu dou, do que o mundo me dá. Sinto-me minuscula, insuficiente, incapaz de suportar alguma coisa, culpo-me por tudo o que já passei e temo o que possa vir. Mato a minha cabeça como posso fazer as coisas de maneira a não sofrer mais porque na verdade não aguento neste momento psicologicamente perdas e temo com ansiedade alguma perda na minha vida. E o mundo que agarro com as minhas mãos, deixo-o cair porque me parece demasiado para mim, porque não quero aquele mundo, porque não me sinto bem nele, nem nele nem em nenhum, na verdade nesses momentos nem sei onde me sinto bem. Só não sinto e torno-me a pessoa que mais temia me tornar.

Dou tantas voltas á minha cabeça para não ter de passar pelo passei, para não magoar ninguem como me magoaram noutrora, para chegar mais longe e mais longe e na verdade já nem sei o que quero alcançar. Já só me sinto a correr numa direção que nem sei o que esperar lá. Acabo perdida nessas minhas voltas e quando dou por mim já não sei o caminho de volta a mim. E expludo. É frustrante quando me perco de mim e saber que só me perco porque corro como se tivesse a fugir de alguma coisa. E na verdade fujo. E não quero que me apanhe. Não mais. Talvez seja esse o meu maior medo , que o que eu era me apanhe de novo e corro, e acabo a tropeçar por algum tipo de razão. Zangada descarrego em mim e nos que me rodeiam.

Cada coisa a seu tempo. Sempre fui um dia de cada vez, e agora sinto-me a viver 5 anos num dia e a não sair do sitio. Porque já quero esses 5 anos a mais. E não os vivo, só passo por eles. E assim sinto que já nem sou eu, a que mais vivia intensamente cada dia, agora só vive esperando que o dia acabe. Estou tão focada em não falhar, em não me perder que deixo-me distrair e quando olho novamente para a estrada já nem sei onde estou. E entro em pânico. A ansiedade atinge.

Só tenho medo de perder o controlo. - que controlo? Só tenho medo que ele me apanhe. - Ele ficou no passado. Só tenho medo de não passar daqui. - Com medo de não passar daqui, só passas por aqui e nem vives.

Ao falar contigo acho que descobri o problema. A causa de tanta ansiedade ultimamente. Quantas vezes preciso de falar contigo para saber como me resolver e não ter medo do que mais me persegue ?! Porque é que só agora é que tenho medo e notei o que me persegue ? - Na verdade, sempre teve contigo, mas estavas tão ocupada a viver que nem deste conta. Vivias bem com isso porque estavas longe do teu maior passo que mesmo sendo o que mais desejas é o que mais anseias porque não te sentes preparada a 100 por cento. Quanto mais te aproximas desse passo que mudará a tua vida, mais ansiarás e mais receio terás se será a tua melhor decisão. Mas não anseies. A vida é só uma. Lembra-te que gostas de experimentar tudo, e deves, és curiosa e corajosa. Não percas isso. Vai, arrisca. Se der certo, irás deixar-me orgulhosa. Mas se não der certo?! Ficarei mais orgulhosa ainda porque mesmo com medo, com ansiedade, com receio, com obstáculos, não desististe ! Seguiste o teu coração e a tua vontade de fazer, e fizeste! E és o meu maior orgulho só por não te restringires a tentar por medo ! Não sejas como essas pessoas que só passam pela vida e não aproveitam, não arriscam. Não sejas como eu, e vive. O máximo que poderes e conseguires. A vida é um sopro. Tens medo? Vai com o medo mesmo! Onde está a luzinha dos meus olhos a ser luz? Onde está a menina que por mais que lhe dissessem que não ia ser capaz ela lutava e falhava vezes sem conta até conseguir?! Essa és tu ! E essa está dentro de ti, mas com medo, escondida na tua frieza, na tua arrogância, na tua proteção. Não tenhas medo que ela se magoe. Vai doer mas nenhuma dor é para sempre. Ela precisa de ajuda para se curar de dores que ainda não estão curadas. Feridas que ainda fazem comichão. Ninguém é alguém sozinho ! Não adianta afastares quem mais queres por perto. Procura ajuda. -Eu já te tenho. És a minha maior ajuda. -Eu estou apenas no teu coração, e a ajuda que precisas é para organizar a tua cabeça. Deixa-te ser ajudada. Não queiras controlar tudo sozinha. Não queiras ser tu para tudo. Não queiras ser só tu. Aproveita que te meti no teu caminho alguém disposto a estar contigo independentemente de tudo e pede ajuda. Fala. Eu estou lá. E se tomares atenção, vais ver que estou lá. Não sempre. Mas quando precisas. Eu estou um bocadinho em cada pessoa que te abraça, em cada pessoa que te tenta ajudar. Não me afastes. Tens me afastado. Estou aqui. Não estás sozinha. -Sinto tantas saudades tuas e só te queria aqui comigo. Resolvia parte dos meus problemas. -Então deixa me entrar Magna! Deixa as pessoas entrarem. Cada vez estás mais isolada. Cada vez afastas te mais. Assim não consigo chegar até ti. Estás a perder o teu controlo porque queres controlar tudo sozinha. Permite te ser ajudada. Permite te sair desse buraco. Dessa escuridão onde ás vezes a tua luz ainda brilha. Aproveita que ainda brilha e vamos fazer brilhar mais ainda ! -Onde estás? -Em todo o lado. -O que faço agora? - Recomeça. -Como se faz isso? -Dorme e amanhã será uma nova oportunidade para te dares uma oportunidade a ti mesma para recomeçares. -Vou voltar a ser eu? Vou-me sentir viva de novo? Vou conseguir não prejudicar mais ninguem á minha volta por culpa de estar neste estado? -Nada é fácil. Não serás só tu quando recomeçares. Serás tu mais forte. Melhor que nunca. Serás tu com a maior vontade de viver e a viver intensamente como se fosse o ultimo dia! Partimos do inicio que já conseguiste tanto e mesmo duvidando todos á tua volta. Já te tornaste tanto que nem tu sabias que eras capaz de tanto ! E ainda consegues duvidar de ti ? Tudo é um processo. Confia no teu processo. -Confio em ti. -Chora. Chorar alivia. Só não vale desistir ! -De mim? Nunca! Só não vale desistir.. Amo-te !

[takewalkonthewideside-blog]

3/01/2023. (Ontem).

Na vibe e filosofia própria que estou seguindo (finalmente depois de quase 30 anos sendo submissa), finalmente tenho conseguido melhor me impor e viver um pouco da minha própria vida a minha maneira e vontades.

Minha vida toda obedeci as pessoas ao meu redor. Que em seus egoísmos narcísicos, sempre querem que eu siga o que elas dizem. Mas ninguém nunca se preocupa com minhas vontades.

Amo gatos, meu coração me dizia que estava na hora de adotar. Eu ouvia que nao deveria adotar, davam sempre mil desculpas. Sempre falando para esperar, etc. Mas esperar o que exatamente!?

Absolutamente TUDO e durante TODA minha vida até agora só o que eu fiz foi esperar.

Verdadeiramente esperar trancada em meu quarto, em cima da cama, no quarto escuro. Vivi assim por anos. Em uma prisão. E isso não é no sentido literal, vivi assim de verdade.

Quando no auge da minha depressão, onde eu não conseguia mais nem levantar da cama para ir ao banheiro ou na cozinha…em meio a pensamentos péssimos, teve um dia que eu pensei, o que seria a unica coisa no mundo que me deixaria feliz e que ainda gosto?

A resposta foi Praia. Essa situação conto em outro texto os detalhes mas… essa ida ME SALVOU. Literalmente. Não sei o que aconteceu mas certamente algo espiritual aconteceu com toda certeza. Essa viagem me transformou, em um mergulho no meu “autoconhecimento” e esses dias lá, sozinha, EM PAZ, e contemplando aquela beleza toda, eu RENASCI! Não entendo como mas minhas forças renovaram. Dormi tanto ao chegar lá durante esses dias, eu dormia muito. Tamanha minhas energias zeradas.

Mas enfim, só sei que renasci e reavivei minha vontade de viver desde então. Depois que isso aconteceu fiz uma promessa para mim mesma: VIVER A MINHA PRÓPRIA VIDA! Fazer o que quero sabe!? Uma simples ida a praia era tudo que eu mais queria e nunca fiz antes. Pq? Pq os da minha volta surtavam e me culpavam e com mil justificativas absurdas me impediam de viver.

É inexplicável e inacreditável.

Bom…ontem (03/08/2023) decidi ir e adotar uma gatinha. Meu coração sentiu. E segui minha vontade. Meu deus que orgulho de mim! Vivi algo a minha própria maneira. Eu estava radiante e feliz com aquele ser de puro amor junto a mim.

Cheguei com meu carro dirigindo para ir buscar meu namorado que estava sem carro. Aliás estou buscando ele no trabalho fazem 7 meses pq ele não compra o bendito do carro dele pq ele simplesmente não decide. Mas ele justifica alegando que não acha e não existem carros como ele quer. (Sempre uma justificativa ridícula para os absurdos e próprios erros).

Eu cheguei com um sorrisão imenso no rosto. Fazia tempo que eu não sorria tão verdadeiramente feliz assim.

Eis que não durou 5 minutos minha alegria perto dele. Ele entra no carro, em silêncio. Eu toda feliz mostro a gatinha, como se fosse surpresa.

Ele olha com desdém, me xinga, diz “tu nao tem jeito mesmo!” , “nós tinhamos um trato né?” (Se referindo a nao ter gatos. Não sei que trato foi esse que ele fez na cabeça dele e não me contou).

E olha que nem moramos juntos. E ele quer mandar e desmandar dessa maneira.

Ele se acampou no meu quarto e dorme todos dias na minha casa. E eu não aguento mais isso. Meu deus, nem mandar no meu próprio quarto eu mando mais. Mas isso é nada visto que não mando nem na minha própria vida.

Mas continuando, após entrar no carro ele começou as estupidez de todas maneiras. Me tratando mal, sendo estúpido, grosso, nem olhou e desdenhou a filhotinha de gato.

Fiquei arrasada. Nesse momento cai em lágrimas, encobri meu rosto com o cabelo para ele não ver, mas chorei muito. Como pode eu estar tão feliz alguns minutos atrás e depois diante dessa situação ficar arrasada!? Minha alma doia. Meu coração doia, muito. Que tristeza perceber que só tenho pessoas que me machucam de todas maneiras ao meu redor. Eu apoio todos, sempre gentil com todos e o que recebo!? Sempre esse tipo de atitude. Parece que essas pessoas tem prazer em me ver mal. Acredito que sim, pq toda vez que estou feliz dão um jeito de estragar.

Em seu egoísmo ele foi ver um tal carro para comprar. Desci com a gata no colo.

Era uma oficina em um lugar que dava arrepios e os caras da oficina certamente não eram boa coisa. Tinha até um desmanche do lado.

Os caras desconfiaram de nós ficaram encarando quando entramos na oficina para ver o tal carro anunciado na internet. Fizeram um paredão, de uns 6 caras ou mais, com cara de doidos e mão na cintura insinuando que estariam armados…que eu achei que iriam dar tiros. Estavam com a mão na cintura e tudo. Foi terrível. Não entendo como ele não percebe essas coisas. Falei para ele isso ao sair e ele deu risada e disse: não vi.

É inacreditável mas sempre sou tida como “louca” em absolutamente tudo, inclusive situações de perigo. Situações essas que seriam papel do homem prestar atenção e proteger. Mas eu, mulher, que fico sempre em alerta pela irresponsabilidade de um cara imbecil e burro.

Estou cansada. Sinceramente esse cara destrui a minha vida, minha autoestima e tudo que ele fez em todas traições e manipulações.

Mas ele é só um das pessoas ao meu redor que me destroem com suas atitudes.

Bom, sobre a gatinha, está comigo. Estou firme na minha decisão e eu mereço ter um pingo de amor na vida, um bichinho para amar.

Sonho pelo dia que vou construir uma família, ter minha alma gêmea do lado, alguém positivo, otimista, que seja gentil e doce e que cuide para não quebrar meu coração e alma. Apenas alguém que tivesse empatia e respeitasse que sou um indivíduo individual. Com sentimentos, vontades, sonhos.

Como me dói lembrar de cada decepção vivida.

Meu deus como eu gostaria de esquecer tudo.

Mas isso tudo está latente no meu coração e volta e meia escorre em lágrimas.

Hoje é um desses dias.

Se eu pudesse fugiria para longe, para a praia certamente. Perto de mãe Yemanjá, a única mãe que me deu o verdadeiro amor de mãe.

Queria sair de perto de tudo que me quebra o coração. Sou tão positiva, mas perto dessas pessoas que acabam comigo viro uma pessoa depressiva. Não me reconheço. Não sou essa pessoa.

Meu deus que tristeza estou sentindo nesse momento.

Em meio a tanta dor, olho para o lado está minha gatinha. Pulando e puro amor.

Fiz a escolha certa. Ao menos uma vez na vida.

❤️

[kerimboz]

O arquear de sobrancelhas se fez presente na expressão de Kerim, revelando não só a sua surpresa com a afirmativa alheia sobre suas condições no fatídico momento do caos, mas também um questionamento implícito: ela realmente estava falando em matá-lo por algo tão bobo? "Bom, seria constrangedor por me colocar numa situação sem escolha, mas não tenho vergonha ou problemas com minha nudez.", o que era uma verdade, cresceu num show de horrores, vivia ferido e machucado, isso quando o genitor divino não tinha em mente algum teste maluco de sobrevivência que o levava a certos limites. "Mas me alegra saber que estaria disposta a findar meu sofrimento. Gosto de como pensar, precisamos de pessoas assim nas missões.", dispostas a arcar com as consequências e menos preocupadas em ofender os deuses e seus egos inflados. Mas quem era ele para falar alguma coisa? Preocupava-se desde garoto em não ofendê-los. Ainda assim, ele replicava o sorriso de outrem, compreendendo que era apenas um comentário descontraído, independente de suas reflexões pessoais. "Claro que teria, quer dizer, se fosse de sua vontade.", pois se dependesse de Kerim, refletiria algumas vezes antes de qualquer ato extremo.

"Um pouco, sim.", respondeu desprendendo-se do plano ideal, para voltar ao momento presente e dedicar a outrem sua devida atenção, esboçando um meio sorriso com a observação feita em sequência. "Qual a impressão que tinha?", perguntou curioso antes de explicar-se. "Quer dizer, eu até consigo imaginar alguma coisa, mas bem, não acho que dê para esperar algo muito diferente de mim.", alguém que cresceu sendo constantemente disciplinado e cobrado, era o que ele queria dizer, "não por essa coisa de ser filho de um dos três grandes, pois eu sinceramente não aguento com essa baboseira.", completou com um revirar de olhos exagerado, mesmo que outrem não o estivesse encarando naquele momento, ao menos era o que ele preferia acreditar, que Aurora estava focada em sua atividade enquanto só o ouvia. "É mais por eu ser... fechado? Sei que não para você, mas é uma exceção em um milhão. Poucas pessoas conseguem me deixar confortável, ou ter o mínimo de minha abertura e simpatia. No mais, eu posso resumir que não queria ter voltado, tampouco quero ficar me preocupando com novatos precisando de proteção. Então o melhor a se fazer, é ensiná-los a se proteger devidamente, e isso faz com que eu seja exigente.". Certo, não só isso, mas Kerim não faria daquilo uma sessão de terapia.

Com a cabeça erguia, Kerim oferecia um meio sorriso para outrem, feliz por vê-la satisfeita com a avaliação feita, afinal tinha ficado um trabalho descente. Ainda assim, a sensação não deixou de ser momentânea, logo a replica seguinte carregava um tom mais áspero, até um pouco ferido pelo comentário de Kerim, que fez seu sorriso murchar aos poucos. "Claro, aceito o meio ponto.", foi o que se limitou a responder, desviando o olhar por alguns segundos, apenas em busca de um ponto que eliminasse aquela tensão que insistia em aparecer em momentos tão pontuais da conversa. No entanto, sua tentativa de distração também não durou. O leve desequilibrar de outrem, causou um pequeno tremor na estrutura da escada, imperceptível ao longe, mas ele ainda tinhas suas mãos na madeira e a sentiu estremecer. Por puro reflexo e instinto, a destra se desprendeu do objeto, alcançando o tornozelo direito de Aurora, buscando dar-lhe a estabilidade que já havia retomado sozinha. Assim, tão rápido como iniciou o contato, ele se findou, para que atendesse a solicitação seguinte da loira, enquanto fingia normalidade. "Está sendo bastante generosa comigo, mas devo merecer, são atividades difíceis.", comentou com leve divertimento ao soltar a escada para alcançar a tábua e logo entregar-lhe. "Aqui.".

#                 ──────               A interpretação equivocada de Kerim era tão trivial que a semideusa não conseguia entender o motivo de seu acanhamento, mas respondia a ele com um sorriso incomum, possivelmente deslumbrada pela importância dada por outrem a algo tão insignificante. De modo a dissipar o constrangimento, desviou o olhar para o restante da tarefa de reconstrução que a aguardava, eliminando qualquer tensão que pudesse ter causado involuntariamente. Felizmente, logo percebeu que o embaraço não se prolongou, graças ao teor cômico do assunto discutido, que, mais uma vez, arrancou uma risada discreta da garota. ── Como ainda não estamos livres da possibilidade de um novo incidente igual a este ocorrer no futuro, me comprometo a acabar com a angústia da sua humilhação caso seja ferido enquanto estiver com as calças arriadas e não demonstrem a piedade de te matar. ── Propositalmente, a sobriedade em sua voz contribuía para a dubiedade da intenção por trás da promessa. ── Eu termino o serviço e te liberto. ── Revelou a jocosidade da ameaça velada através do meio sorriso dirigido a ele, enquanto o olhar o reencontrou. ── Espero receber o mesmo tipo de consideração em retorno. ── Concluiu a brincadeira, verdadeiramente considerando a reciprocidade do que propunha.

Acordados em relação à sua capacidade de martelar alguns pregos e enfrentar a modesta altura da escada utilizada naquele momento, a tarefa foi retomada e a contagem regressiva para sua conclusão se iniciou. Enquanto sua atenção permanecia concentrada na fixação do pedaço de madeira sobre a abertura, sua mente ainda refletia sobre as palavras ditas por Kerim anteriormente, que haviam despertado sua curiosidade. ── Então você é exigente com os campistas aqui? ── Enunciou sua indagação durante o intervalo entre o som seco produzindo pelas marteladas dadas, sem a pretensão de obter uma resposta, demonstrando-se confusa com o novo detalhe aprendido sobre ele. ── Interessante, essa não é a impressão que eu tinha de você. ── Sua observação não continha qualquer tom de menosprezo ou ceticismo, apenas surpresa por tê-lo interpretado como alguém compreensivo e cauteloso o suficiente para relevar os deslizes cometidos por aqueles com quem convivia diariamente.

Após avançar com a tarefa, aguardou pela avaliação solicitada, embora sua satisfação pessoal não estivesse condicionada ao julgamento alheio. Enquanto ela e seus irmãos conseguissem descansar em paz durante a noite, estaria contente. Apesar de manter esse pensamento, sentiu-se inesperadamente satisfeita com a nota recebida. ── Oito e meio? Está ótimo para mim. ── No entanto, notou como o filho de Poseidon parecia estar a bajulando, talvez como reflexo do momento de fragilidade que havia testemunhado. A frustração de Aurora persistia, retornando à superfície, mas ela tentava não permitir que a influenciasse. ── Não estou sozinha, você está aqui comigo. Pode ficar com o meio ponto extra. ── Apesar da tentativa de parecer tranquila, suas palavras soaram mais ásperas do que o planejado, deixando-a um pouco desequilibrada. Quando voltou a atenção para as tábuas atrás de si, voltando a atenção para sua obrigação, quase perdeu o equilíbrio, evitando uma queda ao segurar-se firmemente nas extremidades da escada. ── Merda! ── Resmungou, visivelmente irritada. Começava a acreditar ter sido um erro pedir a ajuda do rapaz. ── Inclusive, se me entregar aquela outra tábua, pode somar mais dois pontos ao seu placar. ── Tentou desviá-lo da situação com uma nova incumbência.

[stuffidoandwrite]

BTS Reaction - Ele descobre que a namorada tem uma irmã gêmea idêntica (Parte 1)

Obs.: Criei alguns cenários e também histórias dos relacionamentos para entendermos um pouco o motivo de eles ainda não saberem a existência da irmã gêmea! Como a minha imaginação foi um pouco longe, os demais membros serão postados depois para que não fique muito extenso e também não demore mais ainda pra sair já que sou lenta pra escrever rs. 

Lembrem que S/N: seu nome & N/S/I: nome da sua irmã. 

Palavras: 1895.

Avisos: Menções de sexo, mas nada descritivo. O Jungkook é um pouco (talvez muito) iludido no cenário dele, peço desculpas rs.

Namjoon

Um mês. Esse era o tempo exato que você e Namjoon estavam namorando, parecia pouco... e era, mas aquele tempo se provou mais do que suficiente pra você entender que queria namorar ele por muito mais tempo. Na verdade, vocês se conheciam por duas semanas antes de começar a namorar, duas semanas resumidas em muitos flertes e beijos escondidos até assumirem a relação. A questão era que se assumiram apenas para si mesmos, pois os amigos e familiares de ambos ainda não sabiam.

Depois desses quase dois meses vivendo um romance com Namjoon, você tinha certeza de que sua irmã estava a ponto de explodir com a falta de informações sobre o rapaz.

"S/N... pelo amor de Deus, eu não aguento mais, qual a razão de tanto mistério? Achei que compartilhasse tudo comigo!" Sua irmã disse tristonha.

"Calma besta, eu estava esperando o momento certo, tá? Nunca gostei tanto de um cara assim antes, tive a sensação de que deveria esperar antes de contar tudo pra você." Você disse sorrindo, se aproximando dela.

"Tudo bem, eu te conheço, sei que só faz isso quando tem algo precioso em mãos. Você sempre gostou de esconder o jogo, danada toda..." Ela disse rindo.

"Vai me atacar agora? Logo quando tive uma ideia brilhante pra apresentar vocês dois."

"QUE?" Olhos idênticos aos seus te encararam com entusiasmo. "Plano maligno é comigo mesmo, me conta!"

"Então, eu tava pensando..."

-Alguns dias depois, numa noite de sábado-

Namjoon abriu a porta do carro, te ajudando a sair.

"Obrigada amor. Tá nervoso?"

"Um pouco... talvez muito. Acha que sua irmã vai gostar de mim?" Ele disse com um pouco de receio.

"Claro que vai, relaxe!" Você disse distraída, olhando ao redor e vendo uma farmácia do outro lado da rua, uma desculpa perfeita para deixar seu namorado sozinho. "Mas, antes de entrarmos preciso comprar uma coisa na farmácia, coisa de mulher, sabe? Pode me esperar ali na frente do restaurante?"

"Tudo bem, vai lá que eu te espero." Ele disse deixando um beijo inocente nos seus lábios e seguindo para a frente do local enquanto você saia em direção a farmácia. Se ele não estivesse tão nervoso perceberia que algo estava estranho naquela situação.

Já em pé na frente do restaurante, Namjoon te seguiu com os olhos até ver você entrar na farmácia e em seguida se perdeu observando o estabelecimento a sua frente, ou pelo menos o que era possível ver do lado de fora através das grandes janelas de vidro. Ele leu boas críticas desse local, não apenas a incrível culinária mas também a decoração chamava bastante atenção, composta por diversas obras de arte como estátuas e quadros.

Ele observava um quadro em específico, tentando decifrar o artista da obra, quando viu uma mulher passar no seu campo de visão. Uma mulher não... você!

"S/N? Como assim?" Namjoon se aproximou do vidro e praticamente esmagou o rosto nele, tentando entender como estava te vendo ali sendo que você estava do outro lado da rua. A farmácia não era tão longe então ele conseguia te ver olhando as prateleiras, mas ali também era você! Mesmo cabelo, mesma roupa... ele piscou os olhos com força, sentindo que estava com as lentes de contato então não era sua visão lhe pregando peças, mas como?

Ele olhava confuso em direção a farmácia e de volta para o restaurante quando viu que a sua clone se virou na direção dele e sorriu, acenando para que ele entrasse. Mesmo confuso, ele caminhou até ela.

"E aí cara, sua namorada é gata né?" Ela disse colocando as mãos na cintura e fazendo uma pose engraçada.

"Eu não... quem é você? Ela..."

"Você não fala a minha língua bonitão?"

"Não. Quer dizer! Falo sim, meu deus... vocês são gêmeas?" Namjoon disse exasperado, olhando novamente para trás tentando ver se você ainda estava mesmo lá fora.

"Minha irmã me disse que você tinha um QI muito alto, será mesmo?" Namjoon ficou calado, ainda a olhando chocado. "Tudo bem, eu já tive a minha diversão. Sou a N/S/I, é um prazer te conhecer! E me desculpe pela pegadinha, mas eu não agi sozinha..." Ela sorriu, estendendo a mão para que ele apertasse.

Seokjin

“Tem certeza que está bem meu anjo?” a voz de Jin soa preocupada através do seu celular.

“Sim Jinnie, é apenas uma gripe pesada, vai ficar tudo bem com alguns remédios e muito repouso.”

“Você chama de gripe ‘pesada’ e quer que eu fique tranquilo?” ele diz emburrado. O rapaz não se conformava que você não queria ele lá, cuidando de você.

“Amor, eu já te falei… amaria ter o seu cuidado, mas não quero que fique doente também! Você precisa da sua saúde 100%, os meninos também precisam de ti bem.”

“Você tem razão, mas ainda fico preocupado.”

“Olha, vamos fazer assim, vou me deitar um pouco e tentar descansar. Quando acordar te ligo e fazemos chamada de vídeo na hora do jantar, tudo bem?”

“É uma ótima ideia amor. Vai lá e descansa, eu te amo.”

“Também te amo Jinnie, até mais tarde.”

Jin desligou o telefone com um sorriso astuto. Era mesmo uma ótima ideia jantar com você, mas não por chamada de vídeo e sim pessoalmente, ele precisava te ver e ter certeza que estava tudo bem. Mas, naquele momento ele lembrou que nunca havia entrado na sua casa. Sim, vocês namoram a 7 meses e isso talvez seja estranho, mas sempre tiveram um relacionamento de vai e volta, brigavam de teimosos que eram e sempre acabavam voltando por se amarem demais, era complicado e estavam tentando consertar isso. De toda forma, essa seria uma boa oportunidade para conhecer sua casa pela primeira vez.

Ele sabia que você morava com sua irmã, mas nunca a conheceu antes… será que ela também estará lá? Isso era mais um motivo pra atacar sua ansiedade, mas ele dispensou os pensamentos ansiosos e esperou algumas horas até receber uma mensagem sua informando que estava acordada e então seguiu de carro até a sua casa.

“Que estranho, o Jin não está respondendo as minhas ligações.” Você disse enquanto se deitava no sofá. Tinha acabado de acordar e estava faminta mas ele não atendia o telefone de jeito nenhum.

Estava digitando uma mensagem perguntando o que houve com ele quando de repente a campainha soou pelo apartamento.

“S/N, será que dá pra atender? Quem é uma hora dessas afinal? Eu te disse que não precisava comprar comida, a sopa está quase pronta.” Sua irmã gritou da cozinha.

“Eu não vou levantar não, meu corpo tá doendo e finalmente encontrei uma posição confortável aqui. E não pedi comida nenhuma, deve ser algum pacote que chegou.”

“Meu deus, doente e manhosa, eu mereço viu!” Ela disse enxugando as mãos e jogando o pano de prato nos ombros, indo em direção até a porta.

“Jin?” Sua irmã disse com um tom de surpresa depois de abrir a porta.

“Jin?” Você disse alarmada, se levantando do sofá.

“Oi…?” Ele disse confuso, olhando a mulher que era estranhamente parecida com você mas que de alguma forma ele sabia que não era.

“Jin? Seu louco! O que tá fazendo aqui? Não combinamos de falar por chamada?” Você apareceu na porta assustada.

“Eu… estava preocupado então pensei em vir aqui te ver e fazer uma surpresa.” Ele disse devagar, olhando entre você e sua irmã.

“Bem, não fomos devidamente apresentados.” Sua irmã disse estendendo a mão para que ele apertasse. “Sou a N/S/I, é um prazer conhecer o homem dos sonhos da minha irmã.”

Jungkook

Leite, pão e biscoitos. Jungkook colocou a bandeja com seu lanche noturno ao lado do seu teclado e se sentou na cadeira confortável. A tela do computador mostrava a hora: 02:30. Em sua defesa, tudo parecia mais interessante na madrugada, desde jogar e ouvir música até... te stalkear. Ultimamente essa tem sido a atividade preferida dele, por mais que não admitisse isso a ninguém. Não era culpa dele que você era tão linda, e suas redes sociais tão interessantes. 

Jungkook não era de ter "casos de uma noite". Ele tentou antes, mas sempre acabava se sentindo estranho depois, como se não estivesse satisfeito com aquilo. Ele queria o sexo, mas também queria carinho e atenção, algo duradouro e sério. Então depois de algumas situações que o deixaram desconfortável, esses casos não se repetiram mais.

Porém, a vida sempre acha uma forma de fazer a gente repetir escolhas que juramos nunca mais fazer. Talvez seja por um bom motivo, né?

Ele te conheceu em um bar de Las Vegas, uma noite antes do voo de volta para casa, quando os meninos estavam entediados e queriam sair pra beber algo. Não importava onde, contanto que fosse seguro e eles pudessem ficar confortáveis sem se preocupar com pedidos de fotos e autógrafos. 

O encontro de vocês aconteceu da mesma forma que os demais casos de Jungkook: uma noite no bar, uma garota bonita sentada sozinha, conversa vai conversa vem e o resto era história para os quartos de hotel contarem. Durante essas noites, a atração que ele sentia era sempre física. O pensamento de repetir aquilo com aquela pessoa ou vê-la novamente não passava pela cabeça dele. Porém, depois de algumas horas em sua companhia, ele se viu atraído por cada detalhe seu e cada palavra que saía da sua boca. 

"Você tem Instagram?" 

"O que?" Sua voz soava abafada pela blusa que estava acabando de vestir, já se arrumando para ir embora.

A confiança de Jungkook na pergunta se esvaiu um pouco, mas ele repetiu. "Instagram. Eu não queria que essa fosse a última vez que vejo você..."

Depois daquela noite, ele partiu para a Coréia com o seu @ e a esperança de te ver novamente.

"É muito fofo que queira ver ela mais uma vez, mas não acha que está sonhando demais?" Hoseok disse durante uma das conversas que teve com o Jungkook sobre o que aconteceu naquela noite.

"Sonhar não é proibido hyung."

"Eu sei que não, mas cuidado pra não sonhar demais e sair da realidade."

Jungkook não era idiota. Ele sabia que você não queria manter contato. Passou a noite com ele e foi embora, sem olhar para trás. E no dia que ele teve coragem de te mandar uma mensagem, se arrependeu amargamente quando você apenas visualizou e não respondeu. Mas no fim, tudo isso não o fazia parar de olhar suas fotos e relembrar aquela noite.

Já fazia algumas semanas que ele tinha olhado seu perfil porque além de estar ocupado trabalhando também estava tentando, sem muito sucesso, te esquecer. 

Passando os olhos pelo seu feed ele observou que 3 fotos novas foram postadas. A primeira era uma foto do seu gato, a segunda uma selfie sua que ele provavelmente passou muito tempo encarando, e a terceira...

Parabéns pela nova conquista, minha irmã! Estarei sempre aqui para te apoiar em todas as suas escolhas. Te amo! 

Dizia a legenda da foto em que você e sua irmã estavam sentadas na areia da praia, sorrindo para a câmera, a lua iluminando os rostos idênticos.

"Só pode ser brincadeira, pelo amor de Deus! Uma irmã gêmea? Eu vou ficar maluco!" Jungkook disse rindo, já pegando o celular e enviando uma mensagem para o grupo dos meninos. Sem dúvidas, esse seria um assunto que ainda iria durar por muito muito tempo.

6 meses depois da minha primeira reaction, voltei com mais uma. Peço desculpas pela demora, pois como falei na primeira postagem isso ainda é novo pra mim. Mas estou feliz de compartilhar minha imaginação com vocês! Então espero que gostem, fiquem bem e se cuidem!