#morto por dentro
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Sempre um caos no coração, destruído a cada dia
Não sei nem mesmo por que deposito fé no futuro
Quando pequeno eu pensava que era tudo magia
Mas pra quem veio de baixo a vida bate mais duro
Estudei, fiz minha mente , aprendi coisa demais
De nada tá me servindo essa merda que eu aprendi
Como um menino exemplar obedecia meus pais
Apenas desses momentos que eu não me arrependi
O mundo sempre me isola os motivos eu nem sei
Sempre sozinho , pensando , as coisas brotam na mente
A vida dura me fez forte , um homem duro me tornei
Mas certas coisas destroem e nos quebram de repente
A cada queda me levanto e me remendo com aço
Mas os olhos tristes mostram quem eu realmente sou
Se olho pro meu futuro eu não consigo ver nada
Minha estrada é escura e eu não sei pra onde vou
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– você fala da dor como se estivesse tudo bem :)
#💭 Eu sei que você sente como se um pedaço de você estivesse morto por dentro ☆#iu moodboard#iu aesthetic#iu icons#icons iu#iu lq icons#iu messy moodboard#iu messy icons#lee jieun#jieun moodboard#jieun icons#lee jieun icons#lee jieun moodboard#iu#kpop moodboard#kpop icons#kpop aesthetic#kpop#alternative moodboard#grunge moodboard#vintage moodboard#random moodboard#aesthetic#indie moodboard#dark moodboard#random icons#kpop messy moodboard#messy moodboard#📸
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ROMANTIC INCLINATIONS. ( bold what applies to your muse, italicize if there's potential )
holding hands (in public) · buying flowers · cooking · cuddles · writing a poem / song · holding door open · tying shoe laces · sharing a milkshake with two straws · offering their jacket when it's cold · kissing in the rain · publicly confessing love · long walks at the beach · doing the titanic pose on a boat · taking cute pictures in a photobooth · sharing a taxi / uber · kissing the back of their hand · slow dancing · getting tickets of their favourite artist / sports team / other · introducing them to their parents · lighting candles · flower petals on bed · love letters · star gazing · brushing / doing their hair · picnics · teaching them to play an instrument / sport while gently guiding their hands · compliments · late night drives · taking selfies together · drawing them · self-made gifts · massages · proposing with a family heirloom ring · lending them their favourite book to read · paying for dinner / coffee · mixtapes / playlists · surprise birthday parties · feeding them · handing them keys to their apartment · making space in drawer for their clothes when they stay over · sharing a blanket · couple costumes · tucking a hair strand behind their ear · running after them at the airport / keeping them from leaving · moving cities to be together · blowing a kiss · breakfast in bed · defending them in a fight (verbally / physically) · joint bubble baths · dropping the L-bomb ("i love you") · dedicating a song at the karaoke bar to them · wearing their clothes · yawning before putting an arm around them while watching a movie · grant them the last bite (from meal)
#𓂅 ⠀ ⠀ 🎧⠀ ⠀ 𝑙𝑒𝑒﹐𝑡 . ⠀ ⠀━━ ⠀ study ㅤ୨#agora um personagem que não está morto por dentro!#deem um amor para esse homem romântico
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what’s their dream job / profession? do they have one?
"meu grande sonho e maior segredo é que eu quero muito ser coveiro, pode acreditar."
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⣿⣿⣿⠟⠋⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⢁⠈⢻⢿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⠃⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠈⡀⠭⢿⣿ ⣿⣿⡟⠄⢀⣾⣿⣿⣿⣷⣶⣿⣷⣶⣶⡆⠄⠄⠄⣿ ⣿⣿⡇⢀⣼⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣧⠄⠄⢸⣿ ⣿⣿⣇⣼⣿⣿⠿⠶⠙⣿⡟⠡⣴⣿⣽⣿⣧⠄⢸⣿ ⣿⣿⣿⣾⣿⣿⣟⣭⣾⣿⣷⣶⣶⣴⣶⣿⣿⢄⣿⣿ ⣿⣿⣿⣿⣿⣿⡟⣩⣿⣿⣿⡏⢻⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⣿⣹⡋⠘⠷⣦⣀⣠⡶⠁⠈⠁⠄⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⣿⣍⠃⣴⣶⡔⠒⠄⣠⢀⠄⠄⠄⡨⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⣿⣿⣦⡘⠿⣷⣿⠿⠟⠃⠄⠄⣠⡇⠈⠻⣿ ⣿⣿⡿⠟⠋⢁⣷⣠⠄⠄⠄⠄⣀⣠⣾⡟⠄⠄⠄⠄ ⡿⠁⠄⠄⠄⢸⣿⣿⡯⢓⣴⣾⣿⣿⡟⠄⠄⠄⠄⠄ ⠄⠄⠄⠄⠄⣿⡟⣷⠄⠹⣿⣿⣿⡿⠁⠄⠄⠄⠄⠄ ⠄⠄⠄⠄⣸⣿⡷⡇⠄⣴⣾⣿⣿⠃⠄⠄⠄⠄⠄⠄ ⠄⠄⠄⠄⣿⣿⠃⣦⣄⣿⣿⣿⠇⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄ ⠄⠄⠄⢸⣿⠗⢈⡶⣷⣿⣿⡏⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄ 🇨🇳🇨🇳🇨🇳TROPA DO Xi🇨🇳🇨🇳🇨🇳
SomostodosXiJinping 🇨🇳🇨🇳🇨🇳🇨🇳
🕯 🕯 🕯 🕯 🕯 🕯 Proteger a vida e a saúde do camarada Xi 🕯 🕯 🕯 🕯 🕯 Quem é o honorável líder Xi Jinping? Para o cego, é a luz. Para o faminto, é o pão. Para o sedento, é a fonte de água. Para o morto, é a vida. Para o enfermo, é a cura. Para o prisioneiro, é a liberdade. Para o solitário, é o companheiro. Para o viajante, é o caminho. Para mim, é tudo. Se Xi Jinping acha, eu concordo. Se Xi Jinping fala, eu escuto. Se Xi Jinping erra, eu perdoo. Se Xi Jinping pensa, eu admiro. Se Xi Jinping tem 100 fãs, eu sou um deles. Se Xi Jinping tem 10 fãs, eu sou um deles. Se Xi Jinping tem 1 fã, eu sou esse fã. Se Xi Jinping não tem fãs, eu não existo. 📂Documentos📂 └📂Revoluções socialistas └📂China └📂Mao Zedong └📂Deng Xiaoping └📂Xi Jinping └📂Defeitos └🚫Pasta Vazia Mano 😎😎 só vou falar 🗣🗣 uma vez 1️⃣1️⃣ insulta o Xi 🇨🇳🇨🇳 e eu irei incendiar 🔥🔥 sua residência 🏠🏠 com sua família inteira 👨👩👧👦👨👩👧👦 dentro, e depois vou enterrar ⚰️⚰️ os corpos deles, mas deixarei você vivo 😨😨, com a dor 😖😖 da perda 😔😔, pra refletir 🤔🤔 se realmente valeu a pena 🧐🧐 insultar o camarada Xi 🇨🇳🤫, é só um aviso ok ⚠️⚠️ ┏┓ ┃┃╱╲ AQUI ┃╱╱╲╲ NESTA CASA ╱╱╭╮╲╲ EU E A MINHA ▔▏┗┛▕▔ FAMÍLIA ╱▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔╲ SERVIMOS À ╱╱┏┳┓╭╮┏┳┓╲╲ GLORIOSA REPÚBLICA ▔▏┗┻┛┃┃┗┻┛▕▔ POPULAR DA CHINA ║\ ║▒\ ║▒▒\ ║░▒║ ║░▒║ ║░▒║ ║░▒║ ║░▒║Com esta espada ║░▒║cortarei todos ║░▒║que odeiam o ║░▒║o camarada Xi ║░▒║ ║░▒║ ║░▒║ ║░▒║ ║░▒║ ║░▒║ ║░▒║ ║░▒║ ║░▒║ ║░▒║ ▓▓▓▓ [█▓] [█▓] [█▓] [█▓] ATENÇÃO ATENÇÃO ❗❗❗❗❗❗ POST ANTI-CHINA🤬🤬🤬😡😡😡😡😡😡🖐️🖐️🖐️ POST DESCONSIDERADO AUTOMATICAMENTE 🖐️🖐️❗❗❗🤬🚫🚫🚫🚫🚫🚫🚫❌❌❌❌❌❌ Dono do post: Xi Jinping Este perfil 👤 não aceita NENHUMA crítica 😤😤 ao honorável camarada Xi. Aqui vivemos uma DITADURA DO PROLETARIADO. Ele fala 👅, eu escuto👂. Ele pede 🗣️, eu faço 😳. Ele manda 😎, eu obedeço💪. Aqui a palavra dele é lei 😌📃 e não há democracia liberal burguesa. 😈 Por favor amigo😳🤬não brinque com isso👌🏻🤚🏻tem pai de família aqui✊🏻🙏queremos o bem da humanidade🥺🥰por favor não faça mais esse tipo de post😒😒🙁não brinque com o socialismo 😔😔🙁🥺🤚🏻🤚🏻👎🏻em nome de todos os camaradas peço 😎que não brinque mais com o nosso poderoso líder Xi Jinping🥺✊🏻👏🏻🙌🏻🥰😳🤚🏻🤚🏻🇨🇳🇨🇳🇨🇳🇨🇳🇨🇳💕💕
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juju acabei de ver um tiktok e queria saber sua opinião 💭 qual seria a reação dos meninos se a lobinha pedisse ajuda do tipo “tem como vc vir aqui em casa me ajudar a arrumar minha mala?” e eles pensando que ela tá dando O Sinal de que a noite promete mas aí quando eles chegam na casa dela a mala tá aberta em cima da cama e ela assim “uerr achou que a gente ia fazer o que?”
LDJEOSJWPSJWONAAOABOSNW isso aqui é simplesmente 🤌🏻 vou te dizer que penso que o cast pode ser dividido entre os seguintes grupos:
1. os que ficariam exatamente 🧍🏻♂️ assim porque só não chegaram de pau pra fora porque é atentado ao pudor: matías, simón e pipe
2. os que não ligariam tanto assim mas que você acabaria dando pra eles depois de perceber o trabalho braçal pra fechar suas malas: pardella, jerónimo, della corte (rsrsrsrsrs os Homens com H maiúsculo) e o kuku (porque ele tem MUITA carinha de quem solta uns gemidos insanos quando tá fazendo muito esforço)
3. os que simplesmente não ligariam, só fariam o serviço e iriam embora: fernando e enzo (mas dps os dois usam o favorzinho que te fizeram como moeda de troca pra outras coisitas rsrsrsrsrsrs)
matías, simón e pipe com toda a certeza dão na cara que eles estavam achando que a tua mensagem pedindo ajuda era sinal pra putaria da mais sórdida possível, o simón já chega te agarrando e te beijando até o quarto, mas na hora de te jogar na cama ele vê a mala socada de roupa e fica genuinamente confuso, vai até dizer um "ué vida...cê me chamou aqui pra fechar sua mala?", como se não fosse EXATAMENTE isso que você disse na mensagem. e ele não fica alegrinho não, viu? vai ficar todo emburradinho but he does the job, mesmo fechando a mala na maior marra do mundo, pra depois te perguntar "pronto, será que eu posso te comer agora, madame?! aliás, eu nem sei pra quê você tá levando tanta roupa assim, se depender de mim vai ficar pelada o dia todo e dando pra mim". o matías fica fulo insano louco da vida, ele acha criminoso e ainda te acusa de mandar sinais mistos, sendo que ELE literalmente criou uma fic na cabeça DELE quando você só pediu um favor. o matías é pirracento e já concordamos com isso, então, no final ele também tá bem pokas ideias (fazendo charme) e diz que vai embora (quer que você peça pra ele ficar). os braços cruzados e a expressão entediada são teatro puro e mesmo ele soltando um "hmph, tanto faz..." quando você oferece uma mamada como agradecimento, ele tá radiante por dentro e a carinha de birrento muda no mesmo segundo que você engole ele por completo. o pipe talvez seja o que dá mais pena, porque ele chega todo empolgadinho, te abraçando por trás, pressionando a ereção na sua bunda, porque, sim, ele ficou duro no caminho pra sua casa só de pensar em todas as posições que poderia te colocar. e o bichinho toma um balde de água fria quando você aponta pra mala, ele fica todo 🥺 paradão no meio do quarto, sem nem saber o que fazer. "t-tá...e-eu...", vai suspirar pra tentar se recompor, visivelmente desconfortável com o aperto da cueca, passa a mão no rosto, no cabelo, o rosto já ficando vermelho, "você vai colocar mais alguma coisa na mala?", e é claro que ele faz. no final, tá meio sem graça ainda, sem jeito, não sabe se vai embora ou se fica, e aqui eu imagino muito um pipe no comecinho do namoro, em que vocês nunca nem transaram ainda, por isso que ele veio na expectativa, cheio de vontade e agora tá morto de vergonha por dentro. mas quando você pergunta se ele quer ficar, os olhinhos dele chegam brilham e ele responde na mesma hora que sente AINDA MAIS VERGONHA de ter soado desesperado demais.
entre pardella, jerónimo e della corte, eu acho que o jerónimo seria o que mais demonstra que veio na intenção de uma coisa e recebeu outra completamente diferente, mas todos eles nem piscam duas vezes antes de já irem se aprumando pra ajeitar sua malinha, até porque os três com certeza estão acostumados a serem o músculo da relação (awn own) e TODOS OS TRÊS são hopelessly devoted to you, então é um "sim, minha deusa" instantaneamente. nem era sua intenção dar pra eles, de verdade mesmo, só que quando você vê o quão fácil eles conseguem fechar a mala, o braço flexionando, ESTOURANDO na camisa, as veias pulsando no antebraço, o fato deles nem terem suado like BITCH PLEASE ???????? enquanto você só faltou derreter tentando fechar a mala. tudo isso mexe demais com a cabeça de uma pobre garota e quando você menos espera já tá praticamente se jogando nos braços deles, implorando pra ser comida. nossa, e eu penso que tanto o pardella quanto o jerónimo iriam te cozinhar um tiquinho antes, até porque ELES quem queriam te comer primeiro e você toda preocupadinha em fazer suas maquiagens e sapatos caberem na mala. penso muito neles te pegando pelos cabelos, puxando enquanto te pressionam na escrivaninha, com tanta força que você fica até na pontinha dos pés, "quer dar pra mim, eh? por isso que ficou me olhando daquele jeitinho antes? com essa carinha de quem só consegue pensar em pica?", e eles riem da tua cara, "cê nem tá merecendo, sabia? não, não tá. me negou quando eu cheguei aqui e agora vem toda metidinha, mandando em mim", você poderia até pensar que eles te deixariam na mão também, com a calcinha grudando de tão empapada, mas a ereção pressionada na sua bunda diz outra coisa, "só que eu sou bonzinho e eu gosto de fazer as vontades da minha mulher. eu só espero que você não esteja cansada, porque eu vou te comer até você me implorar pra parar". tenho pra mim que o mesmo pode valer pro kuku e eu sei que talvez seja nonsense, porque ele é o tipo que se desmonta facilmente com a sentada de uma coxuda, BUT THAT'S THE HOLE POINT!!!!!! me acompanhem nessa ☝🏻💭 justamente por não ser exatamente muscles > brains, ele vai ter um tiquinho de trabalho pra fechar sua mala, o que vai acarretar em um kuku grunhindo e gemendo, de cenho franzido, fazendo movimentos levemente sugestivos (pra uma mente delulu que pensa com a xota) e suando. a semelhança com o jeitinho que ele fica quando tá gozando é grande demais pra te impedir de voar no pescoço dele. e é claro que ele te fode sem pestanejar, ele já tava doidinho por buceta desde que chegou na tua casa e não te negaria nunca. ele te come papai e mamãe mesmo, a mão te apertando pelo pescoço enquanto ele mete alucinadinho.
agora o fernando e o enzo, aka reizinhos da indiferença, provavelmente nem ficariam muito assombrados. eu nem acho que eles chegariam TÃO afoitos assim, porque são mais racionais e não pensariam que sua mensagem teria segundas intenções, a não ser que a conversa anterior de vocês fosse algo mais sugestivo. então, nesse sentido, talvez eles fiquem um pouco sem reação nos primeiros segundos, sim, mas logo passa e eles estão fazendo o que você pediu. o plot twist dessa história vem quando vocês já estão na viagem e é pra casa dos seus pais rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs (amo esse cenário então vou colocar ele nas coisas sempre que possível 😽) e você tá daquele jeitinho: morrendo de vontade de dar e morrendo de medo dos seus pais descobrirem que você transa (você já é uma adulta). eu penso que esses dois são homens muito inteligentes, que sabem exatamente quando usar as informações que eles guardam no dia a dia, e eles guardam mUUUUUUita coisa!!!!!, principalmente se for algo que eles podem usar em favor deles no futuro. é quando eles estão esfregando o pau duro que só no meio das suas coxas, dizendo que só vão colocar a cabecinha (rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs) enquanto brincam com os seus peitinhos, numa tentativa de te amolecer mesmo. e é claro que eles vão te lembrar do dia que você pediu que eles fossem fechar a sua mala, logo depois de ter mandando uma fotinho super safada na madrugada anterior, "você me deve algo, bebita, tá lembrada?", eles são persuasivos? sim. junte isso ao fato deles estarem esfregando a pontinha bem na sua entradinha, quase deslizando pelo canalzinho apertado, "então, que tal você ser boazinha e abrir essas perninhas pra mim, hm? não se preocupa, eu sei como manter a sua boca bem ocupada" e o game over é quando eles te colocam pra mamar nos dedos deles, te surpreendendo e te fazendo engasgar neles quando eles metem de uma vez em ti.
#papo de divas 𐙚#lsdln headcanon#matias recalt#simon hempe#felipe otaño#agustin pardella#jeronimo bosia#agustin della corte#esteban kukuriczka#fernando contigiani#enzo vogrincic#lsdln cast
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My Military 💚🪖
Oioi Gostosinhas!
Aqui está a one do Louis militar, recebi um plot na ask mas acho que no final não ficou tão parecido, por que não sei fazer personagens muito provocadoras, mas espero que gostem mesmo assim.
Prometo que a parte dois de Bad boy sai no máximo na próxima semana e se você nem sabe do que to falando, te convido a ler minhas ones fixadas no perfil.
Relaxem e gozem com esse Louis gostoso e uma Harry bem submissinha.
Avisos: hinter, age gap, desuso de camisinha, leve spanking, Harry utiliza os dois pronomes (ela/ele), palavras de baixo calão como: boceta, xotinha, cuzinho e etc.
Hazzy: 21
Lou: 34
🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖
Harry era uma garoto mimado, no sentido material, já que não tinha atenção alguma de seu pai e sua mãe havia falecido quando ela era bebê. Cresceu dentro de um sistema rígido já que seu pai era um militar, sempre teve uma boa vida, com dinheiro. Ele se mudava constantemente para sua segurança, principalmente após seu pai virar um capitão. Mas dessa vez seu pai estava sendo caçado, realmente em perigo e ela se sentiu assustada, ele não queria morrer.
Por viver sempre com a rédia curta, Harry não aproveitou como gostaria, para ajudar ele não era um garoto comum, ele tinha um segredo no meio de suas pernas e é claro que isso nunca poderia cair na mídia, seria uma vergonha pra um capitão do exército ter um filho intersexual. Seu pai lhe dava dinheiro para comprar milhares de camisolas e coisas femininas, desde que ele (ou ela, não importava) usasse roupas consideradas masculinas em público. Claro que Harry odiava, ele começou q fugir de casa aos 16 anos, mudava todo seu rosto com maquiagem, colocava lentes castanhas para esconder os lindos e inconfundíveis olhos verdes, suas saias curtinhas e ninguém nem desconfiava que ele era um garoto inter, ele teve sua primeira vez com um garoto de sua escola, que nem ao menos imaginava que aquele era Harry.
Mas nos últimos 2 meses ele não saia de casa, a segurança tinha redobrado, seu pai também saia muito pouco e sempre com o carro blindado e soldados o acompanhando, Harry nem queria saber o que estava acontecendo, ela já estava assustada o suficiente, mas quando o soldado mais fiel de seu pai a acordou as 3 horas da manhã dizendo que eles precisavam sair imediatamente, ela se sentiu fielmente desamparada, ela foi colocada em um carro e levada para o interior da Inglaterra, não havia absolutamente nada além do chalé que ela estava, o lago e as árvores. Era extremamente frio, não importa quantas camadas de roupas colocava e o aquecedor ligado, parecia que ela estava sempre gelada, talvez fosse o fato de que ela estava sozinha a horas, o soldado a deixou e disse que seu pai foi para o outro lado do país e entregou a carta onde homem disse que estava sendo perseguido pelo exército inimigo, que alguém viria para tomar conta dela, alguém importante e que devia um favor a ele.
Ninguém havia chego até o momento, Harry estava com um conjunto de moletom verde escuro, deixando seus olhos extremamente claros. O chalé por dentro era bonito, moderno e aconchegante, totalmente diferente de sua fachada, uma pena que ele estava ali pra que não seja morto ou sequestrado e torturado. Ele não tinha um telefone, porque poderiam rastrear, seu pai disse na carta que mandaria um novo que não poderia ser rastreado.
Foi quando a noite já caía que ela ouvi o alarme ser desativado e a porta aberta, o homem de uniforme militar entrou, seu cabelo estava bagunçado, era aparado nas laterais e maior em cima com leves fios brancos o salpicando, ele carregava uma mochila, o rosto era perfeito e anguloso, os olhos azuis pareciam cansados e Harry viu a insígnia e o reconheceu imediatamente, Coronel Tomlinson, o homem mais jovem a se tornar Coronel, com apenas 34 anos, isso era muitíssimo jovem dentro do exército, mas ele se destacou de forma gigantesca.
Harry estava sendo protegido pela porra do melhor soldado do exército, com foi quem seu pai se meteu?
O mais novo levantou rapidamente batendo continência ao Coronel e o mesmo sorriu de lado mas esse sorriso logo se desfez em uma careta de dor, e a garota percebeu que o rosto estava começando a ter um hematoma mas foi quando olhou pra baixo e viu a mancha de sangue se espalhando pelo uniforme e as pernas do mais velho bambearem que ela correu para ajudar, o homem se apoiou em seus braços para não cair.
- Por favor, arme o alarme novamente… Eu que deveria estar te acudindo… Desculpe menino, tudo dói. - Harry o sentou no sofá de couro branco e colocou a senha novamente seguido de sua digital, ele aumentou o aquecedor, pegou a maleta de primeiros socorros, água para ele beber, água quente e um saco de gelo voltando para o sofá. Ela não queria pensar que era Tomlinson ali.
O homem parecia exausto e machucado, como se estivesse no campo de batalha e precisasse se arrastar até aqui. Harry pegou um algodão e o mergulhou na água quente.
- C-com licença, Coronel. - Tomlinson olhou aquele garoto, sua voz era tão doce, seus traços delicados, parecia um anjo, ele limpou um pouco seu rosto e passou uma pomada no hematoma, pedindo que ele pressionasse o saco de gelo, sendo extremamente gentil e passou a abrir os botões de sua camisa camuflada e mesmo morrendo de dor, os pensamentos daquelas mãos o despindo, fizeram seu pau começar a endurecer, ele não podia.
Harry se assustou com a mancha de sangue, mas não teve como não reparar como ele era tonificado, perfeito, na medida certa.
- Foi um tiro, de raspão. - Ela concordou e cortou a regata, prendendo a respiração ao ver os músculos do peito e pensar como seria lamber ali, limpou a fissura em sua costela devagar e avisou antes de jogar o álcool. Tinha estado na presença do Coronel poucas vezes, ele praticamente não falava, era rígido e extremamente respeitado, toda vez que Harry o via ela prendia a respiração, ele era tão… homem, sempre a tratou com muito respeito e ela se sentia tão suja por observá-lo de longe, os braços fortes as vezes marcados no uniforme de gala, ou aquela bunda gostosa em uma calça militar, sempre imaginou como seria ser fodida por ele. Ela costurou o corte que a bala fez enquanto engolia em seco e foi buscar mais água e um sanduíche.
Ele comeu enquanto o garoto arrumava as coisas, Tomlinson pensava no quanto ele era delicado e quando ele se abaixou e a calça se moletom se agarrou em sua bunda, ela era tão redonda.. ele se sentiu um pervertido, o garoto deveria ter uns 20 anos, o que ele estava pensando? Toda vez que o via, se sentia estranho, com um tesão de adolescente em seus poros, como se o menino tivesse uma magia que o atraía, os olhos verdes sempre o observavam com cautela e tudo que o coronel queria era o foder olhando em seus olhos, até mesmo seu cheiro de melancia o deixava louco na mesma medida que o relaxava.
O cansaço atravessava seu corpo agora que ele havia sentado e seus cortes foram limpos e cuidados, ele não deixava as pessoas fazerem isso por ele, mas ele caminhou 20km pra chegar aqui, seu carro começou a ser perseguido, então era mais seguro que ele deixasse o seu soldado para escapar com o carro para o outro lado do país e ele viesse a pé, seus olhos estava muito pesados, ele só precisava de algumas horas de sono e estaria inteiro e pronto novamente.
Quando Harry se virou, o Coronel estava completamente capotado, seu sono era tão profundo que pela primeira vez a garota viu seu rosto relaxado.
🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖
Ela limpou tudo e foi em direção a seu quarto e depois de um banho bem quente ela vestiu uma de suas camisolas, essa era azul rendada, seus peitinhos podiam ser vistos pela renda, a calcinha era da mesma cor e toda transparente, ela também tinha seus cremes e diversas coisas, por que sempre tinha tudo separado para caso precisasse sair depressa.
Algumas horas depois ela estava com muita sede, havia esquecido de pegar água, ela escutou o chuveiro do quarto ao lado e decidiu que estava tudo bem ir até a cozinha bem rapidinho, ela colocou o robe de cetim e seguiu até lá.
Estava um breu apenas a lua prateada iluminando, já devia ser de madrugada, mas ela se sentia tão alerta, o tempo todo. Havia um passarinho na janela, ele era bonito e estava comendo as migalhas de pão que a garota espalhou ali mais cedo.
- Harry? - Seu corpo congelou, congelou tanto que o copo se espatifou no balcão. - Garoto, você esta bem?
Foi então que ela virou, ela não tinha como escapar. Os olhos do Coronel passaram por cada centímetro do seu corpo, como se estivesse o vendo pela primeira vez. Ela estava travada, completamente travada.
- Harry? - Ele chamou calmamente, ele não parecia bravo, ela nem podia imaginar como seu pau pulsava na calça por ver ele em cetim azul, suas pernas eram longas, bem branquinhas, sua cintura era fininha, o rosto iluminado pela lua era perfeito, ele nunca havia reparado muito no garoto, ele era muito novo e agora parecia extremamente assustado.
- M-me desculpe, Senhor. - O Coronel se encontrava muito confuso, por que ele estava pedindo desculpas?
- Desculpe pelo que? E pode ser só Louis, eu não sou tão velho, sou? - Harry corou em um rosa lindo. Velho? Aquele homem podia ser muita coisa, mas não velho, ele era na verdade extremamente gostoso, ainda mais em apenas uma calça militar, o colar de identificação, com o cabelo molhado do banho e os pés descalços.
- M-minha roupa… Eu, eu não… - Louis deu um passo na direção dele, ele parecia um coelhinho assustado quando se encolheu.
- Ei.. eu sou tão mal visto assim? Não a problema algum com a sua roupa. - O mais novo era tão bonito, os olhos verdes tão claros e sua pele parecia tão suave que ele não resistiu em levar sua mão aquele rosto.
A pele era tão macia, os olhos enormes agora estavam fixos nele e tinham uma curiosidade divina, ele esperava encontrar inocência pura, mas não, eles estavam queimando e Louis não resistiu ao se aproximar do corpo macio, encontrando suas bocas.
Harry estava assustada, mas o Coronel era tão delicioso que ela não resistiu, a língua pediu passagem e ela levou as mãos para o fios curtos, não podia acreditar que aquela boca rosada e macia estava na sua, ela amava beijar, amava o arrepio em seu corpo, a língua molhada com a sua, tomando tudo de si. As mãos fortes estavam em sua cintura e ele a apertou, levantando até que estivesse sentada na bancada. Ela se sentiu desesperada, mas as mãos cheias de veias e ásperas estava em suas coxas lisinhas, a boca gostosa desceu até seu pescoço, uma mordida foi depositada e logo depois a língua macia aliviou a dorzinha.
Louis levou as mãos ao cordão do robe e Harry choramingou alto quando ele abriu, os peitos dele era bem grandinhos e seus bicos estavam durinhos e vermelhos pela renda em contato direto, o olhos azuis estavam fascinados e o homem se encontrava travado com aquela visão. Mas foi impedido quando o mais novo fechou o robe e ameaçou descer da bancada.
- Desculpe, desculpe mesmo, Coronel. - Louis o impediu de descer o segurando.
- O que aconteceu? Por que ainda está pedindo desculpas coelhinho? - As bochechas dele coraram pelo apelido, mas ele parecia assustado e o desespero bateu no homem de que provavelmente ele não queria nada com um velho. - Oh Meu Deus, desculpe Harry, você não quer isso? Eu te forcei? Meu Deus… me perdoe.
Ele deu alguns passos se afastando daquele corpo mas Harry se desesperou ainda mais se agarrando em seu pescoço e o puxando de volta, colocando a cabeça em seu pescoço e tendo seus cachos afagados pelo homem.
- C-claro que não… e-eu quero tanto, quero desde quando te vi pela primeira vez. - Ela sentiu seus olhos úmidos. - Só estou com medo quando você descobrir que não sou um garoto.. normal. Eu-eu estou tão molhada, Coronel. - Louis puxou o rosto de seu pescoço ainda fazendo carinho e a olhou com dúvida. - Sou inter.. intersexual. T-tenho uma.. uma… sabe? Uma florzinha.
Ela se sentia patética enquanto Louis sentia que seu pau ia explodir dentro da calça, pq afinal ele não tinha preferência alguma se ele, ela, tinha um pau ou uma boceta, ele só queria foder aquele corpo. As lágrimas estavam presas em seus olhos e o homem percebeu que estava completamente estático, então tratou de aproximar a boca do ouvido dela, ele nem ao menos precisava disso por que estavam completamente sozinhos.
- Oh Coelhinha, você acha mesmo que ligo se você tem uma bocetinha gostosa? Eu vou chupar ela e foder você toda, eu posso? - Harry sentiu um arrepio em seu corpo inteiro, seu melzinho molhou a calcinha que usava e ela se agarrou ainda mais a ele.
- Sim.. por favor, Coronel… por favor. - Ela implorou mesmo sabendo que não precisava, mas estava extasiada por alguém querer ela do jeito certo, sem máscaras e disfarces. - Fode minha bucetinha.
Ele tirou o robe do corpo dela devagar, vendo ela ser iluminada pela luz prateada da lua, olhando apropriadamente dessa vez, a camisola era toda transparente e dava pra ver a calcinha da mesma cor, ela tinha uma borboleta tatuada na barriga, a cintura delicada podia ser vista, as coxas grossinhas estavam abertas e porra.
- Vou te destruir. - Ele agarrou os cachos e colou suas bocas, com uma única mão ele a fez rondear as pernas em seus tronco e a levantou, nem ao menos ligava para o corte da bala ardendo, não ia tirar os lábios dos dela por um segundo, desceu, beijando seu pescoço e maltrarando o local, andando com ela segura em suas mãos.
Chegando ao quarto do Coronel que tinha todo o cheiro dele e fazia Harry se sentir bêbada, ele a colocou no chão e a fez se ajoelhar. Segurando em seus cachos o tempo todo e fazendo ela olhar em seus olhos. Ele era o caralho de uma visão, o tronco bonito e definido, os olhos azuis eletrizantes e o cabelo bagunçado, ele abriu a calça apenas para tirar o cacete pingando pré-gozo pra fora, era cheio de veias, grosso, com a cabeça vermelha e brilhante, ela era lisinha e parecia tão gostosa que a boca da garota encheu de saliva, ela se apressou para por na boca mas o tapa certeiro em sua bochecha a impediu.
- Eu deixei você chupar? Eu te autorizei? - Ele tinha uma expressão fechada no rosto e os olhos estavam pegando fogo.
- Não Coronel, desculpe. - Ele fez um carinho aonde tinha dado um tapa.
- Não seja uma puta desesperada, eu mando aqui e você vai obedecer, não é coelhinha? - Ela colocou as mãos sobre as coxas grossas e definidas dele e concordou, o tecido da calça era grosso e quando ele a fodesse ia raspar em toda a pele dela. - Chupe, até o final, eu quero que você mame bem gostoso e bem babado, certo? Se você fechar os olhos, eu vou estapear essa bunda até ficar roxa.
Harry concordou novamente com a cabeça e recebeu outro tapa.
- Palavras vadia, eu vou ter que te ensinar tudo? - Ele segurou os cachos com força agora e com a outra mão guiou o pau para boquinha com lábios vermelhinhos e inchados pelos beijos e mordidas.
Ele pincelou a boquinha toda com a cabeça de seu pau a manchando com seu líquido, Harry lutou para manter os olhos nele quando sugou a cabecinha, o gosto era tão incrível. Ela mamou devagar, brincando com a língua a sua volta e desceu por todo aquele pau grosso, babando em excesso e o acaricindo com a língua macia. Louis jogou a cabeça pra trás em deleite com aquela boca.
- Caralho Coelhinha, tão quente essa boquinha, será que você vai ser macia em todos os lugares, princesa? - Ela agora fodia a garganta naquele pau, levando todinho na boca, a saliva com pré-gozo escorria pelo seu pescoço e os olhos verdes estavam cheios de lágrimas e quando ele começou a estocar em sua boca sua boceta pingou mais na calcinha e ela podia começar a sentir o meio de suas coxas ficar pegajoso, ele era bruto e toda vez que ele batia de levinho em seu rosto e jogava a cabeça pra trás gemendo um som delicioso, ela pulsava mais. - Porra, você vai engolir tudo? Hm? Vai engolir todo o leite que seu macho vai te dar?
Ela concordou com seu pau ainda na boca e ele gozou forte em sua boca, gemendo seu nome longamente e Harry teve que apertar sua boceta entre as coxas pra não gozar só ao ter a visão dele esporrando. O Coronel não perdeu tempo, a puxando pelo braço e a jogando na cama, a camisola tinha um fecho na frente que ele tratou de abrir e a deixar só de calcinha e se surpreendeu ao alinhar seu rosto e perceber como ela estava encharcada, todo o tecido transparente estava manchado com seu líquido.
- Pingando tesão, coelhinha? - E rasgou a calcinha delicada para vislumbrar aquela xota gostosa, os lábios gordinhos brilhando e o clítoris inchado chamavam por sua boca.
Ela gritou tão algo quando o Coronel passou a lamber todo seu melzinho, chupando o seu grelinho e brincando com sua língua, dando mordidinhas em seu clítoris. Ele comia aquela boceta com vontade, descendo sua língua até a entradinha e podendo perceber como ela era apertada, ele forçou a língua pra dentro e Harry ergueu as costas da cama.
- Oh Coronel, você me chupa tão gostoso, sua língua é deliciosa, muito obrigada. - O pau de Louis não ousou amolecer e ouvir ela agradecendo a ele, fez com que uma gota de pré-gozo pingasse da cabeça babada. Ele desceu a língua até seu cuzinho e a garota pulou assustada.- Eu-Eu nunca, não ai, nunca…
Tomlinson fez um carinho em sua coxa a acalmando.
- Só vou te lamber, coelhinha, mas quando você quiser eu vou te foder aqui. - Ele disse colocando o dedo no buraquinho virgem. - E você vai gostar tanto, que vai querer estar sempre cheia, eu vou gozar lá dentro e colocar um plug de rabinho, pra combinar com a minha coelhinha gostosa.
Quando terminou de falar caiu de boca, lambendo o cuzinho e ousando enfiar a pontinha da língua ali, voltando para xotinha encharcada quando as pernas dela começaram a tremer, ele passou a estapear suas coxas e chupar com mais força e sentiu ela molhar mais e gritar que estava gozando. Foi a cena mais linda que Louis já viu, as bochechas coradas, as mãos enfiadas em seu cabelo e o grito profundo em sua garganta, quando soltou ela, a garota começou a chorar.
- Coronel.. Por favor, fode minha xotinha, eu preciso, por favor.. por favor! - Ele subiu em cima dela ainda com as calças e só cacete para fora e beijou todo o rostinho, pegando suas lágrimas, ele roçou o pau na boceta encharcada fazendo com que Harry tremesse.
- Oh minha garotinha, claro que eu vou foder você, vou foder agora, você vai aguentar? Hm?
- Eu vou Coronel. - Ela estava tão manhosa e toda vez que ela o chamava de coronel fazia seu pau querer explodir, naquele tom ela acabou com a sanidade de Louis, ele empurrou devagar. Ela era absurdamente apertada.
- Hm princezinha, você é tão apertada. Se não soubesse que você é uma vadia, diria que é uma virgenzinha. - Quando as bolas bateram na bunda dela, Louis passou a arrematar forte.
Ele fodeu olhando naqueles olhos, a admirando como se ela fosse a porra de uma Deusa, ela era divina, a porra do paraíso. A xota era tão apertada e quente, extremamente quente, as unhas curtas arranharam o pescoço dele, e sua coelinha era tão atrevida que desceu as mãos até apertar sua bunda por dentro da calça, o empurrando para que fodesse mais forte. A calça roçava nas coxas macias, deixando a pele vermelha.
- Uma vagabunda, vou te encher com tanta porra Harry, que você vai sentir sua barriga inchar. - Ele disse batendo na cara dela e sentindo ela arranhar todas a suas costas, enquanto a garota pirava com aquela corrente batendo em seu rosto, ele virou os corpos na cama sem sair de dentro dela. - Cavalga pro seu Coronel, minha putinha.
E Harry sorriu, deixando suas covinhas amostra, ela apoiou as mãos no peito dele e começou a rebolar enquanto Louis revirou os olhos, ela apertava a boceta em seu pau e o levando ao céu, aqueles olhos verdes, os cachos bagunçados, e o jeito que ela levava seu pau, ela foi moldada pra ele. Quando viu os peitos balançando ele se levantou, colocando um deles na boca e mamando com força, passou a destribuir diversos chupões e mordidas antes de abocanhar o outro, mamando, mordendo e sugando com força. Foi quando Harry acelerou os movimentos, o clítoris se esfregando enquanto ela rebolava e sentia aquele pau delicioso pulsar nela.
- Goza Coelinha, goza pro seu Coronel pra eu te encher de leite, minha, só minha gostosa. - Foi o jeito que ele revindicou Harry, que ele disse que ela era dele que a fez esguichar, molhando e expulsando o pau de Louis.
Ele sorriu feliz em ver ela chorando, tremendo e gritando seu nome.
- Dentro, goza na minha xotinha, me deixa suja de você, por favor Amor. - Ela falou tão manhosa que Louis apenas se enfiou de uma vez com ela caída em cima dele enquanto ele arrematava pra cima, ouvindo a voz baixinha dela dizendo “Coronel, goza na sua garotinha, eu preciso” ele esporrou forte olhando em seus olhos e enquanto se liberava ele a beijou, profundo.
🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖
Harry acordou horas depois, eles dormiram rapidamente, sujos de gozo, ela acordou com aquele pau roçando na sua bunda e a mão forte apertando seu peito. A cabeça daquele cacete tão gostoso estava bem em seu cuzinho e ela o sentiu piscar, sua xotinha estava ainda suja de porra e ela se sentia quente, ela passou a se mexer fazendo com que a cabecinha molhada de pré-gozo ameaçasse romper seu buraquinho virgem. Ela queria, queria muito.
- Lou… - Ela proferiu baixinho, não queria levar uma negativa.
- Oi princesinha. - Ele respondeu em seu ouvido e ajudando com os movimentos pela cintura. - Você quer?
- Eu quero amor, tenta devagarzinho. - O pré-gozo ajudava a escorregar a cabecinha e Harry relaxou o corpinho, se abrindo bem e engolindo a cabecinha.
Ela não sabia explicar como, ela tentará algumas vezes antes, mas simplesmente não conseguia, mas ela estava necessidade disso, ela se sentia uma vadia tão suja, dando para o Coronel, anos mais velho, dando seu cuzinho, deixando ele beijar seu pescoço, apertar seus peitinhos e esfregar os dedos na sua xota. Ela estava em êxtase e depois de Louis mandar ela cuspir em sua mão e passar por todo seu pau e um pouco bem em seu cuzinho, ele escorregou pouco a pouco pra dentro.
Era surreal pq apenas uma ardidinha leve a incomodava, mas o caralho entrou tão facil, ela estava relaxada e se sentindo tão bem, o tesão dentro dela era inexplicável, um sexo extremamente gostoso. Louis estava maravilhado, o cuzinho dela era tão bom, apertado, quente.
- Minha Coelhinha, você é a melhor, a mais gostosa, ta me deixando maluco. - Ela gemeu manhosa. - Você é tão gostosa, a única que aguenta meu pau bem assim, nunca mais quero foder ninguém, só a minha garotinha gostosa.
- Promete.. Promete Coronel que esse pau só vai entrar na minha xotinha, no meu cuzinho, na minha boquinha, só eu posso ter o seu leitinho? - Ele revirou os olhos fodendo ela devagar e passando a mão por todo o corpo, ele fez ela virar a cabeça, para beijar sua boca de uma forma obscena, cheia de língua e saliva. Harry nunca tinha sido beijada assim.
- Só você, minha garotinha mimada, vou te dar tudo que você quiser. - Harry gemeu, pedindo mais beijos, era tão sujo e intenso.
Eles passaram muito tempo assim, com Louis a fodendo-a de ladinho, cuidando dela, quando ela começou a tremer ele a prensou na cama fodendo seu cuzinho até que ela gozasse e em seguida enchendo-o de porra.
- Vou te comer todas as manhãs, vou te deixar sempre cheia, Minha coelhinha. - Harry sorriu extremamente satisfeita e subiu em seu colo, adormecendo com a cabeça em seu pescoço.
🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖🪖
Espero que tenham gostado, essa ficou um pouquinho maior e eu tive uma insegurança com ela. Mas obrigada se chegaram até aqui!
All the love,
Blue.
#larry stylinson#louis tomlinson#harry styles#smut#hinter#military#breeding toy#breedingkink#fuck#agegap#daddy babygirl#ltops#hbottom#louis tops#harry bottom
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É uma merda acordar e me sentir cada vez pior, a sensação é de que tem algo apertando meu coração e rasgando ele de dentro para fora. Eu só queria conseguir me reiniciar, voltar às configurações de fábrica ou simplesmente me apagar de vez. Seria mais fácil para todos não ter que lidar com um peso morto e eu não precisaria mais fingir que está tudo bem. Seria bem mais fácil para mim, já que não precisaria mais sofrer tanto por causa dessa merda de vida e já que eu não tenho ninguém que se importe com a minha existência, existir nunca foi uma boa opção, eu nunca escolhi assim. E ainda tenho que pagar e me foder até pelo fato de respirar... Eu estou exausto, destruído e algo dentro de mim voltou a morrer, é uma pena não ser forte o bastante para acabar com tudo de vez, mas um dia eu consigo.
— O meu nome é solidão, D. Quebraram.
#autoraisquebraram#quebraram#novos#projetovelhopoema#lardepoetas#carteldapoesia#projetoalmaflorida#mentesexpostas#eglogas#poecitas#humverso#projetocores#chovendopalavras#projetoflorejo#ecospoeticos#fumantedealmas#espalhepoesias
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5. ordem
tw: menção a doença e morte, acho que só.
olhem só quem apareceu nos 45 do segundo tempo. deveria ter vergonha né 👎🏾 me perdoem qualquer erro, ficou um pouco grandinho. boa leitura e beijo!
Fica alí, trancada no quarto, pelos próximos dias. Parou de contar depois da terceira noite, pensando no que fez para merecer aquele castigo. Para merecer aquela ardência mal curada que estava espalhada por todo seu corpo. Para merecer aquela família. Para merecer aquela voz sussurrando dentro de sua cabeça que só havia uma maneira de acabar com tudo aquilo, que precisava urgentemente um jeito na sua vida.
Eunha não se lembra de quantas vezes foi até a porta e bateu, não ouvindo resposta do outro lado. Tentava falar alguma coisa mas tudo que recebia era o silêncio. Acabava desistindo na maioria das vezes, dando meia volta e se enrolando em seus cobertores, encarando o teto do quarto enquanto o dia escurecia outra vez. Estava começando a sentir os sinais da abstinência, seja ela da possível dependência química ou de contato humano, as mãos tremiam sem motivo e a cabeça latejava. Sua sorte era o pequeno banheiro acoplado ao cômodo, seu único refúgio quando se sentia sufocada pelas paredes e sentia tudo girando, quando ouvia aquela mesma voz insuportável cochichando dentro de seus ouvidos e começava a ver as luzes piscando de maneira incansável.
Depois de passar outra noite definhando no chão gelado, quando o sol ameaçava nascer, a Kwon se rastejou até a porta mais uma vez. Estava sem as roupas depois de arrancá-las durante a madrugada, se sentindo presa e precisando urgentemente se livrar daquela agonia. Conseguiu ver pela pequena fresta quando um par de pantufas parou do outro lado e levou a mão até a madeira, passando as unhas arrancadas enquanto tentava encontrar a própria voz.
— Mamãe? — pensou ter dito em voz alta, não tinha certeza se ainda conseguiu falar. Tentou outra vez — Ainda estou aqui.
Silêncio.
— Eu não quero morrer — ofegou, a outra mão indo de encontro a um de seus machucados mal cicatrizados. Eunha aperta — Não deixa ele me matar.
A garota sentiu sua garganta se fechando quando os pés se afastaram da porta e precisou afundar o que restava de suas unhas no buraco que se formou em sua bochecha. Não conseguiu chorar. Uma pressão explodiu sua cabeça em dor enquanto ela olhava para o armário que guardava seus medicamentos.
•••
Está dirigindo há, pelo menos, duas horas e já sente seus dedos começando a formigar. Espia o banco do carona e vê Jeno cochilando com a cabeça apoiada na janela, o que acaba te fazendo revirar os olhos. Invejava o sono pesado do tenente, que não tinha dificuldade para dormir e muito menos era acordado com facilidade. Mesmo quando o carro sacudia mais forte ele continuava imóvel.
Por outro lado, mesmo que não soubesse o histórico de sono do Lee antes das pragas, entendia que ele dormisse sempre que tivesse a oportunidade. Acordavam cedo todas as manhãs, assim que o sol começava a nascer, e ficavam acordados o máximo que conseguiam antes da noite consumir completamente o céu – aproveitam o máximo que conseguiam as vantagens que podiam ter sobre os mortos vivos. Era mesmo cansativo e qualquer oportunidade que tivessem de descansar deveria ser devidamente aproveitada. Alí, enquanto ouvia a respiração pesada do rapaz adormecido ao seu lado, pensava em como deveria ser não temer estar tão vulnerável assim. Poderia capotar o carro naquele momento e ele morreria sem ao menos perceber.
— Esquisita — murmurou para si mesma. Não conseguia distinguir se aqueles impulsos eram assassinos ou suicidas. Ou uma junção das duas coisas.
Por sorte, a pequena estrada que pegam até Sunvylle é uma daquelas que foi interditada assim que o apocalipse começou, ao lado de uma floresta densa de pinheiros altos. É um caminho relativamente tranquilo durante o dia, mantém sua atenção em todas as direções que consegue, tentando estar o mais alerta possível. Mas não há nada relevante ao redor. Precisa se forçar a relaxar no banco e não apertar o volante entre os dedos com tanta força. Não sabe o motivo de estar tão apreensiva.
Inspira o ar para os pulmões e prende por alguns segundos. Já consegue ver os prédios de Daegu surgindo e a cidade tomando forma ao passo que se aproximam cada vez mais, o que é um bom sinal. Quando pontos brancos começam a surgir em seus olhos, finalmente volta a expirar, agora com a respiração menos trêmula e mais controlada.
Está apertando os olhos na direção do mapa aberto e abandonado no colo de Jeno quando o som do walkie-talkie chiando chama sua atenção. Alcança o aparelho no porta-luvas e o segura, esperando que alguém dissesse alguma coisa, o coronel, muito provavelmente. Mas nada acontece, não ouve nada além da interferência silenciosa.
— Estou na escuta, câmbio — aperta o pequeno botão para falar e o walkie-talkie de repente para de chiar por um instante, voltando logo em seguida — Mas que coisa.
Resolve deixar de lado, seja lá quem estava tentando falar com vocês tentaria outra vez quando estivesse com um sinal decente. Joga o pequeno aparelho de volta para seu lugar de origem e o barulho parece, finalmente, acordar Jeno.
— Você é muito barulhenta — ele resmunga com a voz abafada pelo boné que cobria seu rosto — Não se pode dormir em paz nos dias de hoje.
— Bom dia, princesa — você responde — Deveria me agradecer por te deixar dormir feito um folgado enquanto dirijo sem pausa.
— Aposto que sentiu falta de conversar comigo e minha personalidade encantadora.
Dá uma risada soprada enquando ele solta um bocejo longo e desnecessariamente alto. O Lee pega o boné e o arremessa nos bancos de trás, bagunçando o próprio cabelo, ainda com o corpo relaxado sobre o banco. Nunca viu alguém tão estupidamente a vontade como ele.
— Se isso te faz dormir a noite — desdenha, dando de ombros. Olha de soslaio para ele a tempo de vê-lo revirar os olhos para você — Não vou pedir desculpa por te acordar.
— Ótimo. Não quero viver em um mundo onde você sabe se arrepender e reconhecer seus erros e demonstrar sentimentos.
Agora é a sua vez de revirar os olhos.
— Eu sei fazer todas essas coisas — responde e Jeno arquea as sobrancelhas, não muito convencido — Só não acho que você mereça nenhuma delas.
— Assim você quebra meu coração — ele diz num falso lamento, suspirando de maneira dramática — E tem alguma razão específica pra você ter arremessado o coitado do walkie-talkie que nunca te fez nada? Ou são apenas os seus instintos violentos vindo a tona?
— Eu não tenho instintos violentos — faz uma careta, se virando para olhar diretamente para o tenente.
— Sinto muito em ser eu a te informar disso, Borboleta, mas você é uma criaturinha incrivelmente violenta e agressiva — Jeno usa seu tom mais condescendente para dizer e, propositadamente, te irritar enquanto mantém a postura desleixada — A pior de todas.
— Não sou, não — esbravejou e viu quando ele deu um sorrisinho arrogante de canto. Precisou respirar fundo para resistir a sua vontade estragar aquele rosto de todas as formas mais dolorosas que conhecia — O walkie-talkie tocou. Não exatamente. Tocou mais ou menos.
— Ah, é? — arqueou uma sobrancelha escura, esticando o braço para alcançar o objeto — Se importa de explicar?
— Ele ficou chiando. Não consegui ouvir nada, o sinal não estava lá dos melhores — responde.
— Melhor assim. Preciso de uma pausa do coronel por pelo menos dois dias inteiros, no mínimo — o tenente diz e endireita o corpo, finalmente se sentando ereto. Os cabelos escuros e lisos dele estão desengrenhados e as roupas amassadas — Pelo bem desse país.
— Nem me fale — concorda, bufando em seguida.
— Quando tudo isso acabar eu vou me aposentar de vez.
— De novo isso de se aposentar? — indaga, se lembrando do que o tenente tinha dito horas antes, depois que saíram do hospital — Você não tem nem trinta anos ainda. Relaxa um pouco, Lee.
— E agora você tá me ouvindo, pelo menos.
— Também estava ouvindo quando disse da primeira vez.
— Não estava, não.
Você revira os olhos.
— Precisa superar essa sua carência — aponta para ele com um sorriso irônico — Urgentemente.
— E você precisa considerar ser uma pessoa um pouco mais agradável de se conviver — rebate o Lee — Já pensou em aprender a conversar feito um ser humano normal?
— Estou conversando com você. Mesmo que você não se encaixe, exatamente, na categoria de ser humano normal — se encolhe no banco, começando a abrir a janela do camburão para deixar com que um pouco de ar fresco entre no veículo. Já consegue ouvir os zumbidos vindo do centro.
— Tá vendo? É disso que eu tô falando — Jeno diz, meio indignado. O tenente aperta os olhos e franze o cenho — Não dá pra ter uma conversa agradável com você. Nunca.
— Isso é você que tá dizendo — murmura e começa a diminuir a velocidade. Logo seu rosto se contorce em uma expressão confusa, olha do Lee para o lado de fora algumas vezes — Tá ouvindo isso?
Jeno assente, destravando o cinto enquanto vocês entram cada vez mais na cidade. Ao passo que vão se aproximando, um som muito parecido com água escorrendo chega aos seus ouvidos. O som vem acompanhado de um zunido que não consegue identificar, além do som de passos. Seu corpo volta a entrar em alerta e lança a Jeno um olhar rápido que ele logo entende, se inclinando para trás e pegando sua carabina de pressão e o taco com arame farpado.
— Vamos descer — ele diz já com a mão na trava da porta, pronta para abri-lá.
— Espera um pouco — continua dirigindo e adentra de vez no lugar, os sons ficando cada vez mais nítidos. Vê o homem ao seu lado resmungar alguma coisa que não se dá o trabalho de prestar atenção e usa sua mão livre para pegar seu cartucho da carabina, o guardando dentro do bolso do moletom — Parece que não estamos sozinhos.
— E a companhia não deve ser das melhores — ouve Jeno responder enquanto recarrega a própria arma, abrindo o próprio vidro e colocando a cabeça para fora — O que é estranho já que ainda são onze da manhã.
Você concorda e finalmente estão dentro do centro de Daegu, cercados de casas, prédios comerciais e muitas lojas. Em um cenário mais provável, encontrariam todas aquelas fachadas destruídas e as ruas estariam abandonadas, assim como todos os outros lugares que foram até o momento. Mas o que encontram, ao invés de tudo isso, não é o caos do silêncio e nem mesmo as pragas que imaginavam ver se contorcendo pelos cantos. Encontram pessoas.
O zumbido que estavam ouvindo eram conversas. E o barulho de água escorrendo era realmente o que ouviu, mas eram galões sendo despejados pelo asfalto. De onde estavam conseguiam ver quatro ou cinco pessoas esfregando alguma coisa no chão com vassouras, todas vestidas com roupas comuns. Em frente as lojas e das casas, outras pessoas penduram lençóis brancos sobre suas portas e janelas. Precisa soltar o ar que estava prendendo quando as ouve conversando e não rosnando ou batendo os dentes, mas sim sorrindo umas para as outras.
— Isso é novidade — Jeno volta a falar depois de um tempo, atraindo sua atenção para ele. Vê o Lee com as sobrancelhas arqueadas e os olhos pequenos um pouco arregalados — É bastante gente.
Desde que começaram a operação pela cidade, todos o bairros em que passavam tinham ruas desertas e silenciosas, o máximo que encontravam eram uma ou outra pessoa — e nenhuma delas em estados muito sadios de saúde mental ou física. Por isso ficam surpresos por ver não apenas uma ou duas, mas um grupo de pessoas interagindo de forma não agressiva ou fora de suas faculdades mentais.
— É — você sussurra e começa a estacionar o carro, ainda afastada do lugar em que os moradores estão. Assim que estão parados, destrava o próprio cinto pega a carabina dos braços de Jeno. Olha para a arma por alguns segundos e solta um suspiro derrotado — Acho melhor trocar por uma menor.
Sua voz é apenas um murmuro mas o Lee ouve com muita clareza e não consegue conter o grande sorriso que toma conta de seu rosto, daqueles que fazem com que o olhos dele quase se fechem por completo e ruguinhas enfeitem suas extremidades. Jeno esfrega o próprio peito como se estivesse sentindo emoções muito avassaladoras e solta uma gargalhada muito satisfeita. Você revira os olhos com tanta força que teme que eles não voltem mais para o lugar.
— Esperei tanto por esse momento que não sei nem o que dizer primeiro — ele se escora no banco com a cabeça pendendo para o lado. O tenente te olha ainda com os olhos sorridentes e nariz franzido.
— Que tal ficar calado? Não precisa fazer tanto caso com isso — responde, arisca. Tem vontade de arrancar aquele sorriso do rosto dele com um murro tão forte que o deixaria sem dentes para que não sorrisse nunca mais — E pare de rir feito um idiota.
Aquilo só faz com que ele ria ainda mais, se inclinando para mais perto de você. Continua parada no mesmo lugar, arqueando uma sobrancelha na direção dele.
— Não imagino o quanto deve ter doído pra você, Borboleta — sussurra com o rosto a centímetros do seu, negando com a cabeça. Você cruza os braços, impaciente — Admitir que precisa deixar suas armas de policial exibida que são do tamanho do seu ego para usar uma que não compense sua autoestima inabalável.
— Pode ter certeza que quando eu atirar bem no meio da sua testa vai ser com uma bem grande e barulhenta, para ninguém ter dúvidas sobre quem acabou com essa sua petulância toda — usa mesmo tom de voz, apertando os olhos — Agora sai de cima.
— Faço questão de abrir a porta pra você — Jeno estica o braço até a maçaneta, o que deixa vocês ainda mais próximos por um instante. Ele, com o sorriso desnecessariamente animado e você, com uma carranca irritada no rosto. Ouve o clique da porta ainda o fuzilando em pensamento, continuando na mesma distância mesmo quando o Lee volta a sussurrar — Espero que isso não machuque muito o seu coraçãozinho.
Sente seu rosto esquentando com o falso tom magoado que Jeno usa.
— Vou machucar acabar machucando você.
Ele aperta os lábios e levanta as sobrancelhas, abaixando os olhos.
— Ah, é?
Você bufa alto e finalmente se afasta dele antes que cumpra com o que disse, saindo do carro. Bate a porta com força e dá a volta, abrindo o porta-malas espaçoso para guardar a carabina. Ainda ouve o som da risada alta de Jeno e precisa respirar fundo enquanto pega um calibre 38 que consegue prender na cintura. Troca o cartucho e depois ajeita o moletom e a calça para que fique firme alí e mantém em sua mente que é melhor usar a arma menor e não assustar aquelas pessoas. Sabe bem disso e reconhece que seu erro foi verbalizar o pensamento, por isso não iria admitir aquilo em voz alta na frente do tenente.
Quando está voltando, vê Jeno escorado no capô do carro, com o boné na cabeça outra vez e as mãos dentro dos bolsos da calça preta. Sabe que ele também está com o próprio o próprio revólver e deixou o taco lá dentro, mas, diferente dele, você não faz um escândalo por causa disso.
Olha rapidamente para ele e começa a andar na frente, sabendo que logo Jeno te alcançaria. E é o que acontece.
— Qual seu plano, senhora achomelhortrocarporumamenor? — ele pergunta e pode ouvir o sorriso na voz dele, dessa vez mais contido e menos irritante que antes — Dá pra fazer uma pequena varredura. Temos tempo.
— É. Pensei em só conversar e ver como está a situação por agora, perguntar se sabem de alguma coisa importante — murmura. O som das botas de vocês começa a atrair as pessoas na rua, que olham na direção de vocês imediatamente — E então vamos para Sunvylle.
— Quem sabe a gente não acha algum comércio funcionando e encontra comida de verdade — diz o tenente — E por comida de verdade eu quero dizer qualquer coisa que não sejam fibras de carne seca e comida enlatada.
Você assente. Também faria qualquer coisa por um prato de yakisoba com bastante pimenta e queijo.
Diminuem a velocidade dos passos quando já estão a poucos metros de distância do grupo de pessoas que viram alí. Agora, percebe que a maioria é jovem, não sendo muito mais novos ou mais velhos que você e Jeno. Também que os mesmos lençóis que estão pendurando estão por toda parte, nas janelas e portas da maioria de casas e lojas da rua. Coloca seu melhor sorriso simpático no rosto quando uma das moças que estava enfregando o asfalto se aproxima de vocês. Repara que o que está sujando o chão é uma poça enorme de sangue e pode jurar que tem alguns restos mortais espalhados. O grupo de quatro pessoas que está alí assume uma postura defensiva enquanto a mulher tira um termômetro digital de testa do bolso do casaco.
— Boa tarde. Mostrem os pescoços e os pulsos, por favor — ela diz e se aproxima de vocês. Decidem colaborar para mostrarem que não são ameaça a nenhum deles e quando ela vai na sua direção primeiro, estica a gola do moletom para deixar o pescoço a vista e estende os pulsos. Sabe que quando uma pessoa é recém infectada, um dos principais sintomas do vírus são as veias salientes e bem mais escuras.
— Olá, nós somos do Centro Acadêmico de Segurança de Daegu. Estamos fazendo uma patrulha aqui pelo centro — mostra o distintivo. Sente o termômetro encostando na sua testa e olha de esguelha na direção de Jeno — Ficamos bem surpresos de encontrar pessoas por aqui.
— Mas foi uma surpresa boa, já que parecem saudáveis — o tenente continua e sorri fechado — Eu sou o tenente Lee Jeno, é um prazer conhecer vocês.
Jeno acena para aqueles que estavam mais atrás, duas mulheres, um rapaz que tinha um neném dormindo em seu colo e não devia ter mais que dois anos de idade. Eles acenam de volta, meio acanhados.
Assim que vê sua temperatura controlada a mulher segue para fazer os mesmos protocolos no Lee.
— Vocês são os primeiros que aparecem aqui em um tempo — ela diz enquanto mede a temperatura de Jeno depois de checar o pescoço dele — E não se parecem com os últimos policiais que vieram da última vez.
— Por quê? Aconteceu alguma coisa? — você pergunta e a ouve suspirar, desligando o termômetro.
— Fizeram uma varredura aqui há alguns meses atrás, quando essas ruas ainda eram um caos e muita gente ainda morria sem saber como o vírus funciona — ela volta a pegar a vassoura e acena para o homem que segura o neném, entregando a ele e pegando a criança em seus braços — Diferente de vocês, eles vieram com dois camburões e saíram pelo menos um dúzia, armados com fuzis enormes e cobertos dos pés a cabeça, com capacete e cassetetes por todos lados. Entraram em todas as casas e só causaram pânico. Não foi de grande ajuda — explica.
— Ouvimos outros relatos parecidos com esse. Sentimos muito por isso — Jeno diz e franze o cenho — Realmente não queremos assustar ninguém. Estamos só de passagem.
Ela assente e começa a ninar a criança, dando de ombros.
— Ninguém aparece aqui desde esse dia. Não deu pra entender qual era objetivo deles na época, mas depois disso fomos aprendendo a conviver com as pragas — a mulher dá um sorriso fechado — Meu nome é Sohyun, Park Sohyun. Essas são minhas irmãs Dahee e Jiwoo, meu marido Seungwoo e meu filho, Hwan.
Você sorri de volta e cumprimenta as outras pessoas rapidamente. Ouve Jeno engatar em uma conversa com Sohyun sobre o funcionamento do que restou das pessoas que moravam naquela região e logo são convidados para conhecer a casa deles. Assim que a mulher faz o convite, você e o Lee conversam em silêncio sobre a sugestão.
"Não custa nada dar uma olhada rápida" acha que ele tenta te dizer.
"Tem razão" é o que Jeno espera que você tenha respondido.
•••
Assim que concordam em dar uma passada, Seungwoo começa a guiar vocês para dentro de um beco estreito entre duas casas e Sohyun continua na rua com o bebê e Dahee. Sua mão vai instintivamente para a arma em sua cintura enquanto anda entre o homem e seu tenente parceiro. O caminho é escuro e não muito longo, mas seus sentidos ficam em alerta até que parem de andar e ouça o som de chaves, o clique de uma maçaneta girando e então uma porta se abrindo. Ficam na escuridão por mais um momento até que uma luz finalmente se acenda, deixando todo o lugar visível para vocês.
Depois que Seungwoo entra primeiro, Jeno dá um leve toque em seu ombro, sinalizando que você entre logo após e ele fica na batente enquanto você continua com a mão sobre o cano do calibre através do moletom, olhando atentamente para todos os cantos. O primeiro cômodo que visitam é a sala de uma casa que não parece muito grande, com muitos móveis de madeira escura e um enorme tapete verde e felpudo no chão de porcelanato. O único ponto de iluminação do lugar são as pequenas lamparinas acesas sobre a mesinha de centro, o que dá um ar aconchegante à casa. Nota algumas barricadas espalhadas além de pedaços de pau com pregos empilhados no canto.
— Podem checar os outros cômodos, se quiserem — Jiwoo diz, ainda meio acanhada. Olhando a garota de perto ela parece ainda ser adolescente, com seus cabelos cacheados volumosos presos em um rabo de cavalo mau preso e a blusa de xadrez vermelha amarrada na cintura — Não que tenham muitos.
— Obrigada — você agradece a ela e sorri, indicando com a mão — Se puder ir na frente.
Ela assente e começa a andar. Olha rapidamente para o Lee e o vê balançar a cabeça em concordância, ainda inspecionando a sala com olhas meio curiosos e despreocupados. Então, segue Jiwoo pelo pequeno corredor que ela atravessou, esse que dá acesso a dois quartos também pequenos e um banheiro. O primeiro deles tem uma beliche encostada na parede lateral, em frente ao guarda-roupa que tem uma das portas bamba e um espelho quebrado; uma janela entre os dois móveis está fechada e coberta por sacos de lixo preto. O próximo quarto é logo a frente e parece ser um pouco maior, com uma cama de casal cheia de lençóis bem esticados e alguns travesseiros; esse tem apenas uma pequena cômoda branca e não têm janelas. No cantinho, ao lado da cama, um pequeno berço tem um véu pendurado sobre ele.
O banheiro é simples, com uma privada, pia e um chuveiro atrás de uma cortina. Quando chega ao fim do corredor – e da casa – se depara com mais porta e se vira para Jiwoo, que ainda está em seu encalço.
— E o que tem alí? — pergunta, curiosa.
— Alí é o restaurante da Hyun. Ou era — ela se refere a irmã e dá de ombros em seguida — Mas tá trancado e só ela tem a chave. Podemos mostrar a vocês quando ela voltar com a Hee e o Hwan.
— Claro, eu adoraria — concorda e então começam a voltar para onde os rapazes estão — Aliás, o que elas estão limpando lá fora?
Jiwoo coça a nuca quando vocês passam em frente ao banheiro.
— Não sei muito bem, parece que algumas pragas comeram um cachorro durante a noite — faz uma careta e você sente seu estômago embrulhar — Sohyun acordou antes de todo mundo e quando demos falta dela, ela já estava esfregando aquele tanto de sangue sozinha.
— Isso é horrível e muito nojento — declara e ela concorda, murmurando — Espero que as pragas não estejam dando muito trabalho a vocês.
Quando voltam para a sala veem Jeno e Seungwoo sentados no sofá enquanto o último mostra um punhado de papéis ao tenente. O Lee levanta o olhar para você assim que chega com a menina.
— A gente aprendeu a lidar — Jiwoo não se prolonga muito, mas sente que não foi tão simples assim. Nunca é. Porém decide não insistir muito no assunto por hora, estando mais curiosa a respeito do que Seungwoo estava mostrando a Jeno. Se aproxima dos dois.
— O que são esses papéis? — Se agacha em frente ao sofá e se inclina para tentar ler. Vê muitas coisas grifadas e percebe que são todas escritas a mão.
— São nossos registros — Seungwoo explica — É tudo que nós documentamos desde o começo do apocalipse. Achei que poderiam se interessar, tem bastante coisa.
Você assente e pega alguns dos papéis. Todos eles estão com a mesma caligrafia e são datados; com o dia, mês e ano; além do horário em que o documento foi escrito. O primeiro que lê é uma anotação de sete meses antes, com rotas de lugares seguros para irem atrás de outras pessoas pelas redondezas. Viu também um pequeno calendário e um mapa desgastado.
— Parece que vocês tem bastante controle aqui — comenta, parando brevemente de folhear os registros. Volta sua atenção ao homem, crispando os lábios — É muito bom ver que estão firmes. Na medida do possível, claro.
— A gente faz o que dá — ele suspira — Fazemos de tudo pra manter nossa família segura.
Quando Sohyun volta da rua com o pequeno Hwan, agora acordado, e Dahee, logo ela trata de abrir o restaurante para que você e o tenente conheçam o espaço. O lugar, diferentemente do restante da casa, é aberto e bem mais espaçoso. O primeiro lugar que veem é o salão, com as cadeiras e mesas empilhadas nas extremidades e um grande vazio no centro mal iluminado. O chão é de ladrilhos pretos e brancos, um balcão de mármore separa o salão do caixa, e uma porta sem batente dá na cozinha.
— Nos últimos anos o bairro vivia faltando água, as vezes nós ficávamos dias esperando a água voltar — Sohyun comenta quando entram na cozinha, com o pequeno Hwan em seu encalço. Alí, duas pequenas janelas basculantes deixam com que um pouco de luz entre no cômodo, também forradas com pedaços de lençóis brancos — Por isso, começamos a estocar galões de água para emergência. Acabou que isso veio a calhar quando a infecção começou. Fizemos um sistema de racionamento até aprendermos a purificar a água.
— Imagino que tenham feito a mesma coisa com a comida — Jeno supõe olhando ao redor e andando pela cozinha.
Hwan se afasta da mãe e começa a engatinhar em sua direção. Ele está usando um macacão azul e tem na boca uma chupeta amarela. A criança dá uma risadinha quando chega até você e puxa a barra da sua calça.
— Sohyun era bem sistemática com a comida no começo — é Dahee quem diz, parada na porta da cozinha. A irmã do meio tem mais semelhanças com a mais velha que Jiwoo, vestida com uma regata cinza e calça jeans clara. Ela afasta o cabelo preto do rosto — Já ficamos três dias dividindo cinco fatias de pão porque ela nunca sabia o que podia acontecer.
— Eu estava tentando cuidar de vocês — a mais velha se defende, arqueando as sobrancelhas — E nós tinhamos muitos legumes, verduras e frutas guardados, o que é bem mais fácil de conservar sem energia do que carnes. Outra coisa crucial foram os botijões de gás reservas, assim não precisamos de eletricidade para cozinhar.
— Sempre foram só vocês? — você pergunta e vê Jeno franzindo o nariz. Dá de ombros, não pensando que fosse uma pergunta indelicada. Hwan estica os bracinhos para cima querendo ser carregado, balbuciando alguma coisa que não consegue identificar. A criança usa os dedinhos para agarrar sua canela coberta pela bota de couro e você engole em seco, abrindo e fechando as mãos ao lado do corpo, arregalando os olhos.
Jeno, que está do outro lado da cozinha, observa a cena e comprime os lábios para não rir da sua reação. Parece quase desesperada e ele acha meio cômico que você não hesite em enfrentar uma gangue de dez pessoas armadas, mas que um bebê entre seu primeiro e segundo ano de vida te deixe estática no lugar.
— Nós costumávamos visitar algumas famílias da vizinhança mas o pessoal não é mais como antes — a Park mais velha diz enquanto abre um armário e tira alguns panos lá de dentro — Filho, deixe a moça quieta. Vai lá com a sua tia.
O neném cospe a chupeta e um bico o substitui, juntamente dos olhos que imediatamente se enchem de lágrimas.
— Tá tudo bem — você tenta tranquilizar, ainda parada na mesma posição quando Dahee se aproxima para pegar o sobrinho no colo, guardando a chupeta no bolso da calça. Hwan abre e fecha as mãozinhas para você outra vez.
Dahee passa as mãos pelas costas dele e faz com que ele deita em seu ombro, revirando os olhos.
— Que criança mais carente, isso é culpa da Jiwoo que vive mimando ele — resmunga e começa a niná-lo. Você olha de Sohyun para Jeno, notando a expressão de divertimento dele. Aperta os olhos — Vou colocar ele no berço.
— Obrigada, Hee — logo a garota deixa a cozinha e estão apenas Sohyun, Jeno e você. A mulher pega uma tesoura em uma das gavetas e começa a cortar os panos ao meio — Minhas irmãs já são bem crescidas, mas não gosto de falar sobre certas coisas na frente delas.
— Qual a idade das meninas? — Jeno pergunta, se escorando na parede e cruzando os braços.
— Jiwoo tem dezesseis e Dahee acabou de fazer dezenove. Tenho só oito anos de diferença com a Hee, mas ainda sinto como se fosse uma vida inteira — ela suspira — Nossa mãe faleceu há um ano atrás, morava na casa da frente.
— Ela foi infectada? — você sussurra e Sohyun faz que não.
— Pneumonia — responde — As meninas moravam com ela na época e continuaram morando lá, sozinhas, por alguns meses. Até que elas se viravam bem, mas quando as primeiras pragas apareceram eu não consiguia ter uma noite tranquila de sono pensando nelas naquela casa. Eu e Seungwoo íamos lá todos os dias, claro, e mesmo assim não era a mesma coisa. Hwan era bem menor e tínhamos toda a responsabilidade de cuidar de um bebê pequeno, mas elas são minhas irmãzinhas. Só não posso dizer isso na frente de Dahee, ela fica bem brava.
— Sinto muito — Jeno lamenta — Não posso nem imaginar como deve ter sido difícil lidar com tudo isso sozinha. Claro, você tem seu marido, mas não deixa de ser... complicado.
— Agora as coisas têm sido menos complicadas, na medida do possível. Ter a minha família comigo me deixa bem mais tranquila. Cuidar delas de perto é incrível. E Hwan ama as tias.
Jeno sorri, concordando. Também sente muita falta de sua família e entende o que ela quer dizer.
O Lee olha para você e te vê em uma posição parecida com a dele, escorada em um dos armários, com os braços cruzados. Mas seus olhos estão distantes e, mesmo com o boné, ele consegue ver suas sobrancelhas arqueadas.
— O que você tá fazendo? — ele pergunta a Sohyun, se aproximando.
— Vou costurar algumas luvas com esses panos, hoje é dia de purificar nossa horta e limpar a fachada do restaurante. Amanhã nós colocamos a placa na porta para tentar receber alguns moradores e distribuir uma pequena salada de frutas.
— Parece que estão com o dia cheio — você sai do seu pequeno transe e bate com as mãos na lateral do corpo, se desencostando do armário — Eu e o tenente Lee já estamos de...
— Podemos ajudar, se quiser — te interrompe. Arregala os olhos, ele continua com um sorriso simpático no rosto e te olha por uma fração de segundo — Há muita coisa para fazer.
Você fuzila Jeno, pensando qual era o problema daquele idiota e o por quê dele achar que vocês tem tempo para ajudar com todas aquelas coisas. Precisa respirar fundo para não gritar com ele e assustar aquela família com seus instintos violentos. Por isso, morde os lábios com força para conter a si mesma.
— Bom, uma ajuda é sempre bem vinda — Sohyun sorri de volta e você força uma coisa com a boca que não deve se parecer muito com um sorriso — Vamos começar pelas luvas, então.
Com a desculpa que precisava checar o carro rapidinho, você vai até o camburão, entra e fecha a porta. Uma vez que está lá dentro, você fecha as janelas e grita por dez segundos ininterruptos e xinga seu tenente parceiro de todos os palavrões que conhece.
•••
As próximas horas do dia se seguem, primeiro, com você e o tenente ajudando Sohyun e Jiwoo a costurarem aquelas luvas. Jeno se revela um ótimo costureiro, sendo elogiado diversas vezes por elas, fazendo com que ele e a adolescente engatem em uma conversa muito empolgada sobre crochê e quais seus pontos e agulhas preferidas — assunto esse que te deixa entediada e surpresa na mesma medida. Você, em contrapartida, nunca tinha encostado em uma agulha de costura antes e acaba dando mais trabalho do realmente ajudando, já que Sohyun precisa desmanchar suas luvas algumas vezes antes de aceitar que era melhor simplesmente deixá-las tortas e com dedos irregulares.
Em seguida, vestem as luvas e vão para a parte de trás do restaurante, onde uma pequena horta de cenouras, batatas e tomates está escondida entre mais um beco estreito como o que passaram ao chegar na casa. Primeiro, colhem os legumes, o que acaba se mostrando uma tarefa menos complicada que a confecção das luvas. Você corta as raízes ao lado de Seungwoo, jogando suas cenoura e batatas dentro de um grande balde verde, mas não encosta nos tomates porque viu um deles sendo abrigo de uma larva enorme e nojenta. Sohyun está dentro do restaurante, esperando que terminem para começar o processo de purificação. A sua frente, Jiwoo e Jeno continuam entretidos, agora com uma conversa que envolve quais são os melhores frutos para se fazer uma salada de maionese. Você não consegue evitar e faz uma careta.
Quando terminam e seguem para a cozinha, descobre que o procedimento de purificação é através de cinzas de madeira misturada com água filtrada. Como precisam ficar algumas horas descansando, vão até a fachada do restaurante com vassouras e mais panos, começando a esfregar os vidros e todo o restante.
— O que são todos esses lençóis? — você pergunta a Dahee em determinado momento, já que Sohyun está focada em limpar e Jeno segue falando sobre algum assunto relacionado a pintura rupestre com Jiwoo. Seungwoo e Hwan estão dentro de casa, sentados no chão da sala enquanto o pequenino brinca com um ursinho de pelúcia.
— É para mostrar quais casas ainda tem sobreviventes — a garota responde.
A última coisa que fazem é cortar algumas bananas, maçãs e laranjas para as saladas de frutas do dia seguinte. Colocam os pedaços em pequenas sacolas e guardam em caixas térmicas. Considera essa a tarefa relativamente mais fácil, não envolvendo sujeira nem nada do tipo. Desta vez, a conversa que o tenente e Jiwoo começaram a respeito da origem dos nomes das frutas acaba englobando todos os presentes, que adicionam comentários e risadas ao assunto. Você até tenta falar uma coisa ou outra, mas prefere focar em descascar aquelas bananas.
Ao finalmente terminarem de fazer tudo que era necessário, a noite já tinha substituído o dia. Deixou a faca de lado passou as costas da mão pela testa, limpando seu suor. Jeno se aproxima de você, sorrindo, mas o olhar fulminante que lança na direção dele faz com que o sorriso morra no mesmo instante.
Não sabe exatamente o que o Lee tinha a dizer e não estava exatamente no clima para ouvir seja lá qual for a provocação que ele preparou, mas Sohyun acaba falando antes que ele tenha a oportunidade.
— Vou fazer uma sopa com os legumes que colheram mais cedo — a mulher agora tem o cabelo preto preso atrás da nuca e veste um vestido florido e solto, com um pano de prato sobre um ombro e um bebê brincando no outro — Gostaríamos que ficassem e jantassem com a gente.
Você fica calada. Sente que seria falta de educação recusar o convite após passar o dia inteiro com eles, mas por outro lado, sabe que precisam continuar com suas responsabilidades. Prefere, então, não dizer nada.
— Além de tudo, não é seguro que saiam na rua agora a noite — acrescenta ela e Hwan puxa a alça do vestido da mãe — Até mesmo para dois policiais. Podem passar a noite aqui. Tomar um banho. Temos espaço e queremos agradecer a companhia e a ajuda hoje.
A proposta é tentadora. Só de pensar em dormir em qualquer lugar que não fossem os bancos apertados do camburão sente todos os músculos do seu corpo relaxarem. Além do banho. E da comida quente.
— Ficamos felizes em aceitar — é o Lee quem responde. Mesmo que já estivesse inclinada a aceitar, não pode evitar a pontada de irritação que sente ao ouví-lo falar por você. Ele se vira na sua direção — Podemos ir até Sunvylle amanhã cedo. Vamos tirar aquele dia de folga que a gente disse hoje mais cedo.
Tem certeza que sentiu seu olho piscando involuntariamente.
— Claro — diz entre dentes e força um sorriso para Sohyun e o pequeno Hwan, que olha para você com os olhos atentos — Muito obrigada pelo convite. Mesmo.
Jiwoo guia vocês até o quarto que ela divide com a irmã e procura no guarda roupa alguma roupa que você pudesse usar para dormir, alegando que a sua está imunda. Você faz uma careta e ouve Jeno dar uma risadinha. Pega então, um casaco de algodão e botões, que fica bem grande, e uma calça de moletom cinza bem mais solta que a sua. A garota passa por você e, com um sorriso tímido no rosto, diz ao Lee que vai pedir ao cunhado uma roupa para ele também.
Você arquea uma sobrancelha na direção dele, que apenas da de ombros.
Enquanto a sopa está sendo preparada, Jeno vai até o banheiro primeiro. Você fica na sala, sentada no sofá e segurando sua nova muda de roupas, observando Seungwoo e Jiwoo brincarem com Hwan sobre o tapete. O garotinho engatinha de um para outro atrás de sua bolinha e dá umas risadinhas empolgadas, e você acaba rindo sem se dar conta. O som chama a atenção da criança, que levanta e corre até você, te entregando a bola de isopor.
Você segura o objeto e olha para a tia e pai de Hwan, sem saber o que fazer.
— Ele quer que você jogue — Seungwoo diz. Engolindo em seco sob o olhar de expectativa de Hwan, você joga a bola para Jiwoo e ele vai atrás, entusiasmado. Volta a segurar as roupas, sorrindo fechado.
Assim que Jeno sai do banheiro, com uma camiseta branca, uma calça xadrez verde e chinelos, de cabelo molhado e cheirando a sabonete; é sua vez de entrar. Encontra uma bacia de água quente lá dentro juntamente de um sabonete em barra, ambos sob o chuveiro. Uma toalha está dobrada sobre a pia com um pente e um frasco de creme ao lado. Não consegue segurar o suspiro carregado que dá ao ver todas aquelas coisas. Precisa se lembrar de agradecer mais uma vez a Sohyun.
Abandona as botas pesadas e as meias pretas, motando uma pilha no cantinho. A próxima coisa a deixar seu corpo são as peças debaixo, e então o boné, o moletom e sutiã. Um vento frio arrepia todos os seus pelos quando se senta no banquinho a frente da bacia e coloca uma das mãos dentro da água, fechando os olhos quando sente a temperatura quentinha. Precisa conter o nó que se forma na sua garganta.
Se lava devagar, com cuidado, não sabe qual vai ser a próxima vez que terá tantos recursos assim de novo. Enquanto passa o sabonete pelos braços e pernas cheios de hematomas, sente seu peito pesar e não consegue entender muito bem o motivo. Pega mais um pouco de água com as mãos e molha o cabelo, deixando que escorra pelo seu rosto, que esfrega com um pouco mais de volúpia.
Continua passando as mãos pelas bochechas, tentando tirar não apenas a sujeira como aquela sensação ruim que está te tirando o fôlego e dificultando sua respiração. Esfrega com mais força até sentir sua pele ardendo, esfrega para finalmente se sentir limpa, esfrega e espera que a água leve com ela todo aquele cansaço. Só consegue parar quando o atrito começa a doer e seus braços estão fracos, e então abandona suas bochechas sensíveis.
Quando sai do banheiro, penteando seus cabelos com calma e se sentindo mais leve e angustiada ao mesmo tempo, se depara com Jeno na porta, te esperando. Quando se assusta com a presença dele acaba se esbarrando no corpo alto e largo do tenente, que continua imóvel e te olhando. Aperta a toalha entre os dedos e prende a respiração quando ele começa a dizer alguma coisa.
— Eu, é...
— Venham jantar — Jiwoo aparece no corredor, o interrompendo.
Você assente e solta ar, passando por Jeno e o deixando para trás, indo até a porta que levava ao restaurante.
Lá, a família está reunida ao redor de uma das mesas que foi posta no centro do salão, com seis cadeiras. Se aproxima devagar, sorrindo contida e agradecendo por terem esperado. O Lee chega logo em seguida e se senta na cadeira a sua esquerda, entre você e Sohyun, de frente para a irmã mais nova que tem Hwan em seu colo. Eles dão as mãos e fazem uma rápida oração, que você acaba não prestando muita atenção, mas fecha os olhos e tenta controlar sua respiração enquanto ouve as palavras murmuradas de Seungwoo.
Só percebe que acabou quando sente sua mão sendo apertada brevemente. Abre os olhos devagar e sente seu estômago roncar quando sente o cheiro da sopa assim que a tampa da panela é levantada.
Tenta comer de maneira educada. Mas assim que termina sua primeira tigela, Sohyun começa a colocar mais comida para você. Até tenta dizer que está satisfeita mas ela continua a encher, então acaba por aceitar. Come aproveitando cada pedaço dos legumes deliciosamentes temperados e enche sua tigela uma terceira vez. Durante a refeição, a família conversa avidamente, e você se pergunta o que é aquilo fazendo suas mãos formigarem e seus olhos arderem.
Já mais tarde, se oferece para ajudar com a louça, mas Jeno chegou antes de você e está ao lado de Seungwoo passando um pano sobre a pia da cozinha. Então, dá meia volta e segue para a sala.
— Podem dormir no quarto das meninas — Sohyun sussurra assim que você chega. Ela está, mais uma vez, com o filho no colo. Hwan tem o polegar dentro da boca e parece sonolento — Deixamos cobertores extras para vocês.
— Não quero incomodar, Sohyun — nega com a cabeça, olhando para as duas irmãs que começam a se aconchegar no sofá e em uma pilha de cobertas e travesseiros no chão — Não precisam dormir na sala por nossa causa.
— Pode ficar tranquila, é uma noite só — Dahee tranquiliza, se deitando no sofá.
— Não se preocupe — acrescenta Jiwoo.
Sohyun sorri e se aproxima, ainda balançando o neném entre seus braços.
— Vamos estar algumas portas a distância. Sei que não precisam, mas qualquer coisa é só chamar — você assente e começa a se despedir, mas Hwan levanta a cabeça subitamente e tira o dedo da boca. Ele puxa seu pescoço com a mãozinha pequena e deixa um beijo molhado na sua bochecha, logo deitando no ombro da mãe novamente.
— Bo note.
•••
Está sentada na cama debaixo da beliche, encarando seu calibre sobre o travesseiro. Uma vela de cera no chão é a única coisa que ilumina o quarto, o deixando com uma luz amarelada. Continua parada e sem silêncio até que ouve vozes do lado de fora do quarto.
"Boa noite, tenente Lee. Se precisar de qualquer coisa é só me chamar."
"Muito obrigado, Jiwoo. Tenha uma boa noite."
Ouve um estalo que suspeita ter sido um beijo na bochecha e depois passos se aproximando, então Jeno entra no quarto, fechando a porta atrás de si. Ele anda até onde você está e tira a própria arma da cintura, colocando no chão ao lado da vela.
Sente o cheiro do sabonete que ele usou para tomar banho e escuta o barulho dos chinelos se arrastando. O farfalhar da roupa emprestada e o ruído dos dedos no cabelo molhado. Quando olha para Jeno, vê que o tenente está parado diante de você outra vez, e parece prestes a falar alguma coisa. Porém, agora é você quem o interrompe.
— Espero que saiba que você é um completo idiota irresponsável.
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𝑻𝑨𝑺𝑲 𝑰𝑰. ⸻ 𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑟𝑖𝑡𝑢𝑎𝑙 : escolhido pelo abismo
ㅤㅤㅤVincent sabia que não existiam deuses fracos — deuses era deuses, e jamais poderiam ser comparados a qualquer humano que fosse. Independente do que o escolhesse, teria o poder que precisava. No entanto, a parte vaidosa e ambiciosa o fazia desejar que fosse escolhido por um com um nome de respeito, com um papel importante que todos conhecessem. Ao menos os princípios precisavam ser alinhados para que não houvesse estranhezas. Mas ao inalar a fumaça do sacro cardo no primeiro ritual, a única coisa que passava por sua cabeça era o medo de não ser escolhido por nenhum deles. O medo de sentirem que ele queria mais do que merecia ter. Nada lhe parecia mais humilhante do que isso, e a ideia era aterrorizante.
ㅤㅤㅤQuando abriu os olhos, tudo que viu foi uma escuridão tão absoluta e silenciosa que nem mesmo ele parecia existir naquela realidade, como se tivesse sido jogado no abismo que era o vácuo do espaço. Mas então, tornou-se consciente dos próprios pulmões, cuja respiração saiu rasgando como se emergisse da água congelante depois de muito tempo afundado, um frio de doer as entranhas o atingindo como lanças. A respiração saiu alta e ofegante, mas Vincent logo se esforçou para colocá-la sob controle de novo, pois não estava sozinho — sabia disso porque sentia a presença o analisando.
ㅤㅤㅤ“Eu vejo que você tem algo obscuro dentro de você.” Ele ouviu uma voz dizer. De cenho franzido, o loiro virou a cabeça rapidamente para os lados, tentando identificar de onde vinha a voz, mas ela parecia vir de todas as direções ao mesmo tempo, como um ser onipresente. Talvez a intenção fosse justamente não ser visto. Talvez porque fosse um deus imponente, algo com o perfil que ele desejava.
ㅤㅤㅤ“Todo mundo tem um pouco.” O respondeu com convicção, sendo meio petulante. Não gostava de como se sentia analisado, embora fosse justo, já que também estava o analisando em retribuição. O silêncio se estendeu por um longo instante, como se ele estivesse ponderando se a resposta era boa o suficiente, o que o deixava inquieto. Sustentou a pose mesmo assim, porque queria se mostrar paciente e controlado. Foi então que uma luz dourada brilhou forte vindo do chão, obrigando-o a fechar os olhos com força por um momento, porque aquilo era uma agressão as suas vistas depois de ter se acostumado com a escuridão. “O que é isso?!” Mas quando os olhos se acostumaram com a luz, percebeu que era um papiro. Cintilante, mas ainda assim um.
ㅤㅤㅤ“Algo que você vai precisar ter consigo.” Vincent abaixou-se para pegá-lo, mas seus dedos atravessaram o papel como se ele não fosse algo físico. Não podia ver os lábios do deus que falava com ele, mas jurava ter ouvido o soltar de um ar que parecia uma risadinha. “...metaforicamente, eu quis dizer.”
ㅤㅤㅤ“Ha. Há. Muito engraçado.” O sarcasmo pesava na voz. Vincent não sabia que deuses tinham senso de humor, mas pelo visto quando o assunto era rir dele qualquer coisa parecia virar uma possibilidade.
ㅤㅤㅤ“As coisas destinadas a você virão através dos sonhos, mas instruções como essas serão psicografadas para que tenha acesso no seu mundo.”
ㅤㅤㅤJá que não podia pegar, resolveu passar os olhos rapidamente pelo texto para entender o porquê precisaria das tais instruções. Conseguiu identificar exatamente o que era: o livro dos mortos. Viu a figura de Anúbis pesando o coração de alguém na balança de Maat. Conhecia a importância do livro nas história egípcias, embora nunca tivesse lido o texto em si de algum deles. Por que precisaria? Sequer sabia se era algo que podia ser encontrado! Certamente não sabia ler egípcio, mas por algum motivo não sentia dificuldade alguma, como se tivesse adquirido a habilidade. Viu a coleção solta de textos com feitiços mágicos destinados a auxiliar a jornada dos mortos através do submundo. Amuletos e rituais de proteção. As coisas sobre a travessia do Duat, os perigos, os enigmas, as divindades hostis e os testes que encontraria quando tivesse que passar pelos guardiões. Morrer e ter que passar por tudo aquilo parecia horrivelmente trabalhoso... Mesmo assim, ainda não fazia sentido, já que não estava morto. A menos, é claro, que ele estivesse. “Isso quer dizer que…?”
ㅤㅤㅤ“Você não está morto. Mas precisará ser digno para me representar e sobreviver cada vez que for convocado ao submundo, é claro. Terá que a lidar com o poder em suas mãos. E eu particularmente tenho grandes expectativas em relação a você.” Certo, o discurso fez Vincent considerar abortar o contrato, recusar o deus ou o que fosse necessário para sair do buraco que tinha se metido. Não foi até ali para morrer, e aquele discurso mais lhe parecia uma promessa que ele se foderia muito enquanto hospedasse o deus que o escolheu. E no entanto, mesmo sendo estupidez, a ideia não deixava de lhe parecer interessante. Algo em Vincent sempre se atraia para o caos, a autodestruição e a ambição. Sendo honesto, saber que um deus tinha grandes expectativas sobre ele também o tentava. Talvez de fato fosse alguém capaz, já que aquele ser grandioso parecia enxergar sua alma. Entre todas as pessoas, tinha expectativas nele. No segundo príncipe. Vincent engoliu em seco, mas continuou querendo ouvi-lo. Então, a voz continuou: “Seu coração é a coisa mais imunda e pesada que eu já vi. Se estivesse morto, jamais passaria na balança, a menos que arrumasse um método ardiloso para burlar isso. No entanto, tem uma cabeça forte. É adequado para me servir e representar.” Dessa vez, a voz não parecia vir de todas as direções, mas de sua frente, se aproximando como uma serpente. Vincent quase deu um passo para trás, mas firmou as pernas no chão. Não poderia voltar sem um deus para hospedar. Preferia a morte do que essa possibilidade humilhante. “Você carregará minha glória, mas também todo o fardo que acompanha meu nome: Anúbis.”
ㅤㅤㅤFoi então que a escuridão o engoliu novamente, a névoa negra entrando por sua garganta e o afogando de volta para a realidade. Com a mão ao redor da própria garganta, ainda sentia a coisa pavorosa dentro de si, viva como nunca, tornando difícil voltar a respirar. Sentia o parasita poderoso a quem tinha entregado seu corpo marcando sua presença. Ao seu redor, ninguém parecia assustado, e Vincent decidiu fingir que também não estava, mas temia pelo que o aguardava; pelas coisas que iria encontrar em seus sonhos.
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oiii xexy sou a mesma anon das provocações e te digo que AMEI muitcho ! meu sonho ser provocada pelo kuku com aquela cara de sonso... agora um tópico sensível e que eu não sei se ce faria um hc sobre mas é sobre gravidez, como cada um reagiria? beijos lindona
wn: eu amooooo! ainda mais quando estou menstruada e posso pensar nisso sem medo vamos q vamos
meninos do cast x leitora grávida
fem!reader headcanon
tw: gravidez!!!
enzo:
no primeiro momento, quando você conta, ele chora um pouquinho, de emoção mesmo. é um fluxo grande de sentimentos que passa pela mente dele.
na medida que a cabeça vai se organizando, ele fica muito feliz. te abraça, erguendo seu corpo do chão, um sorriso gigantesco.
é daqueles que passa o tempo todo conversando com sua barriga - descobriu que os bebês escutam dentro do útero e vai querer ser um pai presente daí mesmo.
além de colocar música clássica e seus cantores favoritos para o bebê ouvir, né.
é daqueles que te ajuda a fazer exercícios e a ter uma alimentação mais saudável, sim, mas não te nega jamais um docinho e uma tarde de pé pra cima.
agus:
chorou que nem um bebê quando você contou. se emocionou mesmo, ligou pros pais, pros amigos, pra todo mundo. nem nasceu e já é o maior orgulho dele.
não te deixa fazer absolutamente nada - por ele, nem o pé no chão você colocava. é daqueles maridos bem protetores.
quer água? ele pega. quer fazer xixi? ele vai te levar até o banheiro. quer passear? pra onde você quiser, ele já vai atrás da chave do carro.
um babão - não pode parar na frente de uma loja com artigo de bebê que fica querendo comprar tudo.
de noite, fica deitadinho perto da sua barriga conversando com o bebê sobre o dia a dia, sobre o que você gosta, o que não gosta, sobre as expectativas e os medos.
fran:
quando você conta, ele fica radiante. um pouquinho inseguro e com um medo que não dê conta do recado, mas radiante.
fran adora crianças e se dá super bem com elas - é o tio favorito do rolê - então faz questão de "praticar" sempre que possível, segurando os bebês dos amigos, trocando frauda, brincando, pedindo dica.
te elogia todos os dias e deixa claro que você é a mulher mais linda do mundo, grávida ou não.
lá pras tantas da gravidez, começa a ouvir as pessoas dizendo que vocês estão grávidos. ele adora e pega ar na brincadeira, dizendo que também está grávido - fica fazendo carinho na própria barriga, falando das vontades de gravidez e que não aguenta mais fazer xixi.
resolveu o enxoval todinho do bebê antes mesmo de descobrirem o sexo. tem roupa até os dez anos já preparadas.
matí:
quando você conta pra ele, não acredita de primeira. pensa que você está brincando, mesmo que mostre os testes e exames.
só leva a sério quando sua barriga começa a despontar e é tomado por uma crise de choro enorme. fica super feliz, claro, mas morrendo de medo e conversa muito com você sobre isso.
brinca que é gravidez na adolescência, mesmo os dois já sendo maiores de idade.
acha fascinante a forma que seu corpo vai mudando para acomodar a gravidez e faz de tudo para acompanhar de pertinho. segura seu cabelo quando você vomita, sente o primeiro chute, soluça morto de feliz no primeiro ultrassom.
tem as sugestões de nomes mais ridículos e não aceita que o primogênito dele não vai se chamar sabotagem.
kuku:
desde o primeiro momento que você anuncia a gravidez, além da alegria, kuku se dedica a estudar tudo que pode sobre o período gestativo.
sim, ele se prepara para todo e qualquer tipo de situação que você pode viver - sabe os remédios que pode tomar, o que pode fazer, o que não é recomendado. mas sempre respeitando seu espaço e seu corpo (afinal, quem está vivendo é você, né).
fica muito empolgado pra ser pai, claro, mas está mais empolgado ainda pra te ver mãe. acha que você vai fazer um ótimo trabalho e te tranquiliza sobre isso sempre que possível.
te estimula muito a ter sua independência e bate muito na tecla que além de grávida, você é você.
começa a escrever um "diário de bordo" e tem páginas e mais páginas de cartinhas para quando o neném nascer.
pipe:
quase desmaia quando descobre que você está grávida, dando um susto em todo mundo. mas é de emoção e alegria, tá?
fotos e mais fotos e mais fotos e vídeos e gravações e toda poesia do mundo pra esse período, sério. fica mais apaixonado ainda.
lê e pesquisa muita coisa (capaz de trocar altas figurinhas sobre livros e documentários com o kuku) para estar preparado tanto para acompanhar sua gravidez quanto pra paternindade.
toma muito cuidado com você nesse período - faz de tudo pra não te irritar e te deixar mais calma possível. aprende técnicas de respiração.
figurinha carimbada em todo curso de paternidade ofertado na cidade.
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Sabe aquela oração que eu faço a muitos anos?
Porque ouviu e depois tirou de mim de novo?
Nego que não faz nem a metade do que eu faço
Vive sempre por aí com um sorriso no rosto
Tá certo ,acho que eu não nasci pra ter felicidade
Na verdade não sei nem porque ainda tô vivo
Quando acho que encontrei alguém que é de verdade
Sempre acabo perdendo e não sei o motivo
Tanta coisa se passou dentro da minha mente
Já fumei mais de um maço comprando avulso
Planejei a minha morte um milhão de vezes
Comprei cordas, veneno e até cortei os pulsos
Desisti de muitas coisas abri mão de desejos
Ela apareceu tão linda e fez tudo isso mudar
Me mostrou a felicidade , me fez sorrir de novo
E pela última vez então eu decidi me apaixonar
Prometi pra mim que seria a última tentativa
Ninguém saberá mais o que é ser amada por mim
Vou viver no automático essa minha maldita vida
Aguardando o dia que a morte vai anunciar meu fim ...
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Eu deveria estar morto
Antes dos dois anos, puxei a tomada de um gigantesco aparelho de som sobre minha cabeça : quase morri.
Ainda bebê peguei uma pneumonia forte, que me fez cair as unhas da mão: quase morri.
Uma vez subi a escada para a laje com 3 anos e caí (não sei ao certo como) dentro de uma caixa d'água: quase morri.
Um dia de outono fui pegar mexerica e fui atacado por uma cobra coral : quase morri.
Num estágio avançado de depressão, tomei um bocado de veneno : quase morri.
Ao analisar tudo isso, fico chocado ao constatar que , em 5 universos paralelos , eu estaria morto em todos eles antes da fase adulta.
Agora vem a pergunta que tanto me intriga. Será que ainda não era minha hora? Será que o Universo ainda tem esperança de que eu seja capaz de algo único, e por isso não me deixa ir embora? Ou a morte estava de folga nas ocasiões em questão?
Só o tempo saberá... Ou eu mesmo saberei, quando me encontrar face a face com a Morte...
Maurício Barros
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a distância não nos permite enxergar melhor, mas achamos que em cima daquele dragão está RYDEN VELMORAN, um cavaleiro de VINTE E SEIS ANOS, que atualmente cursa a QUARTA SÉRIE e faz parte do QUADRANTE DOS CAVALEIROS. dizem que é RESILIENTE, mas também PESSIMISTA.
( +/- ) sarcástico, ansioso, pessimista, impulsivo ✸ wanted connections.
Dentre seus irmãos, Ryden era o mais frágil. Constantemente caía em doenças e seus músculos demoraram a se desenvolver; tratado como o menor filhote de uma ninhada que logo sucumbiria, Thalion acreditou que seu caçula não sobreviveria sequer ao parapeito, no primeiro desafio do Instituto Militar. Uma tremenda vergonha, perder um changeling antes mesmo que ele pudesse acessar ao sonhar. Não houve um pingo de apego parental dos pais, é claro, já que não tinham interesse em se apegar a uma criança que logo morreria. Pelo contrário: Ryden cresceu como um dispensável insumo familiar, servindo aos Velmoran em tarefas simples, como pôr a mesa e lavagem de roupas. Em caso de erros, uma mão calejada atingia sua bochecha sem dó algum.
Ryden, surpreendentemente, estava vivo aos oito anos para escalar e atravessar o parapeito. Seu tamanho e peso pareciam perfeitos para enfeitar a costa da ilha, ele pensou. Vislumbrou as outras crianças percorrendo o caminho à sua frente, cerrando fortemente os olhos quando alguma delas caía. Ryden escalou a montanha lentamente, como se qualquer segundo fosse o último, e atravessou o parapeito por último. Talvez fosse pura descrença em sobreviver que o fez acalmar seu batimento cardíaco, finalizando o percurso quase ileso; apenas alguns arranhões e ferimentos pequenos.
Fazer parte do Instituto definitivamente não fazia parte dos seus planos. Tendo sobrevivido, Ryden conheceu um mundo um pouco mais confortável do que tinha em casa; apesar de ainda ser um ambiente rígido, o corpo da Instituição o tratava infinitamente com mais respeito do que em casa. Ryden, apesar de frágil, não era uma criança que chorava ou se incomodava com quaisquer ferimentos. Ao defender um semelhante de outro cadete, Ryden chamou a atenção de um tutor que o acolheu, ajudando-o a treinar e a se desenvolver.
Ryden soube da morte do irmão mais velho quando tinha somente 10 anos. Não obteve muitos detalhes além do fato de que morrera em batalha. Já o irmão do meio teve um fim ligeiramente mais sangrento, dois anos depois; outro cadete o assassinou durante treinamento de combate, com uma faca afiadíssima. Como único herdeiro de seu nome, o changeling questionou a si mesmo se sua família o considerava como morto, também.
Domar um dragão soava como voar sem asas; e, essencialmente, não deixava de ser. Ryden foi forçado a desenvolver uma confiaça durante sua adolescência devido as circunstâncias e, honestamente, um pouco de ego. Apesar de julgado como frágil desde que nasceu, ainda perseverava e manteve-se em boas condições: boas notas e boa performance. Quiçá fossem suas baixas expectativas que o faziam performar tão bem; independentemente, Ryden adentrou o sonhar com a tranquilidade de quem nem ao menos deveria estar ali.
A conexão com Korath foi como aprender a respirar novamente. A criatura, de escamas alaranjadas e olhos chamuscados, possuía uma notável energia dentro de si, que propagava para o changeling intensamente. Parecia sede de vingança. Fome de provar seu valor. Korath não tinha a menor pretensão de calmaria e tranquilidade, e viu em Ryden alguém que, assim como ela, foi vítima da crueldade de outrem. Enquanto o changeling fora destratado e indesejado pela sua própria família, Korath perdera um irmão ("acidentalmente"), assassinado por um montador e motivado por ciúmes de seu cavaleiro com sua esposa; Korath nasceu em brasas, furiosa por retaliação.
Vingança nunca havia passado em sua mente. Rancor, talvez. Alguns traumas foram adquiridos, certamente. Contudo, Ryden apenas cogitou a possibilidade de se virar contra o próprio pai quando a intenção de Korath percorreu seu sangue. Foi tentador, de certe forma, porém Ryden resiste ao desejo de Korath desde que foram conectados. Ela não aprecia a resistência, chegando a fazer birra contra Ryden frequentemente. Enquanto Ryden suprir suas necessidades de ter um exímio montador, entretanto, ela estará parcialmente satisfeita.
Físico: A herança élfica de Ryden se dá por suas orelhas pontudas e seus olhos cinzas, ligeiramente prateados.
Korath é fêmea, Flamion, de escamas alaranjadas e douradas. Altamente sensível e temperamental, ela é agitada e orgulhosa. Gosta quando é capaz de se destacar juntamente a Ryden, e o puxa constantemente para isso. O changeling tenta balancear os ímpetos de Korath para não se tornar tão mais impulsivo com sua influência, o que é, definitivamente, um desafio. Protetora e impaciente, ela não pensa duas vezes antes de agir.
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Brahms Heelshire x Male Reader
"Os bonequinhos de Brahms"
• Filme: Boneco do Mal (2016)
• Gêneros: terror/dark
• Sinopse: finalmente, você descobre onde sua irmã está enfurnada depois de sumir e não dizer para onde foi. Sem ter noção do que lhe aguarda, ao pisar naquele chão profano, você assina um contrato inquebrável com o destino, ignorando as letras miúdas que detalham com exatidão as horas, dias e semanas infernais que vêm junto da estadia.
• Avisos: descrição de violência, sequestro e toque indesejado.
• Palavras: 1.6k
3° pessoa - presente/passado
De longe, era possível avistar a fumaça saindo de uma das várias chaminés no telhado vermelho, quase invisível no céu cinzento e de percepção nula quando diluída entre os pinheiros altos. O vislumbre da grande residência, mesmo que limitado, convidava a dar meia volta. Se não fosse a preocupação que guiava seus passos no pedregulho, você já teria redirecionado os calcanhares.
Você parou diante da arquitetura antiga. Seu tênis esmagava a grama verde e a presença arrepiante da mansão fazia o mesmo com você, tornando-o pequeno naquele cenário, onde você não passava de uma vítima da magnitude.
Seu corpo estava agasalhado, imune ao frio, diferente do seu rosto, nu e vulnerável, presa do vento fantasmagórico, que sem razão lógica, era mais cruel naquela região estranha.
Com o passar dos segundos reflexivos, você caminhou lentamente em direção à entrada, e conforme se aproximava da madeira cinzenta, ouvia a algazarra que se estendia de dentro para fora, ecoando da mansão.
A gritaria aumentava à medida que seu andar se transformava em correria.
Chamando por Greta, você atravessou a varanda. Mesmo com a perna tremendo, desesperado para fugir daquela redoma anormal, você pisou na madeira interna, atravessando a porta com o direito antes do esquerdo.
Tremendo como nunca antes, você acompanhou o barulho, arrastando os pés no corredor mal iluminado, chamando pela irmã com a voz morta.
Um bolo inchava na garganta e a confusão mental por não saber onde estava e não ter noção do que ocorria no desconhecido, te tirava o ar.
Lhe restou ofegar.
Não tinha porta no cômodo, não houve uma pausa antes da imagem envenenar seus sentidos.
Era uma sala de jantar. Um buraco enorme na parede destruía a boa organização ao redor, cacos de vidro bagunçavam o chão e no centro, um crime sujava o carpete.
Um homem engasgava com o próprio sangue enquanto outro, de face mascarada, afundava o que restou da face de um boneco na carne vulnerável. A cerâmica rasgava o pescoço da vítima, desunindo a pele e as veias. O sangue esguichava do corpo morto, que você reconheceu ser de Cole, ex da sua irmã.
E lá estava ela, no canto da sala. Ambos compartilham do mesmo pavor, aquele que gela a espinha e mareja os olhos. — Corra! — gritou Greta no instante em que suas pupilas se cruzaram.
Essa foi a última coisa que você ouviu antes de despertar.
Saber que são lembranças, e não um pesadelo qualquer, lhe gera um misto de repulsa, lástima e pânico, que se propaga do cérebro medroso para o coração ansioso e termina na pele trêmula.
Uma terrível dor de cabeça assola seus nervos, mas isso, nem seu corpo dormente, te impede de agir. Você tem os últimos acontecimentos reprisados e seu instinto clama por fuga.
Não há tempo a perder...
Entretanto, seu destino já foi selado, reescrevê-lo requer mais do que vontade.
Ao tentar dar o primeiro passo, que seria levantar daquela cama, uma pressão nos pulsos informa que seu limite de liberdade é a borda do colchão gasto.
Uma corda de fiapos rebeldes te une à cabeceira, tão apertada que a pele ao redor está vermelha. Os fios são muito finos e incomodam quando você se movimenta. Ela é curta e não te possibilita ficar de pé.
— Merda! — o resmungo vem junto da dor. Seu pulso arde após uma tentativa idiota de usar a força bruta como última alternativa.
Estar cativo permite que você observe e sinta os arredores e a si mesmo.
Algo úmido escorre da sua testa. Você leva o dedo e ele volta vermelho. A dor de cabeça está explicada...
Você lembra que acertou o cara da máscara com o atiçador da lareira. A ponta do ferro perfurou as costas dele, mas ao cair, ele agarrou o seu tornozelo e puxou. A sua cabeça colidiu com algum móvel, você apagou e acordou aqui.
O lugar parece uma zona bombardeada, mas é um quartinho. O cheiro de mofo irrita o nariz. Uma lâmpada ligada no teto baixo, quase inútil de tão fraca, ilumina parte daquele ambiente asqueroso. Seu olhar vagueia de um canto ao outro, captando paredes frágeis, móveis em estado crítico e uma bagunça que mataria qualquer perfeccionista. O outro lado do quarto permanece uma incógnita, já que você não completa o giro. Seu pescoço trava no meio do caminho quando uma presença é sentida.
Está no canto da parede, coberta pelo breu da extremidade...
A sua visão periférica embaça o corpo que te encara. Tudo nele está escondido na escuridão, exceto a máscara, que rebate a luz da lâmpada e cintila todo o horror moldado na face de cerâmica.
A quietude é cruel e parece durar uma eternidade.
Suor frio escorre da sua testa. Os músculos estão tensos, os punhos cerrados e as unhas machucam as palmas das mãos. Os olhos acumulam lágrimas, sem piscar por longos segundos, focados em um ponto qualquer na parede, paralisados diante da última imagem vista antes do chão desabar.
Você deseja perder a visão do olho direito, apenas para não ter aquele rosto pálido te assombrando.
Em pouco tempo, o barulho da sua respiração é o único som dentro das paredes. O ar que enche os pulmões parece insuficiente e a saliva atola na garganta.
Você queria que fosse um fantasma, mas é pior.
A presença é viva, é gente e não é boa.
O homem se aproxima da cama, e o único passo que ele dá faz você pular o mais distante possível. — Para! Fica longe! — você grita com a voz falha. A cama range devido aos seus movimentos, e você acaba com as costas apoiadas na cabeceira. Suas pernas estão unidas à frente do corpo, e você abraça os joelhos, desejando sumir conforme se encolhe.
Seu grito o assusta, e por três ou quatro segundos, ele obedece, permanecendo imóvel antes de voltar a andar em sua direção.
Você aperta as pálpebras no instante em que a aparência intimidadora do estranho fica nítida e quase grita quando sente movimentos no colchão.
Ele está tão perto...
Você o viu transformar o pescoço de um cara em patê, sem contar a máscara bizarra e o físico intimidador. Toda a razão está ao seu lado quando você leva as mãos para frente do rosto, se protegendo de algo que não vem.
A voz infantil soa e te conduz a espiar — Você tá machucado... deixa Brahms te ajudar! — a voz dele é mansa, mas não acalma, só adiciona mais à lista de esquisitices do dia.
Você até olha para os lados, procurando por uma criança antes de ter certeza que a voz vem do corpulento sentado na beira do colchão.
— Cadê a minha irmã? Cadê a Greta? — o medo de perder quem você veio buscar transforma seu coração em uma uva, passível de ser esmagado em questão de segundos por uma frase.
— Minha Greta tá dormindo em outro quarto. — Brahms umedece um tecido e prepara uma gaze.
Mesmo torcendo o nariz com a forma que a frase veio, saber que sua irmã está bem te alivia. — Quem é você? Por que tá fazendo isso?
Brahms não responde. Ele se curva em sua direção com o pano molhado em mãos. Sentindo-se acuado e propenso a rejeitar tudo o que vem dele, você afasta a mão de Brahms com um tapa. Seus movimentos estão limitados, o contato é mínimo, mas o mascarado estremece com o toque, denunciando seu repúdio à imprevisibilidade.
Ele não aceita negação e insiste, investindo novamente na aproximação. Dessa vez, você reage com um chute, atingindo o peitoral duro do homem maior. — Quem é você? Que lugar é esse? O que você quer? — não saber de nada é sufocante. Sua cabeça já não dói devido ao corte, mas sim por estar vazia de substância e cheia de suposições. — Me responde, caralho!
O medo aos poucos se torna coadjuvante da angústia, mas antes de se concretizar, você sente um último calafrio com os olhos do diabo te fitando através dos buracos na cerâmica.
— Eu falei pra me deixar te ajudar! — o tom é outro, já não se ouve mais os resquícios doces na voz de Brahms.
Quando ele rasteja até você, sua primeira reação é se encolher, mas no momento em que ele agarra o seu tornozelo, sirenes ecoam em seu interior. — Me solta! Não toca em mim! — você se debate no colchão, principalmente usando as pernas como mecanismo de defesa, mas aos poucos você se vê mais e mais rendido.
Brahms se enfia entre as suas pernas, afastando-as para os lados. Ele pressiona o corpo contra o seu, obrigando-o a ficar quieto. Você até tenta desviar a cabeça, mas a mão pesada de Brahms rodeia o seu pescoço, mantendo seu rosto imóvel enquanto ele limpa o sangue da sua testa. O pano está meio seco, então o Heelshire umedece o tecido com as lágrimas que vazam dos seus olhos.
O toque no seu ferimento é suave, ao contrário do aperto forte no seu pescoço e da pressão intensa do corpo grande de Brahms sobre o seu.
— Greta é a namorada de Brahms, mas Brahms também quer um namorado... por isso você tá aqui. Essa é a sua casa agora.
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Fiquei algum tempo sentada no chão em meio a escuridão esperando que finalmente o tal do ‘’buraco’’ se abrir e me engolir pra finalmente poder descansar. o cansaço de ter que ficar chorando as escondidas pra não ter que dar explicação pra quem não entende é um martírio. sufocante. existem coisas que infelizmente não tem como compreender. existem escolhas que não tem explicação. infelizmente o que dá pra se fazer é chorar copiosamente e esperar a onda de dor passar. uma dor por tudo ou por nada. não esperamos ninguém nos salvar. não esperamos ninguém nos abraçar. não esperamos mais nada além da hora de desaparecer e finalmente colocar um ponto final. a cada dia que passa parece que o aperto em meu peito aumenta. me sinto sufocada. minha cabeça absorve tudo. todos os pensamentos e as energias negativas ao meu redor. parece que a morte chega mais próxima a cada segundo em que os dias passam. não vou sobreviver por muito tempo. não sei se chegarei aos quarenta anos e ver os meus pais envelhecendo. não sei se irei aproveitar a vida do jeito que tem que ser aproveitada. não sei se a felicidade chegara ao meu favor para me salvar. não sei se irei ver os seus olhos castanhos no final da linha.
A cabeça parece que está se formando um nó. sinto tudo dando pane. uma máquina cheia de problemas que não tem concerto. meu peito está sendo consumido pelo fogo. minha cabeça está explodindo em um claro sinal de que a qualquer momento ela vai parar e desta vez não sinto medo. desta vez não há receios ou preocupações do que as pessoas iram pensar quando tudo parar de funcionar. nada me segura aqui. nada mais parece valer a pena. nada preenche a lacuna que está em meu peito. mais existem alguns sentimentos que consigo sentir mesmo estando mortos. ainda consigo enxergar a criança dentro de mim, aquela que teve uma infância em meio a trancos e barrancos, mas que tenteou ser uma adulta feliz, porém, as tentativas foram falhas.
Se um dia o cansaço resolver me vencer, tenho a consciência de que tentei e dei o melhor pra sobreviver. tentei ser o que as pessoas esperavam de mim. tentei ser tudo o que um dia almejei ser, mesmo errando constantemente. amei quem deveria ser amado. lutei por quem merecia lutar. venci os meus demônios na maior parte do tempo quando eles apareciam para me atormentar. levantei-me do chão frio mesmo querendo ficar pra sempre até tudo isso finalmente acabar. tentei de todas as formas possíveis dar algum significado pra vida das pessoas. esqueci de mim no processo de amar e ser amada. fiquei de peito aberto pra sentir tudo o que deveria ser sentido, apenas virei uma esponja em algum momento, porque absorvo tudo o que está ao meu redor. eu sinto tudo e talvez esse seja o grande problema, sentir tudo e não receber nada em troca além de um aceno do cansaço e da vontade de desistir.
Elle Alber
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