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(cha eunwoo, 27, ele/dele) era uma vez… uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você BAEK JIWON. você veio de NEW YORK - EUA e costumava ser ARTISTA por lá antes de ser enviado para o mundo das histórias. se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava PINTANDO TELAS, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! tem gente aqui que estava montando em dragões. tá vendo só? você pode até ser DIVERTIDO, mas você não deixa de ser um baita de um ESQUENTADINHO… se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de GAROTO DA PINTURA na história ENROLADOS… bom, eu desejo boa sorte. porque você VAI precisar!
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ☾⠀ㅤㅤ[CONNECTIONS]
Headcanons:
nascido na coreia do sul, baek jiwon cresceu cercado pela pressão para se destacar em sua família. seu pai, era um empresário bem-sucedido, e sua mãe, uma pianista clássica reconhecida no ramo, mas apesar da mãe estar no ramo artístico, sempre o incentivaram a seguir um caminho tradicional. quando decidiu que queria estudar artes visuais, enfrentou resistência dos pais, mas não desistiu! se mudou para nova york assim que completou dezenove anos, para estudar artes visuais. apesar de ter se adaptado bem à vida na cidade, ele sentia que toda a sua existência seguia um ciclo previsível: suas manhãs começavam cedo, com aulas no ateliê da universidade, seguidas por longas horas de trabalho em uma pequena galeria no lower east side. à noite, ele retornava ao seu apartamento minúsculo — que era o que conseguia pagar —, onde passava o tempo desenhando e pintando, tentando encontrar seu estilo, sua forma artística de se expressar. contudo, por mais que fosse apaixonado por arte, às vezes tinha a sensação de que faltava algo em sua vida. como se houvesse um vazio.
adorava passear por bairros menos turísticos da cidade, sempre atrás de pequenos cafés e livrarias que pareciam esquecidos. em uma de suas tardes, enquanto explorava um sebo em east village, ele encontrou um livro antigo, escondido entre pilhas de exemplares empoeirados. “book of the lost” era um nome curioso. ele abriu o volume e folheou as primeiras páginas, que foi o suficiente para deixá-lo curioso e trocar alguns livros velhos naquela única obra.
ao voltar para casa, não conseguiu deixar o livro de lado. sentia que as páginas tinham vida própria e não permitiam que o rapaz fizesse qualquer outra coisa, aparentava ter algo magnético naquelas palavras.
estava lendo o livro há horas quando, de repente, começou a brilhar. por um breve momento, acreditou que estava apenas com muito sono, o cansaço acumulado o fazendo enxergar coisas, deu uma risada e balançou a cabeça, na tentativa de voltar a normalidade. porém, havia algo errado, o livro brilhava cada vez mais. sentiu um calor intenso se espalhar pelo corpo, e antes que pudesse entender o que estava acontecendo, tudo ao seu redor começou a girar. a realidade parecia se dobrar e, num instante, sentia como se tivesse atravessado uma espécie de portal.
baek jiwon é o tipo de pessoa que parece estar sempre cheio de energia, fazendo piadas e iluminando o ambiente, mas também é conhecido por seu temperamento explosivo e pavio curto, um "esquentadinho" como diziam na universidade. simplesmente não suporta quando as coisas fogem do seu controle ou quando é subestimado. não esconde quem é, é transparente e mostra suas emoções e opiniões sem filtro, o que às vezes o faz parecer caótico ou até mesmo imaturo, mas também significa que ele é alguém em quem se pode confiar para ser sempre verdadeiro, uma vez que não pensa antes de falar nada.
sempre se orgulhou de manter os pés no chão, de ser alguém que lidava com a realidade de forma prática, mesmo que seu temperamento explosivo e seu jeito impulsivo o tornassem imprevisível. gosta de saber onde está pisando, de ter controle sobre o que está fazendo, e se sente profundamente frustrado quando as coisas não saem como planejou. portanto, quando as memórias começaram a se misturar, no momento em que passou a acordar sentindo sensações estranhas, como se tivesse vivido outra vida ou experimentado algo que nunca aconteceu, ou aconteceu...? começou a se irritar profundamente. jiwon não entende o que está acontecendo, mas sabe que algo está mudando e ele apenas não quer de forma alguma ser um garoto preso em uma pintura enquanto ouve as barbaridades da mãe da rapunzel.
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Era Uma Vez… Uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você MATTHIAS HARTMANN. Você veio de MUNIQUE, ALEMANHA e costumava ser ASSALTANTE DE BANCOS / CRIMINOSO por lá antes de ser enviado para o Mundo das Histórias. Se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava ESTUDANDO O PRÓXIMO ALVO, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! Tem gente aqui que estava montando em dragões. Tá vendo só? Você pode até ser FOCADO, mas você não deixa de ser um baita de um CÍNICO… Se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de CÃO DE GUARDA na história LAGO DOS CISNES… Bom, eu desejo boa sorte. Porque você VAI precisar!
atendente/faz-tudo na Leather Emporium e segurança particular de Charlotte LaBouff
No Mundo das Histórias desde que os primeiros perdidos aqui pisaram, não reagiu muito bem à ideia de ser o cachorro de Rothbart no futuro, especialmente quando descobriu que alguns de seus pares estavam virando príncipes, reis, e até seres com poderes! Na realidade, ele acha toda a história da princesa cisne bem piegas, coisa que nunca lhe interessou. Ainda assim, não está nem um pouco ansioso por voltar para casa, onde não tem nenhuma perspectiva e ainda corre o risco de ser preso (não sabe se voltará para a exata cena da qual foi arrancado, se o tempo parou por lá, ou se tudo seguiu sem ele - o que é ainda mais assustador). Por conta disso, vem boicotando qualquer possibilidade de retorno e não faz questão de esconder sua opinião.
tw: maus tratos e violência doméstica. Ninguém gostaria de crescer em um lar como o dos Hartmann. A verdade é que o casal miserável do subúrbio de Munique não estava preparado para ter filhos, e quando estes apareceram, sofreram na pele as marcas de toda a decepção que carregavam com seu nascimento; castigos físicos intensos que decorriam dos rompantes de embriaguez do pai, além de intermináveis impropérios na língua natal. Não demorou para que Matthias passasse a encontrar mais conforto nos becos da capital alemã do que no próprio lar - onde não acabava com um olho roxo sempre que a mãe era espancada, por tentar impedir. Foi nos becos, também, que descobriu que aquilo que os genitores nunca seriam capazes de lhe comprar podia ser obtido das mais diversas formas.
Os péssimos hábitos e companhias, sem mencionar as drogas, o levaram para os pequenos delitos. Com 16 anos, já estava em uma instituição juvenil. Com 18, já era uma causa perdida. Com vinte e poucos e em liberdade, não cogitava arranjar um emprego sério – já tinha um. A verdade é que tão logo deixou a instituição juvenil, Matthias entrou no mundo de crime organizado, onde rapidamente se destacou por suas habilidades em fugas audaciosas e planejamento meticuloso. Sua notoriedade apenas cresceu após uma série de assaltos bem-sucedidos, onde ele frequentemente se disfarçava e usava identidades falsas para enganar a polícia alemã. Procurado em todo o país e em parte da Europa, não restava muita alternava se não seguir com o que já vinha fazendo, mesmo que soubesse que provavalmente acabaria preso ou morto. Ele também gostava de gabar-se sobre ser o melhor em seu ramo.
Estava no curso de um roubo especialmente difícil no Deutsche Bank, aquele que seria o maior de sua carreira - o golpe que o faria sair definitivamente do submundo para uma vida de luxos. Contudo, o assalto que era para ser rápido e sem intercorrências, tinha escalado para uma situação impossível com reféns e o edifício do banco cercado por sirenes, giroflex e megafones. Emboscado, tudo o que o Hartmann pensava era que não podia voltar para a prisão. Alucinado com a ação, não percebeu que junto da sacola com luvas, cordas enroladas com precisão militar e dinamites prontas para uso, um livro de capa escura havia aparecido. Foi quando tateou no interior do saco, em busca da arma reserva, que esbarrou no manuscrito, derrubando-o aberto no piso de mármore. Nesse momento, algo aconteceu. A luz do livro tomou conta do ambiente, brilhando como mil faróis, como se as viaturas tivessem invadido o banco. As sirenes da polícia se tornaram sons distantes, os gritos dos reféns ficaram abafados. O tempo parou. Matthias olhou para o objeto com horror e fascinação, enquanto sentia seu corpo ser puxado, sugado para dentro daquela luz impossível.
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era uma vez… uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você CEDRIC SCHAFER. você veio de MANCHESTER, INGLATERRA e costumava ser MECÂNICO por lá antes de ser enviado para o mundo das histórias. se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava AJUDANDO SEU IRMÃO MAIS NOVO COM A TAREFA DE FÍSICA, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! tem gente aqui que estava montando em dragões. tá vendo só? você pode até ser PRAGMÁTICO, mas você não deixa de ser um baita de um CÍNICO… se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de CAÇADOR SANGUINÁRIO na história SNOW WHITE… bom, eu desejo boa sorte. porque você VAI precisar!
Cedric cresceu na boa vida: filho de um banqueiro bem sucedido em Londres, era cercado apenas do que havia de melhor no mundo. No ensino fundamental, sussurravam pelos corredores o rumor de que seu berço havia sido, sim, feito de ouro — não que fosse verdade, mas Cedric nunca fizera questão de refutar. Também, como o mais velho de quatro irmãos, ele tinha o privilégio de ser cobrado a ser número um em quaisquer métricas possíveis; as maiores notas, o melhor nos esportes, o mais bem portado entre os filhos dos amigos de seu pai. Tendo acesso às melhores oportunidades, Cedric nunca precisou se preocupar com seu futuro além da próxima prova e próximo jogo — ele estava garantido.
O primeiro ruído aconteceu aos seus 13 anos; pouco tempo depois do nascimento do quarto filho dos Schafer, a mãe de Cedric respirava com pouca força. A doença fora brutal, causando a sua morte em apenas alguns meses. A fim de evitar o luto, foi criada uma cortina de fumaça pelo pai das crianças, afundando-os ainda mais em atividades extracurriculares, eventos beneficentes e capas da revista Forbes.
Todo esse altar, porém, apoiava-se num fino e frágil pilar de corrupção. Assim que o escândalo financeiro estourou, o Sr. Schafer foi rapidamente mantido em prisão preventiva, com toda a sua renda retida. Não demorou muito para que sua sentença fosse definida e aplicada, deixando tanto Cedric quanto seus irmãos sem segurança alguma. Ao auge de seus 19 anos, Cedric aceitou que deveria abandonar a faculdade de Oxford e cuidar de seus irmãos, todos sob sua tutela, acarretando assim na mudança para Manchester: a única residência que restara em sua posse, graças a herança restante de sua mãe.
Não tendo outra saída se não prover pelos garotos — Liam, Miles e Edmund —, Cedric arranjou o primeiro emprego que apareceu: mecânico. Não era muito difícil, já que os dois anos cursados de Engenharia Mecânica havia servido algum propósito, como ensiná-lo o funcionamento de um motor. Cedric ainda possuía uma carinha irredutível de playboy, é verdade! Mas sua lealdade aos irmãos o fazia pôr a mão na massa.
Atualmente, aos 28 anos, Cedric estava começando a cogitar um novo emprego, mas voltar para a faculdade parecia impossível. Liam, já com 22 anos, havia conquistado uma bolsa para estudar na cidade vizinha e trabalhava de meio período; Miles, com 19, não estava na faculdade, mas estava juntando uma grana para ao menos tentar. Já Edmund, aos 15, ainda era responsabilidade de Cedric, cujo qual não tinha coragem de desestabiliza-lo. Talvez, quando ele completasse 18...
Porém, antes que essa realidade chegasse, Cedric foi parar... No Reino dos Perdidos. E com o papel de vilão, para melhorar tudo, depois de ter cedido quase 10 anos de sua vida tentando não ser mais um vilão para os meninos Schafer. Angustiado com a possibilidade de não voltar para a realidade e nunca tomar as rédeas de sua própria vida, Cedric toma uma postura mais pragmática... Tentando não ser negativo ou sarcástico demais, tentando ser uma pessoa melhor e tentando, acima de tudo, controlar o seu próprio futuro.
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、 ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ‹ (cha eunwoo, 27, ele/dele) — era uma vez… uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você BAEK JIWON. você veio de NEW YORK - EUA e costumava ser ARTISTA VISUAL por lá antes de ser enviado para o mundo das histórias. se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava PINTANDO TELAS, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! tem gente aqui que estava montando em dragões. tá vendo só? você pode até ser DIVERTIDO, mas você não deixa de ser um baita de um ESQUENTADINHO… se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de GAROTO DA PINTURA na história ENROLADOS… bom, eu desejo boa sorte. porque você VAI precisar!
𓄹𓈒 ˑ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ⠀ connections — moodboard — playlist.
HEADCANONS:
nascido na coreia do sul, baek jiwon cresceu cercado pela pressão para se destacar em sua família. seu pai, era um empresário bem-sucedido, e sua mãe, uma pianista clássica reconhecida no ramo, mas apesar da mãe estar no ramo artístico, sempre o incentivaram a seguir um caminho tradicional. quando decidiu que queria estudar artes visuais, enfrentou resistência dos pais, mas não desistiu! se mudou para nova york assim que completou dezenove anos, para estudar artes visuais. apesar de ter se adaptado bem à vida na cidade, ele sentia que toda a sua existência seguia um ciclo previsível: suas manhãs começavam cedo, com aulas no ateliê da universidade, seguidas por longas horas de trabalho em uma pequena galeria no lower east side. à noite, ele retornava ao seu apartamento minúsculo — que era o que conseguia pagar —, onde passava o tempo desenhando e pintando, tentando encontrar seu estilo, sua forma artística de se expressar. contudo, por mais que fosse apaixonado por arte, às vezes tinha a sensação de que faltava algo em sua vida. como se houvesse um vazio.
adorava passear por bairros menos turísticos da cidade, sempre atrás de pequenos cafés e livrarias que pareciam esquecidos. em uma de suas tardes, enquanto explorava um sebo em east village, ele encontrou um livro antigo, escondido entre pilhas de exemplares empoeirados. “book of the lost” era um nome curioso. ele abriu o volume e folheou as primeiras páginas, que foi o suficiente para deixá-lo curioso e trocar alguns livros velhos naquela única obra.
ao voltar para casa, não conseguiu deixar o livro de lado. sentia que as páginas tinham vida própria e não permitiam que o rapaz fizesse qualquer outra coisa, aparentava ter algo magnético naquelas palavras.
estava lendo o livro há horas quando, de repente, começou a brilhar. por um breve momento, acreditou que estava apenas com muito sono, o cansaço acumulado o fazendo enxergar coisas, deu uma risada e balançou a cabeça, na tentativa de voltar a normalidade. porém, havia algo errado, o livro brilhava cada vez mais. sentiu um calor intenso se espalhar pelo corpo, e antes que pudesse entender o que estava acontecendo, tudo ao seu redor começou a girar. a realidade parecia se dobrar e, num instante, sentia como se tivesse atravessado uma espécie de portal.
baek jiwon é o tipo de pessoa que parece estar sempre cheio de energia, fazendo piadas e iluminando o ambiente, mas também é conhecido por seu temperamento explosivo e pavio curto, um "esquentadinho" como diziam na universidade. simplesmente não suporta quando as coisas fogem do seu controle ou quando é subestimado. não esconde quem é, é transparente e mostra suas emoções e opiniões sem filtro, o que às vezes o faz parecer caótico ou até mesmo imaturo, mas também significa que ele é alguém em quem se pode confiar para ser sempre verdadeiro, uma vez que não pensa antes de falar nada.
sempre se orgulhou de manter os pés no chão, de ser alguém que lidava com a realidade de forma prática, mesmo que seu temperamento explosivo e seu jeito impulsivo o tornassem imprevisível. gosta de saber onde está pisando, de ter controle sobre o que está fazendo, e se sente profundamente frustrado quando as coisas não saem como planejou. portanto, quando as memórias começaram a se misturar, no momento em que passou a acordar sentindo sensações estranhas, como se tivesse vivido outra vida ou experimentado algo que nunca aconteceu, ou aconteceu...? começou a se irritar profundamente. jiwon não entende o que está acontecendo, mas sabe que algo está mudando e ele apenas não quer de forma alguma ser um garoto preso em uma pintura enquanto ouve as barbaridades da mãe da rapunzel.
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Avellaneda: Ferraresi encierra a una familia por más de un día y medio
El pasado martes 4 y miércoles 5 de abril Sarandí se copó de móviles y periodistas, por un nuevo acto de avasallamiento a les vecines y laburantes.
En esta ocasión el caso, que llega a tener un grado de bizarro, se dio en avenida Mujeres Argentinas al 2400, debajo del puente del ferrocarril General Roca. El fin de poner en valor el espacio público, montando una nueva placita, tapiaron con ladrillos y cemento la puerta de ingreso de una vivienda, dejando encerrados a sus habitantes por 36 horas. “Ayer vino gente del municipio y nos dijo que iban a tapiar la puerta por la plaza. Y que nosotros teníamos que hacer una salida al fondo, pero no tenemos. El municipio sigue sosteniendo que hay una salida y no hay. Tampoco la quiso corroborar” (Clarín, 05/04) informó uno de los integrantes del grupo familiar damnificado.
Pocas horas posteriores a conocerse de dicho encierro, la gestión encabezada por Jorge Ferraresi (Frente de Todos-PJ) justificó el hecho alegando que sus residentes se encontraban ocupando un terreno nacional. Pese a que no justifica lo efectuado, también es falso. “Es mi casa, tengo los planos hechos por un estudio de arquitectos y está al nombre de mi padre. Son terrenos fiscales cada uno de los vecinos tiene sus planos. En su momento se estaba pagando un canon. Nadie está usurpando nada”, declaró para A24 una prima de los cercados.
Las denuncias mediáticas provocaron la destrucción a mazazos del paredón. “Se hizo justicia y vinieron a liberar la puerta. Ahora estoy un poco más tranquilo. No pudimos ir a trabajar, y corremos el riesgo de perder nuestros trabajos”, concluyó José Luis” (La Nación, 05/04).
Este suceso, que puede ser catalogado como privación ilegítima de la libertad, por parte del gobierno municipal, deja al desnudo un programa pensando en beneficio de la especulación inmobiliaria. A lo que se le suma la fenomenal crisis habitacional. Donde las casas derruidas y el hacinamiento son moneda corriente en grandes partes de la ciudad del sur del conurbano bonaerense.
No ha sido un error de un grupo de trabajadores municipales, en la construcción de la nueva plaza. Fue un acto de gobierno, planificado y orquestado por la gestión Ferraresi. Lo demuestran los policías bonaerenses que custodiaron el levantamiento de la tapia.
Es fundamental y urgente un resarcimiento económico a los encerrados por los daños, tanto materiales como psicológicos. El inmediato empadronamiento catastral de todas las viviendas. Y la presentación de un informe de los sucedido el 4 y 5 de abril en Sarandí, por parte de la secretaría de obras públicas y servicios públicos del municipio, actualmente encabezada por Gastón Seillan.
La salida a la crisis habitacional no vendrá de la mano de gobiernos capitalistas que desarrollan sus funciones en beneplácito de los pulpos inmobiliarios y la patria contratista. Es hora de expulsarlos y tomarlo en mano de la izquierda y el pueblo trabajador. Comenzando por el desarrollo de planes de obras públicas y viviendas populares bajo control de les vecines y laburantes de las villas y barriadas.
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Ilha lunar
RESUMO: A historia se passa em volta de um grupo de amigos, onde descobrem segredos do governo, conflitos familiares, decepção amorosa, ideologias divergentes e muitos desafios que terão que enfrentar juntos ou ate mesmo sozinhos... Contagem de palavras: 542 N / A: Esse projeto nasceu com uma amiga (Clara Luz), ele queria me mostrar uns personagens que tinha desenhado e que tinha montando um background para cada um deles. no meio da conversa ela acabou me pedindo uma ajuda a acrescentar mais coisas a historia. por fim, me empolguei tanto que acabei montando uma historia enorme e como ela gostou tanto, me pedia sempre para continuar contando um pouco mais da historia antes de dormir. agora estou aqui para repassar essa historia a limpo e compartilhar para quem gosta de historias. (estarei atualizando e corrigindo sempre que possível) ♦♦♦ CAP - 1 Com a lareira acesa na biblioteca quase não se da para se notar a chuva forte que cai lá fora. -Em algum lugar no mar, ao norte de moonisland... ...existe uma ilha escondida por uma névoa intensa... ...onde o comercio ilegal é sua única fonte de renda. -Uma ilha de solo preto, rochosa e sem vida vegetal e animal, onde os únicos moradores são seres grotescos e desprezíveis. -lá se encontram também, piratas e políticos corruptos que fazem escambos de suprimentos, em troca de armas e escravos. -aaaaah! PARA! *Grita Sophia interrompendo Amon -Quem teria coragem de ir num lugar desses? é horrível!... -Comercio de vidas? isso não pode existir! meus pais não permitiriam isso! *Romeu se levanta rápido e decidido -EU IRIA A ESSA ILHA! acabaria com os piratas e com os corruptos e libertaria todos os escravos! Amon: -como voce é corajoso romeu. *Romeu olha para Amon -Tudo pelo meu príncipe! *Sophia mesmo com vergonha arruma coragem para falar: -E-Eu vou junto, Romeu! *Oliver sentado cercado pela duvida -Isso deve ser apenas uma lenda, Amon... perto daqui? impossível! *Amon responde animado: -É verdade! escutei os servos do palácio conversando sobre isso essa semana. e eles disseram que essa névoa sai do chão! parece que a ilha fica em cima de um vulcão ainda ativo. a ilha tem frestas de onde escorre uma lava laranja florescente! parece fascinante! ~som de porta se abrindo -pronto crianças, por hoje já chega *Sophia resmunga: -haa Maya! mas já? *Maya retruca: -sim Sofi! Seus pais já terminaram a reunião e também já passou da hora de voces irem para cama! -Mas ta chovendo muito la fora! deixa eles ficarem mais um pouco! -A carruagem deles já estão esperando e não se preocupe, no final de semana teremos que ir ao centro fazer compras e voce pode ir junto se quiser, ai voces podem marcar de se encontrarem por lá. oque acham? *Oliver -eu topo! *Helena se minha mãe deixar eu vou! *Amon é... tudo depende de como tiver o humor dos meus pais... *Romeu -Vou estar esperando voces lá, já que vou estar por lá mesmo né mas espero que voce consiga ir Amon... *Sofia -voce vai ver Amon, eles vao deixar! vou falar pros meus pais falarem com os seus qualquer coisa. Enquanto Oliver ia de encontro com seus pais na carruagem, Maya se preparava para levar os outros a casa de cada um. Sofia olhava a partida de seus amigos pela janela da biblioteca até que sua mãe chega e diz: -Sofia... ainda não foi para a cama? -Oi mãe! eu já estava indo, só estava aqui dando tchau para eles. *Lilith sorri e se aproxima dela -voce gosta mesmo deles não é? -uhum! ...mãe.... -diga -é verdade que existe uma ilha aqui perto que tem piratas com mercado de escravos? -hmm receio que seus amigos que te contaram... mas sim, existe uma ilha aqui perto com pessoas desse nível e seu pai esta tentando combater isso, só que não é tão fácil como parece... -sabia que o papai não ia deixar isso assim! -é... mas agora bora para cama! -haaa... eu não vou conseguir dormir! eu to sem sono! -se voce nao tentar dormir nunca vai descobrir, vamos, vou te coloca na cama. (imagem - 1) (imagem - 2) (imagem - Maya) (Imagem - Os pais) ♦♦♦
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Reposted from @gaysdedireitabrasil LEIA O TEXTO: "Geração que quer tudo pra ontem. Estamos falando de coisa séria aqui. Falando de montar estratégia pra dominar um dos maiores países em território do mundo. Fechar milhares de quilômetros em fronteiras para as guerrilhas dos países vizinhos não entrarem aqui, pois caso vocês não tenham percebido, estamos cercados pela América Latina inteira que é quase toda socialista. Os EUA não estão ao nosso favor enquanto o Biden estiver lá. Temos poucos aliados. Estamos praticamente sozinhos e falando sobre tomar o poder à força. Vocês pensam que isso é brincadeira? Decidem na mesa da cozinha, e em duas semanas já está tudo dominado? Então Bolsonaro foi tomar café da manhã com os generais só pra fazer média com a população? Ele está é trabalhando como um louco desde a noite do dia 31, montando estratégia com as FFAA, e vocês aí, já começando a meter o pau. A erisipela obviamente foi adquirida por imunidade baixa, pelo alto nível de estresse. Vocês conseguem se imaginar no lugar dele, estar à frente disso tudo numa situação grave dessas? Ele já exonerou generais, almirantes e brigadeiros que não estavam alinhados com o que está por vir. Todas essas tentativas de recorrer ao TSE e STF usando provas, diálogo e vias legais são protocolo para mostrar ao mundo que FOI TENTADO DE TUDO, E ÚNICA SOLUÇÃO FOI AS FFAA VARRER O PAÍS INTEIRO. Vocês querem isso da noite para o dia? Tem muita gente mimada aqui. As FFAA quando partirem pra porrada, não vão avisar ninguém, não! Vai ser um rodo só, do nada! PAREM DE RECLAMAR E CONTINUEM NAS RUAS, QUE ESTAMOS QUASE LÁ. ESTÃO COM PREGUIÇA? Quando o poder finalmente for tomado, vocês ainda vão sentir vergonha de ter deixado de confiar nas FFAA e no Bolsonaro e ficar de choradeira aqui." RESPEITEM AS FFAAS. SAO O ÚNICO CAMINHO QUE NOS RESTOU. Autor: Patriota desconhecido (em Bia Cabelo E Maquiagem) https://www.instagram.com/p/Clm3Uk_tLjF/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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A Pantera do circo
AMANHECEU MAIS UM DIA NA CIDADEZINHA DO INTERIOR; LOGO APÓS O CAFÉ BEM REFORÇADO UM MENINO SAI FELIZ DA SUA CASA E VAI PARA A PRAÇA EM FRENTE BRINCAR DE SOLTAR PEÃO E DEPOIS FOI JOGAR BOLINHA DE GUDE, XIMBRA OU BOLINHA DE VIDRO, COMO QUEIRAM CHAMAR. ENTRE UMA BRINCADEIRA E OUTRA COM SEUS AMIGOS, O MENINO NOTA UNS BARULHOS ESTRANHOS VINDOS DO FINAL DA PRAÇA, CURIOSO COMO DE COSTUME; RESOLVEU IR INVESTIGAR COM MAIS UM AMIGO; AO CHEGAR PRÓXIMO DO LOCAL ONDE O BARULHO ERA MAIS FORTE; ELES AVISTARAM JAULAS COM DIVERSOS ANIMAIS PRESOS E MUITA BAGUNÇA NO SEU ENTORNO; ENTÃO, PERGUNTARAM A UM SENHOR QUE ESTAVA TRABALHANDO NO ESPAÇO QUE ERA CERCADO POR CERCAS DE ARAMES BEM PECULIARES. SENHOR O QUE ESSES ANIMAIS ESTÃO FAZENDO AQUI PRESOS? O SENHOR RESPONDEU: NÃO SE PREOCUPEM GAROTOS, SÃO ANIMAIS QUE VÃO ALEGRAR A NOITE DO CIRCO QUE ESTAMOS MONTANDO. OS MENINOS FICARAM MUITO FELIZES E RESOLVERAM INVESTIGAR MAIS UM POUCO AQUELAS NOVIDADES NUNCA VISTAS ANTES NA CIDADEZINHA. ENTÃO VIRAM LEÕES E LEOAS, ELEFANTES, MACACOS E MICOS, UMA GIRAFA E A FERA MAIS SERENA E ASSUSTADORA DE TODAS; A PANTERA NEGRA COM SEU PELO AVELUDADO OLHAR ATERRORIZANTE. OS MENINOS NUNCA TINHAM VISTO AQUELE TIPO DE ANIMAL INCOMUM A REGIÃO; RESOLVERAM CHAMA-LO DE O GRANDE GATO PRETO. ANIMADOS COM A FARRA QUE ACONTECERIA NO FIM DE SEMANA RECHEADO DE APRESENTAÇÕES QUE IRIAM DESDE ANIMAIS E PALHAÇOS, A MULHER DE MOTO NA RODA DE FOGO. CONTINUARAM SEU PASSEIO EM VOLTA DA CERCA, OBSERVANDO TUDO E TODOS, AI ENXERGARÃO DE LONGE UM TRAPEZISTA TREINANDO E FICARAM IMPRESSIONADOS COM TAMANHA HABILIDADE; MAIS A FRENTE VIRAM A MISTERIOSA MULHER DE BIGODE E BARBA CHEIA, SENTADA E CONVERSANDO COM UM GRUPO DE ANÕES. DEPOIS DE TANTAS DESCOBERTAS RESOLVERAM VOLTAR E APRECIAR MAIS UM POUCO O “ GRANDE GATO PRETO “. OS OLHARES ATENTOS DOS MENINOS NÃO DEIXARAM PASSAR UMA MANCHA CLARA E RAJADA BEM VISÍVEL NAS PATAS DA FERA, O GATO PRETO TA DESBOTANDO! GRITARAM OS MENINOS COM O FUNCIONÁRIO DO CIRCO QUE VEIO CORRENDO COM UM BALDE CHEIO DE UM COMPOSTO MISTURADO COM TINTA E PASSOU NAS SUAS PATAS QUE ESTAVAM MOLHADAS, PORQUE A FALSA PANTERA HAVIA DERRUBADO SUA BACIA DE ÁGUA NO CHÃO. CHOCADOS! OS MENINOS FORAM EMBORA PARA SUAS CASAS LEVANDO ESSE SEGREDO. TRISTES E PREOCUPADOS COM O GRANDE GATO PRETO, DECIDIRAM CONTAR PARA SEUS PAIS; IMEDIATAMENTE OS MESMOS FORAM AO CIRCO ATRÁS DE EXPLICAÇÕES E SOLUÇÕES PARA ESSE ATO TERRÍVEL DE TERRORISMO ANIMAL. NO DIA SEGUINTE OS MENINOS FORAM PARA A CERCA VER O GRANDE GATO PRETO E TIVERAM UMA AGRADÁVEL SURPRESA; NA JAULA; AGORA HAVIA UMA BELA ONÇA PINTADA E EM CIMA DA SUA JAULA ESTAVA ESCRITO: “ A BELA DO PANTANAL”. OS DOIS FORAM EMBORA EMOCIONADOS E CHORANDO SABENDO QUE TINHAM FEITO UMA BOA AÇÃO, EVITANDO ASSIM, O SOFRIMENTO E A CRUELDADE DAQUELE BELO ANIMAL. O FIM DE SEMANA FOI INESQUECÍVEL, OS MENINOS FORAM VER AS DIVERSAS BRINCADEIRAS, PALHAÇADAS E APRESENTAÇÕES COM OS DIVERSOS ANIMAIS EXÓTICOS PRESENTES. O GRANDE MOMENTO DA NOITE FOI O SUCESSO QUE A ONÇA PINTADA FEZ COM O PÚBLICO. ERA UM ANIMAL INCRIVELMENTE BONITO E MUITO DÓCIL, A ÚNICA HORA QUE A ONÇA MOSTROU OS DENTES, FOI NO MOMENTO EM QUE O PALHAÇO FICOU BRINCANDO DE ESCOVAR OS SEUS DENTES AO SOM DE MUITOS APLAUSOS. ENFIM; AO FINAL DO SHOW O DONO DO CIRCO SE APROXIMOU DOS MENINOS E SEUS PAIS PARA PROMETER QUE JAMAIS IRIA REPETIR AQUELE ERRO COM O GRANDE GATO PRETO. A FELICIDADE E A SENSAÇÃO DE DEVER CUMPRIDO, TOMOU CONTA DE TODOS E ELES SE ABRAÇARAM COM LÁGRIMAS NOS OLHOS. AO FINAL, TIVERAM A OPORTUNIDADE DE SE DESPEDIR DA BELA ONÇA QUE ESBANJAVA FELICIDADE AOS VER.
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Arranjos Florais: Dá para fazer sozinho?
Acabe com a insegurança sobre como começar a montar os seus próprios arranjos!
O período mais restrito de isolamento social fez emergir, em muitas pessoas, a vontade de trazer a natureza para dentro de casa. Passamos a nos permitir a aprender a decorar nossos lares com o objetivo de trazer conforto e leveza, então nada mais natural do que pensar em plantas e flores para conseguir alcançar esse resultado!
Montar arranjos florais parece intimidante no começo, já que associamos essa atividade com grandes eventos, talento e criatividade em atividades manuais, sem falar no receio de acontecer algum desastre estético ou de o arranjo simplesmente não durar por falta de conhecimentos básicos e/ou falta de tempo para sua manutenção.
Por isso, devemos começar pelo básico do básico: o que conhece sobre flores e plantas? Considere fazer visitas em floriculturas e lojas de jardinagem para ver, conhecer e sentir suas formas, texturas, aromas e cores. Afinal, essa atividade também depende bastante do sensorial.
Não dispense também idas às lojas de flores artificiais para aumentar seu leque de opções. Em ambos os tipos de lojas, você estará cercado por profissionais que saberão te explicar quais combinações ficam mais harmoniosas, sem falar que com certeza você ficará mais inspirado e motivado após receber orientações e dicas.
Dito isto, vamos deixar aqui os passos básicos para você perder o receio de tentar se aventurar nesse hobby maravilhoso e terapêutico!
Comece pequeno!
Arranjos menores e com menos variedades de flores mescladas dão uma boa noção inicial de como construir seu próprio arranjo e como planejá-lo de forma mais eficiente, sem falar que são bem menos complicados de montar. Outra vantagem é que por ter muita mobilidade, você poderá deixar em vários locais depois de prontos, e mesmo dar aquele toque minimalista que faltava na decoração de algum ambiente!
Leve em consideração: Arranjos de Flores Naturais ou Arranjos de Flores Artificiais?
Se o que compensar para você for a durabilidade e praticidade, opte por fazer uso das flores permanentes, mas se lembre de escolher modelos de qualidade para que reproduzam a mesma beleza dos arranjos naturais! Irão ficar sempre com aparência de flores recém colhidas e cortadas se também aliar uma rotina de limpeza básica do arranjo floral artificial. Se atente para caules com boa maleabilidade, possibilidade de corte e sempre verifique com o vendedor ou fabricante se o modelo escolhido pode ficar em contato com água e/ou sol.
No caso dos arranjos naturais, é necessário fazer a limpeza dos caules, remoção de folhas e espinhos, bem como a remoção de pétalas machucadas ou murchas antes da montagem do arranjo em si. Também é preciso deixar um balde com água para depositar as flores já higienizadas, assim elas não ficarão murchas enquanto está montando seu arranjo de flores naturais.
Aqui também é preciso ter um pós cuidado, pois por serem orgânicas e vivas, com o tempo podem apodrecer, deixando odores e aparência desagradáveis: nisso a importância de se realizar a troca de água a cada 2 dias e aparo das partes já com os primeiros sinais de deterioração.
Uma alternativa das naturais que tem conquistado muitos adeptos é o uso de flores e plantas secas, para a criação de arranjo desidratado: não há necessidade de aguar o arranjo, facilitando bastante para quem é iniciante.
Separe materiais e um local de trabalho! Não esqueça que vai precisar cortar caules, sejam naturais ou artificiais. Segue aqui uma lista de itens básicos: vasos e/ou recipientes para essa função, arames, fita adesiva de uso floral, espuma floral se necessária (ou outra base para fixação do arranjo, como argila), tesoura de poda, alicate, pulverizador e baldes (os dois últimos se aplicam mais para arranjos naturais).
Como montar o arranjo?
Para um modelo de arranjo completo padrão, siga estas dicas:
Trabalhe com diferentes cores, texturas e alturas de folhagens que servirão de moldura e preenchimento no arranjo;
Adicione a flor que será o ponto focal central de seu arranjo, de modo que fique em destaque, logo mais à frente do arranjo. Dê preferência às flores maiores, para serem o ponto de foco central;
Adicione outras flores focais menores, pelo perímetro do arranjo, na linha de altura um pouco abaixo da usada para a focal central;
Para um resultado mais harmônico, escolha cores de palhetas similares. Só quando se sentir mais confiante para arriscar arranjos mais ousados, mescle cores variadas mas complementares;
Se ainda ficarem buracos no arranjo, adicione pequenos botões de flores e caules delicados, como por exemplo o de mosquitinhos.
Achou complicado? Descomplicamos então! É válido e inclusive chic montar arranjo com um único caule de flor ou pluma de pampas em um vasinho bem elegante! Fica um resultado bem minimalista!
Conseguimos te convencer e mostrar como fazer arranjos de flores artificiais e naturais é mais simples do que imagina? Você inclusive pode pegar mais ideias nos seguindo em nossas Redes Sociais! Aproveite!
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Modelo de negócio aula 2
Modelo x plano de negócio
Eles já decidiram o que fazer e você vai ajudá-los no desenvolvimento do negócio. Quer saber que tipo de negócio eles optaram por abrir?
Eles gostaram tanto das informações que você levantou sobre o ramo de food trucks que optaram por entrar nessa área e irão empreender montando um destes caminhões de alimento. Porém, estão cercados de muitas dúvidas e incertezas.
Modelo de negócios CANVAS
Como? O que? Para quem? Quando?
https://analistamodelosdenegocios.com.br/o-que-e-um-modelo-de-negocio/
Uma das premissas adotadas na modelagem de negócios é a da praticidade e flexibilidade, tanto que a recomendação principal para iniciar uma modelagem é desenhar os nove blocos e utilizar post-it para realizar as anotações e fixá-las nos blocos correspondentes.
Depois da consolidação da ideia, com as anotações em seu devido lugar, você pode aproveitar o programa Business Model Designer, que é uma ferramenta gratuita e colaborativa, com vários modelos prontos. Você também pode registrar o seu modelo de negócios em um aplicativo de apresentações (Power Point, Prezi, entre outros) lembrando-se da organização dos blocos da modelagem Canvas.
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A Armênia diferentemente do vizinho ao norte, a Georgia, era um pouco menos desconhecida por devido a colônia Armênia que é bem grande no Brasil, mas mesmo assim ainda sabíamos pouco em relação a geografia e história do país. Sabíamos que o país era montanhoso e depois de percorrê-lo de norte ao sul, tivemos a certeza de que realmente montanhas não faltam por lá.
Entramos no país vindos da Georgia, por uma pequena fronteira (Bagratashen). Pedalamos no sentido Norte ao Sul, com o intuito de entrarmos no Iran, o total pedalado foi de cerca de 625 km. Não conhecíamos muita coisa sobre a geografia e pontos interessantes de visitar, então após algumas pesquisas decidimos fazer nossa rota passando pelo Lago Sevan, a capital Yerevam, o mosteiro de Khor Virap, a cidade de Goris e finalmente a cadeia de montanhas do extremo sul da Armênia.
Logo após nossa entrada, as tubulações de gás e muitas construções estilo soviético, assim como na vizinha Georgia, se mantinham. Muitas placas e paineis ainda estão escritos em Russo e Armênio.
Entramos na Armênia já com 45 km pedalados e pedalamos por mais 20 km, sempre subindo, procurando um lugar para acampar. Logo após passarmos um minúsculo vilarejo chamado Karkop, vimos uma estradinha paralela de terra e entramos por ela buscando um lugar para acampar próximo a um rio que havia por alí (Rio Debed). Passamos por um pequeno sítio e uma cachorrinha correu latindo em nossa direção e ouvimos uma voz de uma senhora gritando para a cachorrinha parar. Foi então que conhecemos os nossos vovôs armênios do dia, a Sra Amalia e seu marido (com um nome muito difícil que não conseguimos aprender) hehehe. Perguntamos onde poderíamos acampar por ali (tudo isso com mímicas, desenhos e um cartãozinho básico em todos os idiomas). Ela apontou para dentro do sítio e nos convidou para entrarmos. Na simplicidade de um vagão de trem soviético abandonado, onde viviam, dividiram conosco saborosas comidas e doces armênios que ela preparava, enquanto seu marido olhava curioso para nós e sorria. Lá dentro do vagão, um fogãozinho a lenha aquecia o ambiente e o café que ela nos preparou a tarde, a noite e no café da manhã. Montamos nossa barraca em uma área gramada próximo ao rio Debed. Nossa primeira noite na Armênia não poderia ser melhor, acolhidos por um casal tão hospitaleiro, com os quais conversávamos muito mais com olhares do que palavras.
O dia seguinte continuou montanhoso como de costume no país. Depois de um longo dia vencendo a dura altimetria armênia, avistamos do outro lado da pista um rio bonito com um lindo gramado em frente, o lugar perfeito para acampar. Atravessamos por uma pequena ponte para o outro lado e chegamos a um minúsculo vilarejo, Dzoraghet. La perguntei a um senhor se poderia acampar naquele belo parque e ele pediu que eu o acompanhasse até um luxuoso hotel que havia ao lado, o parque pertencia ao hotel. Confesso que antes de entrar no hotel achei que não nos deixariam acampar ali, afinal dois viajantes de bicicleta, montando uma barraca no jardim de um hotel super chique poderia parecer estranho, mas fui surpreendido pela hospitalidade armênia. A recepcionista do hotel foi super atenciosa e depois de algumas ligações deu um sorriso e disse que poderíamos acampar alí, mas que infelizmente não haveria luz, o que não era nenhum problema para nós. O gerente do hotel nos acompanhou até o lugar onde poderíamos montar nossa barraca. Ficamos super felizes e agradecidos. Dormimos tranquilos em um lugar super bonito.
A beleza das paisagens ao longos das sinuosas estradas entre as montanhas nos ajudam a empurrar a bicicleta. Todos os dias, desde que entramos na Armênia, em algum momento temos que descer e empurrar a bicicleta em alguma subida muito inclinada, mas tudo faz parte desta aventura.
Apesar de períodos de sol durante o dia, o começa da primavera Armênia ainda estava bem frio. Já era final de tarde e estavamos bem cansados, foi um dia com bastante subida e as estradas estavam um pouco esburacadas, deixando tudo mais devagar. Estavamos a 1800 metros de altura e a previsão era de neve na madrugada, então precisávamos encontrar um lugar coberto para acampar. A Armênia apresenta muitas casas fechadas e abandonadas pelos caminhos que passamos e por sorte encontramos uma destas no final deste dia, com uma sacada coberta perfeita para nos refugiarmos e montarmos nossa barraca. No comecinho da manhã, mesmo com uma neve fina e garoa caindo, estava tudo seco e rapidamente nos aprontamos para sair. Nossa barraca resiste muito bem a neve, chuvas e ventos, o maior problema é guardá-la toda molhada pela manhã.
A Armênia nos surpreendeu por várias coisas, hospitalidade do povo, natureza, belas paisagens, lindas montanhas, motoristas que dirigem sem agressividade e o que esperávamos ter deixado para trás, voltou… as nevascas. Na Bulgaria e Turquia pegamos muito frio e neve, por alguns meses, e já estávamos cansados desta friaca toda. Na Georgia o fim do inverno nos poupou da neve e das temperaturas negativas. Mas a montanhosa Armênia nos pegou de surpresa com nevascas e temperaturas negativas novamente. Ficamos pensando, se a primavera é fria assim em terras armênias, imagine o inverno!
Depois da tempestade, vem a calmaria. O dia começou com neve leve e depois a maior nevascas nas montanhas. Mas a medida que saímos de 1800 metros e fomos a cerca de 1200 metros o tempo começou a abrir e a neve virou chuva, ainda bem gelada. Chegamos então a um pequeno e belo vilarejo de montanha chamado Dilijan, estávamos molhados, cansados e com muito frio, precisando de um lugar aquecido e um banho quente. Nestas horas acabamos fugindo um pouco do orçamento apertado, mas é bom para nossa sanidade mental. Procuramos então uma hospedagem e chegamos a um hostel muito confortável e fomos recebidos com muita hospitalidade. Já que tínhamos passado muito perrengue nos dias anteriores, nos demos de presente um jantar típico Armênio, com direito a um vinho artesanal e uma cervejinha. Depois era tentar apertar os cintos nos próximos dias e reestabelecer o orçamento.
Chegamos neste pequeno vilarejo montanhoso armênio sem imaginar o que nos esperava. Descobrimos no dia seguinte, quando acordamos e fomos dar uma volta. É um vilarejo bonito, charmoso, cercado de belas montanhas com topo nevado ao redor e além disso é a porta de entrada para um Parque Nacional, com diversas trilhas para hikking e trekking.
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Depois de duas noites bem dormidas em Dilijan seguimos rumo ao lado Sevan. Este era um lugar que queríamos muito visitar na Armênia, tanto pela beleza e possibilidade de acampar, como pela importância que tem para o país. Chegamos num final de tarde frio. O lago Sevan fica a mais de 1900 metros de altura e subimos bastante para chegar até lá, mas valeu a pena. O lugar é lindo, com muita natureza ao redor. Nesta época do ano (comecinho da primavera), fora de temporada, só havíamos nós por lá. Encontramos uma área de picnic a beira do lado e por lá ficamos acampados 2 noites. Descansamos, lemos, ajustamos a bicicleta e aproveitamos a bela paisagem. As noites foram frias, mas durante o dia o sol forte deixou o clima bem amigável.
A estrada do lago Sevan até a capital Yerevan é predominantemente uma longa descida. Apesar desta região ser a mais povoada da Armênia, os motoristas não dirigem de maneira agressiva e foi tranquila nossa entrada na cidade. Há raros “warmshowers” em Yerevam, e os que existem tem perfis um pouco “estranhos”. Tentamos também hospedagem solidária pelo “couchsurfing”, mas as respostas foram negativas. Acabamos encontrando então um hostel com preço justo no centro da cidade e nos hospedamos alguns dias por lá para conhecermos melhor a cidade. Foi um pouco difícil levar a bicicleta 4 andares acima por escadarias, mas deixaram a gente guarda-la dentro do hostel e ficamos felizes.
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Yerevan, Erevan, Erevã, Ierevan, Ierevã, Erevão ou Ierevão (em arménio: Երեւան; transl.: Erevan; [jɛɾɛˈvɑn] ) é a capital e maior cidade da Armênia, além de uma das cidades mais antigas continuamente habitadas do mundo. Localizada ao longo do rio Hrazdan, Yerevan é o centro administrativo, cultural, e industrial do país. É a capital desde 1918, a décima terceira da história da Armênia, e a sétima localizada dentro ou em volta da planície de Ararat. Devido à sua localização, Erevan foi constantemente disputada entre a Pérsia e os otomanos, tendo mudado de mãos inúmeras vezes. Adoramos passear por esta cidade cheia de vida e história. Ainda com muitas áreas sendo reconstruídas e ficando cada vez mais bonita. A população estimada é de cerca de 1 milhão de habitantes, aproximadamente 35% de toda população do país.
Cultura armênia, o “Kachkar”. Vimos muitos por toda a parte no país e representam algo muito típico e cultural do povo armênio. A riqueza de detalhes é bela e tudo tem um significado especial. Um khachkar, também conhecido como cruz arménia de pedra (em arménio: խաչքար, pronúncia [χɑtʃʰˈkʰɑɾ], խաչ xačʿ “cruz” + քար kʿar “pedra”) é uma estela memorial que porta uma cruz, muitas vezes podem ter motivos adicionais como condecorações, laços e motivos botânicos. Os khachkars são característico da arte medieval cristãarménia e fazem parte do patrimônio cultural da Unesco. A maioria dos primeiros khachkar foram levantados para “a salvação da alma tanto duma pessoa viva ou morta”. Podiam também comemorar uma vitória militar, a construção duma igreja ou como forma de protecção contra desastres naturais. A arte de esculpir khachkars tem presenciado um renascer como símbolo da cultura arménia no século XX. Há centenas de khachkars no mundo, muitos dos quais são em memória da vítimas do chamado Genocídio Arménio. Os primeiros khachkar verdadeiros apareceram no século IX,[1] durante o ressurgimento arménio depois da libertação do jugo árabe. O khachkar datável foi esculpido em 879 (embora menos exemplares mais rudimentares existam).
Era uma tarde linda e ensolarada na capital Armênia e saímos animados para conhecer um lugar muito importante para este povo, o “Complexo memorial do Genocídio Armênio”. Entramos conversando e curiosos no local, mas em menos de 5 minutos ficamos calados, chocados e muito tristes com as imagens, vídeos e relatos históricos que vimos lá dentro. Só conseguíamos pensar “como o ser humano consegue ser tão cruel com ele mesmo?”. Conhecemos pessoas muito boas e incríveis durante nossa viagem e não conseguimos entender como um povo pode se virar contra outro e por vezes cometer atrocidades tão desumanas. O Genocídio Armênio aniquilou cerca de 1 milhão e 500 mil pessoas, de maneira brutal. E este monumento e museu estão na colina de Tsitsernakaberd para lembrar este acontecimento tão triste e evitar que algo assim possa se repetir novamente. O dia 24 de Abril é o dia que os Armênios no mundo todo se reunem para relembrar e homenagear as vítimas deste período tão triste na memória deste povo.
Saímos da capital em uma bela manhã ensolarada sentido um mosteiro histórico que queríamos conhecer. O mosteiro de Khor Virap (em arménio: Խոր Վիրապ, calabouço profundo) é um dos mais populares destinos turísticos na Armênia. Sua localização, junto à fronteira turca, oferece uma vista espetacular do Monte Ararate, a montanha que é o símbolo nacional da Armênia. O mosteiro é um dos lugares mais sagrados dos armênios por ter sido aí que São Gregório Iluminador esteve preso durante 13 anos pelo rei pagão Tirídates III, que Gregório viria a converter ao cristianismo no ano de 301, tornando a Armênia a primeira nação a adotar o cristianismo como religião oficial. A nossa ideia era acampar próximo ao mosteiro, com essa paisagem linda, mas chegamos no Domingo de Ramos e o lugar estava muito movimentado. Visitamos o mosteiro, almoçamos vendo esta bela paisagem e decidimos pedalar um pouco mais e acamparmos em um lugar mais tranquilo.
A última vez que havíamos dormido em Bombeiros foi na América do Sul e depois de tanto tempo, fomos amistosamente recebidos pelos Bombeiros na Armênia, chamados localmente de “Mes of Armenia”. Depois de uns 10 km após o Mosteiro de Khor Virap, pouco antes do vilarejo de Surenavan, passamos em frente ao uma brigada de bombeiros militares e decidi parar para perguntar se poderíamos acampar por ali. Eles foram muito hospitaleiros e além de nos permitirem acampar no estacionamento do quartel, nos ofereceram café e nos convidaram para jantarmos com eles. Eles não falavam inglês, mas com a ajuda de muitas mímicas e o tradutor do celular conseguimos conversar bastante.
No caminho entre os vilarejos de Yeraskh e Areni, vimos muitos militares e alguns “bunkers” como este ao longo da estrada. Esta estrada passa próximo ao Naquichevão e é uma fronteira fechada e ainda tensa entre os dois territórios.
Empurra…empurra… Durante nossa viagem, a Armênia é um dos países onde mais empurramos nossa bicicleta. Escolhemos entrar no Iran pelo sul da Armênia e este é o trecho mais montanhoso do país. Ficamos sempre acima dos 1000 metros de altura, porém subindo e descendo em média de 500 a 800 metros quase todos os dias. Nossos deslocamentos diários diminuiram para uma média de 40 km por dia. Há muitos trechos com inclinações acima de 10% e aí é melhor descer e empurrar. Apesar das dificuldades, as belas paisagens fazem valer a pena. A primavera, timidamente começou a enfeitar as paisagens armênias.
A região sul é pouco povoada e a maioria dos vilarejos são bem pequeninos. Lugares para acampar estão por todos os lados e a água é abundante e cristalina, vinda do degelo no alto das montanhas. Apesar da época ser de inicio de primavera, o clima ainda era bem frio por estes lados e com dias de neve.
Assim como seus vizinhos, é um país muito seguro e acampar selvagem é tranquilo e tolerado. Mas mesmo assim qualquer barulho próximo ativa inconcientemente o centro cerebral da vigília e nos faz despertar. As vezes o barulho mais besta e inocente faz a gente pensar mil coisas. Uma boa tecnica para evitar isso é acampar próximo de rios, principalmente os agitados. É impressionante como o barulho da água abafa os outros ruídos, acalma e embala aquele soninho gostoso. Neste dia, logo após a cidade de Vayk, encontramos uma cobertura em uma área de picnic ao lado do rio Arpa. Uma frente fria havia chegado e com isso chuva e frio. Foi uma boa para escapar do mal tempo.
A Armênia apresenta algumas formações rochosas bem particulares e uma delas são colunas basalticas que se agrupam de tal maneira que parecem aqueles “orgãos de igreja” e são por vezes chamados de “Sinfonia de Pedras”. Tivemos a sorte de ver uma destas formações, de origem vulcânia, enquanto pedalávamos próximo ao vilarejo de Saravan.
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Depois de um longo dia de subidas para atravessar o Vorotan Pass, com seus 2344m, começamos uma descida e próximo ao vilarejo de Gorayk avistamos uma área de picnic com uma cobertura de metal. Com o clima instável das montanhas e a previsão de chuva, achamos melhor montarmos nossa barraca por ali. O céu estava aberto e com sol quando chegamos. Depois de cerca de meia hora o tempo mudou drasticamente. Começou uma ventania e o sol se foi, o céu se encheu de núvens escuras e veio a maior nevasca com raios e trovões. Tivemos que montar a barraca as pressas. Em poucos minutos a paisagem que estava toda verdinha se transformou em uma paisagem de inverno.
Antes da cidade de Goris haveria uma outra longa subida, então, próximo a cidade de Sisian, avistamos um “refúgio” de madeira ao lado de um restaurante e pedimos para dormir alí, assim nos refugiando da chuva que estava prevista, apesar do céu aberto. Com a hospitalidade natural do povo Armênio, eles nos deixaram acampar por alí. E foi ótimo pois o tempo mudou e a chuva veio a noite toda.
No dia seguinte pegamos uma neblina sinistra e temperaturas negativas nas montanhas antes da cidade de Goris. Depois de 5 noites acampando de maneira selvagem e enfrentando o clima frio e rigoroso do sul montanhoso da Armênia, estavamos precisando muito de um banho quente, uma cama e um pouquinho de conforto. Havia chegado uma frente fria por estes lados e as nevascas e temperaturas negativas não permitiam que aproveitássemos as belezas desta parte do país. Decidimos então descansar em um hostel na cidade de Goris, fugindo um pouco do frio e da neve. Ficamos 4 noites até o tempo melhorar, mesmo gastando um pouco maid que o nosso orçamento apertado, não havia outro jeito, cruzar os passos de montanha com este tempo seria arriscado e só iria gerar sofrimento. No hostel conhecemos o simpático cicloviajante espanhol (país basco) Carlos.
Quando a neve dava uma trégua, aproveitamos para conhecer a antiga cidade de Goris e nos lembrou muito a região da Capadócia, na Turquia. A área de Goris foi estabelecida desde a Idade da Pedra. Goris foi mencionado pela primeira vez na história pelo período urartiano. O rei Rusa I de Urartu, que reinou entre 735 e 713 aC, deixou um cuneiforme, onde mencionou que entre os 23 países conquistados por ele, o país de Goristsa era um deles. Os cientistas supõem que seja o mesmo Goris. Durante a Idade Média, o assentamento da cidade estava situado na parte oriental do atual Goris, na margem esquerda do rio Goris.
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O tempo melhorou depois de 4 dias parados na cidade de Goris. Chegou a hora de desbravar as belas montanhas do extremo sul da Armênia, o último trecho antes do Irã. O sol saiu com força total, deixando as paisagens do relevo montanhoso do sul da Armênia mais lindas ainda. A chegada da primavera já começou a deixar tudo verde e florido. Haviam belas paisagens depois da cidade de Goris, em uma estrada que vai margeando do Arzebaijão/ Nagorno Karabach (Artsakh), sentido sul. Esta região do país apresentou muitas áreas de natureza com pouca interferência humana. As estradas são sinuosas e por vezes esburacadas, com subidas intermináveis e passos de montanha acima dos 2000 metros, o clima é instável e pode mudar rapidamente. Mas uma coisa para nós era certa, valeu a pena. Pedalamos um trecho com o cicloviajante Carlos, da espanha, mas logo nos distanciamos.
A última vez que havíamos visto placas avisando sobre a presença de minas terrestres foi quando passamos pela Bósnia. Aqui na Armênia precorremos uma estrada que vai margeando o Azerbaijão, mais especificamente a região fronteiriça entre a Armênia e Nagorno Karabach. Estas minas terrestres foram colocadas no período entre 1991 e 1994, na guerra de Nagorno Karabach e ainda são um transtorno nesta região. Já estavamos cansados de pedalar neste dia e haviam muitos lugares interessantes para acampar nas redondezas da rodovia, mas com essas placas, sem chances. Pedalamos então até nos afastarmos mais da região fronteiriça e encontrarmos um lugar mais seguro.
No final de tarde depois de empurrar a bicicleta em vários trechos de subida, chegamos cansados a um mini povoado, Dzorak, e lá encontramos um cantinho para passarmos a noite, que foi bem tranquila por sinal.
Mas durante o café da manhã, tivemos uma surpresa desagradável, vejam a cara de tristonho de quem quebrou uma obturação no café da manhã, acampando selvagem no interior da Armênia e vai ter que mudar os planos do dia para consertar a “cratera” que ficou no dente. A idéia seria continuar acampando selvagem, mas os planos mudaram para: Parar na cidade seguinte mais próxima (Kapan), encontrar um dentista e depois ver o que fazer.
Rumo a cidade de Kapan, finalmente um trecho de descida tranquila. Primeira parada: o primeiro dentista que encontrássemos. Continuar viagem sem resolver isso seria arriscado, imprudente e com grandes chances de começar uma dor de dente em breve, o que seria pior ainda. A Armênia é um país conhecido na região por ter bons dentistas, então vendo pelo lado positivo, se for pra dar problema dentário, melhor lá, hehehe. Assim que entramos na cidade de Kapan fomos procurar uma clínica odontológica e perguntando em algumas farmácias, nos indicaram uma clínica próxima. Estacionamos a bicicleta na porta e no final tudo deu certo, o dente foi bem “consertado”. O custo total ficou em cerca de 20 USD, mas como ficamos até tarde na cidade por conta disso, acabamos procurando o hotel mais baratinho possível e passamos uma noite lá.
Depois da cidade de Kapan, começamos uma longa subida que nos levaria ao último e mais alto passo de montanha do sul da Armênia, o Meghri Pass. Já havíamos nos acostumado com o sobe e desce de montanhas desta parte do país, e com a melhora do tempo podíamos aproveitar melhor o dia e as lindas paisagens.
Por toda a parte na Armênia é comum encontrar construções com estilo arquitetônico soviético, muitas delas abandonadas. Na cidade de Kajaran fomos procurar o hotel mais barato da cidade para descansarmos uma noite antes de enfrentar um dura subida para cruzar o passo de montanha mais alto por estes lados. Depois de perguntarmos na polícia, eles nos indicaram este hotel, bem no estilão soviético, com muitas coisas escritas em russo ainda. A noite a temperatura caiu para -2C, a calefação antiga do prédio não funcionava mais e um senhor encarregado pelo local nos forneceu um aquecedor para colocarmos no quarto.
Gostamos deste aviso que vimos nas montanhas de Kajaran, pena que foi a primeira vez depois de tanto tempo na Armênia. O país, assim como seus vizinhos, apresenta uma quantidade enorme de lixo espalhada ao longo das estradas e em áreas de picnic, principalmente plásticos. É muito triste ver um país com paisagens tão belas, poluídas por uma quantidade enorme de lixo.
Vencer o último passo de montanha do sul da Armênia foi um desafio para nós. Subimos de 1700m (Kajaran) a 2535m (Meghri Pass) em meros 10 km, que não pareciam muitos mas levamos 4 horas para fazer. Conseguimos pedalar apenas cerca de 2 km do total e o restante empurramos montanha acima. Muitos trechos com atimetria de 12% ou superior em uma estrada super tortuosa, mas muito bonita. As belas paisagens e a longa descida de 30 km que veio depois valeram toda a pena.
Últimos dias armênios. Chegando a pequenina cidade de Meghri, depois de uma longa e deliciosa descida em meio a belas montanhas e campos esverdeados pela primavera, optamos por ficar em uma guest house, antes de entrarmos no Iran. A casa assim como outras no vilarejo era bem típica com os “telhados” de folhas de uvas nas garagens e as paredes das casa em pedra. Gostamos muito de ter passado nossos dois últimos dias de Armênia nesse pequenino vilarejo. Tudo muito tranquilo, vida típica do interior da Armênia, com suas casas com pés de uva, romãs e figos, paredes de pedras, belas montanhas ao redor, povo hospitaleiro com olhar curioso e muitos carros Lada pelas ruas, hehehe. Neste vilarejo tomamos nosso último vinho (que ganhamos do dono da guest-house onde estávamos) por alguns meses que seguiriam.
Ficamos quase 1 mês cruzando o território armênio de norte a sul, enfrentando duras, porém belas montanhas, por vezes com nevascas e clima bem frio pelo caminho. Mas tivemos belos dias de sol e o mais legal, conhecemos muitas pessoas boas e hospitaleiras, aprendemos um pouco mais sobre a cultura e os costumes deste povo e gostamos muito da experiência que tivemos neste milenar país, foi tudo muito intenso em todos os sentidos.
“Shnorhakalutyun Hayastan”.
Armênia – Viajando de bicicleta entre muitas montanhas, belas paisagens e riqueza cultural. (For other languages, please use the website or browser translator) A Armênia diferentemente do vizinho ao norte, a Georgia, era um pouco menos desconhecida por devido a colônia Armênia que é bem grande no Brasil, mas mesmo assim ainda sabíamos pouco em relação a geografia e história do país.
#2fortrips#armenia#bicicleta#cicloturismo#cicloviagem#cycle touring#tandem#travel#viagem#viagem de bicicleta
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Para contemplar a chegada da primavera, do dia 28 de abril, até 4 de maio, estamos convidando todos os moradores de Gumyoji a comparecerem no festival Hanami Matsuri, que acontecerá em Hakusan, no distrito de Ni. Será possível encontrar barraquinhas dos mais diversos tipos, desde pratos típicos da estação, até trabalhos artísticos, como a pintura e o artesanato. Também é notável a presença de alguns artistas amadores, que desfrutam da oportunidade para celebrar a estação com boa música. O clima confortável e familiar torna o festival agradável e apropriado para todas as idades, tudo isso em um parque local, cercado de árvores e muito próximo ao famoso canal de Ni. Todos podem participar montando sua barraquinha, apresentando uma peça, música ou apenas aproveitando um prazeroso piquenique sob o cenário das flores de cerejeira. Esperamos a sua presença conosco!
A primavera é considerada época de recomeço, com a natureza renascendo e os dias ficando mais quentes, deixando para trás o frio severo que as regiões montanhosas sofrem graças ao inverno. Com a chegada dessa estação, os festivais também chegam e a vida corriqueira das cidades de todo o país é preenchida por eles, desde os mais comuns até os mais únicos. Em Gumyoji, um dos festivais mais importantes é o Hanami Matsuri, que reúne grande parte dos moradores ao redor das mais belas árvores da cidade, para contemplá-las e apreciá-las em companhia de suas famílias e amigos, junto de boa comida e bebida. Os pontos mais frequentados são os parques e santuários onde as flores normalmente florescem com mais abundância. Nesses locais, as pessoas fazem piqueniques com comidas típicas da estação, como oniguiri, doces, dango, bentô e os churrascos ao ar livre, que são os favoritos dos jovens que apreciam a contemplação com chá, cerveja ou saquê.
Neste festival, a estrela principal são as flores de cerejeira, mais conhecidas como Sakura, símbolo da primavera no Japão. Embora outras belíssimas flores como as de ameixa e pêssego também sejam apreciadas e enfeitem as ruas e parques de Gumyoji, o que torna as flores de Sakura tão especiais é seu simbolismo ligado à efemeridade, pois duram no máximo duas semanas e logo caem, embelezando o chão com as pétalas. Poemas da era Heian foram escritos, louvando essas flores como uma metáfora da própria vida, já que são bonitas, mas duram pouco tempo, sendo uma admirável forma de existência na cultura japonesa. Assim houve uma associação intrínseca com os samurais, que representam fortemente a história da cidade, com o princípio do fim da vida do guerreiro que, quando ainda era forte e belo, ao invés de viver lentamente, se tornando fraco e velho, estava sempre preparado para se sacrificar quando necessário. Sua existência era tão breve quanto às flores da cerejeira.
O Hanami Matsuri em Gumyoji começa a partir de 28 de abril e vai até 4 de maio, com a duração de uma semana. E, para contemplar esse evento, todos os moradores de Gumyoji estão convidados a celebrar o festival no parque que fica aos arredores dos santuários, onde os moradores poderão montar pequenas barraquinhas, para vender alimentos tradicionais da estação. Também haverá um espaço livre para apresentações, onde os moradores poderão cantar, dançar, recitar, ou se apresentar da forma que acharem melhor, em uma homenagem ao festival. Todo dinheiro recebido será doado para a manutenção dos templos.
Okukinu Onsen é uma estância termal localizada no distrito San, do bairro de Hakusan. Seu ambiente é considerado calmo e tranquilo, onde não só os moradores da cidade, mas também turistas, visitam para aproveitar um banho relaxante nas termas, que são benéficas para tratar várias doenças. Este ano, para comemorar o Hanami Matsuri, a Ryokan Maifukan estará abrindo suas portas durante toda a duração das cerejeiras na cidade com um preço especial, onde todos os hóspedes poderão desfrutar de uma noite extraordinária com seus banhos ao ar livre. As reservas são limitadas, então não percam tempo e reservem um lugar nesta semana especial.
Período de duração: 10 dias (28 de Abril até 7 de Maio), mas os jogos só irão valer pontos nos primeiros SETE dias. (Até 04 de Maio) Aberto para: Todos, tendo como recompensa a isenção do log. TAG: gyc: hanami matsuri.
AVISOS!
A participação não é obrigatória, mas incentivamos e adoraríamos que todos plotassem em cima deste evento, por ser algo importante e tradicional que acontece na cidade. Relembrando, mesmo que seu personagem não possa participar, ele tem que estar ciente que está acontecendo no festival.
Está em dúvida sobre os prompts do festival? Mande uma ask perguntando e iremos adorar dar algumas ideias para plots. Lembrando que a ask ou as dms estarão abertas para responder qualquer dúvida, ou sugestão, sobre o festival.
O evento é familiar, ou seja, não terão apenas adolescentes participando, mas também famílias, crianças e idosos. Portanto, comportem-se de acordo. Não é normal haver qualquer tipo de jogo - como verdade ou desafio e drinking games -, pois é um evento tradicional e o máximo de álcool servido, para maiores de idade, é a cerveja e o saquê. Mesmo sendo estrangeiro e não conhecendo muito os costumes japoneses, tentem não se esquecer qual o público alvo do festival, para assim não desrespeitar a tradição local .
Drogas e bebidas durante um evento tradicional pode vir a ser muito prejudicial para o seu personagem e também para o bairro, pois até mesmo a família do seu personagem poderá comparecer ao evento, então evitem ao máximo o uso de substâncias ilícitas. Caso queira, mesmo assim, jogar algo desse cunho, pedimos que seja algo altamente calculado e escondido, e que esteja ciente de que o personagem poderá ser punido por tais ações.
Lembrando que Gumyoji é uma cidade muito tradicional, principalmente o bairro Hakusan, onde acontecerá o evento. A boa postura e a educação são características muito importantes e apreciadas no Japão, portando não é cabível que haja um excesso de “contato físico” em público. Pedimos que respeitem e preservem o clima tradicional do festival.
Ryokan são hospedarias tradicionais onde quem recepciona é a Okami. Os quartos podem acomodar até cinco pessoas, sendo a estrutura mais tradicional possível, o chão é forrado com tatame, piso feito com palha de arroz prensado, e se dormem em futons.
Na maioria dos casos, o Okami é a proprietária do ryokan ou a esposa do proprietário, o que significa que a mesma, como representante do ryokan, atende a todos os assuntos externos, tais como negócios e cooperação com a comunidade local, corresponde a um gerente geral em um hotel ocidental.
Os banhos oferecidos pela Ryokan responsável pela estância termal serão públicos, mas separados entre feminino e masculino, onde crianças poderão acompanhar seus responsáveis. Antes de entrar nas águas termais, a higiene corporal é obrigatória e todos precisam se lavar com sabonete e água gelada, disponibilizados no local. É proibido e considerado altamente ofensivo a utilização de peças de roupa ou de toalhas após a entrada na água, e levar qualquer comida, bebida ou objeto não é permitido.
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Chocolate com Pimenta: Resumo Dos capítulos de 3 a 08/08/2020,
capítulo 92, segunda, 3 de agosto,
Ana Francisca avisa que Jezebel não é mais diretora da fábrica e será uma simples vendedora. Roseli garante que vai ficar de olho na nova funcionária. Jezebel briga com Margarido e Dália e acaba levando bombons de todos os lados. Timóteo leva Jezebel de carroça para o hotel. Todos na cidade veem a cena e sabem que a vingança começou. Márcia pondera com Vivaldo que, se ele for da família, mais fácil será ser perdoado. O prefeito promete se casar com ela, assim que for possível, mas pede que ela mantenha segredo. Timóteo entra no hotel com Jezebel no colo, para que ela não tenha que usar a porta dos fundos. Ana Francisca impede Darlene de continuar a fazer o trabalho caseiro, promete que ela vai estudar e a anima a fazer um pedido de Natal. Darlene pede uma mãe de verdade e as duas choram abraçadas. Danilo aceita o encontro com Ana Francisca. Klaus se desespera quando Ana Francisca avisa que vai colocar a fábrica à venda e tirar todo o dinheiro da fábrica do banco. Ana Francisca sofre por não ter com quem conversar. A imagem de Ludovico surge no espelho.
capítulo 93, terça, 4 de agosto,
Ana Francisca fica toda feliz, mas a imagem de Ludovico se esvanece. Vivaldo expulsa Klaus de sua sala. Márcia pede que Ana Francisca não se vingue de Vivaldo. Yvete alerta Ana Francisca que Vivaldo não pretende se casar com Márcia. Olga banca a boazinha montando a árvore de Natal, o que encanta Danilo. Klaus quer se casar logo para vender a casa e a tiara e ameaça colocar Reginaldo na cadeia, se Celina não concordar. Ana Francisca avisa Vivaldo que vai tirar a fábrica da cidade e apoiar o candidato da oposição. Olga adora quando Danilo comenta que está na hora de se casar. Ana Francisca compra terrenos ao lado dos que Terêncio possui e avisa que fará um depósito de lixo. Olga deixa de bancar a boazinha e tem um ataque com Ana Francisca. Margarido convida Ana Francisca para passar o Natal em família. Ludovico aparece avisando que vai trazer um amigo, de carne e osso, em quem Ana Francisca poderá confiar.
capítulo 94, quarta, 5 de agosto,
Ludovico vai embora. Jezebel sofre muito por ser vendedora. Ana Francisca dá um relógio de presente a Danilo agradecendo tudo o que ele fez por ela. Danilo se mostra magoado, mas acaba beijando-a. Matilde dá uma caixa de bombons para Sebástian. Danilo garante que será o último beijo entre eles e devolve o presente. Ana Francisca o esbofeteia. Ludovico pede que Tonico cuide da mãe e seja sincero quando ela lhe fizer uma pergunta decisiva. Mocinha enfeita a árvore de Natal de Margarido. Ana vê um balão descendo do céu. Dentro dele, encontra Miguel, desmaiado, cercado de cartas de tarô e o leva para o sítio. Olga, Lili, Gigi, Márcia e Jezebel levam bolo para Estelinha. Danilo convida Olga para ir com ele à Missa do Galo. Marieta avisa que a família irá também. Márcia e Jezebel batem boca e Danilo coloca as duas para fora. Miguel abre os olhos e sorri para Ana Francisca.
capítulo 95, quinta, 6 de agosto,
Miguel conta que ficou vagando no ar. Ana Francisca comenta que ele tem nome de anjo. Margarido brinda o Natal. Peixoto dá um presente para Olga, que detesta. Jezebel sugere se casar com o prefeito. Yvete e Roseli comentam sobre o casal no restaurante. Márcia se emociona ao ganhar um corte de tecido branco de Timóteo, mas o agride. Tonico dá um xale cor de rosa para Ana Francisca e comenta que já está na hora de ela tirar o luto. Márcia pede desculpas a Timóteo, os dois se abraçam, se beijam, o que inicia uma nova briga. Ana Francisca dá um cachecol para Miguel, que deseja retribuir o presente. Margarido e Mocinha trocam presentes. Ele pede um beijo, mas ela argumenta que não pode. Fabrício dá flores para Bernadete, que as joga em sua cara. Klaus avisa a Celina que marcou a data do casamento. Ana Francisca promete ajudar a amiga a fugir do compromisso. Ludovico aparece para se despedir de Ana Francisca para sempre.
capítulo 96, sexta, 7 de agosto,
Ludovico pede que Ana Francisca se lembre sempre da caixinha que ele lhe deixou e cuide bem de Miguel, que será um grande amigo. Pede ainda que ela faça o bem e esqueça a vingança. Klaus manda que Margot organize a comemoração do noivado. Guilherme chora ao saber do casamento iminente de Celina. Graça garante a Celina que Guilherme não pensa mais nela. Ana Francisca arma um plano de arrumar uma pretendente pretensamente rica para que Klaus desista do casamento e chama Dália. Margarido chora porque não alcança a boca de Mocinha, quando ela concorda com o beijo. Jezebel convoca uma reunião com seus cúmplices e avisa que eles precisam tirar Sebástian da cadeia. Terêncio garante que vai facilitar a fuga de Juvenal. Olga sugere que Danilo se case com alguém que goste de Estelinha. Márcia produz e dá lições de boas maneiras para Dália. Miguel se propõe a acompanhá-la no jantar. Guilherme se espanta ao perceber que Danilo está pensando em se casar com Olga.
capítulo 97, sábado, 8 de agosto,
Danilo pondera que Olga é generosa e melhor que Ana Francisca. Guilherme observa que ele está com ciúmes de Aninha. Dália sofre para aprender a ser uma dama. Miguel muda a fisionomia quando Ana Francisca fala o nome de Ludovico, mas ele nega conhecê-lo. Timóteo acha que ele tem um segredo. Reginaldo manda Celina não chorar em sua festa de noivado. Guilherme sofre sendo consolado por Margot. Terêncio manda Juvenal e seu cúmplice fugirem. Márcia arruma Dália com peruca loura, joias, roupas elegantes, mas ela fica um desastre. Ana Francisca concorda em colocar o xale cor de rosa. Guilherme bebe ao saber que Celina chegou na festa com o anel e a tiara de diamantes. Roseli afasta Gigi e entabula conversa com Vivaldo. Jezebel a destrata. Ana Francisca ironiza ao ver Danilo e Olga chegando juntos. Juvenal amarra Peixoto. Margot apresenta Dália a Klaus como uma amiga muito rica. Timóteo afasta Márcia de perto de Vivaldo. Tonico ajuda Timóteo a conquistar Gigi. Dália não sabe o que dizer quando Klaus pergunta o seu nome.
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MARCONDES
Estava martelando, sem parar a mesma peça de metal, estava completamente disforme da ideia original. Tudo porque não podia se concentrar. Repetia sem parar a palavra “MERDA”, desta vez fui longe demais.
As vezes fazia isso, por impulso, não por maldade, já sabendo quem era o garoto, porque tinha levado ao seu pseudo quarto, que não passava de umas cortinas velhas, aonde escondia sua cama, uma arara com roupas, nada mais. Sabia que ele veria em seguida a foto do Carlos. A princípio quando pegou sua mão, ficou intrigado, porque via um Oxóssi, cercado de orixás mulheres, todas da água. Nem sempre se via isso. Mas ele estava com o André Fontoura, que ele sabia que era irmão do Carlos.
O André na verdade não sabia quem ele era, como o garoto, só entendeu na hora que viu a fotografia do irmão, quando jovem. Mas a merda estava feita.
Mesmo que tivesse oferecido a escultura do Oxóssi, sabia que o garoto, não voltaria para buscar.
Agora tinha vontade de dar com o martelo na própria cabeça. Sempre fazia essas cagadas monumentais, como dizia uma conhecida sua.
Marcondes, parece que tens o prazer de cagar justo da entrada. Será possível, não me admira que estejas sempre sozinho. Ninguém pode aguentar uma coisa desta.
Nunca tinha podido se perdoar o que tinha feito com o Carlos. Tinha sido o único homem que ele tinha amado. Fez tantas merdas, mas tantas, que esse acabou se largando, não só dele, mas da cidade.
Depois ficou como um louco procurando, mas já era tarde. Tinham se passado mais de 10 anos, ele continuava sozinho. Tinha um método infalível para afastar as pessoas de cara. Chegava depois de um tempo paquerando, colocava sua mão, que na verdade eram imensas, no ombro da vítima, com ele dizia perguntava, “pode ser ou está difícil”, as pessoas se assustavam, davam no pé. Só algum louco, que ao tocar ele percebia que lhe dariam problemas aceitavam, mas era ele que saia em disparada.
Desde criança seu pai lhe dizia, garoto, “malandro que é malandro não bobeia”.
Ele era filho único, seu pai tinha uma oficina mecânica, justo aonde agora ele tinha seu atelier de escultura. Sua mãe, era costureira, uma parte do ano, se dedicava as suas clientes, mas quando se aproximava o carnaval, pedia desculpas, mas tinha que preparar as baianas da sua escola de toda vida. O Salgueiro, a vermelha e branco do seu coração. Já seu pai, era da ala dos compositores. Ele para complicar, não sabia sambar. Alguns dizia, com esse tamanho todo, era impossível. Tinha dois metros e dez de altura, um puta corpo, parecia que tinha ido ao ginásio o dia inteiro. Mas não, era do seu trabalho, passar o dia marretando metal para dar forma. Se alguém entrasse no atelier, veria sua pele negra brilhando. No carnaval, aceitava era sair em algum carro, com alguma fantasia que representasse algum orixá. Mas na verdade os carnavalescos queriam que ele fosse semi nu, para chamar a atenção, nos primeiros anos, isso lhe fazia graça, porque depois era assediado. Isso na época ele gostava.
Mas claro se metia em cada confusão de fazer gosto, não entendia, escolhia as pessoas, mas eram sempre as erradas. Mas não lhe importava muito, porque ele não se apaixonava. Sua única paixão verdadeira era seu trabalho.
Quando era criança, era magro, podia comer o que quisesse, mas continuava magro, algumas mulheres diziam a sua mãe, leva no médico, que com certeza é lombriga. Ela ia, mas os mesmos diziam que ele não tinha nada.
O que gostava era de ficar na oficina mecânica do pai, juntando parafusos, porcas, tudo que era jogado fora, para montar figuras. Em vez de pedir brinquedos, pediu ao pai, uma soldadora, já que ele não o deixava usar a da oficina. Foi o melhor presente que ganhou. Estava sempre por ali, depois das aulas, montando coisas. sua primeira obra de arte, sem dúvida nenhuma, depois de uma bronca fantástica do pai, foi ter roubado uma parte do motor, criando um Don Quixote, estavam estudando sobre ele na escola. Montar um cavalo, com o homem em cima.
Seu pai, viu que os funcionários, estavam todos olhando o que ele fazia. Quando se aproximou, viu que a peça que estava procurando, estava na figura que ele tinha montado. Na hora ficou furioso, mas um cliente viu, perguntou o preço. O pai vendeu para comprar a mesma peça.
Não lhe interessava nenhum instrumento da bateria da escola de samba. As aulas de desenho da escola ele era o fodão. Seus desenhos eram disputados pelos professores. Sua professora preferida, um dia quando ele estava para terminar a escola, foi falar com seu pai. O senhor me desculpe me intrometer, mas acho que seu filho devia estudar Belas Artes. É um artista nato.
Seu pai ficou olhando para essa mulher, sua única pergunta foi. Dá dinheiro isso?
Se ele for bom, ganhará muito dinheiro. Essa era um verdade que se confirmou. Cada exposição sua, vendia tudo. No momento, estava na última figura que tinha que fazer para uma exposição que aconteceria dentro de pouco. Mas não conseguia se concentrar.
Quando foi para a Faculdade de Belas Artes, ele inicialmente destoava de todo mundo, era negro como a noite, dentes brancos, tinha mais de dois metros de altura, magro, as calças sempre eram de pescador, ou seja, sempre estavam curtas, por mais que sua mãe arrumasse, não dava certo. As camisetas ficavam sobrando no seu corpo, curtas ao mesmo tempo. A turma se dividia entre uma maioria de alunos da Zona Sul, todos tinham cabelos compridos, se vestiam como hippies, mas viviam em belos apartamentos. Alguns da Zona norte, tijuca principalmente.
Eu era do Andaraí, da rua Silva Teles, ali perto do Salgueiro. Todos os garotos da rua, me sacaneavam, pois de samba não sabia nada. Cantavam “ quem não gosta de samba, ou é ruim da cabeça ou doente do pé”. Se encaixava comigo. Agora que ia a Faculdade, que estava sempre com uma pasta cheia de desenhos, a coisa ficava feia. Achavam que eu pensava que era bacana. Mas o pior era não encaixar nem em um lado, tampouco em outro. Meu pai agora deixava que ocupasse um pedaço do galpão, para fazer minhas esculturas. As desenhava, colocava o papel na parede, começava a executar. Podiam me chamar, gritar, tudo o mais, mas eu estava no meu mundo.
Oitenta por cento dos estudantes eram gays. Eu um idiota que não sabia de nada, sem experiencia nenhuma em sexo, pois era tímido. Me convidavam para ir a alguma discoteca na zona sul. Inventava desculpas para não ir. Um dia meu pai me chamou de lado, olhou bem na minha cara. Não podes passar o dia inteiro, batendo metal, tens que sair, se divertir. Não gosta de samba, não passa nada. Nem por isso vou brigar contigo. O mesmo, não gosta de mulheres, tampouco passa nada, eu simplesmente te amo meu filho. Só não quero que te mistures com os meus empregados, pois senão perco o respeito. Nem olhava para eles.
Um belo dia, aceitei o convite de um grupo da Tijuca, para ir a Copacabana no final de semana, ir as discotecas, sei lá fazer um programa. Eu bebia pouco, quanto muito uma cerveja. Tinha vendido uma escultura, tinha dinheiro meu para sair.
Mas de cara, bateu que eu destoava de todos. Eram brancos, se juntavam com outros brancos, o que fazia eu ali no meio. A conversa deles, sobre os homens com quem tinham feito sexo, me incomodava. Estávamos num bar da avenida Atlântica, o Bierhause, já não existe mais. Vi um homem me olhando muito sério. Me chamou a atenção, estava cercado por outros que estavam rindo o tempo todo, como meus amigos, mas ele estava sério me olhando.
Fomos embora, venham diziam alto, vamos ao Sótão, uma discoteca gay, que nem sei se existe.
Lá fomos nós, eu desengonçado no meio daquela turma toda, era o mais alto, sentia que meus braços apesar de fortes, me pareciam compridos, não sabia o que fazer com eles. Se metia no bolso, ficava parecendo um idiota, se os deixava caídos sem se moverem, parecia um retardado. Sem querer olhei para trás, o outro grupo como que nos seguia. O homem não parava de me olhar. Quando entramos na discoteca, todo mundo foi buscar bebida, eu pedi só uma garrafinha de água. Já tinha bebido o suficiente. Eles ao contrário não paravam. Riam se divertia, eu ao contrário não sabia o que fazer.
O homem se aproximou, sorriu timidamente, começou a puxar conversa. Saímos dali, fomos nos sentar na praia. Sem querer pela primeira vez, conseguia conversar com alguém. Me disse na cara que eu parecia desenturmado.
Sim, são companheiros da faculdade, nunca sai com eles, não gosto dessa confusão, nem sei o que estou fazendo aqui.
O que gosta de fazer?
A minha resposta me pareceu idiota. Trabalhar, criar coisas, estar sempre ocupado.
A conversa virou-se para o lado da arte, ele também gostava de esculturas, mas não tenho dinheiro para comprar. Tive que ir trabalhar num banco, porque meu pai me expulsou de casa, me viu dando um beijo num garoto vizinho. Tenho três irmãs, um irmão menor. Temos uma diferença de idade grande. Me disse na cara que não queria mais uma mulher com o piru entre as pernas, que eu seria mal exemplo para ele.
Moro na Prado Junior com um dos meus amigos do banco. Estou esperando um apartamento no mesmo edifício, agora estou ganhando mais, posso pagar. Não sou burro, já que não podia fazer uma faculdade, fui estudando para subir dentro do banco. Só não gosto de ficar contando dinheiro dos outros.
Quando vimos o dia começava a amanhecer, não tínhamos parado de falar, nenhum tinha perguntado o nome do outro. Finalmente me perguntou como me chamava, Marcondes, o teu?
Jose Carlos, mas todo mundo me chama ou de Zé, ou de Carlos, prefiro o segundo, tem muito Zé nesse mundo.
Teus amigos já devem ter ido embora, queres ir dormir lá em casa, meu companheiro de apartamento, nos finais de semana fica na casa da namorada.
Não sabia o que fazer, ele viu minha dúvida, se não quiseres fazer sexo, não me incomodo, gosto de ir devagar. Concordei, eu tremia como vara verde, tudo o que ele fez foi me dar um beijo, meio prolongado. Nunca tinha beijado ninguém. Mas despertei abraçado com ele. Ele encaixado em mim. Ele me olhou, estava excitado, eu também, muito lentamente me foi ensinado o que fazer. Quando vi estávamos fazendo sexo. Eu como um louco, adorando tudo.
Não queria sair daquela cama nunca mais. Telefonei para casa, contei uma mentira que tinha ficado tarde, que tinha dormido na casa de um amigo. Que ia almoçar com a turma toda.
Ficamos ali falando, mas eu só queria beijar, nunca tinha gostado de ninguém. Nos despedimos, marcando de nos ver no sábado seguinte. Ele me deu seu telefone, ficamos de nos falar a noite. Eu passava o tempo todo pensando nele. Durante as aulas, desenhava seu rosto várias vezes seguida, buscando a perfeição. Minha mãe foi a primeira em desconfiar, o que estava acontecendo, tens cara de quem estas apaixonado. Ficas horas no telefone, falando baixinho.
Meu pai, cortava logo, deixa o menino em paz. Se está apaixonado, isso é com ele. Não temos nada com isso. Minha mãe como todas, era aquela cega, que via, mas fazia questão de não ver, nem saber de nada. Meu velho nesse sentido era porreta, só me disse no ouvido, use proteção para não pegar nenhuma doença venérea.
Comecei a fazer uma escultura com o rosto dele, dizendo que era um trabalho da Faculdade, queria lhe dar de presente. Ele quando viu os desenhos, me beijou, pegou minhas mãos, disse que nunca tinha gostado assim de ninguém. Contigo posso falar. Os outros, só querem fuder, adeus, nunca mais sei deles. Sempre achei que era um chato, por isso me abandonavam.
Nos víamos todo final de semana, saiamos, ir ao cinema, que havia embaixo de sua casa, filmes de arte, ficar abraçados na cama, comer no Cervantes. Para mim era o céu.
Trazia os desenhos dos trabalhos que tinha feito na escola. Me incentivava. Contei que um dos colegas me disse que fizesse as esculturas em pequeno, que eram fáceis de vender na Feira Hippie da General Osorio em Ipanema. Fomos um domingo lá olhar, meu colega tinha uma banca, me apresentou a organizadora, essa me disse que levasse alguma peça, os desenhos.
Carlos me disse, tens que começar por algum lugar. Por que não tentas?
Preparei as peças, os desenhos em separado, telefonei para a senhora, fui lá levar, gostou de tudo, me disse quanto custava, ter uma banca. Falei com o meu pai, foi logo me ajudando, tens que ter uma banca ou mesa que seja fácil de levar. Ficamos os dois lado a lado, como pai, filho, construindo algo. Ficou uma mesa espetacular. Depois ele começou a fazer para todo mundo que gostava.
No primeiro dia Carlos foi comigo. Lá pelas tantas apareceu meu pai, os apresentei. O olhou de cima a baixo, Carlos como sempre muito sério. Estas em boa companhia, me disse, não tinha gostado do pessoal de Belas Artes. Nesse dia vendi 80% das peças, todo mundo dizia que era sorte de principiante. Carlos que tinha andado pela feira inteira me disse, claro tens um material diferente de todos. Tens que fazer uma coisa, criar sempre coisas novas, porque na semana que vem alguns já viram teu trabalho, vão fazer igual.
Não acreditei muito, mas era verdade, na semana seguinte, tinham dois com obras quase iguais as minhas, mais baratas. Vendi menos.
Carlos me disse, acredite em mim, quando falo as coisas, sei o que estou falando.
Meu pai agora, perguntava sempre por ele, se tudo ia bem.
Gostava disso, poder me abrir com meu velho. Ele passava a mão na minha cabeça como fazia o Carlos. Não fale com sua mãe, é tão devota que não entenderia.
Passei a ter peças diferentes a cada domingo, sempre vendendo bem. Disse ao Carlos que juntava dinheiro se por acaso um dia quisesse dividir apartamento comigo. Mas eu precisava de um lugar aonde pudesse trabalhar.
Um domingo que chovia, portanto, zero feira. Vou te levar para ver um lugar, que um companheiro tem para alugar. Fomos a Santa Teresa, o bairro dos artistas. Quando vi o apartamento fiquei como uma criança. Era perfeito, podia ter o meu studio, vivermos os dois, ele tinha sido transferido para o centro da cidade para seguir sua trajetória no Banco.
Nos mudamos, meu pai entendeu, minha mãe nem pensar. Ficou furiosa, como eu me atrevia deixar para trás sua família. Eu ia quase todos os dias lá almoçar. Carlos não me deixava levar a roupa para lavar. Quando se sai de casa, há que assumir todas as consequências.
Um dia na feira, apareceu uma mulher, baixinha, gorda, mas muito bem vestida, olhou meu trabalho, um a um. Perguntou preços. Fez milhões de perguntas, se eu fazia grandes também, coisas dos gêneros. Olhou meus desenhos, peças que eu não tinha feito, porque precisavam ter tamanhos. Tirou um cartão da bolsa, me estendeu, li, fiquei de boca aberta, passei para o Carlos. Era uma das melhores galerias de Ipanema. Se tens uma grande que eu possa ver, podemos marcar uma exposição. Mesclando peças, grandes, como medianas, até algumas pequenas. Os desenhos eu mandaria emoldurar. Porque são excelentes.
Eu quase dava pulos de alegria. Carlos, me jogou um balde de água fria. Primeiro tens que executar o que ela te disse. Depois negociar preço, pois ela terá uma porcentagem em cima do que possas vender. Normalmente as galerias ficam um uma boa peça.
Como sabes tudo isso?
Eu já me informei antes bobo, fui até lá falei com ela, levei fotos que fiz sem você ver, disse que viesse aqui ver teu trabalho. Por isso me perguntou se eu era teu agente.
O beijei ali na frente de todo mundo. Ele ficou sem graça, não faça isso, estamos num lugar público.
Mas eu nem queria saber, estava feliz, tão feliz, que liguei para o meu pai para contar as novidades, sempre chamava a ele em primeiro lugar. Só me disse, estou orgulhoso de ti filho.
Se precisas da oficina para fazer as peças grandes, eu te arrumo uma parte maior.
Agora me dividia entre nossa casa, a oficina. Fiz a peça que ela tinha pedido, a revisei mil vezes, alguma coisa falhava, mas demorei para encontrar o defeito. O arrumei, avisei a senhora, ela veio olhar. Imagina, venho sempre no Salgueiro, mas nunca te vi por lá.
Meu pai lhe respondeu, que eu era doente do pé. Que não sabia sambar.
Ela, ria dizendo que tinha um pai fantástico. Andou em volta da peça, se afastava, se aproximava, pediu que colocássemos embaixo de uma luz forte. Me mostrou um defeito mínimo, mas defeito. Tens que ser perfeccionista, não para os outros, mas para ti mesmo, nenhum colecionista, veria esse pequeno defeito. Mas pode ser que algum sim.
Essa peça poderíamos vender por, deu um valor absurdo para um garoto do Andaraí, ia saltar de alegria, mas me lembrei dos conselhos do Carlos. Olhei a meu pai, com lagrimas nos olhos, era mais que ele ganhava num mês arrumando carros.
Essa fica separada, abrimos sobre uma mesa, todos os desenhos, ela foi dizendo os tamanhos que queria. Para teres dinheiro para o material, posso comprar essa, mas descontando minha parte.
Meu pai se adiantou, como bom comerciante, não é necessário, ele tem dinheiro para isso, para quando é a exposição.
Dentro de um mês, durante 15 dias, temos que vender tudo para ter um bom lucro. Nas vésperas da exposição, faremos a divulgação, fotografias para jornal, entrevistas, televisão.
Eu não acreditei muito nisso, estava era louco para trabalhar.
Carlos ficou feliz, mas me dizia sempre, tenha os pés no chão. Agora nos víamos menos, eu passava mais tempo no Andaraí. Fui fazendo todas as peças, meu pai revisava todas, fazia o que ela tinha feito, andava em volta, se afastava, a colocava no sol para olhar. Minha mãe ao contrário dizia que eram obscenas. Nunca entendi por quê.
Fiz a parte uma grande do meu pai sentado, como se fosse o pensador de Rodin, a pintei de negro com uma tinta para carros. Ele me beijou, sei quanto gostas de mim meu filho. Eu também te amo. Falou justamente o que o Carlos me dizia, mas tenha os pés no chão sempre.
Falar era fácil. Mas quando chegou a hora das entrevistas, eu suava como um condenado, pois nunca tinha conversado com nenhum jornalistas. Mas foi bem. Dei entrevista para todos os jornais, saia na parte Cultural. Eu ainda estava no segundo ano da Escola de Belas Artes, tinha que ter uma opção, ou trabalhava ou ia as aulas. Preferi trabalhar.
Cada jornal que saia, meu pai comprava, para guardar. Minha mãe, olhava, levantava os ombros dizendo que isso não era trabalho. Nunca entendi por quê?
A entrevista saiu no melhor canal da cidade, ele pediu para alguém gravar o vídeo, depois colocava no bar aonde ia tomar cerveja com os amigos. Tinha orgulho de mim.
Na inauguração, Carlos foi comigo comprar uma roupa, me deu de presente. Antes de sair de casa me beijou, dizendo eu acredito em ti, te amo.
Eu sentia tudo, dor de barriga, suava como um condenado, queria sair correndo, para não ver as críticas. Ela me avisou, cada venda, coloco um adesivo vermelho. Eu estava como louco, meu pai foi, tinha arrumado um terno, depois descobrir que Carlos tinha ido com ele comprar.
Em duas horas, vi que todas as peças tinham sido vendidas. A mulher sorria, só me disse, tens que seguir trabalhando, pois, as pessoas querem levar as peças, mas de maneira nenhuma faça repetidas, pois eu sempre garanto a exclusividade.
No dia que foi me pagando as peças vendidas, na minha frente retirava sua parte. Me colocou um papel na minha frente, dizendo, nunca faço isso com ninguém, eres o primeiro. Um contrato de exclusividade. Me comprometo, fazer duas exposições por ano, ou uma conforme o volume de trabalho. Leia com atenção, mostre para um advogado. Eu queria assinar nesse momento, mas ela disse que não, que fizesse o que estava dizendo. Primeiro mostrei para o Carlo, simplesmente fez uma coisa que não deixei ninguém mais fazer, segurou minha cara com as duas mãos, me beijou os olhos, o nariz a boca. Boa sorte, artista. Já podes dizer que eres um artista. Mas pés no chão. Ele leu o contrato mil vezes, depois levou para um conhecido que era advogado do banco.
Este me explicou tudo. Durante cinco anos, nunca poderia expor em nenhuma outra galeria. Deveria ter sempre uma peça em exposição. Não poderia negociar por fora com ninguém, nem tampouco vender alguma peça a não ser através da galeria.
Assim mesmo assinei. Mas claro como sou, depois caguei no último ano. Pois estava louco de pedra, precisava dinheiro para as drogas.
Com todo dinheiro que ganhei, comprei a oficina para meu pai. O comentário da minha mãe foi, mas se dentro de um tempo ele vai se aposentar. Mas ficou contente, que eu aplicasse o dinheiro em alguma coisa. Mas adiante, podes ocupar a oficina inteira. Essa era realmente minha intenção.
Outros artistas começaram a visitar o atelier em Santa Teresa, alguém levava um baseado, outro uma fila de cocaína. Pensei se eles podem, isso abre minha criatividade que mal tem. Carlos ficava uma fera quando chegava me via jogado na cama sem trabalhar.
Fiz uma nova exposição com o mesmo sucesso. Desta vez, ela vendeu até os desenhos da exposição anterior.
Foi quando caguei, o que pensava que me daria criatividade, me tirou a mesma. Vi um trabalho do Mario Cravo sobre os Orixás, resolvi fazer. Quando disse a ela, me avisou, muito cuidado, pois ele é o rei do pedaço nessa parte. Mas eu tinha uma ideia, fiz uma mostrei para ela, gostou. Me disse, tens que primeiro ir a um pai de santo, pedir licença aos orixás. Caguei geral. Na minha cabeça era, se a ideia é minha, porque tenho que pedir licença. Fui fazendo, o pessoal agora se dizia meus amigos, alguns depois de cheirar, fazíamos sexo. Quando o Carlos sabia, eu não mentia. Ficava furioso, eu chorava pedia desculpas. Tens que deixar isso, vai estragar tua vida.
Mas na minha cabeça eu era o melhor. Fiz a exposição, não puderam me comparar com o Mario Cravo, pois o trabalho era diferente, mas vendeu menos. Não quis escutar as críticas.
Um dia vinha subindo a noite para Santa Tereza, um homem com um terno branco, uma gravata borboleta vermelha, me parou. Ficou olhando na minha cara. Estas cagando tudo que tens pela frente. Estas cagando tua arte, o amor do homem que queres, tua família. Se não paras vais perder tudo. Essa minha amiga, veio morar em Santa Teresa. Um dia foi tomar café comigo, ficou louca da vida, como eu podia botar tudo a perder. Estava na cama com outro homem que não era o Carlos, nem sabia de onde tinha saído esse homem.
Ela botou o homem para fora de casa, arrumou a cama. Mas quando Carlos chegou, viu logo que alguma coisa tinha passado. Lhe contei que essa enxerida tinha colocado para fora um homem que estava lá comigo. Ele ficou uma fera, primeiro porque eu estava drogado. Desta vez quem chorou foi ele. Estas colocando tudo a perder. Não quis mais dormir comigo, me olhava como um estranho. Um dia ele chegou em casa, me pegou na cama, tampouco sabia quem era o sujeito, estava num bar ali no largo do Guimarães, disse que tinha drogas, eu aceitei.
Carlos, arrumou a mala sem dizer nada, não confio mais em ti, não posso sequer encostar a mão em ti, pois tenho vontade de te bater.
Foi embora, eu pensei, amanhã ele estará aqui. Nada, fui atrás dele no banco, me disseram que estava de férias em Arraial do Cabo. Não me atrevia porque sabia que lá estaria alguém de sua família.
Chorava sem parar, tinha afastado o homem que queria, os outros não significavam nada. Para paliar, consumia mais drogas. Um dia meu pai chegou na oficina me encontrou jogado no chão, cheio de vômitos por cima. Chamou a ambulância, foi minha primeira overdose. Minha mãe, se negava a falar comigo.
Ele ao contrário, só me dizia, te disse tanto, para ter os pés no chão, esse era meu medo.
Fiquei dois meses internado, um dia contei para ele que Carlos tinha desaparecido, por isso estava desesperado, lhe contei toda a merda que tinha feito.
Meu filho, como quer que uma pessoa confie em ti, se não podes te controlar.
A minha amiga, falei do homem de roupa branca, tudo que me disse precisas ir a um pai de santo. Eu não queria saber dessas coisas.
Fui a um terreiro de umbanda, a mãe de santo, disse que eu me comportasse, que sabia da minha vida. Que não queria nada de drogas ali. Acabou me expulsando. Um dia estava me vestindo, o filho dela entrou, era casado pai de dois filhos, quando me viu meio nu, me agarrou, a mãe o pegou chupando meu caralho. A ele não disse nada, mas a mim, me expulsou na frente de todo mundo. Nesse dia, bebi, fumei todas, cheirei. Por minha sorte, cai na rua, o homem de branco, parou me olhou, te disse, só fazes merda. Em seguida tinha uma ambulância, ele se sentou ao meu lado, ficou segurando minha mão. Estive muitos dias em coma, sentia duas pessoas segurando minha mão, uma era o homem de branco, do outro lado estava meu pai, este passava a mão na minha cabeça, filho como vais fazer agora, não estou mais aqui para te cuidar.
Não fazia sentido, eu o tinha visto no dia anterior. Quando sai do coma, me disseram com muito cuidado que meu pai tinha falecido, tinha tido um derrame cerebral, morreu no ato.
A única que não me abandonou foi minha amiga de infância. Com o dedo em riste, me dizia, tens que tomar jeito. Se te pego outra vez, nas drogas, vais ver com quantos paus se faz uma canoa.
Quando sai do hospital, fiquei sabendo que minha mãe tinha ido morar com uma irmã sua em São Gonçalo, que eu não aparecesse por lá, pois não perdoava. Eu tinha matado meu pai de desgostos.
Tomei jeito, pois na primeira vez que minha amiga entrou no atelier, a antiga oficina, eu estava fumando um baseado. O tirou da minha boca, me deu um tapa tão forte, que cai no chão. Levante seu idiota, me deitou nas suas pernas, vou lhe dar uma surra, que seu pai devia ter dado a muito tempo. Assim fez, eu chorava sem parar, mas não por isso, por ter perdido meu pai, o Carlos, tudo isso doía tanto que mal conseguia respirar.
Me tirou toda roupa, me enfiou embaixo do chuveiro, abriu a água fria, me fez sentar no chão. Ficas de castigo por todas essas merdas. Volta e meia me dava um cascudo.
Quando parei de chorar, me mandou me vestir. Agora vens comigo, o velho carro dela estava na frente do Atelier, fechou ela mesmo a porta, me enfiou no carro, fomos embora. No primeiro dia nem sabia aonde estava. Só via uma janela pequena em cima. O homem de branco sentado ali, fumando tranquilamente um cigarro, quando eu lhe pedia, se negava. Não eres homem para fumar o meu tabaco. Não parava de dizer que eu era um frouxo, que não sabia me colocar no meu lugar. Aonde já se viu, um negro desse tamanho, não ter força de vontade. Não paras de jogar merda no ventilador.
Perdi a noção do tempo. Quando abriram a porta, parecia que estava ali no escuro, muitos dias.
O homem que abriu estava todo de branco, na hora confundi com o outro. Ele riu dizendo, como passaste com teu Exu. Está furioso contigo, diz que não quer ficar ao teu lado, porque eres um frouxo.
O homem era baixinho, estava todo de branco, com uma guia atravessada no peito. Sou João de Xangó. Venham comigo que tens que comer alguma coisa. Me fez sentar embaixo de uma árvore, mas a primeira comida, botei tudo para fora, tinha fome, mas de alguma coisa que não sabia o que era. Ainda são os efeitos da merdas que tens no corpo. Te aceitei aqui, só porque tua amiga que é minha filha me pediu. Senão acabarias, numa sarjeta, com um cachorro lambendo teu cu.
Me deu um chá, me levou a um quarto, duas mulheres antes me ajudaram a tomar um banho, todo nu, me deitei naquela cama. Não sei quanto tempo dormir. Acordei chorando, chamando por Carlos, mas ele claro não estava ali. Rezei, eu que nunca tinha rezado, pedindo que ele pudesse voltar. Mas não voltou.
Quando fiquei bom. Ele me fez sentar diante dele. Acendeu um incenso, uma mescla de canela com alguma outra coisa. Passou pela minha cabeça. Foi rezando, de repente soltou, se vês a ele porque nunca lhe fizeste caso.
Ele quem?
Oras, teu Exu, ele está aqui do teu lado. Chateado porque não lhes fazes caso. Te avisa das coisas, mas as paredes lhe escutam, mas tu não. Quando ele olhou para o lado, estava o homem de branco. Tá vendo ele está aqui, bem como Xangó, teu pai de cabeça. Ele é um dos raros Exus de Xangó que se deixam ver.
É verdade, esse senhor me avisou, mas não fiz caso, como não fiz caso do meu pai, do Carlos, enfim da gente que me queria. Só não entendi, porque minha mãe, me deixou de lado.
Porque não eres filho dela, eras filho do teu pai, com uma mulher que morreu. Quando ele se casou com tua mãe, tu eras um bebê. Fazia força para te aceitar, mas ele te adorava, por isso tinha um certo ciúmes de ti.
Ele ao contrário, te aceitou como eres, nunca disse que não podia aceitar um filho gay.
Era ele quem em criança, te embalava, limpava teu ranho, te dava banho, enfim foi teu pai tua mãe. Por isso sempre estavas na oficina. Para te ter por perto.
Agora ele entendia muita coisa, mas era tarde como tudo.
Nunca é tarde para refazer tua vida.
Mas o Carlos nunca mais vai voltar?
Vai, mas não consigo, ele agora está no Mato Grosso, cumprindo sua pena, como ele diz, depois irá para um outro lugar, vai encontrar o Bugre de sua vida.
Um Bugre, o que é isso.
Uma palavra, que bem poderia descrever um Oxóssi, dos rios, das matas do interior do Brasil, se conheceram, será o grande amor da sua vida. O amara, mais do que a ti, pois a inocência, a boa vontade desse garoto, o vai fascinar. Ele vai cuidar do Carlos, que será o único homem da sua vida, perdeste a chance a muito tempo. Escreva o que estou dizendo, tu vais conhece-lo, vais provocar, mas apenas fará que ele ame mais ainda o outro.
Os sentimentos dele são imensos, Oxóssi, Exu, todas as mulheres d’água o protegem. Quando vires isso na palma da mão saberás que é ele.
Mas quando será isso.
Ah meu filho, deixa o tempo correr suavemente por debaixo da ponte, porque as coisas não são no aqui agora. Mas um dia, por causa dele, conheceras alguém.
Bom, tens que fazer uma série de coisas, creio que deverás ficar aqui um tempo. Tu nunca serás um pai de santo da regra, nunca terás uma casa de santo. Mas teu Exu que é do Ifá, te mostrara sempre através do jogo, as coisas. Mas um aviso, nunca misture as estações. Ele não gosta quando misturas os homens que estão sempre atrás de ti. Com isso tudo.
Verás que um bom tempo sem fazer sexo, te fará mais feliz.
Ele foi ficando ali, fazia esculturas com barro, as cozia numa fogueira no campo, era como tivesse voltado a época de seus ancestrais. Cavava um buraco no chão, enchia de lenha, colocava as peças, cobria outra vez de lenha, tocava fogo. Eram umas peças quase infantis, que recordavam sua infância, na oficina. As pessoas, homens mulheres, adoravam vê-lo trabalhar, fazia alguidares para a casa de santo, tudo da mesma maneira. Depois se lembrou de uma técnica japonesa, pediu se alguém podia comprar material para ele, inventou uma maneira só dele de trabalhar. Quando as peças ficaram prontas, pediu para sua amiga, levar na galeria, mas que não dissesse que eram suas.
A senhora olhou as peças, soltou, ele mudou muito sua maneira de trabalhar, mas não sou uma idiota. Diga que lhe perdoou ter rompido ao contrato, se me faz uma coleção inteira dessas peças, de todos os tamanhos.
Agora ele pagava para os garotos trazerem lenhas para ele, Algumas vezes aparecia alguém com uma carroça carregada.
Foi ficando ali, procurando a paz a tanto tempo perdida. Um dia o pai de santo disse, já podes sair. Saberás sempre que os homens que estão atrás de ti, não servem. É tua a escolha de fazer sexo ou não, nenhum santo vai interferir. Mas olhe lá. Não faça mais merdas. Eu vou fechar a casa de santo, pois vou para a Africa.
Aliás, porque não vens comigo? Lá foi ele com o pai de Santo, a única que sabia sempre dele, era sua amiga, se escreviam. Na Nigéria, ele era mais um, estava sempre ao lado do pai de santo absorvendo tudo que podia.
Quando viu as máscaras, esculturas dali ficou como louco, foi apresentado lá no interior do pais, aos artesões que ainda as faziam. Aprendeu a fundir o bronze, fazer as máscaras do mesmo material. A trabalhar com barro, cozer os mesmos a altas temperaturas. Quando chegavam algum estrangeiros, ficavam loucos com aquele deus de Ébano, banhado de suor, entregue totalmente ao seu trabalho. Foi fotografado assim para muitas revista.
Lhe fizeram uma reportagem no Times, ele com seus objetos, máscaras, esculturas. Logo alguém de algum jornal cultural do Rio descobriu, saiu uma reportagem entrevistando a dona da galeria, sua amiga lhe mandou uma cópia. O desaparecido escultor brasileiro, aonde foi parar. Está junto com seus Ancestrais, pesquisando como se trabalhava antigamente.
Justo nessa época o pai de santo morreu. Era o sonho de sua vida, morrer na terra dos Orixás. Foi enterrado com todo cerimonial que tinha seu rango, ele chamava atenção, aquele homem imenso, chorando como um bezerro desmamado. Tinha perdido um segundo pai. Esse homem sem lhe ter cobrado nunca nada, tinha cuidado dele ano atrás anos.
Revolveu voltar, tinha contas atrasadas de seu atelier no Rio. Ficou ansioso, pois teve que embarcar suas peças produzidas todos esses anos, num container lotado. Sua amiga que era advogada, teve que lutar para liberar as peças.
A maioria, foi para a galeria, que fez uma exposição, como na época que ele era alguém. Ele agora pouco falava nas entrevistas, diziam que tinha se tornado mais fechado. Tinha na fronte uma ruga, que mais parecia uma cicatriz, ele dizia que era a cicatriz que ia até seu coração.
Lhe convidavam para sair de destaque nos carros, mas ele dizia que não. Que já não era um garoto. As vezes ia ao samba, para ver algum amigo. Mas saia sozinho. No fundo muita gente tinha medo dele. Uns dizia que ele andava com Exu de guarda Costa. Sempre que se interessava por alguém olhava para o lado, se fosse negativo, podia ser a maior beleza, mas ele ia embora.
Uns o chamavam de metido a besta. Outros, diziam que tinha um rei na barriga, porque suas peças vendiam como água. Pediu licença, fez uma série que foi comprada inteira por um museu na Europa. Eram todas as Orixás da água, com seu séquito de Yaôs, da galeria foi direta para esse museu. Tinha comprado um forno industrial, agora podia fazer as peças em ferro, depois pintar cada detalhe, numa técnica que tinha aprendido na Nigéria, ficavam espetaculares. Só não vendeu, as mesmas em terracota. Estavam guardadas. No dia que ele morresse, queria que guardassem suas cinzas.
Agora quando se entrava no atelier, se via de um lado Xangô, do outro Exu, todos os dois de mais de 2 metros de altura. Teve que os fazer por partes, depois montar tudo fora. Pouca gente via, mas existia, uma máscara imensa, que era Carlos com um cocar de bugre. Era como uma homenagem ao futuro dele. Ao lado de sua cama, tudo que havia de decoração era a única foto que tinha do Carlos. Rezava todas as noites para que ele encontrasse seu Bugre, fosse feliz.
Fez amizade com André, sem dizer quem era, sabia que se um dia Carlos voltasse, seria através dele que o saberia. Ia a quadra, tomava uma cerveja com ele, jogava conversa fora, ficava esperando para saber alguma coisa. Quando alguém se aproximava procurando sexo, dissimuladamente ia embora. Os amigos do André diziam, que coisa mais estranha, esse homem está doente, sempre que alguém se aproxima, vai embora.
Há muitas histórias sobre ele, mas ninguém sabe a verdade. Tudo que se sabe e que depois da época louca que teve, desapareceu. O descobriram na Nigéria, aprendendo a fazer esculturas, a reportagem do Times, fez com que seu trabalho desse volta ao mundo. André que tinha visto as esculturas compradas pelo museu, soltou uma vez. Eu fiquei parado na porta, chorei como um menino. Uma das coisas mais bonitas que vi, parecia que todos os Orixás dançavam. Era um primor, lastima que nenhum museu do Brasil se interessasse. Ele disse que só vendia se fossem todas juntas. Saiu no Times, no dia seguinte estava vendida a coleção toda. Tenho uma lá em casa das pequenas em barro cozido, cruas, sem cor nenhuma. Acendo sempre um incenso na frente como devoção.
Por isso André estranhou, no dia que levaram o Zé, que aquele homem fosse direto a ele, o viu segurando suas mãos, falando no seu ouvido. Que o outro estava assustado, falou para o Miguel, melhor ficarmos juntos, o Zé não está acostumado a isso. Foram com eles até o atelier, ficaram olhando como o Zé foi direto a escultura de Oxóssi, imensa que estava ali. Está é tua disse Marcondes, teu pai de Cabeça, esse índio que te acompanha, desde as margens do Tocantins, né bugre. Não entendiam isso, porque chamava o Zé de bugre. Mas entendeu tudo quando viu a foto do Carlos na mesa de cabeceira. Por causa do Marcondes o Carlos tinha desaparecido. Entendia agora, porque ele aparecia na escola de samba vinha falar com ele, perguntava pelas novidades, depois ia embora.
Ficou furioso, a vontade de meter a mão na cara dele. Tudo que disse, foi imperdoável, como pudeste fazer isso com o Carlos, comigo, com o Zé.
Muito sério, eu precisava ver se esse menino realmente ama o Carlos, agora sei que sim, que não tem jeito mesmo. Ele será feliz com esse menino, sei que ele vai chegar amanhã ou depois.
Se eu puder falar com ele, para pedir desculpas, agradeço. Quando voltavam para sair, ele segurou o braço do Zé, espere. Acendeu uma luz, olhe para cima. A cara do Zé era de pura devoção. É ele o amor de minha vida, até posso sentir o cheiro dele, vindo dali. Os outros olhavam, sem saber o que via aquele garoto. Fez uma coisa que os outros não esperavam, abraçou o Marcondes pela cintura, porque era muito mais baixo do que ele. Sei o que sentes, o que sentiste. Um dia nos encontraremos.
Foi embora, sem olhar para trás.
Por isso o tempo passava, Marcondes estava amargado, o Exu lhe dizia, tenha paciência, tudo se resolvera.
Ah meu pai, por que só faço merda?
Não fale assim, se você não tivesse perdido o Carlos, esse garoto o bugre, nunca o teria encontrado. Se ele não tivesse encontrado o Carlos, este seria infeliz contigo de qualquer maneira. Pois não eras a pessoa destinada a ele.
Um dia, perdeu a paciência consigo mesmo, foi ao banco falar com o André. Lhe disseram ele agora vive em Arraial do Cabo com o irmão. Trabalha no banco de Cabo Frio.
Se lembrou que o bugre tinha lhe dado o número do celular. Pediu a Exu, tenho que resolver isso que me mata. Ele mostrou aonde tinha guardado o papel, embaixo do que usava para jogar. Telefonou. O bugre atendeu, disse quem era, me perdoe por te chamar, mas não posso mais tenho que falar com o Carlos, tenho que seguir minha vida em frente. Preciso que ele me perdoe.
Só respondeu, um minuto. Sim podes vir, lhe deu a direção. Vou levar teu Oxóssi. Viu que o Bugre mudava de tom, falava mais baixo. Se puderes, trazer o Carlos, sei que ele vai adorar, como eu o adorei. Deixe para o último momento.
Estava tão alucinado, que Exu lhe parou os pés. O jogou de bruços no chão. Devagar que o santo é de barro. Não vais recuperar o Carlos, tire seu cavalo da chuva. Ele já te perdoou, porque esse menino falou bem de ti para ele. Vais conhecer é o teu futuro. Vou junto, assim posso tomar banho de mar com meus irmãos.
Lembre-se posso te parar os pés a qualquer momento.
Ele carregou sua caminhonete, com o Oxóssi desmontado, porque era muito alto, Abaixou a escultura do Carlos com os penachos de bugre na cabeça. Embalou tudo, pegou duas mudas de roupa, foi embora.
Quando chegou, quem abriu a porta, foi uma mulher de cabelos brancos com um coque como uma senhora fora de época. Olá meu filho, virou-se para o Exu, seja bem-vindo meu pai.
Ah, sou Marialva, incorporada à família. Virou-se para trás gritou eles chegaram, venham recebe-los. Quase caiu de joelhos quando viu o Carlos, o abraçou, chorando, meu amigo que bom te ver. Virou-se para o Zé, bugre, só mesmo tu para operar milagres. Abraçou a todos, levantou os meninos no ar. Estes riam, André comentou com o Miguel, mais um para a família.
Desceram a escultura, a do Carlos ele não deixou abrir, montaram o Oxóssi, o bugre gritou, Tico, vá buscar água do mar para nosso pai. O menino espigado disparou, voltou com a quartinha cheia. Em segundos estava seca. Traz mais meu filho disse o Carlos, ele tem sede.
Saíram todos para um banho de mar. Bugre virou-se para os dois, dizendo, passeiem pelo borda do mar, para falarem de vocês.
André depois perguntou a ele Zé, não tens medo de que te roube meu irmão.
Imagina, o que temos nós dois, não se desfaz assim. Isso será bom para os dois. Poderão seguir seus caminhos em frente sem magoas.
Dito é feito, voltaram rindo, conversando como velhos amigos. O bugre saia d’água nesse instante. Carlos se virou para Marcondes, ele me salvou a vida, me deu tudo o que tinha perdido, valeu a pena esperar. É o meu mundo inteiro nessa pessoa.
Eu sei. Depois do almoço tenho um presente para os dois.
Iam se sentar para comer, quando o Tico disse, eu convidei nossos amigos. Justo nesse instante se abria a porta detrás, entrava correndo um menino loiro, parecia um anjo, se jogou nos braços do Tico. Carlos disse, são namorados. Entrou aquele homem, loiro quase transparente, com uns olhos que parecia que tinha o mar dentro dele. Tão alto como ele.
Estendeu a mão, porque era o único que ele não conhecia, olhando diretamente nos seus olhos disse, sou Joseph, amigo da casa. Os dois se olhavam sem soltar-se as mãos. Ali estava seu outro lado. Todos riam dos dois ali, parados um em frente ao outro sem se soltarem das mãos.
Exu deu um empurrão nele, se abraçaram. Sentiu o que bugre dizia, o cheiro do homem que lhe pertencia.
Marialva ria, esse teu Exu, é uma figura. Os meninos, soltaram, hoje estava o seu Oxóssi, com todos ali tomando banho. Joseph queria saber o que era, Marcondes com paciência explicou.
Eles veem os espíritos, porque não tem a maldade que temos, que nos impede de ver.
Depois quando todos acabaram, mandou que Carlos ficasse sentado no salão, que quando ele dissesse fechasse os olhos. Foram até la fora, ele desembalou o que tinha trazido para ele.
Marialva dizia, impressionante. Os meninos batiam palmas. Ele olhou para o Tico de mãos dadas com seu namorado. Preciso fazer uma escultura dos dois.
Quando Carlos abriu os olhos, o que viu, foi ele mesmo como era de jovem, com um penacho de plumas como tinha o Oxóssi. Eres tu e o Bugre. Para ele trouxe isso, tirou de um tubo, o desenho que tinha feito do Zé, como um bugre, nas margens do Tocantins. Como sabias que eu usava uma bermudas assim, esfarrapadas.
Ele me disse como era. Esse vai ficar no nosso quarto, é só para mim, falou o Carlos, beijando seu bugre, abraçado a ele.
André tinha razão, virou da família. Ele agora vivia com o Joseph, seu filho que no fundo era dele também. Quando alguém perguntava no atelier que tinha ali perto da casa que viviam, ele dizia é meu filho Viking. Em casa tinha uma escultura do Joseph, como se fosse um Viking.
Os dois se amavam com loucura. Os outros riam, menos mal que daí não sai uma criança, pois já nasceria com 3 metros de altura.
Ele estava sempre de conversa com o bugre, valeu a pena esperar, obrigado por tudo. https://sodreau.wordpress.com/https://sodreau.wordpress.com/https://sodreau.wordpress.com/ Eram grandes amigos. As vezes Carlos dizia, que sentia ciúmes dos dois.
Eu é que devia ter ciúmes, eu desse tamanho, mas te apanhaste bem com esse homem de dois metros de altura.
Agora sua amiga vinha sempre passar temporadas com eles, se integrou ao grupo das mulheres, se dava maravilhosamente bem com a Dejanira. Eles torciam que entre elas saísse alguma coisa. Quem sabe no futuro.
Naquela casa havia paz, porque estavam cercados pelos Orixás que os protegiam.
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A Pantera do circo
AMANHECEU MAIS UM DIA NA CIDADEZINHA DO INTERIOR; LOGO APÓS O CAFÉ BEM REFORÇADO UM MENINO SAI FELIZ DA SUA CASA E VAI PARA A PRAÇA EM FRENTE BRINCAR DE SOLTAR PEÃO E DEPOIS FOI JOGAR BOLINHA DE GUDE, XIMBRA OU BOLINHA DE VIDRO, COMO QUEIRAM CHAMAR. ENTRE UMA BRINCADEIRA E OUTRA COM SEUS AMIGOS, O MENINO NOTA UNS BARULHOS ESTRANHOS VINDOS DO FINAL DA PRAÇA, CURIOSO COMO DE COSTUME; RESOLVEU IR INVESTIGAR COM MAIS UM AMIGO; AO CHEGAR PRÓXIMO DO LOCAL ONDE O BARULHO ERA MAIS FORTE; ELES AVISTARAM JAULAS COM DIVERSOS ANIMAIS PRESOS E MUITA BAGUNÇA NO SEU ENTORNO; ENTÃO, PERGUNTARAM A UM SENHOR QUE ESTAVA TRABALHANDO NO ESPAÇO QUE ERA CERCADO POR CERCAS DE ARAMES BEM PECULIARES. SENHOR O QUE ESSES ANIMAIS ESTÃO FAZENDO AQUI PRESOS? O SENHOR RESPONDEU: NÃO SE PREOCUPEM GAROTOS, SÃO ANIMAIS QUE VÃO ALEGRAR A NOITE DO CIRCO QUE ESTAMOS MONTANDO. OS MENINOS FICARAM MUITO FELIZES E RESOLVERAM INVESTIGAR MAIS UM POUCO AQUELAS NOVIDADES NUNCA VISTAS ANTES NA CIDADEZINHA. ENTÃO VIRAM LEÕES E LEOAS, ELEFANTES, MACACOS E MICOS, UMA GIRAFA E A FERA MAIS SERENA E ASSUSTADORA DE TODAS; A PANTERA NEGRA COM SEU PELO AVELUDADO OLHAR ATERRORIZANTE. OS MENINOS NUNCA TINHAM VISTO AQUELE TIPO DE ANIMAL INCOMUM A REGIÃO; RESOLVERAM CHAMA-LO DE O GRANDE GATO PRETO. ANIMADOS COM A FARRA QUE ACONTECERIA NO FIM DE SEMANA RECHEADO DE APRESENTAÇÕES QUE IRIAM DESDE ANIMAIS E PALHAÇOS, A MULHER DE MOTO NA RODA DE FOGO. CONTINUARAM SEU PASSEIO EM VOLTA DA CERCA, OBSERVANDO TUDO E TODOS, AI ENXERGARÃO DE LONGE UM TRAPEZISTA TREINANDO E FICARAM IMPRESSIONADOS COM TAMANHA HABILIDADE; MAIS A FRENTE VIRAM A MISTERIOSA MULHER DE BIGODE E BARBA CHEIA, SENTADA E CONVERSANDO COM UM GRUPO DE ANÕES. DEPOIS DE TANTAS DESCOBERTAS RESOLVERAM VOLTAR E APRECIAR MAIS UM POUCO O “ GRANDE GATO PRETO “. OS OLHARES ATENTOS DOS MENINOS NÃO DEIXARAM PASSAR UMA MANCHA CLARA E RAJADA BEM VISÍVEL NAS PATAS DA FERA, O GATO PRETO TA DESBOTANDO! GRITARAM OS MENINOS COM O FUNCIONÁRIO DO CIRCO QUE VEIO CORRENDO COM UM BALDE CHEIO DE UM COMPOSTO MISTURADO COM TINTA E PASSOU NAS SUAS PATAS QUE ESTAVAM MOLHADAS, PORQUE A FALSA PANTERA HAVIA DERRUBADO SUA BACIA DE ÁGUA NO CHÃO. CHOCADOS! OS MENINOS FORAM EMBORA PARA SUAS CASAS LEVANDO ESSE SEGREDO. TRISTES E PREOCUPADOS COM O GRANDE GATO PRETO, DECIDIRAM CONTAR PARA SEUS PAIS; IMEDIATAMENTE OS MESMOS FORAM AO CIRCO ATRÁS DE EXPLICAÇÕES E SOLUÇÕES PARA ESSE ATO TERRÍVEL DE TERRORISMO ANIMAL. NO DIA SEGUINTE OS MENINOS FORAM PARA A CERCA VER O GRANDE GATO PRETO E TIVERAM UMA AGRADÁVEL SURPRESA; NA JAULA; AGORA HAVIA UMA BELA ONÇA PINTADA E EM CIMA DA SUA JAULA ESTAVA ESCRITO: “ A BELA DO PANTANAL”. OS DOIS FORAM EMBORA EMOCIONADOS E CHORANDO SABENDO QUE TINHAM FEITO UMA BOA AÇÃO, EVITANDO ASSIM, O SOFRIMENTO E A CRUELDADE DAQUELE BELO ANIMAL. O FIM DE SEMANA FOI INESQUECÍVEL, OS MENINOS FORAM VER AS DIVERSAS BRINCADEIRAS, PALHAÇADAS E APRESENTAÇÕES COM OS DIVERSOS ANIMAIS EXÓTICOS PRESENTES. O GRANDE MOMENTO DA NOITE FOI O SUCESSO QUE A ONÇA PINTADA FEZ COM O PÚBLICO. ERA UM ANIMAL INCRIVELMENTE BONITO E MUITO DÓCIL, A ÚNICA HORA QUE A ONÇA MOSTROU OS DENTES, FOI NO MOMENTO EM QUE O PALHAÇO FICOU BRINCANDO DE ESCOVAR OS SEUS DENTES AO SOM DE MUITOS APLAUSOS. ENFIM; AO FINAL DO SHOW O DONO DO CIRCO SE APROXIMOU DOS MENINOS E SEUS PAIS PARA PROMETER QUE JAMAIS IRIA REPETIR AQUELE ERRO COM O GRANDE GATO PRETO. A FELICIDADE E A SENSAÇÃO DE DEVER CUMPRIDO, TOMOU CONTA DE TODOS E ELES SE ABRAÇARAM COM LÁGRIMAS NOS OLHOS. AO FINAL, TIVERAM A OPORTUNIDADE DE SE DESPEDIR DA BELA ONÇA QUE ESBANJAVA FELICIDADE AOS VER.
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