#minha família dizia que eu era chata com roupa
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carta para a pessoa que eu mais sinto falta nessa vida:
oi vô, hoje é páscoa (09/04/23)! confesso que estou há alguns anos pensando em como escrever e te contar tudo que tem acontecido desde que você se foi, acho que hoje me sinto pronta pra isso.
hoje é a primeira vez que a vó tá fazendo o “batatalhau”, eu já nem me lembrava de como era gostoso sentar na páscoa em família e comer esse prato que você tanto gostava. hoje tenho certeza que você estaria, ou melhor, sei que está feliz porque ontem recebemos a notícia que o bernardo vai ser pai!!!
desde que você se foi, naquele 19 de outubro de 2019 a vida não foi mais a mesma, eu cumpri minha última promessa que fiz para você de estar ao lado da vó e sempre vou estar, ela é a melhor pessoa desse mundo.
escrevo isso cheia de lágrimas e o coração cheio de saudade, essa semana pensei muito em você e por coincidência a vó também, chegou até a sonhar, acredita?
queria te contar que descobri que moro no mesmo bairro -me mudei para copacabana pós pandemia- que o ney matogrosso e toda vez que toca “tico tico no fubá” eu me despedaço inteira, lembro das vezes que a gente andava de carro por aí escutando essa e várias outras músicas dele.
esse ano eu ~finalmente~ vou me formar em geografia!!! você é minha maior inspiração pra isso e vou honrar isso até o fim da graduação (e bem além disso). fico feliz que tive tempo de te contar que tinha tomado essa decisão ao invés de trocar de curso para a geologia, foi a melhor escolha que eu pude fazer.
e como você mesmo dizia que algum dia aconteceria algo bem ruim porque o planeta precisaria de um equilíbrio, veio aí a pandemia. muitas vidas se foram. minha saúde mental foi pro lixo. voltei para petrópolis. ficamos 2 anos sem bauernfest. fiquei muito tempo com a vó, uma das únicas coisas boas que aconteceram. e também conheci o leo, eu tenho certeza absoluta que você adoraria conhecê-lo porque ele definitivamente é um querido e um historiador.
e quanto ao resto da família? parece que a pandemia deixou todos mais distantes, mas acho que também é pela sua falta. não tivemos mais nenhum churrasco no final de semana. meu pai continua sendo um pai ausente. a derminda se esforça para ser chata. patrick está bem dentro do possível. matheus se formou, operou os olhos e não usa mais óculos (até hoje ainda não me acostumei) e ainda tem um ótimo senso de humor. bernardo foi morar em são josé dos campos com a carol e vai ser pai, eu e vó achamos que vai ser um menino! tia ildette se foi e sei que está aí te fazendo companhia. tio fernando continua no bar e esculachando todo mundo na sinuca. tia claudete fica atormentando a vó de vez em quando.
as chuvas de fevereiro e março de 2022 destruíram parte da cidade, petrópolis não é mais a mesma. a vila esvaziou de pessoas que saíram com medo. o silêncio impera.
suas coisas continuam no mesmo lugar, o armário de bebidas, o armário de roupas, até mesmo algumas coisas de banheiro… você continua muito vivo nessa casa.
agradeço muito pelos bons valores e costumes que você me ensinou, se hoje eu sou quem eu sou é por sua causa, você foi o meu pai de verdade e eu sinto demais a sua falta. te amo. danke grobvater 🤍
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W. @osdoisladosdecruella ❝ Wanna help me choose something to wear?❞
Sabendo o quão limitado o gosto da chefe poderia ser, Ginny acabava por sentir que estava sempre a um passo mais perto da própria demissão. Mesmo que a mãe estilista tivesse lhe rendido um gosto único por moda, agradar Andressa sempre soava como um trabalho difícil. Mas nem por isso a jovem deixava de tentar, se aproximou com cautela da morena, mas com um sorriso no rosto. ❝Srta. Andressa? Poderia me auxiliar um pouco?❞ Indagou esperançosa enquanto já mostrava a mais velha o tablet, passando entre as opções de looks que havia montado. ❝Gostaria de saber se aprova algum desses.❞
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#W.Andressa#osdoisladosdecruella#menina#minha família dizia que eu era chata com roupa#só percebi isso mesmo#com o tempo que levei pra achar 4 looks#que me agradassem um pouco#credo#sajkhdbhlgfjdhj
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Quando eu era mais nova,sempre acompanhei sobre feminismo,relacionamento abusivo,a importância de dizer não,sexualidade feminina,sobre a mulher ser reprimida na sociedade e etc. E toda vida,por ser muito antenada no assunto e falar sobre com todas as mulheres à minha volta,e ser muito rebelde e não permitir homem nenhum falar comigo em tom que não me agradasse,e por não ser submissa à homem nenhum e obedecer só a minha mãe,ouvi da minha família que eu via aquilo demais,que fazia mal,que fazia a mulher ser paranoica e louca e não gostar de homens. Com 17 anos,eu,que sempre lia e escutava sobre o poder feminino,parei de escutar e ver. Porque não tinha acesso a Internet por questão de saúde. (Nada sério amigos,apenas problemas psicológicos mesmo)
Eu JURAVA que depois de saber sobre o poder feminino não teria COMO eu sofrer um relacionamento abusivo!
(A ingenuidade da criança meu Deus🤡)
Porque eu reconheceria e iria embora na mesma hora da percepção. Óbvio.
Depois de exatos três anos,afastada da sociedade (tava em casa. Eu não tava presa na cadeia nem no hospital,gente,estamos falando de redes sociais!) Aos 18 anos,eu conheci um belo jovem. Linda história de amor!!!
Que começou com ele dizendo que meu esmalte vermelho era coisa de puta e mulher dele não usava coisa de puta. Na minha cabeça só ecoava "MULHER DELE!!" Me encantava ser chamada assim por ele.
Me perguntou por que eu ia na escola se eu era INCAPAZ de aprender algo. Disse que eu tava perdendo tempo. Que não adiantava.
Então eu desisti🤡De ir🤡Na escola🤡
Você correu,amiga? Porque eu não🤡
Eu não percebi esse sinal. Deixei ele tirar o meu esmalte depois de ele insistir dizendo que ele não conseguia me beijar com aquele esmalte na minha unha. Aquilo travava ele tadinho!
(Calma gente,só piora)
Casei com esse cara🤡
Na lua de mel,voltou pro hotel drogado na primeira noite🤡
Disse que era porque tomei um copo de cerveja🤡
E que ME PERDOAVA por ter feito ele se drogar🤡
Mas ele era tão gentil,gente! Ele era um príncipe,calmo,educado,o homem não gritava,não xingava.... perto dos outros💁♀️
Porque comigo.. amada!! Esse homem me ameaçava. Mas não era gritando. Era calmamente,tranquilo,centrado. E mesmo quando se alterava, voltava ao normal no instante em que eu começava a chorar e ter crise de ansiedade.
"Se gritar comigo,se for abusada eu não respondo por mim e bato em você! Não me importa se é mulher não!! E não adianta falar com a filha da puta da sua mãe que eu tô 'por aqui' com ela e bato nas duas!!!"
Era só um aviso,ele dizia. E eu nunca gritei.
Gente... vocês acham que perto da minha mãe ele fazia o que? Gente ele era calmo,educado,gentil,amável.... ele era perfeito.
Se eu ousasse contar um resquício do que ele fazia em casa comigo,ele dizia calmamente pra minha mãe; "Calma tia,a senhora sabe,ela tem confusão mental,tadinha,não foi bem assim que eu fiz/falei,mas eu vou conversar com ela,eu vou acertar isso."
Chegava em casa ele não falava comigo. Se falasse era brusco.
Lembro de um dia que ele me disse uma ofensa na brincadeira e eu ri e mostrei o dedo do meio pra ele...
Ele ficou sem falar comigo🤡. Até eu pedir perdão e dizer que não ia fazer nunca mais porque entre marido e mulher não podia ter falta de respeito como aquela que eu tinha feito e ele não aceitava aquilo. "..Ele não era cachorro pra eu tratar ele daquele jeito..."
MAS ele ria das roupas que eu usava,dizia que era de velha,que minha mãe escolhia minhas roupas.. roupas que ELE amava no começo do namoro.
Engordei e ele me disse que eu tava demais já. Que devia maneirar. Queria fazer luzes no cabelo,ele disse que não ia ficar bom,por isso não deixou. Mas na mulher que ele pegava antes de mim ele disse que era lindo (na minha frente)🤡
Escolhia a cor do meu esmalte. E era sempre cores claras. Jogou minhas argolas fora porque era de puta,e sempre dizia que não queria que eu usasse maquiagem "Porque eu era bonita natural." MAS ele me conheceu por fotos sempre maquiada. Batom vermelho? Nem pensar. Coisa de puta. Me proibiu de assistir vídeos no YouTube enquanto eu tava distraída comendo porque ele queria que eu estivesse olhando pra ele e ele nem gostava de conversar na hora de comer.
Disse que arrumava mulher quando quisesse e me perguntou se eu conseguia arrumar alguém se ele me deixasse,em tom de deboche.
Disse que não deixava de fazer nada nem pela MÃE DA FILHA DELE e não era por mim que ia deixar de fazer algo.
Não me deixava sair de casa,e fechava a cara na hora em que eu encontrava alguma mulher da minha idade pra conversar.
Dizia que se eu saísse pra algum lugar com alguma amiga,ele ia sair com os amigos antigos dele e que ia cair nas drogas de novo,por minha culpa.
Saía de madrugada,voltava drogado e fazia oque queria comigo na onda de várias drogas.
Toda vez que ele transava comigo ele dizia no final que fazia por dó. Porque ele não precisava de sexo comigo. Porque ele tinha provado mulher muito melhor que eu!!! E eu? Eu era uma geladeira. Fria. Sem graça. Não sabia nada na cama. Frigida.
Ele. Ria. Da. Minha. Cara. TODA Vez que eu dava pra ele🤡
Dizia que sentia nojo do meu beijo e só me beijava em público pra mostrar ser afetuoso.
Daí você me pergunta; Por que você fazia isso? Por que aceitava?
Porque eu achava que eu não fazia nada direito. Porque nada que eu fazia era bom suficiente pra ele. Eu era feia,eu era sem graça,eu era péssima dona de casa,eu não merecia ele,então,quando ele tava nervoso,xingando,batendo e chutando as coisas,me deixando assustada,eu ia desesperadamente atrás dele pra ele me comer,me humilhar e se acalmar. E funcionava. Eu era ruim,mas eu conseguia acalmar ele. Ele ficava feliz depois de me humilhar. Então tava tudo bem pra mim.
Eu chorava depois de ele terminar? Chorava. Toda vez. Porque ele além de me machucar emocionalmente,machucava fisicamente também. Porque ele dizia sempre que eu não queria certa posição,ou de certa forma,que ele sabia do que eu precisava e ia me fazer saber oque era bom.
Mas eu parei de chorar depois que ele me proibiu 🥰
Porque o meu choro irritava ele. Se eu chorasse,ele ia embora. Se eu terminasse,ele dizia que não voltava mais porque ele não era ioiô.
(Terminamos três vezes nesse tempo e ele pediu pra voltar todas as três🤡)
E ele era a minha vida! Ele era tudo. Se ele fosse embora a culpa era toda minha por ser insuficiente,irritante e por ter um passsado ruim,por ser eu! E eu não queria que a minha vida acabasse. Ele tinha que ficar! Eu não podia voltar pra casa da minha mãe que tava de portas abertas porque... sei lá porque! Porque eu era esposa dele e eu tinha que ficar com ele pra sempre! Casamento não é pra sempre? E ele me amava! Ele até comprava chocolate,levava leite na cama pra mim de manhã,lanche e até LAVAVA A LOUÇA!!
E ele chorava depois que via oque tinha feito comigo! Ele dizia chorando que era um monstro,que não me merecia... e dizia;
"Me desculpa amor,é que você me deixa doido! Quando eu te mando calar a boca você não cala! Você me irrita! Eu não queria ter feito aquilo"
E eu desesperadamente dizia pra ele que não! Que ele era maravilhoso,que ele me fazia bem!! E eu era culpada mesmo,que eu era chata e irritante e que ele realmente tinha razão!
E eu me SENTIA culpada. E ele me amava!
E ele sorria,ficava feliz,e dizia que eu era a vida dele. E eu ficava bem. Porque eu tinha sido boa pelo menos uma vez em fazer ele sorrir!!
Com 10 meses de casada,depois de um sexo violento eu simplesmente não aguentava mais ficar sem chorar porque fazia tempo que eu não chorava. E eu não podia gritar,nem xingar,nem contar pra ninguém... entao eu fui pra cozinha chorar. Fiz MENÇÃO de ir! Apenas chorar.
Mas ele pegou forte no meu braço e disse que eu não ia a lugar algum. Que eu ia dormir com ele. E me mandou me calar. E eu me calei. Outra vez.
No dia seguinte fui embora de vez da vida dele. Sem dizer nada. Apenas fui.
Ele não me pediu pra ficar,disse que sabia que eu ia voltar.
Uma semana depois ele pediu pra voltar,disse que seria diferente.
Fazem dois anos. Não voltei até hoje.
Voltei foi com toda minha força a ver mulheres emponderadas na Internet,a ver vídeos sobre relacionamentos abusivos,sobre a voz da mulher na sociedade. Voltei com o meu batom vermelho,unha vermelha e fiz oque quis com o meu cabelo.
Hoje,eu sou a mulher que não presta e ele é o homem que não fala mal de mim por ser bom caráter.
(Macho ganha Ibope até em fazer o mínimo de não mentir sobre a ex,incrível!)
(próxima vez falamos disso)
Hoje eu agradeço a ele.
Porque com ele eu aprendi tudo que eu NÃO devo aceitar em um relacionamento.
Aprendi que sim,precisamos ler,ouvir,e ter acesso a informações e alertas constantes!! Porque se a gente esquece sobre oque é ser mulher numa sociedade machista que constantemente nos ensina a baixar a cabeça pra filho da puta,a gente vai se achando muito arrogante e quando vemos estamos dominadas e sendo violadas.
Juntas somos mais fortes sim!
Thanks, next,filho da puta!!
#NãoÉSóUmEsmalte♡
🐍🥀
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Dona Maria e a Força da Palavra DONA MARIA AND THE FORCE OF THE WORD
DONA MARIA E A FORÇA DA PALAVRA
REMAKE
Dona Maria seria uma das mais surpreendentes mulheres que conheci, talvez até admirasse... Se não fosse uma chata!!
Ela é uma das pessoas do qual eu me arrependo muito de não tê-la mandado tomar no cu aos gritos, e jogado pra cima dela, tudo que estivesse ao meu alcance. A velha testava a minha paciência, me enchia o saco.
Eu paciente, escutando, escutando...
Seu papo arrogante, suas “análises” sobre mim.
Ela era do interior do nordeste brasileiro, não sei qual estado.
Como ela mesmo dizia, seu pai era um negão. E sua mãe uma branca desbotada. Porém muito bonita.
Seu pai era um “selvagem”. Ela dizia que foi obrigada a assistir o irmão sendo surrado no café da manhã, por ele não ter dado o bom dia para cada um que estava na mesa. Disciplina militar em casa. Embora fosse fazendeiro.
Por causa da miscigenação, seu avô, tão branco quanto a sua filha, mãe de Dona Maria, não tinha amor pelos netos mulatos.
Já o avô paterno de Dona Maria foi escravo.
Na minha juventude, conheci mulheres, a maioria vindas do interior, que foram obrigadas a se casarem.
Dona Maria foi uma delas.
Foi obrigada a se casar com um homem que lhe causava asco.
Três anos de casamento, três filhos.
Ao perceber que sua vida, onde estava e como, se afundaria cada vez mais na infelicidade, fugiu para o Rio de Janeiro.
Aqui, já se encontrava alguns de seus irmãos. Todos queriam mandá-la de volta.
Apenas um lhe deu apoio e acolhimento.
O seu irmão caçula.
Como ela mesmo disse, era o irmão que ela mais amava. O amigo de fé, farra, de bons e maus momentos.
Um dia ele se casou. Passado alguns meses. A família foi convidada para um churrasco na casa dele.
Ela, para relembrar os tempos de solteirice e farra dos dois, preparou uma caipirinha caprichada, toda orgulhosa ofereceu ao irmão.
Ele delicadamente recusou. Alegando que não bebia mais, pois além de ser casado, ele em breve seria pai. Sua esposa estava grávida.
Quando ela me contou a forma de como reagiu a recusa do seu melhor irmão e amigo, vi que aquela mulher tinha problemas. Talvez, nesse momento, ela já fosse ou seria em breve uma escrava da bebida.
Dona Maria, aqui no Rio, casou-se com um velho, como ela disse, endinheirado.
Morreu e lhe deixou tudo.
Falava dos seus amigos do clube, num tempo que clube não era coisa de classe média, era coisa de ricos e milionários.
Das pulseiras de ouro e cordões que usava. Das viagens que fez.
Viúva, ela sempre me falava de uma “amiga” companheira de viagem, bonita e muito inteligente. Como todos os outros, despareceram quando ela torrou toda a sua fortuna.
“Eu achava que meu dinheiro nunca acabaria.”
Mas acabou, os amigos ricos, parceiros de clube sumiram e essa “amiga” também.
Garota, não tinha maldade, não pescava o texto subentendido da sua narrativa.
Foi Rosa, uma mulher do “ramo” que me falou, assim que a viu.
Seu corte de cabelo, suas roupas, seu andar:
_Adriana, essa velha é sapatão!
Bem, assim que ela ouviu a recusa do irmão em beber a caipirinha. Ela rebateu:
_Não dou um ano pra você está morto!
Am??
O quê?
Como??!!
O seu melhor irmão, o seu melhor amigo, o único que a apoiou quando fugiu de um casamento arranjado e infeliz, o seu parceiro?
Ela fala isso pra ele, simplesmente por ele ter recusado a beber sua caipirinha?
O velho, não deixou apenas dinheiro pra D. Maria. Ele deixou para ela o legado dos estudos e cursos que ele a obrigou a fazer, enquanto eram casados. D. Maria falava inglês, espanhol e tinha curso de cozinha internacional.
Pobre, não ficou desamparada. Começou a trabalhar para ricos, principalmente estrangeiros, que vinham ao Brasil a trabalho.
Como ela não teve pena de condenar o irmão por ele ter recusado a beber uma caipirinha, talvez esse fosse o primeiro sintoma da sua devoção/escravidão à bebida.
Seu vício em álcool, coisa que ela nunca assumiu, pois sempre dizia que poderia parar de beber quando bem quisesse, fez com que ela pouco a pouco se queimasse com as madames do Rio de Janeiro.
No seu último emprego para esses milionários, foi demitida ao cair na piscina da mansão, totalmente bêbada de calcinha e sutiã.
A decadência foi tanto, que ela foi para lá em casa, como empregada doméstica.
Vendo que a mulher se embriagava quase todo dia, meu pai a levou pra cuidar do sítio que a família tinha. Longe de qualquer bar, boteco, de tudo.
Ela bebia álcool doméstico com açúcar...
E seu irmão.
Pobre irmão de Dona Maria.
Morreu a exatos um ano depois, por causa de um tumor no cérebro.
Ela me dizia que quase enlouqueceu após a sua morte...
DONA MARIA AND THE FORCE OF THE WORD Remake
Dona Maria would be one of the most amazing women I've ever met, perhaps even admired... If it wasn't a pain in the ass! She's one of the people I really regret not having to take her ass screaming, and thrown up to her, everything in my power. The old lady tested my patience, filled my balls. I patient, listening, listening... Your arrogant talk, your "analysis" about me. She was from the interior of northeastern Brazil, I don't know what state. As she herself said, her father was a. And your mother a faded white. But very pretty. Your father was a savage. She said she was forced to watch her brother get beaten up for breakfast because he didn't say good morning to everyone at the table. Military discipline at home. Although he was a farmer. Because of the miscegenation, her grandfather, as white as her daughter, mother of Dona Maria, had no love for mulatto grandchildren. Dona Maria's paternal grandfather was a slave. In my youth, I met women, mostly from the countryside, who were forced to marry. Ms. Maria was one of them. She was forced to marry a man who made her ass. Three years of marriage, three kids. Realizing that his life, where he was and how, would sink more and more into unhappiness, he fled to Rio de Janeiro. Here, there were already some of his brothers. Everyone wanted to send her back. Only one gave him support and welcome. Your little brother. As she said herself, she was the brother she loved the most. The friend of faith, spree, good times and good. One day he got married. After a few months. The family was invited to a barbecue at his house. She, to recall the times of bachelorhood and spree of the two, prepared a neat caipirinha, all proud offered to her brother. He delicately refused. Claiming that he did not drink anymore, because in addition to being married, he would soon be a father. Your wife was pregnant. When she told me how she reacted to her best brother and friend's refusal, I saw that that woman was in trouble. Maybe, by now, she was already or would soon be a slave to drink.
Dona Maria, here in Rio, married an old man, as she said, moneyed. He died and left him everything. He was talking about his friends at the club, at a time when club wasn't a middle-class thing, it was a rich and millionaire thing. The gold bracelets and laces he wore. From the trips you've made. Widow, she always told me of a "friend" traveling companion, beautiful and very intelligent. Like everyone else, they disappeared when she toasted her entire fortune. "I thought my money would never run out." But it's over, rich friends, club partners are gone, and so is that "friend." Girl, there was no evil, i didn't catch the implied text of your narrative. It was Rosa, a woman from the branch who spoke to me as soon as she saw her. Your haircut, your clothes, your walk: _Adriana, that old lady is a dyke!
Well, as soon as she heard her brother's refusal to drink the caipirinha. She countered: _Não'll give you a year to be dead! Am?? What is it? As??!! Your best brother, your best friend, the only one who supported you when you ran away from an arranged, unhappy marriage, your partner? She tells him that, simply because he refused to drink his caipirinha?
The old man didn't just leave money for D. Maria. He left her the legacy of the studies and courses he forced her to take while they were married. D. Maria spoke English, Spanish and had an international cuisine course. Poor, she wasn't left out. He began working for the rich, mainly foreigners, who came to Brazil for work. Since she was not sorry to condemn her brother for refusing to drink a caipirinha, perhaps this was the first symptom of his devotion/slavery to drink. Her alcohol addiction, which she never assumed, because she always said she could stop drinking whenever she wanted, caused her to gradually burn with the ladies of Rio de Janeiro. In her last job for these millionaires, she was fired when she fell into the mansion pool, totally drunk in panties and a bra. The decay was so much, she went to the house as a maid. Seeing that the woman got drunk almost every day, my father took her to take care of the place the family had. Away from any bar, pub, everything. She drank domestic alcohol with sugar... And your brother. Poor brother of Dona Maria. He died exactly a year later from a brain tumor. She told me she almost went crazy after her death...
#woords#tale#real tale#fact#curse#cursed#palavras#casamento#vida na roça#maria#caso real#praga#maldição#família#irmãos#brothers
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Capítulo 56 - Precisamos Conversar
“- Problemas no paraíso? Lauren Jauregui dá a entender isso em entrevista e logo muda de ideia em redes sociais. - a repórter declara.
A vinheta do vídeo passa, continha diversas fotos e curtos vídeos de celebridades filmados por paparazzis do programa. Logo após a mulher aparece sentada em sua poltrona confortável com uma televisão exibindo o nome do programa do seu lado.
- Em recente entrevista no tapete vermelho do evento da New York Fashion Week, Lauren Jauregui tentou desconversar quando perguntada sobre sua família. - faz um sinal com a cabeça.
De repente o barulho comum de um local lotado ecoa pelo vídeo, Lauren Jauregui aparece impecável em um casaco amarelo mostarda e um suéter branco, os óculos de sol cobriam seu rosto e seu cabelo estava preso em um coque perfeito. A mulher estava levemente inclinada para que pudesse ouvir melhor o que o repórter da E! perguntava.
- E sua família perfeita como está? Achei que Camila viesse com você.
- Não acredito que exista algo perfeito. - esboça um sorriso discreto - Camila está com Elisa, aproveitando suas férias. - encolhe os ombros.
- Então sem chances delas aparecerem aqui?
- Você provavelmente não tem filhos, uma criança de onze anos acharia um desfile a coisa mais chata do mundo e jamais pararia na cadeira. - ri irônica - Mesmo quando uma de suas tias é quem está lançando a campanha.
- Você está orgulhosa de Normani?
- Impossível não estar, minha roupa é da coleção dela. Aquela mulher não faz nada de ruim. - ajeita o casaco.
O vídeo logo corta de volta para a mulher no estúdio, contando que aquela reportagem havia saído de mão quando comentários sobre Lauren não querer falar de sua família e sua volta tardia para Los Angeles acarretaram comentários sobre um possível término entre Camila Cabello e ela. Logo depois os tweets da cantora apareceram na televisão.
@LaurenJauregui: Que merda vocês estão falando? Vocês tem consciência do quão prejudicial é para uma criança de onze anos ler, quase todo final de semana, que suas mães vão se separar?
@LaurenJauregui: Vocês da imprensa são doentes. Destroem pessoas em troca de dinheiro, essa indústria me da nojo.
@LaurenJauregui: Camila e eu não terminamos, nosso relacionamento está ótimo, mas assim como qualquer outro, não é perfeito. Viajei para prestigiar uma amiga próxima e minha esposa optou por ficar porque nossa filha não pode perder aula.
@LaurenJauregui: Escrevam sobre coisas que realmente importam ao invés de perderem o tempo de vocês tentando vender mentiras.
- Logo depois Lauren publicou diversos links que iam direto para causas sociais e desde então não tem entrado em suas redes sociais. - a apresentadora explica - A muito tempo Lauren não explodia assim por comentários da mídia, será que realmente existem problemas no paraíso?
O vídeo da repórter encerrava logo em seguida. Ir para a sessão de comentários era o mesmo que entrar no fandom de Lauren e Camila, haviam apenas comentários dos fãs defendendo as mulheres, principalmente Jauregui.
@JaurenLauregui: Parem de divulgar essa merda, Lauren já disse que não existe nada de errado e vocês continuam publicando essas coisas.
@CamzJauregui: É desumano que pessoas como você continuam querendo lucrar em cima da família delas, deixei de seguir o canal.
@CabelloJauregui: A única coisa que consigo pensar é como Elisa deve ficar mal com tudo o que falam sobre suas mães e sobre ela. DEIXEM ELAS EM PAZ!!!
@Rauregui: O único problema do paraíso são vocês enchendo o saco. Vão para o inferno, imprensa sanguessuga.”
Olho a expressão da minha filha no espelho e suspiro, continuando a pentear seus longos cabelos castanhos. Ela não dizia nada, apenas continuava esperando eu terminar de fazer uma das tranças que ela tanto amava. Me curvo, sentindo o delicioso cheiro de morango que seus cabelos tinham e aproveito para pegar os elásticos que usaria para prender suas mechas grossas.
- Eu tenho que ir?
- Tem. - habilidosamente começo a trançar suas mechas - Não vai ser ruim, podemos te buscar cedo.
- Você fala isso porque não teve que ir a escola. - torço minha boca.
- Na verdade, eu fui para a escola. - ela sobe um pouco a cabeça, encarando meu reflexo através do escolho - Os outros adolescentes faziam piadas sobre eu ser latina, sobre como eu era magra, me empurravam e coisas do tipo. Eu comia trancada sozinha no banheiro. - noto a surpresa atravessar seu rosto - E as coisas que eles faziam e me diziam eram tão ruins que eu acabei tendo que sair da escola, depois comecei a trabalhar e tive meus tutores, mas não foi menos pior. É horrível não ter amigos, Elisa.
- Eu tenho amigos.
- Eu sei que sim, caso contrário não estaria indo nesta festa. - suspiro, apreensiva com aquele assunto - Mas você acha que como tem se comportado é uma boa ideia para manter esses amigos? - abaixa o olhar - Ninguém gosta de pessoas rudes, Elisa, sua mãe e eu estamos inclusas nisso.
- Eu sei, nós já falamos sobre isso.
- Já mesmo, mas você não parece ouvir. - termino de trançar seu cabelo, abraçando minha filha por trás - Existe algo que você queira me dizer? - questiono em um sussurro, encostando meu queixo em seu ombro - Você sabe que pode me dizer tudo, não sabe?
O tempo que ela permanece em silêncio, franzindo o cenho e fazendo um bico me deixam preocupada, mas ela nada diz, apenas suspira e se levanta, pegando o presente de aniversário. Fiquei alguns minutos sentada em silêncio, saí de seu quarto após apagar as luzes, desci as escadas e encontrei Lauren arrumando a cozinha, faziam poucos minutos que havíamos tomado café da manhã.
Lauren e eu havíamos cancelado todos os nossos compromissos profissionais, optamos por trabalhar em horários que não atrapalhavam nossa rotina com Elisa e não ousavamos pisar em estúdios ou escritórios em finais de semana. Nossa relação com a nossa filha, diferente do que achávamos, havia dado uma boa esfriada. Ela andava distante e quieta, completamente oposta de tudo aquilo que estávamos acostumadas a ver.
- Você está linda. - Lauren elogia, Elisa esboça um sorriso - Camz, o quanto você quer apostar que Elisa será a menina mais linda da festa?
- Charlotte estará lá, então isso é meio impossível.
- Uh, quem é Charlotte? - questiono confusa.
- É a menina mais bonita da sala. - encaro minha esposa, que franze o cenho.
- Você… uh… gosta dela? - Lauren pergunta em um fio de voz.
- Eca. Não. - faz uma careta e ri - Eca, mãe. - minha esposa respira aliviada, Lauren era bem ciumenta quando se tratava da nossa filha - Os meninos que dizem isso.
- Bem, os meninos podem dizer isso, mas você é a menina mais linda do mundo, então é impossível competir. - me curvo, beijando sua cabeça.
- Eu dirijo. - Lauren pega as chaves, ajudando nossa filha a descer da cadeira alta.
O caminho até a casa do aniversariante não foi longo, mas foi silencioso, era possível ouvir apenas o som do rádio.
Era diferente passar o caminho todo em silêncio tendo Elisa no carro, ela geralmente tagarelava horrores e parava de falar um segundo sequer sobre escola, seus amigos, desenhos ou qualquer coisa que fosse do seu interesse. Ela permanecer calada até chegarmos no evento era um novo traço da personalidade da nossa filha.
Mesmo com protestos, descemos do carro com Elisa e fizemos questão de deixá-la na porta da casa, fomos recebidas pela mãe de Eliot -o aniversariante-, ela agradeceu o presente e até nos convidou para entrar, mas acabamos recusando e informando que dentre algumas horas buscaríamos Elisa.
Lauren dirigiu com calma de volta para a nossa casa e durante todo o caminho tagarelou sobre como achava um verdadeiro absurdo Elisa ter uma noção do que é ser mais bonita ou mais feia com apenas onze anos. Eu sequer consegui prestar atenção em sua revolta, apenas conseguia pensar no quanto me preocupava o fato de Elisa estar mudando diante de nossos olhos e não haver como mudar ou impedir isso.
Entramos em casa e Lauren ainda falava sobre sua opinião sobre o quanto ela era descrente com o padrão de beleza feminino da sociedade.
Quase como se fosse automático, começo a separar os ingredientes necessários para preparar o nosso almoço e sirvo um pouco de vinho em duas taças. Por um segundo penso em como era a primeira vez, em meses, que finalmente havíamos deixado Elisa em paz e ela optado por sair sem nós.
- Ela não queria ir para a festa. - murmuro timidamente, dando um gole no vinho.
- E você fez ela ir? - Lauren para de cortar os legumes, me encarando intensamente.
- Já havíamos confirmado a presença dela e ela já estava pronta. - encolho os ombros, minha esposa suspira audivelmente.
Automaticamente me sinto mal, será que eu não deveria ter instigado ela ir até o aniversário sendo que ela não estava querendo ir? Será que estava me tornando a mãe que jurei que jamais iria me tornar?
- Ela não quer ir para a escola, não quer ver os amigos e nada do tipo... - bebe o seu vinho - Acha que ela está acontecendo alguma coisa na escola para ela mudar tanto?
- Eu achei que era a minha ausência. - confesso baixinho - Mas eu estou aqui. Você está aqui. - Lauren me olha intensamente - Nós estamos aqui e não deixamos ela sozinha, fazemos lição com ela, levamos ela para andar de bicicleta, fazemos tudo para ficar com ela quando ela não está na escola e...
- Camila… - dá a volta na ilha da cozinha, me abraçando.
- E se nós colocarmos ela na psicóloga de novo? - sinto o ar faltar em meus pulmões, era como se eu voltasse anos atrás com as minhas crises de ansiedade - Nós podemos mudar ela de escola e…
- Camz…
- Nós temos que fazer alguma coisa, Lauren. - olho no fundo de seus olhos - Eu não quero ver ela assim, me mata não sentir que Elisa é ela mesma. - segura meu rosto, tentando me acalmar, coloco minha mão sobre as suas - E se formos nós? E se quem faz mal para ela for a gente? - as lágrimas não paravam de rolar pelo meu rosto - Paparazzis, câmeras na cara dela, ela tendo que lidar com fãs sendo que nem sabe direito o que é isso e lidar com coisas que são consequências nossas, não dela.
- Amor, você não tem certeza disso. - sequer Lauren acreditava nas palavras que saiam de sua boca.
- Lauren, eu não quero que nossa filha sinta que precisa nos dividir com o mundo ou que ela é menos importante que qualquer outra pessoa. - noto as lágrimas começarem a rolar pelas bochechas de Lauren - Nós precisamos lidar com as consequências da fama, mas ela não.
Um silêncio mortífero ocupa a casa.
Lauren parecia refletir no que eu havia dito e ao dizer tudo aquilo, foi inevitável não sentir uma vontade gigantesca de chorar, e foi o que eu fiz. Abraçada em minha esposa senti uma angústia sufocante me consumir. O pavor do que nossas carreiras estivessem prejudicando Elisa era sufocante, duas coisas que amávamos com tudo de nós e elas se prejudicando.
- Camila… - subo meu olhar - Nossa filha é a nossa prioridade, sempre foi. Nós sempre fizemos de tudo para que ela se sentisse amada e sentisse ser nossa prioridade.
- Eu sei, eu sei. - passo a mão sobre minha bochecha, limpando quaisquer vestígios de lágrimas - Lutamos muito para chegarmos onde chegamos, mas eu não me importo de abdicar desta vida, nós podemos nos mudar e dar um tempo em tudo…
- Mesmo depois de tudo? - questiono em um fio de voz - Você está prestes a lançar um novo projeto, eu recebi uma proposta para voltar para o The Voice e Elisa tem a vida dela aqui, tem amigos e nossa família.
- Eu não sei o que é melhor, Lauren, honestamente. - passo a mão pelos meus cabelos.
Minha esposa me encara por longos instantes, sem saber o que dizer. Aquela situação apavorava Lauren tanto quanto me a apavorava, era algo além do nosso alcance. Nenhuma gestão nos preparava para algo assim e nossas famílias não sabiam como era lidar com algo daquela magnitude.
- E se nós nos mudássemos para Miami? Teremos acesso a estúdios de gravação, poderemos viajar algumas vezes para cá, ela ficará mais afastada de toda essa loucura, tenho certeza que seus pais e os meus não se importariam de voltar para lá. - comprimo os lábios.
Antes que eu possa responder, meu celular começa a tocar. Não pude evitar de sentir meu estômago embrulhar completamente quando ouvi a voz da mãe do aniversariante do outro lado da linha. A mulher pediu para que fossemos buscar Elisa, aparentemente alguns fotógrafos estavam por perto e nossa filha não queria sair de dentro da casa para não ser fotografada, pediu para ligar para nós. Sem sequer pestanejar, Lauren pegou as chaves do carro e entramos no mesmo.
Minhas mãos tremiam e eu sentia um ódio fora do comum me atingir, era algo que atingia cada célula do meu corpo, sentia uma necessidade gigantesca de proteger minha filha. Sabia que o fato dela não querer ir na festa e a mesma ser arruinada por fotógrafos deixaria Elisa muito irritada.
Quando nosso carro encostou perto da casa, eles se aproximaram. O barulho irritante das câmeras começaram antes mesmo de descermos, coloquei meus óculos de sol para que parte do meu rosto ficasse coberto. Lauren mal tinha estacionado e eu logo abri a porta do carro, descendo do mesmo e caminhando em direção a porta com passos firmes.
- Olhe aqui. - um paparazzo entra bem na minha frente.
- Qual é o seu problema? - coloco minha mão na frente da sua câmera - Ela é só uma criança, ela só quer se divertir com os amigos. - ele dá um passo para trás - DEIXEM MINHA FILHA EM PAZ. - não consigo evitar de perder a paciência.
- Camz… - Lauren segura minha mão.
- SAÍ DAQUI AGORA. - minha esposa fica entre o fotógrafo e eu.
Eu podia escutar o outro fotógrafo ainda tirando fotos de toda a situação. Não consegui evitar de sentir as lágrimas de raiva rolarem pelo meu rosto, minha mão não parava de tremer somente com a lembrança incessável de que alguns minutos Elisa passaria por aquilo de novo.
- Eu quero que você se afaste agora mesmo e eu juro que se eu ver essas fotos em algum lugar você pode ter certeza que eu irei garantir que minha amiga processe você e a empresa nojenta para a qual você trabalha por invasão de propriedade privada. - só então o homem vacila, começando a se afastar.
Abracei Lauren e notei que ela segurava minha jaqueta em mãos, paramos na frente da porta e nos recompusemos antes de tocarmos a campainha. Tivemos que entrar na casa para que mais fotos não fossem tiradas, conversamos alguns instantes com a mãe do aniversariante e como num passe de mágica, Elisa apareceu.
Nossa filha nos encarou por longos instantes. Elisa é uma garota esperta, ela sabia que havíamos chorado, agora se ela sabia o motivo, era uma outra história. Depois de agradecer a mãe do garoto, nossa filha implorou para irmos embora para casa, me limitei a me despedir e então caminhamos em direção a porta.
Lauren ou eu nem precisamos dizer nada, Elisa delicadamente pegou a jaqueta da mão de minha esposa e fez o que fazíamos quando ela menor, como se estivesse em um casulo, Elisa se enrolou com a jaqueta garantindo que seu rosto não seria fotografado por nenhum deles.
Eu me sentia caminhando em câmera lenta conforme voltávamos para o carro, eles permaneciam ali, tirando fotos como se fôssemos objetos para sermos fotografados. Ajudei Elisa subir no banco de trás, coloquei o cinto de segurança nela enquanto Lauren usou de seu próprio corpo para impedir que eu fosse ainda mais fotografada. Entramos no carro e Lauren saiu dali tão rápido quanto havíamos chegado.
Durante todo o trajeto pude ver Elisa desfazendo a linda trança que eu havia feito em seu cabelo, ela olhava para fora e evitava de falar qualquer palavra. Chegando em casa, nossa filha ia subir direto para o seu quarto, mas Lauren a impediu, pedindo gentilmente para que ela fosse para o quarto de música. Apenas as segui.
- Lis? - ela nos encara - Você sabe qual foi a primeira música que eu compus com a sua mãe, certo? - assente, com o cenho franzido - A música fala sobre querer estar com alguém, sobre querer ser amado por alguém. E quando nós escrevemos, eu só queria que sua mãe me amasse na mesma intensidade que eu a amava. - Lauren troca um olhar intenso comigo.
- E o que isso…
- Às vezes precisamos mais do que palavras, precisamos que a pessoa comprove que nos ama. - os olhos castanhos de Elisa prestavam atenção em Lauren - E às vezes, gestos não são suficientes. - escuto o suspiro de Lauren - Podemos ter impressões erradas sobre o sentimento de alguém, isso pode acontecer com nós três também. Mesmo depois de todo esse tempo.
- Está dizendo que você precisa que mama componha outra música para você? - Lauren ri baixinho, negando com a cabeça.
- Não, estou dizendo que relacionamentos, para funcionarem precisam ser uma junção de comunicação e gestos. - nossa filha assente - E você não acha que o seu relacionamento para conosco não falta comunicação?
As bochechas de Elisa ficaram rosadas e no mesmo momento ela abaixou a cabeça, fazendo as mechas castanhas escuras de seu cabelo caírem sobre o seu rosto, escondendo o mesmo.
- Querida… - me levanto, ocupando o lugar ao seu lado - Nós precisamos que você converse conosco… - toco sua perna - Precisamos que você nos diga o que te deixa angustiada para que possamos…
- Ignorar? - sua voz estava embargada, assim que levanta a cabeça posso ver o seu rosto banhado de lágrimas - Eu digo as coisas e vocês não parecem ouvir.
- Quando nós fizemos…
- Hoje. - interrompe Lauren - Eu não queria ir para essa festa. Mama me obrigou a ir e olha o que aconteceu. - seu tom aumentava - Eles disseram que haviam chamado os paparazzis, todos eles querem sair na capa de alguma revista estúpida, mas eu não. Eu não quero.
Senti meu coração se partir em um milhão de pedacinhos quando minha filha abraçou as pernas e se encolheu como uma bolinha no canto do sofá. Seu corpo se balançava com a intensidade do seu choro, eu sentia como se mil facas atravessassem o meu corpo ao mesmo tempo. Jamais imaginei sentir tanta dor quanto a de ver minha filha daquela maneira.
Quando Elisa nasceu e não chorava, o que eu mais queria era ouvir seu choro ocupar um cômodo. Agora, ao vê-la chorar, só queria encontrar uma maneira de fazê-la parar, principalmente porque seu choro conseguia demonstrar toda a tristeza que ela sentia.
- Elisa… - eu tentava ao máximo segurar meu choro.
- Me desculpe. - olho em direção de Lauren, vendo seu rosto coberto de lágrimas enquanto ela encarava nossa filha - Nos desculpe. Você não pediu por isso, não pediu pelas fotos, pelas manchetes, pelos fãs ou pelo resto…
- Nós sabemos, querida. - me aproximo, acariciando seus cabelos - Nós sabemos o quanto pode ser difícil e o quanto é estressante ter pessoas te seguindo e pedindo coisas para você o tempo todo. - seu choro diminui um pouco - E peço perdão por não poder fazer nada em relação a isso, mas nós podemos tentar mudar uma coisa ou outra para que você se sinta mais confortável.
- Eles estão em todos os lugares, mamãe… - envolvo o seu corpo em um abraço.
- Eles não estão aqui. - sussurro em seu ouvido e escuto seu suspiro.
- Existem outras alternativas, Lis… - Lauren fala com a voz embargada, enquanto puxava o banquinho do piano para ficar mais próxima do sofá - Nós podemos estragar a foto deles com máscaras engraçadas; podemos andar de costas para que eles não consigam tirar uma boa foto ou fazer uma careta muito horrível… - Elisa ri e eu sinto meu coração se aquecer - Nós podemos transformar essas situações em coisas divertidas, podemos apostar até mesmo quem consegue irritar mais eles. - reviro os olhos, não conseguindo evitar de rir com Elisa.
- Mas e os meus colegas de sala com as fotos e…
- Nós podemos conversar de mudar você de colégio, se for o que você tanto deseja e o que te deixará mais confortável. - seus olhos me encaram, era um olhar esperançoso - Nós queremos que você saiba que pode contar com a gente. - olho no fundo de seus olhos - E eu sei que falhamos com você e não escutamos, mas eu juro que iremos nos esforçar para que isso nunca mais ocorra.
- Tudo bem. - murmura.
- Nós temos que ficar unidas… - Lauren segura minha mão e com a outra, segura a mão de Elisa - Nós três contra o mundo, lembra? - minha filha sorri.
- Eu lembro. Me desculpem por não deixar vocês saberem de tudo… - assinto, a abraçando, beijando o topo de sua cabeça - Prometo que não irá mais acontecer.
- Tudo bem, meu amor. - Lauren a abraça também - Todas nós erramos, mas vamos tentar acertar agora, isso que importa.
- Eu amo vocês.
- Nós também te amamos, baixinha. - olho para a minha esposa e noto seus olhos marejados.
A maternidade havia feito Lauren uma chorona de marca maior.
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Casa
O que é a minha casa? É tão simplesmente as paredes que me cercam quando eu preciso de privacidade? São aquelas quatro paredes com posters se nichos cheios de livros com uma porta?
Eu venho me perguntando já faz um tempo sobre o que seria a minha casa e o que ela significa para mim.
Já dizia Renato Russo "Já morei em tanta casa que nem me lembro mais". Mamãe, papai, meu irmão e eu sempre fomos como ciganos morando em um lugar mais... exótico que o outro.
Se eu tiver que listar os três mais marcantes seriam:
3. A casa perto de uma praia chamada "praia do tubarão". (Papai ia nadar lá todo santo dia, e todo santo dia eu chorava imaginando que ele seria devorado por um tubarão. Coincidentemente a TV se dedicou a me mostrar uma infinita lista de filmes envolvendo esses animais tão... bonitos?) e pode acreditar ou não, eu surfava! Quase o dia todo, o medo não superava a adrenalina. Minha pele tinha umas queimaduras de sol que deixavam a minha mãe chocada na concha.
2. A casa de cima da vovó. Okay, parece meio piegas, mas aquela casa era um mundo mágico para mim e na companhia do meu tio que na época tinha uns 13 ou 14 anos, eu me sentia companheira de viagem do mochileiro das galáxias! A vovó tinha umas perucas e roupas com cheiro de livro velho, que mais tarde eu confisquei todas para mim fazendo o olhar de cachorrinho abandonado pedindo "poooor favoor?". Mas esse nem era o mais legal! Eu já contei que os diários das veteranas da família ficavam na casa da vovó e do vovô? Foi assim que me apaixonei por leitura, bisbilhotando a vida dos outros.
1. Uma tribo indígena.
Sim, vou explicar para que não pareça que meus pais eram loucos. Okay, a eu do passado acha eles meio loucos, não se estresse Eu do futuro.
Nessa época, papai estava passando por uma fase mais.... libertadora?...naturalista?.... totalmente fora da casinha e coisa e tals? É pode se dizer que sim. A essa altura meu irmão já tinha nascido e como meu pai tinha passado grande parte da vida numa aldeia de índios na Amazônia,(viva a vovó e vovô indígenas) ele e mamãe fizeram um trato: eu seria criada ao estilo mamãe, na cidade, com luzes piscantes e barulho de carro, mas o meu irmão seria criado no estilo do papai, com muito verde, frutas colhidas do pé, brincadeiras mais rústicas e sei lá mais o que.
E não eu não fiquei pelada lá. Ninguém ficava. Só em uns dias especiais, mas eu nunca sabia quando ocorriam e nem me preocupava.
Mas de fato foi muito legal todo aquele contato com a natureza, mamãe me vestia como uma camponesinha e eu ia ler livros perto de algum lago ou árvore. Meu irmão um molequezinho fofuxo é difícil de carregar. Como podia caber tanta energia num corpinho tão pequeno?! Eu o levava comigo e me sentia uma tutora em potencial explicando tudo o que eu sabia para ele. (Como se ele desse muita importância, só queria saber das mangas que eu conseguia pegar).
Meus pais também foram muito felizes lá, eu garanto!
E foi por um guri índio que eu me apaixonei pela primeira vez. Não foi uma paixão adulta, tava mais pra fascinação infantil, eu o adorava e o seguia por todos os lados, e ele sempre estava por perto para me proteger. Naquela época quando eu assisti Tarzan eu imaginava ser a Jane. Hahaha. E olha que não tinha nada a ver!
Caramba, eu me enrolei nas histórias e esqueci do foco!
Okay, eu considerei todos esses lugares como "minhas casas", ainda considero. Mas demorou um tempo para que eu percebesse que, minha casa e meu lugar eram coisas bem diferentes.
Minha casa é um lugar legal onde eu posso me isolar e fazer coisas tipo dançar pelada, ouvir música alta recitar poesias para as paredes e fotos do Kurt Cobain (quando não tem ninguém, claro). Hoje em dia só moramos, mamãe, meu irmão e eu, mas mesmo assim ainda é muito bom.
Mas às vezes quando eu estou numa aula entediante, andando pelas ruas sem rumo, ou dentro de um abarrotado brechó, eu sinto uma vontade de voltar. Não para a minha casa e sim para o meu lugar. Junto das pessoas que eu me sinto confortável.
Dito isto, eu somei. Minha casa é a minha família, nela eu sou um hóspede que não paga aluguel e não deve nada, estou ali de graça já faz anos, mesmo depois de tantas coisas, da fase chata da adolescência, das minhas manhas e birras, ninguém nunca me pediu para mudar e mesmo com tantas regras, eu jamais cogitei sair, não por que estive presa e sim por que estou ligada diretamente a essa casa muito grande e cheia, eu também sou a dona desse lugar, ajudei a construir e a criar regras malucas e novas. Vi outra vida chegar e me considerar um modelo, e eu amo esse pestinha irritante de todo o meu coração amalucado, assim como amo todos os outros. Nesse lugar estranhamente bonito, esquisito, legal e chato, eu vivo confortavelmente serena e tranquila.
Estranhamente eu me sinto em casa nesse lugar.
Isto é casa.
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Documentário: EYT Studios
Um documentário de EYT Studios
Feito por Edson Tikazawa, Raul T. Silva
Dirigido por Raul T. Silva
Uma vez eu tinha criado um personagem chamado Oxuss...ele nasceu daquela novela chamada “Serafim”, onde tinha um vilão que era o próprio diabo. Ele era o próprio demônio, rei do inferno. Eu me baseei na aparência, na forma humana desse personagem, para criar o Oxuss. Ele seria idêntico, praticamente igual ao personagem da novela Serafim. Com a diferença de que Oxuss seria o irmão gêmeo de Lúcifer, nome pelo qual conhecem o próprio diabo.
Começamos então, a partir daí, a expandir nosso jeito de expressar as coisas de uma maneira bem-humorada. Se não podíamos combater a rotina chata do dia-a-dia, então faríamos algo que levasse o nosso espírito alegre onde quer que fosse de maneira inteligente para que outras pessoas pudessem ao menos sentir um pouco da idéia que queríamos passar.
Um dos bordões mais famosos do Oxuss era aquele em que ele olhava para a pessoa com aquela expressão oriental, como se tivesse olhos puxados, e dizia: QUEIMEEEE...!!!!! Então a pessoa pegava fogo como se estivesse entrando num estado de combustão. Um outro bordão famoso era: VISITE LÚCIFER!!! Oxuss às vezes mexia no seu bigode quando dizia os tais bordões ou fazia um gesto de como quem levanta chamas do inferno mexendo apenas uma mão.
A partir dessa idéia base, surgiram vários outros personagens com esse mesmo espírito, de arrancar risos das pessoas. Inúmeros personagens, tais como a família Salynski: Boomer Salynski, Roner Salynski, Mandy Salynski, Carmen Salynski, Gerald Salynski...eram uma família de psicopatas. Todos com visual brega! Todo mundo tinha cabelo comprido e usavam óculos-escuros estilo anos 80. Eram todos magros, com exceção da mãe deles, a Carmen Salynsky, que era uma senhora idosa de cabelo branco e usava um rolo de macarrão como arma. Boomer e Roner eram irmãos, Boomer tinha o cabelo comprido branco e usava uma lança. Roner tinha o cabelo comprido preto e usava uma espada. Gerald era o pai deles e geralmente não matava as pessoas, mas fazia coisas sem pé nem cabeça, tais como chegar numa reunião séria e colocar um rádio com um baita som alto tocando músicas pancadão. Mandy na verdade é um nome feminino, mas coloquei ele no primo do Boomer e do Roner, Mandy, só para dar aquele ar de assassino mesmo, pra chegar apavorando com tudo. Haviam outros na família Salynski, todos muito parecidos, usando aquela blusa que parece um colete sem a camisa por baixo e uma calça jeans de qualquer cor com um par de tênis que mais parecia “all-stars”...fora o cabelo comprido e os óculos-escuros estilo anos 80. Somente Gerald e Carmen, os pais de Boomer e Roner, se vestiam de maneira mais tradicional, com roupas de gente de idade mesmo. Eu não me lembro bem se cheguei a criar outros Salynsky com outras armas, mas se criei não me recordo na minha memória. Ah, sim! Claro! Como poderia me esquecer? O Motoharu Salynski. Pra criar o Motoharu, eu me inspirei num nome de um conhecido meu. Apenas pelo nome se encaixar bem ao personagem mesmo. Nenhuma referência ao Motoharu da vida real. Eu conheço a família dele e mantenho contato com eles até hoje. O Mandy Salynski, pra quem não sabe, usava as próprias mãos como armas. Ele era conhecido como “o cara da porrada”, assassinava sem uso de arma alguma! Suas armas eram as próprias mãos e pés. Assim como o Boomer era conhecido por nós como “o cara da lança”. Boomer, Roner e Mandy também usavam colares feitos de dentes de algum animal ou algum outro colar, feito de outra coisa, tais como jóias ou diamantes. O Boomer usava um colar de dentes, na verdade. O Roner um colar simples com alguma coisinha pendurada no centro do cordão e o Mandy usava um colar de jóias roxas. Boomer usava aquele colete amarelo e uma calça jeans cor azul-clara, além de tênis all-stars azul. Roner usava um colete verde-escuro e uma calça jeans marrom, além de tênis all-stars preto. Já o Mandy usava um colete laranja e calça jeans amarela, com tênis all-stars laranja e tinha cabelos brancos como o Boomer. Gerald usava um colete branco e calça jeans marrom com all-stars bege quando não estava usando sua roupa tradicional. A maioria das vezes, ele se vestia como um senhor de idade comum. Já a Carmen se vestia como uma senhora de idade o tempo todo. O Motoharu era o “cara do leque”, pois usava dois leques com os quais fazia suas vítimas. Ele também se vestia diferente do Boomer e do Roner. O Motoharu era oriental e usava um terno preto. A família Salynski era indígena, embora Motoharu também fizesse parte dela. Talvez adotou o sobrenome como uma espécie de pseudônimo, apenas para fazer seu papel de psicopata. Tinha um cabelo comprido e usava rabo-de-cavalo. Também tinha uma pose que ele fazia após assassinar as pessoas. Motoharu ficava em pé numa pose chique e abria um dos leques com apenas uma mão. E ao mesmo em que abria o leque, o mesmo cobria a parte de baixo do seu rosto, deixando apenas os óculos-escuros à mostra.
Depois do Oxuss, a coisa foi pra frente. Surgiu a família Salynski, o carinha doido, o mendigo ignorante e até mesmo outros personagens como a Kisuxa Yéjis, a mãe do Oxuss.
Foi nessa época também que surgiram vários conceitos divertidos dos criadores da EYT Studios, tais como caricaturas, charges (que hoje são conhecidos como memes) e alguns roteiros de filmes, séries, a maioria com personagens feitos exclusivamente para esses filmes e séries. Alguns tinham até os criadores da EYT Studios estrelando os próprios filmes. Não me lembro bem de todos, mas foram poucos. Meu amigo Randal ainda deve ter algo dessa época em mãos.
Um famoso exemplo foi “O Império Abóbrão”, um suposto filme em que os criadores da EYT Studios e seus amigos lutavam contra a ameaça do tal império. Nunca foi feita uma continuação, mas o roteiro da continuação já estava sendo bolado. Inclusive eu me lembro bem do conceito dessa continuação até hoje.
Quem não se lembra também da “Loucademia de Sapícia”, cujas estrelas eram os nossos professores do ginásio?
Desde quando o estúdio foi ressuscitado em 2017, ainda pretendo trazer esses personagens do passado de volta. Nem que seja para fazer apenas mais alguma coisa com eles. Na verdade, pretendo reaproveitá-los ao máximo trazendo-os de volta para fazer uma grande jogada, tal como uma série ou inseri-los em histórias curtas, como fazíamos antigamente. Quem sabe até mesmo filmes com várias continuações!?
Não era raro em 2000 e 2001, quando nos reuníamos aqui em casa vários finais de semana ou até mesmo no meio da semana mesmo. O pessoal pousava em casa durante até 3 dias no máximo. Algumas vezes o Randal cedia a casa dele para as reuniões também.
A época de 2002 até 2004 foi a época de decadência do estúdio. Mesmo assim, continuamos levando em frente, pois não havia opção melhor. E dessa maneira, continuamos criando coisas com o que sobrou do estúdio. Foi a época de brilho do personagem “Melocoton”, criado pelo SBT e copiado pela EYT Studios de maneira descarada e informal com o simples propósito de arrancar risadas novamente. Outros como Ushijiman, “Danilo e Daniel”, também estavam presentes nessa fase de decadência, que na verdade foi uma fase importante como qualquer outra. Acredito que toda fase nos ensina algo. E devemos viver cada uma delas da melhor maneira que pudermos. Se o estúdio continuou existindo durante mais alguns anos, é porque certamente havia um propósito por trás disso. Às vezes a gente demora anos até entender. E no momento, apenas sabemos que estamos fazendo o melhor que podemos.
Agradeço de coração a todos os leitores, ao pessoal do estúdio que levou toda essa bagaceira comigo durante todos esses anos. Mesmo quando o estúdio esteve inativo durante todo esse tempo, ainda continuamos criando e fazendo a festa. Agora que o estúdio está de volta, quem sabe não podemos trazer esses personagens do passado para algum “revival” bem bacana?
Devo mencionar que a Carmen Salynski foi criada pelo Raul, assim como alguns outros personagens. O Raul me ajudava muito a criar personagens, situações, conceitos e referências. Ele inclusive era considerado o dublador do Melocoton. Ninguém dublava o Melocoton melhor do que ele, com aquele carisma próprio e jeito de expressar que só o Raul tinha. A maioria dos trejeitos do Melocoton e a maneira como ele expressava as coisas foi mestre Raul quem criou!
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… circula no whatsapp - 350 …
*Esse país está muito chato!*
Tenho 49 anos e cresci vendo uma Mulher negra como âncora do programa Fantástico (Glória Maria).
Cresci vendo um nordestino, um negro, um galã de circo e um caipirinha (Didi, Mussum, Dedé e Zacarias) formando um dos maiores grupos de humor do Brasil, os trapalhões, fazendo piadas e críticas ao sistema que hoje jamais seriam aceitas pela sociedade, como homossexualidade e problemas de dependência química com o álcool.
Também vi um Grupo heterogêneo como o Casseta e Planeta, que tinha negro, branco e homossexual, fazendo piadas de mesmas temáticas que os trapalhões, serem referência de humor, detalhe, ambos na Globo.
Cresci vendo o melhor humorista do Brasil, Chico Anysio e seus personagens negros, brancos, pais de Santo, gays etc, entrando em nossas casas uma dia por semana para nos trazer alegria.
Cresci vendo um travesti participando de todos os programas da família Brasileira, sem nenhum tipo de problema (Rogéria).
Cresci vendo um negro Gay (Jorge Lafond) ser um dos nomes do humor nacional.
Cresci vendo uma transexual ser padrão de beleza feminina e capa de revista masculina (Roberta Close).
Cresci vendo um Gay, com roupas não ortodoxas, ser um dos maiores cantores e voz do Brasil (Ney Matogrosso).
Aliás, por falar em música, cresci tendo ídolos gays na música, como Cazuza e Renato Russo, Bethania, Marina e muitos outros.
Quase todos meus ídolos do esporte são negros. Cresci vendo um negro como maior ídolo desse país (Pelé) e uma das figuras mais populares do Mundo.
Testemunhei um cantor gago, ex garçom, se tornar a voz romântica mais famosa desse país (Nelson Gonçalves).
Por falar em Nelson, vi um outro, anão, fazer tanto sucesso quanto (Nelson Ned).
Eu cresci vendo dois homens gordos, zoando suas próprias gorduras e se tornando dois dos maiores apresentadores e mais bem pagos do país (Faustão e Jô Soares).
Cresci vendo um homossexual extremamente requintado, inteligente, com programas para a família brasileira ser amado por muitos e ainda ter virado um dos políticos mais bem votados desse país (Clodovil), explicando que a sexualidade é um direito de cada um, e que isso não tem nada a ver com o seu valor enquanto Ser humano.
CRESCI OUVINDO MÚSICAS COMO A DO CHACRINHA QUE DIZIA: MARIA SAPATÃO E DE CHICO BUARQUE: JOGA PEDRA (MERDA) NA GENI.
Cresci vendo que a melhor maneira de defender seus direitos é abertamente, expressando-os de forma educada e inteligente.
Eu cresci entendendo que preconceitos significam estupidez, pois toda a minha formação se deu com bons exemplos de representantes, de todas as classes, em um país que normalizou a presença de todos em programas de televisão, onde tudo era discutido sem qualquer pudor.
Cresci entendendo de verdade o que era *liberdade de expressão*.
Infelizmente, hoje, com esse mimimi chato pra caramba, não temos mais liberdade de expressão.
Tudo que citei, antes normal, hoje seria execrado por essa nova sociedade chata para caramba!!
Essa dita “resistência” do politicamente correto luta contra “monstros” e "rótulos" que ela mesma criou.
Tudo vem sendo conotado como proibido e preconceituoso, ou politicamente incorreto.
*Geração chata !!!*
Autor: Todos com mais de 40 anos que realmente viveram livres e felizes!
COPIEI E COLEI.... que venham os mimimis.... povinho chato...
Dedico este texto para meus amigos de verdade, o negão, o maisena, o quatro olho, a girafa, o seco, o foguinho, o Dumbo, o tatu, o liquinho, o Peter Potamus, o dentuço, o fusquinha, o careca, o polaco e para mim mesmo, o gordo baleia, bacalhau, cataplof e tantos outros apelidos que tive e nunca tive problemas por isso...
Se o povo trabalhasse mais, teria menos tempo pra mimimi....
SÓ ACHO..... fui.....
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REAÇÃO DO BTS caso as ARMYs desejassem a sua morte e do filho de vocês.
O resultado não me agradou tanto, mas como escrevi bastante fiquei com dó de apagar. I’m sorry!
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Rap Monster (Kim NamJoon): As fãs adoravam quando Jonnie postava uma nova foto com o herdeiro das covinhas, as poses eram sempre lindas e as roupas de ambos numa perfeita combinação “pai e filho”. Entretanto, naquele dia, ao acordar e ter a bela visão do pequeno menininho de quatro anos dormindo agarrado a mãe, ele decidiu ser o fotografo. A foto havia ficado linda, as pessoas que mais amava dormindo indefesas e tranquilamente, entretanto, não havia agradado a todos.
“Essa garota não passa de uma interesseira”, “Aposto que só engravidou para tirar dinheiro dele”, “Eu queria que ela morresse”. Namjoon ficaria raivoso com todos aqueles comentários e quando se desse conta já estaria escrevendo e postando um imenso texto sobre amor, respeito e pessoas sem noção.
“Talvez nem todos consigam ver o quanto eles são importantes para mim, e talvez algumas pessoas não tenham noção das coisas ridículas que falam.”
Suga (Min Yoongi): Suga estava deitado com você no sofá do estúdio acariciando sua barriga, tinham acabado de voltar do hospital onde descobriram que o bebê que esperavam era um menininho. O homem se encontrava feliz e inquieto, não era segredo que ele desejava um menino e que faria dele um mini swag.
Ligando o foda-se para tudo, Yoongi abriu o twitter e postou apenas dois emojis (um bebê e um coração azul), estes que causaram todo aquele rebuliço. “Eu realmente espero que a vadia e a criança morram no parto” - apenas esse comentário foi o suficiente para fazer Suga explodir. Ele levantaria do sofá irado, te deixando confusa, principalmente quando o mais velho começasse a digitar raivosamente no celular.
S/N: Oppa, o que aconteceu?
SG: Nada (S/N)!
Você estranharia a grosseria do homem que a alguns minutos estava tão feliz e se aproximaria, conseguindo pegar o celular e ler o comentário e a resposta que ele digitava. Você suspiraria desapontada - mas não surpresa - e tentaria acalmar a fera.
S/N: Não desça ao nível de responder isso, Yoon-oppa. - você pega o rosto do homem entre as mãos - Ignore esse comentário idiota e vamos voltar ao que fazíamos antes.
Jungkook (Jeon Jungkook): O maknae estava desembarcando na Coreia e estava ansioso para poder ver as mulheres que ele mais amava. Dois meses longe de casa nunca pareceram tão longos.
O garoto pegou o celular e discou o seu número, não podia esperar até chegar em casa para ouvir sua voz.
“Oi, meu amor. Eu acabei de chegar... Não, ainda estou no aeroporto... Eu prometo... Sim... Eu não vou demorar, prometo, já estou a caminho... Eu também estou com saudades. Diga a minha princesinha para esperar pelo papai acordada, eu quero muito abraçar vocês duas...” - em meio a chamada Jungkook pode ouvir uma das garotas que andava atrás dele dizer que desejava que morressem.
Antes que Jungkook pudesse processar suas ações já havia virado em direção a garota e afastado o celular do ouvido, pronto para defender você e a pequena Jeon. Quando deu por si a “fã” já gritava para todo o aeroporto o quanto odiava sua filha e você e Jeon era arrastado completamente exaltado pelo líder e o manager para que não voasse em cima da garota.
Jin (Kim Seokjin): Decepção. Está era a palavra que descrevia tudo o que Seokjin estava sentindo naquele momento.
Tudo começou quando o homem deu início a mais um Eat Jin, ele e Taehyung estavam conversando e respondendo perguntas enquanto esperavam a comida, quando, no meio da live, a pequena menina de três anos entrou animada na sala e dizendo: “Tio TaeTae!”.
A pequena correu para abraçar o mais velho e a pedido do pai sentou na cadeira ao lado para participar da live. Você não demorou a notar que sua filha tinha sumido e saiu as presas para buscar ela, com medo de que atrapalhasse o trabalho do pai. Entretanto, sua atitude de chamar a menina discretamente para fora da sala não foi bem vista e muitos fãs começaram a achar que você queria esconde-la.
Os ataques começaram nos próprios comentários, fãs dizendo o quanto você parecia chata e nojenta e dizendo que não merecia estar ali, muito menos com Jin. Ao ler o comentário de uma fã dizendo coisas absurdas, Jin ficou imóvel e só se deu conta da situação quando ouviu Taehyung dizer que achava melhor desligar a live.
“Acho que algumas pessoas precisam rever seus comentários antes de vir atacar minha família. (S/N) nunca agiria estupidamente com vocês, mas muitas vezes não parece reciproco.”
Jimin (Park Jimin): O grupo estava em um evento e resolveram fazer uma pausa para falar com os fãs. Desta vez Jimin não brincava como de costume, estava apenas no canto com a expressão cansada. Quando as fãs questionaram sobre seu comportamento o homem sorriu e pegou o microfone para falar.
JM: Quando se tem um bebê em casa, dormir uma noite inteira é um luxo.
RM: Nosso pequeno Jiminnie está conhecendo todos os lados de ser pai.
JM: Eu amo todos eles, mas por favor, filha, durma mais de três horas seguidas. - disse em tom de brincadeira, fazendo algumas fãs rirem, entretanto, no meio disso tudo, Jimin pode ouvir claramente uma garota entre as outras fazer um comentário desnecessário.
XX: Sua esposa é uma estúpida, como pode deixar que o oppa acorde de madrugada pra fazer criança parar de chorar? Elas nem mereciam estar vivas por isso.
Jimin, assim como os outros meninos, parou estático procurando pela autora do comentário no meio da multidão. Quando percebeu que não a encontraria apenas voltou a falar no microfone.
JM: Eu não sou apenas um ídolo agora, eu sou pai e quero ser bom nisso. Eu jamais deixaria minha (S/N) cuidar sozinha de nossa princesa sendo que ela também é responsabilidade minha. Pare de desejar mal a quem amo e guarde seus comentários desnecessários para você, por favor.
V (Kim Taehyung): Naquela tarde, Taehyung resolveu levar o casal de gêmeos para passear, ele amava passar um tempo com os filhos, porém, tantos compromissos o tirava muitos momentos.
Ele se encontrava no banco de um shopping, esperando você retornar com os quatro ingressos do cinema para que pudessem assistir a mais recente animação lançada. As crianças brincavam com o pai que as fazia rir e as abraçava constantemente.
Não demorou muito para você retornar e no mesmo instante algumas fãs se aproximavam, as crianças correram para te abraçar e você se afastou um pouco com elas, para que as garotas pudessem falar com seu marido.
As garotas falavam animada e tiraram algumas fotos, mas, em um momento aleatório, uma das garotas insinuou o quanto você e seus filhos eram desnecessários e um fardo para Tae, algo que o fez fechar a cara no mesmo instante. Ela não precisava falar mais nada para que o homem entendesse onde ela queria chegar.
“Você não escuta o que fala? Como pode se dizer minha fã se ataca dessa forma as pessoas que amo?” - você o encararia, sem saber o que estava acontecendo e porque ele estava falando naquele tom alto - “Eu vim me divertir com minha família e não ouvir essas coisas ridículas! Se me der licença eu tenho algo mais importante para fazer.”
J-Hope (Jung Hoseok): Era mais um fansing e Hoseok estava animado por poder falar com as fãs, muitas perguntavam se ele estava bem aquele dia, ou se ele pretendia levar seu filho em algum show futuro, mas como sempre, os momentos bons são quebrados por coisas inoportunas.
Enquanto autografava o álbum de uma das fãs ouvia ela falar consigo, a garota dizia que ele era seu bias e isso não era nada de mais, mas em um momento inesperado, ela disse: “Fiquei muito triste quando começou a namorar, achei que passaria mas logo depois aquela interesseira engravidou. Eles deviam morrer para você poder ficar comigo, oppa”.
Hoseok largou a caneta na mesa no mesmo instante e encarou a garota a sua frente, exaltado com o comentário começou a repreende-la, sem notar que falava alto ao ponto de fazer com que todos prestassem atenção. Ele só pensava em defender e proteger vocês e logo depois que terminasse de falar levantaria e sairia do palco e só retornaria depois de longos minutos de conversa com Yoongi e Namjoon e claro, com a “fã” fora do fansing.
“Como você pode me falar uma coisa dessas? Desejar a morte para meu filho, uma criança de colo e minha noiva não é algo que uma fã de verdade faria! Nunca mais fale das minhas esperanças dessa forma.”
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tudo o que eu não te disse
Este é o último texto que dedico a você, e, por meio dele, venho lhe dizer tudo o que um dia não te disse. O tempo todo te falei sobre as coisas boas que você me proporcionou, o amor que sentia, o quanto você me fez bem. Mas tem muito que eu não te disse, que me fez muito mal. O que guardei, deixei pra lá, engoli. Toda a culpa que tomei pra mim sem entender o porquê. Você vai saber tudo o que queria saber quando eu me calava.
Eu fiz de tudo, e esse é o ponto. Eu fazia qualquer coisa (-qualquer- coisa) pra te fazer feliz e isso me prejudicou de maneiras diversas. Cheguei a mudar o lado que usava meu cabelo, porque você gostava mais. De repente, meus amigos não eram assim tão presentes, mas demorou pra que eu percebesse que quem não estava mais presente era eu. Eu estava sempre com você. Nas suas festas, no seu trabalho, na sua casa, com os seus amigos, com sua família. A minha família! Comecei a faltar nos eventos da minha família, porque estava nos eventos da sua! E veja bem, não estou te jogando a culpa, eu não via nenhum problema nisso, era só que você queria tanto que eu fosse e ficava -tão feliz- quando eu estava com você que eu trocava tudo por estar com você. Mas estava mesmo? Nas festas eu me sentia deslocada (e sozinha) e nos eventos da família era eu quem tinha que me enturmar com alguém. Fazia diferença, afinal, se eu estivesse ali ou não? Mas eu estava, porque você se sentiria mal em me deixar sozinha em casa ou se eu simplesmente saísse sozinha, e eu não queria que você se sentisse mal, certo? Mas esse não era um motivo errado pra querer a minha companhia? Você não deveria querer a minha companhia simplesmente porque eu te fazia bem? E eu te fazia bem, afinal de contas? Eu nunca ia saber, eu não ia perguntar uma coisa dessas. Eu só seguia. Feito um cachorrinho. Bem, era assim que tinha que ser entre nós. Pra tudo o que você dizia, eu tinha que dizer “sim, nenê”, “claro, vida”, “vamos, meu amor”. Só você fazia decisões, planos; só você podia discordar de coisas ou reclamar de coisas. Você era a -pessoa real- do relacionamento. Eu estava simplesmente ali por você. Seus conselhos par as minhas dores eram “é assim mesmo, meu amor”, “não fica assim, não, meu amor”. De vez em quando, eu queria fazer algo, como comer algo diferente, ir em um bar novo por aí. Mas você não abria mão dos seus gostos por mim. Não tinha como o seu lado ceder; já eu... Bem, eu que aprendesse a me encaixar a você, não é mesmo? E eu aprendi. Eu passei a gostar de comidas que eu odiava só pra te agradar. Mas o "meu mexicano" era “desperdício de dinheiro”. Uma vez ou outra que eu quisesse um drink diferente era “mas eu SÓ gosto de cerveja”. E adivinha onde íamos? Chega a ser engraçado, não? Mais engraçado ainda era o “escolhe você” e se eu escolhesse, tomava uma bronca, do tipo “você sabe que eu não gosto disso” ou “não tenho dinheiro pra gastar com coisa que eu não gosto”. E no fim você escolhia, porque todas as minhas sugestões eram ruins, chatas ou muito caras (mesmo sem ver o preço). Realmente muito engraçado. As vezes, queria uma opinião sobre uma roupa, e de início, tudo estava sempre lindo. Até o ponto em que não estava e você passou a me vestir, como aqueles joguinhos de boneca. E então tudo te desagradava e nem você sabia mais como me deixar bonita pra você. E acho que esse era o problema, afinal. Eu estava sempre querendo ser pra você; feliz por você, bonita pra você, magra pra você. Você sempre esteve em primeiro lugar. E quando você me disse “eu não me sinto mais atraída por você pelo jeito que você se veste”, eu só conseguia pensar o quanto eu falhei. E o quanto eu não conseguia ser suficiente nem mesmo quando VOCÊ me vestia. Eu já nem sabia mais como eu gostava de me vestir ou como eu me sentia bonita. Eu não me sentia bonita ou suficiente pra você, não sem que você me dissesse o que era necessário pra isso. Aquela altura eu já era 200% dependente emocionalmente de você e do nosso relacionamento. E eu tentei me refazer, voltar pra quando você me achava bonita, eu olhava até as minhas fotos antigas pra tentar encontrar um estilo que me coubesse melhor e mesmo assim, não te satisfazia. Chegamos num ponto que antes de comprar qualquer roupa, eu te mandava foto no provador. Isso quando você não ia junto pra comprar. E eu não tinha muitas roupas, era sempre o mesmo rodízio, sempre as mesmas roupas que me deixavam bonita pra você. Eu costumava dizer que não comia muito a noite, mas você só tinha esse horário pra comer. Tudo bem pra mim jantar com você, mas você sempre queria que eu comesse mais. Mesmo que eu não aguentasse mais. Mesmo que eu dissesse que eu não conseguia comer mais do que aquilo que eu estava colocando no prato. Você sempre soube que eu sofri de distúrbios alimentares e passar mal de tanto comer/de não comer nada eram coisas muito complicadas pra mim. E eu nunca te disse isso, mas eu tinha refluxo todas as noites. Agradeço os quilos que me ajudou a ganhar quando eu precisei, de coração, mas precisava dizer que foi insensível forçar a barra pra isso. Eu morria de medo que em um dos seus ataques de raiva em que você batia nas coisas, você batesse em mim. Morria de vergonha quando você me mandava falar mais baixo. Me sentia humilhada quando você caçoava de alguma insegurança minha (como o fato de eu ser muito magra ou o nariz que eu não gostava) e as pessoas em volta riam junto com você. Me sentia muito mal quando você falava sobre seu futuro e esquecia de me incluir (porque eu te incluía em cada segundo da minha vida e doía saber que você imaginava um futuro sem me ver do seu lado tão fácil). Ou quando você dizia “arrumando um lugar pra morar, eu vou, mesmo se você não puder ir junto” - visto que eu tinha uma pasta com planos do início ao fim pro nosso casamento, até financeiro. Eu me sentia menos necessária e amada a cada dia, quando, mesmo estando bem ali do seu lado, olhando pra sua cara, você estava no celular, mesmo depois de um dia inteiro longe, que eu passei simplesmente esperando por você; arrumando suas coisas de um jeito que você ficaria feliz enquanto conversava com sua mãe; e esperava o fim do seu horário de trabalho pra ficar ansiosa pela sua chegada, correr pra janela pra te ver entrando, arrumar a mesa pra jantarmos juntas e te esperar sentada até você vir me dar um beijo de “oi”. Essa era minha rotina. Mesmo assim, você só saía do celular se eu implorasse, e reclamava que eu falava muito disso como se fosse um absurdo. Me sentia mal demais quando ia te beijar e você interrompia o beijo, porque pensava que todo beijo significava sexo. E eu só queria poder te beijar sem culpa. Ou sem ter que te pedir um "beijo de verdade" ou esperar você querer transar.
Essas são todas as coisas que eu nunca te disse. Nada disso exclui as coisas boas que eu já te disse e que eu senti por você. Mas espero que te ajude a ser uma pessoa melhor como me ajudou. Sinto muito por ter guardado por tanto tempo.
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conte aqui uma história de amor
Eu conhecia ele desde pequena. Nossas famílias eram amigas. Eu odiava ele. Eu tinha 12 anos quando ele começou a se aproximar de mim, e ele era muito chato. Aquele típico adolescente babaca de 16 anos, cheio de graça; E eu odiava. Eu era super chata com ele, eu dava muitas patadas nele e mesmo assim ele continuava falando comigo. Eu dava uma patada e ele me chamava no msn, eu brigava com ele e ele continuava indo atrás de mim. Um dia, ele veio falar comigo e eu fui mal educada com ele (ele me irritou muito, foi meio sem querer) e meu pai viu. Aí quando a gente chegou em casa meu pai conversou comigo. Tivemos uma longa conversa e percebi que era muito feio o que eu fazia, eu estava sendo mal educada. Então resolvi ser amiga dele. O tempo passou e a gente ainda brigava, mas voltava a se falar no mesmo segundo. Ele continuava me chamando no msn pra dizer que um dia ele ia se casar comigo. Como o meu melhor amigo também era melhor amigo dele, nos tornamos inseparáveis. Éramos o trio de amigos que faziam tudo juntos. Teve uma vez, que pegamos uma carona, nós três, pra cidade vizinha, pra assistir uma apresentação de crianças. Nessa época eu já tinha 14, ele tinha 18. Brincamos e conversamos a apresentação inteira, nós três. Num momento, ele virou pra mim e disse que quando eu fizesse 16 ele ia me levar pra viajar com ele; disse que íamos pra vários lugares juntos. Eu apenas sorri. A cada dia o nosso laço crescia mais. Passávamos todo Natal juntos, e sempre meia noite, a gente se abraçava e ele dizia que me amava. E quando eu falava que amava ele, ele me dizia “eu sei” com um sorriso. Ele me abraçava do nada e apertava minha bochecha. Quando eu voltava de alguma viagem, ele sentava do meu lado e me fazia contar cada detalhe. Ele bagunçava meu cabelo, desarrumava minha roupa e SEMPRE roubava meu trident. Ele me encontrava no meio do povo, piscava pra mim e depois sorria. Ele me abraçava e beijava minha testa, e nesse momento eu me sentia a pessoa mais segura do mundo. Eu cuidava dele sempre. Quando ele ficava doente, nunca ia ao médico…eu dava remédio pra ele. Éramos parceiros. Tudo que ele precisava eu ajudava. E ele sentava do meu lado e ficava me olhando, até nós dois começarmos a rir e ele começar a falar alguma bobeira. Ele tinha as piores piadas. Ele falava cada merda que me fazia rir durante dias. E nesse meio tempo ele se tornou importante demais pra mim. Um dia eu estava muito mal, nem lembro o motivo. E no momento que ele me viu, ele percebeu. Então ele veio, colocou a mão no meu rosto e disse que não era pra eu me preocupar, que o que importava era que estávamos juntos. E me deu um beijo no rosto. Ele me fazia se sentir importante. Ele nunca se esquecia de me abraçar e me dizer que eu era importante pra ele. Quando ele vinha falar comigo e eu estava triste com alguma coisa, eu dava um sorriso falso, mas ele percebia. Então ele me beijava e dizia que não era pra eu ficar triste porque ele ficava triste também. Uma vez fomos a um evento formal e no final ele acabou esquecendo a carteira e a gravata comigo. A gravata estava com o cheiro dele (Claro, porque ele tomava banho de perfume). E quando eu guardei as coisas dele na minha bolsa, o cheiro dele ficou nas minhas coisas. E eu não queria parar de sentir aquele cheiro nunca mais. Era o melhor cheiro do mundo. Ele me apresentava pros amigos dele. Eu não sei o que a gente era, mas eu sei o que a gente tinha. Todo mundo me falava que ele gostava de mim, e que a gente ia casar. As pessoas nos olhavam como se pertencêssemos um ao outro. Eu sinto que sentíamos muito mais do que falávamos um pro outro, ele e eu. Mas nenhum de nós tivemos coragem pra admitir isso. Talvez por medo. Ele me mantinha calma, ele não me deixava desesperar. Mais da metade dos textos que eu tenho aqui foram pra ele. O único livro que consegui escrever mais de 10 capítulos, meu personagem preferido era inspirado nele. A química entre a gente era inevitável. Era incontestável. Mas éramos amigos. Só amigos, nada mais. E como não tínhamos nada a mais, eu comecei a namorar um cara. Na mesma época, ele também começou a namorar uma mulher. Eu já tinha 17, ele tinha 21. Foi em 2014. E foi quando a nossa história começou a despedaçar. Nos afastamos muito. Brigamos. Continuamos a nos falar, mas bem raramente. A gente já não se falava todo dia (já pelo facebook). Ele terminou com a namorada, mas dois dias depois (é sério, foi dois dias depois mesmo, não é um exagero) começou a namorar outra. Passou três meses e eu terminei meu namoro. Assim que ele começou a namorar essa segunda, eu soube que a gente nunca mais voltaria a ser o que era antes. Ela me odiava (ainda odeia). Ela não deixava mais ele falar comigo. Ele se afastou de mim e do nosso melhor amigo, mas muito mais de mim. MUITO MAIS. Ele ficou noivo com essa menina ano passado. Hoje, ele mal me fala oi. Ele não consegue ficar mais de um minuto perto de mim sem que a namorada dele chegue e tire ele de perto de mim. Ele, que ria de tudo. Mal ri hoje. Às vezes, quando estamos no meio de muitas pessoas, devido aos muitos amigos em comum, eu pego ele me olhando. Finjo que não vejo. Tem dias que ele me olha e sorri, e Deus! Eu sinto tanta falta daquele sorriso. Mas normalmente, ele mal me olha quando me cumprimenta. Eu quase não ouço mais a voz dele. Ele nunca mais falou meu nome, nunca mais pegou na minha mão. Ele me conhecia, eu o conhecia inteiro. Hoje nem sei mais quem ele é. Talvez você pense que isso não é uma história de amor, mas eu sei que é. Só não demos chance pra ela acontecer.
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sort out
Tinha levantado com os dois pés esquerdos como costumava dizer, quando mal abria os olhos se lembrando como seria seu dia. A primeira coisa que pensou, vai ser uma merda.
Sua tia, fazia questão de todos os anos, mandar rezar uma missa por sua mãe, que já tinha morrido a mais de 10 anos. Isso incluía aguentar um sermão do padre, que adorava falar complicado para parecer importante, ao que passados cinco minutos ele deixava de escutar, a plateia como ele chamava estava escassa, as velhas estavam todas morrendo pensou. Olhou diretamente na cara do padre, quando esse o olhou, fez um sinal, colocou o dedo sobre o relógio, este ficou vermelho, cortou rapidamente o sermão, afinal não mais que dez gatos pingados ali.
Teria que esperar sua tia se despedir das outras mulheres que iriam lhe perguntar quando se casava. Estava já a estas alturas fartos, colocou dinheiro na mão de sua tia, disse que pegasse um taxi.
Ela colocou as mãos na cadeira, soltou, é que tua mãe, não te ensinou a ser cortes com as mulheres.
Sim, respondeu de mau humor, mas não com as chatas que não tem nada que fazer no seu dia a dia, tenho pressa, tenho que trabalhar.
Entrou no escritório furioso, sua secretária de muitos anos, riu, cuidado teus cabelos estão pegando fogo. Acabou rindo, pois usava a cabeça raspada.
Me fizeste imaginar a cena, quem é a primeira vítima, foi tudo o que perguntou, quando ela entrou enquanto ele tirava o casaco, colocou o café na frete de sua mesa.
Pelo visto o sermão esse ano foi curto?
Ele contou as gargalhadas o que tinha feito. Agora era a vez dela rir, eu quando tenho que levar minha mãe a missa aos domingos, antes com a desculpa que tenho que falar com o padre, lhe digo se não faz um sermão curto, vou me levantar mandado tomar no cu na frente de todo mundo. Faz uns sermões de uns 10 minutos, mas ao final me olha, faz um sinal para mim. Embora saiba que quer me mandar a puta que pariu.
Bom vamos as vitimas da quarta-feira, era o dia que ele recebia os escritores, ou para dizer que iam publicar seu livro, ou para mandar reescrever quase tudo, ou dizer que a ideia era boa mas que refizesse o texto inteiro, ou por último que era uma merda.
Nem sempre era agradável, o primeiro era um escritor pedante, que achava que todos seus livros seriam best sellers, normalmente a ideia original podia ser boa, mas ele não queria ter trabalho, vinha com um papel na frente, essa ideia foi usada num filme de Classe B, uma merda.
Sabia quem tinha lido o mesmo, era seu braço direito, nunca poupava a linguagem. Tinha uma cabeça fantástica, se lembrava dos textos, se eram cópias ou não.
O sujeito entrou na sala com um sorriso falso em toda sua cara, lhe apertou a mão, depois esfregou uma na outra, quando vamos publicar essa maravilha. Sem uma palavra, para não ter que discutir, lhe entregou o mesmo. Sua cara mudou totalmente, quase espumava, a ideia pode ser do filme, mas eu a melhorei muito.
Sinto muito, ou mudas a ideia original, ou começas outra vez desde a primeira página. Não posso fazer nada, se um leitor diz isso, sinal que tem razão, ainda mais se tratando do Bradford.
Essa maricona velha, sempre faz tudo para amargar o dia.
Respeito, primeiro Bradford é mais jovem que tu, pelo menos uns dez anos, ou mais, além de que confio totalmente nele.
O outro se levantou, pegou o manuscrito, levantou os ombros, jogou ele mesmo na lixeira. Mais um sonho inalcançável.
Teve que ficar rindo, quando o via descer pelo corredor. Era um embusteiro de muito cuidado, tinha escrito realmente em sua vida um livro bom, o primeiro, depois jamais foi capaz de escrever outro. Vivia ainda das vendas do primeiro.
Apertou o interfone, avisou a secretária que estava livre. O segundo era um rapaz jovem, estava nervoso, mas seu texto era muito interessante, ele mesmo o tinha lido por recomendação do Bradford. Apertou sua mão, perguntou se queria um café ou água.
Água por favor, estou nervoso, depois que vi esse senhor sair furioso, dizendo que ninguém o entende, fiquei pensando meu texto é uma merda.
Não meu caro, olhe aonde ele jogou o dele, ele mesmo o considerava assim, o teu pelo contrário é interessante, Bradford anotou as páginas, que gostaria que revisasse, bem como melhorar o texto, peça depois a minha secretária, para marcar uma hora com ele, mas recomendo não chegue atrasado, ele odeia.
O sorriso do rapaz iluminou a sua cara. Obrigado, muito obrigado.
Assim foi toda a manhã, agora teria que ir almoçar com um amigo do Bradford, que vinha tentando publicar um livro com a historia da família, escrito por uma tia, solteirona que não tinha o que fazer, mas que glorificava a família.
Teria que ir com tato, porque essa família possuía ações da empresa. Isso lhe incomodava uma merda, mas estava em suas obrigações. Ele mesmo tinha lido o tal escrito, mais tonto era impossível, talvez tivesse algum fundo de verdade no que falava, mas iria interessar mais ou menos meia dúzia de leitores, com certeza amigos dessa família WASP, White Anglo-Saxon Protestant, normalmente todos metidos a besta como ele dizia.
Estava entrando no restaurante, o garçom que o conhecia, sabia qual mesa deveria lhe oferecer, dali poderia olhar o restaurante inteiro, se aparecia alguém, que ia ser um saco, ele saia pela cozinha, dali a porta dos fundos.
Mal se sentou, chegou o homem, vestido no estilo inglês perfeito, estendeu a mão como se fosse um beija mão papal. Se sentou lhe entregou o envelope, gostava de ir direto ao assunto, assim poupava ter indigestão. A cara do outro era curiosa.
Assim, antes do aperitivo, da comida.
O senhor me desculpe, mas é minha maneira de trabalhar, infelizmente o texto não merece uma publicação, nos daria prejuízo, o senhor como possuidor de ações da empresa sabe disso. Acredito que lhe possa oferecer uma outra opção, indicar uma empresa que imprime, encaderna um livro assim, muito bem, para que o senhor possa oferecer aos seus amigos, seria a melhor opção.
Só então notou que tinha uma pessoa em pé. Era uma cópia melhorada do outro, com uma roupa informal, passou por detrás deste, se sentou sem cerimonia nenhuma, me desculpe ao meu irmão, tão cheio de protocolo, mas eu lhe avisei que o texto era uma merda, uma quantidade de mentiras dessa bruxa solteirona. Tinha dinheiro, não tinha o que fazer foi para a Inglaterra, inventou que estava pesquisando por la, quando o que mais fez foi gastar dinheiro.
Agradeço sua gentileza, eu também prefiro soltar a verdade, antes de comer, porque pode dar uma azia muito forte.
O outro se levantou, filho da puta, sempre estragando tudo que eu queira fazer.
Virou as costas, foi embora sem se despedir.
O outro lhe estendeu a mão outra vez, Richard Brakstone, odeio todas essas mentiras, creio mesmo que os nossos antepassados vieram para cá, algemados na galera, por serem bandidos ou coisa parecida. Mas meu bisavô inventou essas bobagens todas ao respeito da família, para entrar na sociedade, quando ficou milionário.
Meu irmão nunca trabalhou na vida, só me faz essas merdas, ora quer ser produtor da Broadway, ou de cinema, patrocinar qualquer artista que acha que será um sucesso, gastar dinheiro. Eu sou pelo menos honesto, sou um sem vergonha de muito cuidado, gasto minha parte da fortuna sim, pois sou gay, não penso em me casar, então antes que acabe na mão desse idiota, vou gastando.
O olhou bem, não me eres estranho, fez um sinal para o garçom, lhe perguntou vinho tinto ou branco.
Me desculpe, não bebo, no almoço só tomo água, porque depois tenho uma tarde horrível hoje. Podemos pedir se queres comer comigo.
Nem pensar, acabei de levantar-me, acabo de tomar o café da manhã. Daqui irei jogar tênis para manter a forma.
Já sei de aonde te conheço, te vi uma vez numa festa na casa de alguém ou um jantar não é.
Ia concordar, mas nunca o tinha visto, não frequentava esse tipo de ambiente, suas saídas estavam com seus amigos de sempre.
Creio que não, basicamente odeio festas fúteis, como lhe disse, não bebo, não fumo, odeio ficar escutando besteiras superficiais, desculpe se sou franco.
Eu gosto, no nosso meio, tudo que escuto é isso, tens razão, tens razão. Se levantou, com educação, estendeu a mão, espero não ter estragado o seu almoço. Bom apetite.
Foi embora, realmente era uma bela figura de homem, mas todos os dois estavam fora da sua lista, odiava esse tipo de comportamento, tanto de um como de outro.
Pediu finalmente seu prato predileto das quartas-feiras, para alguns um gosto um pouco tonto, pois era uma comida leve.
Acabou de comer, pagou, saiu, foi direto para a editora, na sua sala, estava esperando o Bradford, rindo. Pela sua cara queria saber como tinha se saído. Ao contrário dele, ele adorava essas festas, para depois sacanear todo mundo. Na verdade, o convidavam, pois, pensavam que ele ainda tinha o dinheiro de sua família, nada disso, trabalhava porque não tinha muito dinheiro.
Bom fiz como sempre fui direto ao assunto, mas apareceu o irmão.
O Richard é muito louco, as festas que ele dá, são as melhores, dizem que na cama é uma fera, com um apetite insaciável.
Sim me deu essa impressão. Mas não faz o meu tipo.
No final do dia, fazia um calor infernal, antes de sair, tirou a gravata, arregaçou as mangas, ia se encontrar com os amigos para uma cerveja. Se surpreendeu em ver o Richard lhe esperando.
Estava te esperando, não pudemos nos conhecer direito. Podemos tomar uma cerveja pelo menos.
Ia dizer que o estavam esperando, mas resolveu aceitar. Falaram de mil assuntos, ficou intrigado, ele sabia tudo sobre ele.
Pelo visto fizeste uma investigação ao meu respeito, verdade?
Sim, nunca faço isso, mas achei interessante alguém que plantasse cara ao meu irmão, ele sempre se mete com gente que não deve, os esfolam depois o mandam a merda.
Porque essa curiosidade ao meu respeito, eu mesmo poderia te contar melhor a minha vida, sem problemas. Não tenho nada que esconder, ao contrário, para não ser chantageado por ninguém procuro ser reto.
Quase soltou, que a pouco tempo um editor tinha ido para a rua, por ter misturado sua vida particular com a profissional, se encantou com um escritor, esqueceu que era casado com filhos, foi chantageado pelo outro que queria quer fosse editado seu livro. Quando se negou, fez um escândalo. Resultado o outro perdeu o emprego. Mas não disse nada.
Bom o que gostas de fazer, já sei que não te posso convidar para nenhuma festa, pois não gosta, como é a tua vida?
Trabalho, amo os livros, ia agora tomar uma cerveja com meus amigos, depois iria para casa, pois comecei o dia com mau humor, me tocava uma missa, pela alma da minha mãe, que sua irmã faz questão de fazer todos os anos. Ela ia odiar, pois nunca ia a igreja. Mas para me livrar durante meses da minha tia, vou, depois a quarta-feira é o dia que vejo os escritores, para dizer sim ou não, julgamento como Salomão.
Agora o que quero é ir para casa, tomar um banho, escutar uma música, talvez até cochilar um pouco, depois trabalhar outro tanto.
Uma vida sem emoção nenhuma como pode ver.
Não tens namorado, ou alguma aventura.
Não, tenho paciência, as pessoas são absorventes, te querem possuir, minhas experiencias foram desastrosas. Então prefiro ficar na minha, tenho claro aventuras sem compromisso.
Hum, acho que gostaria de ter uma aventura contigo. Ficaram rindo, mas um olhando para o outro. Ele acabou na sua casa, entrou olhando tudo, não acredito numa sala de visita com tantos livros, não cabem na biblioteca?
Está lotada, preciso de espaço para trabalhar, acendeu a luz da mesma, ele disse, caramba podias vender isso, já sei, colocas uma banca ali na quinta avenida, vou vender para ti.
Gostava desse jeito dele irreverente, em contraste com seu humor severo.
Mas na cama, foi uma loucura, ele era um furacão, ele quando tocado também, era insaciáveis os dois. Ao final estavam exausto.
Richard soltou, porque não te encontrei a mais tempo.
Acabou dormindo, quando o despertador tocou as 7 da manhã resmungou, virou para o lado, seguiu dormindo, ele se levantou, fez a barba, tomou banho, se vestiu, ele não se mexia. Deixou um bilhete, com seu número de celular, quando desperte, é só bater a porta que se fecha por dentro.
Teve pelo menos três reuniões, na qual a norma era, celulares, sem som, não atender nenhuma chamada.
Ao final do dia, viu que estava exausto, um amigo lhe chamou para tomar uma cerveja, mas disse que era impossível, estava morto.
Quando abriu a porta, sentiu cheiro de comida, o Richard na cozinha nu, preparava comida, estou te esperando, vá tomar um banho enquanto coloco a mesa, depois de jantar, lhe perguntou como tinha feito as compras, se não tinha saído.
Oras por telefone, eles existem para alguma coisa. Gosto de cozinhar para alguém, não quero te perder de vista.
Richard, hoje tive um dia cansativo, se fizer o que fizemos ontem a noite, amanhã, não consigo trabalhar.
Entendi, não queres mais me ver?
Não é isso, eu levanto cedo, minha cabeça precisa funcionar, para tomar decisões, quiça no final de semana, sim podemos passar juntos.
Merda, esse é o problema, tenho uma festa na casa de praia em Los Hamptons, com alguns amigos, começou a rir, ias odiar, pelo menos umas 200 pessoas.
Realmente, nem pensar.
Bom, posso cancelar se for para ficar aqui contigo.
Não creio que você possa gostar, pois pretendo trabalhar. Veja isso diz logo de cara que temos vidas completamente opostas. Nada daria certo.
Mas a verdade, foi que ele cancelou para ficar com ele, o deixou trabalhar, jogado numa poltrona lendo um livro.
Saíram para jantar, fizeram sexo muitas vezes, lhe dizia ao seu ouvido, não posso ver o seu caralho que o quero para mim.
De repente de uma hora para outra, mudou, encontrou o que fazer, mas chegava na sua casa no horário, o apresentou para seus amigos, caiu bem a todos, se interessou pelo que fazia cada um, quando lhe perguntava, o que fazia, ele dizia sou um vagabundo, cheio de dinheiro, não escondia o que era.
Meus amigos diziam, Henry, ele não é nada do que parece, ouvi dizer que esta agora indo as reuniões da empresas da família, se interessa pelas coisas.
Se acostumou, de chegar em casa, o encontrar nu, andando por ela, ou fazendo algo especial para ele, se interessar como tinha sido seu dia. Assim foi durante dois anos, um dia lhe perguntou se queria se casar com ele. Levou um susto, ficou olhando para ele, agora sabia quando falava sério.
Eres a melhor coisa que me aconteceu na vida Henry, quero viver contigo, o resto de minha vida.
Ficou olhando para ele, estamos bem assim, para que complicar. Mas tanto fez que acabou concordando. Estava acostumado a ele. Um belo dia o foi buscar na hora do almoço, foram ao fórum, se casaram.
Queria que ele fosse viver na sua mansão. Disse que nem pensar, gostava de sua casa, foi um dia com ele até lá, achou um absurdo uma pessoa viver sozinha numa casa como aquela.
Depois queria dar uma festa para comemorar que tinham se casado, se negou, mas ele agora mostrava suas garras, fez a festa sem ele.
Apareceu três dias depois bêbado, drogado. Foi o começo do fim, se comportava uma semana, depois desaparecia. Lhe disse que queria o divórcio.
Nem pensar, gosto de estar casado contigo.
Cuidado, foi fazer um exame, completo, tinha medo de ficar com Aids, embora desde o primeiro dia tinha se cuidado.
Estava irritado, pois isso o impedia de se concentrar no seu trabalho. Tomou uma resolução, lhe disse que não queria mais vê-lo, que assim não queria estar com ele.
Sua reação o surpreendeu, ninguém me deixa, sou eu que deixo as pessoas. Saiu batendo a porta. Ele prudentemente, mandou trocar a fechadura da porta, avisou o porteiro que não o deixasse entrar mais. Se fosse o caso, inclusive falou com seu advogado pedindo uma ordem de que ele não podia se aproximar dele, até que considerasse o divórcio.
Uma semana depois, acordou com a campainha da porta, levantou de mal humor, pensando que era ele. Era um policial.
Lhe perguntou se era casado com Richard Brakstone, ao dizer que sim, lhe pediu que o acompanhasse a sua mansão. Tinha sido assassinado.
Quando entrou, aquilo parecia o inferno, gente bêbada, drogada, caída pelos cantos, sendo atendida por enfermeiros, o fizeram subir, ele estava numa cama imensa com dois garotos ao lado, cada um com um tiro na cabeça.
Quem fez isso?
Não conseguia passar da porta. Quem fez isso perguntou de novo. Ali aos pés da cama estava o irmão dele, com uma aparência horrível. Foi ele, diz que estava farto dessas orgias que não o deixavam dormir.
Não posso ficar aqui, sem conseguir se controlar, começou a vomitar. Merda, foi tudo o que pode dizer, além de agradecer o inspetor que o ajudou.
Sabemos que o senhor pediu divórcio, como o irmão esta incapacitado, tinha que ser o senhor.
Ok. Posso ir embora. Depois o senhor sabe aonde me encontrar.
O sorriso do inspetor era amargo, a pergunta que o senhor está se fazendo é aonde eu fui me meter, verdade?
Sim, sem dúvida nenhuma, viveu comigo dois anos, maravilhosos, insistiu que nos casássemos, em seguida voltou a sua vida de antes. Pedi o divórcio, me disse que não, que era ele que deixava as pessoas. Depois desapareceu. Segui com minha vida, trabalhando, esperando que aceitasse, me deixasse em paz.
Bom, como o senhor já reconheceu o cadáver, não tem que ir ao necrotério, não sabemos quando liberaram os corpos, primeiro teremos que analisar tudo aqui. Pode ser que tenhamos que falar outra vez com o senhor.
Foi para casa, avisou que não podia ir trabalhar, ficou primeiro andando pela casa, feito um louco, que idiota, com tudo que tinha podia ter feito algo de útil com sua vida.
Depois chorou, mas chorou muito, estava assim, quando tocaram de novo a campainha, foi atender, era o inspetor outra, vez, posso entrar.
Já falei com o porteiro da noite, me disse que horas o senhor chegou, que não saiu de casa a noite inteira, me desculpa, mas tenho que descartar todas as possibilidades. O irmão não é coerente.
O senhor aceita um café, eu necessito de um bem forte, fez café se sentaram na sala, pode perguntar o que queira.
O senhor sabia que quando ele começou o relacionamento consigo, tinha saído de uma clínica de desintoxicação?
Não, mas ele sabia, que eu não bebo, não fumo, não tomo drogas, eu lhe disse isso no primeiro dia. Necessito minha cabeça limpa para pensar, para trabalhar.
Pelo que sei nesse tempo se manteve limpo, queria fazer um casamento por todo o alto, me neguei, só estive uma vez nessa mansão, queria que fossemos viver ali, eu acho um desperdício, quando chegou o verão queria ir para a casa de Los Hamptons, tampouco fui pois tenho que trabalhar. Não só é o meu ganha pão, como amo o que faço.
Sim eu sei, o senhor é muito respeitado no meio, já tinha essa informação, quando vim busca-lo de manhã.
Mas a que hora aconteceu isso?
Pelo que vimos aconteceu de madrugada, ninguém na festa viu nada, só quando o irmão apareceu na escada, com o revolver dando dois tiros no ar, mas estavam acostumado que ele fazia isso, realmente o teto esta cheio de buracos de bala.
Os conheci ao mesmo tempo, o irmão queria publicar um livro escrito por uma tia, muitas mentiras a respeito da família, dizendo que eram nobres essas besteiras Wasp.
Me neguei a publicar, ele chegou justo quando eu dizia isso ao irmão. Nesse dia me foi buscar para conversar, sem me dar conta, me apaixonei por ele. Mas me neguei a sair de minha casa, ir a qualquer festa com ele, tampouco proibi.
Pode ser que tenha visto no senhor um lugar seguro, para viver.
Sim viveu aqui comigo dois anos, estávamos bem, por isso não queria me casar. Mas ele era uma pessoa envolvente, nunca desistia de nada. Quando vi tinha me casado. Quando voltou a beber, drogar-se essas coisas, desaparecia, depois pedia desculpas. Mas cortei pelo sano, pedi o divórcio, disse que em sua família isso não acontecia. Lhe disse que não queria nada dele, só que me deixasse em paz. Acionei meu advogado, dei ordem que não entrasse mais aqui, troquei a fechadura da porta. Enfim, passei levar uma vida mais segregada do que levava antes.
Só assim podia ter paz para trabalhar.
As pessoas dizem que fui um privilegiado, mas para nada, primeiro sou filho adotivo, minha mãe, era uma pessoa fabulosa, nunca quis se casar, mas queria um filho, me viu num orfanato me adotou, da para perceber que não sou branco, sou um mulato claro. Mas a adorei com todas minhas forças, me deu um futuro. A única coisa que discuti com ela, foi que comprou ações da editora, para que me deixassem trabalhar lá, por isso tive que ser melhor que os outros, não ia deixar ninguém me pisar, me chamar de protegido.
Mas não sou o dono, vivíamos nesse apartamento, o reformei, pois precisava de lugar para meus livros.
Agora se me pergunta, me sinto perdido, eu o amava, acreditei nele, agora me sinto perdido, mais do que antes, quando tudo acabou. Se o visse agora, lhe daria uma surra, dessas que os pais davam antigamente nos filhos quando eram desobedientes.
O senhor me faz um favor, pois conhecendo meus amigos, dentro em breve todos vão querer vir aqui. Diga ao porteiro que eu não posso receber visitas, preciso ficar sozinho.
O inspetor lhe apertou a mão, depois passo para saber como está, meu nome é Duke Almagro, lhe deixo meu cartão se precisa falar com alguém.
Tirou toda roupa, entrou embaixo do chuveiro, ficou pelo menos meia hora ali. Tinha a sensação de que precisava limpar-se de toda essa merda.
Depois se sentou na mesa de trabalho, apoiou a cabeça nas mãos, algo lhe chamou a atenção num texto, começou a ler, acabou dormindo cansado, com a cabeça encostada na mesa.
Não sabia quanto tempo tinha estado ali, dormindo. Mas pelo menos se relaxou.
Pediu comida pelo telefone de noite, viu a quantidade de mensagens que tinha no celular, borrou tudo, não queria conforto de ninguém. Ia começar a comer, quando o inspetor Duke chegou outra vez. Trazia comida também. Se sentaram os dois na cozinha comendo em silencio.
Acredita que não acabamos de interrogar todo mundo que estava lá. A maioria tinha uma alta dose de drogas. Pela autopsia, ele morreu no ato, mas a alta concentração de drogas, estimulantes, além de esperma anal, a cama era uma verdadeira sujeira. Me perdoe contar isso, mas o senhor tem que saber, pois isso acaba nos jornais.
Pare de me chamar de senhor, meu nome é Henry, nada mais. Sim, creio que é bom saber tudo, assim não me assusto.
O advogado já me mandou um e-mail, dizendo que o enterro é amanhã. Mas nem sei se irei, não conheço toda a família, odeio essa coisa dos pêsames.
Queres que te leve?
Duke, porque estas fazendo tudo isso por mim, me achas culpado de alguma coisa, ou tem alguma coisa que não sei?
Não te lembras de mim, não é?
No momento, com minha cabeça como está, não.
Estivemos juntos no orfanato, dormíamos em camas pegadas, Henry o tonto te chamava, a mim me chamavam de Duke el chicano.
Agora sim, sorriu, claro, me lembro, chegamos no mesmo dia no orfanato, cada um de um lado, estávamos mortos de medo, você me deu a mão, entramos de mãos dadas. Mas você foi adotado antes, não é?
Sim fui adotado por um policial, que não tinha filhos, como era de ascendência mexicana, me adotou, foram uns pais maravilhosos para mim.
Quando fiquei maior, fui te procurar, queria saber quem tinha te adotado, quando vi aonde morava, pensei, ele está bem.
Ok, se podes amanha irei contigo ao enterro, é melhor estar com amigos. Mas aviso, ficarei afastado, não quero nada dessa gente.
Assim, foi, veio busca-lo cedo, ele se vestiu todo de negro, com uns óculos negros também, ficou afastado, tinha muita gente, mas ele não se aproximou de nenhum, na verdade não conhecia os outros.
Um senhor se aproximou, perguntando se ele queria dizer algumas palavras, disse que não, não conhecia essa gente. Sou o advogado do Richard, amanhã o senhor tem que ir a leitura do testamento, antes, enfiou a mão no bolso, isso ele deixou para o senhor. Mas é necessário ir a leitura do testamento, pois vocês se casaram com comunhão de bens.
Fez cara de surpresa, perdão, mas não sabia disso.
Lhe deu o cartão, disse a hora que devia estar, era perto de aonde trabalhava, pensava em voltar a trabalhar no dia seguinte. Iria depois disso.
Viu que todos iam embora, um senhor já maior, com uniforme de chofer se aproximou, dizendo, eu o conheci desde criança, o tempo que esteve com o senhor, foram os melhores de sua vida.
De uma pessoa simples ele podia entender.
Ficou de contar ao Duke, depois como sairia da leitura, depois nos falamos.
Ficou em casa trabalhando, falou com sua secretária, ela ia dizer algo, mas ele cortou, não diga nada, não suporto isso de pêsames, diga ao pessoal que nem se atreva.
Amanhã chego mais tarde que tenho que ir ao advogado, depois irei trabalhar.
No dia seguinte se arrumou como outro dia qualquer para ir trabalhar, antes passou no escritório do advogado, aquilo parecia um jardim zoológico. Se sentou nos fundos, mas o advogado foi busca-lo, o senhor é o viúvo, tem que estar na frente. Viu que a família toda o olhava com desprezo. Leu a carta que lhe entreguei ontem. Fez que não com a cabeça.
Sentou-se sem olhar a ninguém.
Ele leu as formalidades. Quando leu o testamento, só escutava murmúrios de raiva, ele não tinha entendido nada, só escutava arrastar de cadeiras, em seguida a sala ficava vazia. Perdão não entendi nada!
Ele deixou tudo para o senhor, pelos melhores anos da vida dele. Tudo que tinha no banco, bem como a renda do fideicomisso que tinha da família, a mansão, a casa da praia, tudo é seu.
Que vou fazer com essa merda.
O senhor faz uma coisa, coloque tudo a venda, quando estiver vendido me fala, como vamos distribuir esse dinheiro. Não quero nada.
Se alguém da família quiser comprar, posso vender para eles?
Me importa um caralho quem compre, desde que seja um preço de mercado. Depois darei uma parte ao orfanato aonde fui criado, obra da igreja que minha mãe ia. Depois resolvo isso.
Saiu dali tonto, o homem ainda correu atrás dele, com um envelope, aqui tem as contas de bancos, para saber quanto existe.
Estava furioso, como podia ter feito isso com ele, pensar que ele queria seu dinheiro. Não disse bom dia a ninguém, foi direto a sua sala, fechou a porta, chamou o Duke. Estou farto dessa merda que me meti. Contou para ele tudo. Já disse que uma parte vai para o orfanato de aonde saímos, vou distribuir o dinheiro dessa canalhada toda. Filhos da puta.
Posso passar por tua casa de noite?
Sim, pode, preciso falar com alguém, que me possa clarear a cabeça.
Sua secretária, abriu a porta, colocou a cabeça para dentro, lhe disse reunião da diretoria, tome um copo de água, pois as coisas por aqui andam quentes.
Entrou na sala, todos fizeram menção de lhe dar os pêsames, mas ele cortou rapidamente, não façam isso.
Bom qual o problema. Ele na verdade tinha uma ninharia de ações, seu voto não valia para nada, que não fosse decidir o que devia ser transformado em livro ou não.
Acabam de lançar uma OPA, para comprar a editora, vamos aceitar, pois estamos com o barco furado, os lucros são uma merda, preferimos ficar com o nome bem alto.
Ele perguntou e os funcionários?
Os que quiserem ficam, os outros podem fazer acordos para saírem.
Ok, eu vou embora, preciso de uns dias para refletir. Podem me considerar na rua.
Saiu, pediu a sua secretária que mandasse, chamar o Bradford, quando este chegou, a chamou também. Contou a situação, creio que montarei uma pequena editora, para fazer o que eu quiser. Já os aviso, se quiserem seguir trabalhando comigo, façam um acordo com a empresa, peçam para sair.
Os abraçou, lhe pediu para recolher as coisas que eram dele, bem como sua lista de escritores que ele representava, essa ele enfiou em sua pasta, por enquanto trabalharemos da minha casa ok.
Amanha os espero as 10 da manhã, tenho uma coisa para fazer antes.
Quando Duke chegou de noite, lhe contou tudo. Não abriste a carta?
Não tive coragem, porque se tem besteiras escritas, ficarei furioso, preciso ter a cabeça fria.
Amanhã preciso de um advogado para consultar, alguém honesto, em quem eu possa confiar.
Ele riu, eu sou advogado, mas quem ia querer um advogado mexicano, a não ser os das drogas por isso entrei na polícia. Posso tirar férias que tenho vencidas, como já entreguei o relatório do caso, estou livre.
Se abraçaram na hora da despedida.
Tens família Duke?
Só meus pais, estão velhos, mas firmes, falei de ti para eles, mandaram abraços para ti.
Então amanhã podes vir tomar café comigo, assim discutimos tudo isso, nem abri o envelope do banco, mas não quero fazer isso sozinho.
Sentou-se sozinho na sala, com a carta do Richard nas mãos, só pode dizer, filho da puta, eu te amei tanto, como pudeste fazer isso comigo.
As lagrimas caiam pela sua cara, sentia como se todas as portas estivessem fechando em sua volta, mas se lembro de sua mãe, quando ele sentia isso ela, dizia. Não importa, se fecham, meta o pé numa delas, que abre. Mas o fazia literalmente, levantava uma das pernas como dando uma patada na porta.
Acabou dormindo, ali no sofá, a carta escorregou ficando em pé em cima do tapete.
Não sabia quanto tempo ficou ali, despertou com um ruído, no andar de baixo. Se sentou no sofá recolheu a carta, vamos fazer isso de uma vez.
Perdão, era a primeira palavra, mas fiz merda, nunca consigo me livrar de minhas merdas, pensei que nunca mais depois de dois anos, pudesse recair outra vez nas drogas, mas não sou como tu, que tens uma fortaleza invejável.
Pensei que me escondendo atrás de ti, superaria qualquer coisa na minha vida inútil, mas nada deu certo, na empresa riem de mim, pois não entendo de nada, acabaram pedindo que eu fosse para casa, pois só faço merda.
Minha primeira recaída, fiquei furioso, pensou vou provar que posso fazer tudo que fazia depois sair como se nada. Mentira.
Mas já tinha estragado tudo contigo, sabia que não ias me perdoar, nunca encontrei ninguém como tu. Tinhas razão em não querer se casar, mas eu te amei, como nunca tinha amado ninguém, por isso deixo tudo para ti. Esses merdas que se fodam.
Me criticaram por ter casado com um mestiço, isso nunca me importou, dei o rabo para muito negro, quando estava totalmente drogado.
Mas me aceitaste assim com esse passado negro, nunca me perguntaste nada.
Sei que me querias, como eu te quis. Por isso aproveite faça alguma coisa boa com tudo isso que te deixo.
Um beijo imenso, não podia te dar o divórcio, pois ele não existe na minha família.
Mereces o melhor.
Richard.
Não irei mais te molestar, só saberás disso quando eu morra.
Soltou um grito tremendo, sentiu que ia arrebentar, filho da puta, podia estar com ele, levar uma vida normal. Ao mesmo instante se perguntou o que era normal, desde logo sua vida cotidiana de trabalho, não era a vida que Richard estava acostumado.
Tinha se escondido atrás dele, ou mesmo o tinha usado como uma balsa salva vida, por ter medo de encarar seu lado mais negro. Nunca saberia o que teria levado a isso. Pela rigidez que se comportavam todos, viviam de aparências.
Nessa noite dormir foi um desastre, até que acabou se levantando, tomou um banho, se sentou em frente a mesa, começou anotar coisas. Caiu dormido em cima do que estava escrevendo, que na verdade eram seus planos.
Escutou a campainha tocando, se levantou, espreguiçou, foi abrir a porta, nem se tocou que estava nu.
Isso lá são maneiras de receber teu advogado, Henry, que vou pensar, que estas te oferecendo.
Saiu correndo, voltou vestido, Duke já estava fazendo café, disse rindo, trouxe croissants, para tomarmos com café.
Mas tampouco precisava sair correndo, o máximo que iria fazer, era te jogar no chão te ensinar a fazer sexo direito. Tinha um sorriso de troça na cara.
Deixa de zombar de mim, dormi mal a noite, me levantei tomei banho, me coloquei a escrever tudo que queria falar contigo hoje.
Foram os dois com as canecas de café, o saco de croissant para o escritório. Sentaram-se na mesa, me diga tudo que pensaste, depois, voltamos atrás analisando cada coisa.
A primeira coisa é, quero que vás ao advogado da família, busque todos os papeis, tanto da mansão daqui, bem como da casa de Los Hamptons, pois não confio nesse homem, é capaz de querer vender a própria família por um preço mais baixo do mercado. Desconfio dessa gente como do diabo.
Segundo, devemos analisar o que existe no banco, não tenho ideia disso, não abri o envelope ainda.
O que quero fazer é o seguinte, primeiro, ontem sai da empresa, convidei minha secretária, bem como Bradford para virem trabalhar comigo, quero montar uma editora, seria, que faça livros que eu tenha orgulho de publicar.
Temos que encontrar um local para isso. Eu trouxe comigo a lista dos escritores que edito, o que necessito saber é se é honesto, tipo conectar com eles, dizendo que sai da empresa, que monto a minha própria. Mas claro vou escolher só alguns.
Temos que montar uma empresa, eu ficaria com 51%, o resto divido com quem queria trabalhar comigo. Não quero ser o dono absoluto de nada.
Quero um ritmo mais tranquilo, em que possa ter uma vida mais relaxada.
Da venda das casas, quero que uma parte seja para o orfanato, pois estão sempre precisando de dinheiro, todos anos, reservo uma parte para lá, isso minha mãe sempre fez. Depois vamos olhar aonde tem gente que precise de dinheiro. Vou gastar o dinheiro dessa gente em coisa realmente boa.
Que te parece?
Me parece genial, se fosse outra pessoa, estaria já de mala e cuia, se mudando para a mansão, mas sei que tu eres diferente.
Vamos abrir o envelope, antes que chegue o Richard e a Marie, eles sempre trabalharam comigo, assim posso ter gente de confiança em minha volta.
Quando abriram o envelope, viram que havia contas em mais de um banco, os saldos eram grandes, pois a maioria era dinheiro aplicado, tirando as festas ele não gastava muito dinheiro.
Olhando o extrato, Duke disse, ele tinha coragem de pagar com cartão aos das drogas, isso será um prato cheio para a polícia, tirarei uma cópia.
Mas era muito dinheiro, pois foram anotando, significavam muitos milhões, caralho, viu os depósitos do fideicomisso, era como se fosse um salário de um grande executivo, do qual ele gastava pouco, pelo visto transferia isso para as contas.
Outra coisa, disse que tenho direito a esse fideicomisso, se é assim, esse dinheiro dá para ir tocando a editora,
O resto, devo transferir para uma conta minha, ou abrir no próprio banco, preciso de um documento do advogado para isso não é, sei por que tive que fazer isso com o da minha mãe. Terei que procurar alguém que controle tudo isso. Alias você poderia fazer isso como advogado, cuidaria dos contratos dos escritores, além da parte contabilidade.
Quando chegaram os outros dois, estavam ali discutindo o que fazer. Fizeram mais café, sentaram-se todos a volta da grande mesa, os apresentou ao Duke, que já conheciam, pois tinha ido na editora investigar.
Explicou que Duke na verdade era um amigo seu de infância, vivemos juntos no orfanato, dai que nos conhecemos bem.
Ele será meu advogado. Como estão vocês com a empresa?
Esperando ouvir tua proposta, nos ofereceram para ficar, mas claro trabalhar contigo é outra coisa.
Contou o que tinha pensado em fazer, os dois disseram que não tinham dinheiro para montar a sociedade.
Sem problemas, eu tenho o dinheiro, a princípio será apertado, mas penso em só editar o que realmente gostamos.
Bradford, tu sempre estas reclamando, que tem que ter um pé fora do círculo, pois alguém te obriga a publicar o que não queres. Isso acabaria, farias o meu papel, trabalharíamos juntos lado a lado, contratarias, uma ou duas pessoas como leitoras, mas pessoas que confies tu, de principio Marie iria controlar o escritório, precisamos de gente de confiança para controlar as empresas que imprimem, encadernem, o Duke, além de administrar os contratos, ficaria com o controle de gastos.
Cada um pode ter não mais de dois funcionários a princípio. Agora o mais importante, nada mais de trabalhar aos sábados, domingos, precisamos de tempo para nossas vidas.
Minha ideia é que eu teria 51% das ações, o resto dividido entre os três. O que acham, já estavam rindo antes. Trato feito.
Ele repetiu o que já tinha falado com o Duke, o dinheiro dessa gente finalmente servira para algo útil.
Só vamos fazer livros que sejam bons. Quero também entrar num mercado novo, livros através da informática, esse era o problema da editora, estava defasada, muita gente hoje não lê os livros em papel.
Agora temos que procurar um local, pois não quero nada aqui na minha casa.
Por enquanto nos reunimos aqui, mas depois temos que ter um local.
Marie disse que sabia de um em frente a outra editora, o espaço é menor, mas vi pela janela que o reformaram inteiro, vou bisbilhotar, depois aviso.
Bradford, que não parava de anotar, já tenho as pessoas, creio que basta telefonar, elas aceitaram.
O Duke precisa dos documentos de todos, para montarmos a empresa. Estava tão empolgado com tudo, que por pouco se esquecia do Richard.
Vamos chamar a editora, de Stone, se não existe outra com esse nome, uma homenagem ao homem que está fazendo com que isso seja possível, o Richard.
As coisas começaram a correr, ao mesmo tempo que recebeu uma chamada de uma pessoa da família, perguntando pelas joias.
Joias, eu não sei nada de joias, falem com o advogado do Richard, nem tenho ideia do assunto.
Caso existam, nos gostaria comprar essa parte, bem como a mansão.
Tudo isso vocês deverão falar com meu advogado, o senhor Duke Almagro, ele sabe que as casas serão vendidas, o dinheiro ira para um orfanato e beneficência.
As casas estão fechadas, o advogado tinha mandado fazer uma avaliação de tudo que tinha dentro, a maioria eram quadros que de valor não tinham muita coisa, mas os moveis sim.
Duke ficou sabendo através do advogado, já que não estava mais no caso, que o irmão estava em dificuldades financeiras, para pagar um advogado bom. Estava internado num hospital, os outros parentes não querem o ajudar.
Contrate um criminalista bom para ele, creio que ele não é muito certo da cabeça, mas não quero de maneira nenhuma estar envolvido nisso.
Realmente num dos bancos tinham uma caixa de segurança, cheia de joias da família.
Mandou tudo para um especialista, riram muito pois descobriram que a maioria eram falsas, essas entregaram a família. O resto colocaram a venda. Se queriam comprar, teriam que pagar o preço do mercado.
O que tinha telefonado já tinha feito contato, queria pagar um preço baixo, mas a estas alturas, Duke já tinha contatado um agente imobiliário da zona que lhe devia favores, sabia o preço justo. Disse que teriam que negociar com a imobiliária.
Bradford, de gozação disse que ele deveria manter Los Hamptons para fazer uma grandes festas. Mas disse isso rindo.
Foram ver os 4 o local que Marie tinha falado, gostaram. Só duas salas seriam fechadas, a de reuniões, é a que usariam para atender os escritores, o resto seria tudo aberto.
Bradford, já tinha feito contato com as impressoras de livros, a maioria o conhecia, então bastava mover.
Contrataram uma empresa para comprar os moveis, eram todos iguais, sem distinção de chefe, mesmo para ele, na sala de atender os escritores, uma mesa como as que tinha em casa.
Ao mesmo tempo, foram fazendo contatos com os escritores, Bradford, colocou um cartaz nos cursos de escritura, nas faculdades de filologia, falando de novos escritores, como deviam mandar os textos.
Todos estavam trabalhando a pleno vapor, se mudaram para o escritório novo, pode por fim recuperar sua casa.
Duke disse que ia sentir falta de estar lá, talvez por inveja, nunca tive uma casa minha, meus pais, sempre vieram em primeiro lugar.
Falar nisso, querem organizar uma festa em sua casa, para comemorar nosso novo negócio, mas aconselho que venhas comigo até lá, para que não façam uma festa tipicamente mexicana com gente saindo pelas janelas.
Henry foi num final de semana com o Duke, se sentia a vontade com ele, podiam conversar qualquer assunto.
No carro foi lhe perguntando se nunca tinha tido um relacionamento sério.
Queres me explicar como? Um policial, agarrado a família, o que já por si só gera muita gozação, na minha idade viver com meus pais. Ainda por cima gay.
Não sabia que eras gay. Nunca falamos nisso.
Bom essa é a verdade, não pensava ser grosseiro contigo.
Mas a verdade é que sou aquela pessoa, que vai para cama com alguém, não me relaxo, saio correndo em seguida, antes mesmo que me convidem para dormir. Uns dizem que pareço uma ratazana, que foge depois do coito. Mas é uma verdade.
Nunca amaste ninguém?
Além de ti, não. Tinha consciência embora fossemos crianças, que te queria. Te procurei muito, mas quando vi como vivia, pensei, nada para o meu bico.
Pois te enganaste, vivíamos muito simplesmente, minha mãe não gostava de luxos, veja o apartamento como é tirado a fachada o edifício, a localização, tudo dentro de casa sempre foi normal. Nunca tivemos empregados, ela mesma fazia a limpeza, cozinhava, fazia tudo.
Dizia que uma pessoa ociosa era um merda para a sociedade. Tinha maneiras muito particulares de se expressar, contou como era quando dizia o da porta fechada.
Sempre te animava seguir em frente, dizia se ficássemos olhando para trás era mais difícil seguir em frente. Procuro seguir seus exemplos, seriamente.
Foi uma comida em família, sabia que o estavam examinando, quando sem querer soltou que os dois tinham entrado no mesmo dia no orfanato. A mãe ficou olhando para ele. O raro é que nos olhamos, os dois com medo, em frente a porta tinha um espelho grande, até hoje quando me lembro imagino isso, dois garotos sem eira nem beira, de mãos dadas entrando por aquela porta, até vocês o adotarem, foi meu companheiro, único amigo. Fui adotado logo em seguida, minha mãe era uma pessoa especial.
Duke, contou o que ele tinha falado da sua mãe.
Ela tem uma irmã ainda viva, essa é o extremo oposto de minha mãe, vive de chás de caridade, enterros, igreja, mas no fundo não faz nada por ninguém.
Quando soube que tinha me casado com um homem, deixou de falar comigo. O que no fundo me veio bem, não aguento tanta besteira.
Minha mãe era uma mulher diferente, no enterro dela, fiquei surpreso com a quantidade de gente que não conhecia, inclusive gente da rua que ela ajudava. Eu segui fazendo o mesmo, sempre tinha uma palavra para qualquer pessoa, para dar força.
Pois é escutávamos falar de ti, pelo Duke, nunca deixou de pensar em ti. Estudou, poderia ter sido alguém se não fosse essa besteira da sociedade, dele ser e ter seus pais mexicanos.
Sempre nos ajudou quando começou a trabalhar.
Quem perguntou foi o pai, ele nos disse que vais abrir uma editora, que distribuiu uma parte entre ele, mais dois sócios?
Sim é verdade, contou do dinheiro, o senhor não acha que o dinheiro dessa gente ociosa deve servir para alguma coisa. O orfanato os meninos sempre precisam de roupa, comida, eu dou dinheiro todos os anos, mas nunca é o suficiente, com uma parte, as freiras poderão se relaxar um pouco.
Quero que esses meninos possam estudar, como nos dois pudemos. Alguns não são adotados, tudo que podem fazer é ou entram para o exército, para serem balas de canhão, pois ninguém se interessa por eles, ou traficantes de drogas.
Se espantou quando Manuel o pai do Duke, colocou a mão sobre a sua. Gosto da ideia. Nos também sempre ajudamos, pois nos deram um filho maravilhoso.
Vamos falar de coisas alegres, vamos falar da festa, faremos um churrasco mexicano.
Olha senhor Manuel, não sou muito de festa, muita gente me assusta, o Duke sabe disso, mas confio nos senhores. Posso convidar os outros sócios.
Claro que sim, deixe tudo por nossa conta.
No sábado foram a festa, para surpresa de Henry, quem estava era a irmã Giovana, ou Giovi como a chamavam de criança, lhe fez a maior festa. Ficaram sentados lado a lado conversando, o maior prazer era se lembrar de coisas da infância. Irmã Giovi, reconhecia que tinha um pecado a gula, pois além de muito alta, era gorda, mas quando eles passavam por ela, tirava do bolso dois biscoitos um para cada um, depois colocava a um dedo na frente da boca, fazendo sinal de silencio. Isso era um grande segredo, até que descobriram que fazia isso com todos os meninos que cuidava.
Estavam rindo muito dessa época, quando se aproximou um garoto em cadeira de rodas, meu novo protegido disse ela, Jesse, venha aqui conhecer o Henry, esteve lá no orfanato também, o garoto o olhava com adoração, a irmã sempre fala em vocês dois, diz que um dia vou ter a sorte que tiveram vocês dois. Mas quem vai querer um garoto em cadeira de rodas. Alguém o veio buscar para comer.
Não tem solução seu problema?
Tem, ele levou uma surra do seu padrasto, caiu por uma escada, lesionou a coluna, depois o deixaram na porta do orfanato, evidentemente só pudemos fazer o essencial. Tu sabes que só temos uma pessoa, uma enfermeira, só contamos com hospitais públicos, nenhum se interessa em fazer nenhuma operação.
Acredito que o orfanato devia ter um serviço médico, Duke passava por ali, o agarrou, sente-se aqui um momento, estou falando com a irmã Giovi, que o orfanato devia ter um serviço médico, não achas?
Claro que sim, um médico, enfermeira, dentista, tudo que os meninos precisam, verdade.
Vocês dois estão fora da realidade, mal recolhemos roupas, para esses meninos, comida, contamos com ajuda, vocês dois são dos poucos que ajudam todos esses anos. Mas precisamos de muito dinheiro.
Sabe irmã, disse Henry, tenho um amigo muito rico, vou falar com ele, quem sabe.
Seria o máximo, um médico que visite o orfanato pelo menos três vezes por semana já seria alguma coisa. Dentista, esse ficaria louco com as bocas que temos.
Bradford, vinha empurrando a cadeira de rodas do Jesse, sabem da maior, ele me disse que escreve história, as desenha ao mesmo tempo, vamos recolher uma em sua mochila, verdade amigo. Bradford tinha uma facilidade incrível para falar com as pessoas, se relacionava bem com todo mundo. Os escritores eram capazes de lhe contar as coisas mais intimas, para ele, mas tinha uma vantagem, nunca comentava nada com ninguém.
Voltaram, sentou-se ao lado deles, começou a ver um caderno. Sua cara era de concentração total, isso se sabia quando tinha alguma coisa que lhe interessava.
Mas essa historia precisa de continuação. Jesse rindo bateu na sua cabeça, disse que estava tudo ali, mas que seu caderno tinha terminado. Teria que esperar quando sobrasse algum no orfanato para ele desenhar.
Bradford passou o caderno para o Henry, dê uma olhada, isso seria genial, para atingirmos um publico jovem. Quanto anos tens Jesse?
Sou velho tenho 12 anos, mas nunca ninguém quer me adotar.
Vou deixar você aqui com o pessoal, já volto. O viram falando com um jovem dali, saíram rapidamente, em que vai se meter esse perguntou o Henry.
Segunda-feira, tenho a manha livre, Duke, podemos ir no orfanato, fazer uma lista do que precisam para pedir ao nosso amigo rico.
Jesse ficou ali ao seu lado, o senhor gostou do que eu faço.
Sim muito, mas se o Bradford gostou eu tenho certeza de que serás bom com esse livro.
Daqui a pouco o Bradford, apareceu com um pacote, cheio de cadernos, lápis, lápis de cor, tudo para ele, o garoto, chorou de emoção, agradeceu muito. Prometo colocar tudo que tenho na cabeça nessa história, agora já de brincadeira perguntou, com final feliz como nos filmes, ou a realidade.
Bradford muito sério respondeu, a realidade é o que faz as pessoas enfrentando a vida.
Bradford, lhe arrastou Henry pela manga, não conheces nenhum amigo teu médico, que seja especialista em problemas de coluna?
Espera, tenho um amigo que é uma enciclopédia, em se tratando da profissão dos amigos, me deixa perguntar para ele.
Estavam comendo a sobremesa, quando seu celular tocou, falou com a pessoa, fez sinal positivo para o Henry. Essa agora vai ser difícil, me fez lembrar que tive um romance com um médico, só que estraguei tudo, no dia seguinte sai de fininho, o sujeito não gostou, mas mesmo assim vou falar com ele.
No caminho de volta, ele perguntou ao Duke, em que pé estavam a venda das joias.
Bom mandei avaliar na Soteby’s, me deram o valor, a colocaram para venda dentro de pouco.
Qual o valor mais ou menos, daria para montar um ambulatório no orfanato?
Daria inclusive para pagar durante muito tempo um médico, enfermeira além do dentista, isso tenho certeza.
Vamos fazer o seguinte, tiramos isso do dinheiro que está no banco, depois repomos com a venda. Quando chegou em casa, disse foi ótimo reencontrar a irmã Giovi, minha mãe tinha verdadeira paixão por ela, quando alguém falava que não tinha filhos, ela dizia que devia visitar a irmã Giovi.
Quando você foi embora, eu fiquei chateado, para não dizer deprimido, um dia estava sentado no jardim, agora não tinha com quem jogar, quando uma senhora linda, apareceu, se sentou ao meu lado começou a conversar comigo, perguntar o que eu gostava, acabou virando minha mãe, os dois gostávamos de livros, isso foi o fio que nos uniu.
Então sentiste falta de mim?
Sempre, durante muitos anos, conversei contigo no meu quarto, arrumei um boneco, então parecia que estava falando com ele, mas na verdade estava jogando contigo.
Alias meu primeiro namorado se parecia contigo.
Caralho vou ficar com ciúmes, não preferes um ao vivo.
Estavam no elevador quando falavam nisso, ficaram um olhando ao outro, quando o elevador, chegou no andar que ele morava.
Entras, tinha trazido algumas sobras da festa, cortesia da mãe do Duke.
Vou deixar essas coisas na cozinha, depois me piro, estava arrependido de ter falado dos seus sentimentos. Mas desde que tinham se encontrado, tinha começado a amar seu amigo de infância, sabia que ele estava num momento complicado, podia não ser bom momento.
Estava distraído, quando Henry, o cercou, continuamos com nossa conversa. Mas já o beijando, fique comigo essa noite.
Posso ficar Henry, mas temos que pensar seriamente nisso, não sou uma pessoa de aventuras, quero que tenhas certeza de que me queres em tua vida. Não quero ter que sair de fininho amanhã, por isso é melhor pensar muito antes de tomar qualquer caminho. Pode estragar tudo que estamos construindo.
Se sentaram na sala, Henry sorriu tristemente, é que estas sempre presente em minha vida, mas tens razão ainda não sei o que quero, tudo isso me deixou confuso, posso estar misturando as estações, mas adorei beijar-te.
Duke foi embora, depois de abraçar o seu amigo, saiu excitado do apartamento, mas ele era assim, talvez por isso estava sozinho, era muito sério.
O namorado que tinha durado mais tempo, disse que ele apesar de jovem, parecia um velho, ele entendia isso, mas tinha como modelo o relacionamento de seus pais, acreditava num amor duradouro. Queria isso para ele.
Sabia que nesse momento representaria a tabua de salvação de Henry, isso seria horrível, ter alguém dependente dele.
Parou o carro estava confuso com seu próprio antagonismo. Será que amor justamente não era isso, apoiar alguém a quem amava. Mas claro iria ter sempre a dúvida que a recíproca era verdadeira. Conhecia muita gente que rompia com uma pessoa, simplesmente a substituía por outra, mas não resolvia seus problemas.
Preferia preservar a amizade que tinha por ele a criar barreiras. Tinha uma nova oportunidade em sua vida, queria aproveitar.
Quando chegou em casa telefonou para Henry, pediu desculpas de ter saído de fininho, falou tudo o que tinha pensado. Henry concordou, creio que isso iria acontecer, também prefiro ir devagar. Estou aqui trabalhando, estou com o livro do garoto na cabeça. Pode ser interessante como pensou o Bradford, estarmos abertos a coisas novas.
Segunda-feira foram ao orfanato, conversaram com a chefa de todas, bem como a irmã Giovi, afinal era ela o elo deles com tudo.
Vamos trazer um engenheiro ou arquiteto, temos que ver um espaço disponível, para fazer a clínica ou como se chame, vamos contratar um médico, uma ajudante, além do dentista, assim os garotos ficam cobertos. Já falei com minha secretária, ela é excelente resolvendo os problemas.
Quanto ao Jesse, Bradford, esta localizando um especialista para examina-lo, a fundação de dirigimos, cuidara dos gastos todos. Ok
Ah se todos que saíram daqui fossem iguais a vocês. Eles sabiam que isso era um mantra que elas usavam com todos que ajudavam. Mas dava igual.
Jesse, lhes entregou mais um caderno para passarem para o Bradford, agora ele tinha cores para colocar no desenho, seguia desenvolvendo a história com texto, que completavam o desenho.
Quando chegaram no escritório, Marie, ria, essa historia dos cartazes nos cursos de escritura criativa, tiveram efeito, olha a mesa do centro. Tem um rapaz te esperando, na sala de reuniões, disse que você o conhece.
Era um dos sobrinhos do Richard, que ele tinha conhecido num encontro na rua. Se via que estava nervoso. Lhe apertou a mão, desculpe, mas não me lembro seu nome, Robert Brakstone, mas todo mundo me conhece por Bob Brak.
Ninguém sabe que estou aqui, mas queria conversar contigo, estou fazendo um curso escondido da minha família, vi o cartaz, quando cheguei aqui para trazer o texto que escrevi, imaginei que você esta fazendo algo teu. Gostaria de saber se eu poderia trabalhar aqui em alguma coisa, não suporto essa vida vazia que leva minha família. Estou terminando a faculdade de filologia, fazendo esse curso ao mesmo tempo. Escrevo desde criança.
No momento, estamos abrindo para tudo, vou te passar para meu braço direito, não diga quem es, se apresente somente com esse nome, Bob Brak, explique que gostarias de trabalhar, não fale nada a respeito de tua família ok.
Fique aqui, já o vou trazer para conversar contigo. Vá até a mesa, busque teu texto, assim mostra para ele.
Voltou com o Bradford, lhe apresentou o rapaz, este estendeu a mão muito tímido, começaram a conversar, ele foi para sua mesa. Como sempre que mergulhava em alguma coisa, estava ali analisando, tudo que queriam fazer, tinha marcado um encontro com um grupo de representantes de livrarias, queria apresentar as ideias deles, sabia que o melhor que fazia era deixar Bradford expor a questão, desenvolver a ideia, ele era ótimo nisso, ele faria a abertura, passaria para ele desenvolver a ideia.
Viu que ele saia da sala, que o rapaz sorria feliz, lhe abanou a mão, o escutou dizer, amanhã as 9 esteja aqui, aquela mesa pode ser tua. Era uma mesa ao lado dele.
Veio até a sua mesa, disse, está cru, mas tem uma vantagem, é aberto, conhece literatura profundamente, parece que passou sua vida inteira fechado num quarto lendo. Vamos ver se o posso doutrinar. Lhe dei o primeiro caderno do garoto para ele, achou sensacional, inclusive sugeriu como podemos editar. Gostei da ideia.
Olhe, te mandou outro, disse que já tem o terceiro em execução. Falaste com o médico?
Me chamou de filho da puta para baixo, lhe expliquei a situação, me disse que o levasse até lá, amanhã, tens o telefone do orfanato, para falar com a irmã, estou literalmente vidrado com a cabeça desse garoto. Ficou rindo, o mais interessante, que o Médico, é uma pessoa que ficou na minha cabeça, mas naquele momento, não estava preparado, seria como substituir um namorado por outro, preferi guardar distância, devia ter dito isso a ele. Saia de um relacionamento daqueles que pensas que a pessoa te quer, mas nada, achava que eu tinha dinheiro, quando descobriu que eu apesar do meu nome era um pobre assalariado, caiu fora.
Veio depois contar que estava tudo combinado, amanhã, deixarei que Marie explique ao Bob, como trabalhar, tem muito texto para ler. Terei que arrumar mais uma pessoa.
Marie antes de sair, lhe mostrou a mesa, estou fazendo uma coisa, terei que contratar uma pessoa, para fazer isso, receber o texto, criar no computador um número com os dados do autor, todo inerente.
Mas como o Bradford, prefiro uma pessoa sem experiencia a quem eu possa ensinar como quero que trabalhe. Achas que estou certa?
Marie, o departamento é teu, faça como achar melhor, sabe aquele chefe chato que tinha, acho que desapareceu no mapa.
Foi para casa, sabia que Duke tinha estado trabalhando, mas não tinham conversado, ele tinha saído para resolver coisas com o advogado, não tinha voltado.
Em casa tomou um banho, estava lendo um texto de um bom escritor, já tinha editado dois livros dele, esse estava difícil de se concentrar, era daqueles, que as vezes é difícil passar da 10 página, pois o começo é descritivo demais. Anotou de chama-lo para conhecer a nova editora, falar com ele para revisar isso. Acreditava que seus livros anteriores era mais interessantes, devia estar com crise de criatividade. Tinha assinado um contrato com a editora anterior, que o obrigava a ter um livro por ano. Achava isso uma merda, já tinham conversado a respeito, podia ser que estivessem errado, que o seguinte, outra editora se interessasse antes, mas era um risco a correr, porque normalmente o segundo livro, sempre era uma merda.
Estava anotando uma série de coisas, quando chamaram na porta, era seu fiel escudeiro Duke, não te vi a tarde inteira.
Estive com esse puto advogado, ele quer me forçar a vender a mansão para a família, por um preço baixo, o escutei bem, mas lhe disse na cara, que já estava em mãos de uma imobiliária, pedi as chaves da mansão me disse que estava com a família. Que estavam fazendo um inventario da casa.
Ele não sabia que eu era policial, lhe disse que ia acionar a polícia rapidamente, fui com ela até lá expulsei todo mundo, estavam separando coisas para levar. Fechei a casa, peguei a chave, o que estava comandando a família é um idiota, queria dar dinheiro a polícia para fazer vista gorda.
Mandei lacrar todas as portas, para não levarem nada.
Já comeste alguma coisa? Eu estou morto de fome, que tal sairmos para jantar, acabo de ler o começo de um livro maçante, um bom escritor, creio que tem problema do famoso segundo livro.
Pegou uma jaqueta, foram saindo, conversando, o levou a um restaurante que as vezes ia jantar com os amigos. Estes estavam lá. Os apresentou ao Duke, contou que no meio da confusão toda tinha encontrado um amigo da infância dele. Estamos colocando as notícias em dia, outro dia comemos juntos.
Um deles soltou, não é porque agora estas milionário, que vai esquecer dos teus amigos não é.
Respondeu, desculpa, mas sou um milionário que trabalha muito.
Sentaram-se numa mesa ao fundo do restaurante, lhe contou a mania que tinha, com isso, ficaram rindo.
Bom voltando ao assunto que estava falando, temos que pensar no que já conversamos a respeito dos contratos, sei que alguns escritores ficam ansiosos por estes contratos, pois dependem do adiantamento que a editora possa lhe dar, para aguentar mais um ano só escrevendo, creio que devemos analisar os casos. Pois a maioria acaba como este, não consegue seguir em frente, pior, as editoras publicam um segundo livro que normalmente é um fracasso.
Ele ia anotando o que ele ia falando, enquanto comiam. Do grupo de amigos, um deles era o mais próximo a ele, veio se despedir, desculpa o comentário, foi fora de lugar.
Apertou a mão do Duke, ficou olhando para ele, já sei quem eres, uma vez a muito tempo atrás nos conhecemos num cinema. Estivemos juntos, mas quando me dei conta tinhas desaparecido.
Sim é verdade, não foi um bom momento.
Eu entendo, as vezes acontece comigo o mesmo, esperamos uma coisa, a pessoa vai em outra direção. Mas se eres amigo do Henry, desde infância, sinal que deves ser uma pessoa boa.
Nos vemos por aí.
Uau, descobrindo o lado escuro do meu amigo Duke.
Na verdade, não aconteceu nada, nos conhecemos no cinema, começamos a comentar o filme, saímos para tomar uma cerveja, quando ele foi ao banheiro eu fui embora, como ele mesmo disse não era o momento, estava chateado com uma série de coisas.
Caramba, as vezes te vejo fechado demais em ti mesmo, nunca colocas para fora teus sentimentos.
Só contigo consigo falar, o que aconteceu, foi que estava estudando direito, conheci um rapaz que não me era estranho, estivemos juntos umas quantas vezes, depois fui descobrir que era namorado de uma sobrinha de minha mãe, mas ele sabia quem eu era.
Me colocou numa situação difícil, pois numa festa na casa dos meus pais, apareceu com ele, quis fazer sexo no meu quarto. Isso lhe excitava. O mandei a merda. Ameaçou contar para ela, eu saí na frente, contei tudo a ela, ficou furiosa, explodiu na frente de todo mundo. Por isso a festa lá em casa não tinha tanta gente, são preconceituosos, imagina um chicano fazendo sexo com outro homem.
Saíram caminhando, falando dos fracassos sentimentais de cada um, como se isso fosse uma maneira de se conhecerem.
Porque não vens viver aqui comigo, tem um quarto, o que era meu, já dormiste nele outro dia, assim evita de ires para tão longe.
Não quero ver você trazer outra pessoa para casa, isso acabaria comigo, não estou preparado para encarar que tens direito a recomeçar a vida com qualquer pessoa.
Acho que me entendeste mal outro dia, realmente queria fazer sexo contigo, não como tabua de salvação, mas por medo de te perder outra vez.
Mas respeito tua decisão, vamos ir devagar ok. Contou o do Bradford, que ia levar o garoto junto com a irmã Giovi ao médico no dia seguinte. Precisamos ver como vamos fazer com o ambulatório.
Ah como tenho as chaves inclusive da casa de Los Hamptons, o da imobiliária diz que lá é fácil de vender. Nunca foste até lá?
Não, porque sabia como eram essas festas, depois meu casamento com ele já estava acabado, não queria ver o pior.
Pode ser que me arrependa, mas não gosto desses lugares assim, em que as pessoas estão fazendo pose o tempo todo.
Duke riu dizendo que uma vez tinha ido com um namorado, a Fire Island, me dei mal, encontrei um conhecido da academia de polícia. Mas gosto mais dali, tem umas casas fantásticas, eu aproveitei muito a praia.
Eu imagino, ficaste se exibindo para todo mundo, dizia isso rindo, se tivéssemos alguma coisa, eu ia te prender nos pés da cama.
Se despediram como sempre, amanhã nos vemos no escritório.
Subiu pensando nisso, realmente no outro dia, tinha vontade de fazer sexo com ele, mas havia que esperar para não ser só uma noite, disse para si mesmo, foste com pressa com o Richard olha o que aconteceu.
Era uma verdade, tinha sido tudo por instinto, se parasse para pensar, não tinham nada em comum, a não ser o sexo. Quando o resto foi posto a prova, ele preferiu defender sua vida, do que o relacionamento de sexo.
Eu também tenho culpa do relacionamento não ter dado certo, eu sempre tão metido no meu trabalho, não percebi que ele talvez necessitasse de atenção. Não vi os indícios que ele estava de novo nas drogas.
Foi olhar a gaveta que ele usava no banheiro, encontrou um plástico com cocaína, jogou rapidamente na privada, além de dois cigarros de Canabis, disse merda, aproveitou tirou tudo da gaveta, colocou numa bolsa, para colocar no lixo. Encontrou uma caixa no fundo, com um anel, muito masculino. Olhou dentro, era uma joia de família, a daria ao Bob, assim ele teria uma coisa do tio. Mas ao colocar a gaveta outra vez para dentro não entrava, a retirou completamente, embaixo tinha mais cocaína, presa com fita adesiva. Filho da puta, imaginou a polícia entrando na sua casa, examinando isso. Deu uma olhada na outra gaveta, examinou todo o banheiro, bem como um troço do armário que ele usava. Quando ele tinha estado a última vez, tinha levado suas coisas dali. Que lastima pensou, precisar disso para viver, para ter emoções. Será que tinha feito sexo com ele, com a cabeça cheia de cocaína, as últimas vezes, as vezes era agressivo. Jogou tudo na privada, deu uma boa descarga, repetiu várias vezes.
Foi para cama, furioso, mas estava cansado, desmaiou afinal. Não foi uma noite agradável, sim cheia de pesadelos, principalmente se lembrando das últimas vezes que tinha estado juntos, a ânsia que ele tinha de sexo. Queria sempre mais, ele achava que era porque o amava, agora sabia que era por vicio. Despertou molhado de suor, tomou um banho, abriu a janela, ficou olhando a noite. Como fui tão idiota pensou.
No dia seguinte, Bob Brak, apareceu com uma cara de fazer gosto, num primeiro momento hesitou em entrar, desculpe, fiquei sabendo o que aconteceu ontem, meu pai, sempre o primeiro em criar confusões. Discuti com ele, acabei indo dormir na casa de um colega de faculdade. Ainda me soltou na cara, que sou um viado como meu tio, louco por um caralho no cu, desculpe, mas nunca me senti tão ofendido com tudo isso. Vou arrumar um lugar pequeno para morar, não suporto mais a família.
Vamos te ajudar, olha ontem encontrei esse anel, devia ser de teu tio, porque não ficas com ele, até podes vender, para arrumar o apartamento. Se precisas de dinheiro, posso te adiantar alguma coisa.
Meu amigo disse que posso ficar uns dias com ele, pois seu companheiro está viajando, mas vou ver se vale muito esse anel, pode ser que o use para isso.
Foi almoçar com Duke, Marie, Bradford chegou justo quando iam pedir a comida, tinha um sorriso na cara. Há possibilidades, o meu conhecido vai completar todos os exames, ele ficou no hospital com a irmã Giovi, depois voltarei até lá para lhe levar cadernos, lápis. Estou literalmente encantado com esse garoto, era o filho que gostaria de ter.
Não seja por isso, pense em adota-lo.
Tenho medo, de não ser um bom pai, imagina fui um filho da puta a vida inteira, não tenho boas coisas para ensinar a uma criança.
Deixe de besteira homem, soltou Duke, garanto que serias um pai fenomenal.
Quando saíram do restaurante, deram uma corrida até o hospital que não estava longe, Jesse, sorriu de orelha a orelha, estava feliz, ele foi com Duke, além do Bradford falar com o médico, disse que se responsabilizava por todas as despesas.
O médico sorria, ok, mas tenho que agradecer ao garoto, fez certa pessoa que foge no meio da noite, voltar.
Foram trabalhar, Bradford avisou que ia sair mais cedo, para ir em casa, tomar um banho, trocar de roupa para ficar no hospital com o garoto. Assim a irmã pode descansar também.
Bradford, no dia seguinte confessou que nunca tinha se imaginado fazendo isso, ficar cuidando de alguém, o bom foi que o médico apareceu antes de ir embora, conversamos mais.
Os exames são positivos, fiquei sabendo da historia real dele, é uma lastima. Nos primeiros meses terá que fazer fisioterapia no hospital, mas pode ficar em minha casa.
Ele ria da cara dele, fale com a irmã que queres adotar, afinal não eres um homem de ir pelas discotecas todas as noites, não te metes em drogas nada no gênero.
Converse com a Marie, ela sempre tem uma cabeça ótima para isso. Outra coisa como vai o Bob Brak?
Olha excelente aquisição, entendeu como é o trabalho, me apresentou uma análise de um texto que deixei para ele dar uma olhada, vou te passar?
Falar em texto, comentou do autor, que tinha lido na noite anterior, creio que está com a síndrome do segundo livro. Deixei o mesmo na tua mesa, para dares uma olhada, ok
Pegou o texto que o Bob tinha analisado, foi vendo suas anotações, para um jovem até que tinha uma cabeça madura. Olhou os dados da pessoa que tinha escrito, era um rapaz de 16 anos, levou o texto para casa, leu, concordou com todas as anotações do Bob, tinha um bom olho.
No dia seguinte, chamou o Bradford, achei interessante, a partir que é de um rapaz de 16, anos, vamos fazer uma experiencia, manda ele chamar o rapaz, vamos ver como ele conversa com o mesmo, tu o orientas como tem que ser a coisa.
Como vai o livro do Jesse, dormiste a noite no hospital. O operam hoje no final do dia, quero estar lá, ok.
Sim eu irei na hora que saia daqui, creio que o Duke também. No dia anterior não tinham estados juntos.
Na hora do almoço, Bob veio falar com ele, mandei avaliar o anel, vale uma fortuna, não posso ficar com ele, eles vão descobrir, porque o joalheiro é conhecido da família, se isso chega na rua, vai dar no que falar.
Quer ver uma coisa, me diga aonde é o joalheiro, me dê a caixa do anel, vou lá tento vender, para saber o que ele diz.
Ficas aqui no restaurante, depois volto. Entrou na joalheria, explicou quem era, meu marido me deu esse anel de presente, mas eu não uso joias, gostaria de vender, queria uma avaliação, bem como vender o mesmo. Acha que tem algum problema?
Não, sei que o senhor é seu viúvo, portanto natural que esteja em seu poder o mesmo, se ele lhe deu de presente mais ainda. Consultou, disse o valor, que era muito superior ao que quem tinha avaliado para o rapaz tinha dito.
Podemos fazer duas coisas, eu posso desmontar a peça, lhe compro o diamante que esta nela, que vale, disse um valor superior.
Muito bem, pode me dar um recibo disso, com o ouro do anel o senhor pode fazer uma cruz?
Simples sem muito exagero ok. O valor da pedra o senhor deposita na minha conta, lhe deu o número da conta. Saiu sorrindo do joalheiro, atravessou a rua, sentou-se no restaurante com o Bob, estas rico garoto, lhe estendeu a nota do homem, ele vai depositar na minha conta, assim não te envolve. Comprou a pedra de volta, vai fazer uma cruz com o ouro. Mas tudo será teu, depois te dou um cheque, tens conta num banco?
Não, antes tinha do meu pai, um cartão de crédito com um limite para gastar, mas ele suspendeu quando sai de casa, como uma maneira de me forçar a voltar.
Fales com a Marie, no final do mês terão que te depositar dinheiro do teu salário, abra uma conta com esse cheque, mas aprenda a administrar esse dinheiro, pode render bastante, busque um apartamento jeitoso para uma pessoa. Marie é a pessoa indicada, diga que procuras um apartamento pequeno para viver, ela vai conseguir, sempre consegue tudo.
Por que estás me ajudando assim?
Teu tio, reclamava da família, de como tinha sido criado, mas não fez nada para escapar dela, construir sua vida, talvez nos dois anos que viveu comigo sim, mas fora isso não. Tudo isso o destruiu, acredito que queres outra vida, pelo menos me disseste isso.
Bradford me mandou chamar o rapaz do livro que revisei, diz que tenho que conversar com ele, nem sei com vou fazer. Não se preocupe, li o texto, bem como tuas anotações, esse foi meu serviço durante anos, ainda o faço. Converse normalmente com ele, faça as sugestões que fizeste nas anotações, tire uma cópia de tudo antes, assim marque um dia com ele, para ir revisando o texto inteiro. Use a sala de reuniões para isso, avise somente a Marie, dos horários. Ok.
As lagrimas corriam na sua cara, obrigado por acreditar em mim, me ajudar, tentarei me manter o mais escondido possível, da família. Sei que me procuraram na universidade, mas lá estou de férias. Não conhecem meu amigo. Por enquanto estou livre deles.
Não sentes falta da família?
Não, sempre foram frios comigo, dizem que sou o tonto da família, porque sempre fiquei na minha, odeio as festas que fazem. Tudo é uma grande falsidade.
Bom um dia escreva sobre isso, quando estiveres bem longe, com uma nova vida, desde outra perspectiva.
Entraram juntos no escritório, Bradford avisou que o autor do livro estava ali, devolvi o texto a tua mesa, está na sala de reuniões te esperando, quer falar contigo.
Nada disso, venha junto comigo, Bob, venha para aprender.
Falou com o escritor amavelmente, como vão as coisas? As conversas protocolarias. Lhe serviu água pois notou que estava nervoso. Ainda tens o contrato com a editora antiga? Pagaram adiantamento por esse livro?
Sim, me pagaram, mas devolvi, pois queria ficar livre da pressão.
Estas com a famosa síndrome do segundo livro, não é verdade. Vou ser honesto, não consegui passar da 10 primeiras páginas, parece um manual de como descrever uma paisagem. A ação é monótona. Sabes que se não cativas o leitor nas dez primeiras páginas, fudeu. Não vai ler o resto, ainda vai falar mal do livro.
Portanto, acho que devias, com calma, tentar analisar o livro, se quiseres, o Bob é excelente nisso, darei para ele ler o livro.
Mas ele é uma criança, não vai entender do assunto?
Talvez isso seja uma vantagem, tens que pensar que os velhos morrem, não compram livros, um jovem sim. Acho que tua linguagem, do primeiro para este ficou de uma pessoa amarga, talvez por isso a obrigação de escrever um livro que faça tanto sucesso como o primeiro.
O que achas, queres tentar?
Ele ficou olhando para o Bob, soltou de repente, queres ajudar esse velho ranzinza, que odeia que o critiquem?
Bob deu um sorriso maravilhoso, ninguém gosta de ser criticado, principalmente por uma ideia ou pelo que escreveu, lhe prometo, analisar aonde está o problema, podemos discutir as ideias. Eu tenho um tempo agora, leio as dez primeiras páginas, conforme minhas anotações, em seguida falamos.
Viu que ele lia, rápido, ao mesmo tempo que ia anotando coisas numa folha de papel, não no texto como alguns faziam.
O deixaram falando com o escritor, foram trabalhar, este saiu com um sorriso na cara, esse menino vai longe disse ao Bradford.
A cara do Bob, era melhor, nem acredito que fui capaz de fazer isso, analisar, basicamente cada palavra das dez primeira páginas.
Diz que vai rever tudo, marcara para falar comigo. Ufa.
Bradford, disse a queima roupa, estas roubando o meu emprego, vou te denunciar ao chefe, se matou de rir, sempre tive vontade de dizer isso, diga a Marie que teu contrato é definitivo. Mas amanha tens a prova com o rapaz.
Saíram do escritório, foram para o hospital, ali na sala de espera estava Bradford, a irmã Giovi a superiora, tranquilamente rezando o terço.
Uma hora depois o médico saiu, piscou o olho para o Bradford, disse que a operação tinha saído bem, agora a fisioterapia será importante. Ficara um mês aqui no hospital, depois terá que andar um tempo com um bastão, mas creio que em breve estará correndo.
A superiora, ficou nervosa, não temos dinheiro para pagar o hospital, nem a fisioterapia?
Já esta paga senhora, não se preocupe, quem tem amigos, tem Deus do seu lado.
Mas quem pagou tudo isso?
Segredo de estado, o médico era como o Bradford, tinha humor, realmente se voltassem a se conhecer daria certo.
Deu um cutucão no Bradford, ele ficou vermelho, a senhora acha que eu posso o adotar?
Claro que sim.
É que sou gay? Tenho medo de que me neguem isso.
Deixa comigo soltou a irmã Giovi. Eu sempre resolvo qualquer problema.
Posso ir ver o garoto doutor, pediu ele.
Sim, já que serás o pai, creio que vou ser o tio. Venha comigo.
A preocupação do Bradford era que como ia ficar com o garoto esse tempo, tenho que trabalhar, conversava isso com o Jules o médico, estavam em seu consultório sentados frente a frente.
Primeiro me responda uma pergunta. Por que fugiste de mim?
Embora sendo só uma noite, gostei de ti, mas vinha de um relacionamento que foi uma merda, me deu medo, sai de fininho, mas nunca te esqueci. Descobri que tinha que ficar sozinho para resolver o problema. Me fechei, até hoje, agora já levo uma vida discreta, aonde o trabalho impera, conheço muita gente essa é a verdade, mas amigos só tenho o Henry, Marie, agora o Duke com quem se pode falar de tudo.
Eu tampouco esqueci de ti, fiquei frustrado por teres fugido, quando perguntava por ti, diziam que tinhas desaparecido do mercado. Uma vez fui até a editora que trabalhavas, estavas furioso com alguma coisa, discutia com um homem. Com o dedo apontava a porta da rua.
Ele começou a rir, justamente a pessoa que me causou problemas, era um escritor medíocre, acreditou que se eu me apaixonasse por ele, arriscaria publicar seu livro, quando eu disse que lhe faltava muito, aprontou um escândalo, ameaçando contar a todo mundo que eu era Gay, tive que rir, pois todo mundo sabia. Não tenho família com que me preocupar quanto a isso.
Tai, talvez seja a solução, minha mãe veio viver comigo, agora que ficou viúva, lhe falta ocupação, vou traze-la para conhecer o Jesse, pode ser que gostem um do outro. Mas só farei isso se me das um beijo. Quando viram estavam no chão do consultório.
Ficaram rindo, não tem jeito, não é?
Sim melhor parar de fugir.
A entrevista do Bob com o rapaz foi excelente, ao fundo da grande mesa se sentaram Henry com Bradford, na outra ponta estavam os dois jovens conversando, Bob, foi mostrando os pontos aonde o livro fugia pelas ramas. Quando tocou num assunto do terceiro capítulo, viu que o rapaz ficava tenso. Aqui falas de amor não correspondido do personagem, mas nos capítulos anteriores ele não fala de romance com ninguém. Creio que aqui falavas de ti mesmo, não podes confundir o personagem contigo.
A cara do outro era ótima, não pensei que as pessoas fossem descobrir isso, talvez tenha usado nesse momento minha frustação para falar disso. Se queres manter isso, tens que no capítulo anterior falar dessa paixão por alguém. Veja, somos jovens, creio que passaremos por muitas desilusões amorosas, principalmente por não termos prática no assunto. Tens duas opções ou mudas o capítulo, ou inventas algo no capítulo posterior, no seguinte, tampouco mencionas essa ruptura. Creio que deverias pensar nesse capítulo do livro. Podemos encontrar a solução juntos, o que te parece, disponho de uma hora, para começarmos. Ficaram se olhando, o rapaz soltou, mãos à obra.
Henry e Bradford, saíram de fininho, para trabalharem em outras coisas.
Duke veio falar com ele, disse que já tinha a casa de Los Hamptons vendida, o problema era a mansão. Um grupo imobiliário queria comprar, para demolir, construir um prédio. Mandei verificarem com a prefeitura se podiam fazer isso.
Mande uma pessoa verificar tudo que tem de valor naquela casa, mande vender.
Não se preocupe, já fiz isso. Ali, quase tudo é cópia de alguma coisa, como se o importante fosse gastar dinheiro.
Meus pais te convidaram para almoçar no sábado em casa, tens algum compromisso?
Nenhum, gostaria de ir, pois me senti muito bem lá, de uma certa maneira te invejo, ter alguém que se preocupe por ti.
Eles estão com muita idade, por isso nunca os deixo sozinhos.
A mim me deixaste sozinho todos esses dias?
Tinha que me afastar um pouco para analisar meus sentimentos, perto de ti, fico confuso, quero fazer muita coisa ao mesmo tempo.
Estás feliz aqui trabalhando?
Sim, muito, tenho que resolver se continuo, para pedir primeiro uma licença sem remuneração da polícia, depois a demissão.
Acho bem, tens uma cabeça privilegiada. Mas não te afaste muito, eu tenho pensado como tu no nosso relacionamento. Quero experimentar.
Me pegas de surpresa, ia dizer a mesma coisa.
Nessa noite ficaram conversando, até tarde, quando viram estavam na cama, nus, se sentiam bem assim. Mas não fizeram sexo.
Em breve teriam três livros para lançar, fizeram então uma reunião, com as principais livrarias, distribuidores, os convidaram para um coquetel, primeiro falou Henry, que passou a palavra para Bradford, esse foi explicando o conceito que queriam desenvolver, que era arriscado, uma nova linguagem para atrair os jovens. Mostrou um vídeo do Jesse, trabalhando seu livro, um jovem de pouca idade, mas com um conceito próprio para contar uma história.
Depois o velho, conversando com o Bob, procurando uma nova linguagem, para seu livro, atualizar em um contexto novo, a sociedade muda muito rapidamente. O terceiro de novo o Bob, conversando com o rapaz, montando o final do livro.
Como vêm de simples leitor, esse rapaz jovem passou a editor, tem um conceito muito próprio do trabalho, uma nova safra vem por aí, como se fosse uma onda nova, temos que subir na nossa velha prancha de surf para segui-los.
Iam sendo colocados na frente de cada um embrulho com os três livros, tudo tinha sido muito bem pensado, desde a capa, tipo de letra, um conceito novo.
Os preços, estava apertados, pois Duke, tinha negociado com os impressores ao máximo.
Numa mesa, Marie, tomava junto com Duke, nota dos pedidos, os distribuidores, queriam levar para o resto do pais a ideia. Podemos trabalhar em cima dos vídeos para enviar uma amostra para as principais livrarias. Todos pareciam gostar da ideia dos vídeos.
Finalmente saiam com lucros do investimento.
Já estavam trabalhando os outros textos, Bob apareceu com um na mão na reunião que tiveram, essa escritora, é justamente a professora com quem fiz o curso. Antes fui verificar quem era, ela editou um livro a muitos anos atrás, depois sumiu do mapa.
Esse agora é interessante, mas algo me perturba, é como se já tivesse visto algo parecido.
Me lembro do livro dela, eu me recusei a publica-lo por ser muito complicado à primeira vista, tive que ler pelo menos duas vezes para entender. Quem acabou publicando foi outra editora.
Posso tomar informações a respeito. Tire uma cópia para mim do texto lhe pediu Henry.
Nessa noite sentou-se para ler, ele tinha uma memória prodígio para isso, leu uma passagem, veio na cabeça de quem era o texto. Ela na verdade citava vários grandes autores, embora não disse de quem era o original, usava essas citações para contar uma história.
Não sabia se isso era valido, teria que consultar o Duke. Por ele, teriam uma anotação dizendo de quem era a frase original.
Quem a chamou foi ele, pois se tinha sido professora do Bob, isso seria complicado.
Conversaram sobre isso, imediatamente se colocou em defesa, mas ele estava ali com todos os livros citados em volta. Talvez ao ler esses livros, essas frases ficaram na tua cabeça, isso é normal, mas se escreves a partir disso tua historia há que mencionar o fato, dizer quem é o dono da frase.
Isso não quero, pois os leitores podem entender que o resto do texto é uma cópia de uma das ideias.
Consultei nosso advogado, disse que isso pode virar um grande problema, pois a editoras donas desses textos podem reclamar. Como está não podemos editar.
Ela se levantou, pegou o texto, foi embora.
No dia seguinte, Bob, veio lhe contar logo de manhã que tinha entrevistado um dos alunos, com um texto brilhante, que ela tinha dito em aula, que essa editorar não era boa.
Conversei com o rapaz a respeito do que aconteceu, disse que não mencionou nada.
O livro dele é interessante, mas do meio para o final, fica morno, falei com ele a respeito, disse que queria outra opinião, está na sala de reuniões, podes falar com ele.
Entrou, era um homem de uns trinta anos. Olá, se apresentou, qual o problema?
Não quero que um rapaz de vinte e picos anos, análise meu livro, não foi escrito para jovens, quero atingir a faixa etária de homens da minha idade.
Muito bem, pedirei ao Bradford que leia, ele te dirá alguma coisa a respeito.
Mas creio que erras, pois isso de escrever só para uma faixa etária, perde-se porque escrevemos para que os livros sejam sempre atuais, porque todas faixas etárias evoluem, os da minha idade a uma década atrás, pensavam de outra maneira, os que vem atrás, já vem com os problemas resolvidos. Então estas escrevendo um livro efêmero, só servira para esta geração, para as próximas não servira.
Quanto ao Bob, ele acaba de editar um livro de um escritor, que já escreveu um livro de sucesso, mas reconheceu que sua linguagem não evoluiu, o jovem Bob como tu dizes, conseguiu que ele entendesse, atualizando sua linguagem num conceito mais amplo.
Acho que estas fechando uma porta antes de mais nada. Gostaria que pensasse, de qualquer maneira passarei o livro para o Bradford, em seguida ele passara a mim, nos reuniremos os três para ver a que conclusão chegamos.
Se despediu cordialmente do homem.
Comentou com o Bob, acho esse homem um pouco tonto. Fizeste aulas com ele na mesma turma?
Não, ele era de uma anterior a minha, mas vai sempre para assistir os debates. Diz que não entendemos seu conceito. O livro fala mais de conceitos de choques de gerações, isso sempre existiu, porque como você disse, cada geração nova, já trás uma parte mastigada, é logico que considere a anterior ultrapassada. Não entende que o mundo muda cada vez mais rapidamente, que os conceitos também, se não estamos abertos, fica difícil.
Gostava de ver a maturidade do Bob, como ele funcionava, sua linha de pensamento. Estava contente com ele.
Como vai no teu novo apartamento perguntou?
Uau, super bem, é como estar no paraíso, tem um parque em frente, sem muito ruído, é pequeno, mas me basta.
Fico contente contigo.
Ah, Marie me ensinou como administrar meu dinheiro, lá em casa ninguém pensa nisso, simplesmente gasta dinheiro, pois as empresas da família continuam gerando dinheiro.
Assim fica fácil, verdade?
Sim, mas para quem ficou confinado toda a vida, num quarto, para não participar, é duro, eu com uns 12 anos, tomei consciência que não queria ser como eles, ir pela vida como iam, as reuniões de família era um suplício, creio que tio Richard se rebelou da maneira errada, tinha tudo para dar certo, mas deixou que as drogas governassem sua vida. Olha como está o irmão, nem pode ser julgado, pois continua internado. Não pense que os outros tem pena, pois como não pode gastar dinheiro, gastam eles.
Meu irmão mais velho, está indo pelo mesmo caminho, tentei falar com ele, é um tipo brilhante, mas largou a universidade, porque não gosta que o critiquem, como se ele fosse o dono da verdade. Deixou tudo, esta a meses na Europa, frequentando festas. Com certeza com muitas drogas.
De noite conversou com o Duke sobre isso, se para analisar, ficam dois contextos diferentes, um autor que só quer atingir uma faixa etária que acho que nem ele mesmo entende, do outro lado uma família disfuncional que acha que pode tudo. Esse menino Bob, conseguiu escapar, mas como ele diz, Richard, tentou, mas se escorou no mais fácil.
É verdade Henry, os jovens que entram na droga, tem duas pontas, os pobres, que a vendem e consume vão presos, mas os ricos se livram facilmente. Como existem mais pobres que ricos, o papel que representam os pobres sempre se multiplica. Se um vai preso, logo tem outro para substitui-lo, é a máquina não para.
Agora namoravam todas as noites, existia paixão, mas também companheirismo, conversavam trocavam ideia, não era só sexo.
Um dia conversando com Bradford, via que este estava mais relaxado, dormia quase todas as noites no hospital com Jesse. Comentou da recuperação. Com Jules a coisa vai bem, durante o dia sua mãe fica com o Jesse, que considera como seu neto, outro dia ele soltou, para quem não tinha família, agora tinha uma completa.
Está escrevendo outra história, falando de sua própria recuperação, agora os desenhos são mais coloridos, diz que quer estudar belas artes mais tarde.
Como vai a adoção?
Complicada, pois sabemos que os pais verdadeiros existem, mas aonde não se sabe, primeiro porque Jesse não é seu nome verdadeiro, esse quem colocou foi a irmã Giovi, pois ele simplesmente estava jogado na porta do orfanato. Inclusive pensaram que estava morto.
Ele era muito pequeno para se lembrar de alguma coisa, além é claro do trauma.
Mas por enquanto tenho a guarda dele.
As obras do ambulatório do Orfanato estão quase no final, falei com Jules, para conseguirmos um médico, ele se ofereceu para abrir mão de seu trabalho no hospital uma vez por semana, mas acredita que vai conseguir um que possa cuidar das crianças.
Estivemos olhando com o Duke, vamos começar a entrevistar pessoas. Jules está participando nisso.
Indicou um médico especialista em administrar financeiramente um local, embora só se vai ter gastos, esses precisam ser administrado. Em breve as coisas estarão no seu devido lugar.
Vocês dois deviam pensar nisso, em ter uma família.
Nenhum dos dois disse nada, a respeito.
Ele leu o livro do sujeito, não gostou, era muito retórico, disse ao Bob que desistisse, esse é daqueles livros que ficam para os saldos, as pessoas compram, pelas primeiras dez páginas, depois se cansam da repetição.
Bradford foi da mesma opinião, se queres falamos como da outra vez os três com ele.
Mas nunca mais voltou. Tinham agora mais cinco livros para lançar. A editora ia para frente, já tinham recolhido basicamente o investimento.
O verão estava no seu pico, foram passar um final de semana na casa de praia de Jules em Fire Island, com sua mãe incluída, ela conhecia todo mundo, na praia vinham todos falar com ela.
Foram olhar uma casa ao lado da dele, gostaram demais, estava a venda. Teus pais não gostariam de vir?
Duke respondeu que achava que nunca tinham ido à praia. Pediram para experimentar a casa, ele trouxe seus pais, se deram logo bem com a mãe de Jules, apesar da diferença social, era como velhos conhecidos, se sentavam na praia com o Jesse, que entrava na agua acompanhado do Bradford ou do Jules. A mãe deste estava feliz, imagina, sempre me preocupou que meu filho ficasse velho sem companhia, mas esses dois conseguiram formar inclusive uma família, o que me deixa tranquila.
A mãe do Duke disse que poderia ficar vivendo naquela casa, era um sonho, talvez no inverno fosse mais frio, Henry comentou que as vezes nevava na praia, mas a casa tinha um sistema bom de calor, pois os antigos proprietários viviam ali o ano inteiro.
Acabaram comprando a casa, Duke estava feliz, disse um dia ao Henry, tenho medo de que essa felicidade acabe. Não vejo por que, estamos bem um com o outro, isso é que importa.
Era uma verdade, iam agora aos finais de semana a casa de praia, os pais o recebiam felizes, conversavam, tomavam banhos de mar. Melhor era impossível.
A editora ia bem, estavam trabalhando seriamente. Ele criou uma fundação com o dinheiro todo do Richard, com seu nome, ia ajudando a quem precisava. A Família nunca mais o procurou, mas apesar do nome da fundação, faziam tudo sem publicidade.
Bob um dia veio rindo contar, como tinha saído na televisão junto com um autor novo, falando de livros, de linguagem, que seu irmão mais velho o tinha contatado.
Estava tentando refazer sua vida mais uma vez. O aconselhei a voltar a universidade, terminar o que tinha começado, levar a vida a sério, deixar as drogas, se ele não queria acabar como o Richard.
Me perguntou como eu podia viver sem o dinheiro do Fideicomisso, lhe disse, que por isso trabalhava, que isso tinha me salvado. Mas não creio que ele se esforce muito para isso, queria ir a minha casa, mas marquei com ele num restaurante, chegou bêbado. Simplesmente me levantei, fui embora, não disse nenhuma palavra. Quando começou depois a se desculpar, disse que esse era o problema, a palavra desculpas normalmente é fácil de dizer, mas difícil de se acreditar, quando parece vazia.
Não disse nenhuma coisa a respeito de meus pais. Tampouco perguntei.
Tinham contratado um novo leitor, mas durou pouco, disse que era uma enxurrada de livros para ler. Em seguida apareceu uma jovem, filha de japoneses, essa deu certo, se encaixou rapidamente no trabalho.
Definitivamente Bob era o mais jovem editor da empresa.
Se consolidaram, como uma editora de novos escritores, novas ideias, funcionava, bem como a fundação, conseguiam ajudar as pessoas, a clínica do orfanato funcionava, montaram uma outra num orfanato feminino. La aconteceu o inevitável, Duke se apaixonou por uma menina que estava lá, os dois acabaram adotando a mesma. Passava claro a maior parte do tempo com os avós que babavam em cima da garota.
Viveram felizes comeram perdizes, isso não existe, mas aprenderam a contornar os problemas do dia a dia.
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Capítulo 4: Jardim florido (por CarolF, adicionado em 25 de Janeiro de 2004)
- Mãe, mãe! - chamava o garoto, impaciente. Mariana virou-se de costas, sonolenta, cobrindo-se com os lençóis. - Mãe, o café... você pediu... Mariana não acreditava naquela voz rouquinha nos seus ouvidos. - Que horas são, Tiago? - perguntou, embriagada de sono. - Mãe! Mariana o agarrou com os braços e o puxou para cima da cama, beijando as bochechas. O menino se desvencilhou dos braços de Mariana e abriu a janela, deixando entrar uma claridade de perder a vista. - Tudo bem - disse Mariana, caminhando em direção ao banheiro - me espera lá na cozinha. O menino saiu correndo feito um raio. Mariana olhou-se no espelho. Seus olhos estavam manchados com lápis preto. Meu Deus, pensou. Ficou um bom tempo no banheiro tentando se livrar daquela cara amassada. Do meio do apartamento já escutava a voz de Santiago ecoando por todos os cantos. O menino a esperava sentado na cozinha, com a mesa toda posta, cheia de pães e geléias. Fez dois desenhos com giz de cera e entregou junto com uma pequena flor de pétalas moles e murchas que provavelmente havia apanhado dias antes. - Lindo, amor. Obrigada - disse Mariana, segurando a flor com cuidado para que não se despadaçasse.
Beijou os cabelos do menino. - Não esqueça que hoje à noite é a minha formatura - disse, super sério. Mariana e a empregada riram. - É a primeira série! - disse o menino, com a testa franzida, tentando preparar um sanduíche. - Ih, você lembrou de passar a beca dele? - perguntou Mariana. - Sim, já está no guarda-roupa - disse a moça - Obrigada... você pode ir agora, se quiser. Mariana olhou Santiago tomando iogurte. - Tem que ir com a roupa por baixo da beca - explicou, pela décima vez. Mariana apenas observava. - O sapato tem que ser preto ou marrom - dizia, com bigode cor-de-rosa. - Eu sei, amor. Já deixei tudo preparado. Vai dar tudo certo. Lá estavam na grande noite do menino. Cerimônia, fotos, flores, banquete, fotografias e um bando de gente agitada e crianças correndo por todos os lados. Entrou a turma toda de Santiago em fila, acompanhados por uma música doce e guiados pela professora. Aqueles pequenos seres mal suportavam o peso das becas e subiam no palco com dificuldade. Santiago estava lá entre eles. Mariana emocionou-se. Nesses momentos, tinha certeza absoluta de que fez a escolha certa. Santiago era seu filho. Tinham o mesmo sobrenome. Depois de todas as formalidades, Santiago veio até a mesa oferecer uma rosa para Mariana. Os dois se abraçaram. Com quase sete anos, já não era mais tão fácil pegá-lo no colo. Mariana o beijou no rosto. Algumas pessoas notaram aquele gesto. Uma mulher solteira de menos de vinte e cinco anos com um filho de seis chamava a atenção, mas tinha o seu charme e mistério, especialmente para alguns homens interessados completar a família daquela linda menina. Naquela noite um homem de terno azul tentava puxar assunto, cheio de gentilezas. Já em casa, Mariana colocou o menino para dormir. Santiago não parava de falar, ainda agitado com a festa. - Eu quero ser tenente igual o pai do Arthur. Mariana sorriu, achando inusitado.
- É mesmo, Tiago? - disse, tentando vestir a calça do pijama. - Sim - disse o menino - o pai dele sabe saltar de pára-quedas. Mariana abotoou o pijama e o colocou na cama. - O avô dele é general. Sabe comandar soldados - continuou dizendo, em tom teatral. Mariana o beijou e arrumou as cobertas, acariciou os cabelos. O menino virou-se pra ela, com olhinhos brilhantes. - Esqueci de te dizer... Mariana ficou esperando ele falar. - Uma amiga sua veio aqui ontem. Mariana ficou olhando para ele. - Que amiga? O menino olhou para cima, tentando lembrar o nome. - Que amiga, Tiago? - perguntou Mariana novamente. O menino continuou calado, sem dar muita importância. De repente uma possibilidade passou pela cabeça de Mariana. Era remota, mas Mariana começou a ficar inquieta. Achou que estivesse ficando louca. - Como é o nome dela? - Não sei - disse o menino, distraído com a estampa do pijama. - Ela já veio aqui antes? - Não sei. Mariana sentiu o coração acelerar. - Santiago, você conhece as minhas amigas... Essa amiga que veio ontem você já tinha visto antes? O menino ficou naturalmente um pouco acuado, diante da apreensão de Mariana, que aumentou o volume da voz sem nem perceber. Mariana tentou se acalmar, tentando se convencer que estava ficando louca por acreditar que realmente pudesse ter sido quem ela estava imaginando. Incrível como seu coração disparou ao imaginar tal hipótese. Respirou fundo. - Como ela era? - perguntou. - Cabelo igual ao da Isabela. - Quem é Isabela? - Da minha escola. Não ajudou muito. Mariana não fazia idéia de quem era. Tentou se convencer de que estava louca, mas não conseguia esquecer. Tanto tempo havia passado e aquele desejo ainda estava vivo em
sua mente. Mariana se assustava quando aquilo vinha à tona novamente. Santiago já quase dormia. - Filho... O menino abriu os olhos e franziu a testa. - Tenta falar como ela era pra mim... - disse, com a voz doce. O menino ficou olhando, sem dizer nada. - Ela tinha a minha idade, a idade da Clara ou a idade da Amanda? - perguntou. Amanda era diretora da escola. Mariana calculava que ela devia ter uns quarenta e cinco anos. - A idade da Marcela. Mariana conseguiu achar engraçado, apesar da apreensão. Marcela era uma menina de catorze anos que às vezes aparecia para brincar com Santiago. - Não tenho amigas da idade da Marcela, Tiago! - disse Mariana, um pouco irritada. Esse era um dos raros momentos em que Mariana se irritava com as crianças. Não tinham a menor noção da realidade. A empregada provavelmente saberia explicar melhor, mas só apareceria na segunda-feira e Mariana estava ansiosa demais para esperar. - Ela deixou um papel... - disse o menino, já de olhos fechados. - E onde está? - Esqueci... Mariana saiu do quarto antes que explodisse com Santiago. Não queria brigar com o menino por algo que pudesse ser apenas loucura de sua própria cabeça. Mas estava inquieta, ansiosa, tomada por um sentimento estranho. Era perturbador e ao mesmo tempo maravilhoso imaginar que Luísa pudesse ter estado ali. Mariana andava de um lado pro outro, como um animal arisco acuado. Não conseguiria dormir até descobrir. Decidiu revirar o quarto de Santiago e procurar o papel. Caixas e mais caixas de brinquedos, quebra-cabeças, blocos, soldados, tabuleiros, folhas de desenho espalhadas, fitas de vídeo, giz de cera, lápis de cor. Sentou no meio daquele caos e sentiu-se derrotada. Era impossível tentar achar um pedacinho de papel naquela bagunça. Foi até a sala respirar um pouco de ar fresco e tentar organizar as idéias. Abriu a larga janela e um vento suave
invadiu o local. Sentou no sofá e ficou olhando pro nada. Há algum tempo conseguia evitar pensar em Luísa. Mas cada vez que voltava à mente parecia mais forte. Sua vontade era ir até o quarto, tirar o menino da cama, dar um banho gelado nele e fazê-lo contar tudo. Mas ainda restava um pouco de discernimento. Não queria se sentir uma louca desiquilibrada. Provavelmente foi alguma colega de trabalho chata e sem graça, como toda a visita que aparecia nos últimos tempos, pensou. Deitou no sofá. Sentiu-se sozinha no meio daquela sala imensa que começava a gelar com o vento da noite. Aos poucos foi se acalmando e a cabeça esfriando naquele silêncio. De repente veio uma idéia. Mariana correu até a lavanderia e, no cesto de roupa suja, procurou o pijama azul claro de Santiago. Revirou todas as roupas e o puxou com força, meteu a mão no bolso e com as pontas dos dedos fisgou um pedaço de papel amassado. Abriu o papel e não acreditou. Ficou olhando, atônita. Nele estava escrito, com a letra que conhecia muito bem, o nome de Luísa e um número de telefone. Luísa, meu amor, sussurrou em voz baixa, segurando firme o papel e com os olhos cravados nos números.
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Hoje acordei com uma vontade imensa de compartilhar com meus amigos algo MUITO sério que aconteceu comigo...Finalmente criei coragem...E espero que com a minha historia eu consiga ajudar outras mulheres!!! não podemos nos calar diante de fatos que acontecem com cada vez mais frequência. Isso EXISTE, é real... talvez se mais pessoas tivessem compartilhado eu não teria passado por isso!!! FALEM, compartilhem suas experiencias... só assim podemos talvez evitar ou simplesmente alertar alguém que pode estar passando por isso! Os relacionamentos abusivos sugam nossa energia, nossa essência. Chega uma hora que não sabemos mais quem somos, o que gostamos, o que não aceitamos... É verdade que quase não sabemos mais o nosso próprio nome. Para início de conversa... Ninguém ficaria num relacionamento se o sujeito já começasse tudo com um murro na cara, certo? Eu por exemplo, jamais conheci um cara tão romântico quanto meu ex... Meu Deus, era coisa de cinema: declarações em cima de palcos, flores no trabalho, loucuras de amor... foi tudo tão intenso. tão rápido, tão perfeito que não demorou dois segundos pra bebêzona aqui se apaixonar e acreditar em TUDO que ele falava!!! Arrumei uma briga com todos da minha família e amigos. Todos me alertavam, mas eu defendia o cara com unhas e dentes... afinal, ele era o cara mais perfeito... eu estava cega! As coisas começaram a ficar intensas.. as brigas eram cada vez mais frequentes, mas eu continuava o defendendo... afinal, ele havia colocado na minha cabeça que a culpada de tudo aquilo que estava acontecendo era EU... o motivo dele me agredir, tanto com palavras quanto com porrada era por que eu realmente merecia um corretivo... ele só queria me ensinar... e a partir do momento que eu mudasse a minha postura ele mudaria o seu comportamento agressivo. Olha que doido... a gente realmente fica doente.. demorei pra perceber isso, precisei de 6 meses de psicologa e psiquiatra, mas o cara era tão manipulador que eu fiquei DOIDA, não me reconhecia mais, chorava por tudo, tinha medo de tudo, me pegava gritando no meio da rua, travava, não conseguia me mexer! E mesmo assim acreditava piamente que a CULPA ERA MINHA!!! Hoje me pergunto como um ser humano pode influenciar tanto a vida de outro? Me lembro do primeiro tapa na cara que ele me deu na balada. Na frente de todo mundo, pois é, ele não tinha vergonha de fazer as coisas na frente das pessoas. Bom, me lembro que a amiga dele me puxou de canto e disse: " Jessica, você nunca mais deixe ele fazer isso com você, você esta me entendendo?" Pois bem, no dia seguinte vieram flores, "desculpa" "eu estava bêbado", "não queria ter feito isso", "não vai acontecer de novo" e toda aquela baboseira que a gente já conhece! Eu jamais queria contraria-lo. Ele sempre estava certo! Eu preferia fazer qualquer coisa que ele falasse do que arranjar briga. Nessa altura eu já era escória (aprendi com ele essa palavra), não era nada sem ele, eu era tão sortuda dele ter aparecido em minha vida e me salvado da minha vidinha chata, da minha família insuportável.. todos me odiavam, meus amigos, minha família... só ele me amava profundamente... "Jessica você tem que pensar na família que vamos construir, você tem que pensar no futuro, em nós...pare de pensar na caquética da sua avó, na puta da sua irmã, no retardado e problemático do seu irmão, na coitada da sua mãe e no filho da puta do seu pai..." Juro pra vocês... agressões físicas eram o de menos... ah, ele me dava soco, me chutava, me enforcava, tacava tudo que via na frente em cima de mim, me empurrava, eu vivia com braço roxo por que " tinha caído no chão". Mas ele dizia que não me batia... que eu não sabia o que era apanhar, que se ele um dia fosse me bater eu não sairia viva. Mas aiai, a violência psicológica, essa te mata, essa acaba com você. Eu vivia pisando em ovos, prestando atenção em tudo o que eu pudesse falar ou fazer.. não queria despertar raiva nele... por exemplo.. eu dirigia o carro pra ele... sim, ele me mandava dirigir por que ele fazia absolutamente tudo e eu era uma inútil, então a minha única função era dirigir pra ele. Pois bem, um dia voltando do trabalho passei com o carro em um buraco... ele falou pra eu descer do carro, no meio da rua, as 3:00am que se eu não descesse ele me arrancaria de la pelos cabelos. Eu não fiquei pra ver... mas não pude voltar pra casa... ele disse que era pra eu me virar, que se eu voltasse pra casa eu ia ver só uma coisa, eu tava fudida! Ainda falando de violência psicológica... o maior prazer do cara era me ver chorando e implorando pra ele não ir embora! meio sado mesmo! claro ele falava que ia me deixar TODA SEMANA! Que eu era uma merda pra ele, que eu não limpava o chão direito, que eu não cozinhava direito, que eu não prestava pra nada! Mas sabe o que é engraçado?? Ele NUNCA foi realmente embora!!! Ele já quebrou 3 celulares meus. Jogava minhas coisas pela janela. Até a minha cachorra ele ameaçou jogar da janela do oitavo andar. E ele disse que não era pra eu duvidar do que ele podia fazer no momento da raiva... que ele perdia o controle. "Então Jessica, não me contrarie." Eu chorei, implorei, ajoelhei e ufa, ele não jogou minha cachorra da janela (ele conseguiu mais uma vez o que queria... ele realmente tinha um orgasmo quando me via chorando). Só mais alguns exemplos.. pra que se você tiver lendo isso saiba... ISSO NÃO É NORMAL. Bom, se eu não prestasse atenção no que ele estava falando ele jogava um copo de água na minha cara. Chegou uma hora que toda vez que ele vinha ter conversa séria comigo e ele quisesse minha total atenção, bastava ele segurar um copo na mão que eu ficava quietinha... vejam como ele educou a cachorrinha dele bem! Fora isso, cuspe na cara. Deus, eu fui criada no meio de AMOR, jamais retruquei a ele pois achava que o meu amor o mudaria... que apesar de tudo ele precisava de mim pra viver e eu seria muito malvada por deixa-lo. Pois bem... mas eu era tanta merda, certo? Por que ele simplesmente não me deixava? será que ele ficava comovido com as minhas lagrimas ou o FILHO DA PUTA tava querendo me mostrar o quanto eu dependia dele pra VIVER? Me manipulando, me deixando LOUCA... o engraçado é que eu realmente caia no jogo dele... ele jogava direitinho comigo! E claro... depois vem a lua de mel..." meu amor você é tudo pra mim, você é a melhor mulher do mundo, eu não seria nada sem você"... Um dia ganhei flores com a seguinte cartinha: "te amo até quando te odeio"! Como disse antes, essas relações sugam a gente, tanto psicologicamente quanto FISICAMENTE. Bom, esse foi o estado que eu fiquei logo apos minha separação. Cheguei a 49kg e fui diagnosticada com anorexia (hoje ja estou curada) Durante 2 meses eu perdi muito cabelo por dia devido ao estresse! A boa notícia é: EU SAI DESSA... com apoio, com amor, com carinho! Hoje eu sou uma mulher muito mais forte! me senti na obrigação de compartilhar com vocês por que essas coisas acontecem com muito mais frequência do que nós imaginamos!! E nós NÃO PODEMOS NOS CALAR!! Juntas somos muito mais fortes!!! Um dia me falaram que a vida é linda... eu não sabia, mas é MESMO! NÃO PRECISAMOS DE NINGUÉM PARA VIVER!! HOJE SEI QUE SOU ESSENCIALMENTE FELIZ POR QUE SEI QUE NÃO DEPENDO DE NINGUÉM PRA ALCANÇAR ESSA TAL FELICIDADE! Eu sei me virar sozinha, sei trabalhar sozinha, sei me divertir sozinha. Eu me amo, amo meu corpo, amo a vida e a família que DEUS me deu. Sou muito abençoada e sortuda! E só dessa forma consigo fazer bem aos outros que estão ao meu redor! to até namorando um príncipe agora! As coisas boas estão ai! NÃO CONFUNDA O QUE VOCÊ MERECE COM O QUE VOCÊ ACEITA! Não tenham vergonha de dizer o que aconteceu, não tenham vergonha de suas historias! Somos VÍTIMAS e estávamos DOENTES! Isso acontece com mais frequência do que imaginamos. As pessoas tem vergonha por ter aceitado isso, não admitem ou simplesmente NÃO SABEM O QUE ESTA ACONTECENDO!! Lembrem,NINGUÉM tem o poder de controlar o que você deve ou não sentir, ninguém pode escolher suas roupas, o seu corte de cabelo.. NINGUÉM deve te dizer como você deve se portar... não dê a ninguém a honra de poder controlar a sua vida! a vida é SUA e só você tem o poder sobre ela!!! Por que estou compartilhando isso com vocês? Por que eu simplesmente preciso resignificar a minha historia... tirar algo positivo de uma coisa negativa é tão lindo! se contando isso eu puder evitar que outras pessoas passem por isso, ou SIMPLESMENTE SAIBAM QUE ISSO EXISTE, pra mim já valeu a pena! E não se preocupa, eu sei que talvez seja difícil pros outros acreditarem na sua palavra...claro, ele é um "lorde". Ou talvez as pessoas julguem, podem dizer que você fez por merecer! Mas eu juro.. juro mesmo, você NÃO ESTA LOUCA!!! E não perca as esperanças, não fiquem traumatizadas... eu juro que tem gente boa no mundo! E mesmo se você não encontrar alguém, lembre-se VOCÊ VIVE MUITO BEM SOZINHA... seja egoísta, pense em você, queira ver VOCÊ feliz acima de tudo! se VALORIZE! JESSICA MCKAY ARONIS
JESSICA MCKAY ARONIS #relacionamentoabusivo #jessicaaronis #violenciapsicologia #violenciacontraamulher #agressao #resignificar
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abuelitas
São meia noite em ponto, meus olhos estão pesados.
Não é fácil encarar mais um dia das mães sem lembrar das minhas avós e eu encarei. Elas eram as bases da união entre minhas famílias materna e paterna. Hoje, tanto meu pai quanto a minha mãe não possuem uma figura materna presente. São filhos sem pais e pais que se ausentam na vida dos filhos.
Nossa união que mostrava-se algo interrupto foi quebrada.
Começou aos domingos. Antes, todos saíamos de nossas respectivas casas para passar o domingo em família. Juntávamos as comidas e sempre tornava-se uma festa.
A festa atingia seu ápice quando o moço do japonês surgia na rua tocando o seu sino e todas as crianças e adultos corriam chamando-o para distribuir doces á todos.
Um dia desses, estávamos reunidos sem elas. As crianças tornaram-se adultas, ficamos chatas. Umas tiveram filhos e seus filhos correram atrás do moço do japonês. Aquilo acertou em cheio meu mural de saudades. Doeu.
Dói. Dói porque eu também fui criada por elas e até mesmo quando não precisava, eu fazia questão de estar presente na vida de ambas. Eu esperava todos os domingos para contar como foi a minha semana as minhas avós.
Eu gostava de contar tudo o que eu aprendia e quando comecei a ler, aquilo foi o apogeu. Imagina para minhas avós analfabetas sua netinha tão pequena, lendo! Elas diziam que ia ser a revolução da família.
Afinal, é um prodígio uma criança ler aos 3 anos.
Bem, assim como apressei minha leitura, minhas avós apressaram suas partidas.
Me lembro quando eu estava com a mãe do meu pai, estávamos brincando de Barbie. Nunca tive paciência para aprender a costurar e por fim, fazer roupinha de bonecas. Então eu pegava sacolas plásticas de várias cores e montava vários looks. Pois bem, em um dia desses a minha avó disse que tinha uma surpresa. Ela chegou com dois pares de roupas costurados com retalhos e nesse dia eu me senti a criança mais amada do mundo!
Imagina, alguém parar por minutos do seu dia para costurar roupas de boneca para mim. Dei um digno abraço e disse que a amava. Bem, nesse momento a minha avó já estava frágil. Ela usava o marcapasso cardíaco e eu conseguia ver uma elevação perto do seu coração.
Eu dizia que era porque ela tinha um coração maior do que o de todos e eu não mentia. Ela foi uma guerreira e só Deus sabe o quanto ela lutou.
Minha Maria foi ficando cada vez mais fraca e todas as noites eu dormia agarradinha a minha velha. Eu tinha medo de que algo acontecesse.
E aconteceu.
Sempre tive raiva desse maldito inseto. Eu ficava noites em claro imaginando como seria se eu fosse viva e tivesse o matado antes dele ter mordido a minha avó. Maldito barbeiro que me tirou anos com a minha alma gêmea.
Avó é um ser tão puro, é um ser que exala cuidado, amor, carinho. Amar é um ato tão simples quando feito por elas. Minha avó era tudo para mim, viajávamos, cantávamos. Sempre fui muito mimada, afinal eu fui sua primeira netinha.
E eu queria que as netas que chegaram após sua partida soubessem o quão especial ela É-ra.
Carrego essa Maria comigo.
Bem, a outra Maria, mãe da minha mãe. Nosso amor já existia, mas ficou mais intenso a partir do momento em que a outra Maria se foi. Ela quem me deu a notícia e eu me lembro como se fosse hoje.
Eu estava sentada no sofá assistindo algo bobo e ela recebeu uma ligação. Era minha mãe aos prantos. Ela tinha ido.
Ali eu tive um ataque de pânico, minha pressão caiu.
Bem, é tudo tão doloroso.
Minha avó me ouviu chorar e eu chorei, chorei por dias, chorei por anos e ainda choro. Dói. É uma ferida que não cicatriza.
E que foi expandida com a ida da minha outra Maria.
Minha mãe sempre foi uma mulher tão forte, lembro da sua dor. Tive que engolir a minha e abraça-la. Minha mãe chorava e aquilo fragmentava a minha alma em mais de 100 pedaços.
Dói ver quem você ama sofrer.
Meu luto é inacabável.
Elas iriam gostar de saber que eu sou a primeira pessoa da minha família a passar em uma universidade pública. Elas estavam certas sobre mim.
Bem, nesse dia das mães eu não tenho a presença física de ambas.
Minha mãe se encolheu e ficou guardada em sua casca. É doloroso para ela passar o dia das mães sem a sua mãe.
É doloroso para mim ficar longe da minha última figura materna. Minha genitora, que nesse momento está dormindo em uma casa de praia em outro estado. Fugindo de todos e dela mesma.
Bem, ao menos temos algo em comum. Isso de fugir...
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É assim que eu me lembro Parte 16
Acordei com frio, estava descoberto, me aproximei de Nádia e ela reclamou “Ai, você está gelado”, abraceia e ela se virou falando “Vem aqui” tirou minhas mãos que a envolviam e jogou o cobertor por cima de mim, me abraçando para me esquentar. Fiquei sonolento com o calor do corpo de Nádia e o cobertor abafando tudo, despertei com ela perguntando “Ta quentinho agora?” fiz que sim com a cabeça e enterrei meu rosto em seus seios, ela usava uma camisola bem fininha com um grande decote, seus seios estavam absurdamente quentes para mim, senti a ponta gelada de meu nariz aquecer, Nádia passou a mão em minhas costas e depois em meu peito e disse “Ainda está frio”, me empurrou e sentou-se na cama dizendo “Amor, tira a roupinha, tira” eu reclamei ainda sonolento “Mas eu estou com frio” e ela falou “Regra de sobrevivência, para aquecer um corpo com outro, encoste pele com pele, tira a roupa eu vou te esquentar rapidinho se você estiver peladinho” tirei minha blusa e acho que adormeci, lembro de Nádia ter tirado minha cueca, senti seu corpinho quente se apertando contra o meu, realmente o calor foi muito maior, ela me perguntou “Melhor assim” eu murmurei que sim, acordei algum tempo depois completamente sem sono, Nádia estava abraça a mim, o calor estava grande eu sussurrei “Amor?” ela me respondeu com um gemidinho questionador “Hum?” eu disse “Está acordada?” ela disse “A algumas horas” ela estava imóvel a algumas horas apenas para me esquentar, ela me disse “Está quentinho aí?” eu disse “Está ótimo meu anjo, obrigado” ela disse “Meu braço está dormente” e riu baixinho, eu perguntei “Por que estamos sussurrando?” ela riu alto e disse “Não sei” eu também ri, afundei mais minha cara em seus seios grandes e quentes, agarrei um deles com as mão cheia, não coube em minha mão pois era muito grande, ela gemeu e disse “Ai amor” abocanhei o outro seio, seu biquinho estava saliente, lambi e senti pequenos saliências em volta do bico, estava arrepiada, ela se ajeitou na cama de maneira confortável, beijei-a no pescoço e agarrei seus seios com as duas mãos, ela gemeu e sussurrou “Safado” eu subi e pedi um beijo na boca, ela me deu um beijo bem gostoso e molhado, também estava quente como seu corpo, mordeu meu lábio inferior e eu perguntei “Amor, você está com febre?” ela franziu a testa e disse “Acho que não, por que?” eu disse “Você está muito quente” ela falou “É, meu vulcão não entra em erupção faz tempo, você não me come mais” e eu disse “Você me disse que precisava repousar” ela sorriu e disse “Se fizermos com cuidado não tem problema” sorri e retomei o beijo, me posicionei com a perna em cima dela, com cuidado para não fazer peso em sua barriga, beijei-lhe o pescoço e mordi, ela disse rindo “Te amo” eu fui até seu rosto e a olhei nos olhos dizendo “Eu também te amo, meu amor” ela me agarrou e puxou-me para ela, nos abraçamos e nos amassamos, ela desceu sua mão e pegou no meu pau, não estava totalmente mole, mas também não estava duro, ela me empurrou e se ajoelhou dizendo “Que coisa feia, não tem mais tesão em mim” assim que disse isso o cobertor caiu e vi seus seios grandes, brancos com bicos rosados, sua bucetinha com poucos pelinhos, levei minha mão à sua bucetinha e meu pau cresceu, ela disse “Ah, agora sim” pegou meu minha rola com a mão inteira e puxou a cabeça para fora, encostando a mão em minha glande, isso me arrepiou, ela me acariciou a cabeça do pau novamente e eu fechei os olhos, senti então uma coisa quente e molhada em minha rola, sua boca maravilhosa, meu pau entrou gostoso e em um segundo estava totalmente molhado, ela subiu e me deu um beijo, senti o gosto do sexo na boca e o cheiro dele no ar, ela se virou de costas para mim e esfregou a bundinha durinha e meu pau, abracei-a e mordi seu pescoço, agarrei seus seios com força, ela gemeu e me chamou com o dedinho, aproximei meu ouvido e ela falou “Para de putaria e me da rola, eu quero rola”, empurrei-a para que ficasse de quatro, meu pau parecia maior que o normal, eu estava com muito tesão nela, posicionei meu pau na sua bucetinha e pincelei no seu cuzinho, ela disse com voz de veludo “Aí não amor!”, passei a cabeça na entrada de sua bucetinha abrindo os seus lábios, ela gemeu e riu amo mesmo tempo “Isso, aí mesmo” empurrei meu pau devagar, entrei e curti cada centímetro, ela gemia baixinho e rebolava devagar e falou “Ai amor, ta muito gostoso, não para” quando meu pau entrou totalmente nela deixei-o ficar dentro, fiz ele pulsar, a cada vez que pulsava ela gemia e dizia hora que me amava, hora que estava delicioso, tirei o pau de dentro de uma vez e coloquei de volta, ela urrou de tesão e socou a cama, sua bundinha estava empinada em minha direção, vi seus pés descalços e seu corpo nu, ela me chamou novamente com o dedinho e eu me aproximei ela falou “Sabe quando eu disse ontem a noite que não iria tomar banho?” eu disse “Sei, o que tem” ela disse “Eu menti” e riu, eu disse “Ah é? Vamos ver” tirei meu pau e abri sua bundinha, seu cuzinho estava rosado e piscando, estava cheiroso, dei uma lambida e ela gemeu alto “Ai, cachorro, cachorro é que lambe o rabo!” dei outra lambida ela riu alto e disse “Me fode amor, me fode” coloquei a rola dentro dela de novo, e aumentei o ritmo, ficamos assim um tempão, até que gozei como louco dentro dela, ela gozou junto comigo, a anos não gozávamos juntos, foi fantástico, ela ri quando goza, ela caiu de bruços na cama e ficou rindo e falou “Amor, amor... isso foi demais, te amo muito” eu cai ao seu lado e disse “Também te amo”.
Minutos depois Dani apareceu na porta e disse “O Galera do pornô, vamos parar de trepar e vir tomar café?” Nádia disse sem se mexer “Bom dia careca” Dani disse da cozinha “Bom dia” eu disse “Amor, vamos tomar um bainho?” ela concordou e fomos para o banho, nos lavamos rápido, nos secamos rápido também, coloquei uma bermuda e uma camiseta, Nádia saiu nua, fui atrás, chegamos na cozinha e Dani estava no balcão nos esperando e disse ranzinza “O Café já está esfriando” e continuou a tomar café, Nádia se aproximou dela e a abraçou, Dani olhou de rabo de olho e perguntou “O que foi?” Nádia disse carinhosa “Eu te amo, sua careca chata” ela disse “Para Nadi, eu não gosto que você me chame de careca, que droga” Nádia disse “Ta bom Dani, eu paro” Dani sorriu e disse “Então eu também te amo” se virou rápido e deu um beijo nos lábios de Nádia, Nádia disse “Que sem vergonha, roubando beijo” Dani sorriu e continuou concentrada, estava lendo algo na mesa” Nádia saiu da cozinha e voltou para o quarto, Dani olhou para seu corpo mediu-a de ponta a ponta e falou “Você ta cada vez mais gostosa ein Nadí, será que quando eu ficar mais velha vou ficar gostosa assim” Nádia pareceu não ter ouvido, continuou em direção ao quarto, eu sentei do outro lado do balcão e vi o olhar perdido de Dani em direção ao quarto e falei “Claro que vai”, ela me olhou sem expressão no rosto e disse “Hãn?” eu disse “Vai ficar linda sim, quando tiver a idade dela”, a expressão enigmática de Danielle deu lugar a um sorriso e um olhar meio, ela esticou o braço e pegou em minha mão e disse “Bom dia meu anjo” eu sorri e disse “Bom dia”, ela falou “Fiz café para vocês” Nádia voltou e perguntou “Você tava falando comigo?” Dani disse “Não, deixa” tomamos café e conversamos pouco, ficamos lendo jornal e Dani lia algo em seu IPad.
A campainha tocou, puxei o interfone e olhei na câmera, era Táta com sua mãe, falei pelo fone “Está aberto” e apertei o botão de abrir o portão, Táta entrou e logo atrás um rapaz que ela puxava pela mão. Eu disse para as meninas “Ela está acompanhada” e Dani disse toda empolgada “Deve ser o Pedro, eles reataram o namoro” Táta chegou na cozinha “Bom dia família”, se aproximou de Nádia e deu um beijo no rosto da tia “Tia, esse é o Pedro, meu namorado”, Nádia disse “Prazer em conhecê-lo Pedro” ele, muito educado disse “O Prazer é meu Dona Nádia”, Táta apontou para Dani e Dani disse “Oi Pedro” ele levantou a mão e mostrou a palma falando “Oi Dani” Táta o puxou para mim e me cumprimentou com um beijo na bochecha, me olhando nos olhos ela disse “Tio Rafael, esse é meu namorado o Pedro” e seu rosto se tornou apreensivo, Pedro esticou a mão para mim e disse “Prazer em conhecê-lo” hesitei por um segundo, todos devem ter percebido, mas estiquei a mão e dei-lhe um aperto forte dizendo “Bom dia”, as três ficaram me olhando, olhei para cada uma delas, não tinha o que dizer, olhei de novo para o rapaz e disse “Senta ai, toma café com a gente” percebi que ele ficou sem graça, mas aceitou o convite, assim que sentou Dani puxou assunto com ele e ficaram conversando, ele, assim como eu também trabalhava com tecnologia.
Terminamos de tomar café, eu não disse uma palavra, fiquei concentrado no jornal. Admito que fiquei realmente com ciúmes, vi Táta abraçada com ele, sendo beijada e amada, Nádia se levantou e disse “Amor, me ajuda aqui rapidinho” e saiu em direção à sala de casa, assim que cheguei na sala ela me puxou pelo braço “O que foi aquilo?” e eu disse “Aquilo o que?” ela falou “Você tratou mal o rapaz” e eu disse “Não tratei ninguém mal, eu estava lendo, pensando em outra coisa” ela me olhou e falou “Olha, eu sei que a Táta é o mais próximo que você tem de uma filha...” eu interrompi “Não a vejo como uma filha, sei o que ela é” e ela me perguntou “E o que ela é?” gaguejei e disse “Sua sobrinha, digo, minha sobrinha, a Táta ué” ela disse “Você está com ciúmes dela?” eu disse “Ciúmes? Não, por que estaria?” ela disse “Você é um péssimo mentiroso, deixa a menina namorar, ela não vai gostar menos de você por isso”, antes que eu pudesse responder ela saiu e subiu a escada, parou no alto e apontou para mim, em seguida para o próprio olho como quem diz “Estou de olho em você” fiquei meio perdido com isso, estava tão claro assim que eu estava com ciúmes dela? Eu não queria interromper nada na vida dela, queria deixa-la livre, mesmo o processo de deixar Nádia transar com outros homens foi doloroso para mim, até eu colocar na cabeça que ela me amava e que não seria trocado por outro homem eu sofri muito, claro que não falei nada disso para Nadia, ela disse que eu era um péssimo mentiroso, mas eu só era péssimo quando queria.
Voltei para a cozinha e Dani vinha em minha direção, ela colocou a palma da mão em meu peito e me fez voltar de costas para a sala, assim que parou cruzou os braços e me olhou com uma cara sarcástica eu perguntei já sabendo da resposta “O que foi?” e ela disse balançando a cabeça negativamente “Ciuminho? Coisa feia” eu disse “Eu não estou com ciúmes cacete” e ela falou “E Está nervoso por que?” eu me sentei e falei “Ah, ta bom, to com ciúmes, deixa pra lá, vou me controlar e etc e tal” ela se abaixou e levantou meu queixo com o dedo dizendo “Ei, gatinho” olhei para ela, ela continuou “Lembra da conversa que tivemos ontem? Sobre eu ter um namorado?” eu disse “Sim, lembro” ela disse “Essa vai ser a sua reação quando me ver com outro cara?” eu pensei na resposta, mas não a tinha naquele momento, fiquei calado, o silêncio durou quase um minuto, ficamos nos encarando, e ela disse “Foi o que eu imaginei”, Táta e Pedro vinham estavam se aproximando, Nádia desceu as escadas e falou “Amor, tem que tirar as malas lá de cima, não consigo tirar, ta muito pesado” e eu disse “Nadí, não faça esforço eu já falei” me levantei e bati de leve com as costas da mão no braço de Pedro, todos me olhavam apreensivos e eu disse “Cara, me da uma ajuda aqui” ele sorriu e disse “Claro, Sr. Rafael” subimos as escadas e eu puxei a escada do sótão, o andar de cima, puxei as pesadas malas, eram três, Dani havia trazido-as do Canadá dei uma para Pedro que ficou embaixo e disse “Cuidado que pode quebrar”ele pegou sem muito esforço e colocou no chão, dei as outras duas, uma por uma e ele as pegou, colocando-as no chão, desci da escada e falei “Obrigado” ele disse “Sem problemas” e eu disse “E aí, estão namorando a quanto tempo?”, ele coçou a cabeça e falou “Voltamos a uns três dias, ela já tinha falado de mim para o Senhor?” eu disse “Ela havia comentado” ele olhou para baixo eu continuei “E por que terminaram da ultima vez?” Dani subiu a escada correndo e falou “Já pegaram” e saiu puxando as malas para o quarto e falou “Pedro, a Táta ta precisando de você lá embaixo” ele fez que havia entendido com a cabeça e desceu, levei as malas para o quarto junto com Daniele e ela me disse “Você não estava interrogando o garoto né?” e eu disse “Não, estávamos só conversando” ela abriu a mala e disse “Sei, só conversando”, Dani usava uma camiseta preta bem justa e uma saia que ia até os joelhos, era verde escura, ela se abaixou e eu a encoxei, ela se levantou e falou “Não, cuidado pra ele não ver” eu falei “Ele desceu, relaxa” apertei seus seios, coloquei a mão embaixo de sua blusa e ela inclinou a cabeça para trás me dando um beijo e falou “Vamos arrumar as malas amor, depois, se der tempo a gente faz um amor gostoso tá?”, dei um beijo no seu pescoço e a abracei forte, ela tentou sair e eu a segurei com mais força, ela disse “O que foi amor?” soltei-a, ela se virou e pegou meu rosto com as duas mãos “Fala pra mim meu anjo, o que você está pensando” eu disse “Eu to com ciúmes da Tatá sim” ela disse “Você nunca mostrou muito interesse por ela, mas sempre gostou dela né?” eu disse “Sim, sempre tive medo de me aproximar muito e magoar você ou a Nadí” ela sorriu e me abraçou a cintura “Seu bobo” ficamos assim uns minutos e ela falou “Você sente algo por ela né? Descobriu isso depois que transaram?” e eu disse “Sinto sim, eu gosto muito dela, considero ela parte de nós” Dani disse “Nós?” e eu disse “Sim, nós, Nadí, Você, Táta e Eu” Dani sorriu e passou a mão no meu rosto falando “Você não existe, você é lindo demais” fiquei olhando sem compreender muito bem e ela falou “Você não precisa ter ciúmes dela, nem de mim, independente da nossa vida vamos ser sempre suas, seus amores”, respirei fundo e abracei-a pela cintura, suas mãos subiram por minhas costas e ela sussurou “Eu sou só sua tá, de mais ninguém, te prometo” apertei-a contra mim.
A tarde foi agradável, terminamos de arrumar as malas, comemos e conversamos, nos dirigimos ao aeroporto, Pedro foi conosco para trazer o carro de Dani de volta, segundo Táta, ele tem direito a três vagas na garagem de sua casa, e pode deixar o carro lá, por isso não iríamos gastar com estacionamento, e ele viria nos buscar na volta.
Entramos no avião, não conseguimos acentos lado a lado, ficamos Nádia e eu, e atrás de nós Dani e Táta, não preciso nem dizer que elas ficaram chutando a cadeira do avião e me enchendo o saco a viagem toda, mas adorei a viagem, fizemos uma conexão antes de pegarmos o voo direto para o Caribe assim que o avião pousou no aeroporto eu já estava exausto, horas e mais horas dentro do avião me deixaram esgotado, Dani estava toda acesa, acho que acostumou com viagens longas, nos levantamos e ela falou para mim “Ânimo meu, se a gente estivesse indo pra minha casa teríamos que aguentar o mesmo tempo de viagem daqui até lá, estamos no meio do caminho” eu sorri e ela olhou para Táta e Nádia, que estavam visivelmente esgotadas e falou “Ai gente, vocês são muito moles”, no táxi Táta e Nádia dormiram ao lado de Dani no banco de trás, eu fui no banco da frente determinado momento Dani me perguntou “E ai, para que lugar do caribe a gente vai primeiro” eu pensei e disse “Ué, não estamos no Caribe?” e ela disse “Claro né, mas to falando em que país a gente vai” perguntei surpreso “Caribe não é um país?” ela riu da minha ignorância e depois perguntou “Sério?” não respondi nada e ela disse “Ai amor, Caribe é uma região, tem vários locais, vamos seguir o roteiro da sua irmã, eu perguntei “Aonde estamos agora?” e ela disse “Bahamas, mas faz diferença?” eu olhei para trás e sorri para ela e ela me disse com um sorriso nos lábios “Você não faz ideia de onde estamos né?” eu ainda sorrindo fiz que não com a cabeça e ela falou “Depois eu é que sou capial”.
Chegamos no hotel, era lindo, grande, branco, assim que o taxi parou carregadores vieram e pegaram as malas, exatamente como em filmes, nenhum lugar que eu já tinha visto isso acontecia com essa rapidez, se bem que eu nunca tinha ficado hospedado em um hotel desse naipe, tentei parecer revigorado, mas estava muito cansado, Nádia e Táta estavam parecendo zumbis, se arrastando até o saguão, Dani conversou com a recepção, pegou nossos documentos e enquanto eu cuidava para que as meninas não caíssem e dormisse no chão do saguão Dani voltou com quatro plaquinhas retangulares e disse “Pronto, essas são nossas chaves”, cada um de nós tem uma chave” Dani olhou para mim e disse “Sua irmã é difícil ein, implorei para que ela colocasse nós quatro no mesmo quarto mas ela disse que não dava, então vamos ficar em dois quartos diferentes” pegou no meu braço e disse olhando para Nádia “Eu e o Rafa no 9022 e a Nadí e a Táta no 9023” e deu um largo sorriso, Nádia despertou do transe zumbi e disse “Vai sonhando”, subimos e entramos primeiro no meu quarto, uma gigantesca cama de casal, hidro, mini piscina e uma janela gigantesca que ia do chão ao teto com cortinas douradas, via luzes lá fora mas o horizonte estava completamente negro, imaginei que era o oceano, deitei na cama e Nádia deitou ao meu lado, senti mais dois baques, logo percebi que era Dani e Táta, Nádia disse “Nem pensar, as duas já pro quarto de vocês” elas saíram a contra gosto, Nádia levantou e disse, amor, vamos tomar um banho estou morrendo de cansaço, nos banhamos rapidamente e voltamos para cama, deitamos nus, o ar condicionado amenizava mas fazia um calor fortíssimo, adormeci.
Acordei com a campainha do telefone, atendi e era o balconista “Sr. Rafael, a Senhorita Danielle quer falar com o senhor, posso passar a ligação?” e eu disse “Claro, pode sim” pensei que algo errado poderia estar acontecendo, assim que ele passou a ligação ouvi a voz suave de Dani “Oi amor” eu disse com sono “Oi Dani, ta tudo bem?” ela disse “Está tudo ótimo” eu disse “Por que ligou?” ela falou “Só para te contar o que eu estou fazendo” eu fiquei curioso e disse “O que você está fazendo?” ela disse com a voz mais safada e dengosa possível “Estou fazendo um amorzinho gostoso” eu disse “Ah é? Com quem?” ouvi uma risada no fundo e uns gemidos, Dani completou “Com a moreninha mais linda do mundo” meu pau ficou alerta na hora, elas estavam transando e eu disse “Quer que eu vá aí?” e ela falou “Não, já tem rola suficiente aqui hoje” eu ri e disse “Por que você me ligou” ela falou “Só para você saber que eu e a Táta vamos trepar muito aqui, eu vou trepar muito com você, você vai ver amanha, dorme que amanhã eu te pego seu cachorro, e depois...” ela não terminou a frase, gemeu, parecia que estava gozando, retomou o telefone e disse “depois você vai ver, te amo” e desligou. Fiquei um tempão tentando dormir, encoxei Nádia, minha rola estava completamente dura, mas ela não acordava, peguei em seus seios, em sua bucetinha, e depois forcei a entrada de seu cuzinho, ela não teve reação, achei melhor parar, ela estava dormindo pesado, comecei uma deliciosa punheta e pensei e como Dani era sacana fazendo isso, me deixaria com tesão e não daria para mim, comecei a pensar e várias coisas e adormeci novamente.
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