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#mesas de comedor negras
qfabraywrites · 1 year
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Contemporary Patio - Patio Inspiration for a mid-sized contemporary side yard tile patio remodel with a roof extension
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tecontos · 2 years
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Que tesão na minha gostosa !
By; Denis
Meu nome é Denis, tenho 32 anos, e me casei há 6 anos com a Rute, de 38. No começo éramos um casal bem ciumento um com o outro (ela ainda é, na verdade), mas eu sempre adorei ver filmes pornográficos e me masturbo pelo menos uma vez por dia, quando nós dois não transamos.
Alguns anos depois de casado, comecei a ter um certo tesão em ver minha esposa com outro, por causa de cenas de sexo amador que via nos sites. Principalmente cenas com temáticas cuckold. Ainda mais quando o comedor em questão era um homem negro. Era minha enorme fantasia ver minha esposa com um negão da piroca bem grande, ainda mais que ela é branca, eu adoro o contraste (eu sou mulato, e sempre formamos um casal bonito).
A primeira vez que falei da minha fantasia ela desconfiou, como era de se esperar. Fui convencendo-a aos poucos, sempre no meio da transa, mas às vezes fora dela, dando aquela encoxada pela casa e sussurrando em seu ouvido que queria vê-la fodendo gostoso com um negão.
Comecei procurando pela internet, sempre tem de tudo. Mas tinha um porém; ela é gordinha. Eu sempre me atraí pelo tipo, me apaixonei por ela e pelo corpo, mas tenho noção que existe muito preconceito e gordofobia por aí, não é todo homem que gosta e não é todo homem que tem capacidade de dar conta de uma bela BBW como ela, de peitos enormes e rosados e bunda gigantesca.
O primeiro homem que achamos foi horrível, eu fiquei com tesão mas a experiência foi ruim que eu sinceramente desconsidero. Era um moleque branquelo. O segundo, esse sim foi uma experiência digna de nota, tanto que filmei e tirei fotos. O conhecemos em um site especializado, inclusive.
E depois da foda maravilhosa (mas meio rápida) que ele proporcionou para ela, o mesmo nos disse que havia uma mulher que organizava festas liberais particulares na cidade. Como moramos no interior de Minas Gerais, não existem boates de Swing aos montes, como no Rio e em São Paulo, então essas festas poderiam ser nossa opção de liberar nossas fantasias.
Pois bem, conseguimos entrar em contato com a Ju, organizadora, e começamos a nos preparar para nossa primeira festa liberal. Ela nos adicionou no grupo de WhatsApp do evento, e lá eu comecei a soltar fotos da minha Rute, principalmente de sua bunda, para que os homens ficassem loucos, o que de fato ocorreu. Um deles demonstrou um enorme interesse, Valter, um moreno magro mas que mostrou ser educado e ter um pau bem grande, e praticamente já marcamos com ele que a Rute seria dele.
O dia da festa chegou e lá fomos nós, a minha esposa com um vestido curtinho que fiz questão de presenteá-la. Sentamos em uma mesa, bebemos, conversamos e rimos. Valter chegou depois da gente, mas os dois pareciam tímidos demais para tomar alguma iniciativa, então vi que caberia a mim agir.
Vale salientar que um outro homem me chamou a atenção, esse sim um negão grande, forte e provavelmente com uma piroca enorme, o Jorge. Mas voltando ao Valter, em uma ida ao banheiro, vi que outra mulher que lá estava, também gordinha mas não tão peituda, havia colocado as tetas para fora para que ele chupasse. Imediatamente fui até minha esposa e disse;
- “é melhor você agir rápido, ou ele vai comer aquela fulana”.
Como a bebida já havia batido, imediatamente ela se levantou, foi até o Valter quando ele estava sozinho e o puxou para o quarto. Na casa haviam quartos abertos com luz negra, onde o pessoal podia foder à vontade, mas sempre abertos para quem quisesse assistir. E então começou a ação.
Ela sentou na cama e já colocou o pau dele para fora, uma rola negra e comprida. O boquete da minha Rute é o melhor do mundo, isso não tem como negar, e o cara já foi a loucura, assim como eu, que já estava louco de tesão e coloquei também a pica pra fora, assistindo de longe ela mamar com vontade. Ela chupava até as bolas, subia e descia, colocou os melões para fora e fez aquela espanhola deliciosa.
Depois de muito chupar, o Valter apenas abaixou as calças e colocou a camisinha, enquanto ela tirava o vestido e a calcinha. Ele então se deitou no colchão do quarto adjacente e ela foi por cima. Me lembro até hoje de seu gemido quando aquela piroca entrou, tão alto e cheio de tesão, música para meus ouvidos. Ela ficou ali em cima rebolando, gemendo gostoso enquanto eu tocava uma sem parar, me segurando para não gozar pois queria mais.
Outros casais foram ali para o quarto e começaram a transar também, deixando aquele cheiro delicioso de sexo no ar. Um desses casais era o Jorge e a gordinha que não conseguiu dar para o Valter. De longe eu via ela sentando com força no pau dele, tão grande quanto eu havia imaginado. Eu não sabia mais para onde olhar, aquilo era o paraíso para um voyeur como eu.
Eis então que minha Rute e o Valter terminaram sua foda, ao mesmo tempo que o Jorge e a outra. Eu já havia conversado mais ou menos com ele, e havia notado os olhares de interesse que ele lançava para minha gordinha. Era então a minha chance de ver uma trepada épica. Minha mulher já se vestia quando a indiquei com a cabeça para que o João se aproximasse. Ele se levantou e veio, aquele mastro negro gigante ainda duro. Disse algo para Rute que não ouvi devido à musica alta, mas nem precisei saber. Safada como ela estava, na hora ela abaixou e abocanhou aquela piroca com tanta vontade que meu pau chegou a doer de tão duro que estava.
Sem se fazer de rogado, ele a deixou de bruços e foi por cima, jogando todo seu corpo em cima daquela bunda e estocando com vontade. Eu adoro tirar fotos para me masturbar depois, e registrei cada momento daquilo. O jeito como ele a segurava, as estocadas como um touro nervoso, a expressão de prazer do meu amor, se deliciando naquele pau enorme…
Foi sem dúvida o melhor encontro liberal que tivemos, e depois que ele acabou ela ainda queria mais comigo, sendo minha vez de castigar aquela buceta melada de tanto que ela gozou. Melada e larga, meu pau de tamanho médio deslizava com enorme facilidade após ela ter sido arrombada por aquele cavalo. Gozei profundamente em poucos instantes.
E essa foi nossa melhor experiência no meio liberal, mas não foi a única. Todo mês eu fico ansioso pelas festas da Ju, doido para ver minha gordinha, meu amor, minha querida, nas mãos de negros fortes e garanhões, se tornando a puta que eu adoro que ela seja, sendo satisfeita por pirocas alheias.
Enviado ao Te Contos por Denis
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wingzemonx · 2 months
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Monique Devil - Capítulo 17. Lo Mejor para el Equipo
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Capítulo 17. Lo Mejor para el Equipo
Ya había anochecido cuando Karly decidió que el progreso de Monique era lo suficientemente satisfactorio como para mostrárselo a Lily al día siguiente, y por consiguiente podían irse al fin a casa. A Monique le sorprendió lo exigente y perfeccionista que Karly podía ponerse con esos temas, tanto que la hizo por un momento extrañar los entrenamientos de su madre; pero sólo un poco. Al menos eso era un buen indicativo de que Karly tenía potencial para ser una buena capitana, como había dicho que deseaba ser. Y con lo dedicada y hábil que era, Monique no tenía duda en que lo lograría.
A la hora que se desocuparon, evidentemente no había ningún autobús, así que Karly se ofreció a llamar al chofer de su abuela para que fuera por ellos, y llevar a Monique y Billy a sus casas. La primera aceptó, pero el segundo optó por irse caminando, por más que le insistieron. De camino a la casa de Monique, en el asiento trasero del vehículo, Karly le mencionó que de hecho no tenía claro en dónde vivía Billy exactamente, y nunca había conocido a sus padres. Eso le pareció curioso, pero no demasiado extraño. Era un muchacho reservado, después de todo; quizás simplemente no quería que vieran dónde vivía, un sentimiento con el que ella podía sentirse identificada, al menos hasta hace poco.
El vehículo se detuvo frente a su casa, y tras agradecer el aventón y una rápida despedida, se bajó y caminó hacia la puerta. Karly no perdió la oportunidad de decirle que mañana debía lucirse ante de Lily, y Monique le prometió que lo intentaría. Al menos esperaba ya no lastimar a tanta gente.
Una vez que el vehículo y Karly se alejaron, ingresó a la casa arrastrando un poco los pies por el cansancio.
—¡Monique! —escuchó que pronunciaba en alto la voz de su padre en cuanto la puerta se cerró a sus espaldas. Al alzar su mirada, no tardó en vislumbrar la alta y delgada silueta de su padre delante de ella, como siempre con su característica capa negra envolviéndole. La miraba con una expresión de marcada molestia, con sus brazos en asa y manos contra su cintura—. ¡¿En dónde estabas?! Me tenías muy preocupado.
Monique parpadeó un par de veces, algo desconcertada. Esa preocupación paternal sería usualmente algo normal en cualquier padre cuya hija de casi dieciséis años llegara un poco tarde a casa. Sin embargo, no era algo a lo que Monique estuviera del todo acostumbrada.
—Hola —masculló despacio, y avanzó con cuidado por el vestíbulo en dirección al comedor—. Les mandé un mensaje avisándoles que me quedaría más tarde en la escuela para practicar. ¿No lo leíste?
—¿Mensaje? ¿Qué mensaje? —exclamó Harold, sonando casi ofendido por la pregunta—. Si hubiera un mensaje, este tonto aparatito…
Al mismo tiempo que lanzaba su queja al aire, introdujo su mano en el bolsillo del pantalón y extrajo su teléfono. En cuanto encendió la pantalla, el distintivo sonido de una notificación se hizo notar. Harold calló al instante, centrando su atención en la pantalla y, muy seguramente, en el mensaje al que Monique hacía referencia.
Mientras su padre se ocupaba de ello, Monique dejó su mochila sobre la mesa un segundo, y se aproximó al refrigerador en busca de algo para comer. En todo el día no había podido siquiera tener un descanso para almorzar, así que su estómago le rugía en busca de algo que aliviara su malhumor.
—Bueno, eso no importa —lanzó Harold como conclusión final, introduciendo su teléfono de nuevo en su bolsillo—. Lo que sí importa es que tu madre llegará más tarde por su turno extendido en el hospital. Así que es el momento justo para seguir con nuestra lección.
—¿Ahora? —exclamó Monique sorprendida, con una pieza de pollo frito de la cena de hace dos noches a centímetros de su boca.
—Sí, ahora —recalcó Harold, bastante emocionado cabía decir—. Ven, vamos afuera —añadió justo antes de dirigirse con prisa hacia la puerta que daba al patio.
—No sé, papá… Estoy un poco cansada, y hambrienta…
—¡Andando! —incitó Harold ya en la puerta—. ¡No hay tiempo que perder!
Y sin más, salió casi de un salto hacia el patio. Monique suspiró, regresó la pieza a su pollo al refrigerador, y siguió con paso resignado a su padre hacia afuera.
Harold se paró a mitad del patio. Miró al cielo, e inhaló profundo por su nariz el aire nocturno. A Monique le pareció particularmente entusiasmado, y viniendo de él era de hecho decir mucho.
—¿Y qué tal? —masculló volteándose hacia ella con una amplia sonrisa—. ¿Ya te sientes más preparada para hacer tu rugido?
—Apenas llevo un día como animadora, papá —musitó Monique con voz perezosa.
—Más que suficiente para hacer arder tu fuego interno. Y aunque no sea así, debemos aprovechar que no está tu madre y pasar al Paso 2 del proceso.
Aquello captó ligeramente el interés de Monique, y la hizo alzar su mirada y poner un poco más de atención. ¿Le enseñaría tan pronto el Paso 2?
Harold la miró fijamente. Sus ojos centellaban de emoción, y su sonrisa se estiraba hacia los lados, haciendo que su rostro entero adoptara un aire maquiavélico.
—Ya que dominaste el rugido…
—Yo no dije que hubiera dominado nada —intentó corregirle Monique, pero Harold prosiguió sin hacerle caso.
—Ya que dominaste el rugido, y dejaste salir tu fuego hacia el exterior, ahora debes jalarlo de nuevo a tu interior.
Se hizo el silencio justo después de eso. Monique aguardó, esperando que diera algún otro detalle, pero no lo hizo. Al parecer esa era toda la explicación del Paso 2.
—¿Qué? —exclamó la joven, claramente confundida.
—Jalarlo de nuevo a tu interior —repitió Harold sin más—. Tan fácil como exhalar y luego inhalar.
—Usualmente primero se inhala y luego se exhala, papá.
—Pues aquí no. Tienes que soltar toda tu energía al aire, y luego jalarla de nuevo hacia ti. Exhalar e inhalar.
—No creo comprender a qué te refieres…
—Sólo inténtalo, y lo entenderás —insistió Harold—. Lanzar tu rugido al aire, y luego jala la energía hacia tu cuerpo.
Monique suspiró con pesadez, y se talló sus ojos con sus dedos; un poco por cansancio, un poco por clara frustración. Creía que la explicación del rugido había sido confusa, pero eso resultaba aún peor. Comenzaba a cuestionarse si su padre en verdad le estaba enseñando como convertirse en Dragón Negro, o sólo le estaba gastando algún tipo de broma.
Lo que fuera, sería mejor hacerlo de una vez y terminar con eso, para así poder irse a comer algo y dormir.
—De acuerdo —susurró Monique para sí misma—. Grito, y jalo. ¿Qué puede salir mal?
Se paró entonces derecha, agitó un poco sus piernas y brazos para soltarse, y cerró los ojos. Respiró lentamente, e intentó visualizar en su mente todo lo que había hecho ese día con Karly. Los movimientos, el espíritu que ésta le aplicaba a cada uno, y el contagioso entusiasmo que siempre traía consigo.
Aún con los ojos cerrados, comenzó a moverse rápidamente, replicando paso a paso la rutina que estuvieron practicando una y otra vez, hasta que su cuerpo la memorizó a la perfección. Concluyó por supuesto con el salto hacia atrás, que logró ejecutar con gran precisión. Y justo cuando sus pies tocaron el suelo, se paró derecha, alzó sus brazos al aire, y dejó escapar toda esa energía en forma de un largo y fuerte grito:
—¡¡Wuuuuuuh!!
El resonar de su voz cubrió la noche, y reverberó a su alrededor como las ondas de un lago.
—Lo siento, eso sonó más como un aullido, ¿verdad? —susurró Monique preocupada, entreabriendo uno de sus ojos.
—No, no, no —se apresuró Harold a responder—. Estuvo perfecto. Ahora jala la energía de regreso a tu cuerpo. Inhala con fuerza.
Monique resopló con ligera molestia, pero acató la instrucción.
—Bien. Jalo de nuevo la energía a mí….
Inhaló profundamente por su boca y nariz, al mismo ritmo que bajaba sus brazos, y en su mente intentaba visualizar como aquel grito que había lanzado volvía a ella junto con el aire que entraba a su cuerpo. En verdad no esperaba que ocurriera nada…
Pero ocurrió…
Un instante después de que sus brazos estuvieran por completo a sus costados, y el aire inflara sus pulmones, Monique sintió de pronto una fuerte sacudida que le recorrió el cuerpo entero, desde el centro de su pecho, extendiéndose hacia todos lados como si una fuerza eléctrica viva recorriera sus venas hasta las untas de sus pies y las manos.
La joven abrió grande sus ojos, y sintió que el aliento se le cortaba por unos instantes mientras ese choque de energía la agitaba por dentro. Era como un terremoto que hacía vibrar cada uno de sus huesos, y hacía que su piel entera ardiera. Era una sensación muy, muy extraña, casi dolorosa, pero, al mismo tiempo… bastante estimulante.
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Sus piernas flaquearon, incapaces de sostenerla a ella y el peso de lo que sea aquella fuerza que la aplastó hacia abajo. Cayó de rodillas al césped del patio, y hubiera quizás quedado de narices contra éste de no haber interpuesto sus manos para así evitarlo.
Se quedó quieta en su sitio, sus ojos aún bien abiertos contemplando la tierra debajo de ella, incapaz de darle forma consciente a cualquier pensamiento por unos momentos. Luego, aquel cumulo de emociones comenzó poco a poco a menguar, disipándose en el aire como su grito.
—¿Qué…? —fue lo primero que logró pronunciar, una vez que su mente y cuerpo se aclararon lo suficiente—. ¿Qué… qué fue eso?
Alzó su mirada, casi con miedo, hacia su padre. Éste la observaba, de pie delante de ella, con una sonrisita complacida en los labios.
—Lo sentiste, ¿verdad? —susurró con tono de complicidad—. Esa fuerza recorriendo tu cuerpo entero desde la cabeza a los pies, como un choque eléctrico que te energiza. Eso que sentiste, querida, son las fuerzas del Submundo respondiendo a tu llamado.
—¿Las qué? —exclamó Monique, aún más aturdida que antes.
—Hablamos de ellas en una de tus lecciones hace años, ¿no te acuerdas?
—Ah… —balbuceó Monique, dudosa. Lo cierto era que usualmente se le pegaba la mitad de las cosas que su padre le explicaba, y al parecer esa no había sido una de ellas.
Harold suspiró con pesadez, pero sin espera pasó a explicar.
—Son las energías vitales que hacen que este mundo gire; las fuerzas que mantienen el equilibrio entre la vida y la muerte, que nacen desde lo más profundo de la tierra, y se filtran hacia nosotros como el aire mismo que nos rodea. La mayoría de la gente no puede verlas o sentirlas; no como lo hace el Señor del Mal. Gracias a tu herencia, posees una habilidad única que te permite, no sólo sentir estas energías, sino usarlas a tu favor. Cuando lanzas tu rugido al aire, lo que estás haciendo es un llamado a estas fuerzas, que acudirán sin dudarlo a ti, y sólo a ti. Y cuando ellas vengan y se remolinen a tu alrededor, lo único que debes hacer es jalarlas hacia tu interior, y dejar que tu cuerpo las asimile y las haga suyas. Ese será justo el combustible que te dará el poder suficiente para convertirte en el Dragón Negro.
Monique escuchó azorada toda aquella insólita explicación. Entonces, ¿todo era en serio? ¿El rugido y luego inhalarlo de regreso a ella? ¿En vedad ella podía hacer algo como lo que describía?
Harold sonrió aún más ampliamente. Y como si le hubiera leído la mente, añadió al instante:
—Sí, así es cómo funciona. Sólo el Señor del Mal es capaz de llamar a las Fuerzas del Submundo a voluntad, y usarlas como arma. Ese es el segundo secreto del poder del Señor del Mal. Y hay un par más, que si logras comprenderlos y dominarlos todos, serás completamente invencible.
—Entonces… —susurró Monique en voz baja, alzándose lentamente, recuperando lo mejor posible su compostura—. Si jalar esa energía a mi interior es lo que tengo que hacer, ¿por qué no me transformé?
Harold soltó una pequeña risilla, casi burlona.
—Nadie lo logra en su primer intento, ni siquiera tú —señaló agitando una mano en el aire—. Tu cuerpo tiene que aprender a asimilar las Fuerzas del Submundo. Además de que a tu rugido aún le falta algo de potencia. Pero recuerda el primer secreto: tú tienes en ti todo el potencial que te heredaron tus antecesores. Así que no me sorprendería que pudieras hacerlo la siguiente vez sin problema.
—Entonces, ¿puedo intentarlo de nuevo? —inquirió Monique, inusualmente emocionada.
—Oh, no —indicó Harold, negando con la cabeza—. Eso que hiciste es suficiente por hoy. Trabaja más en tu rugido, y lo intentaremos de nuevo en un par de días. ¿De acuerdo?
—De acuerdo —respondió Monique con voz ausente, asintiendo.
Harold se aproximó a ella, y le dio un pequeño pero cariñoso beso en la coronilla de su cabeza, y siguió andando en dirección a la casa.
—Ahora descansa —le indicó con un tono un poco severo.
—Sí, eso haré —masculló Monique.
Una vez que su padre ingresó a la casa, se quedó un rato más ahí afuera. Alzó su mirada contemplando el cielo, pero tras unos segundos cerró los ojos, y volvió a inhalar lentamente por su nariz. Ya fue significativamente menor, pero fue claro que esa energía en el aire seguía ahí. El saber que algo como eso acudiría a ella en cuanto la llamara, resultaba un poco aterrador. Aunque claro, también bastante emocionante.
—Increíble… —susurró despacio para sí misma.
¿Qué más podría ser capaz de hacer con los poderes del Señor del Mal?
— — — —
La mañana del viernes comenzó bastante parecida a la del jueves. Monique de nuevo tuvo que acudir a la escuela con su uniforme de animadora, tuvo permiso de ausentarse a las clases (o al menos eso era lo que Karly seguía afirmando), y en su lugar fue directo al gimnasio con el resto del equipo. Y claro, Billy también hizo acto de presencia desde las gradas para observar todo a una distancia segura.
Pero la diferencia más notable ocurrió cuando Monique comenzó a practicar la rutina de calentamiento con los demás. Al principio había reticencia, incluso temor, en las expresiones de los otros, pero éstas fueron mermando conforme fueron avanzando y, en esta ocasión, nadie salía herido de ningún modo. De hecho, Monique en esta ocasión lograba moverse con bastante más sincronización, al ritmo de sus compañeros. Aún no era del todo perfecto, por supuesto, pero en comparación con el día anterior ciertamente era una notable mejora.
La propia Monique estaba impresionada con su progreso. No creía que pudiera lograr tanto en tan poco tiempo. No pudo evitar preguntarse si esa pequeña dosis de energías sobrenaturales que habían entrado a su cuerpo la noche anterior podría tener algo que ver. O, quizás, simplemente había tenido una muy buena y exigente maestra.
Terminada esa rutina, y una más sin que hubiera ningún altercado, los ánimos de todos los presentes parecían estar encendidos de buen ánimo y energía. Incluso algunos aplaudieron contentos, entre ellos la capitana.
—Excelente trabajo a todos —indicó Lily con entusiasmo, parándose delante de su equipo—. Y en especial tú, Monique —añadió enfocando su mirada en la joven de piel gris en la primera fila—. Has progresado maravillosamente en tan sólo un día. Y, lo más importante, has demostrado con lujo esas habilidades que tanto me habían impresionado en un inicio.
—Muchas gracias… capitana —respondió Monique entre respiraciones agitada debido al reciente ejercicio. Se giró entonces hacia Karly, de pie a su lado, y colocó una mano sobre su hombro—. Todo se lo debo a Karly. Ella es la que me ha enseñado cómo hacer todo esto, en especial a moverme en sincronía con las demás.
Su comentario fue acompañado de una ronda de aplausos adicionales, esta vez dirigida a Karly. Las mejillas de la jovencita se ruborizaron, pero una amplia sonrisa de orgullo se dibujó en sus labios.
Todos los presentes se veían contentos, excepto uno. Billy, desde su asiento en las gradas, presenciaba todo aquello con una mueca que resulta indescifrable. Parecía molesto o, incluso, preocupado.
Tras un rato, Lily alzó sus dos manos, indicándoles a todos que dejaran de aplaudir, y así lo hicieron.
—Pues muy bien por las dos —indicó la capitana, asintiendo—. De hecho, estoy tan impresionada con su progreso, que he tomado una decisión.
Aquello dejó un tanto expectantes a los presentes. Lily se tomó un momento, quizás para aumentar la emoción. Se paró delante de todo el grupo, justo enfrente de Monique. Y dirigiendo su mirada a todos, como un rey a punto de dar un discurso a su pueblo, pronunció alto y claro:
—Haremos un pequeño cambio en las posiciones de la rutina para la competencia. Monique, mañana tú tomarás la posición del centro en la formación, y ejecutarás el salto principal de la última parte.
Las caras de todos mutaron al instante, y permanecieron en sepulcral silencio mientras sus mentes intentaban procesar aquellas palabras. Y una vez que eso ocurrió, su reacción fue de hecho bastante sincronizada.
—¡¿Qué?! —exclamaron en alto prácticamente todos los presentes, incluidas Monique, Karly, e incluso Billy desde las gradas.
—Pero, pero… —musitó Karly, azorada e incluso aturdida—. Ese… es… mi salto.
Monique se giró a mirarla, sus ojos llenos de asombro. Sólo había alcanzado a comprender hasta ese punto que Lily estaba indicándole que debía participar de improvisto en la competencia de mañana. Pero era más que eso: le estaba prácticamente diciendo que debía tomar el lugar de Karly.
—No, esperen —espetó Monique, alzando sus manos en señal de alto—. No haré tal cosa, de ninguna manera.
Su queja pareció secundada por algunas voces más entre el grupo, siendo la más notable la de Daphne, que sin dudarlo se abrió paso para encarar a la capitana de frente.
—¿Qué estás diciendo, Lily? —le cuestionó con moderada severidad—. ¿Estás sacando a Karly de la formación para meter a una completa novata? ¿Un día antes de la competencia?
—Eso es injusto —exclamó con fuerza otra más de las animadoras—. Karly se ha esforzado mucho en practicar ese salto, y lo domina a la perfección. Y esta chica no lleva ni dos minutos en el equipo.
—Y aunque no fuera así, no puedes cambiarnos la formación un día antes de la competencia —añadió uno de los chicos del equipo con marcada molestia—. Es una locura.
Todos comenzaron a hablar al mismo tiempo, soltando comentarios en la misma línea. El descontento era generalizado, y la propia Monique no podía estar más que de acuerdo con todos ellos. La única que no parecía compartir su sentir, era claramente Lily…
El rostro de la capitana se fue tornando cada vez más duro y severo, conforme todas esas quejas se iban acumulando. Sus ojos centellaron de ligera rabia, y toda su postura pareció tensarse. Era claro que no le gustaba que su equipo entero le diera la contra.
—Silencio, todos, ¡ahora! —exclamó con fuerza, su voz resonando en el eco del gimnasio, acompañada de un fuerte pisotón de su pie derecho contra la duela que retumbó aún más que su grito.
Al instante, todos, incluso Daphne y Karly, quedaron en absoluto silencio, con sus bocas bien cerradas como si nunca las hubieran abierto en realidad.
—¿Qué les pasa? —les cuestionó Lily con severidad, caminando de un lado a otro y fijando su atención en cada uno—. ¿Acaso se convirtieron de pronto en un montón de cobardes que le temen a los retos? La rutina seguirá siendo exactamente la misma que ya hemos ensayado tantas veces. Solo reemplazaremos a Karly por Monique, como habríamos hecho con cualquier otro reemplazo de alguien en reserva. No es gran cosa.
—¿Qué no es… gran cosa? —musitó Karly, incrédula, en voz muy baja. Lily claramente no la escuchó, o decidió ignorarla, pues siguió hablando sin más.
—Si hago esto es porque estoy totalmente convencida de que será lo mejor para el equipo. Con Monique en el centro de nuestra rutina, de seguro ganaremos el campeonato. Esa es mi decisión como capitana; y quien la cuestione, quedará fuera de la competencia, y del equipo —soltó con un tono de clara amenaza que reverberó en los oídos de todos—. Así que, ¿alguien tiene algo más que decir?
Todos permanecieron callados, incluso desviando sus miradas hacia otro lado, como si se sintieran avergonzados. Monique no podía creer que en serio unas cuantas palabras de esa chica pudieran causar tal efecto en ellos, hacerlos cambiar su actitud de un segundo a otro. ¿De eso era capaz la chica más popular de la escuela?
—No puedo hacer eso —recalcó Monique con firmeza, dando un paso al frente para encarar a Lily—. No estoy ni remotamente lista para algo así. Karly es la que debe competir; este es su salto, su rutina.
—No te preocupes por Karly —masculló Lily con indiferencia—. Ella está totalmente de acuerdo con el cambio. ¿No es cierto, querida?
Al pronunciar aquella pregunta, los ojos de la capitana se colocaron fijos como dagas en la joven Bethan, que se puso claramente tensa ante esto. Lily avanzó hasta colocarse justo delante de ella, y se agachó sólo lo suficiente para poner su rostro a la altura del de Karly, para poder verla directo a los ojos.
—Eres novata, tendrás muchas otras oportunidades de competir en el futuro. Además, alguien que aspira a ser capitana, de seguro entenderá la importancia de seguir instrucciones sin chistar. ¿No es cierto?
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Karly vaciló un momento, claramente nerviosa. Pero tras unos instantes, sus labios dibujaron una tímida sonrisa, que fue evidente para todos que intentaba forzarla por todos los medios.
—Sí, Lily —susurró despacio—. Estoy de acuerdo. Yo participaré… la siguiente vez.
—Ese es el espíritu de trabajo de equipo que me gusta sentir —exclamó Lily, claramente complacida. Se incorporó de nuevo, y se viró hacia el resto del equipo—. Ahora, descansen quince minutos, y luego ensayaremos la rutina con Monique.
Y antes de que cualquiera pudiera decirle cualquier otra cosa, se dio media vuelta y caminó presurosa hacia la puerta del gimnasio. Todos permanecieron en silencio, y quietos como estatuas en su sitio, hasta el momento exacto en el que Lily salió y las puertas se cerraron detrás de ella.
—¿Ha perdido totalmente la razón? —exclamó una de las animadoras mayores.
—¿Cómo puede creer que es una buena idea meter a la competencia a una novata que apenas está entendiendo cómo es esto? —añadió otra más con el mismo sentimiento.
El descontento generalizado se hizo de nuevo presente, aunque ninguno parecía ya dispuesto a dejarlo salir en presencia de Lily.
—Cálmense todos, por favor —intervino Daphne, intentando apaciguar las agua de alguna forma.
—¿Calmarnos? —espetó una de las animadoras de segundo año—. Daphne, hasta tú tienes que aceptar que esto es una locura.
—Tienes que hablar con ella y convencerla —suplicó otra más, y otros se unieron a su réplica.
Daphne suspiró, algo agotada, aunque no físicamente.
—Lo intentaré, ¿de acuerdo? Hablaré con ella y le transmitiré todas nuestras inquietudes. Pero hasta entonces, haremos las cosas como Lily nos indicó. Quince minutos y volvemos.
Dicho eso, ella también se dirigió con paso presuroso hacia la misma puerta por la que Lily se había ido; con suerte, con intención de ir y hablar con ella.
La cabeza de Monique le daba vueltas. No comprendía qué rayos acababa de ocurrir, o cómo había llegado a tal situación. Hace dos días ni siquiera le pasaba por la cabeza ser una animadora, ¿y ahora querían que participara en una competencia? ¿Y por qué? ¿Qué clase de lógica extraña hacía creer a Lily que esa era una buena idea?
Pero por encima de todo, lo que más le ocupaba era otra cosa; o, más bien, persona.
Se giró en ese momento hacia un lado, en donde hasta hace un segundo Karly se encontraba de pie a su lado. Pero cuando vio, notó que se encontraba a ya varios pasos de distancia, alejándose hacia un costado del gimnasio.
Monique se apresuró a ir detrás de ella sin vacilación, y no fue la única. Billy igualmente ya se había bajado de las gradas, y se dirigía en su misma dirección con paso presuroso.
—Karly —exclamó Monique en alto para llamar su atención, pero ella siguió avanzando sin mirarla—. Karly, espera, por favor. No haré esto, es una locura.
—Estoy totalmente de acuerdo —añadió Billy, que ya la había alcanzado para ese momento y caminaba a su lado—. Esa chica en verdad se ha vuelto loca…
—No te atrevas a hablar así de Lily, ¿oíste? —espetó Karly con firmeza, girándose de lleno hacia Billy y señalándole con un dedo amenazador—. Y por supuesto que lo harás —añadió inmediatamente después, fijándose ahora en Monique—. Es tu deber como parte del equipo.
—No me importa el equipo, me importas tú —declaró Monique en alto con firmeza—. Te esforzaste demasiado por esto, no es justo que te lo quiten así, y menos por mí.
—Eso no importa, ¿qué no lo entiendes? —recalcó Karly, negando con la cabeza—. Lo único que importa es hacer lo mejor para el equipo.
—¿Y cómo es lo mejor para el equipo que yo, una total novata que apenas se está acostumbrando a esto, participe y tú quedes fuera?
—Pues… pues…
Aunque hasta hace un momento parecía bastante segura y firme en su postura, fue evidente su vacilación y duda al momento de intentar responder esa pregunta, así como lo complicado que le resultaba darle forma en su cabeza a las palabras.
—¡No lo sé! —exclamó tras un rato, exasperada—. Pero de alguna forma debe de serlo, o Lily no lo hubiera decidido. Por algo ella es la capitana, y sabe lo que hace. Y no quiero escuchar a ninguno de los dos cuestionarlo.
Al lanzar esa última instrucción, rozando un poco a amenaza, miró respectivamente tanto a Billy como a Monique, y ambos guardaron silencio, justo como se los pedía. Después, imitando un poco el accionar de Lily, Karly se dirigió a la otra salida del gimnasio sin ningún destino claro. Monique y Billy sintieron por igual el impulso de ir tras ella, pero ambos se abstuvieron de hacerlo; de seguro necesitaba estar un poco a solas.
Monique dejó escapar un largo y pesado suspiro, y se dejó caer de sentón en una banca cercana. Se veía, y se sentía, derrotada.
—Esto no tiene sentido —musitó con voz acongojada—. Se suponía que sólo estaría unos días para probar, ¿y ahora tengo que hacer el salto principal en una competencia? ¿Y quitarle el puesto a Karly?
—No tienes que hacer nada de esto, ¿lo sabes? —recalcó Billy, cruzándose de  brazos—. Puedes simplemente negarte. Esa chica no puede obligarte a nada.
—Pero si no lo hago, Karly no me lo perdonaría. Es claro que todo esto significa mucho para ella.
Soltó un pequeño quejido, casi doloroso, y ocultó su rostro detrás de sus manos. Y por primera vez en su vida, deseó que alguna criatura aberrante del Submundo hiciera acto de presencia para intentar matarla; al menos con eso sí sabía cómo lidiar.
—¿Qué voy a hacer? —soltó como una vaga pregunta al aire. Y aunque claramente Billy sabía que la pregunta no era para él, igual dio una respuesta. No una muy útil, pero al menos sincera.
—Ojalá lo supiera —masculló el muchacho en voz baja, mirando hacia la puerta por la que Karly se había ido.
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83liss · 2 months
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Eternal Avenger (8) 
Un Roba Familias 
El reloj marcaba las tres en punto, y la tarde primaveral en Nueva York se desplegaba como una sinfonía perfectamente orquestada. El sol, en su cenit, derramaba luz dorada sobre la ciudad, bañando los rascacielos y las calles en un brillo cálido y acogedor. El cielo, despejado y azul, se veía interrumpido únicamente por unas pocas nubes blancas, suaves y esponjosas, que se desplazaban lentamente, como barcos en un océano sereno. 
En Central Park, el pulmón verde de la ciudad, la primavera se manifestaba en todo su esplendor. Los cerezos estaban en flor, sus ramas cargadas de pétalos rosados que caían como una lluvia delicada con cada brisa. Los caminos serpenteantes del parque estaban animados por el bullicio de familias con niños pequeños que corrían y reían, parejas de enamorados que paseaban de la mano, y solitarios lectores que se refugiaban en los bancos, inmersos en sus libros bajo la sombra acogedora de los robles. 
El sonido del tráfico, normalmente una cacofonía discordante, parecía suavizado por la magia de la primavera. Los taxis amarillos se deslizaban por las avenidas, sus conductores disfrutando del clima a través de las ventanas bajadas. Las bicicletas compartidas de Citi Bike pasaban rápidamente, llevando a ciclistas que aprovechaban la tarde perfecta para un paseo relajante. 
En el mercado de agricultores en Union Square, los puestos estaban llenos de colores vibrantes. Las frutas y verduras de temporada, frescas y brillantes, atraían a compradores que se detenían a conversar con los vendedores sobre las cosechas. El aroma de pan recién horneado y flores de primavera llenaba el aire, creando una mezcla embriagadora que despertaba los sentidos. 
Cómo cada viernes la camioneta negra se estacionó frente a la preparatoria número 5 de Nueva York. Sam sonrío viendo a Karli salir conversando con su amiga Morgan. Un poco más atrás, Joaquín venía jugando a empujarse con Peter, ambos chicos hijos adoptivo de sus amigos Steve y Tony Roger. Sus hijos subieron a la movilidad y esta arranco. El fin de semana en casa de su padre Sam y su papi James empezaba, y promet��a ser tan divertido como siempre. 
Hacía ya un par de años que la pareja se había mudado a Staten Island, un barrio tranquilo y accesible de Nueva York. Un lugar donde se combinaba la proximidad a la ciudad con un ambiente más residencial, ideal para criar a los hijos del primer matrimonio de Sam. La casa era de estilo brownstone, que dejaba a la vista los ladrillos. Era grande y espaciosa, con tres pisos, incluyendo un sótano y un ático. Tenía un pequeño jardín en la parte de adelante con plantas y flores, y un jardín trasero para actividades al aire libre. 
La sala de estar era amplia y acogedora. Sus muebles cómodos, una chimenea decorativa, y una gran televisión combinaban el estilo moderno de Sam con toques rústicos de Bucky. La cocina era moderna y bien equipada, con electrodomésticos de acero inoxidable, encimeras de cuarzo, y una isla central con taburetes. Estaba pensado para que ambos hombres pudieran cocinar juntos. El comedor contaba con una mesa grande para cenas con amigos y familiares. Decorado con arte y fotografías de Joaquín y Karli. Una puerta antes de salir hacia atrás se habia habilitado una habitacion como gimnasio. El jardín trasero era ideal para una barbacoa y un espacio para relajarse, reflejando la hospitalidad de Sam y la necesidad de Bucky de tener un lugar tranquilo. 
En el segundo piso estaba la habitación principal, de Sam y Bucky, era espaciosa, con una cama king-size, baño privado con ducha y bañera, y un amplio vestidor. Decorada con una combinación de elementos modernos y rústicos.  Frente a esta, estaba la de Joaquín, quien, a sus 17 años, le había dado a la habitación un aspecto juvenil, decorándola con temas deportivos. contaba con un escritorio para estudiar, una cama cómoda, y espacio de almacenamiento. Tenía posters de sus intereses y una pequeña área de entretenimiento.  
Al lado de la principal estaba la habitación de Karli. Era habitación luminosa y alegre, decorada con colores vivos y detalles que reflejaban sus intereses. Una cama cómoda, un escritorio para hacer la tarea, y espacio de almacenamiento para juguetes y libros. Reflejando que le pertenecía a una niña de 12 años. Cada una con su baño privado.  Al final del pasillo estaba el estudio de Bucky, y frente a este, el de Sam. Mientras que el ático servía como espacio de almacenamiento adicional. 
Bucky terminaba dos sándwiches cuando escucho una voz a lo lejos que lo llamaba emocionada, por lo que sonrió sin dejar de trabajar 
¡Papi! – decía Karli – ¡Papi, ya llegué!  
Lo sabe – dijo Joaquín –. Escucha tus gritos desde que subimos al auto de papá en el colegio 
¡Idiota! – dijo Karli 
¿A quién le dijiste idiota, idiota? – reclamo Joaquín 
¿Qué hemos dicho de llamarnos así? – dijo Sam entrando  
¡Ella empezó! – dijo Joaquín 
¡Mentira papá! – grito Karli 
Ok, ok – dijo Bucky abrazando a ambos chicos para besarles la frente a cada uno – ¿Por qué mejor en vez de pelear, no suben y dejan sus cosas en sus habitaciones y vienen a comer algo? Quiero que me cuenten todo lo que hicieron durante la semana 
Ya escucharon a papi – dijo Sam – vamos, vamos, arriba y sin pelear – agrego mientras los chicos obedecían – ¿y al padre de los revoltosos, no lo vas a saludar? 
No se – dijo Bucky coqueto mientras Sam se acercaba para abrazarlo por la cintura – soy un hombre felizmente casado 
¿Ah, ¿sí? – susurro Sam acercándose – ¿y no podrías hacer una excepción por hoy? 
¿Señor está proponiendo serle infiel al gran amor de mi vida? – dijo Bucky 
Solo conmigo – susurro Sam antes de besarlo – te amo 
Papi tengo hambre – dijo Karli entrando a la cocina 
Y yo – dijo Joaquín siguiéndola 
Ya somos tres – dijo Sam 
Entonces a comer – dijo Bucky 
Bucky le había pedido a Karli ayudarlo con la ensalada, por lo que se lavó las manos y de un salto se sentó en el mesón. Tomo tomó el Bol y lo colocó en medio de sus piernas cruzadas Mientras empezaba el resumen de todo lo que le había pasado en esa semana 
Y Kate me dijo que todas las chicas lo hacían – dijo Karli dándole una mordida a su sándwich 
Si y no – dijo Bucky – Es cierto que cuando uno está en su último año de preparatoria tiene novio, y a veces se pasa a segunda base, pero siempre ser debe responsable. Estar consciente de lo que ello implica. Pero no te preocupes. Tú eres muy bonita y seguro tendrás un montón de chicos a tus pies dispuestos a hacer lo que tú quieras con tal que vuelques a mirarlos – y Karli sonrió 
¿De qué novio hablan? – pregunto Sam entrando – y me parece una excelente idea que mi princesa no tenga novio hasta los cincuenta años 
¿Qué? – grito la chica – ¡Papi! – protesto buscando ayuda 
Cincuenta van a ser las semanas que duermas en el sofá, si vuelves a decir esas tonterías – sentencio Bucky y la chica sonrió ante la mirada aterrorizada de su padre 
Si bien la calle donde vivía con su madre estaba bien, a Karli siempre le había fascinado donde lo hacia su padre. La calle estaba llena de frondosos árboles y un parque al que solían ir. Le gustaban sus casas adosadas de estilo brownstone, típicas de Nueva York, que combinan elementos clásicos de ladrillo rojo con detalles de hierro forjado en las escaleras exteriores. Cada una con su propio encanto y carácter único. 
Tenía arboles altos que bordeaban la acera, proporcionando sombra y un ambiente verde agradable. Los pequeños jardines delanteros siempre estaban bien cuidados, con una variedad de plantas y flores que añadían color y vida a la calle. Su tráfico moderado, ideal para que los niños jueguen y las familias paseen con seguridad. Cerca estaba Prospect Park, donde iban a jugar mientras su papá y su papi hacían ejercicio 
Karli había salido a botar la basura cuando vio a la señora Agatha Harkness. No la había tratado mucho, pero se veía una mujer amable. Sabia por su mamá que habían vecinos cuando sus padres aún estaban casados. Sin embargo, Joaquín le había dicho una vez que era una bruja, de las que hacen encantamientos. E incluso afirmaba que la había visto salir volando en su escoba durante una noche de luna llena. Su padre lo había escuchado y lo había dado un buen regaño 
Cariño – dijo la mujer acercándose – ¿Cómo estás? 
Bien – dijo la chica sonriendo 
Puedes confiar en mi – dijo Agatha –. Si necesitas hablar con alguien, aquí estoy. Me imagino lo difícil que debe ser tener que crecer llamando papi al hombre que destruyo tu familia 
¿Destruyó? – pregunto la chica sorprendida 
¡Ay Dios! ¿Qué hice? – dijo Agatha apenada – tú no sabes nada 
¿saber qué? – dijo Karli  
No – dijo Agatha – olvídalo. Hable sin pensar – he hizo ademan de alejarse 
Espere señora Harkness – dijo la chica – por favor. Explíqueme 
No creo que yo deba… – dijo Agatha 
Por favor – insistió Karli 
Bueno, cómo ya sabes, yo conozco a tu padre desde antes que tú nacieras, cuando aún estaba casado con tu mamá – dijo Agatha –. Ellos eran tan felices hasta que… 
Bueno, ellos se dejaron de amar – dijo Karli – eso les pasa a muchas parejas 
Pero en el caso de tus padres mucho influyo que Bucky se metiera en su relación – dijo la mujer – después de todo fue amante de Sam durante años.  
¿Qué? – susurro la chica – ¿amante? Está equivocada señora. Mi papá y mi papi se enamoraron mucho después del divorcio de mis papás  
No – dijo Agatha –. Incluso supe que tu madre se embarazó de ti en un intento por salvar su matrimonio 
Karli – grito Joaquín –, papi te habla 
Pregúntale a tu madre – dijo Agatha antes que la chica se fuera 
El resto el fin de semana, Karli estuvo extraña, algo ausente. Los adultos lo notaron, pero fue Bucky quien atribuyó esa actitud a la edad de la chica. Como de costumbre, el domingo por la noche, Carol pasó a recoger a sus hijos, y aprovecho de molestar a Sam insinuándosele a su esposo. 
_______________________ 
Era viernes y la campana de la escuela sonó con un tono vibrante y metálico, anunciando el final del día. La tarde primaveral en Nueva York estaba en su punto álgido, el sol bañaba la ciudad con su luz dorada, mientras una brisa ligera acariciaba las mejillas de los estudiantes que se desbordaban por las puertas de la preparatoria. 
Los edificios de la escuela, con su ladrillo rojo desgastado y ventanas altas, parecían brillar bajo el sol. Los estudiantes salían en grupos, sus risas y voces mezclándose con el murmullo distante del tráfico. Las mochilas colgaban de los hombros de manera despreocupada, algún medio abiertas, dejando asomar libros y cuadernos que habían sobrevivido a otro día de clases. 
En la acera, los árboles, recién florecidos, desplegaban sus hojas verdes y sus flores blancas y rosadas, esparciendo un aroma dulce que se mezclaba con el olor de la tierra húmeda y el asfalto calentado por el sol. Un grupo de chicas se detuvo bajo un cerezo, sus risas chispeantes como campanas mientras intercambiaban anécdotas del día. Más adelante, algunos chicos encendían sus patinetas y bicicletas, listos para surcar las calles con la libertad de la tarde. 
Algunos con auriculares, sumidos en sus propios mundos, otros charlando animadamente, aprovechando cada segundo antes de separarse. Los autobuses llegaban con un suspiro, las puertas se abrían y cerraban, tragando a los jóvenes pasajeros y llevándolos hacia sus destinos. Padres esperaban en autos estacionados, saludando con una mezcla de alivio y afecto a sus hijos. Los abrazos y besos eran breves, pero significativos, antes de que las puertas de los autos se cerraran y los motores ronronearan en la tarde. 
Sam y Bucky sonrieron viendo a Joaquín acercarse, pero venia solo y algo nervioso, su caminar lo delataba ¿habría pasado algo? La pareja se miró entre sí y espero a que el chico subiese  
Hola campeón – dijo Sam sonriendo – ¿Qué tal tu semana? 
Bien, papá – dijo el chico 
¿y tu hermana? – pregunto Bucky buscando a la niña con la mirada 
Se fue en bus – contesto Joaquín 
¿Otra vez? ¿Por qué? – exclamo Bucky sorprendido 
¿Ocurrió algo que no sepamos? – pregunto Sam 
Karli… ya no quiere ir a tu casa… nunca más – dijo el adolescente 
¿Qué? – dijo la pareja sorprendida 
¿te dijo “ya no quiero ir donde papá y papi”? – pregunto Sam 
Me dijo “ya no quiero ir donde papá y… Bucky” – dijo su hijo mirando de reojo a su padrastro 
¿Bucky? – pregunto Bucky y Joaquín respiro hondo – ¿Por qué? 
Papi hizo una pregunta – dijo Sam cuando su hijo no respondió 
No lo se. No me dijo – dijo el chico y la pareja se miró entre sí.  
Era obvio que sí, pero no quería confesar. Sam prendió el auto y salieron rumbo a su casa. Karli empezaba a entrar a una etapa difícil, y tendrían que saber hacer las cosas con ella. 
Esa noche, Sam llamo a su hija, pero no contesto, por lo que llamo a ex esposa para saber que ocurría. Carol le aseguro no saber nada, y llamo a su hija. Pero en vista que esta no contestaba, subió hasta su recamara y toco suavemente la puerta 
Karli, papá te habla – dijo asomándose, pero al ver a la chica dormida salió nuevamente – Sam, esta dormida. Le diré que te hable mañana 
Gracias – dijo Sam – Carol… ¿Karli te ha dicho algo sobre ya no venir a casa? 
No – dijo la mujer sorprendida – ¿de dónde sacas eso? 
La semana pasada dio una excusa que acepte – dijo Sam –, pero hoy se fue sola en bus. Hable con Joaquín y me dijo que Karli le había dicho que ya no quiere ir a mi casa y a la de… Bucky 
¿A la de… Bucky? – pregunto la rubia sorprendida – ¿Qué paso con el papi? 
No lo sé – dijo Sam –, pero ya te imaginaras como esta Bucky 
Hablare con ella – dijo Carol –. No te preocupes 
Gracias – dijo Sam al otro lado de la línea – que descanses 
Cuando Karli sintió que su madre había salido, abrió los ojos y exhaló. Estaba decidido, no volvería a hablar con su padre hasta que no abandonase a ese “roba familias” y volviese con su madre, Joaquín y ella. Con su verdadero hogar 
_________________________ 
Hola hola ¿cómo están? Antes de nada, si me leen desde Venezuela, ¡Suerte, y que logren recuperar su país! 
A mis amigos de Perú felicidades por sus fiestas Patrias 
Ahora si ¿qué les pareció el capítulo? Nuevo drama en puerta 
Déjenme sus opiniones y comentarios 
Supieron la noticia de Robert D Jr? Ahora digo yo... 
Si, Robert D Jr será Victor Von Doom y Chris Evans fue Jhonny Storn ¿es correcto shippear a Victor con Jhonny? 
nos leemos el próximo domingo 
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magno7 · 2 months
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Ayer en la madrugada ví está película llamada 120 días en Sodoma y resultó ser hasta sierto punto bastante interesante por el el nivel de fetiches sexuales que el ser humano puede experimentar y hacer, la película muestras los fetiches más extremos hasta los más “normales” solo que los muestran de una manera sádica, mujeres desnudas toda la película, sirvientas atendiendo a las personas desnudas y siendo cojidas mientras tanto y un sin fín de cosas mas.
Les doy está información para aclarar y entender el por qué soñe con lo que soñé, valla la redundancia.
Recuerdo que está en la sala de mi casa, por la ventana del lado exterior de el cuarto de mis abuelos, en la casa no estaban ni mi madre ni mi hermano y muchos menos mis abuelos.
Estaba parado viendo hacia una ventana que da hacia el lado exterior de la casa, y se notaba que habían varias personas sobre todo mujeres y estaban desnudas, ahora que lo recuerdo prácticamente era una orgía de mujeres haciendo de todo en la parte de afuera, y yo estaba adentro de la casa y en uno de los sofás, está una mujer, aparentemente joven de pelo largo que lleva su cabello con trenzas, 2 para ser preciso, le caían una de cada lado de sus hombros, la mujer estaba sentada en los reposabrazos del sofá de tal forma que tenía las piernas abiertas, de caderas anchas, y de pechos pequeños, sus pechos fueron algo en lo que me fijé de primeras pero ahun a si, me acerqué a ella, le empecé a besar el cuello y lentamente recorrí su cuello hasta llegar a sus pechos suaves y lindos senos dejando los mojados y lamidos, dirigo mi mirada a sus piernas abiertas y teniendo toda la intención de penetrarla para eso ya la tenía súper dura, pero en eso veo que a un lago había un vato igual desnudo y me desagrado y me aleje de ella, dejándola con el vato ese, y me dirijo hacia el comedor y había otras personas sentadas en la mesa, no ce que están haciendo pero se que estaban ahi y en el piso está otra mujer, no estaba desnuda, al contrario estaba arreglada, tenía como un tipo suéter de color blanco y se veía suave, y una mini falsa tipo piel de color negro piano, de pelo rubio muy sexi la chica, estaba como dije antes como que estaba haciendo twerking en el piso, se le veía un culazo con esa mini falda de cuero negra, está en 4 en el piso, me acerque, firme pero lento, colocándome detrás de ella mientras ella se sigue moviendo, restregando su rico culo en mi pene, cuando mi pene estaba súper erecto, coloco mis manos en sus caderas, para bajarle la falda poco a poco rosando la falda con su culo hasta quedar al descubierto, su vagina súper húmeda por la excitación comienzo a meter mi verga caliente por su húmeda vagina, con cierta fuerza meto y saco mi pene de su vagina, hasta que de repente noto algo que me impide seguir penetrandola, cuando veo su vagina tenía un dildo transparente metido en su vagina y en ves de sacarlo con la mano, meto más mi pena y sale expulsado de su vagina y me la segui cojiendo y para este punto ella ya está totalmente desnuda de pies a cabeza, al final estando a nada de venirme, me dice que me venga en su boca, quiere sentir mi semen en su lengua, se queda de rodillas y chupándome la verga, me vengo en su luengo.
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factoides-yajan · 7 months
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Factoide #4500
(#4500) ¿Por qué siempre se asocia a la sal con la pimienta?
En la mayoría de los paisajes de mesa occidentales, uno encontrará dos torres solitarias, una de ébano y otra de marfil, dominando la llanura, como restos de una partida de ajedrez olvidada. Sin embargo, la sal y la pimienta no siempre venían en pares, y los dos condimentos se usaron individualmente durante miles de años antes de combinarlos.
Historia de la Sal y la Pimienta
La sal siempre ha sido un principio de sabor y una necesidad para sobrevivir. Como seres humanos, el cloruro de sodio (NaCl) es necesario para la respiración, la digestión, la regulación de líquidos y más. También es una señal de proteína en la naturaleza. Se puede decir que el nacimiento de la civilización se basó en la búsqueda de la sal. Los animales gravitaban naturalmente hacia los lamidos de sal, y los humanos lo siguieron y establecieron asentamientos cerca de él.
El poder de la sal no sólo reside en su función culinaria, sino también en la conservación y medicina. El registro más antiguo de cultivo de sal se produjo en la provincia china de Shangai, alrededor del año 6000 a. C.
La aplicación más popular fue la salazón del pescado para su conservación. Los chinos, los egipcios, y los romanos tuvieron una iteración de eso de alguna forma, ya sea haciendo accidentalmente salsa de soja, momificaciones o antisépticos.
Dada su variedad de usos, la sal se consideraba el primer producto comercializado. Curiosamente, muchas de nuestras frases y palabras comunes se remontan a la sal, al igual que los caminos a Roma. Por ejemplo, "sal de la tierra" o salario, que proviene de la paga de un soldado romano, que era pagado en parte con sal.
La pimienta, en particular la pimienta negra, también tiene un comienzo histórico y glamoroso, muy parecido a su compañero de mesa. Originarios de Kerala, India, los granos de pimienta negra se promocionaban como "oro negro" y se utilizaban como una forma de dinero mercantil, al igual que la sal.
En la antigüedad, la pimienta negra se confundía a menudo y era sinónimo de pimienta larga, su prima más picante. Se le atribuyen propiedades curativas, medicinales y conservantes, especialmente en la medicina ayurvédica. A Ramsés II le metieron granos de pimienta negra en las fosas nasales como parte del ritual de momificación. Ya en aquella época la sal y la pimienta ya se aplicaban juntas.
La pimienta negra era tan buscada que incluso se utilizaba en lugar de dotes, impuestos, y el alquiler, más conocido como alquiler en grano de pimienta. Sin embargo, el significado actual ha evolucionado hacia lo contrario de lo que solía ser. Considerada como un lujo más, la pimienta sólo adornaba las cocinas de los ricos y nobles, principalmente debido a los monopolios en el comercio. No fue hasta la Era de los Descubrimientos que la pimienta se convirtió en un condimento para el ciudadano medio.
La sal y la pimienta se unen
Se decía que el rey Luis XIV era quisquilloso con la comida y no quería que los condimentos dominaran el sabor de su comida.
Francois Pierre La Varenne, el primer chef famoso de Francia y chef real de Luis XIV, escribió el libro de cocina Le Cuisinier François, un libro revolucionario que fue fundamental para impulsar la gastronomía francesa a la era moderna, e hizo una demarcación fundamental entre servir platos salados y dulces en una comida. Los alimentos salados se consumían durante la comida porque estimulaban el apetito. Al final se sirvieron platos dulces; saciando el apetito y apagando las ganas de comer. Esa pequeña modificación en la secuencia del servicio del comedor cambió el papel de la pimienta en la cocina. Ahora, su ámbito se ha limitado a lo salado.
La combinación fue un gran éxito porque la pimienta era la única especia que complementaba la sal y no dominaba el sabor. Desde entonces, el uso de sal y pimienta como condimentos se ha extendido por Europa y América.
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[Publicado originalmente el 9 de Marzo del 2024]
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formidableluzmaria · 9 months
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2024-01-enero5viernesb
Ayudando a Mayra... que parece recuperarsr...
TUVO UN EPISODIO PSICOTICO, EN SUNNYBROOK HOSPITAL, COMO RECOMENDO EV LA DEJARON UNA NOCHE, CON GREG ACOMPAÑANDOLA, LA DIAGNOSTICARON Y LE RECETARON UNAA PASTILLAS QUE EN MENOS DE UNA SEMANA ACABATON CON SUS HALUCINACIONES Y PARANOIAS
Menos mal que puedo conducir, he podido comprar $1,200 + y Greg se ha podido qudar en casa.
"Stagimg' la entrada, el salon, comedor, cocina y baño del apartamento 2416 de Mayra, que estaba horreno, desorganizado y sucio, sucii. Arreglar el fregadero , Mike, $170. Subir arriba los armoires $260 ayer, 2 jovenes: jamaicano y japonesa..
Lamparas, alfombra, pequeño cabinet para el baño, 3 mesas negras para el sofa del salon $200, colchon Bonmatin $300.
Tanto, tsnto por hacer...la casa desordenadisima....en todos los niveles..
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joseandrestabarnia · 1 year
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Título completo: Un bodegón con frutas, verduras, pollos muertos y una langosta  
Artista: Pieter Snijers 
Fechas de artistas: 1681 - 1752 
Fecha realización: 1707-52 
Medio y soporte: Óleo sobre lienzo 
Dimensiones: 118,8 × 99,7 cm 
Resumen de inscripción: Firmado 
Crédito de adquisición: Comprado, 1894 
Numero de inventario: NG1401 
Esta es una muestra de todas las ricas frutas, pescados y aves que se pueden encontrar en la mesa de un hombre rico. Las langostas y el pollo se colocan cerca de la cesta llena de frutas: melocotones, nectarinas y una sola ciruela negra. Junto a él hay un costoso cuenco chino azul y blanco, lleno de fresas silvestres. Los pálidos tallos de los manojos de espárragos brillan en la penumbra, con limones y alcachofas apretándolos a su alrededor. Es una imagen de abundancia. 
Cuadros de este tipo, sin una disposición focalizada y con poco intento de iluminación direccional para resaltar objetos y texturas, estaban destinados a colgarse en los comedores de los ricos, un fondo que se adaptaba a la ocasión sin ser demasiado exigente. 
Información e imagen de la web de la National Gallery de Londres. 
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quandmeme · 1 year
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"Cuando Bertha experimentaba ese arrobamiento <<apenas se atrevía a respirar y, sin embargo, respiraba profundamente. A duras penas se atrevía a mirarse en el frío espejo, pero lo hacía, y éste le devolvía la imagen de una mujer radiante, sonriente, con los labios trémulos y unos grandes ojos oscuros, y un ademán de estar escuchando, esperando, algo [...] divino>>.
Bertha descubre que este arrobo la percepción intensa de lo sensual en lo cotidiano, un eco erótico de la vida diaria. Mientras prepara un centro de mesa para la cena, comienza a notar que hasta la fruta <<tiene un brillo extraño>> que antes no tenía. ¿O si?
Había mandarinas y manzanas con una pátina de color rosa fresa. Algunas peras verdes, suaves como la seda, algunas uvas verdes cubiertas de una pelusa plateada y un gran racimo de uvas negras que había comprado para que hiciesen juego con el color púrpura de la alfombra nueva del comedor. Sí, parecía absurdo y traído por los pelos pero las había comprado precisamente para eso. En la tienda, había pensado: <<Tengo que comprar uvas negras para que la mesa combine con la alfombra>>, y en ese momento le había parecido sensato.
Cuando dejó los racimos, después de hacer dos pirámides con los frutos redondos y brillantes, se alejó de la mesa para admirar el efecto y, realmente, resultaba de lo más curioso, ya que la mesa parecía disolverse en la luz del atardecer y era como si el plato de cristal y el tazón azul flotaran en el aire. Dado su estado de ánimo en aquel momento, la visión le resultó tan hermosa [...] que se echó a reír."
Katherine Mansfield
Robert Furber, "Twelve months of flowers". July, Henry Fletcher engraver.1730.
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elseastian · 1 year
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viaje cervecero
"Uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor"
Tarde otoñal del sábado 27 de mayo de 2023. Estoy ansioso esperando la llegada de un viejo y querido amigo que viene en Uber. Hace apenas unos días regresó de su aventura en el país de la samba y el jogo bonito. Estoy emocionado por escuchar sus historias sobre su primer viaje en avión, su primera experiencia fuera de Chile y sus recorridos por las calles de Sao Paulo. Además, anuncio que traía unos regalitos bebibles.
Acodados en la mesa del comedor, mi amigo comenzó a narrar sus vivencias en esa inmensa ciudad, donde la gente irradiaba simpatía y la sonrisa era pan de cada día. Me comentó que la humedad y el calor lo arruinaron los primeros días. Vio a dos Ze Pequeños robar una gargantilla y echarse a correr. Me habló de bares y cervecerías locales que llenaban los espacios públicos, quizá como aquí lo hacen las farmacias y las botillerías.
En un pequeño bar miró el clásico entre el Flu y el Fla mientras tomaba una ipa y observaba de reojo a una mujer solitaria en compañía de su perrito, sin que nadie la importunara.
Durante nuestra conversación, las risas se entremezclan con los sorbos de cerveza que llegaron desde lejanas tierras, viajando en avión para encontrarse finalmente en una mesa chilena. Comenzamos con una revisión rápida de las etiquetas y decidimos empezar por la que tenía una menor graduación alcohólica. Se trataba de una Belgian Blonde Ale con flores de la cervecería Los Compadres, en colaboración con Ronaldo Rossi.
Esta cerveza, de color anaranjado y con un 6.1% de alcohol, resultó ser muy fácil de beber, con una excelente drinkability. Lo más interesante es que contiene flores de jazmín, lo que le otorga un aroma exquisito. Sin duda, una cerveza especial.
Se las presento aquí:
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también probamos una Russian Imperial Stout, tan negra como el petróleo. De ahí su nombre “Petroleum”, también de la cervecería Los Compadres. Esta cerveza cuenta con una espuma café y una potente graduación alcohólica de 12 grados. Sus notas a café y chocolate se mezclan perfectamente con su contenido alcohólico, convirtiéndola en una buena opción para disfrutar en una fresca tarde otoñal. ¡Esta es una foto de la Russian Imperial Stout!
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Buena tertulia, llena de risas. En parte se las debemos a las historias y a los buenos brebajes. las caras de locos nos delatan. Mi amigo ha explorado una parte de Brasil y, a través de sus cervezas, yo también he viajado a esos parajes.
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zheensecret · 2 years
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Los 4 marginados
Cap. 2:
Intrusos en la escuela.
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- ¡Ey! ¡Wind!- me habló a lo lejos del comedor una persona -amigo- me dijo alegremente una vez que me acerqué a él.
- ¿Listo para el juego?- le pregunto con una gran sonrisa.
Él es mi mejor amigo, he pasado muchos momentos buenos y malos a lado de él.
-Claro, ¿y tú? Capitán del equipo.
-Por supuesto- me rio abiertamente.
-Espera, ya viste eso- me señala con la cabeza a una mesa que se encuentra en la esquina.
En esa mesa se puede ver cómo hay un montón de chicas, todas alrededor de un tipo.
-Ah, sí, es el nuevo, hace una semana que llego, las chicas han estado obsesionadas con él porque es de México- dije sin importancia.
- ¿Y no te molesta que todas estén con él en vez de estar contigo? Como siempre.
-No dije que no lo hiciera, solo que no le doy importancia porque después se aburrirán y volverán a mí... como siempre- Le guiño el ojo a una chica que me observaba a lo lejos.
...
Error, eso fue un gran error, ya pasaron dos semanas más y siguen obsesionadas con el tipo ese.
- ¿Qué no tienes frío?- Aarón me pregunta, yo veo que tiene una gran chamarra... todos tienen grandes chamarras y yo solo llevo una playera de manga corta.
-No- cierro fuertemente la puerta del casillero.
- ¿Qué ocurre...?- lo interrumpo.
-Estoy harto de eso- con mi cabeza apunto hacia el otro lado donde se encuentra Land.
Dos chicas están hablando con él, era más que obvio que él estaba coqueteando con ellas.
-Voy hacer algo- antes de recibir una respuesta de su parte me retiro a su dirección.
En cuanto llegue las chicas me vieron.
-Holaa- hablaron al mismo tiempo en forma encantadora.
-Qué tal chicas, ¿me permiten?- ellas sonrieron y se retiraron.
-Wind ¿cierto?- trata de ser amable.
-Tenemos que hablar- lo tomo del brazo y lo llevo a los baños -. Fuera- le ordeno a uno que se encontraba lavando sus manos.
-Soy hetero- me aclara al instante.
- ¿Qué?
-Solo quiero aclararlo, porque... me trajiste aquí... y lo sacaste... solo...
-Cállate.
-Ni quería hablar.
-Sabes, eres muy extraño, hay cosas que no entiendo, como por ejemplo, que haces aquí. México está muy lejos de Nueva York.
-Mis padres recibieron un ascenso.
-Tus padres no están aquí.
- ¿Y cómo lo sabes?
-Los rumores aquí corren como agua. Y dicen que vives solo.
-Mis padres quieren que aprenda a independizarme.
-Sigo sin confiar en ti- le aclaro.
-Bueno, ese ya no es mi problema- me da una palmada en el hombro -. ¿no tienes frío?
-Que no.
-Bien- sale del baño.
...
Estos días me he estado sintiendo extraño, tengo sueños muy extraños y siempre son el mismo: una gran guerra, una pelea, lo extraño era que los del equipo enemigo estaban cubiertos de armaduras completamente negras, incluso sus cascos. Una clase de guerra medieval.
Otra vez volví a despertarme a mitad de la madrugada, estoy respirando muy rápido, al igual que mi sudor.
Sentí una brisa por mi cara, me resultó relajante. Al pararme enfrente de la ventana me sentí más relajado. Era como si al sentirlo en mi cara fuera liberador.
Fue entonces que dejé de sentir todo. Ya no estoy en mi cuarto, ahora estoy en un campo, el pasto en mis pies es de un verde muy brillante como si lo cuidaran a diario. El azul en el cielo es tan claro, ningún rastro de contaminación. ¿Pero en dónde estoy?
-En tu hogar- una voz se escucha, pero no hay ninguna persona a mí alrededor.
A lo lejos logro ver una luz muy brillante. Poco a poco se empezó a acercar a mí, y conforme iba avanzando empezaba a tomar forma.
Paso de ser una bola de luz, a una persona.
Es una mujer, es casi de mi estatura, solo me gana por unos centímetros. Es casi invisible, parecía como si estuviera hecha de aire, sus ojos brillan en un azul muy claro -casi blanco- su pelo largo hasta sus rodillas. De verdad es bellísima.
-Ya era hora de que llegaras- me habla en un tono calmado.
- ¿Perdón?
-Has crecido tanto.
- ¿Qué?
- ¿Land no te ha contado nada?
- ¿Land? ¿Contarme algo? No ¿Qué debería de contarme? ¿Qué está pasando? ¿Dónde estoy? ¿Quién eres? ¿De dónde me conoces?
-Si me dejaras hablar- yo me quedo callado dándole a entender que empiece -. Veras, será difícil de entender, pero eres mi hijo.
¿Está es una broma verdad? Como es que yo puedo ser su hijo. Nunca la había visto, mis padres jamás me ocultarían algo así.
-Eso no es posible, ni siquiera te conozco.
-Yo soy un espíritu, el espíritu del viento, y tu Wind, eres mi hijo, antes de tenerte tuve que tomar la decisión de dejarte con los humanos para protegerte. Cuando me enteré de que estaba embarazada de ti hice que una mujer te incubara... como un vientre sustituto.
Ahora entiendo menos. Ella continúo.
-Lo hice porque el peligro que nos amenaza a mí y a los demás espíritus es muy fuerte. Y hará todo lo posible por detenerlos. Tú Wind, eres parte de una profecía, eres el segundo elegido, el primero fue Land. Él te contará más, tienes que buscarlo, te dirá todo lo que necesitas saber. Ahora los dos tendrán que ir a buscar a Aqua Cheong.
- ¿Ya te vas?- pregunté al darme cuenta de que estaba diciendo todo como si no tuviera tiempo.
-Siempre que me necesites estaré en tus sueños, si necesitas hablar conmigo solo duerme. Es un portal que te conectará conmigo. Habla con Land y busca a Aqua Cheong. Nos volveremos a ver pronto.
Y de nuevo estoy en mi cuarto, por un momento pense que todo esto había sido un sueño, pero al ver que sigo estando en la ventana empiezoa dudar de que es real y que no.
Al regresar a mi cama en la mesita de noche puedo notar un cuchillo. Su funda tiene un diseño interesante, son ramas plateadas -estas de metal- y el fondo de blanco. El mango también tenía las ramas de metal, todas estas estan entrelazadas hasta llegar a la punta. En ella hay un dragón el cual su cola se entrelaza alrededor de el mango, también es de metal.
Cuando la saque de su funda pude notar que la hoja de el cuchillo es de un blanco muy claro -casi como vidrio- y dentro del hay aire encapsulado que se está moviendo.
Definitivamente no fue un sueño, y es seguro que tendré que hablar con Land.
...
Al llegar a la escuela logro ver a lo lejos a Land -con unos lentes de sol- esta recargado a un lado de las escaleras.
Esperándome.
-No hace falta que me expliques lo que viste anoche, ni me exijas algo, te contaré todo, pero ahora tenemos que irnos a buscar al siguiente elegido- me dice en cuanto me paro enfrente de él.
-Tenía planeado forzarte a que me contarás y explicarás, pero veo que va a ser más fácil de lo que pensaba- el asiente.
-Ya tienen todo arreglado para tus padres, ahorita mismo unas personas les están informando que te han aceptado en una beca para estudiar en Canadá. Llegas, dices que es cierto, subes a tu cuarto, haces una maleta y nos vamos.
-No- digo firmemente.
- ¿No?
-No te conozco, ni siquiera me has contado algo sobre lo sucedido y piensas que me iré contigo así como si nada- él se quita sus lentes.
-Tu madre te ha dicho que debes buscarme, que debemos buscar al siguiente elegido, y...- lo interrumpo.
-Elegida.
- ¿Te dijo su nombre?- pregunta muy impactado.
-Sí, Aqua Cheong.
-Qué raro apellido, en fin. Tienes que venir conmigo, ahora que sabes de dónde vienes los demás vendrán a buscarte.
-1. No sé de dónde vengo, solo sé que al parecer mi verdadera madre no es la que yo creía y 2. ¿Quiénes vendrán a buscarme?- como si quisieran responderme un fuerte sonido de algún animal extraño se escuchó atrás de mí.
Al voltear veo una ¿persona? Totalmente negra. En su cara no había boca, ni ojos, no había nada, solo tenía la forma de su cara. En su estómago estaba su boca, y vaya que era horrible: sus dientes son puntiagudos, su lengua larga y de color gris.
Es muy grande, en sus manos envés de tener dedos tiene largas garras. Es igual en sus pies. Mientras que su cuerpo es flacucho sus brazos y piernas son lo contrario, tiene grandes músculos.
-Ellos.
-Pero que carajos es eso- digo en un tono tan bajo que no sé cómo logró escucharme.
-Iluminados. Son creaciones del espíritu de la luz, antes eran humanos pero cuando él los tocó se convirtieron en eso.
Land saca un cuchillo, hace algo con él, no logro ver qué, pero cuando termina de hacerlo deja de ser un cuchillo y se convierte en una espada.
-Quédate atrás- me ordena, no era necesario. No planeaba moverme.
El lanza su nueva espada hacia el iluminado y esta se entierra en su cabeza. Él se retuerce de dolor, una vez que se quita la espada nos la lanza de regreso con gran fuerza.
Algo en mi reacciono y logro esquivarla antes de que me diera. Yo aún en el piso veo como Land toma de nuevo su espada y ahora la convierte en un arco. El comienza a lanzarle flechas -obviamente no sé de donde las está sacando- el monstruo parece no muy afectado pues se lanza a Land. Con un gran golpe lo avienta hacia los árboles que hay atrás, veo como su cabeza golpea uno y queda inconsciente.
Genial, el único que sabe de esto y queda inconsciente.
Si... voy a morir.
El ilumado se lanza a mí, este me derriba. Su boca deja de estar en su estómago y pasa a su cara, ahora trata de comerme. Con mis manos trato de detenerlo, pero el con sus grandes garras me hace una cortada en la mejilla.
De un momento a otro puedo sentir como deja de atacarme y solo cae encima de mí. Yo lo empujó a un lado para sentarme. Al verlo puedo notar el cuchillo que está en su espalda, al instante levanto la vista para ver a Land respirando agitadamente.
-Solo hay una manera de matarlo- levanta un dedo -, dándole en la cabeza- levanta otro dedo -. Y dándole en el pecho o en la espalda, lo suficientemente profundo para perforar su corazón.
- ¡Que carajos acaba de pasar!
-El fuego los debilita y así es más fácil derrotarlos. Tienen dos corazones, en la cabeza y en el pecho. Son muy fuertes, nunca uses fuerza bruta porque te vencerán al instante. Lo iras aprendiendo- quita del cuerpo su espada, con sus dedos quita la sangre que hay en ella. Es negra.
Yo sigo sin moverme, ahora tengo miedo, mi respiración empieza a acelerar al igual que mi corazón, poco a poco siento como me quedo sin aire.
Él pone una de sus manos en mi hombro.
-Solo relájate- se agacha para verme mejor -. Estas bien, te enseñarán como defenderte.
Sus palabras eran como medicina, una castrante medicina. No lo conozco y me está haciendo relajar, no sé cómo lo hace pero me siento más calmado.
Yo, enojado muevo mi hombro para que aleje su mano de mí.
- ¿Ahora vas a venir conmigo?
-Si- digo de mala gana.
...
-Hijo- mi madre me abraza en cuanto me ve entrar por la puerta -. ¿Lo de la beca es cierto?
-Si- fuerzo una sonrisa.
- ¿Qué te pasó?- me limpia la mejilla donde me había cortado el iluminado anteriormente.
La sangre se ve oscura, y la razón no fue porque así sea la mía.
-Oh, nada. Tengo que ir a hacer la maleta.
-Sí, sí, sí, anda ve, estoy muy orgullosa de ti, pensé que te atendrías a nosotros y a nuestro dinero. Ya no serás un niño mimado.
-Gracias, madre- me subo a mi habitación antes de molestarme por sus innecesarios comentarios.
En mi mochila de viaje meto un par de cambios de ropa -Land me dijo que allá me daran más- también meto mi laptop, cargadores, audífonos, cosas de higiene, unos lentes oscuros, botanas, dos libros, un cuaderno y dinero. Casi olvido el cuchillo que había aparecido la noche anterior.
-Bien mamá, me voy- le grito.
-Espera- me detiene en la puerta -. No olvides llamarnos, tu papá podría visitarte...
-No- digo rápidamente -. Quiero decir, no se molesten, estaré muy ocupado con la escuela y todo eso... será mejor que yo venga a verlos, en festividades, ya sabes.
-Sí, tienes razón, bueno, entonces, llámame todos los días, y cuéntame que tal, te amo mucho, y por favor cuídate, si quieres regresar no dudes en hacerlo, esta casa siempre estará abierta para ti- me da un beso en la frente, y me deja ir.
Cuando salgo de mi casa veo a Land arriba de una Jeep Wrangler color negro.
- ¿Mamita ya te sobo la pancita?- se burla.
-Cállate idiota- me subo al copiloto -. ¿A dónde vamos?
-A Busan- avanza por la carretera.
- ¿Busan? ¿Dónde es eso?
-Está en Corea del Sur.
- ¿Vamos a ir en carro?- pregunto muy impactado.
-Claro que no, vamos a ir en avión.
-Oh... A todo esto, tengo entendido que hay cinco espíritus, el mío es el del aire, el malo es el de luz ¿Cuál es el tuyo?
-Es el espíritu de tierra.
- ¿Hay más de nosotros?
-Sí, muchos más, pero a diferencia de nosotros, ellos solo pueden controlar una cosa.
- ¿A qué te refieres?
-Te lo explicaré cuando los cuatro estemos juntos, no pienso hacerlo tres veces.
- ¿Eso incluye la profecía?
-De eso no se mucho, la profecía se irá revelando conforme los elegidos vayan siendo revelados. Hasta ahora lo único que sabemos es "Cuatro descendientes de cuatro espíritus diferentes serán criados entre humanos, y uno por uno serán revelados..."
-Yo fui el segundo... quiere decir que se acaba de revelar una nueva parte.
-Sí, pero hasta estar ahí no sabremos que dice.
- ¿Ahí donde?
-En nuestro mundo. Los espíritus decidieron irse a un nuevo universo para proteger este planeta.
...
Al llegar a Busan nos quedamos en un hotel, ambos estamos en la misma habitación solo que dormimos en cuartos diferentes.
Land me dijo que en esta ocasión no tendremos que entrar a la escuela pues yo no sé el idioma que hablan aquí -el presumido si sabe-.
Ya está oscureciendo, y aunque no tuviéramos sueño tenemos que dormir.
Ambos ya nos encontrábamos en la cama. Ya estaba a punto de quedarme dormido pero un ruido me despierta. Y creo que a Land también pues cuando me salgo del cuarto lo veo con la misma intención que yo tengo.
Vuelven a tocar la puerta. Land saca su cuchillo y lo esconde para abrirla. Cuando la abrimos vimos que hay nadie, nos volteamosa ver con una mirada de no entender lo que esta pasando.
-Para ser hijos de espíritus y tener dones no son muy inteligentes.
Editado: 30/7/22
En la aplicación de Wattpad ya esta publicado hasta el capítulo 15, si quieren leerlo antes pasen por ahí y voten.
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poetalibre · 2 years
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MARCELO, EL ESCULTOR DEL CONDE
Carlos Peña
Sus manos habían labrado el durísimo mármol por años, es lo que le gustaba hacer y nunca habría ni pensado en trabajar otra cosa. No era un oficio, claro que no, era un arte y así se lo habían venido haciendo saber por mucho tiempo los que le conocían y los que le admiraban, y también sus aprendices.
Desde muy chico, sintió la necesidad de darle forma a la piedra. En cuanto tomaba un guijarro del suelo, empezaba a golpearlo con otra roca y en poco tiempo aparecía la silueta de un caballo o de un toro.
A pesar de eso, sus padres no apreciaban aquel don, y no era porque no se diesen cuenta de que el muchacho tenía muy claras aptitudes artísticas, sino porque lo necesitaban para otros quehaceres. Era el único varón de aquella familia de campesinos. Por lógica natural y por la necedad de la supervivencia, aquel niño era el llamado a seguir los pasos del padre: cuidar de la tierra, atender a los animales, mantener la casa en condiciones normales y cuidar a la familia.
El problema no era cosa simple. Porque perdía el tiempo en tallar sus piedras mientras era hora de cuidar las ovejas o de ordeñar las vacas, o de limpiar los gallineros, o de ir por agua al río; se ensimismaba de tal manera en darle los toques apropiados a aquellas rocas que el tiempo se le iba y era devuelto a la realidad de la vida o con el espantoso grito del padre o en el peor de los casos con un fuerte golpe que lo asustaba y lastimaba mucho más profundamente de lo que parecía.
En ese devenir, lastimoso, se le fueron los primeros años, tuvo que aprender a reprimir sus ansias escultóricas en ciertas horas del día, para evitar los castigos paternales. En casa, las cosas no marchaban de mejor manera, la madre, era igual de autoritaria, más por necesidad que por vocación, había tanto que hacer, desde la mañana hasta la noche. Atender las necesidades de los hermanos menores era una prioridad que no podía dejarse de lado bajo ningún pretexto.
Su suerte cambió un soleado día, en que estando atizando el fuego del caldero, escuchó una voz extraña, era una voz masculina que desde fuera de la casa, reclamaba por ser atendida. El padre estaba ausente, en sus oficios del campo, la madre con mil cosas por hacer, los hermanos clamando por comida, despertigados por toda la casa... y la voz fuerte seguía llamando desde fuera…
La madre, un tanto desconfiada, miró por la ventana y habló con el extraño por unos momentos, luego, se abrió la puerta y él pudo observar desde el fogón, un par de espléndidas botas pisar el viejo suelo de madera. El desconocido fue llevado hasta el pequeño comedor, la madre reclamó su presencia de inmediato.
Se acercó a la mesa y pudo observar el rostro del recien llegado, era blanco, alto, del ojos claros y amables... lo que más le llamó la atención fue su sonrisa... se sintió tranquilo, sin miedo y se acercó aun más. El hombre lo saludó, y lo hizo de una manera que nunca lo había hecho nadie, con una inclinación de cabeza y tendiédole la mano, además lo llamó por su nombre, el cual le había dado a saber la madre a aquel gentil visitante.
Fue enviado al huerto a recoger algunas frutas para el visitante. En el camino de vuelta a la casa, en su acostumbrado mirar hacia el suelo, su vista dio con una superficie blanca; dejó a un lado el cesto con frutas y se dedicó a escarbar el suelo, aquello que había visto era la puntita de algo más grande, era una piedra extraña, blanca con rayas negras y rojizas. De inmediato en su mente empezaron a desfilar toda clase de imágenes de objetos y animales, incluso de personas, que podían ser trasladadas a aquella roca de hermosa apariencia y fría superficie.
Buscó a su alrededor y encontró algunas de aquellas otras rocas, duras que le servían para cortar y dar forma a otras. Y empezó a golpear aquella piedra blanca, la golpeaba por acá y por allá y en cada golpe se desprendían pedacitos blancos que se iban acumulando en el suelo.
Y como siempre, el tiempo se le fue... trancurrió sin que él se diese cuenta... se olvidó de las frutas, de la madre, del amable desconocido y del padre y sus golpes... y claro, fue precisamente esto último lo que lo trajo de vuelta a la realidad... sintió su carne encenderse, y luego el dolor y el ardor penetrantes... todo a la par del grito de aquella voz tan conocida... el padre lo sorprendió agachado en medio del camino, le habló una, dos, tres veces y fue como hablarle a una pared, entonces quitándose la correa de sus pantalones, le propinó un fuerte golpe en la espalda…
Su respuesta fue la de siempre, salir corriendo, llorando y gritando y sin soltar su tesoro... esta vez se dirigió a la casa... olvidando el cesto de frutas a los pies del padre.
Cuando entró a la casa, sabía que más golpes vendrían, la madre estaría enfurecida por la tardanza y ya tendría en sus manos el atizador, listo para impartir la disciplina... más no hubieron golpes esta vez; en el medio del recibidor estaba de pie el amable visitante, observando lo que acontecía, la madre a un lado, roja como un tomate, pero sin el atizador en sus manos, éstas las sostenía sobre sus caderas.
Por alguna razón, en lugar de ir a su escondite, bajo su cama, se refugió entre las piernas del visitante y esperó con ansiedad la llegada del padre. Este llegó, y sin dudas iría a darle una paliza acompañada por mil golpes... pero esto tampoco sucedió... el padre entró y se encontró cara a cara con el visitante. Lo increíble fue que aquel hombre de hierro, de mirada ígnea y voz de huracán que era su padre, puso rodilla en el suelo y bajo la cabeza ante el visitante.
No hubieron regaños... ni golpes... y el silencio que se hizo en la casa hasta le pareció raro... además lo sentaron a la mesa, le dieron pan y miel y un gran vaso de leche de cabra... fue entonces cuando se calmó lo suficiente y escuchó al visitante…
-He sabido desde hace ya algún tiempo que este niño tiene el don de tallar la piedra- dijo el hombre- Y también he observado que ustedes tienen el don de tallarle la espalda a golpes...-
-El niño no merece esta vida… ya ven de lo que es capaz de hacer con sus manos… y pienso que su futuro es mejor en otro mundo… aquí se va a desperdiciar un talento increíble… así que ustedes deciden… eso si… piensen bien lo que van a responder…-
-Pero señor– dijo el padre, – usted sabe que Marcelo es lo único que tenemos para nuestro futuro… no podemos prescindir de él… sería una tragedia para nosotros.-
– Y quedarse aquí, – dijo el visitante – sería una tragedia para él.
-Nosotros no entendemos de artes, señor – dijo el padre– entendemos del campo, de las cosechas, de los animales… ésta es nuestra vida, y Marcelo es parte de esta vida… Mi abuelo crió a mi padre de ésta manera, y mi padre me crió a mí de la misma forma... no conozco otra señor... es la tradición...-
-Ya veo… -dijo el visitante al tiempo que se paraba– entonces no queda alternativa, les dije que pensasen bien lo que iban a responder, y lo que respondieron no es lo que quería escuchar, por lo tanto, he decidido llevarme a Marcelo inmediatamente a palacio… ustedes podrán visitarlo una vez al año si asi lo desean o hasta que él lo permita.
Despues de aquellas palabras, ambos padres se echaron a llorar, él sintió una especie de tristeza al verlos asi, y ya estaba levantándose para ir a abrazarlos cuando el visitante le tomó de los brazos y lo acercó a él diciéndole:
-Marcelo, soy el Conde Migraff, soy el dueño absoluto de todas estas tierras, y quiero que vengas conmigo a palacio, tengo muchas piedras allí, grandes y hermosas, de muchos colores y quiero que las transformes, que las conviertas en aves, en caballos, en cisnes, en muchas cosas… tus padres lloran porque son felices… ellos saben que estarás bien… y te van a visitar… Te va a gustar mi palacio, además conocerás a otros que también aman las piedras y que igual que tú, pueden crear cosas hermosas… ellos serán tus maestros y te enseñaran sus secretos… Ve a traer algo de ropa… no necesitas más… vamos, te espero… date prisa...
No pensó más en nada y fue a recoger lo que el Conde le había dicho. Desde allí se escuchaban los llantos de la madre y los lamentos del padre, pero predominó la voz de aquel hombre...
Al volver, ambos padres lo abrazaron fuertemente, aun lloraban mucho, pero se puede decir que lo empujaron hacia la puerta. Fuera, el Conde esperaba en su caballo… lo levantó en vilo y lo colocó frente a él sobre la bestia y empezaron a cabalgar… el ruido del aire en sus oídos era fuerte y el cuerpo le empezó a doler por el movimiento…
Recorrieron mucho terreno... dejaron muy lejos aquel montocito de cabañas viejas donde vivían sus padres y los vecinos... y de pronto, apareció frente a Marcelo, aquel inmenso palacio... igual de imponente que el mismo Conde... Atravesaron el puente, las inmensas puertas se abrieron y los sirvientes corrieron a ayudar al Conde a bajar del caballo... El Conde lo tomó de la cintura y lo bajó del rocín...
-Bien Marcelo... ésta es ahora tu casa.- dijo el Conde.
Y dirigiéndose a otros sirvientes, les ordenó que atendieran al niño y que lo colocasen donde ya sabían.
Se acostumbró rápidamente a la vida en palacio… le enseñaron muchas cosas y aprendió velozmente. Su visión del mundo se ensanchó enormemente y lo mejor de todo, es que tenía todo el tiempo del mundo para darle forma al mármol, como aprendió que era el nombre de aquella piedra…
Sus padres llegaron algunas veces a verlo… sus visitas siempre eran breves y en las puertas del palacio, un soldado se mantenía siempre cerca... los padres simplemente llegaba a abrazarlo y a seguir llorando... luego, las visitas se terminaron... y Marcelo se olvidó de ellos con el paso del tiempo.
Conoció a otros Condes y Reyes… El Conde Migraff llegaba y le ordenaba le hiciera una sirena con tales detalles… él la hacía, encantado y luego se enteraba que la sirena era un regalo del Conde hacía otro poderoso…
Trabajaba en su arte, dentro de aquel gran recinto… sólo el Conde y algunos otros podían entrar… en ese lugar comía, dormía… vivía…
Sus manos fueron labrando el durísimo mármol por años… y la soledad empezó a molestarle.
Fue entonces… cuando desde su balcón… la vio…
Una doncella… caminaba sola por los jardínes… lentamente, se paseaba entre las estatuas que él mismo había labrado, las tocaba… las acariciaba… iba de una a otra… se parecia un poco a ellas…
No pertenecía al palacio... por lo tanto no debía estar allí... si la descubrían estaría en problemas... pero era tan especial la visión de aquella mujer... que él decidió no decir nada a nadie sobre ella.
Cada tarde, se repetía lo mismo… él dejaba lo que estuviese haciendo, por importante que fuese… y se iba a su balcón a observar a la doncella… ella se percató de su presencia… y le sonreía… y sus paseos eran desde entonces mas sensuales… mas atrayentes… y cada vez más cercanos a su balcón... pero aun así... era imposible que se pudiesen hablar...
Trató de averiguar quién era la doncella… nada. El Conde no tenía familia… la dama definitivamente no podía ser parte de la servidumbre… y nadie la conocía.
Le expresó al Conde su deseo por salir a dar caminatas por el jardín... pero el Conde se negó. Podía pasear libremente por todo el palacio... a su entero placer... pero no podía salir de el.
El deseo de poder saber más de ella, fue haciéndose intenso. Suplicó mil veces al Conde le permitiera salir a los jardínes por las tardes… el Conde se negó una y otra vez. Y le recordó que habían varios trabajos pendientes que estaban extrañamente atrasados. Mientras no cumpliese con aquellos, no le iba a ser permitido ni siquiera salir de su recinto.
Pero sus manos se negaban a apresurar las tareas encomendadas… Pasaba la mañana entera pensando en aquella dama, en las tardes la veía lejana, caminando entre las estatuas y percibiendo su sonrisa y por las noches no dormía imaginándose mil encuentros con ella… y asi… el mármol dejó de interesarle…
El Conde que se percató del atraso, llegó a exigirle que finalizase, pero Marcelo se negó, diciendo que si el Conde no le permitía salir por las tardes a los jardínes, él no terminaría lo iniciado… El Conde se molestó pero al ver la decisión de Marcelo, le dijo que le permitiría salir a los jardínes una vez por semana… Marcelo aceptó.
El día de salir llegó… Marcelo estaba loco de alegría… estaba enamorado, el amor lo invadía, su corazón hablaba, cantaba… caminó entre las estatuas esperando que apareciese aquella niña divina de sonrisa dulce… y sabía que tenía que declararle su amor… le diría que había nacido para amarla, que ella sería para siempre la dueña de su vida, que la había esperado, que la había soñado, solo de imaginar el encuentro, la garganta se le cerraba de los nervios…
En eso… ella apareció… envuelta en su manto blanco… hermosa… de grandes ojos claros y aquella sonrisa brillante y femenina… el manto envolvía un cuerpo que se antojaba perfecto… se acercó al escultor…El se sentía petrificado… su corazón se aceleraba… y se dio cuenta que estaba más enamorado que nunca…
Entonces ella dijo:
– Eres Marcelo, el gran escultor del Conde Migraff?
El asintió con la cabeza… a punto de brincar sobre ella y darle un beso apasionado.
– Marcelo… soy tu hermana Gisela… nací luego de tu partida…desde hace tiempo he tratado de entrar a palacio o de dejarte un mensaje, pero no he podido… al no saber quien eras, y verte en aquel balcón he tratado de llamar tu atención y atraerte a mí para cumplir con mi misión… ahora sé que eres tú… Marcelo… Nuestros padres han muerto de tristeza, desde que el Conde te trajo a palacio ellos vinieron a suplicarle te dejase ir con ellos muchísimas veces, pero nunca lo lograron, luego les fue negada la entrada y cuando llevaron el asunto al Rey, el Conde arrasó con las tierras, la casa y los animales… ordenó a todos los campesinos que no hicieran tratos con ellos, que nos les vendieran ni compraran nada… A mis hermanas y a mi, nos dieron a buenas familias que nos aceptaron… y ellos murieron… solos… tristes… abrazados a aquellas figuras de piedra que hacías cuando eras niño… Sólo he venido a decirte lo que ha sucedido… y a pedirte que si tienes aun un poco de amor por nuestros padres… vengues su muerte.-
Dando una vuelta… Gisela desapareció por entre los árboles…
Marcelo estaba pálido… mudo… tardó unos minutos en comprender el mensaje y en sentirse el ser más infeliz sobre la tierra… En un momento… había perdido a sus padres y al amor de su vida… en un segundo desaparecieron sus ansias, sus sentimientos, sus sueños, su alegría… se dio cuenta que vivía en una prisión, que aquel al que siempre había creído su mecenas, no era más que el asesino de sus padres y que la única mujer que había despertado su pasión era un imposible…
Sintió una oleada extraña que le bañó el corazón… regresó cabizbajo a su taller… a su mundo… vio sus mármoles inacabados… vio sus herramientas… vio su pasado… recordó a sus padres… recordó su vida… recordó a Gisela y se razgó sus vestidos, a la par de lanzar un triste gemido y dejar correr sus lágrimas que le quemaban el rostro…
Marcelo perdió el apetito… y su creatividad con el mármol se anuló. No volvió a acercarse a su balcón y se mantenía en un oscuro rincón… ya no atendió a sus aprendices…
Sus manos habían labrado el durísimo mármol por años, es lo que le gustaba hacer y nunca habría ni pensado en trabajar otra cosa. Hasta ahora…
El Conde llegaba todos los días a exigirle que terminara lo encargado… a reprenderlo por la pereza… En uno de estos… el Conde encontró a Marcelo trabajando en los mármoles… y se calmó… Marcelo bajo de su tarima y se acercó al Conde diciéndole:
– Señor… he labrado infinidad de formas para ti, pero nunca me has permitido hacer una estatua tuya… y creo, que te debo ese homenaje, a ti, a mi salvador… te debo lo que ahora soy y tengo que pagarlo de la manera en que puedo hacerlo… por favor, permíteme hacer una estatua en tu honor… -
El Conde lo escuchó y le dijo que terminara lo ya iniciado y que después hablarían de eso.
Marcelo trabajó incesantemente, en poco tiempo terminó lo que el Conde requería, pidió nuevos aprendices, mejoró su taller y sonreía todo el tiempo…
El Conde quedó satisfecho, como era costumbre con el trabajo de Marcelo, este aprovechó todo lo que pudo para convencer al Conde de hacer una estatua en su honor, hasta que éste aceptó… la única condición fue que el modelo para la escultura tenía que ser únicamente el Conde en persona y que el trabajo se haría exclusivamente por las noches… algo renuente ante tanta exigencia el Conde terminó aceptando las condiciones.
Marcelo se entregó a preparar todo lo necesario, pidió el bloque del más fino mármol que existiese, y pidió oro… mucho oro… cuando el Conde supo lo del dorado metal, preguntó a Marcelo cual era la finalidad de eso, Marcelo respondió que conocía una nueva técnica para mezclar el oro y el mármol para crear un nuevo tipo de escultura, digna para el Conde… y este, claro, habiendo recibido un saetazo en su orgullo personal, no preguntó más y ordenó que todo lo que Marcelo ordenase le fuese llevado lo más rápido que se pudiese.
Cuando todo estuvo listo… Marcelo pidió al Conde tres días para prepararse e iniciar el cincelado del mármol. Los obtuvo. Y durante tres días y sus noches, Marcelo no salió ni para comer… durante las noches, se escuchaban golpes fuertes en el taller del escultor y un brillo naranja iluminaba el balcón de su taller hasta ya entrada la madrugada.
Terminado el tercer día, al anochecer, Marcelo pidió al Conde ir al taller.
Era una noche fría y tormentosa… la lluvia caía en abundancia… el Conde llegó acompañado de un par de sirvientes… Marcelo le suplico los dejase ir, y le recordó que una de las condiciones para realizar aquel trabajo era la privacidad completa. El Conde pensando en que el oro tenía algo que ver con aquello, despidió a los sirvientes y quedo solo con Marcelo que cerró el taller con doble cerradura.
Afuera el viento crecía y la lluvía se intensificaba. Los cielos tronaban y los relámpagos iluminaban tenebrosamente las estatuas del jardín.
Marcelo, empezó a explicarle al Conde aquella nueva manera de escultura:
– Mi señor, este es un secreto muy bien guardado por mucho tiempo, sólo lo conocen los entendidos y es la primera vez que se explica a alguien que no es escultor, pero siendo tú quien eres, vale la pena que lo conozcas.-
– Aquí, tenemos los materiales para hacer el molde donde vaciaremos el oro fundido, que creará lo que se llama el “alma de la escultura”, este irá a su vez, incrustado entre dos planchas de mármol que cincelaré y será tu imagen esculpida. Es decir, una doble obra de arte, mármol por fuera y oro por dentro… ¿qué te parece?-
El Conde estaba embelezado… se imaginaba su escultura terminada, siendo admirada por todos…
– Magnífico Marcelo… empezemos.
– Bien, mi señor– dijo Marcelo. – Aca tengo estas planchas de madera, llenas de arcilla donde debo moldear tu cuerpo, necesito que te subas y te acuestes en una, yo voy a agregar mas arcilla para crear el molde… no te preocupes mi señor, no mancha, y además, estamos solos, nadie verá nada…-
El Conde, se acostó en una de aquellas planchas de madera y Marcelo trajó dos grandes recipientes llenos de arcilla y empezó a vaciarlos alrededor del cuerpo del Conde… a este le pareció incómodo aquel proceder pero nada dijo… sintió como su cuerpo se hundía suavemente en aquella superficie suave… mientras Marcelo agregaba más y más arcilla a los lados del cuerpo del Conde.
– Ahora señor. – dijo Marcelo. – permíteme cubrir tus ojos, nariz, boca y oídos con estos paños de seda para evitar que la arcilla te cause molestias…
El Conde no tuvo tiempo de aceptar, Marcelo le cubrió los ojos, la boca, la nariz y los oídos rápidamente… al tiempo que le decía que se mantuviese lo más quieto posible para que el molde no fuese a deformarse…que la operación no duraría mas que 10 minutos… El Conde que ya no podía responder movió un dedo en aprobación.
Pasados los diez minutos, el Conde que se sentía un tanto ridículo en aquella posición trató de moverse, pero se resultó imposible… estaba pegado por completo a aquella arcilla, trató de gritar pero el paño no se lo permitía… los truenos de la tormenta se hacían cada vez más frecuentes y poderosos…
Entonces el Conde escuchó la voz de Marcelo muy cerca a uno de sus oídos…
– Oh mi Señor… Conde de Migraff!… Tengo tanto que agradecerte… Soy un escultor gracias a ti… he tenido esta vida regalada, gracias a ti… soy rico, y conocido, gracias a ti…
– Y soy huérfano… gracias a ti…
El Conde se revolvía en aquella prisión de lodo que envolvía su cuerpo… estaba sofocado… rabiaba pero de nada le servía…
– Mi Señor… tengo que mostrarle al mundo mi agradecimiento hacia ti… Por eso crearé mi obra de arte, tu estatua… será tan especial que llevará incluso tu alma… y tu cuerpo…
Marcelo empezó a reír histericamente… mientras subía la otra plancha de madera y la colocaba justo sobre el rígido cuerpo del Conde… y la fue bajando poco a poco… lentamente hasta que el cuerpo del Conde quedó enmedio de las dos… Marcelo tomó sendas cuerdas y las pasó entre las dos planchas apretándolas lo más que pudo, hasta quedar exhausto…
Espero tranquilamente por el resto de la noche… a las primeras horas del alba, quitó las cuerdas y separó las planchas… el cuerpo del Conde se hallaba cubierto por completo de arcilla sólida… Marcelo con un pequeño cincel y martillo… quitó el exceso de arcilla hasta dejarlo perfecto… era una estatua verdadera… color marrón… con cuidado separó completamente el cuerpo de las planchas y lo cargó con gran esfuerzo hasta el contenedor donde hervía el oro y dejó caer el cuerpo del Conde dentro del líquido…
Pacientemente apagó el fuego… y esperó… esperó… esperó…
Al tercer día… los sirvientes del Conde lograron romper la doble cerradura del taller de Marcelo… y se maravillaron al encontrar una estatua del Conde en tamaño natural, de oro puro  sobre un hermoso bloque de fino mármol y en la piedra, las palabras: "En honra al asesino de mis amores", el cuerpo de Marcelo, frio, yacía a los pies de la escultura… con un puñal atravesándole el corazón…
Por más que buscaron al Conde Migraff nunca lo hallaron…
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withoneheadlight · 3 years
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Max (& Billy) (+ harringrove) | español | spoilers de la temporada 4 | en ao3 |
~
Lo encuentran en el maletero.
Lo trae la policía, bolsa negra y brillante de plástico, una de esas grandes, de las que valen tanto para petarlas de basura como para cubrir un cuerpo, opaca, de esas que no dejarían ver absolutamente nada. Y Max solo tiene trece años pero es la tercera que ve de éstas. La abuela. Billy. Lo que sea que uno de los policías le entrega con solemnidad a Neil Hargrove y,
Max quiere romper algo: el jarrón nuevo y repleto de exuberantes flores amarillas que su madre colocó con reverencia esta mañana en el comedor. Las expresiones comprensivas y rígidas y de te acompaño en el sentimiento de los oficiales. Los platos recién servidos con la cena que espera humeante.
La sonrisa estoica, entera, solemne del padre de Billy.
Quiere romper algo porque lo dirán y Max lo sabe. Lo comentarán camino abajo por el senderillo de grava y lo repetirán mientras se ajustan los cinturones de seguridad. Se olvidarán de todo lo demás y solo recordarán eso para cuando hayan girado la llave en el contacto y luego lo irán repitiendo por ahí, días, semanas, un eco que empieza en casa de los Hargrove un viernes a las siete y se repite y repite y repite para que todo el mundo pueda admirarse.
Qué hombre. Qué entereza. No ha soltado ni una lágrima. Vaya ejemplo de carácter.
Y Max siente fina, frágil, la piel de los nudillos, de lo muchísimo que está apretando los puños para aguantarse.
Cuando los oficiales se despiden con un gesto de simpatía y un asentimiento, Neil cierra la puerta muy, muy despacio.
La bolsa suena bam! cuando la deja escurrirse hasta el suelo. Redonda, gigantesca, parece de mentira, una bomba de dibujos animados.
Neil Hargrove solo se queda ahí mirándola y, en el hombro, Max nota la mano en que le aprieta fuerte, la mano de su madre y el reloj de la cocina hace click. click. click. pero nada verdaderamente―
Explota.
“Maxine―” voz baja. Ronca. A Neil Hargrove se le marcan los tendones de la boca. Max sabe lo que dirán, lo que rebotará en lenguas y paredes y lo que al final se llevará el viento, a lo largo de todo Hawkins.
Pero será todo una puta mentira.
“―Coge esta basura” Le sube y le baja la nuez en la garganta y Max ve, durante solo un segundo, como se le atragantan ahí las cosas que nadie llegará a saber nunca “Sácala fuera”
Cuando la sangre vuelve a fluir, a Max las manos le arden, le escuecen.
Le cuesta el dolor de morderse los carrillos pero Max asiente, hace lo que le dice.
La bolsa pesa tanto que tiene que arrastrarla para llevarla fuera.
Cuando vuelve a entrar en casa y se sienta a cenar, Neil y su madre están hablando de lo preciosísimoque queda el ramo.
x
A Max nunca nadie va a preguntarle qué recuerda, cuando escucha la palabra madrugada. Pero si alguien lo hiciera, sabría perfectamente que contestar. Sin dudas y en orden cronológico. Y si le preguntarán por qué, diría que es porque esos recuerdos son siempre diferentes a los demás, más nítidos, focalizados. Son el haz de una linterna al enfocar en mitad de la noche, los círculos de luz de las farolas. Son la llama de un mechero al encenderse y la noche cerrada alrededor.
Lo que Max recuerda:
Las noches de cuentos inventados y las noches de fiebre y besos templados en la frente y dormirse abrazada a su madre.
Canciones de cuna cantadas en la cama aún a los cuatro, cinco, seis años cuando se despertaba en mitad de la noche, y la risa de su abuela.
La primera noche que su padre no regresó a casa, y la luz del pasillo entrando por la rendija de la puerta.
Gritos y golpes en la cocina. La voz grave, ronca, siempre tan razonable, de Neil Hargrove y Billy hecho un ovillo debajo de la mesa, llorando.
Lucas, Dustin, Mike, Will, El. Escapar por la ventana. Colarse por la ventana. Palabras susurradas bajo las mantas, la estática de las ondas de radio.
Y ésta noche, la que se escabulló a recuperar lo poco que quedaba de su hermano.
Sigue ahí. Junto al contenedor. Inmensa. Una bomba a punto de explotar, igual que su hermano. Y Max está sudando, de angustia y de rabia y del frío de las tres de la mañana que se le pega a la piel cuando por fin logra arrastrarla hasta la ventana y,
Bajo la cama, Max guarda ahora tres tesoros, robados antes de que la habitación de Billy se quedara completamente vacía: su chaqueta de cuero marrón. El cinturón de cuentas que solía colgar detrás de su puerta. Su disco favorito de Metallica y, ahora,
La bolsa pesa. Pesa tantísimo― así que Max sube de una en una, de dos en dos, de tres en tres, las cosas que va a encontrando y añadiéndolas a su tesoro con cuidado. Cuatro, cinco, seis de la mañana, el tiempo pasa y el reloj suena click. click. click pero la bomba no explota mientras Max la desmonta. Recupera un poco de Billy, pedazo a pedazo. Casettes y gas para mechero y algo de ropa arrugada y algo de ropa cuidadosamente doblada y, en una bolsa de tela, un sombrero de paja deshecho en los bordes, una chaqueta azul, un sobre lleno de fotos.
Fotos de ella.
Días de playa y cielo azul y días de la luz entrando en ángulo en la cocina, y Billy sonriendo y su madre sonriendo y el parque por la tarde y las mantas enrolladas por la mañana y un Billy de no más de cinco años riendo con la boca abierta y los dientes de leche un poco separados y el día de Navidad y, al final del todo, una polaroid borrosa, la mano de Steve, Steve Harrington, tratando de cubrir el objetivo, el sol encendiéndole el pelo, una sonrisa feliz, de alegría y complicidad y de ese otro algo. La clase de sonrisa de las que iluminan todo lo que no puede el sol.
La chaqueta, Max comprende de repente, es suya y, por un instante tonto piensa en si tal vez, tal vez debería, devolvérsela, pero entonces piensa en que, si a Billy alguien le hubiera preguntado ¿Qué recuerdas cuando piensas en los días de azul y sol? seguramente habría recordado estas fotos. Así que lo guarda todo en la bolsa otra vez. Lo desliza bajo la cama, donde será ella la que se encargue de mantenerlo seguro.
Traga saliva.
Sale fuera de nuevo.
Encuentra:
Esa manta verde oscuro que siempre estaba antes en su cama.
Una caja de cartón con condones, entradas de cine, tickets perfectamente doblados, un llavero que reza‘te quiero, gilipollas’, una casette de Bruce Springsteen.
Un paquete envuelto en regalo, estampado de mariposas y flores de tonos pastel, el papel arrugado, lleno de esas fisuras blancas de cuando le ha pasado mucho tiempo por encima o se ha manoseado mucho. Es la primera cosa que la hace dudar.
Que le hace preguntarse si debería.
Porque Billy está muerto. Está muerto pero es un sentimiento extraño, imposible, como si su hermano aún ocupara espacios invisibles. Y en su mente, Max escucha lo que diría, permanente mal humor y un cigarrillo bailándole entre los labios,
“No es asunto tuyo, canija”
Así que hace lo que habría hecho si aún siguiera vivo,
Rasga el papel y lo dice en alto, para que la oiga, “Que te jodan”
Es un monopatín. Nuevo. De barniz reluciente en la parte de abajo. Dibujada justo en el centro, una calavera le saca la lengua y le enseña el dedo corazón, rodeada de fuego.
A Max le encanta. Y lo odia. Y no llora.
Piensa, que fortaleza de carácter, Maxine, qué entereza. Y se odia.
Piensa Gracias, piensa, Cabrón. Piensa Te odio, te odio, te odio, cabrón.
Y no llora. Ni una sola lágrima.
Ni siquiera llora cuando ve la carta que lleva pegada, apretada contra una de las ruedas derechas, papel rayado de libreta rigurosamente doblado en tres partes. Max la despliega con cuidado y,
Empieza a leer.
x
Sabía que estaría en el desguace.
Lo encuentra al fondo, encajado en una esquina. Herida abierta y quemaduras y, más que un coche, Max siempre había pensado en él como un depredador. Terrible. Grandioso. Atronador. Mitológico. Ahora, solo parece un animal muerto.
Aun así, le cuesta acercarse. Le cuesta tocar los bordes de la herida y recorrer con los dedos las curvas y los filos, de la boca hasta la cola, le cuesta no crisparse con el tacto helado de las siete y media de la mañana que arde en el metal y ni con el escalofrío que le sube por la espalda al pensar que, si a cualquiera de los dos se le ocurre ir a mirar a su habitación, no la encontrarán dormida en la cama.
(Y no será Billy quien venga a buscarla esta vez)
El maletero está abierto. Pesa al subir la puerta. Pero, piensa, hay algunos tesoros robados que tienes la obligación de devolver.
Max mete ahí la bolsa con el sombrero, las fotos, la chaqueta azul cielo de Steve Harrington.
Entre las primeras pertenencias de Billy que le dieron a Neil Hargrove cuando le llamaron de comisaría para certificar por firmado la muerte de su único hijo había: un reloj de pulsera, un pendiente fino de aro, un anillo ribeteado, las llaves del coche.
La única vez que escuchó a Neil preguntar por qué no estaban donde las había puesto al regresar con ellas a casa, (tercer cajón de la mesilla del recibidor, tras los sobres de facturas y los tickets de gasolinera arrugados que se siguen y siguen acumulando) Max se levantó de la cama despacio y puso el pestillo y metió la cabeza bajo las mantas y trató de no hacer ni un solo ruido, el corazón taladrando, taladrando, taladrándole las sienes. Sabor a metal en el fondo de la lengua y una pregunta: cuánto tiempo va a tardar ese pestillo en dejar de estar en el lado correcto de la puerta y pasar al lado equivocado.
(Como el de Billy)
Pero el pestillo sigue en su sitio. Neil nunca volvió a preguntar. Así que―
Max cierra el maletero y gira la llave.
La siguiente parte es la más difícil.
Hace semanas que la lleva encima. Pensaba que estaba esperando a tener el valor. Lo que estaba esperando, era la rabia.
Y llega. Y le quema los ojos. Le calcina la garganta. Se extiende como un incendio. Y Max creía que conocía la rabia. Max se la traga, la vomita, al respira, la habita todos los días, se ahoga en ella, como vivir bajo el peso del agua. Pero la rabia que siente esa misma mañana en la casa al fondo de Cherry Lane es distinta. Es blanca, como la capa nueva de pintura que Neil Hargrove extiende sobre la fachada, manos manchadas y un buenos días, cielo y olor a café y tostadas a las siete de la mañana, los rizos de su madre agitándose, rojos y preciosos, cuando se inclina para darle un beso y preguntarle ¿cariño, te preparo algo de desayunar?.
Y el sol entraba a raudales desde la ventana, dorado y precioso y tan cálido. Una mañana perfecta. Una vida perfecta. Una familia perfecta.
Solo ha pasado un mes.
Y Max piensa en esa oscuridad paralela que envuelve Hawkins. Violenta, terrorífica, torcida, putrefacta. Piensa esa es la realidad. Ésa y no ésta.
La siguiente es la parte más difícil pero Max se muerde los carrillos y abre la puerta del conductor y se sienta en el asiento. Inspira. Le cuesta respirar.
Hay una tumba. Pero está vacía. Pone William Hargrove. No es la tumba de su hermano.
Gira la llave para abrir la guantera.
Ésa no pero ésta sí. Metal y carretera y el retumbar de la música aun palpitando bajo la piel del chasis. Olor a cuero y a cigarrillos y a esa manera de vivir agresiva, kamikaze, inevitable. Se agarra fuerte al volante, piensa Mad Max y siente rabia.
Ésta sí es la tumba de su hermano.
Se echa a llorar.
Lo grita. Alto, alto, más alto. Que os jodan! Lo grita hasta que siente que arden, el bosque y éste cementerio de metal y el interior del coche y ella, agarrada al volante, viendo a través de las lágrimas como las llamas suben y suben y suben y lo devoran todo. Lo grita hasta que le duele pecho, Que os jodan, que os jodan, que os jodan!, porque la carta decía querida Max y,
Y a ti también, Billy. A ti también. Que te jodan.
Ahora su hermano está muerto.
Cuando por fin deja de llorar, el mundo a su alrededor es todavía sol y mañana clara de finales de verano. No hay cenizas, ni restos. Pero Max es capaz de respirar. Sacar la carta que lleva en el bolsillo.
Guardarla en la guantera y,
“Gracias por el monopatín” le dice, porque si hay algún lugar en el que va a escucharla será aquí, dentro de este trozo de metal que ya no vive ni respira porque le falta el corazón. Dentro de este trozo de metal dónde Billy guardaba todo lo que de verdad quería.
Se limpia las lágrimas con el dorso de la manga, habla bajito “Yo también lo siento”
Sale del coche y cierra. Se arrebuja en la chaqueta y piensa que tal vez ya le sirva, aunque le quede un poco grande, esa otra de cuero que guarda bajo la cama y que grita Billy, como nadie lo está gritando.
Esa que le pintaría de rabia blanca a Neil Hargrove esa sonrisa perfecta, encantadora que lleva y de la que todo el mundo habla.
“Hasta mañana, imbécil” se despide, pero aún se queda mirando un rato la forma en que la pintura reluce bajo los rayos de sol que resquebrajan el frío, la manera en que se reflejan las nubes, el cielo azul derramándose como tinta sobre el océano.
x
Vuelve al día siguiente.
Y al siguiente y al siguiente.
Vuelve cada día.
No vuelve a abrir la guantera hasta dos semanas después. Finales de agosto y las mangas de la chaqueta de Billy dobladas hasta los codos y la sonrisa de Neil Hargrove descascarillándose a su espalda como pintura vieja y de mala calidad y―
Una carta.
En la guantera. Una carta. No la que Max lleva ahora en el bolsillo, ni la que escribió días atrás, aquella madrugada, y dejó ahí guardada aun sabiendo que Billy ya nunca podría encontrarla. Sino una carta escrita en papel amarillento que transparenta, rigurosamente doblado en tres partes.
Y a Max se le desboca el corazón y la nota fina, frágil, la piel entera.
Porque se marca a través de lo delgado del papel, una caligrafía larga y torcida, a veces tan apretada que rasga, hiere, otras suaves, suaves, curvas que se mecen las unas sobre las otras, la orilla del mar dibujada en bolígrafo azul.
Es la letra de Billy.
Max cierra la puerta tras de sí. Baja el seguro. Respira hondo, cuero caliente y calor acumulado, olor a cigarrillos rancios y a chico y a todas esas veces que le llevó y la trajo del colegio, la piscina, el centro comercial, el eterno viaje hasta aquí, a las larguísimas, infinitas playas de California.
La esperanza se le sale por la boca y Max la muerde con los dientes, la amordaza, no la deja salir. Es demasiado. Demasiado.
Coge la carta.
Empieza como empezaba la otra. Con eso que no se han dicho nunca en voz alta. Con eso con lo que Max ha empezado su primera. Su segunda carta. Para cuando termina de leer, la esperanza se ha convertido en una serpiente, se escapa de su boca y se le enrosca alrededor, se muerde la cola y le aprieta aprieta aprieta, el corazón, el estómago los pulmones, la esperanza empieza y termina en el mismo lugar porque la caligrafía de Billy pierde el rumbo en medio de una tempestad y las palabras dicen,
―y no sé dónde estoy, Max. Pero creo que es el infierno, y tengo miedo.
Pero Max―aprieta los dientes, se traga las lágrimas. Max sí sabe dónde está y, también, cómo se mata a una serpiente.
Fué su hermano quien se lo dijo.
Le corta la cabeza a esa forma en la que la esperanza la asfixia, la atenaza, porque Billy está en el mundo del revés pero está vivo. Vivo.
Así que saca un boli de la mochila y le da vuelta a la carta de Billy, empieza la suya por detrás con eso que no se han dicho nunca en alto y, luego, siete palabras,
Querido Billy,
Tienes que aguantar, vamos a por ti y, firmado,
Mad Max.
Le tiembla la mano cuando la posa así, desplegada, bien visible en la guantera.
Para que sea lo primero que Billy vea.
“No te mueras, gilipollas” y luego inhala profundo “¿Vale?” le saben los labios a sal derramada despacio cuando dice “Solo espera por mi”
Cierra el coche al salir, ahora sabe que hay alguien al otro lado que tiene la llave también y, además, que hay algunos secretos que se quedan entre hermanos y después,
Echa a correr.
Algo en el mundo haceclick, click, click: esta vez, Max es la bomba.
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Año 1. Capítulo cuatro (VII, VIII)
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                                   VII.
El penúltimo fin de semana del mes de agosto, Lily se levantó de la cama, se cepilló, se lavó la boca, se vistió. Se sentó en el borde de su cama, encorvada y con las manos cruzadas. Severus y ella no se habían visto en varios días y Lily lo extrañaba. Ese día era el tan ansiado día, el día especial y Lily no estaba contenta. Al menos, no todavía.
Al fin bajó al comedor, sentó con el resto de su familia en la mesa y se sirvió un vaso de leche mirando el reloj de la cocina. Su madre lucía tan nerviosa como ella y ceñuda, Petunia miraba una revista moviendo con desgano la cuchara en su plato de cereales. Pasó el pan tostado, las mermeladas y la jarra de café sin cruzar una sola palabra con su hermana. De pie en la salita, Henry Evans miraba por la ventana con el ceño fruncido.
—Siento que nos toman el pelo… —murmuró.
—Supongo que tendremos que esperar a que toquen el timbre de la puerta para comprobar que tan cierto es todo esto —dijo la madre de Lily, aún nerviosa. Pasó la mano por el cabello, mirando por la ventana de la cocina —. Ella parecía muy amable…
—Eso sería muy divertido —masculló Petunia, con una sonrisita malvada. Lily golpeó una nuez con la punta de los dedos y el proyectil le dio a Petunia en la nariz. Petunia levantó en alto un panquecito.
—Niñas…—advirtió su padre, todavía de espaldas.
El timbre clásico de la puerta sonó y cuatro cabezas giraron hacia ella. Después se miraron entre sí. Lily brincó en su silla, mirándolos atentamente.
—Basta, Lily, no seas tonta —susurró Petunia.
El timbre repiqueteó por segunda vez y el matrimonio Evans avanzó entre los muebles. El padre de Lily se apresuró a abrir la puerta, mientras Lily salía disparada de su silla y esta caía al piso estruendosamente.
—¡Lily! —exclamó su madre, con aire divertido.
La recién llegada no disimuló ni un momento lo divertido que le parecía el timbre empotrado en la pared. Esta vez llevaba un largo abrigo café oscuro con una bonita bufanda blanca alrededor del cuello y un largo y esponjado vestido color azul pálido debajo, combinado con unas botas muy altas y de largas agujetas. Lily las miró con atención y pensó que con toda seguridad sus medias debían ser de rayas negras y púrpuras.
—¡Buenos días! Lo siento si toqué más de la cuenta, es que esto…—dijo y timbró con fuerza de nuevo, haciendo brincar a los Evans en su sitio —Ay, lo lamento, juro que dejaré de hacerlo…
—¡Hola! —respondió Lily, saltando a un tiempo.
—¡Hola, Lily! ¿Estás lista?
—¡Sí!
—Pase por favor —murmuró el señor Evans, mientras la madre de Lily se acercaba a la recién llegada y estiraba una mano afectuosa.
—Muy buenos días, señorita Meadowes.
—Dorcas, por favor, llámeme Dorcas —dijo esta, saludando y mirando la casa con agrado. —Su casa me recuerda al hogar de mis padres, señora Evans. También había plantas por todos lados…
—La casa de la abuela está llena de ellas —comentó Lily —. ¡A la abuela le gustan mucho las plantas!
—Le agradezco que se haya tomado la molestia de…venir a…—Henry Evans se rascó ligeramente la frente. Dorcas sonrió al ver su expresión.
—Sé que aún les cuesta trabajo asimilar esto, pero todo se volverá más fácil, se los aseguro. Es obligación del  ministerio brindar asesoría adecuada a los padres de niños  magos, para que se orienten correctamente en el mundo mágico y sobre todo, para que no sean embaucados.
—¿Embaucados? —repitió la señora Evans, acercándose a la puerta.
—Los llevaré a una calle comercial llamada callejón Diagon; en este sitio podrán adquirir todos los artículos que contempla la lista de útiles del colegio, como pergamino, túnicas, libros. Lo más importante de todo, es adquirir la varita que Lily usará en el colegio.
—¡Iremos a Ollivanders! —brincó Lily.
— ¿Cómo es que sabes de Ollivanders, Lily? —preguntó Dorcas —, déjame adivinar: fue Severus.
—¡Severus me lo dijo!
—El chico vive algo lejos de aquí, pero se han conocido hace dos años —comentó el señor Evans. —Y le ha explicado bastantes cosas a Lily. Al principio creíamos que era un juego, pero…bueno, no es así.
Los ojos de Dorcas recorrieron de nuevo la estancia; miró a la familia y sonrió de nuevo.
—Nos marchamos cuando ustedes lo digan.
El trayecto a Londres nunca le había resultado tan corto y divertido a Lily. Subieron al auto bastante consternados al notar la fascinación de la señorita Meadowes con el vehículo y tal parecía que tanto para ella como para Lily, aquello era una nueva aventura que no pensaban dejar de disfrutar. Petunia no quería sentarse cerca de ella, lo que resultó provechoso para Lily porque de inmediato tomó asiento entre las dos y relegó a Petunia a la ventanilla y durante el trayecto a la ciudad, tanto ella como su madre acribillaron a la mujer con toda clase de preguntas que ella respondía con mucha amabilidad, hasta que el padre de Lily tuvo que regañar a ambas. Dorcas Meadowes había sido la persona designada para visitar a la familia Evans y explicarles todo aquello relacionado con la condición de Lily y su ingreso al colegio. Cuando la respuesta a la carta de Hogwarts había sido afirmativa, Lily no cabía en sí de emoción y alegría. Y como ellos no tenían idea de dónde comprar todo lo que iba a necesitar, la misma Dorcas era la responsable de llevarles a conocer y visitar las tiendas mágicas. Durante el trayecto, Lily entendió que ella también había asistido a Hogwarts, que perteneció a una especie de club llamado Ravenclaw y que se prestaba como voluntaria todos los años para llevar a cabo ese trabajo y había muchos otros magos que también lo hacían. Y además, les hacían un riguroso examen en algo llamado Departamento de Seguridad Mágica, para asegurarse de que fueran personas confiables. De poco le sirvió a Petunia su mal humor y su mala cara durante todo el viaje. Ella no quería ir, no quería ir a pararse a ese callejón Diagon, porque sentía un malestar en el estómago. Sentía que se le retorcía por dentro y además, el aire se le escapaba de a poquito. Miró el espejo retrovisor y encontró los ojos verdes de su padre mirándola fijamente y una sonrisa llena de afecto se formó en sus labios. Petunia le devolvió la misma sonrisa, porque no tenía armas para defenderse contra aquello.
Tras un par de indicaciones, aparcaron en un sitio en el centro de Londres y avanzaron a pie por algunas calles a gran velocidad hasta llegar al Covent Garden. Las calles estaban animadas y la señorita Meadowes era muy rápida. Se percató de ello cuando notó que la madre de Lily andaba más aprisa de lo común y se disculpó varias veces sin detenerse, ya que ni el padre de Lily, ni Lily lo habían notado. Petunia sí que lo resentía; estaba tan cansada como su madre y seguía de pésimo humor, esquivando a la gente que se atravesaba en su camino sin piedad. El Covent Garden estaba poco más que lleno. Lily no lo conocía y se mareó entre tantos aparadores y vitrinas. La señorita Meadowes empujó una puerta que a Lily le pareció brotada de la nada; levantó la cabeza y miró el letrero que pendía sobre la puerta: un dosel con la forma de un gato obeso con una trompeta, sostenía un estandarte impecablemente pintado que anunciaba “Mr. Bagel Bookshop”. Tenía una sola vitrina que exhibía dos libros: It’s a Kel-Pie!, de Agatha Baker*, con una graciosa ilustración de una tarta con ojos y “El  Rastro: Manual de Investigación y Definición de Maleficios y Hechizos de Control” , de Harlan Matteson*, cuya portada mostraba una serie de líneas incomprensibles. Lily casi se estrella contra la pared por estar mirando, pero Petunia la jaló con brusquedad del brazo y la obligó a entrar a la tienda. Los sonidos se apagaron de inmediato. El lugar estaba vacío. Una mujer muy estirada enfundada en una extraña túnica gris acudió a su encuentro.
—¡Dorcas! —exclamó con algo parecido al gusto y procedió a examinar a la familia Evans —: ¿Muggles?
—Buen día, señorita Bretherton. Ellos son los Evans. Usarán esta puerta para ir de compras a menudo.
—Es un placer —saludó la mujer, estrechando la mano de ambos padres. Luego miró a las niñas. Sus ojos ambarinos se clavaron de inmediato en Lily —. Bienvenida, niña.
—¿Acaso hay más puertas? —preguntó Henry Evans.
—La más cercana está en el Caldero Chorreante y no es lugar para estas jovencitas —aclaró la señorita Bretherton.
—Existen más entradas al callejón Diagon, pero generalmente les muestro esta porque es más fácil de recordar y es más accesible —explicó Dorcas —. El año que viene, si necesitan venir y quieren hacerlo ustedes solos, pueden venir aquí  y la señorita Bretherton con mucho gusto les abrirá la puerta. Si creen que puede ser un problema llegar, puedo acompañarlos de nuevo.
Un enorme y gordo gato gris se estiró sobre una encimera. Miró a los recién llegados con indiferencia y se reacomodó para seguir durmiendo.
—Ese es el señor Bagel —anunció la señorita Bretherton, extrañamente orgullosa. Lily le rascó el lomo al felino, pero el obeso animal no abrió los ojos de nuevo —. ¡Oh, pero es un ocioso sin remedio!
Un gran reloj de péndulo comenzó a marcar la hora. Era mediodía. El reloj, más alto que los relojes comunes, también era cuatro veces más ancho de lo normal y tenía dos puertas de cristal. La señorita Bretherton abrió las dos hojas, mientras el péndulo oscilaba de un lado a otro y enseguida, abrió una segunda puerta por el lado izquierdo, de modo que el péndulo se movió con ella. Al hacer aquello, un lejano murmullo se dejó escuchar, como si hubiese un nutrido grupo de gente susurrando del otro lado. Detrás de la segunda puerta se extendía un estrecho túnel, iluminado a los lejos. La mano de Lily fue apresada por la de su madre y pudo ver cómo incluso los ojos de Petunia se abrían enormemente.
—¡Espero que tengan un excelente día de compras! —dijo la señorita Bretherton.
Dorcas se adelantó, entrando a través del reloj. Henry Evans la siguió, luego Lily, su hermana y su madre. El reloj se cerró detrás de ellas y los dejó a oscuras. Avanzaron a través del pasaje abovedado; la luz que apreciaron a la distancia no era más que la salida del túnel a una bulliciosa calle y tal vez fueran figuraciones suyas, pero apenas pusieron pie sobre ella, a Lily le pareció que en ella había aún más sol que en el Covent Garden. Había personas aquí y allá, con sendas túnicas, gorros y atuendos extraños. La madre de Lily dejó escapar una exclamación de asombro, cual niña pequeña. La señorita Meadowes comenzó a darle indicaciones al padre de Lily mientras avanzaban a toda marcha. Lily giró por todos lados tratando de verlo todo: había un hombre con una gran lechuza posada en su hombro y discutía acaloradamente con otro hombre de túnica rojo brillante y a su lado, una mujer de largo gorro puntiagudo acariciaba un gran gato café.
—¡Oh! ¡Pero si ese sombrero pasó de moda hace dos meses! —cuchicheó una mujer, detrás de Lily.
—Pero ella se cree que se ve bien, ¡parece banshee! —contestó su compañera y ambas se rieron estruendosamente y siguieron su camino, seguidas por una pequeña criaturita de grandes orejas que no levantó la mirada. Lily estaba boquiabierta.
—¡Lily! —clamó su madre.
Lily dio la vuelta de inmediato para seguir a su madre, pero se estrelló contra un hombre que cargaba un gran costal cuyo interior se agitaba como si hubiera cientos de insectos dentro.
—¡Muévete, niña! —bramó.
—¡Ya voy!
Caminaron por la calle adoquinada, tan abarrotada como la calle londinense que recién dejaron. A Lily no le costaba trabajo andar pero Petunia, apresando la mano de su padre, no paraba de estrellarse una y otra vez con las personas. Le pareció que recibía miradas de extrañeza. Comenzó a sentirse pequeña.
—Los llevaré primero a Gringotts —dijo Dorcas, en voz alta —. Deben cambiar su dinero muggle por la moneda mágica. Galeones de oro, sickles de plata, knuts de bronce... —explicó sobre la marcha.
—Veintinueve knuts hacen un sickle de plata, diecisiete sickles hacen un galeón —respondió el padre de Lily. Dorcas sonrió efusivamente —. Hice mi tarea.
—¡Habría sido un buen alumno, señor Evans!
Un enorme edificio blanco y un poco torcido exhibía su nombre con letras doradas. Ingresaron no sin levantar algún recelo y varias cejas y hasta llegar al vestíbulo, la familia Evans se dio el lujo de respirar con calma. Un reducido grupo de duendes charlaba tranquilamente frente a la puerta de acceso y posaron sus miradas sobre los recién llegados un par de segundos, para continuar con su conversación. Pequeños, de barba puntiaguda, de grandes manos, dedos y pies. Pulcramente vestidos. Petunia chilló y se echó a correr hacia afuera de inmediato.
—Quizá ella deba esperar afuera —dijo Dorcas, algo consternada.
Lily salió detrás de Petunia. La niña miraba las puertas del banco como si alguna de aquellas criaturas fuera a salir tras de ella. La señora Evans también salió, muerta de risa.
—¡Pero, Tuney! ¡No te han hecho nada!
—¡¿No los viste, mamá?! ¡Son horrendos! ¡No volveré a entrar allá!
—No lo harás, anda, vamos a caminar.
—¡¿Pero cómo puedes estar tan tranquila?!
—¡No lo sé! Debe ser este lugar…
Petunia no parecía muy convencida. Ellas estaban afuera, pero su padre seguía adentro.
—¡Anda, Tuney! ¡Vamos a mirar! —suplicó Lily y la arrastró con ella a mirar tiendas.
Había muchísimos sitios que mirar; pasaron frente al “Emporio de la Lechuza”,  seguida de un gran almacén que anunciaba “la nueva y más eficaz poción para deshacerte de los horklumps de tu jardín”. Un par de establecimientos adelante se encontraba una tienda de artículos llamada “Artículos de Calidad para Quidditch”, seguida de “Scribbulus, Tintas de Recambio”. Petunia, absorta y asombrada, se dejó arrastrar por Lily a mirar escobas y vio estupefacta, a los niños arremolinarse frente a los cristales, impidiéndoles mirar.
—¡Mira allá! —chilló Lily y Petunia fue arrastrada a ver una tienda donde había un sinfín de bolas de cristal, en cuyo interior se apreciaban espirales de humo.
—¿Qué rayos es eso? —dijo Petunia.
—¡Mira, Tuney!
—¡Lily! ¡Déjame mirar!
Lily saltó y corrió y se detuvo frente a un gran anuncio de un helado cremoso y brillante.
—“Florean Forstecue” —leyó su madre. —¡Incluso tienen helados!
Lily abrió enormemente los ojos y giró lentamente hacia su hermana.
—…tienen helado de petunias… —siseó.
—¡No juegues! —exclamó Petunia.
El señor Evans las alcanzó poco después, seguido de la señorita Meadowes. Parecía muy preocupado y aliviado de verlas completas.
—¡Me doy la vuelta y ustedes desaparecen! ¡Deberían tener más cuidado!
—Lily comenzó a correr como una loca —se defendió Petunia. —. ¿Ellos no te han hecho nada, verdad? —preguntó, mirándolo seriamente.
—Tendrían que habérselas visto contigo, claro que no —contestó el hombre y Petunia bufó, mientras su padre acariciaba su cabeza.
—¡Oh, mira, Harry! —exclamó la señora Evans, ignorando las palabras de su esposo —. ¡Mira cuantas lechuzas!
La señorita Meadowes parecía genuinamente divertida. Le cerró un ojo a Lily y esta sonrió ansiosamente.
—Quieres tu varita, ¿cierto? —murmuró Dorcas y Lily asintió vigorosamente —Será mejor que apretemos el paso y puedan mirar todo después con más calma.
Comprar su varita mágica era lo que Lily había estado esperando con ansias durante todo el verano. Cuando por fin llegaron a Ollivanders, la tienda de varitas mágicas, Lily se sorprendió; en su imaginación era un lugar completamente distinto, impecable y lleno de luz. En lugar de eso, la fachada lucía algo deteriorada y oscura. Petunia hizo un ruidito desagradable.
—¿Mil años de existencia o mil años sin limpieza? —se burló. Lily gruñó. Una campanilla sobre la puerta repicó cuando la empujaron. Dentro de la tienda solo había una mujer que miraba el polvo acumulado en los rincones con recelo y un niño agitando varitas, además de un par de chicos de unos dieciséis años que estaban de pie frente al mostrador y uno de ellos le explicaba al dueño, un hombre de edad avanzada y mirada brillante y plateada, como se había roto su varita.
—No me di cuenta hasta muy tarde que había tomado mi varita con la boca —dijo el chico.
—¡Lo perseguimos por una hora completa! ¡Se metió en un agujero y tuvimos que darle obsequios para obligarlo a salir!  —contó el segundo muchacho, bastante divertido.
—A estado acechando en el jardín hace tres meses, se roba las tartas de mamá…
—Tendrán que poner una trampa. La varita no tiene un gran desperfecto —dijo el dependiente —. Pero tiene un poco de pelo salido y debe ser reacomodado con cuidado. La tendré lista en una semana. No olvides venir por ella antes de volver al colegio.
—Por supuesto, señor Ollivander —dijo el primer chico.
Ambos muchachos tomaron sus mochilas y salieron del establecimiento, mientras el señor Ollivander metía la varita dañada dentro de un estuche y miraba intensamente al otro niño, cuya varita extendida en el aire, emitía una luz intermitente. El hombre retiró la varita y le ofreció otra. Luego miró a los recién llegados.
—¡Señorita Meadowes, un placer verla de nuevo por aquí! Roble, veinte centímetros, elástica.
—Buenas tardes, señor Ollivander —dijo Dorcas.
—¿Trabajo? —preguntó Ollivander.
—Ellos son los Evans —presentó Dorcas de inmediato —Su hija Lily estudiará este año en el colegio Hogwarts y los estoy guiando por Diagon.
Petunia soltó un suspiro. Miró a Lily, pero Lily no miraba a Ollivander ni a la tienda. Su atención estaba total y absolutamente concentrada en el chico, que agitaba la varita en el aire. Por un momento, el chico giró los ojos azul oscuro hacia ella y la miró directo a los ojos. Lily sonrió y el chico pareció querer sonreírle también, pero desvió la mirada hacia su madre. Lily encontró la primera mirada hostil del otro lado; la mujer, elegantemente ataviada, hacía un mohín con los labios que Lily no supo interpretar, pero que Petunia comprendió a la perfección: desprecio. La niña le obsequió a la mujer una mirada igual de helada y tiró de la manga de Lily para hacerla retroceder. La varita que el niño agitaba dejó tras de sí una suave estela de plata en el aire.
—Parece que encontró la suya, señor Avery —dijo Ollivander —. Hiedra, veintinueve centímetros, flexible. Excelente para encantamientos.
—¡Felicidades, Edmund!—exclamó Dorcas.
El chico le hizo una minúscula y educada reverencia.
—Gracias, señorita Meadowes.
La madre del niño le dirigió a este una gran sonrisa de satisfacción y el chico pareció suspirar aliviado. Pagó por la varita y la mujer se dirigió a la salida con paso resuelto.
—Dorcas —dijo al paso.
—Georgette —respondió Dorcas a su vez. Madre e hijo salieron de la tienda haciendo sonar la campanilla, mientras Dorcas sonreía intentando ocultar su desagrado. La madre de Lily abrió inmensamente los ojos y miró a Petunia, que hizo exactamente lo mismo.
—Entonces, es usted hija de muggles —comentó Ollivander, rompiendo el silencio —. Tiene unos ojos sorprendentes.
Lily sintió que su rostro se ponía rojo.
—Gracias. Son como los de papá.
—Puedo verlo. Ahora comprobemos que tenemos para usted, señorita…
—Lily Evans.
—Lily Evans —repitió el hombre. Miró entre las cajas apiladas al fondo de la tienda y otro pilar más y seleccionó cuatro de ellas. Regresó al mostrador, abrió una y le ofreció a Lily una varita muy corta, de color grisáceo.
—Fresno, diecisiete centímetros, elástica.
Con los dedos temblorosos, Lily la tomó y contuvo la respiración. ¿Qué debía hacer ahora? Miró al hombre con expresión interrogante y este frunció el ceño.
—No, creo que esta no…
Le quitó la varita y Lily miró perpleja a Petunia, que miraba a su vez al hombre con aire escéptico, como si todo aquello fuera una elaborada broma.
—Pruebe con esta. Acebo, veintiséis centímetros, flexible.
Lily tomó la varita y sintió un cosquilleo en la punta de los dedos. Decidió imitar al niño que se había retirado y la agitó en el aire, pero nada sucedió. Ollivander frunció el ceño. Apartó de inmediato las otras dos cajas y regresó al fondo, tomó tres más y regresó con ellas.
—Pruebe esta otra. Roble, veintitrés centímetros y medio, rígida.
Lily tomó la tercera varita y la movió un poco en el aire y pareció desprender chispas. Miró a su madre con expresión radiante, pero Ollivander de inmediato le quitó la varita y le ofreció otra.
—Espino, veinte centímetros, elástica.
Esta no pareció responder a Lily y Ollivander pareció irritarse y le ofreció otra más.
—Sauce, veintiséis centímetros, elástica.
Esta vez sí que hubo reacción y fue más allá de lo que Lily esperaba. La punta de la varita pareció encenderse y el rostro de Ollivander se iluminó.
—¡Ahí la tiene!
La luz de la varita comenzó a intensificarse tanto, que toda la estancia se llenó de una gran luz de color verde agua, pintando paredes, muebles y pisos de este color. Ollivander parecía muy satisfecho y Lily sintió una emoción desconocida llenarle el pecho. Se preguntó de dónde vendría aquella luz. ¿Era la varita? ¿O era ella quien producía aquella luz? Necesitaba saberlo todo, no podía esperar más. Si tan solo Severus estuviera con ella en ese lugar…
Siguió mirando la luz, totalmente extasiada, pero Dorcas se adelantó y bajó su mano. La luz se desvaneció.
—Parece que ya tienes varita, Lily —comentó ella amablemente.
Lily sonrió y después, abrió mucho los ojos, estupefacta. Todo Ollivanders estaba pintado de verde. También las ropas de todos, incluso la piel del dueño estaba teñida de este color. Lily miró al señor Ollivander, con los ojos bajos.
—Lo siento —susurró, mientras Dorcas Meadowes se partía de risa.
Después, Lily decidió que aquél día era uno de los mejores de su vida. El resto del día en el callejón Diagon fue tranquilo y muy interesante. Compraron el uniforme del colegio, túnicas a su medida y los libros en Flourish y Blotts, una librería enorme y atestada de gente; un bonito caldero, tinta, pergaminos, plumas… Pero su varita descansaba dentro de su bolsa y Lily metía cada que podía la mano dentro de ella para poder tocarla. Sauce, veintiséis centímetros, elástica, se repitió a ella misma. Se la mostraría a Severus (¿Tendría él ya su varita?).
La señora Evans no se cansaba de mirarlo todo. Tomaron un helado en Florean Fortescue y a Lily le pareció que nunca había probado un helado tan delicioso como aquél. Después se cruzaron con otro conocido de la señorita Meadowes y supieron que ella solo debía darles indicaciones y no tenía que quedarse todo el tiempo con ellos y el señor Evans parecía algo avergonzado, pero la señorita Meadowes parecía estarlo pasando bien y comieron todos juntos en una tienda de pastas dulces y saladas. Pero, conforme caía la tarde y daban un paseo por el callejón, cargando todo lo que habían comprado, el ánimo de Petunia parecía decaer más y más. Después, le resultaba casi imposible levantar la mirada y ver otro local más, otra cosa maravillosa, algo aún más asombroso. Decidió que estaba harta. Decidió que odiaba todo aquello y que odiaba a Lily, tan radiante y feliz, tocando en secreto aquel estúpido palo de madera una y otra vez, se aseguró a ella misma que odiaba todo aquello, mientras contenía las ganas de llorar. Solo quería que todo aquello terminara ya y marcharse a casa, donde ella conocía todo y tenía una habitación, donde todos la conocían y tenía un sitio suyo y de nadie más. La cálida mano de su padre apretó la suya y solo entonces se atrevió a levantar los ojos y mirarlo, con aire cohibido.
—¿Estás bien, princesa?
Petunia asintió, aunque hubiera querido gritar que no.
—¿Estás cansada?
—Un poco —murmuró Petunia.
—Vamos a casa.
Petunia sonrió; se apretó al costado de su padre, mientras este besaba su cabeza y la estrechaba contra ella. El mal humor se disipó un poco.
                                   VIII.
 Garrick Ollivander consultó la hora en el reloj azul de siete manecillas sobre el mostrador. A un movimiento de su varita, todas las cajas que contenían estos delicados instrumentos de magia se elevaron en el aire y volaron por la habitación, volviendo al sitio exacto donde ya se encontraban antes de ser sustraídas para intentar encontrarle dueño a cada una de ellas. Revisó escrupulosamente el orden asignado a cada caja, consultó una lista en un gran pergamino que cayó al suelo y rodó más allá, hizo un par de líneas con tinta sobre ella y decidió que apenas comenzaran los cursos escolares el siguiente lunes, viajaría a Irlanda y a Noruega para conseguir plumas de fénix en el primero y pelo de unicornio en el último. Afuera había un cielo tormentoso. La campanilla de la puerta sonó. La turba de nuevos alumnos que se dirigían a sus respectivos colegios y necesitaban una varita solía terminar un fin de semana antes, pero siempre había alguien que llegaba de último momento. Ese día había estado particularmente tranquilo. Ningún chiquillo despistado se había acercado al mostrador de último minuto. Ninguno hasta ese momento. Volvió al mostrador y miró a sus clientes con mucha, mucha atención.
—Eileen Prince…espino, veinticinco centímetros y medio. Rígida.
Eileen esbozó una minúscula sonrisa, de pie en el recibidor. A su lado, Severus contempló la tienda, oscura y dispuesta a cerrar sus puertas.
—Lamento llegar tan tarde, señor Ollivander —respondió Eileen. —Espero que aún pueda atendernos.
—Aún no me marchaba —respondió Ollivander, suspicaz —. Acérquense.
Severus avanzó hasta el mostrador; siempre le resultaba extraño que algunas de las personas en aquel mundo se refiriesen a Eileen por su apellido de soltera, Prince, y no por su apellido de casada, Snape. Quizá era porque amaba las conspiraciones, pero Severus suponía que solo ciertas personas lo hacían, con cierto grado de misterio en ello. Quizá solo le gustaba imaginar cosas y Ollivander no tenía idea de que Eileen estaba casada con un muggle.
—Entonces… ¿señor Snape?
Severus alzó la mirada, algo sorprendido.
—¿Si?
—¿Está listo para comenzar sus clases?
—Sí, señor Ollivander.
Ollivander había depositado sobre el mostrador un par de cajitas alargadas; abrió una de ellas y la examinó atentamente.
—Acebo, veinticuatro centímetros, flexible.
Severus tomó la varita ofrecida con emoción. La admiró un momento y la agitó con suavidad en el aire y una ráfaga de aire se desprendió de esta.
—Muy volátil. Avellano, dieciocho centímetros, rígida —ofreció el hombre, retirando la varita anterior.
Severus agitó la nueva varita y solo consiguió que las orejas se le entumieran.
—Serbal, cuarenta centímetros, elástica —indicó Ollivander, ofreciéndole la siguiente varita. Esta tampoco mostró resultados y Severus tuvo que agitar al menos siete varitas más. Miró de reojo a Eileen, que observaba con mucha atención lo que hacía.
—¿Debe tardar tanto? —preguntó Severus.
—Una de ellas tiene que elegirte, muchacho —contestó Ollivander, poniendo la octava varita entre sus dedos. Severus frunció el ceño con aire incrédulo.
—¿No debería ser yo quien la elija? ¿Cómo va a elegirme ella a mí? —dijo Severus. Ollivander lo miró con fijeza.
—La varita elije al mago, nunca a la inversa.
—El mago fabrica la varita, ¿Cómo va a elegir el producto? Un niño no elige a sus padres.
Ollivander alzó una ceja, divertido por el comentario.
—¿Cómo se elige una varita? ¿Por su apariencia física?
Severus frunció el ceño.
—Supongo que eso es algo muy superficial.
—Lo es.
—Tendría que saber de qué está hecha.
—¿Eso de que te serviría?
—Sabría qué clase de poder la compone.
—¿Crees que puedes manejar eso? —Ollivander se irguió y se cruzó de brazos. —Todas las varitas en esta tienda están compuestas por tres núcleos distintos: pelo de crin de unicornio, nervio de corazón de dragón, pluma de cola de ave fénix. Dígame, señor Snape, ¿Cuál es el componente más poderoso de todos?
Severus se mordió un dedo, pensativamente. Ciertamente, era difícil decidir cuál de aquellos núcleos superaba a los otros dos. Cada criatura que cedía una parte de sí para crear una varita, tenía su propio y único y maravilloso poder y un misterioso origen.
—¿Entonces? —insistió Ollivander.
—Creo que, haciendo un análisis rápido, tendría que admitir que el pelo de unicornio es mucho más poderoso.
—¿Por qué?
—Es una criatura escasa y mística en toda su totalidad. Es mucho más factible encontrar un ave fénix que un unicornio.
—¿Entonces, elegiría ese material?
—Elegiría el nervio de dragón —murmuró.
Ollivander alzó ambas cejas en la frente.
—¿El nervio de dragón, está seguro? ¿Podría explicarme por qué?
—Quizá porque viene del corazón…
Los ojos plateados de Ollivander brillaron fugazmente; una sonrisa extraña se dibujó en la comisura de sus labios y Severus se sintió estúpido y depositó la varita que tenía en las manos sobre el mostrador. Miró de reojo a Eileen, que parecía contener una sonrisa en la boca y comenzó a enervarse.
—No todo es abedul y espino o sauce y fresno. Usamos la tabla celta como guía para elaborarlas, pero no usamos únicamente esos materiales, a excepción del núcleo —continuó Ollivander. —Prueba esta varita hecha con cedro, quizá te funcione.
Severus tomó la varita y la agitó brevemente, pero solo exhaló una nube de humo gris. Ollivander casi se la arrebató de la mano y puso entre sus dedos una larga y lustrosa varita de color negro que Severus tomó con agrado. Por supuesto que elegir una varita por su aspecto era algo superficial, pero aquella varita le gustó nada más verla. El tacto le resultó agradable y al ser larga, parecía algo pesada, pero en su mano se sentía ligera y manejable. La admiró con atención antes de recordar que debía al menos intentar hacer algo. Movió la varita en el aire, dejando tras el movimiento, una estela de color plata y el juego le agradó; hizo un par de espirales con ella antes de mirar a Ollivander.
—He sido elegido —declaró.
Ollivander rió de buena gana.
—Pino negro, treinta y ocho centímetros. Rígida. Nervio de corazón de dragón —explicó, cerrándole un ojo.
Salieron de la tienda de varitas y el callejón Diagon ya lucía solo y muy apagado. Eileen se cubrió el pecho con su capa y Severus refundió las manos en los bolsillos de su abrigo. Sonreía levemente, feliz por la adquisición. La varita de Lily era asombrosa y Severus casi desesperó hasta que Eileen decidió por fin, a dos días de marcharse, llevarlo al callejón a buscar la suya. La apresó con fuerza dentro de su bolsillo.
En solo dos días se marchaba al colegio. Severus levantó la mirada de los adoquines y miró a su madre.
—Fue una respuesta inesperada —comentó ella.
—¿Fue una mala respuesta?
—Ya respondí esa pregunta.
—¿Por qué fue inesperada?
Eileen se encogió de hombros y Severus enrojeció.
—¿Sabes por qué contesté eso? —dijo, con aire sabiondo. Eileen negó con la cabeza. —Porque los otros dos elementos están en la parte trasera del cuerpo…
Eileen apretó los dientes. Se talló los labios tratando de no reírse mientras su vástago reía a sus anchas
—Eres un tonto, Severus…
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va-cios · 3 years
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Kayla
Se cree que nació en la calle, pero hay algunos que aseguran que fue abandonada por alguien que, previamente, la había entrenado muy bien. Como sea, Kayla, es una perrita que destaca por su capacidad de atención y su inteligencia. Cuando mira a los ojos, pareciera estar lista para seguir una orden, como queriendo decir “estoy lista, hagamos algo”. La historia cuenta que, Kayla vivía en un paso fronterizo, de esos con mucha nieve y frío. Pasaba sus días echada a los pies de un oficial de la policía fronteriza, observando las interminables filas de automóviles y camiones, que esperaban pasar al otro país. Es por eso también, que no se sabe con exactitud qué nacionalidad tiene, aunque en ambos países hay voces que se disputan su origen. Una tarde nevada, Kayla, sin previo aviso, se paró, mirando fijamente una camioneta, en la cual, venía una familia dispuesta a pasar unas vacaciones al vecino país. Con las orejas paradas y con la mirada fija, se quedó esperando el turno de dicha camioneta. Cuando la camioneta llegó a su lado, Kayla empezó a caminar en círculos alrededor del vehículo, olfateando, cual perro policía en busca de sustancias ilegales. En cuanto la camioneta retomó su marcha, Kayla empezó a correr detrás, a toda velocidad y, con un impulso ecuestre, saltó en la parte trasera de la camioneta, cayendo entremedio de mochilas y bolsos, todos firmemente amarrados. Debido a que estaba nevando fuertemente, intentó hacerse un espacio donde cobijarse, pero las amarras se lo impidieron. Durante todo el camino, la negra perrita, se fue llenando de nieve, hasta quedar completamente tapada. Cuando la familia llegó a su destino, Kayla seguía ahí, totalmente de blanco, confundiéndose con el nevado equipaje. En eso, el padre de la familia, se dirigió a la parte trasera de la camioneta, con la intención de bajar el equipaje. Kayla, que estaba atenta al sonido de los pasos, esperó hasta el último momento, para saltar sorpresivamente fuera de la camioneta. Miles de pequeños trozos de nieve, saltaron por el aire y, al caer al piso, revelaron su negro y peludo contenido. “¡Un lobo!”, gritó el padre, asustado por el explosivo movimiento. En cambio, Kayla, estaba sentada tranquilamente, lamiéndose lo restos de nieve que le quedaban en las patas. “¡¿Dónde?!”, preguntó una voz femenina desde adentro de la casa. “Es un perro, es un perro, perdón”, respondió rápidamente el padre, que, en ese mismo momento, se acercó a Kayla, y, agachándose, la empezó a acariciar. “¿De dónde saliste?”, dijo el padre en voz baja. Kayla lo miró, se acachó completamente y dio un pequeño salto, cayendo en el mismo lugar. El padre, extrañado por la pirueta, inusual en un perro, gritó hacia la casa: “¡y sabe hacer trucos!”. El padre, comenzó a bajar el equipaje, tomó un par de mochilas y se metió a la casa. Estuvo adentro durante unos minutos y, al salir, venía acompañado de su esposa y de sus dos pequeños hijos.
- ¿y el perrito?. -dijo uno de los niños.-
- Hace un minuto estaba aquí. -replicó el padre.-
Kayla, se había marchado, dejando un montón de huellas que formaban un círculo cada vez más grande, como un espiral, las cuales, se perdían en un bosque, cercano a la casa. El padre, decidió salir en su búsqueda, pero en el denso bosque, las huellas eran casi imperceptibles. “¡Perro, perrito!”, gritaba el padre, infructuosamente. La historia cuenta que Kayla, escogió irse por el bosque, estratégicamente, para evitar ser seguida. Como sea, encontró su camino hacia la carretera, que estaba a un kilómetro, aproximadamente, de la casa vacacional. Una vez ahí, escogió uno de los dos sentidos, y comenzó a caminar por la tierra, a un lado del pavimento. Cada cierto tiempo, se sentaba de frente a los vehículos que, veloces, pasaban por su lado, peinándole elegantemente, su negra cabellera. En una de esas ocasiones, un automóvil que llevaba un solo pasajero, es decir, solo el conductor, se detuvo varios metros después de despeinar a Kayla, la cual, al ver encendidas las luces rojas ubicadas en la parte trasera del vehículo, comenzó a correr hacia él. Una vez detenido completamente a un lado de la carretera, el conductor abrió su puerta, puso un pie en el camino y, antes de bajar el otro, a la altura de su pecho, vio pasar a una gran mancha negra, distorsionada por la velocidad. Cuando miró al asiento del copiloto, vio a Kayla, perfectamente sentada, moviendo la cola y con la correa del cinturón de seguridad entre sus dientes, como pidiendo ser asegurada a su asiento. “¡Vaya astucia!”, dijo el conductor, confundido acerca de si debía asegurarle el cinturón o si, por el contrario, el perro estaba jugando a morder lo primero que encontró. “Vamos a intentarlo”, dijo en voz baja, mientras trataba de encajar el seguro del cinturón de Kayla. ¡Click!, sonó el cinturón de seguridad y Kayla, apoyó su espalda en el respaldo, con su cabeza mirando a la derecha, con su hocico pegado a la fría ventana. “Solo le falta hablar”, dijo el conductor en voz baja. Kayla, dio vuelta la cabeza hacia él y soltó un pequeño ladrido, volviendo inmediatamente la mirada hacia la ventana del copiloto. El conductor, que era un ingeniero aeroespacial, venía de su trabajo y, diariamente recorría ciento veinte kilómetros de distancia para llegar a su casa, por lo que, un poco de compañía, le venía bastante bien.
La historia cuenta que fue el ingeniero, justamente, quien le dio el nombre a Kayla, en esa tarde, cuando se conocieron. La cosa es que, cuando el ingeniero se detuvo, al llegar a su casa, Kayla hundió su cabeza en el respaldo del asiento en el que venía, luego, se puso la pata derecha a la altura de la nariz, y, empujando con la pata contra el cinturón, lo alejó de su cuerpo, momento en el cual, se dejó deslizar hacía abajo del asiento, como si se estuviera derritiendo, y se liberó del cinturón, saliendo tranquilamente por la puerta del conductor. “Realmente sabes hacer trucos interesantes”, dijo el ingeniero, mientras se masajeaba la barbilla. Kayla, dio algunas vueltas en círculos por el patio de la casa del ingeniero, olfateando todo lo que podía, y, en pocos minutos, se ubicó justo al lado de la puerta de entrada a la casa, sentada y completamente inmóvil, a excepción de su cola, que barría algunas hojas secas que habían en el piso. El ingeniero abrió la puerta y esperó que Kayla entrara, pero ella no se movió, así que entró él primero. Casi coordinadamente, Kayla se puso a caminar al lado del ingeniero, como siguiéndole los pasos, al lado de él. Cocina, habitación, comedor, cocina, living, fue el itinerario que hicieron. Kayla, no se despegaba de él. En un momento, el ingeniero se agachó, y le acarició la cabeza, a lo que esta, respondió extendiendo su cuello, para juntar su nariz, con la nariz del ingeniero. “Nos vamos a llevar bien”, dijo el ingeniero, que, en breve, iría a buscar algo de comida, que había dejado calentando en la cocina. Mientras tanto, Kayla, se acercó al comedor y, con su pata izquierda, movió una de las sillas, alejándola un poco de la mesa. Luego, con la nariz, enderezó la silla, de manera que quedó correctamente ubicada, lista para su uso. Con un pequeño impulso, perfectamente calculado, Kayla saltó sobre la silla y, sin desajustarla de su lugar, quedó sentada, como pidiendo una servilleta y servicios. Al volver de la cocina con su plato, el ingeniero vio a Kayla ubicada en la silla que usaba todos los días y, en voz baja, dijo: “realmente me impresionas, ¿qué más sabrás hacer?”. Kayla, puso su pata derecha sobre la mesa y, con total delicadeza, arrastró hacía sí un pequeño salero de vidrio, que había cerca de ella, y, cuando lo dejó justo en frente de ella, emitió un pequeño ladrido, invitando al ingeniero a ponerle sal a su plato. “eres de otro planeta”, dijo el ingeniero aeroespacial.
A la mañana siguiente, debido al estricto horario de su trabajo, el ingeniero despertó muy temprano. Recostado de lado, abrió los ojos y vio una enorme nariz negra, seguida de unos tiernos ojos, también negros. Kayla, estaba sentada en el piso, pero con la cabeza completamente apoyada en la cama, con la nariz a veinte centímetros de la nariz del ingeniero, el cual, sacó un brazo fuera del cubrecama y comenzó a despeinar la cabeza de Kayla, en señal de cariño. “Eres increíble… tengo una idea”, dijo. El ingeniero se levantó rápidamente, se vistió, tomó desayuno y, cuando tomó las llaves del auto, dijo, “Kayla, hoy iremos de viaje”. Se subieron al automóvil, y, ambos, se fueron al aeropuerto espacial, el cual, era el lugar donde trabajaba el ingeniero. Después de casi dos horas de viaje, en el que Kayla, apenas se movió, llegaron al enorme sitio, dedicado a la aeronáutica espacial. En cuanto el ingeniero se bajó, Kayla se puso al lado de él, y paso tras paso, lo seguía, mirando para todos lados, pero sin despegarse de él.
- Hola -dijo el ingeniero-
- Hola, traes compañía -dijo un compañero de trabajo-
- Esteee… si… es mi perrita. -dijo el ingeniero, un tanto inseguro-
- Qué bien, y ¿para qué la traes?.
- ¿Te acuerdas de ese programa piloto de trabajo con perros?.
- Claro, ya están en su fase final ¿por?.
- No sé, tengo una idea, tal vez es una idea loca nada más, pero quiero inscribirla.
- ¿A tu perrita? ¿Está entrenada?.
- Ssssi.. claro. ¿Dónde se está ejecutando el programa?.
- En el galpón 3.
- Gracias.
El ingeniero se fue caminando con paso firme hacia el galpón 3, el cual, estaba ubicado a un costado del aeropuerto espacial, por lo que, desde las ventanas de los pasillos, se podía ver un imponente cohete, estacionado y listo para ser expulsado al espacio exterior. Kayla, sin rastro de nerviosismo, caminaba segura al lado del ingeniero que, a medida que se acercaba al lugar, aceleraba el paso.
- Hola, ¿cómo estás? -dijo el ingeniero-
- Hola, tanto tiempo, ¿en qué te ayudo? -respondió el técnico a cargo del programa canino-
- Entiendo que el programa aún está en curso y tengo una postulante.
El técnico miró a Kayla y luego miró al ingeniero, con cara de duda.
- ¿Estás seguro?, ¿tú la entrenaste? -dijo el técnico-
- Mira, conozco el programa y las pruebas a las que son sometidos los postulantes. Estoy convencido de que puede ser una candidata hábil, tengo una fuerte intuición al respecto.
- Ok, sólo porque eres tú, la agregaremos al programa. Como sabes, debes dejarla acá una semana, y puedes venir a verla cuando quieras, pero solo desde las ventanas. Tu sabes que las pruebas son estrictas.
- Gracias, de verdad te lo agradezco. -dijo el ingeniero, dándole la mano al técnico-
- No hay problema, todo sea por la ciencia. -replicó el técnico-
El ingeniero, dejó a Kayla a cargo del técnico y, este la metió a un canil, el cual, estaba seguido de otros 5 caniles, con un perro candidato en cada uno. Kayla, se recostó tranquilamente, posando su hocico sobre sus patas y se puso a dormir, sin saber el motivo de su presencia en ese lugar.
Durante los siguientes 7 días, el ingeniero llegó media hora antes a su trabajo y se iba una hora más tarde, para aprovechar de ver a Kayla. A la hora de almuerzo, retiraba su plato de comida del casino, y se lo comía de pie, apoyado en uno de los ventanales que permitía ver el enorme galpón 3, el cual, parecía una especie de gigantesco gimnasio, con toda clase de máquinas y aparatos que servían para realizar diversas pruebas, en este caso, a los 6 perros participantes del programa. En una oportunidad, el ingeniero vio a Kayla sentada en una especie de butaca, ajustada con un cinturón de seguridad. Esta butaca, era movida por el aire por un enorme brazo mecánico, como si fuera una silla voladora del parque de diversiones. El ingeniero, con las manos en la cabeza de la impresión, vio que Kayla, al terminar, se sacó, sin ayuda, el cinturón de seguridad, se bajó tranquilamente, y se dirigió a su canil, para echarse, como si nada hubiera pasado. En otra oportunidad, Kayla fue introducida a una enorme pelota de plástico transparente, del tamaño de una casa pequeña, en la cual, después de unos segundos, simulaban la total ausencia de gravedad, con unas potentes turbinas, ubicadas en los 4 lados de la enorme esfera. Kayla, parecía nadar en el aire, realizando armónicos movimientos con sus cuatro patas. El ingeniero, parecía enamorado, mirando el bello movimiento del pelaje de Kayla.
Una vez pasados los siete días, el ingeniero se acercó al galpón 3, para conocer los resultados de las pruebas.
- Hola, ¿cómo le fue?. - dijo el ingeniero, un tanto ansioso-
- Hola. Mira, todos los perros que se presentaron, tenían años de entrenamiento, incluidos tres, que tenían entrenamiento militar, pero Kayla… es de otro planeta. Así que, la seleccionaremos a ella. ¿Dijiste que tú la habías entrenado?.
- Increíble -fue lo único que pudo decir el ingeniero, mientras se tomaba la cabeza con ambas manos-
- Bueno, el lanzamiento es pasado mañana, así que felicitaciones y buena suerte.
- In… cre… í… ble -repitió el ingeniero, todavía en shock-
Dos días después, durante la mañana, el ingeniero tomaba desayuno completamente emocionado, pensando en lo que sucedería más tarde. En cambio, Kayla estaba totalmente tranquila, echada al lado de él, ignorando las migas de pan, que caían sobre su cabeza. En el camino al aeropuerto espacial, el ingeniero manejaba un poco más rápido de lo normal y hablaba más de lo acostumbrado, mientras que Kayla, iba correctamente sentada, en el asiento del copiloto, usando el cinturón de seguridad, como siempre. Al llegar al lugar, se dirigieron al galpón 4, el cual, tenía unos enormes camarines, donde el ingeniero, vistió a Kayla, con un traje completamente blanco, el cual, dejaba al descubierto solo las patas y la cabeza. Además, le puso un casco, completamente transparente y esférico, el cual, proporcionaría la entrada del oxígeno. Kayla, ya vestida y preparada, se ubicó al lado del ingeniero y, junto a otros 3 astronautas, todos de blanco también, caminaron por una larga plataforma, ubicada a decenas de metros del piso, la cual, daba acceso al imponente cohete, que los esperaba, con sus motores apagados. Por una escotilla, uno a uno, los astronautas comenzaron a ingresar al cohete y, posteriormente, se iban ubicando en sus respectivos asientos. Cuando solo quedaron Kayla y el ingeniero afuera, este, se agachó y besó el casco de Kayla, justo en el lugar donde tenía la nariz, a lo que, la valiente perrita, respondió estirando su cuello y tocando su nariz con la parte interna del casco, el cual, quedó marcado con el vapor de su aliento. Kayla, ingresó por la escotilla, se sentó erguida en el asiento y, a modo de excepción, permitieron ingresar al ingeniero para que fuera él, quien le pusiera el cinturón de seguridad. ¡Click!. Luego, el ingeniero salió hacia la plataforma, y la puerta de la escotilla se cerró, quedando los 4 astronautas visibles, únicamente, por una ventana que tenía el cohete, al lado de la escotilla. El ingeniero, emocionado hasta las lágrimas, comenzó a mover sus manos y, sin poder aguantarse, gritó: “¡Buena suerte Kayla!”, a lo que Kayla, respondió llevando su pata derecha, a la altura de la frente, la mantuvo sobre el casco unos segundos y, enérgicamente, la alejó de su frente y luego la dejó caer, volviendo la vista hacia los controles de la enorme nave espacial. El ingeniero comenzó a correr por la plataforma, con lágrimas arrastrándose por sus mejillas, alejándose del cohete, en dirección al galpón. En eso, se encendieron los motores del cohete, y comenzó la cuenta regresiva. El lugar se llenó de humo y luego fuego. El cohete, comenzó a ascender y, lentamente se hizo más pequeño, hasta que, finalmente, la nave espacial desapareció del todo, llevando a Kayla, al espacio exterior.
Pablo Aravena L.
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laskarlatanokto · 3 years
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"Sakamaki Shū ya no cree poder continuar. Sus posibilidades son exiguas, una vez que esa carta respondió sus interrogantes."
One-shot participante en el reto #1: Horror de la comunidad de Diabolik Lovers Discord.
⚜ Trope asignado; "el poder de la sangre".
⚜ Posible horror que no es horror (escribir horror es difícil).
⚜ Personaje principal: Sakamaki Shū.
⚜ Palabras: 1400
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Bajo la sombra de la melancolía, se vislumbra la mansión Sakamaki. Vieja, descuidada y con un ambiente deprimente; donde el único vampiro que habita ahí es el mayor del clan Sakamaki. El lago cerca de la morada, posee aguas oscuras, que perdieron su claridad para sólo verse tan negras como la noche, mientras que su alrededor es árido.
El turbio eco de gritos infestados en dolor, espanta a los cuervos parados sobre las secas ramas de los árboles.
Cae sangre.
Sangre pútrida que ensucia el piso de la habitación.
Presiona sus manos contras sus orejas, tapando sus oídos ―como lo había dicho él―, sintiendo entre sus palmas pálidas y frías, el denso liquido escurrir por ellas.
De su boca brotan sonidos inentendibles. Sonidos "incoherentes".
¿Cómo no hacer aquellos sonidos, si ya no poseía una lengua que lo ayudara?
Hace tres noche atrás, decidió arrancarse la lengua de una forma monstruosa.
Sus afiladas uñas se habían encajado en sus papilas gustativas, pero no ceso hasta que atravesara más y más, deteniéndose en el momento que su dedo índice podía tocarse con el pulgar, teniendo como resultado, el haber atravesado su lengua por completo. Sostuvo con firmeza ese trozo y termino de arrancarlo. La sangre le resbalaba por la boca. Y quedó afónico después de aquel acto, por horas.
Está débil. Menguante.
Evita el beber sangre a toda costa. Y en cualquier rincón de esa lúgubre mansión, están frascos repletos de "esa sangre", igual que una maldición.
Sobre el suelo, el abre cartas empapado en sangre empieza a oxidarse con rapidez.
Aturdido por el dolor provocado de su propia mano, y ese que no puede detener, lo hace tambalear hasta caerse.
Los inexpresivos ojos de Shū, se desorbitan al ver la presencia frente a él.
Tenía razón.
«Por la eternidad...»
Sakamaki Shū ya no cree poder continuar.
Sus posibilidades son exiguas, una vez que esa carta respondió sus interrogantes a los hechos singulares que padeció.
La leyó hace días.
Tal vez se arrepentía de leerla.
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13 de Octubre, 2017
Buena noche, Sakamaki Shū.
"Hermano" que es así como debería llamarte por nuestro lazo familiar. Sin embargo, nunca lo dije hasta esta carta. Y ante esto, me he de imaginar tu expresión de extrañeza. Te sugiero que no quites esa expresión, porque en estas palabras el alivió va a ser efímero.
Tengo la certeza de que yaces impaciente por conocer el motivo del que te encuentres esta carta entre el montón de artilugios insignificantes, que ves en el sótano.
Buscas respuestas.
Entonces aquí obtendrás tus respuestas.
Éramos conscientes de tu pereza, pese a que probablemente no era más que una depresión nacida de la pérdida de aquel humano llamado Edgar. Por cierto, ¿sabes que él sobrevivió?
Pertenece al clan Mukami, irónico, ¿no te parece?
En todo caso, ese no es el punto importante. Lo relevante en esta situación, es el hecho de que incluso el atolondrado de Ayato sabía que no serías un buen rey. Y ya los has demostrado si estás leyendo esta carta, pues quiere decir que nos asesinaste.
Ciertamente me lo esperaba de ti, Shū. Es por esa razón que me adelante a los obvios sucesos.
Una carta.
Y una conexión eterna.
Debo confesar que no te asombres de los acontecimientos tan peculiares que te han recaído, desde tu soledad en la mansión.
Serán sucesos normales de ahora en adelante.
Shū, ¿te preguntas por qué cambiaste? ¿Por qué hay lapsos en los que tus acciones te recuerdan a mí?
La respuesta es sencilla; más allá de nuestro obvio lazo de familia, nuestra sangre está conectada.
Más allá de eso.
Mi sangre yace en tus venas, y no en el sentido de salir del mismo vientre.
Parte de mi existencia está ahora atrapada en tu cuerpo.
En libros, religiones y en civilizaciones antiguas se decía que la sangre es el alma del hombre, y en nosotros los vampiros, nuestra putrefacta sangre contiene nuestra atroz existencia.
Y de la misma forma como bebiste numerosas veces la sangre humana. En esa última copa que tú voraz sed de sangre aclamaba por ser tomada... Contenía mezclada la sangre de la humana Yui y la mía.
"Hermano", no te escandalices.
Únicamente considéralo un pago por lo que hiciste a todos nosotros.
Sé que incluso escuchas mi voz dentro de tu cabeza.
Acostúmbrate, porque así será el resto de tu inmortalidad.
Mi existencia corriendo por tus venas empezará a consumir la tuya.
No es una pregunta. Ni algo que tenga remedio.
Tu cuerpo experimentará torturas que no podrán ser detenidas, a menos que quieras meter tus manos en tus entrañas, en tu cerebro, incluso en tus huesos.
Es un dolor interno. Un dolor que mi existencia en sangre te otorgará día a día. Como un incesante recuerdo de que todos aquí están condenados.
Y tú no eres la excepción, "hermano".
Tus entrañas se contraerán en agonizante dolor y se retorcerán al grado de que no lo soportes, haciendo que de tu boca emane la sangre maldita. Tus recuerdos serán arrebatados y sustituidos por los míos. Verás mi presencia en cada rincón de esta vieja mansión; te querrás sacar los ojos esperando que con eso dejes de verme. Lastimaras tus oídos con tal de no volver a escuchar mi voz. Y cuando empieces a actuar como un demente, finalmente me harás el camino más fácil. Desechare lo que eres, para que sólo seas como yo.
Trajiste la muerte y destrucción al Makai. Ya no existe ser que te pueda ayudar.
Será cuestión de tiempo, tus días son contados; no hay marcha atrás.
Eres un rey fracasado.
Un rey condenado.
Un rey que perderá su propia existencia sin tener que morir.
Un rey que sólo será un cascarón en el que yo habite.
Shū, te perdone.
Pero es mi turno de arrebatarte lo único que te queda, porque tú mismo te encargaste de lo demás.
No voy a poner una ridícula despedida. Sería ilógico luego de todo lo que leíste.
Por la eternidad conectados por la sangre.
Por la eternidad estarás esclavizado a la sombra de mi existencia.
Si es que no te has decidido por suicidarte, aún.
Sakamaki Reiji.
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Las palabras bombardean en su mente, a la par que las alucinaciones en las que ve a Reiji, lo persiguen.
Ha decidido terminar.
No escucha.
No habla.
No ve.
Cuando saca por completo sus ojos de las cuencas, sostiene entre sus manos los glóbulos oculares, siente el nervio óptico y los vasos sanguíneos colgar de ellos.
―¡Idiota!
Un manotazo le hizo tirar el cuchillo que amenazaba con clavarse en su ojo. Parpadea confuso, hasta que puede ver que permanece sentado en el comedor, con la atenta mirada de sus hermanos sobre él.
―Tch, ya era hora de que reaccionaras. Tenemos hambre.
Reclama el albino, que no es el único molesto esperando la comida.
Shū se despabila. Queda con esa escalofriante sensación, sin embargo, todo fue una "alucinación", y ahora lo menos que quiere es discutir con sus hermanos. Por lo que chasquea su lengua.
―Díganle a Reiji.
Habla sintiendo por un momento el amargo sabor al pronunciar el nombre de aquel.
Sus hermanos lo miran con desconcierto e irritación. Subaru gruñe fastidiado.
―Nfu~ al parecer alguien tiene problemas de personalidad ―intervino Laito burlándose.
Shū no le presta atención a Laito por su pésima broma. Ellos se ven enfadados, no le extraña que se desquiten con comentarios absurdos.
―Reiji...
―Shū ―corrige ya cansado de esa "plática" y broma innecesaria.
Ayato se ríe por las palabras de sus hermanos, se le hace graciosa la escena.
―Sabía que eras estúpido, pero no a estos extremos.
―Cállense ―ordena Shū molesto.
―Vete a la mierda.
Subaru golpea la mesa antes de irse, seguido de Ayato. Laito suelta un suspiro, entiende que esa noche tendrán que buscar su propia cena, cada quien.
Shū se reincorpora de su asiento con pereza. Kanato observa al contrario, mientras le murmura a su oso. Shū desvió la mirada a su extremo izquierdo.
La cara se le deforma por completo.
Contempla su reflejo en ese espejo. Pero no es él, no es Shū.
Sólo ve el impecable y perfecto reflejo de Reiji.
—Oh, Reiji-san, Teddy y yo queremos saber... ¿Quién es Shū?
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