NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO VIII
Oii, como vai? Capítulo um pouco adiantado. Espero que vocês gostem.
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII
Nico não tinha certeza se devia estar fazendo isso.
Não podia negar que noite passada tinha sido boa, porém, na vez antes disso, tentou com ex e… bem, tinha sido tão ruim que tudo o que ele sentiu foi ansiedade, dor e vontade de vomitar. Assim que pôde, Nico saiu correndo e evitou falar ou se encontrar com Will durante o resto do tempo que ficou na Itália. Parte disso era vergonha por ter entrado em pânico, descobrindo no processo que não estava pronto para fazer certas coisas com meros desconhecidos, e a outra parte era… não queria admitir, mas era difícil para ele confiar nas pessoas. E daí se ele tivesse namorado outras pessoas depois de Will? Não era sua culpa se ele não conseguia relaxar ao redor do loiro.
Era por esse motivo que hesitava, mesmo sabendo ser injusta a comparação entre os dois. Ou entre qualquer outra pessoa e Percy. Will nunca tinha o convidado para comer em lugares que ele gostava ou o levado para conhecer, ou melhor, redescobrir a cidade como Percy tinha feito naquela noite. Eles tomaram sorvete, visitaram um parque natural e andaram de mãos dadas pelas ruas iluminadas sob a luz do luar. Tinha sido uma noite tão calma e agradável que Nico se esqueceu do que tinha acontecido na Itália ou mesmo toda a confusão com Annabeth que ele nem gostava de lembrar. Mas ali estavam eles, novamente em seu quarto, mochilas e roupas jogadas ao chão.
Eles nem tinham acendido as luzes na pressa de chegar ao segundo andar da casa, indo em direção a sua cama o mais rápido que puderam. Sua jaqueta e camisa vieram primeiro, em seguida, Percy fez o mesmo consigo mesmo, mais rápido do que Nico podia acompanhar.
Ele tinha arfado e suas pernas fraquejado, sentindo Percy o tocar com força, o puxando pela cintura e se moldando contra suas costas.
Pele na pele, braços em volta dele e respirações apressadas em sincronia, lábios contra seu pescoço, o beijando suavemente, indo e voltando por sua nuca e encontrando o lóbulo de sua orelha, a mordiscando devagar. As mãos grandes e quentes de Percy subiram mais uma vez, o tocando nos ombros e deslizando lentamente para baixo, chegando em seus quadris para enfim o massageando por cima do jeans. Os botões foram os próximos, Percy os abrindo e descendo o zíper, como se desembrulhasse um presente valioso. Ele ainda não tinha certeza, não sabia o que acontecia com ele; uma hora queria Percy o tocando com toda a força de seu ser e na outra, não tinha certeza de nada. Apenas sabia que queria que Percy continuasse a segurá-lo para sempre, mas que não o machucasse ou o forçasse como outras pessoas tinham tentado.
— O que foi? — Percy disse contra a pele de seu ombro, colocando mais um beijinho ali que o fez estremecer, seu corpo relaxando sem sua permissão.
— Eu não sei. Eu…
— Hm. — Percy murmurou, se movendo devagar com ele em direção a cama. — Você quer me dizer alguma coisa?
Sim, ele queria. Queria dizer que não estava bêbado o suficiente para ignorar seus medos e que tinha ignorado qualquer coisa sexual por mais de um motivo. Mas antes de chegarem à cama, Percy parou no meio do caminho e beijou seu pescoço mais uma vez.
— Sei que você tem medo. Sei que perdi o controle no passado. Mas você pode confiar em mim.
— Per. — Tinha sido apenas um beijo, um impulso descuidado no passado, e parece que aquele momento os perseguiria para o resto de suas vidas. — Não é isso. Eu...
— Então, me diga. E eu vou te dar. Não importa o que seja.
Por que isso era tão difícil?
— Eu...
— É sobre o seu ex?
— Ele... ele...
Percy parou de se mover e até o ar ao redor deles se tornou imóvel.
— O que ele fez com você?
— Nada! — Nico se apressou em dizer, ansioso. — Não foi nada.
— Nico.
— Quer dizer! Você se lembra do Jason, o amigo que eu te contei? Ele impediu que Will...
Foi quando Percy o virou de frente para ele e segurou forte em seus ombros, seus olhos dilatados e ferozes o encarando como se Percy quisesse arrancar a verdade dele dessa forma.
— Você mentiu para mim. O que mais esse garoto fez, hm?
— Percy!
Ele não queria acreditar que Percy era uma dessas pessoas. Ele o segurou pelos braços e o jogou na cama, prendendo suas mãos acima da cabeça.
— Me responda!
— Ele... ele me amarrou e... e tirou minha roupa... e quando... quando estava prestes a... Jason chegou, bateu em Will e me desamarrou! Feliz agora!?
Assim que ele disse isso, Percy o soltou e parou de tocá-lo imediatamente. Isso surpreendeu Nico, o ofendeu e o machucou na mesma proporção. Percy tinha nojo dele sabendo que outro homem o tinha tocado? Era isso?
Então, a cama se moveu e Percy o tocou no ombro suavemente.
— Não, bebê, não chora. Eu sinto muito.
— Você não me ama mais? — Nico perguntou e escondeu o rosto no travesseiro, tentando prender o soluço.
— Não, isso é impossível. Não quero que--
— Eu só… não gosto de ser amarrado e… — Outro soluço, — Foi horrível quando ele tentou… tentou me penetrar e…
— Shhh, está tudo bem. Prometo que não vou te tocar.
Ele não aguentava mais! Não era isso o que Nico queria.
Chorando feito um bebê, ele engatinhou até onde Percy estava deitado todo tenso e sentou no colo dele, o abraçando bem apertado pelo pescoço.
— Eu quero que você me toque! Quero que você me foda até que eu não consiga andar, mas… doeu tanto! Não quero que doa. Quero que só você me toque! Só você me beije! Só você… ah!
Nico gritou e curvou as costas quando Percy o puxou pelos cabelos, aproximando seus rostos.
— Eu devia te punir. Devia te mostrar como um bom garoto tem que se comportar.
— Eu--
— Não terminei. Não importa com quem você transou na Itália, você mentiu para mim. Escondeu algo importante por causa de vergonha? Por que um garoto qualquer te enganou e te humilhou? O que aconteceu? Eu quero a verdade.
— Estou dizendo a verdade. — Nico virou a cara para o lado e se calou, ele se negava. Não era da conta de Percy o que ele tinha feito.
— Vai ser assim? Desde quando você começou a mentir para mim?
— Eu... eu não menti sobre não gostar.
— Você concordou em fazer alguma coisa e se arrependeu?
Nico acenou, sentindo o rosto esquentar.
— Você não confiava nele?
Acenou de novo.
— Pensei que estava pronto... e... — Nico deu de ombros. — Aí, Jason me ouviu gritar e... preso na cama... ele bateu em Will e Will ficou furioso. Will veio atrás de mim, mas eu não quis explicar o que tinha acontecido, então, eu terminei com ele e Will ficou mais furioso ainda…
— Então, você brincou com o garoto, dispensou ele e deixou que as pessoas pensassem que esse Will era o culpado?
— Eu não queria fazer isso, eu só...
— Nico.
Percy o conhecia bem demais.
Ele odiava quando Percy falava assim com ele, sério e rígido, todo autoritário. Se sentia feito um garotinho repreendido e indefeso. O que o fez ver que faria de tudo para Percy perdoá-lo. Então, respirando fundo, disse:
— Sinto muito. Eu nunca faria isso com você.
— Você já fez. — Percy disse e o olhou de forma firme e dura, ainda o segurando pelos cabelos de um jeito doloroso que não doía de verdade. Mas Percy estava certo, ele tinha feito, tinha fugido sem uma explicação, e se arrependia muito. Se fosse necessário, passaria o resto da vida se desculpando.
— Como posso me redimir?
— Eu não sei.
— Por favor. Faço qualquer coisa.
— Qualquer coisa? — Então, Percy sorriu e soltou seus cabelos, se ajeitando contra o batente da cama. — Tire suas calças.
Nico fez o que Percy pediu. Ele se levantou, tirou as calças, cueca e meias e voltou para cama prestes a se sentar no colo de Percy quando foi parado.
Percy o segurou pelo ombro e com o mesmo sorriso malicioso, disse: — De barriga para baixo. No meu colo.
— Eu não entendo.
— Logo você vai entender.
Ainda confuso, Nico se deitou contra as pernas de Percy e esperou.
Momentos depois tudo fez sentido.
Primeiro, sentiu Percy se aconchegar contra a cabeceira da cama, depois, com uma das mãos segurou em seus cabelos e com a outra, deslizou por suas costas, chegando a sua bunda.
— Ainda está disposto a continuar?
— Per?
— Eu te mimei muito. Permitindo que você fizesse o que quisesse.
— Eu não quis...
— Você vai obedecer?
— Espera!
— Ultima chance. Sim ou não?
Ele não sabia, tá bom!? Era muita pressão para ele aguentar. Quer dizer, Nico sempre quis tentar isso com Percy, mas ele não queria assim, uma punição no lugar de diversão.
— Nico?
— Eu não sei. — Ele enfim disse, derrotado. — Confio em você.
E então, meros segundos depois, a mão pesada de Percy estalou contra sua nádega direita, lhe arrancando um gemido abafado.
— Você está gostando. Não acredito nisso. — Vieram mais duas, uma em seguida da outra e Nico não pôde se conter, se contraiu todo, esfregando uma perna na outra, tentando esconder o efeito que as palmadas causaram nele.
Ele ouviu Percy arfar e ajeitá-lo em seu colo, a calça jeans roçando em seu membro exposto, e tudo o que pôde fazer foi se segurar nos lençóis para não gozar com o tratamento violento.
— Você está pronto para conversar? — A voz de Percy soou baixa a seus ouvidos, o fazendo estremecer.
— Eu já disse tudo o que queria.
— Quem mais fez isso com você?
Merda! Como Percy sabia?
Percy mudou de lado e dessa vez o estalo reverberou no cômodo inteiro, o fazendo gemer de verdade, curvando a coluna. Quando ele não disse nada, Percy continuou, suas mãos batendo em sua pele e massageando o lugar até que ele quase... quase...
— Você disse para eu viver um pouco! Foi o que eu fiz! — Ele gritou, tentando se controlar, se contorcendo todo, sentindo o prazer vir mais rápido do que ele esperava. Até que Percy parou de repente, o mantendo no pico do êxtase para encerrar as palmadas sem avisar.
— Tudo o que eu quero é a verdade, Nico.
— Que bem isso vai trazer!? — Gritou mais uma vez, frustrado, tentando obedecer.
— Você pensa que pode mentir para mim? Quanto mais você esconde, mais eu quero saber.
— Percy! Não quero falar disso!
— Então, você não deve querer gozar.
— Você não vai fazer isso comigo!
— Quer apostar?
Percy o segurou pela cintura, o fez virar na cama e então o colocou sentado no colo dele, seu membro exposto para o ar frio do quarto, o mantendo imóvel com sua bunda ardendo contra o jeans de Percy.
— Percy!
— Eu não vou incentivar esse tipo de atitude.
— Que atitude?
— É por isso que eu sou tão ciumento, você sempre faz isso. Flertando com todo mundo e ignorando o problema quando a coisa fica séria.
— Eu não faço isso. Faço...?
— Você vai me enlouquecer!
— Eu não quis—
— Você nunca quer! Esse é o problema.
— O que você quer que eu faça?
— Seja sincero. É pedir muito?
— Eu... eu não sabia como te contar. Como eu poderia dizer: “Olha, Percy. Não fica bravo. Fiquei carente e deixei alguns garotos tocarem em mim de formas que tenho vergonha de admitir”.
— Não parece tão difícil agora. — Percy murmurou, o agarrando mais forte pela cintura. Ele até temia em saber o que aconteceria nos próximos dias. — Por que você faz isso comigo?
— Eu não queria que você pensasse que eu... que eu sou...
— Uma vadia que se oferece para quem te der atenção?
Nico olhou para fora da janela e tentou prender o que estava lutando para se libertar de seu peito.
— Nico, eu não me importo. Você pode ser meu doce Nico e pode ser esse ser sensual que gosta de provocar as pessoas. Fico triste que você sentiu a necessidade de esconder essa parte de mim.
— Eu não queria.
— Sei que não. Nunca pensei que você fosse um santo. Tudo o que eu peço é sinceridade.
— Eu sei.
— Não quero te machucar, mas também não quero te tratar feito um cristal. Não fuja de mim. Eu te amo.
— Eu também te amo. — Nico disse, relaxando contra o peito de Percy. — Prometo que vou ser a pessoa mais honesta desse mundo.
***
As coisas pareciam ter se acalmado. Nico sentia que enfim o peso do mundo tinha sumido de suas costas, se sentia leve e livre, sem mais nada a esconder. Quer dizer, não tinha contado tudo o que aconteceu, porém, Percy agora sabia de tudo, de sua… sobre sua libido que tinha surgido na ausência de Percy e que agora parecia estar mais acesa do que nunca.
Ele achava que tinha sido claro, não? Afinal, tinha gritado para quem quisesse ouvir. Sinceramente, estava feliz que após ouvir todas aquelas coisas Percy ainda estivesse a seu lado, no momento, debaixo das cobertas com ele, o abraçando pelas cintura e ombros, os mantendo colados um ao outro. Suas nádegas ainda doíam e seus olhos estavam inchados de tanto chorar. Não o entendam mal, ele estaria de joelhos se isso fosse melhorar sua situação, Percy apenas não estava no clima. Percy tinha tirado o resto das roupas que usava e tinha se deitado junto a Nico na cama, o abraçando e fechado os olhos em seguida. E Nico, como tinha ficado? Ainda excitado, mesmo com a dor das palmadas e a humilhação das confissões, tentando ficar imóvel entre os braços de Percy.
Por longas horas tentou fazer exatamente isso, obedecendo à vontade de Percy. Mas não importava o quanto tentasse, abria e fechava os olhos de tempos em tempos, vendo as horas passarem lentas e torturantes, o céu mudando de tonalidades de escuras para outras um pouco mais claras.
Ele não aguentava mais! Tocando na mão em volta de seu peito, Nico fez um esforço e tentou não acordar Percy, entretanto, o agarre em volta dele se apertou e os braços de Percy o puxaram de volta contra seu peito forte.
— Onde você pensa que vai?
— Eu preciso… hm…
— Você precisa?
Nico queria morrer, mas antes que esse fato se concretizasse, pegou uma das mãos sobre seu corpo e a levou para sua virilha.
— Entendo. — Percy murmurou, se aproximando mais.
Estava tudo bem, porque Nico enfim tinha o que desejou. Percy cobriu sua virilha inteira, engolfando seu membro e massageou devagar, bolas e falo, o apertando tão gostoso que em menos de um minuto estava ereto, como se a conversa anterior e as palmadas nunca tivessem acontecido. Aquilo era tão bom… por que era tão bom? Era por que Percy o estava tocando? Era algo mais emocional do que físico? Ou era a intimidade do meio da madrugada o fazendo se sentir leve e despreocupado, mas tão vulnerável que ele queria se esconder sob o corpo de Percy?
— O que você precisa? — Percy sussurrou contra seu pescoço, sua voz rouca de sono.
— Você pode me… você pode me foder? — Será que ele estava sendo claro o suficiente dessa vez?
— Você só precisa pedir.
Ele gemeu frustrado e escondeu o rosto no travesseiro, ansioso e sentindo a humilhação de ter que pedir, feito um garotinho carente, descendo por seu pescoço em forma do corar que o esquentava dos pés à cabeça. O bom nisso é que finalmente seu pedido foi concedido, Percy o inclinou um pouco para frente, abriu suas pernas e imediatamente sentiu dígitos molhados roçarem suavemente e sem pressa contra sua entrada. Ah… ele não sabia que esse gesto poderia ser tão relaxante e gostoso, massageando ao redor tempo o suficiente para que o orifício se abrisse e permitisse que os dedos de Percy o penetrasse, fácil e sem dificuldade, o abrindo com tanto cuidado que quando ele se viu estava deitado de bunda para cima e gemendo com três dedos dentro dele, mal sentiu Percy se deitar sobre seu corpo.
Com um ligeiro desconforto que imediatamente deu lugar ao prazer, a cabeça do membro de Percy entrou em contato com sua entrada e o penetrou devagar com uma leve pressão, o fazendo se sentir feito uma flor que desabrochava, mas foi quando Percy se forçou um pouco mais para dentro, deixando que o peso de seu corpo ajudasse no deslizar, que Nico realmente viu estrelas.
— Estou te machucando? Onde doí? Estou indo muito rápido?
Nico parou de respirar por um momento, muitas sensações ao mesmo tempo fritando seu cérebro. Ele… ele não sabia, estava relaxado demais para determinar se era o puro prazer, se tinha dor no meio ou sequer se precisava de uma pausa; Nico mal conseguia levantar a cabeça do travesseiro, quanto entender qualquer coisa que não fosse a necessidade de gozar.
— Bebê. — Percy suspirou, finalmente se encostando a suas costas, mantendo seus quadris parados, arfando. — Eu preciso.
— Hm. — Achava que tinha gemido, que estava prestes a gozar. Isso não podia ser normal. Não podia. Tão rápido.
— Fale comigo.
Então, Percy se acomodou melhor e aquela leve fricção dentro dele foi o suficiente para fazê-lo gemer, o fazendo apertar o membro dentro dele tão gostoso que Percy puxou seus cabelos, um aviso claro para Nico se comportar.
— Per!
Percy parou de novo, tentando recuperar o fôlego, e Nico derreteu mais uma vez na cama, procurando as palavras certas para dizer o que precisava.
— Per, eu… eu preciso… preciso…
— Vamos fazer assim, quando você não souber o que dizer e quiser continuar, diga “obrigado”. Quando estiver gostoso e mesmo assim quiser parar, diga “Por favor”.
— E se… e se eu não gostar?
— Diga pare e eu vou parar.
Parecia fácil o bastante, então, por que ainda tinha tanta dúvida? Esse era o momento que ele tinha a tendência de encerrar tudo. Era tão intenso que ele não conseguia continuar, mesmo quando ele usava seu vibrador favorito. Mas ele não queria parar, queria continuar e ver onde isso ia dar. Talvez se ele permitisse que Percy se movesse e o segurasse contra a cama, como exatamente como Percy estava fazendo poderia chegar ao fim.
— E, então? — Percy murmurou contra seu ouvido, o segurando firme pelos cabelos e cintura.
— Eu… tudo bem… obrigado.
— Esse é o meu garoto. Todo educado e obediente.
Nico… Nico não deixaria que aquelas palavras o fizessem se sentir mais à beira do precipício do que ele já estava. Mas quando Percy acariciou seu cabelo e os puxou, dizendo um rápido “Bom garoto”, Nico não conseguiu ignorar a reação que isso causava nele. Escondeu seu rosto no travesseiro ao mesmo tempo que um gemido foi arrancando dele e Percy enfim decidiu se mover.
Nessa noite, nada estava saindo como ele esperava, e ao invés de Percy fodê-lo rápido e forte, sentiu primeiro Percy girar os quadris, rebolando dentro dele para depois Percy se impulsionar para trás, devagar e gostoso, e voltar penetrá-lo mais devagar ainda, o fazendo curvar a coluna e gemer como ele nunca tinha gemido, sem deixar lugar para qualquer outro pensamento.
— Hmm. — Percy gemeu todo rouco, aumentando a velocidade e profundidade conforme os gemidos de Nico ficavam mais altos. — Sabia que você seria perfeito. Todo macio e cheiroso. O encaixe perfeito.
— Eu… eu… ah!
— Hm?
— Obrigado!
Nico achava que tinha gritado, que tinha se contorcido tanto que sentiu Percy segurá-lo pela nuca e forçar sua cabeça sobre o travesseiro, dizendo para ele respirar. Mas Nico não conseguia, Percy tinha acertado algo dentro dele que o fez apagar por um momento; estava gozando e gozando, cada vez que seu membro expelia, um choque de eletricidade atingia seu corpo, mas Percy ainda estava dentro dele, duro e pulsando, tão quente que Nico não sabia como não tinha sido queimado.
— Está tudo bem, assim. Eu vou cuidar de você.
Nico sentiu dedos contra sua virilha e em seu membro, o tocando suavemente. Ele gemeu de novo, pensando que iria morrer, sentindo seu orgasmo se estendendo até que não aguentou mais:
— Por favor! — Então, gritou mais uma vez, lágrimas se forçando para fora de seus olhos, sufocado pelo prazer: — Por favor!
— Bom garoto. — Percy gemeu em seu ouvido, sua voz firme e baixa, sentindo os quadris de Percy irem o mais profundo possível e gozar dentro dele, como Nico nunca havia permitido antes.
***
Percy admitia que não estava sendo justo com Nico. Não era nada planejado, ele nem pensava em transar com Nico tão cedo. Em um momento Nico estava todo excitado e no seguinte, o afastava, feito as milhares de vezes antes de tudo ir para os ares. Mas dessa vez… dessa vez Percy tinha decidido fazer exatamente o que Nico fazia com ele. Foi uma decisão de último minuto motivada pela frustração e desespero. Se ele fizesse Nico se sentir como ele se sentia, Nico pararia de torturá-lo, não?
Primeiro, tentou devagar e sem pressa, passeando pela cidade e parando na sorveteria favorita de Nico, depois, levou Nico para casa, o beijando apenas quando tiveram privacidade. Percy jurava que não pretendia fazer mais do que beijar Nico e ter uma noite tranquila, o problema apareceu quando Nico o beijou de volta, todo carente, e se virou de costas, esfregando aquela bundinha empinada contra sua virilha. Lá se ia seu autocontrole pelo ralo, Nico cheirava tão bem que Percy teve que beijar aquela pele macia, mordiscando a nuca e pescoço de Nico até encontrar a boca mordida e avermelhada, se perdendo nele, desabotoando os botões da camisa de Nico e então a sua própria para encontrar pele macia e sem pelos, o estômago liso e mamilos eriçados, pontudos, o forçando a brincar com eles longamente. Ele não conseguia parar de tocar, ouvindo gemidinhos arfados, Nico se enroscando contra ele até que bem… vocês podem imaginar, Nico ficou todo tenso e ele foi obrigado parar, tentando raciocinar no meio da densa névoa de excitação que percorria seu cérebro.
Tentou conversar e tentou se acalmar, mas aquela irritação continuava subindo por sua espinha. Ele não aceitaria ser feito de idiota mais uma vez. Percy não pensou, jogou Nico na cama, o prensou contra ela e segurou suas mãos acima da cabeça onde Nico não poderia usá-las para distraí-lo. O que pareceu ter sido um erro, embora a confissão e meias verdades tivessem escapado dos lábios de Nico feito uma cachoeira.
Agora, como ele sabia que Nico mentia? Nico desviou o olhar e tentou se soltar na tentativa de fuga. Nico nem percebia o que estava fazendo, ainda sem querer encará-lo. Por que era isso o que acontecia quando Nico sentia que não podia dizer a verdade, ele mentia, tentava distraí-lo ou fugir, como tinha feito há dois anos atrás e como fazia desde que eles eram crianças; quando o mundo ficava muito difícil para Nico lidar, ele se escondia, e sempre sobrava para Percy encontrá-lo e fazê-lo encarar a realidade. Estava tudo bem quando Nico fugia do resto do mundo, mas quando as coisas eram entres eles? Quem iria atrás de Nico para ter certeza que tudo estava bem?
Sinceramente? Ele não queria ouvir nada daquilo. Não queria saber quem tinha feito Nico decidir querer sexo ou quem tinha o traumatizado ao ponto de Nico se fechar tanto que ele foi obrigado a arrancar a verdade da unica pessoa que nunca precisou ter segredos. Percy estava tão cansado que… apenas decidiu se afastar, o vendo chorar na cama como se ele tivesse ofendido a mãe morta de Nico.
Foi demais para ele quando Nico disse um “Você não me ama mais?”. Como ele poderia não amá-lo? Alguns garotos e escapadas sexuais não seriam suficientes para destruir uma década inteira de dedicação e comprometimento. Entretanto, o pior de tudo foi ouvir “Eu só… não gosto de ser amarrado e… — Outro soluço, — Foi horrível quando ele tentou… tentou me penetrar e…”, sabe porque era horrível ouvir isso? Nico estava mentindo outra vez! Estava fazendo manha e seu rosto estava tão.. tão… excitado! Numa mistura de prazer e vergonha tão grande que nada que Nico dissesse no momento Percy seria capaz de acreditar.
Infelizmente, Percy não tinha muitas opções. Ele respirou fundo e disse a única coisa correta e racional que poderia, tentando acalmar Nico, o que pareceu piorar as coisas. Desesperado, Nico engatinhou para seu lado da cama e montou em seu colo, bem em cima de sua ereção e o olhou com aqueles olhos cheios de lágrimas de crocodilo que mais o excitava do que o preocupava, embora a forma ansiosa e angustiada que Nico agia fosse um indicador mais certeiro do que se passava na mente de seu doce e não mais inocente garotinho.
Ele estava tentando fazer o certo, não estava? Mas parecia que Nico não queria isso. Com eles era tudo ou nada, a próxima fala de Nico apenas deixava tudo mais claro: “Eu quero que você me toque! Quero que você me foda até que eu não consiga andar, mas… doeu tanto! Não quero que doa. Quero que só você me toque! Só você me beije! Só você!” e quem era ele para negar o que seu bebê dramático e manipulador queria? Ele não podia culpar Nico quando o garoto tinha aprendido com o melhor. Não que Nico estivesse enganando alguém ali, mas se isso era o que Nico precisava para dizer o que estava engasgado, ele faria o desejo de Nico se realizar; o que resultou em algo que ele nunca poderia prever: palmadas, gritos e confissões que dessa vez saíram bem mais sinceras, embora ele tenha a impressão que Nico ainda guardava coisas dentro do peito.
Bem, ele não estava preocupado. Arrancaria cada um desses segredinhos que Nico pensava poder esconder dele. Não porque quisesse saber, mas porque Nico parecia tão aliviado enquanto cada mísera palavra escapava da própria boca que sabia que o relacionamento deles nunca estaria perfeito enquanto Nico não confessasse tudo para ele, exatamente como sempre tinha sido. Admitia que não estava pronto para o que veio em seguida e admitia que queria fazer Nico sofrer um pouco, o que não chegava perto do que Nico fez com ele, mesmo que espalmar aquela bundinha empinada tenha sido eficaz. Agora ele entendia porque Nico tinha fugido de sexo por tanto tempo, o garotinho era tão sensível que em poucos toques ele estava gemendo como se estivesse prestes a morrer e tão apertado que ele enfim acreditou quando Nico dizia ser virgem. Percy foi paciente e cuidadoso o fazendo relaxar para então… bem, fazer seu melhor para não gozar enquanto deslizava para dentro daquele canal apertado e quente.
A partir desse momento foi rápido. Nico apenas conseguia gemer e mal conseguia completar o que falava, arfando e choramingando, estatelado na cama. Não que ele tivesse melhor, segurou nos cabelos de Nico, o mantendo no lugar quando sentiu Nico estremecer dos pés a cabeça, quase o jogando para fora da cama. Percy não tinha conseguido se mover muito, tentando pensar no conforto de Nico, mas tinha sido o suficiente. Alguns momentos depois foi sua vez, gozando fundo dentro da pessoa mais importante de sua vida.
***
— Bom garoto. — Percy tinha dito, ainda dentro de Nico. Ele se permitiu curtir o momento, mas quando a sensitividade chegou, foi obrigado a deslizar para fora, observando o sêmen escorrer pela pele morena.
Ele ainda estava irritado, levemente incomodado pela forma que Nico o fez perder o controle. Mas agora vendo Nico estatelado no colchão como se tivesse corrido uma maratona e ainda com lagrimas descendo de seu olhos negros, Percy tinha se decidido, nunca mais deixaria que seus sentimentos interferissem em seu relacionamento com Nico; ele amava seu pequeno mentirosinho que preferia esconder o que realmente queria se isso fosse garantir que as pessoas gostassem dele.
Percy respirou fundo e deixou que suas mãos abandonassem os cabelos de Nico, se deitando ao lado dele, prestes a sair da cama em busca de algo para limpar Nico. Isso é, ele teria se levantado se Nico não tivesse choramingado, segurando em seu braço.
— Onde você vai? Eu estou perdoado? — Nico piscou lentamente, parecendo que iria cair no choro se não escutasse o que queria.
O que ele podia dizer? No fim, as lágrimas de crocodilo sempre funcionavam.
Ele sorriu, porque sabia que isso sempre acalmava seu doce bebê, e se aproximou, o beijando suavemente nos lábios.
— Não há nada a perdoar.
— Per.
— Lindo. — Percy o beijou de novo e de novo até que Nico voltou a relaxar na cama, ainda de barriga para baixo.
— Não me deixe.
— Nem pra ir no banheiro?
Nico negou, afundando o rosto no travesseiro. Mas ele pegou na mão de Percy e a trouxe para o próprio cabelo, no exato lugar onde ele tinha o segurado momentos atrás.
Percy entendeu tudo e começou a acariciá-lo ali, devagar e suavemente, ouvindo Nico ronronar feito um gatinho manhoso.
— Nós não terminamos de conversar ainda.
— Desculpa. — Nico murmurou, sua voz saindo abafada.
— O que você esconde que te faz hesitar tanto?
— Como você pode me amar depois disso? Como alguém poderia? — Nico enfim levantou a cabeça e o encarou todo choroso.
— Nico.
— Eu me sinto uma vadia suja que não precisava cobrar por sexo, mas faz porque gosta.
— Qual o problema em gostar?
— Eu sou uma farsa! Todo mundo acha que eu sou esse… esse ser puro… e olha pra mim agora! — Nico voltou a enterrar o rosto no travesseiro e reclamar, mas parecia que suas lágrimas estavam acabando. Ele devia estar muito relaxado para conseguir ficar irritado.
— Nico! — Ele acabou rindo e Nico choramingou de volta, indignado. Ele então acariciou as costas desnudas de Nico e Nico se rendeu, derretendo em suas mãos.
— Isso não é justo! Você nunca me leva a sério. — Nico se virou de costas para a cama e o encarou fazendo uma careta adorável, e percebendo seu estado, tentou puxar as cobertas para cima de si. Ele teria conseguido se Percy não o tivesse parado, o segurando pelo ombro, deslizando suas mãos até elas chegarem na nuca de Nico, e se aproximou dele, juntando suas testas.
— Eu levo, juro que levo. Na verdade, queria pedir desculpas. Não devia ter te tratado assim.
— Me tratado como?
— Você não vê o problema?
— Hm?
— Nico, eu bati em você, te joguei na cama. Fiz algo que você não queria.
— Eu… — Nico piscou lentamente, e o surpreendeu, não desviando o olhar do seu. — Eu gostei. Só… não foi uma boa experiência quando tentaram me amarrar. Eu não me importo de tentar com você. Eu me assustei, você nunca foi violento comigo. Eu gostei. Gostei muito.
— Não faz isso comigo. — Percy implorou, tentando impedir que aquelas ideias se formassem em sua cabeça.
— Eu quero que você me bata de novo. Pode me jogar na cama quantas vezes quiser. Só me promete que sempre vai me amar. — Nico disse, sua expressão toda aberta e vulnerável, e infelizmente Percy soube, Nico não estava mentindo.
— Eu te amo. Sempre. Mesmo quando você me deixa louco.
Nico desviou os olhos dele por um instante e quando voltou a encará-lo, mordia os lábios, como se não tivesse certeza de algo.
— Eu quero… quero te satisfazer… e se… e se me fazer chorar ou me fazer gritar é o que te agrada… eu não me importo.
Percy arfou, tentando não demonstrar como seu corpo estava reagindo com essas palavras, mas como resistir quando Nico falava daquela forma quase inocente e na voz mais doce e afável?
— Eu não quero te fazer chorar.
— Mentiroso. — Nico disse, um sorriso começando a surgir em suas suaves feições. — Eu não quero que você se reprima por minha causa.
— Você tem que fazer o mesmo.
Nico mordeu os lábios e pareceu pensar sobre o assunto, suas mãos pequenas vindo parar sobre os ombros de Percy.
— Eu não sei se consigo. Como eu poderia dizer essas coisas?
— Você parece não ter problemas no momento.
— É porque estou… estou flutuando nas endorfinas. Não sei quanto tempo vai durar.
— O que te faria sentir melhor?
— Eu amo quando você me toca em qualquer lugar.
— Onde?
— No pescoço. Na mão. No pulso. Na… na cintura.
— Assim? — Percy deslizou os lábios pelo rosto de Nico e o beijou no lado do pescoço, aplicando uma leve pressão ali.
— Hmhmm. — Nico suspirou, fechando os olhos. — Eu amo quando… quando você me diz o que fazer, quando… quando toma o controle.
Percy parou por um momento e deixou o ar sair. Com Nico sempre era difícil saber, se ele fazia o que queria ou se Nico fazia o que os outros esperavam dele. Era melhor ir com calma.
— Eu quero que você saiba. Você pode me contar qualquer coisa. Vou ficar com ciúme, mas nunca vou te julgar.
Nico soltou uma risadinha toda feliz e manhosa, e se virou em direção a Percy, encostando a cabeça em seu ombro.
— Só se você me contar também.
— É um trato, então.
Ele beijou o rosto de Nico, se levantou e foi até o banheiro. Quando voltou com uma toalha quente e umedecida, Nico finalmente estava dormindo, todo encolhido em seu lado da cama e com um doce sorriso nos lábios.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ahhhhh esse capítulo foi tãoooo cliche! Serio! Não sei o que aconteceu, pelo menos espero que tenha sido divertido. Comentários são sempre bem-vindos. E obrigada por ler. Na sexta tem um capítulo traduzudo, e para quem está lendo a versão em inglês quero avisar que teve mudanças mínimas, como o Percy nunca ter namorado com Annabeth e uma frase ou outra.
Até logo.
6 notes
·
View notes
Qual a relação entre o filme: O fabuloso Destino de Amélie Poulain e o artista plástico brasileiro Juarez Machado?
O fabuloso destino de Amélie Poulain.
Quando estética e conteúdo dirigem muito mais que um produto artístico, mas um conceito e em consequência o conceito fundamental do DESIGN.
Por: Fred Borges
Dedicado a minha filha, amante da sétima arte e estudante de Design da UNIFACS.
Com a vida colorida por cores vibrantes, Juarez Machado nasceu em uma família de artistas natural de Joinville (SC), no ano de 1941. Filho de um caixeiro-viajante e uma pintora de leques de seda, Machado começou a desenhar entre os 6 e 7 anos de idade, quando admirava e retratava o alto número de operários que iam ao trabalho nas indústrias utilizando bicicletas. Aos 18 anos, fugindo do destino nas fábricas, o artista decidiu estudar Artes em Curitiba, dando início a uma jornada repleta de incursões artísticas nacionais e internacionais.
Machado conta que um elemento de apreço em comum entre ele e Jean-Pierre Jeunet então Diretor do Filme, e é justamente o gosto pela “coisa meio surrealista, que mistura humor e surpresa”. Suas obras estabelecem um fino diálogo com o longa “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, porque este se trata de uma narrativa que abraça o público com uma história positiva e carregada por explosões de cores, assim como as telas que o curitibano pinta desde a juventude.
Nas cenas externas ao café, por exemplo, a pós-produção do filme realizou um trabalho de saturação na coloração dos takes de modo que a fotografia assumisse a caricata tonalidade esverdeada, em outras cenas: avermelhada, azulada, da criação á produção.
No filme, a incessante batalha de contrastes conduz o cotidiano comum, entretanto recheado de pequenos milagres e mágicas presentes nos encontros entre seres humanos, que servem de pano de fundo para a história de Jeunet. Assim, o encantamento eufórico e festivo presente na vida e obra de Juarez Machado, encontra morada ao lado de Amélie Poulain, que dão à nós, meros, simples, mas insubstituíveis ou imprescindíveis espectadores, uma nova e mais colorida visão de mundo.
As cores nos ajudam a viver, mas não confundam ou não se iludam, as cores em si não carregam em si preconceitos, um exemplo disso são os filmes " Noire", em português, 'filme negro') como uma expressão francesa designada a um subgênero de filme policial, derivado do romance de suspense influenciada pelo expressionismo alemão, o qual teve o seu ápice nos Estados Unidos entre os anos 1939 e 1950.Muitos diretores alemães, como Fritz Lang, Billy Wilder e Robert Siodmak, foram forçados a emigrar da Alemanha Nazista, levando em sua bagagem as técnicas que haviam desenvolvido, e realizaram, nos Estados Unidos, alguns dos mais famosos films noirs, no qual os recursos de iluminação tinham importância fundamental, sendo utilizados, por exemplo, para destacar aspectos psicológicos dos personagens ou para criar uma certa tensão no espectador, por exemplo.
Sin City pode ser considerado como pertencente ao cinema clássico cuja raiz é Noir, por seguir certas estruturas pré-estabelecidas pelo gênero Noir e por possuir códigos previamente conhecidos pelo espectador que estão integrados em seu repertório cultural. Entretanto, estes códigos não são acessados sem um esforço interpretativo mínimo de seus espectadores, que podem analisar em diferentes níveis a complexidade semântica de Sin City – A cidade do Pecado. Um dos códigos presentes em Sin City que mais merece atenção é o uso de cores para dar significação a determinadas cenas. Este estudo ou prática profundas irá focar-se na interpretação do contraste entre o preto e o branco, técnica utilizada constantemente no filme, e das conotações que acompanham o uso dessas "cores" ao longo da trama.
Não podemos esquecer que toda uma geração da filmografia de Charlie Chaplin ou "Carlitos" foi em preto e branco e preto no branco não foi arte menor, muito pelo contrário! As cores, todas elas desenvolvem ou ativam nossas emoções, nossa psiquê e nos remete a um baile de sensações, sentimentos e lembranças que quando bem utilizadas nos envolvem, cativam, seduzem, aterrorizam, chocam,espantam e por fim nos envolvem como fizéssemos parte do contexto da história.
Cores do Coringa, do Corvo, do Pianista, do Amélie, cores que nos humanizam, nos fazem sair da zona de conforto, nos confortam,e nos apaziguam.
O conceito de Design vai além dos seguintes:
O Design pode ser compreendido como um processo, ou ciência, para solucionar um determinado problema — seja ele qual for — por meio da manipulação de atributos visuais.
O Design compreende a concretização de uma ideia em forma de projetos ou modelos, mediante a construção e configuração resultando em um produto industrial passível de produção em série.
Não, é obtuso enxergar um feixe do prisma do Pink Floyd, o Design é conteúdo, arcanouço teórico, histórico, cultural, social, econômico, psicológico e político.Ele impacta, ativa, reativa, recupera, inicializa e finaliza, transforma,acrescente cores, estará sempre traduzindo tendências sendo a própria alavanca de tendências, de cores em sabores,texturas e argumentos, por influir, seduzir e conquistar.
Na guerra ou na paz o Design vence por uma linguagem sublinear, metafórica, e o que parece complicado é simplificado,é materializado ou tangibilizado, é só lembrar do Gladiador, no sangue, lama pingado na câmera, na espada de fogo, na primeira batalha, nos corpos pendurados de uma esposa e filho, você sentiu o cheiro da terra queimada e deflorada?
Quando estética e conteúdo dirigem muito mais que um produto artístico, mais que um conceito e em consequência o conceito fundamental do DESIGN, acontece o cinema em todas suas fases, sempre é claro DESIGN consubstanciado de excelência em roteiro, seleção criteriosa de atores, direções, métricas,ARTE sétima, Sétima ARTE e nas suas bases uma paleta de cores!
0 notes