#menos alertas
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Rondônia é o quinto estado da Amazônia Legal com menos alertas de desmatamento na 1ª quinzena de dezembro
O estudo apontou que de 1º a 19 de janeiro deste ano, o Rondônia ficou na quinta posição no ranking dos estados da Amazônia Legal com menor número de alertas de desmatamento O levantamento foi feito pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), gerido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), e é baseado em dados disponibilizados pelo Sistema Deter, do Instituto Nacional…
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#1ª quinzena de dezembro#Amazônia Legal#carrossel#desmatamento#Estado#menos alertas#ocombatente#quinto#RONDÔNIA
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matthew & ravena — ❛ i want you to feel good. ❜
& with @greencruz [aceitando]
subtle smut sentence starters. ravena&matthew.
era até irônico ouvi-lo dizer aquilo. não era novidade nenhuma que matthew a fazia se sentir unicamente incrível. em todas os sentidos e escalas. desde momentos importantes e decisivos até quando deitava a cabeça no travesseiro. e não seria diferente naquele momento, tendo-o em seus braços de forma tão confortável e apaixonante.
seus olhos faziam questão de passar por todas as feições dele, tendo uma atenção maior nos olhos e sorriso. era fascinada pelo sorriso dele e não seria exagero afirmar que tinha se encantado desde a primeira vez. ela apenas deixou o trabalho falar mais alto, mas agora, o que falava mais alto era o quanto queria-o pra si. a forma como as mãos carinhosamente abraçava as costas desnudas, acariciando ali calmamente, enquanto as pernas abraçavam mais da cintura alheia em uma necessidade de contanto direto e interrupto.
"você já faz..." ela sussurrou próxima dos lábios dele. e só a ideia dela poder dizer juras de amor naquele momento já era algo que a fazia sorrir inconscientemente. era como se a chave no seu cérebro ainda demorasse pra girar e perceber que matthew era a pessoa perfeita pra si e em como ele, de todas as pessoas, era quem mais merecia e deveria ouvi-la. "ah, matthew... você já me faz me sentir incrível..." os olhos brilhavam em pura paixão, cruzando com os alheios, sentindo a pele se arrepiar com o toque gentil dele. ele sempre era gentil. sempre carinhoso. e ravena amava aquilo.
mas principalmente... amava-o de todo coração.
e diferente das outras vezes ela podia simplesmente... "eu amo você..." o sussurro foi seguido de um selar nos lábios. algo carinhoso e calmo, mas que não demorou tanto. "e eu quero você... agora e sempre..." a canhota que deslizava novamente pelas costas dele, focando nas cicatrizes que já conseguia reconhecer, como um carinho sutil antes que chegasse nas madeixas castanhas na região da nuca, a ponta dos dígitos acariciando ali de forma calma, como se quisesse demonstrar suas palavras de todas as formas possíveis.
ela engoliu a insegurança que antes a devorava. deixou-a atrofiar em seu interior e apenas focou nele. não só naquele momento, mas em muitos outros que se sentia a beira da explosão. a verdade é que há muito tempo ele já a fazia se sentir bem.
#acho incrivel q o jeito dela é menos comico e mais poetico#um anjinho#alerta de mulher apaixonada#𝐀𝐒𝐊 𝐆𝐀𝐌𝐄𝐒 🪐 respondidos#soulmates ♡ ravena & matthew ;#𝐩𝐚𝐫𝐭𝐧𝐞𝐫 ♡ ❛ wayne. ❜
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#Tierra del Fuego advirtió que limitaciones en el suministro de gas obligan a programar cortes rotativos en la energía eléctrica <p></p><div#Alejandro Aguirre#quien advirtió que el alto consumo por las bajas temperaturas afectan la presión de gas que está recibiendo la Usina en Ushuaia lo que “nos#se está registrando nuevamente problemas en la generación de electricidad para la ciudad de Ushuaia#ya que “estamos registrando una muy baja presión en el gasoducto que ingresa a la Usina”.</p><p><br /></p><p>Ejemplificó en este sentido qu#sin embargo en las últimas horas ha llegado a menos de 22 bar#con esto entramos en riesgo ya que si llegamos a los 22 bar las alarmas empiezan a sonar en la Usina#porque con menos de 20 bar#la Rolls Royce paraliza su producción inmediatamente”.</p><p><br /></p><p>Esto es como consecuencia de diversos factores#que se empeora sabiendo que toda la región está siendo castigada con este frente polar y las bajas temperaturas#por ende la demanda de gas es mayor a lo habitual en otros inviernos.</p><p><br /></p><p>“Además se han registrado problemas en los yacimie#ya que debido a las muy bajas temperaturas#se produce la formación de hidratos en las líneas de ingreso a los compresores de las plantas de tratamiento que deben inyectar a los gasod#afectando los volúmenes normales de gas”#amplió.</p><p><br /></p><p>“Es una situación compleja que se genera por muchos factores#pero todos tienen que ver con el consumo por el intenso frío que está soportando en gran parte del país#y en especial en nuestra provincia. Por eso#nos vemos en la difícil decisión de ir rotando cortes de suministro de energía eléctrica para contener la presión hasta tanto se vaya norma#explicó Aguirre.</p><p><br /></p><p>Cabe recordar que#de acuerdo al Servicio Meteorológico Nacional#la provincia de Tierra del Fuego se encuentra aún en “Alerta Roja”#debido a las temperaturas extremas#y similar situación se está registrando a lo largo de la Patagonia con consecuencias similares y un alto consumo de gas.</p><p><br /></p><p
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Unidos contra el Dengue: Protejamos Nuestra Comunidad
Amigos y amigas de Baitoa,
En esta temporada de lluvias, el Dengue se convierte en una amenaza real para nuestra comunidad. Quiero recordarles a todos la importancia de estar alerta y tomar medidas preventivas para protegernos a nosotros mismos y a nuestras familias.
Eliminemos Criaderos: Revisemos nuestros hogares y patios para eliminar cualquier lugar donde el mosquito Aedes aegypti, transmisor del Dengue, pueda criar. Aguas estancadas en recipientes, neumáticos viejos y otros objetos pueden convertirse en criaderos.
Usar Repelente: Utilicemos repelentes de mosquitos para protegernos cuando estemos al aire libre, especialmente durante las horas del amanecer y el atardecer, cuando los mosquitos son más activos.
Ropa Protectora: Si es posible, usemos ropa de manga larga y pantalones largos para reducir la exposición de nuestra piel a las picaduras de mosquitos.
Mantengamos Nuestras Casas Limpias: Mantengamos nuestras casas limpias y ordenadas. Un ambiente limpio es menos atractivo para los mosquitos.
Educación y Concientización: Compartamos esta información con nuestros vecinos y amigos. La educación es nuestra mejor herramienta contra el Dengue.
Juntos, podemos detener la propagación del Dengue en Baitoa. Hagamos nuestra parte para mantener nuestra comunidad segura y saludable. Contamos con su apoyo y colaboración en esta lucha.
#Dengue #Prevención #ComunidadUnida #BaitoaSaludable #LeonardoTavarezComprometido
#Unidos contra el Dengue: Protejamos Nuestra Comunidad#Amigos y amigas de Baitoa#En esta temporada de lluvias#el Dengue se convierte en una amenaza real para nuestra comunidad. Quiero recordarles a todos la importancia de estar alerta y tomar medida#Eliminemos Criaderos: Revisemos nuestros hogares y patios para eliminar cualquier lugar donde el mosquito Aedes aegypti#transmisor del Dengue#pueda criar. Aguas estancadas en recipientes#neumáticos viejos y otros objetos pueden convertirse en criaderos.#Usar Repelente: Utilicemos repelentes de mosquitos para protegernos cuando estemos al aire libre#especialmente durante las horas del amanecer y el atardecer#cuando los mosquitos son más activos.#Ropa Protectora: Si es posible#usemos ropa de manga larga y pantalones largos para reducir la exposición de nuestra piel a las picaduras de mosquitos.#Mantengamos Nuestras Casas Limpias: Mantengamos nuestras casas limpias y ordenadas. Un ambiente limpio es menos atractivo para los mosquito#Educación y Concientización: Compartamos esta información con nuestros vecinos y amigos. La educación es nuestra mejor herramienta contra e#Juntos#podemos detener la propagación del Dengue en Baitoa. Hagamos nuestra parte para mantener nuestra comunidad segura y saludable. Contamos con#Dengue#Prevención#ComunidadUnida#BaitoaSaludable#LeonardoTavarezComprometido
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#eu tava dormindo cara#mas faltou luz e minha mãe me acordou#pq ela não sabia onde tava a lanterna de emergência#ai a luz voltou em menos de 10 minutos#ai a fia da mãe dormiu rápido depois disso#e eu tô até agora sem conseguir dormir de novo#e é por isso q eu odeio que acordem no susto#pq eu fico em alerta na hora e demora um tempão pra sair dessa situação#jay rants#jay fala português porra
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Já passou da meia noite e eu tava pensando aqui com meus botões… [💭]
O Yuta tem total energia daqueles que gostam de colocar a parceira de 4 e segurar ela pelos cabelos, começando devagarinho e aumentando o ritmo aos poucos…
E se tem uma coisa que tá me perturbando faz um tempinho já é: a posição favorita do Jaehyun é missionário. É, eu não vou dissertar sobre — nem consigo — mas na minha cabeça isso é totalmente a vibe dele.
me tremendo inteira porque nunca escrevi nada com o jae
꒰ ★ ꒱ — 𝓟𝐨𝐬𝐢𝐭𝐢𝐨𝐧𝐬 ˙ ̟
— 𝗮𝘃𝗶𝘀𝗼𝘀: sexo desprotegido, creampie, filmagem, squirt & linguagem imprópria (do jeito que eu gosto 🙏🏽). — 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: percebi também que só misturei headcannon com narração uma vezinha só e resolvi tentar outra vez...
── ★ ˙ ̟ 𝘆𝘂𝘁𝗮 𝗻𝗮𝗸𝗮𝗺𝗼𝘁𝗼 ᝰ .
→ Acho muito válido começar com quem já é de casa, porque é mais tranquilo.
→ Também concordo que o Nayu curte fazer de quatro com você toda empinadinha, mas, com certeza, antes disso ele passa por uma sessão de provocação pesada pra te deixar toda mole, impaciente, pensando em foder até cansar (existem dias que ele nem precisa disso, o Nayu já é um tesão só existindo).
→ Gosta de colocar tudinho bem forte pra poder ouvir os estalinhos da pele dele batendo na sua. É uma delícia — isso até ele resolver fazer quando tem gente no cômodo ao lado, seu jeitinho envergonhado quase mata ele de tesão.
→ Gosta especialmente quando já te encheu de porra, a visão do líquido pegajoso escorrendo entre as suas coxas e pingando no colchão é uma delícia. Inclusive te faz continuar de quatro só pra poder gravar a bagunça — você ama fingir que não gosta porque já tá cansada, mas sempre aperta a bucetinha pra expulsar mais porra quando ele tá gravando.
→ Mas além do clássico doggy style, ele também tem uma carinha de oral... não vê problema algum em abrir mão da penetração se isso significar que ele vai ganhar um boquete gostoso (tô definitivamente projetando, falei que queria mamar ele um dia desses).
── ★ ˙ ̟ ──────── . ♡
"Fica quietinha 'pra levar piroca, amor, fica.", foi mais um alerta que passou reto pela sua cabecinha vazia. Contorceu-se com outra estocada lentinha, era incapaz de aguentar qualquer estimulozinho depois de um orgasmo. "Shhhhhhh. Quietinha, não ouviu?", firmou o aperto no seu cabelo, mas a cinturinha não conseguia cessar o movimento.
"Nayu, n-não dá..."
"Mas o Nayu fez você gozar tão gostoso, não foi? Não mereço um pouquinho também?", ele sempre repetia o próprio apelidinho com certa zombaria, sabia que você não era muito fã da vozinha manhosa que involuntariamente usava quando estava sendo fodida.
Yuta era o inferno na terra. Conseguia fazer a manipulação soar excitante — até o modo de fazer chacota com o seu jeitinho dengoso te deixava mais melada.
Cedeu. Não havia muito o que ser feito.
Foi choramingando e apertando os lençóis contra os dedinhos que conseguiu ser capaz de aguentar até ele gozar. O homem sempre fazia questão de deixar explícito o quanto esporrava gostoso, os gemidos excessivos e os elogios em alto e bom som feitos a sua bucetinha e sobre como ela era perfeita 'pro pau dele sempre te arrepiavam inteira — mas se era vergonha ou tesão nunca soube distinguir.
"Vou sair, mas cê continua de quatro pra mim, bebê...", o aviso acompanhou um beijinho na sua bunda antes que ele se levantasse.
Obediente, você permaneceu na posição. As perninhas tremiam em exaustão, mas sabia exatamente o que Yuta queria. Saltou um pouquinho quando sentiu ele te tocar outra vez, esperava ao menos que o farfalhar dos lençóis te avisasse que ele estava de volta. Os dedos geladinhos esfregaram suas dobrinhas enxarcadas com um cuidado ímpar, você arrepiou — nunca recusava carinho ali. Sentiu os dígitos abrindo o lugarzinho, expondo a bagunça para o aparelho que o homem segurava na outra mão.
"Que bucetinha babona, bebê.", dava para ouvir o sorrisinho sacana na voz dele, seu rosto inteiro ardeu. Escondeu o rostinho entre os braços por pura vergonha, mas a excitação te fez afastar mais as perninhas. "Vai, amor. Aperta a xotinha... mostra a porra do Nayu."
"Yuta!", a exclamação abafada conquistou uma risada mais explícita do homem. O corpo inteiro arrepiava quando ouvia-o se expressar dessa maneira, meses se passavam e você nunca aprendia a lidar.
"Não é 'pra falar assim?", a pergunta era carregada de ironia. Até te provocaria mais, porém perdeu o argumento quando assistiu sua entradinha expulsando o líquido esbranquiçado e pegajoso — fazendo do jeitinho que ele pediu. "Diz que não gosta, mas molha a buceta sempre que me ouve falar... não é, bebê?"
── ★ ˙ ̟ 𝗷𝗲𝗼𝗻𝗴 𝗷𝗮𝗲𝗵𝘆𝘂𝗻 ᝰ .
→ Pode ser que não seja nada extraordinário, pois não sei se "sondei" o Jae por tempo suficiente para ser capaz de opinar & escrever com ele.
→ Mas vejo o Jae sendo romântico e safado na mesma medida. Ele não abre mão de uma foda bem manhosa sempre que pode (especialmente de manhãzinha).
→ Gosta de te pegar assim que você acorda. Seu jeitinho grogue levando pica sem nem ter acordado direito é uma das visões favoritas dele. A pele quentinha, toda carente por ter sido acordada de uma maneira nada usual.
→ Missionário se encaixa perfeitamente aqui porque o Jae pode dar o que vocês dois querem sem precisar te cansar — inclusive acha uma graça ver você toda reclamona, porque ainda tá sonolenta demais para ser capaz de se mexer, mas abre as pernas do mesmo jeito.
→ E apesar de adorar falar sacanagem quando o clima 'tá mais quente, ele não é muito vocal. PORÉM, ama tirar proveito dessa posição em específico pra gemer bem pertinho do seu ouvido. Já notou que você se mela inteira por causa da voz dele e desde a descoberta nunca mais parou de gemer só 'pra você.
── ★ ˙ ̟ ──────── . ♡
A pele encobria-se de uma camada fina de suor. Esquentava mais, ardia mais — especialmente nos pontos onde havia fricção. Seu corpo arrepiou com mais um gemido rouquinho do homem, abriu um sorriso molenga, os braços firmando mais o aperto em volta do torso dele. Jaehyun forçou-se até a base, num rebolado meio trêmulo esfregou a cabeça avantajada bem no fundo.
Foi sua vez de gemer, o osso da pelve dele estimulando e apertando seu clitóris em meio ao movimento. As perninhas se moveram por conta própria, circulando a cintura do homem e forçando-o no lugar — não queria deixá-lo sair dali. Jaehyun também não parecia ter pretensão de se mover, ondulava o quadril em estocadas rasas, o pau teso roçava com gosto dentro do buraquinho apertado.
Um gritinho surpreso deixou sua garganta quando ele se moveu com mais força, sentiu o ventre repuxar — a glande estava bem em cima do seu pontinho mais sensível. O aperto em volta da cintura dele se fechou mais ainda, agora era você quem se esfregava em total desespero. Expulsou mais um chorinho quebrado quando ele continuou estimulando aquele mesmo lugarzinho. Jaehyun sorria contra a sua pele, sabia exatamente o que estava fazendo com o seu corpo.
"É aqui, meu amor?", questionou numa manha fingida. Você não conseguia mais responder, ou mesmo ouvir. Forçava os próprios quadris para cima, tentando foder o cantinho gostoso. "Responde 'pra mim."
"Jae... Jae, ah, ah, ah...", os gemidinhos em staccato pareciam não cessar. Se antes o problema era sono, agora você se sentia acordada até demais.
"Quer gozar?", soprou um risinho contra o seu pescoço quando te sentiu mover a cabeça toda desesperadinha — era um sim. Tentou fechar a boca, sabia que estava sendo muito barulhenta. Porém soube que seus esforços iriam pro lixo assim que sentiu a mão do homem buscar espaço entre os corpos de vocês. Quis chorar, implorar 'pra ele não fazer... mas sabia que era tudo o que precisava.
Jaehyun alcançou seu clitóris com certa dificuldade, começou com cuidado — a princesinha dele sempre ficava muito sensível nesse estado. Mas não adiantou. Um carinho de leve fez seu corpo inteiro chacoalhar. O homem chiou quando sentiu suas unhas quase perfurando as costas dele. Virou incentivo, aproveitou-se do estado fragilizado para esfregar a bolinha de nervos com agilidade, os gritinhos manhosos perto do ouvido dele não incomodavam.
Sabia que receberia uma ou duas reclamações dos vizinhos e talvez a senhorinha do 1063 encarasse vocês dois de um jeito estranho no elevador, mas nada era mais importante que te fazer gozar gostoso. O homem soube que havia conseguido o que queria quando um esguicho quente quase fez sua bucetinha expulsar o pau dele. Perdeu o controle bem aqui. Agora tentava remediar as estocadas erráticas com um carinho tão descompassado quanto no seu cabelo.
"Shhhh, shhhh já vai passar... já- porra, amor. Aguenta pra mim.", balbuciava contra sua têmpora. A tentativa de te tranquilizar em nada era compatível com o jeito que ele se enterrava em você. Lutava contra o aperto gostoso, sua bucetinha tentando rejeitar o prazer a todo custo. As palavras foram gradativamente substituídas por grunhidos graves, Jaehyun levantou-se abrupto, as mãos forçando sua cintura contra o colchão.
Você assistiu pelas frestas dos olhos enquanto ele arremeteu as últimas vezes. Esporrando no meio de cada estocada bagunçada. Os palavrões murmurados pelo homem te fizeram ter certeza que teriam problemas com os vizinhos. Sorriu do jeitinho grogue que sabia fazer o homem perder a cabeça. Não ouvia mais a própria voz — ou, basicamente, mais nada nesse sentido.
Jaehyun te colocou para dormir quase do mesmo jeito que te acordou.
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lip and hip
haechan x leitora. 1054k. rapidinha & dirty talk.
férias. fim de ano. friozinho de montanha. airbnb lotado com seus amigos que, no momento, estão no décimo oitavo sono.
você revira na cama outra vez. a sede te acordou, mas a preguiça de ir até a cozinha pegar água te faz enrolar por bons minutos. fita o escuro por algum tempo sem ver um palmo à sua frente até que seus olhos se ajustem. por fim, com um suspiro inconformado, chuta a coberta pra longe e se levanta a fim de um copo bem gelado d’água.
passando rapidamente pela sala, nota que alguém está jogando vídeo game na madrugada. devido ao sono e ao encosto alto do sofá, é difícil reconhecer quem está esparramado ali.
já na cozinha, o copo de vidro sua imediatamente com a temperatura fria do líquido que cessa a sequidão da sua garganta, e seu corpo desperta um pouco mais com o agrado. talvez não conseguisse voltar a dormir.
dirige-se ao outro cômodo com o propósito não só de matar a curiosidade acerca do jogador noturno, mas também de ter companhia até que seu corpo pedisse pelo seu travesseiro novamente.
aproxima-se devagar para não ser percebida, e assim que a pele bronzeada, os cabelos escuros e as pintinhas na bochecha de haechan entram no seu campo de visão, trata de assustá-lo.
“bu!”
o corpo alheio treme momentaneamente, te fazendo rir baixinho. o boneco do gta para o que estava fazendo porque o controle caiu das mãos do jogador de coração acelerado.
“garota maluca.” ele põe uma das mãos no peito e tenta assimilar o susto. pega o console do chão e volta a jogar mais ou menos, ainda ralhando pela sua presença repentina.
“por que não vai dormir? tá sem sono?” senta-se no espaço vazio ao lado de lee, encolhendo o corpo por causa da brisa gélida que entra pela janela entreaberta.
“ia te perguntar a mesma coisa.” seu olhar cai sobre o corpinho friento. “tá com frio?” você balança a cabeça. “vem cá.” ele bate numa das pernas com as mãos e abre os braços para te convidar ao seu colo.
você engatinha e se ajeita nas coxas de haechan, sentando-se sobre elas, pondo uma perna de cada lado do garoto. escuta sua risada leve borbulhar no peito quentinho ao recostar-se sobre seu ombro. aproveitando o pescoço aquecido também, encosta a pontinha do nariz em sua pele, fazendo com que ele puxasse ar entre os dentes.
“tá que nem um morto, cruz credo.”
“é normal ficar com a pele gelada no frio, não sei como você tá quentinho assim.”
“é um dom.” responde convencido, já concentrado na tela outra vez.
ao invés de refutar, você se aninha mais contra o embalo de hyuck a fim de se aquecer mais rápido. ele te envolve com os braços e apoia as mãos na tua lombar, dá pra sentir seus dedos rápidos mexendo nos botões do controle.
mesmo tarde na madrugada, o perfume leve pós-banho ainda não saiu da pele cálida de lee. “hm. cheiroso.” você murmura com o rosto colado nele, deixando um beijinho em seguida. não resistiu.
as mãos dele travam um instante.
“não começa.” ele alerta, mas o tom é desafiador. poderia começar sim, se quisesse.
em vez de ficar quietinha, não, você insiste e dá outro beijo, mas desta vez mais demorado — parte sua quis provocar, a outra apenas se deixou levar pelo momento.
haechan cerra as pálpebras ao sentir os batimentos acelerarem pela leve onda de prazer que percorre seu corpo, ele aperta o controle com força. é muito ruim ser sensível assim.
arriscando um pouco mais, usa a língua no terceiro selar, sentindo a pele doce no paladar. ele finalmente larga o bendito videogame para acariciar tua cintura sob o pano grosso de sua camiseta.
para te dar mais acesso, hyuck encosta a cabeça na almofada. entendendo o sinal, seus beijos se intensificam, explorando desde o trapézio, passando por todos pontos que o enfraquecem, até finalmente chegar nos lábios cheinhos e macios.
já faz um tempo desde que se beijaram a última vez, especificamente 15 dias. tiveram de contar. o culpado? bem…
“sempre quis beijar alguém de piercing.”
o sussurro vem depois da mordida carinhosa que deixa no lábio inferior do lee. ele ri fraco. a argolinha prateada enfeita o rosto perfeitinho.
“tava com saudade.” ele rouba outro beijo. “sabia?”
“sabia, você não disfarça muito bem.”
haechan ameaça te levantar, mas você ri, apertando as coxas contra ele. “não, amor, eu também tava. juro.”
“é? mostra então.”
não precisa responder com palavras. suas mãos puxam o garoto de volta para um beijo lento, com intenções claras de expor seus desejos latentes que se encostam devagarinho também.
quem te faz rebolar é ele. pede discretamente com as mãos primeiro ao que você atende, sentindo a ereção crescer debaixo de si.
“quero mais, hyuck.”
“sabia que você não ia aguentar ficar sem pedir.”
“eu posso ir pedir ao jeno.”
“não fala merda.”
enquanto se bicam, também se livram das camadas que os atrapalhavam. você guia a cabecinha a se lambuzar com teu mel, provocando a vulva com o membro.
“enfia logo, amor.” pede entredentes, te sentir assim o deixa tonto. precisa te comer. “ah! putamerda.”
você afunda de uma vez, acostumada com o tamanho e com a espessura. habilidosa, apoia-se nos ombros de haechan pra brincar com a cadência.
ele revira os olhos e joga a cabeça pra trás, o barulho molhado mandando sua consciência pra puta que pariu. “fode, bem assim, cachorra.”
mudando a tática bem na hora do apelido, haechan te atinge mais fundo e mais gostoso. você geme só pra ele, apertando sua extensão sem querer.
“hyuck… caralho.”
“você gosta né? cachorra. porra, senta gostoso, vai. senta que nem a puta que você é.”
e o pior é que funciona. toda. vez. sempre que a boquinha suja dele te ofende, seu melzinho escorre muito mais.
as paredes grossas não permitem seus gemidos ecoarem, então você o recompensa com muitos. a cada palavra que sai dos lábios adornados de hyuck, apenas sons incoerentes saem dos teus. o pau de lee te preenche tão bem que tira tua capacidade de raciocinar.
assim, entre xingamentos, o nome de haechan e pedidos imodestos pra que você foda mais, ele te faz ver estrelas e, com as mordidas da sua buceta bem comida, acaba metendo o leitinho pra dentro.
#haechan smut#nct dream smut#nct pt br#haechan x reader#haechan imagines#nct smut#nct scenarios#nct imagines#haechan scenarios
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Así de caluroso || Enzo Vogrincic
El sol del mediodía caía a plomo sobre las calles de Montevideo, convirtiendo el asfalto en un espejismo humeante. El miércoles transcurría como cualquier otro día de verano, sofocante e implacable. A pesar del calor agobiante, una chica caminaba con paso ligero por 18 de Julio, alejándose de la facultad. El pelo se le pegaba a la frente, sudaba a chorros y el agua de su botella se había convertido en un caldo tibio. La libertad después de un largo examen era la recompensa que la impulsaba.
Cada paso era una lucha contra el calor. La chica apresuraba el ritmo buscando la sombra esquiva, deseando escapar de las fauces de la ciudad que tanto amaba.
De pronto, un leve malestar se apoderó de ella. El sudor se intensificó, la respiración se volvió dificultosa y un mareo familiar la amenazó. Se detuvo, tambaleándose, con la vista nublada y puntos negros danzando en su campo visual. Ignorando las señales de alarma, bebió un trago de la repugnante agua tibia y reanudó la marcha. Su única meta: salir de 18 de Julio. A duras penas, avanzó unas cuadras más, luchando contra un nuevo malestar que se instalaba en su cuerpo.
Allí mostrándose casi burlona detrás de esa inmensa puerta de concreto que se alzaba sobre la calle Juncal se encontraba uno de sus deleites visuales favoritos, Sarandí. Ella no sabía por qué, pero esa calle siempre la llamaba a explorarla. Aunque ya la había recorrido tantas veces, siempre encontraba algún tesoro nuevo. Se debatió si debía pasar por lo que ya era el desolado calderón a fuego ardiente de la Plaza Independencia para llegar a ese oasis visual que le abría paso a Ciudad Vieja o simplemente ignorarlo e irse a casa.
La exuberante calidez de la tarde le gritaba a la chica que debía ignorar el llamado a la exploración. Sin embargo, una fuerza interior, una mezcla de aventura y algo más que no podía nombrar, la incitaba a seguir adelante. Como diablillos en el infernal ambiente, sus deseos la empujaban por ese camino que solo le estaba trayendo malestares. Ignorando las señales de su cuerpo, que no estaba preparado para resistir más tiempo en esas condiciones, se decantó por seguir la incitación diabólica y entrar en el paraíso que era la calle Sarandí.
Arrastrando los pies como si una cadena de acero los uniera al suelo, se adentró en ese rincón de alegría que tanto la llamaba. Caminó unas pocas cuadras, disfrutando del pequeño oasis que se abría paso en el desierto de calor que se había apoderado de Montevideo. De repente, un golpe seco: su corazón aceleró a un ritmo desbocado, su respiración se volvió jadeante, su visión se nubló y su cabeza comenzó a dar vueltas. La conciencia se le escapaba de entre los dedos. Así se sentía: una bajada de presión producto de su insensato deseo de continuar un camino que no debería haber tomado, en un día en el que el mismísimo señor de los infiernos parecía haberse apoderado de las calles de la ciudad. Su destino: caer desmayada por su imprudencia.
—Tranquila, que te tengo.
Esa voz no era producto de su imaginación. Los brazos que la rodeaban eran demasiado cálidos y sudorosos, evidenciando que el desconocido también sufría las consecuencias del avasallante calor que emitía el asfalto. A pesar de que la conciencia se le escapaba, de que sus ojos se cerraban y dejaban de transmitir luz, la sensación de estar en los brazos de un extraño la obligaba a volver a la realidad, alerta ante un posible infortunio. Cuando el instinto de supervivencia se apoderó de su cuerpo y abrió los ojos con miedo, se topó con un ángel. El calor se disipó de su cuerpo al contemplar sus ojos color avellana, la sensación de sudor se olvidó con solo una mirada a sus labios, el mareo se ignoró por completo al observar su rostro como un todo. Enzo Vogrincic, en todo su angelical ser, la sostenía para evitar que cayera en la fogosa calle Sarandí.
—No te preocupes que te ayudo a sentarte.
Su voz me sacó de mis pensamientos, esta vez infinitamente menos agónicos. Me tomó con delicadeza y me llevó unos metros hacia atrás, hacia unas sillas de plástico rojas, no muy cómodas, con el logotipo de una conocida marca de bebidas. Estaban fuera de un local llamado Zabala. Solo allí me di cuenta de la distancia que mis pies, que ya se podían haber fundido con el asfalto, me habían llevado. Estábamos cerca del Registro Civil y a unos pocos metros del Implosivo Artes Escénicas, la escuela de actuación. He ahí esclarecida la aparición de mi inesperado ángel salvador. Con mi mente retornando de su estado de inactividad coherente lo primero que atiné a decirle a mi salvador fue.
—Perdón.
Una simple palabra, tan tonta que parecía fuera de lugar. Sin embargo, así me sentía: avergonzada de haberlo desviado de su camino. Posiblemente le molestaba ayudar a una desconocida que caminaba imprudentemente bajo el sol abrasador, con la única compañía de una cartera que contenía sus documentos para el examen, una tarjeta de transporte y su fiel botella de agua, que ahora parecía más una sopa por lo caliente que estaba.
La risa de mi nuevo acompañante me confirmó lo tonta que había sido mi respuesta. Doblemente avergonzada, lo miré a los ojos. Solo vi diversión por mis palabras y preocupación por mi extrema palidez y mi inminente desmayo.
—¿Cómo me vas a pedir perdón? ¿Te sentís mejor ahora sentada? Te voy a comprar un refresco y un agua fría, porque estoy seguro que te bajó la presión.
El hombre se irguió, enderezando su espalda, y se dirigió al restaurante con paso firme. Su objetivo era claro: conseguir las bebidas que me ayudarían a reponerme. Al cabo de unos minutos, regresó con un refresco y un agua fría. Se agachó de nuevo junto a mí, ofreciéndome el elixir que mi cuerpo, agradecido, absorbió con avidez.
—Muchísimas gracias, y te pido perdón por las molestias. Seguro tenías otras cosas que hacer más que asistir a una pelotuda que se desmayó.
Dije con pena, mirándolo a sus ojos marrones. Sentía cómo me ardían las mejillas. Solo entonces, al contemplar mi alrededor, me percaté de la bicicleta olvidada en el piso. Probablemente se había bajado de ella al verme en mi estado.
—No me agradezcas, solo hice algo que cualquiera haría.
Expresó mientras se giraba para buscar la bicicleta. Al levantarla, se regresó hacia mí y me dijo:
—Me llamo Enzo. ¿Y vos?
Le dije mi nombre con más confianza al ver que no parecía molesto ni apurado por irse. Le señalé el refresco, aún sin abrir, ofreciéndoselo.
—Eso es tuyo, no me lo tenés que devolver. Si yo fuera vos, también tomaría de ese. El azúcar te va a ayudar a recuperarte, todavía estás muy pálida. Si me permitís.
Con esa simple petición de consentimiento, acercó su mano a mi rostro apartando algunos cabellos que se me habían pegado por el sudor, aquellos que mi peinado no había podido contener y ahora se posaban rebeldes por donde ellos deseaban. Luego de poner mis cabellos en orden, su mano se quedó allí, posada en mi cuello. La sensación de tener aquel pesado miembro cerca de donde se medía mi pulso me inquietaba. ¿Y si podía sentir el acelerado ritmo al que iba mi corazón? Su rostro tan perfecto no era lo único que me embobaba; su amabilidad y sencillez con la que estaba allí delante de mí me estaba dejando el cerebro aún más atrofiado que cualquier síntoma debido al infernal clima.
Tomando otro largo trago de agua para disipar los efectos que él estaba teniendo en mí, tomé valor, lo miré a los ojos y le dije:
—Muchísimas gracias otra vez. Siento que te lo estoy diciendo ya muchas veces, pero de verdad estoy agradecida con tu gesto. Pudiste haberme ignorado y dejarme tirada en la calle, y no lo hiciste.
—No tenés nada que agradecerme. Decime, ¿vivís por acá? Así te acompaño y me quedo tranquilo de que llegaste bien.
Me respondió aún con su mano posada delicadamente sobre mi cuello, dejándole leves caricias y sus ojos mirándome fijamente, entre preocupados y con algo parecido a ternura.
—No vivo por acá, ni cerca. Solo vine porque acabo de dar un examen y quería recorrer. Iba super bien hasta hace unos momentos.
Ya dejando un poco de lado la vergüenza, le respondí un poco más animada y sin tanta timidez. Tanta, ya que tener a alguien tan bonito enfrente de ella solo hacia que se pusiera nerviosa.
—Ok, sin ser muy invasivo, ¿dónde vivís? Tal vez te puedo llevar o algo. Me preocupa que te vayas sola después de que casi te desmayas. Si querés, llamamos a alguna amiga o alguien que te venga a buscar.
—Vivo en Manga, así que un poco lejos de acá. Y mis amigas en estos momentos...
Dije entre risas, diciendo donde vivía y luego chequeando la hora: 16:04. Para saber dónde podrían estar alguna de mis amigas para contestarle.
—Mis amigas están todas trabajando, así que no queda de otra que irme sola. Quedate tranquilo que no me va a pasar nada.
Le contesté intentando calmarlo y asegurarle de que todo estaría bien y no me volvería a pasar nada.
—Te invitaría a mi casa, pero siento que para un primer encuentro es mucho. Me conformo por ahora acompañándote a tomar el bondi.
Volviendo por la calle Sarandí, por la tan calurosa Ciudad Vieja. Ese tipo de calor que hacía que el asfalto derritiera el calzado y definitivamente el tipo de calor que hace que se te baje la presión y encuentres a Enzo, quien ahora te tiene montada en su bicicleta mientras ambos ríen y disfrutan el pequeño aire que les llega por la velocidad con la que conduce el antes mencionado. Ese era el tipo de día caluroso que hacía aquel día en Montevideo.
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Oiii diva linda, queria mto te pedir uma coisa com os homi (nossos trintões) com eles quase gozando nas calças pq a loba tá provocando eles a noite todinha e se fazendo de sonsa toda vez que eles perguntam oq ela tá fazendo ou pedindo pra ela parar KKKKKKKKK
amo fazer tortura psicológica com homem😍 eu coloquei um que realmente goza nas calças pq nao resisto😻
inventei mt também nesse perdao, minha mente viaja (nao revisado tbm)
Esteban Kukuriczka
Hoje era o seu primeiro aniversário de casamento com o amor da sua vida, fazia um ano que você e Esteban tinham se casado em um jardim lindo em uma cerimônia intimistas. Vocês não tinham conseguido fazer nada demais, a não ser um café da manhã especial por conta da peça que ele estava dirigindo e seu trabalho que também estava muito agitado.
Tudo era muito louco para você, se conheceram quando ele era ator ainda e você foi fazer um tour pelo teatro assim que se mudou para argentina, sem querer esbarrou em um dos atores que estavam experimentando figurinos, você e Esteban acabaram caindo, mas ele foi tão doce e engraçadinho que te deixou encantada. Depois se encontraram fora do teatro e saíram para tomar um café.
Agora, você estava se encaminhando para acompanhá-lo no ensaio, queria passar o máximo de tempo com ele nesse dia especial.
Chegou no teatro procurando o homem alto em meio as pessoas na correria do ensaio perto da estreia. Enxerga a cabeleira loira e volumosa sentada a umas dez fileiras do palco. Um calor toma conta do seu corpo ao ver ele todo concentrado mordendo a tampa de uma caneta no ambiente pouco iluminado. Em um transe se dirige até parar atrás dele e colocar as mãos para cobrir os olhinhos dele.
Kuku se assusta quando a visão dele é repentinamente obstruída e as mãos geladas tocam a pele coberta de sardinhas, mas logo em seguida sorri ao sentir o dois anéis no anelar esquerdo e o perfume inconfundível.
"Adivinha quem?" Se inclina ao perguntar no ouvido dele enquanto ambos soltam risadinhas cúmplices.
"É a mulher linda que estava na minha cama hoje de manhã?" Fala tocando suas mãos para fazer um carinho de leve.
Você não se aguenta e retira as mãos para segurar o rostinho dele e puxá-lo para um beijo no ângulo estranho, depois, rapidamente, pula sobre a cadeira e se senta ao lado do Esteban.
"Como foi seu dia, amor?" Ele pergunta passando um braço pelo seu ombro para te aconchegar no peito dele.
"Até que foi bom, mas poderia ter sido melhor se você estivesse comigo." Responde com um biquinho e acariciando a mão gigante com a aliança dourada.
"Pelo menos agora a gente vai ficar juntinho." Fala com um sorrisinho bobo ao beijar sua testa. "O ensaio acaba em uns 40 minutos e depois podemos fazer o que você quiser."
Seus olhos percorrem as pernas grandes meio encolhidas para caber no assento do teatro e isso faz uma ideia surgir na sua cabeça. Toca a coxa musculosa coberta por um jeans azul, desenhando linhas abstratas na costura da calça, seu marido já tinha se distraído de novo anotando pensamentos ao observar os atores encenando no palco. Sobe e desce os dedos acariciando o tecido, ousando um pouco mais roça as costas da mão na virilha do Esteban que nem parece notar, continua só brincando com as pontas dos seus cabelos.
Morde os lábios e aperta o membro um pouco marcado na calça, Esteban dá um chute para a frente em reação e te olha de um jeito severo, como se fosse um alerta e não uma bronca em si. Você encurta a distância dando um selinho nele e massageia a ereção crescente. Esteban solta um suspiro tremido nos seus lábios e morde-os levemente, mas se afasta ao escutar um dos atores no palco continuando a encenar uma briga.
Você se aproveita, desabotoando a calça e acaricia o pau coberto pela cueca fininha que já tinha uma manchinha de pré-gozo. Esteban deixa você fazer isso por uns minutos, se engasgando com a respiração ofegante e ficando com a face avermelhada, que só você conseguia ver pela iluminação baixa do local. Suas mãos baixam mais até tocar a cabecinha sensível, massageando a área sensível.
"Nervoso, papi?" Pergunta com um sorriso malicioso, fingindo que está ajeitando o os óculos dele com a mão livre.
"Acho bom você parar com essa palhaçada." Diz entredentes e puxando seus cabelos com um pouquinho de força.
"Mas eu só tô fazendo carinho em você, amor." Fala em um tom tristonho e com uma expressão de sofrimento exagerada.
Na hora que ele ia responder, um ator chama ele para perguntar se estava bom, Esteban pede com a voz tremendo para repetirem a última cena, porque ele não conseguiu sentir veracidade - não prestou atenção em nada com os seus dedinhos tocando nele - então os atores se reorganizam para refazer a parte.
Querendo sair logo dali, Kuku subitamente te agarra para te colocar no colo com a cabeça na lateral do rosto dele. Não aguentaria mais um minuto com esses seus olhinhos implorando para fazer o que quiser com ele e nem as suas mãos atrevidas no corpo dele.
Entretanto, ele não contava com a sua determinação, seus quadris balançam sutilmente fingindo se ajustar nas pernas dele, mas conseguiu encaixar sua bunda certo no pau inchado. Se relaxou sobre o corpo maior, descansandi a cabeça no ombro largo e começou a rebolar sutilmente. No momento que Esteban percebe os seus movimentos e a pica dele pulsa querendo gozar com a massagem gostosa da sua bunda, agarra sua cintura e em seguida aperta a carne.
"Se comporta, perrita. Se não for uma boa garota vou te encher de tapa até você não conseguir sentar mais."
Enzo Vogrincic
Vocês estavam jantando com uns amigos do ultimo filme que seu noivo estava participando. A conversa rolava, mas você nem prestava atenção só conseguia focar no pulsar entre as suas pernas.
Enzo estava extremamente gostoso hoje com os cabelos meio molhados, uma camisa social branca com dois botões abertos e a calça preta cobrindo as coxas torneadas. Sua vontade era de se esfregar no corpo dele como uma gata manhosa e lamber cada parte da pele bronzeada.
Enzo segurava sua mão por cima da mesa enquanto falava atenciosamente com um amigo, você morde os lábios e pressiona suas coxas para conter a umidade. Tinha vindo sem calcinha com um plano em mente já que não tiveram tempo de transar hoje, originalmente você planejava atacar ele no carro, mas pelo visto teria que fazer isso antes.
Distraída, assente junto com a fala do moreno soltando a mão grande, fingindo interesse no seu batom e retocando mesmo sem precisar. Quando Enzo continua com o foco longe de você, coloca sua mão na coxa dele acariciando o tecido, ele só te dá uma olhada de canto de olho e limpa a garganta para continuar a falar.
Aperta a área levemente antes de subir as mãos até chegar perto da virilha dele. Enzo gagueja quando você massageia o pau semiereto, sentindo onde é a cabecinha e fechando a mão ao redor. Arrepios percorrem sua coluna ao salivar para botar o membro dele na sua boca, queria chupar tudo até sua mandíbula doer.
Agarra o volume da calça punhetando o pau por cima do tecido, Enzo fica mais calado e se engasgava na fala conforme seus movimentos ficam mais certeiros, a sua mão até desce um pouco para apertar uma das bolas dele.
"Pode parar, sua puta carente" Sussurra ríspido seu ouvido e disfarça te dando um beijo na bochecha.
O moreno põe a mão na sua coxa, arranhando a pele até arder e te dando um olhar severo, mas volta a encarar uma amiga que perguntou sobre o próximo desfile que ele iria, então você aproveita a distração e pega os dedos grossos esfrega na sua bucetinha molhada. Enzo solta um supiro alto e cobre com uma tosse dizendo que era o efeito do cigarro.
Pega o guardanapo do colo dele e sobe até cobrir seus movimentos, logo em seguida enfia a mão na calça dele, que bate o joelho na mesa com o toque repentino.
"Desculpa, gente. Eu ainda 'tô me acostumando ainda com esses sapatos novos" Enzo diz entredentes.
Em retaliação, ele belisca seu clitóris com força te fazendo arfar e acelerar a sua mão que batia uma para ele.
"Eu te falei, amor, que não seria bom usar eles hoje." Diz segurando um riso com a desculpa esfarrapada de vocês dois para acobertar o que estava acontecendo.
Você punheta a região sensível da ponta que vazava porra na sua mão e na cueca, quando sente seu aperto ao passar o polegar pela glande, Enzo grunhe e tosse repetidas vezes enquanto o líquido quente suja os seus dedos.
Fernando Contigiani
Você deita em cima do seu namorado esperando ele acordar. Observava atentamente todas os detalhes dele, sentia o calor crescendo mais no seu ventre conforme passava os dedos pelas feições atraentes. Fernando dormia como uma pedra toda vez, dificilmente acorda com qualquer barulho ou movimento.
Hoje você acordou querendo causar confusão, pensava como seria amarrar as mãos dele e fazer o que você quiser. Não que Fernando não te deixasse satisfeita, mas ele era totalmente dominante. Nem passava pela mente dele te deixar conduzir o momento.
Senta na ereção matinal dele, pressionando a sua buceta nua no tecido da cueca e remexendo os quadris para se esfregar no pau marcado. Passa suas mãos pelo peitoral musculoso, soltando gemidos sedentos ao rebolar no comprimento.
Fernando desperta confuso com os seus sons e com a tensão que sentia na virilha, pensava que estava sonhando, mas ao abrir os olhos te viu com a cabeça pendendo para trás e esfregando sua entradinha molhada nele.
Nem raciocinando direito, ele solta um tapa na sua coxa e tenta parar seus movimentos te segurando pela cintura.
"Posso saber o que a minha namorada está fazendo?" Pergunta com a voz rouca de sono e os olhos escuros semicerrados.
"Bom dia, Fer." diz se deitando novamente sobre ele para deixar um beijinho nos lábios do moreno.
Continua se remexendo mesmo com as mãos grandes te apertando em alerta que sua brincadeira era perigosa. Segura os pulsos dele, prendendo contra a cama e rebolando mais no pau grosso. Fernando deixa você fazer o quer, estava aproveitando o prazer intenso dos seus movimentos e despertando ainda. Ele tenta pegar suas mãoszinhas, mas você pressiona mais seu corpo contra o maior dele.
"Ok, para com a gracinha, o papi quer te foder agora." Fernando diz entredentes e tentando mexer as pernas para te tirar de cima dele.
"Não quero parar de brincar, papi." Fala esfregando o rosto na barba ralinha que tinha crescido durante a noite.
Fernando estava começando a sentir um desespero com o orgasmo se aproximando e nada de você sair de cima dele ou parar de se esfregar, tentou novamente mexer as mãos, mas você reforçou o aperto enquanto gemia o nome do moreno repetidas vezes.
"Você vai pagar por isso, perrita." Diz ofegante finalmente se libertando.
Solta um gritinho quando abruptamente Fernando inverte as posições e te coloca por baixo dele, as mãos grandes vão direto para dar um tapa na sua bochecha, te fazendo emitir um miado manhoso.
"Quero ver aguentar essa marra toda com a forçar que eu vou te foder agora." Grunhe agarrando seu pescoço e tirando o pau duro pronto para entrar em ti.
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Notas sobre mim
Se você já leu ou assistiu o meu provável trauma cinematográfico intitulado "Um dia" protagonizado nas telas pela Anne Hathaway, vai entender a referência quando eu disser que sou um barra (/).
Para quem não leu ou não assistiu, eu não aconselharia a fazer nenhum dos dois, a menos que goste de histórias que te fazem chorar, leve em consideração que eu mesma sou extremamente difícil de me emocionar em filmes, se esse for seu caso, sem spoilers, simplesmente aproveite a história. Caso meu alerta tenha feito você mudar de idéia, irei explicar o que é ser um barra. É aquilo que você faz para viver (barra) aquilo que você ama .
No meu caso, eu sou uma barra escritora, ou quase isso.
Tenho algo publicável? Ainda não.
Tenho algo em andamento? Várias idéias.
Alguma delas terminadas? Claro que não.
Alguma delas com potencial? Talvez, mas meu perfeccionismo atrapalha o andamento da idéia.
Como uma boa aspirante a escritora, sou leitora. Minha intenção é falar sobre livros aqui também..
Mas não agora, não nesse momento, dessa vez é algo mais pessoal ...
"Eu venho pensando o quanto é aterrorizante ter uma cabeça que está sempre pronta pra uma tragédia, como a minha, exatamente minha cabeça está sempre assim.
Tô sempre preparada para ver tudo acabando diante dos meus olhos. O que faz com que eu sempre fique surpresa quando chega ao fim do dia e nada esta deteriorado. Confiro se todo mundo que eu amo ainda está aqui, se eu ainda estou inteira e respiro aliviada: Ufa, hoje nada de terrível aconteceu.
Quer dizer, a única coisa terrível foi essa série de pensamentos pessimistas sobre cada pequena coisa, pena que dessa vez não é apenas pensamentos , eu tô vivendo de modo automático, cada dia minha mente vem se esgotando e isso só vai piorando, o que mais me preocupa é não saber até quando eu consigo continuar....
#amor propio#notas de amor#escritos de amor#citas de amor#amor#poemas de amor#frases de amor#citações#lardepoetas#citações de amor#autorias#caligraficou#reflexão
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80. ENZO VOGRINCIC IMAGINE +18
ᡣ𐭩 ─ enzo vogrincic × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: smut. 🍷
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 794.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: oioi meus aneizinhos de saturno, como vão? espero que gostem viu? se cuidem e bebam água, um beijo. 😽💌
─ Enzo, pelo amor de Deus, aquieta o facho! ─ A garota fala repreendendo o mais velho.
Já se passavam das onze da noite e como Enzo Vogrincic está acostumado a transar todos os dias antes de dormir, achou que na casa dos seus pais seria assim também.
Ele estava choramingando de tesão, seu pau estava muito duro e latejando dentro da calça moletom. As veias grossas saltavam um pouco pela extensão de seu membro e sua glande se tornou mais sensível do que já é.
O uruguaio pensou em se masturbar, mas ele não sabe controlar seu vocal nessas horas. Sua tesão fala mais alto e ele sente uma enorme vontade de grunhir ou de gemer manhoso ─ se ele estiver muito necessitado, que era o caso.
─ Por favor, cariño. Eu não aguento mais. ─ Enzo sussurra todo desgosto e se aproxima de sua namorada.
Ela respira fundo e se vira para o uruguaio, que estava chorando, mas não de tristeza, e sim, de pura vontade de sentir prazer e se aliviar.
─ Oh meu amor… ─ A garota fala um tom de preocupação enquanto seca as lágrimas dele com o polegar.
─ Me deixa te foder um pouquinho. Papai e mamãe mesmo, vida, por favor. ─ Implora Enzo olhando nos olhos de sua mulher.
─ Você não sabe se controlar, meu bem. ─ S/n sorri fazendo carinho na bochecha dele. ─ E outra, a cabeceira da cama vai ficar batendo na parede e seus pais estão acordados no quarto da frente!
─ É só a gente fazer amorzinho bem devagar. ─ Enzo se aproxima e segura firme na cintura da brasileira, que respira fundo e responde:
─ Está bem, mas depois vamos dormir!
Vogrincic dá um sorrisão de orelha a orelha e começando e tirar o cobertor de cima deles. S/n se arrepiou por completo por conta de seu corpo exposto agora no ar que, em instantes, deixou seus mamilos durinhos.
Massageando um e sugando com força outro, o mais velho gemia manhoso observando sua namorada tombar a cabeça para trás sentindo ele chupar com vontade seu peito. Vogrincic foi para o outro, começando a passar a língua, chupar e mordiscar lentamente logo em seguida, deixando sua mulher louca e reprimindo vários gemidos.
─ Eu vou te foder bem gostoso, mami… Você me acostumou muito mal, sabia? Me deixou viciado nessa sua boceta apertada e agora não consigo viver sem ao menos meter meu pau ou minha língua nela. Você é muito gostosa. A minha gostosa. Só minha.
A brasileira abre os olhos, incrédula e olha para o homem que estava em cima dela, se questionando se ele era realmente o mesmo uruguaio manhoso de minutos atrás.
Como ambos estavam com poucas peças de roupas e excitados, foi fácil para Enzo meter o seu pau em sua garota. Os dois soltaram um gemido juntos e o mais velho não tardou em iniciar com as estocadas. Ele murmurava frases sujas quando olhava para seu pau entrando e saindo rápido da boceta de sua mulher...
Sussurrava no ouvido dela elogios, falava que naquela posição o mastro dele ia fundo em sua intimidade, que ele ama como a bocetinha de sua brasileira engole o pau dele e por aí vai.
─ Amor, vai com calma. ─ S/n o alerta escutando a cabeceira da cama bater na parede.
─ Eu vou gozar, vida. Vou gozar dentro, tá? Vou encher sua bocetinha com a minha porra. ─ Ele diz ignorando a fala dela, estocando forte enquanto a garota levava suas mãos na boca pra não gemer alto.
De repente, o que já era ─ e não era ─ de se esperar acontece: alguém bate na porta.
─ ¿Enzo, mi hijo? ¿S/n? Está tudo bem aí? ─ A mãe de Vogrincic pergunta batendo na ponta. ─ Eu ouvi alguns barulhos e achei que vocês estavam discutindo, vocês estão bem?
Quando Enzo abriu a boca para responder, seu orgasmo veio em cheio e o de sua namorada também. O uruguaio não parou e continuou estocando seu pau na boceta dela, prolongando o orgasmo de ambos.
Novamente a mãe dele bate na porta.
─ Vocês estão acordados? Oi? Acho que estão dormindo... ─ A senhora sussurra e se distancia do quarto de seu filho, indo para o seu.
─ Não era pra ser um amorzinho devagar? ─ Pergunta a brasileira se levantando mesmo com as pernas fracas e indo ao banheiro, dentro do quarto.
─ Como você mesma disse, chiquita... eu não consigo me controlar. ─ Enzo responde e acompanha ela até o box.
Seu olhar desceu um pouco, observando o corpo de sua garota e um sorriso ladino cresce em sua boca quando nota que sua porra estava escorrendo pelas coxas de S/n.
#imagines da nana 💡#enzo vogrincic#enzo vogrincic fanfic#enzo vogrincic imagine#enzo vogrincic smut#enzo vogrincic x you#enzo vogrincic x reader#enzo vogrincic × leitora#enzo vogrincic one shot#a sociedade da neve#la sociedad de la nieve#society of the snow#lsdln cast#lsdln x reader#lsdln smut#lsdln imagine#lsdln fanfic#pt br#cncowitcher
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DIE 4U | Park Jisung
resumo: Jisung é uma má influência, mas você não consegue evitar amá-lo.
w.c: 0.6k
notinha da Sun: eu detesto minha vida KKKKK Então escrever tá sendo minha melhor fuga (desculpa a todas as minhas escritoras favs que escreveram pérolas e eu ainda não li. Não me odeiem 😭).
O Jisung combina muito com Chase Atlantic, então escrevi essa com “Die For Me” no fone. Espero que vocês curtam!! 🖤
boa leitura, docinhos!! 💾
Você estava descendo os degraus do auditório da faculdade quando Jisung te impediu de sair, segurando seu pulso antes que fosse tarde demais. Ele afastou o notebook para o lado, levantou-se da cadeira e te colocou sentada na superfície fria da mesa. Vocês se encararam por um momento. O professor e os alunos já haviam deixado a sala há um bom tempo, então eram apenas vocês dois ali, até que o pessoal da limpeza chegasse, o que demoraria cerca de meia hora.
Você e Jisung estudavam engenharia da computação na mesma turma. Eram os melhores alunos e também os representantes da classe. Mas havia uma diferença marcante entre vocês: você era organizada, com o cabelo sempre alinhado e as roupas impecavelmente passadas, incluindo uma coleção de saias curtas que deixava o Park louco. Já Jisung usava roupas sem cores, fazia os trabalhos de última hora, mas sempre tirava notas máximas. Ele faltava mais às aulas do que você conseguia contar, e todos esses comportamentos eram sinais de alerta para você. No entanto, não podiam negar a atração que surgia entre vocês toda vez que interagiam, e foi por isso que se beijaram pela primeira vez em um dos laboratórios, cercados de hardwares como testemunhas silenciosas.
Desde então, os mundos de vocês se misturaram. Jisung passou a frequentar o seu grupo de amigas, e você se aproximou dos amigos dele. Vocês conversavam entre si, mas Jisung sempre encontrava uma forma de te tocar, mesmo que de leve. E você se distraía toda vez que ele puxava suas pernas cobertas por meias finas sobre as coxas dele, enquanto conversava animadamente sobre a última partida de LOL com Haechan.
Você sempre foi muito feminina, apesar de sua aptidão para a tecnologia (um campo predominantemente masculino até certo tempo atrás). Assim, ao entrar de vez no mundo dos garotos após a maioridade, foi uma experiência nova para você. Eles eram bobos, mas, quando queriam, sabiam ser responsáveis e atraentes, pelo menos foi essa a impressão que você formou ao sair com Jisung.
— Fiquei sabendo que seu pai disse que eu sou uma má influência — ele comentou, e era verdade. Seu pai havia pedido para você se afastar de Jisung, e você até tentou. Mas o desejo de tê-lo era tão forte, tão magnético, que parecia impossível. Mesmo tentando evitá-lo ao sair mais cedo da faculdade, ignorar suas mensagens e inventar desculpas no dia seguinte, como “não vi o celular”, Jisung sabia que tudo isso era uma farsa, mas permitia que você fingisse.
— Mas você realmente é — você respondeu, e ele sorriu, desviando o olhar por um segundo antes de voltar a te encarar. Era um olhar só seu, carinhoso e gentil. Geralmente, ele era brincalhão ou quieto, mas com você, seus olhos transbordavam afeto. Você não resistiu e acariciou suavemente o rosto dele. Jisung então tocou sua cintura, afastou suas pernas e te envolveu num abraço, trazendo seu corpo para mais perto.
— Posso ser o bom moço que ele quiser. Vestir uma camisa polo, sei lá. Qualquer coisa. Só não me ignora, isso dói demais — ele disse, beijando a palma da sua mão com delicadeza, enquanto sua mão grande cobria sua coxa, mas sem pressioná-la. Ele te beijou com suavidade, explorando tudo o que você tinha para oferecer. Quando os lábios dele se afastaram, você se sentiu meio perdida, como se algo essencial estivesse faltando.
— Eu faria qualquer coisa pra te ver de camisa polo — você disse com um sorriso, e Jisung segurou seu rosto com as mãos, apertando suas bochechas até que você fizesse um biquinho. Ele riu e deixou um beijinho suave em seus lábios.
— Tudo é? — ele sussurrou com um sorriso travesso, inclinando-se mais perto, o suficiente para te fazer se inclinar junto, embora te olhasse de um jeito doce.
Os cantinhos dos seus lábios se curvaram num sorriso, dessa vez era você quem apertava as bochechas dele.
— Absolutamente tudo.
@sunshyni. Todos os direitos reservados.
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Sonó la campana que había encima de la puerta y salí lo más rápido que pude. El dueño de la tienda estaba discutiendo con otro cliente, lo que me dio la oportunidad perfecta de coger algo de los estantes y reservarlo. Había bastantes artículos en la tienda, la mayoría de ellos parecían más viejos que el polvo, así que escogí algo al azar con la esperanza de que al menos valiera un par de dólares. La discusión a mis espaldas se disipó al anochecer mientras corría por la calle evitando el contacto visual con nadie. Cuando finalmente llegué a mi apartamento, me encerré dentro y bajé la puerta.
"Veamos qué tenemos". Saqué la caja y le di la vuelta, mirando los grabados detallados a lo largo del costado. La sacudí un poco y noté que estaba cerrada con llave. Me levanté del suelo y saqué mi computadora portátil, escribí las palabras intrincadamente talladas en la barra de búsqueda solo para no encontrar nada que Internet pudiera encontrar. Busqué un poco más, recorriendo la web para encontrar algo que se pareciera, pero me encontré con páginas vacías y cebos de clics llenos de virus. La arrojé ligeramente a un lado y resoplé, dándome cuenta de que había robado la única cosa sin valor en esa tienda de antigüedades. El primer pensamiento en mi cabeza fue esto es lo que obtengo por robar y tomé la caja nuevamente.
No quería ser un ladrón, de hecho, era la primera vez que hacía algo así, y probablemente por eso elegí algo tan inútil. Siempre llego a tiempo al pago del alquiler y las facturas, pero hace poco me despidieron debido a recortes presupuestarios y mi nombre no figuraba en la lista de personas que deberían quedarse. Estaba explorando la tienda cuando ese pensamiento insidioso hizo que mis manos deslizaran la caja dentro de mi bolso.
"¿Qué es eso?" Mi compañero de cuarto había llegado a casa del gimnasio y lucía tan espectacular como siempre. Es un poco desalentador tener un compañero de cuarto modelo, pero no podía permitirme vivir en ese lugar solo y Ramón fue amable conmigo. Además, pagó el alquiler a tiempo, lo cual es más de lo que puedo decir de mí ahora.
"Es solo una cosita que recogí. ¿La quieres?", pregunté mientras la deslizaba por la encimera. Había vislumbrado sus abdominales y luego me volví hacia mi computadora. Todavía podía ver su reflejo en las partes oscuras de la pantalla, lo que me hizo sonreír. Ramon tomó la caja y jugueteó con ella, caminando hacia la sala de estar, donde escuché el clic.
—¿Qué fue eso? Me giré de inmediato y vi cómo Ramón abría la tapa. Justo cuando lo hacía, su boca se abrió y un orbe brillante se deslizó por su garganta hasta la caja. Se desplomó en el suelo, deslizándose por el suelo mientras la caja rebotaba en la madera y aterrizaba a mis pies. Rápidamente me acerqué a él, comprobando si tenía pulso y descubrí que era muy débil.
La caja retumbó en mi periferia y luego vi un par de orbes de colores aparecer de la caja. Un buen número de ellos atravesaron las ventanas y desaparecieron entre la multitud de la ciudad, pero uno permaneció allí. Rebotó en las paredes hasta que se curvó a mi alrededor y se estrelló directamente en la boca de Ramón .Su cuerpo se sacudió cuando el orbe brillante entró en su boca. Pude ver la luz brillar a través de su piel y allí se convulsionó. Tragó saliva cuando lo que acababa de volar hacia él tomó el control.
—¡Mierda, esto es increíble! —gritó, con los ojos más alerta que nunca. Bajó la mirada y su sonrisa era aún más grande.
—¿Estás bien? —pregunté, con una mano sobre su hombro. Él me miró, me miró rápidamente y luego presionó sus labios contra los míos. Mientras nos besábamos, sentí la necesidad de empujar hacia atrás, pero eso disminuyó lentamente a medida que él empujaba aún más dentro de mí, deslizando su mano contra mi nuca.
—Joder, qué rico sabes —dijo en un instante. Empujé su pecho, dudando al sentir sus pectorales bajo mis dedos.
"¿Qué acaba de pasar?" Intenté recomponerme y, aunque no quería, me levanté del suelo.
—Oh, mierda —se dio cuenta de que la caja estaba abierta—. ¡Joder, joder, joder! Corrió rápidamente hacia ella y cerró la tapa, haciendo que el mecanismo volviera a encajar en su lugar.
—¿Hola? —Fruncí el ceño y me crucé de brazos. Era muy extraño ver a Ramón actuar así, pero algo en ello me excitaba. Sus expresiones eran encantadoras y juguetonas en contraposición a la fría seriedad que normalmente adoptaba. La gente no se metía con él porque no solo era enorme, sino que parecía enfadado por la mayoría de las cosas. Solo las personas cercanas a él podían saber que era un tipo tranquilo.
“¿Viste cuántos salieron?” Incluso en pánico se veía lindo.
—No. ¿Por qué?
—Porque me distrajo con esto —dijo, moviendo los brazos de arriba abajo—, y contigo. Me sonrojé un poco cuando dijo esto. Se acercó a la ventana y miró hacia afuera para ver adónde habían ido.
“¿Qué son esas cosas? ¿Qué eres tú?”. Yo seguía mirándolo con una mirada curiosa y también confusa en mi rostro.
"Ah. Me dejé llevar por la emoción de nuevo. ¿Es este tu novio? Es sexy". Flexionó los brazos y miró su cuerpo sin camisa.
—No, me gustaría —dije demasiado rápido y la sangre volvió a correr a mis mejillas.
—Bueno, soy Luis. Me crearon como el primero en responder para asegurarme de que esas otras almas no salieran. Verás, cuando mi amo estaba vivo, esas otras almas se le cruzaron en el camino y eran personas terribles, algunas de ellas incluso asesinas. En realidad no soy humano, pero solía ser una especie de asistente. El tipo que solía habitar no se veía muy diferente de tu no-novio aquí. —Se flexionó de nuevo, enamorado.
"Está bien, deja de hacer eso", me estaba excitando muchísimo la exhibición de músculos frente a mí y necesitaba parar o de lo contrario no podría controlarme, "¿cómo arreglamos esto? No podemos tener un montón de asesinos corriendo por ahí, especialmente si se apoderan de los cuerpos como lo hiciste tú".
—Tienes razón. —Rápidamente buscó una camisa y se la puso, enredándose un poco con la camiseta suelta.
Todavía no estaba seguro de qué estaba pasando, pero pensé que sería agradable pasar algún tiempo con Ramon incluso si él no era el que tenía el control.
- ¿Ramón estará bien? - pregunté.
"Si está aquí, estará sano y salvo. Solo necesito usar su cuerpo para atrapar a los demás", se puso la camisa con éxito y se giró hacia mí, "Puedo decir que no te importa". Sus ojos se habían fijado en mi bulto y lo cubrí vergonzosamente.
"¿Qué debo hacer?" Arrastré mis pies.
—Pensé que vendrías conmigo. Después de todo, eres mi nuevo amo. —Me guiñó un ojo y luego desapareció por el pasillo, dejando la puerta abierta para que lo siguiera.
#malepossession#posesión masculina#possession#male body possession#hairy#hairyman#hairy pits#spirit#spirit possession
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Cuando la situación se torno peligrosa,nega ,el "jiang shi" decide alejarse de su joven maestra y sacrificarse para darle una oportunidad de escapar del ejército del maldito emperador mogeko.
Sin embargo,tras contarle su plan a su protegido humano,ella se niega entre lágrimas a dejarlo ir.
Atónito,el vampiro-zombie se ve paralizado por una aterradora sensación de Déjà vu que pone en alerta máxima todos sus sentidos.
Sus colmillos comienzan a doler a la par que sus garras crecen sobre sus helados dedos.
Incluso el sello sobre su cabeza se siente pesado,como si tratara de suprimir el flujo de energía que comenzó emitir su alma.
-"n-no...no vayas.."- susurra la joven maestra contra la tela de su ropa,y él casi puede sentir sus uñas clavarse contra su abdomen mientras se aferra con desespero.
El palpitar sobre su pecho se vuelve tan errático que siente su cuerpo retumbar con cada doloroso latido.
"¿Latido?"
Para un zombie con tanta antiguedad como él tal cosa debería ser imposible,
Algo de todo aquello debia estar siendo producido por su propia alma.
Sin embargo aquella conclusión tenia menos sentido para él.
¿Por que su alma estaria reaccionando de esa forma a esa humana?
Las dudas se acumulan en su lengua a la par que su cabeza duele como si fuera a partirse por la mitad.
Yonaka al notar su estado rígido,levanta su rostro para encontrar su mirada con la de él
-"¿e-eh?...¿jiang shi-sama?"-
-("¿sr.mogeko defectuoso?")-
cuestiona ella de forma llorosa,pero el contenido de su pregunta es confuso para el vampiro,ya que él juraría haber escuchado la voz de su humana llamarlo de otra forma al mismo tiempo.
"¿m..mogeko defectuoso?" Se repite él internamente,encontrando aquel título confuso pero familiar en alguna parte de su mente.
Entonces el dolor de cabeza empeora,y el sello parece ejercer una mayor presión que casi lo pone de rodillas.
El sudor se acumula sobre su piel pálida mientras su visión se vuelve borrosa.
Siente su pecho apretarse,como si algo desde su interior tirará con insistencia su alma para retenerla en su cuerpo.
De fondo logra escuchar la voz femenina de su humana compañera pedir por él con insistencia.
Nega dirige sus ojos hacia ella con dificultad,como para calmarla.
Su confusión no hace más que crecer cuando al enfocar su mirada en yonaka,él consigue apreciar la tenue imagen sobrepuesta de una chica bastante similar a ella.
Su vestimenta era extraña,en vez del Qipao rojo con bordes dorados ella parecia llevar una especie de uniforme exótico que nega no reconoció al instante.
El rostro y las faciones eran identicas,sin embargo su peinado era distinto,pues su cabello oscuro era separado por dos largas trenzas que caian sobre su espalda.
"¿señorita?"
Debido a lo borroso de su visión no pudo examinar con mas detalle la extraña aparición.
Pero algo para él estuvo muy claro.
Ella estaba llorando mientras rogaba para que no la dejara.
Justo como ahora...
Depronto sintio un calido toque sobre su mejilla,el zombie parpadeo lentamente mientras sentia como su malestar comenzaba a calmarse ante la suave caricia de la humana.
Era como si saliera de una especie de transe,ya que incluso él rostro de su actual yonaka pudo verse con mas nitidez.
Sus ojos temerosos y llenos de preocupacion lo acogieron con tanto afecto que casi hicieron que su mente quedara en blanco.
Como si no hubieran más preocupaciones.
Como si solo existiera ella.
En el silencio compartido,yonaka se percato de que aun seguia con su mano sobre la mejilla de su sobrenatural aliado apesar de haber cumplido con su proposito de calmarlo-"l-lo siento,no quise-"-trato de disculparse entre nerviosos tartamudeos,sin embargo fue interrumpida por el jiang shi,quien empujo su rostro contra la palma de la joven humana, Acción que hizo que ella se congelará rigidamente en esa posición mientras su rostro adquiría una tonalidad rojiza.
Él cerró los ojos,disfrutando brevemente de esa energia cálida que transmitia la mano de la pequeña mortal que lo libero de su prisión.
No podía dejarla sola.
Algo dentro suyo se nego rotundamente,como si intuyera que esa desicion los destruiría a ambos.
No podía dejarla sola de nuevo.
"¿De nuevo? " se cuestiono el zombie en su interior,antes de abrír sus ojos para mirar a la humana bajo su protección.
*ba-dum...ba-dum*
Otra vez sintió ese extraño latido desde el interior de su pecho.
Quizás...estaba vinculado a esa chica de una forma más profunda de lo que imagino...
.
.
.
Fin.
#fanart#shipp#okegom#funamusea#deep sea prisoner#negaxyonaka#neganaka#nega mogeko#human defect mogeko#mogeko defectuoso#defectyona#defectmogeko#defect mogeko#mogekocastle#mogeko castle#funamuseum#fanfic#mogekocastleau
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"Você foi parar no circo do limbo das mortes inesperadas, e o dono do espetáculo agora é o novo guardião de sua alma... Mas... Você deveria mesmo estar ali?"
-> |Seonghwa x fem!reader | Sobrenatural, romance | W.C: 4K|
-> [Warnings!]: A pp era maconheira pelo meme, juro
-> [Lost notes]: Passei muito tempo planejando essa aqui, e agora inauguro ela como comemoração do #mêsdoterrorlost! Virou minha filhinha, então apesar de ter uma vibe diferente do que normalmente trago, peço que deem uma chance 😭❤️. Boa leitura meus amores ♡
Você despertou com um zumbido penetrante em seus ouvidos, piscando várias vezes para dissipar a névoa que turvava sua visão. As palmas das mãos pressionaram o chão nas laterais da sua cabeça enquanto você tentava se erguer. Sentiu o cascalho sob seus dedos, que revelou que não estava sobre uma cama macia, mas sim no chão áspero de um lugar desconhecido. Um alerta se acendeu dentro de você, fazendo-a se sentar abruptamente; o zumbido se intensificou. Pelo menos sua visão finalmente havia clareado, lhe permitindo explorar o cenário à sua volta: o parque de um circo.
O desconforto não vinha apenas do fato de ter acordado naquele parque, mas da completa falta de memória sobre como chegara ali. Observou a luz azulada que iluminava o carrossel, girando tão lentamente que parecia prestes a parar. As barracas vazias que se estendiam pelo local, desprovidas de vida ou movimento, e focou seu olhar na única luz quente do recinto, que emanava da tenda do espetáculo do circo no fundo do parque. Confusa e assustada, você se levantou, movendo-se instintivamente em direção ao que parecia ser seu único refúgio.
Ao se aproximar da tenda — que parecia maior por dentro do que por fora — sons alegres e murmúrios acolhedores preenchiam o ar, como se uma festa estivesse em andamento. Com um misto de curiosidade e receio, você puxou o pano da entrada. O que viu dentro a deixou estupefata: palhaços, acrobatas, animais e dançarinos se moviam em uma coreografia encantadora, mas estranhamente, sem plateia.
Mas quando notaram sua presença... Tudo parou.
A música cessou; as risadas se silenciaram, e aqueles seres vibrantes tornaram-se meras estátuas.
— Olha só o que temos aqui — Uma voz masculina ecoou, convidativa e inquietante. Você tentou localizar a fonte, mas a figura permaneceu oculta nas sombras de algum lugar. — Venha, nós já te vimos. Pode entrar.
Desconsiderando o convite, você recuou lentamente, pensando em fugir, mas, num piscar de olhos, se viu no centro do palco. Como havia chegado ali?
— Não precisa correr, minha querida — Disse o dono daquela voz, emergindo da penumbra, atrás do palco redondo, onde provavelmente ficava o camarim, como um espectro do circo.
Um frio percorreu sua espinha ao ver a figura que se aproximava: um homem vestido com um sobretudo vermelho e uma cartola imponente, semelhante a o figurino de um mágico. O som de sua bengala — mais um adorno do que uma necessidade — reverberava no palco, marcando sua caminhada.
Você queria gritar, questionar, mas o choque paralisou seu corpo. Apenas se afastou com alguns passos, sentindo os olhos dos outros personagens a observarem, imóveis e silenciosos ao redor do palco.
— Onde... Onde estou? — Sua voz tremia, mas você tentou ser firme.
— Obrigado por finalmente perguntar! — O homem exclamou, levantando os braços em celebração.
Ele retirou a cartola com um gesto teatral, revelando um sorriso macabro que se estendia de orelha a orelha. Mas infelizmente era impossível ignorar: aquele maníaco possuía uma beleza hipnotizante.
— Seja bem-vinda ao Circo do Limbo! — E, com essas palavras, o ambiente voltou a vibrar com cor.
A música alegre ressurgiu, e acrobatas dançaram sobre sua cabeça, enquanto palhaços se divertiam nas bordas do palco. Um vendedor se aproximou, oferecendo-lhe um saco de pipoca, o cheiro doce preenchendo o ar.
Mas o clímax ocorreu quando o mágico lançou sua bengala para o alto, capturando-a com destreza. Apontando em sua direção, uma rosa negra irrompeu de sua ponta, pairando como uma promessa sedutora. Você hesitou em pegá-la, e, com uma feição de decepção, o homem a afastou.
— Enfim — Ele deu de ombros, como se sua voz pudesse dominar o caos ao redor, pegou ele mesmo a rosa, e a jogou para longe — você está morta.
O impacto daquela frase foi tão grande que o medo que antes dominava seu corpo se dissipou como névoa ao amanhecer. A secura na boca refletia o desespero que começava a tomar conta, e, enquanto seus olhos se fixavam no mágico, o ambiente novamente se silenciou — ou talvez fosse você que não conseguia ouvir mais nada, era difícil dizer.
Então, de repente, uma gargalhada irrompeu de você, aquela que contorce o corpo e faz a mão apertar a barriga de tanto divertimento.
— Ta bom, o gato de Cheshire! — Você brincou, reconhecendo a semelhança entre o sarcasmo do estranho homem e o famoso personagem de "Alice no País das Maravilhas." — E você é o que? Deus?
— Sou Seonghwa, o guardião das almas das mortes inesperadas — Ele se endireitou, inflando o peito com um orgulho que parecia quase cômico.
Mais risadas escaparam de seus lábios.
— Meu Deus, essa minha última erva foi realmente boa! — Você comentou entre as gargalhadas.
— Na verdade, você sofreu uma parada cardíaca — Seonghwa disse, e, com um gesto dramático, uma nuvem de fumaça surgiu acima de sua mão, revelando um caderno que flutuava diante de você. Ele começou a passar as páginas sem tocá-las, analisando algo com um semblante sério. — Hm... Sim... Isso mesmo, estava saindo para encontrar suas amigas e comemorar o Halloween com filmes tão ruins que dariam arrepios. E então, puff.
A risada morreu lentamente em sua garganta, enquanto você se recompunha, sentindo seu corpo tremer a cada palavra. Queria chamá-lo de louco, questionar qual de suas amigas havia armado aquela pegadinha ridícula, mas as palavras falharam em sair mais uma vez. Uma pontada no peito a atingiu, e o ar lhe faltou, parecia estar se afogando, sendo puxada para o fundo do oceano desconhecido.
Sempre temeu mais o desconhecido do que a morte.
— Estranho, você não tinha problemas cardíacos. Sua saúde era impecável. E nunca fumou, certo? Bem, tinha suas ervas, mas até ai né, quem nunca... — Seonghwa continuou, e acabou rindo para si mesmo. — Quer dizer, é óbvio que é uma morte estranha, do contrário, não estaria aqui.
O zumbido voltou a pulsar em seus ouvidos, e você levou a mão ao peito, apertando a região enquanto uma dor de cabeça latejante se instalava, sobrecarregando sua mente com flashes confusos. Lembrou-se de se arrumar, até mesmo do cheiro de seu perfume, de ligar para duas amigas, passar no mercado para comprar guloseimas, e da sensação repentina de pavor que a atingiu, dos braços formigando e da respiração se tornando pesada, antes de as sacolas caírem no chão e tudo se transformar em um borrão.
— O que... — Você murmurou, ajoelhando-se no chão, tremendo.
Seonghwa, que continuava falando mais para si do que para você, finalmente desviou a atenção de seu caderno, que desapareceu na mesma fumaça que o trouxe à vida. Ele se abaixou ao seu lado, apoiando-se na bengala elaborada, e um olhar carinhoso surgiu em seu rosto.
Era estranho, normalmente, em filmes, as pessoas negariam o fato, tentariam escapar. Mas você não conseguia fazer isso. Era impossível ignorar: você tinha CERTEZA de que ele estava dizendo a verdade.
Você tinha CERTEZA de que estava morta.
— Ao contrário do que as pessoas pensam, ninguém tem "a hora certa de partir". Há uma estimativa, um plano, mas nem mesmo Deus consegue prever todos os imprevistos — Seonghwa começou a explicar, seu tom suave e cauteloso, enquanto seus olhos se fixavam nos seus, tentando garantir que você o escutava, e não estava apenas perdida em seu próprio desespero.
— Quando chega sua hora, os seres divinos já têm todas as informações sobre se você merece ir para o céu ou para o inferno. Mas há aqueles que quebram esse padrão, morrendo antes que essa análise seja concluída. E isso não tem a ver com idade ou qualquer coisa assim, mas sim com seu planejamento — Ele continuou, sentando-se em frente a você, pernas cruzadas. — Quando um imprevisto acontece, sua alma fica sem destino, e é aí que eu entro! — Seonghwa se animou novamente. — O limbo não é o que todos pensam: um lugar para almas com assuntos inacabados. É mais simples: um lugar para almas sem destino, as famosas mortes imprevisíveis.
— Eu não deveria ter morrido? — Você finalmente conseguiu perguntar, sentindo o zumbido se afastar lentamente.
— Não, sinto muito — Ele respondeu, fazendo um bico com os lábios. — Mas pelo menos aqui a gente se diverte bastante!
E, num pulo, ele se ergueu do chão.
— Não há Deus ou Diabo para nos controlar.
— Apenas você — Você ousou murmurar.
— Apenas eu — O homem respondeu, de forma sombria, mas com um toque de humor — Mas sou um chefe bonzinho.
Você estava tão chocada que não conseguia chorar. Na verdade, não queria chorar; queria espernear, gritar, bater, correr, mas chorar não.
Sempre imaginou como seria sua morte, nunca esperou uma partida grandiosa. Morrer antes da hora parecia tão adequado a você, como se fosse o desfecho previsível de uma vida que nunca se destacou. Não tinha sonhos grandiosos, um grande amor ou qualquer laço que a ancorassem ao mundo; era como uma folha ao vento, à mercê das circunstâncias. No fundo, o circo do limbo talvez fosse um reflexo da verdade que Seonghwa não percebia: um abrigo sombrio para almas esquecidas, um vasto deserto de despropósitos. Ali, você se sentia não apenas perdida, mas como um sussurro insignificante na eternidade, uma sombra sem rosto que se esvaía na penumbra. Talvez fizesse mais sentido que no mundo dos vivos.
Você, claro, não verbalizou essa teoria, temendo as consequências. Mas freneticamente olhou ao redor, ansiando por uma fuga.
— Você não está presa nesta tenda, nem a mim — Seonghwa disse, como se pudesse ler seus pensamentos. — Mas posso garantir que eu mesmo já tentei ir para longe, e o nosso limite é apenas o fim do parque.
Ele estendeu a mão gentilmente. A luz que filtrava do topo da tenda passava por suas costas, fazendo-o parecer uma figura quase angelical vista de baixo, da forma que estava.
— Você pode explorar o que quiser, quando quiser. Mas antes, me deixa te mostrar nosso lar.
O mundo pareceu parar enquanto você olhava aquela mão em sua direção. O que aquele homem achava que era? Algum tipo de bem-feitor? Sentia raiva, mas ao mesmo tempo, um estranho carinho, como se realmente segurar sua mão pudesse afastar o medo de estar morta. Por um tempo indeterminado, observou Seonghwa, sentindo o coração pulsar forte no peito — e, mesmo assim, deveria ser apenas uma miragem, como aqueles casos de membros fantasmas. Finalmente, ousou tocá-lo, buscando seu apoio para se erguer.
Foi então que, ao estar de pé, com sua mão deslizando sobre a do mágico, um choque pareceu percorrer seu corpo, um raio que caiu diretamente entre suas mãos.
Vocês se afastaram rapidamente e se olharam igualmente chocados.
— Você... — Seonghwa murmurou. Era possível escutar ao fundo alguns integrantes do circo o chamando: "Chefinho? Ei, chefinho", mas nenhuma resposta lhes foi dada; ele permanecia estático, finalmente pálido como se estivesse morto, olhando para você. — Você não deveria estar aqui.
Você também não o respondeu, apenas, instintivamente, deu um passo para frente. Apesar de estar recuando desde o momento em que chegou àquele lugar, deu um maldito passo para frente e nem ao menos sabia por que estava fazendo isso. Era como se algo lhe chamasse para Seonghwa; seu corpo gritava por ele, implorava para que lhe tocasse mais uma vez, como se jamais pudesse ter se separado.
— Você não é uma morte imprevista — Ele murmurou, a voz tão debilitada que parecia ele quem estava perdido ali. Havia algo estranhamente familiar naquela conexão, mas você não conseguia identificar o que.
Apenas continuou se aproximando.
E então se jogou nos braços do homem, selando seus lábios nos dele.
Perfeito. Você jamais tinha sentido tal emoção ao beijar alguém, como se todas as outras pessoas com quem se relacionou fossem meros grãos de areia. Passou sua vida toda achando que o problema era você por nunca ter dado chances ao amor, mas aparentemente havia acabado de lhe encontrar ali, em sua morte. Não fora um beijo acalorado, com amassos ou coisa do tipo; seus lábios apenas tocaram gentilmente os do rapaz, como se, apesar de mortos, o calor humano tivesse tocado suas peles, lhe dando vida mais uma vez. Seonghwa não se afastou daquele toque; você apenas escutou o momento em que sua bengala caiu de sua mão, se chocando com o chão, e seu braço rodeou sua cintura, lhe trazendo mais para perto.
Sentiu o gosto salgado no beijo quando a primeira lágrima deslizou por seu rosto. O toque se tornou molhado, misturando-se com suas lágrimas, que você nem sabia de onde vinham. Quando finalmente se afastou, notou que o mágico também tinha lágrimas nos olhos.
O rosto de Seonghwa estava em transe quando balbuciou algo que reverberou pela tenda.
— YeonHee?
Todos ao redor de você exclamaram surpresos. A dor latejante em sua cabeça aumentou novamente. Cambaleou, tentando se apoiar em Seonghwa, que se desvencilhou de você como se fosse a coisa mais perigosa que já havia encontrado.
— Não, esse não é meu nome — Você respondeu, revelando seu nome em seguida, mesmo se sentindo fraca.
Com a visão turva, insistiu em olhar para o homem, buscando algo que não sabia o que era.
— Seonghwa — Sussurrou, encantada com o jeito como seu nome soava nos seus lábios. — Seonghwa — Chamou novamente, como se a palavra pudesse te dar força.
— San, leve-a daqui — O moreno pediu, arrumando sua postura novamente. — San! — Ele gritou, toda sua feição bondosa de minutos atrás se escondendo em meio àquela raiva... Ou algo do tipo... Ele não parecia de fato zangado, apenas... Triste.
Você não pôde questionar mais nada daquele momento em diante. Não quando um grande homem, trajado com roupas pretas — era difícil identificar qual sua função no circo —, caminhou em sua direção e, gentilmente — por incrível que pareça — lhe pegou no colo, como uma princesa.
— Espera! — Você gritou, se debatendo no colo do desconhecido. — Espera! O que está acontecendo? Seonghwa! — Clamou, como se ele fosse seu único salvador.
Como se ele realmente pudesse te salvar de seu destino.
Você se acalmou um pouco quando foi levada para um trailer fora da tenda principal daquele estranho parque. O rapaz denominado San, com poucas palavras, te colocou sobre a cama e te segurou gentilmente, até que a tempestade dentro de você começasse a se acalmar. Diferentemente de Seonghwa, apesar de sua figura imponente, não sentiu medo dele; era como se estivesse diante de um irmão mais novo, tentando ajudar.
Permaneceram em silêncio por um longo tempo, sua mente girando como um redemoinho, enlouquecendo com a dor que parecia querer estourar sua cabeça — como se algo estivesse tentando escapar de dentro do seu cérebro, esse que, afinal, não deveria existir mais. Tentou se concentrar em repassar toda aquela... Tarde? Noite? Em sua mente, organizando os fatos:
1. Você estava morta.
2. Não deveria ter morrido.
3. Ou talvez deveria?
4. Estava em um circo, o circo do limbo.
5. Queria enlouquecidamente, desesperadamente, ficar perto de Seonghwa novamente. Precisava disso.
— YeonHee — Você finalmente sussurrou, o estranho nome que Seonghwa havia mencionado ecoando em sua mente. Por que lhe era tão familiar?
— O chefe foi a primeira alma a vir para cá — San, que estava sentado em uma cadeira de ferro, afastado de você e quase dormindo após tanto tempo, ousou falar.
Você se virou para ele, concentrada em suas palavras.
— Ele morreu tentando evitar a morte de sua esposa. Foi a primeira vez que Deus teve que lidar com uma alma assim. — Ele brincava distraidamente com os dedos. — Ele ficou lá, solto, nem no mundo dos vivos nem dos mortos, observando sua esposa agonizando de dor, após serem assaltados ao sair do trabalho: eram circenses.
Você se sentou na cama, hipnotizada.
— Ele estava quebrando o universo fazendo aquilo. Deus ficou perdido pela primeira vez em toda a sua existência. E se desse o destino errado para aquela alma? Até que Seonghwa lhe implorou que salvasse a esposa dele, prometendo que faria qualquer coisa, qualquer coisa do mundo. Até mesmo trabalhar para ele.
— Ele se tornou uma alma despropositada, por escolha? — Você ousou questionar.
— Sim. Porém foi mais do que isso. Deus salvou sua esposa, algo que nunca havia feito antes. Mas também nunca tinha visto um amor tão devoto quanto aquele... Contudo, em troca disso, além de cuidar deste terceiro reino, Seonghwa perdeu a chance de reencarnar. — San te olhou pela primeira vez. Seu olhar era triste, uma tristeza gentil. — As almas do circo do limbo não podem reencarnar. Não há corpo para nós na terra dos vivos.
A tristeza gentil do homem também te tocou, e novas lágrimas ameaçaram escorregar, presas em suas pálpebras, a um passo de desabarem.
— Por que está me contando tudo isso?
— Para facilitar sua lembrança sobre suas vidas passadas, as vezes demora um tempo para a gente conseguir isso, mas o seu processo em específico é rápido — O mais alto informou de forma simples. — Eu fui o segundo a chegar aqui, mas nunca vi uma alma como a sua. O que faz total sentido.
— Por que?
— Isso eu não posso dizer — Ele sorriu pela primeira vez em sua presença. E se levantou, caminhando até a porta e enfatizando seu recado novamente antes de deixar o trailler — Mas você precisa se lembrar.
Quando a porta se fechou, deixando-a completamente sozinha, e com aquela frase presa em sua mente, o zumbido em seu ouvido intensificou-se mais uma vez, um chamado distante e inquietante, como se uma força invisível a puxasse. O som reverberava em sua cabeça, e, num instante, todo o resto desapareceu. Levantou-se abruptamente, a visão turva, mas não podia ficar ali, um pressentimento agudo a avisava que algo estava terrivelmente errado.
A lembrança do beijo com Jeonghwa invadiu suas memórias, um toque suave e uma conexão elétrica que a fazia sentir-se verdadeiramente viva. Mas essa euforia logo se transformou em desespero, uma necessidade urgente de reencontrar Seonghwa, como se sua alma estivesse incompleta sem ele.
— Eu preciso encontrá-lo — Sussurrou para si mesma, a voz tremendo sob o peso da emoção, enquanto corria para fora do trailer.
A porta bateu com força, e você passou por San, que se assustou com sua presença repentina. Ele a observava com preocupação, e lhe chamou algumas vezes, mas você não possuia tempo para responder. O mundo ao seu redor tornava-se um borrão; tudo que conseguia focar era na imagem de Seonghwa.
Ele era a resposta para tudo.
As lágrimas escorriam por seu rosto, cada gota uma liberação de dor e saudade. Flashbacks de sua vida passada emergiam como ondas poderosas arrastando-a para um mar de memórias. O zumbido aumentava, a dor de cabeça fazendo-a desejar que se separasse do corpo. Mas precisava lembrar, precisava compreender o porquê de seu choro incessante.
As paredes do seu coração estavam se despedaçando.
E então, o silêncio absoluto.
Estava novamente dentro da tenda, tão vazia quanto sua mente. Caminhou em direção ao palco, e tropeçou ao subir no mesmo, suas mãos tocaram o chão empoeirado quando uma última pontada de dor a fez perder as forças, apoiando a cabeça no piso.
— Seonghwa! — Gritou com o rosto sobre a madeira, a voz quebrando, um grito de desespero e busca, como se sua própria existência dependesse daquele reencontro. A necessidade de vê-lo a consumia, e sentia como se o universo conspirasse para que seus caminhos se cruzassem mais uma vez.
Não entendia por que desejava tanto um estranho que acabara de conhecer, mas continuou clamando por sua presença. E então, uma lembrança específica a prendeu, um eco distante em sua mente: "YeonHee!" A voz de Seonghwa. Fechou os olhos e sentiu flocos de neve tocarem sua pele, a brisa gélida do inverno bagunçando seu cabelo enquanto corria alegre pela vila. Ouviu sua própria risada, e mais importante, a de Seonghwa, sentiu quando ele abraçou sua cintura e a girou no ar. Era tão bom, tão reconfortante.
Era isso... Você era YeonHee, esposa de Seonghwa, e sua ausência era uma ferida pulsante, uma cicatriz de vidas passadas.
Sentiu os beijos sob as estrelas, sussurros à luz da lua, a segurança de estar ao lado dele, tudo isso agora se tornava um eco vazio, um lamento pela conexão perdida. Chorava por todas as vezes que não pôde tê-lo, por todas as vidas em que não se lembrou dele.
As memórias eram um fardo, um lembrete do amor que nunca poderia ser esquecido.
Você precisava dele. Precisava sentir seu abraço, ouvir sua voz, experimentar a magia daquele vínculo que desafiava até mesmo a morte.
— Seonghwa! — Chamou novamente, agora com fervor. O eco de seu grito se dissipou no ambiente, mas em seu interior, a esperança ardia, uma chama que nunca se extinguiria.
E então, mesmo sem vê-lo, soube que ele estava ali, entre as sombras daquela tenda, seu novo lar. Secou as lágrimas, mesmo que novas surgissem, e tentou se erguer, conseguindo apenas sentar-se no palco.
— Eu entendi agora — Sussurrou, ciente de que ele a escutava — Deve ter sido horrível, certo? Me ver após...
— Séculos — Completou a voz masculina, distante.
— Séculos, meu Deus! — Exclamou, levando uma mão à boca para conter os soluços — Não me lembro de você há séculos. Como pude?
— Você não podia se lembrar, esse era o trato — Seonghwa surgiu de seu esconderijo, atrás das arquibancadas do circo. Seus olhos estavam vermelhos, denunciando que lágrimas haviam escorrido por horas ininterruptas. — Nem eu deveria lhe reconhecer, mas... Quando você tocou em mim...
— Ele jamais conseguiu separar nossas almas — Completou, finalmente se levantando. Aguardou Seonghwa se aproximar. Seus passos eram lentos, apreensivos.
— Você não deveria ter parado aqui, em nenhuma vida — Ele ebravejou, ficando a poucos centímetros de você.
— Você não entendeu? Eu que acabo de descobrir tudo já compreendi — Brincou, forçando um sorriso — Em todo esse tempo achava que havia algo de errado comigo, mas, no fim, apenas estava esperando por você.
Desta vez, você não chorou, mas desferiu um tapa no peito dele, que nem ao menos se moveu.
— Mas você nunca apareceu, Seonghwa, nunca! Em nenhuma vida — Reclamou, batendo mais algumas vezes.
O homem finalmente reagiu, segurando seus pulsos. Seu rosto era um misto de nervosismo e tristeza. O toque sobre sua pele ainda emitia aquela eletricidade em forma de choques, por mais que nenhum dos dois tenha se afastado dessa vez.
— Eu só queria evitar que você fosse parar em um lugar como esse, neste vazio eterno. Você não merecia isso; merecia o céu, reencarnar milhões de vezes, sentir a brisa fresca do vento, comer morangos no verão — Sua fala era rápida, embaralhada, como se nem ele entendesse. Estava em completo desespero.
— Nada disso importa se não tiver você.
— Por que está aqui? — Questionou, segurando as lágrimas. Ver você, por algum motivo, doía, doía muito. — Por que fez isso?
— Pedi a Deus para me deixar encontrar o amor da minha vida — Explicou, compreendendo tudo na mesma velocidade com que falava — É claro que não esperava que tivesse que morrer para isso — Brincou — Mas tudo faz sentido agora.
— Você não pode ficar aqui — Retrucou Seonghwa, ríspido, tentando evitar a onda emocional.
Apenas queria salvá-la de seu destino.
Você não respondeu de imediato, apenas se soltou do toque do mais alto, e acariciou uma de suas bochechas ao segurar seu rosto com ambas as mãos. Era quase como se pequenos raios saíssem da palma de sua mão para a pele do homem.
— Eu apenas quero ficar onde você está — Disse, inclinando-se e encostando a testa na dele — Eu escolho isso. Escolho ficar com você. Eu não quero mais me esquecer.
Sentiu as mãos apreensivas de Seonghwa a abraçarem, e uma única lágrima solitária escorreu de seu rosto.
— Chega de se sacrificar, Seonghwa, chega de ficarmos sozinhos.
— Foi por isso que sua morte não foi um acidente — Ele soltou uma risada anasalada, segurando sua cabeça e a forçando a olhar em seus olhos — Não pode fazer isso, eu... Não posso deixar.
Você pensou em ao menos dez novos motivos que fariam Seonghwa se render à sua proposta, a entender o motivo daquilo tudo. Mas ao mesmo tempo não encontrou palavras para os externalizar. Na verdade, havia tantas coisas que precisavam discutir, compreender. Mas nada importava agora, não quando poderia beijar os lábios do amor de sua vida mais uma vez.
Essa seria a maior justificativa de todas.
Puxou-o pelo sobretudo vermelho, unindo seus corpos ao selar os lábios. Diferente da primeira vez, este segundo beijo era carregado de desejo, fazendo até mesmo a luz da tenda piscar algumas vezes. Passou as mãos pelo pescoço de Seonghwa e se impulsionou quando ele a puxou pela cintura, completamente rendido, fazendo suas pernas prenderem em torno de seu corpo. Sentiu as mãos fortes agarrarem suas coxas, lhe dando firmeza para permanecer em seu colo.
— Eu escolhi você, ao invés de qualquer vida que possa ter — Sussurou ao cessar o beijo acalorado, seus lábios permaneceram próximos, roçando um no outro, sedentos por mais. Seonghwa não teve escolha, preferindo te beijar novamente do que continuar discutindo.
Finalmente, além de descobrir seu passado, entendeu por que nunca se sentira viva:
Precisava morrer para isso.
❀ೃ⡪: Yeon-hee (연희)
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casos ilícitos
Matias Recalt X f!Reader
Cap. 19
E minhas palavras atiram para matar quando estou brava. Eu me arrependo bastante disso.
Avisos: linguagem imprópria, menções a hospital e lesões.
Palavras: 8,1 k
Primeiro capítulo do anoooo, aproveitem 🥳🎉
————
Os fatos das últimas horas ainda rodavam como um disco arranhado pela sua mente, se repetindo sem parar, e te causando dúvidas junto com um aperto profundo no peito.
Não houve um único dia após o término entre você e o garoto de cabelos castanhos que tenha sido cem por cento perfeito ou nulos de dor. Claro que tinham dias melhores que outros, às vezes com sorte, até mesmo semanas melhores que outras. Mas nunca era algo duradouro. Sempre que uma centelha de felicidade parecia te preencher em um momento bom, no instante seguinte isso se extinguia. Fosse durante o dia, ou no cair da noite, quando estava sozinha, ou nos braços de seu novo namorado.
Você poderia por uma máscara e tentar mentir o melhor que fosse para seu parceiro, amigos e até familiares de que tudo estava bem, e que você estava feliz com esse recomeço, mas no fundo, não poderia mais mentir para si mesma.
E você tentou. Por muito tempo.
Pensando que não importava que durante o sexo os seus olhos sempre estivessem fechados e sua mente vagando para outra pessoa, ou que sempre que passava pelo parque no caminho de volta para casa, e visse garotos em cima de um skate, um nome sempre vinha a sua cabeça. Ou quando foi no mercado na semana passada, e havia comprado todos os ingredientes para preparar a refeição preferida de uma pessoa, que nem ao menos estaria lá para apreciar.
Ele sempre estava presente na sua vida, mesmo sem estar necessariamente lá. Se é que isso fazia sentido.
Mas como você sempre fazia nos últimos tempos, você somente engolia o que sentia, reprimindo tudo, e tentava ainda mais duro para fazer as coisas fluírem e funcionarem no seu relacionamento. Você fez sua família e amigos se darem bem com Santi (se bem que a maior parte disso se devia a ele, e sua personalidade amigável), começou a sair mais, e marcou programas com as pessoas de que você mais gostava no seu círculo social. Fosse compras com as garotas, jantares com namorado e passeios ao ar livre com a família, mas sempre com o peso nos ombros da culpa da mentira, e só esperando até o sentimento de vazio te alcançar novamente.
E é claro, que bem no dia que seus pensamentos estavam mais inquietos do que o normal, com nervos à flor da pele, e quase arrancando os cabelos de nervosismo, ele decide aparecer e fazer tudo ficar mil vezes pior.
Seus instintos estavam alerta desde a sala de cinema escura, se sentindo observada e vigiada, mas como não encontrou nada vagando os olhos brevemente pelas pessoas, você apenas ignorou achando que estava ficando maluca. E agora você sabia exatamente o motivo disso.
Apesar de tudo, falar com os garotos foi a parte fácil. Distribuir abraços, sorrisos verdadeiros e calorosos foi realmente bom para sua alma, e quando não viu Matías com eles, sentindo um nó em seu estômago, pensando que ele poderia estar em outro lugar, com outro alguém, fazendo outras coisas, que te traziam um gosto amargo na boca, finalmente o avista mais a frente conversando com sua irmã.
E como se já não bastasse os olhares embaraçosos quando ficaram frente a frente, enquanto todos tentavam ignorar o grande elefante na sala, tudo ficou ainda mais intenso quando ele te pediu para conversarem a sós, o que a contragosto, você aceitou.
Imagine a sua surpresa quando Matías te perguntou se você amava Santi. Foi tudo tão estranho, confuso e desesperador, pois para você o amor parecia algo estrangeiro e de outro mundo se direcionado a outra pessoa que não fosse Matías. Você estava confusa e com raiva. Raiva que justamente a primeira vez que ele ousasse tocar no assunto “amor”, é justamente para te perguntar a respeito de seus sentimentos por outra pessoa.
Você não tinha que se justificar para ele. Ele não podia te perguntar a respeito de amor, se ele nem ao menos chegou a te falar as tais palavras ao menos uma vez. Nem mesmo depois de sua confissão no casamento, que parecia ter sido feita há um milhão de anos atrás.
É claro que durante a briga do término no apartamento dele, o mesmo tentou te dizer as três palavras que você uma vez tanto sonhara em ouvir, só que de maneira diferente. Te falando como o seu lugar era ao lado dele, e como você era importante para o mesmo. Mas naquela época, nada do que saía da boca dele você poderia considerar sincero ou real.
Mas e agora?
Você se odeia por saber bem claramente o desfecho que a conversa desta noite poderia ter tomado no estado em que você estava. Se ele tivesse dito o que você queria escutar, se declarado com honestidade, então provavelmente você teria deixado tudo de lado por ele.
Mas ele não disse. E ele nunca iria dizer.
Então você mentiu, e disse que amava outra pessoa. Mas junto com a mentira, também veio o conhecimento e a realização de algo maior. Pois foi nesse momento que você soube que tinha ido longe demais. Santi era um cara incrível, e não um troféu para você exibir, e usar para se sentir desejada, e depois descartar quando tiver outro brinquedo. Tudo isso era injusto com ele.
Matías poderia ir se foder, mas Santí merecia ao menos a verdade. E depois desta noite, você sabia exatamente o que isso significava, e o que precisava fazer.
— — — —-
Depois que saem do cinema e se dirigem ao jantar tedioso, o qual você passou mais tempo dispersa e brincando com a comida do seu prato, enquanto esperava que um raio caísse em sua cabeça só para você poder sair dali, finalmente todos terminam suas refeições e se encaminham para casa. Santi passaria a noite com você como de costume, e assim ambos os casais começaram o trajeto de retorno ao apartamento. Foi tudo bem tranquilo, com todos se recusando a tocar no assunto “ex”,e somente falando de vários assuntos irrelevantes. Seu cunhado e namorado divagando sobre o jogo que aconteceria na próxima semana e sua irmã tentando te introduzir no meio quando começaram a falar sobre o filme que acabaram de assistir.
Um olhar cortante seu é o suficiente para que ela pare de tentar.
Assim que chegam em casa, você solta um suspiro cansado, sabendo que agora iria ser a hora chata, e que teria de ter coragem para enfrentar isso. Wagner entra com o carro no estacionamento, e assim que todos se soltam dos cintos, e saem do veículo com segurança, você aborda o rapaz:
- Santi, podemos conversar? - Você pede, e pela cara dos mais velhos a sua frente, a sua tentativa de parecer tranquila sobre o motivo, foi totalmente falha.
-Claro - Ele concordou prontamente te seguindo.
Seu cunhado e irmã entram no prédio, deixando apenas os dois do lado de fora, os dando privacidade e espaço. Ambos vão para a calçada, em silêncio e cautelosos, sendo saudados com a briza suave da noite nos seus rostos.
-Eu… - Você começa, olhando para os próprios pés com vergonha, e tentando encontrar as palavras certas para transmitir o que você queria dizer.
Mas você não sabia bem o que queria dizer. Você nunca tinha chegado nessa parte. Terminar com Matias foi rápido pois ele havia pisado na bola, mas com Santi era diferente, pois ele não tinha sido nada senão perfeito. Como você poderia encontrar as frases certas para partir o coração de alguém com o mínimo de dano possível? A resposta era simples: Não tinha como.
-Você vai terminar comigo, não é? - Ele te corta, te aliviando o fardo das palavras pesadas e duras. Quando o seu olhar finalmente encontra o dele, você nota que a feição dele ostenta um olhar manso e resignado no rosto, como se já suspeitasse disso o tempo todo.
Ele não parece bravo, confuso e muito menos irritado. Totalmente o contrário do que o seu coração medroso esperava. Mais uma vez te mostrando o quão perfeito ele sempre é, e foi.
-Sim, eu sinto muito Santi.- Você confirma, engolindo em seco - Não acho que esteja funcionando mais entre a gente, mas quero que saiba que o problema não é você, sou eu. - Tenta explicar ao garoto de olhos gentis, e sentindo lágrimas começarem a surgir conforme as palavras iam fluindo, e seu corpo começando a tremer.
-Calma, tá tudo bem. -Ele diz, e antes que perceba, os braços dele estão à sua volta te abraçando, e te consolando uma última vez.
A presença dele te envolve, em uma espiral de aconchego, calor e um cheiro gostoso que você reconhece como sendo do perfume dele. Estando assim, tão próximos, você até consegue entender como se deixou ficar confusa romanticamente por tanto tempo. Ele era tudo o que você um dia idealizou, mas infelizmente, ele chegou tarde demais, e você já tinha deixado esse barco para trás há muito tempo.
Vocês ficam assim por alguns minutos, com os corpos ainda grudados um no outro, enquanto ele esfrega suavemente carícias nas suas costas, e sussurra palavras doces no seu ouvido. Você não consegue deixar de notar a ironia da situação e se sentir ainda mais patética e ridícula com isso. Foi você quem terminou com ele, e é ele quem está vindo te acalmar e te escutar chorando como uma criança.
Quando a noção de autopreservação e vergonha voltam a você, fazendo sua onde de frenesi e histeria passar, Santi tenta ter uma conversa de verdade, tomando cuidado com o seu bem estar, sendo atencioso e paciente como sempre.
-Tá tudo bem. - Ele te garante mais uma vez - Pra ser sincero, eu meio que sabia que isso iria acontecer alguma hora, eu vejo o jeito que você olha pra ele toda vez que o encontra, ou quando alguém menciona o nome dele. - Santi diz, e não é preciso que ele cite nomes, pois os dois sabem de quem estão falando.
-Isso não tem nada haver com ele - Você retruca na defensiva - Eu só acho que tenho que ficar sozinha e cuidar dos meus próprios sentimentos antes. - Justifica com a voz ainda trêmula - Não posso mais te arrastar pra essa bagunça. - Termina, deixando ainda mais óbvio o quão arrependida está por toda esta situação.
Ele segura a sua mão firmemente, fazendo carinho com os dedos e te transmitindo tranquilidade com o gesto simples:
-Fico feliz que queira um tempo pra você, pois você merece. Mas se você quer realmente resolver os seus sentimentos, talvez deva começar com o fato de ainda sentir coisas pelo seu ex- Ele aponta duramente, mas ainda sendo gentil.
E mesmo te enfurecendo o quão sincero ele está sendo, o que mais te deixa brava, é que o que ele diz realmente faz sentido. Mas você ainda não está pronta para admitir isso para ninguém, muito menos para si mesma.
-Talvez, vou pensar sobre isso. - O responde, deixando claro que é o mais perto de uma concordância que ambos vão chegar esta noite.
Ele te solta, te deixando por si mesma agora que está mais composta, e você tenta não se deixar afetar pelo modo como já sente falta do calor amigo do mesmo. Ambos se encaram sem saberem muito bem como prosseguirem com a conversa. Você ainda está pensando em como acabar com esse embaraço quando ele solta uma tosse falsa, e continua a falar:
- Acha que podemos ser amigos? Mesmo se vocês dois voltarem juntos? - Ele questiona, inseguro. - Eu entendo se você quiser distância e quiser ser apenas colegas de trabalho, não vou ficar chateado. - Ele te assegura, colocando suas emoções em primeiro lugar, e parecendo nervoso com sua resposta.
Você solta uma risada anasalada e baixa com a timidez repentina dele. Era óbvio que você iria querer a presença dele na sua vida, mesmo que de outra forma. Ele era um dos poucos caras que você conheceu que realmente valiam a pena e tinham decência dentro de si mesmos. Não precisava nem pensar muito para responder:
-Claro que sim - Você o afirma com um sorriso - Eu ainda gosto muito de você, só que agora é diferente, é mais como amigo, não no sentido de… você sabe…desse jeito…- As palavras certas não vem a sua mente.
-No sentido sexual? romântico? - Ele oferece descaradamente, para fazer graça.
-É…acho que podemos dizer isso - O diz, e sente as bochechas corarem com o sorriso maroto do mesmo - Mas acho que podemos ser bons amigos - Termina, recebendo um aceno satisfeito dele.
E então se lembra da segunda implicação do mesmo, e fica mais séria:
-Mas não vou voltar com o Matías, como eu disse, o que eu preciso é pensar e ficar um tempo sozinha. - Repete suas afirmações - E de qualquer modo, eu e ele não iriamos funcionar mais juntos. - Diz com convicção.
Santi solta um suspiro profundo com isso:
-Não acredito que vou dizer isso, mas… mesmo concordando que ele foi um idiota, eu sei que ele ainda gosta de você, eu consigo ver isso. - O garoto afirma, se aproximando - Só usa esse tempo pra pensar bem no que vai te fazer mais feliz e corra atrás disso - Ele diz, e aperta gentilmente o seu ombro, te aconselhando.
E antes que você possa rebater alguma coisa, ele já está te abraçando, e se despedindo com um beijo singelo no seu rosto. Somente quando a silhueta dele desaparece no horizonte, é quando você se permite ir para dentro e pensar no que acabou de acontecer.
— — —
Na volta até casa, desde que entra no elevador, ou quando passa pela porta do seu apartamento silencioso, as palavras de Santi ainda pesam em sua mente, assim como a culpa. Você machucou e magoou um garoto bom e inocente em toda esta história, tudo por conta de uma solidão e necessidade de preencher um vazio deixado por outra pessoa. O que te conforta, é que pelo menos agora Santi está livre disso tudo, e pode encontrar alguém melhor e emocionalmente disponível.
Seus ombros estão baixos em desânimo e cabeça curvada em uma expressão sem emoção. Ele disse que estava tudo bem, mas ainda assim era difícil não sentir um pouco de remorso e culpa.
Em meio a neblina de confusão, você consegue escutar um som do vapor saindo de uma chaleira. E assim que se aproxima da cozinha para averiguar, é recebida com o cheiro de ervas doces que preenchem os seus sentidos e te acalmam quase que instantaneamente.
Só tinha uma pessoa que poderia estar tomando chá a esta hora:
-Quer tomar um chá? - Sua irmã oferece, já pegando uma xícara no armário mesmo antes de ouvir a sua resposta.
-Claro - Você responde, se juntando a ela na bancada da cozinha e aceitando a xícara com o líquido quente.
Só estão as duas aqui. De frente uma para outra, enquanto ela te oferece alguns biscoitos que tinha assado mais cedo, os quais você não tinha notado até agora. Pelo silêncio, seu cunhado provavelmente já tinha ido se deitar por conta do dia longo. O que era bom, pois era uma pessoa a menos para encarar depois de tudo.
-Noite difícil?- Sua versão mais velha te pergunta, te acordando de seus pensamentos.
-É- Você concorda, soprando a beirada do recipiente esperando que fique mais morno antes de levar aos lábios. - Acabei de terminar com o Santi.- Solta de uma vez.
Você não sabia muito bem o motivo de estar contando isso já que era algo recente, e o qual você nem teve tempo de digerir muito bem. Mas outra parte sua queria arrancar o band-aid de uma vez. Quanto mais cedo você falasse, mais rápido deixaria de ser novidade e logo passaria toda a comoção.
-Sinto muito - Ela diz, trazendo uma mão ao seu ombro em consolo - Mas foi o melhor. - Constata por fim, e volta a atenção a sua bebida.
-Porque você diz isso?- Você questiona, confusa com a rapidez com que ela parece ter aceitado a novidade.
-Ele não era o cara certo pra voce. Eu sabia disso, ele sabia disso e mesmo você não querendo admitir, você também sempre soube disso - Ela responde, sem papas na língua e com a sobrancelha arqueada.
Vocês ficam em silêncio por um tempo depois disso, com o espaço sendo preenchido apenas pelo som dos biscoitos sendo comidos e o barulho do chá abastecendo suas xícaras que ficaram vazias muito rápido. O que você menos queria agora, era dar abertura para ela começar a falar de seu ex (Matias), assim que você a informa de seu término com Santi (que agora também era seu ex). Mas querer não é poder, e assim que o terceiro biscoito encontra sua boca, ela começa a falar novamente:
-Hoje no cinema, o Matías me falou que te ama, sabia?- Ela pergunta ironicamente, olhando no fundo dos seus olhos.
O QUE? COMO ASSIM?
Seu coração começa a bater mais rápido, e suas bochechas a corar violentamente com a confissão dela. Ele disse que te ama. Ele disse, de verdade. Suas mão estão suando e tremendo em ansiedade. A sua mente te leva de volta para o cinema, a imagem dos dois conversando e você tenta visualizar como foi na hora. Ele disse com essas mesmas palavras? Como surgiu o assunto? Ele estava nervoso? E o mais importante de tudo, porque drogas ele não disse isso na sua cara?
Ele deveria ter dito algo, e ter feito alguma coisa. Mas quando seus devaneios ficam mais selvagens, em um cenário que ele se declara em sua frente, e te puxa para um beijo na frente de todos, você decide que é hora de parar. Sua mente pode te levar para lugares perigosos algumas vezes. E isso nunca acaba bem.
- Isso não muda nada. - Você responde voltando a si, engolindo em seco, e mentindo na cara dura.
-Na verdade muda tudo. - Ela retruca prontamente - Acha que eu não vi como você ficou olhando pro Matias no cinema quando estava com os meninos?- Ela pergunta.
Isso te pega de surpresa também. Você não sabia que estava sendo tão óbvia sobre isso. Mas não é porque você estava com saudades. Claro que não. Deve ter sido só porque fazia tempo que você não o via e ficou chocado em revê-lo ali. Só isso. Nada demais. Totalmente sem significância.
-Você tá vendo demais! - Você afirma, fugindo do assunto.
-Bom, já está tarde e eu não vou ficar aqui discutindo com você - Ela diz, começando a se levantar e a guardar as coisas.- Só saiba que, independente do que aconteceu hoje, eu só espero que você não se arrependa das suas decisões lá na frente. -Ela diz, e solta um bocejo, mostrando pela primeira vez o quão exausta ela está - Boa noite pirralha - Ela diz, depositando um beijo em sua testa, e depois saindo da cozinha te deixando sozinha perdida em pensamentos conflitantes.
— — —
As duas conclusões que você havia chegado depois de alguns dias pensando era: você estava melhor sozinha para cuidar melhor de si mesma e de seus sentimentos. E a segunda, é que mesmo após a conversa que teve com Santi e sua irmã, nada delas poderiam impactar na sua decisão final. Eles não sabiam como era. Santi era muito puro, e sua irmã sempre teve um relacionamento perfeito. Como ela poderia te entender? Se sempre teve um príncipe encantado esperando por ela na porta?
Você estava na área de piscina do condomínio, sentada confortavelmente em uma espreguiçadeira, com as pernas esticadas e com um copo de refrigerante ao lado para refrescar do dia infernalmente quente. Um livro está apoiado no seu colo, enquanto você observa algumas das crianças dando um mergulho ou brincando perto dos pais que estão aproveitando o churrasco, e o almoço caseiro preparado por todos.
Um suspiro frustrado sai de seus lábios com a situação. Você não está de biquini, somente trajando algumas roupas leves, pois não queria nadar, só aproveitar o ar fresco e ler um pouco. Mas era óbvio que a ideia de ler o seu romance havia ido para o ralo conforme a agitação infantil, ou os outros inquilinos conversando atrapalhavam a sua leitura. Mas não poderia culpa-los, pois foi você quem teve essa ideia idiota para começar, e esqueceu que hoje era o dia marcado para a confraternização dos moradores. O que estavam comemorando? Nada! Era só uma desculpa para comerem bem, usarem a piscina o dia todo e beberem enquanto conversam sem parar.
Você está prestes a guardar o livro e se dirigir para dentro quando Wagner te aborda:
-Tá indo onde? - Ele questiona.
Um outro suspiro quase escapa de você quando pensa no quão irritantemente bem ele e sua irmã se encaixam aqui. Eles passam alguns dias na sua casa e de repente se tornam os vizinhos favoritos dos outros inquilinos. Isso fica ainda mais aparente agora, quando sua irmã está conversando animadamente com as outras mães na beira da piscina, seja sobre a comida ou sobre as crianças, e o modo como Wagner se deu bem com os outros pais aproveitando o churrasco com uma lata de cerveja gelada na mão.
Eles são o casal perfeito do subúrbio e nem percebem isso. Só está faltando realmente um filho/a para terem a imagem perfeita de uma família tradicional. Mas até que um ser pequeno e inocente entre na vida deles, você é quem recebe essa carga por ser o mais jovem dos três ali. Sendo tratada na maioria das vezes como a filha adolescente dos dois. O que às vezes é legal, só que às vezes ele extrapolam somente com a superproteção, e te sufocam.
-Tava pensando em entrar e terminar o livro - Diz, erguendo o pequeno objeto em suas mãos - Tá muito barulhento aqui- Esclarece, apontando com a cabeça para a multidão de pessoas.
-Fica mais um pouco - Ele pede - Daqui a pouco vão trazer sorvetes para as crianças e eu quero aproveitar. -Ele diz a última parte sussurrando e arrancando uma risada sua.
Você concede a essa vontade dele (não por conta dos sorvetes, é claro) ficando por mais alguns minutos, e ele se senta na espreguiçadeira ao seu lado para te fazer companhia.
-Não fica brava, mas eu ouvi você conversando com sua irmã uns dias atrás - Ele comenta.- Sinto muito pelo término, o rapaz era gente fina.
-Obrigado - Você responde - Mas tá tudo bem, foi o melhor a se fazer. -Conclui.
-Não fica brava - Ele repete- com sua irmã, mas… ela meio que me contou o que aconteceu, no cinema - Ele diz, o que traduzindo, significa que sua irmã contou absolutamente tudo a ele.
-Claro que contou - Você diz sarcasticamente. -Eu sei que vocês querem me ajudar, dando todos esses conselhos e tals, mas eu não preciso disso. - Fala séria para Wagner - Ele me magoou, e eu não estou pronta para perdoá-lo ainda, ao menos é o que eu acho - Termina, sussurrando a última parte acanhada.
-Ainda tem raiva dele? - Questiona curioso.
-Um pouco - Você admite - Tenho raiva do que ele fez, raiva do que ele NÃO fez, e raiva de não ter ele por perto. Mas não posso deixar que esse erro dele passe em branco - Um grunhido feio escapa de sua boca - Eu quero ser como meus pais, ou como vocês dois - Aponta para sua irmã do outro lado da piscina - Quero ter um relacionamento perfeito com um cara que me dê valor. - Termina, relaxando os ombros.
-Eu sei que você pensa isso mas… eu e sua irmã não temos o relacionamento perfeito - Ele diz, arrancando um olhar curioso seu - Nenhum casal tem, na verdade, sempre vai ter brigas e desentendimentos, só tem que saber driblar isso - Ele finaliza.
-Vocês brigarem sobre quem paga a conta do restaurante não é necessariamente uma briga séria Wagner! - Diz revirando os olhos com o comentário dele. - Vocês saem juntos desde a faculdade, você foi o primeiro namorado sério dela e um príncipe encantado desde o começo - Começa a listar os fatos - Literalmente, vocês são o casal mais afinado que eu conheço.
Ele parece pensar bem em suas palavras, decidindo se deve ir em frente ou não com a discussão. E depois de pensar por alguns instantes, ele prossegue:
-Eu não fui necessariamente o cara mais legal de todos, muito menos a sua irmã - Ele começa - Eu sei que não parece assim, mas é a verdade.
-Como assim? Vocês não eram bons um para o outro? O que aconteceu? - Questiona, de repente muito interessada no que ele tem a dizer.
-Antes da gente namorar, muita coisa aconteceu. -Ele diz - Sua irmã partiu meu coração várias vezes, ela não só ficou com vários outros caras, como inclusive, ficou com meu colega de quarto na época. - Ele admite, tirando sarro da situação.
-O que? Mas como? - Pergunta, perplexa.
-Pois é - Ele diz - A gente tinha saído uma vez, e eu já tinha ficado louco por ela - Ele parece pensar, como se estivesse se lembrando do momento - No nosso primeiro encontro eu sabia que ela era a pessoa certa, mas ela não pensou assim - Ele faz uma careta com essa lembrança - E disse que tinha que ser casual, pois a gente era novo e ia conhecer muita gente ainda - Ele ergue a mão com a aliança de casamento - Obviamente, não foi casual pra mim, e depois disso, nos desentendemos bastante.
-Como vocês se acertaram? - Questiona, ainda mais imersa na história.
-O relacionamento casual não foi o bastante pra mim, então terminamos tudo - Ele conta, e você fica ainda mais chocada, pois nunca soube que eles já tinham terminado ou ao menos dado um tempo. Em sua cabeça eles sempre estiveram juntos e pronto. - Ela ficou com outros caras, eu com outras mulheres, mas eventualmente acabamos voltando um para o outro. - Ele te olha e suspira - Mas isso foi só depois de meses, e com muita conversa e comunicação. Foi assim que eu entendi que ela tinha medo de compromisso - Ele argumenta - Mas nesse meio tempo, nos machucamos bastante, não tem como apagar isso, o que nos resta é perdoar e seguir em frente.
-Eu…não sei, estou confusa agora - Admite, encolhendo as pernas e as abraçando conforme se encolhe na espreguiçadeira.
-Acha que sua irmã me ama? - Wagner questiona.
-Claro que sim! - Você responde na mesma hora.
-Exato! - Ele comemora- Ela cometeu um erro, mas nem por causa disso eu desisti dela. Eu a amo, vou a amar até o dia em que morrer, e mesmo tendo sido um inferno o tempo separados, eu passaria por tudo isso de novo se fosse pra ter ela no final. - Ele diz, e te dá um olhar que transmite sinceridade e verdade em suas palavras.
-Eu entendo que o perdão é importante. Mas em relação a voltar com ele, eu ainda tenho medo de acabar me machucando e me decepcionando no final - Confessa e olha para os próprios pés em desânimo.
-O seu problema com o Matias é porque você diz que ele não respeitou o compromisso do relacionamento de vocês dois, mas…vocês não estavam juntos oficialmente. -Ele aponta.
-Eu sei. - Você responde em um sussurro mal humorado.
-E ele te ver com outro homem também não ajudou. -Wagner continua, enquanto recapitula os acontecimentos - Não estou dizendo que ele fez as coisas certas, pois Deus sabe que vocês dois tem um problema enorme de comunicação, mas se não estão juntos, então não tem necessariamente que ser exclusivo. - Ele continua - Por isso que juntei as escovas com sua irmã o mais rápido que pude - Ele conclui, orgulhoso.
-A minha parte racional sabe disso. Mas a outra não.- Retruca - E o pior de tudo, de todas as pessoas, porque com ela?- Fala raivosa, se lembrando do rosto de Malena.
-Porque era o mais fácil- Ele responde - E talvez no fundo ele soubesse que era o que iria te machucar mais. - Wagner reflete, mais profundamente.
-Então ele conseguiu o que queria. - Diz emburrada.
-Mas você nunca fez isso, certo? Disse ou fez algo apenas para deixá-lo magoado. - Ele questiona, já imaginando a sua resposta.
A primeira coisa que vem à sua mente do que você fez (talvez mais egoisticamente do que propriamente para magoar Matías), foi o relacionamento com o Santi. Totalmente baseado na necessidade de preencher a sua solidão e se sentir desejada novamente, e o fato dele ser quem ele é, só ajudou em tudo. Mas não poderia mentir que adorava quando Matías ficava com ciúmes explícitos e o sentimento de poder que te trazia ao aumentar o seu ego. A segunda coisa que vem a sua mente, que com certeza você fez, apenas para vê-lo magoado e ferido, foi quando disse que amava Santi. Quando admitiu que seus sentimentos agora pertenciam a outro, mesmo quando não os faziam.
Essa mentira não iria fazer bem a ninguém, e você sabia disso mesmo quando a falou apenas para desfrutar de alguns segundos amargos de vingança e retorno. Você quis ver ele se sentindo um bosta. Você quis que ele se sentisse miserável quando te visse com outro. Que se sentisse traído e trocado, assim como você se sentiu. E pela primeira vez, você conseguia admitir isso, mesmo que só para você mesma.
-Talvez. - Diz vagamente, olhando para as crianças começando a se agitar.
Só então que você nota as moças começando a distribuir picolés e casquinhas de diversos sabores de sorvetes para os pequeninos ansiosos.
-Vocês são jovens, tem muito o que aprender ainda. - Wagner diz por fim, e se levanta, indo atrás de seu próprio doce antes que os mais novos acabem com tudo, e voltando minutos depois com uma casquinha do seu sabor favorito.
— —
Meia hora depois, mesmo contra os maiores esforços de Wagner, você acaba entrando em casa e se trancando no quarto. Não é como se os últimos dias tivessem sido muitos bons para colaborarem com a sua bateria social, então ele entendeu e te deixou ir, prometendo te trazer a sobremesa depois (o que você suspeitava ser ainda mais sorvete).
Mas o que você só queria mesmo, era assistir alguma coisa idiota, até acabar pegando no sono e capotar pelo resto do dia (já que sua leitura já havia sido jogada pelo ralo).
Pouco tempo depois, quando os seus olhos já estão pesados, tendo perdido o interesse pela tela do notebook no seu colo, que passava um filme há muito tempo esquecido, o seu telefone toca, e te acorda da sua quase bem sucedida soneca.
A sua mão viaja preguiçosamente pela mesa de cabeceira, apalpando todos os objetos, até encontrar finalmente o telefone vibrando e tocando alto:
-Alô - Você responde, com a voz ainda grogue de sono e sem se dar ao trabalho de ver quem era no visor do aparelho.
-Oi - Saúda a voz exasperada - Graças a Deus você atendeu, preciso falar com você - Continua a voz, soando aflita e nervosa.
Você desencosta o celular do rosto, e lê finalmente o nome na tela. Por um instante você pensou que pudesse ser Santi, com alguma emergência do trabalho ou algo do tipo. Ou até mesmo alguém de sua faculdade. Mas definitivamente não esperava que fosse ele.
-Fran? - Você pergunta - É bom você ter um bom motivo pra estar me ligando, eu estava quase caindo no sono. - O repreende, ainda frustrada pelo descanso perdido.
-É o Matías, ele… - Fran começa a explicar.
-Eu não quero saber! - Você o interrompe rudemente, antes que ele possa dizer mais alguma coisa - Nada do que diz respeito a ele me interessa. - Fala, levando a mão até o rosto, e limpando o queixo ao notar que tinha babado um pouco.
Maldito Matías que sempre arrumava um jeito de te irritar!!! E agora estava atrapalhando o seu sono também.
-Mas… - Fran tenta recomeçar, sendo mais uma vez interrompido pela sua voz impaciente.
-Mas nada Fran! - Diz brava - Ele pode cair duro agora, e ir se foder sozinho na casa do caralho que eu não me importo. Eu quero distância e voltar ao meu descanso merecido, pode ser? - Pergunta agressivamente, mas sem se importar com as consequências.Você tinha que admitir, a sua pessoa com sono ou com fome não eram as melhores versões de si mesma para enfrentar.
-Ele está no hospital, em estado grave. - Fran fala com a voz afetada - Mas beleza, bom descanso - Ele fala, e com isso desliga bem na sua cara.
O seu mundo cai com isso, conforme as palavras dele se repetem na sua mente sem parar, com você torcendo para que seja só uma pegadinha do seu subconsciente e que tenha ouvido errado. Foi tudo tão repentinamente que você mal tem tempo de processar o que está acontecendo antes que se encontre saindo da cama em um pulo, agora muito desperta, e retornando a ligação no mesmo instante, com esperança de que ele atenda no primeiro toque.
Por sorte ele atende e já começa a te jorrar palavras duras, que você sabe muito bem que são merecidas:
-Quer saber? Deixa quieto, eu nem sei porque te liguei, eu só entrei em desespero e você tá certa, você não tem nada haver com isso. Vou desligar. - Ele responde, agora mal humorado com o seu descaso anterior, e puto com o seu comportamento.
-Espera! - Você diz desesperada, com a voz começando a ficar embargada - Eu não quis dizer isso, eu sinto muito Fran - Diz verdadeiramente arrependida, e engolindo o nó em sua garganta, enquanto pula pelo quarto a procura de seus sapatos e sua bolsa - Mas como assim hospital? O que houve? Ele tá bem? - Começa a metralhar perguntas nele obsessivamente.
Sua cabeça só conseguia se perguntar em que merda Matías havia se metido agora para ir parar no hospital. Ainda mais em estado grave. Ele tinha caído de skate? Sofrido um acidente de carro? Entrado em alguma briga com alguém por pouca coisa? Há quanto tempo havia sido isso? Ele ia morrer? Eram um monte de perguntas sem respostas.
De repente o motivo de você estar brava com ele parecia tão insignificante que você nem se lembrava mais disso enquanto começava a se apavorar. E algo em sua voz deve ter mostrado o quão arrependida e preocupada estava, pois Fran decide dar uma trégua e deixar suas transgressões de lado, e começa a contar do ocorrido:
-Foi no jogo de Rugby, teve um acidente e ele se machucou feio. - A voz dele começa a falhar, e lágrimas começam a brotar de seus olhos, já sentindo o pânico começando a te dominar - Foi horrível, o osso ficou pra fora da perna dele, tinha muito sangue, e pra piorar ele ainda bateu a cabeça. - Fran termina, dando os detalhes dos acontecimentos.
-Meu Deus! - Exclama trazendo a mão ao peito, já sentindo ele doer fortemente conforme imagina a cena.
Você sempre odiou que ele jogasse Rugby por esse motivo. Era um esporte divertido e em equipe, mas tinha vezes que era muito violento, e implacável. O pensamento dele no gramado, com a perna machucada, com dor e sofrendo te fazem querer gritar e desabar em choro. Suas pernas neste ponto já viraram gelatina, a forçando a se escorar na cama para se manter de pé, e seu estômago começa a embrulhar com o sentimento se apossando de você.
Medo.
Muito medo.
Medo de perdê-lo e não poder dizer a ele como você realmente se sentia em relação ao mesmo.
Mas você tem que ser forte agora, por ele e pelos rapazes. Ir ver de fato o que houve e como ele se encontra agora. E você não vai encontrar essas respostas no seu apartamento.
-Me fala em qual hospital vocês estão, eu quero ver ele - Pede, terminando de calçar os sapatos, e encerrando a ligação após a confirmação de Fran do endereço.
— —
Você não teve tempo de avisar sua irmã ou Wagner do que havia acontecido, e também não queria incomodá-los quando você mesma não tinha ainda muitas informações do ocorrido, e preocupá-los também. Então, só foi rapidamente até a sala, pegou as chaves de Wagner no molho de chaves, e seguiu até a garagem onde pegou o carro dele.
Tecnicamente não seria considerado furto, já que o carro estava na vaga de garagem do condomínio que VOCÊ paga, e se fosse, esperava que Wagner entendesse a situação e te perdoasse por isso. Afinal, não é como se você estivesse se importando muito com isso agora de qualquer maneira.
Já no volante, as suas lágrimas borram sua visão do trânsito, as quais você limpa rapidamente com a mão, e amaldiçoa cada sinal vermelho que encontra no trajeto. Mas antes que possa ter um ataque, e acabar piorando as coisas, você finalmente chega ao hospital, e entra pelas portas quase correndo e não se importando em parecer maluca com o seu desespero, e falta de controle emocional. Após rapidamente pedir informações na recepção e ser levada à sala de espera, você avista os garotos mais ao canto.
Todos eles. Cada um deles.
Fran é o primeiro que te avista, provavelmente já esperando a sua chegada, e você não espera um segundo antes de se jogar nos braços dele em um abraço bem apertado. Ele fica surpreso de primeiro instante, mas não se afasta e nem se esquiva, rapidamente retribuindo o gesto, e te abraçando de volta.
-Você veio - Ele sussurrou ao seu ouvido, com o rosto ainda enterrado no seu pescoço.
-É claro que sim - Você diz de volta, se afastando um pouco para poder olhar bem nos olhos dele -Fran, eu sinto muito pelo o que eu disse antes no telefone. Eu não sabia, eu… é óbvio que eu não queria que isso acontecesse, é que…- Ele te interrompe.
-Eu sei. Pelo menos você está aqui agora.- Ele te acalma, e te solta para cumprimentar os outros meninos.
Todos estão com os rostos abatidos, preocupados e extremamente tensos com o que pode acontecer. Você os abraça e os consola, tentando convencer a si mesma e a eles de que tudo ficaria bem, enquanto tenta entender melhor o que houve. Eles te relatam sobre o jogo, o acidente e como vieram desesperados para cá. Eles não estão aqui há muito tempo, assim que chegaram Fran já te ligou e você veio correndo. Ou seja, eles têm quase tantas informações quanto você. Somente sabem que Matias teve que fazer uma cirurgia de emergência, e que vai precisar ficar internado, por conta do estado dele que no momento é grave.
-E a família dele? Você conseguiu contato? - Questiona, pensando em como eles estão agora, ou se já sabem dessa fatalidade.
Você nunca conheceu a família de Matías pessoalmente. Só sabia um pouco por conta de histórias e algumas fotos que o rapaz mantinha guardadas no apartamento. Fotografias dele, e do irmão mais novo, em um jogo de futebol em um dia quente, outra dele junto da mãe em um evento da escola, e algumas com o falecido pai em festas de família. Nada muito profundo. O mais perto que chegou de ter contato com eles, foi quando atendeu o telefone dele uma vez, e se deparou com a mãe dele do outro lado da linha.
Matías não tinha ficado chateado com isso na época, ele somente pegou o telefone depois, e explicou que a companhia feminina era apenas uma amiga que estava de passagem. Vocês nunca conversaram sobre isso depois do ocorrido. Ele estava claramente desconfortável com a situação, e você não quis se mostrar muito apegada ou grudenta.
Se ele quisesse que você conhecesse a família dele, ele teria feito acontecer. Será que Malena conhecia eles? Provavelmente. Mas não valia a pena se machucar pensando no quão mais longe ela foi do que você, quando o rapaz em questão estava todo ferido.
-Eu liguei pra mãe dele e contei para ela, então o irmão mais novo também já deve estar sabendo. - Diz Enzo, passando as mãos nervosamente pelo cabelo.
-Eles tão vindo pra cá? - Pergunta, se sentando ao lado dele na sala de espera.
-Vão pegar o próximo avião, mas não sei que horas vão pousar, provavelmente amanhã pela tarde, é um voo longo. - Enzo responde, vendo a hora e checando o telefone para ver se tem alguma atualização.
-Já tem uns quarenta minutos desde que chegamos aqui, ninguém vai vir nos avisar da cirurgia? Se deu tudo certo, ou o que tá acontecendo? - Esteban devaneia, começando a ficar irritado e bravo com a falta de notícias.
-Não sei - Fran responde - Eles já deveriam ter falado alguma coisa. Vamos esperar alguém passar e pedir informações. - Ele fala, levando a mão ao ombro do amigo, o pedindo para se acalmar.
Bem nessa hora, como que por milagre, uma enfermeira em trajes neutros brota, e passa ao lado de vocês. E não demora um segundo para decidirem abordá-la:
-Com licença, estamos aqui pelo paciente…- Esteban começa a falar, relatando os dados de Matías e outras informações para identificação.
-Ah sim - A enfermeira responde em reconhecimento - Ele está saindo de cirurgia agora. - Ela informa, olhando a prancheta em suas mãos à procura dos resultados dos procedimentos médicos - Conseguimos estabilizar ele com sucesso, e estamos o enviando para o quarto para que repouse e possamos acompanhá-lo pelas próximas horas. - Diz por fim, em uma expressão calma.
O alívio corre pela veia de todos vocês. Você não nota a lufada de ar que solta em uma expiração profunda, devido a respiração que estava prendendo sem nem ao menos notar.
Ele não está totalmente bem, mas ao menos já está fora de risco, e é isso que importa.
-A gente pode entrar pra ver ele então? - Simon pergunta, antes que qualquer um de vocês tenha a chance.
-Eu preciso ver com o médico e ver se ele autoriza a entrada de alguém - Ela diz, franzindo o rosto - Mas acho difícil, algum de vocês são familiares dele? - Ela questiona, arqueando a sobrancelha.
Todos negam com acenos de cabeça desanimados, sabendo que isso dificultaria mais a entrada de vocês.
Ela solta um suspiro baixo com isso - Tudo bem, vou chamar o doutor e ver o que posso fazer. - Ela diz prontamente - Assim, ele também pode explicar melhor como o paciente está, com licença - A enfermeira fala se despedindo, e logo em seguida, voltando à área médica.
A única coisa que restou para vocês fazerem, é esperar o retorno dela junto do responsável e torcerem para que sejam liberados para entrarem. Neste meio tempo, você tenta imaginar como ele está. Ele deve estar inconsciente, certo? Você esperava que sim. Pelo menos deste jeito, ele não sentiria dor.
Se ele estivesse acordado, ele gostaria de te ver? Ou pediria para que você se retirasse já que você só apareceu quando era quase tarde demais?
Antes que seus pensamentos possam te levar para mais longe, em um lugar mais sombrio e melancólico , o médico aparece, e vocês se levantam na hora para escutá-lo:
-Olá - O médico, que se trata de um senhor de meia idade e óculos grossos, diz os saudando - Desculpe a demora, mas peço que o paciente fique em repouso, e as visitas ocorram apenas aos familiares próximos no horário de visita - Ele responde sério, desapontando a todos vocês.
Você fica extremamente revoltada com isso. Óbvio que isso não era a culpa do doutor, e que para ele, isso já era procedimento padrão, mas ainda assim, o seu cérebro a mil por hora, assustado e inconsequente não se importava com nada disso.
Você queria vê-lo, estar perto dele, e tocá-lo, pois só assim você entenderia que ele estava realmente bem. Então com um olhar afiado, e língua mais afiada ainda, você o enfrenta, com ousadia e sem pensar nas consequências:
-Eu sou noiva dele - Você diz sem pensar duas vezes, fazendo os rapazes ao seu lado arregalar os olhos. - E eu quero entrar agora pra ver ele. - Diz autoritária, sem nem piscar ou falhar a voz.
O doutor fica surpreso com seu afrontamento repentino, e tenta remediar a situação com calma:
-Senhorita, entenda que é complicado, vocês estão noivos, então ainda não são tecnicamente “família”. - Ele tem a audácia de dizer, e ainda fazer aspas no ar.
-Isso é ridículo! - Você exclama alto, atraindo a atenção de todos, e decidindo ir mais longe - Eu estou carregando o filho dele em mim - Anuncia, e leva a mão dramaticamente a barriga- Tenha consideração pelo menos pelo meu bebê, o pai dele gostaria que estivéssemos perto dele neste momento. - Diz, e deixa as primeiras lágrimas escorrerem livres por seu rosto.
Os pacientes ao redor começam a olhar para a cena, lançando olhares feios ao médico e sussurrando palavras que com certeza não são nada amigáveis. O doutor rapidamente fica constrangido com a sua histeria, e toma a decisão de concordar com suas exigências:
-Tudo bem. A senhorita pode entrar. - Ele diz, com a mandíbula cerrada, obviamente a contragosto.- Só cinco minutos. - A adverte, e sinalizando para que você o siga.
Quando você começa o acompanhar, quase não nota as piscadinhas discretas que os rapazes te lançam, e o sussurro mudo de Fran em um “muito bem!” com a mão em um joinha para cima.
— — — —
O médico te deixa na frente da sala, te permitindo ter alguns minutos a sós com o seu “noivo”, mas te lembrando que os minutos são contados, quase ganhando um revirar de olhos seu, o que por pouco você consegue controlar. E assim que você passa pela porta do quarto de Matías, é como se o mundo parasse por completo, e o ar começasse a faltar em seu pulmões conforme se depara, e encara a cena avassaladora.
Parte de você esperava que os meninos tivessem exagerado e não fosse nada demais, talvez apenas um tornozelo torcido e alguns arranhões que precisavam de cuidados maiores. E mesmo tendo escutado os relatos, e a notícia da cirurgia, nada poderia te preparar para isso. Talvez fosse você e o seu otimismo cego os culpados de não quererem enxergar a gravidade da situação, até se encontrarem de frente com os estragos que elas causaram.
Ele estava horrível, e gravemente ferido.
Matías está, assim como você imaginava, inconsciente em uma cama, com os olhos pesados e fechados em um sono profundo, provocados pelos remédios circulando pelos tubos ligados ao braço dele. A perna direita (a que você supunha que era a que Fran tinha falado do osso para fora) estava engessada e coberta. A parte do corpo visível pelo roupão do hospital, mostra os membros com escoriações, arranhões e marcas causadas pela lesão. Atrás da nuca, você consegue ver um pouco do curativo feito ali. E a memória do Fran te falando que ele bateu a cabeça gravemente, e que não parava de sair sangue te assusta. O rosto dele está em uma expressão calma e serena, enquanto você o examina, com medo de se aproximar demais e ele quebrar.
Ele nunca pareceu tão pequeno e indefeso antes. Tão sozinho e vulnerável, que você não consegue evitar as lágrimas que brotam nos seus olhos quase que instantaneamente. O arrependimento se instaura no seu peito, junto com o instinto e vontade de querer protegê-lo e cuidar dele para sempre.
Você não consegue evitar quando sua mão vá de encontro a testa dele, afastando as madeixas de cabelos longos que estão grudados ali, devido ao suor e até mesmo um pouco de grama que você apostava que era do gramado do campo. Só de imaginar a cena te causava dor e agonia. Seus dedos se moviam lentamente e com cuidado enquanto fazia carinho no rosto do rapaz, como se de alguma forma isso pudesse o confortar e o ajudar a passar por tudo isso.
Seu toque é tão gentil, e cuidadoso, que por um instante é como se o tempo não tivesse passado e as duas pessoas nesta sala fossem os antigos vocês. As versões um pouco mais novas que tem medo de nomear o sentimento arrebatador que tem desde que se viram, mas que ainda assim sempre voltam e se entregam nos braços um do outro.
-Oi - Você fala, aproximando o seu rosto bem perto do dele, e sussurrando como se estivesse contando um segredo - Eu tô aqui - Você diz, apertando a mão dele e sem obter qualquer tipo de resposta ou estímulo do mesmo - E se quando você acordar, quiser que eu continue ao seu lado, eu vou - Promete, encostando a sua testa na dele, e engolindo um soluço devido ao pranto, querendo transbordar - Eu juro. - Fala por fim.
Depois disso, você gasta o restante dos poucos minutos que te sobram, falando como ele tinha deixado todo mundo preocupado, e que era pra ele acordar e melhorar logo para poderem ir pra casa. Não muito depois, uma enfermeira entra no quarto, anunciando o final do tempo estipulado, e te convidando educadamente a se retirar do quarto, prometendo que todos podiam vê-lo mais tarde.
Com um último olhar, você deixa o lugar, esperando que na próxima vez que entrasse ali, ele estivesse acordado, melhor, e positivamente querendo te ter ao lado dele.
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Demorou mas finalmente saiuuu, espero que tenham gostado. Até o próximo 💖, e feliz 2025 🙏🥳
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