#meninas ruivas
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instacrew · 2 years ago
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gt-icons · 1 year ago
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dopicons · 1 year ago
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venusnoturna · 2 years ago
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followpp · 9 months ago
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iconsxt · 2 years ago
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musastop · 1 year ago
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Venha me conhecer Melhor acesse meu conteúdo privado
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babyblue999 · 2 months ago
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eu querendo viver um amor maior que a vida nessa economia
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cncowitcher · 6 months ago
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📸┊ENSAIO FOTOGRÁFICO !!
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ᡣ𐭩 ─ agustín della corte × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: fofo. 🍬
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 652.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: oioi meus aneizinhos de saturno, como vão? abençoado seja esse homem, minhas irmãs 🥹🥹😭🙌🏽🙏🏽🙏🏽🙏🏽🛐🛐💞❤‍🔥❤‍🔥❤‍🔥❤‍🔥
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S/n já não estava mais aguentando ficar sentada naquele sofá, em silêncio, só observando o seu namorado posar para várias fotos há pequenos metros de distância dela. Agustín tinha insistido mais cedo para ela o acompanhar nesse ensaio fotográfico pois, segundo ele, estava muito nervoso para ser a capa de uma revista.
Mas com o tempo ele foi se soltando, conversando mais com as pessoas no estúdio e às vezes mandando piscadela para sua mulher quando as ajudantes da fotógrafa iam até ele, o ajudando e o enquadrando, fazendo S/n respirar fundo algumas vezes.
Não que ela tivesse ciúmes de ver algumas mulheres ─ quase da sua idade ─ retocando a maquiagem do seu parceiro ou indo até ele para arrumar a pose e postura do mesmo, nada disso. Era que realmente a brasileira não suportava sair de sua zona de conforto ─ se diz casa ─ e ter que socializar com pessoas quando sua bateria social se encontrava no zero, sem contar que parte do seu cansaço estava sendo culpa dos enormes artigos da faculdade que ela têm que entregar na segunda-feira.
A iluminação baixa criava uma perspectiva densa e provocante para as fotos daquele homem, E Agustín, não usando uma camisa para cobrir seus tronco, seus músculos sarados e fazendo algumas poses e expressões que qualquer um poderia ter uma segunda impressão, só fazia aquela interpretação se tornar real diante das poucas pessoas presentes no ensaio fotográfico.
─ Isso mesmo, Agustín! Agora quero que encare bem a lente da câmera e abrace seus ombros, inclinando um pouco seu corpo para frente.
Revirando os olhos para a fotógrafa ruiva e tatuada à sua frente, Della Corte revirou os olhos e sorriu para ela. Eles se conheciam praticamente desde a adolescência e com isso, se tornaram amigos.
─ Sabe Amanda, eu odeio quando me chamam pelo meu nome, não é, paixão? ─ Ele diz um pouco alto e observa sua namorada concordar com um sorriso pequeno nos lábios. ─ Parece que estão brigando comigo ou querendo julgar todos os meus antepassados!
Abaixando a câmera e se virando para S/n, Amanda começa a dizer enquanto apontava o indicador na direção de Agustín:
─ Ele é assim com você também ou é só comigo?
Começando a rir tímida, a brasileira responde:
─ Te garanto que comigo é bem pior. Teve uma vez que ele ficou sem falar comigo por praticamente um dia inteiro só porque eu o chamei pelo nome.
Se aproximando, já vestido com uma camisa preta, Agustín cruza os braços. Ele pega a bolsa do lado de sua mulher e estende a mão para ela.
─ Falando de mim na cara dura, que coisa feia gente… Da próxima vez tenta disfarçar né? ─ O argentino fala de modo descontraído, fazendo até as garotas da equipe, que estavam do outro lado do estádio, darem risada.
─ Ah sim, tá bem. Da próxima iremos disfarçar, Agus. ─ A fotógrafa concorda com a cabeça e sorri novamente, indo até S/n e dando um rápido abraço nela, depois em Della Corte. ─ Mando as fotos já editadas para você daqui alguns dias depois que minha equipe enviar para a editora da revista. Foi um prazer trabalhar com você novamente, coleguinha.
─ Igualmente, coleguinha. ─ Agustín sorri mandando um tchauzinho para as meninas antes de sair do estúdio acompanhado de sua mulher e entrar no elevador. ─ O que você acha de irmos direto pra casa, pedir duas pizzas, uma doce e uma salgada, um guaraná e assistir um filminho ou acabar aquela série que estávamos assistindo juntinhos, cariño mio?  ─ O argentino sugere fazendo uma voz fofa enquanto esfregava a ponta de seu nariz de leve no pescoço de sua garota.
─ Eu acho uma ótima ideia, Gus. ─ A brasileira sorri abraçando o mais alto, aproveitando aqueles segundos com o corpo dele a esquentando antes das portas do elevador se abrirem.
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zmarylou · 8 months ago
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ABIGAIL COWEN? não! é apenas MARY-LOUISE BECKETT, ela é filha de ZEUS do chalé I e tem 26 anos. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL TRÊS por estar no acampamento há DEZESSEIS ANOS, sabia? e se lá estiver certo, MIMI é bastante SAGAZ mas também dizem que ela é TURBULENTA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
BIOGRAFIA:
Mary Louise cresceu em uma pacata cidade do interior do Arkansas, sendo a filha caçula de um dos casais mais proeminentes da região. Sua mãe, Dhalia, de certa forma, sempre a menosprezou, fazendo-a sentir-se como um erro. Talvez isso se deva ao fato de que, toda vez que olhava para os olhos azuis da menina, tão límpidos quanto o céu, ela era confrontada com o seu maior erro: os casos extraconjugais com quem ela acreditava ser o homem dos seus sonhos. Mary Louise foi criada pelo famoso advogado Hector Beckett, que nunca desconfiou de que a menina, a quem tanto amava, não compartilhava seu DNA. No entanto, isso pouco importava para Hector; Mimi era e sempre seria sua filha.
As brigas constantes com seus irmãos muitas vezes serviam como pretexto para Dhalia usar como exemplo do porquê eles precisavam mandar a menina para um internato. E bem quando Mary-Lou completou apenas nove anos, sua mãe finalmente conseguiu convencer Hector a deixá-la fazer isso pelo bem da ruiva. No entanto, o que ninguém poderia esperar era que após uma turbulência violenta, o avião em que Dahlia e Mimi estavam simplesmente desapareceu no meio do oceano. Mas não era isso que Mimi lembrava. No meio do percurso para a Escócia, uma criatura horripilante arrancou a porta do avião, fazendo-o perder estabilidade. Mimi se recorda de tentar colocar o cinto de segurança e depois de ser sugada para fora do avião. Mas diferente do avião, ela não caía; era quase como se flutuasse.
Mimi foi despertada em Nova Iorque por um fauno, cuja essência forte tornou fácil encontrá-la. Assim, aos seus nove anos de idade, foi quando cruzou a fronteira e entrou no Acampamento Meio-Sangue pela primeira vez. Nos primeiros meses, Mimi queria muito tentar contatar sua família, para dizer que estava bem, mas compreendia o risco que isso representava para eles. Desde então, permitiu que todos no mundo humano acreditassem que estava morta. No acampamento, não demorou mais que um dia para ser proclamada por Zeus, o que acarretou a responsabilidade de honrar o nome do pai, que até então acreditava ser Hector. Confusa com tudo isso, Mimi concentrou toda sua energia em apenas uma coisa: tentar ser a melhor. No entanto, a busca pela perfeição apenas a levou a um lugar, a constante frustração de nunca ser suficiente.
Não demorou muito para que a filha de Zeus se apaixonasse e construísse uma vida para si mesma dentro do acampamento. As missões, tudo parecia ir bem, mesmo diante de todas as profecias. No entanto, o que Mimi nunca poderia se preparar foi para perder seu melhor amigo e namorado, Carter, filho de Morfeu. Os semideuses estavam em menor número e toda a equipe deles também morreu. Finalmente, Carter e Mary-Louise conseguiram derrotar o minotauro, mas Carter não resistiu aos ferimentos. Mimi carregou o corpo de Carter de volta até o acampamento e, desde então, nunca mais cruzou a fronteira mágica.
PODERES:
manipulação do clima; capaz de sentir, alterar e controlar o clima, ou seja, os padrões meteorológicos, podendo manipular diversos elementos relacionados ao clima (como ar, água e eletricidade) sob diversas formas, bem como causar mudanças de precipitação, umidade, temperatura e pressão atmosférica. Com isso, ele é capaz de dar origem a diversos fenômenos da natureza (como fortes chuvas, vendavais, nevascas, etc.) e controlar a intensidade do clima
HABILIDADES: fator de cura e agilidade sobrehumana.
EXTRAS: perdeu a parte inferior de sua perna esquerda quando juntamente com sua equipe resgatou o grimório de hécate.
BENÇÃO DE MORFEU:
No dia em que Mary-Louise Beckett perdeu o amor de sua vida, Cárter, a filha de Zeus chamou a atenção de Morfeu, o deus dos sonhos. Após vingar a morte do filho de Morfeu, Mary-Louise fez questão de honrar seu amado, levando seu corpo de volta para ser sepultado com as honras que merecia. Impressionado pela sua determinação e pela dor que ela suportou, Morfeu decidiu recompensá-la de uma forma especial. Mary recebeu uma benção única de Morfeu para sua proteção. Sempre que se encontra em perigo, os poros de sua pele exalam uma toxina de cheiro doce e floral com propriedades extremamente calmantes — quase dopantes — induzindo qualquer um que inale seu aroma a um sono profundo. Essa benção se manifesta automaticamente em situações de extremo risco ou quando a semideusa sente que esta em perigo, servindo como um escudo invisível que a protege, levando seus adversários a um estado de tranquilidade e sono, oferecendo a Mary uma chance de escapar ou reagir.
ATIVIDADES: Líder da equipe vermelha de arco e flecha e patrulheira.
ARMA:
caellus; O colar mágico azul é delicadamente entalhado com padrões intrincados, brilhando com um tom celestial que lembra o próprio céu. Ao ser puxado do pescoço, ele se transforma em duas espadas deslumbrantes, banhadas em ouro imperial, cujos detalhes azuis se assemelham à vastidão do firmamento.
INFO: soon.
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misshcrror · 3 months ago
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              𝐇𝐎𝐔𝐒𝐄 𝐎𝐅 𝐇𝐎𝐑𝐑𝐎𝐑: ──── YASEMIN's point of view ;
All the circling lights, blind me and then my eyes got used to the darkness.
//. Esse é um pov de desenvolvimento de poderes.
A primeira vez aconteceu uma noite antes de irem para a ilha de Circe. Naquela noite, Yasemin foi atormentada por um pesadelo em seu chalé. As imagens eram tão vívidas, tão reais, que ela se sentiu completamente presa dentro do sonho. Joseph que estava dormindo ao seu lado naquele dia, percebeu o tormento dela e tentou acordá-la, mas foi fechado por sombras que surgiram do nada. Quando finalmente acordou, ele estava desesperado e a ruiva não sabia o que havia acontecido. O olhar do filho de Poseidon foi o suficiente para que ela soubesse que algo estava muito errado, mas, na época, ambos preferiram acreditar que o pesadelo e as sombras estava relacionado a Hécate e optaram por não contar a ninguém.
O segundo incidente foi menos assustador, mas ainda confuso e incerto. Acontecendo já na ilha, durante uma ida ao tobogã, depois de uma das aprendizes de Circe apressarem todo mundo a descerem, Yas foi e logo em seguida já ouviu Tadeu sendo levado a descer também. Isso gerou emoções demais em si que acabou deixando o rapaz preso em volta de sombras que surgiram. O incidente foi visto por diversos semideuses e a filha de Deimos se sentiu completamente constrangida.
O terceiro episódio foi ainda mais alarmante. No terraço da ilha, enquanto tentava usar seus poderes em Maya já que ambas costumavam praticar as habilidades juntas, as sombras surgiram novamente, escapando de seu controle mais uma vez. As sombras pareciam responder diretamente às suas emoções e intenções. Sendo assim, julgou que era claro que não eram simples coincidências, e Yasemin estava cada vez mais consciente de que aquilo era um poder novo ou simplesmente ganhou uma maldição sem saber. Havia ofendido tanto os deuses em sua mente nesses últimos meses que não seria tão impossível assim receber uma maldição sem seu conhecimento.
O quarto e último episodio (até então) surgiu no fechamento da fenda, mas para esse Yasemin já estava um pouco mais preparada. As sombras se uniram e surgiram outra vez, atrapalhando alguns campistas próximos e só surgiram quando perdeu o controle de suas emoções mais uma vez. Foi ao ver sua irmã sendo atacada pela Hidra pois antes disso, se sentia no controle e então sabia que iria precisar de muito treino.
Dessa vez, não teria Deimos para ajudar.
O treinamento intenso com seu pai divino, que a retirava do acampamento para sessões exaustivas e rigorosas, tinha preparado seu corpo e mente. Desde jovem, ela foi treinada por Deimos para enfrentar os piores horrores do mundo. Ele a forçava a enfrentar seus medos mais profundos e a lutar até a última gota de energia. A turca se lembrava das noites em que mal conseguia ficar de pé, mas o pai a empurrava para ir além. Talvez por essa razão fosse tão viciada em treinos. Ele a ensinou a focar, a canalizar sua força, e a não se deixar dominar pelas emoções. Sabia que agora iria precisar se lembrar de tudo, mesmo que uma parte de si procurou esquecer alguns treinos devido ao temor que sentiu. Era apenas uma menina, afinal. Precisava ser forte, precisava estar no controle. E, acima de tudo, precisava confiar em si mesma, algo que a deidade sempre havia insistido. Agora, mais do que nunca, ela compreendia o que o pai quis dizer na época.
Somado a isso, seus amigos estavam caídos no submundo, presos em um lugar onde sabia que não poderiam sobreviver, e a culpa por não ter conseguido salvá-los a matava por dentro. Ela não conseguia parar de pensar em como poderia trazê-los de volta, em como poderia salvá-los, mas para isso precisava estar sob controle. Sabia que, se quisesse salva-los, precisaria estar em sua melhor forma, completamente em controle de si mesma e de seus poderes. Caso contrário, seria um perigo tanto para si mesma quanto para os outros. E jamais iriam permitir que ela saísse em uma missão de resgate daquela maneira.
Yasemin sabia que precisava de orientação, e, apesar de sua confiança em Quíron estar um pouco abalada após os últimos meses, no fundo ela reconhecia e sabia que ele era a melhor pessoa para ajudá-la nesse momento e que a intenção do centauro era sempre o melhor para todos os semideuses ali. Sem rodeios, Yasemin o procurou e explicou todos os incidentes, e em como sentia que poderia acabar se descontrolando outra vez. Era difícil para ela admitir que algo estava errado, mas sabia que precisava ser honesta consigo mesma e com Quíron. Ele se mostrou preocupado e a aconselhou a manter anotações detalhadas sobre o que estava experimentando, a observar e registrar cada mudança por mais insignificante que pudesse parecer. O diretor recomendou que a ruiva intensificasse seus treinamentos, tanto sozinha quanto acompanhada de outros que possuíam poderes semelhantes. Automaticamente pensou em Nico, Damon e Remzi. Sabia que haviam mais, mas foram os primeiros e seria por eles mesmo que procuraria, a principio.
A preocupação com seus amigos pesava sobre a filha de Deimos, precisava ajuda-los. Agora havia um propósito claro em sua mente: ela precisava se fortalecer, evoluir, para poder resgatá-los. Não havia tempo a perder. Ela precisava salva-los. Porque falhar não era uma opção. Não para ela. Não para aqueles que ela amava.
@silencehq.
semideuses citados: @d4rkwater, @nemesiseyes, @mayafitzg, @sonofnyx e @bakrci.
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instacrew · 9 months ago
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gt-icons · 9 months ago
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dopicons · 1 year ago
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followpp · 8 months ago
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aidankeef · 5 months ago
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P.O.V Flashback - Family Problems
Uma carta deixada sobre a cama. Sem remetente, apenas com o destinatário. O envelope delicadamente colado, sem deixar qualquer rebarba.
O selo Hermex de envios feitos por mortais. O conteúdo da carta era peculiar:
"Aidan, me encontre no arco, domingo, 7 de julho, às 10:00hrs da manhã."
O filho de Ares fitava os escritos como se houvesse algo a ser desvendado ali. Uma mensagem subliminar ou um traço da identidade do escritor, qualquer coisa era melhor do que o enigma perante seus olhos. Não havia obtido dias de paz desde que retornou em definitivo para o acampamento e aquela carta parecia um convite para um novo problema que, ao menos, parecia opcional.
Ele poderia muito bem ignorar aquela carta, jogar o envelope no lixo e seguir os seus dias no caótico acampamento meio sangue, pois entre traidores e assassinatos, existia espaço para os dramas pessoais de cada um.
Mas nós sabemos, o que há de corajoso em Aidan, há de curioso. E ele não perderia aquela fofoca.
Durante a noite do dia seis, cogitou não ir. Guardou a carta entre as páginas de seu diário e se deitou. A cabeça parecia pequena para tantas hipóteses que surgiam perante seus olhos.
E se fosse alguém relevante?
E se fosse uma proposta dos antigos parceiros de profissão?
E se fosse um informante com detalhes sobre o traidor?
Quando deu por si já estava vestido com o uniforme dos patrulheiros, guardando a nova espada em sua cintura e ajustando o colete em seu peito. Lá estava ele, uma hora antes do programado.
O local escolhido parecia muito simbólico para Aidan. O arco era próximo da fronteira, um monumento rochoso criado com a estética grega a qual todos esperavam, os dizeres entalhados no topo pareciam estranhamente cintilantes naquela ocasião e as tochas que rotineiramente iluminavam aquela entrada já se encontravam apagadas. Um espaço de chegadas e despedidas, onde tantos semideuses adquiriram uma nova carga de responsabilidades e experiências, onde deixavam suas versões mortais para trás.
O filho de Ares encostou as costas no pilar, com os olhos fixos na fronteira, esperando que algo ou alguém se aproximasse, convicto de que, seja lá o que fosse, não o veria ali, mas ele poderia ao menos sanar as dúvidas acerca da autoria daquele convite.
Aos poucos notou que alguém se aproximava em passos lentos, poucos minutos após o informado. Aidan sempre valorizou a pontualidade, mas naquele cenário, podendo obter algo inesperado da vida, optou por permanecer.
Manteve os olhos fixos nas silhuetas que caminhavam em sua direção e, conforme se aproximavam, conseguia precisar mais características daquelas pessoas. Duas adolescentes, consultando um celular e discutindo entre elas se estavam no local certo. A mais baixa, que possuía fios cacheados e ruivos, carregava um colar chamativo com um pingente espiritualista e vestia uma roupa hippie típica dos anos setenta, já a mais alta possuía cabelo ondulado e escuro como a noite, seu olhar castanho era estranhamente familiar, carregava nas mãos um caderno antigo, bem junto ao corpo, como se ali houvessem segredos sagrados.
A imagem era peculiar para Aidan que, ao cogitar se tratar de uma emboscada, puxou sua espada e preparou-se para o contato, mesmo temendo pela ação tão isolada em um local distante dos demais. Seu movimento foi suavizado ao ver a infantilidade descrita nas expressões das meninas. Eram inofensivas ao ponto de tropeçar nas raízes altas do pinheiro que estava em seu caminho, ingênuas o suficiente para gargalharem, no meio de uma floresta fechada, como se o ambiente fosse seguro para isso.
Elas eram apenas duas meninas que procuravam por algo.
"Espera! É aqui!" A ruiva alertou quando estava há alguns passos de distância da fronteira. "Ela tinha dito que era só vir aqui nesse horário e falar."
"Olha Ellie, eu entendo que você goste da minha mãe, mas... Não acredito em tudo aquilo que ela diz e você também não deveria." A morena parecia incerta com a aproximação, um tanto apreensiva com os próximos passos. "Ela não diz coisa com coisa e..."
"Você só precisa tentar. Só isso. Ela disse que precisava da nossa ajuda e já estamos aqui, viemos de muito longe apoiando os desejos dela e esse é o momento. Ela pode ter uma boa memória aqui, pode ser um local importante de fato para ele."
"Importante? Nada parece importante para ele!"
"Por favor... Tente."
Um longo suspiro.
Aidan guardou a espada em sua bainha, caminhando para perto da fronteira, com os olhos vidrados naquela dupla tão peculiar. A morena aparentava possuir uma mescla conhecida de emoções, insegura e raivosa, abraçando o caderno contra o peito e olhando na direção do filho de Ares, como se pudesse vê-lo ali. Por um segundo o fez questionar se, de fato, ela estivesse enxergando o guerreiro por detrás da névoa.
A menina pareceu reunir forças, motivada pelos olhares afetuosos da ruiva. Mais um suspiro e iniciou.
"Olá Aidan. Meu nome é Nessa, Nessa O'Keef. Sou sua irmã. Estou aqui pois mamãe. Ela está internada em um hospital psiquiátrico depois de ter um episódio psicótico grave e... Ela acredita que você está vivo e que merecia saber sobre a vida dela."
As pernas do filho de Ares enfraqueceram momentaneamente com as informações, sentindo o amargo das informações atingirem seus estômago em cheio.
Quando saiu de casa aos treze anos de idade, em busca da segurança incerta das ruas, não mais teve contato com sua mãe ou com o universo familiar. Até então, acreditava que sua mãe finalmente teria encontrado a alegria em viver com o homem que havia escolhido, que havia apagado de vez os rastros da existência de Aidan e que jamais teria se importado com o primogênito já que a mulher jamais abriu queixa de seu desaparecimento, um procedimento esperado por alguém que exercia poder sobre o adolescente. Impactado, Aidan encarava sua irmã mortal, boquiaberto, imóvel.
"Eu não consigo entender o motivo pelo qual foi embora, o motivo de ter abandonado a gente. Você me salvou sem nem ao menos saber que eu estava na barriga da mamãe, você poderia ter aguentado mais, ter ficado até o meu nascimento, poderia ter me conhecido, ver como as coisas mudaram... Mas você sumiu." A voz da adolescente ficou embargada, trazendo um choro selvagem para sua face. "E eu não era o bastante para ela. Mamãe enlouqueceu por isso, começou a falar sobre lendas, sobre o seu pai e sobre o amor dela por vocês. Ela se tornou hipocondríaca, sempre medindo minha temperatura, sempre me chamando pelo seu nome, sempre perguntando sobre sintomas imaginários. O meu pai foi embora antes do meu nascimento, ele não aguentou ver ela nessas condições. Foi o começo do fim, Aidan. Ela enlouqueceu completamente, dizia que íamos fugir com o seu pai, que ele vinha visitar ela durante a noite, que trazia informações sobre você... E ela chorava muito, Aidan. Ela chorava querendo você. Ela chora até hoje querendo você."
O filho de Ares permanecia estático.
As lágrimas não conseguiam despencavam dos olhos marejados, os pés pareciam concretados no chão, a mão apertava o cabo entalhado de sua espada, questionando mentalmente se existia veracidade em cada uma daquelas palavras, se poderia levar em conta aquele discurso tão emotivo sendo proferido por uma adolescente que deveria ter a mesma idade que ele à véspera de seu desaparecimento. Mas era impossível que houvessem inverdades ali. As inúmeras dificuldades vivenciadas por Nessa e por Aileen, Aidan via honestidade nos olhos escuros da menina, uma honestidade brutal.
"Eu sou uma idiota por estar aqui, uma idiota! As coisas seriam mais fáceis se você estivesse comigo e você não está. Você nunca esteve." Ellie se aproximou de Nessa, trazendo-a para um abraço acolhedor, mas foi recusada pela garota que, secando as lágrimas, permitiu que o semblante triste se transformasse em ódio. "Tudo isso por sua causa. Você nunca ligou pra ela, nunca! Ela perdeu décadas da vida dela escrevendo um diário pra você, uma vida de fantasias para um filho morto!"
O caderno, antes agarrado em seu peito, foi lançado na direção da barreira, atravessando o perímetro mágico e colidindo contra o arco ao lado do semideus, que permaneceu mudo.
Sua cabeça era inflada com inúmeros questionamentos, compartilhando da dor da irmã mais nova que chorava ruidosamente com o próprio desabafo. Pôde ouvir, dentro de si, a intuição apontando o caminho para as respostas. Aidan desviou os olhos dos rosto da irmã por um segundo, encarando o diário no chão, com folhas sobressaindo entre as páginas, demonstrando que haviam documentos soltos entre os papéis.
Nessa tornou a discorrer sobre as experiências, sobre as angústias e sobre as pequenas conquistas que surgiram no percurso, mas ressaltava o tempo todo o possível falecimento de Aidan, provavelmente a desculpa apresentada pelo padrasto do filho de Ares.
Aidan piscou finalmente, deixando que a cachoeira corresse livremente, cada vez mais afoito, se aproximando da barreira mágica com temor. Dentro de si, implorava para que o domo mágico caísse momentaneamente, que por um segundo pudesse cruzar a proteção para abraçar Nessa e conduzi-la para debaixo de suas asas, onde protegeria ela do mundo e do caos, podendo resolver as pendências que a assustavam. Sequer reparou quando começou a implorar pela piedade de Hera, sua avó divina, rogando para que ela cuidasse de Nessa e de Aileen como cuidava de Aidan. Quando deu por si estava ali, de joelhos, prostrado perante a irmã, compartilhando da dor que se instalou no local.
Chorou pela sua criança interior. Chorou com a culpa, o medo, a raiva e todos os sentimentos conflitantes que habitavam em sua cabeça. Chorou, chorou e chorou, ao ponto de não notar que Nessa foi conduzida para fora da floresta, longe de seus olhos.
Ao se recompor, agarrou o diário de sua mãe nas mãos, folheando as páginas e se deparando com a vastidão de detalhes descritos nas folhas. Secou as lágrimas, recolheu seus pedaços e retornou para o seu chalé, guardando o diário em sua gaveta, esperando pelo momento em que iria ler aqueles escritos.
Sua história seria recontada.
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