#me and you. duas armas de coração
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kanene-yaaay · 3 months ago
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*taps mic*
I'll send another ask with actual content as soon as I finish what I'm doing but for now this is an ask just for you to work on the thing you gotta do. Take it easy and try not to stress about it too much, treat yourself nicely while you do this crappy thing. You're a very dear friend so don't you mistreat my friend 🔫
-@squeaky-n-blushy
SQUEAKY <3 <3 <3 Hiii
Bruh I finally got like 3/4 of this thing aaaaaaa I think that I can peharps finish it today and have tomorrow free to do my other works, let's go!! <3 thank you for your asky I am hugging it <3 <3
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kathelovecatsandfeminism · 4 months ago
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It's never over - Rhaenyra Targaryen x reader
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disclaimer these gifs are not mine, they belong to @targaryensource and divider @dingusfreakhxrrington
Resumo: Rhaenyra Targaryen x fem reader; Lover, You Should've Come Over; a rainha simplesmente vai buscar a mulher dela; angst and happy ending; não revisado ainda.
This story can be read alone but it is also a continuation of my other three works, but especially Place where I belong
So take a look if you want!
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"So I'll wait for you, love And I'll burn Will I ever see your sweet return? Oh, will I ever learn? Oh-oh, lover, you should've come over 'Cause it's not too late"
A Rainha Negra e Syrax cruzaram o céu nebuloso do vale, se forçando contra o vento gelado que vinha de longe e lhe queimava a face. Era seguro afirmar a tormenta no peito de ambas, voavam de forma agressiva e imponente, e embora não fosse possível ouvir sempre que Syrax bradava ao alto era acompanhada por Rhaenyra, um grito alto e raivoso por liberdade das malezas que a cercavam. Daemon causara uma baixa significativa nos verdes, mas sua própria queda era bem mais custosa. Jacaerys era um bom menino, um bom homem agora e viria a se tornar um bom rei, mas estava ferido e como mãe não conseguia não poupar a cria, ele era o seu futuro também. Seus homens a enxergavam como suas mães e filhas, não como regente, se amargurava do pai por não ter à criado com um rei. O pior? temia perder a guerra e com ela a cabeça.
Eram todos bons motivos e boas desculpas para buscar Maryssa, mesmo que a ideia não lhe trouxesse alegria, mas uma velha melancolia abafada pela urgência de possuir ao seu lado uma estrategista de guerra a qual confiaria a própria vida
Não podia causar uma grande comoção com sua chegada e não poderia correr o risco de ver suas crianças, apenas inflaria o medo e dor em seu peito, muitas perdas. Sobrevoando próximo ao ninho da águia começou a silenciosamente, agora, rondar os transeuntes. De fato, era um recanto de paz e pouco demorou para do alto reconhecer um ponto em movimento na paisagem, vinha das colinas a cavalo, ao se aproximar mais o fantasma de um sorriso surgiu em seu rosto, conhecia o balançar daqueles cabelos de longe....Maryssa.
Com a aproximação da grande criatura nos céus, Maryssa percebeu e olhou para cima, por um segundo temeu a invasão, mas mesmo ao longe reconhecia aquele dragão, voara nele há muito tempo abra��ada a cintura de sua rainha, parecia ter sido em outra vida e talvez fora.
Maryssa desceu de seu cavalo, o amarrou em uma grande pedra, deu mais alguns grandes passos e esperou o pouso.
So I'll wait for you, love And I'll burn Will I ever see your sweet return? Oh, will I ever learn?
Rhaenyra pousou a certa distancia e caminhou em sua direção em passos largos. Agora, frente a frente, apenas com uma pequena distância entre elas, Maryssa não sabia como reagir, o que poderia trazer a rainha aqui? A derrota e a busca por fugir com seus filhos? Pois ela não parecia a mesma, mais triste e cansada, abatida.
O silencio não durou muito. Abruptamente a rainha fechou a distância, tomou seu rosot confuso nas mãos e com os olhos mais suplicantes e voz tremula pediu
“eu pre-ci-so de você ao meu lado mais do que nunca” Maryssa juntou suas mãos às dela. Isso era sério.
“o que lhe aflige, minha rainha?”
“sinto que vamos perder-“ foi cortada
“Não diga isso” pôs seus dedos sobre os lábios machucados de frio da Targaryen “possui um exército e homens leais”
“nós duas sabemos que nem sempre isso é o bastante” disse afastando a mão “todos os dias tenho lembrar a todos, inclusive a alguns dos meus de me temerem, é cansativo ser a rainha que não querem mas que precisam e eu nunca estive tão só, Maryssa, preciso de minha mão direita, de uma senhora de armas, de uma amiga para me apoiar quando eu ameaçar a ruir, que me faça enxergar a coroa acima da minha dor.....eu preciso de você de volta.....mesmo que eu já não possua um lugar em seu coração”
Rhaenyra com olhos altivos varria o rosto de Maryssa, que agora segurava as mãos, atenciosamente. Está estava confusa, o tom utilizado foi forte, de governante, ela havia de fato endurecido durante esse tempo, sabia que jamais recusaria uma ordem de sua rainha, mas mesmo assim não sabia como responder à sua Rhaenyra, cuja a voz vacilou em meio a tanta firmeza.
Notando a hesitação, a rainha largou as mãos e deu as costas suspirando “não se preocupe, não voei até aqui esperando sua pena ou que pudéssemos voltar ao que éramos, pois que se dane se esse amor se assim quiser, lady Maryssa “a firmeza se tornou grave e as palavras quase cuspidas “preciso de lealdade e força para se juntar a minha e não há outra pessoa mais apta para isso”
Virando-se novamente em busca de resposta se deparou com sua lady de joelhos com sua velha lamina sobre cabeça, aquela que carregava na cintura, seus olhos fitavam a o chão enquanto falava “já lhe ofereci minha espada em sinal de lealdade uma vez, hoje sob esse céu e sobre essa terra eu faço melhor” confusa Rhaenyra lhe ofereceu ajuda para levantar e sem que ao menos percebesse ela lhe cortou a palma da mão esquerda, rapidamente Maryssa afastou a retaliação fazendo um corte gêmeo em sua palma direita e tomou a esquerda da rainha em um aperto forte “lhe ofereço em sinal de lealdade meu sangue, a minha vida”
A rainha havia encontrado o que tinha vindo buscar, quis sorrir, mas não era o momento, se conteve em apenas se oferecer para fazer uma bandagem em ambas as mãos feridas. Duas marcas que atravessariam o tempo as unindo, queria sonhar com as implicações disso
“alguém sabe da vinda de vossa alteza?” perguntou enquanto a outra lhe enfaixava a mão
“cuidei para que não” a interação parecia artificial ainda, como se pisasse em gelo fino
“e quem irá assumir a responsabilidade pelas crianças?” se permitiu sorrir de leve “a cada dia se parecem mais com a mãe”
A rainha dragão se permitiu ao mesmo, porém de forma mais tímida, sentia tantas saudades delas “princesa Rhaena, mandarei uma carta quando voltarmos. Precisa pegar algo no castelo? Pois se for comigo partimos agora”
Havia tanta pressa e agitação, apesar dos motivos de sua partida, queria abraçar e beijar aquela mulher, expulsar a dor que via em seus olhos, mas não havia tempo para isso durante a guerra, apenas as lembranças servem de acalento.
A Targaryen se pôs a frente andando em direção a Syrax, vez ou outra olhando para trás de soslaio, temia ser um sonho, uma vontade gritando do inconsciente, mas ela estava lá lhe lançando um olhar de reconhecimento.
Subindo com ajuda de Rhaenyra, Maryssa se colocou atras dela e suavemente envolveu com os braços a cintura da rainha, se aproximando e apertando forte. Nada foi dito, mas a rainha suspirou alto e soltou o som de uma risada sufocada. Possuía muitas esperanças para o fim da guerra.....uma delas com certeza era reconquistar aquela que a abraça com tanta ternura.
"It's never over My kingdom for a kiss upon her shoulder It's never over All my riches for her smiles When I've slept so soft against her
It's never over All my blood for the sweetness of her laughter It's never over She is the tear that hangs inside my soul forever"
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Please let me know if you liked it!!!
xoxo!!
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tadhgbarakat · 2 months ago
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𝒕𝒉𝒊𝒏𝒈𝒔 𝒘𝒆 𝐥𝐨𝐬𝐭 𝒕𝒐 𝒕𝒉𝒆 𝐟𝐥𝐚𝐦𝐞𝐬.
─── you were 𝑏𝑜𝑟𝑛 𝑤𝑖𝑡𝘩 𝑛𝑜𝑡𝘩𝑖𝑛𝑔 and you 𝑠𝑢𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝘩𝑒𝑙𝑙 have nothing now.
Havia uma goteira na sala.
Mesmo enquanto o interrogador falava, aquilo era só o que era capaz de notar. O som interrompia o questionamento a intervalos regulares como um metrônomo, ditando o ritmo de seus pensamentos, seus batimentos cardíacos, sua respiração. Como uma melodia, o destilar de cada goda o ancorava ao momento presente mais do que quaisquer palavras.
Não o havia notado de início. A princípio, mesmo sua percepção aguçada o havia traído: deixado a sós na sala por mais de uma hora, o palpitar de seu coração havia abafado quaisquer outros ruídos. O próprio inalar e exalar soava ensurdecedor. Segundos se transformaram em minutos, até que os instintos nele incutidos por anos de treinamento vieram à tona: com as palmas das mãos sobre a mesa e viradas para cima, fechou os olhos e abriu todos os demais sentidos. A presença de Buruk era como uma extensão da própria consciência, suas emoções um espelho, e separá-los fisicamente pouco havia feito para distanciar o vínculo que os unia.
Quando o investigador-líder por fim o agraciou com sua presença, não tardou a perceber que a estratégia de o fazer esperar não o havia desesperado. Acomodado na cadeira de madeira como se em sua própria casa, Tadhg parecia quase entediado enquanto o aguardava, o semblante uma máscara de calma glacial. Com sua camisa parcialmente desabotoada e os cabelos ainda por pentear, aqueles eram os dois únicos sinais de despreparo que tinha a ofertar, ambos um produto do horário escolhido. Havia desamarrado os cadarços de seus coturnos enquanto desperdiçava o começo de sua manhã, e ofereceu um sorriso em vias de bom dia ao reconhecer o rosto familiar do interrogador. Não era seu primeiro encontro com a lei, e dar-lhe tempo para recobrar o controle havia sido o erro número um.
Cada pergunta lhe pareceu rotineira. Onde você estava no momento em que o incêndio começou? Deitado. Você notou algo incomum? Não. Ao chegar na terceira, seus olhos se estreitaram.
Você notou algum dos dragões agindo estranho no dia do incêndio?
Aquela era a primeira pista. Não o surpreendia que o Império quisesse culpar os montadores e seus dragões incontroláveis – era a narrativa perfeita. Dado o histórico de sua própria montaria, sabia o que viria a seguir, e foi apenas por isso que deixou as respostas curtas de lado.
Ajustou a própria postura como se por fim estivesse pronto para levar a entrevista a sério. Ao abrir a boca e dizer mais do que duas palavras pela primeira vez desde que havia sido escoltado até a sala, o fez de maneira intencional. ❛ Poderia me trazer um copo d'água, por favor ? ❜ Foi o pedido que fez, mantendo a neutralidade frente à pergunta escolhida para o testar, as boas maneiras que havia aprendido em sua infância em meio a nobreza se convertendo em arma. Por um par de segundos, só o que o entrevistador fez foi o encarar em silêncio, como se para quebrá-lo sob a intensidade de um olhar autoritário. Notando que a tática não seria efetiva, por fim o ato de policial mau foi deixado de lado.
Com ambos partindo da neutralidade, era hora de uma conversa franca.
Duas eram as certezas que tinha: Burukdhamir era inocente, e era também o suspeito perfeito para uma investigação criminal. Sabendo do histórico do dragão que era seu assim como era dele, Tadhg estava determinado a não deixar que o culpassem.
Catalogou cada um dos fatos que se lembrava em uma lista mental, e então a compartilhou em voz alta. Estava na cama quando o cheiro de fumaça permeou a ala de dormitórios. Buruk estava empoleirado em uma das torres do castelo o guardando até que pegasse no sono. Sim, ele tinha certeza. Em um momento fazia silêncio, e no seguinte ouviu o primeiro dos gritos. Sua primeira preocupação foi com Roya, a gata calico que havia adotado para preencher sua vida esvaziada pelo luto. Colocou-se de pé, dando-se ao luxo de calçar as botas e vestir um casaco antes de deixar o conforto do próprio quarto com a gata em seus braços, sabendo que a neve espessa do lado de fora o queimaria tanto quanto as chamas. Encontrara com os amigos já do lado de fora, enquanto as chamas lambiam as paredes do castelo e consumiam tudo o que não era feito de pedra. Os professores os haviam agrupado como um rebanho e os conduzido para a segurança, e Tadhg havia assistido enquanto a representação física de cada uma das memórias que um dia havia dividido com Alya pegava fogo.
A cama em que haviam dormido juntos. As cartas e poemas trocados. O retrato caricato que ela havia pintado de si, com os talentos artísticos de uma criança de cinco ou seis anos. Tentar resgatar os pertences teria custado sua vida, para a qual não dava particular valor, mas tinha a gata em quem pensar e a quem manter viva. Como se arrancasse o próprio coração do peito, havia escolhido deixar o passado para trás.
Sonhos e premonições eram coisas de feiticeiros. Tadhg lidava com fatos de maneira clínica. Tinha as próprias suspeitas mas, quando questionado sobre quem se beneficiaria com a queda de Wülfhere, escolheu guardar cada uma delas para si, dando de ombros como se não se importasse particularmente com a pergunta ou a resposta. Sabia não se tratar de um acidente, por muito que este fosse o quadro que o Imperador quisesse pintar. Não tinha dúvidas de que encontrariam o responsável em meio às fileiras de khajols, mas sabia por experiência que erguer e apontar seu dedo só o transformaria em alvo. Não era imbecil o suficiente para o arriscar. Não odiava a todos os khajols e nem os considerava malignos por natureza, mas sabia serem os únicos a ter o que ganhar com o ocorrido: poder, como se o que já tinham não os corrompesse o suficiente.
Quem estaria interessado no desaparecimento do Cálice dos Sonhos?
Ali estava, afinal: a pergunta que valia seu peso em ouro. Em sua opinião, um feiticeiro com visão limitada, tão preocupado com as disputas internas em Aldanrae que estava cego ao fato de que o acesso ao Sonhār era a única frente de resistência que tinham diante de Uthdon, e que cortá-lo seria cortar as futuras gerações de dragões que os protegeriam. Tanto ele quanto o investigador sabiam ser a resposta óbvia, e não o precisava dizer em voz alta: o que escolheu fazer invés disso foi muito pior. Pausou como se estivesse genuinamente considerando a questão e suas implicações. Abriu a boca e a fechou uma, duas, três vezes, como se hesitasse despejar um segredo precioso. Quando por fim tinha o investigador sentado na beira da cadeira oposta à sua em expectativa, quebrou o silêncio com uma pergunta própria.
❛ Alguém com insônia ? ❜ A sugestão foi posada de maneira séria, sendo necessário esforço hercúleo para conter o sorrisinho que muito a queria acompanhar. Aquela resposta era mais inflamatória do que qualquer acusação, uma fagulha de desafio, respaldada apenas pelo fato de que era mais útil para o Império vivo. ❛ Senhor. ❜ Acrescentou em sinal de respeito, a palavra tendo gosto amargo em sua boca, e sendo a diferença entre deixar o cômodo como prisioneiro ou andando com as próprias pernas.
Com o próprio atrevimento ainda dançando em seus lábios, foi dispensado sem mais perguntas.
↳ para @aldanrae. task 001: entrevista sobre o incêndio.
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kretina · 4 months ago
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𝐲𝐨𝐮 𝐬𝐚𝐯𝐞𝐝 𝐦𝐲 𝐥𝐢𝐟𝐞, 𝔭𝔬𝔳.
, you saved my life with blood and through sacrifice
(...) love is a DANGEROUS game to play.
quando: há onze anos atrás.
trigger warning: menção a assassinato.
extra: música sugerida para a leitura.
disclaimer: essa é a part 1 da história...
a chuva caía forte naquela noite, katrina via-se apegada em prestar mais atenção nela do que lhe era comum; mas havia algo bom nas pingueiras que caíam por sua cabeça: elas disfarçavam os olhos marejados. o corpo tremia de frio, o vento apagava o fogo do túnel sempre que tentavam acender,. a voz do sátiro ao seu lado parecia distante, não conseguia entender nada, não enquanto scorpion estava ao seu lado. seu amigo, companheiro de ruas, seu primeiro beijo, primeiro amor. ela sabia que a verdade doía, mas que também o colocava em perigo, ele a questionava sobre o que o sátiro dizia, sem conseguir percebê-lo como tal. tinha que ir embora, katrina precisava deixá-lo para que sua vida melhorasse. mas como?
a voz do sátiro tornou-se mais alta, havia duas noites que ela ignorava-o, desviava os caminhos, o espancava até que ele a encontrou embaixo daquele viaduto com um ultimato. ، você pode por favor, calar a merda da boca?! direcionou a voz a quem estava ali para ajudá-la, tentando organizar os pensamentos. as mãso entreleçaram com a de scorpion, os olhos fixos nele. ، preciso ir. a voz falhou mas sustentou bem a persona que era, embora ele a conhecesse melhor do que qualquer um. ، e preciso ir agora, mas preciso que você me perdoe. haviam feito uma promessa um ao outro: sairiam das ruas juntos. contudo, antes que pudesse abraçá-lo, estavam cercados. seis homens os cercavam, no centro, o brilho de uma arma chamando atenção. katrina havia feito coisas erradas, mexido com as pessoas erradas e agora estava pagando o preço.
três noites antes haviam feito um assalto em nome do gatuno dourado, nome rídiculo para alguém que tinha o poder na cidade; um traficante, dono de metade dos negócios podres que circulavam dinheiro, mas ao contrário do que haviam combinado, eles não haviam o entregado a mercadoria e agora, ele a queria. ، vocês vão morrer. o pantera negra disse, cansado de correr atrás deles. ، precisamos ir agora! o sátiro disse, contudo, ela não sabia o que fazer, o corpo tornou-se mole, gelatinoso. ، eu os seguro, vá e sobreviva katrina. eu amo você, volte pra mim quando puder. o mundo passou a girar em câmera lenta a partir dali, o sátiro a puxava pelo braço, a obrigando a correr; scorpion gritou e correu na direção dos homens enquanto estes avançavam em sua direção igualmente, carregando barras de ferro.
não teve tempo para um abraço, tampouco um último beijo; porque no instante em que afastou-se, o som do tiro cortou-lhe os ouvidos. scorpion estava morto e o grito que lhe cortou a garganta, a deixou sem voz por uma semana.
scorpion foi o primeiro e único amor de katrina, na noite em que chegou ao acapamento e foi reclamada por éris, ela prometeu que vingaria a morte dele, assim como, fecharia seu coração que agora batia como uma pedra de aço.
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lucuslavigne · 8 months ago
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Angels like you.
Jason Todd × Leitora.
๑: RedHood!Jason Todd, informante/hacker!leitora mas isso não é muito mencionado, angst, twt (time? what time?), Batman VS Red Hood au, menção a traficantes, menção a armas de fogo, hematomas.
Espero que gostem.
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A noite em Gotham estava agitada, as sirenes da polícia soavam por todo o bairro. Tiros e gritos podiam ser escutados, e se você não estivesse acostumada com isso com certeza estaria assustada. Sabia que logo ele viria, então deixou sua janela aberta para ele entrar sem esforços enquanto você continuava a prestar atenção no trabalho que lhe foi designando pelo Asa Noturna.
Quando ouviu algo atrás de você, se virou rapidamente, querendo ver o rapaz que te fazia ter um sentindo na vida.
— Jason. — se levantou, indo receber o rapaz ainda com seu uniforme de Robin.
— Oi linda. — te abraçou pela cintura, deixando um selar em sua têmpora direita.
— Noite muito agitada? — se sentou em sua cama, fazendo o rapaz se acomodar ao seu lado.
— Um pouco. — riu. — Briguei com o Bruce.
— Sinto muito. — colocou a mão na coxa do mais alto.
— Não sinta. — te puxou para o próprio colo, te abraçando com firmeza.
Você apenas aproveitou o toque, agradecendo ao universo por ter protegido o seu Jason.
Já fazia mais de uma semana que Jason não aparecia. Seu coração doía em dúvida, queria saber onde ele estava, se Bruce estava com ele, ou se ele estava vivo. Já estava cansada de sentir esse vazio em seu peito, essa dor incessante que insistia em te perturbar.
No meio dessa imensidão ruim que estava em sua mente, o homem morcego adentrou em seu quarto sem ser percebido, só fazendo presença quando te chamou.
— Senhorita. — reconheceu a voz do Wayne.
— Onde o Jason 'tá, Bruce?— fungou, evitando olhar nos olhos penetrantes do homem.
O silêncio ensurdecedor foi o suficiente para te fazer entender a resposta não falada do cavaleiro das sombras.
— Sinto muito. — disse.
— Agradeço a consideração que tem por mim, Bruce, mas preciso ficar sozinha. — se deitou e virou para a parede.
— Caso julgue como necessário a minha ajuda, sabe onde me encontrar. — e pulou pela sua janela.
— Obrigada. — respondeu mesmo sabendo que ele não havia escutado. Afinal, o Batman está sempre com pressa.
E você continuou alí, sentindo as lágrimas te consolarem.
Seu costume de deixar a janela aberta nunca sumiu. Cinco anos, cinco longos anos vivendo sem o seu Jason. Sem o calor dele na sua cama, sem os flertes bobos, sem nada. Só a dor e as lágrimas te perseguiam desde a notícia que Jason se foi. Olhava todo dia o álbum de fotos de vocês, observava cada fotografia alí com muito amor, carinho e saudade, sentindo a falta do seu amor.
Você se assustou quando escutou o barulho de passos atrás de você, se virando com pressa, vendo um homem com uma máscara vermelha na sua frente, ajoelhado, com duas armas na cintura, uma de cada lado.
— Quem é você?! — perguntou assustada enquanto tentava se afastar, não funcionando muito bem, já que o homem agarrou sua cadeira, fazendo ela ficar parada.
— Capuz Vermelho. — respondeu. — Mas você já me conhece gatinha.
— Sai daqui! — tentou chutá-lo, mas em vão, já que ele desviou.
— Não precisa ficar assustada minha linda. — levou as mãos até a máscara, apertando um botão para a abrir, a retirando de seu rosto, revelando uma franja conhecida e um par de olhos verdes escuros olhando para você com um sorriso de lado. Era Jason Todd alí. O seu Jason.
— Jason! — você se levantou e o abraçou fortemente, sentindo seus as lágrimas descerem pelo seu rosto até a jaqueta que ele usava.
— Não precisa chorar meu amor... — limpou suas lágrimas. — Eu 'tô aqui... — beijou sua têmpora.
— O Bruce disse que... — fungou.
— Eu sei. — te respondeu. — Mas eu voltei p'ra você. — sorriu. — Eu 'tô limpando Gotham. — te levou para a janela. — Eu vou fazer o que o Batman nunca teve coragem de fazer.
— Eu tenho que ir linda. — soltou sua mão.
— Cuidado Jason. — o olhou preocupada.
— Não precisa se preocupar. — te beijou antes de ir.
Todos os dias eram assim, perigosos para Jason, e angustiantes para você.
— Você... — engoliu seco. — Matou todos os maiores traficantes de Gotham? — o olhou nervosa.
— Sim. — segurou sua cintura. — E essa noite eu acabo com tudo, desde o começo.
— Não tem que ser como eles, Jason. — colocou sua mão no peitoral forte do mesmo. — Você não era assim.
— Esse Jason morreu, S/N. — falou. — Eu vou ser melhor que o Batman.
— Não desse jeito. — retrucou.
Jason te olhou um pouco surpreso, já que você havia falado a mesma coisa que Bruce tinha o falado horas antes.
— Como você vai ser melhor que o Batman, agindo como um criminoso Jason? — perguntou. — Você sabe quantas noites eu fiquei sem dormir? Quantos dias eu fiquei sem comer? Tudo isso porque eu ficava preocupada com você. — o encarou com os olhos marejados. — Isso desde os seus dias como Robin.
— Ele não se importou com a minha morte. — falou sem olhar em seus olhos.
— Ele mais do que qualquer um se importou Jason. — apontou o dedo na face do mais alto. — Ele se culpa por tudo o que envolve você, ele acha que é culpa dele o sofrimento que você passou.
— E mesmo assim deixou aquele palhaço maldito viver! — respondeu.
— Você me mataria por causa do Bruce? — perguntou.
— Óbvio que não! Você é minha vida! — respondeu rapidamente.
— Agora entenda o Bruce. — o olhou duramente. — Ele não mata ninguém porque fez uma promessa para os pais, você mais que ninguém deveria saber disso. — virou as costas.
Jason queria ir embora dali, mas ele precisava de você para viver, para ter força.
— É diferente. — tentou sair por cima.
— Não! Não é. — se virou novamente. — Você voltou p'ra mim, mas você não é o Jason que eu conheci. — algumas lágrimas desceram por suas bochechas. — Você não é o Jason que me amou, não é o Jason que queria sempre aprender mais com o Bruce, não é o meu Jason. — começou a chorar.
Seus joelhos cederam, te fazendo cair no chão enquanto suas mãos cobriam seus olhos.
— Amor... — se ajoelhou na sua frente.
— Saia dessa vida Jason, por favor. — o abraçou com força, chorando desesperadamente. — Deixa o Bruce te ajudar! — o seu choro só se intensificava.
O Todd não podia deixar de se culpar por te fazer passar por todo esse sofrimento sozinha.
— Por favor Jason! — o encarou com os olhos cheios de lágrimas incessantes. — Você vai acabar morrendo nessa vida. Eu não quero te perder de novo! Eu já te perdi uma vez, não posso perder outra. — seu peito doía com tamanha angústia.
— Me desculpa princesa. — afagou seus cabelos. — Você deve desejar que a gente nunca tivesse se conhecido naquele museu. — falava calmante. — Você me deu tudo de você, tudo e mais um pouco. Te coloquei de joelhos todos esses anos longe, te fazendo pensar que eu 'tava morto. — te abraçou mais forte. — Mas enquanto isso eu 'tava planejando um assassinato em massa. Eu te fiz sofrer sozinha desde sempre e eu nunca percebi. — percebeu seu corpo se acalmando enquanto acariciava suas costas. — Não é culpa sua que eu tenha estragado tudo, também não é sua culpa que eu não possa ser o que você precisa. — suspirou. — É que anjos como você não podem viver essa vida que eu escolhi viver. Não podem ser destinados a terem as mãos cobertas de sangue.
Seu coração havia se aliviado um pouco, mas continuava a temer a vida de Jason. Não queria perder seu amor novamente, não queria que a polícia continuasse o procurando. Queria seu Jason de volta, aquele que se importava com a vida dos inocentes, o que era feliz, sem amargura ou mágoa no coração.
— Me prometa que vai deixar o Bruce te ajudar. — falou baixinho. — Me prometa.
— Eu prometo meu bem. — selou seus lábios com ternura. — Agora vamos dormir, você já se preocupou muito hoje. — te pegou no colo para te colocar delicadamente na cama, deitando na sua frente.
— Eu te amo Jason. — confessou. — Com toda a minha vida.
— Eu também te amo com toda a minha vida. — te puxou para perto, te deixando finalmente descansar depois de muito tempo.
A luz do Sol batia em seu rosto, aquecendo a sua pele. A respiração de Jason contra sua nuca te arrepiou, te arrancando um sorriso, fazia muito tempo desde a última vez que se sentiu assim.
Se virou tentando não se mexer muito, queria deixar Jason descansar já que você sabia que ele havia brigado feio com Bruce, ele estava com vários hematomas no rosto e deveria haver mais pelo resto do corpo. Apreciava o cabelo castanho escuro caindo pelos olhos fechados, os lábios bonitos secos por conta do clima e as bochechas levemente coradas naturalmente. Jason era perfeito aos seus olhos.
— Me admirando princesa? — sorriu.
— Com certeza. — riram.
Fazia anos que não sentia o coração tranquilo assim. Jason realmente era tudo o que você precisava.
— Eu preciso de um banho. — Jason falou enquanto se alongava.
— Pode ir, tem algumas peças de roupa que você deixou aqui. — o disse. — E se precisar de ajuda com seus machucados...
— Obrigado. — te beijou. — Eu volto logo.
Você se levantou e arrumou a cama, indo procurar algumas roupas para Jason enquanto ele ainda estava no banho. Quando as encontrou, as deixou em cima de seu travesseiro para que ele pudesse ver.
— Precisa de alguma coisa? — o perguntou.
— Só de ajuda com esses machucados aqui. — respondeu.
— 'Tô entrando. — a abriu a porta, finalmente vendo os ferimentos que estavam no corpo de Jason. — Pelo visto a briga foi feia. — pegou o kit de primeiros socorros dentro do armário do banheiro.
— Já tive brigas piores. — te tranquilizou.
— Fique parado. — falou enquanto segurava um algodão em uma pinça, colocando um pouco de rifocina para auxiliar na cicatrização dos machucados.
— Aish... — resmungou.
— Sinto muito. — se desculpou.
— Tudo bem gatinha, só continua. — segurou sua mão livre delicadamente.
Já tinha cuidado dos machucados de Jason outras vezes, mas dessa vez era diferente.
— Prontinho. — sorriu.
— Obrigado. — te abraçou, escondendo o rosto em seu pescoço.
Apenas o abraçou de volta, o medo de tudo ser um sonho te assombrando.
— Nunca mais me deixe sozinha. — falou.
— Não vou, eu prometo. — falou. — Mas agora temos que ir ver o Bruce, não é? — te olhou.
— Temos sim. — respondeu.
Agora sim você reconhecia o seu Jason.
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donnasjo · 9 months ago
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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ don't mess with me, you think that i'm easy? i don't give you what you need. i don't give a shit! no love, no golden prince. i don't need such twisted love story, burn it, lock and load. i just want it all in my style, without a single sacrifice on a tailored love story. never give up, lock and load.
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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤdonna jo michele howard. filha de circe, nascida há 23 anos. filhos da magia, instrutora de mitologia grega. corrida com pégasos, clube de teatro.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ( + ) intuituva ;ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ( - ) egocêntrica ;
habilidades
fator de cura acima do normal e agilidade sobre-humana.
poderes
misticocinese. capacidade de distorcer a realidade, alterar qualquer item já considerado real. donna jo pode alterar horários, detalhes, objetos e quem estava presente em memórias, por exemplo. todavia, não é algo permanente, dura por 24 horas, no máximo. e só afeta a pessoa que está dentro do seu campo de distorção da realidade, um campo magnético que ela projeta mentalmente, a fim de direcionar os poderes.
arma
facas de arremesso. donna jo tem uma coleção delas, feitas de bronze celestial que tem a propriedade mágica de voltar para seu bolso depois de alguns instantes.
personalidade
donna jo é autossuficiente. independente, confiante, inteligente e estratégica. sempre foi muito esperta, sua curiosidade permitiu que aprendesse muita coisa por conta própria, o que criou nela a ideia de que consegue fazer qualquer coisa sozinha. então, é difícil para ela pedir ajuda. não é por mal. acontece que ela soube no momento que deixou a ilha da mãe que precisava se virar. e assim ela fez. e, por isso, é uma figura um tanto conhecida pelo acampamento. ela se fez ser conhecida. sempre se apresenta aos novatos e a qualquer um que não tenha conversado antes, oferecendo toda a sua simpatia e beleza. duas coisas que ela tem para dar e vender. todavia, não é que seja naturalmnte simpática. ela pode ser, mas é mais ainda quando você tem algo que pode ser útil para ela. afinal, sua prioridade número, na maioria das vezes, é ela mesma - questão de sobrevivência. donna pode ser um pouco dura com as palavras também, mas é para o bem das pessoas, é aquilo, né: "se eu te ofendi, melhore para eu não ter que fazer de novo". e o que ela não diz, a expressão deixa óbvio. mas, no fundo, no fundo, o coração é de mocinha. e muito do que ela mostra, na verdade é só uma persona criada para esconder seus medos e inseguranças. estes que ela prefere morrer a reconhecer que existem.
biografia
é comum que os semideuses crescam alheios à sua parte divina, só tendo noção de quem realmente são anos mais tarde, quando a realidade de meio-sangue os alcança aos poucos, incluindo os monstros. donna jo, no entanto, sempre teve noção de quem era e de quem era sua parente divino, porque só tinha a ela. como suas irmãs, donna jo também nasceu da magia da mãe e não de uma relação sexual, visto que sua mãe tem uma aversão conhecida a homens.
nasceu e foi criada da ilha de aiaia, cercada pelos poderes da mãe. e como ela, tornou-se uma feiticeira altamente habilidosa, versada em magia. seu poder mais forte é sua misticocinese, descoberta quando ainda era muito pequena, quando a menina a usava para se livrar das pequenas travessuras que cometia por aí. desde então, circe usou seus poderes algumas vezes, para alterar as memórias de algomas visitantes da ilha e manter a integridade das residentes. isso porque seguia transformando os homens em porquinhos da índia mesmo.
não que a vida na ilha fosse ruim, longe disso. mas donna jo era uma leitora ávida. consumia muitos livros de histórias e outras fontes de notícias que chegavam à ilha. e tudo isso ia despertando sua curiosidade a respeito da vida fora da ilha. por muito tempo, era algo bastante particular, visto que tinha receios de compartilhar seus pensamentos com circe e a deusa acabar chateada ou não compreendendo seu interesse. a última coisa que queria no mundo era estar fora das graças dela, afinal. entretanto, com o passar dos anos, a coragem de donna jo também cresceu e, aos onze anos, finalmente teve coragem de expressar seus desejos para a deusa.
como previu, circe ficou chateada por alguns dias, mas depois sentou com a filha para explicá-la que a intenção era protegê-la e nunca prendê-la. por isso, explicou para ela sobre o acampamento meio-sangue e, também sobre os perigos de viver como um semideus. donna jo não tomou nenhuma decisão naquele dia. na verdade, não tomou decisão nenhuma por mais alguns meses. até um navio de semideuses em missão atracar na ilha e ela ver ali a sua chance de dar vazão os desejos que estavam em sua mente há tanto tempo.
assim, fez um acordo com os semideuses e o sátiro que os acompanhava. que tentaria libertá-los se eles a levassem até o tão falado acampamento meio-sangue. e assim foi feito, donna jo advogou a favor dos semideuses, prometendo alterar suas memórias de maneira a proteger a ilha e circe permitiu que todos saíssem ilesos da ilha. foi assim que chegou ao acampamento, onde se tornou residente.
conexões
e, por ter escolhido aquela vida, donna jo tirou o melhor proveito que podia dela. dedicou-se aos treinos, participou de todas as atividades que podia, incluindo missões, sempre querendo se colocar à prova e ser o melhor que podia ser. assumiu postos de relevância e, o melhor de tudo, aperfeiçoou ainda mais sua magia. mesmo longe da mãe, esperava que a deusa pudesse perdoá-la por suas escolhas e ter orgulho dela, pelo menos um pouco que fosse.
check here.
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moonpagesblog · 4 years ago
Text
Diabolik Lovers Lost Eden
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Ecstasy Prologo
Monologo
- Os víboras aniquilaram como tribos Adler e Lobo. Reunimos todos no salão para transmitir como Informações aprendidas pelos familiares de Subaru.
Fim do monologo
Cena - Local: corredor do castelo sakamaki
Ruki: ... É isso aí. Mas normalmente é impossível destruir duas raças com Um conjunto de poder.
Ruki: Em outras palavras, esses caras têm uma força conjunta.
Ruki: .... Nesse caso, resta apenas um.
Subaru: Que? Não venha com essa, se apresse e diga
Reiji: --Os humanos nos reinos inferiores, quadro da igreja.
Yui: eh? ......
Yui: (Disse que era a igreja ... aquela onde o pai estava ?!)
Shu: ... Na verdade, esses caras sempre foram dominados pelo velho, há realmente razões
Eles querem aproveitar a oportunidade da ausência do meu pai para reprimir os demônios.
Ruki: Não, não se trata apenas do grau de controle do estresse
As águias que cooperam com a igreja agora vão dominar o mundo demoníaco.
Ayato: Isso é coisa daquele Zwick?
Carla: ........... Este não é o movimento de zwick, alguém está comandando esta guerra.
Shin: Irmão, o que você quer dizer?
Carla: Zwick é um homem racional. Com este movimento, como águias podem ser manipuladas pela igreja.
Shin: Em outras palavras ...
Carla: Bem, é apenas uma questão de tempo até que esses caras ataquem aqui.
Yui: Quão ...
Reiji: Para lutar, também precisamos preparar.
Ruki: Bem, nossos irmãos vão determinar o jardim do Éden e sentido a rota da batalha
Carla: Pedirem a shin para verificar as informações disponíveis.
Shin: Entendi, irmão.
Reiji: Subaru, ligue aqui para os servos que foram chamados em nijuan
Precisaremos providenciar para dispersar os guardas
Subaru: ...... Entendido
Reiji: Primeiro, você é o rei dos vampiros
Por favor, dê a alguém a ordem do servo.
Subaru: Então ....
Ayato e Kanato quero deixar isso para vocês posso?
Kanato: Hm, eu entendi
Porque eu sou irmão de subaru, eu aceitarei
Ayato: .... Realmente não tem jeito
Reiji: O resto por favor me siga.
Vamos verificar as armas armazenadas no armazém
~Todos saem do local
Yui: (É incrível ... Todos unidos em um instante)
Yui: (A partir de então, este lugar se tornará realmente Um campo de batalha.)
Yui: (mas eu)
Yui: .......
Yui: (Se é o poder da igreja que coopera com o clã águia ... Vou lutar contra meu pai se isso continuar)
Yui: (pai .....)
Subaru: .......
Subaru se aproxima dela
Yui: Subaru .....
Subaru: Faça o que quiser
Eu ... Não vou objetar
Yui: ......
Yui: (Subaru-kun ... Sabe que meu pai trabalha no poder da igreja)
Yui: (Sei que isso vai me machucar Se ... De acordo com isso, esse assunto se torna certo ...)
Yui: (Então agora, confirmando assim ...)
Monologo
- Mas, para ser sincero, Estou muito confuso,
Não há nada de errado em gostar De subaru.
No entanto, desde então, Na situação em que Humanos e demônios entram em guerra ... 
Fim do Monologo.
Yui: Preocupado com meus pensamentos ...
Yui: Obrigada subaru ....
Yui: Porque agora nem sei qual é a situação do pai, Mesmo que haja muitas outras pessoas na igreja.
Subaru: ...... Entendo.
Subaru: Ainda há tempo. O que você faz, pense sobre isso.
Yui: .... Entendo
Yui: (Embora seja natural se misturar, mas eu sou humano)
Yui: (Ao contrário dos familiares, mesmo com o coração de cordelia, eu Não sou um demônio ...)
-> Desbotamento preto
Monologo
- Foi no dia seguinte que os servos chegaram ao Éden Do castelo sakamaki.
Agora estou dedicado a cuidar deles e dar-lhes orientação, E agora sou grato por passar um dia sem pensar nas coisas difíceis.
Fim do monologo.
Yui: (Subaru e meu pai)
Yui: (Qual o caminho a escolher ... Não posso escolher ...)
-> Desbotamento preto
Subaru: ..... Ahh
Empregada: Mestre subaru!
Ela corre até ele.
Empregada: Finalmente vejo você! Há tempo agora, como você está?
Subaru: Você é ... Uma empregada que trabalha com minha mãe? Qual é o problema?
Empregada: Na verdade, há algo que eu sempre quis dar Ao mestre subaru
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Subaru: isto é ......
Empregada: É uma foto considerada como um tesouro Pela Christa-sama, ela cuidava como se fosse um tesouro.
Empregada: Ela queria entregar ao mestre subaru.
Empregada: É ótimo ser entregue por mim assim .... Então, vou me retirar primeiro.
Subaru: ........
Subaru: (Peguei ... Pai e mãe ... E ... Quando eu era criança)
Subaru: (Tesouro ...)
Subaru: .... Tsc ....
Flashback
Carla: ...essa é a voz do éden?...
Quando eu era pequeno, ouvi dizer que meu pai falava Do yota, dizendo-o bêbado.
Quando meu pai  quis ser fechado em Manmaden
Quando eu o visitei aqui, ouvi uma voz
O pai zombou disso como a voz de Karl Heinz.
Depois desse boato, por algum motivo ele manteve sua esposa E filhos afastados e os colocou sozinhos no éden.
Fim do Flashback
Subaru: (Poderia ser ...)
Subaru: ( ele se atreveu a começara enrolar a mim e ás safras...?)
Subaru: .... tsc .....
-barulhos estranhos.-
Subaru: .... Muito chato! Eu te disse para calar a boca!
-barulhos estranhos.-
Subaru: ..... Tsc ......
Monologo do Subaru
O grito ecoou, e eu bloqueei meus ouvidos sem pensar
Eu não entendi.
Estou prestes a perder o velho que conheci, que odeio E devo superar.
Errado.
Errado. Errado. Errado.
Não achei que aquele fosse lamentável Eu não tive simpatia.
A emoção circulando na minha cabeça Me sacudiu violentamente ...
Fim do monologo.
??? : Há? Não é o subaru-kun? Há quanto tempo
Subaru: ..... Você! O que você está fazendo aqui!
Kino: Hmm .... É o chamado ... Declarar guerra?
Kino: Nós .... as quadro das águias e da igreja estamos unidas
Subaru: Hã ?!
Kino: .... Mas antes disso, há pessoas que não querem se envolver
Subaru: Quem não quer se envolver?
Kino: Correção. Existe o pai dessa criança em nossa igreja
Subaru: .... tsc!
Kino: Agora, essa garota está pronta para se refugiar em Sua consciência?
Subaru: .......
Kino: Se isso continuar, mesmo que não seja direto, também não colocaria A criança em perigo?
Kino: Embora eu não tenha parentes, não entendo. Essa é a coisa certa?
Subaru: .... Tsc ....
Kino: Então, amanhã à noite, traga essa garota para mim
Subaru: ... Hã ?!
Kino: Bem, isso pode ser feito sem proteção? Mas nesse caso, uma criança pode se tornar uma tragédia.
Subaru: .....
Kino: Aqui está um mapa do ponto de encontro.
Kino: Então, vamos fazer isso primeiro, estou ansioso por Um bom resultado.
Kino vai embora
Subaru: ..... !!
Subaru: Droga .... Droga! Droga! Droga!
-Barulhos estranhos
-> Desbotamento preto
Cena: Jardim / Lua vermelha
Yui: .... ugh
Yui: (Subaru e meu pai ... Não posso decidir qual caminho escolher ...)
Yui: (o que devo fazer ...)
Fim do prologo Ecstasy.
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Ecstasy Prologo
Monologue
- The vivoras annihilated the Adler and Lobo tribes. We gathered everyone in the hall to transmit the Information learned by Subaru family members.
End of monologue
Cena - Location: sakamaki castle corridor
Ruki: ... That's it. But it is usually impossible to destroy two races with A set of power.
Ruki: In other words, these guys have a joint strength.
Ruki: .... In that case, there is only one left.
Subaru: What? Don't come with this, hurry up and say
Reiji: - Humans in the lower kingdoms, forces of the church.
Yui: eh? ......
Yui: (Said it was the church ... the one where the father was ?!)
Shu: ... In fact, these guys have always been dominated by the old man, there are really reasons
They want to take the opportunity of my father's absence to repress the demons.
Ruki: No, it's not just about the degree of stress control
The eagles that cooperate with the church will now dominate the demonic world.
Ayato: Is that Zwick's thing?
Carla: ........... This is not the zwick movement, someone is leading this war.
Shin: Brother, what do you mean?
Carla: Zwick is a rational man. With this movement, the eagles can be manipulated by the church.
Shin: In other words ...
Carla: Well, it's only a matter of time before these guys attack here.
Yui: How ...
Reiji: To fight, we also need to prepare.
Ruki: Well, our brothers are going to determine the garden of Eden and understand the battle route
Carla: Ask shin to check the information available.
Shin: Got it, brother.
Reiji: Subaru, call the servants who stayed in Nijuan here
We will need to arrange to disperse the guards
Subaru: ...... Understood
Reiji: First, you are the king of vampires
Please give someone the order of the servant.
Subaru: So ....
Ayato and Kanato want to leave this to you guys can I?
Kanato: Hm, I get it
Because I am Subaru's brother, I will accept
Ayato: .... There's really no way
Reiji: The rest please follow me.
We will check the weapons stored in the warehouse
Everyone leaves the place
Yui: (It's incredible ... Everyone together in an instant)
Yui: (From then on, this place will become really A battlefield.)
Yui: (but me)
Yui: .......
Yui: (If it is the power of the church that cooperates with the eagle clan ... I will fight my father if this continues)
Yui: (dad .....)
Subaru: .......
Subaru approaches her
Yui: Subaru .....
Subaru: Do what you want
I ... I will not object
Yui: ......
Yui: (Subaru-kun ... You know my father works in the power of the church)
Yui: (I know it will hurt me If ... According to this, this matter becomes certain ...)
Yui: (So now, confirming like this ...)
Monologue
- But to be honest, I'm very confused,
There's nothing wrong with liking From subaru.
However, since then, In the situation where Humans and demons go to war ... S
End of the Monologue.
Yui: Worried about my thoughts ...
Yui: Thanks subaru ....
Yui: Because now I don't even know what the father's situation is, Even though there are many other people in the church.
Subaru: ...... I see.
Subaru: There is still time. Whatever you do, think about it.
Yui: .... I see
Yui: (Although it is natural to mix, but I am human)
Yui: (Unlike family members, even with the heart of cordelia, I I'm not a demon ...)
-> Black fade
Monologue
- It was the next day that the servants arrived in Eden From the sakamaki castle.
Now I’m dedicated to taking care of them and giving them guidance, And now I am grateful to spend a day without thinking about the difficult things.
End of the monologue.
Yui: (Subaru and my father)
Yui: (Which way to choose ... I can't choose ...)
-> Black fade
Subaru: ..... Ahh
Maid: Master subaru!
She runs up to him.
Maid: I finally see you! There is time now, how are you?
Subaru: Are you ... a maid who works with my mother? What is the problem?
Maid: Actually, there is something I always wanted to give To the subaru master
CG begins
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Subaru: this is ......
Maid: It is a photo considered as a treasure For Christa-sama, she cared as if she were a treasure.
Maid: She wanted to deliver to the subaru master.
Maid: It's great to be delivered by me like this .... So, I'm going to retire first.
Subaru: ........
Subaru: (I took ... Father and mother ... And ... When I was a child)
Subaru: (Treasure ...)
Subaru: .... Tsc ....
Flashback
Carla: ... is that the voice of Eden? ...
When I was little, I heard that my father spoke From yota, saying you are drunk.
When my father wanted to be closed in Manmaden
When I visited him here, I heard a voice
The father scoffed at this like Karl Heinz's voice.
After that rumor, for some reason he kept his wife And separated children and placed them alone in Eden.
End of Flashback
Subaru: (Could be ...)
Subaru: .... tsc .....
-Strange noises.-
Subaru: .... Very annoying! I told you to shut up!
-Strange noises.-
Subaru: ..... Tsc ......
Subaru Monologue
The scream echoed, and I blocked my ears without thinking
I did not understand.
I'm about to lose the old man I met, who I hate And I must overcome.
Wrong.
Wrong. Wrong. Wrong.
I didn't think that was regrettable I had no sympathy.
The emotion circulating in my head It shook me violently ...
End of the monologue.
??? : There is? Isn't that subaru-kun How long
Subaru: ..... You! What are you doing here!
Kino: Hmm ... It's the so-called ... Declare war?
Kino: We ... the forces of eagles and the church are united
Subaru: Huh ?!
Kino: .... But before that, there are people who don't want to get involved
Subaru: Who doesn't want to get involved?
Kino: Correction. There is this child's father in our church
Subaru: .... tsc!
Kino: Now, this girl is ready to take refuge in Your conscience?
Subaru: .......
Kino: If this continues, even if it’s not direct, it wouldn’t put The child in danger?
Kino: Although I don't have any relatives, I don't understand. Is that the right thing?
Subaru: .... Tsc ....
Kino: So, tomorrow night, bring this girl to me
Subaru: ... Huh ?!
Kino: Well, can this be done without protection? But in that case, the child can become a tragedy.
Subaru: .....
Kino: Here is a map of the meeting place.
Kino: So, let's do this first, I'm looking forward to A good result.
Kino goes away
Subaru: ..... !!
Subaru: Damn it .... Damn it! Damn it! Damn it!
-Strange noises
-> Black fade
Scene: Garden / Red Moon
Yui: .... ugh
Yui: (Subaru and my father ... I can't decide which way to choose ...)
Yui: (what should I do ...)
End of the Ecstasy prologue.
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thedicklee · 4 years ago
Text
swear to me you're not a ghost, through paradise or hell you know
onde: algum lugar da califórnia
quando: novembro 2020
    𝐍𝐎𝐖 𝐏𝐋𝐀𝐘𝐈𝐍𝐆: 𝘵𝘢𝘬𝘦_𝘮𝘦_𝘸𝘪𝘵𝘩_𝘺𝘰𝘶_-_𝘧𝘭𝘦𝘶𝘳𝘪𝘦.𝘮𝘱3
DICK says...
enquanto alguns sobreviviam com base em seus instintos de luta, desde o começo do fim richard fazia o que sabia de melhor; ele se escondia, corria quando necessário e se apropriava do que não lhe pertencia. princípios passavam a pesar um pouco menos quando do outro lado da balança estava a própria sobrevivência e a pequena esperança de ainda encontrar alguma parte de sua antiga vida perdida por aí. justamente por isso que ele não matava, a memória de correr até o cofre de sua casa em busca de algo para se proteger contra a própria mãe ainda o assombrava a cada segundo do dia e desde então todo zombie que ele enfrentava parecia ter o rosto familiar de alguém que ele amava. não andava em grupos também, sempre sozinho, porque assim ele não precisaria assistir mais ninguém morrer ou ter que tomar a escolha de deixar alguém para trás, era mais fácil assim para manter a consciência menos turva e sua sanidade, ou o que sobrou desta, intacta.
trazia consigo apenas uma mochila leve para não atrasá-lo na hora de correr, mas abastada o suficiente para que ele pudesse sobreviver até encontrar o próximo acampamento e planejar seu furto. mesmo quando cheia de embalagens de comida enlatadas e as peças de roupa depois de uma noite bem-sucedida o que mais pesava era o revólver envolto em uma camiseta velha no fundo da mochila, porque simbolizava tudo que ele tinha perdido e ainda podia perder, e uma tira de fotografias, daquelas tiradas em cabines, que ele guardava com esmero em um dos bolsos internos onde julgava ser o mais seguro, pois essa simbolizava o que ele ainda tinha chances de ter de volta, ou era o que se dizia toda noite antes de tentar dormir por uma hora ou duas, ele precisava acreditar porque era dali que tirava a sua força de vontade para sobreviver. o apartamento da garota havia sido o primeiro lugar que seus pés haviam o levado depois que ele fugiu da cena de um crime que havia se tornado a sala de estar de sua casa. os cômodos revirados e, o pior, vazios só adicionavam ao peso em suas costas e foi a pequena tira que ele achou no quadro de recados no quarto da garota que terminou de quebrar seu coração e as lágrimas que pareciam não vir por causa do choque que ainda sentia inundaram seus olhos e turvaram a sua visão em uma velocidade incrível ao que ele desabava ao lado da cama de riley, segurando as fotos contra seu peito como se fosse o seu bem mais precioso. e a partir dali, seria mesmo.
ficar se lembrando daquelas coisas não o traria bem algum, ainda mais quando estava no meio de bisbilhotar algumas mochilas que havia encontrado em um acampamento no saguão de um prédio comercial. não havia sido fácil entrar ali, mas uma vez dentro e sorrateiro como havia aprendido a ser, esperou que o grupo se dispersasse para sair das sombras. ele sabia que havia algo de errado a partir do momento em que passou a encontrar nada além de papéis amassados. ele estava pronto para correr quando sentiu o objeto gélido contra a sua nuca e uma voz que parecia animada demais com a ideia de acabar com ele. apavorado, levou alguns instantes e um comando mais alto daquela que o tinha sob a sua mira para que ele despertasse, aquela voz…. não podia ser uma coincidência, por isso quando reagiu, traiu todo seu instinto de sobrevivência ao se levantar e voltar-se para a garota com um movimento brusco demais, sua destra trêmula segurando o cano da arma enquanto a encarava com os olhos arregalados. ameaças ou o que quer que fosse que a garota dizia eram perdidos diante som alto das batidas de seu coração ecoando por sua cabeça que se mostrava completamente vazia quando se viu tendo que lidar com a imagem de riley, bem em sua frente e real demais para ser apenas mais uma invenção de sua imaginação. buscava no rosto dela qualquer sinal de reconhecimento por menor que fosse, as lágrimas aflitas que se formavam em seus olhos tornando aquela tarefa quase impossível, mas bastou a mão de riley vacilar na arma e começar a abaixá-la para que dick praticamente se jogasse para cima da garota, passando seus braços sobre os ombros da menor em um abraço protetivo, uma de suas mãos inquietas se prendendo nos fios desbotados de seu cabelo e a outra segurando os seus ombros como se tivesse medo que ela fosse desaparecer a qualquer momento. – eu te procurei esse tempo todo. – disse afastando-se minimamente apenas para que pudesse colocar sua testa contra a dela, levando também uma das mãos até o seu rosto, mal a tocando em um primeiro momento e, daquela vez, não hesitou em selar seus lábios em um beijo tão delicado quanto a sua palma segurando o rosto dela porque ainda tinha medo que fosse apenas mais um dos incontáveis sonhos e devaneios que tinha praticamente toda noite desde que tudo havia começado, ou até mesmo antes de tudo que estava acontecendo se estivesse sendo sincero consigo mesmo. de todos os sentimentos que o preenchiam e o deixavam zonzo (ou era aquele o efeito que riley tinha sobre ele? era bastante provável também), um dos maiores talvez fosse o alívio: ela estava viva, ela estava ali e em seus braços, sua boca na dela tudo que ele sempre havia imaginado e muito mais, não havia nada da volúpia que richard sempre associava à situações como aquelas onde lábios se encontravam apenas pelo ato de se encontrarem por diversão, se tratava da mais pura demonstração de suas afeições, quase reverente na forma como não queria fazer nada que fosse capaz de interromper aquela declaração de todo sentimento que sempre achou que nunca seria capaz de expressar. absolutamente exausto de correr pela sua vida, decidiu que se fosse para morrer, era daquela forma que queria partir.  
RILEY says...
apesar de acordar assustada todas as manhãs, riley sentia que nunca se acostumaria com a nova realidade que agora se encontrava e os berros que conseguia ouvir sempre que tentava aproveitar o silêncio deixava isso o mais claro possível. durante muito tempo, a morte nunca foi algo que a assustou por acreditar ser o ciclo natural da vida e a única certeza que carregávamos, mas o medo se tornou presente quando a morena compreendeu que o fim estava próximo até demais ao ver diante de seus olhos a vida de uma jovem sendo ceifada por uma daquelas criaturas. havia cogitado diversas vezes em se dar um ponto final digno, mas apertar o gatilho do revólver ou pular de uma alta altura pareciam impossíveis graças ao seu instinto de sobrevivência, a utópica esperança de sua mãe de que tudo ficaria bem e a sua própria de encontrá-lo.
o início do apocalipse chegou na cidade quando riley estava fora de casa fazendo as compras no lugar de sua mãe, lembrava-se vividamente do caos que o mercado se tornou de uma hora para outra, de não compreender o motivo dos gritos desesperados e de enxergar na rua corpos desacordados e cobertos de sangue se contorcendo violentamente antes da porta de aço do estabelecimento ser fechada. mesmo que não fosse capaz de identificar o que acontecia, o pavor a cegou completamente e foram necessários vários minutos para que conseguisse reagir: realizando diversas ligações em busca de ajuda para sair dali. por não morar longe de onde estava, dick foi o principal alvo de suas ligações, mas esperar na linha sem respostas a deixou ainda mais instável por ele ser alguém que nunca tardava em atendê-la, então deixou algumas mensagens antes de precisar se virar com o auxílio de um pequeno grupo de pessoas lideradas por um policial conhecido.
[ ✉️ ] n sei oq ta acontecendo [ ✉️ ] e eu preciso de vc [ ✉️ ] pfv me liga de volta qnd ver isso
só não esperava que perderia o celular no mesmo dia e que seria incapaz de receber qualquer ligação ou mensagem do rapaz. como o bairro estava repleto do que mais tarde entenderia se tratar de zumbis, conseguiu se comunicar com sua mãe muitas horas depois para que fugissem daquela área juntamente com o policial até a casa de algum amigo da família que estivesse disposto a recebê-las, mas não demorou para perceberem que o surto daquelas criaturas se espalhou rápido demais para encontrar algum lugar minimamente seguro. foi necessário apenas um dia para que insistisse em retornar, acabando por roubar um veículo e sair dirigindo numa velocidade muito acima do que julgava como normal — sentia como se a mão de richard ainda apoiasse em seu joelho e forçasse seu pé no acelerador como no dia do fliperama, encontrando-se cada vez mais agitada e incapaz de tirá-lo da mente. guiando-se pelo que lembrava e chegando no endereço, riley estava munida de um pé de cabra quando adentrou a residência, a porta destrancada evidenciando que algo estava errado, porém nenhum preparamento psicológico seria suficiente para a quantidade de sangue espalhada pelo piso branco e seu estômago não aguentou ao encontrar os cadáveres de martha e bomi em diferentes pontos da residência violentamente acabados. mesmo que as lágrimas dificultassem sua visão e tornasse seus gritos pelo garoto trêmulos, navarro percorreu toda a mansão desesperadamente em busca do amigo, abrindo todas as portas sem a precaução necessária e se dando como derrotada ao deitar na cama dele. ficou agarrada nas roupas de cama de dick até seus olhos secarem, o cheiro dele presente trazendo um enorme peso em seu peito e a vista para o mar de suas janelas intensificando sua solitude, mas também a preenchendo de esperança de encontrá-lo, afinal, ele não estava junto àquela horrenda cena. abrindo o armário masculino em busca de algo que o mantivesse por perto, vestiu um moletom verde escuro dele antes de partir, mas precisou conter uma nova onda de lágrimas ao encontrar um de seus volantes do badminton, guardando-o carinhosamente no bolso do casaco. iria e precisava encontrá-lo.
as pessoas sempre foram imprevisíveis e egoístas, principalmente na luta pela sobrevivência, então muitas coisas aconteceram até o momento se tratando em conviver com um grupo, que crescia e diminuía conforme eram surpreendidos por determinadas atitudes e ataques surpresa, mas no momento contava com seis pessoas: o policial que a salvou, uma enfermeira com seu filho de sete anos, um caçador, riley e sua mãe. fazia uma noite desde que formaram o acampamento no saguão de um prédio comercial, explorando todos os estabelecimentos em busca de suprimentos e exterminando cada zumbi encontrado; o grupo já havia se separado para continuar com suas buscas quando navarro decidiu preparar uma armadilha juntamente com a criança do grupo graças aos sons que ouviu durante a noite, além do desaparecimento de alguns itens. depois que a criança se afastou para acompanhar algum dos adultos, a morena se posicionou estrategicamente com os olhos atentos aonde estavam as bolsas e, para a sua surpresa, não demorou muito para que uma figura surgisse das sombras para vasculhá-las. com o revólver em mãos, a garota se aproximou do garoto e encostou a boca do cano na nuca dele e apesar de sua voz soar confiante ao dizer que acabaria com ele, navarro não teria a coragem caso fosse desafiada a fazê-lo, pois em momento algum acabou com a vida de um ser humano — suas únicas vítimas sendo aqueles já mortos que caminhavam devorando toda carne encontrada. temerosa sobre o que aconteceria no segundo em que o rapaz se levantou, posicionou ambas as mãos na arma um pouco trêmula com a possibilidade de disparar, mas quando ele se virou e revelou sua identidade, a morena permaneceu paralisada piscando seus olhos arregalados dezenas de vezes incrédula. a mão masculina sobre o cano foi suficiente para que se desarmasse, seus pulmões esvaziando como se desaprendesse a respirar e as batidas de seu coração se tornando ensurdecedoras. seus olhos examinavam cada detalhe presente no rosto masculino em busca de qualquer sinal que demostrasse que aquele não era o dick e sim, uma alucinação sua, não hesitando em chorar ao não encontrar. as suas mãos trêmulas soltaram o revólver no chão para agarrá-lo com força contra si, seus dedos fechando-se em punhos juntamente do tecido das vestes dele como se tentasse impedi-lo de sumir mais uma vez enquanto seu rosto afundava sobre peito dele a fim de sentir o seu calor e se certificar de que a imagem dele era real. embora um incrível alívio percorresse seu interior por tê-lo vivo, saber que estava sendo procurada pelo mais alto fez seu peito doer, não conseguindo imaginar como havia sido o trajeto dele até ali depois da terrível cena que se deparou na mansão. — eu pensei que você tivesse morrido. — admitiu com a voz trêmula não conseguindo fechar os olhos quando suas testas se uniram. mesmo que prolongasse suas missões de procura por suprimentos e passasse noites acordada vagando sempre em busca pelo rapaz, uma parte sua se encontrava cada vez mais quebrada pela crença de que a peça de roupa e a peteca idiota seriam as únicas coisas que teria dele. saber que estava errada nunca foi tão bom. — eu ‘tava com medo de nunca mais te ver. — revelou num soluço, permitindo-se derreter sob o toque dele em seu rosto e retribuir o delicado beijo depositado em seus lábios. durante muito tempo aquele momento esteve restrito ao seus sonhos, acordando constrangida por se sentir tão frustrada pelas tentativas falhas que ocorreram e assustada com as consequências de seus sentimentos tão bobos; mas, devido ao caos, a fantasia se tornou o seu principal combustível e válvula de escape, desejando tê-lo em sua mente todas as noites no lugar de todos os pesadelos que já vivia diariamente. através do beijo, riley transmitia todos os sentimentos e falas que guardou por todos aqueles meses, seus lábios desajeitados incrivelmente ansiosos e sedentos por aquela interação que normalmente desgostava, mas que o garoto conseguia transformá-la em algo totalmente mágico. abandonando as mãos das costas dele, pousou-as em seu pescoço com carinho e precisou interromper o beijo para respirar, mas sem distanciar seus lábios, que roçavam suavemente. — não vai embora, por favor. — praticamente suplicou, seus olhos ainda cheios de lágrimas.
DICK says...
a força dos braços da garota ao seu redor era o que parecia manter richard inteiro naquele momento, ele nunca soube que estava tão perto de ter seus pedaços desmoronando até que se encontrou nos braços daquela que havia alimentado a minúscula chama de sua esperança durante todos aqueles meses banhados em sangue, medo e paranoia. as revelações da garota vieram acompanhadas de uma sensação extremamente agridoce, de um lado saber que todo seu desespero era mútuo e que sua busca por ela não havia sido em vão, enquanto era constantemente lembrado de que talvez ele não merecesse aquilo, talvez riley tivesse feito a maior burrada de sua vida ao derrubar a arma e acolhê-lo em seus braços, porque no final do dia, quem era richard? garoto mesquinho transformado em um ladrãozinho insignificante. ele não era ninguém antes do apocalipse e agora parecia ter se tornado ainda menos, dick e toda a sua bagagem eram apenas mais um peso que ninguém naqueles tempos difíceis devia se sujeitar a carregar. mas ele também era egoísta, nunca quis algo com tanta força como ele queria riley, algo que ele já havia começado a perceber antes mesmo de tudo ir para a merda e que desde então havia se tornado uma necessidade, porque depois de perder quem ele mais amava no mundo, dick precisava se prender á algo para que assim conseguisse tirar forças disso para seguir em frente, ignorando todas as formas que sua mente tentava o sabotar, colocando todas as noites ideias de como acabar com todo aquele sofrimento, aquele cansaço que parecia ter tomado conta de seu esqueleto e estava o dominando aos poucos.
só percebeu que seus olhos haviam finalmente transbordado quando suas lágrimas salgadas tornaram aquele momento de ternura, sua declaração silenciosa mas ainda assim extremamente carregada, na cena triste que devia ser para quem via de longe, toda a promessa de um amor jovem destroçada diante das circunstâncias que viviam. dick não teve coragem de abrir os olhos quando o beijo foi quebrado, se contentando com os breves momentos de contato que a proximidade mantida pela garota ainda o proporcionava e praticamente lutando contra seu instinto de seguir a boca dela toda vez que ela roçava contra a sua como se riley fosse o remédio para toda angústia que sentia, suas mãos que até então delicadas no rosto da garota assumiam um caráter mais exploratório, ainda muito sutil, mas percorria aqueles traços que ele tinha gravados no fundo de sua memória apenas para se certificar de que estava acontecendo, eles estavam vivos, eles estavam ali e estavam bem. o garoto não ousava nem respirar muito fundo, mas foi necessário com as palavras dr riley, a ação de puxar o ar e a sua tentativa de uma resposta digna falhando miseravelmente quando tudo que saiu de seus lábios foi um soluço, seguido de mais lágrimas em um choro descontrolado de puro desespero, puxando a garota para impossivelmente perto de si em outro abraço firme, sua cabeça buscando instintivamente a curva do pescoço de riley para camuflar seu choro incessante. – eu não sei se eu consigo. – confessou em um fio de voz, se antes de tudo dick tinha uma extrema dificuldade em ficar parado, com o perigo iminente havia surgido o impulso de correr sempre que podia e quando se afastou um pouco de riley para que pudesse olhá-la, sua visão correndo por todas as feições dela que havia praticamente decorado antes de fixar em seu olhos, seu olhar e comportamento praticamente maníacos denunciando o quão apavorado estava, lágrimas ainda corriam por seu rosto sem ele ao menos perceber. – e se… – nem ele mesmo sabia o que sua mente traidora estava tentando argumentar contra a ideia de ficar ao lado da garota, mas a forma intensa que dick se encolheu quando surgiu um sinal atrás da garota de que tinham companhia já era um dos indícios de como ele havia desaprendido a conviver com os outros depois de todos aqueles meses em completa solidão. – vem comigo. – implorou ao tirar seus braços do redor de riley apenas para agarrar a sua mão ao que se preparava para correr por suas vidas, seu instinto e pavor muito mais fortes do que o conhecimento de que não estava de fato em perigo e que muito provavelmente era alguém do grupo que ele havia observado antes.
RILEY says...
riley cresceu tentando se desprender ao máximo da ideia de arrependimento, agindo como bem quisesse de maneira orgulhosa por acreditar que sabia o que era o melhor para si. entretanto, quando o inferno alcançou a terra e arrancou o futuro de todos, a morena foi surpreendida ao ver que todo seu esforço em permanecer agarrada somente à mulher que lhe concebeu havia sido completamente destroçado graças ao dick e à incapacidade de transformá-lo numa simples memória. o arrependimento corroendo seu peito com todas as palavras não ditas, todos os momentos em que tivera a chance de falar como se sentia, todos os abraços e beijos que desejou ter trocado ao ter ciência da incerteza de encontrá-lo novamente. nunca pensou que sentiria com tanta força o peso do “valorizar quando perder”. apesar de todos aqueles meses sombrios e sanguinários, navarro finalmente o tinha sob suas mãos, a felicidade de recuperar um pedaço do seu passado que agora parecia tão distante, mesmo que nenhum dos dois carregasse os sorrisos e semblantes leves de antes. havia experienciado coisas que nunca pensou que viveria antes, não se orgulhando nenhum pouco da sensação de sujá-lo com o sangue de cada criatura morta violentamente por suas mãos, especialmente pela aversão alheia à raiva e esse ter sido um sentimento extremamente presente em seu dia-a-dia. não fazia ideia de como ele reagiria ao ter a imagem da antiga riley destruída, mas também se questionava do quanto o mais alto mudou durante todo aquele tempo. não fugiria dele, porém esperava que ele não fugisse de si.
respirar ainda era uma missão difícil, porque cada toque e carícia promovida pelo rapaz conseguia desestabilizá-la mais e mais, um mix de sensações tomando conta de sua carne de forma avassaladora, porém riley tentava se concentrar no principal: dick estava ali e estava vivo. diferentemente dos encontros do passado, a garota não se esforçava nenhum pouco em permanecer forte ou em suprimir seus sentimentos como se não existissem, porque os havia fermentado por tempo suficiente e já se encontrava vulnerável demais para manter guardado tudo o que quis dizer ao rapaz. quando dick a abraçou mais forte, diminuindo por completo a distância entre seus corpos e acomodou seu rosto na curva de seu pescoço para chorar alto, as lágrimas femininas voltaram a rolar com a mesma intensidade, principalmente com a dor em seu peito de ouvir a resposta tão incerta dele. suas mãos deslizaram pelo pescoço masculino até seus fios castanhos, seus dedos passeando por seus cabelos num soturno carinho, e selares eram depositados no que conseguia alcançar de seu rosto numa súplica silenciosa para que ele se tornasse uma de suas únicas certezas, além da morte. — por favor... — repetiu quando ele se afastou para encarar suas feições já inchadas com aquele turbilhão de sensações, seus olhos buscando os dele, que carregavam um olhar tão distinto do passado. ver a imagem de dick todas as noites e o canto masculino ecoando incansavelmente em sua mente enquanto fingia acompanhá-lo na maldita canção “all of me” chegavam sempre na mesma conclusão e o momento em que estavam soava como ideal para falar antes que o perdesse para sempre novamente num piscar de olhos. com a boca entreaberta e seu coração acelerado, a morena estava cega demais e ignorou a reação de encolhimento dele, pois seu subconsciente compreendia que estavam num ambiente seguro. — eu te amo. — soltou atropelando a fala dele, um enorme peso saindo de suas costas naquele segundo, porém a mão do mais alto já se encontrava unida à sua e não demorou para acompanhá-lo na corrida, deixando para trás sua arma por estar tão imersa naquele reencontro e esquecendo dos riscos presentes na realidade em que estavam. todavia, esse se mostrou ser um sinal de que navarro iria a qualquer lugar se estivesse com ele. — para onde estamos indo?
DICK says...
se aquela cena toda não era algo direto dos sonhos mais distantes da realidade que dick vinha tendo desde que começou a perceber seus sentimentos pela garota, ele nem sabia mais. ver toda a sua sinceridade quando a tratava com tanto carinho espelhada na expressão de riley lhe enchia de uma sensação que ele não conseguia nem explicar o que era, euforia, pavor… chegou a imaginar se havia sido pego por algum dos zumbis em seu trajeto até o acampamento, tendo morrido tão rápido que nem teve tempo de processar, talvez aquele momento com riley fosse a sua recompensa por aguentar todos aqueles meses de pura tortura, perdido no mundo e absolutamente sozinho como ele sempre imaginou que terminaria. mas não, sabia que era real porque tinha a convicção de que nada no mundo e nem na vida após a morte se igualaria ao carinho da garota; sua palma deixando arrepios para trás ao que se movia por seu pescoço e os dígitos em seus fio o fazendo soltar um lamento sofrido, a forma cuidadosa que riley lidava com ele lhe atingindo em cheio no peito, toda aquela atenção terna depois de meses sem qualquer tipo de contato que não fosse violência o deixando muito mais vulnerável e confortado do que poderia imaginar quando a sua última memória de toques suaves como aqueles eram da última vez que havia visto sua mãe com vida, depois daquilo havia começado o banho de sangue que ele passou a chamar de vida. todos os momentos turvos de medo e de ira empalideciam diante daquele reencontro, sendo o mais leve que ele se sentia em meses, por isso não conseguia entender o porque de todas as suas lágrimas ou do peso no peito - talvez no fundo soubesse que aquela relação já estava comprometida antes mesmo de ter tido a chance de começar, dick estava quebrado além de conserto e não sabia se ainda tinha em si a capacidade de amá-la como ele sabia que ela merecia, mas deus, ele estava disposto a tentar.
os primeiros vestígios de seu pânico apareceram assim que as palavras deixaram os lábios de riley, o deixando congelado por longos e intermináveis segundos, estupefato demais para conseguir formar as palavras para enunciar o quão recíproco era seu sentimento, como ela era tudo que havia lhe restado e que se só a pequena tira das fotografias deles foi capaz de mantê-lo vivo por todo aquele tempo, a realidade de tê-la ao seu lado era tudo que ele precisava… mas tudo que conseguia fazer era abrir e fechar a boca, sua respiração cada vez mais acelerada enquanto se frustrava cada vez mais consigo mesmo, ela tinha que saber a verdade, mas mais barulhos de passos o tirou de seu estupor e o colocou em modo total de pânico. não fazia ideia de para onde estava indo ou o que exatamente estava fazendo, só sabia que precisava sair dali, idealmente sozinho, mas não havia força alguma, física ou sobrenatural, que fosse capaz de fazê-lo soltar a mão de riley. com o seu plano de um furto e saída rápida indo água abaixo e o reencontro com a garota o deixando atordoado o suficiente para se esquecer do caminho que havia feito ao entrar ali, deixou que suas pernas naquele estado confuso os levasse até a primeira saída que encontrou, uma das mais óbvias o que significava que estava muto bem selada, mas não impediu seus movimentos maníacos para tentar abri-la, sua respiração se tornando mais superficial cada vez que ele tentava empurrar a porta com uma mão, conseguindo segurar o fôlego por breves instantes apenas para que pudesse sussurrar um – eu não sei… – derrotado como resposta para a pergunta de riley, suas tentativas de fuga cada vez mais fracas até que era apenas a sua testa encostada na porta enquanto seus ombros tremiam com o esforço que fazia apenas para respirar. se virando rapidamente até ter a porta contra suas costas, não demorou muito para que suas pernas também fraquejassem, fazendo com que o garoto escorregasse até o chão, a postura encolhida enquanto sua mão livre puxava alguns fios de seus cabelos em uma tentativa de se acalmar, não conseguia nem calcular a força que ainda segurava a mão da garota como se fosse sua âncora para assim não ter que recorrer ao método que havia adotado recentemente: buscar a faca escondida em sua bota para tirar sangue de sua palma como uma forma de se manter no momento. – eu não sei o que fazer, riley. – confessou em uma voz pequena, levantando a cabeça o suficiente apenas para trazer suas mãos ligadas até seu rosto, esfregando sua bochecha nas costas da mão da garota em um gesto dócil antes de deixar ali vários beijinhos. – eu sabia que gostava de você… antes… antes de tudo isso… – falava pausadamente e não fazia ideia se estava sendo coerente, mas tinha a certeza de que queria dizer aquelas três palavrinhas e queria fazê-lo olhando para a garota, só não se sentia estável o suficiente para se levantar novamente e tinha que pensar, para o seu próprio bem, que teria infinitas oportunidades depois que a surpresa daquele encontro carregado e seu ataque de pânico passassem. – você é tudo que eu tenho agora… caralho… – pausou apenas para suspirar, um pequeno risinho incrédulo deixando seus lábios só de imaginar finalmente expor seus sentimentos e quando o fez foi com o primeiro indício de um sorriso em seus lábios em meses. – eu te amo. também te amo. – disse em um único suspiro, evidenciando o também para sua própria satisfação. separou as suas mãos apenas para que pudesse juntar o seu mindinho da mão oposta ao dela, voltando seus olhos marejados para ela novamente depois do que pareceu uma eternidade sem ela em seu campo de visão. – é uma promessa.
RILEY says...
acompanhava os passos apressados de dick com curiosidade, acreditando que estava sendo levada a algum lugar afastado do centro do saguão para que fossem capazes de conversar ou ter um momento juntos sem o risco de serem vistos pelo seu grupo, que riley não fazia ideia de como o receberiam caso soubessem de sua existência. a única pessoa que sabia da sua paranoica busca era sua mãe, que não aceitava tanto a ideia de ver sua filha se arriscando naquele perigoso mundo a procura de alguém possivelmente morto, mas que também desistiu de criar conflitos com o tópico. entretanto, depois de toda a exploração que fez no térreo na noite anterior antes de montarem o acampamento, navarro identificou com facilidade o caminho que faziam até o portão principal, desacelerando os passos gradativamente numa silenciosa oposição ao desejo masculino de fugir do local. estavam seguros ali dentro e mesmo que não soubesse por quanto tempo essa certeza seria verdadeira, aquele havia sido o lugar mais tranquilo que o grupo encontrou no último mês e a ideia de sair para voltar ao caos lhe dava calafrios. observou-o tentar abrir a porta e, ao invés de tentar ajudá-lo, a mão livre de riley também foi à dele que já segurava, puxando-o com sutileza para que se afastasse da entrada selada. a excessiva agitação de dick evidenciava que ele precisava ficar ali para desacelerar ainda mais que si. — pare. — pediu baixo, pois sua voz ainda estava fraca graças à instabilidade emocional do reencontro. — nós ficaremos bem por aqui. — tentou falar com firmeza, mas falhando com a vontade de chorar ainda mais. mesmo que se encontrasse tão traumatizada com toda a matança e as difíceis escolhas presentes em seu dia-a-dia, vê-lo daquela forma doía imensamente por ser tão diferente do que lembrava, pois sua mente inocente se encontrou presa nas imagens dele do passado por todo aquele tempo e enxergar uma parcela do estrago que o inferno provocou pesava em seu peito. só queria ter sido capaz de protegê-lo e o preservado de todo mal.
com os olhos presos no dick, agachou-se vagarosamente diante dele para acompanhar a ida masculina ao chão. riley mordia o lábio inferior numa tentativa de conter a nova onda de lágrimas que ameaça escapar ao ouvir os dizeres dele juntamente com os beijinhos depositados em sua mão, tão calejada e ferida em razão das inúmeras lutas pela própria vida. seu corpo todo tremia com cada flashback reproduzido por sua mente, um suave e soturno sorriso formando em suas feições com a imagem dele no chão do corredor durante a semana beneficente utilizando de sua mão para acariciar o próprio rosto e o discreto selar depositado. ao mesmo tempo que era tão bom ter dick agora ao seu lado para relembrar do tempo em que existia futuro, era doloroso ver o quanto tudo havia mudado. — fica comigo. — respondeu de maneira breve, precisando engolir em seco antes de continuar, embora com medo de uma possível rejeição. — eu estou com um grupo. nós temos armas, comida e água... você pode ficar conosco. estamos seguindo para seattle, porque dizem que há uma comunidade segura por lá. — tentou explicar, mas estava tão agitada que não sabia o quão coerente estava sendo. a única coisa que pensava era que precisava dele mais do que qualquer coisa. quando dick passou a falar sobre os próprios sentimentos, navarro se calou para permanecer atenta a suas palavras, pois seus batimentos cardíacos já eram ensurdecedores o suficiente — muito semelhante aos seu picos de adrenalina, mas com a diferença de que não se encontrava apavorada e sim emocionada com o caminho que ele seguia. riley sabia muito bem que os sentimentos que nutriu pelo garoto antes de tudo acontecer eram recíprocos, só optou pela cegueira com o objetivo de não avançarem e correrem o risco de se afastar como sempre acontecia; mas lá estava ela disposta aproveitar o que enxergava ser sua única fonte de experienciar o amor, mesmo que o destino arquitetasse um fim trágico.
sua respiração falhou com as palavras tão preciosas que saíram da boca de dick, desfazendo-se em lágrimas mais uma vez quando seus mindinhos se encontraram no tipo de promessa que se tornara uma lembrança preciosa para si. visivelmente trêmula, depositou um selar sobre seus dedos unidos antes levá-las ao seu peito sem o medo do passado de revelar até demais com as batidas de seu coração — uma promessa — repetiu baixinho com um sorriso no canto dos lábios, o mais feliz que esboçara nos últimos meses. aproximando-se brevemente de richard, navarro se ajoelhou e depois se sentou no colo masculino, levando suas mãos ao rosto dele para acariciar com leveza seus traços assim como ele fez consigo minutos atrás e então uniu seus lábios num carinhoso e prolongado selar. “eu te amo”, nunca imaginou o quão bom era falar e ouvir tal frase. passando os braços pelos ombros dele, puxou-o para um novo abraço apertado. — eu vou te proteger. confie em mim. — murmurou próximo ao ouvido dele. — não deixarei nada acontecer com você.
DICK says...
dick vinha apenas sobrevivendo desde o dia que se viu correndo pelas ruas caóticas de san diego com suas roupas ensanguentadas e um revólver na mão, cruzando a cidade no modo automático enquanto tentava deixar para trás o que se viu obrigado a fazer com a própria família, sua única esperança de viver se esvaindo junto com a visão do apartamento vazio das navarro. desde então movido unicamente pela fé de que riley estava viva e seu desejo de encontrá-la, a sua falta de um plano sobre o que fazer quando aquele cenário se realizasse falava muito mais do quanto, no fundo, ele já esperava pelo pior. eram tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, tantos sentimentos e emoções o deixando tão sobrecarregado que a única opção viável que seu corpo encontrou foi correr, uma necessidade quase claustrofóbica e inexplicável de sair dali. sua derrota não significava que tinha simplesmente desistido de fugir, porque sua mente ainda trabalhava a mil ao que seu corpo se exaustava, mas foram as palavras de riley que o desarmaram por completo, trazendo mais lágrimas aos seus olhos com a intensidade que ele desejava ficar. seu silêncio prolongado poderia muito bem parecer uma negativa de sua parte, ainda mais com as próximas palavras de riley o fazendo estremecer, grupos passaram a deixá-lo nervoso porque sabia de sua incrível capacidade de arruinar as coisas e causar mais alguma morte era algo que dick não seria capaz de suportar, só de pensar em todo o sangue em suas mãos ele já sentia o nó em sua garganta aumentando e assim apenas dificultando em expressar a sua vontade de nunca mais deixar o lado da garota. richard sempre havia sido suscetível aos desejos de riley, não seria aquilo que diminuiria seu ponto fraco pela garota. – não me deixa ir embora, então. – disse  baixinho, levando a sua mão livre até as suas palmas unidas, de forma que pudesse envolver a mão dela com as suas duas enquanto buscava o olhar de riley com seus olhos suplicantes. para seattle ou para o inferno, dick iria à qualquer lugar se isso significasse que teria a garota ao seu lado, mesmo que isso o fizesse quebrar a sua segunda regra do apocalipse de permanecer sozinho.
na luta contra todos seus pensamentos negativos, dick nunca imaginaria que seria capaz de resgatar aquele entusiasmo inocente que surgiu em seu peito com o paralelo de riley repetindo o gesto que havia o deixado tão nervoso todo aquele tempo atrás na sala de aula vazia onde se sentiu no topo do mundo pelas visões privilegiadas dos sorrisos da garota, as batidas do coração feminino ecoando pelos seus dígitos conseguindo despertar uma parte de si que ele pensava que nunca mais teria de volta. havia rejeitado toda possibilidade de um dia ser feliz de novo, mas o sorriso de riley mesmo que manchando por suas lágrimas teve o mesmo efeito de um desfibrilador trazendo seu coração de volta à vida com toda a energia que ela irradiava. suas lágrimas daquela vez tinham um teor menos trágico ao que ele se permitia receber o toque da garota, fechando os olhos por alguns instantes para aproveitar as carícias, passando os braços ao redor da cintura dela, suas palmas se encontrando em suas costas. o efeito calmante que ele sempre associou com a presença de riley quando ainda se obrigava a vê-la apenas como uma amiga potencializado quando ela colocou seus lábios nos dele novamente, expulsando da mente do garoto qualquer imagem que não fosse aquela que acontecia no momento. sua natureza afobada o tentava a aprofundar o beijo, mas richard estava mais do que satisfeito com a calmaria do longo selar de seus lábios, procurando repetir o beijo assim que ela tentou se afastar, deixando vários selinhos em sua boca antes de levar a sua destra até o maxilar da garota para assim poder deixar leves beijos por todo seu rosto, onde as lágrimas manchavam sua bochecha, suas pálpebras trêmulas e por fim o topo de sua cabeça antes de voltar e deixar um último em sua boca outra vez, suas palavras anteriores sendo repetidas em cada intervalo entre um beijo e outro para compensar por todas as vezes que ele havia sonhado com aquele momento só para acordar e ter que lidar com a realidade de não tê-la ao seu lado, ao menos daquela vez era diferente, o peso de riley sobre suas pernas sólido demais para ser qualquer coisa além de real. – eu confio. – disse definitivo e com a mais pura sinceridade, levando sua mão de volta para as costas dela para retribuir o abraço na mesma intensidade, o ar deixando seus pulmões de forma aliviada daquela vez com o calor da garota tomando conta de todo seu corpo.
não sabia dizer ao certo quanto tempo durou toda aquela calmaria pouco característica do cenário que viviam, mas depois de certo ponto dick permitiu que sua mão sorrateira se esgueirasse para baixo da blusa de riley, o contato direto com a sua pele lhe acalmando mesmo que sentisse como se cada toque delicado das pontas de seus dedos se igualassem a pequenas descargas elétricas, ele era quase reverente na forma como acariciava as suas costas, percorrendo a extensão da pele da garota que tinha acesso com muito zelo. quando se deu conta, a forma leve que os embalava passou a acompanhar uma breve melodia que dick começou a murmurar depois de um tempo, buscando o ouvido da garota para sussurrar uma parte da letra da música quando conseguiu se lembrar, – my heart hurts so good, i love you, babe, so bad, so bad.
RILEY says...
sonhar com dick na maioria das noites, cantarolar as canções que remetiam a ele, explorar cada bairro visitado em busca do seu rosto e escrever “oma” nas paredes como um sinal de sua presença. diversas foram as formas utilizadas por riley para se manter ligada ao rapaz e à esperança de encontrá-lo, mas em momento algum pensou sobre como seria sua vida ao finalmente tê-lo ao seu lado — sua mente não conseguia se desconectar completamente da sua antiga realidade, então esse episódio sempre se misturava com a fantasia de terem uma vida normal. dessa forma, não fazia ideia de como suas histórias se desenrolariam a partir dali, mas, ao invés do medo conquistar completamente seu corpo com a possibilidade de vê-lo sofrer diante de seus olhos naquela terrível realidade e de o assustar com seus instintos mais violentos, riley se sentia incrivelmente aliviada por recuperar uma parte tão importante de sua sanidade e pelo poder que agora possuía de protegê-lo com as próprias mãos. mesmo que acompanhasse o choro masculino, a morena levou sua mão livre ao rosto de dick para enxugar suas bochechas rosadas das lágrimas que rolavam intensamente, aproveitando o contato para acariciar sua pele com o polegar. no passado, muito provavelmente diria a si mesma que fazia isso apenas para consolá-lo, porém atualmente sabia muito bem que era para tocá-lo, ter o calor emanado dele sob suas digitais, e nunca se sentiu tão sedenta por aquilo. toques não eram algo banal para riley, que durante muito tempo evitou todos os tipos de contatos físicos até mesmo de amigos, mas era diferente agora que o carinho se tornara tão escaço e tinha diante de si a pessoa que foi a fonte de seus desejos mais amorosos antes mesmo do inferno se instalar na terra. tudo era diferente, inclusive riley, que não hesitaria em gritar sobre os próprios sentimentos se fosse necessário. ao ouvir a súplica de dick, navarro mirou os olhos dele com seriedade enquanto apertou a mão masculina num sinal silencioso de que estava li e que o que falava era real. — eu não deixarei. — disse e, após um breve segundo, depositou um selar nas costas da mão dele. a garota precisava de richard e depois de todos aqueles meses separados na constante preocupação e medo, não deixaria que ele escapasse pelos seus dedos tão facilmente.
desde que viu o rosto de dick abatido e atônico momentos atrás, a psique de riley encontrava-se numa difícil missão de separar a realidade da fantasia e cada carícia trocada a fazia voltar no tempo em que eram apenas estudantes do high school: as conversas por sms sendo reproduzidas em sua mente, a lembrança dos sentimentos quentes e confusos se tornando reais em seu corpo, as imagens dos sorrisos brincalhões de dick e a forma inocente como suas mãos se uniam. a garota queria acreditar que o chão em que se encontravam era do corredor ou da escadaria da armstrong onde costumavam (quando permitia) matar as aulas mais inúteis do dia, que estava vivendo o seu antigo sonho de conseguir falar tudo o que sentia por ele e finalmente oficializariam aquela brincadeira idiota de webnamoro, que poderiam levantar e andar de mãos dadas pelo colégio sem medo dos olhares de estranhamento... riley realmente queria acreditar que todos aqueles meses infernais não passaram de um pesadelo enquanto dormia na biblioteca utilizando um dick igualmente adormecido como travesseiro depois de virarem a noite numa ligação. cada beijo depositado pelo rapaz em seu rosto era responsável por uma nova lágrima, pois a dolorosa saudade do que poderiam ter vivido ardia mais e mais em seu peito e seus olhos fechados se esforçava para se manter na agradável fantasia — por mais insano que isso soasse. era tão injusto. um sorriso mais largo que o anterior iluminou os traços femininos com a resposta de richard, aquela sendo a confirmação que precisava para se manter firme na decisão de garantir a segurança dele e preservar todas as boas memórias que guardava como um tesouro.
com o rosto aconchegado na curva do pescoço de dick, riley não chorava mais e ainda o abraçava com firmeza. não fazia ideia de quanto tempo estavam posicionados daquela forma, porém a garota não tinha pressa alguma em interromper aquele momento de paz e tranquilidade que durante muito tempo pareceu ser um cenário impossível devido à constante dose de adrenalina que percorria suas veias. inspirando e expirando com suavidade, navarro distribuía pela pele do pescoço masculino leves carícias com as pontas dos seus dedos, mas seus dígitos pareceram gostar mais de massagear a orelha de dick, logo, passou a delineá-la e a oferecer vagarosos movimentos circulares em seu lóbulo. quando a mão do rapaz invadiu discretamente a sua camisa, uma onda de arrepios percorreu seu corpo, fazendo-a arfar baixo graças ao toque inesperado e gélido sobre sua pele, porém derretendo cada vez mais no colo dele com o carinho que recebia em suas costas e a melodia murmurada. embora sua mente se concentrava em aproveitar o contato de todas as formas possíveis, navarro tentou identificar a canção, seu cenho franzindo brevemente ao acessar suas memórias, mas foi necessário que dick cantasse próximo ao seu ouvido para que recordasse brevemente. — eu lembro dessa. — conseguiu dizer depois de seu coração aquecer com o conteúdo da letra. depois de tê-la ouvido no carro de richard, navarro havia procurado pela canção na mesma noite com o objetivo de conhecer o gosto musical dele, não conseguindo tirar da mente o questionamento de “ele pensa em alguém ouvindo isso?”. não esperava que se sentiria encaixada naquela canção tão bem quanto naquele momento. — oh, my heart hurts so good. I love you... — interrompeu-se propositalmente naquela frase, ainda incrédula sobre leveza que sentia por finalmente ter revelado seu sentimentos. — prefiro quando você canta. — disse com uma fraca risada. umedecendo os lábios, suspirou com tristeza pelo seu lado racional querer se mostrar presente num instante tão especial quanto aquele... não queria retornar à realidade. depois de um longo minuto em silêncio, lutando contra si mesma, riley precisou se render. — temos que voltar ao acampamento... preciso te apresentar ao pessoal. — estava incerta da reação dele, porém depositou um beijo em sua bochecha na tentativa de não quebrar a leveza que carregavam. — vamos?
DICK says...
não era uma tarefa assim tão difícil passar a ignorar boa parte de seus pensamentos negativos uma vez que a névoa de seu ataque começava a se dissipar e ele finalmente tinha discernimento e autonomia sobre seu corpo e mente para escolher focar unicamente nas sensações boas que estar ao lado de riley novamente desencadeava, por tanto tempo ele teve medo de se perder naquele caminho solitário que havia escolhido traçar em sua busca incessante por ela e nos piores dias ficava tudo tão frio que ele mal conseguia reconhecer o próprio rosto em todas as memórias ao lado da garota que guardava com tanto esmero em uma tentativa desesperada de se agarrar ao que restava de sua sanidade. ele tinha plena noção de que a felicidade não era um conceito alcançável quando viviam rodeados pela morte e miséria, as lágrimas femininas quebrando o coração do rapaz ao que beijava cada uma delas com pesar, mas, aquele sorriso o aqueceu por completo, o deixando sem reação por uns bons instantes. --- esse sorriso ---, comentou em um tom bastante leve acompanhado de um breve risinho desacreditado, tendo que desviar o olhar por alguns segundos para fugir de todo o brilho que irradiava da face da garota e colocava seu coração em frenesi. quando voltou a olhá-la foi com a expressão carregada de adoração, como se riley fosse a única responsável por todo o brilho das estrelas no céu, toda aquela mágica concentrada no sorriso que fazia dick não só se sentir como se estivesse mais uma vez no topo do mundo, mas também que talvez eles ainda tivessem a chance de terem ao menos um gostinho da felicidade que mereciam, --- acaba comigo. --- completou baixinho, não se contendo ao levar sua destra à nuca da garota para poder puxá-la para outro beijo. ele sentia que tinha uma grande cota para colocar em dia, cansado de engasgar em todas as suas palavras não ditas e beijos que nunca se concretizaram, toda a dança que haviam feito um ao redor do outro no passado e a sua própria idiotice apenas aumentando a sua frustração, cada toque de seus lábios nos dela só o deixando querendo mais.
mesmo com o incômodo da mochila nas suas costas e a forma como começava a perder a sensação em suas pernas, ele nunca escolheria sair dos braços da menor por vontade própria, pela primeira vez desde o começo de tudo aquilo que finalmente se permitia um momento de calma para poder fechar os olhos e apenas aproveitar a companhia da garota, cada um de seus toques fazendo-o se afundar cada vez mais no aperto dela, sua respiração descompassada daquela vez por motivos totalmente diferentes. era tão fácil se perder naquela bolha que eles se encontravam que dick se pegou imaginando aquela cena em um futuro onde os zombies não apareceram para acabar com as suas vidas, fantasias de como seria quando eles finalmente aceitassem e se permitissem sentir tudo que escondiam, eles aprendendo a amar cada pedacinho do outro, quão gradual seriam as coisas sem aquele cenário trágico que o universo acabou escolhendo para eles. seria a sensação de familiaridade que ele sempre imaginou que teriam no lugar daquele sentimento avassalador que estava fazendo sua cabeça girar o o coração bater como uma sinfonia em seu peito? mesmo em seus devaneios estava atento demais à garota para não notar a quebra do padrão de sua respiração com o seu toque, virando o rosto sutilmente para poder deixar um leve beijo em sua bochecha. --- gelada? -- questionou com um pouquinho de humor, espalmando sua mão nas costas dela em uma breve brincadeira porque sabia que a resposta para a sua pergunta era um sim. mesmo longe do que ele costumava ser, cada vez mais dick passava a se sentir como ele mesmo. ele ainda estava quebrado e traumatizado, mas também tinha riley como incentivo para continuar aguentando mesmo em seus dias ruins, mesmo quando até respirar parecia exigir mais esforço do que o normal, porque agora ele tinha uma razão. a lembrança do dia que aquela música invadiu o sistema de som de seu carro e quase o fez entrar em crise era engraçada agora, principalmente dados todos os eventos que aconteceram naquele dia, como ele se esforçava tanto para ver riley como uma simples amiga e agora para beijá-la só bastava ele virar seu rosto novamente, seus sentimentos finalmente no aberto e, o melhor de tudo, recíprocos; ele nunca sabia o que pensar de riley naquela época, sempre chegando na conclusão de que talvez a afeição que ele queria tanto que ela sentisse fosse apenas coisa da sua cabeça, porque tinha medo de assumir coisas e acabar a deixando desconfortável. como era idiota. ele fechou os olhos quando riley deu continuidade ao verso, estremecendo de forma visível e mal conseguindo conter o sorriso que aflorava involuntariamente em seu rosto, não só pelas palavras dela, mas também pela sua voz, o transportando diretamente para o caótico primeiro dia que haviam saído juntos. --- eu amo a sua voz. --- retrucou, levando sua mão livre até o pescoço da garota só para ter uma desculpa para tocá-la, seu polegar acariciando suavemente a maça do rosto feminina e permaneceu ali quando ela tirou o rosto da curva de seu pescoço, seu corpo já sentindo falta daquele ponto de contato entre eles.
mesmo que visivelmente voltando a ficar tenso, o garoto apenas assentiu dócil diante da ideia de conhecer o resto do grupo, ele sabia que não eram muitas pessoas pois havia os visto juntos de longe, mas isso não mudava o fato de que ele era a pessoa que até então estava ali para saqueá-los. segurou o quadril de riley para evitar que a garota se levantasse por um momento, fazendo um gesto para que ela esperasse um pouquinho enquanto ele, com um pouco de dificuldade, tirava a mochila batida das costas e a colocava entre os dois. ela estava especialmente vazia por só ter conseguido pegar duas latas de alimento antes de ser encontrado por riley, não hesitou em devolvê-las para a garota mesmo que seu estômago protestasse com um alto ronco diante do que era pra ser a sua primeira refeição em dois dias sendo devolvida de forma tímida, bastante envergonhado de sua atitude e da forma que havia aprendido a sobreviver. --- desculpa. --- disse baixinho, sem levantar o rosto para olhá-la enquanto revirava alguns bolsos internos da mochila só para ter o que fazer, já que ele sabia muito bem onde estava o que procurava. sem enrolar mais, tirou a fita das fotografias deles, estendendo na direção de riley como se lidasse com um tesouro. --- se eu não puder ficar, eu quero que você tenha isso. --- só então se permitiu levantar, ajudando riley primeiro para depois usar a parede como apoio, aproveitando os breves momentos para esconder uma lágrima teimosa que havia escapado com a ideia de ser obrigado a se separar dela novamente. quando se pôs a andar, imediatamente buscou a mão de riley, entrelaçando seus dedos, inconsciente na forma que tentava ao máximo adiar aquilo.
quando alcançaram o saguão dick soltou a mão de riley apenas para que pudesse levantar as suas duas mãos em rendição quando avistou o grupo. sabia como estranhos eram vistos entre pequenos grupos, por isso tentou evitar qualquer resposta mais hostil à sua presença ao adotar uma atitude mais comedida, calculando cada um de seus passos até estar próximo o suficiente deles para começar a se desarmar em outro sinal de sua rendição. a primeira coisa que fez foi tirar o revólver de sua mochila e colocar os dois itens no chão antes de começar a se livrar das seis facas que tinha escondidas em suas vestes e botas, um soco inglês e um kit improvisado de lockpicking. houve um pequeno curto-circuito em seu cérebro quando ele finalmente ousou olhar para as pessoas ali, travando totalmente quando reconheceu a figura de senhorita navarro, derrubando seu ato para se curvar respeitosamente na direção dela ao que murmurou seu cumprimento educado na direção da mulher. quando voltou seus olhar para riley, era implorando por sua ajuda, porque aquilo talvez não fosse algo que ele tinha a capacidade de lidar sozinho.
RILEY says...
mesmo que em breve precisaria encarar o caos em que viviam, riley permanecia de olhos fechados se esforçando para permanecer imersa no mundo que agora era uma distante memória enquanto seu semblante carregava símbolos tão duais: as tristes e saudosas lágrimas e um feliz sorriso. podia estar inserida num inferno apocalíptico, mas ao menos teria dick ao seu lado para proteger o precioso pedacinho de seu passado e ressignificar a felicidade naquele hostil ambiente. negando-se sair dos corredores da armstrong, foi necessário o complemento de dick sobre seu sorriso para que abrisse os olhos e fosse surpreendida pelo caloroso olhar masculino, capaz de descompassar sua respiração e a fazer sentir borboletas no estômago — um sentimento que pensou que perdera completamente, mas era incrível como o rapaz sempre conseguia despertar as mais diversas sensações em si. sem saber como expressar todo o calor em seu interior, navarro apenas levou suas mãos aos cabelos de richard para perder seus dedos por entre os fios encaracolados e permitiu que seus lábios se unissem mais uma vez. era cômico pensar que há um tempo nem sequer tinha a coragem de manter seus rostos próximos sem entrar num verdadeiro pane e agir desajeitadamente em busca de uma distância julgada como segura só para não fantasiar sobre seus beijos, porém lá estava riley amando aquele contato tão carregado emotivamente. permitindo que o beijo se aprofundasse no lento ritmo, tentava falar tudo o que ainda se encontrava preso em sua garganta e não sabia como expressar em palavras enquanto seus dedos se fechavam em frouxos punhos e, consequentemente, puxando os fios do garoto timidamente como se isso o impediria de fugir. richard era simplesmente tudo o que queria e precisava.
eram momentos exatamente como aquele que navarro se encontrou sonhando durante tantos meses: ter seus corpos encaixados carinhosamente, sentir o calor acolhedor as digitais masculinas passeando inocentemente por seu corpo. a bolha que os inseria a fazia esquecer com facilidade de absolutamente tudo o que acontecia ao seu redor, como se só existisse os dois naquele universo e finalmente poderiam ser dick e riley do passado. um novo arrepio atravessou sua espinha com a mão gelada do rapaz espalmada em suas costas, a divertida pergunta dele a fazendo rir baixinho e, aproveitando que tinha sua destra acariciando o lóbulo dele, puxou fraco sua orelha para repreendê-lo. — idiota. — sua voz saiu suave, pois nunca o chamou daquela forma com o objetivo de ofendê-lo, muito pelo contrário, e não existia mais razões para se esconder através de falas rudes ou agressivas. e, caralho, como era bom ser sincera daquela forma. escondendo o rosto no pescoço dele, abriu um bobo sorriso só pelo conforto de estar daquela forma com o dick e voltando aos poucos a se sentir como uma adolescente normal, mesmo que não fosse durar por muito tempo. acostumada a ter respostas e reações na ponta da língua, riley se achou mais uma vez sem saber o que falar graças ao comentário dele, então depositou um selar na pele masculina como resposta e voltou a fechar os olhos se permitindo experienciar os efeitos que as palavras causaram em si. a música sempre foi sua válvula de escape, mas como os sons atraíam os zumbis, instrumentos se tornaram itens proibidos pelo grupo de sobreviventes e cantar se tornou sua nova forma de desabafo, murmurando algumas canções quando precisava chorar, extravasar a raiva e até mesmo se aliviar do pânico que corria por suas veias com constância. por ter se tornado uma atividade íntima demais para si, aquela era a primeira vez que cantava com alguém e seu peito aquecia por ser exatamente com a pessoa a quem a maioria das músicas se referiam. estourar a bolha para retornarem a realidade foi difícil.
com a silenciosa resposta positiva, riley estava pronta para se levantar quando as mãos em seu quadril e o gesto de dick a impediram, não escondendo a curiosidade presente em seu olhar ao vê-lo levar a mochila ao curto espaço de seu colo que os separava. percebendo que a bolsa estava praticamente vazia, ter as latas de comida devolvidas fez seu peito apertar, pois a fez questionar sobre a forma como dick levou a vida até o momento, além da reconfortante honestidade que ainda existia nele apesar de tudo. — não precisa se desculpar. você só fez o que precisava fazer. — navarro tinha noção que o julgamento entre o que era “certo” e “errado” se tornara nebulosa, porque, no fim, todos tinham um mesmo objetivo: sobreviver. — obrigada. — murmurou voltando sua visão ao garoto, que ainda procurava algo na mochila. imaginando que se tratava de algum outro item furtado, os olhos de navarro se arregalaram ao ver a conhecida tira fotográfica ser retirada do interior e estendida em sua direção, abandonando ambas as latas no chão para pegar a foto como se pegasse uma peça de porcelana frágil. a garota precisou controlar a própria respiração para evitar chorar mais uma vez diante do mais alto, mas não pôde evitar seus olhos de marejarem. — você também foi na minha casa? — a lembrança de ir à casa de richard e toda a dor que sentiu ao não encontrá-lo por lá voltou em sua mente. levando seus dedos trêmulos ao canto de seus olhos, livrou-se do acúmulo de lágrimas antes que fosse tarde demais. — guarde nas suas coisas, porque você vai ficar comigo. — disse séria devolvendo-o a tira, que escondeu desde que saíram na cabine por acreditar que revelava demais o que sentia. se o motivo dele para retornar a foto era para que possuísse alguma lembrança dos dois antes de sua possível partida, riley não aceitaria, pois não o deixaria ir embora. — e eu também tenho algumas coisas para te devolver. — revelou antes de pegar as latas para se levantar e o ajudar a fazer o mesmo. também buscando a mão masculina, navarro apertou-a quando seus dedos se entrelaçaram. — você vai ficar comigo. — repetiu baixo antes de seguirem de volta ao acampamento.
cada passo dado em direção ao saguão era um passo para fora da fantasia criada por sua mente minutos atrás, o comum peso voltando aos seus ombros à medida que reconhecia o ambiente sujo e mal iluminado em que estavam. bem-vinda de volta à realidade. não foi uma surpresa para riley ver o grupo visivelmente preocupado consigo ao ser a primeira a sair das sombras, mas o semblante abatido de sua mãe se converteu em confusão quando dick se revelou enquanto as armas dos homens do grupo rapidamente foram sacadas e direcionadas ao rapaz. “que porra, riley! quem é esse cara?” questionou jack visivelmente aborrecido. — ‘tá tudo bem. — tentou assegurar, mesmo que o mais alto fizesse de tudo para se mostrar como rendido. quando jade retribuiu desajeitadamente o cumprimento de richard, a mais nova até se permitiu rir fraco sem muito humor por relembrar da promessa de os apresentar antes da chegada do fim do mundo. bem, antes tarde do que nunca. — esse é richard… — pousando sua mão livre no ombro masculino, completou. — meu namorado. ele ficará conosco a partir de agora. — sua resposta incisiva foi responsável pelos olhares confusos de todos. uma discussão desgastante aconteceu em seguida e jack insistia que não existia espaço para mais pessoas no grupo, mesmo após navarro fazer questão de relembrá-lo do episódio que ele tentou acolher uma desconhecida por ter outras intenções. os outros integrantes foram bastante passivos, apenas concordando e discordando do caçador silenciosamente, especialmente jade — e isso foi algo que incomodou bastante a morena. — se sua preocupação é a porra da comida, eu divido a minha com ele. — deu uma solução, colocando as latas no chão e as fazendo rolar na direção do homem com o auxílio do pé. — se ele não poder ficar, eu também não fico. — disse com a voz falha buscando a mão de dick, porém essa atitude foi suficiente para que sua mãe quebrasse o silêncio e dylan se juntasse a ela para tentar apaziguar a discussão. “’tá, ele fica. mas você terá que dividir sua água e comida com ele por enquanto. não temos o suficiente.” anunciou o policial e automaticamente se tornou alvo de jack, que passou a brigar na tentativa de mudar a cabeça do homem e percebendo que a decisão já havia sido tomada e concordada pelos demais, se afastou irritado berrando obscenidades. aquele momento de tensão durou mais um longo minuto, todos os olhares mirando o casal enquanto riley tentava manter uma postura firme até dylan ter a iniciativa de se aproximar. “então você é o cara que riley me falou?” estendeu a mão na direção de dick. “seja bem-vindo. mas saiba que se você fizer alguma merda, aquele cara lá acaba com você.” disse com um sorriso debochado. — acaba nada. — corrigiu navarro antes de perceber o olhar de jade sobre si que claramente significava um “depois conversamos”. — nós vamos ajudar nas buscas. — riley disse a dylan agachando para recolher parte das coisas de richard do chão. — iremos ao terceiro andar. — o homem concordou com um suspiro e se afastou para guiar os demais do grupo, mas antes depositou algumas tapinhas nas costas de dick.
DICK says...
sem a urgência do primeiro beijo trocado por eles diante do reencontro carregado e todas as emoções que seguiram, dick imaginou que talvez aquela fosse a razão pela qual havia sobrevivido por todo aquele tempo mesmo quando todas as chances pareciam estar contra ele, de forma alguma sua vida estaria completa sem aquela experiência que era ter riley em seus braços porque aquele devia ser o próprio gosto do céu, seus dígitos na nuca feminina deixando carícias para trás em um total contraste com a forma que sua mão livre envolvia a cintura dela em busca de uma aproximação ainda maior, peito-a-peito, mas ainda não parecia ser perto o suficiente. aquele contato que o garoto sempre adorou nunca foi tão íntimo e nem toda a prática havia lhe preparado para a completa paixão em sua forma mais pura que tomava conta de cada deslizar de seus lábios contra os de riley, sua mente funcionando quilômetros por segundo com a forma gradativa que aprofundava o contato até se transformar em pura estática diante da firmeza das mãos da garota em seus fios, tirando de richard um suspiro pesado, capturando o lábio inferior dela em um mordiscar em revida, seu sorriso carregando uma qualidade quase dopada ao que se afastou minimamente, permitindo que seu nariz roçasse contra o dela de forma carinhosa. o paradoxo de como foi preciso a chegada do inferno na terra para ele finalmente encontrar aquela paz de espírito que sentia ao lado de riley não estava perdida em sua mente, que vez ou outra fazia tentativas de arruinar aquele escape da realidade deles, pensamentos tóxicos que tentavam envenená-lo com a ideia de que aquilo era passageiro e que o melhor era ele desistir o quanto antes. exceto que richard lee não era nada se não teimoso ao ponto de ser irritante, estar longe de riley doía em um nível físico e ele não queria sentir aquele vazio nunca mais, estava apavorado, era verdade, mas também havia ganho um novo senso de propósito, lutar por sua vida não parecia mais um peso se fosse fazê-lo ao lado de riley, passava a ser um privilégio pelo simples fato dela permitir que ele se tornasse uma presença fixa pelo resto de seus dias. nem o carinho transformado em punição foi capaz de amenizar os efeitos da familiaridade que ser chamado de idiota pela garota trazia, lembranças de momentos leves que nunca teriam de volta lhe enchendo de uma nostalgia melancólica porque ainda doía admitir que, mesmo ele disposto a tentar, as coisas nunca mais seriam tão fáceis como eram. — jokes on you, agora sou seu idiota. — se permitiu brincar, deixando logo após um beijo no canto de sua boca porque agora ele podia ceder às suas vontades sempre que fitava os lábios femininos e aquele era um pensamento bastante reconfortante. ele bem que tentou não se sentir desapontado pelo fim daquele momento mágico que se aproximava com uma velocidade desagradável, o garoto tentava se reconfortar com o fato que ele devia estar satisfeito só de ter tido aquela oportunidade, então aproveitou os últimos momentos de calma levando seu tempo ao explorar as costas da garota com seu tato, categorizando mentalmente as sensações e cada detalhe que sentia, chegando a conclusão de que aquela intimidade carinhosa talvez fosse um de seus aspectos favoritos da proximidade.
não que eles estivesse esperando que riley fosse desaprovar seu método de sobrevivência, mas ele também definitivamente não esperava que aquela compreensão viesse assim logo de cara quando ele próprio se sentia quase um verme quando pensava em tudo que já havia feito, exatamente como um parasita se apropriando do trabalho duro dos outros apenas com o seu desejo egoísta de sobrevivência na cabeça. ele queria esconder toda a miséria que aquela forma de viver havia lhe trazido que ficava evidente na única parte de si que sempre foi mais honesta do que ele gostaria de admitir: seus olhos. mas também precisava se certificar que havia escutado direito e que não havia desgosto na expressão de riley porque aquilo só o quebraria ainda mais. quando a fitou, foi com apreensão. — eu não tive escolha. — ninguém teve muita escolha, mas ainda assim ele sentia que tinha que se justificar em sua vergonha. não demorou muito para olhar para baixo de novo, suas mãos indo cada uma para uma coxa de riley, seus polegares acariciando-a inconscientemente enquanto lutava contra as imagens do apartamento vazio de riley, tudo que fez foi assentir brevemente diante de sua questão, só captando as implicações que aquele também tinha na pergunta de riley depois e foi aí que levantou a cabeça rapidamente, seus olhos alarmados ao fitá-la. — também? riley… me diz que você não foi lá em casa, por favor… — suplicou, sua destra cobrindo a sua boca para conter a náusea só de imaginá-la diante da cena que ele havia deixado para trás na mansão. ainda com a imagem perturbadora em sua mente, não teve a dignidade de respondê-la de imediato, preferindo acreditar cegamente em suas palavras ao pegar a fita novamente em suas mãos, deixando um beijo sobre a imagem da garota na foto como fazia sempre que se pegava olhando-a nas noites que não conseguia pregar os olhos por nada, segurou a fita contra seu peito quando se inclinou para frente para deixar um selinho rápido na riley de verdade. — eu vou ficar com você. até o fim. — reassegurou, voltando a guardar as fotos em seu lugar especial. — tem, é? — questionou com o cenho franzido, aquela nova informação o deixando dividido entre se sentir contente por ela ter algo para se lembrar dele e aflito por imaginar ela na mesma situação que ele, imaginando todas as noites se aquilo seria o último pedacinho dela que teria.
a forma definitiva como riley havia se expressado e o aperto em sua mão foram o suficiente para ele enterrar todo seu nervosismo e lutar para manter a persona calma e coletada que havia construído e se transformava sempre que tinha que lidar com outras pessoas, mas bastou a imagem de sua antiga professora de literatura para ele voltar a ser o adolescente assustado que tanto havia tentado esconder naquele momento decisivo. ele estava pronto para dizer alguma coisa depois da apresentação, despertando com o toque da garota em seu ombro, mas fora pego de surpresa pelo uso do substantivo por riley que o fez engasgar com a própria saliva, nem o choque sendo capaz de apagar seu sorriso carinhoso ao mirar seu olhar rapidamente na direção da mais baixa antes de tentar se recompor. ele odiava a forma como as pessoas ali falavam dele como se dick não estivesse presente, mas ele também não conseguia fazer nada a não ser escutar tudo de cabeça baixa como uma criança levando uma bronca, suas mãos cerradas em punho, as unhas curtas marcando as suas palmas em uma tentativa desesperada de não quebrar ali na frente de todo mundo. ele não podia nem culpar o homem, porque mesmo que não fosse cruel, dick provavelmente teria as mesmas oposições que ele caso fosse responsável por outras vidas, ele tinha todo o direito de estar desconfiado e relutante. a forma como riley brigava pela sua permanência ali o deixando aflito por medo da garota acabar falando alguma coisa que se arrependeria e… com um suspiro pesado e sem nem pensar duas vezes ao segurar a mão dela e apertá-la em suporte, concluiu que havia pensado tarde demais, a última coisa que queria era que riley fosse submetida aos perigos que ele havia passado sozinho lá fora, principalmente depois da demonstração do quão protetivo seu grupo era. ele estava pronto para contestar o que a garota havia dito e aceitar que a solidão talvez fosse o seu destino quando se viu mais uma vez surpreendido, dessa vez quando o outro homem se pronunciou com o que parecia ser o veredito final, fazendo com seu seus joelhos quase cedessem ao que teve que dar um pequeno passo para o lado de riley para não perder o equilíbrio por completo, levou suas mãos unidas até o seu rosto para deixar ali um beijo contra o dorso da mão dela, fechando os olhos com força enquanto tentava encontrar a sua voz e quando o fez, passou o olhar hesitante por todos ali antes de falar, seu tom leve quase sendo engolidos pelo novo escândalo daquele que parecia repudiar a sua presença, — eu posso ir atrás da minha própria comida, eu estou sozinho, é o que eu venho fazendo desde o primeiro dia. — foi o que pôde oferecer, não queria ser um peso e muito menos diminuir as porções que já sabia serem escassas. ele ainda sentia as palmas suarem e tremerem sutilmente diante de toda a tensão, seu sorriso para o homem que se aproximou estava longe de estar em toda a sua capacidade cegante, mas deu seu melhor para soar o mais cordial possível, aceitado o seu aperto de mãos ao que mirava um olhar com um indício de diversão na direção da garota. — então ela falava de mim? — mesmo que se tratasse de uma brincadeira, tinha uma leve curiosidade por trás de sua pergunta. não demorou para agradecer o homem pelo voto de confiança, assentindo veemente diante das palavras dele, engolindo a seco antes de se pronunciar, — vou andar na linha, eu não quero perder isso. — mesmo tendo dito de forma bastante ambígua, esperava que a garota entendesse pelo leve aperto de sua mão que ele estava se referindo à coisa mais preciosa que havia ganho naquele dia: o privilégio de sua companhia e tudo mais que estava envolvido no pacote namorado. por deus, mal podia acreditar que ela havia derrubado aquela bomba em seu colo em um momento como aquele. se abaixando também para pegar a sua mochila e ir colocando tudo ali dentro, esperou apenas riley colocasse os itens  que havia pego ali também para se levantar e tomar a sua mão mais uma vez, se curvando respeitosamente na direção do homem ao que o agradecia no mínimo mais umas três vezes.
ele deixou que riley os guiasse e quando se viu longe o suficiente e oculto dos olhares do resto do grupo, soltou a mão da garota para poder se apoiar contra a parede mais próxima, abaixando a cabeça para lutar contra a náusea deixada para trás depois daquele nervosismo todo junto com a sensação avassaladora de alívio. ainda respirando com um pouco de dificuldade e precisando do apoio da parede, buscou o calor de riley com os olhos fechados, a puxando delicadamente pelos ombros quando a encontrou, encaixando seu rosto na curva do pescoço da garota apenas para que pudesse deixar ali escapar um riso. — acho que finalmente saímos da fase do webnamoro. — brincou, todas suas emoções conflitantes sobre aquele dia bem claro em sua voz trêmula. — minha mãe ficaria orgulhosa de mim. — disse mais baixinho, bomi adorava a garota, só era uma pena que… merda, pare de pensar! justamente em uma tentativa daquilo, resolveu esclarecer outro ponto que o deixou desconcertado lá atrás, — caralho, a srta. navarro?! — afastou-se apenas para que riley tivesse visão de sua expressão traída pela falta de aviso, o olhar perdido por alguns instantes ao que seu cérebro, ineditamente, começava a ligar as coisas. — ela é a sua mãe, né? — concluiu, seus ombros caindo em derrota. — se ela não me odiava antes… agora eu ‘tô com vontade de correr.
RILEY says...
sua relação com beijos sempre foi bastante complicada e a falta de sensações foi suficiente para que não sentisse tantas saudades dessa interação durante os meses em que vagou juntamente com o pequeno grupo de sobreviventes. entretanto, ao ter seus lábios finalmente deslizando sobre os de dick, riley pôde perceber o quão sedenta estava por saborear a boca masculina e desvendar a doçura dos sentimentos compartilhados e, assim, quebrando naquele instante sua opinião sobre beijos prolongados serem tediosos, pois a explosão de emoções tornava o momento mágico. concentrando-se em todos os efeitos positivos, navarro puxava o corpo masculino contra o seu da mesma forma como dick o fazia e mesmo sendo capaz de sentir o calor exalado por ele, nenhuma proximidade física parecia suficiente para suprir todo o período em que estiveram separados. ouvir o suspiro pesado do mais alto e ter seu lábio mordiscado foram responsáveis por um breve arrepio inesperado em seu corpo e o tímido nascimento de uma diferente curiosidade fez seus dedos se tornarem tentados a arrancar uma nova reação no garoto, mas eles foram abafados pelo carinhoso roçar de seus narizes e a fantástica visão que agora tinha do semblante leve de richard. nunca imaginou que vê-lo carregando uma expressão tão abobalhada seria capaz de aquecer seu peito e intensificar as afetuosas sensações em seu estômago — poderia facilmente passar horas apreciando seus traços. apesar de constantemente se machucar fantasiando sobre as possíveis consequências de atitudes que nunca tomou, riley agradeceria a partir daquele segundo sobre como suas histórias foram originalmente escritas, porque não dá para sofrer de saudades de algo que nunca viveu e, deus, seria pesado demais relembrar aquela sensação acreditando que nunca mais a teria. a brincadeira de dick acabou com todas as palavras presentes em sua mente e sua boca entreaberta curvou-se brevemente num discreto sorriso surpreso, pois em momento algum previu que aquele conjunto de palavras a atingiria tão certeiramente. — meu idiota? — repetiu mais pelo intuito de o ouvir repetir aquela afirmação do que se certificar. depois de tudo o que passou, navarro tinha a certeza de que conseguiria (e desejava) carregar o peso semântico daquele adjetivo. depositando um novo beijo na curva do pescoço masculino, a garota voltou a se acomodar ali para aproveitar a calmaria que ainda existia — e que estava próxima de se desfazer.
furtar era desonestidade de fato, mas quando o sistema em que costumavam viver havia caído e se tornou necessário assumir os instintos animalescos para sobreviver, esse julgamento não parecia fazer mais sentido. “ter em mãos” agora definia o que era ou não seu, então tirar algum item de uma bolsa jogada era praticamente a mesma coisa de pegar algo de uma casa ou loja abandonada. sem falar que o fato do rapaz ter vivido sozinho até o momento era motivo de admiração para riley, que não conseguia se visualizar sobrevivendo de maneira individual. — eu sei. você estar vivo é o que importa. — tentou oferecê-lo um olhar acalentador, mas a interação não durou muito tempo graças ao tópico seguinte. com a visão recaída nas mãos de dick, que depositavam um carinho sutil em suas coxas, a imaginação de navarro explorava as hipotéticas reações do garoto ao ver seu apartamento vazio e todos esses possíveis cenários fizeram seu estômago revirar e seu corpo tremer ao relembrá-la das sensações experienciadas quando foi checá-lo. a cena ainda a assombrava e muitos de seus pesadelos envolvendo o mais alto estavam conectados com a residência, mesmo que atualmente já vira coisas piores — mas essa tinha uma grande carga por ter sido sua primeira vez numa situação semelhante. — sim. — respondeu breve, precisando respirar fundo e balançando a cabeça curtamente para tentar afastar a memória. — depois de ter visto aquilo, eu fiquei com medo de revirar a casa e te encontrar. estava com medo de te encontrar daquele jeito. — revelou passando a canhota pelos olhos e a deslizando até o próprio pescoço, agarrando a gola da própria camisa angustiada. com a imagem perturbadora em sua mente, riley não prestou atenção quando o rapaz beijou a fotografia, mas voltou à realidade com o selar depositado em seus lábios. sim, dick estava ali e não na mansão... precisava manter isso em mente. passando os dedos pelos próprios fios escuros, riley buscava se tranquilizar com o próprio tato, porém olhar ao moreno que agora estava diante de si pareceu ser suficiente. realmente gostaria e lutaria para ter a companhia dele até o fim. — tenho. — embora o assunto anterior ainda pesasse o ambiente, permitiu-se sorrir curtamente enquanto suas mãos iam ao tecido do casaco moletom que vestia. — aparentemente você não reconhece mais suas roupas, huh? — disse de maneira petulante, fechando o zíper da peça até o topo. --- a outra... — tirando uma das alças de sua mochila e a levou para sua frente a fim de retirar o objeto que se encontrava em seu fundo. o volante de badminton. — você não tem ideia do esforço que foi manter isso aqui branquinho. — comentou numa soturna brincadeira.
riley entendia a preocupação dos outros perante a sua decisão individual de que dick, um desconhecido por muitos, se juntaria ao grupo, mas ela não engoliria todos os argumentos jogados por jack, especialmente quando ele assumia uma postura tão hipócrita. tinha consciência da enorme contribuição que o homem havia dado com seu conhecimento e porte de armas, mas todos ajudavam de alguma forma e isso não tornava suas opiniões menos relevantes — o problema era que queriam retribuir dando-o poder, mesmo que não gostassem, só para acariciar o ego dele e não o ver partir junto com alguns armamentos como uma criança mimada. entretanto, riley em momento algum relaxou na frente dele e não faria o mesmo quando se tratava de richard, porque estava decidida: ele ficaria. felizmente, sua ameaça de partir surtiu o efeito esperado, pois a menina sabia que isso mexeria com sua mãe e, consequentemente, o dylan que parecia nutrir algo por ela. a morena não considerava essa uma jogada suja, mas sim necessária. sem falar que navarro tinha ciência de seu próprio valor naquela equipe e que a perder dificultaria as coisas. “então será dessa maneira por enquanto.” concordou dylan sobre a sugestão de dick em procurar seu próprio alimento, uma ideia que não contentou muito riley e que num futuro próximo seria externado através de sua teimosia. a fala do policial pegou a morena de surpresa, que desviou o olhar do dick quando ele passou a encará-la após a notícia. “sim, mas acho que podemos conversar sobre isso quando ela não estiver por perto.” o homem falou oferecendo uma piscadela para a mais nova enquanto depositava uma tapinha no braço de richard. a verdade era que dylan foi quem a salvou do mercado meses atrás e acompanhou suas impulsivas atitudes de procurá-lo, além dos surtos de tristeza — esse também sendo um forte motivo para concordar com sua adesão, pois sabia que não era qualquer um e pelo olhar que riley carregou, era o rapaz que a garota “ tanto se referiu. “estarei de olho.” foi a última coisa dita pelo policial antes de se afastar.
com todos os itens guardados devidamente na mochila de dick e suas mãos mais uma vez unidas, riley os guiou ao corredor das escadarias para fazerem o que havia proposto: irem ao terceiro andar à procura de suprimentos. claro que sua decisão de irem ao piso ainda não explorado foi influenciada pela discussão de minutos atrás, além de ser uma tentativa de amenizar o ambiente mostrando, à grosso modo, uma utilidade ao rapaz, mas também queria ver aquela como uma oportunidade de se afastar do restante do grupo e se aliviar de todo choque emocional que viveu em pouquíssimas horas, que era evidenciado por suas mãos visivelmente trêmulas. quando richard a soltou para se apoiar na parede, tornou-se claro para navarro que o estresse também havia mexido com ele. — está tudo bem agora. — afirmou, todavia, questionava-se se falava isso para tranquilizar o rapaz ou a si mesma. independentemente da intenção de suas palavras, o pior havia passado e isso trouxe um extremo alívio. sendo puxada e tendo dick acomodado em seu pescoço, riley levou sua canhota aos fios castanhos dele para afagá-lo num delicado carinho reconfortante, porém o riso dele a interrompeu e a fala seguinte fez seu coração palpitar. a adrenalina percorria tão intensamente seu corpo que as palavras escapavam sem filtro algum de sua boca ainda que cada uma possuísse sua funcionalidade e o rotular como “namorado” servia para evidenciar ao grupo o laço emocional que possuíam um pelo outro, apesar de nunca ter sido descrito de tal maneira. — como a internet caiu, precisei fazer alguma coisa. — retribuiu a brincadeira após alguns segundos silenciosa e sorridente. era estranha a sensação de se sentir bem com algo tão inocente quanto um namoro, principalmente quando tudo era tão sombrio. bem, não podia sabotar essas gotas tão doces de felicidade. entretanto, seu sorriso se desfez com o comentário seguinte sobre bomi, a imagem dela ensanguentada surgindo em sua mente como um infeliz flash. a garota fechou os olhos com força enquanto encostou suas cabeças tentando se manter no presente. — ficaria, mas não por minha culpa. — disse depositando um beijo no rosto dele. quando dick se afastou surpreso pela revelação de jade ser sua mãe, riley passou a encará-lo com divertimento, julgando o assunto como uma ótima forma de se distraírem. — não era assim que eu planejei apresentar vocês dois, mas é ela sim. — riu fraco assistindo o semblante confuso do rapaz. — você não era o aluno preferido dela, né? — questionou maneando a cabeça achando graça, mas logo buscou as mãos dele para entrelaçar seus dedos sem a antiga timidez. — apesar de eu quase saí do grupo por sua culpa, jade vai gostar de você, porque ela confia em mim e também não sou de ficar louca ou de namorar com qualquer um. — riu fraco mais uma vez. — e, hm, você está dentro das duas categorias. um verdadeiro combo.
TO BE CONTINUED
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blacknotsobad · 5 years ago
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YOU CAN`T HEAR ME CRY... (POV PT. 1)
os covardes morrem varias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez andromeda lia a citação mais uma vez ainda não convicta da verdade que shakespeare ainda que o admirasse muito não podia dizer que tinha respostas para seus questionamentos afinal ser ou não ser ainda era uma questão para a mesma porque não tinha certeza que tomar as armas contra um mar de tribulações era melhor que sofrer as pedradas e setas da fortuna ultrajosa ainda que está irritasse tanto seu amago porém não negaria tudo que o poeta lhe entendia em ansiar por morrer... dormir... mais nada. dormir e acabar com todas as angustias e os mil embates naturais que é herdeira da carne de fato parecia uma sonho, um que ardia em seu peito e era tão tentador. morrer... dormir... dormir... sonhar talvez... tolice!
uma vida tão curta aonde aos olhos da não mais black parecia uma longa e dolorosa, quem suportaria os açoites e os escárnios? eram demais por mais tempo e por isso a cada segundo o liquido negro em suas mãos parecia lhe cativar, como a clara realização dos desejos mais corruptos de sua alma, não se lembrava de como chegará ali mas sabia o porque. quem quereria sopesar o fardo, gemer e suas debaixo de uma vida dismassessia? nem mesmo o gélido clima parecia abalar seu interior, na verdade parecia quase acolhedor, quase como se pudesse sentir os braços da morte e quem lhe culparia por aceitar? agonizar a toda hora sob a pena da morte em vez de morrer de um só golpe. ela preferia ceder porque ao menos havia sentindo como era amar e descoberto que isso não era o sentimento mais forte, o frágil amor que ela conhecia caído em ruínas, o acelerar do seu coração lhe fazia desejar que este parasse ainda assim fora naquele sentimento que ela se apegará após beber o liquido no pequeno frasco. 
o corpo gélido deitado no chão da torre de astronomia fitando a catástrofe que era o infinito do espaço, se perguntando como se encontraria a galaxia andromeda, se está também estava cansada dos universos que havia destruído e se está tão havia se sentido perdida por desejar a coisa mais bela que já viu com tanta força que era sufocante. riu consigo mesma entre os pensamentos e balbuciou o nome dele algumas vez enquanto o sono lhe atingia. edward... edward tonks... ted... ted tonks... ted... ela sorriu afundando nas pequenas e poucas lembranças que tinha com o mesmo e o quanto elas eram felizes. porém a ideia que nenhuma mais teria a tirou duas lagrimas que escorreram a face, enfim todos os problemas sumiram porém não parecia mais que dormindo, pelo menos por um tempo. a morte tentará sugar-lhe o mel dos lábios sem conquistar sua beleza. 
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owyukhei · 6 years ago
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just close your eyes, we'll be safe and sound || pov
frozen inside without your touch, without your l o v e, darling. only you are the life among the d e a d. there must be something more, bring me to life, wake me up inside.
trigger warning.
Não havia dúvidas de que Seom estava condenada. Ele tentou ser positivo e compartilhar da ideia não apenas de Yue como de alguns outros moradores da comunidade de que nada nem ninguém poderia lhes tirar aquele lugar, mas conforme o tempo passava Yukhei começou a sentir uma forte intuição de que o fim estava próximo. Talvez fosse reflexo de sua vida, dos traumas que passou que o fizeram perceber de que deveria suspeitar quando tudo estava indo bem, era quase como se para cada um mês de arco-íris houvesse dois meses de tempestade e o Wong não sabia se estava confortável com o que poderia vir a acontecer com a comunidade. De algum jeito, sempre se sentia com um pé atrás naquelas situações, temia que tudo pudesse vir a cair a qualquer minuto sem que ninguém esperasse e ele não conseguia evitar de ficar ainda mais preocupado por causa de Yue. E quando aquele grupo, desconhecido até então, apareceu nos portões de Seom exigindo que os moradores lhes fornecessem o pouco de alimento que conseguiram, suas inseguranças pareciam ter pulado em seu interior e tomado conta de suas células. Ele estava uma pilha de nervos, não hesitou em puxar a noiva para trás de si e esconder a figura da Ying, xingando-se mentalmente por não saber o paradeiro de sua sogra. 
O chinês segurou firme na mão delicada da noiva e acariciou a derme dela com seu polegar, tentando passar alguma tranquilidade e conforto para ela, mesmo que ele não tivesse nenhuma das características naquele momento. Para seu azar, o homem em cima do carro era coreano e boa parte do que ele esbravejava perante a postura firme que o senhor Choi se manteve durante aquele tempo inteiro não fora compreendida por Yukhei. Mesmo assim, não deixou de manter a cautela, era necessário ficar atento e seus sentidos estavam em alerta caso qualquer movimento estranho aparecesse diante de seus olhos. A besta estava em sua mão direita, seus dedos seguravam com força a arma, pronto para o que fosse necessário. Não compreendeu como aconteceu, nem o motivo ou sequer queria entender, no segundo em que disparos atingiram seus tímpanos concluindo sua ideia de que não estava saindo uma conversa civilizada entre os homens, Yukhei agiu rápido e puxou Yue para próximo de si, colocando o corpo da noiva no seu. Ele ergueu a crossbow e começou a atirar flechas nas direções que entrava em seu campo de visão, não se importando se atingiria alguém da comunidade ou não, seu único objetivo era manter a noiva a salvo. 
De alguma forma, que ele não soube como no momento, conseguiu liberar um caminho para que pudesse passar com a Ying. Yukhei depositou um beijo na testa da chinesa antes de pedir que ela prestasse atenção em tudo que o mais alto lhe falasse, em seguida, sacou uma arma de fogo para entregá-la. Wong sabia que suas vidas estavam em risco e este aumentaria por tentar salvar a sogra, mas faria o que fosse necessário para manter sua promessa. Por uma questão de minutos, depois de encontrar a senhor Ying tentando fugir de um andarilho, ele pensou que conseguiria salvar as duas e que tudo ficaria bem. Ao menos, para os três. Mas com o barulho, nem Yukhei nem Yue ouviu quando alguns walkers se aproximaram e começaram a comer viva a mãe de sua noiva. Os gritos lhe pareciam normal, já estava acontecendo a um bom tempo, contudo, reconheceria e saberia diferenciar a voz de Yue em qualquer lugar, com todo o caos ou não. O jovem de olhos puxados virou a cabeça para trás e encontrou a figura da chinesa agarrada e aos prantos tentando puxar a mão da senhora Ying, a mais velha, no entanto, já estava parcialmente sem vida. Yukhei não pensou, não parou para ponderar, não tinha tempo, passou os braços pelo corpo de Yue e a pegou no colo começando a correr para longe. Ela segurou-se no jovem asiático e seu choro, próximo ao ouvido do Wong, fizera com que o coração do moreno se quebrasse. Mas ele não poderia deixá-la morrer com a mãe, não poderia perdê-la. Agora era apenas os dois, e assim seria.
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xsxjin · 6 years ago
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cause i built a home for you, for me
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song jinwoo point of view
Song Jinwoo nunca havia sido um covarde, contudo também não era um guerreiro destemido que estava preparado para o cenário destruidor que havia surgido diante dos seus olhos. Na sua jornada até Seom já se havia deparado com muitas adversidades, contudo nenhuma se comparava com aquela, onde os vivos lutavam por algo que poderia ser partilhado. Afinal, quem era o real inimigo? Eles deveriam se unir para combater o verdadeiro inimigo, que eram os mortos-vivos, porém ali estavam os habitantes da comunidade, se defendendo do grupo invasor que queria dizimar todos eles para se apoderar daquele lugar. Como se a situação não estivesse complicada o suficiente, eis que os walkers são atraídos pelo barulho dos disparos e tudo aquilo se transforma num completo inferno do qual o moreno começava a pensar que não sairia vivo. Enquanto tentava salvar a sua própria vida e a dos moradores que estavam próximos, a sua mente viajava até à imagem do moreno que ocupava os seus pensamentos todos os dias: Chae Jaehyun. Inevitavelmente os seus olhos humedeceram e lágrimas se formavam, ameaçando descer pelo seu rosto sujo de sangue alheio e de walkers que havia matado. Ele não queria morrer. Ele precisava de ficar vivo, sair daquele inferno e correr o quanto conseguisse em busca de Chae, certificando-se que não morreria sem se despedir apropriadamente do outro. Tinham ficado tantas coisas por dizer... Song se negava a morrer ali e todos esses pensamentos que o distraíram por breves segundos lhe deram uma força maior.
O moreno fechou o rosto, travou o seu maxilar com força e com a mão livre sacou a arma que trazia presa na cinta. Ele não gostava de usar armas, preferia usar o seu bastão para se defender, contudo se ele queria sobreviver não poderia hesitar um segundo e disparar para sair dali com vida. Não importava mais o que era certo ou errado se fazer, a única coisa que importava naquela nova realidade era sobreviver, independentemente do que tivesse que se fazer para isso acontecer. Com a imagem de Jaehyun e do reencontro que desejava para ambos, o moreno disparou o primeiro tiro num homem do grupo invasor que estava de costas atirando num pequeno grupo indefeso de Seom. O homem caiu no chão com a perna esvaziando-se em sangue e gritando de dores, som esse que não se prolongou por muito tempo por que Song mirou a arma na cabeça do invasor e disparou sem hesitação. Naquele momento não restava mais nada, o moreno tinha desligado a sua humanidade para que pudesse sobreviver e salvar pessoas inocentes que se tornaram sua família em tão pouco tempo. Tinha sido o primeiro humano que ele havia matado, contudo não foi o último, pois não havia sido fácil percorrer o caminho para a sua salvação e das poucas pessoas que o acompanhavam. Contudo, quando se deu conta, estava sozinho, não restava mais ninguém. Uns haviam sido atingidos por balas perdidas, outros por balas não tão perdidas e alguns tinham sido alcançados pelos walkers.
Ele quis voltar, mas não o fez. Lembrou-se de Odengie mas não o foi procurar, pois sabia que se voltasse atrás não iria ter outra oportunidade de chegar aos muros e pular os mesmos em segurança, fugindo para longe dali. Lembrou-se também de todos os moradores que se estavam tornando na sua família e esse pensamento fez o seu coração apertar, porém nenhum deles valia mais do que a sua vida. A única pessoa pela qual ele voltaria para trás, sem pensar duas vezes, não estava mais naquela comunidade, e era também por essa mesma pessoa que ele estava subindo os muros e fugindo que nem a pessoa egoísta que havia acabado de se tornar. Talvez aquela sua atitude lhe fosse pesar na consciência mais tarde, porém naquele mesmo instante, só uma coisa realmente lhe importava: encontrar Jaehyun. Tudo na mera existência de Song se resumia ao garoto baixo que ele desejava odiar com todas as forças, facto que antes não estava tão óbvio assim mas que estava bastante claro agora. Independentemente do que acontecesse e do que encontrasse pelo caminho, ele não ia parar de procurar pelo garoto que queria do seu lado pelo resto da sua existência, fosse ela curta ou longa. Song Jinwoo não precisava de amigos, comida, bebida, um lar ou o que fosse para sobreviver, ele precisava única e exclusivamente de Chae Jaehyun. E ele iria tê-lo de volta, com toda a certeza.
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avery-rilley-rapha · 3 years ago
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Ca n i call you mine?
I wanna be gross with you
A verdade machuca, e a verdade é que só eu estava me machucando
Quem nós somos seria o suficiente, se houvesse apenas amor
Me espere que eu já vou
Eu sou a coisa mais permanente na minha vida
Não tenho nada em mente, além do que está em frente a mim
A minha certeza é você
Tudo girando e girando, tentando fazer melhor que antes
Here, where i belong
Lovin’ you is a losing game
Basta acreditar pra fazer acontecer. Você quer acreditar comigo?
Eu não quero ser só mais uma memória
Você é onde eu quero ir
Você encontrou uma luz em mim que eu não sabia que existia
Quem ouvira meus segredos se você não tiver ouvidos?
Quem nasce com espírito livre não pode ser domado, mas sim conquistado
Se quisermos ir longe, temos que ir juntos
Vou acostumar você a saber que música é amor
Esta é uma batalha que eu não quero perder
Você quer que eu te esqueça. Ta bom, mas me esqueça também.
Sabe o que dizem dos trens? “Não importa o destino, o que importa é decidir embarcar”
Sonhos egoistas não viram realidade
Ninguém é para sempre até ser
Nenhuma luta é em vão, Deus tá vendo a nossa correria
A vida é bela quando se tem um amigo
Me diga e eu esqueço. Ensina-me e lembrarei.envolva-me e eu aprenderei.
Nenhum de nós é tão bom quanto nós todos juntos
Nós podemos fazer o que quisermos se ficarmos nisso
E quando meu mundo está desmoronando, quando não há luz para quebrar a escuridão, eu olho para você.
Quando o coração se quebra, é como se o mundo tivesse acabado. Mas se o amor é real, faz seu coração rugir feito um leao
Ei mundo, eu sou diferente, e aqui estou.
Água salgada, alma lavada
And i think too much in future
Vou seguir meu próprio caminho longe de você
Eu aceito meus erros, também sou humana, e você não vê que eu os cometo porquê te amo
Eu sou alguém que você não pode viver sem? Porque eu sei que não posso viver sem você
Hoje eu to voando, mas eu sei bem onde é o chão
Um coração partido pode se tornar uma arma letal
Por que devo ficar se não posso crescer?
Toda família tem problemas, mas só temos uma família
You will live, you will love and you will dance again
Só eu, você, o mar, o sol e a lua
Posso escolher ser esperta toda a vida e burra só uma vez
Seja pra mim o que você quiser, contanto que seja o meu amor
Quando as palavras falharem, eu vou falhar também?
Minha vida é só minha, mas o futuro depende de nós
O esforço vence o talento, quando o talento não se esforça
Você me deu todo o seu amor, e tudo o que eu te dei foi um adeus
Se você é só você, talvez já baste
Quando o vir, saberei que estou viva
Não existe dor maior que o amor
Você pode me abraçar forte e não soltar?
Agora a sua música está tocando repetidamente, e eu estou dançando ao som do seu coração
Não há segunda chance, então viva a vida da qual você não viverá duas vezes
Ah vingança, teu sobrenome é mulher
Everywhere i’m looking now, i’m surrounded by tour embarace
Graças a Deus encontrei o lado bom de dizer adeus
Eu criei obstáculos só pra poder supera-los
Ela é malícia, no país das maravilhas
To de papel assinado com a liberdade
Quem tem amigos sempre vai vencer
As vezes eu chego até a sonhar com a parada
Eu sou meu pior crítico, falo umonte de merda. Mas sou incrível mesmo quando me esqueço disso
O meu coração é o único que terei para sempre
Estou aqui, mas não conte comigo para ficar
Casa não é de onde se vem, e sim o que se constrói
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thesyrencall · 3 years ago
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EPISÓDIO 51 - brinquedos sexuais no departamento de polícia?
TW: ABANDONO, BRINQUEDOS SEXUAIS, ASSASSINATO, VULTOS
J: Boa noite, boa noite e sejam bem vindos a mais um The Syren Call, o ‘podcast’ favorito de Sinan e região. Eu sei que vocês ficaram com saudades do nosso papo semanal e então voltamos melhores do que nunca prontos pra conversar sobre as novidades. Como você esteve nessas férias, Addy?
A: Hey yo! Good night! Bem vindos de volta ao The Syren Call, com os sereios mais bonitos que vocês já viram. Estava morrendo de saudades de passar um tempinho com vocês, ainda bem que voltamos, não é mesmo? Minhas férias foram produtivas e bem corridas, nada de descanso, Jinjin, aqui é 1000% produtividade para voltar com tudo.
J: Então já vamos voltar com tudo apresentando o nosso primeiro quadro. Esse é o ‘Hoje no Mar’. [vinheta] A primeira notícia é algo que moveu a nossa cidade nessa última semana. Wolgwang foi coberta por uma névoa suspeitíssima.
A: Muito foi dito sobre esse acontecimento, particularmente, eu odiei, fiquei perdido por 2 horas sem saber onde estava, meu sinal sumiu e pensei que morreria, minha amiga veio me buscar com faca na mão e tudo. Alô polícia?
J: Quem já é da ilha conhece os perigos dessas neblinas. Não da pra ver um centímetro a frente do rosto e acaba que muitos se perdem que foi o que aconteceu com o Jaewoo-ssi. Fora isso parece que os fantasmas da ilha ficam mais ouriçados e gostam de sair pra passear. Você viu algo quando tava lá fora, Addy?
A: Vi um vulto de uma criança, assim que o rumor surgiu, peguei minha câmera e corri pra frente da biblioteca, onde ela deu a primeira aparição, tentei me comunicar, mas ela só queria saber de correr pra todos os cantos e rir bem alto. Talvez, essa pequena fantasminha só quisesse um amigo pra brincar? Mas não se enganem, não são todos que são amigáveis assim.
J: Eu teria corrido pro lado oposto, isso ai me deixa morrendo de medo ein. Assombração de criança é a mais assustadora, eu não mexo não, só respeito e deixo no próprio canto. Outra coisa que teve essa semana foi uma notícia que deixou todos nós tristes.
A: Próximo à Usina Mogyoil, um corpo foi encontrado, Kim Seohyun de 28 anos, era professora e era mãe de dois filhos ainda pequenos, é mesmo uma tragédia. Especula-se que o autor do crime foi o ‘Assassino do Círculo’, mas nada foi afirmado. Eu acredito que como foi nos dias da neblina, possa ter outras causas, não acha, Jinjin?
J: To torcendo pra ter outras causas, pois tudo que a gente não precisa é ter essa cara de volta na cidade. De toda forma, vamos tomar cuidado galera. Tentar ficar em casa e não sair sozinho por aí, principalmente mulheres entre 25 e 30 anos. Acho que essas foram as notícias da semana, hm? Acho que é hora de seguir em frente e ver o que vocês comentaram nas redes sociais esses dias.
A: Está na hora de mais um quadro cheirosinho, o ‘Caiu na Rede’ onde trazemos os ME-LHO-RES ‘tweets’ da ilha, detalhando tudo com comentários sobre as fofocas locais. [vinheta] O primeiro post foi bem inusitado, confesso, achei sem querer, era um exposed do Lian e eu precisei vir aqui comentar. É um pouco antigo, mas reviveram e eu achei ter um lugar especial pro nosso quadro. Dylan disse o seguinte: “Eu fui falar do pipi tímido pro Jay e… KKKKKKKKKKKK”. Comentou pro Jaemin, que saiu curtindo vários tweets da thread e deu muito o que falar, arrancou umas risadas minhas, não posso negar, problema de ereção é sério, mas tem tratamento, hyung.
J: Eu sinto muito pelo seu problema, Lian. Mas sexo não se faz só com o pipi né, acredito no seu potencial, meu chapa. Outro na mesma área de entretenimento é o que tem acontecido na delegacia. A linda Asuka decidiu presentear nosso policial de estimação favorito, o Taemin. O presente é um pouco peculiar, da nossa lojinha especial favorita da cidade, a Poison Shop. De acordo com o que deu pra ver das fotos borradas, o jovem policial gosta de uma diversão colorida ein, ainda perguntaram se o novo namorado dele aprovava o brinquedo novo.
A: E que presente! Espero que os dongsaengs se divirtam com o novo brinquedo, apimentar a relação, deixa-lá bem colorida, se é que me entendem? Voltando a falar dos acontecimentos da ilha, tiveram diversos tweets, um deles foi o da noona Yesul, sobre dormir em Wolgwang e acordar em Silent Hill, foi mesmo bem assustador e uma analogia bem convincente, será que entramos no universo de jogos eletrônicos? Estou pronto para os enigmas.
J: Também tivemos uma aventura culinária bem diferente do Lian, que aparentemente estava com tanta fome que comeu terra? Compartilhou com a gente a sua receita na tl de ensopado de terra que ele fez. O homem parece fazer sucesso na rede ein? Todo dia aprontando uma diferente pra gente se divertir rindo dele. O que mais você viu?
A: E pra finalizar com chave de ouro, temos o Benji fazendo twerk na cozinha, quem nunca deu uma rebolada enquanto lavava a louça ou cozinhava, não é mesmo? Mas foi flagrado por seu noivo, conforme o post, foi a segunda vez, MAAAAAS… Boatos de que Haven o chamou pra fazer twerk no colo, tá na hora de providenciar? Será? Nunca saberemos. Agora, seguimos para o próximo quadro com o sereio Jinjin, what’s come next?
J: Agora a gente vai falar da melhor loja exótica da cidade no nosso SereiAd.  [vinheta] A Poison Shop, que muitos pensam ser uma loja apenas de brinquedos eróticos, mas que conta com uma vasta coleção de roupas e acessórios variados exclusivos.
A: Com certeza, Jinjin, lá você encontra umas chockers IN-CRÍ-VEIS, pensando seriamente em comprar várias roupas, é cada peça mais bonita que a outra, vocês não deveriam perder essa chance.
J: Eu já enchi meu carrinho lá, to pronto pra apimentar meus dias com peças incríveis tudo da melhor qualidade. Não da pra perder essa oportunidade, Addy. E se você também quiser que a gente fale do seu estabelecimento ou produto aqui é só nos contatar pela dm do twitter. Hora de falar de música, hora da nossa playlist da semana, hora do Canto da Sereia. [vinheta]  Com qual música nossa playlist começa essa semana, Addy?
(link pra playlist)
A: Nossa primeira música, é uma do meu grupo favorito, quem não souber apanha, Arctic Monkeys, Only Ones Who Know, nossa música de corno indie. A parte mais triste pra mim, é quando chega na parte que ele canta “and I hope you’re holdin’ hands by New Year’s Eve”, sad mood mode on. Pra melhorar um pouco o mood, a próxima é a nova da minha futura namorada, Lost Cause da Billie Eilish. Se estiver ouvindo, por favor, me dê uma oportunidade? Eu tenho um trabalho, diferente do ‘bad guy’ da sua música, como podem fazer ela esperar? Ela comprou até flores pro homem, “You ain’t nothin’ but a lost cause”.
J: Em seguida temos aquela que tem estado a 4 semanas no primeiro lugar da Billboard, e não podia faltar na nossa playlist. O novo single queridinho do BTS, Butter veio aí pra mostrar que só BTS quebra seus próprios recordes. Em seguida temos uma favorita minha, eu admito. Do álbum novo da nova queridinha do pop Olivia Rodrigo, temos Traitor que admito que bateu em vários lugares da minha dor de corno aqui. Aquela música que fala que nem sempre precisa de um adultério pra ter uma traição.
A: 5 Seconds of Summer não podia faltar numa playlist escolhida por mim, Teeth é uma das minhas músicas favoritas, ganhando até o prêmio de melhor música do ano no ‘ARIA Music Award’ em 2020. IMPOSSÍVEL não querer aumentar o som e curtir. Já a próxima, é das minhas queridinhas, o novo comeback da AESPA teve muito o que falar, estavam lindas como sempre em Next Level, eu já sei dançar a música inteira e vocês? O conceito tecnológico, eu gostei muito, além de terem ficado #1 e #2 nos Charts em toda Coreia do Sul.
J: Mais duas favoritas minhas, um combo de sensualidade com Like I Want You do Giveon e Telepatía da Kali Uchis. Admito que às duas estão presentes na minha playlist de sexo, pois dois hits indescritíveis. Ambas fizeram muito sucesso no tiktok logo após o lançamento e acho que todo mundo que é ativo naquela rede social consegue reconhecer pelo menos uma parte de cada uma.
A: PAREM TUDO PRA OUVIR O NOVO COMEBACK DO EXO, VOCÊS NÃO OUVIRAM? Tem o Lay! Sou meio suspeito pra dizer, mas Don’t Fight the Feeling é ótima pra animar seu dia, NÃO LUTE CONTRA SUA VONTADE DE DANÇAR, mas a letra é em relação aos problemas do cotidiano e que você não deve desistir, é pra levantar mesmo seu ânimo.
J: Por último temos o maior hit desse mês na minha opinião, o comeback mais esperado do ano, a música nova da Willow. A Smith mais nova nunca cessa de me surpreender com hit atrás de hit, só lança música boa e esse ano ela trouxe uma pegada totalmente diferente do seu habitual. Pra quem gosta de rock, Transparent Soul é pra vocês.
A: Por último, mas não menos importante, vem o ‘Sereios Respondem’. [vinheta] O quadro onde nós respondemos perguntas sobre vida amorosa, tiram dúvidas e dão pitacos sobre os problemas que nos mandam.
J: A primeira questão vem de uma jovem que preferiu não se identificar. Na pergunta ela diz: “Eu e meu namorado temos em torno de 20 anos, estamos juntos há mais de um ano e ultimamente ele tem falado de acabar o namoro pra aproveitar a juventude. Nós tivemos uma longa conversa e por mais que me quebre o coração eu entendo os motivos dele, de querer ter certeza antes de entrar num relacionamento mais sério tão cedo. O problema é que eu acabei de descobrir que estou grávida de alguns meses, não tive nenhum sinal, minha menstruação tem estado normal, mas agora eu tenho de lidar com isso. Sinto que se eu contar ele vai se ressentir e ficar preso a mim por obrigação. Eu vou sentir que estou usando essa gravidez como uma arma pra manter ele refém na minha vida. Não sei mais o que eu faço quanto a isso, eu não quero dizer-lhe, mas eu sei que não vou poder contar com o apoio da minha família quanto a isso e vou ter que enfrentar a consequência sozinha se for o caso. O que devo fazer?” Bem, [suspiro longo] Eu não tenho propriedade pra falar de verdade sobre o assunto, mas na minha opinião você deveria contar. O que vai ser do relacionamento de vocês depois disso deve ser decidido com todas as informações na mesa. Se seu medo é o ressentimento, pode ter certeza que anos de mentira vão trazer isso também. A melhor decisão é sempre ser verdadeiro e lidar com as consequências depois, e os dois cuidarem juntos, afinal não foi uma ação só sua. E se você decidir ter esse filho, pode ter certeza que ele vai preferir que você conte também, que dê a chance do seu namorado ser um pai pra ele. Essa é a minha opinião sobre isso.
A: A segunda, é de uma anônima que pergunta “O que é considerado traição?”. Conta que acha meio suspeito quando seu namorado está excessivamente ao telefone, resolveu olhar, nisso encontrou uma conversa com uma mulher que trabalha junto, também amiga dela e sempre diz amar o relacionamento deles. O texto trocado foi no dia em que seu namorado havia “sumido”, dizia “Estou molhada, você é tão sexy” e ele respondeu “você que é, não me faça voltar aí”. Não acredita mais em nada do que ele fala, mas também não quer trazer isso a tona, por achar errado mexer no celular. - Assim, na minha humilde opinião, você já olhou, já viu a bomba, pra que continuar com uma pessoa que te trai? Mulher, você arranja outro, é o famoso, ‘thank you, next’. Tem que ir reclamar com ele sim, não adianta ficar aí sofrendo.
J: A gente vai encerrando o programa por aqui hoje, acho que já ta bom né? A gente já falou demais. [Risada]
A: Of course! Se deixar nós varamos a noite apenas conversando, não é? [risada] Esperou mesmo que tenham gostado do nosso ‘comeback’, um beijo em especial pra Seolli e Athena, amo todos vocês e au revoir, see y’all next week.
J: Até semana que vem galera, até mais. Câmbio, desligamos.
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jwnares · 8 years ago
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✧❝ CAN I HELP YOU? ❞✧ (a&l)
@lexiedeyes
                            O relógio marcava ser quase meia-noite quando Ares terminou o shift no bar, largando o avental de bartender no armário da sala de funcionários e tirando a mochila do mesmo lugar. O cansaço consumia o seu corpo e tudo o que ele queria era ir para casa, deitar-se na cama improvisada e dormir. Tinha começado a trabalhar horas extras devido à falta de dinheiro; e sabia que precisava arranjar outro emprego, especialmente se queria manter uma banda, mas a sua exaustão física pelos turnos dobrados no bar o impediam de fazer qualquer coisa. Chegava no pequeno apartamento quase às duas da manhã todas as noites, só conseguia pegar no sono lá pelas três e meia, e depois era obrigado a acordar às nove porque começava no bar às onze. O tempo não era seu amigo e o dinheiro também não. Era quase capaz de escutar a voz de Heejun em sua mente, rindo dele enquanto Ares reclamava das dificuldades que passava: “E você diz que dinheiro não compra felicidade!”. Não compra, pensou, ciente de que estava mil vezes mais feliz daquele jeito do que na vida que levava antes com os pais.
Terminou de arrumar suas coisas dentro da mochila e se deparou com os panfletos que havia feito manualmente anunciando que estaria montando uma banda, a “EX1T” e precisaria de membros. De membros e de um espaço para praticarem, porque de resto, já tinha tudo: desde instrumentos à materiais de produção musical. Soltou um suspiro, considerando se aquela seria uma boa hora para sair colando os anúncios pela cidade, em postes e muros, ou se deveria esperar um dia em que não estivesse tão cansado. Após alguns segundos ponderando, decidiu que não poderia mais prolongar: precisava de membros para começar oficialmente os trabalhos com a EX1T, e estes não cairiam do céu. Colocou a mochila nas costas e com os panfletos em mãos, saiu pela porta dos fundos do bar, deparando-se com o choque térmico ao sair do ambiente climatizado. Odiava o quão quente Los Angeles era.
Respirou fundo, caminhando pela rua à procura do primeiro lugar onde poderia colar os panfletos. Por sorte, não muito longe do bar, Ares encontrou um muro cheio de anúncios de trabalho, cachorros e gatos perdidos, aulas de espanhol, viagens em grupo e entre outros; parou à frente dele, colocando a mochila no chão e procurando a fita adesiva em meio às roupas e outras inutilidades que sempre trazia consigo. Assim que a encontrou, levantou-se para começar a adesivar alguns dos papéis contra a parede, tapando descaradamente outros panfletos ali.
A rua estava quase vazia, salvo alguns carros e pedestres passando de vez em quando por ele, então Ares demorou para perceber que estava sendo observado. Seu coração pulou e ele sentiu a respiração ficar pesada. A última coisa que precisava naquele momento era ser assaltado, pois além de carregar praticamente toda a casa na mochila, também levava o dinheiro do aluguel daquele mês. Contado certinho. Congelado no lugar, deixou soltar a respiração que estava segurando e virou o rosto lentamente até a presença que o acompanhava, rezando para todos os deuses que não estivesse prestes a ser roubado. Suas sobrancelhas se ergueram e uma onda de alívio percorreu-lhe o corpo quando percebeu que o seu “assaltante” não passava de uma garota, provavelmente da sua idade. — Posso ajudar? — perguntou, ainda um pouco desconfiado. Não sabia o que ela poderia estar escondendo; talvez tivesse uma arma ou um canivete e ele não pudesse contornar a situação. Semicerrou os olhos, analisando-a da cabeça aos pés. — Você é muito baixinha e magrela para me assaltar, então desembucha aí o que você precisa. Se é o meu número que quer, então saiba que não vai rolar. Não tenho tempo nem para cuidar do meu gato, quem dirá de uma namorada baixinha como você. 
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disney-icp-blog · 8 years ago
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  Terror nos alojamentos do parque Disney World.                  (Uma reportagem de Orlando Sentinel.)
                                       ┎                               ┑                                                                                  doc: log do evento.                                        ┖                               ┙
Do you Believe in god? Gênero: violência (+18)  com Blake Campbell, Wesley Heizer, Dominic Stheinhausen, Steve Heidrich, Nicholas McDowell, Queenie Storm, Frederico Fellini, Maxwel Petrović e Cold Month
Sinopse:  Era para ser uma noite tranquila, a primeira em semanas após a finalização das obras. Entretanto, o que estava reservado para as poucas pessoas presentes naquele edifício foi colocado em prática. Uma tensa e emocionante história que te faz refletir; Lugar algum está completamente seguro.
Narração:
— Cadê o cadeado?
— Eu não sei, estava aqui, Maikon. — O mais novo entre os dois disse enquanto fuçava na mala no chão. Dix era moreno, com um metro e setenta e oito e vestia o uniforme de pac, já Maikon  ainda estava com a macacão que costumava usar na obra que havia acabado aquela mesma noite.
— Ótimo, ótimo. — Maikon era o responsável pela operação, o loiro devia ter no máximo trinta anos, passou a mão pela barba rala. — Solta a porta da área de lazer.
— Mas da direto…
— Faz o que eu estou mandando, agora. — O menino concordou, os passos saíam ligeiros para a porta com dobradiças e maçanetas de ferro. Soltou a corrente que tinha colocado a poucos minutos atrás, só havia tido tempo de tirar ela quando ouviu som de passos. Dix correu até um vaso, e se enfiou atrás dele. Fechou os olhos enquanto o suor escorria pelo rosto, o coração disparado lhe avisava que o plano havia furos e a desistência ficava cada vez mais forte em sua mente. Uma mão pesou em seu ombro, ele abriu os olhos puxando-a para arrancar de si. — EI… ei… ei…. — Maikon abaixou novamente o tom. — Tá tudo bem, sou eu… Tá tudo certo, foi só um deslize. — Dix assentiu devagar algumas vezes, concordando com o amigo. — A gente só vai fazer isso e pegar a grana, vai dar tudo certo. Entendeu? — Dix concordou, Maikon olhou para o elevador e viu o marcado parado no terceiro andar.  — Ela te viu?
— Eu acho que sim. — Dix sentiu o cadeado ser tirado de sua mão, enquanto Maikon fechava a entrada principal, a porta lateral que dava acesso para piscina já havia sido trancada naquele pequeno tempo em que o mais novo estava em pânico, com uma trava de motos. — Genial. — Maikon sorriu no mesmo instante que uma explosão foi ouvida pelo prédio. Nada que chamasse a atenção de residenciais por perto do Vilas, ainda mais com os sons vindos do shows no parque próximo onde estavam, mas o suficiente para a estrutura inteira tremer.
Naquele instante, celulares, internet ou o sinal estava completamente rompido. Um terceiro homem apareceu pelas escadas que levavam ao subsolo.
— A porta está travada, ninguém sai e ninguém entra. O acesso ao estacionamento pelo elevador completamente bloqueado…. é só pegar a Melinda.
— Uma garota nos viu, ela é do terceiro andar. — O porteiro do residencial rodou os olhos e fitou os outros meninos.
— Vamos limpar a sujeira…
Blake:
..::.. Na sua concepção falha de tempo, já fazia bastante que estava ali, sentado no sofá, até sentir tudo tremer, o levantar do móvel foi abrupto com o susto que levou, primeiro olhou pela janela, e vendo que lá fora estava normal, metade de si se acalmou, mas ainda estava esperando algo bem errado acontecer.
Wes:
..::.. O sofá pequeno tremeu, todo o apartamento balançou na verdade. O despertar do sono recente fez Wes piscar confuso e esfregar os olhos, olhou em volta como se esperasse o universo lhe responder porque foi acordado, após quinze segundo olhando para o nada o moreno resolveu que melhor se arrastar para sua cama.
Dom:
..::..Sua concentração se foi com aquele tremor, Dom deixou seu livro de lado, assustado com aquilo que se não fosse as luzes oscilando, diria ser o sono. Levantou-se da cama com cautela e caminhou até a sala, reparou que enquanto via as horas,  seu celular agora se encontrava totalmente sem sinal.
Steve:
..::..Estava com o corpo escorado na porta do banheiro, o olhar preso nas mensagens que chegavam em seu celular, mas a verdade era que não prestava atenção em nenhuma de verdade. Quando sentiu o tremor segurou a maçaneta da porta com força e olhou confuso por todo o pequeno comodo, mas estranhando a situação ainda mais quando o celular ficou sem sinal. Decidiu que era melhor não demorar muito ali.
Queen:
..::..Estava deitada na cama quase dormindo quando sentiu sua cama tremer acordando assim no susto e olhando para todo o seu quarto esperando saber se aquilo era alguma coisa ou se ela poderia voltar a ficar agarrada com seu pumba de pelúcia e tentar dormir, de novo.
Fred:
..::..Estava ali há muito tempo, era verdade, mas não sabia quanto. A primeira coisa que fez quando sentiu tudo tremer foi se afastar da janela, parando em pé no meio da sala, o roteiro sendo jogado no sofá. Se aproximou devagar de onde estava antes apenas para pegar o celular e a embalagem dos cigarros com o isqueiro, não sabia o que tinha sido, mas não era bom.
Max:
..::.. O tremor lhe fez perder o equilíbrio, Max esbarrou contra a cadeira que ficava na sacada, enquanto o cigarro que fumava tinha escapado de sua mão, foi inevitável ser debruçar por cima daquela proteção e olhar a rua ali embaixo, tudo parecia perfeitamente normal. Max olhou para o apartamento ao lado, e em seguida arrastou a porta da sacada. Wes tinha saído dali, mas ele não podia evitar. — Sentiu isso? — Perguntou alto, indo até a porta do quarto.
Blake:
..::.. Vendo que nada mais estava parecendo tão errado quanto antes, ele fez menção de ir até o quarto para cutucar a colega que provavelmente estava nele, era delicado, porém, não poupou nenhum gesto ao pegar no ombro dela. — Diz que as paradas tremeram e não sou só eu que estou assistindo muita série, por favor.
Narração:
O interfone tocou, Lays olhou para os dois rapazes e indicou a escada. — Evitem as câmeras do elevador, eu ainda vou cuidar disso. Você sobe pro terceiro andar e cuidar da garota. — Disse para Dix que ainda tremia, mas concordou do mesmo modo. — E você vai atrás da Melinda…
— Cuido como da menina de saia azul? — Dix disse seguindo o porteiro que entrou em seu balcão, os olhos atentaram-se ao monitor.
— Vocè sabe. — Tirou as duas pistolas semi-automáticas de dentro de sua gaveta e colocou sobre o mármore, os meninos se entreolharam.
— Eu…faz tempo que ela subiu, se ela tivesse visto ela já não…. — Dix estremeceu.
— Merda… O que estão esperando?— O homem falou alto e autoritário, ao que notou a movimentação no elevador. Os dois rapazes pegaram as armas e correram na direção das escadas, subindo de dois em dois degraus. Melinda era uma menina ruiva, linda de acordo com os padrões da sociedade. Os olhos verdes fitavam as luzes do painel enquanto o elevador parava no primeiro andar. A garota desceu e caminhou até a porta 002 calmamente, batendo incansáveis vezes nesta ao que  olhou para o lado com desespero.
— Por favor! —  Chamou com a voz baixa e o rosto quase colado à porta. — Socorro.
Wes:
..::.. Estava no pequeno corredor a meio caminho para quarto quando ouviu a voz de Max, levantou o rosto esperando que outro tivesse vindo do quarto mas a voz do croata veio da sala."Mas onde diabos...?" -Abanou a cabeça nem completando o raciocínio. _Falha da San Andreas ou coisa do tipo cara. - Respondeu, demonstrando o quão mal conhecia a geografia do país.O predio estava silencioso e foi quando Wes ouviu por alto uma voz feminina. Não batiam em sua porta mas pode ouvir algo. _Mas qu... Max? - Quis confirmar se o loiro tambem ouvi alguem nos corredores
Dom:
..::.. Seus colegas dormiam, então não faria sentido chama-los e perguntar naquele momento. A batida em sua porta naquele momento o fez franzir o cenho, estava tarde para uma visita desavisada.  Ele caminhou até a porta o silêncio sendo o suficiente para ouvir o pedido de socorro que o deixou intrigado._Posso... - Ele abriu uma fresta, mirando a garota antes de enfim abrir mais um pouco a porta. _... Ajudar?
Steve:
..::.. Saiu andando a passos rápidos até Fred. Não o viu no quarto então foi direto para sala, o viu em pé e com alguns cigarros. A principio ficou meio confuso se deveria perguntar ou não, mas moveu os ombros e acabou decidindo que sim — Sentiu o tremor?
Queen:
..::.. Ainda grogue tanto pelo sono e talvez pela droga que havia ingerido mais cedo se virou para encarar o colega de quarto piscando os olhos e analisando toda a situação. - Bem, não foi sonho? Então é, eu senti também  - Disse bocejando e se sentando na cama. - O que deve ter sido isso? - Perguntou pulando para fora da beliche ainda segurando sua pelúcia e esfregando seus olhos. - Terremoto?
Fred:
..::.. Ainda tentava entender o que tinha acontecido, o celular estava sem sinal e mesmo que tivesse colocado e tirado do modo avião algumas vezes, nada mudava. Guardou o aparelho ao tempo em que Steve chegava na sala.  — Senti sim. — Voltou a se aproximar da janela mais uma vez, olhando para o lado de fora.  — Acho que foi só aqui, tá tudo normal lá fora pelo que parece.
Max:
..::.. — Cara, isso aqui é gta? — Falou com o tom divertido, enquanto rodava os olhos. Sua fala interrompeu a audição então ele apenas negou ao que  pegou  o celular no bolso e conferiu a hora, notando a falta do sinal. Nah, devia ser a menina  que morava no apê da  frente. — Sabe que não é problema nosso, não é? — Queria apenas se certificar de que Wes não estava pensando em ir atrapalhar trotes alheios. Entretanto rodou os olhos ao que a consciência lhe puniu. — Okay, vamos ver o que tá pegando.
Narração:
— Eu vou morrer, me ajuda. — A menina disse e sua voz não passou de um sussurro assim que viu o rosto naquela fresta,   Maikon apareceu na porta da escada e foi o suficiente para a irlandesa ser desesperar. — ABRE. ABRE A DROGA DAR PORTA, ME AJUDA. — O rapaz acabou apontando a arma que logo recolheu e voltou a se esconder dentro da região das escadas, temendo ser sido visto por mais alguém aquela noite. O ht (rádio de comunicação)  foi tirado de dentro do bolso dele e trêmulo apertou o ptt (botão que ativa a falar).
— QAP, a Mike sabe. — Ao soltar o ptt o silêncio reinou poucos segundos.
— Consegue pegar ela?  — Foi o retorno de Lays.
— Ela não está sozinha.  — Maikon concluiu
—QTI.
— E quanto a mim? — O mais novo estava ofegante, parado no corredor do terceiro andar. — Eu não sei onde é, cara, não tem ninguém aqui. — Soltou o ptt, andando até as portas ali e forçando a maçaneta de uma delas. Em seguida voltou até a outra.
—Como era a menina? — Lays parecia ofegante, mas estava correndo de encontro a Maikon.
— Bonita? cabelo branco? cinza? eu não sei… — Ele disse mais alto, o desespero ser abatendo.
— Quarto 4. — O homem falou e Dix andou até a porta, encostando a testa na madeira e de olhos fechados. — Você consegue Dix, essa é a sua chance… a sua maior chance. — Bateu duas vezes na porta e deu alguns passos para trás, apoiando a arma na cabeça enquanto fechava os olhos e se posicionava pronto pra atirar, não contando com o olho mágico.
Blake:
..::..— Não foi sonho. — negou com a cabeça na direção dela. Ia falar alguma coisa sobre um filme mas franziu o cenho quando ouviu batidas na porta, não tinha chamado ninguém, mas talvez ela tivesse. — Pera. — então como sempre, andou até a porta e olhou pelo olho mágico e em segundos deu dois passos pra trás de volta, fazendo o caminho lentamente até o quarto com os olhos azuis meio arregalados, sussurrando pra amiga: — Você convidou alguém com uma arma pra cá?
Wes:
..::..Quando Max por fim adquiria um tom serio foi a vez de Wes rodar os olhos."Aleluia" pensou enquanto regressava ate a sala, pela primeira vez na madrugada ficando cara a cara com o loiro. O moreno pensou em vestir um calça, ainda estava coberto de sangue falso quando ouviu a voz feminina ficando mais desesperada._Parece que é serio cara. -Disse, desistindo de vestir algo e virando o corpo no sentido da porta.
Dom:
..::..Okay, se antes ele já  estava cauteloso, agora poderia dizer que estava nervoso com a forma que a garota gritava. O holandês abriu a porta por impulso,  não pensou direito que aquilo poderia não passar de uma simples pegadinha._Okay okay okay,  isso é zoera né? O que aconteceu? - Tentou se manter o maia calmo possível, dando espaço para a garota entrar ao que olhou rapidamente para fora.
Steve:
..::..Não fazia sentido ter sido só ali no prédio então franziu as sobrancelhas tentando entender. Tentou conferir o celular de novo, mas não deu em nada e caminhou até a janela a procura de sinal. Suspirou meio frustado — Deveríamos ver se alguém sabe o que aconteceu?
Nick:
..::..Tinha conseguido pegar no sono após um tempo, quando sentiu um forte tremor. Escutava barulhos estranhos, seu celular estava desligado, devia ter acabado a bateria pela utilização da lanterna que tinha colocado para dormir. Levantou-se um pouco atordoado, não estava grogue de sono, pois havia acabado de conseguir tirar um cochilo. Escutou a maçaneta do quarto sendo mexida e acabou por seguir até a porta, para conferir se havia dado duas voltas na chave. Ligou a luz do quarto e olhou pelo olho mágico. Não viu nada de estranho no corredor, abriu uma pequena fresta da porta pois ainda estava incomodado com o barulho, logo no dia que havia chegado ao intercambio já não conseguiria dormir por causa da bagunça dos outros estagiários?
Queen:
..::..O caminho foi rápido feito por Blake e riu irônica quando Blake lhe fez a pergunta. - Claro, vamos ter uma festa de pijama onde vamos aprender a atirar. - Disse bocejando e encarando o garoto. - Por favor, se isso for uma pegadinha eu imploro que pare, ja tive adrenalina de mais por hoje.
Fred:
..::..— Acho que sim, só pra garantir que não foi só a gente que sentiu. — Se afastou da janela e caminhou até a porta, chegando a abrir um pedaço, mas a fechou o mais rápido e da forma mais silenciosa que conseguiu quando viu a figura armada na frente da porta do outro apartamento. Trancou antes de virar para o alemão, encostando na madeira sobre a maçaneta, a voz saindo o mais baixa que conseguiu. — Pensando melhor, acho mais seguro a gente ficar por aqui mesmo.
Max:
..::..— É, eu notei…  — Ele comentou enquanto ia para a porta, olhou pelo olho mágico no momento que os gritos começaram. — N… — Quase gritou pro menino não abrir a porta, mas Dom o fez. Ele ainda olhava pelo olho mágico quando falou baixo. — Tá, agora é problema nosso. — Avisou Wes enquanto abria a porta e colocou apenas o rosto pra fora. — Tá tudo bem aí? — Perguntou para Dom, deixando a porta entreaberta para que Wes visse o que acontecia também.
Blake:
..::.— Para de fazer barulho então. — revirou os olhos, sabia que podia ser muito da zoeira sim, mas não achava que brincaria com uma coisa dessas... Ok, talvez, mas não era o caso no momento, o tom continuou muito baixo, e ele respirou fundo para tentar pensar direito, e não tinha olhado no celular desde o tremor, mas agora que o fez, e percebeu que estava sem sinal, quis xingar bem alto. — To sem sinal, tenta ligar pra polícia, não to pra zoeira hoje, se for isso..
Narração:
..::. Melinda invadiu o apartamento diante a abertura da porta, ouviu a voz atrás dela, mas ainda assim apenas correu para dentro tateando os bolsos dar varsity que estava usando enquanto parecia trêmula —  Eles estão armados, eles vão me matar, e eles vão te matar por ter me ajudado, fecha essa porta, não confia em ninguém, podem estar junto com eles… FECHA! — Gritou com Dom, tentando empurrar ele com a porta para que fechasse. As mãos estavam sujas de batom por ter escrito no chão do corredor em frente ao apartamento 007 em que morava “ NINGUÉM ESTÁ SEGURO, ELE VAI NOS PEGAR” com letras grandes o suficiente para serem vistas por qualquer morador tanto do seu apê quanto dor 006.
~//~
— Qualé… vamos lá… abre. — ele olhou para o número na porta. Chegando mais perto dela. — Menina, oi… ei, eu sou o… eu vim porque… — Gaguejava, ao que forçou a maçaneta a girar algumas vezes, por reflexo notou a porta atras de si mover.   — ABRE A PORRA DA PORTA! — Se havia a mínima chance das pessoas no quarto 003 não terem lhe visto, havia acabado nesse mesmo momento. Dix chutou a porta, o rosto assumindo uma coloração avermelhada ao que ele começou a chutar a porta e fazer esta tremer. — E...u… mandei… a b r i r
Wes:
..::..Wes confirmou ao amigo com um aceno de cabeça, não sabia o que estava  acontecendo, mas tinha certeza de que acabaria se envolvendo afinal  gritos por ajudar não poderiam serem ignorados. Teve um vislumbre de  alguém entrando no outro apartamento. Começou a chamar então por quem  conhecia do  002._Dom? - Chamou, sua voz não saiu muito alto, mas no corredor agora deserto se ecoou e teve certeza que o morador do outro apartamento.
Dom:
..::.. Ele seguiu ela com o olhar, entretanto, as vozes vindo de fora lhe chamou a atenção, ele até se preparou para responder Max e Wes, mas a voz da garota e suas afirmações o fizeram arregalar os olhos numa clara indignação. _Pera pera, o que?! Do que diabos você tá falando?!  Quem vai matar o que? - O empurrão o fez fechar a porta, ainda que ambas as mãos seguraram a garota pelo ombro enquanto tentava se acalmar._PARA DE GRITAR, VOCÊ TÁ ME DEIXANDO NERVOSO. -Ele gritou de volta, agora com a porta só encostada.
Steve:
..::..Concordou com ele, saiu de perto da janela e estava alguns passos atrás de Fred. O tempo em que ele abriu a porta deixava o celular no sofá e não entendeu direito o porque ele desistiu da ideia — Por que? — Perguntou se aproximando mais para tentar ver pelo olho mágico, mas ao ouvir toda a confusão que parecia estar lá fora e a ordem recuou um passo — Mas que merda tá acontecendo? — O questionamento soou mais para si mesmo.
Nick:
..::..Em frente ao chão do quarto vizinho algo escrito e não teve como conter a vontade de ir ali ler aquilo. A luz havia oscilado. - Puta que pariu, só pode ser alguma pegadinha. - leu aquela mensagem, não tinha visto ninguém no andar e odiava ficar sozinho e aquilo parecia coisa de filme de terror. - Que merda! Se for pegadinha, já digo que não gosto disso, to indo na adminstração do prédio, nada dessas coisas de iniciação ok?? - falou ao que descia a escada lentamente em direção ao andar de baixo.
Narração:
— Pegue ela. — Lays disse a Maikon. — Seu imbecil. — Falou ao notar a trava de segurança na arma que ele segurava. Destravou e o rapaz suspirou meio sem graça e respirou fundo movendo os lábios mas sem realmente dizer aquele “desculpa”, colocando a cabeça para olhar aquele corredor. — qap dix.
— QAP. — A sigla que significa “na escuta” confirmou que o menino ouvia.
— Melinda está trancada aqui, fez o que tinha que fazer?
— Eu não ouvi.
—Melin…. Mike! — Confirmou pelo código alfabético ser fazendo entender.
O rádio era alto, ecoava no corredor do prédio ao que ele olhou novamente para a porta 004 e em seguida para a de trás.
— Vou fazer agora . — Mentiu.
— Ótimo. Fecha a escada desse andar e me encontra do lado de dentro, desse prédio ela não sai. — Dix olhou para a porta ainda fechada e espiou fundo.Alguns fogos chamavam a atenção, e Dix continuava a suar e os sons o fizeram tapar o ouvido com uma mão a outra bem empunhada apontou para a fechadura da porta do 004, três disparos na altura da fechadura da porta, que arrebentou e ficou entreaberta.
Dix virou de frente para a porta do 003 e encarou o olho mágico porque sabia que tinha alguém lá dentro, só não sabia se era burro o suficiente para lhe olhar. Ele sorriu, levantando o indicador e colocando em frente aos lábios em um pedido de silêncio. Correu para porta da escada e se enfiou ali, fechando a mesma que bateu ecoando o estrondo e travando pelo lado de dentro, daquele andar só sairiam se usassem o elevador. O sorriso nos lábios dele morreu ao ouvir movimento no andar de cima.
— Quem está aí?
Queen: ..::..skip
Fred:
..::..Tentou manter o máximo de calma possível ainda que estivesse quase entrando em desespero. Chegou a abrir a boca para responder a pergunta do colega de quarto, mas o que ouviu do corredor o parou por alguns segundos. — O cara está armado. — Era muito difícil manter a voz baixa, mas fez o melhor que conseguiu naquele momento. Esperou um pouco antes de apagar a luz da sala ainda que talvez já fosse tarde demais para aquilo, gesticulando para que ele ficasse quieto antes de escurecer o cômodo.
Max:
..::..Max olhou instintivamente para os lados e não viu nada e nem ninguém, deu um passo em direção ao outro apê, a porta encostou, mas os gritos vindo dele lhe deixou preocupado. — Ele mora no apê da frente, isso não é ótimo? — Falou com um pouco de ironia, pensando alto ao que ignorou os avisos da mente para não ser meter e foi até lá, abrindo a porta e entrando. — Tá, lindinha, acalma o coração e desembucha… Porque a gente vai ficar. Né Wes? — Okay, ele tava andando para perto do casal de pessoas ali e esperava que Wes estivesse vindo também. Os sons por sua vez lhe assustou, Max  tinha experiência o bastante para discernir fogos de tiros. — Isso foi...
Blake:
..::..Não esperou ela olhar no celular, ele mesmo fez, vendo que ela também não tinha sinal e ficando ainda mais frustrado, tentava manter o silêncio para que não o ouvissem de fora. Mas o barulho um tempo depois foi alto demais pra ser um fogo de artifício como o resto dos barulhos e o reflexo foi jogar a menina no chão, até ouvir a porta abrindo de forma lenta. Já havia visto filmes de terror suficientes pra saber que não devia ir pra fora, decidindo que esperaria ali mesmo.
Narração:
— VOCÊ ESTÁ GRITANDO COMIGO? Não devia ter feito isso. — Ela disse irada, os olhos ficando arregalados enquanto se desvincilhava das mãos dele e ser afastava dor mesmo, dando as costas para a porta, momentaneamente.  Ouviu a voz dos outros meninos e se virou enquanto com um celular na mão ela tentava fazer a ligação. — A gente precisa sair daqui… são quinze metros? vinte? ser pularmos ainda da tempo de…. de… — Iria morrer por conta da altura, e ela sabia, sua voz tremida e chorosa silenciou ao que ela se aproximava da sacada, avaliando os meninos ali atrás de si pelo reflexo. O desespero em seu rosto sumindo ao que um sorriso pequeno nascia, ela abriu a porta e saiu, olhando para os andares acima no instante em que a sequência de disparos eram ouvidos e junto delas o som do despertador em sua mão.
— Tiros. Genius! — Ela falou voltando para dentro. — Obrigada, idiotas. — Falou com um tom carregado de escárnio, entretanto, ao que ela driblou as pessoas naquele apartamento e saiu no corredor, sua postura havia mudado quase como se tivesse certeza de algo, mas o disparo rompeu pelo corredor,Maikon voltou a se esconder quando o sangue na lateral do quadril da menina manchou sua roupa e ela caiu no chão, os olhos cheio de lágrimas e a boca aberta sem emitir som, colocando a mão no buraco que a bala fez e sentindo o sangue escorrer por entre os dedos. Melinda olhou para a porta aberta e para os rapazes ali dentro. — M-me aju-ju…
~//~
Dix subiu alguns degraus devagar, tentando enxergar alguém na escada. A arma apontada e pronto para atirar quando o despertador de seu celular começou a tocar e ele se assustou, levando alguns segundos para o desligar..
— Desliga isso… o que está fazendo? — Lays surgiu subindo as escadas.
— Eu achei que…. — A estática do rádio chamou a sua atenção ao que ambos ouviram a voz de Maikon.
— Eu… eu… atingi ela, acho que eles sabem.. acho que… — Lays sorriu, enfim uma boa notícia. Só que Dix pareceu enrijecer a postura.
— Recepção… agora. — Lays ordenou, Dix olhou mais uma vez para o topo da escada.
“bang”, sua boca fez para a sombra que não permitia ver mas ele desceu atrás de Lays, assim como Maikon estava fazendo, eles precisavam de um plano novo e bem, o térreo era a forma mais segura de impedir que alguém saísse enquanto eles decidiam um jeito de… limpar a sujeira.
Wes:
..::.. Franziu o rosto enquanto cruzava o corredor seguindo o croata._Ok, ok. - Falou em tom calmo enquanto fechava a porta ao entrar a garota estava obviamente agitada e nervosa demais para ser coerente. Ia perguntar sobre o motivo do nervosismos quando os tiros foram ouvido, os olhos azuis se abriram um pouco mais que o normal. Seus instintos lhe disseram que deveria sair dali. "A chave do carro está na mesinha da sala"- Lembrou enquanto viu a garota balbuciar sobre pularem.Todo o resto ocorreu em segundo e de repente a garota estava caida no corredor._Merda.- E antes seu instinto de autopreservação ser acionado, Wes já se via querendo puxar a garota de volta para o apartamento.
Dom:
..::.. Ele agradeceu mentalmente por não estar mais sozinho no cômodo, ainda que a atenção estivesse totalmente focada na garota e vez ou outra se dispersava._Ela disse quevtodos iremos morrer com ela!  Será que você pode ir direto ao ponto e falar que droga está acontecendo?! - Ele havia perdido a paciência, vendo a garota sair e entrar do apartamento, isso até o som dos tiros distantes lhe desestabilizar totalmente e aí sim começar a crer no que ela falava. Dom se interrompeu com o barulho, estático ao que agora mirava a garota no chão enquanto pedia ajuda, fora tudo muito rápido, mas não o suficiente para tira-lo do lugar até ver Wes correndo na direção da garota._Volta pra dentro, você vai morrer, caramba! - Reagiria segundo depois, se forçando a agarrar o pulso de Wess no reflexo.
Steve:
..::.. No primeiro instante pensou que ele poderia estar brincando, mas ele parecia estar falando sério então concordou com a cabeça e foi até o celular o reiniciando para conseguir sinal a todo custo. Se antes estava conseguindo manter a calma a perdeu totalmente com o som de tiros, deixou o celular cair no chão com o susto e por extinto se abaixou puxando Fred junto. O estrondo da porta o fez sobressaltar no chão — Isso... porra, me diz que isso é só uma brincadeira.— Pediu sentindo a respiração começar a travar pelo nervosismo.
Nick:
..::.. Não havia descido muitos degraus, só o suficiente para que visse a sombra de uma pessoa com o que parecia ser uma arma em suas mãos. Voltou o mais silencioso que pode, se escorando na parede do corredor "pqp, isso não deve ser uma brincadeira, ninguém é tão demente assim a ponto de fazer uma coisa dessas", foi o que Nick pensou enquanto escutava o que as pessoas que estavam na escada falavam. Assim que o silêncio pairou novamente, resolveu que talvez devesse realmente descer, afinal não conseguiria sair dali de qualquer outro modo
Queen: ..::..skip
Fred:
..::.. Pareceu ter falado o óbvio porque entre sua fala e os tiros o tempo pareceu ser de, no máximo, dois segundos. Travou. Qualquer pessoa normal teria se abaixado ou saído correndo na direção oposta, mas só ficou parado no lugar, abaixando só quando foi puxado por Steve. — Eu acho que não é uma brincadeira, mas eu espero que seja. — Não sabia nem como estava conseguindo falar, mas não era como se estivesse pensando também. — A gente tem que sair daqui.
Max:
..::.. Max estava tentando associar as coisas, o som dos disparos pareciam nublar um pouco seus sentidos mas conforme os outros dois agiam ele parecia voltar a realidade. Se moveu rápido, o espaço era estreito, mas ainda assim ele conseguiu ajudar Wes puxar a menina. — Fecha. — Pediu pra Dom. — Okay, só pode ter vindo do fim do corredor, então... Precisamos chamar uma ambulância. — Disse rápido, enquanto olhava ao redor. — Tem um pano? — Pediu pra Dom, embora a mão fosse automaticamente para o ferimento, segurando o machucado enquanto a mão tremia. Ele assentia para os próprios pensamentos.
Blake:
..::.. Estava tentando processar tudo que acontecia calmamente, e segundo a seus conhecimentos não devia de forma alguma sair do dormitório, mas ouviu um baque seguinte que o fez levantar e olhar para a garota. — Fica aqui. Vai ficar tudo bem. — se sentiu um personagem burro de filme de terror por fazer aquilo, mas tinha que dar um jeito de sair dali. — Puta merda, caralho, caralho, caralho. — foi até a porta com o trinco quebrado indo direto pro outro lado do corredor checar se tinha alguém lá, batendo na porta algumas vezes de forma cuidadosa.
Wes:
..::.. _Meu carro está na garagem.-Anunciou aos outros dois enquanto um plano de fuga começava a se formar em sua mente. Sim o ideal seria uma ambulância mas  Wes gostava de ter planos na manga. Olhava a moça, não lembrava do rosto dela, mas tambem não conhecia a todos os moradores do lugar. Deixou que Max pressionando  o ferimento e pegou o telefone fixo existente em todos os apartamentos, o aparelhos estava mudo._Dom seu celular?- Pediu mantendo a voz baixa já que o atirador ainda estava por ali.
Dom:
..::.. Parecia mais agir por impulso do que qualquer outra coisa, Dom trancou a porta  como pedido e os passos foram rápidos a buscar pelo pano, não gostava nem um pouco da visão que tinha._Era o que faltava, vamos morrer porque uma garota veio bater logo no meu apartamento, ah até legal, isso é definitivamente a melhor maneira de se encerrar o dia. -Nem se deu conta do quanto ou do quão  rápido falava, entregando o pano ao loiro ao que tentava mirar qualquer outro lugar. _Sem chances ligar para ambulância, o sinal caiu a pouco tempo e não parece voltar tão cedo.-Arremessou o celular para Wes, tentando distrair a mente.
Steve: ..::..skip
Nick: ..::..skip
Queen:
..::..
Enquanto Blake saia do dormitório a garota pegou seu celular checando novamente para ver se tinha por acaso algum sinal e mesmo se não tivesse, chamada de emergências era para funcionar mesmo sem sinal, certo? Tentou discar os numeros de emergência que tinha de co, não resultando em nada.  Eles estavam muito ferrados. - Era pra, supostamente, Eu estar segura aqui na Disney. - Suspirou se levantando e indo atrás do amigo, ainda agarrada à sua pelúcia. Ela não ia conseguir ficar parada.
Fred:
..::..Era difícil saber qual dos dois estava mais travado com tudo aquilo e as batidas na porta não ajudaram em nada. Deixou Steve ali, ainda que falasse para ele levantar, quando foi até a porta, olhando pelo olho mágico antes de a abrir, só fazendo porque reconheceu o colega. — Você tá bem? O que aconteceu? — Deu um passo para o lado e abriu um pouco mais a porta. — Vem, entra.
Max:
..::.. — E você quer levar uma garota sangrando com pessoas armadas lá fora querendo matar ela? Gosto da sua idéia. — Não. Ele não gostava e ficou claro na ironia que usou, mas ainda assim agradeceu com um sussurro o pano. Pressionando aquilo ali, pegou as mãos da menina e colocou sobre ele, não era problema seu. — Okay. Ninguém vai morrer. — Olhou de canto pra garota baleada sem muita certeza. — Temos uma nova regra. Você não banca mais o herói. — Não falava sério essa parte, e deu um sorrisinho porque achou que isso o deixaria calmo. — Podemos tentar chegar ao elevador.
Blake:
..::.. — Nem lembra que a gente ta na Disney. Não é o paraíso é só um lugar. — revirou os olhos. Estava meio nervoso mas era uma coisa que estava sendo ignorada completamente pra mais tarde, quando realmente entraria em pânico. — Vem Queen. — puxou-a sem qualquer delicadeza pra dentro do dormitório dos meninos, respirando fundo quando entrou e deu conta de fechar a porta atrás de si. — A gente tem que sair daqui.
Wes: ..::..skip
Dom:
..::.. O holandês era a última pessoa a ser chamada naqueles casos e tinha uma razão bem comum para aquilo, quando deu por si, já ria de nervoso ao que caminhava de um lado para o outro._Céus, ela mal deu um passo direito, e se eles ainda estiverem ai? E se forem muitos e vierem atrás da gente por queima de arquivo? Vamos ser baleados e mortos todos junto sem ao menos a droga de um pedido. - Péssima hora pra falar, mas saia automaticamente, o olhar se alternava entre Wes e Max e ainda evitava a garota. _Eu gosto muito dessa regra, muito mesmo. - Até mesmo tentou sorrir de volta, mas aquilo não saiu como o planejado e não passou de uma careta estranha, seu olhar finalmente caiu sobre a garota e no despertador em suas mãos, Dominic se abaixou próximo a ela, tentando focar apenas no aparelho enquanto o pegava em mãos. _Elevador faz barulho demais,  não seria tipo, um pedido para ser morto?
Steve:
..::.. Sabia que Fred havia pedido para ele levantar, mas não conseguia. Realmente ficou meio travado ali no chão, negou com a cabeça quando o viu abrir a porta, porém assim que viu Blake suspirou aliviado e colocou as mãos sobre o rosto em uma tentativa de respirar fundo e se acalmar. – Como? – Perguntou tentando não transmitir em sua voz o quanto estava nervoso – Se formos pela escada eles podem estar em qualquer andar e vai ser tipo um beco sem saída, o elevador é pedir pra morrer com o barulho e pela janela vamos nos machucar... – Parou de falar pensando se deveriam tentar – Mas eu acho que é a única opção. – Respirou fundo, pois tudo que falava parecia errado já que mal conseguia pensar direito, a voz já tremia e nem tentava mais disfarçar.
Nick: ..::..skip
Queen:
..::.. - Nós podíamos dar uma de Rapunzel. - Disse dando de ombros. - Pegar os lençóis, amarrar na sacada e descer. - Riu passando a mão no rosto - Desculpa, eu tenho mania de rir  quando estou nervosa - Falou suspirando e mordendo os lábios. - Mas sério, isso é uma boa ideia, da certo, ja tentei, e a gente pararia na sacada do apartamento do Wes. - Disse olhando para a direção da sacada. - Talvez possa dar certo e a gente tenta pedir ajuda.
Fred:
..::.. Sair dali era uma idéia ótima. Era a melhor coisa que poderiam fazer, o problema é que ninguém sabia onde o cara armado estava. — Se eles já não tiverem saído também. Talvez dê pra ter ajuda mesmo. — Não estava pensando direito e provavelmente concordaria se falassem para se jogarem lá de cima. Tentava não ficar desesperado, mas não estava tendo tanto sucesso quanto gostaria.
Max:
..::.. Max se afastou um pouco deles para ir limpar as mãos, voltou com elas ainda úmidas mas dessa vez de água. Caminhou até eles, a menina segurava o pano e emitia sons de dor, o que aumentava a empatia. — Você precisa ficar calmo, okay?  Isso não é uma série de ação. Só temos que chegar na garagem e chamar ajuda. — Abaixou perto dela e olhou pra Wes esperando se ele resolvia o lance do celular.  
— Todo elevador tem passagem pra manutenção em cima, se algum de nós ir, é só escalar, se o elevador subir talvez eles sejam atraídos para os andares de cima e a gente tenha a chance de sair.  Ninguém viu quem é.  Somos três, talvez seja um só... E... Caramba, eu não faço idéia.
Blake:
..::..Respirou fundo. Todos os outros estavam nervosos demais pra ele gostar daquilo, e negou com a cabeça. — Eu acho que ele trancou a gente, porque a porta do andar nunca faz barulho. — mordeu o lábio inferior pra pensar, os dedos sempre inquietos batucavam na jaqueta. — Sem pular, a gente ta no segundo andar, e não tem lençóis suficientes aqui pra  fazer esse tipo de coisa. — sabia que não podiam se desesperar e era o que estava tentando fazer. — Fiquem calmos, desespero é morte na certa.
Wes: ..::..skip
Dom:
..::.._Eu tô calmo, e muito por sinal. -Respondeu rápido, agora de joelhos ali enquanto observava aquela coisa, se forçava pensar em algo porém estava difícil. _Você tem certeza de que isso não é uma série de ação? -Ele perguntou meio irônico assim que ouviu o plano alheio, mesmo que de fato aquela fosse a possibilidade mais coerente a ser tentada. O suspiro saiu frustrado dos lábios ao que passou uma das mais impacientemente no cabelo. Dom se levantou e caminhou até a porta, olhando pelo olho mágico apenas por precaução. _Ei, garota, você consegue dizer o que aconteceu pulando a parte de que vai todo mundo morrer? -Era notável a dor dela, mas era bom ter informações antes de se jogar naquela missão suicida.
Steve:
..::.. Sim. O barulho parecia mesmo com a porta da escada, mordeu o lábio inferior e pensou em outras alternativas. – Ele tá certo não temos tantos lençóis assim, eu acho. – Em sua cabeça qualquer coisa era morte na certa, estava mesmo desperado, mas tentava o máximo não surtar e mesmo assim não conseguia ver algo bom em continuar no quarto quando eles claramente sabiam que estavam ali. – Ok. – Respirou fundo – Mas a gente precisa de outras opções logo... Não é uma boa idéia ficar aqui por mais tempo.
Nick: ..::..skip
Queen:
..::..- Bem, acho que 8 lençóis funcione, contando com o lençol de cama e a coberta. - Disse indo se sentar no Sofá. - Okay,olha, isso não é Matrix, porque se fosse eu ia adorar sair daqui e pegar a escada onde um cara pode  estar ae escondendo la. Não podemos gritar porque se não nos escutam, não da dá pra ligar pra emergência e Bem, não podemos ficar trancados aqui. - Disse suspirando. - Nossa,o que eu fiz hoje para merecer ter um cara batendo na minha porta e me chamando de menina. - Revirou os olhos passando a mão no rosto novamente 3 depois olhando para seu urso de pelúcia. - Eu e Pumba achamos que podíamos bem descer pelos lençóis caso ninguém tenha outra ideia. Vou até priemiro se quiser. Se os lençóis for até metade pelo menos da pra pular sem ae machucar pra sacada do ape de baixo  - Comentou olhando para os garotos. Não era como se achasse que ia dar certo, mas achava melhor isso do que ficar trancada.
Fred: ..::..skip
Max:
..::.. Não podia culpar ninguém pelo  nervoso, mas ainda assim ele estava tentando achar uma solução. Colocou as mãos na cabeça, passando pelos fios demonstrando nervosismo. O brilho em seus olhos por sua vez, apresentavam outra coisa. "Não é real. Isso não é real.", pensou tentando se convencer e até fechou os olhos, mas abriu novamente quando ouviu o esforço que ela tinha pra falar só celular.  — Okay... Wes tem um carro, a chave está do outro lado do corredor, a porta está aberta e a gente sabe que o tiro veio das escadas. Da pra rolar...
Blake:
..::.. — Olha só consigo pensar na opção do parkour, e como eu não sei fazer parkour... — até se impressionava um pouco com o tom calmo que usava mas devia deixar claro que achava de extrema burrice a ideia de amarrar vários lençóis pra fazer o que a garota planejava, considerando tudo ele achava que a melhor opção era ficar ali e esperar a morte, mas arqueou a sobrancelha para ela. — Considerando que isso aqui não é Matrix, você espera que nós normais aguentem pessoas com sessenta quilos, ou mais, mesmo?
Wes:
..::.. Suspirou, a ideia do algum deles escalar o elevador enquanto os outros seguiam para a garagem lhe lembrava sim um plot de filme de ação, Wes não era um heroi mas tambem não ficaria parado ali._Precisamos de um espelho, olhamos se tem alguem no corredor. Eu vou pegar chave do carro. - Seu olhar passeou de Max para Dom._Vocês ouviram os outros tiros, quem atirou nela não está sozinho. Temos que sair, o mais rápido possível.- O fundo de sua mente repassava o que Wes conhecia da violencia naquele país e do facil acesso a armas, só de lembrar disso tinha calafrios,
Dom:
..::.. A garota não respondia nada além de murmurios e ficava difícil contar com sua ajuda, o celular em sua mão também se encontrava sem sinal, o que dificultava e muito o plano. Ele tentava se acalmar. _Temos que pensar na possibilidade do que fazer  se esse plano der errado. - Dom correu até o quarto, um espelho de sua colega jogado na cama foi pego ao que voltou rápido. _Quem vai escalar aquilo? E se escalar e for pego por mais alguém lá em cima?
Steve: ..::..skip
Nick: ..::..skip
Queen:
..::.. - Olha, eu só estou dando ideias. - Disse suspirando. - Sabemos que pegar o elevador faz barulho, a escada não tem como porque está trancada, ficar aqui não é uma boa ideia, a qualquer momento o cara pode aparecer e decidir não ser tão paciente e ficar gaguejando enquanto grita menina e abre a porta. - Falou sem expressão no rosto e ainda encarava seus amigos. Sempre que ficava nervosa ou ficava rindo ou sem expressão. Ela achava que essa segunda opção era a melhor. - Então, a não ser que tenham uma arma, o qur vamos fazer. To quase saindo daqui e pegando a merda do elevador. A loira do banheiro seria melhor que isso, sério. - Disse revirando os olhos e ficando um pouco incômoda em ficar quieta em  um lugar quando estava possivelmente prestes a morrer
Fred:
..::.. Até ouvia os outros falando, mas não era como se estivesse processando muita coisa do que era dito, além, claro, de que deveriam sair dali de alguma forma. Suspirou. — O problema de pegar o elevador é que a gente não sabe pra onde ele foi. Subir ou descer é quase tão arriscado quanto ficar aqui sem fazer nada. A gente não tem muita escolha.
Max:
..::.. — Tá, mas ficar aqui esperando a mina morrer no seu apartamento não me parece uma ideia boa. — Comentou com os dois, mas olhou para Dom no processo. A anos Max não pisava em um elevador, cinco deles para ser mais específico. Os olhos passaram pela garota deitada e então alisou a testa. — Eu posso subir, eu só… Tá, mudança de plano… — Disse enquanto ia até Dom e pegava o celular em sua mão. — O despertador tocou e ela achou que podia sair, mas algo deu errado e… — Tentava ligar os pontos, fuçando no aparelho. —  Ela sabia que não tinha sinal. Então o alarme é porque tem alguém lá fora que ela confia...
Narração:
..::..Melinda tentou falar. —  Na es-cada…. na es... tem… —uma lágrima escorreu solitária pelo canto do olho. —  te… —  Tossiu algumas vezes, o ato fazendo o pano em sua cintura ser embebedar de sangue enquanto da boca da menina parecia secar. O suor ficando mais abundante ao que o corpo começava a apresentar sinais de tiritar. Ela fechou os olhos, tonta demais para se esforçar.
— Onde ela está? — Dix perguntou assim que chegou na recepção. Maikon andava de um lado para o outro dentro do pequeno espaço do balcão da portaria olhando os três monitores, um tinha a visualização do elevador, o outro para garagem no subsolo do prédio e último a cabine de entrada do complexo residencial onde alguns seguranças conversavam a algumas quadras dali.
— Eu não sei, eu deixei ela lá em cima, não sei o que aconteceu.
— O que? — Lays perguntou bravo. — Se aproximando dos monitores.
— Ela tá com alguém, tá bom? tem uns caras lá…  vi dois passar pelo corredor, mas alguém abriu a porta , quando eu ia atirar de novo, eles puxaram ela e…
— Então ela não morreu? — Dix tentou confirmar. — Você estava com ela na sua mira e não matou? Você é um idiota. — O mais novo queria rir,  mas Maikon o empurrou fazendo-o bater contra parede e voltar.
— VOCÊ FARIA MELHOR? CADÊ A MENINA DO SEGUNDO ANDAR? —
— Fala baixo. — Lays tentou afastá-los. Enquanto um tentava avançar contra o outro. — Foi por isso que fechamos, não tem como ela escapar.
— Cadê ela, Dix? — O celular do pac passou a vibrar em seu bolso. — Eu não estou vendo nenhum corpo, e nenhum movimento naquele andar, eu ouvi os seus tiros. Por que não tem ninguém nos corredores? Nas escadas? —  o som do despertador começou bem baixinho, mas o pedreiro olhou para o bolso do menor.
—É meio conveniente não é? Deixou ela pedir ajuda, errou o tiro e ela parecia saber bem o que estava fazendo ao ir pedir ajuda nos apartamentos mais baixos desse prédio..... — Dix colocou a mão no bolso, procurando o botão de desligamento.
— Mas ela é a sua colega de quarto. — Lays que parecia desconfiado de Maikon olhou para Dix. — Tem algum lugar pra ir? — Maikon fez a pergunta e levantou arma devagar.
— O que está fazendo? — Lays perguntou quando o som do despertador finalmente ficou mais alto. O homem pensou em virar, mas antes que pudesse fazê-lo o som dos disparos começou.  Uma troca de pelo menos nove disparos antes de finalmente dois corpos estarem no chão.
“Vamos brincar, castings.” foi pensamento daquele que restou em pé, ao sair do balcão e andar até o elevador e chamar ele, apertando o 3º e último andar e se encostar ali com os olhos fechados, esperando enquanto a musiquinha tocava.
Blake:
..::.. De certa forma tinha noção que talvez as chances de saírem vivos fossem pequenas, porque nem sabiam quantas pessoas faziam parte daquilo. Nunca fora uma pessoa paciente, mas tinha que concordar com o cara moreno que não lembrava o nome, ficar era arriscado também. — Tá... Eu até topo a ida pro elevador, já que as escadas não são uma opção e blá blá. — assim que terminou de falar, ouviu mais disparos, se encolhendo pelo barulho. — Okay... Conte mais sobre o plano do elevador de novo, porque parou de soar tão convincente.
Wes:
..::.. _Esqueçam a droga do elevador.- Respondeu ríspido, seu cerebro repassava hipóteses e possibilidades, lembrou das câmeras no corredor porque era o que porteiro na recepção ficava olhando, certeza que o porteiro não estava lá mas sua mente desconfiada achou que algum dos atiradores poderia estar. Max fuçou no celular._Quando é o próximo despertar?- Perguntou enquanto pegava o espelho com Dom, foi quando a garota tentou voltar a falar algo, ela estava piorando. Wes caminhava para porta quando um novo rompante de tiros. "Merda, merda, merda"- Eles não tinham muito tempo, viu pelo reflexo do espelho o corredor vazio, seu coração acelerado. Os tiros ainda rolavam e outra andar quando ele correu ate o proprio apartamento.
Dom:
..::.. _Eu sei, eu sei...-Comentou baixo, a garota caída no chão ganhou a sua atenção em empatia, não sabia quanto tempo ela ainda tinha. Deixou celular ser pego, enquanto tentava compreender a linha de raciocínio de Max._Se tem alguém de confiança pra ela, será que poderemos confiar nele? -Perguntou em voz alta, mas para ninguém em especial até a garota tentar conversar, Dom correu até ela tentando entender melhor o que ela tentava falar._Escada... Okay, péssima tentativa fazer ela falar...-Ele murmurou, os tiros lhe tirando totalmente a concentração ao que deixava mais do que claro que havia mais gente ali dispostos a atirar em qualquer um. O holandês fora até a porta quando Wes saiu, encostando a mesma por precaução e atento no olho mágico para abrir assim que o mesmo voltasse.
Steve: ..::..skip
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Queen:
..::.. - Eu vou pirar! Tem alguma coisa pra comer? Não quero morrer de fome. - Disse se levantando. - Nós temos que fazer alguma coisa. -Disse passando as mãos no rosto. - Acabamos de escutar tiros, então vamos supor que essa pessoa atirou no andar de baixo, e não sabemos quem é, só sabemos que tinha uma pessoa batendo na porta do meu apartamento com o Blake querendo ver uma menina, que eu recuso ser Eu, Então, meua queridoa eles estão subindo, acho a ideia do lençol ajudaria,hein? - Disse olhando para todos oa três. -Eu não quero morrer e acho que nenhum de vocês quer.
Fred:
..::.. — Tem, na cozinha, pega qualquer coisa. — Não sabia como Queen poderia estar com fome em uma situação como aquelas quando tudo o que conseguia fazer era respirar fundo tentando se manter calmo, mas a nova sequência de tiros fez com que o coração acelerasse e a respiração falhasse. — Tinha um cara aqui, mas quem garante que ele estava sozinho? Pode ter mais gente em outros andares e a gente sair pelo lençol, se tiver alguém lá em cima ou lá em baixo, vai usar a gente de tiro ao alvo. Não, obrigado. Mas fique a vontade se quiser ir.
Max:
..::.. — Você a conhece? — Disse com um tom calmo. — Quis dizer que depois das balas ela ainda saiu,  se ela não estava com medo mesmo depois dos tiros, talvez ela não esteja tão limpa assim… E tá, a gente pega a chave e depois a gente vai levar ela no colo até seu carro com… — Wes não lhe deixou terminar e o bando de tiros lhe fez abaixar a cabeça, os olhos fechados e as veias saltadas enquanto tentava não ficar louco com aquilo. — Tá tudo bem. — Falou só pra si mesmo, porque só Deus sabia o quanto ele não precisava daquilo, de novo. — Okay, então a ideia é ficar parado no apê que ele viu ela entrar, com ela, enquanto o Wes pega a chave de um carro que está lá embaixo, onde a gente não pode ir? É, eu estou me sentindo muito seguro. — Andou até a porta, e encostou o ouvido ali. Wes havia simplesmente atravessado, então Max fechou os olhos com as duas mãos na cabeça ao sair e parar no meio do corredor, esperou pelos tiros quando começou a andar e bem, eles não estavam vindo.
Blake:
..::.. — Como sabe se tem alguém vindo? — arqueou a sobrancelha na direção dela, mas logo o olhar foi para o cara moreno ali, não tinha ideia do nome dele, mas não era tão importante. Não ligava de morrer, mas, não necessariamente manteria o grupo consigo nesse processo. Estava cansado de respirar fundo e dos suspiros, e de contrariar ideias, e sinceramente, se ela queria correr o risco de cair de cabeça no chão lá embaixo, ele estava bem com isso. — Beleza, moreninho, pega lá as roupas de cama daqui, vamo amarrar as paradas e descer a menina.
Wes:
..::.. Entrou apressado, seus olhos brilharam quando viu as chaves e o celular repousando sob a mesa. As mesmas logo estavam em suas mãos, caçou um par de jeans que tinha quase certeza não lhe pertencerem, a porta estava aberta para que ele pudesse ver o outro apartamento ou alguem no corredor. Abotoava o botão da calça enquanto testava se o seu celular tambem estava fora de área quando viu Max no corredor._Que merda você esta fazendo?!- Disse ignorando a propria segurança se seguindo o loiro. Alcançou o pulso do amigo._Max!- Sussurrou meio alto querendo exemplificar na voz o quão arriscado era estar ali.
Dom:
..::.. _Não...-Respirou fundo. _É a primeira vez que eu a vejo, então não faço ideia de onde ela veio. -Murmurou baixo, a calma que tentou juntar indo totalmente para o ralo ao que olhava pelo olho mágico.  _Se você tiver uma ideia melhor que não envolva levar... - Nem mesmo terminou a fala porque no segundo seguinte Max já saia as pressas do apartamento, Dom paralisou ali com a impressão incrédula, os passos só o levaram sem pensar até o local agora que Wes também estava ali. Não pensou de fato, só correu até ambos não sem antes mirar a segurança momentânea local. As veias saltadas agora mostrava seu nervosismo ao extremo. _Você tem noção do tamanho da imprudência que você acabou de fazer?! Você podia ter levado um tiro, caramba!
Narração:
..::..O garoto desceu no último andar, se os planos estivessem certos era o único completamente vazio aquela noite e era justamente onde a sua mala havia sido deixada. Desceu do elevador e olhou para os dois lados. — Quis fazer pose não é? — Falava sozinho, andando até a porta da escada, empurrou a porta e olhou a mala preta ali. — Queria fazer cena para a tela do monitor… a boa moça! — Riu, era irônico saber que ela que era tão certa de tudo estava em apuros agora.
Ele se abaixou e abriu a bolsa preta. Sorrindo ao tirar a vesta matrix de dentro dela, colocou a glock 17 com o pente especial de 100balas. Encaixou na arma que ainda estava travada e se levantou, pendurando a bolsa em um dos ombros. De dentro de um dos bolsinhos ele tirou a máscara, colocando-a na cabeça ao que desceu as escadas devagar para o terceiro andar.
— Toc toc. — Gritou,  no meio do corredor, fechando os olhos ao responder pra si mesmo. — Quem é? — Riu sozinho, e começou a girar no próprio eixo, disparando 60 tiros onde 20 eram por segundo, por todo o andar, perfurando paredes e piso. COLD QUE ATÉ ENTÃO ESTAVA TENTANDO ALGO DE SUA SACADA, ABAIXOU-SE DO LADO DO SOFÁ E COBRIU A CABEÇA, TAPANDO A BOCA E PASSANDO A CHORAR SOZINHO.
Por sorte os passos levavam o atirador para a frente do elevador parando ali, mas tendo a atenção chamada para a porta que havia ficado aberta.
— Tem alguém aí? Vamos lá, apareça, eu só quero ser seu amiguinho. — Sua risada era forçada, para interpretar o personagem, ainda mais quando andou até a escada e enfiou apenas o rosto de uma única vez. — BU! ah, vamos lá… eu vou… achar…. vocês…. — Dizia pausadamente enquanto descia degrau por degrau para o segundo andar, aos berros, segurando a pistola com as duas mãos, com ainda quarenta balas no pente.
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Queen:
..::.. -Eu estou apenas supondo que ele esteja vindo atrás da gente. Não acho que sejamos sortidos o bastante para ele, ou eles, terem esquecido da gente. - Disse suspirando e então paralisando ao escutar a sequência de tiros no andar de cima. - Você realmente ta achando uma boa ideia daqui, porque eu juro ae vocês não forem no lençol eu vou. - Disse indo até o quarto e tirando todos os lençóis que via em sua frente e os amarrando. - Eu não estou brincando nem um pouco e acho que esse louco, ou loucos também não estou. - Disse negando com a cabeça e dando uma pequena risada. Se aquilo fosse algum tipo de sonho estava rezando para acordar a qualquer momento
Fred:
..::.. -Eu estou apenas supondo que ele esteja vindo atrás da gente. Não acho que sejamos sortidos o bastante para ele, ou eles, terem esquecido da gente. - Disse suspirando e então paralisando ao escutar a sequência de tiros no andar de cima. - Você realmente ta achando uma boa ideia daqui, porque eu juro ae vocês não forem no lençol eu vou. - Disse indo até o quarto e tirando todos os lençóis que via em sua frente e os amarrando. - Eu não estou brincando nem um pouco e acho que esse louco, ou loucos também não estou. - Disse negando com a cabeça e dando uma pequena risada. Se aquilo fosse algum tipo de sonho estava rezando para acordar a qualquer momento
Max:
..::.. — Não faço ideia. — Respondeu baixo, enquanto continuava andando. Quando ele lhe tocou, Max puxou o pulso de volta e olhou pra ele. — Não dá pra ficar esperando, se tem alguma coisa que eu sei, é que se esse atirador está matando a esmo… Não estaríamos aqui agora. — Sussurrou de volta. Fechando os olhos com o que ouviu de Dom. — É, eu sei… e sei que é você quem vai levar um se eles voltarem pra pegar ela… então.. — Olhou para Wes, indicando Dom com a cabeça. — Preciso fazer alguma coisa. Então vamos fazer alguma coisa…. — Pediu, quando o som dos disparos ficaram tão contínuos que fez os olhos do operador se arregalar e o corpo travar, mas não foi em si e isso lhe deu a certeza que não era ali, correu e por mais louco que fosse estava contando com o fato de que não iriam lhe deixar sozinho na loucura. — Não é aqui…. não é aqui…. — repetia com algum exaspero mas ainda assim alívio ao ver a porta aberta da escada, não havia absolutamente ninguém ali. — E então, vocês querem ficar ou vamos descer?
Blake:
..::.. Mais uma vez naquela noite se jogou no chão, o prédio praticamente tremeu, de forma que invés de se encolher, ele simplesmente se abaixou no chão, não esperando os outros fazerem como ele, só o mais perto de si, Steve, se lembrava bem, que fez questão de puxar também por ser um instinto. Tornou a revirar os olhos, engatinhou o mais rápido até os lençóis e passou a dar nós neles. — Se você calar a porra da boca e parar de rir, talvez todo mundo sobreviva. — terminou de amarrar o tecido, sabendo que pelas amarras que tinham feito só tinha a opção de ela quase cair de cara no chão. — Vem, cara. A gente segura e ela desce. — estava com a respiração meio descompassada, porque a sensação de perigo não deixava seu corpo. — Vai logo.
Wes:
..::.. Max tinha razão naturalmente tentaria ajudar alguem em necessidade, porem eles tambem estavam em risco._Descer. - Declarou enquanto fazia um gesto._Vem Dom. - Se eles pudesse sair teriam chance de chamar a policia, ficar ali no corredor era assinar a propria declaração de óbito. Um nova sequencia de tiros dessa vez ensurdecedora, fez com que Wes instintivamente se agachar por um segundo. Seus olhos miraram a caixa branca e vermelha, as palavras 'Use em caso de emergencia' o item que normalmente ignorava ao passar no corredor agora finalmente era relevante, seus dedos destravaram os pinos e travas e logo suas mãos se fechavam entorno do cabo de madeira. "É mais pesado do que parece"- Concluiu se sentindo um pouco melhor tendo um machado em mãos.
Dom:
..::.. _Mas isso não envolve você dar uma de kamikaze e se jogar assim do nada, não é assim que se usa o que tem de melhor. -Ele até mesmo riu soprado , mais pelo nervosismo e compulsão do que outra coisa. Mordeu o lábio com força, precisava se acalmar,  precisava pensar e precisava não ser apenas aquele que seguia os outros. Ainda assim, a sequência de tiros inesperada o fez se abaixar e fechar os olhos enquanto corria pelo corredor o mais rápido que podia. Encarou Wes com o machado, tudo aquilo seria cômico se não fosse extremamente trágico, nem mesmo se lembrou da garota pseudo-morta. _Se for pra morrer, que seja tentado fazer algo, não é? -Murmurou cauteloso e não hesitou em dar o primeiro passo para baixo._Você está com o celular?
Steve: ..::..skip
Nick: ..::..skip
Queen: ..::..skip
Fred:
..::..O fato de todos estarem ajudando a amarrar os lençóis fez com que o processo acabasse mais rápido. Ainda achava arriscado, mas qualquer coisa era arriscada naquele momento. Ajudou os outros dois a segurar enquanto Queenie descia. Se aquela ponta que seguravam continuasse solta, alguém ficaria para trás. — A gente tinha que amarrar isso em algum lugar pra todo mundo poder descer.
Narração:
..::..O fato de todos estarem ajudando a amarrar os lençóis fez com que o processo acabasse mais rápido. Ainda achava arriscado, mas qualquer coisa era arriscada naquele momento. Ajudou os outros dois a segurar enquanto Queenie descia. Se aquela ponta que seguravam continuasse solta, alguém ficaria para trás. — A gente tinha que amarrar isso em algum lugar pra todo mundo poder descer.
O sangue marcava os degraus, mas o que mais doía era ter que forçar os braços, ele foi se afastando até que conseguiu chegar no subsolo, a saída estava fechada assim como a passagem do elevador, mas o que ele queria ainda estava ali. A mão ensanguentada tocou a portinha do painel, e ele levou alguns segundos para conseguir abrir. — Vai pro inferno, Dix. — Maikon se levantou, o ferimento de tiro em seu ombro e outro pegou de raspão em seu pescoço. Era esse que ele segurava com força, enquanto a outra mão ia abaixando cada disjuntor e aos poucos as luzes de cada andar foram apagando.
Quarto.
Terceiro.
Segundo.
Primeiro.
Térreo.
Maikon deu um passo e tropeçou, caindo sentado no chão, encostado no compensado de madeira, empunhando a sua pistola. O braço estava tremendo, mas mesmo assim apontava para a escada e a boca mordida era para evitar que chorasse.
~// ~
— O espetáculo imaginário chega ao fim. — A voz de Dix chegava a soar alto pelo corredor, virava o rosto para a porta que outrora havia destruído. — O palhaço após servir de diversão a outrem… — A altura de seu tom era proposital, mas não foi preciso entrar muito para ficar claro que as pessoas que estavam ali antes, já não estavam mais. Ele virou lentamente, respirando fundo ao tempo em que seguia até a porta da frente. Apontou a glock para a fechadura do 003 e disparou, chutando a porta e se fazendo claro a quem estava dentro dela —… finalmente mostra a sua face.  — Pendeu a cabeça de lado, embora dele nada se visse por conta da máscara e encarou a cena na sacada.  — Oh, eu também quero brincar.  — Dix falou, mas não como falsamente fez no começo, fingindo estar com medo ou receio, dessa vez era diferente, sua voz mostrava o quão psicótico estava.  Entretanto, ao dar seu primeiro passo, a luz do andar se apagou e ele não mais poderia ser visto.
Max:
..::..— Okay, você vai na frente. — Comentou com Wes, com um sorriso pequeno, afinal, ele estava armado. Tentava manter um mínimo que fosse de humor no meio daquilo. — Ninguém vai morrer. — Ele disse, embora não tivesse certeza daquilo. Levantou o aparelho ainda em sua mão e ia mostrar para Dom quando as luzes se apagaram, o breu no andar fez com que ele apertasse o botão do aparelho, não havia nada ali, mas ao menos serviu para iluminar a escada. . — Foda-se. — Segurou o pulso de Dom, ao que o conduziu para a escada enquanto se mantinha ao lado de Wes. Soltou o outro e então usou o celular para ir na frente, iluminando a escada embaixo até que conseguisse ver a passagem para o hall do prédio, mas também tinha um rastro molhado vindo na direção das escadas.   — Aquilo é…?
Cold:
..::..Os olhos azuis se arregalaram rapidamente ao que silêncio se instalou por ali, limpou o rosto molhado com as costas das mãos e levantou meio cambaleando até estar novamente na janela. 'Como eu vou sair daqui' a frase martelava em sua cabeça. Lembrava-se do tremor e depois nada de sinal e então gritos e tiros e mais tiros. O coração estava acelerado e agora no escuro Cold tentava fazer sua cabeça funcionar.- Estou sozinho nessa porra.- Sussurrou tão baixo que até pensou não ter falado. As mãos tremulas e o olhar preocupado ia da porta ainda fechada até a janela e o desenho do estrago da munição na parede só o deixava ainda mais nervoso. 'Vou morrer' foi o que conseguiu pensar naquele segundo.
Blake:
..::..— Eu seguro se quiserem descer, me viro depois. Não vou descer por aí. — negou com a cabeça, foi pouco antes de ouvir uma voz e literalmente se deitar no chão e passar a engatinhar calmamente por ali, a luz caiu e foi só um ponto para que ele ficasse com mais medo do que já estava, mas engoliu essa sensação, engatinhando de forma silenciosa até encontrar o que sabia ser a cozinha, sabia que agora era cada um por si, por isso se e colheu no primeiro canto que achou, não ligando de ser achado ou não, esperto suficiente pra saber que acender a lanterna do celular seria um erro mortal, e tentando ter certeza de que não respirava pesadamente.
Wes:
..::.. _Sangue.-Concluiu com sua voz não mais alta que o som de um suspiro. Era impossível não achar sentir o coração acelerado ou um frio na espinha, a substancia pegajosa e espessa, o vermelho vivo e denso não se comparava ao sangue falso grudado em sua pele. Alguem foi morto em seu predio, a poucos minutos. Alguem, que provavel lhe cumprimentava nos corredor, foi assassinado e Wes ou os amigos junto dele não tinham qualquer proteção real contra o assassino."Assassinos" Se corrigiu mentalmente, respirou fundo e apenas fez um gesto para que os amigos lhe seguirem eles precisavam sair.
Dom:
..::..O escuro era a cereja do bolo, mas a mão em seu pulso não deixou dúvidas de que tinham que seguir apesar do imprevisto. Passo por passo, cautelosamente ao que o cheiro de medo tomava conta do lugar, e não era o único cheiro que pairava ali. Dom vacilou com a menção de ter sangue nas escadas, guardando a informação no fundo da mente para tentar amenizar o clima. Poderia ser o sangue deles ali e aquilo o deixava em um loop desnecessário no momento, algo que ele tentava guardar em seu íntimo, não lidava bem com seriedade e pensamentos. Evitou comentar, engolindo em seco, seguindo o único feixo de luz que tinham como guia. Por um momento, perdido nos próprios pensamentos.
Steve: ..::..skip
Nick: ..::..skip
Queen: ..::..skip
Fred:
..::.. Concordou com o outro, não chegou a olhar, mas acreditava que Queenie já tinha conseguido chegar ao nível da rua da mesma forma que Steve. O novo tiro soando tão perto que o travou por alguns segundos e antes mesmo que pudesse fazer ou falar qualquer coisa a luz caiu, aquela sensação de estar sendo observado voltou com tudo e só o desesperou mais. Não haviam muitas opções ali, ou tentava sair ou então ficava e tentava não morrer. Tentaria sair. Garantiu, ou quase, que o lençol estivesse preso antes de fazer como os outros dois.
Narração:
..::..— Oh, vocês não querem ser meus amigos? — Seu tom era tão cínico quanto a expressão que moldou-se em um sorriso simplista que escondido por dentro da máscara.  — Estou quente? — Fez referência ao jogo de “quente e frio” para ser procurar por algo. Andava pelo apartamento, e um mínimo som que ouviu para o caminho da cozinha, fez com que miasse a pistola e apertasse o gatilho, a arma disparando o que restava de balas naquele pente (40) de uma única vez por toda a estrutura do apartamento, televisor, móveis, enfeites e pertences pessoais foram destruídos ao que o palhaço parou na sacada do prédio. Tirou o ht do bolso e chamou a frequência. — Temos passarinhos fora do ninho e eu cansei de brincar.  — Guardou o ht no bolso e tirou  .38 que estava guardada no cós de sua calça, apontando para a cabeça de quem descia pelos lençóis naquele momento. — Nanani. Péssima escolha. — Disparou um único tiro contra a cabeça de Fred,a mira por conta do recuo da arma que desviou a bala para o ombro alheio. E três pessoas surgiam pela lateral do prédio, chegando por trás dos que estavam no chão naquele momento. — Acho melhor nos acompanhar. — Disseram, fazendo uma pequena corrente para a porta lateral. — Desce Dix, vocês já fizeram cagadas demais para um dia. — Disse para o rapaz que assentiu e entrou no apartamento. Tentando encontrar o caminho para o corredor.
O restante do grupo, agora pisando no gramado perto da piscina indicava a porta lateral. — Encostem-se ali. De costas. — A voz feminina deu a ordem enquanto ela continuava apontando a arma. — Amarrem. —Ordenou, e as mãos de Queen, Steve e Fred, foram amarradas e seus olhos vendados.
Max:
..::..Deu um passo para descer, o celular em sua mão despertou novamente, e um disparo veio em direção a ele, estourando o aparelho e fazendo Max dar um passo para o lado. Os pés descalços deslizaram pelo sangue alheio, escorregando e parando deitado no piso com a arma apontada pra sua cabeça. — Não atira. — Pediu em um sussurro, o homem a sua frente olhou para ele e em seguida para o restante. "Vocês... precisam esvaziar o prédio" Max olhou para Wes e  esticou o braço pedindo ajuda para se levantar.
Cold:
..::..Se dissesse que estava atordoado, era pouco. O escuro do prédio não estava ajudando e o garoto se sentia cada vez mais sozinho ali, o silêncio aumentando seu desespero. Estava cogitando a ideia de pular do prédio e morrer mais rápido. Ouvia sua própria respiração, tirou os próprios sapatos bem devagar e estava se apoiando para subir na janela e poder observar melhor uma saída quando os disparos altos soaram em seu ouvido, o menino dos olhos azuis se desequilibrou soltando um grito de susto ao que caía de costas no chão. Grunhiu tentando levantar, o desespero a nível máximo correndo por suas veias. Estava fodido.
Blake:
..::..Os olhos foram fechados quando sentiu passos, estava no chão, não tinha como não, esperava um tiro, pelo menos, mas não o que veio a seguir, o corpo tencionou com os tiros, mas o que fez em seguida foi simplesmente se perguntar como caralhos alguém tinha conseguido chegar no chão se o plano era ir pro andar debaixo apenas. Respirou fundo, permanecendo ali e esperando que o cara saísse sem que o garoto se machucasse, mesmo que não tivesse certeza se ele iria realmente sair sem fazer mais nada.
Wes:
..::..Estendeu a mão puxando o amigo, o machado em sua outra mão. O homem ali com eles estava armado, mas não parecia querer mata-los, o semblante dele transmitia nervosismo._A garagem está livre? - Questionou enquanto por instinto usava o corpo para omitir Dom quase mantendo o colega totalmente escondido pela escuridão. Os tiros lhe que voltaram a ressoar fez Wes finalmente pensar nos demais moradores. Teve quase certeza que foi o homem a sua frente que atirou na moça._Temos amigos nos andares acima. - Falou em tom baixo, os olhos azuis encarando o homem com seriedade, era um pedido, mas era bem obvio que Wes tentou se mostrar valente e forte.
Narração:
..::..— Parece livre? — Ele colocou a mão na madeira atrás de si. O compensado era forte mas o rapaz tinha um machado em sua mão, podia servir...— Tem que tirar daqui… A torre não funciona, meu rádio não sintoniza com o restante da segurança. — Deixou bem claro quem era. O uniforme de pedreiro era apenas uma fachada.
Walt disney era conhecido em manter a descrição de seus seguranças, que estavam sempre á paisana por todo o parque e não era muito diferente dentro do complexo residencial. — Melinda Ó Conaill estava sendo investigada por… —  O som da abertura da porta o chamou a atenção, alguém tentava forçá-la por dentro. NICK MCDOWELL TENTAVA FORÇAR A TRAVA DE BLOQUEIO DA PORTA PRA FUGIR, MAS MESMO QUE A ABRISSE, OS CANOS DA TRAVA IMPOSSIBILITAVA DE QUE ELE VISSE MAIS DO QUE APENAS UMA FENDA. O MENINO NOTOU AS MÁSCARAS FORA E SE AFASTOU DA PORTA, CORRENDO PARA DENTRO DA RECEPÇÃO E SE ABAIXANDO. O CORPO DE LAYS CAÍDO DEBAIXO DO BALCÃO NA PARTE DE DENTRO FEZ O ESTAGIÁRIO COBRIR A BOCA E ABAFAR O GRITO. ESTAVA ASSUSTADO DEMAIS E NEM A REZA BAIXINHA AJUDAVA A SE ACALMAR. O MOLHO DE CHAVES PRESOS A CINTURA DO PORTEIRO LHE PASSANDO DESPERCEBIDO.
—  Se eles entrarem… vocês não terão chance. —  O homem completou, fechando os olhos pela perda de sangue.
—Back to the frontlines — A voz de Dix passou a ecoar na escada. A mão trêmula de Maikon tentava levantar a arma, mesmo machucado a firmeza que segurava era muito maior do que a que usou para machucar Melinda, os erros propositais lhe deixavam arrependido já que eram apenas para conseguir prender a menina após a denúncia que havia recebido, presente ali, o infiltrado da segurança notava o quão pior o cenário havia se tornado.
Maikon era apenas uma mosca envolta em teia de aranha. — back to the night. — o garoto continuava a cantarolar como se nada tivesse acontecendo, descendo em pequenos saltinhos os degraus. — Um, dois, três…. oh! oh! apareça pequeno gafanhoto. —Dizia a procura de Blake, haviam quatro pessoas no apartamento e só três desceram pelos lençóis, ele sabia disso. Então onde estava o quarto? — Back for the plunder… — Um som nas escadas fez ele parar antes do intervalo do primeiro andar. Segurou no corrimão e ergueu a cabeça, o restante precisava que descesse e abrisse a porta, mas o palhaço ali dentro precisou olhar para cima e avaliar aqueles lances de escadas.  — Apareçam, apareçam…— Entrou no primeiro andar, indo na direção do apartamento dois. — de onde quer que vocês estejam… — De dentro da bolsa pendurada em seu ombro ele tirou mais um pente de cem balas, em seu caminhar lento ele ia pelo escuro. —  Killing the monsters in their own lair. — O humor psicótico lhe permitia cantarolar, ao notar a porta do apartamento aberta, tentou acender a luz por reflexo, mas a claridade da lua era o suficiente para ver melinda deitada no chão, correu até ela colocando a mão na toalha em seu quadril. — Você vai ficar bem, Melinda, você vai...  — Dix dizia desesperado, a mão pressionando o local ao que ele abaixou e levantou a máscara para beijar os lábios da estudante de história, sentiu a boca morna receber o contato, mas não havia respiração. Dix entendeu e gritou, o berro representava raiva. — Eu vou matar todos vocês! - arrancou a máscara de palhaço enquanto abraçado com a menina a balançava. — Ele vai receber você, vocês farão uma festa porque você foi uma boa serva do nosso pai… você foi. — o rosto molhado do rapaz com o choro enquanto acalentava o corpo alheio.
“Dix, tem alguém aqui embaixo, ele forçou a porta mas sumiu. Vamos pela garagem, não podemos ser vistos” — veio do ht e o menino assentiu, a voz chorosa dando a resposta. — Faça a droga da sua parte, antes que eu tenha que fazer por você.
Ele também apertou o ptt para responder. — Estou quase lá... Só tenho que pegar umas mosquinhas primeiro. — Olhou para  o teto como se conseguisse ver que ainda havia pessoas para cima, e estava nervoso, porque eram eles que estragavam o seu “trabalho bem feito”
Dom:
..::..O susto com o tiro fez o garoto dar um passo para trás e se apoiar na parede para não escorregar no sangue, não conseguia ver muita coisa, mas ouvia perfeitamente e se antes não parecia um filme de ação, agora ele tinha total certeza que sim. Ele estava pirando! A sequência de tiros parecia não terem fim e o garoto se agarrava nas mínimas chances de todos saírem com vida dali. _Tem no mínimo umas 5 ou 6 pessoas na parte de cima. -Ele murmurou trêmulo, depois que o silêncio reinou, antes do grito abafado ecoar pelo que parecia ser um local acima deles, Dominic instintivamente olhou para as escadas. _Os tiros vieram de cima. .. Se tivermos que tirar alguém, vamos ter que passar por quem quer que esteja ali... - Os impulsos sendo a única coisa que ainda não o impedisse de falar.
Steve:
..::..Ficou muito arrependido da idéia quando estava descendo os panos, a intenção era cair no primeiro andar, mas conseguiu se desequilibrar com todos os barulhos e semelhante a Quennie acabou chegando no chão. Mordeu o lábio inferior com a dor intensa que se istalou pelas pernas por alguns segundos, mas logo segurou a mão da garota quando percebeu que havia pessoas ali e de preferência vindo na direção deles. Levantou o rosto para impedir que Fred descesse também, mas o tiro fez ele arregalar os olhos e dar dois passos para trás. – Porra! – Disse desesperado pensou em fazer qualquer coisa, mas quando reagiu já estava sendo encostado na parede. Quando foi amarrado o coração estava batento em um ritmo louco e só conseguia pensar no era um puto azarado que conseguia se ferrar até mesmo em um lugar como a Disney.
Nick: ..::..skip
Queen:
..::..A garota mantinha a respiração lenta e calma enquanto era vendada. Ela realmente estava se achando muito  azarada por estar naquela situação. - Eu prefiro a loira do banheiro. - Falou baixo suspirando e e mexendo as maos tendo a certeza absoluta que estava bem presa. Ela estava começando a pensar que se saísse viva talvez voltasse para Inglaterra.
Fred:
..::..Uma vida inteira em NY e parecia ter tido sorte em não ter vivenciado nenhum ataque de atiradores, mas parecia ser preciso só pegar um avião para a Florida que, em algumas semanas, virava um alvo. Literalmente. Os pés mal haviam encontrado apoio quando a voz masculina se fez ouvir e os olhos encontraram a máscara de palhaço e uma arma apontada em sua direção. O homem atirou e, por alguns segundos, achou que ia morrer, mas foi o ombro que doeu. O ar faltou com a dor que sentia e o restante passou rápido demais para que conseguisse processar ou entender direito e a próxima coisa que sabia era que estava em pé com Queenie e Steve, as mãos sendo amarradas e os olhos vendados enquanto tentava ignorar a dor no ombro e tentava pensar em quão ruim aquilo deveria estar. Não sabia direito onde estava, mas tinha quase certeza de que era do lado de fora do prédio ainda que não soubesse direito em qual parte, mas, considerando o fato de que tinham se afastado da parede e começado a descer, acreditava estarem entrando na garagem.
Max:
..::..Fechou os olhos com força, as mãos foram postas nas orelhas para tapar a audição com os tiros que estava ouvindo. — Acho que é uma boa hora pra desistir. — Falou baixo, olhando pra cima ao que o canto ficava mais próximo.  Sabia que tinha alguém descendo. — Quantos são? — Perguntou ao homem e viu ele mostrar o indicador como se fosse uma única pessoa. Max assentiu, passando as costas da mão pelos olhos que estavam ardidos, não era hora para pensar sobre aquilo. Se colocou em pé, mas ouviu batidas do outro lado da madeira. — Tem alguém tentando entrar. — Sussurrou para os dois casting. — Me ajuda com isso. — Disse ao ir até Maikon e pegar embaixo dos braços dele, o homem reclamou a dor mas Max continuou o levantando do chão, fazendo sinais com a cabeça de que subissem para o térreo novamente, afinal, a madeira com acesso ao estacionamento tremia e alguém provavelmente estava tentando arrancar o que quer que fosse que a deixasse a  fechada. E eles precisavam se proteger/esconder.
Cold:
..::..Conseguiu se arrastar e encostar atrás do sofá, as mãos foram para os ouvidos ao que ele os tampava num intuito de não ouvir mais tiros, Cold já estava passando do nível desesperado.- Eu preciso sair daqui.- Sussurrou e tentou controlar a ardência dos olhos se negando a chorar novamente. Pegou o celular no bolso ao que naquele segundo parecia estar 'seguro' e então grunhiu mentalmente ao ver que não tinha sinal. Que porra estava acontecendo?! Num
Misto de desespero e loucura o garoto de olhos azuis se levantou e apoiado na parede lembrando de como o apartamento era foi se encostando até chegar a porta. Abriu a mesma bem devagar e imitando o gesto de segundos atrás foi se arrastando pela parede até chegar na escada, as lágrimas escorrendo sem parar ao que descia os degraus para o 2º andar.  Tentava ao máximo ser silencioso e enxergar o máximo possível naquele escuridão ameaçadora.  As lágrimas se multiplicaram ao que ouviu vozes um pouco ao longe e seu porto seguro era o frio corrimão da escada.
Blake:
..::..Estava quase tremendo de medo, principalmente por ouvir o nome ser chamado, mas a voz se distanciou, fazendo um quinto da tensão abandonar seu corpo, respirou fundo tentando não fazer nenhum barulho, e quando já tinha certeza de que o homem estava longe, ele simplee lentamente buscou o celular no bolso do jeans com as mãos, olhando alo pra ver se tinha alguma chance do sinal voltar, mas aparentemente estava preso no escuro, e sozinho, não fazia votos de sair dali tão cedo.
Wes: ..::..skip
Dom: ..::..skip
Steve: ..::..skip
Nick: ..::..skip
Queen: ..::..skip
Fred:
..::..Em algum momento parariam de andar, ele sabia, mas ainda pareciam estar do lado de fora e só sabia que ainda estava acompanhado dos outros dois porque não tinha escutado nada que indicasse o contrário. Chegou a recuar alguns poucos passos, quando ouviu o que parecia ser madeira sendo atingida. O ombro parecia doer mais e mais e o cheiro do próprio sangue estava começando a o deixar enjoado. Não sabia o estado do ferimento, não parou para olhar é ver o estrago, mas sabia que aquelas pessoas não ligariam para o 911 pedindo ajuda para ele, mas queria, ao menos, tentar controlar o sangue, se é que ainda sangrava. Precisou aumentar o tom da voz para conseguir a atenção deles e logo que a teve, deixou que os comentários sobre a dor e parar o sangramento saindo sem pensar nas possíveis consequencias daquilo.
Max:
..::..— Okay, você consegue… me ajuda. — As batidas continuavam, e ele fez um sinal para Dom, o menino entendeu o recado e segurou as pernas de Maikon, levantando enquanto Wes abria o caminho, iluminando apenas um pouco. — Ali, ali… — Indicou o armário de vassouras, e ambos foram levando por ali, Wes verificava as portas, a madeira não demoraria a ceder. — Max entrou primeiro, e conseguiu ver alguém escondido na recepção. Max apontou para Wes o lugar, era mais seguro do que uma porta que não iria fechar com todos dentro. Wes se enfiou ali, e Max e Dom abaixaram Maikon,  como o loiro estava mais perto da porta e a puxou o máximo que pôde, ainda que ela não fechasse por completo. O indicador pedindo silêncio para Dom e sussurrou. — Logo a gente vai conseguir sair, okay?
Narração:
— Certo, isso é o melhor que você pode fazer? — A mulher falava enquanto estava com a arma apontada para a cabeça de Fred, apenas porque era o maior de todos eles.  Dois dos homens estavam marretando o compensado tentando derrubar a parede.
— Isso está demorando, não foi um bom plano. — A menina que cuidava dos outros dois dizia enquanto tremia, a voz dela mostrava que não tinha certeza se aquilo era certo realmente.
— Está questionando as ordens do nosso senhor, Sara?
Só negou, ao ouvir a madeira se partindo, o riso dos outros dois enquanto puxavam pedaços de madeira e começaram a estourar a porta.
— Quero saber quantos ainda tem lá dentro, junte todos no hall. Vamos fazer queimar.  — A rouquidão da voz feminina soou autoritária, ao que o espaço foi o suficiente para que ela empurrasse primeiro Queenie, em seguida Steve e por último fez sinal para que Fred seguisse. — Vamos lá bonitinhos, tem um x… é só sentar em volta dele, não preciso explicar não é? — Ela olhou para os lados, antes de também adentrar o prédio. — Encontrem meu filho.
— Sim senhora.
~// ~
Dix se levantou, deixando a menina sozinha enquanto subia as escadas de volta. Soltou a mochila no chão devagar, deixando também a glock para que andasse apenas com a 38, menos peso, mais destreza. Caminhou até o segundo intervalo das escadas e para a sua surpresa ao invés de um mosquitinho, eram dois.
Seu sorriso só fez aumentar, mas ele tirou seu celular do bolso e acendeu a lanterna, a escuridão do corredor cessou e um rastro de luz iluminou todo o local enquanto a arma foi colocada na nuca de Cold, e como não existia mais a máscara em seu rosto, ele nem se importou em falar:
— Cold Month, temos batatas no menu de hoje? — riu, o empurrando. — Vamos, eu perdi uma mosquinha aqui, me ajuda a achar, anda!— Iluminava o corredor, enquanto o forçava na direção do apartamento de onde havia saído mais cedo.
Cold: ..::..skip
Blake: ..::..skip
Wes:
..::..Wes havia posto o machado no chão e empurrado a lamina entre a fresta da porta do armario, mesmo se esse fosse empurrada o machado serviria como mais uma trava. Puxava o ar apenas pelo nariz, tentando não emitir qualquer som. Era assustador estar ali, no entanto a quietude e escuridão seriam seus maiores aliados para se manterem no escondidos do perigo. Em algum ponto perdido de sua mente Wes registrou que noite estava fria, mas aquilo pouco importava.
Dom:
..::..Ele concordou enquanto levava o corpo, não era tão pesado, mas ainda assim encontrava uma certa dificuldade. O espaço reduzido não foi de fato um empecilho ao que se aconchegava da melhor forma possível, a mão foi até a boca numa tentativa de conter a respiração pesada. Ele odiava aquela sensação. _Eu... - Se interrompeu, a cabeça sendo movida em afirmação ao que encarou Max em meio a escuridão, seu corpo tremia, porém se forçou a manter os olhos abertos e os ouvidos atentos a qualquer som externo ao que se agarrava no resto de sanidade que tinha.
Steve:
..::..O corpo começou a tremer um pouco, ter os dois falando ao seu lado não ajudava em nada e a respiração só piorou em imaginar o colega de quarto desmaiando. Tinha uma aflição enorme em ficar preso, não conseguia controlar e ficar mexendo ambas as mãos presas. Jogava muitas pragas mentalmente para eles e ao sentar em volta do x sentiu muita vontade de gritar o quanto loucos eles eram, mas só ficou quieto tentando não deixar tão visível que estava surtando e piorar sua situação.
Nick: ..::..skip
Queen:
..::..Queimar. Vamos fazer queimar. Eram essas as palavras que ecoavam em sua mente enquanto imaginava a Dor que  Fred estaria sentindo. Ela não conseguia imaginar. Ela iria morrer e não iria conseguir fazer nada. - Droga. - Sussurrou soluçando baixo tentando segurar o choro.
Fred:
..::..Apesar de ser o mais alto dos três ali, oferecia o mesmo risco que um filhote de panda. Ter reclamado do ombro e nada foi a mesma coisa já que continuou amarrado e sem saber como estava o machucado. Em algum momento o que cobria os olhos foi tirado e conseguiu ver que, sim, ainda estava acompanhado de Queenie e Steve. Não demorou muito para que os outros dois entrassem na garagem e ele fosse obrigado a os seguir, sentando no chão também por pura falta de opção, só ali tentando ver como o ombro estava ainda que não conseguisse ver muita coisa e sabia que a situação só iria piorar por causa da fala da mulher.
Max:
..::..“Okay”, pensou, era mais fácil para raciocinar se ficasse falando consigo mesmo. Fechou os olhos enquanto o corpo começava a suar frio, a sensação era conhecida, sentia-se sufocado e estava a ponto de desistir de tentar se controlar aquilo. Estava a ponto de hiperventilar. “Tá tudo bem.”  O ar faltava ali dentro e provavelmente teria entrado em pânico se não fosse aquela pequena fenda aberta, ouviu a ordem. Empurrou a porta devagar, abrindo mais o espaço. Indicou as duas que ficaram no hall para Wes, fazendo sinal para si e ele. Pegou a arma de Maikon, soltando o pente apenas para não correr o risco, só precisava controlar. — A saída está aberta. — Sua fala foi lenta para que se fizesse entender. Mas não sabia se conseguia aquilo, olhou pra Fred e tentou chamar sua atenção ao que com a sobrancelha indicou as escadas, só precisava que ele as distraísse.
Cold:
..::..O nervosismo o estava deixando sego o suficiente para não ter percebido a aproximação alheia, Cold já não chorava mais porém sentia seu coração acelerado. Uma luz no corredor fez com que o menino arregala-se os olhos mas não teve tempo algum para se mexer pois logo sentiu o gelado na arma em sua nunca e todo o seu corpo magro se tencionou.- Puta que pariu.- Sibilou fechando os olhos e contendo um grito por conta do pavor que estava sentindo. Como a porra do cara sabia seu nome? Não sabia dizer que inferno era aquele que estava passando. Quase caiu quando foi empurrado se desequilibrando e sentindo a arma pressionar ainda mais sua nuca, acabou por obedecer e ir andando para onde quer que seja que estava sendo guiado.- A-acho q-qe não...- Engoliu em seco tentando falar.- Acho que sou só eu.- Era no que ele queria acreditar e quando chegou no que parecia um outro quarto acabou parando na porta. 'Que não tenha ninguém aqui... Por favor... Que não tenha' Seu interior repetia com todas as suas forças essa frase tão simples.
Blake:
..::..Se levantou depois que sentiu que tudo estava melhor, empurrou a porta da escada, tinha que sair, mas  ao fazer isso sabia que tudo podia dar errado, os olhos se fecharam quando ele respirou fundo, se escondendo em um dos intervalos das escadas,a tela do celular iluminava o caminho para baixo,e quando ele achava justo, a acendia novamente para ver o que acontecia com os passos lentos que dava.
Wes:
..::..Pode ouvir vozes pouco amigaveis, o homem com eles parecia realmente preocupado e fazia sentido ele ser um segurança disfarçado. Wes então lembrou de um detalhe, que sua mente normalmente considerava bobo._A lavanderia.- Sussurou e completou um segundo depois._As janelas. - A lavanderia ficava no porão 'raso' do predio, o local era palido sem graça e normalmente esquecido, porem lá haviam pequenas janelas próximas ao teto para circulação de ar e iluminação. Era apertado mas se chegassem lá talvez poderiam fugir.
Dom:
..::..Steve era do tipo que em situações tensas bastava ver alguém chorar para estar a ponto de fazer o mesmo então quando ouviu Queen soluçando olhou para a garota — Eu também preferia a loira do banheiro agora — Comentou, pois sempre que ficava nervoso soltava coisas do tipo em uma tentativa de acalmar alguém. Desviou o olhar piscando diversas vezes para não chorar, mas só piorou quando viu o ombro de Fred — Oh merda — Fechou os olhos.
Steve:
..::..Toda aquela história de que dor era psicológico era mentira e ali ele tinha certeza daquilo. Tentava se concentrar no que os outros dois falavam, mas não tinha muito sucesso. Toda aquela sensação de estar sendo observado voltou e olhou em volta para ver se encontrava o que gerava aquilo e não demorou muito para encontrar Max, os olhos acompanharam a indicação dele e assentiu devagar. Eles teriam que ser distraídos então respirou fundo. Podia estar com dor, mas ainda era um ator e aquilo tinha que servir de alguma coisa. Toda a cena que começou a fazer sobre o sangue e a dor era um exagero na maior parte e só esperava que  funcionasse, porque estava tentando da melhor forma ser convincente naquela situação.
Nick: ..::..skip
Queen: ..::..skip
Fred:
..::..Toda aquela história de que dor era psicológico era mentira e ali ele tinha certeza daquilo. Tentava se concentrar no que os outros dois falavam, mas não tinha muito sucesso. Toda aquela sensação de estar sendo observado voltou e olhou em volta para ver se encontrava o que gerava aquilo e não demorou muito para encontrar Max, os olhos acompanharam a indicação dele e assentiu devagar. Eles teriam que ser distraídos então respirou fundo. Podia estar com dor, mas ainda era um ator e aquilo tinha que servir de alguma coisa. Toda a cena que começou a fazer sobre o sangue e a dor era um exagero na maior parte e só esperava que  funcionasse, porque estava tentando da melhor forma ser convincente naquela situação.
Max:
..::..Ao menos alguém tinha lhe entendido. E era bom que Wes quisesse um lugar para ir, porque Max estava mais preocupado em tirar os que estavam nem ali da mira da arma. Não pensou, por mais que os olhos ardessem pelo possível choro. — Tá acabando, ninguém vai morrer... Eu só tenho que ser burro mais uma vez. — Falou para Dom, fazendo um sinal para que ele ficasse bem ali. empurrou a porta e saiu de uma única vez, a arma na mão acertando em cheio a cabeça da mulher e a puxando em uma gravata. A arma dela disparou, mas Max conseguiu a derrubar no chão. — Segura, Fred. — Chutou a arma para o rapaz, não que eles soubessem usar. Mas podiam fingir
Cold:
..::..Os olhos estavam atentos a tudo a sua frente, a arma apontada a sua nuca o estava deixando nervoso e trêmulo. Aquilo era horrível. Pelo que tinha percebido quando chegou no quarto, não tinha ninguém ali ou a pessoa sabia muito bem se esconder.- Não tem ninguém aqui.- Sussurrou com a voz fraca e as mãos se apertando uma a outra. O cara atrás de si parecia tão calmo que Cold pensava que ele só podia ser um louco  e esperava sair vivo dali. Acabou por ter a atenção totalmente alerta quando ouviu outro barulho de tiro, dessa vez podia jurar que era abaixo de si. 'Será que todos estão mortos?' Pensou consigo mesmo e balançou a cabeça por impulso, o ato o fazendo lembrar que tinha uma arma apontada para sua cabeça.- Vai me matar?!.- Questionou fechando os olhos e se sentindo frustrado por não ter nenhuma reação contra o maluco que estava atrás de si
Narração:
..::..BLAKE SEGUROU O VASO E SEGUROU A RESPIRAÇÃO, APENAS ESPERANDO QUE O RAPAZ REFÉM FICASSE FORA DE PERIGO PARA BATER COM ELE NA CABEÇA DE DIX.
—Cala a boca… me deixar pensar… —Dix continuou a andar, o problema é que ele andou demais. O baque em sua cabeça fez o corpo desestabilizar. A ardência não era nada em comparação com a sensação do líquido descendo por seus fios loiros, o menino chegou a pressionar o gatilho, girando o corpo e apertando o máximo que conseguiu antes de cair no chão. A arma escapou de sua mão e no segundo seguinte, ficou inconsciente, mas não seria por muito tempo.
— Veio do segundo. — Um dos homens gritou, correndo para baixo já que tinha subido demais. Entretanto, o outro estava mais preocupado em procurar os galões de gasolina que eram para estar entre o monte de sacos de areia que havia restado da obra.
— Não estão aqui…. não estão aqui. — Maikon não seria burro o suficiente para ter deixado gasolina por aí após a denúncia contra Melinda estar escondendo o inflamável pelo complexo.
— Acha! Procura nos outros andares. — Se separaram então.  — O homem indo até a porta da escada, com apenas uma faca na mão e o olhar preocupado.  — Dix!? Vamos, sua mãe vai começar… Dix?
Blake: ..::..skip
Wes: ..::..skip
Dom: ..::..skip
Steve:
..::..Se antes estava conseguindo segurar o choro bastou Fred começar fazer toda aquela cena para o lábio inferior começar a tremer e duas ou três lágrimas escaparem. O barulho da porta o fez virar o rosto, quando viu Max e o que ele pretendia fazer a respiração travou. Jogou o corpo na direção de Queen para ambos deitarem no chão e assim não houvesse o risco de nenhuma bala acertar eles. Respirava fundo, controlando o nervosismo e mantendo-se atento a tudo que acontecia.
Nick: ..::..skip
Queen:
..::..Aquilo pareceu ser distração o suficiente já que logo Max apareceu e a primeira coisa que fez foi se encolher quando o novo tiro foi disparado porque um era mais que suficiente. A arma foi chutada em sua direção para que pegasse e precisou ignorar a dor no ombro e a ardencia nos pulsos, por conta do atrito com o que o mantinha preso, para que conseguisse pegar e levantar enquanto a mantinha apontada para a garota. — Steve. — Indicou para que se levantasse e tentasse se soltar também quando conseguiu a atenção do alemão. — Sai daqui e vai atrás de um telefone pra ligar pra polícia. Leva a Queen com você.
Fred:
..::..Quanto mais a mulher se debatia, mais o braço ao redor de seu pescoço era apertado. Max respirava fundo, pedindo pra que ela parasse, mas ela não parava. Não até o corpo amolecer o suficiente. Ele a soltou. Abaixando-a e a deixando no chão. -- alguém amarra ela. -- Pediu, levantando-se e indo até a escada, foi até o painel de luz e ligou os disjuntores. As luzes foram acendendo andar por andar. Ele ainda segurava aquela arma com só uma bala na agulha. Mas quando a luz tomou de vez o prédio, ele sentou no chão da escada. Soltando a arma e deixando no chão. Contando com os outros conseguirem ajuda, o mais rápido possível.
Max:
..::.Olhou para ele alguns segundos antes de levantar, não sabia se era o certo deixar os dois ali sozinhos, mas ligar para a polícia era o que precisavam então fez o que ele pediu logo ajudando a Queen e quando pode começou a andar rápido a mantendo por perto. Estava atento, as malditas mãos presas o deixavam agoniado então quando já estava longe parou e olhou ao redor. Pediu para a garota manter o mesmo ritmo que ele, pois iria começar a correr e fez aquilo por bastante tempo até esbarrar em alguém. Foi difícil explicar tudo, mas quando ele gritou que seus colegas estavam correndo perigo o estranho entendeu a gravidade do assunto já ligava para a policia e logo em seguida as mãos foram soltas pelo estranho e depois fez o mesmo com Queen antes de sentar no chão completamente perdido com os acontecimentos.
Cold:
..::..Esperava realmente que Steve e Queenie encontrassem alguém com um telefone funcionando o mais rápido possível. Não sabia sobre Blake ou os outros que poderiam estar no prédio também, mas esperava que estivessem bem na medida do possível. A mulher foi amarrada e a garota também só por garantia, a arma foi largada no chão enquanto se sentava e tentava, mais uma vez, ignorar a dor.
Narração:
..::.. O som de sirenes fez a dupla que ainda continuava pelos andares acima se assustarem. E a regra é clara, um bandido com medo, não levar muito tempo até começar a cometer erros, um deles alcançou uma das janelas do terceiro andar, achou que seria capaz de escapar por ali.
O salto para uma árvore próxima pareceu uma boa escolha, e teria sido se as mãos firmassem no galho, a queda foi reduzida, mas ainda assim fora uma queda. O som dos ossos se quebrando enquanto cuspia um punhado de sangue. Entretanto, ele não se mexeria dali.
— Brian? — O que ficou na sacada parecia assustado, desistindo dar loucura e dando um passo para trás, acovardar-se também fazia parte do pacote.
Sirenes.
Luzes.
As portas eram forçadas, e as que não abriam ,arrancadas. Havia seguranças por todos os lados, policiais subindo as escadas e paramédicos correndo em busca dos feridos.
As ambulâncias na rua estavam com a traseira aberta. A chuva gélida estava forte, e as botas dos oficiais desfazem as poças pelo caminho. O dia estava nascendo, mas a maioria das luzes vinham das câmeras de canais de televisão, ou jornais.  
Milagre ou não, estavam vivos.  Do you believe in god?
Dom:
..::..A cena se passava por aquele espaço reduzido, porém não esperou até o final para sair dali, Max soltava a garota e Fred mantinha a arma em mãos ao que as luzes voltavam, Dom não pode fazer nada além de ajudar Fred a amarrar a mulher com uma certa cautela. Também tentou ajudar o garoto com o machucado, tentando conter de uma forma improvisada o sangramento até que a ajuda chegasse de fato. O peso de não ser útil naquilo tudo foi grande, de certa forma sua ação estúpida no começo de tudo era um dos fatores para estarem numa situação tão ferrada, só que, não tinha o direito de se manter daquela forma. Nunca se sentira tão aliviado ao ouvir o barulho de sirenes antes, Dominic se pôs de joelhos em frente Max, as mãos tocaram a perna dele e só então percebeu que ainda tremia. _Acabou... Isso tudo acabou... E você estava certo... -As palavras entrecortadas ao que chacoalhava de leve as pernas alheias._Você conseguiu... Puta merda... Vocês conseguiram! -A exclamação saiu um pouco mais alta e até acompanharia um dos sorrisos se ele não estivesse de fato acabado psicologicamente, ainda assim, manteve o olhar no croata, porque sabia que a grande responsabilidade tomada por ele era o suficiente para acabar com qualquer um. _Regra quatro... - Saiu mais como um lembrete baixo dos seus lábios ao que deu um leve aperto na coxa alheia._Não dê mais uma de "burro" novamente... Vai ser difícil aguentar uma terceira vez. -Ele até mesmo sorriu numa tentativa de confortar, deixou que se sentasse no chão agora por completo, se apoiando nas mãos ao que respirou fundo, céus... Seus olhos chegaram a umedecer um pouco, os oficiais chegaram rápido e com eles toda aquela movimentação. Dom não tinha nenhum machucado, mas não estaria insento do procedimento padrão, estavam salvos e esperava que realmente todos estivessem, porque era mínimo que mereciam agora que finalmente haviam alcançado a paz momentânea do novo dia.
Fred:
..::..A cena se passava por aquele espaço reduzido, porém não esperou até o final para sair dali, Max soltava a garota e Fred mantinha a arma em mãos ao que as luzes voltavam, Dom não pode fazer nada além de ajudar Fred a amarrar a mulher com uma certa cautela. Também tentou ajudar o garoto com o machucado, tentando conter de uma forma improvisada o sangramento até que a ajuda chegasse de fato. O peso de não ser útil naquilo tudo foi grande, de certa forma sua ação estúpida no começo de tudo era um dos fatores para estarem numa situação tão ferrada, só que, não tinha o direito de se manter daquela forma. Nunca se sentira tão aliviado ao ouvir o barulho de sirenes antes, Dominic se pôs de joelhos em frente Max, as mãos tocaram a perna dele e só então percebeu que ainda tremia. _Acabou... Isso tudo acabou... E você estava certo... -As palavras entrecortadas ao que chacoalhava de leve as pernas alheias._Você conseguiu... Puta merda... Vocês conseguiram! -A exclamação saiu um pouco mais alta e até acompanharia um dos sorrisos se ele não estivesse de fato acabado psicologicamente, ainda assim, manteve o olhar no croata, porque sabia que a grande responsabilidade tomada por ele era o suficiente para acabar com qualquer um. _Regra quatro... - Saiu mais como um lembrete baixo dos seus lábios ao que deu um leve aperto na coxa alheia._Não dê mais uma de "burro" novamente... Vai ser difícil aguentar uma terceira vez. -Ele até mesmo sorriu numa tentativa de confortar, deixou que se sentasse no chão agora por completo, se apoiando nas mãos ao que respirou fundo, céus... Seus olhos chegaram a umedecer um pouco, os oficiais chegaram rápido e com eles toda aquela movimentação. Dom não tinha nenhum machucado, mas não estaria insento do procedimento padrão, estavam salvos e esperava que realmente todos estivessem, porque era mínimo que mereciam agora que finalmente haviam alcançado a paz momentânea do novo dia.
Queen:
..::..Respirou fundo ao se sentar na parede a frente de Steve. Suas mãos estavam doendo e tudo o que ela queria era deitar e dormir, e talvez, só talvez comer alguma coisa. As coisas estavam acontecendo rápido de mais, o barulho era alto e então pessoas estavam cercando ambos fazendo muitas perguntas e então estava em pé sendo levada para a ambulância. Estava confusa, com fome e sono.
- Eu To com sono. - Disse quando os médicos a colocaram na ambulância. Escutou uma das pessoas pedirem que ela não dormisse e ela apenas sorriu. - Também To com fome. - Suspirou fechando os olhos e não vendo mais nada.
Blake:
..::..Sabe todo aquele plano de se abaixar quando tiros eram disparados? Não deu muito certo, porque a arma foi apontada para si em segundos enquanto o homem caía, podia ter sido mais esperto sim que aquilo, mas foi um momento de impulso como vários eram, e ele suspirou quando finalmente o moço caiu. Aí o sentar nas escadas foi automático, a mão direita no braço esquerdo onde foi atingido, e se tinha uma coisa que sabia era que estava exausto apesar de não ter feito muito na confusão toda, e os tiros que ouvia o deixavam preocupado, mas de repente tudo era demais para si, de forma que os olhos azuis foram fechados para que ele respirasse, esperando não precisar de outro plano de fuga mal elaborado, o que aparentemente foi um desejo que se cumpriu já que não foi difícil ouvir barulhos que não sabia exatamente o que eram, mas acabaram sendo policiais que o fizeram descer as escadas de vez.
O corpo tremia, com frio de repente, sua jaqueta foi para algum lugar longe de si que não apoiava muito, mas agora a coitadinha tinha um furo, e estava cheia de sangue. Talvez ele não voltasse a usá-la, mas não tinha certeza ainda, porque qualquer pensamento foi substituído por nada, e os movimentos se tornaram tão automáticos que ele não se lembraria de chegar numa ambulância nem se quisesse, e a agua gelada da chuva não fez ele sair desse transe que até ajudaria um pouco se depois que ele estivesse lá, com os fios grudados na testa e os olhos azuis cheios de lagrimas, se ele não tivesse finalmente deixado o pânico tomar conta de si, finalmente, e sem a parte do alívio, porque tudo o que havia acontecido era demais para que ele processasse, e agora que havia acabado a adrenalina e o instinto de auto preservação, ele fora deixado para lidar com os sentimentos que havia engolido a noite toda, e nem o socorro que recebia era suficiente para que ele voltasse a ficar calmo, porque sabia que não ficaria calmo tão cedo
Max:
..::..Abriu a mão para ver como ela estava, cada músculo de seu corpo parecia tenso demais, agora que o efeito adrenalina tinha diminuído ele encarava os contras de sua ação. Estava nervoso, o coração batia rápido demais e mesmo que as contas das mãos passassem pelos olhos ele não estava conseguindo enfrentar muito bem aquela ardência e medo. Sabia que a pose de moço corajoso não ia durar muito quando as mãos passaram a tremer e agradeceu aos céus quando viu alguém se aproximar. Olhou pra Dom, e deu um pequeno sorriso, os olhos procuraram por Steve e Queen, queria saber se estavam bem também. —  Tá aí uma coisa que eu não ouço muito. — Disse com aquele sorriso que forçou a nascer segundos atrás.  Piscou e isso fez as lágrimas acumularem no canto dos olhos, discretamente ele as secou ao que olhou na direção de Fred e apenas respirou mais fundo, tentaria agradecer a ele por ter salvado a todos qualquer hora dessas, mas Dom ganhou novamente sua atenção com a regra sendo dita — Eu gosto dessa. — Comentou, enquanto voltava a olhar pra ele também, soltou um riso soprado e baixo mas genuíno. Não podia prometer aquilo, então apenas ficou quieto com um aceno positivo que não garantia nada, a movimentação era grande e logo eles teriam que sair dali.
— Tem razão, é um filme de ação. — Comentou depois de uns segundos em silêncio, chegando sua posição mais perto da dele. Entrelaçando o braço com o alheio, e segurando em sua mão, entrelaçou os dedos e a apertou um pouco antes de que com a outra ele tocasse o rosto alheio, apenas para levar o seu de encontro e selar os lábios por longos segundos, mesmo que não soubesse se podia ou não fazer isso, afastou o rosto em seguida ao menos tendo o respeito de não tentar aprofundar. — Tenho que ganhar um no final. — Dois paramédicos chegaram para prestar atendimento e ele não sabia se isso era bom ou ruim a julgar sua última ação, seguraram em seu braço preocupados por conta do sangue em sua roupa e corpo. — Não é meu, o sangue não é...— Tentou explicar, mas quando se deu conta já estava sendo levado para uma das ambulâncias e resolveu que era melhor não lutar contra isso, estava cansado e de repente com muito frio. Culpa da chuva, talvez. Os olhos passavam pelo ambiente degradante, confortando-se por achar algumas pessoas em seu campo de visão, ou desesperando-se por ver a única pessoa que nem sabia estar lá todo esse tempo parecer em mau estado.. Tentou levantar, mas foi impedido. Abriu a boca, mas o som não saiu, então ele riu forçado para tentar segurar, mas já era tarde demais e ele deitou na maca, tapando a testa com a mão e fechando os olhos para chorar todos os seus demônios.
Wes:
..::..Seus olhos estavam mais umidos que o normal, a mulher apontavam a lanterna em seu rosto, haviam muitas ambulancias ali. Todo desenrolar de fatos se tornou um borrão.'Seu nome?' A mulher voltou a questionar e Wes franziu o rosto, alguem quis tirar algo de suas mãos e o moreno segurou o cabo com firmeza o homem uniformizado lhe disse 'Solte' e o britanico precisou de mais trinta ou quarenta segundos antes de obedecer, o vento vez seu pele nua se arrepiar alguem lhe cobriu com um cobertor grosso. Voltaram a questionar qual era o nome dele._Wesley Heizer.- Ele respondeu seu sotaque natural escapando.'Você era de que apartamento?' Wes piscou, o 'era' da frase lhe atingiu, seus olhos buscaram pelo rosto de seus colegas.Abriu e fechou a boca, por um instante assustado e ser houvesse esquecido de Erin e Harry dormindo nos quartos, eles estavam entre os mortos tambem? A culpa lhe consumiu. 'Ele está em choque' ouviu alguem dizer, alguem lhe fez deitar e repetiam que tudo ficaria bem, uma mascara de oxigênio foi posta em seu rosto, duas bancada e o ambulância partiu.
Steve:
..::..Quando a ambulância passou por ele junto com a policia respirou fundo. Pela primeira vez sentiu a necessidade de ter Harry lhe rodeando para garantir que estava bem, queria ir para casa, mas não tinha nenhuma. Dar a entrevista foi frustante, bastou uma frase e era rodeado do jeito que odiava a ponto de correr para a ambulância depois só para fugir de tudo aquilo. Recebeu atenção, o tocavam para ver se ele tinha machucados e apenas desviava dos toques tentando ter um espaço para respirar.  Acabou precisando receber medicamento para se acalmar, nos seus últimos segundos de consciência perguntou sobre o colega de quarto, se Max estava bem e onde Queen foi parar no meio de toda aquela confusão. Quando percebeu já chorava até apagar, mesmo repetindo diversas vezes que estava bem.
Nick:
..::..Respirava fundo, tentando se acalmar, as pequenas lágrimas corriam por sua face, pois nunca havia visto de perto alguém morto e muito menos havia passado por situação similar a aquela. Escutou o barulho de sirenes e não se deu conta de quanto tempo havia passado escondido ali até que se sentiu sendo levantado por alguém, estava atordoado demais para perceber o que estava a sua volta.
Cold:
..::..Era tudo um borrão em sua mente e no momento se encontrava no meio de toda aquela muvuca de pessoas, policiais, ambulâncias e muitas outras que não imaginava o porque estavam ali. A arma em sua nuca, o atirador levando uma pancada do garoto que se não se enganava era o Blake e fora todo aquele medo e desespero que tinha sentido. Avisou em poucas palavras que sentia muita dor nas costas provavelmente por conta do tombo que tinha levado e queria ao máximo ficar em silêncio, o nível de irritabilidade estourando dentro de si. Logo foi atendido respondendo algumas perguntas que precisava como: seu nome, idade e em qual quarto residia. Queria saber se todos que conhecia estavam bem mas a sensação de insegurança dominava seu corpo ao ponto de o fazer ficar apenas quieto sem sair do lugar.
                                                                                       The End.
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umapequenahistoria-webs · 5 years ago
Text
Apenas meus Sonhos
InicioEra nossa primeira briga, não sabia por que ela iria me deixar eram muitos anos de amizade entre nós duas. Eramos praticamente irmãs.
Leticia, é o nome dela, a minha irmãzinha caçula, é minha amiga. Ela irá se mudar para outro estado. Me deixará sozinha, justo agora que mais preciso dela. Não consigo esquecer das palavras dela ‘Não vai adiantar você dizer nada. Eu vou, já está decidido’. Ela tinha conseguido arranjar o emprego dos sonhos, o que ela sempre quis e eu já tinha dito pra ela ir, não tinha mais volta. Não queria ir para nossa casa, já que só iria me fazer chorar, iria procurar outra casa, menor e mais barata, uma que não me fizesse lembrar dela.
Estava praticamente com o skate voando e as lágrimas quentes percorrendo meu rosto, cada vez mais e mais lágrimas, não conseguia ver nada através da neblina. Desci do skate, é melhor parar um pouco, parar pra pensar. Sentei no skate, cruzei as pernas e chorei muito. Uma mão me segurou pelos ombros e me segurou forte: -Olá gatinha! -Oi. - Não lembra de mim? - Desculpa mas não estou muito bem hoje, não me lembro não. - Sou eu o amigo do Pedro. Lembra daquela festa semana retrasada. - Eu não fui a nenhuma festa. - A qual é? Vai dizer que não se lembra?! - Não me lembro mesmo! Me solta você tá me machucando! Solta! - Ah Sabrina, pará de se mexer princesa, vamos alí rapidinho que faço você se lembrar de mim. - Me solta! Eu não vou a lugar nenhum com você! As lágrimas aumentavam e o medo me percorria o corpo, não conhecia aquele homem. Não sabia mais onde estava, consegui sentir o cheiro de lixo, e percebi que ele estava me levando pra um tipo de beco. Estava chovendo, e ele continuava me arrastando. -Me solta! - Eu gritava mas não tinha efeito algum, ele me arrastava pelo chão e senti o cheiro de sangue - Me solta! A minha perna está sangrando! Você está me machucando! Me solta! -Calminha delícia, não precisa ficar com medo não, não vou te machucar, só vou te deixar feliz por ter um homem como eu dentro de você. E riu. Um riso que ardia os ouvidos, que era muito maior por causa do eco que tinha naquele lugar. Ele começou a rasgar minha roupa, e a me beijar pelo corpo, eu só conseguia lutar contra ele, mas era em vão, eu o arranhava e via sangue escorrer pelos seus braços onde minhas unhas passavam. Eu gritava desesperada, aquilo não podia estar acontecendo. Eu o chutei. Consegui me levantar e tentei correr, peguei meu skate e corri o mais rápido que consegui, tropecei em umas latas de lixo que tinha no caminho, as joguei em cima dele quando vi que ele estava correndo atrás de mim. E corri. Pude ouvir os berros dele, a neblina só atrapalhava minha visão. Foi quando trombei com alguém, vi que era uma garoto e ele me segurou pelos braços. Quando viu aquele homem atrás de mim ele me soltou e foi brigar com ele. Minha perna estava sangrando demais, e aquilo ardia como fogo. O garoto começou a lutar com aquele homem, sabia que conhecia aquele garoto, mas, não sabia de onde. Vi os dois brigarem, o homem ja estava machucado, então foi fácil para o garoto derruba-lo, não que o garoto não fosse forte, cada soco dele era um grito maior de dor do homem. Aquele cara começou a pedir para que não o matasse. E o garoto não parava de bater, eu via a raiva em seus olhos. A neblina estava passando, pude perceber que o garoto não parava. Corri para perto, ele não podia matar aquele homem. - Para! não adianta mais, ele não vai fazer mais nada! Para! Vamos embora daqui. Ele parou, e estava chorando. Isso mesmo, chorando. - Vamos embora daqui Sabrina - Foi quando ele viu o corte na minha perna -Oh meu Deus, você está sangrando! - Está tudo bem, o corte não foi fundo, é só sangue. Eu fui o seguindo, afinal não estava conseguindo andar direito, estava doendo muito o corte na perna, ele estava me carregando praticamente. - Pra onde estamos indo? -perguntei. - Pra minha casa. - Não vou pra tua casa! Minha cota de ser atacada por um desconhecido ja acabou por hoje! - Não sou desconhecido. Você me conhece. - De onde? - Sou da sala da Leticia, sua amiga. - Como se eu nunca te vi? - Já viu sim, sou eu o Felipe, o garoto tímido. - Nossa, e o que você estava fazendo por lá? - Eu vi você chorando e decidi te seguir. Até que vi aquele cara, e te perdi. Não sabia pra onde ele tinha te levado. Fiquei desesperado. Mas você é em forte pra uma garota. - Muito obrigada, eu acho. E rimos muito daquilo. Por que ele me seguiu? Chegamos em uma casa, era bonita, era muito bonita. - E seus pais não vão achar estranho, você chegar com uma garota nesse estado? - Meus pais não estão em casa. - Por que? - Eles foram viajar com meus irmãos. - E você ficou sozinho? - Sim, não gosto de sair. E você ia precisar de mim. - Como sabia? - A Leticia ja tinha me dito que ia viajar, e pediu pra mim tomar conta de você. - Pra que tomar conta de mim?
Nós entramos na casa, ela era incrível por dentro. Era tudo perfeito. Com a luz pude ver o rosto dele, todos os pequenos detalhes. TUDO era perfeito. Ele, a casa, o corpo quente dele me protegendo do frio e da chuva. Me protegendo de todo o mal. - Vá pro meu quarto. É no fim do corredor a direita. - Para que? - Vai pro quarto! - Ta bom. Fui pelo corredor, era bem largo e tinha uma porta aberta no fim do corredor. Eu abri e entrei, vi uns violões, uns quadros alguns com duas garotas, outros com uma só, e alguns papeis em cima de uma escrivaninha, não consegui conter a curiosidade. Ao ler um pedaço do papel vi que era letra de uma música. - É no quarto ao lado. Eu gritei de susto. - Desculpa, é que a porta tava aberta e eu entrei. - Não tem problema, mas é melhor a gente fazer um curativo nessa perna antes que ela suje todo o chão. Fui me segurando nele, até o quarto, ele me deitou na cama e cortou a minha calça até a ferida. Não foi muito afinal, ela ja estava muito rasgada assim como minha camiseta. Ele passou remédios, e fez o curativo. - São seus? - O que? - Os violões. São seus? - São.
- Sabe tocar?
- Sei sim. - Aquelas músicas, é você quem as escreve? - Sim. - Qual o nome da garota? - Que garota? - A das pinturas. - Você não quer saber. - Quero, quero sim.
Era estranho eu realmente queria saber qual era a garota, e sentia uma espécie de ciúmes eu acho, um pouco de medo de realmente existir uma outra garota. Na verdade, medo de existir uma garota… - É melhor você dormir um pouco, amanhã a gente conversa mais. E saiu do quarto, uma aflição percorreu todo meu corpo, como será essa garota? Ela deve ser muito especial.
Fazia alguns minutos que estava acordada, mas a minha perna ainda doía demais então resolvi ficar mais um pouco na cama. Foi então que ouvi um som incrível vindo do quarto ao lado, decidi levantar e ver o que era. Fui me levantando com calma, para fazer menos barulho possível,
sai da cama. Era aquela música, a que eu tinha lido na noite passada, eu fui pra perto da janela e fiquei ouvindo. Eram sons que enchiam o meu coração de ternura, carinho e um sentimento que nunca havia sentido antes. “I never dreamed that I’d meet somebody like you, No, I don’t wanna fall in love With you What a wicked game to play To make me feel this way What a wicked thing to do To make me dream of you What a wicked thing to say You never felt that way What a wicked thing to do To make me dream of you I still press your letters to my lips And cherish them in parts of me that savor every kiss I couldn’t face a life without your light But all of that was ripped apart… when you refused to fight. And I never dreamed that I’d meet somebody like you, And I never dreamed that I’d lose somebody like you.” A música parou e eu tentei correr de volta pra cama, mas não consegui. Ele me ouviu correndo, e abriu a porta com um sorriso e disse: - Se queria ouvir era só ir lá. - Desculpa, não queria interromper. - Tudo bem, e como esta a perna? - Bem melhor, ainda dói um pouco, mas é muito menor a dor. Ele sorriu e disse: - Você não pode se curar tão rápido. - Não? Porque? - Por que não teria mais motivos pra te deixar aqui. Eu só abaixei a cabeça e sorri. Aquelas palavras fizeram meu coração se acelerar, mas de um modo bom. De um jeito meigo ele segurou minha mão com aquelas mãos geladas e disse me puxando pra cozinha: - É melhor irmos tomar café. Já está tarde. - Que horas são? - meio dia e meia. - E você não foi pra aula? - Não. - Por que? - Quero cuidar de você. - Eu sei me cuidar sozinha. - Sei disso. - Então? - Não disse que não sabe, só disse que quero cuidar de você. Deita no sofá que te levo o café lá. Gosta de bolo? - De que? - Chocolate caseiro. - Amo. E ele sumiu pela casa, só conseguia ouvir os sons vindo da cozinha. 6 anos depois E lá estava eu, com meu vestido branco e ele me esperando no altar, podia ver seus olhos se enxerem de lágrimas, e seu rosto era preenchido pelo sorriso mais lindo do mundo. O sorriso que fez eu me apaixonar por ele no primeiro dia em que nos vimos. Ele estava lindo com seu terno preto, eu só conseguia olhar pra ele, como ele conseguia ser tão perfeito pra mim? Meus olhos se enchiam de lágrimas, não conseguia suportar, e foi o  segundo dia mais incrível da minha vida. O primeiro foi quando o vi pela primeira vez. 4 anos depois Estávamos nós dois juntos, eu com nosso bebê no colo, e ele colocando nossa garotinha pra dormir no quarto dela. E ver o meu marido, o meu herói com nossa garotinha de 4 anos em seus braços. Seus olhos ainda brilhavam toda vez que ele a via, os seus olhos ainda brilhavam como da primeira vez. E o meu garotão, o meu bebê de 2 anos no meu colo dormido, respirando como se tivesse um pesadelo. Eu acariciando seu cabelo, ele era muito parecido com o pai. Mesmos olhos, mesmo sorriso bobo… E eu o amava como amava o pai. Ouvi alguns barulhos vindo de fora da janela, e vi um homem todo de preto com uma arma na mão. Só consegui ouvir ele gritar: - Você deveria ter deixado, ninguém mandou você se intrometer. Ninguém mandou você casar com a minha garota. E depois três tiros e vi o homem da minha vida no chão, cheio de sangue. O homem que me salvou daquele canalha, no chão. Não consegui conter o grito. 15 segundos depois Eu acordei. E vi que tudo, foi um sonho. Nunca existiu briga, não existiu machucado, nem casamento, nem filhos. 6 horas depois - Sabrina me pediram pra entregar uma caixa pra você. - Nossa quem? - Lembra daquele garoto da minha sala, o Felipe? - Lembro. - É dele. Eu abri a caixa, e pude sentir o cheiro do perfume dele. Algumas lágrimas percorreram pelo meu rosto quando comecei a ler um pedaço de papel que estava escrito. ’ Olá, Sei que nunca nos falamos, mas eu sonho com você a algumas noites, eu sei que é estranho. Mas nesses sonhos eu sinto algo por você que nunca senti por ninguém. Eu fiz uma música pra você. Espero que goste. Até mais. Felipe�� Embaixo da carta tinha um CD, eu coloquei pra tocar e era a música que ele tinha tocado no dia em que fui na casa dele, nos meus sonhos. As lágrimas começaram a aumentar e a Leticia me perguntou: -Sá? Está tudo bem? Por que está chorando? - Eu encontrei, o meu grande amor, eu encontrei. - Ele? Mas você nunca falou com ele! - Não na vida real, mas ja o conheço. - De onde? - Dos meus sonhos. Só dos meus sonhos.
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