#mas anyway vou agora finalmente dormir
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A J O R N A D A D O H E R Ó I A J U D A N T E
task 05
“Encontre dentro de você a motivação que ajuda o próximo a prosseguir. Às vezes só a presença conforta. No entanto, mostrar que existem soluções para os problemas surtem um efeito mais consolador. Motive-se no outro e se encontrará.” - DoM Moura
‣ avisos de gatilho: aranhas, violência com animais, alucinações, espíritos e tortura (eu acho que é isso, mas a gente nunca sabe o que pode ser gatilho pro outro né. se tiver mais alguma coisa que vocês acham que possa ser um gatilho pra alguém, me avisem que eu adiciono aqui).
‣ agradecimentos: em primeiro lugar, a administração do @aetherrp, não só por ter sido mega compreensível e paciente com o meu atraso, mas também por ter proporcionado essa task que foi tão legal de escrever que eu acabei decidindo usar para um trabalho complementar que eu tenho que entregar no ooc (outro motivo pra demora, esta meio que valendo minha média final kk). também para @snowanika @iandunbrcch @itsautumnstein @callieasuaboca @littlegotbrooke e @lxcglr que toparam a minha ideia de plot para essa task.
‣ referências: harry potter e a câmera secreta, harry potter e o prisioneiro de azkaban e provavelmente histórias de fantasia que eu vi/li/ouvi durante a minha vida que não vou saber citar (ou vozes da minha cabeça, como preferirem chamar).
‣ obs: o texto está no readmore e no docs através deste link, para cada um ler como preferir.
‣ spoiler (ler depois de ter terminado o texto): apenas para esclarecer, o final da história acaba resultando no ultimo parágrafo da task do @lxcglr.
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Ela corria pela floresta, quebrando as folhas e galhos secos no chão, sua respiração estava falha e já não sentia mais as pernas por conta da adrenalina. Precisava chegar em um lugar e era só nisso que conseguia pensar. Tinha que chegar lá, tinha que seguir em frente, tinha que ajudar alguém. Ao mesmo tempo, estava sendo perseguida. Uma fumaça mais negra do que a que o próprio Breu produzia se alastrava pela floresta. Arachne olhou para trás, apenas para medir a distância entre ela e a escuridão, nem parecia que existia algo além daquilo, talvez realmente não existisse mais. Por mais que corresse com todo o seu esforço, não era o suficiente, a fumaça era mais rápida e logo tudo ficou escuro.
Acordou assustada, suando e com a respiração descompassada. Olhou para frente, vendo Delphine dormindo tranquilamente. Estava em seu quarto, estava tudo bem. Tomou um pouco da garrafa de água que sempre deixava em sua cômoda e quando virou para frente de novo, não pode deixar de ver a aranha andando no pé de sua cama.
Para a maioria das pessoas, as aranhas eram apenas animais estranhos e muitas vezes assustadoras. Não era como se conseguisse falar com elas da mesma maneira que Anika fazia com os animais, mas elas sempre tentavam lhe avisar de algo, elas eram um presságio. A aranha jogou sua teia para longe e começou a andar sobre a mesma, Arachne não conseguia ver onde a teia dava, mas poderia seguir a aranha com o olhar, apenas para vê-la repousando sobre a armação já existente no canto superior esquerdo da janela. Se aproximou do vidro, olhando para a Floresta Assombrada e, assim que parou para observar o que havia de importante lá, ouviu as vozes: Venha até mim, ou os que você ama serão os próximos...
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Já faziam três dias que estava escutando aquelas vozes, toda vez que conseguia não pensar nelas, elas voltavam a lhe incomodar, e as aranhas sempre apareciam depois de ouvi-las, independente de onde estivesse. Era óbvio que os ânimos de todos estavam alterados com a aquisição da cúpula em volta dos terrenos da escola, mas havia algo a mais ali, o sentimento geral não era apenas insatisfação. Não havia comentado com ninguém sobre as coisas que estava ouvindo, não por achar que estava enlouquecendo, mas simplesmente por escolher lutar contra os seus demônios sozinha. As vozes ficavam, gradativamente, mais barulhentas e intensas. Já pareciam gritos constantes na sua mente, fazendo com que Arachne ficasse mais rabugenta do que o normal.
Estava sozinha no quarto agora, tentando se concentrar no livro em suas mãos, mas elas estavam tirando sua paz e sua sanidade. Ela, que sempre foi amiga de sua solidão, sentia que não podia ficar mais nenhum momento sozinha com seus pensamentos.
― ESTÁ BEM, ESTÁ BEM. EU VOU ATÉ VOCÊ, PORRA! ― Gritou para ninguém, estava enfurecida.
Vestiu suas roupas de couro próprias para a caça e começou a se armar. Por mais que não fossem suas primeiras escolhas, colocou duas adagas e uma espada na bainha, já que não sabia o que poderia encontrar na Floresta Assombrada, elas poderiam calhar em algum momento. Na sua mochila, carregava uma corda, uma lanterna, uma bússola e um kit de primeiros socorros. Pendurou sua aljava (que já continha as flechas) e seu arco no ombro, partindo para o que acreditava ser uma das decisões mais estúpidas que já havia tomado.
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Não era a primeira vez que ia até a floresta, na verdade, era um caminho bem conhecido, já que era de seu costume ir até lá para caçar, porém nunca adentrava muito a fundo. Sabia que muitos aprendizes gostavam de explorar o lugar, mas o nome Assombrada não era apenas uma brincadeira de mau gosto. Arachne conhecia magia negra melhor do que gostaria, bem o suficiente para saber não desafiá-la, para não ser presunçosa a ponto de achar que poderia enfrentar seja lá o que se escondia por detrás das árvores. Por isso mesmo que havia resistido a ir ao encontro da voz, não tinha a menor dúvida que o caminho colocaria sua vida em risco e, para ser franca, o fato das vozes a irritarem não era o único motivo. Ela se preocupava com as pessoas muito mais do que deixava parecer, afinal, sentia todas as suas dores e lamentos como se fosse com ela, como conseguiria não se preocupar? Os próprios alunos desaparecidos (que Arach acreditava que eram a quem as vozes se referiam), que não eram pessoas íntimas suas, a preocupa imensamente. Se seria capaz de ir até lá por desconhecidos, quem dirá por seus amigos. Não conseguia imaginar o que faria se alguma das pessoas que ama desaparecessem dessa forma.
Era o final de tarde de um dia cinza e a neblina pairava entre as árvores, uma cena de filme de terror tão clichê que ela daria risada se não estivesse verdadeiramente com medo. A cada passo que dava para dentro da floresta, mais sentia a presença dos outros. Não ficou surpresa quando foi atingida com sentimentos desconhecidos, esses vinham das criaturas que lá viviam e ela já os esperava. Mas também foi atingida por sentimentos comuns demais, o que indicava que tinham pessoas lá, provavelmente aprendizes. O que esses idiotas estão fazendo aqui? Pensou consigo mesma. Não ficaria surpresa se fosse uma festa clandestina da qual não tinha sido convidada, mas se fosse este caso, os sentimentos seriam apenas de entusiasmo e diversão, e não o medo que cercava todo lugar. Algo havia acontecido para que tantas pessoas fossem para lá, será que também haviam ouvido algum chamado?
Tirou uma flecha da aljava e posicionou no arco, não chegando a arma-lo completamente, apenas queria estar segura de que, caso algo aparecesse de surpresa, ela poderia ter uma resposta rápida. As vozes não paravam o caminho todo, mas agora já não pareciam estar na sua cabeça, pareciam estar vindo de um lugar específico, mesmo que duvidasse que qualquer outro poderia ouvi-las. Ela as seguia com cuidado, apontando sua flecha para qualquer lugar que ouvisse algum barulho, fosse de um galho caindo ou de um animal passando. Já deveria fazer meia hora que estava vagando, se guiando por algo que parecia que não daria em lugar nenhum. Nada acontecia. Se perguntava o que estava fazendo ali. Então, ouviu o estalo de um pedaço de madeira seca quebrando. Não era a primeira vez que ouvia isso durante sua jornada, mas desta vez, enquanto virava sua cabeça na direção do barulho, conseguiu vir pela sua visão periférica a silhueta de algo grande, algo que poderia ser uma ameaça, então atirou.
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Quando deu por si, havia atirado na coxa de um hipogrifo. Por mais que a criatura realmente pudesse apresentar uma ameaça, ela nunca teria atirado se tivesse visto do que se tratava antes. O animal estava enfurecido e amedrontado, era tão selvagem que provavelmente nunca tinha sido atingido por uma arma feita por homens antes, óbvio que sua resposta seria um ataque. Enquanto o animal empinava, Arachne ajoelhou no chão e estendeu as mãos para frente, quase beijando a terra enquanto se curvava exageradamente. A pata dianteira esquerda atingiu a lateral do seu corpo, com todo o peso do animal. A sua única sorte era que a parte atingida fora sua costas, se tivesse a atingido na barriga poderia estar morta agora. O bicho gritava e ela continua agachada, sentindo toda a dor de ter sido atingida, mas não lutaria contra ele. Estava acostumada a matar animais, mas ainda assim, seguia uma ética quanto a isso. O hipogrifo era uma criatura poderosa, mística e inteligente, matá-lo seria quase como matar uma pessoa. É claro que, se tivesse que recorrer, iria fazer, mas tentaria a todo custo evitar o ato.
Continuou agachada mesmo com a dor exacerbante que espalhava pelas suas costas, não ficaria surpresa se tivesse quebrado uma costela ou duas, mas esperava que isso bastasse para que o hipogrifo percebesse que ela não iria lhe fazer mais nenhum mal. São criaturas cordiais e gostam de bons modos e educação, esperava que fosse o suficiente para que ele entendesse que ela o respeitava. Pouco a pouco, a criatura foi se acalmando e se afastando lentamente dela.
Cuidadosamente, começou a se levantar. Ainda que um pouco afastado, ele ainda a observava, tirando que não poderia ir muito longe com a coxa machucada, ela apenas esperava que não tivesse atingido algum nervo. Se segurou para não urrar de dor quando se ergueu, não queria assustar o bicho novamente. Quando começou a tirar a aljava e a mochila de seu ombro, percebeu uma movimentação estranha dele, mas ela posicionou o objeto no chão com delicadeza, mostrando que não o atacaria de novo enquanto olhava em seus olhos. Seus próximos movimentos foram mais suaves do que ela se achava capaz de produzir. Retirou o kit de primeiros socorros da mochila e começou a se aproximar do animal, um passo de cada vez. É claro que ele dava a entender que a atacaria de novo e a cada dois passos para frente que dava, tinha que dar um atrás, até conseguir chegar perto o suficiente para estender a mão em direção ao bico do animal, mostrando-se rendida, afinal, seria fácil para que ele arrancasse seu braço daquele ângulo. O hipogrifo ainda parecia desconfiado, mas acabou encostando o bico em sua palma e foi neste momento seu semblante mudou, agora confiava nela.
Do kit, retirou um pequeno frasco de poção de cura que se fosse esperta o suficiente, usaria em si mesma, não na galinha pensou consigo mesma, e foi lentamente acariciando o dorso do animal até chegar perto de onde havia atingido, despejando o líquido sobre o ferimento. Porém, para que realmente fizesse efeito, precisava tirar a flecha que ainda estava fincada ali. Se o hipogrifo ainda não a tinha matado, provavelmente faria agora. Segurou a flecha com delicadeza, para que ele não sentisse nenhum movimento, e a arrancou com tudo, correndo para trás antes mesmo de ver alguma resposta para que não corresse o risco de ser atacada de novo. O animal urrou, se sentindo traído, mas logo ele percebeu que seu ferimento estava melhorando e foi aí que ela parou de dar passos pra trás. Ele apenas a olhou e abaixou sua cabeça em forma de agradecimento, levantando vôo logo em seguida.
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― Fico surpresa que tenha escolhido a piedade. ― Assim que o hipogrifo saiu de vista, ouviu uma voz falar atrás de si, uma voz diferente da que seguia. Deu um salto com o susto.
Ao olhar em direção da onde a voz havia saído, lá estava um vulto parado que, ao primeiro olhar, parecia apenas uma fumaça preta com dois metros de altura. Mas aos que parassem para observar, perceberiam que possuía o formato de uma mulher e que a fumaça parecia as ondulações de um tecido fino, que vinha do topo de sua cabeça como um véu e caiam lentamentamente sob seu corpo, até desaparecerem. Era o espírito de uma bruxa, conseguia sentir a magia negra em volta dela, o que explicava o motivo de não t��-la sentido ao se aproximar. Conseguia apenas perceber os sentimentos de pessoas, afinal.
― Não esperava piedade de uma caçadora?
― Não esperava piedade da filha da Senhora de Todo o Mal.
Arachne se manteve em silêncio, assim como se mantia toda vez em que alguém mencionava sua mãe. Ser a filha de Malévola era o fardo que carregava desde criança, e por mais que, em seus dezenove anos de vida, tivesse feito o possível para que desassociassem sua imagem dela, sempre iriam existir aqueles que duvidavam de sua índole.
― Sua piedade mostra que realmente é a pessoa que preciso, tenho uma missão para você. ― A bruxa quebrou o silêncio.
― O que quer de… ― Antes que pudesse acabar sua fala, foi atingida.
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Imagens distorcidas passavam por sua cabeça. Uma adaga encharcada de sangue caindo em câmera lenta no chão, fazendo com que o líquido pulasse e se espalhasse pelas folhas secas, mudando a cena para a imagem de um urso assassinado, então, tudo pegou fogo, até que não conseguisse ver mais nada além de chamas. O fogo foi dissipado pela presença de um fauno admirável saindo de trás das árvores. A imagem piscou algumas vezes e então, só sua cabeça estava caída entre as folhas e galhos, ao lado de seu corpo, havia sido decapitado. A imagem ficou vermelha, como os olhos de alguém tomado pela ira. O vermelho foi substituído para uma moita de urzes brancas, suas flores, uma por uma, foram caindo e dando lugar para um líquido preto e viscoso, escorrendo pela planta até deixá-la totalmente negra. A imagem mudou novamente como um rodopio, e agora tudo que via era fogo novamente. O fogo foi aos poucos se dissipando, deixando lugar apenas para as cinzas que caíam, eram tantas que cobriam todo o chão. Então, uma mulher pálida, de vestes brancas e cabelos negros surgiu do horizonte, agachando no meio daquilo que havia sido destruído e tirando de lá um diamante bruto. A cena desta vez foi cortada por uma adaga sendo lançada, passando direto pelas cinzas como se não fizesse parte daquele cenário até entrar em uma imensidão branca, atingindo então o que parecia ser vidro sendo estilhaçado em dezenas de pedaços. Ao olhar para baixo, Arachne viu sua imagem refletida neles, percebendo que o vidro se tratava de um espelho, e então gritou. Conforme sua voz ecoava, tudo foi ficando preto, até um momento em que nada mais existia, nem mesmo sua voz conseguia fazer som. Tudo que era bom no mundo havia sido retirado de maneira cruel, agora só existia a dor, o sofrimento e a escuridão.
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Quando acordou da alucinação, ainda estava na floresta, ainda estava na presença da bruxa. Agora, caída de bruços na terra, encolhida e sentindo dor por todo seu corpo e mente.
― PARE! ― Gritou de modo tão desesperado que poderia ter feito qualquer um chorar em empatia.
A bruxa começou a andar em círculos em volta dela, a observando. Arachne chorava como um recém nascido que foi arrancado da mãe. Sentia tudo ao mesmo tempo: medo, dor, culpa, raiva, adrenalina, coragem, covardia, esperança, desesperança, insegurança, ansiedade, frustração, sofrimento, remorso, desapontamento… Eram tantos que seria impossível listar.
― Pare… ― Repetiu, agora quase como um sussurro.
Sabia que o que tinha visto não pertencia a ela, eram visões de outros. Porém, tinha sentido tudo como se cada pedaço fizesse parte dela. Mesmo aquelas que tinham sido completamente lúdicas, carregavam uma carga tão grande que sequer saberia como contar a alguém tudo que havia visto. Aos poucos, foi controlando o choro e se erguendo do chão. Aquela altura, a dor causada pelo hipogrifo não lhe incomodava mais.
― Por que me mostrou tudo isso? ― Perguntou a bruxa.
Tinha soado mais ríspida do que queria. Não costumava desrespeitar criaturas mágicas, muito menos uma tão poderosa quanto a que estava presente. Era o tipo de respeito que vinha através do medo, sabia que as consequências para o desrespeito poderiam ser desastrosas. Mas estava exaltada demais para conseguir se controlar.
― Porque eles precisam de você. Não sei o motivo de uma criaturinha tão indefesa ter recebido esses poderes, mas eu sei que eles não vem à toa. Sua missão é ajudar aqueles que precisam.
― E quem são esses que preciso ajudar?
― Cabe a você descobrir.
Provavelmente não teria negado o pedido da bruxa, qualquer que fosse. Mas estava agradecida por ser algo que não ia contra seus valores morais. Por mais que o espírito estivesse carregado de magia negra, talvez ela a usasse pro bem, afinal. Não precisou pronunciar que aceitou a missão, até porque, nunca tinha sido uma escolha, era uma imposição.
― Por onde eu começo?
Assim que perguntou, um clarão azul surgiu no meio da floresta, desviando sua atenção do espírito.
― Já tem sua resposta.
Não esperou o espírito falar mais nada para pegar suas coisas que ainda estavam caídas no chão e correr em direção da onde o clarão havia surgido, o mais rápido que conseguiu. Mais um apareceu, desta vez roxo, o que serviu apenas para confirmar seu caminho. Já estava a alguns metros consideráveis de distância, quando o espírito apareceu novamente a sua frente, agora a apenas alguns centímetros de distância da garota. Parou tão rápido que foi por pouco que não caiu.
― E Arachne, se você não cumprir com a minha missão, eu vou saber.
Foi o último aviso que ouviu. A bruxa então desapareceu na sua frente e o clarão apareceu novamente, desta vez vermelho, fazendo que voltasse a correr para a próxima jornada.
#eu to até com VERGONHA de postar meus trapinhos depois do SHOW que vcs fizeram#mas é isso espero q vcs gostem nao sei to insegura aaaaa#to real com mais receio do q vcs vao achar do q da minha professora kkkk#mas anyway vou agora finalmente dormir#e desculpa dnv pelo atraso PROMETO Q N VAI SE REPETIR#tw: aranhas#tw: violencia com animal#tw: alucinação#tw: espírito#tw: tortura#‣ development#‣ task
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so, voltei agora tenho de contar a cena do Pedro. man eu vou ficar tão envergonhada de contar isto jdhfksdlkdçls só me enbergonham. então vcs não devem saber mas eu vou a um instituto de inglês e isso blah blah blah então tenho outra turma, o Pedro ficou na mesma que a minha todos os anos tirando este e no 5 e 6 ano *ele não gostava nada de mim* esp pq tinha um amigo dele lá eeu tb era chata, anyways ele chegou-me a puxar o cabelo uma vez essas cenas de putos não vou falar que odiei COFCOF (1/2)
COF então eu cheguei por ficar doente e internada com mononucliose yada yada yada faltei 1 mês inteiro e quando voltei tava toda a gente preocupada e tal e o Pedro tava mais calmo comigo blah blah tb é só palha. até que no próximo ano fiquei com tipo, a melhor turma de todas e melhor stora, nós nem iamos lá pra estudar era mesmo só pra ~conviver~ lmao ai que eu comecei a notar que ele andava like really really querido e a querer chegar-se a mim also os amigos deles às vezes tentavam (2/3)
empurra-lo contra mim e riam-se e essas cenas, eu tava a passar por uma fase muito dificil da minha vida ano passado (2016 cursed year) então eu andava cega em relação a esse aspeto e todoscofcofcof então achava que 1. tavam a gozar comigo 2. só me achavam piada yknow realmente n gostavam de mim ATÉ mais pro final do ano escolar de lá q eu comecei a andar melhor E é ai que ficam mais interessantes e não ao mesmo tempo :(( don’t do drugs kids (¾)
u already kno what’s gonna happen later on dontchu, anyways eu e ele fomos ficando cada vez mais próximos like *really* próximos yknow yknow wink wink mas nunca nada aconteceu nunca namoramos nem nada *quase* mas nunca aconteceu nada lmao mas até ai nunca me tinha caido a ficha de eu gostar dele e ele de mim e isso até q um dia tava eu na minha vidinha de dormir 4 horas por noite e tava às 3 da manhã a ouvir uma música qualquer de “amor” ou algo do género ai que comecei a lembrar-me dele (4/5)
ai oq? adivinha? caiu a ficha e pronto Inês finalmente depois de um ano inteiro de le amour e flirtes e… cenas… ela finalmente realizou que gostava dele WOW! mesmo cenas à Inês de qualquer maneira eu tava ainda mais tímida doq o normal mas tava tudo bem e calmo e normal sempre as mesmas coisas né até que… eu e os outros começamos a notar que ele andava muito em baixo mas né coisas pessoais rough life ngm se metia no assunto o best frien dele até dizia que nas aulas era a mesma coisa (5/6)
e que n queria falar sobre isso com ele pronto, é a vida coisas acontecem mas eu querida Inês que só se apercebeu dela mesma naquela altura andava preocupada com o mocê por razões óbvias até que ele faltou uma semana inteira oq piorou a situação lá na sala e isso mas até ai nós iamos continuando né as nossas bidas gdfjhkjlk vcs só me embergonham heart shaped kisses i really miss my mistress that boy (6/7)
GUESS WHAT i already told adivinha oqq aconteceu, that guy started doing drugs ¯\_(ツ)_/¯ nesta época nesta região nesta vida oq fazer né no inicio it was more chill like weed just that mas depois ouvi o Luís e ele a falar de outra cenas mais hardcore e tipo,,,, man sad bitch hours rn eu tenho um lado da minha familia paterna mais distante que teve umas quantas desgraças relacionadas a drogas e uma delas n realizei que aconteceu até pouco tempo, just not this shit again (7/8)
e isso deixou-me num mood pior doq eu já tava 2016 was fucking cursed and 14 year olds are fucking wild man. the end. that’s it. kinda. n disse tudo por razões de timidez e isso. but those are the main points. Bonuses: uma vez o best amigo dele snitched on him saying he *really* liked me; D. Pedro e D. Inês de Castro; vcs são os únicos que sabem a história completa sintam-se especiais uwu (8/9)
Scandi Lore Backstory 1 - Unlocked (10 - end)
Não sei muito bem o que dizer. Só lamento querida, isso é mau. :(
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3: O ACAMPAMENTO
Eu estava decidido, iria aprender tudo sobre meu pai, quem ele realmente era, o que fazia, e aprenderia a lidar com minhas habilidades das quais eu nem imaginava existir. — Filho de Dionísio, precisa de ajuda com algo? — ouvi uma voz doce e calma próximo à mim, seguido de duas mãos apoiadas em meus ombros. Me virei para olhá-la. Uma das guerreiras, sua graça era Julia. — Huh, bom, devo confessar que ainda estou meio perdido com todo esse assunto.- ri fraco, coçando o rosto e me afastando um pouco para fitá-la melhor. — Se tiver dúvidas, creio que tenha muitas. — riu — Pode falar comigo, farei o possível para lhe ajudar enquanto ainda estivermos por aqui.- manteve sua voz calma, estava sempre sorridente, esta me remetia à “Filha de Apolo” ou Chiara, que eu havia conhecido minutos antes num ato rude da minha parte por um ciúmes bobo. Anyway. A garota — ou mulher — era divertida até, e, por mais que falássemos de tal assunto, me sentia tranquilo para conversar aquilo com ela sem explodir. — Eu gostaria. — ri fraco. Enquanto caminhava pelo acampamento, conhecendo meu novo lar, a guerreira me acompanhava, me contando o que sabia sobre tudo, meu pai, o que havia acontecido com o mundo e porquê estávamos lá. Ao mesmo tempo que tudo ficava claro em minha mente, mais dúvidas cresciam. Além de toda a historinha, me contou também sobre meus tais dons. Agora eu entendia o motivo de beber tanto e nunca me sentir bêbado. E por tocar no assunto, minha garganta instantaneamente secou, esta que “gritava” por algo alcoólico. Após um chamado de uma das guerreiras, Julia me disse que precisava ir, mas disse que, quando pudesse, viria me ver para que continuássemos a conversa. E lá estava eu, sozinho novamente, num lugar estranho com pessoas estranhas que me olhavam estranho. Me sentei sobre um toco de árvore para que pudesse organizar todos os meus pensamentos e achar uma solução para o meu grande problema: Onde diabos eu iria dormir? Até que, novamente, pude ouvir alguém se aproximando e me chamando pelo meu nome — finalmente. — Pierre, não é mesmo?- disse o rapaz moreno, “Filho de Ares” talvez. O garoto bonito. — Sim. — respondi enquanto me levantava para assim me virar e o encará-lo. — Aconteceu algo com você? — perguntou ele, que parecia se preocupar. Talvez pela minha cara de bunda. — Estou sem dormitório. Mas vou resolver isso, eu sempre resolvo. — dei de ombros e suspirei, passando minhas mãos pelos meus próprios fios aloirados. — Se quiser eu posso arranjar um lugar pra você no meu dormitório. — ele sorriu, o que fez meu coração amolecer. Ele estava se preocupando e sendo legal. Cacete, Pierre, seja simpático apenas uma vez na sua vida! — Olha.. eu adoraria se pudesse fazer esse favor. — ri fraco e sorri simpático após. Este assentiu e me pediu para que o seguisse. Assim o fiz. A caminhada até o dormitório não demorou, parecia estar bem cheio o lugar, e eu tinha certeza que uma hora ou outra eu ia sair dali. Nunca gostei de muitas pessoas à minha volta, porém depende. Todas as camas pareciam estar ocupadas, então me joguei num colchão qualquer após agradecer ao rapaz, jogando minha mochila da faculdade sobre o chão ao meu lado. Meus pés estavam dormentes, talvez por conta do frio, estavam congelados. Ouvia pessoas falando sobre uma tal fogueira que costumavam fazer para receber os novatos. Aquilo havia me animado um pouco, precisava de atenção e aquele seria o momento perfeito.
19h45
A noite estava próxima e consigo a fogueira se aproximava, adorava falar em público. Não querendo me gabar, mas qualquer A que saía da minha boca era motivo para garotos e garotas caírem apaixonados. A roda de conversa foi interessante, algumas garotas puxaram papo comigo, nada fora do normal. E novamente eu me encontrava deitado sobre meu colchão duro, bebendo. Finalmente.
5 meses após
Os dias se passaram bem rápidos, a guerreira que eu havia conversado quando cheguei, trouxera alguns livros onde eu poderia conhecer melhor Dionísio, ou meu pai. A ideia de um deus grego ser meu pai ainda me assombrava um tanto, tudo parecia ser um sonho estranho que eu poderia acordar a qualquer instante. Nesses cinco meses, aprendi a controlar minhas habilidades, além de aprender a usar uma espada -por mais que eu não fosse tão bom quanto os outros-. Mais um grupo de novatos estava chegando, e com isso, mais uma fogueira. Chiara passou de alguém totalmente estranho para uma das melhores pessoas e amigas que eu pude ter. Matthew parecia cada vez mais distante, tinha a sensação de que estava me evitando por ser um tanto rude às vezes. Passei o dia todo treinando, eu queria e precisava melhorar minhas habilidades com a espada. O dia todo pude ouvir elogios sendo direcionados à mim. Talvez eu estivesse conseguindo. Sentia falta de Chiara por perto para me alegrar com as bobagens que dizia e seu positivismo absurdo, mas eu precisava treinar. Quem sabe nos víssemos na fogueira. Acabei por encontrá-la no final do treino, onde eu finalmente podia parar para descansar e beber. Como de costume, iríamos juntos à fogueira. — Ei. — ela me chamou, me cutucando com o cotovelo. — Como acha que são? — Quem?- perguntei enquanto fitava um canto qualquer ali. Chiara pareceu não gostar, podia perceber sua cara emburrada mesmo não a olhando. Fofa. — Os novatos Pierre, não dormiu essa noite não? Nem parece que tá nesse plano. — Acho que não. — dei de ombros. — Você já não bebeu o dia todo? — E daí?- retruquei, levando a garrafa de vinho aos lábios pela milésima vez. A conversa fora interrompida por Ophélia, que pedia para todos se reunirem próximo à fogueira. A aglomeração de pessoas já se fazia presente próximo à fogueira, cada um pegando um espaço para si, e eu, me sentei num lugar qualquer junto de Chiara. As lembranças sobre cinco meses atrás vieram à tona e acabei deixando escapar um sorriso fraco. Há cinco meses atrás eu era um garoto totalmente perdido, que parecia que explodiria a qualquer instante, que tinha sede de conhecimento. Hoje, felizmente tenho orgulho do que me tornei. A festinha já ia terminando e eu e Chiara nos juntamos para beber um pouco. Precisava daquilo. As pessoas aos poucos se esvaíam, não sabia distinguir se era bom ou ruim, nunca havia cuidado de alguém bêbado. Uma garota de porte baixo e magro se aproximou de nós, parecia tão apavorada quanto eu nos primeiros dias. Esta que sentou entre o pequeno espaço que havia entre eu e Chiara, era um tanto estranho ter mais um por ali. — Hm… — olhei para Chiara, que me olhava tão perdida quanto eu. Engoli em seco e direcionei meu olhar à garota, sorrindo para si. — Oi? Ri baixo ao vê-la tomar a garrafa de minha mão. E se eu tivesse alguma doença? Ela era doida. Genial. — Mon Poussin, vai com calma. — disse um tanto preocupado, ela não parecia ter o costume de beber. Retirei a garrafa de sua mão. — Como se chama? Um silêncio estranho se fez presente ali. — Eu me chamo Pierre. E novamente silêncio. O que estava acontecendo???? — Essa é a Chiara. — apontei para a Chiara, que sorriu. Meu Deus! — Será que ela é surda? — perguntei à Chiara. Antes que ela conseguisse responder, abaixei meu olhar às mãos de “Ariel” — como eu resolvi chamá-la, já que aquela cena me remetia ao filme quando a sereia perde a voz para uma bruxa dos mares. — Ok, a garota é muda. — Não fala porquê não pode? Ou porquê não quer?- olhei para Chiara e logo depois para a garota, mesmo sabendo que ela não responderia. Dei de ombros. Após um longo silêncio, estalei a língua no céu da boca e tornei a olhá-la, pensativo. — Você é filha de quem? “Ariel” permaneceu quieta. — Pierre, ela é muda. — Tinha esquecido. Burro! — Acho que ela é filha de Deméter. — Chiara disse pensativa, observando a menina. — Ela me lembra flores. — Flores? — perguntei. — É. — Não acho. — dei de ombros novamente. — Me passa essa garrafa aí. — Chiara retrucou, então bebi mais um pouco antes de passá-la. Aquelas horas que passei ali foram as melhores da minha vida, mesmo que não pudesse ouvir a voz da garota, ela era divertida. Chiara já estava tão bêbada que provavelmente não se aguentaria em pé, Ariel mantinha-se quieta, apenas balançando-se no ritmo da música que eu e a outra cantávamos. Tenho que admitir, eu sou bom em qualquer coisa, exceto cantar. A cada nota errada -ou quase todas- arrancava risos de ambos os três. — Ei, Chiara. — a chamei, observando o céu, pensativo. — Qual a sensação de estar bêbado? — Enjoativo. Não consegue deduzir sozinho? — Não estou bêbado. — tornei a olhá-la, indiferente. — Calúnia! — Eu nunca fico bêbado. — Você bebeu mais do que nós duas juntas. — Chiara parecia indignada, o que me fazia rir. — É por causa de Dionísio. — respirei fundo e limpei minhas mãos que antes estavam apoiadas sobre o chão. — Não fico bêbado. Fui condenado a estar sempre sóbrio, não é triste? — Triste. — assentiu. — Você está vesga.- segurei o riso. — Estou. Acabei por me deixar rir. — Melhor a gente voltar pros chalés. — disse enquanto me levantava e retirava os vestígios de sujeira de minha calça. — Tá ficando tarde. Mon Poussin? A vi abrir seus olhos e a ajudei a se levantar, ajeitando seus fios bagunçados. — Está dormindo em qual chalé? Deu de ombros, o que me fez suspirar, assentindo após. — Tudo bem.- assenti, coçando a nuca. O que eu vou fazer??? Pisquei diversas vezes, pensando numa solução. -Então vamos para o de Ares comigo, pelo menos assim eu te ajudo com a ressaca.- Pierre Dufour, o maior gênio do século XXI. — Eu vou ficar por aqui mais um pouco, depois eu subo. — ouvi Chiara dizer um tanto mole pela embriaguez. — Tem certeza? — perguntei preocupado. — Aham. — sorriu. — OK. — concordei, mesmo que eu não quisesse deixá-la sozinha ali por medo talvez, precisava cuidar da outra garota, que, além de bêbada, parecia cansada. — Se cuida. Boa noite. — sorri para ela. — Hm, boa noite. — ri ao vê-la levantar a garrafa como um brinde e balancei negativamente a cabeça, me direcionando ao dormitório com a outra garota. Minha cabeça parecia estar em outro lugar, e tinha justificativa. Chiara estava bêbada sozinha lá fora. Tinha medo do que poderia acontecer. Emprestei algumas peças de roupas minhas para a garota muda, que se trocou com a ajuda de algumas garotas do dormitório. Assim que o fizeram, deitei-a sobre um colchão livre e me deitei em meu próprio, que não ficava muito longe dela. Antes que pudesse ligeiramente pegar no sono, ouvi o grito de Chiara. O que estava acontecendo?
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