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Maria Velho da Costa
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Maria Velho da Costa, scrittrice femminista che, nel 2002 ha ricevuto il Premio Camões, la più alta onorificenza letteraria della lingua portoghese.
Ha fatto parte dell’Academia das Ciências de Lisboa e ricevuto il titolo di Grande Ufficiale dell’Ordine dell’Infante Dom Henrique.
Parte attiva del movimento femminista portoghese, è stata una delle autrici del libro Novas Cartas Portugesas (Nuove lettere portoghesi), testo femminista e antifascista in palese provocazione contro il regime di Estado Novo, che, di tutta risposta, l’ha incarcerata e processata, insieme alle altre due autrici, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno, dette le “Tre Maria”.
Il libro e il loro processo ispirarono proteste in Portogallo e attirarono l’attenzione internazionale dei gruppi di liberazione delle donne europei e americani negli anni precedenti la Rivoluzione dei garofani del 25 aprile 1974, che pose fine al processo,interrompendo le sanzioni a cui erano state sottoposte.
Maria Velho da Costa è nata il 26 giugno 1938 a Lisbona.
Dopo la laurea in Filologia Germanica, ha lavorato come insegnante ed è stata presidente dell’Associazione portoghese degli scrittori. È stata lettrice di studi portoghesi e brasiliani al King’s College di Londra dal 1980 al 1987.
Nel 1967 è uscito il suo primo romanzo Maina Mendes che le valse il prestigioso Premio Revelação dell’Associação Portuguesa de Escritores.
Nelle sue opere successive ha ampliato le tesi di rivendicazione dei diritti della donna, già proclamate nelle Novas Cartas Portuguesas stravolgendo i canoni narrativi.
Dopo la Rivoluzione dei garofani è stata designata ambasciatrice culturale per il governo del Portogallo. Ha lavorato alla Segreteria di Stato alla Cultura nel 1979 ed è stata Addetta Culturale a Capo Verde dal 1988 al 1990.
Dal 1975 ha collaborato regolarmente alle sceneggiatura di film, soprattutto con registi come João César Monteiro, Margarida Gil e Alberto Seixas Santos.
La sua è una carriera caratterizzata da un grande impegno sociale. Attraverso le sue opere, ha posto un’attenzione particolare a identità, genere e dinamiche di potere all’interno della società.
Il suo contributo è ampiamente riconosciuto.
Nel 1997 l’Università dell’Évora l’ha premiata col Premio Vergilio Ferreira per il grande contributo dato alla Letteratura portoghese.
Ha lasciato la terra il 23 maggio 2020 a Lisbona, aveva 81 anni, nello stesso anno la Sociedade Portuguesa de Autores ha istituito, in suo onore, il Prémio de Literatura Maria Velho Costa.
Sarà sempre ricordata come una delle grandi voci della letteratura contemporanea, una scrittrice audace e visionaria che ha spinto i confini della scrittura e affrontato temi cruciali della società con coraggio e profondità.
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Maria Velho da Costa (1938-2020)
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REVOLUÇÃO E MULHERES
Elas fizeram greves de braços caídos. Elas brigaram em casa para ir ao sindicato e à junta. Elas gritaram à vizinha que era fascista. Elas souberam dizer salário igual e creches e cantinas. Elas vieram para a rua de encamado. Elas foram pedir para ali uma estrada de alcatrão e canos de água. Elas gritaram muito. Elas encheram as ruas de cravos. Elas disseram à mãe e à sogra que isso era dantes. Elas trouxeram alento e sopa aos quartéis e à rua. Elas foram para as portas de armas com os filhos ao colo. Elas ouviram falar de uma grande mudança que ia entrar pelas casas. Elas choraram no cais agarradas aos filhos que vinham da guerra. Elas choraram de verem o pai a guerrear com o filho. Elas tiveram medo e foram e não foram. Elas aprenderam a mexer nos livros de contas e nas alfaias das herdades abandonadas. Elas dobraram em quatro um papel que levava dentro urna cruzinha laboriosa. Elas sentaram-se a falar à roda de uma mesa a ver como podia ser sem os patrões. Elas levantaram o braço nas grandes assembleias. Elas costuraram bandeiras e bordaram a fio amarelo pequenas foices e martelos. Elas disseram à mãe, segure-me aqui os cachopos, senhora, que a gente vai de camioneta a Lisboa dizer-lhes como é. Elas vieram dos arrebaldes com o fogão à cabeça ocupar uma parte de casa fechada. Elas estenderam roupa a cantar, com as armas que temos na mão. Elas diziam tu às pessoas com estudos e aos outros homens. Elas iam e não sabiam para aonde, mas que iam. Elas acendem o lume. Elas cortam o pão e aquecem o café esfriado. São elas que acordam pela manhã as bestas, os homens e as crianças adormecidas.
in Cravo (1976)
Considerada uma das grandes vozes renovadoras da literatura portuguesa desde a década de 1960, Maria Velho da Costa foi autora de contos e de teatro, destacando-se sobretudo no romance. Escreve "Novas Cartas Portuguesas" com Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta - tratado sobre os direitos das mulheres em Portugal - e que lhes valeria um processo judicial, suspenso depois da revolução de 25 de Abril de 1974.
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Três Marias - Maria Teresa Horta (1937-2025), Maria Isabel Barreno (1939-2016) e Maria Velho da Costa (1938-2020)
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MARIA VELHO DA COSTA | Lisboa 1938 - 2020
Maria Velho da Costa efetua uma recuperação crítica da tradição cultural e literária portuguesa, promovendo uma profunda recontextualização.
Créditos: https://www.tnsj.pt/ No contexto do Portugal marcelista, marcado pelo domínio de valores machistas, a escrita em versos de Maria Velho da Costa efetua uma recuperação crítica da tradição cultural e literária portuguesa, promovendo uma profunda recontextualização, na qual a reivindicação de voz e corpo exibe uma força subversiva, autenticamente revolucionária. Revolução e mulheres1.…
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Book Review: Novas Cartas Portuguesas [PT]
Welcome to one more blossoming book review in Portuguese! This time, I bring you Novas Cartas Portuguesas (1972). Let me know if you're interested in a translation!
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"(...) nosso intercâmbio - e toda a amizade de mulheres - tem um tom de uterino, de troca lenta, sanguinária e carente, de situação de princípio retomada."
Novas Cartas Portuguesas é um projeto a três, assinado por Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta. Publicado em 1972, foi proibido pela censura, pela sua linguagem e temas eróticos, feministas e anticoloniais, tendo sido aberto um processo contra as autoras.
Definir esta obra é uma tarefa quase a bordar o impossível, tendo em conta a pluralidade de vozes e formas e a intercalação contínua entre ficção e realidade. Projetada enquanto diálogo com As Cartas Portuguesas — romance epistolar do século XVII que reúne 5 cartas de amor de uma freira portuguesa, Sóror Mariana Alcoforado, dirigidas a um oficial francês —, a obra vai muito além desta intertextualidade. As "Três Marias" usam Mariana como pretexto para desenhar toda uma linhagem abstrata de mulheres (Marianas, Anas, Marias, Mónicas) que lhes permite explorar a condição feminina em várias épocas e contextos diferentes.
Desde a condição emocional e romântica da mulher, ao seu papel na sociedade, passando pela forma como estes aspectos estão interligados, NCP serve como um manifesto feminista escrito num momento de repressão ditatorial. Sobre este tema, destaco e sugiro a leitura da "Terceira Carta IV" (na qual se reflete sobre a relação entre homem e mulher como espelho da relação entre burguesia e proletariado), dos "Extractos do diário de Ana Maria, descendente directa da sobrinha de D. Maria Ana, e nascida em 1940" e da "Segunda Carta VIII".
"De Mariana tiramos o mote, de nós mesmas o motivo, o mosto, a métrica dos dias. Assim inventamos já de Mariana o gesto, a carta, o aborto; a mãe que as três tivemos ou nunca e lha damos."
Apesar de dividido por "cartas", a obra não pode propriamente ser considerada epistolar, tendo em conta a sua faceta anacrónica e polifónica. Cada "carta" é completamente imprevisível e independente da prévia ou da seguinte, podendo consistir tanto em prosa quanto em poema, seja num tom narrativo ou ensaístico. A linguagem utilizada é sempre complexa e muitas vezes quase experimental. Várias cartas utilizam um tom metalinguístico, nas quais as autoras conversam entre si e refletem sobre a própria obra.
Novas Cartas Portuguesas parece-me um texto único dentro do panorama literário português que, apesar de ser de difícil absorção enquanto obra integral, é na sua essência tão fragmentado que pode ser lido de forma aleatória e espontânea — e, diga-se de passagem, muito beneficiaria o povo português em ver algumas das suas passagens inseridas no sistema educativo.
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Loro, le donne grandi e piccole, di ogni età.
"Loro passano molto tempo a guardarsi allo specchio.
Loro piangono. Loro sospirano per un ragazzo biondo, per due mollette da capelli tempestate di pietrine, per un anello con la perla. Loro sognonano per tre notti di seguito un uomo che hanno solo intravisto sulla porta del caffè. Loro portano nella borsa della spesa uno scatolino di plastica che serve a pitturare di azzurro il bordo degli occhi. Loro inventano storie di amiche come in piena avventura. Loro comperano di nascosto i fotoromanzi. Loro amoreggiano molto. Loro amoreggiano poco. Loro non dormono pensando a certe tendine plissettate. Loro si strappano i primi capelli bianchi con una pinzetta comprata in drogheria. Loro gridano a sproposito e si aggrappano ai figli che hanno appena finito di picchiare. Loro fanno la vita di nascosto dalla mamma per tre vestiti in più e un paio di stivali. Loro pagano la cambiale della moto a quello che le picchia. Loro non parlano di queste cose. Loro di notte chiamano nomi che non vengono. Loro assorte con la molletta dei panni tra i denti stanno a guardare il gatto seduto sui tegoli in mezzo ai gerani. Loro vorrebbero un'altra cosa."
Maria Velho da Costa - poetessa, narratrice e sceneggiatrice portoghese (1938).
Mio olio su tela
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Feminist demonstration in Parque Eduardo VII promoted by the Women's Liberation Movement, founded in 1974 by Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta and Maria Isabel Barreno (4th image, from left to right).
January 13, 1975.
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The palace surrounded by vineyards
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The Brejoeira Palace is located in the Portuguese municipality of Monçao, which is next to the banks of the Minho River, where the tradition of the vineyard is shared with Galicia through the very characteristic albarinho wines in both sides of the border.
Its construction, in the valley of the river Lima, was begun in the early years of the 19th century, although it was not completed until 1834. The project is attributed to Carlos Amarante, one of the most prominent architects working in northern Portugal, but also to José da Costa de Silva, author of the Palácio de Ayuda - the royal palace of the Portuguese crown during the 19th century - in Lisbon, with which it has many architectural similarities.
Its neoclassical design is influenced by classical Greek and Roman aesthetics. This style reflects the influence of the Enlightenment at the time, characterised by an admiration for classical antiquity and a search for reason and proportion in design.
Brejoeiera originally belonged to Luís Pereira Velho de Moscoso, an aristocrat close to the royal household, which enabled him to obtain authorisation from King João VI to undertake the construction of the palace. When he died in 1837, the works continued under the direction of his son Simão, who died without descendants, which is why the palace fell into the hands of the Caldas family of Lisbon, a possession that did not prevent it from being abandoned and falling into disrepair.
Around 1901, the Brejoeira Palace was sold at public auction. The buyer, Pedro Maria da Fonseca Araújo, a wealthy merchant from Oporto, began the restoration, which provided the building with a theatre and a greenhouse, while the atrium and the staircase were tiled. Outside, the gardens and surrounding woods were renovated and a lake was added.
Pic: Creative Commons.
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Palau de Brejoeira
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El palau de Brejoeira és situat al municipi portugués de Monçao, que és a tocar de la riba del riu Minho, on la tradició de la vinya és compartida amb Galícia mitjançant els vins albarinho molt característics de les dues bandes de la frontera.
La seva construcció, a la vall del riu Lima, va ser iniciada als primers anys del segle XIX, tot i que no va ser acabat fins el 1834. El projecte és atribuït a Carlos Amarante, un dels arquitectes més destacats que van treballar al nord de Portugal, però també José da Costa e Silva, autor del Palácio de Ajuda -el palau reial de la corona portuguesa durant el segle XIX- a Lisboa, amb el que té moltes semblances arquitectòniques.
El seu disseny, neoclàssic, és influenciat per l'estètica clàssica grega i romana. Aquest estil reflecteix la influència de la Il·lustració a l'època, caracteritzada per l'admiració per l'antiguitat clàssica i la cerca de la raó i la proporció en el disseny.
Brejoeiera va pertànyer originalment a Luís Pereira Velho de Moscoso, un aristòcrata proper a la casa reial, la qual cosa li va permetre obtenir l’autorització del rei João VI per emprende la construcció del palau. A la seva mort, el 1837, les obres van continuar sota la direcció del seu fill Simão, que va morir sense descendència, raó per la qual el palau va anar a parar a les mans de la familia Caldas de Lisboa, possessió que no va evitar que quedés abandonat i es degradés.
Cap al 1901, el palau de Brejoeira fou venut en subhasta pública. El comprador, Pedro Maria da Fonseca Araújo, un ric comerciant de Porto, va iniciar la restauració que va dotar a l’edifici d’un teatre i un hivernacle, mentre l’atri i l’escala van ser revestides de rajoles. A l’exterior es van renovar els jardins i els boscos circundants i d’hi va afegir un llac.
Foto: Creative Commons.
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Inês Cóias, Maria Velho da Costa , Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno, 2021
https://inescoias.com/Ave-Marias https://pt.wikipedia.org/wiki/Novas_Cartas_Portuguesas
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COLECÇÃO VÁRIA, #3 Florilégio
organização: Maria Sequeira Mendes, Joana Meirim, Nuno Amado leituras/ensaios por: Akihiko Shimizu, Alberto Manguel, Alda Rodrigues, Alex Wong, Amândio Reis, Ana Cláudia Santos, Ana Maria Pereirinha, Ana Matoso, Ana Sofia Couto, António J. Ramalho, Bernardo Palmeirim, Clara Rowland, Diogo Martins, Fernando Cabral Martins, Frederico Pedreira, Golgona Anghel, Gustavo Rubim, Helder Gomes Cancela, Helena Carneiro, Inês Rosa, Joana Matos Frias, Joana Meirim, João Dionísio, Jorge Almeida, Lawrence Rhu, Lúcia Evangelista, Madalena Quintela, Madalena Tamen, Margarida Vale de Gato, Maria Rita Furtado, Maria Sequeira Mendes, Miguel Tamen, Nuno Amado, Pedro Serra, Pedro Sobrado, Rita Faria, Rosa Maria Martelo, Sara Campino, Sara de Almeida Leite, Silvina Rodrigues Lopes, Tatiana Faia, Telmo Rodrigues, Teresa Bartolomei poemas de: Abade de Jazente, Adélia Prado, Adília Lopes, Alberto Pimenta, Alice Oswald, Ana Hatherly, Anna Akhmátova, Anthony Hecht, António Franco Alexandre, António Gedeão, Arthur Rimbaud, Bernardim Ribeiro, Carlos de Oliveira, Charlotte Smith, Christopher Middleton, Elizabeth Bishop, Ellen Davies, Emily Dickinson, Fernando Assis Pacheco, Florbela Espanca, Frances Leviston, Francisco Alvim, G. E. Patterson, Golgona Anghel, Ian MacMillan, João Miguel Fernandes Jorge, John Betjeman, Jorge Sousa Braga, José Afonso, José Miguel Silva, Kenneth Goldsmith, Kudo Naoko, Leopoldo María Panero, Luís de Camões, Luiza Neto Jorge, Manuel Bandeira, Manuel Gusmão, Margarida Vale de Gato, María Elena Walsh, Maria Velho da Costa, Raymond Carver, Raul de Carvalho, Ricardo Tiago Moura, Rosa Maria Martelo, Tonia Tzirita Zacharatou, Wilfred Owen capa e ilustrações: João Concha ISBN: 978-989-53985-1-5 n.º de páginas: 232 tiragem: 350 exemplares 1.ª edição: Março, 2023 Recomendado no Plano Nacional de Leitura LER+ PVP 20,00 euros | ensaio |
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As Três Marias: Maria Teresa Horta (1937), Maria Isabel Barreno (1939-2016) e Maria Velho da Costa (1938-2020)
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Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa (1972)
“Minhas irmãs: Mas o que pode a literatura? Ou antes: o que podem as palavras? (…) Que tempo? O nosso tempo. E que arma, que arma utilizamos ou desprezamos nós? Em que refúgio nos abrigamos ou que luta é a nossa enquanto apenas no domínio das palavras?"
Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa (Novas Cartas Portuguesas, 1980)
No Dia Internacional da Mulher, no ano das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, evocamos Novas Cartas Portuguesas, obra que celebra cinquenta e dois anos e que demonstra o poder e ousadia das palavras na luta feminista e antifascista no país.
Um livro escrito por três mulheres que, por ousarem denunciar o silêncio, a exploração e violência que a identidade feminina era sujeita neste país, foram alvo de perseguição e censura política. Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa mostravam ser rostos da clandestinidade e emancipação feminina na época. Hoje, cinco décadas após a queda de um regime fascista com quase a mesma duração, celebramos a ousadia destas mulheres sem esquecer todas aquelas que permanecem emersas numa clandestinidade e precariedade que a norma obriga.
Resgatamos o poder da palavra como palco do empoderamento e alteridade feminina. São oito livros que escolhemos para assinalar este dia mas, também, este mês que é destinado a assinalar a história das Mulheres.
Jornalista Fialho Gouveia entrevista as escritoras Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa sobre o caso "Três Marias", centrado no julgamento de que foram alvo após a publicação do seu livro "Novas Cartas Portuguesas" em 1972.
#Novas Cartas Portuguesas#Maria Teresa Horta#Maria Velho da Costa#Maria Isabel Barreno#25 de abril de 1974#8 de março#Dia Internacional da Mulher
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Os Três.
Ouço uma voz me chamando.
No primeiro eu estava jogando videogame na hora com um primo, se me lembro bem, esse é de sangue. Estávamos jogando Mario quando ouço uma voz me chamando, decido ir ver o que era.
Quarto escuro… A voz vinha de lá, estranho, falta um, o irmão mais novo dos meus primos, este não é de sangue.
Entro no quarto, ele está sussurrando, não me lembro o que, “o que ele estava fazendo ali?” se passa pela minha cabeça.
Não consigo nem pensar direito antes que… Ele avança em mim, do nada, sou empurrado para trás, caio sob a cama com ele por cima de mim.
Vejo as intenções dele na hora, o rosto dele estava muito perto do meu… ”Ele ia mesmo fazer algo comigo?” penso antes de entrar em choque, a adrenalina sobe, minha pressão desce, me sinto enjoado e tonto, quero fugir…
Por impulso empurro-o, ele fica em choque com a minha reação.
Aproveito este segundo de vantagem para fugir, o andar é grande, estávamos no segundo, é difícil correr ouvindo ele me chamando, me sinto enojado.
O primeiro lugar que vejo de proteção é onde eu já estava, tenho certeza que o mais velho iria me proteger, corro para a sala, ainda no segundo andar.
Sento-me rápido, ele questiona, eu apenas finjo que nada aconteceu e jogo mais, o mais novo estava na porta disfarçando, mas me olhando estranho… ”Ele tem 8 e eu 6, o que ele poderia querer comigo?”.
Assim perco o crush nele.
…
Eu estava correndo.
No segundo eu estava com meus vizinhos na rua, foi divertido enquanto durou.
Pega-pega acho, ou Maria-Fedida, como nomeamos uma brincadeira de queimada misturada com pega-pega.
Eu estava bem cansado já, não aguentava mais correr e decidimos jogar futebol ou vôlei, não lembro.
Precisaríamos pegar a bola, mas a casa de quem estava mais perto? As crianças que eu brincava moravam mais perto, me ofereci pra buscar a bola (vai que eu via me crush, que era irmão mais velho deles), saio da rua e entro na casa deles, interessante a casa, eu já estive lá muitas vezes, espaçosa e bonita.
“Onde está a bola?” Grito para as crianças, e me falam que estava nos fundos, onde ficava o “depósito” deles, na verdade, era mais um lugar de tralha que mantinham no fundo da casa.
Vou pelo lado de fora da casa, normal, quando chego lá, não encontro a bola, está uma bagunça.
Quando encontro, eu me esforço para pegar e ouço uma voz atrás de mim.
É o padrasto deles, ele é legal, sempre gentil.
Ele chega do meu lado, e olha para o fundo do depósito, me prostro ao lado dele e dou um oi, normal né?
Ele me fala para olhar para o fundo do depósito, eu olho onde ele estava olhando.
Não vejo nada de mais, uma janela quebrada, brinquedos, as antigas bicicletas… Olho para baixo antes de olhar para ele…
Ele estava com o pên*s dele para fora… Eu tinha 8 anos… Ele falou algo que nem prestei atenção, vi por um frame, mas ficou salvo em minha mente aquela coisa.
Mal vi e já virei de costas no automático e corri, corri como se minha vida dependesse disso.
Ele deve ter gritado algo, eu não sei, só conseguia pensar em como eu tinha apenas 8 anos e um pedo desse poderia ter feito se eu ficasse mais um minuto.
Semanas depois eu estava no portão conversando com um amigo, e ele comentou que uma “amiga” minha, de minha idade, fui à casa dele, se achou adulta e transou com ele, me senti enojado, nunca contei a ninguém sobre ele, mas queria contar para todos.
…
Estava na casa espaçosa.
No terceiro, mesmo cara, mesma casa, eu estava conversando com meu crush e ele teve de sair, eu estava na sala sozinho agora.
Ouço uma voz, era ele, o padrasto.
Me chamou no quarto, eu fui, não sei porque, acho que eu já sabia o que ia acontecer, mas fiquei com medo de contrariar, não sei.
Quarto escuro, deja vu do primeiro, mas ignorei.
E novamente ele me mostrou o mesmo, e eu tive a mesma reação, virei de costas e fui embora… E nunca mais voltei.
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EM NAZARÉ NA CASA DA MÃE, A QUAL DEVERÁ SEGUIR O FILHO.
🌿🕊🌹🥀🌿🕊🥀🌹🌿🕊🥀🌹🌿🕊🥀🌹🌿🕊🌹🥀🌿🌹🥀🌿🕊🌹
Jesus está sozinho. Caminha ligeiro pela estrada mestra, que passa perto de Nazaré e entra na cidade, dirigindo-se para a sua casa. Quando está próximo dela, vê sua Mãe, que por sua vez, também está indo para casa, tendo ao seu lado o sobrinho Simão, que está carregado de feixes de gravetos. Jesus a chama: “Mãe!”
Maria se vira, exclamando: “Oh! Meu bendito Filho! E ambos correm um para o outro, enquanto Simão, tendo colocado no chão os seus feixes, imita Maria, dirigindo-se para o primo, a quem saúda cordialmente.
- Minha Mãe, Eu vim. Estás contente agora?
- Muito, meu Filho. Mas... se for só porque eu te pedi é que, eu te digo que não te é permitido seguir a voz do sangue, mais do que a de tua missão.
- Não, Mãe. Eu vim também para outras coisas.
- Então é verdade mesmo, meu Filho? Eu achava, eu queria achar que fossem palavras mentirosas e que Tu não fosses odiado tanto...
As lágrimas estão nas palavras e nos olhos de Maria.
- Não chores, Mãe. Não me dês este sofrimento. Eu preciso do teu sorriso.
- Sim, Filho, sim. É verdade. Tu vês tantos rostos duros de inimigos, que tens necessidade de muito amor e sorriso. Mas aqui, estás vendo? Aqui há quem te ama por todos... Maria, que se apoia levemente no Filho, que a segura abraçada pelas costas, vai caminhando lentamente para casa, e procura sorrir, para tirar todo o sofrimento do coração de Jesus.
Simão tornou a apanhar os seus feixes e caminha ao lado de Jesus.
- Estás pálida, Mãe. Fizeram-te sofrer muito? Estiveste doente? Tens-te cansado muito?
- Não, Filho. Não. Não tive nenhum sofrimento. A única pena foi a de estares longe e não seres amado. Mas aqui, comigo, todos são muito bons. Não falo da Maria e do Alfeu; esses Tu sabes que são. Mas até Simão estás vendo como ele é bom? É sempre assim. Tem sido a minha ajuda nestes meses. Agora me abastece de lenha. É muito bom. E José também, sabes? Tantos pensamentos bondosos para com a sua Maria.
- Deus te abençoe, Simão e também abençoe ao José. E, que ainda não me ameis coo ao Messias, Eu vo-lo perdoo. Oh! Mas vireis ao amor de Mim, o Cristo! Mas, como poderia Eu perdoar-vos, se não a amásseis?
- Amar Maria é uma justiça e uma paz, Jesus. Mas Tu também és amado... só que nós tememos muito por Ti.
- Sim. Vós me amais humanamente. Ireis ter o outro amor.
- Mas Tu também, meu Filho, estás pálido e emagrecido.
- Sim,. Pareces mais velho. Eu também o estou vendo, observa Simão.
Entram em casa e Simão, tendo posto os feixes em seu lugar, retira-se discretamente.
- Filho, agora que estamos sós, diz-me a verdade. Toda a verdade. Por que foi que te expulsaram? Maria fala, conservando as mãos sobre os ombros do seu Jesus e olha fixamente para o seu rosto emagrecido.
Jesus tem um sorriso doce e cansado: “Porque procurava levar o homem à honestidade, à justiça, à verdadeira religião”.
- Mas quem te acusa? O povo?
- Não, Mãe. Os fariseus e os escribas, com exceção de alguns justos entre eles.
- Mas que fizeste para atrair as acusações deles?
- Disse a verdade. Não sabes que é o maior erro, junto aos homens?
- E que terão podido dizer para justificar suas acusações?
- Mentiras. As que sabes e outras mais.
- Dize-as à tua Mãe. E põe toda a tua dor no meu seio. Um seio de mãe está acostumado com a dor, e fica feliz em passar por ela, contanto que possa tirá-la do coração do filho. Dá-me a tua dor, Jesus. Põe-te aqui, como quando eras pequenino, e deixa aqui toda a tua amargura.
Jesus se assente em um banquinho aos pés de sua Mãe e conta tudo o que aconteceu naqueles meses na Judeia. Sem rancor, mas sem encobrir nada.
Maria o acaricia nos cabelos, com um heroico sorriso nos lábios que luta contra o brilho das lágrimas, que estão em seus olhos azuis.
Jesus fala também da necessidade de aproximar-se das mulheres para redimi-las e o pesar que sente por não poder fazê-lo, devido à maldade humana.
Maria concorda e depois decide: “Filho, não me deves negar o que eu quero. De agora em diante, eu irei Contigo, quando fores para longe. Em qualquer tempo e estação. E em qualquer lugar Eu te defenderei da calúnia. Só a minha presença fará cair a lama. E Maria virá comigo. Ela o deseja muito. Isto se torna necessário junto do Santo e contra o demônio e o mundo: o coração das mães”.
O EVANGELHO COMO ME FOI REVELADO - MARIA VALTORTA.
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Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa, The New Portuguese Letters (The Three Marias), Paladin, 1975.
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Açores - Natureza bruta a ser graciosa
Agostinho Costa Mai-25-2024
Após mais de dez horas de viagem, intercaladas por paragens nos diversos aeroportos, pois haviam sido três os aviões que nos transportaram, chegáramos ao nosso final, a Graciosa. Lisboa, Aeroporto Humberto Delgado, Lages; Lages Ponta Delgada, Aeroporto João Paulo II; Ponta Delgada Graciosa.
Ilha Graciosa, que existe a partir de um vulcão há cerca de um milhão de anos. A cerca de vinte e oito mil ela ficou deveras graciosa! Ilha Branca devido ao traquito, uma rocha que cobre os seus montes. E que, segundo Raul Brandão, nas suas Ilhas Desconhecidas, a identificou… Uma de «quatro saindo do mar - a Graciosa dum verde muito tenro acabando dum lado e do outro em penhascos decorativos»!
Em Guadalupe, A Sra. Maria José Quadros, ao nos mostrar a mercearia-museu Tomás Betencourt, foi-nos declamando versos sobre a bela terra. Graciosamente bela, graciosamente graciosa, era a Graciosa! Ilha branca… aquela que surgira de uma rosa…Fora a fada que sobre o mar salgado deixara cair uma rosa. Rosa que sobre o mar adormecera e sonhara, sonhara. De tal sonho, ao acordar, encontrou-se rochedos, terra, vinhedos, jardins, flores, graciosa… Isto segundo a lenda. E a Sra. ainda nos serviu um saboroso lanchezinho, com diversos tipos de biscoito da Graciosa e um copinho de Angelica, um licor feito a partir do vinho.
Foi-nos concedido o privilégio de visitar a Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, que resultara de uma primeira ermida. Fora erguida a ermida nos finais do século XVI para guardar a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe trazida do México por Domingos da Covilhã. Em 1713 iniciava-se a construção da actual igreja. O seu final aconteceu em 1756, pois entretanto, sobrevieram tremores de terra que impediam o avanço da construção.
Apresenta um estilo barroco açoriano, caracterizado pela sua fachada imponente em cantaria negra e pelo interior rico em talha dourada.
Possui um Órgão do século XVIII, construído pelo artista português José Leandros da Cunha. Foi o segundo órgão nos Açores.
Uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe é muito venerada no seu altar. Esta imagem desafia o meu espírito a voar pelos céus, a buscar o infinito, pois toda ela é um desafio de altitude e espiritualidade… vestido num tom de azul, talvez mais rosa velho com tons doirados, todo esvoaçante. Possui uma coroa toda em doirado, assim como um ramo de flores na mão direita. no braço esquerdo guarda o menino, sobre o coração.
Belo momento o da passagem pelo miradouro da Praia da areia Vermelha, do barro vermelho. Encostado ao paredão, uns seis metros sobre o mar, permitia ouvir o som do seu marulhar, bastante suave. Quatro ilhotas de um vermelho bem vivo espraiavam-se pelo azul do mar. O céu, não tão azul, pois eram mais as nuvens, pairava acima, com os pássaros que voavam em chilreio bem alegre. Pássaros, mar, céu nublado, onde de vez em quando o sol conseguia refulgir, todo um ambiente de paz e sossego, de fruição.
Estávamos perante uma baía bem fornecida de peixe, que não podia ser pescado. Era um perfeito refúgio para diversas aves migratórias e residentes, Petrel, cagarra, Garça, garajau rosado, garoupa, sardo, e outros… O peixe existente na baía era todo para seu alimento.
Num outro momento, já pela tarde, fomos visitar o burro anão. Tivemos de percorrer, a pé, cerca de um quilómetro por um caminho de seixos para chegar à quinta. Mas valeu a pena. Fomos recebidos por alguns zurros, de estranheza, por certo pelo grande grupo, mas nada de rejeição.
Burrinhos bem pequenos, menos de um metro de altura. Meias pelagens, a do Inverno estava a cair e a do Verão a chegar. Pelagem parda, russa, com tons de castanho ou preto , parecia-nos de beleza feita a destes adoráveis e pacíficos animais. Mas apetecia tocar nalgum deles. E foi isso que a Sandra, a sua cuidadora nos proporcionou.
Foi, pois, um gosto colocar as mãos sobre a garupa da Natália. O seu olhar, que me observava, transmitia paciência, docilidade, inteligência. Não deixei de lhe colocar o braço sobre o pescoço como num abraço, bem aceite pela já minha amiguinha.
Burrinhos anões, autóctones da ilha, que provavelmente eram originários da Península Ibérica, tendo ido para a Graciosa no início da colonização, nos finais do século XV. Isto nos explicou a Sandra ao nos servir um pequeno lanche. Tive gosto em dar uma pequena oferta em dinheiro para ajuda do trato dos animais, eram vinte e oito, de tal modo repousante havia sido aquele momento.
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