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Lula Da Silva wiiiiiiiins in Brazil! 🥳 https://www.instagram.com/p/CkY6buMOfg7/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Renan Calheiros, entrou com um projeto pra anistiar os hacker de Araraquara. Na consulta pública está ganhando o NÃO pq as viúvas de Serjo Moro souberam antes. Vamos votar no SIM https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=146443 #lula #falalula #lulainocente #lula2022 #lulalivre #lulalibre #lulapresidente #lulapresidente2022 #vacinacãocovid #canceleacovid #forabolsonaro #foragenocida #eleicoes2022 #bolsonarogenocida #lockdown #vacinacãocovid #ᴠᴀᴄɪɴᴀᴘᴀʀᴀᴛᴏᴅᴏs #fortalezaceara (em Fortaleza, Brazil) https://www.instagram.com/p/COOabK7r0pX/?igshid=d4pqn196wlbw
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#lulalivre#lulalibre#elenão#elenunca#elejamais#america latina#latinamerica#libertad#re-evolucion#revolucion#chile#argentina#uruguay#bolivia#brasil
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#Repudiable #Bolsonaro le dice a #Bachelet que " si Pinochet en el 73 no hubiese derrotado a la #izquierda, entre ellos a su padre, hoy Chile sería una Cuba". El padre de Bachelet murio por causa de las torturas aplicadas por la dictadura chilena. #bolsonaro #brasil #BolsonaroDictador #bolsomito #direita #jairmessiasbolsonaro #forabolsonaro #pt #politica #psl #conservadorismo #lulalibre #lulalivre #brazil #Bolsonaroderecha #conservador https://www.instagram.com/p/B2AoMkJgt1l/?igshid=90lhdsux0zoq
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LULA LIVRE
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....meus Mestres foram muitos : gente que, ao partir, deixou um aforismo que foi pura luz para os oprimidos : aprendi com eles : e muitos que ainda pulsam : @arthurscovino @neymatogrosso @pereiraxnd . . ⬇️ Repost @sylviomicelli (get_repost) ・・・ #lula #lulalivre #lulalibre #lulavalealuta #lulapresidente #freelula #lulainocente #eusoulula #lula2018 #lulapresopolitico #partidodostrabalhadores #haddad #haddad13 #haddadpresidente #obrasilfelizdenovo #mulherescontrabolsonaro #elenão #elenao - #paulofreire #elenunca #elejamais - #30m #reformadaprevidêncica #reformadaprevidêncianão #pec6 #pec6não #jairvaicair https://www.instagram.com/p/Bx7T4XlnHR-/?igshid=1a4wywtc74p3m
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Gracias hermanas y hermanos
O torneiro mecânico mais querido da galáxia, Luís Inácio Lula Livre Inocente Elegível da Silva, recebeu hoje, em Buenos Aires, Argentina, o prêmio de direitos humanos Azucena Villaflor pela luta contra o lawfare, essa nova modalidade de agressão e massacre legalizados limpinhos cheirosos contra tudo, todas e todos que enfrentam e denunciam as mentiras e crimes do patrão contra o povo.Gracias…
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O choro è livre e o Lula tbm
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@luizinacioluladasilvaoficial: Alô, alô, meu amigo @gilbertogil, feliz aniversário e aquele abraço. #timeLula https://t.co/2Tscu7bJZx #Brasil #Lula #lulalibre #lulalivre
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Por otro 17 de octubre en Latinoamérica. #LulaEsPerón #LulaLivre #LulaLibre #Lula #Perón #17DeOctubre #Argentina #Brasil
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LULA, O TRICKSTER; OU SOBRE O DELÍRIO DAS NARRATIVAS
Uma frase de Freud no Mal-estar da civilização rondou minha mente durante todo o dia 04 de abril de 2018 enquanto assistíamos ao placar do STF que julgava o Habeas Corpus do ex-presidente e candidato a presidente de 2018, Luís Inácio Lula da Silva. A frase era esta: “Naturalmente, quem partilha o delírio, jamais o percebe”. A frase, parecia-me, valia tanto para o delírio ficcional presente na mente daqueles velhos e frígidos senhores e senhoras de togas discursando sentados numa linguagem entediante para diversos canais televisivos e internetivos quanto para aqueles, como eu, que já se viam, pouco a pouco, integrando-se a um discurso e a uma posição a serem seguidos nos próximos dias. Essa integração, é claro, perpassa o desejo que habita em cada um. Foi um dia cansativo por aqui.
Esse dia, no entanto, o dia 04 de abril de 2018, teve início no dia de 16 de março de 2016, há já dois anos, o dia em que um reles juiz de primeira instância deixou que todo o desejo já latente em sua tese de doutoramento sobre ativismo jurídico viesse à tona numa jogada que comprometeu toda a credibilidade que vinha tendo a operação Lava Jato. Foi o dia da primeira grande apresentação dramática do juiz ativista. Foi o dia da divulgação do áudio entre a presidenta da república Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, mesmo dia em que Lula aceitou o convite de Dilma para se tornar ministro-chefe da Casa Civil. A ligação partiu da presidenta. A suposta tentativa de dar foro privilegiado ao ex-presidente Lula, que nesse momento já se transformara no principal objeto de desejo de Sérgio Moro, o juiz ativista, foi a gota d’água. Ninguém está disposto a perder um prêmio tão desejado por meio de um foro privilegiado, algo que, além de tudo, devolveria o juiz a seu lugar, aquele quase marginal na ordem do dia. Mas ele foi na marra. E se “Você vai na marra, ela um dia volta” (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro).
Assim, para fazer valer todo o circo armado em torno do áudio, Moro recorre ao famoso caso Watergate (aqui), em que a Suprema Corte dos EUA (toda argumentação de sua tese de doutorado se baseia na superioridade das leis e decisões judiciais americanas) decidiu que o então presidente Nixon deveria fornecer gravações de conversas na Casa Branca a outros entes do Estado. Note o absurdo: usar como exemplo uma ordem da Suprema Corte dos EUA – que decidiu que o presidente deveria entregar/fornecer as gravações realizadas por ele mesmo na Casa Branca para outros entes do Estado – para dar legitimidade ao fato de um juiz de primeira instância ter gravado, sem jurisdição para tal, e ainda divulgado para a mídia (exclusivamente para a Rede Globo) uma conversa telefônica da presidenta da república. O grampo de Nixon vinha do próprio Nixon, que gravava suas reuniões com o Partido Democrata. Antes de Moro, apenas os EUA haviam gravado conversas telefônicas de Dilma Rousseff, pelo menos até onde sabemos. Mas a comparação feita por Moro elucida muito bem o nível de poder que ele julgava já ter e que, realmente, tinha, já que a grande mídia deu muito pouco espaço à narrativa da contradição e à acusação de inconstitucionalidade apresentada por Dilma (aqui e aqui);
O título da matéria da Isto É (aqui), “Acabou!”, ao recuperar um grito exageradamente repetido e marcado a ferro em nossa mente na voz de Galvão Bueno no momento do Tetra, já marcava a alteração do campo político brasileiro naquele momento: estamos, a partir de agora, num jogo. Um jogo narrativo cujas leis, provas e fatos saíram de campo para a entrada dos jogadores principais: os melhores narradores.
E, acredite, tivemos vários narradores até aqui. A lista de matérias tendenciosas, de ambos os lados, é enorme e seria desgastante investigar o link de todas, basta uma simples pesquisa no Google ou no Manchetômetro (aqui)
A última semana, contudo, culminou para o confronto final entre os dois narradores principais: Sérgio Moro, o jurista ativista, e Luís Inácio Lula da Silva, o ex-presidente e candidato à presidência pelo Partido dos Trabalhadores.
Foi assistindo à partida mais emocionante do campeonato, aquela em que o STF colocou os dois principais narradores em jogo, cada um com seu time de apoio, que a frase de Freud, a de que quem compartilha o delírio jamais o percebe, veio-me à tona. Eu pensava, de minha torre de cerâmica barata, estar atenta tanto à loucura do time do Lula – a de se seguir um líder de outrora como se ele tivesse a mesma força de mudança que teve um dia, da necessidade imponderada de uma liderança e da necessidade angustiante de um pai – quanto à loucura ing��nua do time Moro – incapaz de analisar criticamente a enxurrada de notícias, reportagens e análises tendenciosas e até ridículas de Globo, Estadão, Folha e outros (sem falar das rádios do tipo Jovem Pan para baixo, que acompanham a classe média angustiada e depressiva presa no trânsito todos os dias, rádios para as quais nunca demos a devida atenção), além, ainda, é claro, da necessidade de um salvador messiânico que livraria o Brasil da ameaça comunista, e por aí vai…
Via, claramente, tudo isso no início do julgamento do HC de Lula no STF e estava amparada pela frase de Freud. Mas os dias 06 e 07 de abril fizeram-me desconfiar de que eu estava errada ao usar o amparo de Freud nesse momento porque o paradigma de que “quem partilha o delírio, jamais o percebe” não se dá assim. Na verdade, há uma assimilação pontual em que o sujeito é ativo, não passivo. A frase de Freud coloca o sujeito no passivo, mas deveria colocá-lo no ativo: quem partilha o delírio, o constrói. Qualquer delírio partilhado é, necessariamente, um delírio nascido, crescido, alimentado e reproduzido. É, portanto, um delírio que tem vida.
Lula nos lembrou em seu discurso o tempo todo deste fato: quem partilha o delírio, o constrói. Os costumes e as leis humanas nada mais são do que um delírio partilhado e construído socialmente. Juízes ativistas, supremas cortes, constituições, intervenção militar, tudo isso não passa de constructo da nossa mente ficcional delirante. E, de modo algum, entenda isso como farsa ou como mentira, pelo contrário, a ficção é o próprio do homem que não tem próprio algum.
Mas Lula estava, desde sempre, muito além dessa minha simples assimilação de um pai num líder, de um líder num guia. Ele disse, em seu histórico discurso, que não se
confunda inteligência com a quantidade de anos na escolaridade, isso não é inteligência, é conhecimento. Inteligência é quando você tem lado, inteligência é quando você não tem medo de discutir com os companheiros aquilo que é prioridade, e a prioridade é garantir que este país volte a ter cidadania. (LULA, 2018)
O apelo à ação entre aqueles graduados e pós-graduados nos anos de 2002 a 2016 é claro. É como se ele nos dissesse: vocês têm uma dívida e chegou a hora de pagá-la. A dívida seria com Lula ou com o governo PT? Acredito que não. É uma dívida de construção de novas realidades, novas possibilidades. É a dívida de quem já entendeu que não dá mais para continuar mantendo e acreditando nessa falsa seriedade e competência de nossas instituições enquanto fatos concretos são estampados na nossa cara, casos como Marielle Franco, Rafael Braga, Mariana/MG, Cláudia Silva Ferreira, os 111 tiros contra cinco meninos inocentes, número que nos lembra também o massacre do Carandiru, nossa primeira posição no ranking de morte de ambientalistas, sem falar nos massacres de povos indígenas e no genocídio da juventude negra. Esses fatos todos que nos indicam que há, há muito tempo, uma luta de classes e que nós estamos perdendo.
Lula é o maior político que este país e a América Latina já conheceram e sua transformação da narrativa de Moro foi a prova disso. Ele armou um palco específico, num lugar escolhido a dedo – São Bernardo do Campo, o berço da revolução sindicalista brasileira –, com uma plateia atenta – todos aqueles capazes de dar seguimento à sua narrativa. Ele escancarou, esfregando na nossa cara, que tudo se trata da história contada, mas não uma história futurística como querem alguns militantes ao gritarem “Ô Moro, você vai ver, a história vai condenar você”, como se 1) Moro estivesse buscando uma eternidade histórica futura e não louros no presente entre os seus e 2) houvesse alguma garantia de que a história futura será contada por nós, tal como a lemos hoje. Lula não falou dessa narrativa histórica. Ao transformar-se em ideia para uma multidão de corpos presentes e outros à distância, mas igualmente atentos pelos canais internetivos, ele nos chamou com uma ordem política a participar do delírio. Qual delírio? O delírio da construção da narrativa, e, portanto, o delírio da ficção.
Uma ficção pode sim suportar as contradições. Ao contrário do que diz Eliane Brum em seu artigo para o El País (aqui), as contradições do Lula humano não foram apagadas pelo Lula mito, pelo contrário. Esperar que as contradições devam ocupar o lugar de narrativa principal é fruto de uma posição apolítica, imobilizante, já que nos relegaria apenas o espaço de continuarmos, enquanto esquerda deste cenário atual, lançando pequenas notas de rodapé às leis que nos privam do mínimo necessário para viver em dignidade, tais como as reformas trabalhistas e previdenciárias propostas por Temer e negociadas a olhos vistos por todos. Focar na contradição enquanto não há a mínima chance de sucesso de qualquer empreendimento de esquerda que não passe por uma imagem fantasmagórica de Lula é fazer o que sempre fez boa parte dos intelectuais de esquerda brasileiros: dar voz ao que não tem, mas apenas enquanto objeto de pesquisa. Voltarei ao final à questão das contradições.
Por enquanto, ainda sobre Brum, ela diz que
Lula é um homem plantado no século 20 e parece só conseguir enxergar o mundo em termos de capital-trabalho. Revelou-se incapaz de compreender outras formas de viver que não fossem as mediadas pelo emprego, nem outro conceito de felicidade que não fosse ter churrasco no fim de semana, cerveja na geladeira e um carro na garagem. (Eliane Brum)
Eu não sei vocês, mas a minha felicidade aumenta sim com a certeza do churrasco e da cerveja na geladeira e eu sei que a de muitos de meus amigos também. (Abro um parêntese aqui para indicar para Brum uma série americana chama The Office, que nos ajuda a pensar um pouco se existem mesmo tantas formas de viver hoje que não sejam mediadas pelo emprego quando para boa parte da população o cotidiano acontece dentro numa empresa, fábrica ou indústria).
Mas Brum está certa sobre uma coisa. Lula é sim um homem do século 20 e, ainda assim, os setores democráticos e a esquerda brasileira precisam dele, assim como a Igreja Católica recupera hoje a imagem do Jesus humano para se atualizar. Após 16 anos da chegada do PT à presidência da república ainda não fomos capazes de criar nenhum outro líder que tivesse a mesma capacidade de apresentar um desafio de fato ao pior lado da direita como Lula é capaz. Manuela D’Ávila e Guilherme Boulos já entenderam isso. Marcelo Freixo e Plínio Jr. ainda não. Mas não me entendam mal. Lula não é o anjo salvador, não é Jesus Cristo. Devemos parar de procurar nele uma pureza cristã de intenções e salvação. Lula é o nordestino sindicalista metalúrgico cachaceiro e não tem nada mais dolorido para alguns setores do que isso.
Repito: Lula é o nordestino sindicalista metalúrgico cachaceiro que fez, pela primeira vez, este país entrar de fato no jogo mundial. Ele pôde fazer isso porque não há ninguém que conheça este país e a classe trabalhadora melhor do que Lula.
Eu fazia assembleia de manhã pra evitar que o pessoal bebesse um pouquinho a tarde, porque quando a gente bebe um pouquinho, a gente fica mais ousado. Mesmo assim não evitava, porque o cara levava litro de conhaque dentro da mala e, quando eu passava, tomava uma ‘dosinha’ para a garganta ficar melhor – coisa que não aconteceu hoje. (LULA, 2018)
Após o discurso histórico, vídeos dizendo que Lula bebia cachaça e não água enquanto discursava rodaram um pouco a internet, como se a presença da cachaça ali diminuísse a amplitude e a potência da fala. Rodaram pouco porque mostravam mais quem os compartilhava do que o próprio Lula. O comentário de Brum, por mais bem-intencionado que fosse, não deixa de compartilhar com a ideia de seriedade frígida esperada de um líder, uma ideia que goza com as mesóclises de Temer a ponto de confundi-las com a beleza física de nosso decadente impostor (aqui).
Tentei encontrar, sem sucesso, o vídeo em que Lula, saindo de uma reunião séria com líderes de outros países, é interpelado por uma equipe brasileira de jornalismo-humorístico e, ao vê-los, responde imediatamente: “já sei, tá 3 a 0 para o timão” (ou outro placar, não me lembro bem). Notem: para já saber o resultado, ele ou alguém de sua equipe tinha que estar focado, em toda aquela reunião protocolar, em um jogo de futebol.
Por tudo isso, está provado, Lula é o trickster! “O trickster”, conforme Costa Lima (aqui), “é aquele cujo êxito depende da astúcia em vencer as regras de um jogo que, em princípio, lhe são desfavoráveis.” Esse jogo, que é também uma luta, está, a cada dia, mais desfavorável para os setores democráticos e para o pensamento livre, e se após o twitter do General Villas Bôas alguns ainda duvidam disso, alguém terá que desenhar (aqui). “Que medo você tem de nós, olha aí”. Por isso Lula, o trickter, o malandro, aquele que prega peças, é nossa principal arma para lutar contra o pai hierático, contra o discurso dominante, contra a imposição de um sistema que vem apoiado e armado por uma bancada congressista há muito solidificada e de difícil rompimento e que já teve a audácia de destituir uma presidenta eleita pelo povo.
Lula, o trickster, submeteu a ilusão da lei e do poder de Moro e seu time a um magnífico teatro colossal: ao estilo. Ao atrasar sua entrega pacífica em 26 horas televisionadas e divulgadas pela internet a cada minuto, com direito a missa, show e discurso, nosso trickster expôs a ilusão que é a potência dessa lei que precisa se fazer valer na base do assassinato, na base da intervenção, na base do apoio midiático. Sim, ao final, ele se entregou, pois ele ainda é o trickster, não o pai. “O Pai poderá ser um trickter, mas o trickster não poderá ser como o Pai”, nos lembra Costa Lima. Por isso coube a ele, e apenas a ele, explodir os limites dessa lei caquética, explodir por 26 horas de maneira esteticamente impecável – cujo ponto alto foi se jogar e se entregar aos braços do povo – uma lei que já não convence ninguém, uma lei cujo caráter ficcional (próprio de sua constituição linguística) já não mascara seu poder de mentira. Sua vitória foi “a da astúcia contra a lei internalizada”. Por isso Lula é o que temos de melhor e de mais potente no momento e ninguém no cenário brasileiro se compara a ele.
Brum confundiu o foco da grande fotografia de Francisco Proner que ganhou o mundo: “O fato de que aquela que já se tornou a imagem histórica do momento ter sido a foto feita de cima não é um dado qualquer. De cima há mito. De baixo, nos interiores da multidão há realidades e sentimentos mais humanos.” (BRUM, 2018). Ela ignora, contudo, que o mito não está em cima, de cima. Na fotografia, ele está com o povo, nos braços dele, tocado fisicamente por ele, dividindo com ele a realidade e o sentimento do momento. O fotógrafo, sim, está de cima. Quase não veríamos Lula, o mito, o trickster, se não fosse o contraste de sua cabeça branca com a camisa azul escura e a direção dos braços que tentam tocá-lo.
Voltando às contradições do homem Lula destacadas por Brum, o ataque às universidades nos últimos meses, com cortes de verbas profundos e absurdos, além da tentativa de interferência ideológica direta do Ministro da Educação, já demonstrou como só haverá espaço para as contradições se ganharmos esse jogo. Só haverá espaço para a contradição se estivermos, de fato, num palco democrático, aquele que precisa, no mínimo, que uma presidenta eleita pelo povo tenha seu mandado respeitado. Não estamos numa democracia, estamos numa guerra, numa luta de classes, e, pela primeira vez, desde a derrota do dia 17 de abril de 2016, dia da votação do impeachment, nós conseguimos, com Lula, virar o jogo para o único lado hoje capaz de dar voz às contradições.
Que as contradições, portanto, permaneçam e sejam discutidas. Mas que não abandonemos a ideia, aquela que se descolou do corpo e se lançou para atingir o âmago de nossa apatia e ceticismo, essa ideia que se subdividiu prismaticamente (como bem destacou Danielle Magalhães, aqui) em inúmeras e outras, e todas elas “já estão pairando no ar e não tem como prendê-las” (LULA, 2018). Que sejamos contaminados por essa que não é uma ideia imposta, é uma ideia compartilhada. Não se trata de uma ideia única, é “uma ideia misturada com a ideia de vocês”, uma ideia que “tenho certeza que companheiros como os sem-terra, o MTST, os companheiros da CUT e do movimento sindical sabem” (LULA, 2018). O que eles sabem que nós ainda não sabemos? Eles sabem que a história só acontece na luta de classes. A história é a história da luta de classes.
Lula fez muito mais do que se espera de um político: lançou os dados, lançou a ideia, misturou sua ideia com as nossas. O acaso, agora, dependerá da instabilidade de nossos desejos, já que um lance de dados jamais abolirá o acaso. Caberá à história e ao futuro lidar com os acasos do que virá. Caberá a nós parar de pensar numa história futurística para construir a história no presente, mantendo viva a contradição própria do trickster, do jogo, do espetáculo e, por que não, do poema? Dá para fazer tudo isso potencializando a ideia de Lula, misturando-a às nossas para criar um momento pontual que nos permita passar dessa impotência imobilizante para ir em direção a algo novo, algo a ser construído pelo delírio partilhado, construído. “O mais importante é inventar o Brasil que nós queremos”, nos alerta Darcy Ribeiro. Precisamos construir um novo tempo e nos trópicos só se constrói o novo com o trickster.
“A minha alucinação É suportar o dia-a-dia E meu delírio É a experiência Com coisas reais” (Belchior, aqui)
Ana Luíza Drummond
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Security question: who's the best president in Brazil's history?
Lula hacking Moro's telegram account: I'm in
security question: what was the last name of your first grade teacher?
my first grade teacher hacking my bank account: i’m in
#brazil#antifa#anti facism#elenao#elenão#elenunca#elejamais#antifascist#antifascism#brazilian politics#brasil#lulalibre#lulalivre#moro#luis inacio lula da silva
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Se incendia el Amazonas. Hace 16 días. En las #noticias no hay lugar para la muerte cotidiana de los pulmones del mundo. Hay #cercomediatico a impresentable de Gobierno #JairBolsonaro #bolsonaro #lulalibre #LulaLivre #amazonas #manaus #brasil #manauscity #amazonia #manausam #amazon #flutuantes #incendio #incendiosenelamazonas #amazonasmeuamor #amazonasmeuorgulho #manausamazonas #geologia #manauschibata #instagram #engenhariaflorestal #consultoriaambiental https://www.instagram.com/p/B1cAUbQAfW_/?igshid=1ehodxd21lphm
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