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textosaleatoriosbr · 1 year ago
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Saudade Poema da Memória e do Coração
Saudade Poema da Memória e do Coração Saudade, doce e amarga companheira, Que invade o peito, faz a alma inteira, Recordando tempos que não voltam mais, Deixando marcas como eternas cicatrizes. Saudade Poema da Memória e do Coração No silêncio da noite, tua voz ecoa, Lembranças se entrelaçam como teia boa. Saudade, sentimento que não se apaga, É a sombra que o tempo não desfaz. Na distância entre…
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kitdeferramentas · 7 months ago
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⸤ 🫀 ⸣ ⸻ Grief, I've learned, is really just love. It's all the love you want to give but cannot. All of that unspent love gathers up in the corners of your eyes, the lump in your throat, and in the hollow part of your chest. ,
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disclaimer: pov - antes / depois da queima da mortalha de Flynn Ramsey (@fantasfly). PT1
semideuses mencionados: @kaitoflames , @kerimboz , @liamworths , @helsonfire
Foi a secura da garganta, os lábios secos ou a dificuldade de respirar? Talvez tenha sido a câimbra de corpo inteiro ou os músculos tremendo de esforço. A verdade é que alguma coisa aconteceu e ele, ao piscar, se via em um lugar novo.
Ou melhor dizendo, velho.
Curvado sobre si mesmo, o testamento e o envelope negro eram segurados pela mão direita. Tremendo no ar, bem longe do rosto que voltou a banhar-se de lágrimas. Na outra... O pulso adornado da pulseira dourada, tinha os dedos girando cada conta do colar de Flynn.
Uma conta. Uma memória. A vida de um semideus resumida a isso? Pinturas de momentos esparsos? Um único evento memorável? Ele girava cada uma devagar e negava, se recusava a aceitar, que aquele ano da conta laranja com estrelas não mostrasse a noite do acampamento dentro do acampamento. Do dia que ele quase se afogou naquela fantasia idiota de tubarão. Ou que nada lembrasse da algazarra durante a refeição. Ou quando ele sorriu para o crush, depois do dia inteiro de Kit encher o ouvido para ter coragem.
O corpo afundava na cama e ele virava, o olhar no travesseiro, e os via. Entrelaçados, brigando por mais centímetros para se esticar e rindo. Rindo tanto. Porque Dionísio tinha feito três semideuses beber suco de uva até reclamar. Ou tinha sido aquele desastre nos campos de morango? O dedo passou para outra conta e a imagem mudou, Kit e Flynn dormindo exaustos. Entregues a um sono que, ele sabia, seria acordado pelo susto do filho de Hefesto. O seu primeiro pesadelo, um dia antes de Flynn sair na missão cheia de mortes.
Aquele lugar... Aquele lugar... Por onde olhasse, as lembranças o assaltavam sem misericórdia. Provocando com seus ínfimos detalhes, o iludindo de que estava ali de novo. Para depois enfiar o tridente entre as costelas, rasgando a ilusão e expondo que faltava... O principal não existia mais ali. Não tinha... Não ia... Não voltaria...
Os dentes afundaram no lábio inferior e a coluna cedeu, os joelhos aguentando os cotovelos pontudos enquanto ele chorava. E chorava. E chorava. O peito não aliviando com as lágrimas, algo querendo escavar para fora em busca de ar. De liberdade. Porque o vazio crescia e não tinha para onde ir, para onde expandir. Ora, o vazio não faz peso? Então porque ele se arrastava? Puxava para baixo? Ameaçava liquefazer todos os ossos e transformá-lo numa poça?
Seus dedos estavam pontilhados de vermelho e rosa. Sensíveis ao toque. Não tinha dormido, nem descansado. Todo aquele esforço para ajudar na confecção da mortalha. Nada de metal. Nenhum artifício para salvaguardá-lo da dor, de todo um processo que ele se colocava inteiro para ajudar a superar.
E se não quisesse superar?
Porque o ideal era bater a poeira, tomar um banho, levantar e passar por cada estágio. Não tinha ajudado tantos semideuses a passar por isso? Mais de vinte anos vivendo quase exclusivamente no acampamento, sem sair em missões porque não era bem sua praia. Não era de seu feitio ser o herói de canções e de admiração. Seu lugar era ali, dando vida aos sonhos dos outros. Que nenhuma falha viesse de arma ou equipamento, de garantir aquela proteção do golpe que seria mortal.
Ah, como tinha feito e aberto o coração. Puxando quem fosse para o meio dos braços, apertando-o com tudo o que tinha. O que? Você quer? Vamos fazer? Levando-os para uma mesa e desenhando, criando, transformando cada um no protagonista de seus desejos. E depois, como se já não tivesse passado o dia todo falando, corria para o chalé de Tânatos e repassava tudo para Flynn.
O silêncio ficou pior. O choro silenciou e o drenou.
E agora...
Agora ele deixava o testamento dentro do envelope, no mesmo lugar que tinha encontrado. Porque ele não era o único... Não tinha direito algum em levar para si o que era de todos. Levantando-se, arrumando a cama, olhando mais uma vez... Só mais uma... Para a cabeça de Flynn enquanto ele amarrava os sapatos rapidamente, reclamando que Kit tinha chego muito cedo. Não era esse o combinado! Ou a ponta da cama tendo o lençol erguido, a mão metálica gelada raspando o solado do pé descoberto.
Ele tinha uma mortalha para queimar.
E aquela sensação voltou de novo. A amnésia que o tinha trazido para o chalé do melhor amigo. Uma confusão que desdobrava a cada passou pelo gramado e o colocava na linha de frente da pira funerária.
Kit? Uma voz fininha, distante, o chamava e ele não ouvia. Não quando a mortalha cobria-o pela última vez no mesmo mundo de Kit. As mãos esquelética encostando no meio do mar negro brilhante, estrelas cadentes e... Kit? Se ele pedisse para sair, daria tempo. Ir para atrás de qualquer coisa e se transformar em algo pequeno e voador. Enfiar-se no meio da palha, espremer o corpo pelo tecido e ficar ali. Só... Ali. Talvez derretesse sem problemas. Algo pequeno assim, poderia evaporar com essa temperatura? Kit, você está me ouvindo? Ou iria quando acendesse. Mas... Mas o poder não deixaria... Acabaria transformando em metal e não... Não... Kit suspirou. Kit!
Piscou. Piscou. Pessoas o olhavam, suas expressões variando de confusão para pena, empatia misturado com algo... Ele parecia assim? Pediu desculpas baixinho e deu um passo à frente, do bolso tirando um folha que tinha separado para escrever suas últimas palavras.
...
A folha em branco foi jogada no fogo da forja mais potente do bunker 9 dias depois. As palavras de seu discurso saindo de dentro enquanto ele fingia ler a folha em branco. Pouco. Tão pouco. Kit incapaz de colocar uma frase completa para fora sem precisar parar e respirar fundo. E a mão limpando as lágrimas, esfregando, sem parar.
O filho de Hefesto pegou outra do bloco da própria mesa, uma pedaço fino de carvão e viu desfazer nas mãos enquanto escrevia um recado.
AVISO Kit Culpepper não está aceitando encomendas. Por motivos de força maior, todos os trabalhos criativos foram repassados adiante. Pedimos desculpas pelo contratempo. Até novas atualizações. Bom dia / Boa tarde / Boa noite
O bunker 9 tinha virado sua nova casa fixa. O calor insuportável e as condições inóspitas eram excelentes para manter-se isolado. Sem visitas, sem perguntas como estava. Encostado na forja mais distante, de braços cruzados e olhando para baixo, a silhueta metálica de Kit brilhava perto do fogo baixo. Esperando qualquer arma para ser reparada, deixada por Kaito ou Liam. O corpo só entrando em movimento para erguer o martelo e fazer a bigorna vibrar. Ele não olhava, não chorava, não fazia nada além de.... Existir. E, mesmo quando Kerim ou Helena o obrigavam a levantar e seguir para o refeitório, Kit só saía do estado metálico por tempo o suficiente para mastigar e engolir tudo rapidamente. E esperar... Esperar que eles o devolvesse ao bunker 9 e pudesse continuar...
Continuar...
Ás vezes, seus irmãos trocavam os papéis. Tentavam uma interação diferente. Isso em troca disso. Uma resposta por três adagas rachadas. E ele apenas olhava... Esperando... Os lábios tremendo pelo choro que segurava, com as mãos fechando em punho e os lábios torcendo.
Ainda não.
A voz poderia ser metálica, mas o quebrar ainda era humano.
Talvez um dia ele conseguisse sair sozinho do bunker. Talvez, um dia, ele deixasse a pele respirar um pouco. Talvez... Só talvez... Ele...
Ele não sabia completar, porque não tinha um objetivo para alcançar.
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A MORTALHA:
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bycheri · 5 months ago
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Desde filmes como “As virgens suicidas” até peças como “Hamlet” ou pinturas como “O pesadelo” de Füssil, “Hilas e as ninfas” de John William Waterhouse, “O balanço” de Fragonard e “Almoço na relva” de Manet, é perceptível que as mulheres foram temas de diversas representações artísticas, não como personagens com poder de ação sobre os homens mas sim como objetos de desejo masculino representados por musas inalcançáveis.
Além da idealização e do prazer conquistado através da observação do corpo feminino, em “As virgens suicidas”, “Hamlet” e “O pesadelo” é possível também identificar a fantasia de beleza poética da melancolia, do sofrimento e da morte da figura da mulher.
O encanto pela morte feminina está atrelado a fantasia (ou fetichismo) em torno da vunerabilidade, delicadeza e fragilidade que envolvem a imagem da garota que morre jovem e casta, imortalizando a idealização de um caráter incorrupto e inatingível. Da mesma maneira, a morte serve para impossibilitar que o admirador conheça de verdade a mulher - aquela que é humana e suscetível a erros, - apagando a sua individualidade e mantendo viva apenas a ideia da musa.
Esse também é um dos motivos pelo qual a morte de personagens femininas geralmente serem a motivação para a jornada do protagonista. Seja ela a mãe, namorada ou irmã; a lembrança dessa figura bondosa, amorosa e pura - que agora não é capaz de decepcionar, questionar ou desobedecer - é o que a faz ser tão amada e reverenciada.
A “beleza poética” da morte feminina está em sua fragilidade e na possibilidade de manter viva no imaginário masculino a versão dessa mulher que atenda aos seus desejos. A mulher é desejada porquanto não é conhecida.
Não tenho a intenção de dizer que a idealização é uma prática exclusivamente masculina - As mulheres também tendem a idealizar seus parceiros, mas, diferente dos homens, sonham com a figura de um homem gentil, carinhoso e que as trate bem. Ainda assim, é muito comum testemunhar casos onde mulheres lutam por seus relacionamentos mesmo quando seus parceiros não atendem as suas expectativas, justificando os erros deles quando estes as decepcionam e se mostram muito distantes da imagem que elas projetaram.
Parece muito mais fácil para o homem descartar aquilo que não o agrada.
A representação da pureza através dos figurinos na arte.
A semiótica estuda os signos, que são símbolos utilizados para transmitir determinada ideia ao espectador explorando a linguagem audiovisual e a comunicação.
Nas produções artísticas, as roupas são de grande importância para estabelecer um tipo de comunicação não verbal, uma vez que os uso de cores, tecidos e acessórios permitem uma leitura sobre as emoções e características dos personagens.
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As virgens suicidas - Filme dirigido por Sofia Coppola, 1999.
Em As virgens suicidas, a história é narrada por um grupo de meninos que se veem fascinados pelas cinco irmãs Lisbon e o mistério que envolve suas mortes. O distanciamento das irmãs em relação ao resto do mundo é justamente o que as tornam tão atraentes.
No momento em que Trip Fountain, o galã do colégio, consegue se deitar com Lux e consequentemente percebe que ela não é um ser intocável mas sim uma garota comum, ele a abandona. “Naquela noite eu voltei a pé para casa. Nem quis saber como ela ia voltar. Simplesmente fui embora. É estranho. Quer dizer, eu gostava dela. Gostava mesmo. Só que naquela hora fiquei com nojo.”
Essa misticidade em torno das irmãs Lisbon pode ser percebida através dos figurinos compostos por vestidos românticos brancos e a forte presença das cores pastéis e flores estampadas em suas roupas delicadas.
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Ophelia - pintura por John Everett Millais, 1851-1852.
A pintura retrata a jovem Ofélia, personagem da peça shakespeariana “Hamlet”, que, após enlouquecer, acaba com a própria vida afogando-se num lago.
O vestido todo floral em bordados de prata de Ofélia em combinação com as flores pintadas sobre ele trazem uma ideia de amor, pureza, inocência e a morte, que seria representada pelas papoulas.
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O balanço - por Jean-Honoré Fragonard, 1767.
No centro do quadro está um jovem garota que se balança descontraída e joga o sapato (como um símbolo de sensualidade) em direção ao amante que está de olho em suas pernas descobertas. Em uma atmosfera lúdica, o movimento do seu vestido volumoso de cor pastel com os seus babados e amarrações serve para trazer suavidade para a cena, carregando um certo “pudor” que diminuí o seu o cunho sexual e evidenciando uma mistura característica do rococó: a inocência e o erotismo.
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O pesadelo” John William Waterhouse, 1781.
No quadro, uma mulher dorme enquanto é assediada por uma criatura em forma masculina que, segundo as lendas, causava terríveis pesadelos enquanto se aproveitava das mulheres durante a noite, as deixando sufocadas. No quadro sombrio e de caráter fantasioso, o ambiente escuro e perturbador entra em contraste com as vestes brancas, leves e esvoaçantes que envolvem o corpo contorcido da jovem. O branco ressalta a juventude, a integridade e a pureza de sentimentos da mulher que, vulnerável, não está segura nem mesmo no onírico.
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domquixotedospobresblog · 1 year ago
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Eu tinha um canequinha verde, aquelas esmaltadas de metal,ganhei em um Natal, aliás cada irmão ganhou uma,de cores diferentes, nossa mãe falou que cada caneca era obrigação do dono,usar, lavar,secar e guardar,e ai daquele que não o fizesse,levei bem a sério a ordem,se passaram quase 7 anos e eu ainda tinha a minha,os outros já trocaram para xícaras de louça, plástico e até copos, lembro que minha mãe cada vez que saía me trazia lindas canecas,pedia para eu jogar fora aquela,pois já tinha vários pontos de ferrugem onde a pintura saiu,mas de jeito nenhum eu dizia,passou algumas semanas e eu voltei da escola e ela me disse que a caneca tinha caído no chão e furado,como era minha mãe dizendo eu acreditei e depois de anos usei um copo para o café, troquei de roupa e me uni aos meus irmãos em um jogo de taco,entre muitos arremessos na casinha o rebatedor mandou a bola bem no meio do mato, bolinha perdida, pegamos outra bola e continuamos o jogo, passaram duas ou três semanas e chegou o dia das mães,já tinha o presente ,uma orquídea amarela e roxa,quase lilás,a uns três meses havia plantado em um velho xaxim no meio do mato, aqueles com folhas e cachimbos que tem um espaço no meio,entrei com uma enxada para tirá-lo e entregar a mamãe e replantar no jardim que era o xodó dela,já devem ter adivinhado o que achei no espaço vago do velho xaxim,ela mesmo a canequinha verde sem nenhum amassado ou buraco como tinham me relatado,tirei a planta com cuidado e levei para fora e entreguei com um bilhetinho a mamãe,ela amou a surpresa,chorou de alegria e o replantamos no jardim com a orquídea já em flor, ajudei ela cuidar daquele amigo que resgatou minha velha companheira, não falei nada pra ela sobre ter achado a velha caneca,hoje escrevo saudoso sobre essa história, tomando um cafezinho bem quente aqui na varanda com a personagem principal dessa lembrança.
Jonas R Cezar
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donararanha · 1 year ago
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Kim Yoo Jung? Não! É apenas Ara Kim, ela é filha de Atena do chalé 6 e tem 24 anos. A TV Hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL III por estar no Acampamento há 10 anos, sabia? E se lá estiver certo, Ara é bastante divertida mas também dizem que ela é introvertida. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
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Resumo: Ara veio para o acampamento a 10 anos atrás, aos 14 anos. Ela não lembra nada da vida dela, chegou totalmente desacordada e machucada, e nem tem ideia quem a deixou ali. Ela ficou um bom tempinho no chalé de Hermes, até ser assumida por Atena, e foi surpreendente para todo mundo, porque Ara não é exatamente inteligente. PORÉM, A MENINA É BOA NUM ARTS AND CRAFTS! Ela consegue fazer qualquer tipo de trabalho manual, digo que toda a inteligência dela foi para a habilidade artística que ela tem. Ela ficou no acampamento até os 18 anos, e foi fazer faculdade ( Ara é formada em artes plásticas, e até uma artista conhecida ). Ela ficou 2 anos sem aparecer no acampamento e agora voltou, por causa do chamado. Coitada quase foi pro tártaro nessa volta dela, mas ainda tá viva! O poder dela é mimetismo corpórea, ela consegue criar partes do seu corpo em qualquer lugar, mas ela tem muita vergonha dos próprios poderes.
Para responder:
Aslan
Yasemin Para abrir: @linguadetrapo
Kim Ara é o nome que Ara adotou para si, depois de vários meses no acampamento sem saber quem realmente era. A garota chegou ao acampamento aos seus 14 anos, extremamente machucada e sem nenhuma lembrança de quem era, quem eram seus pais e muito menos que era um semideus. Ara passou vários meses no chalé de Hermes até ser realmente declarada uma filha de Atena, o que foi uma surpresa tanto para ela quanto para todos os outros. Ara não era exatamente a pessoa mais inteligente…
Talvez por não ter lembranças, foi mais fácil para a garota se acostumar com esse novo mundo. Era quase como um mundo inteiro de aventuras, no qual ela treinava, brincava, comia e dormia. Era bastante divertido, na sua visão, mas aquele tipo de atitude não era exatamente o que seus irmãos esperavam dela. Era uma filha de Atena, afinal, onde estava o interesse dela por conhecimento? O desejo de saber? O pensamento rápido e a excelente capacidade de estratégia? Ara apenas era boa com as mãos. Na realidade, ela era a melhor de todas. Qualquer tipo de trabalho manual artístico, era a especialidade da garota, que fosse esculturas, costura, pintura, desenho. Toda a inteligência da garota, que deveria ser voltada a estratégia e conhecimento, foi direcionada a um intelecto artístico sem igual.
Seus poderes começaram a surgir pouco tempo depois que se acomodou no chalé de Atena, e, com toda certeza, foi um baque para ela, quando durante a noite um segundo braço direito começou a surgir em si. Ter consciência do seu próprio corpo para um adolescente já é extremamente difícil, agora imagina quando você pode criar novas partes de seu corpo aonde quiser e como quiser. Ara sentia-se estranha, mas principalmente, envergonhada. Demorou alguns anos para ela se acostumar realmente com aquilo, e é muito difícil ela os expor na frente de outras pessoas, mas com o tempo, ela parou de ver seus poderes como algo ruim, e sim, como algo incrível. Ara conseguia pintar, costurar e fazer esculturas ao mesmo tempo, por causa disso, o que fazia valer a pena ser um ser horrendo, como se considerava.
Ara saiu do acampamento quando fez 18 anos, para fazer faculdade de artes plásticas — no qual se formou com louvores — e tentar descobrir sobre seu passado, mesmo que fosse a menor informação — no qual falhou. Acabou deixando o segundo tópico de lado para focar apenas em sua arte e ensiná-la para os outros, então quando recebeu o chamado de Dionísio para retornar ao acampamento, a garota foi pega de surpresa, o que a fez relutar um pouco sobre voltar, principalmente porque achou que era exagero de Dionísio sobre morrer, mas quando foi atacada por um monstro no fim de uma de suas aulas e quase partiu dessa para melhor, Ara decidiu que seria melhor voltar.
PODERES: Manipulação corpórea. Ela tem a habilidade de manipular qualquer aspecto de seu corpo em diferentes lugares, sendo em objetos ou indivíduos. 
HABILIDADES: sentidos aguçados e reflexo sobre-humano.
ARMA: Ara tem duas adagas super afiadas, imbuídas com veneno, que imitam presas de aranhas. Como não é exatamente forte, mas extremamente ágil, foi a maneira que a mulher pensou para balancear com suas habilidades.
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klimtjardin · 2 months ago
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Golden Age
Capítulo 26
Capítulo anterior
As aulas com Taeyong progridem. Ele marca presença em seu ateliê praticamente todos os dias quando consegue folga ou alguém que cuide da floricultura; exceto quando o trabalho dele é indispensável. Tenta te convencer de dar aulas após às 18h, quando termina o expediente, mas você insiste que ele precisa descansar, pelo bem da própria criatividade.
É até engraçado ver alguém que se dedica ao ofício tanto quanto você. Te faz perceber como você é, também, às vezes completamente obcecada pelo seu trabalho.
Isso não é tudo; desde que Taeyong começou a ter aulas, ele tem usado as redes sociais para divulgar, o que atrai para você um bom número de seguidores.
Quando não está ocupada pesquisando e montando aulas, você aproveita para focar na própria prática e aperfeiçoamento. Dar aulas a Taeyong te inspira a evoluir mais rápido, para que possa ensinar o aluno sobre suas novas experiências.
O exercício da aula de hoje envolve cor. Você dispõe de seus materiais de pintura sobre a mesa de trabalho, mesmo Taeyong tendo adquirido alguns para as aulas. Música clássica toca suavemente ao fundo enquanto pintam e você comenta sobre como essas eram as melhores aulas na Academia.
Quando toca no assunto, Taeyong sente uma lâmpada acender na cabeça. Há uma coisa sobre a qual ele quer te perguntar desde que criaram um pouco mais de intimidade. Ele respira fundo ao fazer:
— Você… Você conheceu a Arrow?
É pega tão desprevenida pela questão que interrompe seus movimentos para pensar; havia até esquecido da relação dos dois.
— Ah… Sim. 
Se esforça para recordar, e a imagem de Arrow surge na sua mente. Não é uma lembrança nítida, uma vez que vocês não faziam parte do mesmo círculo de amizades. 
— Digo… Ela estava um semestre mais avançada que eu. Mas era uma aluna presente em clubes e eventos, então nos cruzamos várias vezes pela Academia.
Arrow estava acima de qualquer suspeita, como uma aluna média da Academia. Gentil, dedicada e modesta, nada fora do comum, além do talento nato para a arte e um histórico invejável.
— Como ela era lá?
— Ela sempre me pareceu um doce… Talentosíssima. Os professores a adoravam.
Percebe em Taeyong um olhar soturno ao voltar sua atenção para o desenho.
— Eu me pergunto se eu conhecia ela de verdade... Ou se alguém sempre soube de mais alguma coisa que eu não. — Confessa.
Você o enxerga com compaixão, e lá no fundo uma pontinha de dó. Imagina o quão difícil foi para o rapaz passar por aquilo.
As lembranças retornam gradativamente, de quando e como os boatos surgiram. Na época achou que fosse fofoca barata porque, como citado, Arrow possuía um desempenho excepcional. Não acreditava que ela seria capaz de arriscar tudo por um motivo tão pífio como manter um relacionamento amoroso com um professor.
Alguns diziam que ela era baixa, que seu propósito era manchar o nome da Academia por puro egoísmo, mas você nunca deu ouvidos a essa narrativa. Parecia que as motivações eram mais profundas.
— Foi uma surpresa para todos, sim. Em um dia ela era a favorita, e no outro, sequer citada numa roda de conversa. Penso que às vezes nós sustentamos uma persona, um papel que acreditamos ser o correto na frente dos outros. Mas quando estamos sozinhos, longe dessas pessoas a quem queremos impressionar, nós nos descobrimos. Penso que para Arrow, talvez, tenha se tornado insustentável esse teatro. Você conheceu a Alvorada, e muito provavelmente ela foi sincera com você naquele momento, sendo a Alvorada. Mas a Arrow era maior.
Taeyong te encara, surpreso.
— Você coloca de um jeito tão bonito — diz — eu tinha um futuro planejado com essa pessoa e de repente tudo, ela e o futuro, tudo desapareceu.
— De certa forma, não... O futuro chegou e a Alvorada continua viva dentro da Arrow. Foi súbito, mas me parece que você lidou bem com isso.
— Lidei?! Eu comecei a fumar e beber, eu me envolvi com um monte de gente pra passar o tempo, minha saúde decaiu, sei lá, eu nunca me recuperei, faz tempo que não durmo direito, eu me sinto perdido.
Você interrompe seu gesto de colorir na metade e o examina:
— Será que sente mesmo? — Suas sobrancelhas formam um arco. — Porque então, você continua lutando pelos seus negócios? Porque então, você está aqui, visando uma carreira nas artes? É claro que um trauma desses vai deixar marcas, mas você está indo bem, Taeyong.
Taeyong se pega tão abismado que precisa encostar as costas na guarda da cadeira, como se pudesse dar um passo para trás diante da sua afirmação.
— Nunca pensei em ouvir isso vindo de você.
— Ah, você estragou o momento! — Você automaticamente resmunga. — Eu sinto de verdade pelo que te ocorreu. Mas você seguiu em frente e nem notou.
Notas de outra música começam, roubando a cena por instantes.
— E você? Seguiu em frente? — pergunta ele.
Suspira.
— É estranho. Eu entendo você. Em um momento parece que nunca iremos superar. Mas no outro estamos lá, vivendo nossa vida, como se não houvesse acontecido.
— Quem diria… Você me entende melhor do que qualquer outra pessoa que já conviveu comigo…
— Não julgue um livro pela capa. 
Sente-se um pouco hipócrita ao proferir a frase, mas deixa passar.
Taeyong, por outro lado, sente um incômodo. Estar com você, de certa forma, é como estar com Arrow. Vocês duas se parecem no seu amor pela arte, você até mesmo se veste como ela costumava, mas ele percebe que há um tom de sinceridade em suas palavras e atitudes, que Arrow nunca demonstrou. Ela estava constantemente insegura aqui e ali. Como iam percebê-la, o que deveria dizer.... Era a parte principal que faltava para ele acessá-la e achava que a você também. Porém, você se abre das formas mais inimagináveis diante dele.
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corinncs · 6 months ago
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  ✦ ✦ ✦  𝐗𝐈𝐗 . 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐔𝐍: prophet  girl,  chosen  by  𝖙𝖍𝖊 𝖘𝖚𝖓,  do  you  hear  the  gods  whispering  those  silent  𝑠𝑡𝑎𝑟𝑑𝑢𝑠𝑡  words?  to  be  a  star  you  must  burn.
⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀ 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨. ⠀⠀・ ⠀⠀𝐞𝐱𝐭𝐫𝐚𝐬 ⠀⠀・ ⠀ ⠀𝐦𝐮𝐬𝐢𝐧𝐠.
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𝚂𝙾𝙱𝚁𝙴.⠀⠀⠀corinne maud lievens. nascida no dia 16 de maio de 1993, na comunga de des moines, norte da frança. hoje, com seus 31 anos, assegura uma carreira no ramo da atuação como atriz e produtora desde sua formação em artes cênicas pela université di l'orangerie.
𝙰𝙴𝚂𝚃𝙷𝙴𝚃𝙸𝙲.⠀⠀⠀sol da manhã, rotinas de cuidados pessoais, bullet journal, camélias, pinturas renascentistas, joias e pérolas, vinhos, receitas e sobremesas, bordados, luzes noturnas.
𝙿𝙴𝚁𝚂𝙾𝙽𝙰𝙻𝙸𝙳𝙰𝙳𝙴.⠀⠀⠀com uma aura doce sustentada pela aparente boa personalidade, corinne esconde suas partes feias através de sorrisos e ações altruístas, ninguém precisava saber como lievens realmente era, como a necessidade de ser notada pelos mínimos atos ainda era tão recorrente, não havia aprendido com isso. por vezes deixava escapar seu lado mais cuidadoso e atencioso, no entanto, embora as intenções nunca estivessem muito claras, cory era dona de um bom coração remendado, se seus sentimentos falassem mais alto, a impulsividade era constatada e o egoísmo, infelizmente, se tornaria sua principal emoção. ⠀
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✦ 𝐁𝐈𝐎𝐆𝐑𝐀𝐅𝐈𝐀.
    a luz que irradiava de cory era vista em todos os lugares por onde passava, a presença encantadora e o carisma eram o que mais se destacava da garota, escondendo pontos impenetráveis de sua vida conturbada. era mimada, estava sempre com as melhores e últimas edições de roupas e acessórios, embora não parecesse se importar com o poder aquisitivo de sua família — ou era isso o que corinne gostaria de transmitir. preferia que a conhecessem por seu entusiasmo e altruísmo do que pela carga emocional pesada que carregava devido aos seus problemas familiares com o pai.     o olhar entristecido de uma criança desamparada não estava mais presente nos dias atuais e em seus anos universitários, embora no fundo sentisse o desgosto pela falta de atenção vinda do progenitor. nem todos os presentes no mundo iriam suprir a necessidade de uma figura familiar em sua vida, era solitária, senão abandonada por aqueles que diziam amá-la. corinne nasceu dentro de um lar recheado de interesses que logo afundara em um mar de mentiras e traições, e essa havia sido a razão de entrar na kappa phi e tanto se dedicar com os estudos e atividades extracurriculares, de se colocar à disposição daqueles que precisavam de uma ajudinha acadêmica. se agarrava à fraternidade como um filho se agarrava ao colo de sua mãe.     ali havia criado uma nova realidade para si, onde ninguém conhecia a corinne carente de zelos e esquecida por sua família, apenas a cory, a sorridente e energética estudante de artes cênicas. não havia outro curso que pudesse encaixar com a atenção que ela sempre almejava, com os olhares em torno de si e do desejo de ser assistida e aplaudida de pé, de ser acolhida. era egoísta, dividir posições nunca havia sido algo que mais gostava, mas este seu lado repulsivo e desagradável eram escondidos dentro das camadas que formavam corinne maud lievens.      lievens só não estava esperando pelo acidente de fiona e por todos os eventos que aquela maldita festa causaria. as lembranças ainda eram sensíveis, como se houvesse acontecido fazia poucos dias, um pesadelo perdido em sua consciência do qual lhe angustiava, victor surgindo em cada flashback de sua vida malquista. o maior incentivador de sua futura carreira agora já não estava ao seu lado, a última coisa que esperava era ver seu melhor amigo caindo em desgraça da qual nunca havia conseguido tirá-lo, o insólito fim de uma alma perdida.      após a fatídica festa e os conturbados anos de faculdade, corinne decidiu esquecer que um dia existiu na université di l'orangerie, embora sua presença fosse de longe notada pelos acontecimentos e pela sua proximidade com victor. suas raízes estavam em des moines, mesmo viajando para trabalhos e com uma ascensão artística, ela sempre estava de volta à pequena cidade francesa — por mais que quisesse se ver longe do lugar e das memórias insondáveis de uma época que ela não queria retomar.
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créditos a calisources & melinoegraphics.
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clarasgallagher · 8 months ago
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@ethanduckingbarclay
Quando se despediu de Ethan e entrou no quarto, Clara sentou-se na cama espaçosa e olhou ao seu redor, observando a sua "moradia" nos próximos 2 dias. O roda-pé era alto, dando-lhe uma sensação de realmente estar num castelo, com uma boa configuração quanto ao tamanho, mas com móveis bem objetivos, o que fazia o quarto parecer maior ainda. Havia uma penteadeira defronte à janela, e no lado oposto, a porta para o banheiro. Estar em um quarto tão grande fazia ela sentir falta de Sabrina, a qual achou melhor não trazer em companhia, pois ela sempre se estressava muito com viagens longas e locais desconhecidos -- era uma gata, afinal de contas. Deixou-a nos cuidados de uma pessoa de confiança especializada nisso, que lhe garantiu updates frequentes ao longo do dia. Apesar disso não ser o suficiente para tranquilizá-la quanto aos seus cuidados, tentou acalmar seus pensamentos e aproveitar o agora. A garota levantou-se e sentou-se à penteadeira, olhando mais pra paisagem de fora que para si mesma, com um "vazio" mental agradável ao fitar a imensidão verde do gramado. Era realmente um lugar pacífico, diferente do caos de cidade grande que não conseguia fugir em Londres. Alí, parecia conseguir ouvir seus próprios pensamentos com mais clareza. Estava animada para colocar algumas leituras em dia, se fosse o caso, próxima de Ethan enquanto ele se distraía com algo de sua escolha.
Foi-lhe dado algum tempo para se aprontar até o horário do almoço ser servido, e ela não gostaria de se atrasar. Escolheu um vestido preto liso com decote quadrado, sem mangas, que era um de seus favoritos e costumava lhe dar sorte quando precisava. Em casa, já ouvira sua mãe dizer que parecia "vestido de funeral", mas pelo simples fato da progenitora não ser muito fã de preto, então Clara costumava ignorá-la ou soltar respostas teimosas como "sim, é um funeral da morte do meu antigo eu!". Ela sempre foi muito dramática para a idade, e agora ria sempre que a lembrança a inundava, como naquele momento. Realmente estava nervosa e se Ethan batesse na porta e a visse rindo sozinha, talvez pensaria duas vezes antes de tê-la convidado. Após calçar seus sapatos, sapatilhas pretas (Alexa Chung, is that you?), saiu do quarto para deparar-se com o corredor vazio. Seu intuito era buscar pelo quarto de Julie, ao qual achou rapidamente e deu algumas batidinhas na porta. Ainda não havia tido a chance de conversar a sós com ela desde que chegaram. "Entra!" ouviu ela dizer, então foi o que fez.
O quarto de sua amiga era tão bonito quanto o seu, e ela também parecia estar praticamente pronta, sentada à camada. Seu cabelo curto e rebelde estava solto e ela parecia contente em ver Clara. As duas garotas se fitaram e Clara soltou uma risada. "Calma, Julie, não vou te questionar a respeito de nada que aconteceu no seu carro na vinda até aqui. Vamos deixar isso para depois" ela disse e logo deu uma piscadela, fazendo com que a garota soltasse uma gargalhada e cobrisse a boca com as mãos. Juntas, pareciam duas crianças descobrindo o mundo pela primeira vez. Mas era isso que significava ter amigas, pelo menos em boa parte do tempo. A loira verificou seu relógio e viu que já era hora, então logo indicou que descessem para não se atrasarem. A última coisa que ela queria era causar uma má impressão no pai de Ethan.
Clara desceu as escadas ainda meio distraída com as pinturas e com a decoração no geral, pois não tivera a chance de observar tudo com cuidado. Na verdade, sabia que fazer isso em sua totalidade era impossível em apenas um fim de semana, então estava guardando o máximo de informações que conseguia. Sempre foi uma pessoa muito curiosa e observadora, pois ao seu ver, isso realmente era critério salva-vidas. Esperava que, também, sua capacidade anormal de puxar conversa com tópicos aleatórios (porém eficientes) estivesse afiada no almoço. Costumava vir a calhar com pessoas como a família Barclay.
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saijahavilliard · 3 months ago
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com @eirikhrafnkel, no pátio central.
ㅤㅤㅤEra um daqueles dias em que Týr e Frigg pareciam determinados a enlouquecê-la. Desde que a notícia do roubo da pira chegara aos ouvidos de Saija, os deuses dentro dela iniciaram um debate acalorado, suas vozes ecoando incessantemente em sua mente. A disputa divina trouxe consigo uma maré de mudanças de humor imprevisíveis e uma sensação de ansiedade constante. Saija lutava para manter o controle, mas ainda encontrava grande dificuldade em bloquear as influências divinas nesses momentos de conflito intenso. A presença deles não era apenas perturbadora; era uma batalha interna que drenava sua energia e sanidade, deixando-a à beira do colapso enquanto tentava equilibrar as exigências dos deuses e a realidade que a cercava.
ㅤㅤㅤAssim que encontrou um banco livre, Saija se deixou cair sobre ele, exausta, e fechou os olhos por alguns instantes. Tentou aplicar as técnicas de meditação que aprendera nas aulas, concentrando-se na respiração e na quietude interior. Contudo, a tarefa de acalmar os ânimos dos deuses dentro de si era árdua, uma batalha constante que já se tornara familiar. Quando finalmente abriu os olhos, sentiu o pescoço levemente úmido pelo suor causado pelo sol quente. Com um suspiro, abriu a bolsa e retirou um lenço de tecido fino, pressionando-o suavemente contra a pele, na tentativa de recuperar um pouco de conforto e compostura.
ㅤㅤㅤQuando estava prestes a guardá-lo, Saija notou algo estranho: aquele não era um lenço como os que costumava carregar. Intrigada, desdobrou-o lentamente, deixando o tecido repousar esticado em seu colo. Os dedos deslizaram cautelosos pelos detalhes dourados que adornavam as bordas, sentindo a maciez do tecido e registrando o trabalho único empregado no bordado. Uma familiaridade perturbadora tomou conta dela. A lembrança da cor trouxe à mente uma pintura escondida nas profundezas de seu guarda-roupa, onde os mesmos tons dourados reluziam. Pouco a pouco, memórias da noite em que o lenço lhe fora ofertado começaram a emergir, e a imagem da pessoa que o entregara se formou claramente em sua mente. "Ah, não…" murmurou, enquanto os dedos deslizaram pelas iniciais "E.H." bordadas delicadamente no tecido.
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sergioferreira65 · 8 months ago
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Uma década inesquecível, só boas lembranças desse tempo 🥰
Pintura em acrílico (PAC Man)
Tela 80x40 cm
#anos80 #pacman #jogoseletronicos #anos70 #videogames #pinturaemacrílico #pinturaemtela #pintura #quadroemacrilico #comecome #acrilycpaint #tempobom #myart #game #telaemacrilico #diversão #juventude #maturidade
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sovibuns · 1 year ago
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୨ i literally love you, @purlapin 🤍
você é uma das pessoas mais incríveis que eu já conheci em toda a minha vida (e não, isso não é exagero)
eu fico absurdamente feliz em saber que tenho alguém tão incrível como você na minha vida, acho que pela primeira vez, tenho alguém pra poder escrever sobre, alguém que eu sei que posso ser eu mesma e alguém que eu sempre vou poder apoiar e admirar
E na primeira vez que eu falei com voce.. eu senti que você era uma boa pessoa, e minha intuição tava completamente certa, me entristece ver você passar por situações difíceis e ter que lidar com pessoas ruins, porque alguém tão boa como você não merece passar por isso e nem nunca vai merecer.
fico muito feliz em ter você aqui, comigo e eu gosto muito de escrever textos como esse e eu definitivamente não vou parar porque me sinto muito feliz sempre que faço isso, feliz por lembrar de vários momentos e por estar criando novas lembranças com você ♡
quase dois anos e parece que tudo passou tão rápido, acho que quando estamos com pessoas que amamos, o tempo até passa mais rápido
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você é minha irmã, minha família e alguém que eu sempre vou gostar muito, tenho até medo de contar pras pessoas do quanto eu gosto de você e jogarem praga e mesmo eu tendo esse receio, eu não vou parar de falar, porque alguém como voce, merecia ser comentada sempre, mas só pelas pessoas boas que te conhecem e que te admiram e eu sei que um vínculo como o nosso, não pode ser atingido ninguém com intenções ruins
Você é uma das artistas mais talentosas e incríveis que eu já conheci, guardo todos os desenhos que você faz pra mim e se eu pudesse, colocaria cada um em uma moldura, porque obras de arte merecem isso
E de certa forma,
Colocaria você também (se fosse possível) porque pra mim, você é uma obra de arte, mas não qualquer obra de arte
seus olhos são tão lindos quanto as estrelas no universo e você tem o brilho de cada uma delas e sempre vai ter, nenhum outro artista e nem mesmo qualquer outra pessoa iria conseguir reproduzir completamente, porque você é única e mesmo tentando, ninguém iria conseguir reproduzir, seria como olhar pro céu estrelado, pois mesmo com várias pinturas e fotos, não é a mesma coisa, nunca será a mesma sensação de olhar com seus próprios olhos
Eu amo o jeito que você começa falando baixinho e depois vai se soltando e ficando confiante, eu te dedicarias várias canções, mas nenhuma delas chega aos pés da sua própria voz
Quando chega a noite, eu falo com a lua
ela fala sobre o sol, e eu, sobre você.. porque você é o meu sol e ilumina minha vida ♡
amo o jeito que você sempre me fazer rir e o fato que muitas vezes nem precisamos falar porque pensamos igual e muitas vezes eu entendo oque você fala, mesmo sem você falar
amo o jeito que você cuida do menguele, amo seu senso de humor, sua companhia, seu gosto musical, sua inteligência e o jeito único de pensar sobre diferentes temas e todas as coisas que me lembram sua existência
porque elas imediatamente se tornam especiais pra mim, assim como você ׅ ׄ
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sonhosblog · 4 months ago
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Na parede da minha memória, há muitos quadros. Alguns são paisagens suaves, tingidas com as cores do alvorecer, onde os dias nasceram tranquilos, embalados pela brisa de tempos felizes. Outros são retratos quase apagados, sombras de pessoas e lugares que, de tanto se afastarem, tornaram-se vultos difusos. Mas, há um em especial, um quadro que sempre permanece nítido, implacável em sua presença.
Ele dói. Às vezes, me pergunto por que é esse quadro, entre tantos outros, que se recusa a desbotar. Há memórias que flutuam pela mente como folhas secas levadas pelo vento, mas essa... essa permanece colada, firme, como se estivesse gravada a fogo na alma.
É uma pintura de detalhes precisos, cores vívidas, contornos que ferem os olhos e o coração. Eu olho para ela e, inevitavelmente, revivo cada cena. A dor não se esvai com o tempo; ao contrário, parece que ela se instala mais profundamente, como raízes que crescem por baixo da pele, se entrelaçando com o que sou.
Nesse quadro, os tons são escuros, pesados. Ele não grita, mas murmura, um sussurro constante, uma lembrança que eu preferia esquecer, mas que insiste em existir. Tento desviar o olhar, mas ele está sempre lá, à espreita.
O que mais dói não é apenas a memória em si, mas a sensação de que, de alguma forma, sou responsável por ela. Como se eu tivesse ajudado a pintar cada traço, escolhido cada cor, consciente ou não. Quantas vezes tentei arrancá-lo da parede, tentar cobri-lo com outros quadros mais belos, mais leves. Mas o esforço é inútil.
Esse quadro me acompanha, e, de certa forma, é uma parte de mim que se recusa a desaparecer. Como se a dor fosse uma velha companheira, incômoda, mas familiar. E eu me pergunto: se esse quadro fosse removido, o que sobraria de mim? Se a memória mais dolorosa fosse apagada, será que eu ainda seria quem sou? Há uma beleza estranha na dor que essa memória carrega. Não uma beleza fácil, que traz sorrisos, mas uma profundidade, um peso que me lembra da intensidade de viver.
Talvez seja esse o papel desse quadro na minha parede: lembrar-me do que foi perdido, do que não pode ser mudado, mas que, de alguma forma, também moldou quem me tornei. É uma ferida que, ainda que cicatrizada, às vezes se abre de novo, latejando, pulsando, mas que prova que eu senti, vivi, amei, sofri. E assim, na parede da minha memória, esse quadro continua. Ele dói, sim. Mas, por mais estranho que pareça, ele me pertence. Dói, mas é meu.
(Texto autoral).
♾️♦️
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clubedasjinx · 11 months ago
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POWDER JINX é uma personagem CANON de ARCANE. ouvi dizer que ela tem 25 ANOS, mora em aspen cove há 6 MESES e é uma ARTISTA INDEPENDENTE e MECÂNICA em MECHANIC CLOVER (oficina dela). ela NÃO TEM suas memórias, o que pode justificar o fato dela ser um pouco BRINCALHONA e INSTÁVEL sempre que a vejo andando pela cidade. 
Jinx, nascida Powder, não é, nem de longe, a pessoa mais sã que você vai conhecer! Mesmo com seus poucos meses na cidade, já é sabido que a jovem é um pouco perturbada e instável, mas caso queira um conserto para seu automóvel ou eletrodoméstico, sabe a quem chamar!
Caso você pergunte, Jinx (apelidinho esquisito, eu sei! mas não questione malucos!) vai dizer não possuir muitas lembranças de seu passado. Provavelmente vai te enganar dizendo que foi traumático e triste demais, começando a fingir um choro antes de gargalhar bem na sua cara.
Verdade seja dita, Jinx vive num limbo entre realidade e ilusão, passado e presente desde antes de deixar o verdadeiro mundo de onde veio. Sendo assim, todas as memórias falsas e verdadeiras são uma mistura caótica demais na mente dela onde, por vezes se lembra, por vezes esquece por completo.
O único fato é que é uma perfeita garota problema. Causa o completo caos quando entediada e tem lados sombrios demais que, vai por mim, você não vai querer conhecer.
É artista independente, fazendo grafite e pinturas por todos os lados (quer você queira ou não!). Vive sendo perseguida (e fungindo) pela polícia, armando truques e peças nas pessoas.
Também possui uma oficina mecânica e atende a domicilio.
@aspenintro
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la-tuacantante · 5 months ago
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Rasgo teu corpo pálido com minhas unhas curtas
Assumo que todos os desencontros foram por minha culpa
Seu hálito enfeitiça o ar frio que repousa em meu rosto
A pintura tanto tempo fixada em minha parede preferida vira esboço
Você transformou meu coração em retalhos
Colheu meus frutos quebrando todos os galhos
O impulso do abismo é reconfortante
O vôo finito em vertical me acopla ao fim horizonte
Brindo a cada gole de lágrima que escorre
Finjo não te ouvir amaldiçoar cada lembrança minha que a ti ocorre
Eu me traí protegendo seu território
Mas quem diria que não te ter seria tão satisfatório
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shaddad · 1 year ago
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na pintura de danym kwon os objetos banais se transformam em portais para lembranças
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mirutxt · 2 months ago
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The Arcana | prólogo | III - A IMPERATRIZ
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Dentro do palácio, o chão, paredes e o teto elevado são de pedra polida cortadas com perfeição.
Um criado com um chapéu de penas azuis vem varrendo até nós.
Com uma grande reverência, a pessoa passa por mim e corre para o lado da Portia.
Portia: “Camareiro. Como estamos em relação ao tempo?”
Camareiro: “Terrivelmente atrasados! O quinto prato acabou! Sua Senhoria está em seu estado mais infeliz.”
Portia morde o lábio e dá a cesta de fruta para o criado.
Portia: “Peça para o sommelier trazer uma garrafa de Ganso Dourado.”
O criado sai com pressa, desaparecendo por trás de um painel na parede que desliza fechando perfeitamente no lugar.
Portia: “Que pena. Vou te acompanhar diretamente para a sala de jantar.”
Sala de jantar? Eu jantaria com a Condessa?
Portia: “O quê? Não me diga que pensou que não iríamos te alimentar!”
Me apresso para acompanhar seus passos determinados.
Logo estamos de frente para uma bela porta de mogno.
Portia abre a porta, me guiando para dentro.
Ricos aromas permeiam no ar, desconhecidos e tentadores.
Nadia: “Ah, Aidan. Bem-vinda ao Palácio.”
Nadia: “Sente-se. Temo que já esteja muito atrasada para o jantar.”
Ela traz a taça para os seus lábios e bebe profundamente.
Portia me conduz para o meu assento. Outro criado remove o que seria meu prato.
Nadia: “Estava começando a pensar que havia esquecido de meu convite.”
Nadia: “Mas… será que não está acostumada a viajar?”
Nadia: “Parece exausta. Céus, vejo suas bochechas brilhando daqui.”
A Condessa vira sua taça, e Portia aparece ao seu lado com uma garrafa embrulhada em um folheado cintilante.
Nadia: “Ah, Portia. Que atencioso de sua parte.”
Portia: “O prazer é meu, milady.”
Portia enche nossas taças, e a Condessa dá um gole da sua.
Nadia: “Um Ganso Dourado? Uma escolha maravilhosa, Portia.”
Eu pego minha taça para cobrir o momento desconfortável…
… e paro, paralisada pela pintura estranha em minha frente.
A cena é de uma refeição compartilhada entre convidados com cabeça de feras.
A mesa está coberta com pequenos animais, providenciados por uma figura principal com cabeça de bode.
Raios de ouro reluzem ao redor de sua cabeça, e seus olhos vermelhos são surpreendentemente realistas.
Nadia: “Você gosta, Aidan? Da pintura.”
“Não.” ←
“Sim.”
Aidan: “Não.”
A Condessa abaixa sua taça, me observando com uma expressão abismal.
Nadia: “Não? Meu marido prezava por essa obra. Era uma de suas favoritas.”
Nadia: “Entretanto, suponho que seus gostos eram um tanto estranhos.”
O marido de Nadia, o Conde Lucio… ou melhor, o falecido Conde Lucio.
Nadia: “Ele é o bode do meio, claro. Sempre o provedor.”
Nadia: “Lucio tinha a população comendo na palma de sua mão. Assim como na pintura, eu presumo.”
Nadia: “O que quer que oferecia, as pessoas engoliam. Elas o idolatravam.”
Nadia: “Meu marido era particularmente amado por seu Baile de Máscaras anual.”
Ela abaixa a taça, cruzando as mãos e descansando seu rosto sobre elas.
Nadia: “Já compareceu a um, Aidan?”
Nadia: “A cidade inteira ganhava vida para o Baile de Máscaras. A folia tomava conta de corações jovens e velhos.”
Nadia: “Tudo em celebração ao aniversário de Lucio. E que celebração era, quando abria as portas do palácio para todos.”
A Condessa suspira, olhando o vinho rodopiar em sua taça.
Nadia: “Uma lembrança tão querida para muitos, e agora está coberta em tristeza. Um choque terrível para os convidados…”
Nadia: “Encontrar o anfitrião assassinado tão violentamente no último Baile de Máscaras.”
Os criados abaixam o olhar. Eu também desvio o olhar, de volta para a pintura.
Nadia: “Meu pobre marido. Queimado vivo em sua própria cama…”
Nadia: “E na celebração de seu aniversário. O que ele fez para convidar tanto ódio?”
Nadia: “Após uma cena tão chocante… convidados para o Palácio tem sido escassos.”
Desvio o olhar do retrato, bem na hora de encontrar o olhar ansioso da Condessa.
Nadia: “Mas agora que você está aqui…”
Agora que estou aqui…? Ela diz isso com tanta gravidade, tanta confiança.
Aidan: “Condessa, o que tudo isso tem a ver comigo?”
Nadia: “Aidan, o Baile de Máscaras é precisamente porque te chamei aqui.”
Nadia: “Esse ano, minha intenção é realizar o Baile de Máscaras mais uma vez.”
Eu a encaro. Assim como todos os criados da sala. Como… por que…?
Nadia: “As festividades em honra de Lucio serão mais fanáticas–perdão, fantásticas que nunca.”
Nadia: “Há apenas uma ponta solta precisando ser atada.”
Nadia: “O assassino do Conde Lucio ainda corre livre, até hoje.”
Nadia: “Doutor Julian Devorak, o antigo médico de meu marido.”
Sento bem quieta, de repente sentido um frio pelo corpo inteiro.
Doutor Julian Devorak… agora me lembro do nome nos cartazes de procurado.
Agora sei exatamente quem invadiu minha loja.
Nadia: “Doutor Devorak confessou o crime quando pegamos ele. Tudo o que resta é a sentença.”
Nadia: “Execução por enforcamento.”
Algo quebra horrivelmente.
O rosto de Portia está devastado por horror.
Aos seus pés, os restos quebrados do Ganso Dourado encharcando o chão.
Nadia: “Portia?”
Portia: “P-perdoe-me, milady. Mãos escorregadias.”
Nadia: “Está perdoada.”
Dois criados se apressam para ajudá-la, varrendo a confusão de cacos tão velozes quanto o vento.
Nadia: “É aí que você entra, Aidan. Doutor Devorak tem sido muito evasivo.”
Nadia: “Mas você tem uma reputação e tanto. Há boatos de que já superou até seu Mestre Asra.”
Nadia: “Eu mesma vejo o futuro, em sonhos, gostando ou não.”
Nadia: “E é assim que sei que você é a pessoa que encontrará o Doutor Devorak…”
“E… se o encontrarmos?” ←
“E… se eu disser não?”
Aidan: “E… se o encontrarmos?”
A Condessa coloca sua taça na mesa.
Nadia: “Quando o encontrarmos, vamos trazê-lo diante das pessoas para que todos possam ver sua tão aguardada punição.”
Nadia: “E então, para começar as festividades…”
Nadia: “O doutor morrerá na forca pelo seu terrível crime.”
A Condessa levanta. Por instinto, também levanto.
Nadia: “Portia.”
Nadia: “... Portia.”
Portia: “Sim, milady!”
Nadia: “Mostre a Aidan o quarto de hóspedes. Imagino que tenha muito a ponderar antes do fim da noite.”
Portia: “Agora mesmo, milady.”
Portia me puxa em pé, e com uma humilde reverência, me leva para a porta.
Portia está quieta enquanto me conduz corredor adentro até meu quarto.
Após algumas voltas, passamos por uma escadaria larga, velada em sombras.
Uma corrente de ar desce pela porta de cima, fazendo minha pele formigar. É fria, e cheira à cinzas.
Encolhidos no pé da escada está dois grandes cachorros esguios.
Olhos abismais fixam em mim, e eles levantam devagar, sem fazer barulho.
Mesmo que pareçam que podem atacar a qualquer momento, não sinto nenhuma má intenção.
Eu estendo a mão, e eles se aproximam para cheirá-la.
A respiração ofegante deles faz cócegas na minha pele, e suas caudas começam a balançar.
Portia: “Bom, isso é bizarro. Eles nunca gostaram de estranhos.”
Portia: “É só que foram treinados assim, mas… Eu nunca vi eles agindo assim.”
Focinhos finos roçam em cada lado de meu corpo enquanto os cachorros me investigam mais fundo.
Satisfeitos, eles se afastam, me olhando com expectativa.
Fazer carinho ←
Dar espaço para eles.
Sem pensar, eu levanto a mão para tocar no pelo sedoso do cachorro menor.
Portia: “Não faria isso se fosse você!”
O cachorro recua. Se foi pela minha mão ou pelo tom de pânico de Portia, não tenho certeza.
Portia: “Desculpa. Eles podem ser um pouco imprevisíveis.”
Portia: “Eles parecem gostar de você, mas prefiro que continue com sua mão.”
Os cães trotam obedientemente de volta para seus lugares. Eles quase desaparecem no mármore.
Portia: “Oh! Não é à toa que estão assim, eles ainda não comeram seus bolos de camomila!”
Ela olha nervosamente de mim para os cachorros, que estão parados como estátuas.
Portia: “Espere aqui, Aidan. E é provavelmente melhor manter distância deles.”
Portia: “Volto já, já com aqueles bolos.”
Portia voa por um painel deslizante na parede. Eu me vejo sozinha no corredor com os cachorros.
Sinto o cachorro maior fungar meu lado com insistência. Quando olho para baixo, ele simplesmente recua e me encara.
Então, o cachorro menor está cheirando meu outro lado, fungando amostras do meu cheiro. Eu me viro…
E ele senta em seu traseiro, me olhando inocentemente. Atrevidos.
Enquanto olho seu único olho vermelho sangue, uma sensação inquietante ondula pelo meu corpo como uma onda de febre.
Voz: “Um convidado?”
Dou um passo para trás, meu olhar percorrendo o corredor de cima a baixo.
A voz vinha… do topo da escadaria. Só consigo ver até certo ponto na escuridão oca.
Mas não tem ninguém lá. Eu quase dou um pulo quando sinto um puxão em minhas roupas.
Os cachorros. Seus dentes enterrados em minhas roupas, incessantes enquanto me arrastam para as escadas.
Tropeço nos primeiros degraus e seus rabos começam a sacudir.
Aidan: “Ei!”
Tento me libertar, mas os dois cachorros puxam com teimosia.
Os cachorros só me soltam no topo da escadaria.
O chão e paredes são de pedra frígida, e o ar cheira a cinzas.
Minha cabeça está girando, e eu mal sinto o frio no ar.
Mesmo que meu coração esteja martelando, eu invoco uma luz fraca em minha palma.
Olho para os cachorros, mas eles não estão em lugar nenhum.
Há uma porta mais a frente, parcialmente aberta. Lá dentro, uma escuridão profunda engole os fracos raios de luz.
Entrar no quarto. ←
Dar meia volta.
A mágica na minha palma encolhe para um brilhinho esvoaçante quando piso através da moldura da porta.
Vindo do corredor, é quente aqui dentro. O ar espesso tem um gosto forte e apimentado.
Uma cama fortemente coberta se estica pelo meio do quarto.
Eu passo por uma extravagante armadura, uma escrivaninha de mármore com uma caneta de pena de pavão branca…
… tudo coberto com cinzas.
Minha luz treme sobre um retrato na parede, duas vezes meu tamanho.
Minha luz opaca se estica pela tela.
Embora seja difícil de ver, não tenho dúvidas de quem é o sujeito na pintura.
Conde Lucio. Ele parece mais jovem do que eu esperava, ou o retrato é velho.
Ou talvez o artista estava atendendo a vaidade dele.
O vermelho de seu casaco é o tom cardinal da pintura da sala de jantar.
O braço dourado, uma maravilha da arte da alquimia.
A pele pendurada em seus ombros arrogantes parece impossivelmente refinada, e…
Voz: “Vai lá. Toca.”
Um miasma de ar ardente e espesso empurra minha mão para o retrato.
Mas não sinto nada que não sejam cinzas e uma tela.
Escuto uma risadinha em minha cabeça, enquanto uma névoa cobre minha mente.
Voz: “Nada como o de verdade… vendo, incapaz de sentir.”
Voz: “Que doce tortura…”
Calor como brasa irradia na base do meu pescoço.
A magia na minha palma reage, seu brilho se estendendo pelos meus dedos e descendo o meu pulso.
Voz: “Ahhh…”
As sensações estranhas diminuem, e a voz fica mais fraca, até melancólica.
Voz: “Aí, na sua energia… ohh, é ele.”
Voz: “Você seria…?”
A névoa desaparece de minha mente. Eu me afasto do retrato.
Algo macio se encontra com as costas de meus joelhos, e caio por dobras de veludo empoeirado na gigantesca cama.
Grandes plumas de cinzas ondulam ao meu redor quando minhas costas batem nas cobertas.
Essa é a cama do Conde Lucio… bem onde ele foi assassinado. Incinerado.
Então toda essa fina cinza em meus olhos, em meu nariz e boca e por todo meu corpo… é o que restou dele.
Tapo minha boca, abafando um grito enquanto me esforço a levantar.
Voz: “Indo tão cedo? Você não tem graça.”
Essa voz… ela ecoa por todos os cantos do quarto, e por dentro da minha mente.
“Quem é você?”
“O que você quer?” ←
Aidan: “O que você quer?”
A risada se torna mais aguda, e eu sinto um calor passar por minhas orelhas, se concentrando atrás de mim.
Voz: “O que eu QUERO?”
A última palavra termina num rosnado. Eu congelo, e tenho a sensação que algo tenta alcançar minhas costas.
Então ele recua. A temperatura desce abruptamente, e minha respiração acelerada se torna uma fina neblina.
Não ouso olhar, mas escuto algo se movendo em direção ao retrato.
Voz: “Correntes de ouro, mas nenhum pescoço… belas, belas peles, mas nenhumas costas…”
Voz: “Nenhum rosto perfeito para sufocar de beijos… então não quero nada.”
A voz divaga. O quarto parece normal mais uma vez.
Me atropelo para levantar e me apresso até a porta.
Partindo para uma corrida, continuo a descer pelo corredor, procurando por uma saída na vaga escuridão.
Os retratos nas paredes me observam correndo com frios olhares aristocráticos.
Voz: “Volte… volte…”
Contra qualquer bom senso, eu paro e me viro.
Só o vejo por um momento. Uma silhueta, nítida contra uma parede de janelas altas foscas de fumaça.
Garras, chifres, e cascos como ônix.
A cara branca de um bode, com olhos vermelhos fixados alegremente em mim.
Pisquei, e ele sumiu.
Ouço algo se movendo com dificuldade, o ranger de uma porta, e então… silêncio.
Quando cambaleio até o fim das escadas, desorientada, Portia está procurando por mim.
Portia: “Aí está você!”
Ela observa a fina cinza poeirenta que me cobre dos pés a cabeça.
Portia: “O que… por que está coberta de cinzas? O que aqueles cachorros danados fizeram?”
Ela produz um lencinho de bolso branco e me dá na mão.
Tudo o que consigo fazer é tontamente acenar a cabeça como agradecimento enquanto tiro o pó de mim mesma.
Sinto minha mente embaçada, sofrendo para fazer sentido das sombras que vi, dos cochichos que ouvi…
Portia me pega gentilmente pelo cotovelo, me ajudando a me livrar das últimas cinzas.
Portia: “Sabe, vou só deixar esses bolos bem aqui. Vamos te levar para cama.”
Eu sigo os passos de Portia até chegarmos ao nosso destino.
Felizmente, não é tão longe. Ela abre a porta com um largo gesto.
Portia: “Esses serão seus aposentos, Aidan.”
Portia: “Pode colocar suas coisas onde quiser. O café da manhã é ao amanhecer… Eu te acordo.”
Minha fatiga deve ser facilmente vista. Deixo minha bolsa cair ao chão.
Vendo os lençóis lisos, eu tremo de exaustão.
Portia: “Você parece pronta para apagar. Vou te deixar em paz.”
Portia: “Durma bem, Aidan.”
A voz suave dela divaga, e ela desliza gentilmente a porta até fechar.
De uma só vez, me enterro nos lençóis luxuosos. Eu me sinto como se fosse leve.
Com o coração batendo no ritmo firme dos cada vez mais distantes passos de Portia, me afundo em inconsciência.
youtube
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