#laranja-forte
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coisas óbvias sobre o amor — elayne baeta.
segundo livro da duologia laranja-forte.
headers para twitter e/ou bluesky.
(verde e laranja: cores super presentes na capa do livro)
#elayne baeta#o amor não é óbvio#coisas óbvias sobre o amor#laranja-forte#livros#headers#literatura nacional#romance lésbico#íris pêssego#édra norr#são patrique#bookstan#significado
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Suas capas são pra doação? Gostaria de sugerir uma de narusasu!!
oi boa noite :) não costumo fazer capas pra doação, todas no meu perfil são para amigos/conhecidos ou uso pessoal, porém sua ASK me deu um tchan e eu fiz algo com narusasu, caso goste :D abre a imagem para melhorar a qualidade
POR DENTRO EU ME SINTO LARANJA (ULTRA) FORTE disponível
#capa clean#capa de fanfic#capa divertida#capa para fic#capa para social spirit#capa simples#capa para spirit#spotify#narusasu#sasunaru#sasuke#naruto#abre para melhor qualidade#naruto uzumaki#sasuke uchiha#capa romântica#laranja ultra forte
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Dia de fazer faxina, e portanto organizar os livros. Eles passaram um bom tempo na bancada do quarto da minha mãe, já que minha estante começou a envergar por causa do peso, então agora tô recolocando alguns dos favoritos de volta (conseguimos arrumar a estante, mas tenho medo de botar muito peso nela).
Esses que estão aí são alguns que me marcaram bastante, embora não tenha arrumado todos ainda (Tio Tungstênio do Oliver Sacks, por exemplo). Me Abrace Mais Forte e Quinze Dias foram as duas últimas aquisições, não necessariamente favoritos (até porque não li Quinze Dias ainda kskske) - mas eu queria "curtir" eles na estante.
E do lado, a Zooey Electra, minha Shadow High!
#photography#doll photography#shadow high#rainbow high#zooey electra#livros#bookstan#fallen#êxtase#apaixonados#fazendo meu filme#minha vida fora de série#tio tungstênio#a garota das laranjas#coraline#laika kids#quinze dias#me abrace mais forte#scott pilgrim
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Não quero o que a cabeça pensa, quero o que a alma deseja
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Im in love, love in hurricane
Parte dois de playing dangerous
Harry estava na expectativa de se distrair de louis -- já na vigésima tentativa -- mas as coisas não vão nada como o esperado
Louis, 40
Harry, 17
Tw: age gap, traição, h!inter, uso de arma como dildo (eu realmente não sei se tem um nome certo)
Olha a bomba
Boa leitura!
Harry terminava de arrumar a mochila para passar o final de semana na casa do namorado, a mãe de adrien ia passar 3 dias viajando para algum compromisso de trabalho e o pai muitas vezes estava de plantão de noite na delegacia
Tinha algumas semanas desde do acontecimento com louis, ela não viu tanto o mais velho, somente enxergando ele de relance quando ele ia para a delegacia
"Amor!" Ela escuta a voz do namorado que a esperava na porta
"Oi" ela sorri amigavel sentindo um beijo no topo de sua cabeça ao que ela o abraça
"A piscina está cheia" ela nota que adrian usava shorts de praia e a camiseta se apoiava em seu ombro
"Otimo estava contando com sua casa de rico e a piscina para manter meu bronzeado" harry brinca entrando na casa, aparentemente vazia, e indo até o quarto do garoto para trocar de roupa
Minutos depois ela desce de biquini e senta ao lado do namorado na espreguiçadeira, esse que a oferece uma taça com bebida
"Adrian tomlinson eu ja falei para não mexer nas minhas bebidas sem auto-" louis entra na area da piscina falando estressado mas cortando a frase no momento que seus olhos azuis caem na cacheada deitada ao lado de seu filho "olá harry" ele fala simples recebendo um aceno de cabeça como resposta "não mexa novamente" ele levanta a garrafa de tequila olhando sério para o filho
"Pensei que estariamos sozinhos" harry vira para o garoto em seu lado, ele era quase uma copia de louis, tirando os fios loiros como de sua mãe
"Ele aparentemente ta de folga hoje, esqueci de avisar" ele senta virando de frente para harry "mas isso não impede nada" ele sorri sugestivo e levanta "vou dar um mergulho"
Oque nenhum dos dois notou era louis na janela de seu escritorio -- que dava para a piscina -- observando o casalzinho enquanto bebia direto da garrafa
Seu sangue fervendo quando os dois começaram a se beijar dentro da piscina
Não estava um clima ruim para pegar sol, afinal
"Ei pombinhos! Querem mais bebida?" Louis caminha até o local onde ficava as três espreguiçadeiras, agora ele usava um short laranja de praia e oculos escuros redondos enquanto trazia 3 cervejas na mão
"Ah não pai! Você falou que ficaria no escritorio" o tomlinson mais novo fala com uma carranca
"Oque? Não posso aproveitar esse dia ensolarado com meu filho e minha norinha?" Ele senta despojado na espreguiçadeira e abre uma latinha de cerveja, os olhos azuis fitando harry por trás dos oculos escuros, essa que estava sem jeito com as pernas em volta da cintura do namorado "não transem na minha piscina depois vai ser o senhor adrian tomlinson quem vai limpar"
"Vou pegar frutas, você quer?" Ela diz baixo para o namorado que assente e ela sai da piscina se enrolando na toalha para ir até a cozinha, os olhos azuis de louis acompanhando cada movimento
Harry pega morangos, uvas, bananas, maçã e melancia cortando alguns em cubos para poder levar para a piscina
Ela cortava os morangos quando sentiu as mãos grandes e quentes envolverem sua cintura
"Louis! Sai ele pode acabar vendo" ela se afasta tentando se esgueirar dos braços fortes
"Que veja" o mais velho fala pegando um morango da tabua e observa a garota continuar a cortar as frutas em silencio "esse morango ta docinho quer provar?" Ele não espera a resposta logo segurando as bochechas coradas pelo sol e a puxar beijando os labios rosinhos "vê como tambem não se importa que ele veja" ele fala com o rosto ainda proximo do de harry e tira a faca da mão dela deixando na pia
Ela o puxa para outro beijo e sente a mão de louis invadir sua toalha a tocando por cima do tecido molhado do biquini
Harry geme contra o labios de louis sentindo suas pernas fraquejarem se apoiando na pia para não ceder
Louis deixa mais um selinhos nos labios inchadinhos antes de voltar para a piscina como se nada tivesse acabado de acontecer deixando uma harry ofegante e com as pernas bambas para tras
✨️
O relogio marcava 2 da manhã, harry deitava ao lado de adrian que dormia ao seu lado, desde do dia que fodeu com louis na viatura nenhuma transa que ela arrumasse faria ela ficar no mesmo estado que ficou e as vezes que transava com seu namorado ficaram ainda mais entediantes
Agora era um exemplo disso, harry olhava para o teto e pensando se era uma boa ideia sair e ir até o quarto de louis ou era muito arriscado
Ela resolveu descer até a cozinha para pegar um copo de agua mas quando chegou ao balcão viu a sombra de louis sentada ali bebendo uma xicara de chá apenas com a luz de um computador iluminando o local fazendo-a paralizar
"Pode falar comigo, eu não mordo" os olhos azuis a encaram por trás das lentes dos oculos de grau, ela achava que ele não podia ficar mais atraente mas estava completamente enganada
"Só vim pegar um copo de agua, não quis atrapalhar" ela caminha ate a geladeira e enche um copo pelo compartimento de agua
Louis fita a garota não tão longe de si, ela usava um pijama de seda um tanto quanto curto, a popa da bunda aparecendo no shortinho e os peitinhos marcando pelo tecido
"Vem aqui" ele afasta a cadeira do balcão se virando para a garota "está me evitando?" ele fala ao que harry se aproxima se colocando entre as pernas dele
"Achei que era o contrario" ela fala curta deixando o copo em cima do balcão "você não falou comigo a semana toda"
Louis intercala o olhar entre os labios gordinhos e os olhos verdes da cacheada
As unhas de harry cravam no ombro nu de louis ao que ele junta seus labios beijando um tanto quanto lento comparado a força do apertos em sua bunda
"É errado louis" ela se afasta ainda sentindo as mãos em sua bunda "adrian está aqui"
"Foda se" ele levanta prensando harry contra o balcão voltando a beijar a garota que suspirava e gemia baixinho com os apertos em sua coxa
Ele a levantou com facilidade, deixando-a sentada em cima do balcão e se encaixando entre as coxas gordinhas
"Tem algum fetiche com a cozinha?" As unhas arranhavam os musculos dos braços fortes fazendo louis grunir com a ardencia mas nunca reclamando
"Depende quem esta nela"
Harry suspirou surpresa ao que louis a pegou no colo caminhando em direção a escada, ela beijava o pescoço que tinha o cheiro tão caracteristico do perfume que o outro usava
Louis caminhava tentando fazer o minimo de barulho ao que passava no corredor dos quartos e colocando harry no chão para trancar a porta
A cacheada junta suas bocas novamente o empurrando ate a direçao da cama e o jogando ali
"É bom que saiba se controlar" ele a puxa para seu colo e tira a blusinha do pijama
Ele faz uma trilha desde do pescoço cheirosinho até o final de sua barriga se afastando para observar as marquinhas vermelhas que começavam a aparecer ali "não aguentava mais ver aquele teatrinho" ele mordisca em volta do mamilo rosinha enquanto os olhos azuis assistiam as reações da garota atentamente
Harry gemia contida sentindo o apertos firmes em seu corpo, louis a coloca de joelhos com uma perna de cada lado de sua cintura e abaixa o shortinho do pijama junto com a calcinha de renda, ele joga harry na cama e começa a deixar chupões e mordidas pelo o interior da coxas banquinhas, como se a marcasse como sua
Ele beija superficialmente a buceta que vazava melzinho aos montes vendo a garota abrir mais as pernas e levar as mãos para seu cabelo
Os olhos azuis encontram o verde novamente, o olhar suplicante enquanto ofegava ao sentir o halito quente tão proximo de sua intimidade
"Lou..." o gemido saiu quase como um sussuro nos labios vermelinhos
Ele chupa o grelinho inchado ouvindo o gemido de satisfação da cacheada e o seu cabelo ser puxado o forçando contra a buceta
Ele endurece a lingua fodendo a entradinha que vazava pré-gozo observado a garota arquear as costas puxando um traveseiro contra seu rosto para abafar os gemidos
"Você é tão sensivel, amor" ele puxa o traveseiro do rosto da garota a beijando enquanto tira o short e a cueca
Ele leva os dedos com a tatuagem '28' para os labios de harry que chupou com os olhos verdes colados em louis
"Você é realmente uma puta boa" ele afasta os dedos que ficam ligados por um fio de saliva antes de leva-los até a entradinha molhada e penetrar ouvindo os ofegos da garota que abraça seu pescoço "mas você me deixa louco por ter que ver o quanto você finge a boa moça para o teu namoradinho" ele penetra os dedos na garota com mais urgencia
"Não temos nada" ela leva as mãos para a barba aparada do outro "você tem uma esposa tambem, isso é só uma foda" ela diz mesmo que sinta um bolo se formar em sua garganta
"Só uma foda mas muito melhor que as tuas outras" ele tira os dedos da garota e alcança sua mesa de cabeceira tirando da gaveta uma glock e um pacote de camisinha "todos esses anos nunca te vi gemer assim no pau do namoradinho" ele fala calmo enquanto checa se a arma estava vazia "ele por acaso alguma vez te fez gritar harry? Te fez praticamente chorar enquanto é fodida? Ou melhor ele te fez gozar alguma vez harry?"
Harry geme alto ao que a arma -- o cano agora envolvido em uma camisinha -- se encaixou entre os labios de sua buceta, logo tendo a mao de louis tapando a sua boca
"Vadia escandalosa" ele pega a calcinha esquecida no colchão e enfia na boca de harry abafando os gemidos da garota "ele já ao menos te deixou assim alguma vez?" Ele penetra devagar o cano da arma na entradinha que vazava melzinho aos montes
Era uma imagem digna de uma pintura, harry tinha os olhos marejados e a bochechas vermelhas, os labios vermelhinhos com filetes de sangue, ela puxava os lençois brancos em busca de apoio, marcas de chupões e mordidas por todo o seu torso, os cachos espalhados no colchão
Ela apertava o braço tatuado de louis que se apoiava ao lado de seu corpo sem parar de a foder com o cano da arma
"Queria tanto ser fodida por uma arma? Está se desesperando e se molhando como uma verdadeira vadia" ele massageia devagar o clitoris sensivel da garota que não demora muito para gozar molhando todo o cano da arma
Louis joga a arma no outro canto da cama e se encaixou no meio das pernas de harry simulando estocadas sem penetrar realmente
Ela gemia chorado com o tecido na boca abafando suas lamurias
Louis tirou a calcinha de renda da boca da garota e ele a beija enquanto encaixava seu pau na grutinha sensivel
"Lou..." uma lagrima solitaria escorria pela bochecha corada
Louis perdeu todo seu auto-controle quando percebeu o volume que formava no baixo ventre de harry ao que ele estocava contra a garota, harry gozou quando levou a mão para o local sentindo o relevo ali ficando molinha no colchão
O mais velho apoiou uma mão na cabeçeira e a outra na cinturinha de harry a fodendo mais forte e fazendo a cabeceira da cama bater contra a parede
"Puta que pariu" ele aperta o local gozando fundo novamente na cacheada
Louis deita ao lado de harry na cama que não demora muito para se aconchegar confortavelmente em seu peito, regulando a respiração e sentindo a porra escorrer por suas pernas
Eles só não esperavam dormir acordando apenas na manhã seguinte de uma maneira não tão agradavel
"Louis? Vida? Cheguei conseguir resolver tudo mais rapido, e trouxe o seu vinho françes favori..." carla, tambem conhecida como: mãe de seu namorado, mulher de louis, sua sogra entra no quarto paralizando na porta, as sacolas todas caindo no chão "LOUIS!?" Harry e louis levantam assustados na cama, harry puxando o lençol para se cobrir
"Mãe? Oque aconteceu?" Harry escuta a voz de adrian ainda no corredor não demorando muito para ele aparecer na porta tambem "pai? HARRY? Que caralhos..." o garoto tinha acordado confuso por não ver harry na cama mas nunca imaginaria isso
"Louis william tomlinson você realmente perdeu a porra da noçao" a mulher entra brava no quarto jogando uma mala na cama "ela é menor de idade louis! Você não é louco" ela encara harry encolhida na cama "provavelmente foi tu quem seduziu ele né sua puta"
"Carla calma! Porra não fala assim" ele acaricia a coxa de harry por debaixo do lençol mas a garota afasta ele se afundando no lençol
"Vagabunda" a mais velha fala antes de sair do quarto levando outra mala com roupas
"Harry que porra? Era por isso que vinha pra porra da minha casa? Tudo isso para-"
"Adrian vai para o quarto" louis diz rigido recebendo um olhar magoado do filho mas ele obedece "harry, desculpa eu não devia-"
"Tá tudo bem" ela levanta de cabeça baixa juntando o pijama do chão e vestindo de qualquer jeito, ela ao menos queria ir no quarto de adrian pegar sua mochila
"Harry escuta!" Ele levanta vestindo o short apressado indo atrás da garota "harry porfavor!" Ele para a garota antes que ela saisse da casa, louis a vira encarando-a
"Me solta, louis" ela não o encarava mas louis podia ver o rastro das lagrimas na bochechas rosinhas
"Harry..." ele não se afasta "deixa eu te levar em casa pelo menos, ou eu posso pegar a mochila no quarto do adrian"
"Otimo, pode pegar a mochila e eu vou embora depois" ela fala cruzando os braços e encostando na porta
Louis subiu apressado pelas escadas mas quando voltou não tinha sequer um rastro de harry
"You drew stars around my scars but now im bleeding"
✨️
Parte 3 sai depois que eu terminar e postar a do harry gravido porque temos um equilibrio aqui nesse perfil😍
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so long, lando. | ln4
{ lista principal }
pov: hora de dizer até logo para o amor.
- avisos: narração em terceira pessoa, angst, sem final feliz, fim de relacionamento, menção a crise de ansiedade.
- wc: 976.
- n/a: estava a muito tempo tentando escrever isso. não sei bem como me sinto sobre, mas... enfim. e sim, é inspirada em so long, london da ts. para melhor experiência recomendo ouvir a música enquanto lê. (não me responsabilizo por lágrimas, i'm sorryyyy)
Imagens tiradas do Pinterest, todo direito reservado ao seus autores. História ficcional apenas para diversão, não representa a realidade e os personagens utilizados possuem suas próprias vidas e relacionamentos, seja respeitoso. 😊
Lando abriu a porta do apartamento e o frio logo o recepcionou. O lugar estava escuro, quieto e muito gelado, como se fantasmas, totalmente sem vida, dançassem no meio da sala.
Ele acendeu a luz e chamou pela noiva. Recebeu silêncio.
Largando a mala no chão e as chaves no aparador ao lado da porta, ele olhou ao redor, a procura de algum sinal de que ela estava ali. Não encontrou nada, então foi em direção ao quarto deles, mas não havia ninguém ali também. Nem no quarto de leitura, nem no escritório, nem em nenhum lugar. Conforme percorria os cômodos, Lando sentiu que algo estava errado e não gostou nada do sentimento de sufocamento que começava a roubar seu ar aos poucos.
Ele e a noiva estavam juntos há sete anos, mas as coisas já não eram as mesmas há pelo menos dois. O pedido de casamento, inclusive, havia sido uma tentativa de salvar tudo. Porém não funcionou. A cada dia, a noiva se afastava mais, parecia mais triste e decepcionada por Lando nunca cumprir tudo que um dia prometeu a ela.
Lando a amava, disso tinha certeza, mas em algum momento começou a se sentir insuficiente, começou a se sentir incapaz de fazê-la feliz. Vozes em sua cabeça gritavam que ele não daria conta de conciliar tudo, que ele precisava escolher entre ela e a carreira, que precisava deixar de ser egoísta e resolver a situação, mas simplesmente não conseguia. Era corajoso o suficiente para dirigir um carro há 300km/h, mas não era para enfrentá-la ou deixá-la ir. Permaneceu paralisado, fingindo estar alheio às mudanças, se afundando cada vez mais em trabalho.
A Formula 1 tomava tanto seu tempo, que quando deu por si, já não era somente o Lando Norris; era o Lando Norris da McLaren. E ele deixou ser assim, se transformou numa pessoa que não reconhecia, se distanciou tanto do que era, que nem se quer enxergava mais o antigo Lando.
Então, não podia a culpar por cansar dele; até mesmo ele estava cansado.
Quando chegou na cozinha e viu o envelope laranja (Há! Grande ironia!) em cima da bancada, nem precisou se aproximar muito para saber que sua vida mudaria e aos poucos, começou a senti-la desmoronar em volta dele.
O piloto se aproximou devagar, como se fosse uma bomba prestes a explodir e o tomou nas mãos com cuidado. Seu nome estava escrito com a caligrafia delicada da amada. Ele sentiu a garganta fechar e os olhos marejarem antes mesmo de abrir.
Puxou uma das banquetas e se sentou, abrindo o envelope com cuidado. Dentro, havia um pedaço de papel, mas também um objeto pequeno, a aliança de noivado. A primeira lágrima escorreu veloz pela bochecha do piloto quando ele segurou o objeto, ele a secou e a perna automaticamente começou a balançar pra cima e pra baixo. Com as mãos trêmulas, abriu a carta.
Além da caligrafia, que perdia seu padrão do início para o final, como se escrita com dor e rapidez, também havia manchas pelo texto. Manchas de lágrimas.
Seus olhos se nublaram ainda mais com as lágrimas que agora escorriam descontroladamente pelas bochechas. Ele respirou fundo antes de começar a ler.
“Querido Lando,
Por muito tempo, você foi minha fortaleza, meu farol em dias nublados e escuros, uma espécie de forte onde eu me abrigava para me esconder das fortes ventanias repentinas que apareciam destruindo minha vida. E você exerceu seu papel tão bem.
Nunca se importou em me ligar; não importava o lugar do mundo que você estava, nunca se importou de me ouvir, de me acolher em seus braços quentes e sempre cheios de vida. Seu sorriso era o que costumava ser meu aquecedor, era instantâneo sentir o calor percorrer meu corpo quando via você sorrir. Quando ele vinha acompanhado de uma gargalhada, era ainda melhor, parecia combustível sendo injetado em minha veias, me fazendo continuar. Não sei para onde, mas eu continuava por sua causa. E eu continuei por muito tempo, por conta dessas pequenas coisas, e aguentei tanto que não consigo organizar meus pensamentos direito quando penso nisso. Mas meus braços cansaram de te segurar, Lando.
Cansaram de te abraçar com força, na esperança de que você ficasse, que me escolhesse mais uma vez. Cansaram de carregar esse relacionamento por aí após ele passar ser um fardo, mas principalmente pra você. Cansei de tentar te fazer rir, de tentar te acessar de todas as maneiras que eu conhecia, de te assistir se tornar o homem da McLaren, não meu.
Não entenda mal, sinto orgulho de você e de ter ver alcançando o que sempre desejou, mas e eu? Assisti tudo de longe e sorrio? Você esqueceu de me levar junto enquanto estava por aí, vivendo sua vida, conhecendo lugares e se tornando o que sonhamos juntos. E eu não entendo por que, sempre remei por você, com você. Deixei de lado coisas que eu conhecia, coisas que eu era, sonhos que sonhava. Por você, Lando.
Sabe quanta tristeza suportei para continuar remando? Para continuar fazendo massagens cardíacas nesse amor, na esperança de fazê-lo ressuscitar? Não, acho que você não sabe e nunca vai saber. Tudo que fiz foi pensando que seria recompensada com a única coisa que me importava: você.
Você pode me acusar de abandonar o navio, mas eu estou afundando com ele e querido, isso eu não posso suportar. Saiba que não estou furiosa com você, estou furiosa porque eu amava o lugar que você era. Você era meu lar, Lando. E agora é apenas um espaço vazio e frio.
Foi bom enquanto durou, um momento de Sol morno. Mas é hora de partir e eu sei que você vai encontrar alguém para habitar sua casa novamente.
Desculpe não esperar para me despedir, sei que não conseguiria e te amar está me arruinando. Eu preciso ir e prefiro não falar para onde, preciso de espaço, mas estou bem, caso isso te importe. Entro em contato para buscar minhas coisas.
Até logo, Lando.”
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tw: começa com briginha boba, um tico de spanking pq não sou de ferro, reader correndo do enzo puto e putífero, um tico de exposição (?)x chupada na laranja e na banana, meteção forte AMO.
você e enzo vogrincic
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come...
Dias atrás expliquei para Enzo algumas expressões e ditados populares brasileiros e eu ri cada vez que ele tentava pronunciar as frases.
Hoje ele voltou de um dia de gravações intenso, estava cansado. Eu a mesma coisa, trabalhei o dia inteiro em um novo projeto e acabei brigando com ele por besteira.
Qual comida deveríamos pedir por delivery.
- O que você vai querer então? - questionou depois de respirar fundo, ele estava ficando estressado.
Eu não respondi, ja havia dito a quinze minutos atrás que tinha comida na geladeira e dava pra esquentar.
- Escuta, eu sei que tem comida na geladeira mas eu quero comer algo diferente.... então fala, o que você quer? Mexicano? Hamburguer com batata? É só falar, vou pegar, nena.
- Tá bom então, fica em silêncio. Mais pra mim... - continuei deitada no sofá da sala em silêncio, nessas horas o ego falava mais alto. - Eu sei que você quer que eu fale alguma coisa, mas eu não vou falar... você vai transformar tudo isso em uma briga imensa e eu to te dizendo... não vou entrar nessa.
Ele estava ficando puto, mas não aumentava o tom de voz.
Ele respirou fundo e tentou mais uma vez:
- Nena, por favor. Desculpa, mas foi um dia extremamente cansativo como sempre e eu estou cansado e com fome e eles me fizeram regravar uma cena específica 30 vezes e as vezes eu só não quero nenhuma "atitude" sua, por favor - foi engrossando a voz a cada palavra, ele estava definitivamente puto - Então não faça isso.
Ele respirou fundo umas três vezes seguidas como se tentasse se acalmar e nossa... eu amava quando ele ficava bravo.
Enzo ia me foder com força, disso eu tinha certeza.
- É assim que vai ser? - perguntou colocando o cabelo pra trás que aos poucos foi caindo de volta - Sério? Vai relamente ser assim? "Tratamento do silêncio? Só por causa da porra de um delivery? Eu já pedi e vai chegar em... - ele conferiu no celular - Foda-se.
Virei para o outro lado do sofá deitando com o rosto em direção à parede.
- Então tá, quer ficar em silêncio fica! Bem assim... eu to quase a ponto de estourar e você não está contribuindo. Continua assim pra você ver se eu não pego todo esse estresse e desconto em você.
YES! É isso que eu queria. Soltei uma risadinha, sem querer, ansiosa pelo que veria a frente.
Ele respirou fundo e disse
- Corre - eu sentei no sofá de frente pra ele que estava ajoelhado no tapete, bem perto de mim.
- Que?
- Corre e se esconde, agora. Eu não to brincado, caralho. Corre e se esconde.
Eu olhei no fundo daqueles olhos bonitos curiosa. Correr e me esconder?
- Porque quando eu te achar..... - o que ele faria ficou no ar. Eu me levantei e corri quando ele começou a contar, do corredor ouvi ele dizendo...
- Se você correr, eu vou te pegar, nena mas se ficar.... se ficar vou te comer forte. - eu não sabia se eu ria, corria, ou deitava no tapete e abria as pernas.
Ele ia me foder forte se eu ficasse, mas mais ainda se eu corresse.
Corri pela casa em dúvida... aonde eu deveria me esconder?
Nenhum lugar parecia difícil o suficiente mas escolhi dentro da banheira na nossa suíte. Não demorou muito para ouvir os passos dele pela casa, parece que Vogrincic fazia questão de pisar forte para tentar me assustar.
Só me deixava com mais tesão.
Ele abriu a porta e murmurou um:
- Te peguei.
Puxou minha mão e fiquei de pé a sua frente, não por muito tempo pois ele me levantou contra seu ombro e fiquei erguida tipo um saco de batatas. Ele não foi bobo e deu um tapa na minha bunda.
- Aí! - esbravejei enquanto era levada e então arremeçada na cama.
Ele estava puto mesmo, sempre que me dava um tapa no bumbum ele esfregava logo depois para não doer, nem isso ele fez.
O barulho do cinto dele sendo desafivelado me fez arrepiar com o silêncio.
- Isso aqui vai no seu pescoço - falou já ajeitando o acessório de couro preto em mim - Quer ficar em silêncio? Vou te ajudar com isso. De joelhos. Agora você me escuta certinho, a partir de agora você não é minha namorada, não é minha boa garota, é isso que acontece com minha vadia. Com meninas más.
Eu queria rir e me deliciar com o que ele falou, mas queria também ver até onde ele iria com essa.
Enzo puxou o zíper e tirou o pau pra fora da cueca. Grande, duro e latejando só pra mim.
- Agora, nena, você vai ficar aí de joelhos, me olhar com esses olhos de putinha safada arrependida e vai me chupar gostoso como sempre faz. E se toca também, quero molhada pra mim. Consegue?
E eu obedeci.
Peguei o pau em uma mão e me masturbava com a outra, me permiti dar beijinhos, lamber, chupar a cabeça e depois de um certo preparo enfiei tudo na garganta, tudo isso olhando pra ele. Vogrincic gemia e sabia que estava se segurando forte para não me arremeçar naquela cama e me foder.
Não demorou muito para ele mesmo começar a foder minha garganta como fazia com a boceta.
Eu engasguei algumas vezes e ele limpou cada uma das lágrimas que acabaram escorrendo no processo.
- Agora deita na cama de pernas bem abertas - demorou uns segundos para entender o que era pra fazer e conseguir, infelizmente, respirar. Pela pequena demora, Enzo deu dois tapinhas no meu rosto - Vai, putinha burra, pra cama.
E como vinha fazendo desde então, obedeci. Eu estava muito, muito excitada. Ele estava feroz.
Não deu dois segundos que encostei no colchão, Vogrincic se ajoelhou próximo e caiu de boca em mim, chupando, lambendo e metendo dois dedos na minha boceta molhada.
Escorreguei as mãos até chegar em seu cabelos moreno e cachos macios.
- Enzo...
- Agora quer falar né?! Tá proibida!
- Enzo...
- Shhh - deu três tapinhas ali em baixo que me fizeram contorcer de tesão - Que garotinha má, nena. Não sabe obedecer seu dono.
E ele seguiu seus trabalhos me deixando a beira da loucura, o sons que meu corpo fazia era de outro mundo.
Era sempre assim quando ele me fodia, com a boca, com a mão e com o pau.
Quando Enzo sentiu que eu estava molhada o suficiente, puxou minhas pernas fazendo com que eu estivesse na beirada da cama.
Observei ele masturbando seu pau me olhando.
Ele alcançou a ponta do cinto enrolado no meu pescoço e apenas segurou.
- Queria tanto te foder olhando para esse seu rostinho, mas aí não vou poder usar isso aqui - puxou o cinto um pouco forte e gemi - De quatro.
Eu, bem safada que só, fiquei de quatro na ponta da cama, empinando bem a bunda na esperança dele me foder logo.
Ele brincou, me torturou um pouco, guiou seu pau até minha entrada mas sem meter, só passando pra cima e pra baixo, fazendo com que meu corpo todo tremilicasse pela ansiedade.
Eu queria gritar "ME FODE LOGO, PORRA". Mas isso só estragaria tudo e ele demoraria mais.
Eu senti a cabeça vermelha e melada entrando mas então... A PORRA DA CAMPAINHA.
- Viu só, nena. O delivery já chegou.
Ele se afastou, subiu a calça e eu fiquei confusa.
- Amor, o qu- ele me cortou dando um tapa na bunda.
- Eu vou lá pegar a nossa janta e você vai manter essa bocetinha molhada pra mim, certo? - eu só assenti.
Ouvi ele andando pelo corredor até chegar a porta de entrada, destrancou e cumprimentou o entregador com o carisma impecável, como se não estivesse puto a meia hora atrás.
- Poxa, amigo, obrigado! - ele falou - Consegue esperar um pouquinho? Vou procurar a carteira pra te dar uma gorjeta.
Mais passos pesados e ele entrou no quarto, sabia que ele não tinha fechado a porta da entrada então o cara deveria estar lá.
Ele se aproximou.
- Enzo? O quê tá- ele me deu mais um tapa na bunda e se ajoelhou à altura. E voltou a chupar minha boceta enquanto metia dois dedos. - Enzo, ele ta esperando!!!
Ele riu sacana e lambeu toda extensão até ficar de pé novamente, alcançou a carteira no móvel ao lado da cama e saiu.
Ouvi o rapaz agradecendo o dinheiro e então a porta sendo trancada, YEY! Ele voltou mais rápido que nunca, abaixou a calça de novo e meteu.
Sabia que ele não ia aguentar muito, nem eu.
Gememos assim que tudo entrou.
Porra, aquele pau grosso era gostoso demais.
E sabia que ele amava minha boceta também.
Ele alcançou o cinto caido em minhas costas e puxou pra trás, fazendo com que eu esticasse meu pescoço.
Ele metia forte e somado aquela pressão gostosa no pescoço que me impedia de respirar plenamente, gozei.
Ele veio logo atrás, gemendo meu nome.
- Boa garota - falou por fim, me esticando tanto para trás que teve acesso aos meus lábios. Finalizou com um selinho.
...
Ele me deu um banho rápido, estávamos os dois cansados depois de tudo.
Eu estava no colo dele, de lado, com as costas apoiadas na borda, em cima do sofá da sala, deitada com a cabeça em seu peito.
Tinha uma caixonada de comida asiática no meu colo, sobre uma almofada.
- Abre a boca - disse fofo, diferente de instantes atrás. O mais velho colocou uma garfada de Yakissoba na minha boca e eu aceitei sorrindo. Ele beijou minha testa e comeu uma garfada também. - Eu te amo, nena.
- Te amo - respondi sorrindo e terminando de mastigar.
"Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come", se Enzo Vogrincic for o bicho, por mim, qualquer opção é válida.
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Lembro-me da primeira vez que te beijei; foi em um sonho. Você usava um vestidinho rodado, laranja, com flores delicadas. Seus cabelos estavam soltos, como se celebrassem a liberdade, e seus olhos me encaravam intensamente. Estávamos apenas nós dois, em uma daquelas noites mágicas do lado oposto do Nordeste, onde a lua é a segunda coisa mais bonita do ambiente — a primeira, sem dúvidas, é você. Após o beijo, você repousou a cabeça em meu peito, tranquila como um soldado que retorna de muitas batalhas ou uma criança cansada de brincar lá fora. Minhas mãos, trêmulas ao redor da sua cintura, pareciam enraizar-se em você, e era possível sentir seu coração batendo forte, ecoando o meu. Desejei afundar entre os travesseiros, com seu corpo colado ao meu. Ainda guardo na memória seu rosto naquela noite, iluminado por um único feixe de luz que destacava a silhueta perfeita, como um quadro que nunca foi pintado, por ser precioso e íntimo demais. Senti-me como Deus ao criar as planícies da Chapada dos Guimarães ou as cachoeiras de Santa Bárbara. E, pensando nisso, percebo que a eternidade não se compara a uma noite inteira a sós com você.
A.s
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LA VIDA TOMBOLA
Agustin Pardella x Reader! Pernambucana
Smut y fluff - sexo sem proteção [JAMAIS!!!], marijuanaaaaaa, Matias Recalque passando vergonha, Agustin extremamente emocionado, loba torcedora do Sport😍😍, referência a copa do mundo de 1986/Maradona.
N.A - Tava escrevendo esse a uns dias e aí eu TRAVEI e só consegui terminar hoje😰😰. Ficou titico 🤏🤏 mas achei gostosinho de ler pq tô xonadinha no nosso Homem com H maiúsculo😍😍. Viva os emocionados ‼️‼️ LEIAM OUVINDO ESSE HINO DO MANU CHAO!!
– "Puta pastelzão que 'cê bolou hein gringo. 'Tá podendo."– As palavras repentinas da mulher fizeram todos rirem alto. Ela ainda admirava o enorme baseado em suas mãos que Agustin tinha bolado. A canga de São Jorge debaixo dela chamava atenção do argentino com as cores fortes. – "Gostou? Comprei no camelô ali na esquina."– Ela disse sem rodeios, o sotaque pernambucano forte em cada uma das palavras dela. A viagem de Agustin e Matias pelo Brasil estava rendendo altos momentos para eles, principalmente quando encontraram a moça fumando um sozinha na praia e perguntaram se podiam fazer companhia e agora estavam a mais de cinco dias rodando Pernambuco com ela. Descobriram que ela tinha nascido em Pernambuco, a mãe era carioca mas era apaixonada pela cidade calorosa de Recife, fumava como uma chaminé, era a maior boca de sacola do mundo [palavras de Matias, vulgo o segundo maior boca de sacola do mundo], torcedora roxa do Sport e tinha uma vira latinha marrom que sempre estava com ela. Na cena que estavam, agustin não podia deixar de olhar para ela com os olhinhos quase fechados e vermelhos. A mulher estava sentada com o tronco inclinado para trás e apoiava o peso nos braço, o biquíni laranja contrastava com o tom de pele bronzeada em marrom claro da mulher, a curvinha da barriga dela fazia a boca de Pardella salivar, os cachos morenos e rebeldes adornavam seu rosto e a medalha de São Jorge em dourado pendurada sobre seu colo reluzia com a luz falsa da lua.
– "Trabalha com o que, chica?"– Matias pergunta logo após passar o baseado para Agustin e pegar a cuia de mate que estava com a morena.
– "Cozinha. Mas não aqui no Brasil."– A mulher estica a mão para Pardella, pedindo silenciosamente o baseado. Os argentinos olhavam para ela pedindo de forma não verbal para que ela dissesse mais. Ela deu um trago e então voltou a falar. – "Aramburu, fica em Buenos Aires, 'cês devem conhecer. Sou chefe renomada viu?"– Matias balançou os ombros enquanto sugava a bebida quente da cuia.
– "Sabe fazer ovo pochete?"– Recalt perguntou com a cara totalmente séria, talvez até um pouco exibido com a emoção de usar aquelas palavras pela primeira vez enquanto olhava para a morena.
– "POCHÉ, MATIAS!"– Agustin disse em um grito e ele e a mulher gargalhavam alto enquanto Matias apenas os encarava totalmente constrangido.
– "Qual foi? Teve graça não seus pau no cu. Nunca erraram o nome de alguma coisa?"– Completamente indignado enquanto os outros dois tentavam se recuperar da crise de risos violenta que tiveram.
— Ficaram lá por mais algumas horas, mas Matias foi embora junto com a cuia e a garrafa térmica assim que o sono começou a perturbar seu cérebro. Pardella e a pernambucana dividiam a companhia um do outro enquanto admiravam o cantinho do sol dando as caras.
– "Vem!! Rápido."– Agustin agarrou a mochila bege com uma mão e a mão da mulher com a outra. O grito surpreso da morena fez ele rir enquanto corria com ela em direção a moto dele depois dela puxar a canga do chão rapidamente. – "Sobe."– Ele disse assim que sentou na parte da frente da moto, dando tapinhas na parte de trás para que ela pudesse sentar ali. Assim que ele sentiu o corpo dela se colando com suas costas ele se arrepiou, ligou a moto e deu partida para a estrada em que a visão do nascer do sol era totalmente visível. Os olhos da morena brilhavam com a vista do céu alaranjado e reluzente. Os braços dela agarraram o tronco de Agustin com mais força enquanto ele pilotava sem nenhum rumo, apenas querendo que a mulher tivesse a melhor vista possível.
– "É lindo pra cacete!!"– As palavras saíram alto da boca dela para que agustin pudesse ouvir. O sorriso que ele deixou não passou despercebido por ela, o retrovisor levemente sujo entregou o argentino.
— Agustin seguiu um caminho perdido por uns vinte minutos até eles decidirem que era hora de voltar para a pousada, mas não sem antes passar em um posto de gasolina local para comprar uma carteira de cigarros. Assim que desceram da moto na pousada agustin sequer cogitou ir para seu próprio quarto e seguiu a pernambucana cegamente. Entraram no quarto aos beijos, pegação digna de filme, mãos por todos os corpos, não deixando uma única parte passar despercebida.
– "'cê é tão linda, morena."– agustin disse enquanto a porta se fechava atrás deles e os dois seguiam caminho até caírem tolamente na cama do quarto dela. As bochechas dela estavam rosadas, os pezinhos cheios dos grãos de areia da praia, os olhos ainda vermelhos, o argentino estava completamente em êxtase com a forma como a mulher se parecia debaixo dele. Os dedos ligeiros puxaram as cordinhas da parte de cima do biquíni laranja da mulher, a sensação das almofadas dos dedos fazendo cócegas nela, o que tirou risos bobos da mesma. Agustin sorria observando as reações carismáticas dela enquanto puxava o biquíni para fora do corpo da mulher e expondo os seios dourados para ele, os biquinhos duros chamavam ele como anjos e então foi rápido até ele levar os lábios até um dos seios dela e massagear o outro com a enorme mão dele. Ela gemia com o toque do argentino, tentando se acostumar com a diferença de temperatura da mão gelada para a língua quente dele. As mãos dela já estavam agitadas e correram para puxar a calcinha do biquíni pelas pernas, a movimentação fazendo agustin rir abafado contra seu seio esquerdo. As coxas dela se enrolaram no tronco de Agustin e, com um pouco de esforço, inverteu suas posições para que ela estivesse montada no colo dele, as mãos correram para o bolso na bermuda que o argentino usava e de la tirou o baseado bolado e o isqueiro que Agustin se orgulhava tanto de ter. – "Vai fumar enquanto senta em mim, morena?"– A mulher riu enquanto levava o baseado até os lábios e o acendia logo em seguida, soprando o excesso de fumaça no ar. O isqueiro foi jogado sobre a cama e logo as mãozinhas ágeis foram a barrinha da bermuda de Agustin e puxaram para baixo até que o pau vazando saltou para fora, fazendo o argentino gemer baixo. A mão direita se enrolou na circunferência pesada e massageava lentamente, o polegar esfregando a cabecinha suavemente enquanto a palma da mão macia tocava a extensão longa e grossa. Pardella só podia gemer enquanto olhava com os olhos brilhando para a mulher, sentindo cada bendito átomo de seu corpo, se corroendo por mais. Agustin respirou fundo quando observou a mulher segurando o baseado entre os dedos de uma mão enquanto levantava o quadril e encaixava a ereção dele na entradinha apertada dela com a outra mão, gemendo alto junto da moça quando estava inteiramente enterrado dentro dela. O cigarro logo foi colocado entre os lábios dela novamente e então sua movimentação erótica começou.
Era hipnotizante a forma como os seios dela se moviam, a fumaça que ocasionalmente escapava da boca dela, as coxas douradas brilhavam nos olhos de Agustin enquanto as mãos dele apertavam a pele úmida com força, quase como se quisesse ter certeza de que ela era real. Porra, ele tava completamente apaixonado na brasileira, se sentia como Maradona na final da copa do mundo de 1986. Não tinha la mano de dios, mas estava com elas sobre seu peito. Observava atentamente como uma das mãos dela segurou o baseado e levou até os lábios dele enquanto ela sorria entre seus gemidos. – "Porra, 'tô com el mundo sobre mi." – As palavras saíram junto com a fumaça enquanto ele encarava a mulher sem filtro algum, perdido nas ondas castanhas do cabelo dela, nos lábios entre abertos, olhos escuros, pele avermelhada e brilhante. O cigarro logou sumiu em cinzas mas os dois estavam perdidos demais entre si para notar. Os joelhos cansados dela começavam a vacilar, o que não passou despercebido por Agustin, que logo agarrou as coxas da mulher e girou os corpos no colchão macio, não demorando para começar a se empurrar para dentro dela.
Estava completamente encantado com cada reação da pernambucana, segurava a cintura com uma mão e a outra apoiava no colchão para que seu peso não fosse totalmente colocado sobre a brasileira. A cama rangia com a força que Agustin se enterrava na mulher, ele ignorava, preferiu focar somente nos sons lindos que fugiam da boca dela. Os braços dela abraçaram o tronco dele, a pele coberta de desenhos e suada já estava ficando avermelhada com o calor do corpo. – "'cê vai me matar, morena."– Ela só podia rir, gemendo alto logo depois. O pau dele tocava todos os melhores pontos dentro dela, esticava o buraquinho apertado e a mulher tinha certeza que podia sentir ele batendo no baixo de seu estômago. Os lábios do argentino começaram a deixar marcas arroxeadas na pele do pescoço dela, fazendo sua arte abstrata até o meio dos seios dela. A vida era uma loteria e, naquele momento, Agustin tinha certeza que tinha conseguido seu bilhete premiado.
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| Vícios e Virtudes Lee Haechan
haechan x reader; donghyuck meio vibe skatista vagabundo. tem palavrao, erros de digitacao, mencao de leve a drogas e mais de 1k de palavra (provavel q tenha pt2
O laranja do céu beijava o cenário. O quentinho do sol ia embora aos poucos deixando apenas o fervilhar da euforia dos grupinhos de jovens e adolescentes que se encontravam na pracinha do bairro.
E você, como todas as tardes de sábado — quando tinha oportunidade —, estava lá. Radiante e sorridente.
Ah, se você soubesse como seu sorriso mexia com Lee Donghyuck, o garotinho problema da vizinhança, você pararia de sorrir na hora. Ou talvez não. Depende se você curte brincar com fogo.
Para falar a verdade, você e Donghyuck tinham mais química do que você gostaria de ter. A troca de olhares distantes, a maneira folgada de se aproximar da sua rodinha de conversa entre amigos — amigos quais dividia com ele —, aquele jeitinho galanteador que só ele sabe ter... Ah, se Mendeleev visse a tensão sexual entre vocês, ele teria de estudar e reinventar seu conhecimento sobre química todo do zero.
A leveza que a amizade de vocês fluía era de enlouquecer a cabeça.
Haechan, como os amigos o apelidaram, era todo revoltadinho. Usava e abusava de palavras chulas, trejeitos e sinais rudes e vivia se metendo em problemas, vezes por pichar muros com frases motivacionais que roubava no instagram, vezes por invadir construções da prefeitura para fumar e "encher o cu de cachaça". Segundo ele, era a maneira dele de se aventurar e aproveitar a juventude. Totalmente contrária do garoto maluco, preferia aproveitar a mocidade colecionando pores do sol, conversas e fofocas. Além, claro, de paqueras e sorrisos.
— Ei, princesa. 'Tá livre hoje? — Donghyuck se apoia na ponta do skate, encarando você.
Revirou os olhos como o de costume.
— Já te falei que eu não curto dar rolê de madrugada, bobão.
— Afe... Você é muito chata, boneca... — tombou a cabeça para trás, resmugão — Quando a gente vai poder ter a oportunidade de curtir que nem adoidado? Menina, você tem quase 20 anos. Tem que curtir a vida! — lhe cutucou o ombro, totalmente indignado.
— Ai, seu chato! — massageou a área que levou o cutucão forte e gratuito — Diferente de você, eu curto a vida de uma maneira mais light. Não preciso me embebedar ou me drogar 'pra curtir e ser feliz.
— É essa a imagem que tem de mim? De um cara que vive se drogando e causando problemas? — ele pergunta, com um tom amargo de chateação bem de leve.
— E não é essa imagem de rebeldia que você curte mostrar 'pros outros?
Donghyuck olha nos seus olhos e suspira pesado, desviando o olhar para longe.
— Porra... — solta uma risada irônica, empurrando a língua contra a bochecha; indignado — Valeu mesmo. — te encara mais uma vez e, com raiva e o skate surrado na mão, volta para a pista.
— Ei! — chama por ele, que apenas ignora — Haechan!
E assim postergou Donghyuck de sua presença. Sendo engolido pelas sombras das nuvens e o frio noite, presenciando a tardezinha dar adeus aos poucos.
E dando lugar para novos sentimentos.
Se ficou na espera do rapaz voltar e lhe receber com um sorriso quentinho, muito se enganou. Estranhamente, o Lee se manteve distante por muito tempo. E, quando digo muito tempo, estou falando de exatos sete dias onde sua presença foi totalmente ignorada.
E lá estava mais uma vez, colecionando outro sábado na praça. Mas este dia em específico parecia uma peça fora do quebra-cabeça. As coisas soavam diferentes, o sol parecia frio em suas cores, o céu não estava vibrante e os sorrisos e conversas soltas pareciam melodias fora do tom.
Na verdade, se sentiu assim a semana inteira. Sentiu saudade do olhar agridoce, da risada suave. Sentiu saudade dos olhos tímidos e envergonhados quando você notava ele errando alguma manobra. Sentiu saudade do calor que emanava suas bochechas quando os braços do moreno se apoiava em seus ombros.
E por sentir tanto, se viu depois do grande encontro pulando a janela de seu quarto às onze horas. Se viu correndo por debaixo da luz da lua até o último quarteirão da rua principal, onde no final da estrada estava a construção abandonada que era sempre o ponto de encontro de Donghyuck e seus amigos.
Se viu parar de caminhar, perguntar ofegante para Mark onde estava Donghyuck e, com a resposta do canadense, se pôs a correr em direção a casa do coreano.
Como um clichê paralelo, lá estava você. Jogando pedrinhas no segundo andar da casa dos Lee, esperando alguma resposta do rapaz.
— Ei! Quem é o infeliz que tá jogando pedra aqui, caralho?! — gritou o pai do moreno, abrindo a janela com força.
Sorte sua que conseguiu se esconder no arbusto antes de ser notada.
— Que foi, pai? — da janela esquerda saiu o Lee mais novo, coçando os olhinhos e com o cabelo bagunçado.
— Tem algum filho da puta tacando pedra aqui. — respondeu o homem totalmente amargurado — Volta a dormir, filhão. — ele fecha a janela novamente.
Assim que o pai sai fora da cena, Donghyuck desliza o olhar pelo pátio, que coincidentemente paira sobre sua presença, fazendo você ser notada pelo garoto rebelde — que estava estranhamente atraente naquela noite.
Ele arregala os olhos e logo após franze o cenho, gesticulando com a boca um "Que porra você 'tá fazendo aqui, sua maluca?".
— Vim me desculpar... — disse num sussurro após se aproximar da parede da casa e falar "perto" da janela dele.
— Quê?
Você rola os olhos, puxa o celular do bolso e envia uma mensagem para ele.
minha boneca ❣️
eu vim me desculpar seu cagao
Olhou para o rapaz na janela que pegou o celular na mão para respondê-la.
donghyuck 103 b
mds sua cabeçyda estranha
isso eh horario pra aprecer na casa dos outros? ainda mais sozinha
porra nao tem medo do perigo nn? o bairro eh tranquilo mas n qr dizer q n existe gente ruim princesa
minha boneca ❣️
deixa de papo furado homi
desce aqui p nois conversa pfvr :(
ta frio
donghyuck 103 b
ta bom chata
perai entao que eu ja vou
Da janela você viu Donghyuck sair correndo, colocando uma calça todo desengolçado e vestindo o moletom que ele sempre usava. Desceu as escadas da casa correndo, aparecendo na frente dela ofegante e procurando por você. Te avistou e foi ao seu encontro e afobado lhe disse:
— Vem comigo. — te puxou pelo pulso e levou seu corpo junto do dele para outro lugar que não fosse perto da janela dos pais e de sua casa.
Andaram por uns 60 segundos até chegarem num banquinho perto da rua principal. Ficaram os dois parados de frente para o banco, de pé.
— Ta vamos logo com isso... — virou para você, apertando as têmporas estressado — O que cê teve na cabeça pra vim até minha casa, tacar pedra na janela dos meus pais e ainda me fazer sair do quentinho do meu quarto só pra conversar contigo?
— Eu tive remorso, ta legal? — disse direta — Eu fiquei mó mal porque tu se distanciou de mim... Sei que é exagero da minha parte, porque foi só sete dias, nada demais. Mas mesmo assim eu fiquei triste. — mordeu os lábios, pensando por um momento e logo após olhando novamente para os olhos amendoados do moreno — Porra, Hyuck... Eu só queria te pedir desculpas pela baboseira que eu falei, eu pensei que tu ia levar na boa como sempre, se eu soubesse que tu ia ficar chateado e parar de falar comigo eu teria pensado melhor antes de dizer aquilo...
O Lee pisca os olhos meio atônito com a confissão. Molhou os lábios e lhe respondeu.
— Po... Eu... — suspira tentando encontrar as palavras certas — Eu que devia me desculpar. — esfregou a nuca meio incerto e envergonhado — Eu não queria ter feito esse drama todo. Porra, eu sei que foi algo bobo e tal, mas me machucou, sabe? Eu... Eu não queria que você tivesse essa imagem ruim de mim. — coçou nariz e desviou o olhar para a estrada — Sei que eu sou todo errado, que eu curto coisas que 'cê não curte. Que eu faço coisas que 'cê não curte... Eu 'tô tentando melhorar esse lado meu, tentando ser alguém diferente. — voltou a te olhar, dessa vez carregando uma mágoa e uma tristeza estranha nas pupilas — Dói demais saber que eu te curto tanto e você não gosta de mim da mesma forma por erros meus...
— Como assim eu não gosto de você? Por que você acha isso?
— Cara, toda vez que eu te convido pra algo você me rejeita... Semana passada te convidei pra um rolê bacana e você me dispensou sem nem pensar...
— Donghyuck, você literalmente me convidou pra um dos seus rolês com os meninos mesmo sabendo que eu não vou nesses tipos de encontros. — levantou as sobrancelhas, dizendo o óbvio — Se você real quisesse sair comigo, tinha me convidado para dar uma voltinha, sentar na areia da praia e fazer um piquenique. Uns treco brega desse tipo.
— Po, gatinha... Agora tu me fez parecer um idiota.
— É porque você é idiota, Donghyuck.
— Porra...
Você ri.
Ah, maldito sorriso bonito. Pensou ele.
O rapaz não aguenta por muito tempo a carranca, sorri de leve para você. Totalmente derretido, porque ele sabia que mesmo no escuro sua risada estranha ainda brilhava para ele. Amava quando você estava assim, alegre. Amava quando você ria para ele e somente para ele.
— Do que você 'tá rindo, estranha? — tomba a cabeça para o lado, balançando fraquinho seu braço que ele ainda segurava.
— De você.
— Por eu ser um idiota?
— Não. — negou com a cabeça ainda sorrindo largo.
— Por que então?
— Porque você consegue ser tão bobo que é adorável. — confessa, vendo os olhinhos brilharem e as bochechas ficando vermelhinhas.
— Cala a boca...
E você ri mais uma vez.
#nct#nct imagines#nct scenarios#lee donghyuck#imagine haechan#haechan#nct fanfic#nct pt br#nct br au
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coisas óbvias sobre o amor — elayne baeta.
segundo livro da duologia laranja-forte.
headers para twitter e/ou bluesky.
(cores das duas bandeiras lésbica: sunset e labrys).
#elayne baeta#o amor não é óbvio#coisas óbvias sobre o amor#laranja forte#livros#headers#literatura nacional#romance lésbico#íris pêssego#édra norr#são patrique#bookstan#significado
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──── ⠀ 𝖺𝗇𝖽 𝗇𝗈𝗐 𝗍𝗁𝖾𝗋𝖾 𝗈𝗇𝗅𝗒 𝘢𝘴𝘩𝘦𝘴 𝗈𝖿 𝗍𝗁𝖾 𝖽𝗋𝖾𝖺𝗆𝗌 𝗍𝗁𝖾𝗒 𝙗𝙪𝙧𝙣𝙚𝙙. . ✶⠀ ᵗ ᵃ ˢ ᵏ
⠀⠀⠀𑁪ㅤׅㅤ۫ 𝗍 𝗁 𝖾 𝖿 𝗂 𝗋 𝖾
A ilha repousava em uma quietude quase sagrada, com ondas sutis formando-se na costa e o reflexo do luar enfeitando o corpo d'agua com prata. Apesar do sono, costumava acompanhar Maresia algumas noites para observar seus cochilos, hábito de quando era apequenado. Antes, o dragão enrolava a cauda em seu braço e torcia o pescoço para aninhar-se na curva de seu ombro, mas pelo tamanho absurdo, agora limitava-se a aninhar-se no chão, com Aeolian repousada sobre a tez escamosa. Para distrair os olhos cansados e pesados, ela manteve-se atirando pedrinhas, observando-as quicar algumas vezes e afundarem.
Do lado oposto, cresciam labaredas, nascidas de origem desconhecida mas famintas como feras, devorando as paredes de pedra até engolir o que houvesse no caminho. Quando tomou a maior parte do castelo, dilacerou também a escuridão habitual com um clarão implacável, iluminando os arredores e criando matizes entrelaçadas de laranja e amarelo na água, bem à frente de Aeolian.
Com passadas erráticas e o coração disparado, lembra que seus olhos se arregalaram ao avistar a destruição. Não lembra, contudo, de quando voou com Maresia e alcançou o pátio, onde ao invés de recuar, ela acelerou, correndo contra a maré de pessoas que escapavam desesperadamente. Seu pensamento era somente um: recuperar a coroa de flores que seu irmão Ciella havia feito para ela no aniversário, a última lembrança palpável de seu tempo juntos.
Naturalmente, foi impedida por alguém, que, vendo sua loucura, a segurou com firmeza. "O que está fazendo?! Não pode entrar lá!" gritou, enquanto ela debatia-se como se cada fibra do seu ser estivesse em chamas junto com as paredes.
"Me solta! Me solta agora, ou-!" irritada, cravou os dentes sobre a carne de seu captor, preenchendo, dado momento, de sabor ferroso a língua, e carmesim partes dos lábios. Se um dia houvera lucidez em Aeolian, ali havia esvaziado-se como água.
O braseiro estralava cada vez mais forte, e o calor crescia cada vez mais insuportável, com fagulhas voando para todos os lados. A imagem das chamas resplandeceram em seus olhos raivosos, sabia, no fundo, que a coroa, tão delicada, já devia ter sido reduzida a cinzas, com as chamas levando consigo não apenas o edifício, mas as últimas recordações de seu irmão. O que restava, então? Apenas o vazio crescente em seu peito. Por fim, cedeu à força.
Fogo devorou tudo, e os dragões dançaram em fuga através da fumaça.
Quando o sol despontou no horizonte, o que restou do Instituto eram apenas escombros fumegantes, e apesar da notícia do diretor ter gerado considerável choque, o pior haveria de vim depois — o Cálice dos Sonhos havia desaparecido. Aeolian, sempre tão segura, sentiu o par de pernas vacilarem, como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés. Mas não permitiu que o medo a tomasse por completo.
Ela caminhou até um local que julgou seguro, onde seu corpo finalmente cedeu ao peso do que vivenciara. O estômago revolveu, e ela vomitou, sentindo-se vazia, traída pelo destino. O alívio era fugaz; pois sim, seu pai, tudo que a restava da família, estava ao seu lado, mas nada poderia preencher a ausência que sentiria do Sonhār e da sua outra família que lá tanto a bem-queria; não há amor possível que possa substituir outro. Aos bocados, a ansiedade que crescia transmutou-se em tristeza, e então, em uma raiva surda.
Dias depois, a ordem do Imperador veio como um golpe final: seriam obrigados a se mudar para Ardosia. A transição, uma obrigação imposta, parecia um exílio, longe de tudo o que conhecia e amava, cada vez mais afastada do único laço que ainda a unia ao irmão, ao Sonhār, e à sua própria identidade.
⠀⠀⠀𑁪ㅤׅㅤ۫ 𝗍 𝗁 𝖾 𝗂 𝗇 𝗍 𝖾 𝗋 𝗋 𝗈 𝗀 𝖺 𝗍 𝗂 𝗈 𝗇
Em uma das salas úmidas e pouco iluminadas no subsolo de Hexwood, Aeolian sentava-se diante de uma mesa de madeira que parecia tão antiga quanto o próprio castelo. Os oficiais à sua frente tinham expressões frias e profissionais, mas não o suficiente para mascarar a tensão que pairava no ar. Com a ponta dos dedos, ajeitou os cabelos platinados, que caíram de forma elegante sobre seus ombros, e lançou um olhar lento para os homens que aguardavam suas respostas, seus olhos com cores divergentes cintilando à luz trêmula das tochas.
A primeira pergunta veio com uma formalidade quase penosa. Ela inclinou a cabeça, um sorriso irônico dançando nos lábios. Poderia mentir e alegar um estado mais neutro, evitando presunções, mas que culpa teria ela se este fosse incapaz de fazer um trabalho decente ao invés de apegar-se a primeira criatura sem papas na língua que cruzasse seu caminho? "Distante o bastante para que pudesse assistir ao espetáculo de luzes sem ser queimada viva, mas perto o suficiente para ouvir os gritos. Fascinante, não acha?" O oficial pareceu vacilar, mas manteve a postura, mirando-a agora com certa desconfiança e impaciência.
Coçando a garganta, ele prosseguiu indagando-a dos companheiros, como se fosse capaz de lembrar dos comportamentos de outrem, se sequer lembra-se o que digeriu no café de mais cedo. "Ah, claro. Todos estavam com um comportamento incrivelmente... normal. Então, sinto desapontar, mas não notei nada de espetacular." Aeolian ergueu uma sobrancelha, seu tom soando levemente condescendente, tamborilando a sequência de dedos calejados no braço da cadeira que a pertencia.
Apesar de mascarar a escassez de respeito que resguarda nada sutil em relação aos homens à frente, não pôde evitar bufar levemente quando o rumo pareceu cada vez mais desrespeitoso, e a pergunta fosse uma piada privada. "Os dragões são criaturas de instinto afiado, e sempre sabem mais do que nós. Agora, se está insinuando que um dragão foi o culpado, lamento dizer que os dragões são mais inteligentes do que isso. Se um deles estivesse por trás de algo, não restaria nem este porão para vocês me interrogarem." Como a cria de um ventre podre e qualquer ousava sujar com insinuações absurdas como essa, a reputação dos seres que evitavam a ruína deste lugar?
Sonhos? Aeolian fez uma pausa, desacredita acerca da junção de palavras que passou pelos seus ouvidos. "Senhor..." Ah, claro, com certeza, ela pensou, tive uma visão mística vinda diretamente do inferno, que previu todo o incêndio e mesmo assim permiti o único bem que restava de meu irmão virar cinzas. Cruzando as pernas, barrou quaisquer possibilidade de mais veneno derrapar da ponta da língua, retomando às rédeas, e limitou-se a dizer: "Não, não tive."
Uma risada seca, presa entre a goela e a boca fechada, induziu a atenção dos olhos do entrevistador a ela, que cruzou os braços, inclinando-se um pouco para frente, seus olhos fixos nos dele. "Acreditar que foi um acidente é conveniente, não acha? Eu, por outro lado, sou um tanto cética com tragédias que acontecem tão... oportunamente. Quem se beneficiaria? Bem, certamente não os estudantes que viram suas vidas virar cinzas."
Aeolian exalou lentamente, sua paciência começando a se esvair a cada nova questão que não parecia rumar a lugares aproveitáveis. "Quem quer que deseje desestabilizar a ordem e provocar o colapso de nossa conexão com o Sonhār. Talvez vocês já tenham uma lista de suspeitos, mas prefiram fingir que isso ainda é uma investigação neutra." Ela se levantou, o som das botas ecoando na sala. "Agora, se não se importam, tenho um dragão para cuidar. Não vou perder mais tempo respondendo perguntas que vocês já sabem as respostas." Apesar de ter sido impedida na porta pelos guardas, estando entre a cruz e a espada, o interrogador, contrariado, somente acenou com a mão, também parecendo impaciente com todo acontecido e as sessões infindáveis com os changelings, permitindo que saísse, deixando para trás apenas o som de seus passos e um rastro de irritação velada.
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O despertar súbito se repetiu. Quase familiar agora. A escuridão do quarto parecia ainda mais densa, tornando ainda mais sufocante a sensação do coração batendo descompassado, o silêncio da noite tornando sua agonia ainda mais real, quase tangível. Veronica precisou tatear no escuro até encontrar a luz de cabeceira, a ligando em busca de algum conforto. Estava acordada, mas não tinha mais certeza se isso era o suficiente para lhe afastar do temor que se lembrava sentir na inconsciência.
Os dedos afastaram os fios loiros do rosto, pareciam úmidos agora, tantas vezes encarou o mesmo transtorno nas últimas semanas, que talvez devesse se render a uma poção para ocultar o reino de Morfeu de si. Ainda que sonhos nunca fossem apenas sonhos, quando se era um semideus, dormir eles só passaram a ser um problema nos últimos meses; diferente de revisões e planejamentos do dia, prenúncios duvidosos e imprecisos tomaram o lugar. Ao menos quando não eram apenas replay das cenas de terror dos últimos meses. Por vezes, não tinha certeza se era apenas um pesadelo, ou centelhas das memórias perdidas no Lete. Lavadas de sua história.
Clarividência nunca foi uma magia da qual desejava se aproximar. Mais complexo do que vislumbrar o futuro, era decifrar as visões. Conhecera, em algum momento, o que a obscuridade das visões podiam fazer com a mente de alguém, e desde então, Veronica sequer tentou conhecer o quão longe poderia ir com essa habilidade. Por isso, nunca queria acreditar que estava tendo revelações; preferia negar-se o quanto conseguisse, que estivesse vendo mais do que uma forma do cérebro se acostumar com as bizarrices que encarava no dia a dia. Todavia, ainda que quisesse acreditar na perspectiva confortável, que os sonhos não fossem mais do que isso; ilusões, não podia se afastar completamente da ideia. Menos ainda quando retornava e seus sentidos ainda estavam tomados pelo que sentia nos episódios.
A primeira visão foi a que fez Vee saber que tinha algo errado, foram os olhos azuis que via na escuridão. Era impossível reconhecer mais que isso, a névoa distorcendo a aparência de seu portador ao ponto de que ao acordar, apenas os olhos celestes expressivos estavam gravados em sua memória. Irreconhecíveis, porém, hipnóticos; parecia que ainda podia os ver quando fechava os olhos. Observada, seguida… atormentada.
E depois do primeiro sonho, Veronica apertou as mãos em frente ao peito e orou por proteção e orientação de sua senhora. Sabia que Hera não lhe respondia desde o chamado de Dionísio, mas não havia sequer um dia que não tentasse algum contato. O peito se apertando num sentimento de preocupação ao não ter nenhuma resposta. Exatamente como o esperado.
Com o passar das noites, os sonhos se tornaram mais vívidos, mais detalhados. Veronica se viu novamente em meio ao terror do baile, com o fogo consumindo tudo ao seu redor. Estrelas cadentes caindo sobre eles, de belo à aterrorizante em segundos. E em seguida, não era apenas o pavilhão ardendo. Não era sequer noite, mas as únicas cores que podia se recordar eram o vermelho e laranja, o calor e agonia. As chamas altas lambiam as estruturas do Acampamento Meio-Sangue, transformando a familiaridade do acampamento em um inferno trágico. Gritos de medo e dor ecoavam por toda parte, fortes o bastante para arrepiar e doer em sua cabeça. Podia reconhecer algumas vozes, mas não os encontrava. Era como correr sem rota, sem nunca conseguir alcançar e proteger seus amigos e colegas.
Incapaz.
De novo.
E então, enxergou o grimório. O maldito livro que recuperaram em missão, intacto, pousado sobre um atril bem no centro do acampamento. As chamas tomando o ambiente ao redor dele, reduzindo tudo que tocava à cinzas e destroços, mas nada além de um trepidar inconstante e uma névoa escura envolvia o grimório. Nenhum dano lhe ocorria, os outros sequer pareciam notar sua presença em meio ao desespero de se salvar e ajudar os amigos. As páginas se moveram sem intervenção, ninguém tocava o livro, não havia vento, mas as páginas parecia estar sendo lido por alguém. Talvez alguém com o mesmo dom que ela, que pudesse se esconder nas sombras, causando toda a desgraça que se estendia por todos os lados.
Tinha tons de maldição sonhar com o códex mágico envolto em tanta tragédia, e quando despertava, Veronica era tomada pelo sentimento de mau presságio e desesperança. E novamente recorria às preces para sua patrona, o suplicar vinha com todas as suas forças, toda sua fé, que se manteve de pé até ali. Um clamar do coração para que, dessa vez, não precisassem lidar com o pior cenário.
E desejava com toda sua força que não fosse uma visão final. Que não precisassem providenciar mais nenhuma mortalha.
Que não houvessem mais mortes dentro do que deveria ser o único lugar seguro para amaldiçoados pelo nascimento, como eles.
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Ao mesmo tempo em que as folhas secas do outono continuam caindo no chão, quando a estação chega no meio de sua trajetória, o poder do Sol começa a se enfraquecer com o prenúncio do inverno. Com isso, o tempo de luz e a luz dos dias se torna menor e é quando os antigos acreditavam que o véu entre mundos ficava mais fino, favorecendo o contato com os espíritos. Podem ser os espíritos de nossos antepassados queridos, mas também espíritos errantes, que acabam perdidos após a morte e ficam vagando em busca de encaminhamento. Por isso, uma das tradições típicas de Samhain é acender velas nas janelas ou a famosa Jack O'Lantern, a abóbora que tem, dentro de si, uma lanterna. O objetivo é, com essa chama, indicar o caminho para que esses seres possam descansar.
As tradições festivas de halloween nasceram de diversas culturas pagãs, que criaram truques para conseguir trabalhar as energias necessárias durante esse período. As fantasias, por exemplo, eram uma forma de se disfarçar entre os espíritos, que ficam vagando na noite de Samhain. Hoje o halloween virou uma grande festa, mas esquecemos que ela é baseada em um festival sazonal. Com isso, não faz sentido, pelo ponto de vista da natureza e da tradição, comemoramos em outubro, no hemisfério sul, Beltane, afinal, é quando eles estão caminhando para a primavera, uma estação que traz fertilidade, abertura e muita alegria. Saber disso não proíbe ninguém de comemorar, com gostosuras e travessuras, o Halloween, obviamente, mas a bruxaria é a oportunidade de nos conectarmos com a natureza para criar a consciência de como ela influencia nossas emoções, e aprendemos com as estações.
Assim, proveitando as últimas colheitas da natureza, as antigas famílias pagãs separavam todos os tubérculos e raízes, além de vísceras e até mesmo ossos provenientes das caças, para fazer uma sopa dos mortos. Embora o nome assuste, ela não tem nada de negativo: era preparada por toda a família, que ia colocando cada ingrediente na panela enquanto entoava o nome de um ancestral que já havia morrido ou, então, o sobrenome da família. Era uma forma de trazer a força de suas raízes para este alimento que tinha como objetivo sustentar, trazer calor e suprir as necessidades do período de escassez que estava por vir. É possível fazer uma sopa de tubérculos com seus familiares enquanto falam em voz alta o sobrenome de vocês ou escutam músicas que fazem parte da tradição familiar.
O simbolismo das raízes é muito forte em Samhain, já que é quando a Deusa está em sua faceta anciã. Ou seja, como uma árvore antiga com as raízes longas e firmes abaixo dos pés. Simbolicamente, as raízes estão ligadas a nossa ancestralidade e também às pessoas que fizeram parte da nossa família e vieram antes de nós. Como em Samhain o espírito dessas pessoas se aproxima de nós para visitas, fazer um altar em homenagem aos entes que já se foram é uma forma de homenageá-los. Se não quiser fazer um altar, você pode sentar com as pessoas de casa para rever fotos antigas ou contar histórias junto à fogueira. O saudosismo serve para encher o coração de amor e boas lembranças, honrar os mortos é um privilégio, a sabedoria ancestral é gigantesca. O sangue, linhagem é passado é de extrema importância para as bruxas.
Acender velas por toda a casa ajuda a chamar a luz para o período mais escuro do ano. Podem ser laranjas, roxas, marrom ou até pretas. No entanto, a tradição de acender velas em abóboras com caretas é antiga. Com as fantasias e máscaras servindo para afastar os espíritos errantes, as lanternas permitem que eles enxerguem o caminho para casa. Os celtas entendiam que, assim como a natureza 'morria' para o inverno, o homem também poderia 'matar' velhos comportamentos para que novos surgissem e, dessa maneira, contribuir para evolução da própria alma. Para os eles, os vivos poderiam convidar seus entes queridos, já falecidos, durante o Samhain para se reunirem em torno de um belo banquete à mesa. Inclusive, eram disponibilizados assentos vazios para esses convidados, ao mesmo tempo em que eram realizados certos rituais para pacificar os espíritos e facilitar a comunicação com o outro mundo.
Hoje há pouco dessa essência celta durante a celebração do Samhain, ou como ficou conhecido popularmente, Halloween. Aproveite o dia de hoje para se reunir com aqueles que ama, ou meditar sobre eles e os antepassado, faça comidas que seus entes queridos desencarnados gostavam, escreva o que quer deixar para trás e queime em uma vela preta... Pode ser qualquer tipo de abóbora, como a moranga. Com uma faca de serra pequena e um molde com o desenho que você deseja cortar representando olhos, nariz e boca, é possível transformar o ingrediente culinário em um apetrecho para Samhain. Depois, é só colocar as velas lá dentro. Na bruxaria, nada de se perde... use a abóbora para enriquecer a sopa dos mortos. Do “dia de los muertos”, dia de finados, halloween, all hallow’s eve, esse véu que afina hoje é também chuva de proteção de todos que existiram para que você caminhe hoje, todos que buscam redenção perdidos, todos os lembrados, e os esquecidos. A bruxaria não abandona ninguém.
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Bom dia, minhas ninfas. Como estamos? Hoje o meu dia começou daquele jeito. Tomei um lax ontem que só fez efeito às seis da manhã. Foi uma noite intensa porque além de ter feito prova para a faculdade também tive que tomar algumas medicações obrigatórias. Acordei molinha-molinha, enjoada e exausta, mas estou aqui no trabalho firme e forte. Para chegar na minha empresa eu faço uma caminhada básica de 15 minutos, fumo meu cigarrinho (moro no litoral, em uma cidade pequena, então é muito tranquilo e com muito vento). Vou conversar com a minha mãe para diminuirmos ou retirarmos totalmente o açúcar do café porque eu amo demais, mas o açúcar está me incomodando. Percebi que estava tendo problemas de concentração e de raciocínio, então o café da manhã foi uma bandinha de pão carioca (fresquinho e recém saído da padaria).
Me sinto bem e limpa depois de ter colocado para fora a alimentação dos últimos dias (tava inchada demais). Pedi para a minha mãe comprar berinjela e laranja hoje e fazer um suco para eu tomar todos os dias (é OTIMO para regular o intestino e se sentir sempre leve, limpa, você vai ao banheiro de vez em quando). A única parte boa de ter tantos problemas de saúde é que ela nunca liga minhas "exigências" ao t.a. Ela acha que estou querendo me cuidar, reparar a minha alimentação e ficar fortinha... Quando na verdade eu acabo preparando um terreno perfeito para explorar meus desejos internos sem preocupá-la. Apesar de colaborar todos os meses com as compras, eu só peço para comprar algo pra mim quando percebo que vai ajudar meu corpo.
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Alma gêmea
Notas da autora: este é um conto que escrevi aos 16 anos, durante uma aula de inglês. A minha ideia na época era escrever um tipo de novela ambientada em 1980, Brasil, mas não sei o porquê parei de escrever.
A novela teria o título de Gênese Laranja, e esse seria o terceiro capítulo “Alma Gêmea”
Recomendo para quem quer uma aventura romântica bem levinha. 💕
Espero que vocês gostem 💜
O tédio a consumia na recepção de um hospital. A mãe de uma menina falava com a recepcionista, enquanto ela sentia o cheiro de éter se manifestar. As horas pareciam paradas, enquanto na televisão era anunciado: “Povo e Governo superam a sublevação”. Eram tempos difíceis, enquanto também eram tempos parados, nada mudou.
Os olhos eram inquietos de mais, e as pernas totalmente imóveis. A menina contava na sua cabeça os segundos, fazia regrinhas de três para saber quantas vezes precisava contar até 60 para dar duas horas. Muitas vezes. Na segunda contagem desistiu de esperar, pois, começou a assistir a televisão, mas era angustiante, o país que dizia-se livre de censura ainda era dominado por homens brancos, os quais eram doentes tanto quanto um assassino sádico.
Foi num instante de dispersão que sua atenção prendeu-se em duas enfermeiras conversando. Algo disse para a menina levantar-se e segui-las. Olhou para sua mãe, essa ainda estava lá falando com a recepcionista, por isso não sentiu peso quando entrou num corredor escuro a procura das enfermeiras. Era um frio naquela imensidão, poucas luzes para um hospital, além do cheiro de éter estar mais forte. A menina sentia-se pequena diante de todas as portas brancas e o chão limpo, essa sensação se acentuava com as vozes das enfermeiras a frente.
- Hoje nasceu uma menininha e um menininho!
-Ah!!! Sim, eu sei quais. Foi por volta da 8 da manhã, certo?
- Eu achei muito engraçado... eles são de famílias diferentes, mas quando estiveram no berçário juntos não estiveram chorando por nem um instante.
Ouvir aquilo desencadeou uma força interna na menina que a fez apressar seu caminhar. Mas a distância crescia junto com sua curiosidade, não importava o quanto caminhava as enfermeiras ficavam mais distantes e as vozes mais altas.
- Muito curioso esses bebês.
- Os pais são desconhecidos entre si.
- Será uma coincidência...ou coisa do destino?
A palavra “destino” reverberava pelo corredor, uma onda persistente que se aprofundava a cada batida do coração, fazendo as luzes parecerem afundar em uma penumbra crescente. A ansiedade dentro dela era feroz, um esforço inútil de controlar um touro indomável, como se cada tentativa a deixasse mais presa àquele sentimento avassalador. Mesmo tentando, as enfermeiras subiram no elevador antes que ela conseguisse entrar. Enquanto esperava o próximo, a porta finalmente se abriu – mas não para ela. Um casal saiu apressado, atravessando o mesmo piso com uma presença quase etérea, como se eles tivessem permissão de ir onde ela, por algum motivo, não podia chegar.
- Ele é a cara da mãe!
- Sim, eu acho que são os olhos.
Ao se cruzarem com a menina, se cumprimentaram por uma lição fática. Mas ela não deu atenção, pois só queria ir para qualquer lugar que não fosse a sala de espera. Quando a menina se virou para os botões dos andares uma voz muito rouca a perguntou para onde queria ir.
- Bem... eu não sei. – disse a menina para o dono da voz sem olhar para seu rosto. - Para onde você quer ir?
- Eu não sei para onde gostaria de ir. Mas preciso ir ao berçário.
A menina então procurou o dono da voz e encontrou, acima de si, pequenos olhos castanhos que a encaravam. Era um menino de cabelos castanhos, rosto magro e quadrado, salpicado por sardas. No momento em que seus olhares se cruzaram, ambos ficaram imóveis, como se o ar ao redor tivesse subitamente se tornado denso. Eram desconhecidos. Fato. Mas algo neles parecia captar uma ligação que escapava à lógica. Ele, por sua vez, estava intrigado: nunca havia se impressionado tanto com o movimento suave de mechas escuras espalhadas pelo ombro de alguém, e aquela pintinha no nariz dela parecia uma peça sutil que completava um charme inexplicável.
- Então... eu vou contigo no berçário. – a menina convidou-se.
- Certo, eu vou gostar de uma companhia para ver minha irmã.
A menina ao olhar para o menino não descartava a ideia que já haviam se visto. Enquanto o menino ao olhar para a menina não descartava a ideia que já haviam se visto. Eles desceram do elevador e andando juntos suas mãos encostavam-se a cada feixe de luz mais forte no corredor. Pararam em frente os vidros ao berçário, o qual estava praticamente vazio, estavam apenas um menininho e uma menininha.
- Então... essa é a minha irmã.
O menino sentia um profundo afeto por sua irmã, e a partir daquele momento, carregava consigo o peso de uma nova responsabilidade: protegê-la das impurezas do mundo. A menina, por sua vez, observava atentamente os nomes dos recém-nascidos. “Ada Almeida” — um nome interessante, evocando um ícone feminista. O outro bebê, “Henrique Tostes” — um nome que lhe trazia lembranças difíceis, um eco de masculinidade tóxica. Ela se aproximou do novo conhecido, percebendo a segurança em sua presença.
— Desculpa... mas eu não perguntei seu nome.
— Dante.
Um nome que soava como o de um rico clássico, pensou ela.
— E você? — ele perguntou, com um ar curioso. — Menina misteriosa?
— Cordélia.
— Personagem de Shakespeare... mas seu final é trágico.
— Eu sei. Às vezes, acho que morrerei como ela.
Dante arregalou os olhos, surpreso pela resposta inesperada de Cordélia. Havia algo na frieza melancólica dela que o puxava para mais perto, um desejo intenso de conhecer essa nova amiga cuja presença era um enigma fascinante.
- Você tem irmãs?
- Sim... duas, sou a mais nova.
Ambos começaram a rir sobre a coincidência entre a Cordélia e a personagem de Shakespeare. Embora eles fossem desconhecidos, e houvesse uma única vida para cada, era como se tivessem se conhecido antes daquilo. Dante se aproximou bem perto de Cordélia e passou seus dedos em suas mechas castanhas. Pois, aquela menina é aquele menino, e aquele menino é aquela menina. Os olhos castanhos nos olhos castanhos, mas também aquela maternidade, era como se eles estiveram lá em algum instante do universo. E se estiveram lá de fato? Num silêncio eles falaram para se aproximarem, porém Cordélia lembrou-se de sua mãe e foi correndo para o elevador mais próximo, Dante foi atrás;
- EII!! Onde eu posso te ver novamente, Cordélia?
-E eu sei? Acabei de te conhecer! O país tá um caos! Como vou saber que você não é do governo?
Aquele foi o momento mais estranho e fascinante da vida de Dante, e mesmo assim decidiu correr atrás de sua nova “amiga”:
- Por quê? Você é uma terrorista?
-Não! Mas gostaria que houvesse mais participação do povo!
-Eu também, sonho em trabalhar com política.
- Parabéns! Já tem o meu futuro voto!
Dante ria como ninguém nunca o fez rir. Cordélia nunca esteve tão confortável com ninguém. “destino” pode definir esse episódio ? Bem... a menina estava a um passo de distância e o menino estava a um passo de distância. A respiração de ambos estava em sincronia de maneira que seus pulsos pulsavam juntos, suas artérias estavam no mesmo sentido. A menina estendeu a mão e o menino com as pontas dos dedos a segurou, o choque foi tão sensível que os circuitos se ligarem. As pupilas estavam fixas, era o reflexo, era o momento, era o encontro de duas almas gêmeas.
Num instante Cordélia se distanciou e foi ao elevador. Entrou. Dante sem pensar entrou. Ambos estavam encostados na parede gelada, as mãos masculinas procuravam as mãos femininas. Num instante em que o rosto da menina deitou no ombro do menino suas palmas se uniram. A corrente sanguínea era a mesma, o sangue era o mesmo, as cores envolta os impressionaram igualmente. Um dos jovens puxou o queixo do outro, e os lábios se encostaram. O tempo não parou, o tempo não foi ao futuro, o tempo foi ao passado.
Seria a 18 anos atrás em que na mesma maternidade havia dois bebês um do lado do outro, com milésimos de diferença de vida, naquele momento destinos eram traçados naquele beijo. Dante acariciou a face de Cordélia, enquanto ela deslizava a mão nos cabelos curtos e masculinos. Aquilo era um reencontro de desconhecidos, algo planejado pelo universo. Eles sabiam, pois haviam contado um para o outro, como? “destino”.
Ao chegar na recepção, a mãe de Cordélia esperava ela sentada. Não estava com raiva, pois demoraram para resolver o era preciso. Enquanto, Dante olhava para sua “amiga”, e Cordélia olhava para seu “amigo”, ambos pensaram juntos: “Era 19 de janeiro,1962”.
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