#jerandocomj

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Quinta passada saiu o filme Tartarugas Até Lá Embaixo, filme do livro de John Green. Foi o último livro que a gente trocou figurinha! E foi Marina quem me apresentou John Green, VlogBrothers, Dear Hank and John, e toda a nerdfighteria. MUITO ME DÓI n poder compartilhar com ela. E tudo parece errado desde então. Na verdade, a Nerdfighteria e todo e qualquer conteúdo produzido por Hank e John Green tem sido meu escape semanal para tentar estar perto, pra sentir que estamos juntos, que nada mudou. Mas é só um analgésico. Tô com uma saudade que é grande demais. E toda e qualquer felicidade agora me parece um erro dos grandes.

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Gifs que o Google fotos faz ... Heehee

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principio, fim e meio

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I like the nite.

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Às vezes.

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Mande um simples sinal, e eu entenderei.

... E então, uma flor brotou na areia. Na semana seguinte ao enterro de Marina, eu procurei abrigo em qualquer coisa que me aproximasse de minha amiga. Qualquer pedaço de texto, foto, arte, mas principalmente - a música. A música, que primeiro nos uniu, que primeiro me abrigou em meus mais profundos vazios. Peguei meu violão, fui para a sala da casa de meu pai e toquei uma música, para espantar a solidão e me aproximar de Marina. Toquei St. Elsewhere, de Gnarls Barkley. Meu hino pessoal, a música onde crio novas cicatrizes, novas marcas e dores. Música que me alivia. Música também que apresentei para Marina, e que fiquei feliz ao saber que o álbum a tocou tanto quanto tocou a mim! Gnarls Barkley, essa banda que, com quem compartilhei e verdadeiramente se emocionou, entra para um clube secreto em minha mente. Marina fazia parte desse clube... Mas estou divagando. Toquei, no meio da sala vazia (e com poucos móveis, já que a mudança de meu pai é recente). A música pareceu ecoar mais profundamente, rebatendo nas paredes e voltando para mim de todos os lados. "Send a simple sign, I can understand. Then a flower grew out that sand", cantei. E, no meio daquela tarde cansada, quente, ensolarada, começou a garoar. Uma chuva fina, que de primeira, nem percebi. Na verdade, só a percebi quando olhei para a vidraça da varanda, que começou a ficar cheia de respingos. Mas o céu estava limpo, e o amarelo avermelhado ainda se fazia nos prédios a frente. Eu entendi o sinal. Entendo que você me entende. E sei que os dias bonitos não são ironias, nem as alegrias. Por isso chorei. Por Marina eu choro. Por Marina, os céus desabam, mesmo em meio ao sol. She sails elsewhere.

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A música que nos une

É. Tô com um vazio enorme, tentando preencher de toda forma. Quase nada funciona. Mas quando escuto nossas músicas, nossas trocas, nossa conversa em música, me sinto mais próximo, mais normal. E depois choro, porque a saudade tá grande demais. É tudo muito ruim, mas não poder mandar um link para receber outro, é DOLOROSO. É o que nos une. Tô com saudade, minha irmã.

https://open.spotify.com/playlist/37i9dQZF1EJFVamvANpfgZ?si=8f7941b884314c7d

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No Time Soon - Gnarls Barkley

This could be one of those days That we must go our separate ways. Scared for you to be out of my sight, Because you never know, you might.

And I carry this It's heavy. And I miss you Already

You were perfect babe.

My time will come Yours too. I'll gladly go before you.

I hope you live forever, Or maybe we can go together.

It would be perfect baby.

And I carry this, It's heavy. And I miss you Already

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TI Xambá/Cabugá

Hoje, no ônibus, vi Marina. Na verdade vi uma menina, igual a Marina. Para ser sincero, nem parecia. Mas, naquele ônibus, eu quis ver Marina.

E vi primeiro seu cabelo acastanhado, Depois vi a luz que brilhava nos cachos emaranhados, E de repente vi as cores, sua alegria, E ouvi sua risada, a energia, e o ruído do meio fone quase funcionando. E vi a farda que sobrava em seu corpo miúdo, E senti que me entendia, que me amava, E que sabia que eu a via, mesmo sem de fato vê-la.

E, em verdade, a bem da verdade, Eu senti saudade. E fingi que vi Marina.

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Te amo muito! Que saudade. Feliz aniversário. Mas sem você é só silêncio. Um dia, noutro plano, a gente se encontra minha amiga.

Marina eternamente.

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Don't forget to be awesome.

Desde que você partiu, tem algumas coisas que tenho feito, para tentar estar perto, ainda que eu saiba que é impossível. Mas voltei a escutar o Dear Hank and John, podcast que você me apresentou, e que costumávamos conversar sobre semanalmente, religiosamente.

Tenho dado boas risadas com esse podcast. E me faz pensar sempre em você. Mas também me faz pensar: Quando foi que paramos de falar dele? Quando foi que eu parei de ouvir? Você ainda ouvia? A gente se divertia tanto, conversando sobre as discussões de lá... Já mandei um email para o programa, mandando um abraço para você e perguntando sobre colonização interespacial. Nunca me responderam.

Na verdade, é mais que o Dear Hank and John: Eu tinha parado de consumir tudo quanto é Hank e John Green, e hoje procuro desesperadamente não perder nada que lançam. Em sua homenagem, em homenagem a nossa amizade. Vlogbrothers voltou com tudo para a minha timeline.

Mas sigo me perguntando, porque não conversávamos mais sobre isso? Foi a pandemia? A vida que engoliu? Eu nem sei mais. Na verdade, percebi que muito do que vinha fazendo, era automático. Meio sem noção de que a vida estava passando, sabe? Já falei algumas vezes sobre isso aqui. Estava letárgico sobre a vida.

E sua partida me fez lembrar disso. Me fez querer viver mais. Viver o que eu havia congelado, viver mais da nossa amizade também. E tem me feito um bem danano! Escutar o podcast, assistir os vídeos... É uma forma de te abraçar. De conversar contigo. Me deixa feliz. E triste também. Triste de que, tão antes, já não discutíssemos sobre eles. Sobre os temas deles... Talvez tivesse ajudado, se tivéssemos conversado.

Talvez tivesse sido mais fácil. Não sei. Sinto saudade. Estou ouvindo novamente o Antropocene reviewed, e sei que você ia amar. Voltei a ler Uma coisa absolutamente fantástica, e queria te emprestar, para ler também. Queria conversar com você sobre a parada de John Green, o câncer de Hank, a melhora dos dois. Escutar eles, lê-los, tentar participar... Me aproxima de você, e do melhor que você deixou em mim. Te amo para sempre, Marina. E te dedico esse vídeo que tanto amo, como um abraço. Como você também assinava, deixo assinado aqui, em sua memória.

Dftba.

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El Mañana.

"Lord, I'm fine..." Mas por dentro de toda alegria, um suspiro de saudade. El Mañana.

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Estive pensando bastante sobre Marina esses dias. Na verdade, por cima de qualquer alegria que eu viva, me lembro dela. Seja a casa de praia, ou o aniversário de Ary, ou... Qualquer coisa.

Karine encontrou um drive, com algumas fotos, vídeos e até que Marina colecionava dos clovinaldos. Pra mim, que sou colecionador de memória, uma alegria! Mas por dentro de toda alegria, um suspiro de saudade, tristeza.

Eu ouço um áudio, vejo algum vídeo de uma palhaçada completamente aleatória e rio. Rio muito, até a barriga doer. E depois vem aquele amargo. Aquele silêncio barulhento. Vai ser para sempre assim?

"Tudo que acontecer, será daqui para frente." É um conselho que peguei com Bon Iver e repeti algumas vezes para Marina. Ela adorava essa frase, porque Marina sempre foi uma pessoa de recomeços. Fico tentando trazer esse conselho pra mim mesmo, mas não consigo. É detestável um futuro sem Marina.

Tenho buscado refúgio nas memórias, nos nossos amigos, nos amigos dela que hoje são também meus, nas lembranças, na música. E tudo isso é bom, e me traz pra mais perto da imagem dela. Do amor dela. Dos gostos dela.

Mas não é Marina.

Enfim, estou com saudade. E espero que você esteja bem, noutro plano. Sinto sua falta em muito do que faço, então tenho tentado honrar comigo mesmo os gostos teus, e continuar o legado de alguma forma. Ontem tava tão lindo... só lembrei de você.

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Não, não é normal. E é sempre incrível estar junto de quem amo, de quem me gosta e gosto de volta. Mas não é normal não ter Marina por perto, e talvez essa cicatriz fique assim para sempre. A gente se vê por que se ama. A gente se junta, porque quer ser feliz junto, e você nos faz uma falta constante, porque você é amor. E o bom é isso: Ainda sem você aqui, te sentimos nesse amor incondicional! No que você faria, no que você diria, na música que você pediria.

Saudade todo dia. Lembranças a toda hora. Te amamos para sempre. Mas... Você sabe. Up, up and away, she goes. Now I know that I know she knows.

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Taxi driver.

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A mente e os seus diálogos

Queria anotar aqui para não perder: Ontem (19/05) comemoramos o aniversário dos taurinos/povo de Maio. Uma comemoração bem (???) no Habib's hahaha O grupo segue quebrando paradigmas. Primeiro encontro "oficial" sem Marina. Mas deu pra ver que ninguém sequer quis cogitar trazer o assunto à mesa. Foi bom. Deu para ser feliz também. E descarregar MUITOS cansaços.

E é claro, né? Sonhei com os Clovinalders. Um sonho bom. Uma continuação desse encontro, mas sem faltas; tava todo mundo lá. Tava todo mundo conversando. Tava todo mundo feliz. O que a gente não tem no aqui e agora, a mente completa, de vez em quando.

"O amor é meu, dou ele para quem eu quiser!" Clovinalders, 2024-05