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#isso que acontece quando se entra de férias da faculdade
arktoib · 2 months
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀close  your  eyes,  have  no  fear
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀the  monster's  gone,  he's  on  the  run
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀and  your  daddy's  here
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♡⠀⠀⠀penélope cruz as athena, imortal, biological mother.
♡⠀⠀⠀viggo mortensen as otto baptista, 62 years old, foster father.
♡⠀⠀⠀jennifer connelly  as aesther baptista, 59 years old, foster mother.
♡⠀⠀⠀adria arjona  as antonia baptista, 28 years old (demigod).
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apesar de atena nunca ter visto o casal baptista por mais do que algumas poucas vezes, sabia que eles cuidariam e fariam o que fosse necessário para que aquela crainça fosse cuidada como meceria de fato. não houve nenhum tipo de interação entre os três, mas talvez por serem professores universitários, ela viu a oportunidade de uma criação como sua filha merecia.
otto era um pai carinhoso e dedicado, sempre pronto para qualquer necessidade da filha. a criou bem, na medida que fora possível e sempre foi o lado mais lágico da relação deles, ensinando à antônia tudo que ele sabia - talvez tenha sido dessa interação que a paixão por história tenha surgido, antes mesmo de seu lado imortal se fazer presente.
já aesther foi a mãe que talvez todo o semideus devesse ter - compreensiva, acolhedora e acima de tudo, defendia sua filha com unhas e dentes, sem nem ao menos pensar. ela largou mão de tudo quando antonia precisou estudar em casa e nunca a viu como uma criança problema, muito pelo contrário. antonia era seu bebê milagre, de uma forma não convencional. quando ela fugiu de casa, aesther chorou por meses, achando que ela estava morta.
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imagines-1d-zayn · 4 years
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Imagine - Harry Styles.
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Oi, gente! 
Eu vi esse pedido perdido na minha caixa de entrada, e eu resolvi fazer. Eu nem sei se a pessoa que pediu ainda está por aqui, ou se ela vai ler. Mas não custa tentar, não é?! Espero que vocês gostem. Beijooos. 🙃
Pedido:  Faz um q eles namoram a distância e se esforçam pra dar certo. Bem fofo, pode ser xom o Nini ou Styles Por favor - por: @heyluna​
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- Eu estou morrendo de saudades de você. – Eu disse fazendo beicinho e o vi sorrir.
- Eu sei, linda, eu também estou com saudades.
Namorar à distância é um desafio, e pode ser muito desgastante, tanto para o relacionamento, quanto para as pessoas envolvidas. Eu não esperava que um dia isso fosse acontecer comigo, afinal eu não conhecia muitas pessoas, muito menos que morassem em outro país.
Em uma das minhas férias da faculdade, eu viajei para Nova Iorque para visitar Alice, minha amiga de infância. Ela é uma dançaria incrível, e iria fazer sua primeira apresentação com o Free Dance, o balé mais famoso do país. Claro que eu iria prestigiá-la.
E foi quando eu o conheci.
Harry Styles era um dos famosos que estavam na plateia. Nos sentamos lado a lado, e acabamos conversando por alguns instantes. Depois da apresentação, fomos para a casa do coreógrafo. E Harry estava lá. Conversamos quase que o tempo todo, e no final da noite ele me beijou. Passei boa parte das minhas férias me encontrando com ele, e começamos a nos envolver. Nos víamos com frequência, principalmente porque ele sempre vem para Chicago.
Nós dois estávamos dispostos a fazer isso dar certo. Preferimos lidar com a distância e o fuso horário, do que ficarmos separados. E está dando certo, até o momento, pelo menos.
- Como estão as aulas? – Ele perguntou logo depois de tomar um gole do seu chá, que eu sabia que era de erva-doce.
- Cansativas. – Suspirei. – Não vejo a hora de acabar. – Ele concorda com a cabeça.
- Eu imagino. Mas logo vai acabar, faltam menos de dois meses.
- O que significa que faltam menos de dois menos para eu ver você. – Ele sorri.
- Eu estou contando os minutos.
Sinto meu coração bater quentinho no meu peito. Eu estava contando os segundos para ver ele, para poder abraçar e beijar ele.
- Eu vi você no programa da Ellen hoje cedo. Você estava lindo, e eu gostei da sua participação. – Ele sorri mostrando as covinhas que eu tanto amo.
- Você gostou mesmo?
- É claro que sim. O quadro com o entregador de pizza foi muito engraçado, eu ri bastante. – Ele ri fraquinho, provavelmente motivado pela minha empolgação.
- Foi divertido fazer. – Ele coça os olhos e eu confiro a hora no meu computador.
- Ei, vai dormir. Já passa da meia noite ai em Londres, e você tem que descansar um pouco. – Ele nega com a cabeça.
- Eu prometi que ficaria com você até você terminar seu trabalho. É o que eu faria se estivesse ai do seu lado, pelo menos. – Sorrio para ele.
- Mas se você estivesse aqui seriam 6 horas da tarde, e não meia noite. – Ele levanta os ombros e boceja.
- Eu sei, mas eu queria ficar com você. Eu amo ver você concentrada, estudando. – Sorrio tímida.
- É sério, vai dormir. Você está trabalhando bastante, e tem que aproveitar esses momentos de paz para descansar. Eu vou ficar bem sozinha. – Rio fraco.
- Tudo bem, eu vou. Amanhã cedo eu tenho que ir para a gravadora, mas eu te ligo no horário do seu almoço.
- Combinado! – Ele se ajeita na cama. – Boa noite, durma bem, e sonhe comigo.
- Eu sempre sonho você. – Ele sorri e eu faço o mesmo. – Não fique acordada até tarde.
- Eu prometo! – Ele concorda com a cabeça.
- Boa noite, durma bem. Eu te amo.
- Eu também te amo.
Encerramos a chamada de vídeo e eu volto a focar no trabalho que eu tinha que finalizar. Eu consegui fazer muito mais rápido do eu previa, e pela primeira vez em meses eu consegui dormir antes das 23h.
Quando meu despertador tocou, eu sentia que eu tinha descansado o suficiente e me sentia disposta. Assim que peguei meu celular, uma mensagem do Harry apareceu na tela:
“Desculpa não ter aguentado ficar acordado ontem. Espero que tenha conseguido terminar seu trabalho. Depois, me conta como foi sua apresentação. Tenha um bom dia. Te amo, H.”.
O respondo rapidamente, e corro para me arrumar. Tomo café e caminho devagar pelas duas quadras que era a distância entre minha casa e o campus.
Assim que minha aula acaba, mando uma mensagem para o Harry contando que minha apresentação tinha sido boa e que aparentemente o professor tinha gostado. Caminho junto com as minhas colegas de turma, Jess e Ella, até um restaurante de comida italiana que fica na mesma quadra do campus.
Meu telefone toca, e o nome e uma foto do Harry brilham na tela. Eu amava aquela foto, e tinha tirado da última vez que nos vimos.
- Alô?
- Quer dizer que minha namorada é uma nerd? – Solto uma risada baixa. – Gabaritou mais um trabalho? – Eu sabia que ele estava sorrindo.
- Eu não disse que tirei dez, apenas que o professor pareceu ter gostado. – Levanto os ombros.
- Eu tenho certeza que ele gostou. Não tem como não gostar de alguma coisa que você faça.
- Você é suspeito para falar isso. – Ele ri.
- É, eu sou. – Escuto ele fechar alguma porta. Provavelmente estava chegando da gravadora agora. – Você não foi dormir muito tarde, foi?
- Eu fui dormir antes das onze horas. – Ele fica em silêncio do outro lado da linha. – Harry?
- Eu estava conferindo se liguei para a pessoa certa. Minha namorada nunca dorme antes das 2 horas da manhã quando tem um trabalho para fazer. – Rio.
- É que eu consegui terminar o trabalho bem rápido, foi bem mais fácil do que pensei que seria. Então, aproveitei para descansar. Eu estou completamente disposta hoje, e até um pouco elétrica. – Ele ri.
- Se eu estivesse ai, iria te cansar rapidinho. – Solto uma risada alta, surpresa com o seu comentário. – Mas isso é ótimo. Parece que nós dois tivemos uma boa noite de sono.
- Que bom. – Concordo e vejo o garçom caminhando até a mesa em que eu estava com uma bandeja e alguns pratos em cima dela. – Babe, eu tenho que desligar. Estou almoçando com as meninas, e nossa comida acabou de chegar. Eu te ligo mais tarde.
- Tudo bem, bom almoço para vocês. Beijos.
Encerro a ligação e passo o restante do almoço entretida com vários assuntos com as meninas.
O resto da semana é preenchido por aulas e trabalho que tenho que correr contra o tempo para fazer. Não converso com o Harry durante o restante da semana, e mal trocamos mensagens. Apenas o vejo em programas de TV e entrevistas em rádios.
É nesses momentos que eu sinto o peso do relacionamento à distância. A maior parte do tempo ele estava ocupado com suas coisas, sua carreira e tudo que estava envolvido em ser um astro da música. E uma diferença de 6 horas nos nossos relógios faz diferença, e dificulta muito.
Apenas quatro semanas, (S/A). Apenas quatro semanas.
O final do semestre estava exaustivo, e eu me focava apenas nas minhas últimas provas do ano. A cada prova que eu fazia, ou a cada trabalho que eu entregava, mais perto eu estava de me formar. Esse era o meu consolo.
- Quer ir almoçar com a gente, (S/A)? – Ella perguntou enquanto saíamos da sala.
- Hum, acho que hoje não. Eu vou aproveitar para ir para casa e tentar descansar. Eu virei a noite estudando para essa prova. – Ela concorda com a cabeça.
- Tudo bem então. Bom descanso para você.
Agradeço e sigo em direção a minha casa. O porteiro sorri para mim quando eu passo, e eu faço o mesmo para ele. Bocejo três vezes durante o tempo que o elevador demora para chegar no meu andar, e repito para mim mesma que eu vou ao menos tirar o jeans antes de deitar.
Assim que abro a porta de casa, sinto o perfume forte e amadeirado que o Harry sempre usa. Levanto os olhos e o vejo parado na sala sorrindo para mim. Pisco algumas vezes, e demoro alguns segundos para me certificar que não estou apenas delirando de sono.
- Harry! – Corro até ele, e pulo no seu colo.
Ele me recebe de braços abertos e me abraça apertado. Aspiro seu perfume mais uma vez e sinto meu coração disparar.
- Meu Deus, eu estou com muitas saudades. – Olho para ele e vejo seus olhos verdes brilhando.
- Eu também, babe. Eu também.
Ele finalmente me beija, e eu sinto meu estômago revirar. Só eu sabia como eu senti falta dele, e eu mal podia acreditar que ele está aqui mesmo.
- Você já almoçou? – Ele pergunta olhando para mim e faz um carinho na minha bochecha.
- Não...
- Ótimo, porque eu comprei comida japonesa. – Ele sorri e caminha comigo ainda no seu colo até a cozinha. Ele me coloca sentada em cima da pia, enquanto ele abre as embalagens da comida.
- O que você está fazendo aqui?
Ele para o que está fazendo e caminha até mim, e se encaixa entre as minhas pernas. Ele acaricia meu rosto e me beija de novo. Dessa vez, muito mais devagar.
- Nós estamos completando oito meses de namoro hoje. – Sorrio. – Eu quis fazer uma surpresa.
- Mas eu ia para Londres em duas semanas.
- Correção, você vai, não “ia”. – Sorrio. – Mas não seria mesma coisa. Não teria outro lugar para eu estar hoje, se não aqui com você. – Ele me beija mais uma vez. – Além disso, são duas semanas a mais que teremos para ficar juntos. – Ele sorri e mostra suas covinhas.
- Duas semanas? Você vai ficar aqui? – Ele concorda com a cabeça.
- Eu só volto para Londres com você.
Sorrio largo e o beijo mais uma vez. Sua mão entra por debaixo da minha blusa, e ele aperta minha cintura, me puxando para mais perto dele.
- Eu te amo. – Digo baixinho. Ele encosta sua testa na minha e sorri.
- Eu te amo, (S/A), muito!
Ele se afasta de mim e termina de desembalar a nossa comida, e sentamos juntos para almoçar. É, parece que esse namoro à distância realmente funciona.
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jatracei · 3 years
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5 PARADINHAS #51: Cinco obras que preciso ler esse ano
por Juliana Arruda
Eu estava fazendo a minha lista de obras que ainda preciso ler ainda este ano, e decidi compartilhar aqui com vocês. Como vocês sabem, pra quem é escritora, designer e leitora crítica que vive a base de livros, freelas e encomendas, eu preciso sempre tá pegando algum job. Sem job, sem dinheiros. Sem dinheiros, sem boletos pagos. Então, nos últimos tempos, só tenho feito leituras de obras que chegam pra mim para leitura crítica. Por mais que eu tente ler por lazer, eu não consigo porque não tenho tempo.
O tempo que me sobra pra relaxar é quando estou assistindo alguma coisa... só pra quinze minutos depois cair num sono profundo e fazer tudo novamente no dia seguinte. E é bem frustrante, porque não sou mais a leitora que lia cerca de seis obras por mês. *cry*
Eu só vou listar obras de autores independentes que estão publicados na Amazon, porque minha estante por lá está realmente bem cheia.
Bora lá!
1. Pantera
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SINOPSE:  Entre roubos de joalherias, vinganças pessoais e muita chicotada, conheça Lygia Litcanov. Ou também, pelo seu codinome: Pantera. Uma mulher negra sob uma cidade autoritária que segrega brancos e "sujos". Sempre trabalhando entre os dois mundos, o mundo da luz e o mundo das sombras, ela está tentando entender qual é o seu lugar na cidade. Ela é uma vigilante? Uma vilã? Ou um pouco de cada? Nesse volume você encontra 7 Contos onde a Pantera mostra suas garras pela primeira vez.
ONDE ENCONTRAR: Skoob | Amazon
2. AustenApp
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SINOPSE:  Bel e Ana Catarina são melhores amigas unidas por uma paixão em comum: Jane Austen. Foi durante o Carnaval carioca, no restaurante Norte & Angi, que a paulistana Ana Catarina conheceu o namorado, o cavalheiro que possui a barba mais sexy que ela já viu. Ela é uma estudante de jornalismo, porém, em meio período trabalha em um Pet Shop, afinal ainda não está em posse de uma boa fortuna e precisa de bons rendimentos anuais para pagar a própria faculdade. Entre problemas no trabalho, com a mãe, o padrasto violento, e a infinita saudade de Rique, com quem namora à distância, Ana Catarina cria um aplicativo de namoro – o Austenapp – que vira febre entre a comunidade Janeite. Já Bel, que é uma jovem e independente aspirante à escritora, não perde a oportunidade de criar uma conta nele para quem sabe encontrar um Darcy para chamar de seu e de quebra ouvir que ele a ama ardentemente. Ao conseguir o dinheiro para realizar seu sonho de ir ao Jane Austen Festival, em Bath, Inglaterra, Ana Catarina não tem dúvidas de que é isso que precisa para colocar o relacionamento e a vida nos eixos. No entanto, o que era para ser uma viagem romântica com seu amado, se torna um conjunto de mal-entendidos, e ela é persuadida pela madrinha a viajar sem o namorado. Enquanto isso, Bel permanece na cidade maravilhosa em uma busca frenética por terminar seu TCC e resolver suas próprias, e nada fáceis, questões amorosas. Em Bath, Ana Catarina se depara com a produção de um reality show chamado “Pemberley Hotel”, uma espécie de Big Brother Austeniano, e decide se candidatar ao confinamento, aceitando assim, viver por alguns meses como vivia sua autora favorita: sem chuveiro elétrico, micro-ondas, e principalmente, sem seu celular. Ah, e com um detalhe: rodeada de câmeras escondidas em cada canto da suntuosa propriedade. O prêmio? Uma alta soma em dinheiro que pode garantir sua estabilidade financeira. Sem contar na vista privilegiada de um alto número de cavalheiros de coxas torneadas dentro de reveladoras calças apertadas. Será que sofrer na Terra da Rainha tem um sabor especial? E em casa de ferreiro, o espeto é mesmo de pau? Uma história com uma boa dose de drama e beijos apaixonados, mas também do humor universalmente conhecido de Jane Austen; sobre amizade, amor, e principalmente sobre o empoderamento feminino.
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3. E se tocássemos o céu?
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SINOPSE: Joaquim tem 18 anos, é apaixonado por música e o primeiro e maior fã do Chris Hemsworth. Entre uma composição e outra, ele tenta reencontrar a sua verdadeira voz enquanto escreve e-mails que nunca serão enviados para o seu Thor. Mas, às vezes, é difícil deixar o passado de lado — até mesmo quando o seu ator favorito vai participar do evento mais incrível do planeta.
Na tentativa de encontrar um espaço no mundo e amar o que há de mais puro dentro de si, Joaquim irá descobrir que o céu não é o limite quando se trata de viver um dia após o outro.
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4. Grim Reaper - Jornada da Morte
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SINOPSE:  A morte espreita, à nossa espera, e nos chama a cada dia. Ruas sem saída, dimensões inimagináveis... É fácil vivermos sem nos preocupar em olhar o que está além do mundo visível aos olhos e não prestarmos atenção nos seres encapuzados que transitam ao nosso redor. As criaturas andam entre nós e ao morrermos, elas conduzem as nossas almas. Quando caímos no abismo mortal, não há mais como voltar. Ver além do obscuro. Além do celestial. “Porque a vida às vezes pode ser um pesadelo pior do que a própria morte.” Amy Buckley passa as férias perfeitas com a sua mãe, mas voltando para a casa de seu pai, na cidade de São Francisco, um terrível acidente acontece e a lancha na qual estava embarcada, naufraga. Não há nenhum sobrevivente, exceto ela, que sai totalmente ilesa do acidente e misteriosamente é encontrada na costa e levada a um hospital. A partir disto, ela começa a ver o mundo de outra forma e sonhos perturbadores a atormentam. A garota pensa que enlouqueceu, diante da constante perseguição de um estranho de capuz e capa negros. Presencia várias mortes, às vezes até vê as almas saindo dos corpos dos mortos e sendo levadas por esse ser de capuz que tanto a apavora. Nesse tempo, ela conhece James, um estranho de cabelos negros e olhos cinzentos, que atrai somente a ela enquanto todos parecem ignorá-lo. Ela confia em James imediatamente e compartilha seus sonhos e as visões de seres encapuzados que assombram a sua vida. O que Amy não sabe é que James está ligado a tudo o que a vem assombrando e os dois possuem muito em comum. Amy acaba descobrindo que é mais especial do que jamais imaginou e, junto com seus amigos, ela e o misterioso Jem enfrentam vários perigos e aventuras, traições e revelações, desvendam mistérios e colocam à prova confiança e amizade, além de descobrirem que o amor pode surgir em uma jornada mortal.
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5. Depois de nós
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SINOPSE:  Quando Ana Luíza tinha dezoito anos e um coração partido ela foi para as redes sociais e postou todos os textos que tinha escrito sobre o seu relacionamento sem nenhuma pretensão. Três anos depois a sua conta (@tudosobrenos) alcançou mais de cem mil seguidores fervorosos. Por causa de toda a pressão dos seus leitores, uma grande editora entra em contato com a garota sugerindo que ela publique um romance sobre a história do casal. Contudo, mesmo sendo o seu grande sonho, revisitar sentimentos que haviam sido esquecidos não parece uma boa ideia. Além disso, surge a vontade de avisá-lo sobre o que está acontecendo, o que significa um reencontro depois de anos. Entre lidar com os sentimentos da garota que foi aos quinze anos e quem é aos vinte e dois, Ana passa por um momento de reflexão, confusão e amadurecimento que, independentemente das suas decisões, muda a sua perspectiva sobre a vida.
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Bem, claro que essas obras são apenas algumas da minha enorme lista, mas essas são as que mais tenho adiado (desde o ano passado! Sim, preciso tomar vergonha na cara *kkkrying*).
Mas e vocês, já leram alguma dessas obras? O que achou?
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sadico-aristocrata · 5 years
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Sudare
                                                            I
Primeiro você vai precisar encher metade de uma garrafa com gasolina. Em seguida, vai ser necessário embrulhar um tablete de cloro com um pano e enfiar na boca da garrafa, e nesse ponto vai ser preciso forçar um pouco, com a intenção de manter o tablete preso no gargalo. Depois, basta você atirar a garrafa em algo que queira incendiar. O tablete de cloro entra em contato com a gasolina e explode. Pronto, você tem seu próprio Coquetel Molotov e já pode colocar fogo na casa do presidente, incendiar bancos, tornar mais acalorada a vida na prefeitura. E, após essa breve lição de como ser um revolucionário, naquela noite apenas comi algumas bolachas e simplesmente fui dormir.
O dia seguinte foi um dia como qualquer dia. Levantei, lavei meus longos cabelos, que na época rendiam vários “moça, com licença...” na rua. Olhando-os no espelho, os achei muito belos. Fiz café e saciei meu primeiro vício dentre os vários que contarei nessa história. Masturbei-me, e já saciei também o segundo. Assim que entrei no ônibus, coloquei meus fones de ouvido, inseri Pink Floyd na minha mente, e já estamos no terceiro. Chegando lá, comi um pão de queijo e entrei para atender. Várias horas, várias ligações. As internets que não conectam. As ligações que não se concluem. Os saldos de recarga? Pra onde eles foram? Senhora Maria está indignada pois paga um plano caríssimo de trinta reais e está sem conexão há cerca de meia hora. Senhor Claudio está muito puto pois a caixa postal dele não funciona. Senhor John Lennon não sabe que eu e todos os meus colegas rimos muito de seu nome no mute. Ao fim, o som do deslogue, o melhor do dia.
Meus longos cabelos, a essa hora, não estão mais tão belos quanto logo pela manhã. Minha testa está mais oleosa, mas mesmo assim vou direto para a universidade. Alimento-me no restaurante, rio com alguns amigos, fumo maconha e vou pra aula chapado: única forma dela ser divertida. Uma, duas aulas de sistemas produtivos. Outras três de gestão de projetos. Um ônibus e depois outro para casa. O Ozzy Osbourne grita na minha orelha cansada de ouvir sobre o Toyotismo. Os crushs do ônibus vivem na mesma velocidade em que morrem. Chego em casa e me questiono: como será que se faz uma bomba caseira? Como se deu o processo evolutivo das araucárias? Com quantos paus realmente se faz uma canoa? Depois de saciar meu vício por inutilidades, sacio meu vício por bolachas de maisena e por masturbação e vou dormir, de novo.
No dia seguinte tudo se repete e acontece mais uma vez. Igual, mas diferente. O cabelo lava-se, as ligações, atende-se. A dona Maria insiste que não consumiu seus dados. O sr. Josenilton continua a ofender todos os atendentes e ainda reclama do mau atendimento. O Pink Floyd, ouve-se. O Elton John também. O sol que nasceu, se põe. Os livros, se lê. As contas, resolve-se, pois sem cálculo não se faz um engenheiro de produção. O dia morre, minha libido se cansa, as bolachas acabam e logo o dia nasce mais uma vez. A rotina preenche meu tempo, preenche meu espírito, preenche quase tudo, mas vigora em mim um certo vazio, incompreensível, como que um buraco em minha alma.
Na frente do espelho, questiono: e se cortar metade do cabelo? E se começar a prendê-lo? Levemente cansado da normalidade, como Jimmy, rendo-me, e apenas continuo. Os dias continuam. Contínuo, continuei, e num dia breve, no RU: uma notificação do Instagram. Caio, amigo da Patrícia, que faz artes cênicas. Meio estranho, meio magro, meio novinho. Muito gostoso, me chama no direct, e mais que depressa o chamo em casa. Um beijo, dois. Uma hora de conversa, duas. Estava eu apaixonado? Sim, mas não queria reconhecer isso.
Nos meus dias, sentia Caio atender comigo. O respondia mais rápido que respondia meu supervisor. Sentia-me inseguro sobre tudo. Sentia tesão por ele. Sentia empatia. Sentia a mais perfeita conversa que já havia tido com alguém. Ele possuía minhas masturbações, minha mente, meus sonhos. Obcecado, o fitava de longe sempre que podia. Longínquo, sonho longínquo. Em dias anteriores de baixa autoestima o via e achava impossível. Naqueles momentos em que o fitava, enchia-me de mim mesmo e acreditava tudo poder. Fiz-me esquecer das sensações de solidão de outrora. Fiz-me esquecer da carência que antes me assombrava.
Entretanto, minha onipotência, na época, durou só uma semana. Patrícia convidou-me a uma festa, assim como convidou Caio, mas esqueceu de avisar um ao outro. Caio tinha outro date. Eu descobri dias antes que Caio ia nessa mesma festa, e nesse momento era somente ansiedade e ignorância. Caio dedicou seu amor, carinho e beijos a outro homem, na minha frente, e me deixou completamente de lado. Naquele momento senti ódio, senti raiva e me fiz beijar todos os homens que consegui. Senti-me o mais impotente dos seres, a chorar por alguém o qual nunca tive qualquer compromisso.
Fiz-me em mil dramas, reclamei com meus amigos, humilhei Caio por todo lugar que consegui, mas no fundo só fiz humilhar a mim mesmo. Queria Caio como queria um troféu, mas ganhei só um par de frustrações. Queria naquele momento não mais Caio, mas o corpo de Caio, para encapuzá-lo, pegar por suas pernas, fazê-lo contar “um... dois... três...” e jogá-lo de cabeça para baixo de cima do viaduto. Fazê-lo sentir medo seguido de dor e vazio. Fazê-lo sentir qualquer coisa, já que me sentia sozinho e insosso naquele momento.
Caio despertou em mim com um aspecto ainda mais profundo a longínqua solidão que consegui abandonar no início da faculdade. Antes da engenharia, fiquei os cerca de seis meses entre o fim do ensino médio e o início do segundo semestre em um imenso ócio e temor do fracasso. Passar na universidade na segunda metade do ano foi mais que um alívio, foi uma salvação. Naquele período, iniciei uma coleção de livros e os lia sempre. Iniciei meu blog onde escrevia meus textos melancólicos e poesias de gosto duvidoso. Iniciei a coleção de filmes no palácio da minha mente, e os via sempre que possível. Comecei dentro de mim todos os fantasmas advindos do “sentir-me só”, e não saia de casa para nada, nem queria também. Mas, após seis meses, deixei tudo para trás, lá na distante cidade interiorana de Avanhandava rumo a uma maior e ainda assim interiorana Londrina, onde encontrei amigos, sexo, drogas, álcool, dinheiro, um curso de graduação, felicidade e um rumo na vida. Meus cabelos, antes curtos, alongaram como que por mágica. Não assistia mais filmes ou lia livros como antes, nem escrevia mais meus textos. Meu corpo permaneceu esguio, fraco, mas por alguma razão os homens passaram a gostar dele. Nem eu gostava de mim mesmo, aliada ainda a minha baixa estatura, mas se alguém no mundo enxerga tesão em mim, quem sou eu para discordar? Fitava momento ou outro o vazio da existência, uma quase que abstinência do amor que nunca tive, mas sempre diluía essas sensações em milhares de outros afazeres.
Porém, naquele instante Caio mostrava essa falha nos meus planos, o tempo todo por mim ignorada. Mostrava que, apesar de cheio de tudo, minha vida até então era meramente completa de nada, cheia de ninguém, imersa em gente que estava sem estar, se importava sem se importar.
Caio fez-me lidar com minha tristeza movida pra baixo do tapete, e tornei a fazer isso, escondendo-a com sexo, sexo e mais sexo. Sem qualidade, sem tesão, sem querer muito. Só sexo por sexo, como quem come por gula. Quando me cansei dos pênis e ânus masculinos, dediquei-me a alguns ombros e tórax para encostar e fazer carinho, mais uma vez. Tive o Alexandre, o intelectual que me fez aprender sobre Focault, mas que no fim só queria fuder comigo também. Teve um dos vários Lucas, que me amou de verdade, depois amou me odiar e voltou com um ex-namorado enquanto ainda conversava comigo. Teve o Leandro, que foi intenso e leve ao mesmo tempo. Rolamos muito nas gramas da universidade assim como deitamos muito nos sofás do centro acadêmico, mas no fim tudo terminou rápido como sempre, e nenhuma dessas relações durou mais de um mês.
Depois de todos eles, me cansei de novo de tudo, fui me drogar de novo mais e mais, experimentar diferentes quantidades de sêmen no meu rosto e uma enorme variedade de locais públicos para se transar. E, claro, todo esse tempo ainda trabalhando, mesmo que mal e sem objetivo algum, da mesma forma também estudando, com várias dependências e sendo um belo exemplo de como não se termina uma faculdade. Meu corpo ficava cada vez mais magro, meus cabelos cada vez mais longos.
Durante esse período, naturalmente eu tinha férias da faculdade no começo, final e meio de ano, mas as férias do trabalho eram raras, difíceis e nunca coincidiam com o recesso acadêmico. Até que, após dois anos de inconveniência, as duas coincidiram no mês de dezembro. Voltei para Avanhandava, onde revi toda a minha família que eu não abraçava com tanto afinco há anos. Recebi todas as críticas possíveis ao meu corte de cabelo, ao meu jeito drogado e largado de ser, ao meu iminente fracasso como profissional e o meu já consolidado fracasso como filho. Meus pais mostraram-se cada vez mais decepcionados comigo à medida que os contava das atitudes pouco ortodoxas que tomei durante esse período sozinho, mas todas essas palavras no fim foram desnecessárias, pois o olhar de tristeza e choro da minha já me era motivação suficiente para mudar de atitude.
                                                            II                
O retorno das férias do trabalho foi mais traumático do que eu imaginava. O ato de atender era tão estressante e pouco recompensador de forma que eu já havia me esquecido. Meus dias, naquele janeiro de tédio, resumiam-se a acordar, atender, voltar para casa e ir dormir. Em dias esparsos eu ia ao shopping, ao cinema, ao McDonald’s, mas nada muito emocionante, nada muito diferente, nada que afete minha integridade física.
No decorrer dos dias, voltei a ler meus livros e me interessei ainda mais por eles. Comecei a ouvir MPB, e o Chico Buarque, junto do Caetano Veloso, me encantaram, e até hoje não sei dizer qual dos dois prefiro.
Meus dias se passaram, se passaram. Amarguei em solidão por alguns momentos, mas o entretenimento e a profundidade dos livros e filmes na minha cabeça tornavam-me pleno, e aquilo bastava. As aulas voltaram, assim com as festas open, os livros acadêmicos e os trabalhos em grupo. Regado a sono e café, enfrentei tudo com maestria, beijei algumas bocas aleatórias, mas eu terminei bem após todas as festas, terminei bem após todas as matérias, enfim, fui um bom menino. Por esses dias, meu sentimento de solidão foi trocado pela correria do dia a dia, pela exigência mental dos estudos, pelo imediatismo da modernidade.
Em um novo julho de recesso, o ciclo se repetia: meus amigos retornaram para suas respectivas distantes cidades e eu continuei aqui, só, em um ciclo de atender, voltar para casa e ir dormir. Não consegui trocar meu sentimento de solidão por nada, e nenhum cristo mantinha-me entretido por aqueles dias. Baixei o Grindr, mas nenhuma viva alma me parecia interessante. Baixei também o Tinder, e com ele vieram vários e vários matches, mas ninguém com uma personalidade que me instigasse, ninguém realmente interessante, ninguém que realmente surpreendesse e tocasse o fundo das minhas sensações.
Os dias, mais uma vez, apenas foram se passando, até que em um breve momento o Tinder mostrou-se eficiente. Combinei com um jovem, de 19 anos, a cerca de 75 km de distância. Ele tinha um corpo magro, natural, não definido como de quem frequenta academias. Tinha cabelos lisos e longos, uma estatura um pouco maior que a minha. De início, conquistou-me com um sorriso enorme e largo que mostrava em suas fotos. Seu rosto não era exatamente o padrão de beleza da sociedade atual, e nem satisfazia o estereótipo de qualquer etnia que se imagine. Era, para mim, perfeitamente brasileiro, fruto de uma miscigenação indefinida, e indefinidamente interessante, indefinidamente atraente.
O rapaz pareceu se interessar pela conversa que mantínhamos. Cristian, residente da cidade de Maringá. Não morava tão perto assim, mas também não morava tão longe. No início, trocamos apenas informações de aspectos da nossa vida. Eu, callcenter e futuro engenheiro. Ele, sushiman e desistente do curso de filosofia. Também ateu, também de esquerda. Mostrou-se meio místico, crente em coisas sobrenaturais as quais não tenho tanta estima, mas nesse momento algo em sua personalidade já havia me fisgado, e sentia que essa mesma isca já o havia tomado também.
As conversas prolongaram-se para além do Tinder, para além do Whatsapp, para além das horas disponíveis numa madrugada. Trocamos interesses musicais e descascávamos cada vez mais nossas almas um para o outro, e cada tatear das minhas mãos em seu âmago afagava em mim a sensação de completude, afastava a sensação de solidão, alimentava um embrião de afeto e acendia o incenso de nossos desejos sexuais. O recomendei Jorge Ben, Tábua de Esmeralda, e logo Menina Mulher da Pele Preta grudou como tinta nanquim na cabeça de Cristian.
Uma semana, duas. Uma tonelada, duas de ansiedade em vê-lo. As sensações cresciam e cresciam dentro de mim, e os 75 km de distância não me impediam de sentir seu cheiro. Cristian inebriava minha casa com seus odores que nunca senti, e às vezes até o conseguia tocar.
Porém, por fim, Cristian corta o dedo trabalhando. Fiquei extremamente preocupado. Ele foi até um posto de atendimento, deu pontos e no fim ficou tudo bem. A surpresa boa foi, entretanto, que Cristian ganhou uma semana de atestado médico, e ao ouvir esse aspecto da notícia seguido do convite para ir até seu apartamento fez meu coração palpitar aceleradamente. Estava eu apostando alto dessa vez. Eu ia para Maringá, uma cidade que nunca havia ido antes, ver alguém que nunca vi antes, me hospedar em sua casa por três noites, já que meus planos eram de ir na quarta após o trabalho e só voltar sábado de manhã, antes do trabalho.
O tempo correu como um foguete por 48h, para então correr como uma tartaruga manca pelo restante. Ao sair do trabalho, às 16h, o relógio não caminhava mais. A minha ideia era de ir para Maringá de carona, mas até aquele momento eu não tinha tal carona. Voltei para casa de ônibus, e dessa vez não consegui ouvir música alguma. Pensava apenas em como iria para lá, o quê iria levar, como seria encontrar Cristian e como tudo poderia dar errado em diversos pontos.
Paranoico, cheguei em casa. Decidi levar algumas poucas peças de rouba e minha caixa de som bluetooth. Enquanto respondia uma mensagem de Cristian, recebi uma notificação no celular: havia conseguido a carona. Às 19h30 minutos saímos de Londrina, e me vieram à cabeça memórias de quando cheguei nessa cidade pela primeira vez, ou das vezes em que voltei de Avanhandava de ônibus e senti um profundo afeto por esse local onde não nasci, por seus prédios velhos e ruas empoeiradas, por seus ônibus amarelos e calçadas pouco seguras. As luzes do trânsito acenderam em mim um espírito de esperança inexplicável e fomos indo.
Conversas aleatórias com meus colegas de viagem parecem ter encurtada meu tempo no carro. Minhas piadas ruins de sempre pareceram fazer sucesso. Afinal, qual poderia ser a doença do filósofo triste, senão a rinietzsche? Após pouco mais de uma hora, cheguei em Maringá, e o que vi não me surpreendeu muito. A fama da cidade é quase de uma “Suíça paranaense”, mas o que eu vi foram prédios novos e ruas planas e largas. Senti falta do charme londrinense, mas a beleza de Maringá pareceu inegável para mim.
- Olha, vira à esquerda e depois à direita. Isso, acho que é nessa esquina aqui – disse eu à motorista, olhando no Google Maps. Após despedir-me dos amigos e seguidores do Instagram que havia acabado de fazer, desci do carro.
- Querido, já tô aqui embaixo.
- Tô descendo.
Cristian apareceu, como que do nada. Deu-me um abraço, um beijo no rosto e me convidou para entrar. Ele parecia ter mais espinhas do que eu imaginava. Pareceu também ser mais alto do que acreditava ser. Seu cabelo era idealmente liso e lindo. Até então eu estava apaixonado pelo Cristian virtual, mas aquele curto instante de tempo não fez apaixonar pelo Cristian real. Passamos pelo portão, pelo porteiro. Ele chamou o elevador e apertou o primeiro andar, o que me fez expressar pela primeira vez a crítica que repetiria várias e várias vezes dali em diante:
- Por que você não vai de escada?
- Por que iria de escada se posso ir de elevador?
- Porque o elevador gasta horrores de energia elétrica - e não aprofundamos mais a discussão, de forma que até seus últimos dias, Cristian subia até o primeiro andar sempre de elevador.
Entramos, sentamos, comemos o rondele que ele havia preparado, mas não conseguíamos dialogar muito:
- Cadê seu colega de apartamento?
- Tá no quarto dele.
- Ah sim – e momentos longos de silêncio preenchiam o ambiente, que ficava um pouco estranho a cada instante.
Nos deitamos no sofá, onde o abracei: - Não gosto de ficar se pegando no sofá, vai que alguém aparece - e sem entender muito bem, concordei.
- Vamos na minha cama? – achei um pouco precipitado, mas concordei.
Após um curto corredor escuro, chegamos em seu quarto, que parecia arrumado somente para a minha presença ali. Nos deitamos, apagamos as luzes, e nossos diálogos não decolavam muito. Continuei insistindo, os momentos de silêncio continuavam. Em momentos, parecíamos apenas jovens deitados olhando para o teto escuro. Aos poucos, fomos conversando mais e mais, e mais profundamente. A cada segundo, sentia meu corpo se aproximar do dele, até o momento em que estávamos colados, até o instante em que meus braços estavam sobre seu corpo. No mesmo ritmo lento, minhas mãos caminhavam sob seu tronco, ainda vestido, e meu tato, que antes o havia conhecido somente por imaginação, como que pelo resultado de dias de ansiedade o tocava físico, real.
Após um tempo que podem ter sido minutos ou horas, cansado e lambuzado pelos fluídos corporais de nossos corpos, o questionei:
- Diga-me cinco palavras que vierem na sua mente.
Extremamente ofegante, respondeu:
- Serotonina, adrenalina, oxitocina... – e acredito que ele não percebeu que não totalizaram-se cinco palavras.
- Eu tenho uma sugestão melhor, que tal: vamos logo ir tomar banho. – disse eu, olhando para os fluídos corporais que nos cobriam, mas, com preguiça, não fomos naquele momento. Descansamos e continuamos só a conversar. Naquele momento, senti-me indecente, senti-me safado, e uma culpa cristã me fez sentir “fácil demais”, mas também me senti profundamente apaixonado agora pelo Cristian real, de carne, osso e pele afagável.
Naquela quinta-feira, ele se dedicou a me apresentar a cidade. Na sexta, andamos ainda mais pelo centro, andamos pela UEM, fomos ao shopping. Na praça de alimentação, olhamos pelo vidro o Parque do Ingá, e naquele momento o questionei: - Quando que isso aqui que a gente tem vai se tornar um namoro?
- Não sei não.
- Olha, vi aqui na minha agende e hoje eu tô livre, assim como amanhã. – e após rirmos, voltamos andando até seu apartamento.
No fim da tarde, em seu apartamento, ele veio até mim de repente, me abraçou, e olhando nos meus olhos perguntou: - Você quer namorar comigo? – e minha resposta, obviamente, foi sim. Cometi um erro que foi fatal para propiciar a destruição de tudo aquilo que estava construindo. Estudos, trabalhos, profissão, liberdade, tudo.
                                                            III
Já no sábado, às 5h45 acordei voluntariamente, e já comecei a chorar. Parecia incabível à minha mente encontrar minha razão de existir e depois abandoná-la. Arrumei minhas coisas, tomei café com Cristian e fui ao banheiro. Quando voltei ao quarto, conferi em minha bolsa se nada estava faltando, e percebi que ali estava um estranho objeto de bambu, o qual eu não sabia o nome mas sabia que servia pra fazer sushi.
- Droga, era pra você ver só quando chegasse em casa – eu achei aquilo maravilhoso, o abracei, beijei e voltei a chorar – é um sudare.
Cristian não chorou, mas com seus olhos vermelhos quase lacrimejando me acompanhou até o ponto de encontro. Sua expressão de despedida naquele momento me faz ainda triste hoje, mesmo depois de tudo o que fiz, de tudo o que aconteceu.
Voltei para casa segurando meu choro no carro. Fui trabalhar, e durante o atendimento tive que me ausentar várias vezes para ir ao banheiro enxugar minhas lágrimas e me recompor. Esses primeiros dias foram difíceis e foram acompanhados por tristeza, solidão e saudades da pessoa que eu mais amei na minha vida, mais amei até hoje inclusive.
Com o tempo, fomos tornando mais profundo ainda o conhecimento um do outro sobre nossas personalidades. Abrimos entre nós todas as inseguranças. Traçamos planos para o futuro. Ansiosamente, nos vimos na semana seguinte, em que ele veio até Londrina.
Assim que chegou, ele deitou na minha cama e, deitados, nos deixamos levar. Abraçados, magneticamente fomos levados aos beijos, depois ao sexo. Durante o dia, da mesma forma que ele me fez conhecer Maringá, o fiz conhecer Londrina, e a cada momento eu me apaixonava mais e mais, e parecia ser recíproco.
Com o tempo, os momentos em que nos víamos caiu na normalidade. Não chorávamos mais nas despedidas, mas ainda assim adorávamos a presença um do outro, além das palavras de amor e da atração sexual. Esse mesmo tempo fez acentuar características das nossas personalidades que eram, de uma certa forma, conflitantes, mas que eu estava inteiramente disposto a contornar. Ele impulsivo, eu lógico e pragmático. Ele fechado em si mesmo, ao que sempre abri todos os meus sentimentos no momento em que os sentia. À medida que essas diferenças foram se acentuando, senti que Cristian ia me percebendo cada vez mais arrogante e louco, e talvez ele estivesse certo.
Com o tempo, voltei a escrever textos em meu blog. Textos de amor completamente ensandecidos, que Cristian lia e dizia gostar. Naqueles dias, Cristian preenchia cada pensamento do meu dia. Sentia sua presença a cada instante, queria conversar com ele a cada momento, obsessivamente.
Nossas diferenças foram se acentuando ainda mais, e essa obsessão pareceu incomodá-lo com o passar do tempo. As sensações nele foram murchando, ficando cada vez mais frias e frias. Eu sempre tinha um impulso e uma vontade de consertar tudo. Já ele mostrava-se cada vez mais desanimado, e dizia que já não sentia vontade de ajustar nada por mim. Isso me enlouquecia, me fazia chorar, e até hoje me faz assim.
Em um dia comum, enquanto voltava do trabalho de ônibus e conversava com Cristian, questionei:
- Está tudo bem com você?
- Sim sim, amor, me sinto ótimo.
- Você não parece ótimo, parece triste. É algum problema com seu trabalho?
- Não, no trabalho tá tudo certo.
- E existe algo que eu possa fazer para que você se sinta melhor?
- Eu tenho medo da resposta para essa pergunta.
Naquele momento, Cristian já havia conversado com uma amiga sua e decidido terminar comigo, como só veio a me contar semanas depois, onde basicamente me disse “minha amiga falou ‘foda-se ele, pense em você’ e concordei”. Ao fim da conversa, por insistência minha, decidimos dar um tempo de uma semana, e friamente Cristian desligou a ligação.
Esse tempo que demos um para o outro mostrou-se traumático para mim. Diariamente escrevia em meu blog textos que descreviam minha sensação. Ao fim desse tempo, chamei Cristian e confirmamos o fim de nosso efêmero namoro. Chorei, chorei muito naquela noite e nos dias que se sucederam. Combinamos de ser amigos, mas isso não se confirmou, e Cristian apenar se isolou de mim, e conversamos em pouquíssimos momentos desde o término até a escrita desse texto.
Eu não queria ter terminado, e alimento essa sensação até os dias de hoje. Continuei minha vida melancolicamente, escrevendo meus textos, chorando pelos cantos. Sentia-me como um viciado em abstinência. Eu não era apenas apaixonado por ele, mas por todo o ritual que envolvia estar com ele, todas as sensações que ele me causava. O bom dia que recebia sempre, o boa noite, o te amo, tudo.
Tentei mais de uma vez trocar a ausência de seus pequenos gestos em meu dia por sexo, mas em todas falhei. Tentei entreter-me com meu dia a dia, com os textos do blog, com cinemas, séries, com tudo. Nada tirava aquela sensação da minha cabeça, nada. Como que pancadas de um martelo, aquilo doía em meu cérebro, atormentava meus dias, perseguia-me. Tentei mais sexo, até contratei um garoto de programa, mas o ato de transar era puramente entediante. O sexo resumia-se a um pênis ereto e um olhar triste para a parede, por onde se passava diante de mim todo o filme do término. Cristian me dizia de novo aqueles mesmas palavras, daquela mesma forma. Via em minha memória a mim mesmo chorando, e enquanto penetrava o garoto de programa eu não conseguia evitar ser transportado para dias atrás, onde o ponto o qual minha vida girava ao redor foi demolido.
Nada tirava aquela sensação da minha cabeça, por meses e meses. Terminado o semestre da faculdade, o tédio tornou a assombrar minha cabeça, e aquela sensação tornou-se forte em mim em todo o tempo em que eu não estava trabalhando. Minha vida agora se resumia a atender e chorar, além de escrever textos tristes. Essas sensações, ao invés de se reduzirem, foram apenas aumentando e aumentando. Parei de ir ao meu trabalho para passar os meus dias olhando para o teto, gritando em meu travesseiro, enxugando minhas lágrimas com a camiseta.
O sudare que havia ganho anteriormente de Cristian era mantido no criado-mudo do meu quarto. Tentei dar alguma utilidade a ele, já que não faço a menor ideia de como fazer sushi, e mantê-lo comigo é também uma forma de sentir meu agora ex-namorado aqui, pertinho de mim, como um jeito de amenizar minha abstinência, mas era insuficiente.
Comecei a usar o dinheiro do aluguel e das despesas fixas de casa, pagas pelos meus pais, para comprar drogas, como maconha, LSD, craque. Perdi o serviço de internet, perdi a luz da minha residência, perdi minha própria residência. Logo, perdi o que restava da minha sanidade, me perdi de mim mesmo, tranquei a faculdade indo até ela vestido com os trapos que sobraram sobre o meu corpo. O estilo “roqueirinho” de antes agora era só um rascunho. Meu cabelo antes limpo e hidratado agora era apenas oleosidade, sujeira, bagunça. Roubei algumas pessoas para conseguir dinheiro e, consequentemente, mais drogas. Naqueles tempos, queria eu pedir em namoro uma pedra de craque. Trazia-me ela a mesma sensação de completude que Cristian.
Assim fiquei por alguns meses, até que, num dia qualquer, meus pais apareceram, praticamente me sequestraram, me deram um banho e me levaram para Avanhandava de carro.
                                                            IV 
Já limpo, durante toda a viagem apenas dormi, e me abstive de qualquer diálogo com meus pais. Já em Avanhandava, fui obrigado pela circunstância a acordar e fitar os olhos vermelhos e desesperados da minha mãe, chorando. Ouvi muito deles, de novo, sobre decepção, trabalho, as esperanças que eles tinham em mim e o que me tornei. Eu poderia descrever aqui cada uma das coisas que foram ditas, mas não é necessário. Novamente, nada disso teve o profundo significado de ver as feições da minha mãe daquele jeito. Nada mais me precisava ser dito. Aquele olhar dela me fez sentir um trapo de gente e enxergar dois caminhos apenas, sendo eles o suicídio ou “tomar um rumo na vida”.
Se fosse em Londrina, eu teria seguido pelo suicídio, mas em Avanhandava, na prática, eu tinha apenas uma opção. Voltei, então, a morar com meus pais, como que voltando 3 anos no tempo. Minha mãe me arranjou um emprego como empacotador no supermercado, de forma que teve praticamente que implorar para tal. Dessa forma, começou-se a moldar uma nova rotinha para mim.
Com o passar dos meses, comprei um novo celular e um computador, onde podia me comunicar com antigos amigos que fiz em Londrina e acessar mais uma vez meu blog. Meu celular e computador anteriores provavelmente tornaram-se posse de algum traficante londrinense.
Dali por diante, meu dia começava com minha mãe me acordando. Tomava o café que ela fazia e depois ia a pé para o trabalho. Lá, parecia ver sempre as mesmas pessoas, as mesmas senhoras, os mesmos senhores. As mesmas perguntas imbecis. As mesmas operadoras de caixa lentas e idiotas. Eu não suportava as pessoas naquele lugar, muito menos naquela cidade. O emprego em que eu não queria trabalhar, na cidade em que eu não queria morar, mas era o que estava ao meu alcance.
Eu voltei a escrever. Não voltei a ser promíscuo, ao menos não enquanto morava com minha mãe. Não voltei a usar drogas, e não sentia abstinência delas, mas de Cristian sim, sentia total abstinência. O craque, a maconha, o estado de ficar chapado fez-me esquecer Cristian no exato momento em que faziam efeito. Em Londrina, isso queria dizer praticamente cem por cento dos meus dias. Em Avanhandava, as lembranças dele me inundaram novamente, como que o rompimento de uma barragem, como que a explosão de uma usina nuclear.
Em meus dias de noiado, troquei qualquer pertence meu por drogas, sejam livros, celular, carteira, discos de vinil, tudo. Entretanto, eu levava meu sudare no bolso por aí, dialogava com todo mundo, oferecia, tentava vender. Exercitei todo meu timbre comercial, mas por razões até compreensíveis, ninguém dava dinheiro para um drogado em troca de um sudare. Como resultado, ele continuou comigo em Avanhandava e ainda estaria comigo hoje se não o tivesse incendiado, mas isso é uma história para outro momento.
Novamente em meu quarto, com o sudare em mãos, tentava dá-lo um novo significado, uma nova função: jogo americano? Suporte para copo? Mas ele continuava sendo para mim o melhor presente que já ganhei, lembrança dos melhores momentos que já passei em um amor que perdi pra sempre.
As lembranças de Cristian tomavam, mais uma vez, completamente o meu dia. Eram como um lutador de boxe que me acompanhava em todos os lugares e me acertava um soco no queixo a cada cinco minutos. Perseguia-me, atormentava-me. Os momentos com ele se reconstruíam na minha frente, como um filme, de novo. Ao menos uma vez ao dia eu me dedicava, quase que religiosamente, a ir a um canto chorar, como que numa forma de alívio. Ao chegar em casa, via meu sudare sobre o novo criado-mudo, lembrava dos momentos em que o ganhei e do quão emocionante isso foi, e gentilmente chorava, como num culto ao sudare.
Apesar das memórias antigas a avassaladoras, consegui até, de uma certa forma, recompor minha vida. Tinha agora uma renda, fontes de entretenimento. Fiz novos amigos no trabalho, assim como revi meus amigos dos tempos de adolescência. Meu cabelo ainda era grande e belo, assim como retomei meu estilo “roqueirinho”. As lembranças do meu insucesso amoroso eram a única coisa a estragar, a me destruir. Passaram-se meses e meses, e essa sensação de fracasso, de incompletude nunca passava. Nunca deixava de surgir na minha mente o momento do começo, o momento do término. Nunca deixava de me masturbar pensando nele. Nunca deixava de reverenciar o sudare em riste no meu quarto, com um tom de tristeza e luto.
Ao meu redor, via o tempo todo casais, e com o tempo os via terminando, depois começando com outros, terminando, recomeçando, terminando, recomeçando, e durante todo esse tempo eu aqui, em luto por uma relação vazia e breve, destruído por tão pouco, e não conseguia enxergar perspectivas disso mudar. Procurei uma psicóloga, mas não parecia surtir qualquer efeito. Lutei com todas as minhas forças contra esse trauma, essa sensação de amor e ódio que me tomava, e nada.
Com os meses, fui sentindo saudades da minha vida em Londrina. Do cinema e do McDonald’s, do Grindr e do Tinder, da faculdade e do callcenter. Percebi que aquela realidade era fruto de um sonho, de uma perspectiva que eu tinha para mim mesmo. A perspectiva de alguém que supera as próprias limitações, a própria realidade. Que através de seu esforço, sai de uma cidade do interior para estudar, conseguir um bom emprego ou até saltar em voos maiores. Percebi, então, que isso construiu a minha vida daquela forma, e apenas essa mesma determinação me daria aquela vida de volta, ou ainda algo melhor.
Decidi confinar as lembranças de Cristian em um pequeno compartimento da minha mente, em quarentena, e fazer todo o restante de mim continuar, para num futuro próximo atirar todo esse lixo no mar.
                                                            V
Dali em diante, determinado, cuidei de aperfeiçoar cada aspecto da minha vida, por menor que ele seja, por mais que não fosse parte da minha natureza cuidar dele, a começar pelo meu corpo. Sempre odiei exercícios físicos, mas agora eu ia à academia diariamente, treinar por cerca de 2h. Comecei a dedicar uma parcela do meu dia para ler livros de filosofia, sociologia e literatura, como uma forma de também exercitar e tornar sã minha mente. O restante do meu salário, que não era gasto com ajudas na despesa de casa, livros ou academia, eu mantinha em fundos de renda fixa ou investia em bolsa de valores, hobbie que também comecei a cultivar. Comprei uma máquina de cortar cabelo e aparei todos os meus pelos corporais, inclusive os da cabeça. Vi cair meus longos cabelos e observar-me careca no espelho, mas o que acreditei que fosse me fazer chorar, me soo indiferente. Quase tudo ao meu redor soava indiferente, a exceção do sudare, sempre soberano.
Após cerca de 1 ano, juntei cerca de 20 mil reais. Era agora careca, bem mais culto, razoavelmente bombado, e a lembrança de Cristian era mantida ali, encarceirada, esperando para ser condenada na fogueira. O sudare era mantido, da mesma forma, no criado-mudo do meu quarto. Ele ficava lá, mantido em pé, como que um santo de barro em seu altar.
Munido de meu próprio dinheiro, mostrei meu dedo do meio em riste para meus pais e mudei-me de novo para Londrina. Dessa vez morava em um apartamento melhor, dividindo-o com outras duas pessoas. Destranquei a faculdade, arranjei rapidamente um estágio em engenharia de produção, e sem mais distrações continuei o curso até seu término. Ao fim, me formei mas não fiz festa de formatura e nem comemorei com ninguém, pois não havia nada ainda a festejar: meus objetivos ainda não estavam cumpridos. Ainda tinha assuntos a resolver comigo mesmo.
Fui efetivado na empresa como engenheiro de produção, depois tornei-me gerente. Com a tranquilidade e o dinheiro que aqueles dias me trouxeram, pude começar a planejar a “solução final” para tudo, para tornar vazio de significado o sudare que eu mantinha como um totem no meio do meu apartamento. Após cerca de um ano de serviços prestados como gerente e também de um ano de planos, recebi férias do trabalho e enxerguei ali a oportunidade perfeita. Eu ia enfim completar o significado dos meus dias, extrair cirurgicamente a lembrança de Cristian da minha cabeça, ou ao menos ressignifica-la.
                                                              VI
Em um fim de semana, peguei meu carro e fui até Maringá. Em um bairro distante do centro, comprei à vista uma casa de madeira de um morador local. Sem contratos, sem assinaturas, sem recibos. Apenas um dinheiro que dizia “essa casa agora é minha, me deixe em paz”.
Para mobiliar minha nova residência, fui ao shopping e comprei uma cadeira e um criado-mudo. Esses dois seriam suficientes. Sobre o criado-mudo coloquei o sudare, e mantive ele lá, para que seja meu objeto de adoração. Também no shopping comprei calça, sapatos e blusa pretos, além de uma touca para o rosto todo. No mercado, garrafas de vinho, panos de limpeza, álcool, cordas, sacos plásticos, uma mangueira e aproveitei para abastecer o carro. Deixei todas essas coisas na minha nova casa, levei as garrafas de vinho comigo e fui me hospedar em um hotel no centro da cidade. Tomei todo o vinho das três garrafas naquela noite e, a beira do coma alcoólico, dormi profundamente.
No dia seguinte, acertei com o hotel, e aproveitando que já estava no centro, procurei por algumas horas por alguns tabletes de cloro. Ao encontra-los, os levei junto das garrafas de vinho até minha casa de madeira. Assim que cheguei, finalmente apliquei meus conhecimentos de aprendiz de revolucionário e fiz meus próprios três coquetéis Molotov. Viatcheslav Molotov ficaria orgulhoso.
Naquele mesmo dia, ali pelo bairro mesmo, comprei uma faca, a melhor que consegui, e também uma arma. Juntos, todos os itens já eram suficientes para que eu pudesse fazer o que queria fazer, e restou-me agora apenas colher algumas informações e agir.
Nas fases iniciais do meu planejamento, mais ou menos um ano atrás, observei nas redes sociais que Cristian trabalhava ainda no mesmo restaurante. Não consegui saber direito em que função, assim como também não sabia onde ele morava. Portanto, nessa fase em que estava quase concluindo minhas ideias, restava-me preencher a lacuna dessas informações. Além disso, também sabia que ele estava casado com um homem e que pareciam estar felizes.
Como me recordava que Cristian trabalhava dois anos e meio atrás na unidade do restaurante que ficava próximo a UEM, o esperei por lá, dentro do meu carro, próximo do horário em que ele terminava o expediente, por volta das 23h. O aguardei até cerca de 1h da manhã, e nada. “Talvez ele esteja de folga”, pensei comigo mesmo, o que era provável, já que se tratava de um domingo.
Para não dar margem ao erro, o esperei no dia seguinte, muito bem escondido, desde às 7h da manhã. Para minha felicidade, o vi chegar às 8h e sair, por volta das 10h30 para ir almoçar. Acompanhei seus passos de longe. O percebi mais forte que antes, mais belo, mas ainda assim menor em musculatura que eu. Diferente de mim, ele ainda mantinha seus cabelos longos. O vi entrar em um carro. Corri para o meu próprio e segui o acompanhando de longe, onde o vi chegar em um prédio de alto padrão no centro da cidade. O fiquei esperando lá fora e o segui de volta ao restaurante, onde o esperei pelo restante do dia. Quando terminou o expediente, por volta das 17h00, o segui novamente até seu apartamento e permaneci aguardando. Alguns minutos depois o vi sair em seu carro, junto de seu então marido.
Segui o carro até um supermercado que ficava ali perto e os vi sair de mãos dadas. Os segui, e dentro do supermercado os fitei disfarçadamente. O marido tinha olhos levemente puxados e mais ou menos a mesma estatura de Cristian. Sua pele era um pouco mais clara. O cabelo, curto e um pouco ondulado. Parecia tímido, calado. Como tinha informações suficientes, retornei para meu carro e dirigi até minha casa de madeira. Dormi por lá mesmo, no chão.
No dia seguinte, acordei e me senti absolutamente pleno, como que a dois passos da realização pessoal. Criei o melhor perfil possível no Grindr, coisa que não fazia já há semanas. Homossexuais fortes e sarados sempre fazem sucesso, e levei três ou quatro pessoas naquele dia para o quarto. Arranjei todo o tipo de droga e usei naquela noite.
No outro dia, às 18h, peguei um dos coquetéis e levei comigo até a frente do restaurante em que Cristian trabalhava. Lá, pensei “seria muito melhor se fossem garrafas de saquê”. Era um restaurante japonês, afinal. Coloquei a touca que cobria inteiramente meu rosto, aguardei próximo do restaurante o horário do seu fechamento, quando a rua fica praticamente deserta. Saí do carro, peguei um tijolo que tinha ali próximo, na calçada. Voltei ao carro, lancei o tijolo no vidro lateral do veículo de Cristian. O vidro tornou-se dois mil pedaços. O alarme ressoou quarteirões, mas logo o fogo ocupou-se em calá-lo. O presente Molotov me inebriava num cheiro delicioso de gasolina. No mesmo momento, acelerei meu carro para longe dali e não pude apreciar também a cara de surpresa de Cristian. Numa espécie de aposta, dirigi até o apartamento em que o casal morava.
Ao sair do restaurante e ver seu carro incendiado, Cristian ligaria para seu marido, que em um ato de desespero iria até seu cônjuge. Cristian sempre impulsivo e maluco, de maneira nenhuma conseguia pensar com frieza em momentos de crise. Ele iria só gritar “meu deus, meu carro pegou fogo, o que eu faço, alguém me ajuda”. Se o rascunhozinho de marido o conhecesse bem, pensaria da mesma forma e iria lá ajudar.
Como planejado, com uma expressão de desespero, o marido de Cristian aguardava impacientemente pelo seu Uber na esquina escura de seu prédio. Silenciosamente, saí do carro e fui até ele. À força, tapei sua boca com um pano alcoólico que preparei minutos antes e o levei até o carro. Lá, apontei minha arma, o vendei e fiz permanecer em silêncio no trajeto até a casa de madeira. Na casa, eu tinha a tranquilidade para fazer o que quisesse, inclusive manter um diálogo.
- Oi – disse eu, após sentá-lo na cadeira, tirando sua venda. Muito assustado, ele não disse nada.
- Você pode ficar calmo querido, não vai acontecer nada com você.
- Então por que me trouxe até aqui?
- Não faça perguntas difíceis, deixa eu pensar – eu realmente não sabia bem porque tinha feito isso com ele, eu só queria fazer.
- Veja bem. Ali, naquele criado-mudo, tem um item, um objeto santo. Eu converso com ele, todos os dias. Ele fala comigo, dentro da minha mente, onde quer que eu esteja, e ele me mandou fazer isso.
- Mas é só um sudare, eu sei, meu marido trabalha em um restaurante japonês.
- Sim, eu sei, eu sei.
- E como?
- Você continua fazendo perguntas muito difíceis.
- Você é maluco, e essa é a única explicação. Você é esquizofrênico! – disse o jovem branquelo aos berros.
Com minha mão esquerda acariciando minha barba nascente, incumbi à direita a tarefa de fazer alguma coisa. Peguei a faca, disposta no chão, e num só golpe atravessei a cabeça do rapaz, verticalmente, de cima para baixo. Após calá-lo, o envolvi num saco plástico, coloquei no meu carro e o joguei no rio mais próximo.
Aquele assassinato me foi frio, quase que como um entretenimento, mas me fez refletir: eu conseguiria ter esse mesmo diálogo com Cristian? Continuaria igualmente frio e inerte? Se o sudare é meu santo, Cristian é meu deus, e eu teria de enfrenta-lo. Teria de ser o próprio diabo nessa vez.
Após minha pequena distração, voltei para o hotel, onde dormi, descansei, e me preparei para o dia seguinte. Descansei por todo o dia seguinte, e lá pelas 23h50 peguei meu carro e fui até o restaurante onde Cristian trabalhava. Lá, aguardei todo mundo sair, absolutamente todo mundo. Munido da minha arma, aguardei defronte até cerca de 2h da manhã. Usei meu celular para criar uma conta no 99, chamei um carro, e assim que entrei, dei dois tiros na cabeça do motorista. Depois não foi muito difícil: tirei o cadáver do volante, tomei o controle do carro e acelerei com tudo contra a entrada do pequeno restaurante. Depois do impacto, retornei ao meu carro e o Sr. Molotov fez seu trabalho.
Após essas loucuras todas, eu sabia que precisava ser rápido em terminar o que estava planejando. Mais cedo ou mais tarde a polícia iria me encontrar, me destruir. Então, somente peguei meu carro e esperei na frente do prédio de Cristian, e somente aguardei, sentado.
Passaram-se as horas, e pude ouvir uma cidade mais agitada que de costume. Bombeiros, policiais, pessoas murmurando. Apenas ignorei e aguardei, até que, em certo momento da madrugada, vi Cristian sair, provavelmente para comprar cigarros. Novamente, não foi muito difícil. Dessa vez eu era bem mais forte que ele. O imobilizei, calei com um pano alcoólico e o temor de uma arma e, mais uma vez, levei o homem até a residência de madeira.
Como aprendi bem a fazer antes, o sentei na cadeira, amarrei e, antes de remover sua venda, apenas disse:
- Oi – Cristian também ficou em silêncio.
- Tudo bem com você? – e permaneceu em silêncio.
- Você sempre me deixou no vácuo. Custa alguma coisa responder? – e tomei apenas mais silêncio.
- Responde, porra! – gritei, peguei minha arma e dei três tiros para cima.
- Sim, tá tudo bem, tudo bem, eu converso, converso, meu deus, o que tá acontecendo, o que você quer – e, ao fim, o fiz dizer palavras desesperadamente.
- Eu só quero conversar. Você pode?
- Posso – disse ofegante.
Juntei minhas duas mãos, gesticulei pensando. Passei minha mão pelos meus cabelos nascentes, olhei para seu rosto assustado.
- O que é aquilo? – disse eu apontando para o sudare.
- É um sudare.
- Pra quê ele serve?
- Fazer sushi.
- E eu não faço a menor ideia de como se faz sushi – disse eu balançando a cabeça. Cristian apenas deu de ombros.
- E você sabe por que raios eu tenho um sudare?
- E eu devia saber?
- Devia. Foi você quem me deu.
- Nossa, que bacana, e que sudare merda eu te dei, desculpa.
- Você ainda não sabe quem sou eu?
- E eu devia saber?
- Devia! – e me reconheci irrelevante naquele momento.
- Chamo-me Gabriel do Nascimento Silva. Nós namoramos cerca de 2 anos atrás, e foi aquilo ali que você me deu quando fui no seu apartamento pela primeira vez, quando você morava na rua Paranaguá – daí ele fez caras estranhas, tentou se recordar, e se lembrou das minhas feições.
- Meu deus, eu lembro de você magro e cabeludo. Também lembro de você obsessivo, mas a esse nível, meu deus, meu deus. Socorro! – começou a gritar.
- Deus não existe e aqui somos só eu e você, e se não calar a boca uma dessas balas vai entrar diretamente na sua testa – ele se calou.
- E o que você quer comigo tantos anos depois?
- Não sei, não sei. Sabe, depois de tudo, ficou só uma lembrança dentro de mim, um filme, uma voz, uma frustração. Depois daquilo, minha vida mudou completamente, completamente.
- Por uma relação de dois meses?
- Sim, vai entender.
- E eu mal me lembro de como ela foi.
- Por que?
- Não sei, eu só não me lembro. Muito mal ainda me lembro de quem você é. Desculpa, mas você foi só um ponto meramente irrelevante na minha vida.
- Fui?
- Sim. Você foi uma foda interessante, provavelmente. Eu tava carente, provavelmente, mas foi só isso.
- Só?
- Sim, aceita isso! – e voltou a gritar
- Não foi só isso, não foi só isso!
- Sim, foi, você é e sempre foi um merda! Aceita isso!
- Você praticamente destruiu minha vida, tudo o que eu tava construindo, tudo. Eu abandonei tudo por conta do que você me deixou, do que você me tornou, da lembrança de você.
- Se você é louco eu não tenho culpa! – e continuou a gritar.
- Tem sim, tem total culpa! – respondi no mesmo tom.
- Não, lamento. Relações começam e terminam. Todo mundo começa e termina relações, muito mais profundas que a nossa inclusive. Só você é a afetada, só você se vitimiza e não consegue continuar. Desculpa, se você é assim, não é culpa minha.
- É sua culpa sim! – gritei, e escorria uma lágrima no meu rosto.
- Não, desculpa, desculpa – e repentinamente começou a rir.
- Que foi?
- Gente é cada coisa, cada coisa. Meu marido sumiu, meu restaurante pegou fogo.
- Olha pro chão.
- O que tem?
- Sangue.
- E?
- Você é viúvo agora, bebê – ele ficou segundos sem entender, mas quando percebeu, começou a chorar.
- E você fez isso? Por quê?
- Não sei! Por você, fiz por você!
- Por mim?
- Não sei – e fui passando a mão pelo meu rosto, enquanto chorava.
- Você sempre foi patético, completamente patético, a grande vítima de tud... – e o interrompi com um tiro no rosto, depois outro.
O joguei, em seguida, no chão. Coloquei o sudare sobre ele. Peguei o último coquetel Molotov, me afastei da casa e lancei. Em seguida, apenas sentei no meio-fio do outro lado da rua. Chorando, continuava ainda a lembrar dos meus dias felizes com Cristian. Aguardei ali, sentado, minha condução até a delegacia. Aguardei, ali, completamente ciente do meu fracasso. Cristian cintilava ainda na minha cabeça tanto quanto o fogo que consumia seu corpo.
sadico-aristocrata
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jeangunhildr · 5 years
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masterlist de plots f/f da aud!
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o disclaimerzinho é que eu não vou jogar isso na tag nem nada pois é só pra eu usar de referencia quando me perguntarem meus most wanted, mas se você tiver lendo isso e gostar de algo pra usar com alguém ou comigo, fica à vontade~! me chama pfvr, vamo jogar bebê (its rly big im so sorry im a mess for f/f)
real life
muse a e muse b são casadas fazem 5 anos e extremamente felizes. um dia voltando para casa depois de uma viagem para uma cidade ao lado a trabalho, muse a sofre um acidente grave, a deixando em coma por um mês e a fazendo perder 10 anos de memória. então muse a não faz a mínima ideia do que pensar quando acorda e vê muse b, sua melhor amiga de infância, alegando ser sua esposa.
muse a não é lá uma das pessoas mais inteligentes da faculdade e isso não é segredo para ninguém ali, mas com certeza é uma das mais queridas por ser super sociável. muse b por outro lado é intimidante, pois não economiza quando precisa ser fria com alguém, é uma das pessoas mais inteligentes que aquela faculdade já viu e é exatamente por isso que as duas nunca se deram bem desde que o curso começou. só que infelizmente, muse b é a ultima esperança de muse a tem de conseguir salvar o seu semestre. o problema é ultrapassar o orgulho e pedir para que ela lhe ajude a estudar para a semana de provas que está cada vez mais perto.
por ter se tornado mãe muito cedo por conta de uma gravidez acidental aos 18, muse a perdeu o apoio da família, dos amigos e até do pai da criança. entretanto, conseguiu se firmar estudando, trabalhando e cuidando de seu filho. quando o pequeno já estava com 7 anos, as coisas começaram a complicar no seu trabalho e muse a se viu sem escolha a não ser contratar uma baba fixa para que pudesse ficar um pouco mais de tempo trabalhando. muse b era apenas uma estudante buscando uma renda extra para pagar todos seus custos acadêmicos e quitar suas dividas, então não pensou duas vezes em enviar seu contato para esse anuncio na internet requisitando uma baba. ( @theoriginalvisual​ )
muse a e muse b sempre foram as melhores das melhores amigas. populares na escola, tinham todos os garotos que queriam as seus pés, todas as outras meninas queriam ser amigas delas e todo esse clichê. mas um dia muse a se viu pensando em sua melhor amiga de uma forma não tão amigável, enquanto muse b era simplesmente a pessoa mais hétero do planeta aos seus olhos. era definitivamente complicado ser apaixonada por sua melhor amiga quando a mesma tinha um namorado diferente toda semana. ( @princssanna​ )
muse a é cega, uma condição que adquiriu sofrendo um acidente em sua infância. tudo começou como curiosidade, mas de alguma forma muse b simplesmente se viu determinada em fazer que muse a visualizasse todas as cores e coisas bonitas do mundo apenas com descrições e sensações.
muse a sempre frequentava o mesmo café desde que entrou na universidade, e em um dia particularmente estressante, se vê gritando com uma das atendentes nova do local que a ignorou por alguns minutos quando tentou fazer o pedido. para muse b, a nova atendente do café, o dia estava super tranquilo então como estavam quase para fechar, decidiu desligar seu aparelho auditivo por alguns segundos, preferindo fazer suas tarefas finais sem a estática do mesmo. logo, não ouviu muse a chegar, nem os pedidos e apenas pegou o finalzinho de toda a gritaria, não tendo chance de se explicar antes que a outra saísse correndo do café.
muse a é roqueira, dona de uma banda famosa no underground da cidade enquanto muse b é da elite, musicista clássica e destaque da orquestra local. as duas se conhecem por amigos em comum e desde o primeiro segundo não param de se perturbar, entrando em uma competição de mostrar para a outra que o estilo musical que preferiam era o melhor.  ( @jendeukiies​ )
aquele clássico: oh shit eu acabei de descobrir que muse a é minha nova professora do departamento de x e eu posso ou não ter saído com ela algumas vezes nas férias. onde muse b acabou de voltar de viagem nas suas férias de faculdade e na primeira aula logo se depara com muse a, a mulher com quem teve um caso durante a viagem, como sua professora.
nsfw/cheating/etc?
muse a precisava de um dinheiro extra então por que não procurar um sugar daddy? sua curiosidade foi maior quando encontrou uma mulher no site, decidindo mandar uma mensagem para ela. conversaram bastante online até que muse a se sentisse confortável o bastante para ir conhecer a pessoa ao vivo. só que muse b decidiu deixar o detalhe que era uma das melhores amigas do irmão mais velho de muse a de fora. 
muse a e muse b são colegas de dormitório, mas nunca se falaram muito, já que são de mundos completamente diferentes. um dia muse a descobre que muse b é camgirl para uma renda extra, e desesperada para pagar algumas contas, muse a se junta a muse b depois de um convite da mesma, pensando que duas garotas iria aumentar ainda mais sua audiência. depois que um dos inscritos sugere que elas se beijem é que as coisas realmente começam a complicar para as duas.
muse a namora o irmão de muse b, e as duas se dão muito bem desde o começo. dividem momentos legais quando a casa está cheia, e momentos mais íntimos como conversas mais profundas quando acabam por se encontrar sem querer de noite na cozinha buscando um copo de água ou talvez apenas tomar um ar. em um momento em que a tensão está palpável e acabam por se beijar. desde então, não conseguem parar at all, até porque sentimentos estão surgindo e ficando cada vez mais fortes.
os maridos (ou namorados? podemos combinar) de muse a e muse b são colegas de trabalho e começam a sair juntos conforme a amizade vai crescendo, então obviamente muse a e muse b começam a frequentar algumas dessas saídas como double dates para apoiar a amizade dos maridos. o que elas não esperavam era se sentirem tão, mas tão atraídas uma pela outra. ( @princssanna​ )
fantasia/sobrenatural/etc
muse a é literalmente a morte. é uma sociedade onde várias almas perdidas acabam virando responsáveis por garantir que todos que morrem na terra encontrem seu lugar até o céu. ela cuida de uma pequena área e apenas fica com a aparência sobrenatural quando está de fato trabalhando. horários livres ela pode aproveitar de prazeres humanos com um corpo sólido e aparência normal. um dia enquanto está trabalhando, encontra muse b, uma universitária, olhando fixamente para si em choque, algo que jamais poderia acontecer pois apenas almas a enxergam nesse estado. ( @princssanna​ )
muse a é um anjo da guarda que nunca quis estar olhando humanos, então sempre fez um trabalho mais ou menos cuidando de muse b. mas conforme os anos vão se passando, ela começa a se apegar um pouco, se preocupar e cuidar de sua humana. tudo muda entretanto quando muse a se materializa de repente na frente de muse b. (ou alternativamente: muse a é um anjo super dedicado e muse b é extremamente cética.) ( @jendeukiies​ )
muse a é tatuadora e por mais que seja quietinha e tímida, sempre amou a ideia de soulmates e não vê a hora de conhecer a sua, totalmente hopeless romantic. soulmates se ditam por marcas iguais no corpo, como manchas. até que um dia muse b, que detesta tudo que tem a ver com essa história de soulmates, entra em seu estúdio pedindo se ela tatuava por cima de marcas também. o que muse a jamais imaginaria é que veria um reflexo de sua própria marca nas costas de muse b.
em um mundo onde soulmates são reais, todos os tipos de marcas que são cravadas na pele de um, aparecem também na pele de outro. muse a e muse b quando crianças não paravam de conversar por rabiscos corridos nos braços, pernas, onde fosse. muse a amava cada interação dessas que tinha com sua cara metade, até que um dia elas simplesmente pararam. isso normalmente significava algo ruim, então passou o resto de sua adolescência acreditando no pior. apaixonada por tudo relacionado a musica, muse a entra em uma dessas empresas de entretenimento buscando se tornar idol. muse b, que mesmo trainee já recebia muita atenção da mídia por fazer cfs e participar de mvs começou a passar maquiagem por todo corpo ao mando da empresa. talvez seja apenas questão de tempo para as duas perceberem que foram escaladas para debutar no mesmo grupo.
aurora e mulan de ouat but done right
muse a e muse b namoram já fazem alguns anos e estão mais felizes que nunca, pois são soulmates e se encontraram cedo. entretanto, os dois são muito mente aberta e livres sexualmente e decidem buscar por uma terceira pessoa só por uma noite. para entender quem estão levando para dentro de casa, antes sempre arrumam um encontro com a pessoa para depois curtirem a noite os três juntos. um dia eles dão match com muse c em um aplicativo de namoro e no encontro descobrem que ela tem exatamente a mesma tatuagem de soulmates que eles. (fxmxf ou fxfxf tudo de bom)
muse a e muse b não se suportam e hogwarts toda sabe disso. as duas discutem a cada oportunidade que arranjam desde o primeiro ano. um dia acabam por discutir sozinhas em um banheiro, e no meio da briga acabam por se beijarem, algo que jamais mencionaram novamente uma para a outra. logo após esse ocorrido, em uma aula de poções compartilhada, o cheiro que sentem na amortentia estranhamente bate com a descrição uma da outra, mas mesmo percebendo isso elas jamais vão admitir em voz alta. ( @princssanna​ )
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euamoescrever · 6 years
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Hey Dezza! Sério, eu não sei como acabei nesse blog, do nada eu estava procurando uma fanfic e logo vim parar aqui, eu amo blogs sobre livros e escritas e acabei me apaixonando pelo seu! Então, eu vi que você estuda Arq & Urb e eu enlouqueci, pois, meu sonho é cursar né, e eu gostaria de perguntar como é a vida nesse curso, gostaria de saber se é tão puxado como várias pessoas dizem, quais as melhores partes e as menos agradáveis, caso você puder dizer, é claro. Agradeço desde já, xoxo!
Seja bem-vinda!
Então, puxado é pouco, hahaha. Inclusive foi eleito o curso que mais demanda tempo dos alunos em uma pesquisa feita em uma universidade dos EUA (venceu medicina, pois é)! E muita gente (até quem ama mesmo) desiste do curso por isso, porque por mais que você se organize e cumpra os prazos, uma hora a gente se perde no meio de tanta coisa para fazer ou é marcado por algum professor (acontece DEMAIS!). A pressão que a gente sofre dentro do curso é terrível. :(
Veja bem, você tem um projeto para fazer, todo semestre é um tema diferente (escola, casa popular, resort, edifício residencial, hospital…), daí vai nas orientações com o professor da matéria e toda aula é barrado por coisas mínimas que, quando você vai corrigir, acaba mexendo no projeto INTEIRO (que levou DIAS para concluir), e tem que levar tudo refeito na aula seguinte (no meu caso, tenho aula de projeto duas vezes por semana). Aí você acha que está aprovado e pode dar continuidade no trabalho até o professor vir e MEXER NOVAMENTE. Cara, isso dá raiva demais, um dos motivos por nos atrasarmos e termos que virar noites diversas vezes.
O curso se chama Arquitetura e Urbanismo, muita gente entra ignorando o urbanismo, mas é tão importante quanto a arquitetura, há matérias só voltadas para isso, e vários projetos exigem a integração dos dois (o que torna tudo pesadíssimo). Já peguei matéria de urbanismo em que tive que fazer a intervenção de um bairro inteiro, era quase um “derruba tudo e constrói outro no lugar”, mas deixando construções específicas (que barram todo seu projeto, acredite). É bem trabalhoso porque você tem que ficar indo no bairro (ele existe mesmo e é dentro da sua cidade), fazer entrevistas com os moradores (que vão achar que você é da prefeitura e de fato vai requalificar a área, hahaha), às vezes te colocam pra ir dentro de lugares perigosos, fora todas as normas que você tem que ler para iniciar o projeto, porque não é só botar a mão e modificar tudo como the sims, é uma cidade que existe e tal, hahaha. Inclusive, essa parte das leis pesa muito no curso, você tem norma para tudo nessa vida, desde a instalação de um simples cano na sua casa até como uma calçada é feita, a altura de eletrodomésticos, acessibilidade e por aí vai. Acho que isso até explica porque muita gente que entra em arquitetura acaba migrando para direito eventualmente.
A parte boa do curso (se é que tem, hahaha) é a possibilidade de áreas que você pode atuar no mercado de trabalho. Você pode trabalhar com a área de design de interiores (que não é tão gostosinho assim como parece, detalhar marcenaria é o inferno na Terra; para você ter ideia, aqueles manuais que vem junto com os móveis quando você compra ensinando a montar, então, é detalhar naquele nível ali), que inclusive é a área que faço estágio atualmente. Pode trabalhar com urbanismo também, que costuma ser junto com a prefeitura ou algum órgão estadual da sua cidade (são os que pagam melhores e têm as melhores férias também). Pode trabalhar com arquitetura em si, nas construções e tal. Com paisagismo, que é ornamentação com vegetação, plantas, flores e etc (entra praças nisso também). Com a construção civil (arquiteto também pode fazer cálculo estrutural, desde que se especialize nisso depois da graduação). Montar cenário de novelas, filmes e séries, além de cidades fictícias para jogos e tal (tenho um colega que quer se especializar nisso), assim como design de produtos (móveis). Com restauração de patrimônio público, casas antigas e tal (é lei pelo IPHAN que só arquiteto pode fazer esse tipo de intervenção, engenheiro só atua na área estrutural nesse caso E com um arquiteto ao lado, obrigatoriamente).
Escrevi demais, mas enfim, uma vida inteira dentro dessa faculdade e nem é um terço do que vivi lá! Mas resumindo, o que mais gostei foi justamente as experiências que a graduação me proporcionou. Arquitetura é um curso que te obriga a viver a cidade, você não vai ficar preso dentro de uma sala de aula (por mais que você more lá fazendo projeto depois das pesquisas de campo). Inclusive, só conheci onde moro (e olha que nasci e cresci aqui) graças ao curso que já me fez ir em cada biboca nessa cidade, mas bibocas incríveis e que eu não fazia ideia da existência, diga-se de passagem! E outra, se você DETESTA trabalho em grupo, vai se dar muito mal no curso, porque arquiteto não vive só, muito menos os famosinhos. Por trás deles, há uma equipe GIGANTESCA, entre estagiários, colegas da profissão (cada um especializado em uma área da arquitetura), engenheiros (civil, elétrico), técnicos, topógrafos… Enfim, se você acha que as tretas dentro da faculdade já levaram toda sua paciência, a vida real é pior ainda!
Ainda não sei dizer se essa aventura valeu a pena ou não, até porque no meio disso rola muita gente que tranca a faculdade ou vive momentos horríveis com problemas psicológicos (muitas vezes em função do curso). Tem uma hora que você é obrigado a parar e rever suas prioridades no curso, se é sua saúde mental ou se formar logo (é uma graduação longa de 5 anos, mas é fácil você arrastar por 6 ou 7 anos). Eu tive esse momento e precisei abandonar matérias e pegar mais leve comigo mesma, porém, não é algo que você vai passar obrigatoriamente. Entretanto é bom estar preparado (a), porque o que mais vejo é gente se surpreender quando entra na faculdade e ver que não é nada daquilo que imaginou ser.
Vai fazer vestibular esse ano? :)
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youngiejin · 6 years
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JinTae || AU || Pt. 1
As férias de verão chegaram, junto delas o fim da paz na mansão Lee. Particularmente, JunTae havia se acostumado ao silêncio que acompanhava o período escolar, ao acordar de manhã as crianças já haviam ido para a escola, quando saía para a faculdade da tarde eles não haviam chego e ao chegar todos já estavam em suas devidas camas. Mas estar de férias significava gritaria e correria, os pequenos, finalmente livres do jardim de infância e da escola primária, tinham energia de sobra para gastar pelos corredores, e ao contrário do que fizera com seus próprios filhos, DongSun permitia aos netos brincarem pela casa, o que significava uma bagunça sem fim. De certo modo, Tae tinha inveja, afinal, desde que se entendia por gente era bombardeado com aulas particulares, tanto ele quanto seus irmãos, não estudavam fora, eram educados para assumir o dinheiro da família, já os netos, bem... Eles não precisavam se importar com aquilo tão cedo, e foi uma decisão mútua que seria muito melhor manda-los a escola, professor particular nenhum daria conta de todos, eram muitos com idades próximas demais, diferentemente dos herdeiros mais velhos. Todos pareciam empolgados, os jovens ansiosos pelo próximo ano letivo em Mahoutokoro, os pais gratos por poderem passar mais tempo com seus filhos, mas havia apenas uma pessoa que não participava daquela animação: o jovem YoungJin. Desde que as aulas chegaram ao fim, Tae poderia contar nos dedos quantas vezes vira o maknae fora do quarto, ele vinha pulando refeições, evitando contato com qualquer um de seus familiares e, mesmo não sendo próximo ao mais novo, a preocupação veio a tona, Jin sempre foi um dos mais animados, cotumava jogar com os sobrinhos, gostava de andar a cavalo e praticar esportes no tempo livre, e nos últimos dias mal havia deixado seu quarto. E na sexta noite em que o rapaz não apareceu para o jantar, JunTae resolveu tomar alguma medida, questionou seus pais os motivos do isolamento súbito de seu irmão e tudo que recebera foi um "ele apenas disse estar sem fome", claramente teria de encontrar as respostas sozinho. E após todos se recolherem em seus aposentos, ele se colocou a andar pela casa, parando em frente a porta de madeira escura e batendo três vezes apenas para escutar um "entra" baixinho. O cômodo estava iluminado apenas pela televisão, esta que passava um anime qualquer, os olhos do mais velho varreram o quarto até parar na figura do maknae, ele encarava o televisor mas não parecia prestar atenção de fato ao conteúdo exibido ali, o ar condicionado estava ligado em uma temperatura baixa e consequentemente o garoto se encontrava enrolado em cobertores grossos da cabeça aos pés, apenas o rosto para fora. O coração de Tae deu um salto, Jin era uma das criaturas mais adoráveis da face da terra, poderia afirmar isso de olhos fechados. Se aproximar do caçula era sempre um desafio para si, a relação um tanto hostil de ambos deixava o clima um tanto pesado quando estavam no mesmo cômodo e no fundo o maior tinha uma certeza: Jin lhe odiava, afinal, havia lhe dado todas as razões para isso, o tratava como lixo, era rude, negligente, zoava o irmão como se fosse apenas mais um jovem qualquer com quem seu grupinho na escola costumava praticar bullying. Nunca viu outra opção a não ser trata-lo assim. Quando criança, fora muito difícil para seu cérebro de cinco anos assimilar a ideia de que não seria mais o bebê de seus pais, haviam mais dois a caminho e ele já não teria todas as atenções voltadas para si. Ora, como todos os garotos Lee, Tae fora mimado desde o nascimento de uma forma absurda, e a chegada dos gêmeos foi de longe bem recebida pelo antigo caçula. Ciúmes. Esta era a palavra. Já não tinha mais a atenção de sua omma da forma que queria, ela sempre estava ocupada, com um dos bebês no colo ou atendendo outras necessidades da casa, appa não se comportava de maneira diferente, mas ao contrário da esposa, DongSun tinha olhos unica e exclusivamente para a nova menininha da família: SunHee. Lembrava vagamente da infância e de como sua vida deu uma guinada radical com a chegada dos irmãozinhos, nascidos prematuros devido a idade avançada de sua mãe, Jin e Sun eram os xodós de todos, bebês adoráveis, muito parecidos fisicamente mas com diferenças de personalidade gritantes. SunHee desde cedo se mostrou uma criança enérgica e barulhenta, mesmo recém nascida chorava mais do que os ouvidos de qualquer um conseguiam aguentar, mesmo assim esbanjava saúde, era gordinha e risonha, bajulada por todos, afinal era a única menina numa família cheia de homens, diferentemente de YoungJin, pequeno, quieto, de saúde frágil por ter nascido apenas com sete meses, estava sempre doente nos primeiros meses, tendo atenção quase em tempo integral apenas por essa razão. Lembrava como o tempo foi passando e sentia-se cada vez mais negligenciado, os mimos iam todos para SunHee, ela era a princesa, mandava na casa antes mesmo de saber falar e cada dia mais Tae se tornava uma criança raivosa e invejosa em relação aos irmãos e não demorou muito para começar a agir de forna cruel com eles. Quando eles começaram a dar os primeiros passos, tinha mania de empurra-los, não era a toa que os queixinhos estavam sempre ralados pelos tombos, quebrava brinquedos, rasgava roupas e tudo o que recebia era um castigo. Implicava com Jin devido as dificuldades de comunicação do garoto, demoraram anos até que ele aprendesse de fato a falar, e no início era muito difícil entender o que ele dizia, quando o menor tinha seis anos, empurrou-o da escada apenas por maldade, cortou os cabelos lindos e negros da irmã, e sempre dava um jeito de acabar com a alegria de ambos. A medida que ia crescendo, o sentimento de inveja era substituído por outro, e quando a adolescência chegou, já não sabia bem como reagir aos mais novos, sabia que seria infantil demais ficar batendo neles, mas seus instintos mandavam que ainda fizesse algo, até o dia que sua irmã morreu. Tinha quatorze anos na época, estava descobrindo o mundo e a si próprio, e mesmo tendo crescido com aqueles sentimentos negativos em relação à pequena Sun, a morte dela foi dolorosa e ele chorou escondido muito tempo, o que não imaginava era como aquilo seria doído para Jin, este que se isolou no quarto, seus sentimentos eram subestimados pelo resto dos familiares, sua dor fora negligenciada de uma forma absurda e Tae compadeceu do menor, tentando se aproximar dele naquela época e foi quando percebeu que o caçula não era aquele monstro roubador se mães criado por sua mente infantil, era uma criança como as outras, tímido de uma forma absurdamente adorável, sensível, inseguro, e não sabendo se eram apenas seus instintos de irmão mais velho, mas algo mandava que protegesse aquela criatura acima de tudo. Até o dia daquele sonho. Estava cada vez mais amigo de seu irmão, o protegia dos bullies em Mahoutokoro quando enfim uma noite o menor invadiu seu sono. Fora seu primeiro sonho erótico. Nele, ele tocava o corpo de YoungJin de formas nunca imaginadas, a voz ainda aguda chamava seu nome em meio a gemidos e Tae acordou com uma grande ereção, foi quando soube estar em enormes problemas. Seu comportamento hostil voltou, dessa vez para impedir que sonhos como aquele tornassem a acontecer, tinha medo do que poderia significar tudo aquilo. Mas a medida que YoungJin ia crescendo, ia tudo se tornando pior, ele reparava nos detalhes, em como a puberdade parecia estar lhe fazendo bem, e por mais que tentasse com todas as forças afastar o maknae, tudo o levava de volta a ele. Foi quando recebeu a notícia de o menor estar namorando que seu mundo desabou, chorou uma noite inteira sem saber o motivo, ou melhor, sabendo-os mas sem querer admiti-los. A aceitação se tornou mais fácil quando começou a faculdade, afinal, um mundo novo se abriu para si e diversas descobertas vieram juntamente do início de seus estudos e finalmente aceitou o mais doloroso de seus segredos, o maior de seus pecados: estava perdidamente apaixonado pelo próprio irmão caçula.
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relatabrasil · 5 years
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'Mestre do Sabor': Rafael Lorenti tem 61 tatuagens e é apaixonado por motos
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Paulistano tem o hábito de cumprimentar todos os funcionários ao chegar no restaurante e evita o assunto trabalho logo de cara: "Sempre procuro sair um pouco do Rafael Chef, que tem que entrar e comandar a cozinha, para mostrar um lado um pouco mais humano." Rafael Lorenti tem 61 tatuagens e ama moto Globo Paulistano, 31 anos, ama moto, 61 tatuagens e estilo bad boy. Rafael Lorenti, do time de José Avillez, é a prova de que nem sempre o que parece é. Com uma forte ligação com a família e suas raízes italianas, o Chef preza pelo bem-estar dos funcionários de seu restaurante, evitando o assunto trabalho assim que chega, para saber como anda a vida daqueles que estão ao seu lado no dia a dia. Confira o papo completo! Como você descobriu o amor pela gastronomia e com quantos anos, mais ou menos, você começou a cozinhar? Não foi assim: “Ah, descobri que eu amo a gastronomia”. Foi muito natural. Eu, enfim, família italiana, sempre na cozinha. Via minhas avós e tudo mais, então o meio era sempre este: encontro de família italiana. Vamos visitar a tia de não sei quem, comadre de não sei quem. Na cozinha, era sempre sentado na cozinha. Quer fazer café? E sempre tinha alguma coisa que elas estavam cozinhando, e isso foi muito natural.Com 15 anos, tinha um amigo do meu pai, que tinha uma empresa de eventos, ele falou: “Tenho um evento, final de semana para fazer. Vamos fazer?”. Eu falei: “Vambora”. Entrei, primeiro evento, 1.100 pessoas, e com 15 anos. Uma supercozinha, enorme, não sabia o que fazer, mas fiz. No final do serviço, eu falei: “É isso que eu quero para minha vida”. Daí, só segui. Não chegou a ter outras profissões além da gastronimia? Não, não. A única, desde os 15 anos, quando eu comecei a fazer evento, eu falei: “É, comecei a brincar com cozinha com 15 anos e até hoje estou nessa”. E profissionalmente foi com 15 anos? Não, profissionalmente foi depois, quando entrei na faculdade, quando eu peguei um emprego de carteira assinada. Até lá, até os 18 anos, era só freela, só evento. Você tem algum utensílio que é indispensável para você na hora de preparar os seus pratos? Faca. Não consigo ficar sem uma faca do lado, mesmo que eu não use. Vai fazer alguma coisa, tem que ter uma faca do lado. Tenho praticamente uma coleção de faca. Você sabe mais ou menos quantas facas você tem? Mais de 40, fácil. + Reveja a primeira prova de Rafael Lorenti no Mestre do Sabor Rafael Lorenti, do Mestre do Sabor, tem cerca de 61 tatuagens pelo corpo, algumas relacionadas à gastronomia Arquivo Pessoal Você se lembra de alguma história, alguma situação complicada ou curiosa que você passou na cozinha? A gente passa praticamente em todo serviço, né? Quando, enfim, está no meio do serviço, acaba alguma coisa e tem um prato para mandar. A gente se vira nos 30, faz sempre alguma coisa, ou para mandar a mesma coisa ou para chegar ao cliente e falar: “Posso te surpreender? Posso fazer alguma coisa para te agradar?”. Aí a gente vai para cima. Todo final de semana acontece alguma coisa, dessa de dificuldade, de cair um filé no chão, tem que correr para fazer outro, fazer no mesmo tempo. Bastante coisa que acontece. Caso você vença o Mestre do Sabor, você já tem alguma ideia do que você gostaria de fazer com o prêmio? A única coisa que eu penso é voltar e trabalhar, continuar trabalhando, sempre. Meu objetivo principal sempre é esse. O depois, eu não parei ainda para pensar o que que eu faria com o prêmio, mas com certeza eu investiria e continuaria trabalhando para talvez ter outro espaço, outros lugares, outras pegadas. Você tem alguma viagem dos sonhos? Eu tenho muita vontade de conhecer a Ásia: Tailândia, Japão, China, Índia são lugares que eu não conheço e que eu tenho muita vontade de conhecer, não só pela gastronomia, mas pelo lugar que é, pelo o que é o ambiente. É muito diferente do ocidental, né? Rafael Lorenti no 'Mestre do Sabor' Globo/Victor Pollak E você tem algum lugar que você já conheceu, que você viajou e que te marcou por algum motivo especial? Itália. Eu fui duas vezes, morei na Itália e voltei um mês de férias inteiro lá. Sou suspeito para falar de lá, porque minha família é italiana, todo mundo da minha família praticamente é italiano, então lá para mim é muito especial porque eu sinto realmente o que é a cultura do meu nome, da minha nonna que veio com 18 anos para cá, meu nonno no pós-guerra, fugindo da guerra. Ele desertou e veio ganhar a vida aqui no Brasil. Então, voltar para lá até arrepia quando chegas sabe? Quando vai para a região deles ou quando ouve a história do meu nonno. Eles são de qual região? A minha família toda do sul da Itália. Da Basilicata, Nápoles, Calábria. O nome do seu restaurante é Basilicata... É, Basilicata. Isso, exatamente. Desde sempre, desde 1914. Ela começou como padaria, em 1914, e a gente repaginou ela agora, dois anos e meio atrás, um pouco mais. Quando eu estava na Itália, fui para a casa da filha do casal que abrigou o meu nonno depois que ele fugiu da guerra, e ela contou as histórias. Então, parece que eu conheço ele de alguma forma. Lembrando quando foi primeira vez que eu morei lá, eu fiquei conhecendo essa história mais a fundo. Aí, quando eu voltei na segunda vez, que eu fiz o sul da Itália, eu pirei. Nessa primeira vez, você morou quantos anos na Itália? Não foram anos, foram meses. Eu fiquei seis meses, mas trabalhei. Eu fiz um curso: eu trabalhei, estudei. No meu trampo, dava o que eu comer e onde dormir. Ainda peguei 22 dias com meu pai, que veio com a desculpa de: “Ah, vou buscar meu filho na Itália”. A gente pegou e fez até Nápoles, e de lá a gente voltou para subir para o outro lado e voltamos para o Brasil. Quase quatro anos depois eu voltei, mas eu fiz só o sul da Itália, para conhecer a minha tradição mesmo, a raiz da minha família. + Aprenda a receita do Spaghetti Alla Carbonara do Chef Rafael Lorenti Spaghetti Alla Carbonara Samuel Kobayashi/Gshow Você chegou a conhecer algum outro país na Europa? Fui para a Suíça, que eu te uma prima lá, e muito próximo da França, da divisa da França. Então eu conheci alguma coisinha, assim, mas pouca, porque foi um final de semana. Foi isso. Você sabe qual é o seu signo e ascendente? Áries e Áries Você tem alguém, algum ídolo que te inspira na gastronomia, na cozinha? Eu gosto muito do trabalho do Massimo Bottura, que foi reconhecido várias vezes o melhor chefe do mundo e, assim, não por ele ser o melhor chef do mundo, mas pela pegada que ele tem de ajudar os outros. Teve o episódio do terremoto que derrubou os queijos, os parmigianos. Ele fez toda repercussão da galera usar o queijo. Eu achei isso muito bom, e eu acho a pegada dele, a ideia dele, o jeito que ele trabalha, o jeito que ele tem as ideias de prato, a piração dele que, às vezes você para para pensar, você está olhando um filme e vem um prato na cabeça. E é muito o que acontece. Acho que não só comigo, com todo mundo, mas eu tenho ele muito como uma direção, assim, um referencial legal. Qual o seu estado civil? Solteiro. Você tem filhos? Não. Tem algum animal de estimação? Tenho. Tenho três cachorros. Um Dogo Argentino, um vira-lata e um Buldogue Francês. Tem algum esporte que você pratica ou acompanha? Hoje em dia eu pedalo muito. Toda minha folga eu saio para pedalar, mas eu já lutei bastante. Eu fazia muay thai, fazia MMA. Eu acabei parando um pouco porque eu tive uma lesão no joelho, tive que operar e acabei parando um pouco, mas eu pretendo voltar, mas eu gosto de coisa mais explosiva. E você tem algum hobby além da gastronomia e de pedalar? Eu sempre gostei muito de moto. Há um tempo, antes do meu acidente, eu andava muito de moto, fazia viagens de moto, pegava estrada de moto. Sempre adorei muito. Gosto muito de moto e carro, é uma parada que me brilha muito. Mas basicamente é isso: a bike, que eu pego final de semana, academia que eu treino, que eu gosto bastante, a luta que eu parei um pouco, mas eu vou voltar. Você tem ideia de quantas tatuagens você tem? A última vez que eu contei estavam em 61, alguma coisa assim. E tem relacionadas à cozinha? Tenho, tenho um braço praticamente que é mais voltado para cozinha e tem um braço que é voltado para essa parte que eu gosto muito, que é moto e carro. Esse braço aqui, o direito, é mais old school, da pegada que eu gosto de carro, de moto. E você tem algum tipo de mania na cozinha? Você tem um algum tipo de coisa que você tem que fazer sempre quando entra na cozinha? Não, eu gosto muito de entrar na cozinha e, principalmente assim, primeira coisa que eu faço, eu cumprimento todos os meus cozinheiros, todo mundo, desde o pia, ajudante, o cozinheiro, meu subchefe, o chef do bar, o maître, todo mundo. Eu gosto de cumprimentar todo mundo e tentar não falar de imediato de comida. “E aí, você está bem? Você está passando mal? Ficou melhor, foi ao médico?”. Ou quando tem problema de família, porque a gente vira meio que um psicólogo, né? “E aí, a sua mãe melhorou? A sua namorada está bem?”. Eu sempre procuro sair um pouco do Rafael chef, que tem que entrar e comandar a cozinha, para ser um lado um pouco mais humano, que eu acho que muitas das vezes falta dentro da cozinha. Qual a comida mais exótica que você já experimentou? Quando eu morei na Itália, eles chamam de fritto misto alla piemontese. É tudo frito, mas pulmão, cérebro, medula, coração, tudo. Tudo do vitelo. Foi o prato mais radical. No mesmo menu tinha coisa doce, tinha os miúdos fritos. O pulmão tem muito gosto de sangue, tinha umas coisas assim que eu nunca tinha provado daquela forma. 📌 Acompanhe o Mestre do Sabor nas redes sociais! 👉 Clique e curta Mestre do Sabor no Facebook! 👉 Clique e siga Mestre do Sabor no Twitter! 👉 Clique e siga Mestre do Sabor no Instagram! 🥣 'Fora da Cozinha': toda quinta, o 'Mestre do Sabor' continua AO VIVO no Gshow! Glossário explica termos da gastronomia que você precisa saber
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livrosrefugios · 4 years
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Pessoas Normais - Sally Rooney
Na quarta capa do livro está escrito o seguinte: “uma história de amor entre duas pessoas que tentam ficar separadas, mas descobrem que isso pode ser mais difícil do que parece”. 
Para quem não ouviu mais nada sobre a história, pode parecer ser só mais um livro clichê onde o popular do colégio se apaixona pela garota nerd. E se você começar a leitura com isso em mente, todas as suas expectativas serão frustadas. Bem, é sim uma história de amor, mas não do jeito que estamos acostumados. E a definição descrita na quarta capa é muito simplória quanto a tudo que o livro representa. 
Nesta resenha não quero me ater a história, mas assim àquilo que o livro representa. Sally Rooney constrói uma narrativa riquíssima e apresenta ao leitor, meio que implicitamente, inúmeros debates importantes que te fazem rever muito da sua própria vida. 
A história começa quando Connell e Marianne estão no último ano do ensino médio. Ele: filho de mãe solo, muito popular, vários amigos, amados por todos, pobre. Ela: sozinha, tanto na escola quanto em casa, inteligente, rica. Apesar de estudarem juntos, nunca trocaram uma palavra.
Os caminhos dos dois se cruzam porque a mãe de Connell trabalha na casa da Marianne. A relação deles assim, longe da escola e de todas que os dois conhecem, já que ele sempre busca a mãe. E continua até o fim do ensino médio. Aqui se apresenta um dos primeiros debates que podemos fazer: como tomamos nossas decisões com base no que os outros vão pensar.
Os dois encontram muitas coisas em comum, e gostavam de passar o tempo juntos. Mas Connell não queira que ninguém soubesse que ele estava com a esquisita da escola. E Marianne deixou que o relacionamento deles seguissem como algo que deveria ser escondido. 
“Momentos de dor emocional chegavam assim, sem sentido ou, no mínimo, indecifráveis. Marianne tinha uma vida drasticamente livre, ele percebia. Ele estava imobilizado por várias razões. Ele se importava com o que os outros pensavam dele.”
Na segunda parte da história, quando eles já se encontram na faculdade, os personagens principais se deparam com uma situação nova, a coisa se inverte: Marianne vira a popular, com amigos e namorados novos; e Connell é quem está sozinho. 
É durante a faculdade que acontecem as grandes transformações. Os dois estão agora em Dublin, e o relacionamento deles passam por altos e baixos. Ficam grandes períodos sem se falar, tentam ser somente amigos, tentam ser namorados. Porém, a maioria das tentativas falham porque, apesar de darem muito bem e só conseguirem ser eles mesmos quando estão juntos, não conseguem se comunicar com sinceridade. Os dois não falam sobre o que sentem e o que querem de verdade em relação ao outro. Mas ainda assim, são apoio um para o outro sempre que alguma coisa aperta de verdade.
Connell passa um bom tempo tentando se adaptar à sua nova realidade, bem diferente daquilo que conhecia em sua cidade natal. Enquanto Marianne experimenta muitas coisas que não conhecia
Acredito que esta é a deixa para falarmos da vida romântica de Marianne. Quando Connell a reencontrou na faculdade, depois de meses sem se falarem, ela estava em um relacionamento com um cara que muito falava e pouco vazia. Quando este namoro chegou ao fim, Marianne e Connell passaram um tempo juntos, porém sem admitir para ninguém, nem para eles mesmos, o que estava acontecendo. Este tempo termina quando Connell, com dificuldades financeiras, percebe que não poderá permanecer em Dublin durante as férias. Assim, volta para a casa de sua mãe. 
Depois disso, Marianne entra em uma série de relacionamentos que são, de certa forma, abusivos. Com homens que não a compreendem. Apesar de que ela está em uma fase que ela mesma não se compreende. Esta parte do livro me lembrou uma frase de um outro livro, As vantagens de ser invisível, que diz: nós aceitamos o amor que achamos merecer. Marianne não conhecia muitas formas de amor. Em casa, o relacionamento com sua mãe e com seu irmão eram frios, distantes e, muitas vezes, agressivo.Sua relação com Connell foi a única em que havia certo respeito. 
Este é um outro ponto para debate que o livro nos traz. Temos exemplos vários tipos de relacionamentos, entre casais, amigos e família. As relações que vão sendo apresentadas ao longo da narrativa vão, de certa forma, se opondo umas às outras, e faz você se questionar a sinceridade e as consequências que certas relações trazem para a sua vida. Se abusivo ou não, se as influências são positivas ou negativas, se fazem sentir-se bem ou não... O livro mostra o quão importante é você parar de vez em quando para analisar se tuas decisões te levarão aonde você deseja.
Entre as muitas questões que o livro aborda, além das já mencionadas, gostaria de destacar a sobre o dinheiro. Desde o início da história, vemos a diferença de classe na relação de Marianne e Connell. Isso, desde sempre uma questão para ele. Já para ela, nunca parou para pensar realmente nisso. 
Em determinada parte da história, eles fazem uma prova dentro da universidade para concorrer a uma bolsa de estudos. Tanto Connell quanto Marianne são aprovados. A bolsa proporcionava não os estudos, mas também refeição e moradia. Neste período, Connell pensa:
“Agora, tudo é possível por causa da bolsa. [...] Para ela, a bolsa era um incentivo à autoestima, uma feliz confirmação do que ela sempre achou sobre si mesma: que era alguém especial. Connell nunca soube se devia acreditar que esse era seu caso, e continua não sabendo. Para ele, a bolsa é um gigantesco fator material, como um imenso cruzeiro que surgiu do nada e, de repente, pode cursar um programa de pós-graduação de graça se quiser, e morar em Dublin de graça, e não voltar mais a pensar em aluguel até terminar a faculdade.”
Após essa reflexão, ele viaja e passa uma parte do verão viajando pela Europa. Então, cito o seguinte fragmento que nos deixa muito o que pensar:
“De repente, pode passar uma tarde em Viena olhando A arte da pintura, de Vermeer, e faz calor lá fora, e se quiser pode pagar um copo barato de cerveja depois. É como se algo que ele acreditou a vida inteira ser um cenário tivesse se mostrado real: cidades estrangeiras são reais, e obras de artes famosa, e sistemas de ferrovias subterrâneos, e resquícios do Muro de Berlim. Isto é dinheiro, a matéria que torna o mundo real. Existe algo de muito corrupto e sensual nisso.”
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Depois de muitas idas e vindas, chegamos ao final do livro. Que pode não ser o final que muitos esperariam. Mas, a meu ver, é lindo. É sincero e real. É justo, para com o que eles se tornaram.
No mais, só tenho dizer que é um livro de leitura fácil. Inesperado e surpreendente, em diversos pontos. Inovador, eu diria, quanto a forma, narrativa e divisão/estrutura.
Os capítulos são divididos por períodos de tempo. O livro se inicia em Janeiro de 2011, o próximo capítulo acontece Três semana depois, e assim por diante, até Fevereiro de 2015. A forma como a narrativa foi escrita também se destaca. Em determinados momentos as falas se misturam com os pensamentos, mas não de um jeito confuso. E sim, de um jeito que faz muito sentido. 
É um livro excepcional! Vale a pena cada minuto investido nesta leitura. 
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sophiaunderwoodblog · 5 years
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Projetos secretos. O silêncio é a chave do sucesso!
Vocês já devem ter escutado essa frase em outros lugares,estou aqui para reforçar que isso é uma verdade,e concordo com todos que já falaram a respeito do silenciar nossos projetos,nossos planos,sonhos,etc. O que ninguém nunca disse e vou debater, é que você não fica livre de opiniões, julgamentos ou de mil perguntas daquelas pessoas curiosas. Porém quem tem a vida um livro aberto,pode acabar ouvindo tantas criticas e opiniões destrutivas que fazem a pessoa desistir dos próprios sonhos e metas e embarcar na opinião de pessoas que sabem o que é “melhor” para aquele individuo sonhador. Mas saibam que,ninguém no mundo saberá o que é melhor para nós do que a gente mesmo,mas é preciso se conhecer e estar conectado com a gente mesmo,as vezes o silêncio apavora porque são momentos que estamos ali prontos para nos ouvir e nem sempre queremos lidar com o nosso lado “ruim’,o ruim que digo é em relação aos nossos erros,todos cometem,ninguém é bonzinho demais ou santo nessa vida. No silêncio podemos refletir e estar em conexão maior com a gente mesmo. Se autoconhecer,ajuda a excluir aquele vazio existencial e sabendo do que gostamos e nossas habilidades,podemos criar projetos de acordo com as nossas paixões de vida,criamos ossos objetivos,nossas metas, quando realmente sabemos o que queremos e temos um foco,a opinião dos outros acaba deixando de ser tão importante. O que aconteceu comigo e porque acredito que o silêncio traz o sucesso? Vou compartilhar meus erros e minha experiência. E no texto também dou uma dica de autor. Como já escrevi, infelizmente perdi parte da minha família, consequentemente eu precisei aprender a me virar sozinha com o que eu tivesse em mãos. Já tive dois empregos fixos enquanto estuava na faculdade no período noturno. Era bastante corrido,pela manhã eu me arrumava as pressas e chegava em casa as 18:30 para estar na aula as 19 horas,porém,por causa de ônibus eu sempre chegava as 19:15 ou até as 19:30 e mesmo com vergonha precisava pedir para os professores retirarem minha falta,até porque,eu era bolsista,em dias de prova eu me desesperava,pois o tempo que eu tinha para estudar era de madrugada e voltava para minha rotina de ensino médio nada saudável,para aquele momento,meu lanche noturno era café,4 a 5 copos cheios de energético, eu não tomava os 5 copos de uma vez só,mas sim no decorrer da noite,até se tornar fácil aguentar 48 horas sem dormir,e realmente acontecia e acontece até hoje,mesmo sem tomar energéticos,tive uma proibição médica para passar longe de energéticos e evitar bebidas alcolicas,mas,um vinho de vez em quando nem faz tão mal... rsrsrs. Quando chegava as férias eu fazia uso de medicamentos para dormir,mas um comprimido não fazia efeito,e desde a adolescência eu posso dizer que pra mim,é bem difícil dormir.Já começa que minha família toda tinha insônia e eu ainda abusei anos anteriores em relação a me forçar a não dormir. E digo mais,as notas não eram das melhores,mesmo estudando bastante de madrugada,uma das consequências de não dormir é a a falta de memória,entre diversos outros problemas que a falta de dormir pode causar na vida de uma pessoa. Então é claro que eu cometi um erro enorme e pago as consequências até hoje. Eu cheguei a ser chamada a atenção no trabalho mais de uma vez,por estar lendo ou estudando no meu horário de serviço,não estavam errados,e foi realmente um erro que eu cometi,que me levou a sair do trabalho,eu cheguei a ser transferida,e no lugar de me passar para outro local eu sai para me dedicar melhor a saúde dos familiares doentes,na época,minha avó e minha mãe,e me dedicar a faculdade. Anos depois,eu descobri formas alternativas de ganhar dinheiro,eu não sei se seria adequado dizer isso,eu vou colocar coo trabalhos autônomos mesmo. Eu criei uma microempresa pela internet,de decoração de festas infantis. Nessa época uma amiga me encomendou um bolo fake de casamento,e eu não queria pegar no começo essa responsabilidade por medo,e eu tinha uma opinião de que,pra um evento desses,era mais legal uso de massas,para ficar mais realista possível,e nunca tinhe feito bolos de casamento na vida,para pegar essa responsabilidade,as vezes uma flor poderia não sair perfeita ou uma pérola no lugar errado,e por medo e insegurança eu passei a cliente pra uma mulher mais experiente,a insegurança me fez passar por momentos complicados,pois as clientes que eu tinha,agora eram da minha colega e porque eu permiti que aquilo acontecesse,entãofoi um erro gigantesco,poderia ter me levado a falência. O erro mais grave ainda está por vir. Eu compartilhei com amigos e familiares,que eu gostaria de não ter chefes,não tive nenhuma experiência positiva com chefes anteriormente,e comentei que eu acreditava ter capacidade para me tornar uma empresária e estava começando aos poucos,eu mesma fazia meus cartões,as divulgações,blog,cheguei a criar um site e foi mais complicado que criar um blog,tanto que só dava erro,acabei ficando apenas com o blog. E tudo era eu quem fazia,então passava horas no computador,na minha cabeça eu estava trabalhando e na cabeça dos familiares e parentes eu estava brincando. Aquilo que eu cheguei a compartilhar acabou gerando tanta discórdia e briga que chegou em um ponto insuportável e acabei desistindo. Eu fiquei trabalhando nisso durante 3 anos e meio,e recentemente que pensei em retornar,com aquilo que comecei no final de 2014. Atualmente eu cheguei a tomar a decisão de continuar e trabalhar com coisas que tenham horários flexíveis ou que eu possa fazer os meus horários para me adaptar melhor em estudar e trabalhar ao mesmo tempo,sem prejudicar tanto minha saúde com estresse e correria. Quando eu comecei a meditar e conheci os livros do Osho,não sei se alguém vai conhecer,mas enfim...rsrs Aquilo me despertou uma outra visão sobre a vida,e parte do meu lado competitivo meio que morreu de certa forma,eu não tenho que morrer pra tentar me destacar profissionalmente,a minha visão hoje é que eu tenho que focar em mim,e olhar pra dentro e não para fora. O dinheiro é importante,um emprego é importante a faculdade também,mas nada disso deve te sugar,precisa ser algo leve de acordo com o nosso tempo em particular. Existem aquelas pessoas que realmente dão conta d e cuidar da casa,de filhos,estudar e trabalhar,mas e a saúde como está e essa pessoa tem tempo para olhar pra si mesma? Na época que eu apenas estudava eu fazia os trabalhos sozinha colocando o nome de todos porque eles me pediam por estar exaustos do trabalho.E não que eu não acredite que é possível,porque é,mas o rendimento pode não ser o mesmo e também depende do ritimo da pessoa,o que eu canso de dizer,as pessoas não são iguais por tanto não temos que fazer comparações,as pessoas tem histórias de vidas diferentes,experiências e vivencias diferentes,genética diferente,somos indivíduos,então fazer comparações chega a ser irritante no meu ponto de vista. Atualmente eu recebo muitas criticas por ter deixado empregos fixos para trabalhar do meu jeito,trabalho autônomo com salário incerto,porém tem que ter uma base daquilo que se ganhar e lutar pra atingir aquela meta todos os meses,como é algo que está “livre” existemuita liberdade,porém é fácil tudo desandar se não houver uma disciplina se você mesmo não colocar as regras e seguir o que foi colocado no papel. Porque é um risco? Sim,é um risco ao mesmo tempo parece que trabalha por dentro a nossa autoconfiança e segurança e também pra quem é tímido,porque você não tem quem fale por você,acaba sendo um desafio que quebra muitas barreiras. Eu sou julgada diariamente e as vezes eu perco até paciência,porque eu vejo as pessoas fugirem de si,cuidando da vida do outro porque de uma forma imatura,não conseguem resolver aquilo que está dentro delas.É muito mais fácil falar da vida dos outros,cuidar da vida dos outros do que da própria vida.E isso é um tipo de fuga,para coisas que na própria vida aquela pessoa não sabe lidar. Então até as criticas,julgamentos,opiniões,palpites,por mais pesado e difícil que seja,temos que olhar com amor para aquela pessoa,porque ela está fugindo da própria vida dela,pra cuidar da vida de outra pessoa porque pode ter algo em na vida dela que ela não sabe lidar. Quando eu comecei a me calar sobre meus projetos ou parar de dar safisfação,eu não falo que teve mudança nesse sentido. As pessoas não sabem da minha vida,mas ouço criticas o tempo todo.se eu me inscrevo em cursos e concursos eu recebo criticas,se eu escolho trabalhar por conta própria eu recebo criticas,se eu escolho estudar,então a questão não é o outro,mas o que eu vou escolher ouvir. E no sentido profissional eu afirmo que,quando escolhemos por amor algo,não há dinheiro no mundo que subistitua o prazer de etar fazendo aquilo que se gosta. A gente pode pensar com razão e agir com o coração,e vamos saber tomar a decisão certa. Eu fui criada com o pensamento de ser minha obrigação estar numa faculdade dos 17 aos 22anos. E dos 23 anos para frente lutar pelo sucesso profissional e dinheiro,e naturalmente a gente entra em um belo jogo de competição.E sim,o mercado é competitivo,mas é possível agir e levar tudo com uma leveza maior mesmo nessa competição toda. E eu acho que nenhum adolescente de 16/17 anos deveria ser obrigado a saber o que quer fazer pelo resto da vida. O futuro é incerto e a vida é um tiro no escuro.Um jovem precisa provar coisas novas,se conhecer,se permitir viver experiências e diversas tentativas,não gostou de um curso,´mudar e tentar outro até se encontrar,sem medo e sem culpa,a vida só acaba ou tem fim quando a gente morre,as oportunidades e o conhecimento ou estudar é algo que se pode fazer até o final da vida se a pessoa quiser. Eu acho um absurdo a pressão gigante que os adolescentes vivem como se eles tivessem a obrigação de saber o que querem para o resto da vida quando ainda são tão novos tem uma vida toda pela frente para mudar de idéia e experimentar cursos e coisas novas.Eu já trabalhei em escolas e fiz estágio com adolescentes e eu estranhei muito,por estar acostumada com crianças e eu presenciei um drama que eu vivi,com aquela idéia de que se não passar no vestibular é o final da vida. E não... Não é o final da vida não passar em uma prova,e provas não dizem nada a respeito do que somos ou da nossa capacidade. Temos habilidades diferentes,nem sempre quem é bom em artes é bom em matemática,mesmo que em artes se use a matemática,mas de uma forma diferente,e não numa lousa lotada de cálculos que as vezes nem parece fazer sentido. As vezes uma pessoa é ótima na cozinha,e péssima em biologia,e daí? Esse é o jogo aprendemos um com os outros também e isso é algo lindo. A vida nem sempre é como planejamos ou gostaríamos que fosse,mas aela pode trazer aprendizagens maravilhosas,e os sonhos devem permanecer com a gente,é uma coisa pessoal nossa,que devemos escolher muito bem com quem compartilhamos para essa pessoa ser um apoio ou alguém que estará ao seu lado na batalha e não tentara destruir falando que seu sonho não dará certo. Porque como já dizia Renato Russo,quem acredita,sempre alcança!
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A Standard Criou O Dia Dos Namorados
Preencha os campos abaixo para informar R7 sobre os erros encontrados nas nossas reportagens. Com equipes cuja ação é determinante para sucesso das organizações, trabalho do líder teria então duas dimensões: (1) monitorar ao invés de agir, e (2) ajudar, quando necessário, a equipe a resolver problemas internos que possam incapacitá-la. Com ambiente descontraído e opção ao ar livre, a Forneria é uma boa aposta para se comemorar Dia dos Namorados. Para aplicar essa técnica basta fazer os mesmos movimentos que sua vítima” está fazendo, como por exemplo: postura das mãos, velocidade da fala etc.
Este notável conhecimento de determinado assunto, confere a tal pessoa a denominação de Perito, e sua função é auxiliar ao juiz, suprindo-lhe a insuficiência de conhecimentos específicos sobre objeto da prova e que sem os mesmos, fica muito difícil dar razão e elaborar um juízo de valor, sem provas cabais e irrefutáveis do caso em tela. Diz ditado que os opostos se atraem”, no entanto, as estatísticas comprovam que os namoros que mais dão certo são justamente aqueles em que os dois possuem gostos em comum, assim, diminuem as chances de brigas e desentendimentos.
Só queria deixar um alerta: garotas, fiquem de olho com atitudes de respeito DEMAIS, às vezes, isso não é respeito e sim AUSÊNCIA DE VONTADE. Há muitos anos atrás era comum no Brasil que as moças desesperadas para encontrar um marido tirassem bebê dos braços das estátuas de Santo Antônio, prometendo que só iam devolvê-lo depois que encontrassem um marido. Passo a passo da simpatia: em uma noite de lua cheia coloque os seus pés em cima do papel e repita seu desejo de conseguir um namorado logo três vezes.
Porem devemos ter alguns cuidados na hora de escolher uma academia para malhar, infelizmente nem todas estão preparadas ou adequadas para atender as nossas necessidades. Por exemplo, se um homem arrisca todo relacionamento, sem se preocupar, por uma noite com outra mulher, esta outra se sentirá máximo. Para homem é importantíssimo receber da mulher tanto reconhecimento, como validação das informações. Entre uma e outra garfada de camarão com quiabo e goles de suco de laranja, empresário José Carlos contou que para ele é um verdadeiro drama.
As mulheres PRE-CI-SAM se valorizar mais, e não é aquele papo escroto de mimimi ele caga pra mim… mimimi vou terminar… mimimi ele não presta” e na frente do cara abre as pernas e fica cega. Você já observou que quando você está no trânsito, quanto mais pressa você tem, mais parece que sinal demora abrir, engarrafamento não anda e tudo parece ir contra que você precisa. Fazer essa indagação amplia nossa consciência e dá clareza para começarmos a resolver problema.
Conheci um pisciano on line, a gente conversou muito nos primeiros dias, ele voltou das férias e entra pouco nas redes sociais. Não importa se ele está namorando ou casado, se ele é mais velho ou mais novo, se a situação é difícil ou impossível: Este guia vai colocar você no caminho de um homem pronto para amar e sentir a conexão profunda desse amor. É que os últimos tempos estão muito bons… Muito bons de escrever e muito bons de não perder tempo escrevendo. Uma tomada do tipo dolly move a câmera na direção do objeto, para dentro e para fora, se aproximando ou afastando dele, enquanto trucking é movimento lateral da câmera para a esquerda ou para a direita ao mesmo tempo em que a mantém perpendicular ao objeto.
Vai dar pra drogadinho vai babaca e outra coisa: alguém pra te comer não falta mesmo.. grande bosta, até viado tá dando fácil por aí... grande porcaria. As dicas mais importantes para quem está em busca de arrumar um namorado é ter paciência e ir com calma para não assustar os rapazes, entenda que tudo acontece em um determinado tempo e a afobação pode por tudo a perder. Esta é talvez uma das maneiras mais interessantes e eficazes para se conhecer alguém especial! A minha dana é pobrezinha vou me separa dela agora tão linda mais uma cachorra dou a mão mais a danada quer pé rsrsrsrs, ela vai continuar pobre não vou pagar mais a faculdade pra ela, vai voltar dá mesma forma que eu a conheci.
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straight-nochaser · 6 years
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Leituras de férias
Estou em casa, de férias da faculdade e do trabalho, faz duas semanas. Nesses dias pude aproveitar pra ler vários livros, e os dois últimos que peguei foram especialmente positivos pra incluir um monte de informações novas sobre um assunto que me interessa muito. Nesse post quero planificar elas um pouco, tentar criar uma linha de raciocínio para o que vem a seguir.
Um dos livros se chama O Imaterial, um ensaio do filósofo vienense André Gorz. O outro é do sociólogo Domenico de Masi, chamado O Ócio Criativo. Acredito que o segundo é bem mais famoso que o primeiro, e posso observar isso até pelas editoras: o ensaio é da editora Annablume, que eu nunca tinha ouvido falar e parece de pequeno porte, um livro sofisticado, pequeno e lindo. O livro do italiano Domenico de Masi é em formato de entrevista, editado pela Sextante (que eu sempre associo com livros de autoajuda, sei lá por que), com características bem diferentes, como capa, fonte, espaçamento, papel, etc.
André Gorz é o meu primeiro contato com um autor marxista, coisa que eu deduzi pela quantidade de citações à Marx e outros autores parafraseados que ele faz. O ensaio é bem livre, com espaço para a fala sem necessariamente abusar da dedução, sem ser científico ao extremo. Ele fala sobre a transformação da sociedade industrial para à imaterial. O livro é dividido em quatro partes, que prosam primeiro sobre a transformação do trabalho, e a “pessoa-juridificação” do funcionário, se tornando um autônomo prestador de serviço, com necessidade de vender a si mesmo como empreendedor no mundo global. Depois passa a transformação do valor e do capital, se tornando um recurso desvinculado da produção e do investimento, uma coisa em si. Eu cheguei nesse livro através do meu irmão mais velho, quando começamos a conversar sobre cultura hacker e software livre. Gorz aponta essas frontes como a última resistência em defesa do conhecimento livre, contra a escassez artificial atual do valor imaterial produzido pela tecnologia. Por fim ele pula para um estágio avançado da humanidade, onde o objetivo seria a robotização do homem, questões avançadas da bioética e da tecnologia, chegando a limites extremos como a substituição do homem por robôs e a reprodução por clonagens, etc - coisas desse tipo que parecem saídas do Matrix. Ele critica esses devaneios científicos porque considera (e eu concordo) que as máquinas nunca serão capazes da característica humana de especular e almejar o que está à frente - somente podem seguir controles passados, inseridos, até mesmo quando se programam para previsões. 
Essa última parte do livro eu gostei menos, porque estava realmente interessado na discussão do imaterial hoje em dia, a financeirização da economia e onde a massa vai parar com tudo isso, com a automação total da produção, as relações de trabalho, etc. Mas não deixa de ser um ensaio fantástico como um todo, realmente pioneiro e muito bem escrito.
O livro do italiano Domenico de Masi eu não terminei ainda, mas estou na parte interessante de introdução do assunto, que acredito ser a melhor pra escrever essa divagação de blog, porque ele ainda não começou a explanar sua tese pessoal. Por enquanto, é tudo sobre história da sociedade industrial, as características daquela época e de agora, da chamada sociedade pós-industrial. Em alguns momentos, tanto ele quanto o entrevistador citam o termo “imaterial”, e falam sobre a mesma coisa que Gorz, sem mencioná-lo (até porque o livro de Gorz foi escrito depois). De Masi fala muito de uma sociedade pós-industrial, cita autores que cunharam o termo e suas teses. É mais difícil de sintetizar o livro dele aqui, até porque o terço que eu li já é maior que todo O Imaterial.
Os dois autores falam das mesmas coisas, de formas talvez um pouco diferentes, mas citando o mesmo contexto, que eu vou resumir usando o que li entre eles e adicionado informações próprias minhas, de forma deliberada, possivelmente equivocado, é lógico: 
Considerando o avanço tecnológico (máquinas são adquiridas, elas produzem autônoma e automaticamente, o excedente se torna lucro cada vez maior), diminui o número de operários. A maioria das pessoas agora trabalha com serviços e trabalhos intelectuais, com marketing, pesquisa, etc. Os estados menos desenvolvidos, que possuem uma massa de pessoas que deve ser empregada e não possuem empresas com esse capital, oferecem mão de obra a preços ridículos, o que faz com que toda a indústria se mude pra Ásia, basicamente. Sobra pra América Latina e pra África serem a riqueza natural do planeta (agricultura e pecuária na América, minério na África), vendedores de produtos primários para a produção. As empresas diminuem o investimento porque o capital já é mais que suficiente, e o excedente de dinheiro é investido no mercado financeiro para se multiplicar, um verdadeiro jogo de computador que não gera valor real pra economia. As populações são minimizadas nesse jogo, na forma de mão de obra escravizada, funcionários “autônomos”/técnicos ou funcionários de serviços muito básicos. Essas mesmas pessoas estão dentro de uma bolha de consumo e individualização pra que queiram se destacar e continuem consumindo, cada vez com menos dinheiro, nunca tendo energia (valor) o suficiente pra erguer o corpo por cima do muro e enxergar a vista (a realidade). O futuro seria uma automação total, onde o homem não precisa produzir nada, e todos os trabalhos remanescentes são relacionados à pesquisa, marketing, entretenimento, etc. Todas as pessoas existentes não estarão incluídas nesses empregos, imagino, e então fica a pergunta: o que acontece com a massa? Todos serão cozinheiros e faxineiros? É um cenário onde se encaixaria a renda básica universal, que seria complementar ao trabalho de meio expediente ou a falta de trabalho total. Um valor que as pessoas decidem quase como um videogame onde empregar, entre comprar um blusão da Tommy ou um tênis da Nike, ou comida da marca Dia ou Nestlé... E o que acontece com as cifras cada vez maiores de valor que são investidas entre as empresas nas bolsas? Poderiam ser destinadas pra mencionada renda universal básica, ou iriam alimentar as bocas do 1% (que logo vai ser menor ainda que isso). 
Mas eu imagino que esse personagem, o 1%, vai ser substituído pela burocracia total. Essas pessoas não vão existir, ou se existir não farão diferença. O futuro é massificado pela produção de valor de poucas fontes e ao mesmo tempo individualizado pelo consumo de produtos com mínima diferença para gerar essa sensação de ser alguém único. 
Como estudante de Administração, e que entrou nesse curso justamente pelo interesse nessa coisa toda, eu me pergunto o que vai acontecer entre essas etapas todas, quantos vão sofrer e a que custo? Mas, especialmente, o que eu posso fazer na direção contrária? Acho que algumas frentes, como a ética hacker e essas comunidades digitais descentralizadas, são uma resistência interessante, mas que seria melhor se fosse aplicado em pequenos grupos reais, com acesso à internet, e não necessariamente vivos dentro da rede. Outra frente é o ambientalismo, o que nos resta pra não esgotarmos com o planeta, uma limitação física nessa longa equação, e que está sendo escanteada. 
Onde entra o governo nessa coisa toda? Por enquanto ele é só o departamento propulsor dessa economia distópica global que tentei desenhar baseado nas leituras comentadas, mas ele poderia ser outra fonte de resistência, talvez. Pra isso precisaria mudar quase que 100% o que é feito atualmente, porque até mesmo os governos de esquerda, como podemos citar o PT dos últimos anos, atuaram em direção ao mundo globalizado e o desenvolvimento dessas super empresas...
Não consigo elaborar muito em relação às respostas, ainda, mas acredito que essas leituras me ajudaram a compor melhor o cenário que tem sido, está sendo, e vai ser. Espero ajudar em alguma forma decente de sobrevivência. Nesse momento só posso bradar, de forma zombeteira, já que tudo isso que eu disse é uma grande bobagem de um graduando que não sabe nada, e está supondo tudo: 
Hackers ambientalistas, uni-vos, em direção ao mato!
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peguesaltoncom · 6 years
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DeixaqueeuPago – Paga suas Contas
Quem não gostaria de ouvir essa frase “Deixa que eu pago“? Todos querem! Pois é sobre isso que vamos abordar. Você vai saber o que é possível fazer para pagar contas e sair das dívidas para limpar o nome ou apenas consolidar todas as contas, enfim, você é quem decide. Estar com dívida, contas a pagar e despesas pendentes realmente é uma das experiências mais estressantes que existe. Não importa qual seja a sua situação, se você assinou um ou mais contratos de empréstimo pessoal, você é obrigado a pagá-lo e, poucas coisas impedem contas e dívidas de serem pagas. Pior ainda é quando há uma mudança drástica na vida, como a perda do emprego, participar de um acidente com automóveis ou mesmo quando os custos com despesas domésticas aumentam por causa do nascimento de um filho, etc. Às vezes, a dívida pode ser apenas gastos rotineiros como contas de luz, água, telefone, cartão de crédito, aluguel, condomínio, prestação do carro ou moto, impostos como IPVA e IPTU, multas de trânsito, boleto do colégio ou mensalidades da faculdade, cursos, boleto de plano de saúde e por aí vai. Opa! Não podemos esquecer gastos intencionais como uma ida a praia no final de semana prolongado ou num feriado. E os gastos excessivos das férias? E das épocas de final de ano? No início do ano então com os impostos e compra de material escolar, renovação de matrículas, enfim, são muitas contas para pagar o tempo quase todo. No entanto, existem soluções rápidas e praticas para se livrar de algumas dessa dívidas com serviços online especializados no pagamento de contas e débitos pessoais, vamos ver como é esse negócio na prática.. O que é? Como funciona o Deixaqueeupago? O Deixaqueeupago é uma plataforma online que liquida suas contas em até 12x parcelando no seu cartão de crédito. Os débitos normalmente são quitado em até 48hs e você pode dormir mais tranquilo depois disto. O “Deixa que eu pago” faz o pagamento e financia suas dívidas e você fica “livre e sossegado”. Se você tem contas de luz, água, telefone, cartão de crédito, aluguel, condomínio, prestação do carro ou moto, impostos como, IPVA, IPTU, multas, boleto do colégio ou mensalidade da faculdade, cursos, boleto de plano de saúde, enfim, a ideia é facilitar a vida de pessoas que possuem estes tipos de dívidas, pendentes ou à pagar, quitando os débitos. Deixaqueeupago, o nome é bem sugestivo, ela é uma Fintech inovadora que criou um jeito justo de pagar suas contas, é livre de burocracia, é sem contrato e principalmente sem as famosas pegadinhas. Muitas pessoas estão lutando para sair das dívidas, isso é verdade, mas essas dívidas acabam batendo na cara com tanta força do devedor que a maioria desiste de paga-las, em alguns casos isso é praticamente inevitável. Mas isso não tem que fazer parte da sua vida. Há tantas pessoas que estão saindo das dívidas todos os dias, e não apenas isso, estão se livrando da dívida em um curto período de tempo. Para apoiar você, preparamos um pequeno manual para introduzi-lo em pequeno passos, simples mas eficazes para sair das dívidas sem muitos estragos. Passos simples para eliminar suas dívidas Quando se trata de dinheiro, o melhor é tomar uma decisão consciente de parar de pedir dinheiro emprestado, quando é possível, claro. Se você quiser sair das dívidas o quanto antes, primeiro é preciso parar de usar a dívida para financiar o seu estilo de vida. Isso quer dizer que não há necessidades de trocar de mobília com financiamento, mudar de carro todo ano e vestir as roupas mais caras, outra coisa, parar de aceitar toda proposta de cartão de crédito enviada para seu nome. Tentar viver uma vida fora do padrão de renda ou status que você acredita estar, certamente uma hora ou outra você vai descobrir que não tem dinheiro para pagar tudo que quer. E claro que isso acontece depois do acúmulo de muitas e muitas dívidas. O bom é que depois da ruína, a melhor fase é aprender se concentrar mais em poupar do que em gastar, principalmente porque as dívidas vem acompanhadas de problemas como: Nome sujo Falta de dinheiro Restrição ao crédito Estabeleça um fundo de emergência em dinheiro Você pode estar se perguntando: “Porque eu teria um fundo de emergência”? Bem, se você não tem crédito disponível no banco e uma emergência acontece, como você vai pagar a conta? Para a maioria das pessoas, os cartões de crédito tornam-se a fonte de financiamento para essas emergências. Se você está tentando sair da dívida, então você precisa colocar um empecilho entre você e a sua dívida, e esse empecilho é dinheiro, é exatamente isso que vamos falar agora. Recentemente uma Fintech foi criada justamente para esse tido de solução. A Deixaqueeupago fica entre você e as contas, despesas e dívidas que são praticamente impagáveis, ela liquida suas contas em até 12x parcelado no seu cartão. O débito enviado é quitado em até 48hs, os valores liberados para financiamento pode chegar à R$ 2.000 reais. Todo processo para quitar suas contas e eliminar as dívidas é feitos em apenas 4 etapas: 1 – Crie um cadastro online no site do Deixaqueeupago. 2 – Junto todas as contas que deseja pagar e envie as cópias digitalizadas. O “Deixa que eu pago”, analisa contas de até R$ 2.000 reais, portanto, é só anexar as contas que precisam serem quitadas. 3 – As contas serão analisadas e será feito um proposta para que as contas sejam pagar. Em geral, a proposta de quitação é enviada em até 24hs. 4 – Finalizando o processo. Depois de aceito, a Deixaqueeupago quita sua conta à vista e você pode dividir todos o débito em até 12x no cartão. Essa tipo de operação financeira, parece muito com a consolidação de dívidas, onde você pode juntar todas as dividas em uma só, nesse caso especifico, você pode quitar débitos pessoais variados, até a mensalidade da faculdade atrasada ou a parcela do carro, o mais interessante é que assim como o empréstimo para negativados e o Penhor da Caixa, você não passa pela consulta de crédito. Organize suas dívidas como a Deixaqueeupago Organização, isso é fundamental para tudo na vida, e mapear um plano para saldar sua dívida também. Existem vários tipos de abordagens que valem a pena considerar. Uma delas é você listar seus débitos e contas menores e as maiores, separe-as, independente da taxa de juros para paga-las Quando quitamos nossas dívidas, colocamos vento soprando em nossas velas e podemos seguir mar a dentro. Mesmo que ainda fique algumas dívidas para trás, saber que é possível reduzir o custo, juntá-las todas ou liquidá-las – é algo muito poderoso. A crença de que podemos sair da dívida rapidamente, nos mantém cheios de planos. A Deixaqueeupago é justamente a chave mestra para você que possui poucas dívidas ou dívidas pequenas. Se você quiser acabar completamente com elas, vá em frente e faça isso. Junte todas as contas até R$ 2.000 e financie com a melhor taxa de juros para consolidação, apenas 4% e 7%, menor que o empréstimo pessoal bancário. Dica – acabe com qualquer dívida que diminui seu dinheiro Quando estamos pensando em sair das dívida, e não tem como fazer o pedido de um consignado, com taxas muito baixas, o ideal é usar o dinheiro extra que entra como renda durante todo o ano, contabilize-o para a eliminação de contas e despesas mais caras ou juros predatórios. Pegue esse dinheiro e usa para fazer pagamentos extraordinários. Alguns bons exemplos seria usar a restituição de impostos, vender ou refinanciar o carro, usar dinheiro de herança, ganhar uma aposta, ganhar na Loto Fácil ou Mega Sena etc. Quanto mais dinheiro você puder usar para liquidar suas dívidas, mais rápido ela desaparecerá. A dívida não precisa ser para sempre ou acabar com seu crédito e reputação. Desenvolva um plano financeiro, a Deixaqueeupago pode ajudar você nessa empreitada, caso contrário, temos três cursos aqui que ajuda você não só lidar com as dívidas como ajuda você criar uma mentalidade prospera para ganhar e juntar dinheiro.
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granasmart · 6 years
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DeixaqueeuPago – Paga suas Contas
Quem não gostaria de ouvir essa frase “Deixa que eu pago“? Todos querem! Pois é sobre isso que vamos abordar. Você vai saber o que é possível fazer para pagar contas e sair das dívidas para limpar o nome ou apenas consolidar todas as contas, enfim, você é quem decide. Estar com dívida, contas a pagar e despesas pendentes realmente é uma das experiências mais estressantes que existe. Não importa qual seja a sua situação, se você assinou um ou mais contratos de empréstimo pessoal, você é obrigado a pagá-lo e, poucas coisas impedem contas e dívidas de serem pagas. Pior ainda é quando há uma mudança drástica na vida, como a perda do emprego, participar de um acidente com automóveis ou mesmo quando os custos com despesas domésticas aumentam por causa do nascimento de um filho, etc. Às vezes, a dívida pode ser apenas gastos rotineiros como contas de luz, água, telefone, cartão de crédito, aluguel, condomínio, prestação do carro ou moto, impostos como IPVA e IPTU, multas de trânsito, boleto do colégio ou mensalidades da faculdade, cursos, boleto de plano de saúde e por aí vai. Opa! Não podemos esquecer gastos intencionais como uma ida a praia no final de semana prolongado ou num feriado. E os gastos excessivos das férias? E das épocas de final de ano? No início do ano então com os impostos e compra de material escolar, renovação de matrículas, enfim, são muitas contas para pagar o tempo quase todo. No entanto, existem soluções rápidas e praticas para se livrar de algumas dessa dívidas com serviços online especializados no pagamento de contas e débitos pessoais, vamos ver como é esse negócio na prática.. O que é? Como funciona o Deixaqueeupago? O Deixaqueeupago é uma plataforma online que liquida suas contas em até 12x parcelando no seu cartão de crédito. Os débitos normalmente são quitado em até 48hs e você pode dormir mais tranquilo depois disto. O “Deixa que eu pago” faz o pagamento e financia suas dívidas e você fica “livre e sossegado”. Se você tem contas de luz, água, telefone, cartão de crédito, aluguel, condomínio, prestação do carro ou moto, impostos como, IPVA, IPTU, multas, boleto do colégio ou mensalidade da faculdade, cursos, boleto de plano de saúde, enfim, a ideia é facilitar a vida de pessoas que possuem estes tipos de dívidas, pendentes ou à pagar, quitando os débitos. Deixaqueeupago, o nome é bem sugestivo, ela é uma Fintech inovadora que criou um jeito justo de pagar suas contas, é livre de burocracia, é sem contrato e principalmente sem as famosas pegadinhas. Muitas pessoas estão lutando para sair das dívidas, isso é verdade, mas essas dívidas acabam batendo na cara com tanta força do devedor que a maioria desiste de paga-las, em alguns casos isso é praticamente inevitável. Mas isso não tem que fazer parte da sua vida. Há tantas pessoas que estão saindo das dívidas todos os dias, e não apenas isso, estão se livrando da dívida em um curto período de tempo. Para apoiar você, preparamos um pequeno manual para introduzi-lo em pequeno passos, simples mas eficazes para sair das dívidas sem muitos estragos. Passos simples para eliminar suas dívidas Quando se trata de dinheiro, o melhor é tomar uma decisão consciente de parar de pedir dinheiro emprestado, quando é possível, claro. Se você quiser sair das dívidas o quanto antes, primeiro é preciso parar de usar a dívida para financiar o seu estilo de vida. Isso quer dizer que não há necessidades de trocar de mobília com financiamento, mudar de carro todo ano e vestir as roupas mais caras, outra coisa, parar de aceitar toda proposta de cartão de crédito enviada para seu nome. Tentar viver uma vida fora do padrão de renda ou status que você acredita estar, certamente uma hora ou outra você vai descobrir que não tem dinheiro para pagar tudo que quer. E claro que isso acontece depois do acúmulo de muitas e muitas dívidas. O bom é que depois da ruína, a melhor fase é aprender se concentrar mais em poupar do que em gastar, principalmente porque as dívidas vem acompanhadas de problemas como: Nome sujo Falta de dinheiro Restrição ao crédito Estabeleça um fundo de emergência em dinheiro Você pode estar se perguntando: “Porque eu teria um fundo de emergência”? Bem, se você não tem crédito disponível no banco e uma emergência acontece, como você vai pagar a conta? Para a maioria das pessoas, os cartões de crédito tornam-se a fonte de financiamento para essas emergências. Se você está tentando sair da dívida, então você precisa colocar um empecilho entre você e a sua dívida, e esse empecilho é dinheiro, é exatamente isso que vamos falar agora. Recentemente uma Fintech foi criada justamente para esse tido de solução. A Deixaqueeupago fica entre você e as contas, despesas e dívidas que são praticamente impagáveis, ela liquida suas contas em até 12x parcelado no seu cartão. O débito enviado é quitado em até 48hs, os valores liberados para financiamento pode chegar à R$ 2.000 reais. Todo processo para quitar suas contas e eliminar as dívidas é feitos em apenas 4 etapas: 1 – Crie um cadastro online no site do Deixaqueeupago. 2 – Junto todas as contas que deseja pagar e envie as cópias digitalizadas. O “Deixa que eu pago”, analisa contas de até R$ 2.000 reais, portanto, é só anexar as contas que precisam serem quitadas. 3 – As contas serão analisadas e será feito um proposta para que as contas sejam pagar. Em geral, a proposta de quitação é enviada em até 24hs. 4 – Finalizando o processo. Depois de aceito, a Deixaqueeupago quita sua conta à vista e você pode dividir todos o débito em até 12x no cartão. Essa tipo de operação financeira, parece muito com a consolidação de dívidas, onde você pode juntar todas as dividas em uma só, nesse caso especifico, você pode quitar débitos pessoais variados, até a mensalidade da faculdade atrasada ou a parcela do carro, o mais interessante é que assim como o empréstimo para negativados e o Penhor da Caixa, você não passa pela consulta de crédito. Organize suas dívidas como a Deixaqueeupago Organização, isso é fundamental para tudo na vida, e mapear um plano para saldar sua dívida também. Existem vários tipos de abordagens que valem a pena considerar. Uma delas é você listar seus débitos e contas menores e as maiores, separe-as, independente da taxa de juros para paga-las Quando quitamos nossas dívidas, colocamos vento soprando em nossas velas e podemos seguir mar a dentro. Mesmo que ainda fique algumas dívidas para trás, saber que é possível reduzir o custo, juntá-las todas ou liquidá-las – é algo muito poderoso. A crença de que podemos sair da dívida rapidamente, nos mantém cheios de planos. A Deixaqueeupago é justamente a chave mestra para você que possui poucas dívidas ou dívidas pequenas. Se você quiser acabar completamente com elas, vá em frente e faça isso. Junte todas as contas até R$ 2.000 e financie com a melhor taxa de juros para consolidação, apenas 4% e 7%, menor que o empréstimo pessoal bancário. Dica – acabe com qualquer dívida que diminui seu dinheiro Quando estamos pensando em sair das dívida, e não tem como fazer o pedido de um consignado, com taxas muito baixas, o ideal é usar o dinheiro extra que entra como renda durante todo o ano, contabilize-o para a eliminação de contas e despesas mais caras ou juros predatórios. Pegue esse dinheiro e usa para fazer pagamentos extraordinários. Alguns bons exemplos seria usar a restituição de impostos, vender ou refinanciar o carro, usar dinheiro de herança, ganhar uma aposta, ganhar na Loto Fácil ou Mega Sena etc. Quanto mais dinheiro você puder usar para liquidar suas dívidas, mais rápido ela desaparecerá. A dívida não precisa ser para sempre ou acabar com seu crédito e reputação. Desenvolva um plano financeiro, a Deixaqueeupago pode ajudar você nessa empreitada, caso contrário, temos três cursos aqui que ajuda você não só lidar com as dívidas como ajuda você criar uma mentalidade prospera para ganhar e juntar dinheiro.
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preso1243-blog · 8 years
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Justiça TQQ
Quem escreve é um preso brasileiro. Um desses que boa parte da população gostaria que estivesse morto, em vez de estar consumindo parte do dinheiro público nacional.
Na verdade, sou um preso um pouco diferente. Um pouco, mas não muito. Há quase dois meses, o Presidente da República, Michel Temer, assinou o Indulto de Natal, um decreto que sai todos os anos, que anistia presos que cumprem determinadas condições, como já ter cumprido parte da pena, não ter sido condenado por crime hediondo, tráfico de drogas ou que envolva qualquer tipo de violência, entre outras coisas.
Bem, voltando ao Indulto, o decreto foi assinado no dia 22 de dezembro do ano passado, eu sou um dos que cumprem com os requisitos para receber este benefício, mas continuo preso. Eu e, com certeza, muitos outros. E olha que eu sou um cara atento, tenho advogado, já fiz um semestre de direito na faculdade… Nesses tempos de prisão conheci muitos outros, abandonados por seus advogados, ou que dependem da defensoria pública, ou que não têm nem idéia do que seja um indulto ou ainda que não têm nem idéia em que parte de sua pena estão. É muita gente presa que já não deveria estar aqui e que, mais uma vez, vai "passar batida" por esta oportunidade de voltar a ter uma vida.
Vejo as notícias sobre a crise carcerária no país, as centenas de mortes violentas dentro dos presídios, a conta do CV, do PCC e de outras facções só aumentando, e as pessoas não imaginam que o que acontece ali dentro é responsabilidade de toda a sociedade em geral e das nossas autoridades em particular.
O Brasil tem hoje a quarta maior população carcerária do planeta e, entre as quatro primeiras, Estados Unidos, Russia, China e Brasil, é a que mais cresce. Logo, logo, chegaremos a campeões mundiais nessa categoria. Hoje são mais de 700 mil presos dos quais pelo menos a metade não deveria estar no sistema.
Desses 700 mil presos, segundo estatísticas oficiais, 41% não foram sequer julgados e, pela experiência, quando finalmente saírem suas sentenças (normalmente depois de alguns anos), 37% deles não serão condenados a penas de prisão. Só aí são quase 100 mil pessoas, mais ou menos a população de Altamira, no Pará, ou Itaguaí, no Rio de Janeiro, que estão aqui injustamente, e que nunca mais na vida vão se recuperar dessa experiência.
Se somamos aos que estão presos sem julgamento os presos que já deveriam estar soltos, por já terem cumprido suas penas, por poderem ser beneficiados pelos indultos anuais ou simplesmente pela possibilidade de progressão de suas penas a regimes "menos gravosos", como dizem os advogados, com certeza atingiríamos os 50% da população carcerária brasileira.
Que dizer, metade dos presos brasileiros não deveria estar ali e a gente culpa o PCC e o CV pelo que acontece nos presídios.
Para quem não sabe, no dia a dia, em situação normal, a polícia não entra na maioria dos presídios brasileiros. Os presídios estão literalmente nas mãos dos presos. São eles que, inclusive, determinam para onde vão os presos que chegam. Com a desculpa de "separar facções", até dessa responsabilidade o poder público se liberou, deixando para os próprios presos definirem em que setor ou cela serão colocados os novos integrantes do sistema. E são os líderes de cada setor que definem os que vão fazer a segurança da área, cuidar da limpeza, da alimentação, os que ficam nas celas dos doentes, dos velhos e nas celas dos gays.
A Constituição Brasileira prevê vários fundamentos básicos do direito. Entre eles está a chamada "Igualdade ou Isonomia das partes". Mas basta comparar o Ministério Público e Defensoria Pública, para suas instalações, equipamentos, espaço na mídia, relacionamento com os juízes, entre outras coisas, para saber que isso não existe. O Estado brasileiro é muito melhor para acusar seus cidadãos do que para defendê-los.
Prisioneiro chama a justiça brasileira de "Justiça TQQ": é aquela que só funciona Terça, Quarta e Quinta. Isso quando funciona. Veja o exemplo mesmo do Indulto de Natal. Todos os anos, ele é assinado justamente durante recesso do Poder Judiciário. O Poder Judiciário brasileiro costuma entrar de recesso em torno do dia 20 de dezembro e só retorna na segunda semana de janeiro. E não confunda isso com as férias dos juízes. Pense que, para o preso, nas condições em que é mantido no sistema carcerário brasileiro, cada segundo leva minutos para passar; cada minuto, horas; cada hora, dias; cada dia, semanas. E é aí que as cabeças rolam, literalmente.
Essa lentidão da "Justiça TQQ" é a grande responsável por tanta gente presa que não deveria estar aqui. Nesses meus tempos de prisão, conheci gente que está em presídios há cinco anos sem julgamento, gente que já devia ter saído por tempo cumprido mas que seu processo "dorme" há meses, entre o gabinete do juiz  da Vara de Execuções Penais e a Promotoria. E a culpa é do PCC���
A prisão é o Linkedin da bandidagem, a Universidade do Crime. É aqui que se formam as facções (PCC, CV e todas as outras foram fundadas em presídios), é aqui que se formam as gangues das drogas, os bandos que se especializam em roubo de cargas, de bancos, de carros, em explosões de caixas automáticos, em sequestros e em assaltos a empresas de valores. E tudo isso, sim, pago com o dinheiro de quem é contribuinte. O curso completo: do básico ao masterado.
Vi grupos assim começando, se conhecendo aqui, falando porque está, como foi pego, aprendendo como melhorar, como trabalhar em grupo e garantindo "trabalho" para quando conseguir sair. Aqui dentro, os tempos são outros, a lei é outra, o Estado não se faz presente, simplesmente não existe. Recuperar alguém no sistema, só por milagre.
Portanto, não vamos culpar só os presos, ou as facções, pelos males que assolam o sistema penitenciário brasileiro. Todo mundo tem a sua parte. Cada preso novo deveria ser considerado um fracasso da sociedade brasileira como um todo. Cada real que se gasta hoje, na penitenciária, no preso, foi um centavo ontem, que deveria haver sido investido na educação, na saúde, mas que foi roubado por algum homem público. E cada real não investido na educação hoje, está ajudando na formação do criminoso de amanhã.
Envie para quem se importa.
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