#indignação
Explore tagged Tumblr posts
obsesseddiary · 3 hours ago
Text
A regra é clara: se você estava tentando me tirar do sério, então não reclame quando conseguir, porra.
0 notes
leiabomsenso · 1 year ago
Text
Tumblr media
As coisas que te indignam, e que não podem resolver, tendem a fazer você ficar viciado e entrar num círculo infinito de ficar procurando notícias, opiniões e respostas para coisas que nunca irá encontrar.
1 note · View note
strwberieswsugar · 20 days ago
Text
VAMOS PROTESTAR O JOGO
Tumblr media
7 notes · View notes
empessoa · 1 year ago
Text
Bernardo Soares
Não me indigno porque a indignação é para os fortes;
Tumblr media
Não me indigno porque a indignação é para os fortes; não me resigno, porque a resignação é para os nobres; não me calo, porque o silêncio é para os grandes. E eu não sou forte, nem nobre, nem grande. Sofro e sonho. Queixo-me porque sou fraco e, porque sou artista, entretenho-me a tecer musicais as minhas queixas e a arranjar meus sonhos conforme me parece melhor à minha ideia de os achar belos.
Só lamento o não ser criança, para que pudesse crer nos meus sonhos, o não ser doido para que pudesse afastar da alma de todos os que me cercam, […]
Tomar o sonho por real, viver demasiado os sonhos deu-me este espinho à rosa falsa de minha sonhada vida: que nem os sonhos me agradam, porque lhes acho defeitos.
Nem com pintar esse vidro de sombras coloridas me oculto o rumor da vida alheia ao meu olhá-la, do outro lado.
Ditosos os fazedores de sistemas pessimistas! Não só se amparam de ter feito qualquer coisa, como também se alegram do explicado, e se incluem na dor universal.
Eu não me queixo pelo mundo. Não protesto em nome do universo. Não sou pessimista. Sofro e queixo-me, mas não sei se o que há de mal é o sofrimento nem sei se é humano sofrer. Que me importa saber se isso é certo ou não?
Eu sofro, não sei se merecidamente. (Corça perseguida.)
Eu não sou pessimista, sou triste.
― Bernardo Soares
s. d. Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Vol.II. Fernando Pessoa. (Recolha e transcrição dos textos de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1982: 323
7 notes · View notes
mrschwartz · 2 years ago
Text
esse aqui vai só pra pequena interseção dos meus seguidores que fala português e é fã de arctic monkeys mesmo mas eu tô há mais de 1 hora a cada 5 minutos soltando em voz alta um "não cara não é possível"
4 notes · View notes
algumaideia · 1 month ago
Text
Um marmanjo mais ou menos da minha idade me chamou de tia hoje
0 notes
gattocosmico · 3 months ago
Text
acabei de ver que o araldo broxa explodiu o tucupi e o milo
cara qual o contexto QUE PORRA É ESSA
1 note · View note
lilsvns · 2 years ago
Text
“ahá! finalmente achei você.” sua voz ecoou pelos salão comunal, fazendo com que algumas cabeças virassem em sua direção assim que emergiu pela passagem e avistou @rxmlpin​ sentado em uma das poltronas “first, where have you been? os elfos domésticos andam perguntando por você todas as vezes que eu apareço na cozinha para pegar chocolate, aquela teoria que eu tenho de que eles costumam guardar os melhores docinhos pra você ainda existe, a propósito” comentou quando finalmente se aproximou dele “and second but not least important... how on earth did Potter managed to become Head Boy instead of you?” a segunda pergunta sendo feita enquanto lily arqueava uma das sobrancelhas e coloca ambas as mãos na cintura.
Tumblr media
1 note · View note
bluebookstorelady · 2 years ago
Text
"Conhecera crianças assim na Academia Yancy, descartadas para internatos por pais ricos que não tinham tempo para lidar com elas. Mas os deuses deveriam se comportar melhor." pg 104
0 notes
markievie · 12 days ago
Text
𝗢𝗡𝗘.ᐟ KIND OF MAN。 「 민규 」
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
⎯⎯⎯⎯ ( ぉ𓈒 ) 𝖽𝖾𝖿𝗂𝗇𝗂𝗇𝖽𝗈 𝗄𝗂𝗆 𝗆𝗂𝗇𝗀𝗒𝗎. ꫥ
𝑏𝑓. 𝗆𝗂𝗇𝗀𝗒𝗎 ﹢ 𝑓. 𝗋𝖾𝖺𝖽𝖾𝗋 । 𝖿𝗅𝗎𝖿𝖿, 𝗌𝗅𝗂𝖼𝖾 𝗈𝖿 𝗅𝗂𝖿𝖾 ᵔᴗᵔ 𝗰𝗼𝗻𝘁. 𝗋𝖾𝗅𝖺𝖼𝗂𝗈𝗇𝖺𝗆𝖾𝗇𝗍𝗈 𝖾𝗌𝗍𝖺𝖻𝖾𝗅𝖾𝖼𝗂𝖽𝗈 . . 䃽 '𝗀𝗒𝗎' ◦ 88O!
𝑙𝑖𝑡 - 𝑡𝑒 - 𝑟𝑎𝑒: 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗂𝖺 𝖾𝗅𝖾.
Tumblr media
𝑟𝑒𝑏𝑙𝑜𝑔𝑠 ﹠ 𝑓𝑒𝑒𝑑𝑏𝑎𝑐𝑘 ⸗ 𖹭
枯。 kim mingyu é um homem gentil.
e essa é uma afirmação tão óbvia, um pensamento tão intrínseco em sua concepção dele que, por vários anos, você nunca dedicou tempo e dedicação contínua para realmente apreciar isso;
mas agora, muito mais atenta ao namorado e o seu jeitinho particular, finalmente percebe;
a gentileza, para ele, não é um segundo pensamento — não é como uma convicção tardia, tampouco uma remodelação de seu julgamento, resultante de um "primeiro pensamento" primordialmente desacolhedor, — não, de forma alguma;
é como uma segunda natureza;
é implícita e singela e flutua por suas palavras ternas de modo tão suave que, ao ouvi-las, é como receber a carícia de um manto delicado, sossegado e ameno — praticamente imperceptível;
apesar de também ser firme, convicta e determinada, logo, quando se é expressa em palavras, NUNCA deve ser confundida com permissividade;
não é que ele não se chateie com erros ou vá agir como se comportamentos evidentemente prejudiciais e maus devessem ser relevados;
é só que a complacência é, via de regra, seu padrão há muito determinado para solucionar qualquer parte das adversidades em sua vida;
e se não tivesse o dobro de indulgência com você, o amor da vida dele, a mulher que ele escolheu a dedo para doar só o melhor de si, então com quem?
portanto, se estão prestes a se atrasar e você ainda não está pronta — por mais que lhe tenha sido dado tempo de sobra para se preparar... mingyu não discute, não te apressa, não bufa e nem faz cara feia na sua direção.
suas mãos tremem de levinho, o ecrã do seu telefone piscando com outro lembrete do seu possível atraso.
é tanta pressão que sente vontade de desistir. pois ainda faltava arrumar o cabelo, finalizar a maquiagem, reabastecer a comidinha do pet e depois dar um jeito na bagunça que deixou na casa ao procurar o anel perdido-
o barulho do secador te assusta, rompendo totalmente sua linha de pensamentos nada bons.
encara mingyu pelo espelho da penteadeira, o pincel esquecido entre seus dedos numa prova de que você não estava atenta ao que fazia nos últimos minutos.
— vou ir secando seu cabelinho, mô. — sorri bonitinho para você, afastando o dito cujo só o suficiente para te dar um beijinho na testa. — ‘tá pensando no quê? nem me viu entrar, vida.
a exaustão mental — fruto da superlotação de pensamentos em sua mente, — atrapalham sua tentativa de forjar alguma aparência composta.
ao invés, obrigam-na a repelir a mera exibição de tolerância que mingyu te oferece de maneira tão abnegada. — pois se sente desmerecedora de tal, essa é a verdade.
— desculpa. — sussurra baixinho, a vergonha de sua própria irresponsabilidade impedindo-a de manter a cabeça erguida. — fiz você se atrasar.
— amor, nã-
— 'cê pode ir na frente, gyu. — o corta rapidamente, — sério, assim que eu ter- — ele não te deixa finalizar, larga o secador no chão mesmo e gira sua cadeira de frente para ele, o olhar redondinho te mirando com fervor.
— nunca mais você sugere isso, ouviu? — sua visão embaça, se sente pequena, sensível, odeia desapontar as pessoas que ama. — não vou ir sem você, te largar aqui… independente se foi vacilo teu ou não. — repreende, maneando a cabeça com indignação.
— ainda vou demorar, tenho um monte de coisa ‘pra terminar! — solta tudo de vez, tentando convencê-lo, temendo a ideia que ele possa se forçar a se prejudicar por você.
as falanges tocam o seu queixo, o indicador mantendo seu rosto erguido para que os olhares se choquem.
— o quê? — a entonação firme, regada de determinação, em parelha com a expressão convicta, fazem você dar uma leve bambeada. — o que falta?
era fraca por momentos como esse. em que o namorado a encara como se pudesse resolver tudo — b-bom… tem que guardar as compras-
ele acena imediatamente, — já fiz.
— e a sala ‘tá uma zona! — é rápida ao relembrar mais uma de suas milhares de preocupações. — estava, já arrumei. — reassegura calmamente, os dedos subindo para afastar um cabelinho que caiu nos seus olhos.
seus ombros abaixam-se em virtude do esmorecimento de sua postura combativa. — nem separei as coisas pra gente levar ainda, gyu. — ainda sim, você reluta em ceder.
— já organizei e coloquei no carro também, — ele vê o seu abrir de boca para acrescentar mais coisas e, com firmeza, prensa seu rosto de levinho, delicadamente amassando as bochechas com amor. te beijando o biquinho rechonchudo como se abafasse todas as suas preocupações.
"e enchi os potes de ração", outro beijinho. "e troquei a água, e fechei todas as janelas e a porta," e mais outro e outro... "e já guardei a comida na geladeira ‘pra não azedar", finalmente termina com um beijo estalado na sua boca.
você sela os lábios, agradavelmente surpresa, o corpo quase que levitando sozinho ao sentir o namorado, pouco a pouco, ir retirando cada pesinho incômodo de suas costas.
— tudo prontinho pra minha princesa só precisar se preocupar em ficar linda. — um selar dengoso é deixado no seu narizinho e mingyu acompanha seu desconcerto com diversão. — vou secar seu cabelo enquanto você ajeita a maquiagem, pode ser? — não espera confirmação, já catando o aparelho e te virando de costas, apontando o ventinho para suas madeixas.
você acena, sem palavras, o coraçãozinho palpitando de amor.
Tumblr media
107 notes · View notes
leiabomsenso · 1 year ago
Text
Tumblr media
As pessoas que nunca dirigiram um pequeno negócio modesto afirmam com grande certeza e indignação que os CEOs de corporações multinacionais recebem muito mais do que valem.
Thomas Sowell
0 notes
marrziy · 1 month ago
Text
HOT!Short #2
★: Art Donaldson
| Mesmo durante uma rapidinha num lugar impróprio, ele é atencioso com você.
P: 984
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Eu cheguei muito tarde. Não ergui pilares.
Ser amigo da amizade de Patrick e Art era ter um espaçozinho gostoso no chão para sentar, entre canelas e joelhos para apoiar os cotovelos.
Tinha o melhor dos restos sendo o amigo dos melhores amigos, e estava satisfeito com isso.
Mas a conquista de um espaço maior e melhor aconteceu tão naturalmente que nenhum de nós notou quando eu, calouro, subi degraus e passei a ofertar meus joelhos para os veteranos inseparáveis apoiarem as cabeças.
E que prazer foi conhecê-los fundo e tê-los conhecendo a mim profundamente.
Nossas noites, tardes e ocasionais manhãs foram as rodelas de morango sobre cada camada de familiaridade que montamos nos últimos seis meses desde a primeira cruzada triangular.
Hoje, com o bolo pronto e em vitrine, é fácil saber quando a temperatura deixa de ser ambiente; posso presumir isso todas as vezes em que Art faz algo que Patrick faria.
Como bagunçar o trânsito corporal no refeitório, me arrastando sem jeito pelos corredores da facul.
Fechar-se junto a mim na última cabine do banheiro masculino.
E foder minha entrada com os dedos enquanto devora minha língua.
Com a calça nos tornozelos e a cueca enrolada nos joelhos, jogo o quadril para frente, fazendo das costas coladas à parede meu pilar durante o dedilhar que estica minhas bordas. "Artie…" pronuncio manhoso contra seus lábios, subindo uma mão para agarrar a lateral de seu pescoço, aprofundando e asselvajando nosso beijo.
Ele geme abafado, apertando minha bunda com a palma que separa uma das bandas, afundando precisamente o indicador e o médio no meu interior úmido de saliva, fazendo ecoar o som estalado do mergulho.
Art está vestindo roupas leves e pingando suor. Inicialmente, pensei que veio até mim depois de uma rodada de tênis com Patrick.
Entretanto, reparando nos lábios inchados e nos chupões pelo pescoço, sei que não era nada disso…
Art não estava dando o gostinho da vitória ou derrota para Patrick, estava dando a bundinha.
Encerro o beijo, esquivando das tentativas de Art de retomá-lo. "Que vagabunda você é. Ter o cuzinho comido não é o suficiente? Precisa comer um também para se sentir satisfeito?" ele não responde.
Seu silêncio me tira risadinhas.
Sei que há algo errado, mas não investigo afundo, pois sinto que está vindo até mim.
Art voa no meu pescoço, beijando como se poucos segundos longe da carne fossem anos de um amante fiel afastado de sua musa. "Já tá bom, né?" pergunta, reivindicando com os dentes. "Posso enfiar agora?" retira os dedos do meu buraco pulsante e me mostra a cabecinha de seu pau escapando pelo cós do short.
"Droga, Art…" suspiro, descendo uma mão pelo algodão que cobre seu abdômen, alcançando a pontinha inchada. Acaricio, sentindo a umidade viscosa e o pulsar violento. Ele treme. "Olha onde estamos, cara! Não dá pra foder passo a passo num banheiro de universidade." minha voz diminui na progressão da fala, temerosa. Desço seu short apenas o suficiente para soltar o pau teso, que bate no abdômen antes de pousar reto.
"Eu quis preparar você." a rouquidão em sua voz me enfraquece. "Não queria que doesse." a seriedade tensa que o envolvia até então é quebrada por um rosar que domina as bochechas. "Sem contar que você é apertado pra caralho, não importa o quanto te fodam! Não quero ter o pau esmagado." ele sorri de canto, agarrando minhas coxas e as afastando. "E todo mundo sabe que buracos apertados são superestimados."
"Vai se fuder!" bato em seu ombro com indignação fingida. Segurando a base de seu pau, o guio rumo à minha entrada trêmula.
"Vou foder você." ronrona contra minha bochecha, agarrando meus quadris com firmeza e empurrando para frente. "Porra!" geme alto no encaixe, estremecendo com o aconchego envolvente. "Você é tão gost…"
O corto, cobrindo seus lábios brilhosos com a palma. Eu que estou sendo arrombado, mas é sempre Art quem cumpre o papel da putinha escandalosa.
Mordo os lábios, arrepiando e arqueando as costas quando ele prensa o corpo no meu, me esmagando contra a parede enquanto trabalha profundamente dentro de mim.
Um ritmo constante é estabelecido, baseado em estocadas certeiras que me preenchem ao máximo e que retornam até não ter nada dentro. Choramingo sempre que a cabecinha rosada espanca minha próstata, e contraio com força em resposta. Art geme abafado, deixando minha palma molhada e meus quadris vermelhos sob o aperto de seus dedos.
O loiro é tão carente gemendo, me encarando com seus olhos marejados e entreabertos… "Caralho!" com a mão livre, também cubro minha boca. Sinto a aproximação do orgasmo, meu corpo ficando tenso. "Art, por favor!... Eu vou..."
Ele entende.
Do tanto que estremeço e pela forma como estrangulo seu cacete, é impossível não entender.
Art engole saliva a seco. "Vai, anjo… Goza pra mim", mete eufórico, fazendo ressoar o som de suas bolas agredindo minha bunda.
Como se meu corpo ouvisse, me desfaço, gozando com um gemido engasgado, cortado pela metade. Meu abdômen não para de contrair, tampouco meu buraco. Cada fibra muscular está formigando.
Temendo me fazer audível demais devido à superestimulação, rebolo na virilha de Art, prolongando ao máximo cada contração. É estranho ser eu o preocupado; normalmente não exerço tal função.
Com mais algumas estocadas erráticas, ele segue o meu entorpecer até a borda, alagando meu buraco com sua carga espessa, que vem abundante e imediatamente escorre para fora, mesmo com o cacete ainda latejando dentro. "Qual é o melhor pau?" questiona enquanto goza, sequer esperando retomar as rédeas do próprio corpo.
Eu não entendi.
"O quê?" um tanto desligado, caio em sua estrutura, abraçando seus ombros e buscando seus lábios.
Mas ele afasta o rosto a fim de refazer a pergunta, que vem rodeada pelo mesmo ofegar. "Quem tem o melhor pau?" Art me olha nos olhos, sua pupila gravando minha face confusa e acabada. "Eu ou o Patrick?"
Então era... isso?
Meu Deus.
71 notes · View notes
ninidohee · 22 days ago
Text
⋆ sweet tooth. ᯓᡣ𐭩
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
in this fic: namorado!choi seungcheol x leitora que ama um docinho
gênero: fluff e humor (? questionável)
conteúdo: muuuitas menções a doces, consulta no dentista (mencionada), dor de dente, obturação, anestesia, e a leitora dá um tapinha no cheol porque ele é irritante
wc: 1.7k
notas da nini: eu meio que tô com vergonha do tempo que eu levei pra escrever só isso…
Tumblr media
⋆˚˖✿  O principal pensamento que passava pela sua cabeça no momento era o quão fervorosamente você detestava beijinho de coco. Não que realmente odiasse o doce — se fosse assim, não teria comido um montão deles na festinha de aniversário da sua prima semana passada —, mas precisava achar um terrível vilão para culpar pela dor insuportável que fazia um dos seus dentes latejar. Claro, os pacotinhos de chiclete de tutti-frutti e Halls de cereja que você adorava podem, sim, talvez ter um dedinho na causa da sua cárie, mas você jura de pé junto que é tudo culpa do beijinho.
Não podia dizer que essa era bem uma das suas primeiras vezes indo ao consultório da sua dentista, com quem, aliás, você podia dizer que já estava formando uma amizade pela frequência dos seus encontros. Ela até te mandava parabéns no seu aniversário pelo número de contato da clínica. 
Era assim desde que você era criança — você amava muito comer Tic Tac de morango e fingir que era remédio —, sua mãe vivia no consultório do dentista com você, te dando sermão sobre como o excesso de doce faz mal. Mas poxa, é só um docinho…
Pensava que com o tempo e com o crescimento dos dentes permanentes, a situação seria diferente e eventualmente as consultas dentárias se tornariam mais esporádicas, mas não foi bem assim.
Ainda ia muito ao dentista, agora com um acompanhante talvez não tão alarmista quanto sua mãe, mas tão tagarela quanto.
“Eu disse que não era bom ficar adiando a consulta, amor…” Seungcheol apertava um pouco as sobrancelhas enquanto a atenção se mantinha na estrada, desviando-se para a sua forma dramaticamente jogada no banco do passageiro de vez em quando, preocupado.
Deu a ele apenas um barulhinho sofrido em resposta, decidindo manter os olhos fechados e a cabeça recostada no banco do carro para evitar que o excesso de informação de alguma forma piore sua situação. Você experimentou travar a mandíbula e ranger os dentes, na expectativa de que a pressão talvez disfarçasse a pulsação do maldito osso. Dor de dente é um saco.
“Princesa, não faz isso…” ouviu seu namorado estalar a língua e cutucar seu braço de leve. “Ficar apertando o dente só vai fazer piorar.” 
“Você só diz isso porque não é você que tá com essa dor infernal.” Você grunhiu, frustrada, se virando para encarar o homem com as mãos no volante. “Nem deve saber como é ter uma cárie. Sortudo do caramba.”
Seungcheol deu uma risadinha nasal com a sua resposta. Sempre parecia achar graça da sua indignação pelo fato de ele, apesar de também não ser muito regrado com o açúcar, nunca precisar se preocupar muito com a saúde bucal, ao contrário de você, que tinha dentes amaldiçoados (suas palavras, não dele).
“É que, cê sabe, eu não sou uma maluca do doce, né…” provocou, já deixando o sorrisinho escapar por entre os lábios quando você largou um tapa sonoro no ombro firme, o que lhe rendeu um ai! totalmente teatral, a julgar pela risada que acompanhava a interjeição. “Eu tô dirigindo!” Reclamou, mas não soou nem um pouco preocupado.
“Maluca do doce, a sua cara. Palhaço.” Você advertiu, contrariada. Pode ser que talvez a dor também aumentasse um pouquinho sua irritabilidade. Mas seu namorado enchendo a sua paciência era algo bem familiar, pra dizer a verdade. “Você que vive trazendo doce pra mim e ainda reclama quando eu não como.” 
Ele fazia isso o tempo todo. Sempre que ia ao mercado ou passava numa loja de conveniência, Seungcheol dava um jeito de comprar um doce que sabia que você gostava, fosse um chocolate, chicletes ou alguma bala azedinha diferente para experimentarem juntos.
E claro, não é nem preciso explicar que todas as vezes que você deixava todo aquele açúcar de lado esse homem fazia uma birra imensurável, reclamando sobre como ele tinha pensado que você ia ficar super animada com algo que ele comprou porque lembrou de você e você “nem ligou”, e aí você se sentia culpada e… voltamos à estaca zero. 
“Eu compro porque sei que cê gosta, mô…” tinha aquele bico todo jeitosinho nos lábios. Esse sabia fazer um drama.
Antes que pudessem continuar em uma discussão totalmente infundada sobre a importância dos doces, a fachada da clínica se fazia visível a alguns metros. 
Tumblr media
“Deixa eu ver, vai…” Seungcheol te cutucava que nem uma criança persistente enquanto você escondia o rosto com as mãos. “Eu não vou rir, é sério.” O sorrisinho meio molenga que já tinha nos lábios e a risada presa na voz deixavam bem na cara que ele ia rir, sim.
“Você já tá rindo!” Você reclamou, a voz saindo meio arrastada por causa da anestesia da obturação, o que só fez ele parar por um momento e levantar as sobrancelhas, interessado.
“Que isso? Fala de novo.” Ele inclinou a cabeça, os olhos brilhando com pura diversão às suas custas, acompanhados de um sorrisinho do mal.
Você queria sumir. “Para, Cheolie…” reclamou, mas sua manha nem adiantou porque Seungcheol não se aguentava e já estava dando risada de novo do seu jeito esquisito de falar. Queria esganar ele.
De primeira, você até tentou disfarçar quando saiu do consultório, mas o tempo considerável que havia passado no banheiro da clínica depois da consulta, analisando a si mesma no espelho, tentando ensaiar um sorriso discreto e se preparando para encarar o mundo cruel lá fora te denunciava. A questão é que ninguém repararia, na verdade. Mas, na sua cabeça, é como se a cada passo que desse ouviria uma risada por sua causa.
Quando você finalmente soltou um suspiro resignado após mais um bocado de pedidos de um Seungcheol insuportável pendurado em você, ele soube que havia te ganhado pelo cansaço.
“Ai, tá bom…” bufou. “Promete que não vai rir.” Você tinha plena certeza de que essas palavras talvez surtiriam mais efeito se fossem direcionadas a uma pedra. O sorriso contido nos lábios dele já era uma traição.
“Prometo.” Dissimulado e sem um pingo de vergonha.
Ele até tentou manter uma expressão que passasse credibilidade, mas o canto da boca tremeu de leve. Você não entendia como o homem conseguia ser tão pateta em momentos como esse, e ainda se comportar de maneira totalmente oposta em noventa por cento do tempo que passavam juntos, todo marrento. Era até engraçado.
Quando você afastou as mãos da boca, ele te observou bem e… parecia até meio desapontado por você ter feito todo aquele drama e estar igual, aparentemente.
“Tá, agora dá um sorriso.”
“Ah não, Cheol—”
“Dá logo, é só uma anestesia.” Te cutucou, e você, contra o seu melhor julgamento, obedeceu.
E aí foi que nem acender um estopim. Seungcheol estava vermelho de tanto dar risada. Sua boca meio torta no sorriso desajeitado era, por algum motivo, muito engraçada para o homem — o que, de novo, te fazia querer esganar ele.
Você se emburrou, encarando-o com cara de poucos amigos, mas ele estava ocupado demais se jogando para trás no sofá, gargalhando sem o menor remorso.
“Desculpa, meu amor...” ele disse entre risadas, se sentando novamente para segurar em um dos seus braços, divertido.
“Você é ridículo.” Deu a ele um olhar repreensivo, mas também já segurava o próprio riso. Você ia se levantar do sofá com o objetivo de ir para o quarto se isolar do resto da humanidade, mas antes que pudesse dar o primeiro passo, ele te puxou de volta para si, ainda rindo.
“Ah, não faz assim, princesa…” envolveu seu tronco com os braços definidos em um abraço gostoso, te pressionando contra si. “Hein? Olha aqui pra mim.” Disse, mais baixinho dessa vez, cutucando sua bochecha com o nariz.
Você fez charme, mas ainda virou o rosto para ele, só para encontrar os olhos escuros brilhando de diversão, cheios de carinho. “Tá linda, de verdade.” Ele ainda tinha um sorriso nos lábios, mas agora mais genuíno. Terno. “Você é linda.”
Encarou o rosto masculino por um, dois segundos antes de perder a compostura e enfiar o rosto no pescoço dele para sorrir, bobinha. “Você é tão sem-vergonha.” Murmurou contra a pele quentinha, ao que ganhou uma risada dele. Se havia alguma realidade em que você não caía no charme de Choi Seungcheol todas as vezes, definitivamente não era essa.
“Mas e aí? Cê nem contou o que a dentista disse, amor.” Se dedicava agora a fazer um carinho gentil na sua cintura, tranquilo. “Brigou contigo?”
“Não, né…” afirmou o óbvio, brincando meio distraída com a bainha da camisa vermelha do Manchester United que só faltava sair andando sozinha de tanto que ele usava. “Só disse que era bom dar uma diminuída no doce.”
Seu namorado deu uma risada nasal com a resposta. Bom, lógico que a sugestão de um dentista seria essa, mas mesmo assim era meio cômico. Você bufou, queixosa. 
“Eu só queria poder ficar em paz com meus docinhos.” Apesar de já haver algum tempo que estavam em casa, o bico que você fazia ainda tinha um dos lados um pouco dormente, e Seungcheol achava uma gracinha. Selou a boquinha com um sorriso na própria.
“Tem eu.” Te deu um balançar de sobrancelhas sugestivo, com um sorriso ladino meio torto, mas ainda era menos que o seu. “Bem docinho, princesa.”
Você riu mais da cara dele do que da piada ruim. “Como você é bobão…” respondeu, balançando a cabeça, mas ainda com um sorriso no rosto.
“Você gosta.” Deu de ombros, te puxando para mais perto si e aninhando você contra ele num cantinho aconchegante do sofá, ao que você se deixou encolher no abraço dele, satisfeita.
E aí a paz reinou no ambiente. Pareciam um casal de gatinhos: agarradinhos e preguiçosos no sofá da sala.
Seungcheol estava tentando emparelhar o ritmo da respiração com o seu quando você declarou seu plano de vingança:
“Vou esperar você dormir pra te gravar roncando.” Nem se preocupou em levantar a cabeça da posição tão confortável em que estava, apoiada no peito dele, mas já sabia a reação que sua fala lhe havia rendido.
O homem baixou a cabeça para te encarar com as sobrancelhas arqueadas, meio boquiaberto. “Eu não ronco.” Aquela foi a afirmação menos afirmativa de todas.
Só aí você levantou o rosto do lugar para dar uma risada e um olhar divertido para ele. “E como é que você vai saber?”
Bem, você sabia a resposta, e era ‘não’. Ele, na verdade, não roncava. Mas o mínimo que você merecia depois do tanto que ele riu de você era poder tirar uma casquinha dele também, poxa…
58 notes · View notes
twistedcrumbs · 3 months ago
Note
Como os líderes de dormitório reagiriam se a namorada deles chegasse por trás, desse um tapa na bunda deles de chamasse eles de gostoso?
Olha, por mais que eu que adore um casos, que isso ocorra em particular, creio que com alguns fazer isso em público resultaria em morte
Super concordo akakakak vamos manter no particular. Me diverti com essa ideia.
Tumblr media
Riddle Rosehearts
Riddle vira tão rápido que você quase se arrepende da brincadeira. Ele está vermelho como uma rosa, olhando para você com os olhos arregalados de indignação.
— MAIS O QUE?! — ele praticamente grita, a voz mais alta do que o necessário. — Isso é completamente impróprio! Que tipo de comportamento é esse?!
Ele começa a gesticular, lançando uma enxurrada de palavras sobre decoro e respeito, enquanto você tenta segurar o riso. Apesar do discurso indignado, dá pra perceber que ele está mais embaraçado do que realmente bravo. O rosto dele está tão vermelho que parece que vai explodir, e as palavras começam a sair de forma atropelada.
No fundo, ele fica dividido: uma parte quer te dar uma bronca formal, mas a outra está escondendo o quanto gostou do seu atrevimento. E, talvez, só talvez, no fundo ele esteja se perguntando como você conseguiu fazê-lo corar assim.
Tumblr media
Leona Kingscholar
Leona só solta um som baixo, algo entre uma risada e um grunhido. Ele não se incomoda nem um pouco — na verdade, parece gostar da sua ousadia.
— Hah, gostoso, é? Ainda bem que você sabe. — ele responde com aquele típico tom preguiçoso e convencido, enquanto lança um olhar cheio de malícia pra você por cima do ombro.
Dependendo do humor dele, pode até revidar, puxando você pela cintura e devolvendo o tapa só pra ver sua reação. Você nunca sabe o que pode vir.
Tumblr media
Azul Ashengrotto
O pobre literalmente trava. Ele fica completamente congelado por alguns segundos, porque nunca esperou algo assim vindo de você. Quando finalmente reage, ele se vira lentamente, as bochechas já ficando vermelhas.
— Isso foi... altamente impróprio — ele diz, tentando soar mortalmente sério, mas a voz falha no final e ele falha miseravelmente.
Azul tenta recuperar a compostura ajustando os óculos, mas é impossível não notar o sorriso de canto e o brilho nos olhos dele. Ele vai negar até a morte, mas adorou. Foi um tapa na auto estima.
Tumblr media
Kalim Al-Asim
Kalim dá uma risada alta e genuína. (Um grande querido) Ele vira pra você com aquele sorriso brilhante que só ele tem, os olhos cheios de diversão.
— Gostoso, é? Awn, você é tão fofa!
Ele provavelmente dá risada de novo e retribui o gesto com um tapa brincalhão no seu braço ou um beijinho na sua bochecha. Pra ele, é só mais uma demonstração de carinho, mas você consegue sentir que ele ficou muito feliz com o elogio.
Tumblr media
Vil Schoenheit
Vil (gostoso mesmo) para tudo o que está fazendo e lentamente se vira pra encarar você, uma sobrancelha arqueada.
— Gostoso? — ele repete, o tom carregado de sarcasmo, mas você nota um pequeno sorriso se formando e não evita de rir.
Ele dá um passo em sua direção, levantando o queixo com aquela pose impecável.
— Hm, pelo menos tem bom gosto.
Apesar do comentário, dá pra perceber que ele está se divertindo. Ele pode até retribuir com um elogio inesperado, só pra deixar você sem graça.
Tumblr media
Idia Shroud
Idia literalmente dá um pulo de susto e vai de F (coitado, não faça isso com ele). Ele vira pra você com os cabelos brilhando em um tom completamente cor de rosa de tão envergonhado, as mãos agitadas como se não soubesse o que fazer com elas.
— O-o que você tá fazendo?! Gostoso? E-eu?! — ele gagueja, as palavras saindo aos tropeços com a voz meio estridente.
Idia provavelmente vai querer se enterrar no chão de tanta vergonha, mas, no fundo, ele está explodindo de felicidade porque você o chamou de gostoso, ele se sente praticamente como uma card SSR por isso. Ele só não sabe lidar bem.
Tumblr media
Malleus Draconia
Malleus não reage de imediato. Ele para por um momento, como se estivesse processando o que acabou de acontecer, e então se vira devagar, os olhos brilhando de curiosidade.
— Hm... Gostoso? — ele pergunta, com um pequeno sorriso no rosto.
Ele inclina a cabeça, claramente achando graça da situação.
— Não sabia que era assim que os humanos expressam afeto. Mas devo admitir, é... interessante.
Ele provavelmente retribui o gesto com algo inesperado, como um beijo na testa, só pra deixar você desconcertada (um fofo. Pena que não gosto)
64 notes · View notes
jaemdigital · 5 months ago
Text
Tumblr media Tumblr media
QUIET DOWN! — LEE JENO.
seller!jeno × rich girl!reader (pt-br, +18).
sinopse: onde você está indo comprar o seu primeiro carro, mas muda de propósito ao conhecer o vendedor bonitão.
contém: sugestivo, quase smut. tanto a reader quanto o jeno são consumidos pelo tesão. mark lee é empata foda. dirty talk, breast play, leve size kink e strength kink. não leia se for menor de 18.
avisos: eu pensei nesse plot antes de tirar uma sonequinha hoje kkkkkk. não sei se ficou bem o que eu queria, mas gostei!! ah e obrigada por todos os notes em greedy. <3 aproveitem.
marcação: @junviadinho.
Tumblr media
o sonho do primeiro carro.
seu pai costumava brincar que esse sonho você não realizaria tão cedo, afinal, sempre foi medrosa e desastrada. no entanto, cá está você, no auge dos seus vinte anos, à caminho da concessionária. apesar de ter desacreditado, seu pai sorria radiante no banco do motorista do próprio carro, gabando-se de ter uma filha motorizada, enquanto sua mãe ditava o caminho até a loja. no banco de trás, você tremia de ansiedade, pensando no modelo do tão sonhado. mark lee, seu melhor amigo, estava ao seu lado, tagarelando sobre todos os passeios que fariam com você no volante.
— a primeira coisa que nós vamos fazer, é uma festa no motel. imagina que luxo! 'nóis chegando de carro próprio. – o canadense brincou, revelando uma expressão vivaz. — qual foi? é brincadeira! – murmurou quando reparou seu olhar assustado. aparentemente, mark havia ignorado a presença dos seus pais no veículo. por sorte, seus pais pareciam tão entretidos em sua própria conversa, que sequer escutaram algum ruído.
— eu acho que nós deveríamos participar de uma corrida ilegal. – pensou por alguns segundos. — pensando bem, nem eu e nem você temos coragem para tal ato. – mark demonstrou indignação, franzino.
— sinto muito em atrapalhar a conversa de vocês, mas, nós chegamos! vamos escolher o seu carro, filhota. – seu pai inclinou a cabeça para trás, sorrindo de maneira contagiante, contente.
vocês praticamente pulam para fora da BMW branca do seu pai, caminhando em passos curtinhos e rápidos para dentro da loja. o gelo do ar-condicionado contaminou sua pele, a deixando brevemente arrepiada. em cerca de alguns segundos, um dos funcionários se aproximou, os cumprimentando gentilmente. "johnny suh" dizia o cartão acoplado em sua camisa social; um homem alto, bem vestido, gentil, aparentava cerca de vinte e seis anos. johnny lhe fez algumas perguntas acerca do que estava procurando e então, convidou seu pai, mãe e mark para sentarem, já que, você sairia para dar uma olhada nas opções. o homem contou que lhe traria um funcionário para te apresentar os veículos de forma mais complexa e pediu licença.
você deu meia volta, observando os carros enfileirados lado a lado, haviam diversas opções para cada tipo de cliente. honestamente, você não sabia bem o que procurava. o carro seria um presente de seus pais por ter conquistado uma vaga em direito na UPenn – Universidade da Pensilvânia, Filadélfia –, logo, você não se sentia apta para, de fato, escolher alguma coisa. sua família possui uma condição financeira confortável o suficiente para comprar um carro de linha, mas, apesar disso, sentia-se mal com a quantidade de dinheiro que faria eles gastarem em sua função. além do mais, você não entendia alguma coisa sobre carros.
— gosta do que vê? – foi tirada do transe profundo por uma voz grave, entretanto, simpática. demorou alguns segundos para assimilar a pergunta. inclinou a cabeça para o lado, fitando o homem ao seu lado; se sentiu raivosa com as vozes da sua cabeça, gritando sobre o quão atraente ele é com seus olhos pequeninos e sorriso charmoso, que os faz desaparecer. — o carro. – murmurou. – johnny me pediu para te ajudar a escolher seu primeiro carro. meu nome é jeno.
— ah! oi... oi! me desculpa, eu estava distraída. – sorriu torto. — sim, eu gostei desse carro, mas genuinamente, eu não sei nada sobre ele... e nenhum outro. – jeno cruzou os braços, evidenciando os músculos bem trabalhados. você imediatamente perguntou à si mesma se ele deveria usar bem a sua força. jeno te olhou de cima a baixo.
— esse é o XC90 da Volvo. – o homem deu alguns passos para perto do veículo, lhe fazendo ir atrás. — além de visualmente bonito, possui bancos confortáveis e adaptáveis, bom compartimento para cargas, sistema de som de alta performance, um dos melhores SUV da atualidade. – você franziu as sobrancelhas ouvindo tantas especificações desconhecidas. — já que você é uma patricinha que não entende nada sobre automóveis, vou te dizer que é um excelente carro.
— você não me conhece. – o respondeu, indignada.
— você sabe que eu não menti. – ele piscou um dos olhos. — avise os seus acompanhantes que iremos testar o carro.
você abriu o aplicativo de mensagens e enviou uma mensagem rápida e prática, avisando que faria um test-drive para um dos veículos que se interessou. naquele ponto, você não sabia se estava realmente interessada no carro ou na presença do funcionário bonitão e abusado. se pegou ajeitando alguns fios do seu cabelo, bem como, aplicou um pouco mais do seu gloss favorito.
jeno abriu a porta do motorista para você, que se acomodou com facilidade depois de fazer alguns ajustes no banco. o trajeto seria simples: iria dirigir pela avenida apenas para avaliar a funcionalidade do automóvel. estava confortável, você rapidamente se adaptou às funções do carro. você e jeno trocaram algumas palavras sobre o assunto. avistou um supermercado com estacionamento aberto, ao ar livre e vazio, o moreno te instruiu a estacionar em uma das vagas. feito isso, você desligou o carro.
— vamos testar o banco de trás. – ele sorriu de canto, trocando para o banco de trás, assim como você. sentaram-se lado à lado no banco de couro confortável.
— é confortável. – você cruzou as pernas, expondo, sem intenção, boa parte das coxas. jeno fixou os olhos na pele bronzeada. agora, intencionalmente, estava tentando chamar sua atenção de alguma forma, algo como, pedir o número de telefone.
— você curte exibicionismo? costuma se mostrar assim para todos os homens que te chamam atenção? – a voz grave do homem ecoou diante do silêncio, te arrepiando violentamente. na realidade, ele estava certo.
— eles costumam demorar um pouco mais 'pra perceber. – jeno riu baixo, colocando uma das mãos em sua coxa.
— eu reconheço uma puta de longe quando eu vejo uma. – se aproximou um pouco mais, mantendo seus rostos numa distância minúscula. — e eu sei lidar com elas.
os dedos longos rodearam seu pescoço, lhe puxando para acabar com o espaço. o beijo começou como um selinho e, de repente, se tornou algo quente. você estava, realmente, se sentindo como uma puta, mas jamais perderia a oportunidade de se divertir com um homem atraente que te via da mesma forma. ele agarrou seu braço, você entendeu o comando e, imediatamente, sentou em seu colo de maneira desastrada. jeno abraçou sua cintura, te empurrando contra o próprio quadril, arfando durante o beijo. seus dedos se afundaram nos fios lisos, avacalhando a sua franja visivelmente recém cortada. ele apertou sua bunda com força, te fazendo suspirar de dor.
— você é tão gostosa, porra. – sussurrou contra os seus lábios. — eu te comeria aqui, agora.
sem respondê-lo, beijou o maxilar marcado do lee, descendo então para o pescoço. as mãos grandes caminharam para dentro da sua blusa curtinha, ele ousou ao tocar um dos seus seios sutilmente, esperando uma reação. você arfou baixo e então, ele apertou a carne com força, acariciando o mamilo. você rebolou devagarinho, apertando o pau já duro. inevitavelmente, choramingou nome de jeno.
enlouquecido, o homem te afastou levemente, apenas para retirar a peça de cima – e estava sem sutiã. ele abocanhou o peito durinho, babando o biquinho. e fez o mesmo com o outro. você sentiu sua calcinha ficar molhada, pegajosa; e se esfregou contra ele, tentando aliviar a excitação do clitóris.
— eu mal te toquei e você já 'tá querendo gozar, é? – os olhos escuros se fixaram em seu rosto. a visão daquele homem com os lábios molhados depois de se acabar nos seus peitos lhe fez revirar os olhos de prazer. — saiu de casa 'pra comprar um carro ou pra dar a bucetinha dentro de um deles?
— jeno... – murmurou manhosa. — eu quero dar.
gostaria de dizer que logo após isso, você realmente concretizou o seu desejo. porém, no exato momento onde jeno faria alguma coisa, você ouviu o toque do seu celular, que estava ao lado. bufando, saiu do colo do lee, observando a ereção deliciosa que poderia estar aproveitando. pegou o celular dentro da bolsa, dando de cara com o contato 'markie' te ligando freneticamente. "ele é um empata foda do caralho".
— eu vou acabar com a sua raça, mark lee. eu vou te matar. – cuspiu as palavras entre dentes. estava morrendo de ódio do melhor amigo. — eu te odeio!
93 notes · View notes
hsballerina · 4 months ago
Text
Tumblr media
nepente solace.
nepente — originária da mitologia grega, o nepente era uma substância lendária, frequentemente descrita como uma bebida, capaz de aliviar a dor, a tristeza e a melancolia. Era como uma poção mágica do esquecimento, capaz de fazer com que as pessoas se esquecessem de suas preocupações e sofrimentos. Em essência, o nepente representava um escape momentâneo da realidade, uma fuga para um estado de serenidade e paz interior.
solace — do inglês, "solace" significa conforto, alívio ou consolação. É algo que acalma a mente e o coração, especialmente em momentos de tristeza ou sofrimento.
— Nepente: Uma poção mágica que oferece um esquecimento temporário da dor e da tristeza.
— Solace: Um conforto duradouro, um apoio emocional que ajuda a lidar com as dificuldades.
Um contraste interessante:
Enquanto o nepente representa uma fuga da realidade, o solace busca uma forma de lidar com ela. Ambos, no entanto, compartilham o mesmo objetivo: trazer paz e tranquilidade para a alma.
não há smut.
Na calmaria da manhã dourada, os raios de sol invadiam a cozinha pelas janelas, preenchendo o espaço com um calor suave e acolhedor. Harry, grávido de oito meses, estava junto ao fogão, vestido com uma camisola confortável, um robe macio e pantufas de pelúcia. Mexia lentamente uma panela de ovos, enquanto o aroma de pão torrado e panquecas recém-feitas pairava no ar. Seus movimentos eram ponderados, ajustados ao peso da barriga proeminente, mas isso não o impedia de seguir com sua rotina matinal, preparando o café para sua família. Ele se inclinou um pouco para regular a chama, sorrindo ao ver a massa dourando na frigideira.
Ao lado, o prato já estava coberto com várias panquecas, mas Harry adorava fazer mais, especialmente para Luna, que era simplesmente apaixonada por elas.
O aroma de bolo de banana com as fatias da fruta caramelizadas no açúcar, o suco de morango fresco e o chá de hortelã perfumava a cozinha. A mesa já estava posta com pães frescos, mel orgânico, café forte e uma salada de frutas colorida, com uvas, kiwis, cerejas, morangos, maçãs, mamão, manga, banana e amora, todos cuidadosamente cortados em cubinhos perfeitos. No centro, um jarro de flores amarelas, rosas, lavandas e folhagens verdes trazia um toque delicado, combinando perfeitamente com o clima da estação.
Louis entrou na cozinha, ainda com o cabelo bagunçado de sono e esfregando os olhos. Quando viu Harry de pé, ele franziu a testa e foi direto até ele, o envolvendo pela cintura.
— Harry, você devia estar descansando — Disse Louis, com a voz suave, beijando o pescoço de Harry e passando a mão gentilmente na barriga redonda da esposa. — Eu posso terminar o café.
Harry sorriu, olhando carinhosamente para ele.
— Estou bem, Lou. Só queria fazer algo especial pra vocês hoje — Disse Harry, se virando ligeiramente para dar um selo rápido em Louis. — E você sabe que eu adoro cozinhar.
Louis suspirou, mas manteve o sorriso terno.
— Eu sei, mas não precisa exagerar. Ela já está te dando trabalho o bastante, não acha? — Ele brincou, acariciando com carinho a barriga proeminente. Harli, a filha caçula, já mostrava ser bem agitada. Em algumas noites, não deixava a mamãe dormir, inquieta e sapeca, se mexendo sem parar dentro do ventre.
Do outro lado da mesa, Luna, a filha adolescente de 16 anos, já estava sentada, distraída mexendo no celular, mas ergueu os olhos com um sorriso divertido.
— Vocês dois são tão melosos de manhã — Ela disse rindo.
Harry soltou uma risada divertida enquanto se virava para colocar os ovos no prato, caminhando até a mesa com um toque teatral.
— Ah, meloso eu? — Ele disse fingindo indignação, arqueando uma sobrancelha de forma dramática. — E quem é que resiste a panquecas no café da manhã, hein, mocinha, hum? — Harry disse, passando delicadamente o dedo pelo nariz da filha, a fazendo enrugar o rosto e soltar uma risada. — Bom dia, aliás!
Luna riu, se levantando para se servir de panquecas, enquanto Louis apenas observava a cena com um sorriso no rosto.
— Bom dia, mamãe — Respondeu ela, com um brilho de travessura nos olhos. — Ok, eu admito... panquecas são meu ponto fraco. — Ela revirou os olhos, divertida, enquanto enchia o prato com uma pilha generosa de panquecas, mel e algumas frutinhas frescas. — Obrigada, mamãe. Você sabe que é a melhor!
— Sabia que eu não podia errar com panquecas — Harry respondeu sorrindo ao ver a filha se servir, com uma satisfação orgulhosa estampada no rosto.
Louis se sentou ao lado de Luna, pegando um pedaço do bolo de banana enquanto olhava para a filha.
— Então, algum plano pra hoje, Lua? — Ele perguntou casualmente.
Luna deu de ombros enquanto pegava um gole do suco de morango.
— Na verdade papai, eu queria passar um tempo com a mamãe na estufa depois do café. Ajudar com as plantas, sabe?
Harry olhou surpreso e sorridente.
— Que bom, Luna! Vai ser ótimo ter sua a ajuda, filha. As framboesas estão precisando mesmo de uma poda, e acho que podemos colher alguns morangos também.
Luna assentiu, sorrindo.
— Tem mais uma coisa... — Ela começou um pouco hesitante, enquanto enrolava distraidamente uma mecha do seu cabelo longo solto. O cabelo de Luna era uma mistura de loiro e castanho, caía em cachos suaves, que às vezes se alisavam entre seus dedos. Sob a luz do sol, o tom dourado do loiro se destacava ainda mais, a fazendo literalmente brilhar.
Louis ergueu uma sobrancelha, percebendo o tom da filha.
— Ah, tem? — Ele disse curioso. — O que é, filha?
Luna corou levemente e desviou o olhar para o prato.
— Tem um garoto... Na escola. Eu meio que... Gosto dele — Ela confessou rapidamente.
Harry e Louis trocaram um olhar surpreso, mas logo Harry sorriu com ternura.
— Ah, então finalmente tem alguém especial? — Harry disse se sentando cuidadosamente ao lado de Louis, enquanto colocava uma mão sobre a barriga. — Quem é ele?
Luna suspirou, ainda envergonhada.
— O nome dele é Alex, mamãe. Ele está na minha turma de biologia. É super inteligente, engraçado, e… bem, eu acho que gosto dele.
Louis tentou esconder o sorriso ao ver o embaraço da filha.
— Alex, hein? E ele já sabe disso?
— Não! — Luna disse rapidamente, arregalando os olhos. — Quer dizer, eu acho que ele pode suspeitar… mas eu ainda não falei nada.
Harry riu, com os olhos brilhando de orgulho e carinho.
— Bem, quando você sentir que é o momento certo, tenho certeza que será lindo. E se você quiser, podemos convidá-lo para jantar qualquer dia desses, o que acha?
Luna pareceu considerar a ideia, e então sorriu timidamente. — Vou pensar nisso, mamãe. Obrigada.
— Sabe que sempre estamos aqui, né? Qualquer coisa, só nos falar. — Louis passou o braço pelos ombros de Luna, a puxando para um abraço rápido.
Luna sorriu, abraçando o pai de volta.
— Eu sei, papai. Vocês são incríveis. Mesmo sendo tão melosos — Ela brincou revirando os olhos e os pais riram.
Harry seguia observava Louis e Luna com olhos ternos, o coração transbordando de amor. Ele adorava esses momentos simples — a rotina diária que, para ele, era repleta de significados. Ele levou um pedaço de fruta à boca e, enquanto mastigava devagar, olhou para Luna com curiosidade.
— E como ele é? — Perguntou Harry, voltando ao assunto de Alex com um sorriso interessado. — O Alex, quero dizer. Além de inteligente e engraçado, o que mais você gosta nele?
Luna, ainda com as bochechas coradas, deu um pequeno sorriso, desta vez mais confortável ao falar sobre o garoto para os seus pais.
— Bem, ele é muito gentil, sabe? Não tenta ser popular ou algo assim. Ele trata todo mundo com respeito, e... ele é super bom em biologia. A gente faz projetos juntos e ele sempre me explica as coisas com paciência. E... — Ela deu de ombros, mordendo um pedaço de panqueca para disfarçar o sorriso antes de acrescentar — Ele tem um sorriso bonito.
Louis fez um som baixo, como se estivesse processando a informação. Ele não conseguiu evitar um olhar protetor para Luna, apesar de estar claramente orgulhoso do crescimento da filha.
— Hum... Bom, um sorriso bonito é importante, acho. — Ele tentou parecer casual, mas Harry não pôde deixar de rir da tentativa falha do marido de parecer relaxado.
— Louis, pare com isso — Disse Harry sorrindo. — Deixa a Luna respirar. Ela tem bom gosto, confia nela, amor.
— Ei, eu só estou perguntando, nada de mais! Quero conhecer esse Alex, é só isso. — Louis ergueu as mãos em rendição.
Luna revirou os olhos, rindo.
— Papai, relaxa. Nem sei se ele gosta de mim desse jeito ainda.
— Ah, ele gosta sim — Disse Harry com um olhar experiente, erguendo uma sobrancelha para Luna. — Eu aposto que sim. Se vocês estão fazendo projetos juntos, ele já está interessado. Eu me lembro de quando Louis e eu começamos a fazer coisas juntos. Ele me ajudava com pequenos trabalhos, e eu sabia que tinha algo ali desde o começo.
Louis soltou uma risada suave.
— Sim, porque eu estava completamente apaixonado por você desde o início, só não sabia como te dizer.
Luna riu, se inclinando sobre a mesa com os cotovelos apoiados.
— Ugh, vocês são tão fofos. Mas eu acho que Alex ainda não me vê assim… a gente só conversa sobre coisas da escola.
— Isso pode mudar mais rápido do que você imagina. Mas vá com calma, aproveite cada etapa. E não se esqueça de se divertir, Luna. Você merece alguém que te faça sentir especial. — Harry balançou a cabeça, sorrindo.
— É, acho que sim. Obrigada, mamãe. Eu vou ver como as coisas acontecem. — Luna pareceu ponderar isso por um momento e então deu um sorriso genuíno.
Louis estendeu a mão e bagunçou os cabelos de Luna de leve, provocando uma risada dela.
— Isso aí. E quando ele for te levar ao baile ou coisa assim, eu estarei lá, de olho. — Ele deu uma piscadela.
Luna revirou os olhos novamente, mas estava claramente gostando da conversa.
— Papai, você é tão exagerado. Eu nem sei se quero ir a esses bailes ainda.
Harry observou a troca entre eles com um sorriso largo e satisfeito, apoiando a mão em sua barriga. Sentia Harli, a bebê se mexer levemente, como se estivesse reagindo à alegria ao redor.
— Nossa pequena está animada hoje — Comentou Harry, olhando para Louis com um brilho nos olhos.
Louis colocou a mão sobre a barriga de Harry, sentindo o movimento.
— Ela deve estar curtindo a conversa. Mal posso esperar para conhecê-la, sabia?
— Eu também. Está quase na hora. — Harry suspirou feliz.
Luna olhou para os pais, seus olhos suavizando ao ver o carinho entre eles.
— E eu mal posso esperar para ser a irmã mais velha. — Ela sorriu. — Já estou fazendo planos de como vou mimá-la.
— Só não deixa ela ficar mal acostumada, hein? Uma irmã mimada pode dar muito trabalho. — Louis riu, pegando mais um pedaço de bolo.
— Ah, papai, eu vou ser ótima! — Luna brincou, cruzando os braços. — Eu vou ser a melhor irmã do mundo, só espera pra ver.
— Tenho certeza de que você será, Luna. Você já é incrível agora. — Harry riu para a filha.
Após o café da manhã, enquanto Louis lavava as louças, Luna e Harry, de galochas, vestido e macacão, seguiram em direção à estufa, um dos lugares favoritos de Harry na casa. Ali, ele sempre encontrava paz, rodeado pelas plantas que cultivara com tanto carinho ao longo dos anos. A estufa era espaçosa, com fileiras organizadas de plantas, desde pequenas mudas de ervas aromáticas até arbustos frutíferos, como morangos e framboesas. O cheiro da terra misturado ao suave perfume das flores preenchia o ar, criando uma atmosfera calma e serena.
Luna abriu a porta de vidro, deixando a brisa leve e fresca entrar.
— Eu adoro esse lugar, mamãe, tudo aqui é sempre tão bonito — Ela disse inspirando fundo o cheiro das plantas, flores e frutas. — Me faz lembrar de quando eu era pequena e você me ensinava a plantar as minhas primeiras flores.
Harry sorriu, colocando a mão na barriga enquanto caminhava devagar até as prateleiras de vasos. — Eu lembro bem. Você sempre foi curiosa com as plantas, Luna. Acho que herdou isso de mim — Ele disse com um tom orgulhoso, pegando um regador. — Vem, podemos começar podando as framboesas, depois vamos colher alguns manjericão para o molho que vamos fazer mais tarde.
Luna assentiu e pegou uma pequena tesoura de poda, se aproximando do arbusto carregado de frutinhas vermelhas. As folhas verdes brilhavam com o sol que entrava pelos vidros da estufa. Ela começou a cortar com cuidado os galhos secos, enquanto Harry supervisionava, regando outras plantas.
— Então, sobre o Alex... — Harry começou, olhando para Luna com um sorriso travesso. — Você já pensou em como vai falar com ele? Talvez dar um sinal mais claro?
Luna ficou um pouco envergonhada, mas respondeu com sinceridade.
— Ai, mamãe, você não vai parar com isso, né? — Ela disse sem tirar os olhos da planta.
Harry deu de ombros, ainda sorrindo.
— Só estou curioso. Quero ajudar, sabe? Além do mais, acho que essas coisas são sempre mais fáceis quando conversamos. Eu e seu pai tivemos um começo meio desajeitado também, você sabia? — Luna o olhou surpresa.
— Sério? Vocês parecem tão... naturais juntos.
Harry riu, ajustando o regador enquanto começava a plantar algumas novas mudas de tomate.
— Ah, hoje parece fácil, mas no começo, eu não sabia como falar com Louis. Ele era tão confiante, e eu me sentia meio atrapalhado. Mas uma vez que conversamos honestamente, tudo fluiu. Às vezes, é só dar o primeiro passo — Harry contou olhando para Luna com um sorriso encorajador.
Luna se juntou a ele, dessa vez agora usando a pá pequena para fazer buracos na terra macia, mas parou por um momento, considerando as palavras de Harry enquanto olhava para o arbusto à sua frente.
— Eu acho que tenho medo de estragar tudo, sabe? — Ela disse mordendo o lábio inferior. — Se eu falar e ele não sentir o mesmo, vai ser estranho. E se a gente parar de ser amigos?
Harry suspirou suavemente, se aproximando de Luna, tirando a luva de jardinagem e colocando a mão no ombro dela.
— Eu entendo, querida. É normal ter medo. Mas às vezes vale a pena arriscar. Se ele for uma pessoa boa, ele vai te respeitar, independentemente de como se sente. E quem sabe? Pode ser que ele esteja esperando o mesmo sinal de você.
Luna ficou quieta por um momento, os olhos focados no chão coberto de terra.
— É, talvez... — Ela murmurou, como se estivesse pensando alto. — Vou tentar não ficar tão nervosa com isso.
Harry sorriu, orgulhoso da maturidade da filha.
— Isso mesmo. Você tem todo o tempo do mundo para descobrir essas coisas. E não importa o que aconteça, sempre pode contar comigo e com seu pai.
— Eu sei, mamãe. Obrigada por sempre ouvir — Disse Luna, com um sorriso sincero. Ela colocou a pá de lado e se inclinou para pegar um punhado de framboesas maduras no cesto.
— Sempre, meu amor — Harry respondeu com um olhar terno, enquanto observava Luna saborear as frutinhas.
— Quer algumas? — Ela perguntou, segurando as frutinhas vermelhas e suculentas com um sorriso.
Harry riu, se sentando em um banquinho de madeira próximo.
— Claro, mas só um pouquinho. Ultimamente, estou comendo por dois, mas tenho que me segurar pra não exagerar — Ele brincou, acariciando a barriga com uma expressão divertida.
Luna ofereceu as framboesas a Harry, que pegou algumas e saboreou lentamente, a explosão de sabor trazendo um sorriso ao seu rosto.
— Deliciosas! Você fez um ótimo trabalho cuidando das plantas, Lu. Acredito que suas habilidades de jardinagem estão melhores do que as minhas — Ele disse piscando. — Agora venha cá, deixa eu fazer uma trança no seu cabelo — A mãe de Luna disse sorrindo enquanto a convidava a se aproximar.
Luna se sentou ao lado dela, pronta para o carinho. Enquanto sua mãe, com as mãos habilidosas, trançava seus cabelos loiros com delicadeza, acrescentava e entrelaçava flores coloridas nos fios.
— Elas combinam perfeitamente com você, amor. — A mãe comentou enquanto segurava uma flor rosa, tirada do canteiro atrás delas, junto com outras flores.
— Eu adorei! — Luna respondeu observando as margaridas amarelas e os pequenos cravos do amor brancos sendo incorporados à trança. — As flores estão tão bonitas!
O aroma suave das plantas e o calor acolhedor da estufa tornavam o momento quase mágico. Mas, justo quando Harry estava prestes a responder, um leve zumbido chamou sua atenção.
— Mamãe, olha! — Harry foi surpreendida com Luna apontando com o dedo.
Um beija-flor pequeno e vibrante entrou na estufa e flutuava com leveza entre as flores.
Os olhos de Luna brilharam de empolgação e antes que sua mãe pudesse terminar de amarrar a sua trança, ela se levantou de um salto, os cabelos ainda meio soltos, e começou a seguir o beija-flor, rindo enquanto ele dançava de flor em flor. Sua mãe, com as mãos paradas, observava a filha encantada com a cena, enquanto Harry também ria, maravilhado com a espontaneidade do momento.
— Olha isso! — Luna disse surpresa apontando para o beija-flor enquanto ele pairava em cima de uma flor roxa vibrante.
Harry riu, maravilhado.
— Que lindo! Você sabia que os beija-flores simbolizam alegria e amor?
Luna sorriu, a ansiedade de antes se dissipando com a visão do beija-flor.
— Sério? Isso é incrível, mamãe! — ela respondeu, sem tirar os olhos do beija-flor. E então, em um sussurro suave, Luna o nomeou: — Sorte.
Conforme falavam, o beija-flor se aproximou ainda mais, pairando perto demais de Luna antes de pousar delicadamente em uma flor próxima. Ela ficou paralisada de alegria, sem acreditar que estava tão perto do passarinho.
— Mamãe! — Ela sussurrou, sorrindo amplamente, o olhar encantado.
Harry pegou o celular e rapidamente tirou uma foto.
— Essa vai para o álbum da família! Você está linda com o beija-flor por perto — Ele disse, rindo.
— Eu me sinto como uma princesa! — Luna disse fazendo uma pose divertida enquanto o beija-flor continuava a se deliciar com o néctar e a água doce das flores.
— Olha como ele brilha à luz do sol. — Harry se levantou e se aproximou, tentando capturar o momento.
Enquanto o beija-flor pairava ao redor deles, os dois começaram a rir, e a tensão que antes dominava o ambiente foi completamente substituída pela leveza do momento.
— Você sabe, ás vezes, coisas inesperadas podem ser as melhores — Disse Harry, olhando nos olhos de Luna.
— Como eu falando com o Alex — Refletiu Luna, com um sorriso tímido. — Quem sabe o que pode acontecer se eu me arriscar?
— Exatamente! — Harry respondeu a encorajando. — O que importa é que você está aberta a novas experiências. Seja corajosa, filha. — Ele deu um beijo suave na testa de Luna.
O beija-flor continuava a visitar as flores, criando uma atmosfera leve dentro da estufa. Luna sorriu, olhando para a flor que havia atraído o pássaro.
— Eu acho que vou me lembrar disso toda vez que pensar no Alex — Disse Luna sorrindo para a mãe. — Obrigada, mamãe.
Harry sorriu, seu coração cheio de amor pela filha.
— Você traz tanta luz para a minha vida, querida — Harry disse acariciando as bochechas rosadas da filha, enquanto seus olhos se encontravam com os dela em um momento de ternura. — Agora vem, vamos amarrar essa trança e terminar de cuidar das plantas antes que o papai venha nos procurar para o almoço — Ele falou, se movendo para trás de Luna e trançando seu cabelo com delicadeza. Depois, lavou rapidamente as mãos e pegou a pá de volta, começando a trabalhar ao lado dela.
— Posso ajudar com alguma coisa? — Luna perguntou animada, enquanto observava a mãe.
— Claro! Você pode me passar as mudas que estão ali, bem ao seu lado — Harry respondeu apontando para as pequenas plantas que precisavam ser replantadas.
— Certo! — Luna disse pulando para pegar as mudas. Então, avistou o beija-flor pousando em uma das flores, começando a beber o néctar. — Olha, mamãe, como ele é atrevido! Acho que ele sabe que essa água é especial!
— Com certeza! — Harry disse observando a cena com um sorriso. — Ele adora essa mistura. É como se fosse um lanche delicioso para ele.
Luna se virou para Harry, com um brilho nos olhos.
— Você acha que ele vem aqui só por causa das flores? Ou será que ele também gosta das nossas conversas?
Harry sorriu, pensando.
— Bem, eu espero que ele goste de tudo. O beija-flor parece saber que estamos cuidando dele e das flores, como uma pequena família.
— É como se ele estivesse dizendo “obrigada”!
Harry sorriu, observando a cena com carinho.
— Ele sabe que você cuida bem dele, assim como cuida das plantas. Você é uma verdadeira jardineira, amor!
— Isso é verdade! — Luna respondeu, orgulhosa.
(...)
Era uma noite tranquila na casa dos Styles-Tomlinson, mas Harry simplesmente e literalmente não conseguia dormir. Mesmo estando grávida de 36 semanas ela se remexia na cama inquieta, acariciava sua barriga enquanto sentia pequenos movimentos de Harli. Algo a inquietava, não a deixava confortável, uma sensação, e aperto no peito que não conseguia explicar, e não passava, era como se soubesse, e o seu coração de mãe dissesse e a alertasse que sua filha mais velha, Luna, não estava bem.
Luna andava diferente nas últimas semanas: mais quieta, mais distante, e Harry não conseguia ignorar essa mudança. Preocupada, ele se levantou devagar, sem acordar Louis, que dormia ao seu lado, vestiu o seu robe de algodão macio e as pantufas.
Com uma mão apoiada na barriga pesada, ele seguiu pelo corredor até o quarto dela. À medida que se aproximava, ouviu suaves sons abafados de soluços. Seu coração apertou imediatamente. "Luna..." sussurrou para si mesmo, já confirmando o que suspeitava.
Sem pensar duas vezes, Harry abriu a porta com cuidado e entrou no quarto da filha. Luna estava deitada, encolhida debaixo das cobertas, o rosto escondido no travesseiro, chorando silenciosamente.
Aquilo partiu o coração de Harry.
— Luna? — Chamou com a sua voz suave, mas cheia de preocupação, enquanto se aproximava o mais rápido que podia.
— Mamãe, por favor... vai embora — Luna disse entre soluços, sem sequer levantar a cabeça para olhar para ela.
Harry sentiu o coração apertar ainda mais. Com carinho, ele se acomodou na beira da cama e começou a acariciar os cabelos da filha, movimentos suaves e reconfortantes, como fazia quando Luna era pequena e precisava de conforto.
— Luna, meu amor... o que está acontecendo? — Harry perguntou com doçura e a preocupação torturando o seu peito. — Por que você está chorando, filha? Você sabe que eu estou aqui para você, sempre. O que está te machucando assim, meu amor?
Luna não respondeu de imediato, mas os soluços diminuíram um pouco à medida que a presença reconfortante de sua mãe a acalmava. Harry continuou a acariciar seus cabelos, esperando pacientemente que ela falasse. Finalmente, depois de alguns minutos de silêncio, Luna soltou um suspiro tremido virando de frente a mãe.
O rosto de Luna estava banhado de lágrimas, o nariz vermelho e os olhos azuis, com um aro verde próximo à pupila, também vermelhos. As lágrimas não paravam de escorrer, e cada gota fazia Harry sentir uma dor profunda no coração, como se fosse um aperto que contraia até a alma.
— Alex… ele terminou comigo, mamãe, e agora eu descobri que ele está com a minha amiga — Confessou, com a voz trêmula. — Eu pensei que ele realmente gostasse de mim, mas… ele simplesmente me traiu. E agora… eu me sinto tão horrível. Eu quero me bater, mamãe.
Harry sentiu uma dor profunda ao ouvir aquelas palavras. O coração se partiu ao escutar o que foi dito. Ver sua filha tão machucada por duas pessoas de confiança dela era a pior dor que ele poderia imaginar. Sua filha estava se sentindo abandonada, traída, e isso era a última coisa que ele queria ou desejaria para ela ou alguém naquele momento.
— Oh, minha querida… — Harry sussurou se inclinando um pouco mais para abraçar Luna, acariciando seus cabelos enquanto ela chorava. Os olhos da mãe se encheram de lágrimas também, vendo sua filha naquele estado. — Eu sinto muito que você esteja passando por isso. Eu sei como dói quando alguém que amamos nos machuca, e sinto tanto que você esteja sentindo essa dor agora, amor.
Luna balançou a cabeça, ainda soluçando.
— Eu achei que ele gostasse de mim — Ela continuou com a voz cheia de tristeza. — Mas acho que eu estava tão errada… Eu não sei o que fiz de errado.
Harry suspirou, o coração apertado, e continuou a acariciar os cabelos de Luna com carinho. Com isso, a mãe ergeu o rosto da filha a fazendo olhar pra ele.
— Querida, você não fez nada de errado — Harry disse com firmeza. — Às vezes, as pessoas se afastam, e não é por nossa culpa. O que aconteceu entre você e Alex pode doer muito agora, mas isso não significa que você não seja incrível ou que tenha feito algo de errado. Você é maravilhosa, Luna. Ele não enxergou isso é um problema dele, não seu.
Nesse momento, Louis entrou no quarto, com o rosto preocupado ao perceber que Harry não estava na cama. Ao ver Luna chorando nos braços de Harry que acariciava os cabelos dela, ele rapidamente se juntou a eles, se sentando ao lado da filha.
— O que está acontecendo, meu amor? — Louis perguntou suavemente, enquanto colocava uma mão no ombro de Luna a fazendo chorar mais. — O que aconteceu, Luna?
Luna fungou e se virou para encarar o pai, ainda com os olhos cheios de lágrimas.
— Alex terminou comigo e me traiu, papai… — Ela disse a voz embargada. — E eu sinto como se… como se eu tivesse feito algo errado.
Louis trocou um olhar preocupado com Harry antes de se inclinar para abraçar Luna com cuidado.
— Ah, meu amor... — Louis começou, olhando nos olhos da filha com ternura. — Preste atenção no que eu vou te dizer, sim?
Ele ergueu o olhar dela e afirmou com a cabeça:
— Você não fez nada de errado, querida, nada — Ele disse com convicção, a puxando para mais perto. — As pessoas podem nos decepcionar, amor, e isso é sim doloroso, especialmente quando vem de tão perto. Mas isso não define quem você é. Você é uma pessoa maravilhosa, e isso nunca mudará, independentemente das ações dos outros.
Harry assentiu, enxugando delicadamente as lágrimas que escorriam pelo rosto da filha.
— Eu sei que, neste momento, tudo parece muito difícil e tortuoso, mas o que você está passando não define a sua essência, filha — Harry disse com uma voz firme e amorosa. — Você é forte, inteligente e possui um coração generoso. E quem não consegue ver isso não merece a sua atenção.
Louis sentiu o corpo de Luna tremer enquanto ela chorava em seus braços. Cada lágrima dela apertava ainda mais o coração dele. Harry, ao lado, observava a cena com um olhar carregado de preocupação. Ele trocou um rápido olhar com o marido antes de se aproximar mais da filha. Os três se deitaram juntos na cama grande e espaçosa de Luna, como ela havia pedido quando se mudaram para aquela casa. O silêncio do quarto era quebrado apenas pelos soluços abafados de Luna, que finalmente conseguiu fôlego para falar.
— Eu só... eu realmente pensei que ele se importava comigo — Luna sussurou, a sua voz cheia de dor e confusão. — Mas agora parece que tudo foi uma mentira. Como se eu tivesse sido boba por acreditar...
Louis acariciou as costas da filha com movimentos lentos e reconfortantes, enquanto pensava na melhor forma de aliviar a dor que ela sentia. Ele sabia que as palavras não fariam o sofrimento desaparecer de imediato, mas esperava que, aos poucos, pudessem trazer um pouco de paz ao coração partido de Luna.
— Amor — Louis começou mantendo a voz calma —, não há nada de errado em acreditar no melhor das pessoas. Isso não faz de você uma boba, faz de você alguém com um coração generoso, que confia e ama de verdade. Não deixe que essa dor roube isso de você.
Harry, com os olhos marejados, segurou a mão de Luna com delicadeza, apertando-a levemente.
— Às vezes, quando as coisas não acontecem como esperamos, começamos a duvidar de nós mesmos — Harry disse olhando para a filha com ternura. — Mas, muitas vezes, as escolhas das outras pessoas não têm nada a ver com a gente. O Alex pode estar tomando decisões por razões que você não pode controlar, e isso não é culpa sua. Você fez o seu melhor, e isso é o que importa. Porém, você não deve carregar a culpa pelo que aconteceu. As escolhas dos outros estão além do seu controle. O que você pode fazer agora é focar em se sentir bem consigo mesma, meu amor.
Luna fungou, olhando para os pais com uma expressão confusa, mas sedenta por entender melhor o que sentia.
— Mas então... por que ele terminou? Nós estavamos bem... e, de repente, ele mudou de ideia. O que eu fiz de errado?
Louis suspirou, segurando o rosto de Luna com carinho, forçando-a a olhar nos olhos dele.
— Às vezes, as pessoas não sabem como lidar com seus próprios sentimentos, Luna — Ele disse com a voz carregada de empatia. — O Alex pode estar passando por algo pessoal, algo que ele não soube compartilhar com você, e talvez seja mais fácil para ele se afastar do que lidar com isso. Isso não significa que você fez algo errado. Relacionamentos podem ser complicados, e nem sempre as coisas acontecem da maneira que esperamos. E algumas vezes, essas decepções podem abrir portas para algo ainda melhor.
Luna sentiu uma onda de confusão misturada com tristeza, mas as palavras de seu pai começaram a criar um espaço para reflexão em sua mente.
— Mas... e se eu nunca mais encontrar alguém como ele? — Ela questionou, a insegurança evidente em sua voz.
— Você encontrará, querida — Louis respondeu com um sorriso tranquilo. — E quando encontrar, será com alguém que realmente valoriza quem você é. Alguém que vai te amar da maneira que você merece, sem reservas, sem decepções que te magoem profundamente. Essa experiência pode ser dolorosa, mas ela também é uma lição. Você vai aprender o que realmente deseja em um relacionamento e o que você não aceita mais.
Harry assentiu, enxugando uma nova lágrima que descia pelo rosto da filha.
— Você tem que lembrar que, no amor, nem sempre conseguimos controlar o que o outro sente, querida — Ele continuou. — Às vezes, por mais que tentemos, as coisas simplesmente mudam. Mas isso não significa que você seja menos digna de amor. Pelo contrário, você merece alguém que veja o quão maravilhosa você é e que esteja pronto para estar ao seu lado, não importa o que aconteça.
Luna escutava atentamente, as palavras dos pais começando a penetrar na barreira de tristeza que a envolvia. Ela respirou fundo, tentando processar tudo o que ouvia.
— Mas dói tanto — Ela sussurou com a voz ainda embargada. — Eu não consigo parar de pensar no que eu poderia ter feito diferente.
Louis puxou a filha ainda mais para perto, a envolvendo em um abraço reconfortante, como se quisesse protegê-la de toda a dor que a cercava.
Os pais sentiam o coração apertar ao ouvir Luna expressar aquela dor tão profunda. Ver a filha sofrendo era insuportável, mas sabiam que parte do crescimento envolvia enfrentar essas desilusões e sair mais forte do outro lado. Louis ainda segurava o rosto de Luna entre as mãos, os olhos dela buscando respostas, enquanto Harry se aproximava ainda mais, sentando-se ao lado dela na cama.
— Eu sei, querida — Louis disse com a voz carregada de ternura. — Eu sei que dói. E sei que, agora, parece que essa dor nunca vai passar, que ela está te consumindo por dentro. Mas acredite em mim, com o tempo, essa sensação vai diminuir. Aos poucos, as coisas começam a ficar mais claras e menos dolorosas.
Harry assentiu, pegando a mão de Luna novamente, como se quisesse transmitir o máximo de amor possível através do toque.
— Quando alguém que amamos nos machuca, especialmente de uma maneira tão repentina, é natural nos perguntarmos o que fizemos de errado. Mas, Luna, isso é o que chamamos de ‘culpa do coração’. Você está assumindo a responsabilidade por algo que, na verdade, não está nas suas mãos — Harry disse. — Às vezes, as pessoas saem das nossas vidas por razões que nunca vamos entender completamente, e não importa o quanto pensemos sobre o que poderíamos ter feito diferente, isso não muda o fato de que cada um tem o direito de escolher seu caminho.
Luna, ainda fungando, olhou para Harry com um misto de dor e esperança nos olhos. Ela estava buscando algum consolo, algo que aliviasse aquela sensação de vazio que Alex tinha deixado para trás.
— Mas por que isso aconteceu, mamãe? — Luna perguntou com a sua voz num sussurro quebrado. — Ele parecia tão... tão feliz comigo. Como isso mudou tão rápido?
Harry suspirou, sabendo que essa era uma pergunta difícil de responder. Ela olhou para Louis, que ainda mantinha as mãos nos ombros de Luna, tentando confortá-la.
— O que ele fez foi confuso, eu sei — Louis respondeu calmamente. — E, honestamente, talvez nem ele saiba ao certo por que fez isso. Algumas pessoas têm dificuldade em lidar com os próprios sentimentos e, quando se sentem confusas ou sobrecarregadas, acabam magoando os outros sem perceber o impacto. Não é certo, mas é algo que acontece.
Harry acariciou os cabelos de Luna, seus dedos deslizando suavemente pelas mechas enquanto falava.
— O mais importante agora, Luna, é você lembrar que sua felicidade não depende de outra pessoa. É fácil esquecer isso quando estamos apaixonados, mas o amor verdadeiro — o tipo de amor que realmente importa — nunca vai te fazer sentir assim, Solzinho — Harry disse olhando nos olhos de Luna. — O amor que você merece vai te fazer sentir segura, completa, e vai valorizar cada parte de quem você é. E acredite, ele vai chegar quando você menos esperar.
Luna fungou novamente, seus olhos ainda marejados, mas o peso no peito parecia um pouco mais leve. Mesmo que a dor ainda estivesse lá, a presença calorosa de seus pais a confortava, e as palavras deles estavam começando a penetrar na muralha de tristeza que ela havia erguido ao redor de si.
— Eu só... eu só queria que ele tivesse me explicado, sabe? — Ela disse com a voz tremendo. — Eu queria que ele tivesse me dado uma razão.
Louis suspirou, acariciando as costas de Luna.
— Eu entendo, querida. A falta de respostas é a parte mais difícil. Mas, por mais doloroso que seja, às vezes as pessoas não conseguem nos dar as respostas que precisamos. E mesmo que não seja justo, precisamos encontrar a paz dentro de nós mesmos, sabendo que fizemos o melhor que podíamos.
Harry, ainda segurando a mão de Luna, sorriu suavemente, enxugando mais uma lágrima que descia pelo rosto da filha.
— Se lembre de que você é amada, não só por nós, mas por tantas pessoas ao seu redor. E quem sabe? Talvez, lá na frente, você perceba que essa experiência te ajudou a se conhecer melhor. — Harry disse olhando para ela com ternura. — Isso pode parecer impossível agora, mas esse tipo de dor, por mais cruel que seja, também nos ensina a sermos mais fortes e mais cuidadosos com nossos próprios corações.
Luna permaneceu em silêncio por um momento, ainda digerindo tudo o que seus pais haviam dito. Ela sabia que a dor não iria embora tão rapidamente, mas algo nas palavras deles a fez se sentir um pouco mais ancorada, como se a tempestade que ela estava enfrentando dentro de si não fosse tão impossível de superar.
— Eu só quero que isso pare de doer... — Ela murmurou quase como se falasse consigo mesma.
— É natural sentir essa dor, Luna — Ele disse. — A dor faz parte do processo de cura. Mas se lembre sempre, você não está sozinha. Nunca estará. Estamos aqui com você, e vamos passar por isso juntos.
Harry, sempre atenta, se juntou ao abraço, envolvendo os dois em um caloroso refúgio familiar.
— O que você está sentindo agora é apenas um capítulo da sua história. Não deixe que isso defina sua narrativa. Um dia, você vai olhar para trás e perceber que tudo isso fez parte de um aprendizado que a ajudou a crescer. Você é mais forte do que imagina, e, mesmo que agora pareça difícil, essa fase vai passar.
Luna começou a relaxar um pouco, sentindo a segurança e o amor que seus pais lhe ofereciam. Mesmo que a dor ainda estivesse presente, a ideia de que eles estavam ao seu lado a ajudava a encontrar um pouco de conforto.
— Obrigada por estarem aqui — Ela disse, a voz um pouco mais firme. — Eu realmente não sei o que faria sem vocês.
— Você nunca precisa se preocupar com isso, Luna — Harry respondeu com um sorriso suave iluminando seu rosto. — Sempre estaremos aqui para te apoiar, nos momentos bons e ruins.
— E para te lembrar do quão incrível você é — Louis acrescentou lhe dando um beijo na testa. — Você é a nossa filha, e isso significa que você sempre terá um lugar especial em nossos corações, não importa o que aconteça.
Harry sorriu, puxando Luna para um abraço apertado, enquanto Louis se juntava a eles, formando um círculo caloroso de conforto.
— Estamos sempre aqui para você, não importa o que aconteça — Harry disse sentindo o corpo de Luna relaxar lentamente em seus braços, o choro diminuindo aos poucos.
Luna se aconchegou ainda mais entre os pais, sentindo a ternura de suas mãos acariciando seu rosto, secando suas lágrimas com tanto carinho que seu coração começou a se acalmar mais ainda.
— Papai, mamãe... — Luna sussurou com a voz suave, ainda levemente embargada, mas agora mais tranquila. Harry e Louis se viraram imediatamente para ela, atentos.
— O que foi, querida? — Louis perguntou com uma gentileza que a fez se sentir ainda mais amada.
Luna respirou fundo e, com um pequeno sorriso, pediu: — Podemos assistir ao meu filme favorito? Por favor?
Harry e Louis trocaram olhares ternos, e Harry foi o primeiro a responder com um sorriso doce.
— Claro que sim, meu amor. Tudo o que você quiser — Harry disse enquanto Louis se levantava suavemente da cama para ligar a TV no quarto de Luna. Ele selecionou o filme com cuidado, sabendo exatamente qual era o favorito da filha.
Assim que "Tangled" começou a tocar na tela, uma sensação de familiaridade e segurança encheu o quarto. Luna se ajeitou mais uma vez entre os dois, com a cabeça apoiada no ombro de Louis e a mão de Harry segurando a sua.
— Papai... mamãe... eu ainda sou o bebê de vocês? — Ela sussurrou tão baixinho, como se não quisesse interromper o momento ou assustar os pais, com medo de que eles pudessem saíssem dali.
— Você sempre será o meu bebê, Luna, isso nunca vai mudar — Harry disse lhe dando um longo beijo na testa.
— Sempre, amor, você sempre será o nosso bebê. Eu ainda te vejo como uma recém-nascida. O meu eterno bebê — Louis acrescentou, arrancando um pequeno riso de Luna.
— Papai... — Ela chamou com uma vozinha infantil.
— Sim, amor? — Ele respondeu acariciando os cabelos dela e afastando os fios do seu rosto.
— Você pode pegar o meu paninho? — Louis parou por um momento. É claro que ele lembrava do paninho de Luna, aquele cobertor amarelo claro, bordado com o nome dela, recheado de Sol. Luna sempre dormia com ele, até o dia em que decidiu que não precisava mais. Harry o guardara cuidadosamente no armário; eles nunca o jogariam fora, pois era uma lembrança preciosa de quando Luna ainda era apenas um bebê.
Louis parou por um momento. É claro que ele lembrava do paninho de Luna, aquele cobertor amarelo claro, bordado com o nome dela, recheado de Sol. Luna sempre dormia com ele, até o dia em que decidiu que não precisava mais. Harry o guardara cuidadosamente no armário; eles nunca o jogariam fora, pois era uma lembrança preciosa de quando Luna ainda era apenas um bebê.
Louis pegou o paninho assim que Harry indicou onde estava guardado e o trouxe até Luna.
— Obrigada, papai — Ela disse se aconchegando mais perto da mãe, colocando o paninho entre o pescoço enquanto seus olhos permaneciam na tela, onde seu filme favorito passava.
Quando a cena da música "Encanto da Cura" começou, Luna tentou cantar junto, mas logo foi envolvida pelas vozes segura de seus pais. Harry e Louis, mais uma vez, estavam cantando para ela, suas vozes suaves e ternas soando como um abraço acolhedor. As palavras da canção pareciam embalar Luna, afastando qualquer dor ou tristeza que ainda pudesse existir.
— Mamãe e papai amam você, amor! — Harry sussurrou a abraçando mais forte a fim de juntar todos os seus pedacinho e beijou seu cabelo e sua testa.
Antes que a música terminasse, Luna adormeceu nos braços deles, respirando com calma, envolta na segurança e no amor que só eles podiam lhe proporcionar. Harry e Louis continuaram ali, olhando para a filha adormecida, sentindo o alívio de vê-la em paz, sabendo que, apesar das dores que a vida traz, ela sempre teria um porto seguro nos braços deles.
San @ihrryboobies eu não sei mais como agradecer só a você pelo momento que achei que fosse insuperável. E, para mim ainda é um pouco, eu confesso de coração aberto. Eu não sei como explicar que se não fosse por você eu estaria totalmente perdida em minha própria cabeça. Você segurou a minha mão de uma maneira que não largou sob nenhuma hipótese. Não sei como usar as palavras nesse momento para descrever como cada mensagem sua me perguntando como eu estava era importante e necessárias pra mim. A sua e a minha promessa de nunca abandonar uma a outra se fez laço em meu coração. Eu não sei quais são os propósitos de Deus, mas eu só peço que ele te mantenha comigo por tempo, tempo e tempo até que eu já não possa mais contar. Eu não sei mais como te agradecer, simplesmente não sei mais. Deixo aqui todas as minhas palavras singelas de gratidão. Essa é totalmente inspirada na força e na minha visão do que você me trouxe, alívio.
E Liam, meu tão amado anjinho, você é eterno no meu coração, espero que você esteja bem, espero que você encontre toda a paz que tanto merece, que Deus o receba de braços escancarados com todo o amor que há no coração Dele. Aos familiares e amigos, muita fé, força, luz e amor!
Uma boa noite.
Até logo! 🤍
69 notes · View notes