ninidohee
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⋆˚࿔ nini
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⋆ 🪼 whispers from the sea, endless skies ˚。
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ninidohee · 2 days ago
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é incrível o que um pagodinho faz com a gente né…
❝ Pra esquecer da vida, filminho comigo… ❞
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┆ ⤿ ⌗ Lovezin w. JJH ୭ ˚. ᵎᵎ
ᯓᡣ𐭩 fluff, ficantes premium ᯓᡣ𐭩 now playing ♪ — “cobertor de orelha” ᯓᡣ𐭩 wc: 1.018 ᯓᡣ𐭩 avisos: jaehyun w. fem!reader, br!au, casal sem rótulo, pequenas menções a sexo, duplo sentido, beijos, toques e um jaehyun dramático e safadinho ᯓᡣ𐭩 nota: tava carente ouvindo pagode e aí saiu isso KKKKK anyways, falta um ano pra ele sair do exército e isso merecia uma comemoração, espero que gostem!
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você:
jaeeee quer vir aq? fiz brigadeiro pra gnt
jae:
e tu ainda pergunta kkkkkk obv q eu quero princesa to indo, me espera ai
você:
to esperando bb mas n demora tenho uma surpresa p vc
jae:
surpresa, é? rsrs agr vc ta falando minha língua amor to chegando
・ ⋆ ・ ⠄⠂⋆ ・ ⠄⠂⋆ ・ ⠄⠂⋆ ・ ⠄⠂⋆ ・ ⠄⠂⋆ ・ ⋆ ・ ⠄⠂⋆ ・・ ⋆ ・ ⠄
A porta mal abriu e ele já estava te agarrando pela cintura. Te puxou pra pertinho, colando os corpos um no outro, e começou a distribuir beijinhos molhados pelo seu rosto. Se esfregava em ti com carinho, te trazendo ainda mais pra perto, como se quisesse tornar-se um só.
— Tava com saudade de você, amor. Muita. — Murmurou, o rostinho afundado no seu pescoço, enquanto distribuía selinhos castos por toda a área sensível.
— Ih, tá carente hoje, é? — Brincou, rindo baixinho. Achava fofo esse jeitinho dele.
— Tô. E daí? — Levantou o rosto, um sorrisinho malandro brincando nos lábios, grudando o olhar no seu. — Tu não tá com saudade de mim? — Foi uma pergunta retórica. Ele já sabia a resposta.
— ‘Cê sabe que eu tô, Jaehyun. Foi por isso que te chamei.
— Já que tocou no assunto… — Sorrateiramente, desceu as mãos, que antes traçavam círculos imaginários na sua cintura desnuda, até a curva da sua bunda, encaixando-as perfeitamente como se fosse uma parte de você. — Quero a minha surpresa.
— Vou te dar, amorzinho. — Riu, já imaginando a reação dele ao descobrir o que era a tal surpresa. — Vem cá…
Com um sorriso no canto dos lábios, agarrou a gola da camiseta dele e o puxou devagar, arrastando-o até a sala como quem sabe exatamente o que quer. Ele, por outro lado, te seguiu sem hesitar, mordendo o lábio e sorrindo de orelha a orelha — conhecendo ele, com certeza, cheio de pensamentos impuros envolvendo você e aquele sofá apertado.
Jaehyun, tão envolvido no momento, nos beijos urgentes e nos toques apressados, nem percebeu a TV ligada na página de k-dramas da Netflix e o pratinho de brigadeiro na mesinha de centro.
Você o empurrou até o sofá e o fez sentar, ainda sorrindo como quem preparava uma armadilha. Jaehyun te olhou de baixo, a boca entreaberta e os olhos brilhando de desejo, e sorriu, sapeca. Por um momento, até ficou com dó de contar que a surpresa não era uma foda no sofá. Mas, nessa altura do campeonato, desistir não estava nos planos.
Antes que você pudesse abrir a boca, ele agarrou sua cintura de novo e te puxou com facilidade pro colo dele, te encaixando ali como se aquele fosse o lugar mais certo do mundo. As mãos grandes deslizaram até suas coxas, firmando você no lugar.
— E aí, vai me dar minha surpresa ou não?
Você riu e se inclinou um pouquinho para o lado, deixando a TV visível aos olhos dele.
— Surpresa!
A cara dele foi impagável. Travou por alguns segundos, tentando entender se você realmente estava falando sério. Com as sobrancelhas franzidas, se recostou no sofá, bicudo. Ele não disse nada, só te encarou como se dissesse: Porra, é sério isso?
— Amor, não faz essa cara… — Cutucou a cintura dele, que lutava pra não deixar o cantinho da boca se erguer em um sorrisinho bobo, ainda com um biquinho ridículo nos lábios. — Vai ser legal, eu prometo!
— E eu aqui, todo esperançoso, achando que ‘cê ia dar pra mim-
— Cala a boca, Jaehyun! — Não deixou ele terminar, cobrindo a boca do mesmo com uma das mãos. — Deixa de ser safado.
— Ah, gatinha… — Sorriu, tirando sua mão. — Vai dizer que tu não prefere isso ao invés de ver esses romance brega?
Revirou os olhos, apesar de concordar com ele. Óbvio que preferia, só não queria dar esse gostinho pra ele.
Sem responder, pegou o controle, antes esquecido na mesinha de centro, e se deitou no sofá. Já o Jaehyun, mesmo sem concordar totalmente com a ideia de passar horas assistindo uma seriezinha de romance escolar, se encaixou atrás de ti, te abraçando por trás. Colou o peito nas tuas costas e passou os braços ao redor da sua cintura, te puxando mais pra perto, e acomodou o rostinho na curva do seu pescoço.
— ‘Cê vai gostar, eu juro. — Se virou para ele, deixando um beijinho rápido nos lábios franzidos. Sentiu ele amolecendo aos pouquinhos.
— Duvido muito… — A voz saiu baixinha, quase um sussurro, cheia de drama. Adorava ver ele assim, todo entregue.
— Prometo que, toda vez que eles se beijarem, eu te beijo também. Combinado?
Um sorrisinho manhoso — e satisfeito — surgiu nos lábios rosados dele, levando embora aquele biquinho emburrado, e seus olhos escuros se iluminaram na mesma hora.
— Agora eu vi vantagem… — Sussurrou contra seus lábios, pouco antes de tomá-los para si. Foi um daqueles beijos que começam castos, mas terminam com a língua entrando de mansinho, só explorando, mordidinha no lábio e suspiros compartilhados.
No começo, vez ou outra, Jaehyun murmurava algumas reclamações — quase — inaudíveis, sempre seguidas de um tapinha seu em resposta. Mas, depois de uns dois ou três beijinhos, ficou quietinho e começou a prestar mais atenção no enredo da série.
— E eles não vão beijar não?
— Ai, que enrolação, amor…
— Que porra, por que ele não assume logo que gosta dela também?
O dorama já rolava há uns bons minutos, e o pote de brigadeiro já estava vazio, esquecido no chão ao lado do sofá. Agora, você ‘tava deitada no peito dele, cabeça encaixadinha na curvinha do ombro, com a perna jogada por cima da dele. Ele alisava sua cintura com carinho, distribuindo beijos suaves no topo da sua cabeça. Quietinho assim, até parecia um anjinho.
— Tá gostando, Jae? — Você pergunta, a voz levemente abafada contra o peito dele, quebrando o silêncio confortável que pairava entre vocês.
— Só se eu fosse louco pra não gostar. Você é toda quentinha, cheirosinha… como é que não gosta disso? — Ele riu baixinho. — Amo ficar assim, agarradinho contigo, só no lovezin’.
— Ai, deixa de ser bobo! Tô falando do dorama… — Você riu baixinho, escondendo o rosto no pescoço dele. Sentiu as bochechas ficando vermelhas e um friozinho na barriga, assim como uma adolescente apaixonada.
— O dorama é só o plano de fundo, amor. Meu foco maior é você.
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ninidohee · 3 days ago
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menina nem fala chorei horrores escrevendo 😭
⋆ memórias. ᯓᡣ𐭩
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in this fic: ex-namorado!yoon jeonghan x leitora
gênero: angst
conteúdo: término de relacionamento, insegurança, menção a discussões, muita MUITA introspecção, o que quer dizer uma introdução longa e enrolação (tá bom, tá bom, quanto sentimento), leitora emocionalmente exausta e eu projetando as loucuras da minha cabeça na leitora (sim, isso é um aviso)
wc: 3.0k
notas da nini: voltei galera
desde já deixo avisado que pesei a mão no drama porque ou a gente go big ou a gente go home mores 😸
se bem que parando pra pensar pode ser que tenha ficado meio dramático demais... nunca passei por um término, perdoem a amiga de vocês galera
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⋆˚˖✿  Você esfregou os olhos, se sentindo meio lenta. Seus cochilos vespertinos haviam se tornado, há muito tempo, um hábito mais que necessário nos seus dias de folga. Era quase como uma regra não falada: depois do almoço, você tinha um compromisso seríssimo com o sofá da sala.
Era engraçado porque você nunca havia sido o tipo de pessoa que dorme à tarde. Até reclamava sobre como não entendia as pessoas que “parcelam” o sono em vez de só ir para a cama cedo.
No entanto, depois de alguns meses com Jeonghan, você se viu dependente desses cochilos durante o dia, pequenos momentos reservados só para ficar de preguiça, agarrados um ao outro sob a desculpa de estar descansando. Era durante esses momentos que se sentiam verdadeiramente a sós, presentes só ali, naquele pedacinho de tempo e mais nenhum outro.
Era a lentidão com que os segundos passavam. Eram os sussurros por entre as respirações, as juras de amor e os planos para o futuro. Era a pura presença dele, que mexia com o seu foco e emaranhava seus pensamentos e, de repente, você se pegava perguntando a si mesma quando havia começado a pensar tanto em amor.
Não que qualquer dessas lembranças importasse. Não importou quando tudo acabou, e com certeza não importa agora.
Você já tinha planos para hoje, de qualquer forma. Havia prometido a si mesma que resolveria as pendências que lhe apertavam o coração e que já vinham sendo adiadas por tempo demais.
Soltou um suspiro profundo depois de guardar o ursinho de pelúcia entre as dezenas de outros presentes e objetos que te lembravam minimamente de Jeonghan. Todos dentro de uma caixa enorme de papelão que pretendia esconder no canto mais remoto do apartamento e ver novamente apenas na próxima vez em que se mudasse.
Ao som de um trovão distante, você se distraiu com a vista do lado de fora e caminhou até a janela. Observou com calma por entre as gotas d’água pousadas no vidro emoldurado. As pessoas que não tinham guarda-chuva tinham o passo mais apressado que as outras.
Não haviam muitos circulando, provavelmente por ser um fim de semana e bem, você imaginava que todos também haviam recebido o alerta oficial sobre a tempestade em seus celulares. Ainda assim, a meteorologia não podia impedir o trabalho de alguns.
Viu um homem de terno que caminhava apressado, seu guarda-chuva em uma mão, um buquê colorido na outra e o celular entre o ombro e a orelha. Viu uma mãe com sua filha, protegidas por uma sombrinha colorida que estampava algum personagem de desenho animado. Viu um casal que corria de mãos dadas para fugir da chuva, mas os rostos risonhos indicavam que as roupas encharcadas não eram motivo de muita preocupação.
Aquele casal te lembrou de uma coisa engraçada. Você amava dias chuvosos. Eram seus favoritos. O cheiro gostoso de chuva e as nuvens escurecendo no céu sempre te traziam um conforto quase que familiar, como se a atmosfera abrisse os braços e te acolhesse em si. Só que com Jeonghan não era bem assim. Detestava quando chovia. Dizia que era inconveniente, ruim para ir a qualquer lugar. Bastava um anúncio de frente fria na previsão do tempo para que mudasse de ideia sobre aquele lugar que você precisava tanto conhecer.
De vez em quando você gostava de pensar que esse era o motivo pelo qual não estavam mais juntos. Ele não gostava de chuva. Ou talvez fosse porque ele preferia o café forte e meio amargo, mas você só conseguia tomar com leite e açúcar.
Você até tentou rir da própria ideia. Pensar que o relacionamento de vocês tinha desmoronado por causa de um detalhe tão insignificante era quase cômico. Mas, bem lá no fundo, você sabia que não era sobre a chuva ou o café ou qualquer outra futilidade que agora tentava transformar em um motivo razoável, por mais ridículo que seja.
É só que… era mais fácil assim. Porque admitir que talvez nunca fosse pra ser era doloroso. Era aceitar que algo que parecia tão certo em um momento se esvaiu por entre os dedos de vocês antes mesmo que pudessem se dar conta.
A calçada parecia ainda menos movimentada agora. Você coçou a própria nuca, incomodada com a etiqueta pinicante do moletom que vestia. Moletom esse que, ironicamente, não foi sempre seu. Um presente dele. Jeonghan sempre cortava as etiquetas das roupas que dava para você; sabia que o plástico te incomodava.
Pelo jeito dessa vez não deu tempo de fazer isso. As discussões já deviam ter começado nessa época.
Você deveria ter se livrado há tempos, jogado na caixa junto à pilha de outras roupas, outros pedaços de si mesmo que ele havia te oferecido com aquele sorriso lindo no rosto e que agora não passavam de motivos para te fazer chorar.
Sentou-se no sofá, puxando os joelhos contra o peito. Talvez você precisasse disso, de um objeto para se apegar porque ainda era muito complicado tentar esquecer de tudo. Porque em momentos de silêncio sua mente ainda te traía, ainda trazia de volta memórias que deveriam estar enterradas, mas que sempre encontravam um jeito de se esgueirar pelas defesas que você tentava erguer, mas nunca se dedicava o suficiente para manter firmes.
Você se forçava a voltar para a racionalidade. Havia as brigas também. As palavras não ditas, os sentimentos empurrados para debaixo do tapete, os mil oceanos entre vocês quando deitavam na mesma cama. Você podia ter ignorado os sinais por um tempo, podia ter fingido que tudo ainda era tão simples quanto escolher entre café com ou sem açúcar. Mas no fim, a realidade sempre dá um jeito de se impor.
Do lado de fora, a chuva engrossava. O buquê já devia estar nas mãos de alguém. A mãe e a garotinha já deviam estar em casa. Os namorados já deviam estar juntos em algum lugar, fazendo tudo o que você queria esquecer que também já fez.
Um nó desconfortável que já parecia familiar demais se formou em sua garganta e você se encolheu um pouco mais no sofá, numa tentativa frustrada de evitar que seu coração insistisse em sentir falta dele.
A chuva continuou caindo. Porque a vida continua, indiferente aos desejos humanos. As horas passam, as flores murcham e as ondas levam embora os corações desenhados na areia.
Você não sabia dizer há quanto tempo estava encarando o nada. O mundo parecia existir atrás de um vidro embaçado – distante, abafado, indiferente. Só a chuva tinha permissão para preencher o silêncio da casa. Era o tipo de ruído que sempre a acalmou, mas que, naquela noite, parecia um lembrete cruel de como você simplesmente… ficou ali, bem onde ele te deixou.
Então, houve um som oco.
Não foi forte, nem insistente, mas perfurou a apatia como uma lâmina fina. Você piscou, como se só agora despertasse para o fato de que ainda estava aqui, viva, respirando.
Outra batida.
Seu olhar vacilou até a porta e o pensamento se formou rápido demais, de um jeito ridículo demais para o seu gosto, mas você o afastou com a mesma rapidez.
Ninguém bateria àquela hora. Ninguém sairia de casa no meio de uma tempestade dessas. Ainda assim, já estava se levantando.
E, bem, parando para pensar você nem era tão ridícula assim, porque atrás da porta estava um cara ainda pior do que você.
Os cabelos escuros pingavam sobre os olhos, os ombros encolhidos num arrepio discreto, como se tentasse fingir que não estava tremendo. Você lembrou sem querer que um dos motivos para Jeonghan odiar pegar chuva era o frio.
Ele hesitou, buscando em suas feições uma reação ou um palavrão ou uma porta na cara. Mas você só…
“Tá fazendo o quê aqui?”
Seu tom foi bem menos ríspido do que gostaria, e você queria culpar o estado em que ele estava por isso.
“Eu só…” Jeonghan arfou, desviando o olhar para o poste do outro lado da rua. “Só queria conversar.”
Inacreditável, de verdade. Você quase teve vontade de rir. Quase.
O silêncio que seguiu durou exatamente meio segundo, mas também durou um milhão de segundos, enquanto você contava cada gota de água escorrendo pela pele meio pálida, conferia se todas as pintinhas e cicatrizes ainda estavam no lugar. Havia uma nova, bem no canto do queixo. Será que algum dia teriam uma relação amigável o suficiente para que você soubesse a história por trás dela?
A resposta dele deveria te irritar. Era vaga, sem sentido, sem direito de existir depois de tudo. Mas antes que pudesse tomar a decisão de mandá-lo embora ou reagir de qualquer maneira racional, um trovão estrondoso assustou os dois e sua boca agiu antes da sua cabeça.
"Entra."
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O único ruído no apartamento era o borbulhar suave da cafeteira enquanto você, ironicamente, puxava duas ou três peças de roupa da tal caixa que não veria até a próxima mudança. De vez em quando, achava que a vida gostava muito de se divertir às suas custas.
Ter o tecido macio e cheio de memórias entre os dedos te prendeu por um segundo a mais do que deveria, e você mordeu os lábios, como se fosse conter qualquer coisa que estivesse prestes a transbordar. Fechou a caixa com mais força do que o necessário.
Jeonghan ainda estava no mesmo lugar, sentado em um dos bancos da cozinha como se fosse a primeira vez dele ali e fingindo que não percebia a água pingando das roupas encharcadas pro seu piso. Mas assim que você apareceu novamente pelo portal da sala, os olhos dele te encontraram. Não se desviaram de você desde que ele entrou, aliás.
Ele não queria só ver você. Queria ver através de você. Ele queria toda aquela intensidade, aquele olhar de devoção pura e tão verdadeira, tão crua que só alguém que já se apaixonou sabe reconhecer. Jeonghan sentia tanta saudade disso.
Sim, talvez ele seja sim egoísta por vir aqui desse jeito e pensar que isso não mudaria. Mas… no fundo, uma parte dele esperava que não. Esperava que você abrisse a porta e xingasse ele, atirasse todos os objetos no seu alcance contra ele, mas que ainda olhasse pra ele com aqueles olhos.
Só que não é assim que as coisas funcionam, e tudo o que Jeonghan ganhou de você foi cansaço. Porque, bem, talvez ele não enxergasse por baixo de todas as camadas de indiferença ensaiada. Vai ver é falta de costume. Ou talvez para ele fizesse sentido que você já não o amasse mais.
“Você deve estar ficando maluco de sair assim nessa chuva.” Soava mais rabugenta do que preocupada, e você se agarrou a isso, fingindo que a frase não tinha sido um desvio desesperado do assunto que realmente importava enquanto se mantinha ocupada, colocando as roupas sobre o encosto do sofá e já se movendo para o fogão.
Jeonghan mal prestou atenção nas mudas de roupa. Nem se interessava em se secar quando você estava bem ali, na frente dele. O fantasma de um sorriso quase irônico surgiu no canto dos lábios de Jeonghan, ao que inclinou a cabeça, brincando com a manga molhada do moletom.
“Vai ver é isso mesmo.” A resposta dele saiu num murmúrio meio agridoce.
“Quê?” Você franziu um pouco o cenho quando colocou a xícara sobre a mesa. Café preto, sem açúcar.
“Nada.” Jeonghan balançou a cabeça devagar, os olhos escuros presos ao líquido quente.
O clima entre vocês era tão pesado que você precisava tomar respirações mais profundas. Se sentia patética por estar fazendo café para alguém que não teve a decência de ir embora de uma vez, que assombrava seus pensamentos a cada bendita hora do dia por pura diversão.
Você lavava as poucas peças de louça com uma lentidão forçada. Queria prolongar a oportunidade de não ter que encarar o homem atrás de você, pensativo de um jeito inquietante.
“Minha tia perguntou de você esses dias.” Jeonghan comentou numa tentativa de tom casual, encarando o líquido escuro já no seu fim, e você parou por um segundo ou dois, mas não se virou.
“E… o que você falou?”
“Que cê tava muito ocupada com a faculdade.” Ele soou meio lamentoso. “Desculpa. Não consegui falar que a gente…” acabou.
Você nem percebeu que havia parado de vez, as mãos simplesmente apoiadas no gabinete da pia enquanto acenava vagarosamente com a cabeça e odiava, odiava, odiava que os seus olhos já começavam a arder.
Na verdade, estava tão concentrada em não chorar na frente dele que se assustou com o som do seu nome na voz masculina, bem mais perto dessa vez.
“Conversa comigo.” E ele parecia tão vulnerável, tão machucado que o pedido mais parecia uma súplica.
Estava tão perto que você podia sentir o cheiro da chuva ainda grudado nele, misturado com aquele perfume que você conhecia bem. Aquele cheiro que, por um tempo, foi sinônimo de lar.
Você fechou os olhos por um instante, tentando se recompor. Mas era difícil. Tão, tão difícil. Porque ele estava ali, de novo, invadindo seu espaço, seu silêncio, sua tentativa de seguir em frente. E você só… estava parada, como uma covarde, como se o tempo tivesse congelado ao seu redor, incapaz de se mover, de reagir, de fazer qualquer coisa que não fosse sentir.
Chamou seu nome outra vez, e a voz soou mais firme agora, com mais impaciência no tom. Você soltou um sopro descrente, balançando a cabeça. Quase riu.
"Agora você quer conversar?" Você se virou, olhando para ele de verdade pela primeira vez naquela noite. Queria usar o sarcasmo de escudo. "O que é que você quer que eu diga, Jeonghan? Quer que eu pergunte como você tá, se tem dormido bem—"
"Eu quero que você fale alguma coisa, porra!" Ele interrompeu, pura frustração. "Pelo menos uma vez. Você nunca mais olhou na minha cara depois daquele dia, me bloqueou em tudo. Você acha que só você sofreu? Que só você teve que passar isso tudo sozinha?"
"Acho! Eu acho, sim. Pra mim você ia ficar é feliz de ter acabado." Sua voz tremeu, e você odiou isso. Odiou que ele ainda tinha esse poder sobre você. "Tá lembrado de quem foi que virou as costas primeiro?”
Jeonghan te olhava boquiaberto, exasperado, como se suas palavras fossem o maior absurdo já dito. E, para ele, eram mesmo.
“Foi você que me largou!”
“A gente já tinha acabado muito antes!” Se virou totalmente para ele, olhos cheios d’água encarando os castanhos. “Você decidiu que eu não cabia mais na sua vida e esqueceu de me avisar.”
Jeonghan passou a mão pelos cabelos ainda úmidos, os olhos se fechando por um segundo, como se tentasse respirar fundo, como se ele fosse a vítima. Te enfurecia. "Você tá falando como se eu tivesse te jogado fora, como— se eu não quisesse mais você."
"E não foi assim?" Sua voz saiu mais baixa, mas não menos cortante. "Porque foi bem isso que pareceu. Você foi se afastando, Jeonghan. Todo dia era um problema, uma desculpa. Você me deixou sozinha numa coisa que era pra ser nós dois."
Ele passou a mão pelos cabelos molhados, a respiração curta, o olhar perdido em algum ponto entre as feições tão lindas do seu rosto.
“Eu nunca tinha sentido aquilo antes.” Um suspiro pesado. “Eu fiquei com medo, porra. É isso que cê quer ouvir? Eu fiquei pensando que— que se um dia você fosse embora, eu não sabia o que eu ia fazer, o que ia sobrar.”
Você sentiu a garganta fechar.
“Você tava com medo que eu fosse embora… aí decidiu me mandar embora?” Sua voz saiu trêmula, incrédula. “Jeonghan, você não…?” Não sabia exatamente como se articular, como colocar em palavras a sensação terrível, terrível que lhe pesava o peito, como se algo que não podia estar errado estivesse muito errado.
Jeonghan parecia ter tomado um momento para reunir coragem antes de falar.
“Eu achava que você merecia alguém melhor.” Ele finalmente respondeu, a voz tão baixa que quase se perdeu no som fraco da cidade do lado de fora e você jura que, se tivesse energia, esganaria ele.
Sentiu vontade de se irritar ainda mais, de perguntar quem era ele para decidir quem é ou não é bom para você, ou o motivo de ele não ter te confiado algo que talvez pudesse ter sido resolvido com uma conversa. Não conseguia acreditar que algo tão… tão trivial pudesse ter causado tanta dor.
Mas apenas balançou a cabeça, piscando, meio atônita. “Mas… você decidiu isso sozinho. Eu não tive nem chance de discordar.”
Silêncio.
Jeonghan a olhou como se você tivesse cravado uma adaga em seu peito.
E você jura. Jura que tentou engolir o nó na garganta, mas assim que viu os olhos do rapaz brilharem com lágrimas, já sentiu os próprios olhos arderem ainda mais. Não queria chorar. Só queria que ele entendesse.
Antes que você pudesse cobrir o rosto ou se afastar ou mandá-lo embora, sentiu dois braços bem conhecidos serpenteando ao redor de si: um movimento meio hesitante, mas que dizia mais do que muitas palavras. Ele te puxou devagar, e você deixou. Não sabia se por carência, saudade ou só cansaço demais pra resistir.
Você deixou o rosto afundar no peito dele, e ele não se importou com as lágrimas que voltavam a molhar a camisa meio-seca. Sentir o cheiro dele assim de novo te fazia sentir como se tivesse encontrado uma foto antiga no fundo de uma gaveta — a imagem ainda era a mesma, mas não exatamente como você lembrava.
“Eu te conhecia tão bem… por que você fez isso comigo?” era o que queria perguntar. “Por que não me deixou ajudar? Por que não confiou em mim?”
Por um momento, Jeonghan perdeu o ar. Você sentiu. O suspiro trêmulo, preso na garganta, e o jeito como ele escondeu o rosto no seu cabelo como se também estivesse tentando não desabar. Como se a culpa tivesse finalmente encontrado uma fresta por entre as barreiras da mente dele.
Dizem que algumas coisas, depois de quebradas, não deveriam ser consertadas. Mas, naquela hora, você pensou que talvez algumas valessem o risco de tentar.
Naquela noite Jeonghan não foi embora.
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ninidohee · 3 days ago
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⋆ memórias. ᯓᡣ𐭩
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in this fic: ex-namorado!yoon jeonghan x leitora
gênero: angst
conteúdo: término de relacionamento, insegurança, menção a discussões, muita MUITA introspecção, o que quer dizer uma introdução longa e enrolação (tá bom, tá bom, quanto sentimento), leitora emocionalmente exausta e eu projetando as loucuras da minha cabeça na leitora (sim, isso é um aviso)
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notas da nini: voltei galera
desde já deixo avisado que pesei a mão no drama porque ou a gente go big ou a gente go home mores 😸
se bem que parando pra pensar pode ser que tenha ficado meio dramático demais... nunca passei por um término, perdoem a amiga de vocês galera
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⋆˚˖✿  Você esfregou os olhos, se sentindo meio lenta. Seus cochilos vespertinos haviam se tornado, há muito tempo, um hábito mais que necessário nos seus dias de folga. Era quase como uma regra não falada: depois do almoço, você tinha um compromisso seríssimo com o sofá da sala.
Era engraçado porque você nunca havia sido o tipo de pessoa que dorme à tarde. Até reclamava sobre como não entendia as pessoas que “parcelam” o sono em vez de só ir para a cama cedo.
No entanto, depois de alguns meses com Jeonghan, você se viu dependente desses cochilos durante o dia, pequenos momentos reservados só para ficar de preguiça, agarrados um ao outro sob a desculpa de estar descansando. Era durante esses momentos que se sentiam verdadeiramente a sós, presentes só ali, naquele pedacinho de tempo e mais nenhum outro.
Era a lentidão com que os segundos passavam. Eram os sussurros por entre as respirações, as juras de amor e os planos para o futuro. Era a pura presença dele, que mexia com o seu foco e emaranhava seus pensamentos e, de repente, você se pegava perguntando a si mesma quando havia começado a pensar tanto em amor.
Não que qualquer dessas lembranças importasse. Não importou quando tudo acabou, e com certeza não importa agora.
Você já tinha planos para hoje, de qualquer forma. Havia prometido a si mesma que resolveria as pendências que lhe apertavam o coração e que já vinham sendo adiadas por tempo demais.
Soltou um suspiro profundo depois de guardar o ursinho de pelúcia entre as dezenas de outros presentes e objetos que te lembravam minimamente de Jeonghan. Todos dentro de uma caixa enorme de papelão que pretendia esconder no canto mais remoto do apartamento e ver novamente apenas na próxima vez em que se mudasse.
Ao som de um trovão distante, você se distraiu com a vista do lado de fora e caminhou até a janela. Observou com calma por entre as gotas d’água pousadas no vidro emoldurado. As pessoas que não tinham guarda-chuva tinham o passo mais apressado que as outras.
Não haviam muitos circulando, provavelmente por ser um fim de semana e bem, você imaginava que todos também haviam recebido o alerta oficial sobre a tempestade em seus celulares. Ainda assim, a meteorologia não podia impedir o trabalho de alguns.
Viu um homem de terno que caminhava apressado, seu guarda-chuva em uma mão, um buquê colorido na outra e o celular entre o ombro e a orelha. Viu uma mãe com sua filha, protegidas por uma sombrinha colorida que estampava algum personagem de desenho animado. Viu um casal que corria de mãos dadas para fugir da chuva, mas os rostos risonhos indicavam que as roupas encharcadas não eram motivo de muita preocupação.
Aquele casal te lembrou de uma coisa engraçada. Você amava dias chuvosos. Eram seus favoritos. O cheiro gostoso de chuva e as nuvens escurecendo no céu sempre te traziam um conforto quase que familiar, como se a atmosfera abrisse os braços e te acolhesse em si. Só que com Jeonghan não era bem assim. Detestava quando chovia. Dizia que era inconveniente, ruim para ir a qualquer lugar. Bastava um anúncio de frente fria na previsão do tempo para que mudasse de ideia sobre aquele lugar que você precisava tanto conhecer.
De vez em quando você gostava de pensar que esse era o motivo pelo qual não estavam mais juntos. Ele não gostava de chuva. Ou talvez fosse porque ele preferia o café forte e meio amargo, mas você só conseguia tomar com leite e açúcar.
Você até tentou rir da própria ideia. Pensar que o relacionamento de vocês tinha desmoronado por causa de um detalhe tão insignificante era quase cômico. Mas, bem lá no fundo, você sabia que não era sobre a chuva ou o café ou qualquer outra futilidade que agora tentava transformar em um motivo razoável, por mais ridículo que seja.
É só que… era mais fácil assim. Porque admitir que talvez nunca fosse pra ser era doloroso. Era aceitar que algo que parecia tão certo em um momento se esvaiu por entre os dedos de vocês antes mesmo que pudessem se dar conta.
A calçada parecia ainda menos movimentada agora. Você coçou a própria nuca, incomodada com a etiqueta pinicante do moletom que vestia. Moletom esse que, ironicamente, não foi sempre seu. Um presente dele. Jeonghan sempre cortava as etiquetas das roupas que dava para você; sabia que o plástico te incomodava.
Pelo jeito dessa vez não deu tempo de fazer isso. As discussões já deviam ter começado nessa época.
Você deveria ter se livrado há tempos, jogado na caixa junto à pilha de outras roupas, outros pedaços de si mesmo que ele havia te oferecido com aquele sorriso lindo no rosto e que agora não passavam de motivos para te fazer chorar.
Sentou-se no sofá, puxando os joelhos contra o peito. Talvez você precisasse disso, de um objeto para se apegar porque ainda era muito complicado tentar esquecer de tudo. Porque em momentos de silêncio sua mente ainda te traía, ainda trazia de volta memórias que deveriam estar enterradas, mas que sempre encontravam um jeito de se esgueirar pelas defesas que você tentava erguer, mas nunca se dedicava o suficiente para manter firmes.
Você se forçava a voltar para a racionalidade. Havia as brigas também. As palavras não ditas, os sentimentos empurrados para debaixo do tapete, os mil oceanos entre vocês quando deitavam na mesma cama. Você podia ter ignorado os sinais por um tempo, podia ter fingido que tudo ainda era tão simples quanto escolher entre café com ou sem açúcar. Mas no fim, a realidade sempre dá um jeito de se impor.
Do lado de fora, a chuva engrossava. O buquê já devia estar nas mãos de alguém. A mãe e a garotinha já deviam estar em casa. Os namorados já deviam estar juntos em algum lugar, fazendo tudo o que você queria esquecer que também já fez.
Um nó desconfortável que já parecia familiar demais se formou em sua garganta e você se encolheu um pouco mais no sofá, numa tentativa frustrada de evitar que seu coração insistisse em sentir falta dele.
A chuva continuou caindo. Porque a vida continua, indiferente aos desejos humanos. As horas passam, as flores murcham e as ondas levam embora os corações desenhados na areia.
Você não sabia dizer há quanto tempo estava encarando o nada. O mundo parecia existir atrás de um vidro embaçado – distante, abafado, indiferente. Só a chuva tinha permissão para preencher o silêncio da casa. Era o tipo de ruído que sempre a acalmou, mas que, naquela noite, parecia um lembrete cruel de como você simplesmente… ficou ali, bem onde ele te deixou.
Então, houve um som oco.
Não foi forte, nem insistente, mas perfurou a apatia como uma lâmina fina. Você piscou, como se só agora despertasse para o fato de que ainda estava aqui, viva, respirando.
Outra batida.
Seu olhar vacilou até a porta e o pensamento se formou rápido demais, de um jeito ridículo demais para o seu gosto, mas você o afastou com a mesma rapidez.
Ninguém bateria àquela hora. Ninguém sairia de casa no meio de uma tempestade dessas. Ainda assim, já estava se levantando.
E, bem, parando para pensar você nem era tão ridícula assim, porque atrás da porta estava um cara ainda pior do que você.
Os cabelos escuros pingavam sobre os olhos, os ombros encolhidos num arrepio discreto, como se tentasse fingir que não estava tremendo. Você lembrou sem querer que um dos motivos para Jeonghan odiar pegar chuva era o frio.
Ele hesitou, buscando em suas feições uma reação ou um palavrão ou uma porta na cara. Mas você só…
“Tá fazendo o quê aqui?”
Seu tom foi bem menos ríspido do que gostaria, e você queria culpar o estado em que ele estava por isso.
Os olhos dele correram pela sua figura. Você não percebeu, mas ele parou de respirar por um segundo.
“Eu só…” Jeonghan arfou, desviando o olhar para o poste do outro lado da rua. “Só queria conversar.”
Inacreditável, de verdade. Você quase teve vontade de rir. Quase.
O silêncio que seguiu durou exatamente meio segundo, mas também durou um milhão de segundos, enquanto você contava cada gota de água escorrendo pela pele meio pálida, conferia se todas as pintinhas e cicatrizes ainda estavam no lugar. Havia uma nova, bem no canto do queixo. Será que algum dia teriam uma relação amigável o suficiente para que você soubesse a história por trás dela?
A resposta dele deveria te irritar. Era vaga, sem sentido, sem direito de existir depois de tudo. Mas antes que pudesse tomar a decisão de mandá-lo embora ou reagir de qualquer maneira racional, um trovão estrondoso assustou os dois e sua boca agiu antes da sua cabeça.
"Entra."
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O único ruído no apartamento era o borbulhar suave da cafeteira enquanto você, ironicamente, puxava duas ou três peças de roupa da tal caixa que não veria até a próxima mudança. De vez em quando, achava que a vida gostava muito de se divertir às suas custas.
Ter o tecido macio e cheio de memórias entre os dedos te prendeu por um segundo a mais do que deveria, e você mordeu os lábios, como se fosse conter qualquer coisa que estivesse prestes a transbordar. Fechou a caixa com mais força do que o necessário.
Jeonghan ainda estava no mesmo lugar, sentado em um dos bancos da cozinha como se fosse a primeira vez dele ali e fingindo que não percebia a água pingando das roupas encharcadas pro seu piso. Mas assim que você apareceu novamente pelo portal da sala, os olhos dele te encontraram. Não se desviaram de você desde que ele entrou, aliás.
Ele não queria só ver você. Queria ver através de você. Ele queria toda aquela intensidade, aquele olhar de devoção pura e tão verdadeira, tão crua que só alguém que já se apaixonou sabe reconhecer. Jeonghan sentia tanta saudade disso.
Sim, talvez ele seja sim egoísta por vir aqui desse jeito e pensar que isso não mudaria. Mas… no fundo, uma parte dele esperava que não. Esperava que você abrisse a porta e xingasse ele, atirasse todos os objetos no seu alcance contra ele, mas que ainda olhasse pra ele com aqueles olhos.
Só que não é assim que as coisas funcionam, e tudo o que Jeonghan ganhou de você foi cansaço. Porque, bem, talvez ele não enxergasse por baixo de todas as camadas de indiferença ensaiada. Vai ver é falta de costume. Ou talvez para ele fizesse sentido que você já não o amasse mais.
“Você deve estar ficando maluco de sair assim nessa chuva.” Soava mais rabugenta do que preocupada, e você se agarrou a isso, fingindo que a frase não tinha sido um desvio desesperado do assunto que realmente importava enquanto se mantinha ocupada, colocando as roupas sobre o encosto do sofá e já se movendo para o fogão.
Jeonghan mal prestou atenção nas mudas de roupa. Nem se interessava em se secar quando você estava bem ali, na frente dele. O fantasma de um sorriso quase irônico surgiu no canto dos lábios de Jeonghan, ao que inclinou a cabeça, brincando com a manga molhada do moletom.
“Vai ver é isso mesmo.” A resposta dele saiu num murmúrio meio agridoce.
“Quê?” Você franziu um pouco o cenho quando colocou a xícara sobre a mesa. Café preto, sem açúcar.
“Nada.” Jeonghan balançou a cabeça devagar, os olhos escuros presos ao líquido quente.
O clima entre vocês era tão pesado que você precisava tomar respirações mais profundas. Se sentia patética por estar fazendo café para alguém que não teve a decência de ir embora de uma vez, que assombrava seus pensamentos a cada bendita hora do dia por pura diversão.
Você lavava as poucas peças de louça com uma lentidão forçada. Queria prolongar a oportunidade de não ter que encarar o homem atrás de você, pensativo de um jeito inquietante.
“Minha tia perguntou de você esses dias.” Jeonghan comentou numa tentativa de tom casual, encarando o líquido escuro já no seu fim, e você parou por um segundo ou dois, mas não se virou.
“E… o que você falou?”
“Que cê tava muito ocupada com a faculdade.” Ele soou meio lamentoso. “Desculpa. Não consegui falar que a gente…” acabou.
Você nem percebeu que havia parado de vez, as mãos simplesmente apoiadas no gabinete da pia enquanto acenava vagarosamente com a cabeça e odiava, odiava, odiava que os seus olhos já começavam a arder.
Na verdade, estava tão concentrada em não chorar na frente dele que se assustou com o som do seu nome na voz masculina, bem mais perto dessa vez.
“Conversa comigo.” E ele parecia tão vulnerável, tão machucado que o pedido mais parecia uma súplica.
Estava tão perto que você podia sentir o cheiro da chuva ainda grudado nele, misturado com aquele perfume que você conhecia bem. Aquele cheiro que, por um tempo, foi sinônimo de lar.
Você fechou os olhos por um instante, tentando se recompor. Mas era difícil. Tão, tão difícil. Porque ele estava ali, de novo, invadindo seu espaço, seu silêncio, sua tentativa de seguir em frente. E você só… estava parada, como uma covarde, como se o tempo tivesse congelado ao seu redor, incapaz de se mover, de reagir, de fazer qualquer coisa que não fosse sentir.
Chamou seu nome outra vez, e a voz soou mais firme agora, com mais impaciência no tom. Você soltou um sopro descrente, balançando a cabeça. Quase riu.
"Agora você quer conversar?" Você se virou, olhando para ele de verdade pela primeira vez naquela noite. Queria usar o sarcasmo de escudo. "O que é que você quer que eu diga, Jeonghan? Quer que eu pergunte como você tá, se tem dormido bem—"
"Eu quero que você fale alguma coisa, porra!" Ele interrompeu, pura frustração. "Pelo menos uma vez. Você nunca mais olhou na minha cara depois daquele dia, me bloqueou em tudo. Você acha que só você sofreu? Que só você teve que passar isso tudo sozinha?"
"Acho! Eu acho, sim. Pra mim você ia ficar é feliz de ter acabado." Sua voz tremeu, e você odiou isso. Odiou que ele ainda tinha esse poder sobre você. "Tá lembrado de quem foi que virou as costas primeiro?”
Jeonghan te olhava boquiaberto, exasperado, como se suas palavras fossem o maior absurdo já dito. E, para ele, eram mesmo.
“Foi você que me largou!”
“A gente já tinha acabado muito antes!” Se virou totalmente para ele, olhos cheios d’água encarando os castanhos. “Você decidiu que eu não cabia mais na sua vida e esqueceu de me avisar.”
Jeonghan passou a mão pelos cabelos ainda úmidos, os olhos se fechando por um segundo, como se tentasse respirar fundo, como se ele fosse a vítima. Te enfurecia. "Você tá falando como se eu tivesse te jogado fora, como— se eu não quisesse mais você."
"E não foi assim?" Sua voz saiu mais baixa, mas não menos cortante. "Porque foi bem isso que pareceu. Você foi se afastando, Jeonghan. Todo dia era um problema, uma desculpa. Você me deixou sozinha numa coisa que era pra ser nós dois."
Ele passou a mão pelos cabelos molhados, a respiração curta, o olhar perdido em algum ponto entre as feições tão lindas do seu rosto.
“Eu nunca tinha sentido aquilo antes.” Um suspiro pesado. “Eu fiquei com medo, porra. É isso que cê quer ouvir? Eu fiquei pensando que— que se um dia você fosse embora, eu não sabia o que eu ia fazer, o que ia sobrar.”
Você sentiu a garganta fechar.
“Você tava com medo que eu fosse embora… aí decidiu me mandar embora?” Sua voz saiu trêmula, incrédula. “Jeonghan, você não…?” Não sabia exatamente como se articular, como colocar em palavras a sensação terrível, terrível que lhe pesava o peito, como se algo que não podia estar errado estivesse muito errado.
Jeonghan parecia ter tomado um momento para reunir coragem antes de falar.
“Eu achava que você merecia alguém melhor.” Ele finalmente respondeu, a voz tão baixa que quase se perdeu no som fraco da cidade do lado de fora e você jura que, se tivesse energia, esganaria ele.
Sentiu vontade de se irritar ainda mais, de perguntar quem era ele para decidir quem é ou não é bom para você, ou o motivo de ele não ter te confiado algo que talvez pudesse ter sido resolvido com uma conversa. Não conseguia acreditar que algo tão… tão trivial pudesse ter causado tanta dor.
Mas apenas balançou a cabeça, piscando, meio atônita. “Mas… você decidiu isso sozinho. Eu não tive nem chance de discordar.”
Silêncio.
Jeonghan a olhou como se você tivesse cravado uma adaga em seu peito.
E você jura. Jura que tentou engolir o nó na garganta, mas assim que viu os olhos do rapaz brilharem com lágrimas, já sentiu os próprios olhos arderem ainda mais. Não queria chorar. Só queria que ele entendesse.
Antes que você pudesse cobrir o rosto ou se afastar ou mandá-lo embora, sentiu dois braços bem conhecidos serpenteando ao redor de si: um movimento meio hesitante, mas que dizia mais do que muitas palavras. Ele te puxou devagar, e você deixou. Não sabia se por carência, saudade ou só cansaço demais pra resistir.
Você deixou o rosto afundar no peito dele, e ele não se importou com as lágrimas que voltavam a molhar a camisa meio-seca. Sentir o cheiro dele assim de novo te fazia sentir como se tivesse encontrado uma foto antiga no fundo de uma gaveta — a imagem ainda era a mesma, mas não exatamente como você lembrava.
“Eu te conhecia tão bem… por que você fez isso comigo?” era o que queria perguntar. “Por que não me deixou ajudar? Por que não confiou em mim?”
Por um momento, Jeonghan perdeu o ar. Você sentiu. O suspiro trêmulo, preso na garganta, e o jeito como ele escondeu o rosto no seu cabelo como se também estivesse tentando não desabar. Como se a culpa tivesse finalmente encontrado uma fresta por entre as barreiras da mente dele.
Dizem que algumas coisas, depois de quebradas, não deveriam ser consertadas. Mas, naquela hora, você pensou que talvez algumas valessem o risco de tentar.
Naquela noite Jeonghan não foi embora.
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ninidohee · 3 months ago
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tá difícil balancear a vida de vestibulanda e bailarina com tentar eu disse TENTAR escrever 😭
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ninidohee · 3 months ago
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AII QUE GRACINHA VOCÊ ARRASA MUITO NAY 😭😭😭
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───── ✶ 𝓣odinha 𝓜inha .ᐟ
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───── " just let me adore you. like it's the only thing i'll ever do."
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𓂃 Ꮺ ❪ ✶ ❫ 𝓟. lee chittaphon. x fem!reader.
𓂃 Ꮺ ❪ ✶ ❫ 𝓖ênero. fluff.
𓂃 Ꮺ ❪ ✶ ❫ 𝓐visos. acredito que nenhum.
𓂃 Ꮺ ❪ ✶ ❫ 𝓝otas. eu tinha planos de postar uma outra coisa, mas não tive muito tempo para elaborar algo bacana. foi aí que vi isso aqui, que já estava criando teias de aranha nos meus rascunhos, e então tomei vergonha na cara e terminei de escrever. o bala chitta + gatos é um tópico muito sensível para mim, amo demais. espero que gostem. <3 ( não foi revisado )/𝓦c. 1814./𝓛ista 𝓓e 𝓛eitura.
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Você e seu namorado, Chittaphon, estavam aconchegados no sofá. Seus dedos afagavam a maciez dos cabelos do homem, enquanto ele inspirava profundamente, com os olhinhos fechados. A cabeça dele estava aninhada na curvatura do seu pescoço, onde, ocasionalmente, distribuía beijinhos nos seus pontos mais sensíveis de propósito. O Lee se divertia com seus resmungos dengosos, pedindo para não te provocar assim. Contudo, suas queixas pareciam estimulá-lo a continuar, já que as mãos grandes e ávidas se aventuravam sob a camisa que você usava – a mesma que roubou do guarda-roupa dele hoje mais cedo, quando saiu do banho.
Apertou tua cintura, ouvindo seus arfares e sentido-a arquear as costas em busca de mais contato.
Chittaphon era muito carente, mas também muito ocupado com sua carreira de ídolo, então quando tinha uma folga ou um tempinho sobrando na sua agenda lotada, ele corria para ti, para aproveitar cada segundo precioso com a sua amada.
Nesses momentos, quando podem esquecer dos problemas e deixar as responsabilidades, ficam apenas de bobeira.
Se amigos ou familiares os convidam para uma resenha ou um jantarzinho de domingo, inventam alguma desculpinha para não comparecer ao compromisso. Não que não gostassem deles, mas quem, em sã consciência, iria querer sair de casa, sendo que podiam ficar aqui de chameguinhos?
O homem dá um cheirinho no teu cangote e sobe roçando a pontinha do nariz na linha da tua mandíbula, beija sua bochecha, depois a outra e por fim o cantinho da sua boca. Ele não te beijaria agora, afinal, gostaria de te ver implorar, pelo menos um pouquinho.
O Lee era assim, por mais que parecesse ser um cara tranquilo, não perdia a chance de atazanar sua vida. Mas o que o levava a tal ponto? Bom, o mesmo acreditava que isso era um acerto de contas contigo, que vivia o atentando com coisas simples, desde você vestir as roupas dele até quando o chama de um jeitinho manhoso de “Chitta”. Ele considerava tudo isso um grande tormento, já que o deixava maluco e com vontade de te ter, seja lá qual fosse o lugar em que estivessem. Devolveria tudo na mesma moeda, mas não de forma justa, pois esse homem era cruel e tinha um autocontrole insano, habilidade essa que você carecia. Sempre que te provocava, terminava contigo choramingando e implorando por mais.
Outro motivo pelo qual adora te atiçar e que o deixa a beira da insanidade é que toda santa vez que te vê brincando com seus gatinhos, uma vontade quase irreprimível de te fazer mãe surge. Te imagina cuidando de seus futuros filhos e o quão linda você ficaria grávida.
Um dia, ele ainda vai te levar para o altar, colocar uma aliança em seu dedo e te fazer a senhora Lee – para poder encher o seu saco – para todo o sempre, pedido esse que você não teria coragem de recusar.
O silêncio da sala era quebrado apenas pelo som da TV, que passava um filme que você havia feito questão de que ele assistisse contigo, um daqueles clichês nostálgicos e um de seus favoritos, o famoso "10 coisas que eu odeio em você".
Nos primeiros minutos, Chitta atentamente te ouviu falar sobre como essa obra cinematográfica mudou toda tua perspectiva sobre o amor e tudo mais.
Mas depois, o homem não resistiu e começou com a manha costumeira. E, em pouco tempo, estavam perdidos no mundinho só de vocês e já tinham se esquecido completamente da trama que se desenrolava na tela. A concentração mútua foi quebrada somente pelo som estridente de um miado. E antes que pudesse reagir, um dos seus gatinhos, saltou no sofá, exibindo sua habitual ousadia felina. Parando ao seu lado, olhando fixamente para ti com aqueles olhos grandes e inquisitivos, esfregando-se nas suas pernas. Não satisfeito, o pequeno começou a empurrar Chitta com as patinhas, claramente reivindicando seu espaço.
Louis, sem um pingo de vergonha, miou novamente e se acomodou no seu colo, como se dissesse que ali era o seu lugar e que Chittaphon devia pegar o beco.
Seu namorado soltou uma risada baixa ao ser "expulso" pelo animalzinho. E se afastou um pouco, erguendo as mãos em rendição.
— Tudo bem, tudo bem, baixinho. Ela é toda sua... Por enquanto. — Brincou, estreitando os olhos para o próprio gato, que fez pouco caso.
Você não conseguiu conter a risada ao ver a cena. Ten, um ídolo carismático e desejado por milhares de fãs ao redor do mundo, sendo intimidado por um gato pequeno e cheio de atitude.
— Você ama mais ele do que eu, só pode. — O homem fez um biquinho fingido, cruzando os braços. — Pelo visto 'tava errado ao acreditar que era o amor da sua vida… — Dramatizou, te fazendo revirar os olhos e, com um sorriso, o puxou pela gola da camisa para lhe dar um selinho.
— Você é o meu amor todinho. — Sussurrou contra os lábios dele. — Mas ele só quer um pouco de atenção. — Explicou, tentando parecer imparcial, mas sabia que o Lee não aceitaria te dividir tão facilmente, seja com quem fosse.
— Eu também quero. — Resmungou, projetando um beicinho todo birrento.
— Vocês são tão ciumentinhos. — Provocou, coçando atrás das orelhinhas de Louis.
— Eu? Ciumento? — Fingiu indignação, arqueando a sobrancelha. — Só não gosto de compartilhar o que é meu. — Ainda todo emburradinho ele continua. — Queria um tempinho só nós dois... Agora nem isso posso ter.
Você ri da atitude infantil e tenta acalmar os ânimos, oferecendo carinho a ambos. Seus dedos passam pelos cabelos de seu namorado e pela pelagem macia do gatinho ao mesmo tempo, mas isso só faz o homem reclamar mais.
— Não é justo dividir.
A resposta morrera em seus lábios, substituída pela sensação quente da mão dele, deslizando audaciosamente por sua cintura, apertando-a levemente e arrancando um pequeno sobressalto seu.
— Mô, o Louis 'tá aqui. — Protestou, rindo tentando afastar as mãos dele de ti.
— E? — Sorriu inocentemente, mas a forma como seus dedos exploram toda sua pele nua indicava que não tinha intenção alguma de parar. — Se ele pode disputar por sua atenção, eu também posso.
Obviamente, não se contentou apenas com isso e aproximou-se ainda mais. Seus lábios, vermelhos e extremamente convidativos, a centímetros dos seus, imploravam para serem saboreados.
— Você ainda não me pediu… — A voz, baixa e aveludada, carregada de expectativa, soou.
Ele se deliciava te provocando, sabendo que te deixava cada vez mais ansiosa. Seus sorrisos de canto de boca e comentários insinuantes eram como flechas certeiras, atingindo direto no seu ponto fraco.
Mordendo o lábio, desviou o olhar por um segundo, tentando não dar o gostinho da vitória tão rápido. Chittaphon, incapaz de esperar mais, decidiu apressar as coisas.
— Vou contar até três… — A avisou. — Se não pedir até lá, não sei se ainda vou estar disponível. — Seus lábios deslizaram ao longo de seu maxilar. — Um... Dois... — Você inspirou fundo, lutando contra a tentação, mas quando ele disse “três”, o inevitável aconteceu.
— Mô… — O chamou baixinho, o tom carregado de uma súplica implícita.
Os olhos dele brilharam com triunfo e finalmente capturou seus lábios em um beijo lentinho e gostosinho, os estalinhos úmidos ecoavam na sala, e o gato, percebendo que perdeu a batalha, saltou do seu colo para outro canto do sofá, se deitando ali com o rabo chicoteando de leve, como se estivesse ofendido.
— Agora sim, pediu direitinho. — Murmurou contra seus lábios, o sorriso cafajeste ainda presente, apesar da respiração acelerada. — ‘Tá vendo? Era só pedir, querida. Sabia que você não ia aguentar.
— Cala a boca. — Resmungou, tentando soar firme, mas a voz saiu fraca demais para ser convincente.
— Não precisa ficar brava, princesa. — Brincou. — Eu só queria garantir que você me queria tanto quanto te quero.
Você tentou ignorar o arrepio que percorreu todo seu corpo, mas era mais simples do que parecia, Chittaphon tinha você na palma da mão, e sabia disso.
— Arrogante. — Bufou, empurrando de leve seu peito, embora a vontade de beijá-lo ainda fosse avassaladora.
— E você adora. — Piscou, se afastando apenas o suficiente para olhar em seus olhos com aquele brilho travesso.
Você soltou uma zombaria, tentando recuperar o fôlego e, ao mesmo tempo, a compostura que ele parecia levar embora sempre que estava tão perto.
Do outro lado da sala, o gato soltou um miado baixo, claramente frustrado por não ser mais o centro das atenções.
— Acho que agora é ele quem está com ciúmes. — Chittaphon comentou, apontando para o felino. — Bem feito ‘pra ele. Quem mandou monopolizar teu colo quase o dia todo?
— Ah, então você está competindo com o Louis agora?
— Não tem competição, mô. — Respondeu, o sorriso brincando em seus lábios. — Já que você é toda minha, não é?
— ‘Tá certo, eu sou toda sua e você todo meu. — Disse assim que se separaram.
O Lee sorriu vitorioso e, sem perder tempo, a puxou mais para perto, enterrando o rosto no seu pescoço novamente.
— Ótimo, porque eu não terminei de te mimar. — Segredou contra sua pele, espalhando mais selares ali.
Sua risada contagiante se misturou ao som baixo da televisão, enquanto os dedos de Chittaphon deslizavam deliberadamente por cada centímetro do teu corpo.
— Você é muito dengoso, sabia? — Provocou, afagando os cabelos dele, que suspirou, fechando os olhos e aproveitando o cafuné gostosinho.
— Só contigo. — Admitiu, sonolento.
O filme ainda estava rodando na televisão, mas ninguém ali realmente ligava para ele. O momento era só de vocês dois, um daqueles raros segundos em que o mundo lá fora parecia desaparecer, e o homem podia se perder em ti, sem pressa ou preocupação alguma.
Eventualmente, os beijos se transformaram em abraços preguiçosos, quando o cansaço pesou sobre vocês.
Percebendo a respiração lenta e regular de Chitta, concluiu que o mesmo estava prestes a adormecer em seus braços.
— Quer subir para o quarto? — Perguntou baixinho.
— Aqui está bom… — Respondeu, permanecendo imóvel.
Envolta pelo calor de seu corpo, se aconchegou ainda mais nele, ouvindo o ritmo constante de seu coração, uma melodia tão calmante quanto uma canção de ninar.
— ‘Cê sabe que um dia eu vou mesmo te sequestrar e te fazer viver comigo para sempre, né? — Ele aleatoriamente soltou.
— Hm? — Você piscou, lutando contra o sono.
— Casar contigo. Te levar ‘pra uma casinha só nossa, num lugar bem tranquilo. Acordar com você todos os dias pelo restante das nossas vidas. — Suspirou, os braços se apertando mais ao seu redor. — Eu quero isso. Quero você. Sempre, até sermos dois velhinhos gagás e ranzinzas.
Seu coração derreteu com sua doçura, e suas bochechas esquentaram instantaneamente, um sorriso sonolento se formou nos seus lábios. Se afastou um pouquinho só para encará-lo, as pálpebras dele pesadas, mas ainda meio abertas, te dando um vislumbre dos olhos do seu namorado, que estavam brilhando com aquela ternura infinita que era reservada só para ti.
— Então me peça direito, Chittaphon. — Exigiu, traçando o maxilar dele e inclinando-se para depositar um beijinho no queixo dele que sorriu, todo molenga.
— No momento certo eu vou. — Foi a vez dele depositar um breve selar na ponta do teu nariz. — Mas saiba que de qualquer forma você já é a mãe dos meus gatinhos e todinha minha.
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2025 ⋅ escrito por @/mitsuyart.
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ninidohee · 3 months ago
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eu queria TANTO escrever uma fic que tivesse exatamente o mesmo efeito que escutar aquela versão overlapped de company do justin bieber
bem naquela parte que ele fala tipo be each other’s company aí corta pra you ain’t gotta be my lover…
pra mim é tão nostalgia verão férias viagem com os amigos
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ninidohee · 3 months ago
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seventeen right here tour behind
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ninidohee · 3 months ago
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O BABADO FORTISSIMO MDS
❝ Kiss me, don’t say no. ❞
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┆ ⤿ 📑 ⌗ Perrengue w. JHS
ᯓᡣ𐭩 sugestivo (?) ᯓᡣ𐭩 wc: 1.657 ᯓᡣ𐭩 avisos: johnny w. fem!reader, coworkers to lovers/fuckers, a reader é chefe de departamento, contém consumo de álcool, palavrões e menção a sexo, nada muito explícito, mas um pouquinho sugestivo no final ᯓᡣ𐭩 nota: ia postar ontem mas deixei pra postar no aniversário dele <3 se vocês gostarem talvez eu traga uma “continuação” disso aqui mais pra frente
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Você e Johnny eram colegas de trabalho, ambos do mesmo departamento, e haviam reservado dois quartos em um hotel para uma viagem de negócios. Johnny disse que cuidaria de tudo, e você apenas concordou — afinal, ele era ótimo no que fazia e nunca te decepcionava.
Mas aí é que tá…
— Como assim a reserva foi feita para a semana que vem? — Questionou à recepcionista, confusa. Seu semblante era um misto de confusão e raiva, e Johnny estava inexpressivo, parecia ponderar a situação.
Johnny havia feito a reserva errado. Sem querer, confundiu a data e acabou reservando os quartos para a semana seguinte — e agora, vocês estavam sem um lugar para dormir.
Você até pensou que poderiam dormir lá mesmo, no hall do hotel, sentados em uma das poltronas vermelhas que estavam espalhadas pelo local. Mas isso era antiético, considerando o fato de que você estava lá como superior dele. E, sendo sincera, quem em sã consciência faria isso tendo dinheiro para pagar por outro quarto?
Já fazia uma meia hora que vocês estavam lá, sentados, em um silêncio constrangedor. Johnny já havia pedido desculpas umas mil vezes nesse meio tempo, mas você apenas ficou quieta e assentiu, tentando não surtar de vez.
Então, depois de respirar fundo e contar até 10, finalmente se dirigiu novamente até a recepção. Você decidiu que pagaria por mais dois quartos, dessa vez para o dia certo, e pronto, tudo estaria resolvido. Johnny até se ofereceu para pagar, mas você não aceitou. Era orgulhosa demais pra isso.
Só que seu azar não estava nem perto de acabar.
— Só um quarto? É sério? — Nesse momento, sua voz já estava começando a ficar alterada, a raiva e o cansaço te consumindo. Só queria resolver isso logo.
— Sim, senhora. É alta temporada e praticamente todos os quartos já foram reservados com antecedência, por isso só temos um no momento. — Explicou, e indicou com as mãos uma única chave restante no painel de chaves atrás de si, confirmando a informação.
Você abriu a boca para responder, mas, antes que pudesse continuar, Johnny segurou seu pulso suavemente, assumindo a dianteira da situação. Você sentiu um rubor subir pelas bochechas. Sempre ficava assim perto dele. Sr. Suh, um homem alto, forte, responsável e bonito, era capaz de fazer qualquer uma tremer na base. E você não saía impune disso.
— Pode ser, vamos pegar esse. Obrigado. — Ele disse, calmo, enquanto pegava a chave da mão da recepcionista. Bem diferente de você, que estava nervosa, os olhos arregalados e a testa franzida.
Você esperou o homem dizer alguma coisa, mas foi em vão. Foram o caminho todo até o 1027, no oitavo andar, calados, sem trocar uma palavra sequer, os olhos fixos no chão o tempo todo: enquanto cruzavam o enorme corredor do prédio, esperavam o elevador, e até mesmo dentro do elevador. Nenhuma palavra foi dita. Nenhuma. Apenas um silêncio sufocante tomou conta do ambiente.
Quando chegaram, Johnny abriu a porta e deixou você ir na frente. Ambos tiraram os sapatos e os casacos antes de entrar, e então finalmente entraram. Mas uma coisa chamou sua atenção ao dar uma olhada em volta.
Só havia uma cama de casal. Apenas uma. Para duas pessoas. Dois colegas de trabalho.
— Porra, Johnny… e agora? — Você suspirou alto, frustrada.
E então ele percebeu. Os olhos se arregalaram imediatamente, e ele levou uma das mãos ao rosto, pensando em alguma solução. Mas ele não pensou muito antes de te dar uma resposta.
— Eu durmo no chão, pode deixar. — Afrouxou a gravata, com o calor do ambiente já sufocando-o. O terno preto já havia sido abandonado logo na entrada, vestia apenas uma camisa branca e a gravata. Que visão estonteante.
Já você, vestia uma saia preta acima dos joelhos, uma camisa branca com os primeiros botões abertos, um coque já quase desfeito e, até poucos minutos atrás, um salto alto finíssimo — que, além de dor nas pernas, ainda te causou bolhas nos calcanhares.
Você engoliu em seco. Ele estava muito atraente, não podia negar. A forma como as mangas da camisa estavam dobradas pouco acima dos cotovelos, revelando os braços fortes e as veias saltadas, te deixavam atônita. Ele mexia na gravata de uma forma tão… sexy? Parecia calculado pra te fazer perder o juízo.
— Não! — Seu coração falou mais rápido do que seu cérebro. Praticamente cuspiu a palavra, tão rápido quanto um raio. Johnny te olhou confuso, estreitando os olhos.
— Quer dizer… — você continuou. — A cama é bem espaçosa, cabe nós dois sem problemas. Não precisa dormir no chão frio.
Johnny sorriu e te olhou nos olhos, tão intenso que te fez prender a respiração. Ele estava perto demais. Perigoso demais. Tentador demais.
— Se você não se importa, por mim tudo bem. Vamos dormir juntos, então.
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Você tomou banho primeiro, depois Johnny. E agora, estavam sentados, cada um em um canto da cama. Você revisava alguns documentos, enquanto ele fazia alguma coisa no celular, concentrado. Ficava lindo assim, todo focado. E com os cabelos molhados, ficava ainda mais bonito.
Por fim, ele largou o celular e se levantou da cama, indo em direção ao frigobar. No frigobar, entre garrafinhas de água e sucos, havia uma garrafa de Johnnie Walker Blue Label, convidativa sob a luz amarelada. Foi aí que Johnny teve uma ideia que com certeza acabaria de vez com essa torta de climão que estavam saboreando há um bom tempo.
— Ei… — ele chamou, alto o suficiente para você escutar, levantando a garrafa no ar e balançando de leve. — O que acha da gente beber isso aqui?
— É sério isso, Johnny? A gente tá aqui a trabalho. — Você revirou os olhos, fingindo desaprovação. Mas era uma ideia muito interessante, você sabia disso.
— Eu sei. Mas amanhã a gente só vai ficar aqui revisando o material da reunião. Ninguém vai perceber se a gente beber só um pouquinho pra esvaziar a cabeça!
Era uma proposta muito boa, quase impossível de recusar. Mas você precisava lembrar de duas coisas antes de começar a beber: você não pode beber mais do que três doses e, em hipótese alguma, pode passar dos limites. Jamais passe dos limites. Não se aproxime muito, não fale coisas estranhas e nem pense em tocar nele. Você não pode. Vocês são colegas de trabalho. E o pior: você é a chefe do departamento.
— Só mais uma! — E virou a quarta dose da noite. Primeira regra quebrada com sucesso.
— Isso! Só mais uma e a gente vai dormir. — Johnny estava vermelho e a voz estava falhando, claramente mais alterado do que o normal.
Depois dessa, beberam mais duas cada um. E agora, estavam sentados no chão ao lado da cama. Johnny estava com a cabeça apoiada na cama, olhando pra cima, e você estava com os olhos fixos na garrafa vazia em sua frente.
— Caralho, John… a gente bebeu essa porra toda! Não acredito nisso! — Levou uma das mãos até a testa, desacreditada. Deslizou a mão pelo rosto, parando na boca. Ficou assim por alguns minutos até voltar a realidade.
— Relaxa, linda. Nem dá pra perceber que você bebeu. — Ele sorriu, bobo, aproveitando a oportunidade para te olhar por inteiro.
O elogio descarado te pegou de surpresa. Vocês não estavam totalmente bêbados, só estavam mais soltinhos, mais sinceros. Os olhares eram mais intensos, os sorrisos mais verdadeiros e as intenções mais claras. Era o seu fim.
— Como não? Tô toda acabada, sério, amanhã eu tô fudida.
— Ah, conta outra… ‘cê tá linda. Já disse que te acho linda de todas as formas?
“Ele realmente disse isso ou o álcool tá me fazendo ouvir coisas?” Foi a única coisa que veio na sua cabeça. Sua mente ficou totalmente em branco. Você travou.
— Johnny… — tentou soar como um aviso, mas saiu mais como um suspiro. E Johnny percebeu, é claro.
— Hm? O que foi? — Ele ergueu uma sobrancelha, em um tom falso de dúvida. Te olhou, os olhos indo de encontro com seus lábios avermelhados, e sorriu, satisfeito com sua reação.
— Me beija?
É, você realmente passou — e muito — dos limites. Segunda regra quebrada com sucesso.
Johnny não respondeu. Bom, pelo menos não com palavras.
Os lábios dele tomaram os seus com volúpia, ávidos, exigentes. O ar ficou pesado, os suspiros se misturaram, e naquele instante, nada mais existia além do desejo ardente que incendiava os corpos e os corações. Ele queria isso há muito tempo. Sempre que te via bravinha, com os lábios franzidos em um biquinho, imaginava como seria beijá-la. Até se sentia mal por querer tanto beijar a própria chefe, a mulher estressadinha que passava o dia todo dando mais e mais trabalho para ele.
Seja pelo álcool ou pela excitação do momento, vocês estavam completamente entregues ao beijo — quente, molhado, bagunçado e cheio de desejo acumulado. Suas línguas invadiam a boca um do outro, exploravam cada cantinho com devoção. As mãos dele deslizaram por sua cintura, puxando-a para mais perto, como se o espaço entre vocês fosse insuportável. Já as suas, passeavam pelas costas largas do mesmo, sentindo cada músculo tensionando sob seus dedos. Se continuassem nesse ritmo, passariam ainda mais dos limites.
Sem nem se separar do beijo, se levantaram apressados, indo em direção a cama. Johnny te deitou suavemente, e se inclinou por cima de você, ainda te beijando intensamente. Foi quando ele deslizou as mãos para suas coxas, ameaçando tocar onde você mais precisava, que você precisou intervir.
— É sério que a gente vai fazer isso? Tem certeza? — Pela primeira vez, você separou o beijo. Estava com os lábios inchados e a voz trêmula, ofegante, ainda com os sentidos à flor da pele.
— Fazer o quê? Transar? — Ele riu soprado, encostando a testa na sua. — Porra, se você quiser, eu quero. E pra caralho.
E foi aí que você percebeu que já tinha passado dos limites de vez. A merda já estava feita, então por que não aproveitar?
— Se você quer mesmo, então não perde mais tempo.
E ele realmente não perdeu mais nenhum segundo.
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ninidohee · 3 months ago
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gente outra recomendação do dia pq eu tô muito parada e quero postar
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ninidohee · 3 months ago
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recomendação do dia
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ninidohee · 3 months ago
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eu fico olhando pra barrinha piscante na minha tela E TUDO QUE ESSA BICHA FAZ É PISCAR
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ninidohee · 3 months ago
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eu tava escrevendo uma coisa super triste, ouvindo uma playlist toda coração partido e coisa e tal, e de repente eu escuto um "bonde das oncinhas" na maior altura
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ninidohee · 3 months ago
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O CÓDIGO DO BOLO DE FUBÁ MEU DEUS QUE COISA GENIAL QUE GRACINHA
AO CONTRÁRIO | L.H
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obviamente, Haechan não tremia por causa da chuva—tremia por sua causa. E um banho para se aquecer e, de quebra, fazer as pazes, não parecia uma má ideia
~ namoradinho!haechan × f!reader | fluff | w.c—0.8k | br!au | + uma pra maloqueiro romântico 💋
~ notinha da Sun—eu ia escrever o pedido do Mark, masss eu tava escutando Gaab e não me aguentei 😭 Tá bem fofinho, espero que vocês gostem!! Beijinhos!! 💋
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A padaria dos seus pais costumava ser o point de encontro dos seus amigos. Você sempre convencia seu pai a deixar dar bala gratuita para todos os seus coleguinhas da escola, mas a coisa começou a ficar séria quando, aos 18 anos, você arranjou seu primeiro namorado, Haechan, o menino simpático da lojinha de acessórios pra celular na rua atrás da sua. Obviamente, todas as vezes que ele ia à padaria e você, por pura coincidência, estava no balcão, não era pra comprar a fatia do bolo de fubá da sua mãe, era só pra flertar com você com o olhar, porque, apesar de falar muito, Haechan não fazia ideia de como paquerar uma garota.
A questão é que começaram muito novos, imaturos, só enxergavam o amor um pelo outro. Apesar de quase nunca conseguirem ficar sozinhos na sua casa, porque seu irmão mais velho vivia na sua cola, davam um jeitinho quando saíam. Você nem se importava com os comentários das senhoras mais velhas sempre que os flagravam acidentalmente num banquinho da pracinha, quase engolindo um ao outro, contanto que não chegasse aos ouvidos da sua mãe e definitivamente não chegasse ao conhecimento do seu pai, tudo estava perfeitamente bem.
Você sempre olhava meio culpada para Haechan, e ele dizia pra você esquecer. Olhava para os seus lábios inchadinhos e te beijava de novo, lento, roubando seu tempo, sua atenção, seu ar. Ele poderia levar consigo tudo que era teu.
E, bom, ele levou. Era por isso que, naquela manhã chuvosa, após uma briga idiota que vocês tiveram, você se sentia meio morta-viva. Um zumbi, realmente, porque quem estava com o seu coração provavelmente estava se preparando pra mais um dia de trabalho, casualmente, sem se importar com nada.
Você sabia que Haechan tinha que pegar o fretado dali a uns 10 minutos, mas seus olhos se ergueram do livro da faculdade que estava lendo, mesmo sem entender palavra alguma—parecia que as letrinhas se embaraçavam sem formar palavra alguma—para o homem ensopado na sua frente.
— Trouxe teu guarda-chuva.
Você saiu de trás do balcão, olhando para Haechan, abismada com o quanto ele estava molhado. A camisa branca social grudava no corpo, o cabelo aparentava o crescimento e a necessidade de um corte, já que, molhado, quase cobria os olhos amendoados. Ele te olhava como um cachorrinho sem dono, até tremia um bocado. Você não sabia se era pelo frio ou porque estava diante de você.
Haechan sempre te achou imponente, intocável, inteligente e gostosa pra caralho. É claro que ele estava tremendo por sua causa. Não tinha nada a ver com a chuva que pegara, mesmo estando com o seu guarda-chuva de coraçãozinhos na mão.
— Cê vai pegar um resfriado, idiota.
Você constatou o óbvio, tirando o guarda-chuva da mão dele e pondo-o na primeira superfície que encontrou. Tirou o próprio moletom, colocando-o nos ombros, definitivamente mais largos que os seus.
— Hyuck, eu vou te matar.
— Tem bolo de fubá?
Você não conseguiu evitar sorrir, mesmo que tivesse revirado os olhos no processo. Aquele era o código usual de vocês anos atrás, era o jeitinho de Haechan te dizer que queria te beijar mais tarde, te deixar tontinha por ele ao ponto de querer levá-lo escondido pra sua casa, pro seu quarto, trancar a porta e nunca mais dar as caras para o mundo. Era o que gostaria de fazer toda vez que o via. Não era fácil lidar com ele, mas ele era seu. Seu namorado. O amor da sua vida. Você tinha certeza, e não seriam umas palavrinhas cheias de orgulho que te fariam parar de amá-lo. Estava fora de cogitação.
— Pra você, só pra viagem.
Você esfregou os braços dele, tentando fazer com que ele parasse de tremer de frio. Haechan sorriu, quase chorava. Detestava brigar com você, mas não odiava ter que fazer as pazes, nem que precisasse ir atrás de você com o rabinho entre as pernas.
— Me desculpa...
Ele pediu miudinho, a voz baixinha, porque você tinha se aproximado, ficado na ponta dos pés devido aos 10 cm que os impediam de serem da mesma altura, só pra beijar sua bochecha úmida pelas gotas de água que caíam do seu cabelo castanho.
— Fui muito escroto com você. Entendo que você tá brava, mas tô só há umas 12 horas sem você e já tá tudo ao contrário.
Você assentiu com um sorriso, tocando a bochecha dele e deixando um beijinho nos lábios dele. Haechan demorou um instante a mais pra abrir os olhos, de repente se sentindo no céu só com um carinho teu.
— Vai, sobe. Cê ainda tá tremendo. Vou dar um jeito na padaria e depois te dou um banho quentinho.
Haechan não se importava com o fato de que possivelmente nem iria pro trabalho naquele dia. Se estivesse nos seus cuidados, nada mais importava. Os braços te contornaram gentis, e você meio que perdeu o fôlego. Os 24 anos lhe caíam bem, junto com os bíceps, abdômen e etc. Embora ele sempre risse da sua cara por você ser sempre tão obcecada.
— Me dar banho? Tipo você e eu, no mesmo box?
Ele questionou, e você até tentou se mover pra sair do abraço, mas Haechan te apertou mais firmemente, afundando o rosto na curva do seu pescoço e sentindo o seu cheirinho suave.
— Haechan, são 8 da manhã. Cê já tá pensando em transar?
Você falou baixinho, e ele se afastou pra te encarar.
— É que cê sabe, né? A cabeça de baixo acorda primeiro.
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ninidohee · 3 months ago
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sou tão normal sobre ele
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wow
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ninidohee · 3 months ago
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PAROU. QUE GRACINHA
to all the boys i've loved before (hyung ver.) 💌 a choose-your-own adventure.
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you write letters to all of your past loves in a bid to get over them. these were all meant to be for your eyes only— until said letters somehow find their way to their addressees. now, you've got seven boys and a whole lot of feelings to answer for. -> see maknae ver. here!
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✉️ 𝐒𝐄𝐔𝐍𝐆𝐂𝐇𝐄𝐎𝐋, your best friend's brother.
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✉️ 𝐉𝐄𝐎𝐍𝐆𝐇𝐀𝐍, the leading man.
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✉️ 𝐉𝐎𝐒𝐇𝐔𝐀, your guitar teacher.
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✉️ 𝐉𝐔𝐍𝐇𝐔𝐈, your number one rival.
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✉️ 𝐒𝐎𝐎𝐍𝐘𝐎𝐔𝐍𝐆, latte's owner.
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✉️ 𝐖𝐎𝐍𝐖𝐎𝐎, your player two.
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✉️ 𝐉𝐈𝐇𝐎𝐎𝐍, the anime convention guy.
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💌 the winning member will have a special chapter release in time for valentine's. happy voting!
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with love, kae ✎ this was made possible with the input, hand-holding, and crush-trope suggestions of some amazing people: a, ally, bennie, eunha, kat, maple, nana, serena, tara, and tiya!
› scroll through all my work ദ്ദി ˉ͈̀꒳ˉ͈́ )✧ ᶻ 𝗓 𐰁 .ᐟ my masterlist | @xinganhao
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ninidohee · 3 months ago
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aiii não fala assim que eu fico toda coisa 😭😭
tô toda me sentindo que você gostou nay!! 🩷
⋆ sweet tooth. ᯓᡣ𐭩
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in this fic: namorado!choi seungcheol x leitora que ama um docinho
gênero: fluff e humor (? questionável)
conteúdo: muuuitas menções a doces, consulta no dentista (mencionada), dor de dente, obturação, anestesia, e a leitora dá um tapinha no cheol porque ele é irritante
wc: 1.7k
notas da nini: eu meio que tô com vergonha do tempo que eu levei pra escrever só isso…
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⋆˚˖✿  O principal pensamento que passava pela sua cabeça no momento era o quão fervorosamente você detestava beijinho de coco. Não que realmente odiasse o doce — se fosse assim, não teria comido um montão deles na festinha de aniversário da sua prima semana passada —, mas precisava achar um terrível vilão para culpar pela dor insuportável que fazia um dos seus dentes latejar. Claro, os pacotinhos de chiclete de tutti-frutti e Halls de cereja que você adorava podem, sim, talvez ter um dedinho na causa da sua cárie, mas você jura de pé junto que é tudo culpa do beijinho.
Não podia dizer que essa era bem uma das suas primeiras vezes indo ao consultório da sua dentista, com quem, aliás, você podia dizer que já estava formando uma amizade pela frequência dos seus encontros. Ela até te mandava parabéns no seu aniversário pelo número de contato da clínica. 
Era assim desde que você era criança — você amava muito comer Tic Tac de morango e fingir que era remédio —, sua mãe vivia no consultório do dentista com você, te dando sermão sobre como o excesso de doce faz mal. Mas poxa, é só um docinho…
Pensava que com o tempo e com o crescimento dos dentes permanentes, a situação seria diferente e eventualmente as consultas dentárias se tornariam mais esporádicas, mas não foi bem assim.
Ainda ia muito ao dentista, agora com um acompanhante talvez não tão alarmista quanto sua mãe, mas tão tagarela quanto.
“Eu disse que não era bom ficar adiando a consulta, amor…” Seungcheol apertava um pouco as sobrancelhas enquanto a atenção se mantinha na estrada, desviando-se para a sua forma dramaticamente jogada no banco do passageiro de vez em quando, preocupado.
Deu a ele apenas um barulhinho sofrido em resposta, decidindo manter os olhos fechados e a cabeça recostada no banco do carro para evitar que o excesso de informação de alguma forma piore sua situação. Você experimentou travar a mandíbula e ranger os dentes, na expectativa de que a pressão talvez disfarçasse a pulsação do maldito osso. Dor de dente é um saco.
“Princesa, não faz isso…” ouviu seu namorado estalar a língua e cutucar seu braço de leve. “Ficar apertando o dente só vai fazer piorar.” 
“Você só diz isso porque não é você que tá com essa dor infernal.” Você grunhiu, frustrada, se virando para encarar o homem com as mãos no volante. “Nem deve saber como é ter uma cárie. Sortudo do caramba.”
Seungcheol deu uma risadinha nasal com a sua resposta. Sempre parecia achar graça da sua indignação pelo fato de ele, apesar de também não ser muito regrado com o açúcar, nunca precisar se preocupar muito com a saúde bucal, ao contrário de você, que tinha dentes amaldiçoados (suas palavras, não dele).
“É que, cê sabe, eu não sou uma maluca do doce, né…” provocou, já deixando o sorrisinho escapar por entre os lábios quando você largou um tapa sonoro no ombro firme, o que lhe rendeu um ai! totalmente teatral, a julgar pela risada que acompanhava a interjeição. “Eu tô dirigindo!” Reclamou, mas não soou nem um pouco preocupado.
“Maluca do doce, a sua cara. Palhaço.” Você advertiu, contrariada. Pode ser que talvez a dor também aumentasse um pouquinho sua irritabilidade. Mas seu namorado enchendo a sua paciência era algo bem familiar, pra dizer a verdade. “Você que vive trazendo doce pra mim e ainda reclama quando eu não como.” 
Ele fazia isso o tempo todo. Sempre que ia ao mercado ou passava numa loja de conveniência, Seungcheol dava um jeito de comprar um doce que sabia que você gostava, fosse um chocolate, chicletes ou alguma bala azedinha diferente para experimentarem juntos.
E claro, não é nem preciso explicar que todas as vezes que você deixava todo aquele açúcar de lado esse homem fazia uma birra imensurável, reclamando sobre como ele tinha pensado que você ia ficar super animada com algo que ele comprou porque lembrou de você e você “nem ligou”, e aí você se sentia culpada e… voltamos à estaca zero. 
“Eu compro porque sei que cê gosta, mô…” tinha aquele bico todo jeitosinho nos lábios. Esse sabia fazer um drama.
Antes que pudessem continuar em uma discussão totalmente infundada sobre a importância dos doces, a fachada da clínica se fazia visível a alguns metros. 
⋆。‧˚ʚ 🪼 ɞ˚‧。⋆
“Deixa eu ver, vai…” Seungcheol te cutucava que nem uma criança persistente enquanto você escondia o rosto com as mãos. “Eu não vou rir, é sério.” O sorrisinho meio molenga que já tinha nos lábios e a risada presa na voz deixavam bem na cara que ele ia rir, sim.
“Você já tá rindo!” Você reclamou, a voz saindo meio arrastada por causa da anestesia da obturação, o que só fez ele parar por um momento e levantar as sobrancelhas, interessado.
“Que isso? Fala de novo.” Ele inclinou a cabeça, os olhos brilhando com pura diversão às suas custas, acompanhados de um sorrisinho do mal.
Você queria sumir. “Para, Cheolie…” reclamou, mas sua manha nem adiantou porque Seungcheol não se aguentava e já estava dando risada de novo do seu jeito esquisito de falar. Queria esganar ele.
De primeira, você até tentou disfarçar quando saiu do consultório, mas o tempo considerável que havia passado no banheiro da clínica depois da consulta, analisando a si mesma no espelho, tentando ensaiar um sorriso discreto e se preparando para encarar o mundo cruel lá fora te denunciava. A questão é que ninguém repararia, na verdade. Mas, na sua cabeça, é como se a cada passo que desse ouviria uma risada por sua causa.
Quando você finalmente soltou um suspiro resignado após mais um bocado de pedidos de um Seungcheol insuportável pendurado em você, ele soube que havia te ganhado pelo cansaço.
“Ai, tá bom…” bufou. “Promete que não vai rir.” Você tinha plena certeza de que essas palavras talvez surtiriam mais efeito se fossem direcionadas a uma pedra. O sorriso contido nos lábios dele já era uma traição.
“Prometo.” Dissimulado e sem um pingo de vergonha.
Ele até tentou manter uma expressão que passasse credibilidade, mas o canto da boca tremeu de leve. Você não entendia como o homem conseguia ser tão pateta em momentos como esse, e ainda se comportar de maneira totalmente oposta em noventa por cento do tempo que passavam juntos, todo marrento. Era até engraçado.
Quando você afastou as mãos da boca, ele te observou bem e… parecia até meio desapontado por você ter feito todo aquele drama e estar igual, aparentemente.
“Tá, agora dá um sorriso.”
“Ah não, Cheol—”
“Dá logo, é só uma anestesia.” Te cutucou, e você, contra o seu melhor julgamento, obedeceu.
E aí foi que nem acender um estopim. Seungcheol estava vermelho de tanto dar risada. Sua boca meio torta no sorriso desajeitado era, por algum motivo, muito engraçada para o homem — o que, de novo, te fazia querer esganar ele.
Você se emburrou, encarando-o com cara de poucos amigos, mas ele estava ocupado demais se jogando para trás no sofá, gargalhando sem o menor remorso.
“Desculpa, meu amor...” ele disse entre risadas, se sentando novamente para segurar em um dos seus braços, divertido.
“Você é ridículo.” Deu a ele um olhar repreensivo, mas também já segurava o próprio riso. Você ia se levantar do sofá com o objetivo de ir para o quarto se isolar do resto da humanidade, mas antes que pudesse dar o primeiro passo, ele te puxou de volta para si, ainda rindo.
“Ah, não faz assim, princesa…” envolveu seu tronco com os braços definidos em um abraço gostoso, te pressionando contra si. “Olha aqui pra mim.” Disse, mais baixinho dessa vez, cutucando sua bochecha com o nariz.
Você fez charme, mas ainda virou o rosto para ele, só para encontrar os olhos escuros brilhando de diversão, cheios de carinho. “Tá linda, de verdade.” Ele ainda tinha um sorriso nos lábios, mas agora mais genuíno. Terno. “Você é linda.”
Encarou o rosto masculino por um, dois segundos antes de perder a compostura e enfiar o rosto no pescoço dele para sorrir, bobinha. “Você é tão sem-vergonha.” Murmurou contra a pele quentinha, ao que ganhou uma risada dele. Se havia alguma realidade em que você não caía no charme de Choi Seungcheol todas as vezes, definitivamente não era essa.
“Mas e aí? Cê nem contou o que a dentista disse, amor.” Se dedicava agora a fazer um carinho gentil na sua cintura, tranquilo. “Brigou contigo?”
“Não, né…” afirmou o óbvio, brincando meio distraída com a bainha da camisa vermelha do Manchester United que só faltava sair andando sozinha de tanto que ele usava. “Só disse que era bom dar uma diminuída no doce.”
Seu namorado deu uma risada nasal com a resposta. Bom, lógico que a sugestão de um dentista seria essa, mas mesmo assim era meio cômico. Você bufou, queixosa. 
“Eu só queria poder ficar em paz com meus docinhos.” Apesar de já haver algum tempo que estavam em casa, o bico que você fazia ainda tinha um dos lados um pouco dormente, e Seungcheol achava uma gracinha. Selou a boquinha com um sorriso na própria.
“Tem eu.” Te deu um balançar de sobrancelhas sugestivo, com um sorriso ladino meio torto, mas ainda era menos que o seu. “Bem docinho, princesa.”
Você riu mais da cara dele do que da piada ruim. “Como você é bobão…” Respondeu, balançando a cabeça, mas ainda com um sorriso no rosto.
“Você gosta.” Deu de ombros, te puxando para mais perto si e aninhando você contra ele num cantinho aconchegante do sofá, ao que você se deixou encolher no abraço dele, satisfeita.
E aí a paz reinou no ambiente. Pareciam um casal de gatinhos: agarradinhos e preguiçosos no sofá da sala.
Seungcheol estava tentando emparelhar o ritmo da respiração com o seu quando você declarou seu plano de vingança:
“Vou esperar você dormir pra te gravar roncando.” Nem se preocupou em levantar a cabeça da posição tão confortável em que estava, apoiada no peito dele, mas já sabia a reação que sua fala lhe havia rendido.
O homem baixou a cabeça para te encarar com as sobrancelhas arqueadas, meio boquiaberto. “Eu não ronco.” Aquela foi a afirmação menos afirmativa de todas.
Só aí você levantou o rosto do lugar para dar uma risada e um olhar divertido para ele. “E como é que você vai saber?”
Bem, você sabia a resposta, e era ‘não’. Ele, na verdade, não roncava. Mas o mínimo que você merecia depois do tanto que ele riu de você era poder tirar uma casquinha dele também, poxa…
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ninidohee · 3 months ago
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o jjong toram é literalmente o bichinho de pelúcia mais lindinho que eu já vi
toda vez que eu vejo ele minha expressão é a seguinte: ☹️
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