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petiteblasee · 2 years ago

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Ainda bem que não desisti antes de chegar na metade | A Bruxa Negra - Laurie Forest.

SINOPSE: Elloren Gardner é a cara de sua avó, a mais poderosa bruxa que já existiu e que repeliu as forças inimigas na última Guerra do Reino. Com essa aparência, não há ninguém no Reino que acredite que ela não seguirá os passos de sua avó e se tornará a próxima Bruxa Negra, predita na profecia. Porém, não havia como imaginar que a neta de Clarissa Gardner seria desprovida de poderes mágicos em uma sociedade que valoriza a habilidade mágica acima de tudo. Assim, quando ela tem a oportunidade de perseguir seu sonho de se tornar uma farmacêutica, Elloren se junta a seus irmãos na Universidade de Verpax, mas logo perceberá que a universidade pode ser o lugar mais traiçoeiro de todos para a neta da Bruxa Negra. À medida que o Mal se aproxima e a pressão para viver de acordo com sua herança aumenta, a esperança de sobrevivência para ela pode estar em se juntar a um grupo secreto de rebeldes...

A Bruxa Negra é o primeiro livro da série Crônicas da Bruxa Negra, primeiro livro da autora que leio e também a primeira leitura da maratona, então fui empolgada, mas pensando que poderia me decepcionar com o desconhecido, e isso quase aconteceu. O livro é dividido em três partes, com a primeira apresentando a vida da elloren, uma jovem descendente de magos poderosos que cresce fora dos parâmetros esperados para alguém com uma linhagem grandiosa e parece não ter o glamour, muito menos a magia, esperada pelo seu povo. Ainda assim, a imagem da família importa e é dessa forma que ela se vê em busca do sonho de poder se tornar alguém, mas sem saber da verdadeira razão por trás de quem pretende ajudá-la com isso. Após chegar na cidade universitária, com a proteção de sua tia poderosa, seguimos com a parte dois da história. Nela, a elloren descobre que parte do plano de sua tia envolve um relacionamento eterno com um jovem promissor, e foi nesse ponto que comecei a ficar com tédio porque tudo parecia acontecer no ensino médio, com direito a elloren conquistando o ódio da fallon, a vilã poderosa, por despertar o interesse do jovem mais valioso, interesse da fallon. Enquanto ficou nesse enrendo, eu quis muito desistir, até porque o romance não me convenceu em momento algum. Pra melhorar o clima teen, elloren passa a sofrer bullying de diversos colegas que tiveram seus povos subjugados pela avó, e o que era pra ser uma troca interessante dela aprendendo a se impor ou conhecendo o diferente, acabou fazendo ela apenas ter atitudes bobas e covardes. Porém, graças a deus, a autora soube colocar em evidência coadjuvantes super atrativos que deram uma temperada na leitura. Na terceira parte, elloren, que está rodeada de seres vistos como demoníacos, os kélticos e icarais, começa a questionar tudo que aprendeu ao longo dos anos porque a convivência mostra algo diferente de tudo que ouviu, e ela dá espaço para esses seres mostrarem como realmente são (e aqui o irmão mais velho dela é perfeito em fazer essa ponte). Junto com aislinn, uma jovem de seu povo que mostra como o conservadorismo pode ser destrutivo, ela se abre para as possibilidades, formando um grupo incrível, composto por seus irmãos, ambos destaques do seu povo mas que não pretendem jogar uma criação decente fora; jarod e diana, dois gêmeos príncipes lupinos; ariel, uma icaral quebrada pelo preconceito; wynter, uma icaral extremamente gentil e artística, que sabe ler as pessoas; e yvan, um kéltico que possui vários segredos, menos o ódio que sente por ela. Essa abrangência é tão bem feita que até a profecia ganha novos contornos, já que ela entende que a ascensão da fallon, sua inimiga que parece ser a próxima bruxa super poderosa, pode significar dizimação de tudo que é diferente, e isso pode acabar com o pequeno e precioso mundo criado pela elloren e seus amigos. Para quem pretende trilhar o próprio caminho, ela toma a melhor atitude, que é ir atrás da história de cada um para entender melhor os conflitos e solucioná-los, e essa parte é super identificável para quem cresceu em ambientes com verdades absolutas (cof cof religião cof). Numa história gigante dessa, não poderia faltar o romance, e gostei pra caramba de como a autora inseriu esse ponto na vida da elloren. Há o clichê do gênero, mas não ficou forçada a proximidade e o estranhamento entre ela e o mocinho não surgiu apenas por birra, sendo muito bem justificado, tal como a aproximação deles, unindo também diversos coadjuvantes citados acima. O livro acaba bem no meio de algo grandioso, mas fica bastante claro que a elloren e os novos amigos farão de tudo para que sejam uma grande resistência para a quebra do mundo que tanto desejam e eu desejo ver isso acontecendo. A série possui mais 5 livros (haja tempo!) e pretendo dar continuidade, então vou ter que começar a treinar meu inglês básico pra poder ler antes do lançamento de todos em português. Minha nota final foi 3/5 mas recomendo porque ela entregou entretenimento no meio da história e pretende entregar mais nos próximos livros que virão.

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precisofalarsobrequalquercoisa · 4 years ago

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COLUNA DE SÁBADO

“Rir e homenagear a quem merece é um ato de resistência”

Ontem, como havia prometido, fui “dar uma pinta” na mais nova rua de Niterói. A “Rua Ator Paulo Gustavo – Ator, humorista, diretor, roteirista e apresentador. Nascido e criado em Niterói Paulo Gustavo sempre EXALTOU A CIDADE E A USOU COMO CENÁRIO EM SEUS TRABALHOS”, que por complicações da Covid-19, nos deixou no último dia 4 de maio, recebendo esta justa homenagem da câmara dos vereadores de Niterói por 18 votos a 3, alterando o antigo nome Cel. Moreira César, MILITAR, NASCIDO EM SÃO PAULO, sentenciador de linchamento à um jornalista, afoito e o mais impiedoso general, que em uma missão em Santa Catarina promoveu um “ajuste de contas” com prisões, decapitações e fuzilamentos sumários de MILITARES E CIVIS, sendo um dos mais cruéis militares para àquele posto naquela época (que currículo!), para o nome do ator que projetou a cidade no mundo.

Saí de casa, na rua que não tenho ideia do porquê de seu nome, entrei na rua que só é conhecida pelo seu palanque de carnaval e que hoje formou-se o “baixo Icaraí”, com seus bares, pizzarias e restaurantes e segui pela rua do MÉDICO, POLIGLOTA E MÚSICO (Domingues de Sá). Cruzei a rua de outro POLÍTICO (Jorge Roberto Silveira) e cheguei ao Campo de Santo Bento, santo esse conhecido pelo poder de sua medalha, que quebra magia, afasta a inveja, o azar, quebra qualquer feitiçaria ou falsas intenções daqueles que o queiram fazer mal.

Entrei na rua do MÉDICO, JORNALISTA E POLÍTICO (José Lopes Trovão) dobrando à direita para a rua do JUIZ DESEMBARGADOR, GOVERNADOR-GERAL DO BRASIL (Mem de Sá), seguindo para minha fisioterapia.

Saindo da minha sessão, resolvi ver de perto a mudança do nome da rua do ex-militar sanguinário (Cel. Moreira César), para o do “Rua Ator Paulo Gustavo – Ator, humorista, diretor, roteirista e apresentador. Nascido e criado em Niterói Paulo Gustavo sempre EXALTOU A CIDADE E A USOU COMO CENÁRIO EM SEUS TRABALHOS”, seguindo pela rua do MILITAR, ENGENHEIRO E POLÍTICO (Miguel de Frias e Vasconcelos), atravessando as ruas do 33º PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DO RIO DE JANEIRO (Bernardo Avelino Gavião Peixoto) e depois a penúltima rua do MÉDICO VETERINÁRIO e PROFESSOR (Raymundo Tavares de Macedo), chegando enfim na rua em homenagem ao ator.

Entrei na primeira farmácia da “Rua Ator Paulo Gustavo – Ator, humorista, diretor, roteirista e apresentador. Nascido e criado em Niterói Paulo Gustavo sempre EXALTOU A CIDADE E A USOU COMO CENÁRIO EM SEUS TRABALHOS”, para a compra de alguns remédios e utilizar meu tempo só para prestigiar o novo nome da rua, pois poderia parar em qualquer uma das outras “400 mil farmácias” (contém ironia) que se instalaram e se expandiram por Icaraí, farmácia essa onde vi pela última vez meu amigo Anselmo antes de partir para sua nova jornada em outro plano. Na farmácia havia um burburinho. Os que apoiavam o nome da rua e outros que não. Com máscaras é impossível uma comunicação clara daquilo que estão comentando. Uma cidadã, que parecia ser representante de alguma empresa prestadora de serviços para a farmácia disse em alto e bom som: ‘EU SOU CONTRA! Imagine os lojistas terem que trocar o endereço para incluir esse novo nome? Eu moro em São Gonçalo, mas sou contra”. Ahãn... Não quero falar de bairrismo, mas filha, São Gonçalo não é Niterói.

Segui pela rua Ator Paulo Gustavo e no caminho entre a esquinas do MILITAR, ENGENHEIRO E POLÍTICO até à rua do 33º PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DO RIO DE JANEIRO, observei um movimento diferente, que apesar de estarmos no auge da pandemia, estava mais agitada que o comum. No caminho, inúmeros pedintes, “os invisíveis” e suas famílias dormindo nas calçadas da famosa rua de Niterói, com seus filhos, papelões e cobertores, abrigados à própria sorte.

Na rua do MÉDICO E POLÍTICO (Alfredo Augusto Guimarães Backer – Presidente Backer), esquina com a padaria e restaurante que tanto Paulo Gustavo introduziu em seus filmes, a Beira Mar, paro para tirar a foto que ilustra essa coluna. Na esquina, vários outros fãs, passantes ou curiosos mesmo, sacavam seus celulares e tiravam com orgulho suas selfies e fotos da própria placa, para postarem em suas redes sociais. Por trás de mim me passa um cidadão mal-humorado, indignado com a mudança do nome da rua, que fala com certo descaso aos que não ouviram suas lamentações um “Pra quê isso?” mas que ao mesmo tempo, não estava indignado com as famílias que estavam como pedintes na própria rua. Fiz questão em gritar por detrás da máscara dupla que abafara um pouco minha voz que “RIR É UM ATO DE RESISTÊNCIA”, mesmo neste momento de dor, com a justa homenagem à um artista que só trouxe alegria para o povo brasileiro, mas que por incompetência governamental, foi vítima do vírus que todos tememos.

Caminhei mais um quarteirão e na rua do MÉDICO, JORNALISTA E POLÍTICO, (soube por um amigo que também era um lambe botas dos EUA) uns arruaceiros com megafones, faziam abaixo assinado, colhiam assinaturas para que voltasse ao nome anterior do sanguinário coronel. Ao invés de fazerem um abaixo assinado para que a Prefeitura não os obrigassem à mudar em nada seus registros municipais, pois são os vereadores que aprovam a troca do nome de ruas que criam leis para todo e qualquer município, preferiram perder tempo, o bonde da história e criar mais uma celeuma, dizendo que é um ato arbitrário, de que é uma proposta “esquerdista” (sic!), de que o custo para a mudança das suas documentações será maior que o lucro que terão com a visita de milhares fãs e admiradores brasileiros que virão à Niterói, com toda certeza, para conhecer a rua onde o ator Paulo Gustavo morou. Não pensam nada à médio prazo, para quando esta praga de pandemia acabar. Só criticam.

Tenho lido inúmeros comentários toscos, sem noção (como diria o próprio “Valdomiro” de Paulo Gustavo) nas redes sociais pedindo para que colocassem o nome de Paulo Gustavo, no ABANDONADO, há anos, antigo cinema Icaraí; para que tirassem a estátua do Araribóia lá da estação das barcas, colocando no lugar a do Paulo Gustavo ou “Dona Hermínia” dando boas-vindas a quem chegasse em Niterói, sem o menor conhecimento de quem é a estátua do índio e fundador da cidade. Outros pediam para que colocassem o nome do Paulo Gustavo em algum teatro de Niterói, no teatro Popular por exemplo, mal sabendo que o nome do Teatro é Oscar Niemeyer, que é de família e não autorizam mudar. O teatro Municipal de Niterói já tem o nome de um justo homenageado, João Caetano, também ator e de suma importância para a cultura nacional. Não adianta colocar o nome de Paulo Gustavo em locais de cultura, onde a própria cidade não é capaz de manter. A homenagem ao Paulo Gustavo com a mudança para o seu nome da rua “tão badalada” de Niterói, como insistem em dizer, incomoda mais àqueles que não gostam de cultura e que no fundo não aceitam a troca do nome do militar sanguinário, pelo a do artista, que travestido de mulher, deu mais visibilidade à cidade de Niterói, que muitos outros homenageados que estão por aí, com seus nomes batizados por ruas. São aqueles que preferem ir aos teatros e centros culturais do Rio, mesmo com toda a violência que a cidade carioca nos apresenta. Se os comerciantes da Rua Ator Paulo Gustavo fossem inteligentes, investiriam e criariam espaços culturais, com bistrôs, cafés, teatros para “StandUp” de humor, em parceria com os governantes e instituições privadas, para movimentar o circuito de visitantes ao bairro. Estamos num momento de dor e quando isso tudo passar, o que mais iremos querer mesmo é nos divertir. Mas não é esse o interesse...

Niterói é um celeiro de crias em TODAS, repito, TODAS as áreas de cultura do país. Tivemos em outras gestões na prefeitura, eventos culturais maravilhosos na cidade, como os Encontros com a Espanha, Cuba e Japão. Temos capacidade em criar festivais. Temos talentos incríveis nas artes plásticas. Pouco são os governantes com a capacidade em ter esse olhar para a cidade. Paulo Gustavo foi mais uma estrela desse celeiro, cria da casa e que o país inteiro está de olho neste mais novo ponto para visitação na cidade. Não é só um nome de rua. Parem de pensar pequeno.

Na maioria das vezes em que os turistas vinham à Niterói, era somente para atravessarem de barcas a Baía de Guanabara, na viagem de 20 minutos entre Rio/Niterói (que saudades das barcas de madeira né minha filha?) e conhecer o único ícone que a cidade possuía: o MAC – Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Com a construção do MAC, veio o Caminho Niemeyer e a movimentação na cidade aumentou. Antes Niterói era conhecida como terra de índio, devido a estátua de Araribóia logo na estação das barcas; São Gonçalo, como terra de Marlboro. Essa era a visão que tinham o pessoal do outro lado da baía. De lá para cá diziam “o outro lado da poça”. Servia como apenas cidade dormitório. Com inserção de CULTURA, o panorama mudou.

A rua com o nome do Ator Paulo Gustavo será um novo ícone e mais um aumento na receita turística da cidade. Anotem.

Estamos numa crise sanitária criada por um insano que está no poder. Paulo Gustavo foi um a mais dessas mais de 440 mil vítimas desse desgoverno. Isso é fato!

Daqui a 100 anos não estaremos mais aqui, mas sua obra sim. Enquanto estivermos por aqui, teremos orgulho em passar pela rua com nome desse artista. É um caminho...é uma passagem... é uma ligação de um ponto ao outro. É um registro mais que merecido de sua breve passagem. Paulo Gustavo é e será fonte de inspiração para muitos talentos que ainda virão. Já o coronel militar, o exemplo está aí e não vale à pena.

Ontem o ator Fábio Porchat veio à Niterói homenagear o amigo. Quantos outros artistas e anônimos virão “dar uma pinta” por aqui só para ter o prazer em tirar foto em frente à placa da “Rua Ator Paulo Gustavo – Ator, humorista, diretor, roteirista e apresentador. Nascido e criado em Niterói Paulo Gustavo sempre EXALTOU A CIDADE E A USOU COMO CENÁRIO EM SEUS TRABALHOS” como recordação e prestígio? Somos mais de 230 milhões de brasileiros. Se 1% desse povo passar por Icaraí, agradeçam, pois será um público que NUNCA viria à Niterói só para ver um dos melhores cartões postais do bairro de Icaraí oferece: A vista do Rio.

Itamar Barolli

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