#formigo

[huariqueje]

Still life with bottle and glass of wine - Daniel Formigo

Spanish, b. 1973 -

Oil on wood

[gravcyard]

TASK : caça aos monstros.

Ora, mas quanta audácia! Narcisa riu, pega de surpresa pela sugestão. Estava interessada? Certamente. Mas qual seria a graça de admitir? ── Bem que você queria, não é, Frankie? Afinal, se bem me lembro, eu sou a mulher mais bonita que você já viu ── recitou em tom convencido as palavras da mensagem de texto ── E todo mundo sabe que bêbado não mente! ── adicionou com humor.

Gostava daquele Laurent afoito e respondão bem mais do que do centrado e evasivo, concluiu. Mas é claro que a faceta irritante retornaria, mais cedo ou mais tarde. Rolou os olhos. ── Urgh. Já eu, acho que sente prazer em ser estraga prazeres. Aposte a minha então, já que faz tanta questão. Se você matar o mostrengo primeiro, te concedo... ── pensou brevemente ── uma semana da sua preciosa folga, que tal? ── beijou seu indicador como um selar de promessa, querendo que ele acreditasse nela, pois falava a verdade. Havia aprendido com Hades que promessas deveriam ser honradas até mesmo entre os mais vis. Seria um preço pequeno a pagar, todavia; estava bem mais interessada no que ele poderia conceder caso ela ganhasse. Em último caso, também no que Dubois precisaria fazer para garantir a própria vitória.

A mesma mão foi ao topo da cabeça instantes mais tarde, e ela soltou um animado ── Sim, senhor! ── antes de seguir a ordem. Estalou o chicote na direção de uma das seis patas, mas o infeliz as movia com tamanha destreza ao ponto de esquivar-se sem dificuldade. Tentou outra vez, e nessa encostou perto o suficiente para que as chamas lambessem a pata da frente. O myrmeke guinchara. Como retaliação, cuspira uma gosma na direção dela, que a teria atingido no estômago se Narcisa não tivesse se jogado para o lado. De bunda no chão, soprando para longe dos olhos os fios de cabelo, ouvia um alto chiado. Quando olhou para trás, a gosma carcomia a árvore atingida como se fosse ácido. ── Jura? ── resmungou. Não se lembrava dessa parte, malditas fossem as conversinhas em sala de aula; mas, num estalo, lembrara-se de outra igualmente importante. Myrmekes eram colecionadores irracionais, atraídos por ouro. A mão suja de areia sentiu o relevo do colar sob a blusa. Olhou para Laurent ── Tive uma ideia! ── anunciou ── Consegue distraí-lo enquanto monto uma armadilha? Te aviso assim que estiver pronta!

Antes mesmo da resposta, levantou-se e correu poucos metros no sentido contrário da luta, apenas o suficiente para não ser atingida de surpresa. Com o ruído da batalha de fundo, trabalhando o mais rápido que conseguia, Narcisa apagou as chamas do chicote e fez um laço bem apertado em sua ponta. Passou a corda por dentro desse laço e a puxou até que formasse um grande círculo. Deitou esse círculo no chão, próximo a uma árvore, e o escondeu com folhas e terra; em seguida, estudou um galho bem acima da armadilha, ligeiramente mais alto que a formiga.

Bateu as maos na calça, revelou o colar de dentro da blusa e o puxou a fim de retirá-lo depressa. Seu pingente era grande como um punho, dourado, polido, incrustado em rubis e, naquele sol, brilhava feito um pisca-pisca. Acho muito bom isso dar certo, pensou pouco antes de pendurá-lo, num misto de irritação e pena. Estimava aquele objeto mais do que a muitas pessoas e, caso o myrmeke fugisse, o perderia para sempre. Se vinha levando tudo aquilo como brincadeira, a perspectiva desse fato trouxera um ar gélido de seriedade para a situação.

Pegou o cabo do chicote e se escondeu atrás daquela mesma árvore; ele seria puxado assim que o monstro pisasse no circulo, aproveitando-se da distração com a joia para finalmente prender-lhe as pernas. ── AGORA! ── Espiando ao lado do tronco, Narcisa berrou.

" Ah, desejava uma resposta mais complexa? " Indagou com um leve arquear de sua sobrancelha. Pois ela ficaria desejando. Não havia motivo complexo oculto quanto ao desgosto de seu primeiro nome, apenas achava que não valia a pena ser chamado por um nome que parecia sem força como Francis. A sonoridade era fraca, o significado era fraco, assim como os antigos antepassados de Laurent que haviam carregado aquele nome. O desgosto de Narcisa quanto ao fato de não haver nenhum motivo secreto sobre seu nome fez com que o rapaz abrisse um sorrisinho para ela. Em qualquer outro momento ele usaria a desculpa da proximidade alheia para flertar, mas ele estavam numa missão e precisavam se concentrar. Concentração essa bastante difícil de obter quando o corpo dela estava tão próximo e tão quente. " vou começar a achar que está afim de mim, Narcisa. " Talvez ela pouco se importasse com as aulas, mas ele não pode deixar de acrescentar o comentário acerca dela perder aulas por sua causa. Poderia continuar com as indiretas e provocações, não fosse a interrupção forçada pelo monstro.

E lá estava ele, o formigão que ele e Narcisa estavam caçando a poucos minutos. Observou como a casca dourada do myrmeke parecia dura, isso seria um problema para as lâminas que carregavam, mas talvez o fogo de Narcisa pudesse dar um jeito, no entanto, Laurent estava focado nas presas do bicho. Em formato de pinça, serrilhados como uma faca, parecendo prontos para arrancar um ou dois membros. " não gosto de apostar minha vida. " retrucou com um sorriso, aquilo não era brincadeira para fazerem apostas, por isso, sua atenção estava mais do que focada no monstro a frente deles. Movimentou a espada ansioso pelo primeiro movimento, então um passo na direção deles foi dado pelo myrmeke, fazendo com que Laurent fosse impulsionado a tomar a dianteira. Circulou um momento estudando o melhor ponto para atacar, decidido a acabar com a mobilidade do bicho, assim, seria mais fácil derrotá-lo. " segure as patas dele. " ordenou para a garota, afinal, ela estava com um chicote e sabia muito bem como usá-lo. Enquanto isso, Laurent chamava a atenção do bicho pelo outro lado, investindo com a espada as costas, sentindo a espada bater em vão e sequer arranhar a casca dura do myrmeke.

[apontamentes]

Paixão pela Leitura 

De 18 a 23 de março decorreu a Semana da Leitura. A Biblioteca Escolar dinamizou algumas atividades especiais como estas apresentadas a seguir.

Presença da escritora e educadora Ana Luísa Silva - Foi muito giro poder ouvir a escritora a ler o seu próprio livro e a explicar como e de onde vieram as suas ideias.

Depois da leitura de "Qual o sabor das nuvens?" ainda houve tempo para pensar e desenhar sobre a questão. Resultaram trabalhos como este da aluna Eunice Telles.

Concurso de Leitura em Voz Alta - Alunos do 2.º, 4.º, 5.º e 7.º ano participaram neste concurso. As professoras gravaram áudios que foram colocados nas redes sociais da biblioteca, o que obteve mais likes foi o da Margarida Rodrigues, mas foi uma votação muito renhida!

Desgarrada de Poemas - Nas escolas EBI/JI do Couço e na EB 2/3 Dr. Armando Lizardo os alunos foram desafiados nas suas próprias salas por alunos de outras turmas, um despautério! Mas não se preocupem porque todos tinham a resposta na ponta da língua.

Vê AQUI e AQUI os vídeos da desgarrada!

Desenho de caricaturas de António Quadros pelas alunas Beatriz Pereira, Matilde Formigo e Maria Joana Santos da turma 11°E da Escola Secundária de Coruche .

Estas caricaturas voaram na Coruja do Saber (Bibliomóvel) até à Universidade de Coimbra, onde puderam ser contempladas pela filha de António Quadros, Mafalda Ferro.

[paracozinhar]

Formigos

[lirio-putrido]

Notas de amores transeuntes

(nota 216: idéias nômades em mente sedentária)

O que transpassa em mim ao passar por ti? O que muda em mim para manter-te em mim, comigo?

Às dez te vi chegar, abraçar, sorrir e olhar, através de mim, meu eu por nós.

Às onze, já era seu. Por completo, me fiz de outro alguém além de mim.

Às doze, você me deixou. Só, formigo, sentindo falta de um calor que nunca foi meu, que jamais seria. Já não sofro, não deveria, sua ida já premeditei antes mesmo da idéia do chegar.

Ou quem foi embora, na verdade, fui eu? Quem chegou? Ficou? Se foi. Jamais saberei. Nem deveria.

De horas em dias, dias sem segundos, às oito alguem chega. Me pergunto quem seria, se deveria saber, pertencer, de novo.

Às sete, pereço em abraço estranho, conhecido no olhar, casa de passado.

Às seis, vai embora, como se nunca fosse voltar.

É o mesmo, mesmo não sendo. Faceta de verso incerto, que me entrego ao retornar.

De segundos em semanas, de semanas em minutos, às dez você retorna querendo repousar. Me encontra de peito aberto, como da primeira vez, após seu voar.

O tempo não se importa, fecha os olhos, alheio ao seu passar.

Viaja, volta novo, desconheço, mas ainda sim: pereço, esperando que dessa vez você possa ficar.

[baixafidelitat]

Hospital d'Olot @ramonsanabriaboix i Francesc Sandalines . . . . #arquitectura #architecture #olot #garrotxa #hospital #fotosintetic #concrete #formigo #vidre #landscape #paisatge https://www.instagram.com/p/ByuU22TCsd6/?igshid=r0l4hkvcrc4g

[l-ours]

Et si on bétonnait aussi la mer ?

[danielformigo-arte]

Caja doble cerámica rectangular. Disponible para la venta en

https://www.danielformigo.com/arte/maxis.php?&id=485

© Daniel Formigo

Tamaño: 18x8x10 cm.

Materiales: Madera maciza reciclada, contrachapado, cerámica de Níjar, pintura al óleo.

[mariateresasousas]

Creative direction: Ana Formigo (@anaformigo) José Pedrosa (@zpedrosa) Model: Athena Alves (@tetealvess) (@centralmodels) Stylist: Maria Teresa Sousa (@interneteresa) Make up: Deolinda Capitão (@luzvanaeken) Hairstyling: Gê Vieira (@igevieira) Photography: Ana Formigo Video: José Pedrosa Voice-over: Iolanda (@iolandamusic) Script : Iolanda Mix: Wilson Capitão (@wcapitao)

[pulmonias]

vou escrever até minha pele descamar toda e eu ser outra. outra que não viu a cozinha escura. em pé. e sentada. e de lado. e de frente. e os azulejos do chão. e os da parede. uma ou outra lágrima e falta de ar e interrogações e respostas. cansa. boa noite. minha pele formigando na sala. na cozinha de novo. as costas na parede. a cabeça no ombro. continua falando. deitamos no chão. vem. você consegue. como é sentir coisas? ele gosta de sentir coisas. não por mim. eu não gosto de sentir nada. naqueles dias senti. no chão. na bancada. cabeça na barriga na grama. o céu. o que acontece depois da morte com quem não morreu? porque você é estragada? vai ficar tudo bem. eu sei. a gente é muito insignificante. eu não ligo pro tamanho. escala. mesmo sabendo, eu não ligo pra nada. será que sabendo ele para de querer? a pior parte foi a gente dançando porque eu fechei os olhos e fiquei ouvindo a boca dele tão perto cantando. tamanho o impacto eu não lembro da música. só lembro da boca que eu imaginava dançando tão perto. achei que ia tocar. alguém acendeu as luzes. e o que eu vi. os olhos. dois olhos tão grandes. me vendo tão perto. tão perto. por dois instantes antes de ficarem de novo distantes. fiquei muito assustada depois da segunda semana pensando que tinha de ter sido um grande delírio. aquele momento. ser vista. no escuro. e no claro. ser vista, caramba. que susto. e ter passado, tão rápido. será que sabendo ele quis menos? cê quer que eu fique contigo? eu fico. é melhor eu ir, né? era. foi. depois no carro minhas unhas na perna. você é infantil com esse show. cravadas na carne. será que ele sabe quando a palavra que eu escrevo é um elétron que a gente trocou? tô toda elétrica. fazia tempo. aliás. foi aos poucos. gradativo. e pronto. ele disse pode entrar pela porta da frente. pode ir na frente comigo. na hora eu ainda não sabia. não sei em que parte do caminho. a gente amanheceu na padaria e eu queria saber como ele tinha quebrado. na cozinha abracei e disse sinto muito. era o aniversário do dia desde que ele nunca mais foi o mesmo. eu não conto datas. foi como se o ano falasse comigo no dia primeiro que era pra eu estar preparada. mesmo se eu tentasse. na mesa do bar disse que ele me deixava sem palavras. ele disse que eu tenho olhos pro momento suspenso. quantos momentos a gente suspendeu dançando na chuva? tão sem jeito. tão travados pela saudade/dor/culpa. ali eu já tinha me desligado. a pele formigando e ele tão perto. desliguei ele no carro. infantil. cansada. agora distante eu formigo toda elétrica como se um raio tivesse me atravessado. um susto. daqueles que passa? quero escrever até o atrito frear meu coraçãozinho todo atiçado. a gente teria se aniquilado, não teria? sabendo ele quis menos. minha pele formiga sob a curiosidade. tão perto. tão quase

[huariqueje]

Bottle of wine over yellow background  -   Daniel Formigo , 2007.

Spanish. b.1970-

Oil on linen canvas,  33 x 22 cm. 

[ricard79-blog]

Tortosa creix! M'encanta que renovin el casc antic! #arquitectura #minimalisme #liniesrectes #formigo #ferro #estil #donantvida (en Tortosa, Terres De L'ebre)

[jralonsomartin]

¶ Teira X 2015 Los domingos depresivos se combaten. #Formigo @jralonsomartin #winetourism #wine #vino #wein #vin #vi #vine #winetravel #winelover #winelovers #lovewine #instawine #cata #winery #winemaker #winemaking #terroir #soil #tasting #winetasting #winegeek #winemoment #winepic #winevictim #wineporn #ribeiro

[mariuskalander]

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RT @Formigoal: #AccaddeOggi 5 luglio 1994: la Nigeria conduce per 1-0, l'Italia è in 10, mancano pochi istanti alla fine. Ci sono tutti gli estremi per l'ennesima delusione, ma poi sale in cattedra Roberto Baggio. E la storia cambia per sempre https://t.co/3LlOLzAsHd

— Mario Calandra (@MariusKalander) Jul 5, 2022

[baixafidelitat]

francesc macià . . . . #arquitectura #architecture #barcelona #catalunya #concrete #formigo #edifici #building #archiminimal #architecturelovers #architectureporn #architecturephotography https://www.instagram.com/p/BsX7X_gBYse/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=12gpayvx7y9t4

[danielformigo-arte]

La Isleta. No disponible

https://www.danielformigo.com/arte/maxis.php?&id=421

© Daniel Formigo

Tamaño: 59,5 x 46 cm.

Técnica: pluma de caña sobre papel