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momo-de-avis · 5 years ago
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O Filho de Odin, Cap. 6, “O Ataque dos Dragões a Madrid”
O Antevisão: no qual Jonatã se torna malabarista dos ares e desempenha as táticas de luta mais impossíveis de sempre, desafia a Wizards of the Coast a ser processado não uma mas duas vezes, e torna-se literalmente na Alexandra Solnado.
Amigos, ontem à noite comecei a escrever sobre este capítulo, e estava a correr bem. Descobri uma coisa aqui que me fez sentir bem comigo própria (lol), caguei-me a rir com o nível de absurdo, mas cometi um erro: escrevi directamente no tumblr e não gravei.
E... o PC desligou-se.
Após uma hora, foi tudo com o boda.
Este é o take 2, e sou eu a desafiar Deus.
(De duas formas... vocês já vão perceber)
Da próxima tenho que fazer isto alcoolizada.
Adiante...
O @rhythmlessgay mencionou uma coisa acerca do modo de viagem: isto de fazer uma história estilo RPG é muito fixo, mas lembram-se que havia aqui um Tigre super-sónico, correcto? Que poderia encurtar este tijo para metade? Ya. 
Jonatã e o seu Bando dos Quatro chegam a Madrid, que numa tirada desnecessária mas de típico esgalho intelectual, Zuzarte nos diz ser “uma das maiores cidades da Península Ibérica”. As ruas estão todas animadas e o pessoal está todo a olhar para “um certo produto de venda” que nunca vai ser referido ou explicado.
-- Oh! primo (sic), olha! – disse ela [Mace] apontando. – Um homem com cabeça de cão.
-- É um cinocéfalo (Cynocephalus indica)
(Lembrem-se que, de acordo com as regras de pontuação, o Jonatã disse aquilo em voz alta.)
-- Um “quê”?
-- Um cinocéfalo, um comerciante da Índia.
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Os “cinocéfalos” são mencionados como sendo os melhores comerciantes do mundo, e unca mais isto volta a ser revelante.
Não, cinocéfalos não são comerciantes indianos. São criaturas mitológicas aparentemente provinda do antigo Egipto e apropriada pelo Cristianismo. Efectivamente, são representados com cabeça de cão ou chacal, como é comum acontecer com criaturas mitológicas e deuses egípcios, sendo que representam o seu elemento/atributo (NÃO têm literalmente cabeça do dito animal). Não faço a mais pequena ideia do que é que se passou na cabeça do Zuzas para transformar isto num twist racista totalmente desnecssário e irrelevante para a narrativa.
Se existe uma explicação para isto e alguém a sabe, comuniquem-ma, porque estou muito curiosa.
Jonatã repara que junto da fonte de Cíbele estão uns gajos encapuzados e que um deles olha para ele, e depois Mace diz que tem fome, então arredam todos para o Mesónde Aragón para comer “queijo, presunto e chocolate quente” e eu tenho de dar a mão à palmatória ao Zuzarte porque esta merda é a cena mais madrilena possível.
Mace insiste que ela coma alguma coisa, mas Jonatã responde
para mim comer presunto é tão agradável como mastigar uma meia suada!
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Só por essa, mereces um carolo.
Do nada---como é óbvio---o pessoal começa a gritar lá fora, e acontece que Madrid está a ser atacada por “Dragões Negros (Draco Necron)”.
Agora... Antes de prosseguir para o pedaço seguinte, eu gostava de falar de uma coisa.
Ponto número um:
Por vezes, mas apenas por vezes, a linha que separa o plágio da homenagem é muito ténue, e é tão ténue que só percebemos isso quando ela é mal recebida pela audiência. A literatura, como toda a arte, é feita de repetições, de evocações, de cópias. Na história da arte, das primeiras coisas que aprendemos, é que as coisas não surgem num vácuo, mas antes são repetidas e copiadas até que o artista, através deste acto de repetição, acaba por colocar a sua própria originalidade (que é a sua visão) na nova obra.
A literaura é igual, mas como se trata de palavras, e principalmente nesta era do “não existe originalidade e é tudo copiado”, é mais passível de cair nesta esparrela.
Contudo, os autores emprestam-se constantemente. Em Brave New World de Aldous Huxley, todas as personagens recebem o nome (por vezes adulterado) de personagens de outras obras ou históricas. Consta que Eça de Queiroz terá plagiado obras de Flaubert, e se comparem a Madame Bovary com o Primo Basílio, percebem que não só a temática é muito semelhante como estilisticamente, Eça drenou imenso de Flaubert (o discurso indirecto livre, por exemplo, que tem origem em Flaubert, acabou por ser introduzido por Eça). Garth Nix chamou o seu personagem de Touchstone em homenagem a Shakespeare (o que é evidenciado quando Sabriel lhe diz “Well, there is a tradition of a wise fool...”).
O exemplo mais conhecido é a famosa Plataforma 9 e ¾ de J.K. Rowling. Originalmente, a plataforma 9 e ¾ vem de um conto de Eva Ibbotson, intitulado precisamente “Plataforma 9 e ¾”. As semelhanças são as que esperam: a plataforma funciona de maneira muito semelhante à de Harry Potter. Foi a maneira de J.K. Rowling homenagear uma escritora que lhe serviu de inspiração. Muita gente na altura a acusou de plágio, mas a própria Eva Ibbotson não se importou, e na verdade, sentiu-se bastante elogiada. “Escritores emprestam ideias uns aos outros” foi a resposta dela, e uma frase de que não me esqueci.
Nem sempre isto corre bem. Cassandra Clare chegou a ir a tribunal por plagiar trechos inteiros de textos no seu The Mortal Instruments, e muitos outros casos houve. Mais recentemente, até o Diogo Morgado sofreu do mesmo mal com uma peça de teatro.
Portanto, isto de ver ou ler uma coisa que nos inspira e adaptar à nossa obra é um trabalho complexo e difícil. Quando se é jovem, é bem complicado de de gerir todas estas coisas FIXE que curtimos bué e saber como usá-las como referência se desrespeitar o criador original (POR ISSO É QUE EXISTE FANFICTION). 
Eu faço o mesmo hoje em dia: dou nomes a personagem de livros que me inspiraram, e numa certa instância, cheguei a inserir parte de uma frase Allan Poe que me serviu de guia para todo o conto como forma de elogiar um autor que admiro.
No século XIX, até se tornou trope comum utilizar referências literárias a obras existentes suas contemporâneas para fazer foreshadowing (vão ler histórias de mulheres adúlteras e contem quantas delas estão a ler a Dama das Camélias, no início).
Isto não está errado. É muito bonito, na verdade. Eu adoro olhar para uma obra ou ler um livro e perceber imediatamente que influências estão ali. Diz-me muito sobre o autor.
Mas quando é mal feito, ou feito em excesso, chega àquele nível em que nos questionamos: afinal, o que é que aqui pertence realmente ao autor? O que é que é orignal de todo, se isto não é mais do que um pastiche de merdas que já existem e que ele cola com cuspo?
Eu sei que vocês estão a pensar “oh Ana, só agora é que estás a pensar nisso?, isto é uma manta de retalhos de cenas roubadas” sim, eu sei. Mas até aqui, o que ele tem feito é copiar a visualidade da coisa, transformá-la em palavras, ou imitar backstory de personagens populares. E o problema que dilui aqui as complicações é este: pode não ser considerado plágio, porque a backstory trágica de um herói do bem que vira para o mal, é um trope, não um caso único. Atenção que eu concordo a 100% que isto é plágio, mas uma boa defesa poderia perfeitamente provar que não é. O que quero dizer é que está muito, muito diluído aqui.
Se o Zuzarte tivesse utilizado uma personagem de WoW apenas---descrevendo-lhe o físico tal e qual, adulterando o nome ligeiramente, mais ou menos importando os seus poderes---sendo original no resto, inventivo e com capacidade de criar um mundo de fantasia urbana realmente atraente (e se essa personagem não for o protagonista), não considerávamos plágio. Só consideramos porque ele faz isto repetidamente. E mal: são cópias a papel químico.
Pá, eu me confesso: já criei personagens que são a total inversão de um personagem que existe. Uma delas foi Morgaine (do mito arturiano, especificamente Brumas de Avalon) que me serviu de tal inspiração que a adaptei em físico, e virei-a da cabeça para baixo na essência, porque ela tem de existir para a minha narrativa, não a da Mario Zimmer Bradley. Na verdade, a sua existência é o polo oposto da Morgaine: a mulher do povo das fadas, responsável pela queda do Rei Artur, passa a ser a mulher que simula uma grandiosidade mística (quando é só alta e veste-se de preto) que consegue colocar no trono um rei digno. 
Portanto, qual é a linha que separa uma homenagem do plágio?
E é aqui que chegamos ao meu segundo ponto:
Eu tenho um talento, juro-vos. Quando estava no secundário, a minha professora de Literatura Portuguesa dizia que eu tinha capacidade para imitar qualquer estilo de escrita de qualquer escritor. Eu consigo MUITO FACILMENTE apanhar padrões, tiques e maneirismos. Eu percebo logo que mecanismos literários estão a utilizar, principalmente através das figuras de estilo, que são uma coisa a que presto muita atenção. Se houvesse maneira de o fazer, eu podia ser falsificadora de manuscritos porque consigo muito facilmente imitar quase ipsis verbis o estilo exacto de Eça de Queiroz ou de Saramago.
(É um talento inútil, pronto, alguns têm talento para coisas úteis, eu não tive sorte.)
Porque eu apanho muito facilmente os padrões, os pequenos detalhes que definem o estilo, a pequeninas coisas que me dizem que este gajo escreve assim. Lembram-se de eu, há uns capítulos atrás, ter dito que sempre que o Zuzarte usa “deixava antever” para descrever as roupas de alguém, eu tinha certeza de que aquilo era retirado de um outro autor qualquer? É a isso que me refiro. Eu tenho uma mente um bocado obsessiva no que toca a escrita, o meu cérebro organiza-se mesmo num padrão bem semelhante a OCD, e fico completamente sugada por estas coisas.
Portanto, a este ponto, eu já apanhei o estilo do Zuzarte. Eu já o conheço muito bem.
Por isso, quando li este excerto:
As cabeças dos Dragrões são parecidas com o crânio deles, em virtude de os olhos estarem muito encolhidos para o interior e as fossas nasais serem muito abertas. Têm cornos curvados para a frente e uma crista dorsal semelhante à de um peixe-aranha, que desce até três quartos do pescoço. Um cheiro a ácido emanava do dragão cinzento-escuro, cujas escamas são da cor do ébano. Em vez de fogo, estes animais cospem um ácido resultante dos seus sucos gástricos, suficientemente forte para derreter titânio.
...imediatamente eu percebi: não foi ele que escreveu isto.
Os red flags são os seguintes: “em virtude de”, “crista dorsal” e “sucos gástricos”. Estas três expressões foram as que me denunciaram que isto não vem da cabeça do Zuzarte.
Segundo: é o melhor parágrafo de todo o livro até agora. Não existe uma única vírgula mal colocada. As frases não têm qualquer erro de sintase. São perfeitamente construídas. Ele usa inclusivamente a inversão do sujeito, o que ele NUNCA usou até agora, e tão bem aplicado que imediatamente me fez piscar os olhos em alerta. Ele usa, perfeitamente, uma oração explicativa sem um “que” ou um “porque”. Existe harmonia, existe balanço, existe um equilíbrio perfeito entre adjectivação.
Mas o “em virtude de” foi o que me lançou o alerta. Nem pensar que um miúdo de 14 anos que não sabe conjugar o verbo pôr, não entende a eficácia de “disse”, e segue tão à risca a colocação de vírgulas por cada oração diferente que dá uma cadência ao texto que parece de asmático, teria a capacidade de colocar “em virtude de” para construir uma frase onde a forma passiva é transformada. Eu acho que o Zuzarte, se usou uma frase passiva até agora, deve ter sido uma vez.
Mas deixou ainda assim a sua marca Zuzarte: “semelhante à de um peixe-aranha” e a menção do facto de estes dragões não cuspirem fogo, mas ácido.
Se o Zuarte tivesse omitido a parte do fogo, eu teria levado mais tempo a perceber de onde é que isto veio. Mas foi a necessidade de dizer que estes dragões não são como os outros, mas são especiais. Porque o Zuzas tem um bichinho de pedante, ele adora discorrer informação, e mostrar aos outros que sabe mais. O livro está feito para alguém que não é nerd, para que ele possa subir ao seu próprio pódio e explicar todas estas coisas que ele adora com linguagem quase científica. Mas está tão carregado dessas referências que, a maioria delas, ele acaba por se esquecer de explicar.
E quando explica, tem de nos informar que, sim senhora, os dragões cospem fogo, mas estes não.
E foi isso que me denunciou exactamente de onde é que ele foi copiar, quase ipsis verbis, este trecho.
Levei 5 minutos:
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(Importa-nos o segundo parágrafo.)
Reparem que ele não copiou no sentido exacto de copiar. Ele adaptou, principalmente invertendo as orações.
Assim,
With deep-socketed eyes and broad nasal openings, a black dragon’s face resembles a skull.
Passa a,
As cabeças dos Dragrões são parecidas com o crânio deles, em virtude de os olhos estarem muito encolhidos para o interior e as fossas nasais serem muito abertas.
(Era isto que queria dizer com “inversão do sujeito��)
Não só as orações foram invertidas, como ele acrescentou um toquezinho de algo pessoal—fossas nasais muito abertas e olhos encolhidos para o interior (que é também muito Zuzarte, já que ele revelou a incapacidade de dizer “encovados” ou “afundados”, ou uma só palavra que expressasse que os olhos não só são encolhidos, como o são para o interior).
Eu ponho as mãos no fogo em como quem traduziu isto não foi ele, mas um adulto (não se esqueçam que Google Translate não existia em 2004). Aquele “em virtude de” é um toque demasiado bom para o padrão de escrita que ele tem vindo a mostrar. Isto foi literalmente um exercício de inversão de orações, tal e qual como eu fazia nas aulas de português do 9.º ano. Só que alguém lhe disse que substituísse “por causa de” por “em virtude de”
Do mesmo modo,
Its curving, segmented horns are bone-colored near the base and darken to dead black at the tips.
Passa a,
Têm cornos curvados para a frente e uma crista dorsal semelhante à de um peixe-aranha, que desce até três quartos do pescoço.
Ele não largou a cor totalmente: ignorou o “bone-colored” e manteve o elemento negro, que adocicou chamando-lhe “ébano”, passando-o para as escamas. Mas transformou a “segmented horns” em “crista dorsal” da única maneira que o Zuzarte sabe fazer como forma de mostrar: com uma comparação: “semelhante a um peixe-aranha”.
Agora eu quero que percebam isto: o que acabaram de ler é plágio. Se forem ler as provas de tribunal usadas contra a Cassandra Clare, as nuances são muito menores do que estas. Mas porque é que isto sobressai, e porque é que me leva a perceber que foi copiado?
Precisamente o que disse: em termos de linguagem, sobressalta à vista, porque é completamente diferente do que vimos até então. Foi de tal maneira, que assim que eu li “Em vez de fogo, [...]cospem um ácido” eu disse imediatamente “o gajo foi buscar isto a Dungeons and Dragons”.
Porque o Monster Manual está escrito para ser aquilo que diz no título: um manual. Por isso é que soa a entradas científicas: é suposto dar os detalhe físicos de uma criatura, os elementos que a compõem, e porquê de serem assim, porque não têm história, mas características gerais e/ou background. O Monster Manual é um manual para nós criarmos a nossa própria história.
E quando li este troço e senti que estava a ler uma entrada da National Geographic, percebi imediatamente de onde veio. Ele podia ter ido buscar exactamente a mesma descrição, claro! Dragões são dragões, estamos sempre cingidos a certos limites. Eles vão quase sempre ter o mesmo aspecto. Mesmo Dragon Age ou Skyrim não diferem muito disto. É normal. A questão é que ele roubou as palavras do livro, e adocicou-as com um pequeno pozinho de originalidade que foi, ultimamente, e a meu ver, o que o traiu.
Wizards of the Coast, call me bitch
Prosseguindo...
Jonatã diz a Iori e Mace que vão para dentro, porque são meninas e portanto inúteis e precisam de constante protecção, e ordena Te��Chall e Kenchi que tomem conta delas, porque ele sinceramente acha que consegue dar conta de pelo menos três dragões sozinho. 
Lembram-se do Te’Chall dizer “ó estúpido, achas mesmo que consegues continuar a tua viagem sem um feiticeiro?” Ya, caga nisso.
Mas como isto é Zuzarte, a gente sabe que claro que consegue dar conta de tudo sozinho.
viu uma mulher com um bebé de colo a fugir de um dragão. A infeliz tropeçou, o bebé rebolou no chão e começou a chorar; um dragão mergulhava na direcção dela, e [Jonatã] nem pensou duas vezes: pegou num barril e correu na direcção da mulher e do réptil alado.
Eu aqui pensei: ok, vai enfiar o puto no barril para o manter protegido. Se calhar o dragão vai lá com garras e a madeira defende. Inteligente, Jonatã!
Mas não.
Assim que estava a uma distância considerável, atirou o barril com toda a força para o focinho do dragão. Este, com o choque, foi obrigado a desviar a rota, indo contra uma casa, destruindo-a.
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Jonatã ajuda a moça a dar de frosques, e
Depois pegou no arco e apontou uma flecha ao dragão inconsciente.
O carolo foi tal que ficou inconsciente! Caralho, tu nunca tentaste pegar num barril, pois não? 
Isto é pura e simplesmente “encontrar uma solução à pressa” porque nada na frase anterior nos disse que o bicho ficou inconsciente. A este ponto, o Zuzarte percebeu “espera aí... isto é um dragão! Tenho de lhe fazer downgrade! Já sei: inconsciente” e seguiu.
Mas, nesse preciso momento, o réptil levantou-se e olhou com uns olhos assassinos para o seu atacante,
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que não mostrou medo e continuou a apontar o arco.
Claro que não.
Num impulso, o dragão ia a atirar-se ao rapaz, quando este disparou a sua flecha de fogo, rebentando com o estômago do réptil.
E queixam-se vocês da facilidade de Skyrim.
(Já agora, eu estou a pôr a negrito “réptil” porque, em dois parágrafos, ele já utilizou a palavra três vezes, e quero que sintam o quanto forte é para ser tão repetida assim, porque o Zuzarte não sabe escrever uma frase com omissão de sujeito.)
(E eu nem diria que um dragão se assemelha a um réptil. Para mim é mais uma galinha do inferno que um réptil.)
Um outro dragão viu o que se sucedera e também atacou. O réptil voador mergulhava com grande velocidade devido ao peso do seu corpo. Abriu a boca para engolir [Jonatã], mas este esquivou-se com um salto e uma pirueta no ar.
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Quando aterrou, tocou uma nota na sua trompa, e Arthos apareceu. [Jonatã] deu um salto semelhante ao que dera em Toledo e aterrou em cima das costas de Arthos.
Vocês, leitores: Como é que ele saltou, mesmo?
Eu, com 2 neurónios restantes: Não sei, mas foi parecido àquele salto que deu em Toledo.
(Deve ser tipo Jessica Jones. Não voa, salta alto!)
Entretanto outro dragão, que vira o seu camarada falhar o primeiro ataque, virou-se e tentou atacar [Jonatã] e Arthos. O grifo subiu até chegar aos dez mil metros de altitude, com o dragão sepre a segui-lo. Então, [Jonatã] saltou das costas do grifo e mergulhou a pique em direcção ao solo, sempre com atacante a segui-lo, até que apontou o arco e disparou inúmeras flechas, fazendo parar o seu perseguidor.
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Continuava em queda livre, quando se virou para baixo e viu o solo a cerca de dez metros de distância; então tapou a cara com a mão e gritou. Nesse instante, Arthos apanhou-o, salvando-lhe a vida. Entretanto, o dragão ganhou terreno e estava quase a engoli-los quando [Jonatã] desembainhou a espada, saltou para a cabeça do animal e enterrou-lhe a espada no crânio. O dragão gritou de dor e o sangue jorrou para as mãos de [Jonatã], queimando-as, pois o sangue de um Dragão Negro tem o mesmo efeito corrosivo que o seu bafo.
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[Jonatã] largou a espada e caiu cerca de oito metros do chão. Ficou com as mãos completamente queimadas e o seu corpo contorcia-se com dores. Mas as queimaduras desapareceram em segundos e as mãos ficaram novamente bem, prontas a agarrar fosse o que fosse.
(NÃO, ESTEJAM DESCANSADOS QUE EU NÃO ME VOU ESQUECER DESTE DETALHE)
Tal como o Herói Insuportável, a espada continua Imaculada. Jonatã olha para a fonte de Cíbele e vêum dos encapuzados, e para um miúdo que joga tanto RPG, aparentemente ele não aprendeu que “gajo encapuzado” significa “get the fuck out of there”. Por isso, Jonatã vai lá, e diz-lhe a ele que baze, mas eis que
O estranho virou-se e dois olhos vermelhos brilhavam dentro do capuz. O homem tirou o capuz e [Jonatã] viu que “aquilo” era um meio-dragão.
Os meios-dragões têm pele verde-escura, mandíbulas e garras afiadas e um par de cornos curvados para a frente a saírem da cabeça ou de cima dos olhos.
(estão a ver a diferença de linguagem entre este pedaço de exposição e o anterior sobre Dragões Negros?)
Portanto, o man é um dragonborn. Mas com cornos de Tiefling, se calhar para lhe dar estética.
Ou será que os cornos estão ali... porque vêm de algum lado...
-- És o responsável pelo ataque? – perguntou [Jonatã].
-- Sssim, eu ssssou Graz’zt, o senhor dos Dragõesssssss Negrosssssss da Penínssssssula Ibérica. Drácula prometeu-me uma boa recompenssssa por matar um tal Ssstrongheart – respondeu ele com uma voz de humano misturada com o sibilar de uma serpente.
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“misturada com o sibilar de uma serpente?” Foda-se, vê lá que eu não tinha mesmo reparado nisso.
E agora já percebi porque é que este Dragonborn tem aquele cornichos tão stylish. Da próxima tenta não roubar a personagem inteira, ao menos. 
(o gajo fala como o Scam Likely LMAO)
Graz’zt recorda-se da descrição do Jonatã que Drácula lhe deu, e é a seguinte:
cabelo prateado, compleição atlética, e grande manejador de Glam, o “Pesadelo dos Dragões”.
Porque caralho é o pesadelo dos dragões? O man literalmente nunca viu um dragão na vida, é a primeira vez, e já era o pesadelo deles antes de os ver??? Mas o Jonatã é para os dragões tipo um first date marcado por Tinder, perspectiva de um pesadelo antes de se conhecerem????
desembainhou a espada e atacou-o. Este defendeu-se com Glam, que tinha o dobro do tamanho da de Graz’zt.
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Espadas maiores não são impressionantes, só tens de as saber usar. Se o gajo for bom espadachim, consegue defender-se de um cutelo de 5 metros com duas adagas (à helicóptero lmaooo)
Mas pronto, o prologamente da espada é proporcional ao prologamento em falta do micropénis do Zuzarte.
Já agora, aquele “este defendeu-se” está confuso. Quando se usa “este” em lugar do sujeito, subentende-se que diz respeito ao sujeito da oração (ou frase) imediatamente anterior---que é Graz’zt, não Jonatã. Jonatã é o objecto.
O combate foi demorado, Graz’zt deu um golpe na horizontal, mas [Jonatã] baixou-se e passou-lhe uma rasteira com o calcanhar; enquanto o inimigo estava no chão, o jovem tentou espetar-lhe com a espada na cabeça. Mas Graz’zt  rastejou como uma serpente, esquivando-se ao golpe. Ao levantar-se, o meio-dragão cuspiu ácido para o peito de [Jonatã]; felizmente ele comprara aquela armadura de Mithril que o protegeu.
«-- Foram mil pesetas bem gastas» -- pensou para si mesmo.
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 Quando o Zuzas diz que “o combate foi longo” quer dizer que vai levar não dois, mas três golpes. Doidão, heim.
Já agora, alguém já tentou desenhar estes combates? Porque esta merda parece Dance Dance Revolution. Não mata, mas mói.
Graz’zt de repente começa a voar com asas que lhe aparecem das costas, sibila mais um bocado enquanto diz a Jonatã que isto não acabou, e vocês sabem neste momento que vai acabar agora.
-- Isso é o que tu julgas, Graz’zt – respondeu [Jonatã], que com um salto e um golpe de espada cortou o atacante ao meio pelo tronco até ao ombro.
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Relembrem-se que, quando ele fez isto, o Lagarto estava a voar.
Ofegante, [Jonatã] olhou em volta e só viu destruição. Dirigiu-se para a fonte de Cíbele, sentou-se no seu rebordo, olhou para baixo, deixou cair a espada, respirou fundo e fechou os olhos. Passados alguns instantes, uma luz vinda do céu iluminou Madrid, os edifícios reconstruíram-se e as pessoas regressaram à vida.
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Oh não....
O rapaz olhou para cima, levantou-se e virou-se para a fonte. No meio das nuvens, viu a figura de um homem a olhar para ele.
ZUZARTE NÃO FAÇAS O QUE EU ESTOU A PENSAR QUE VAIS FAZER...
Este homem vestia uma túnica branca, tinha a barba ligada ao cabelo e um aspecto muito belo.
NÃO TE ATREVAS
Era Deus, Pai de todos os Homens na Terra, e de Jesus Cristo, que se sacrificou por nós.
 VAI PARA O CARALHO
-- [Jonatã] – chamou Deus.
-- Não acredito nos meus olhos, devo estar doido – disse o jovem, boquiaberto.
-- [Jonatã ], meu filho.
-- Filho? Eu sou filho de Deus? Então Jesus é meu irmão? – perguntou ele, confuso.
-- É uma forma de expressão, caraças, eu sou Deus, pá, e sou obrigado a falar assim, julgas que eu gosto de falar desta maneira?
Pá, eu vou ser sincera... Esta última frase teve piada. O Zuzarte é mau a criar situation comedy, e eu nem estava à espera que ele encontrasse punchline decente, mas teve piada. Não que eu me tenha rido às gargalhadas, foi mais um 
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(MAS OH MEU DEUS, JONATÃ, SÓ PORQUE UM DEUS TE APARECE À FRENTE NÃO QUER DIZER QUE SEJAS FILHO DELES TODOS, O MUNDO NÃO GIRA À VOLTA DA TUA MICROPIÇA E FALTA DE AMOR-PRÓPRIO CRL)
Zuzarte prolonga um raro momento de comédia eficaz por demasiado tempo e arruina a coisa, e Deus diz que, obviamente, tem um presente para ele por ter SOZINHO arrebentado com quatro ou cinco dragões:
Uma espada desceu do céu e caiu aos pés de [Jonatã], enterrando a lâmina prateada e cintilante no chão. O guarda-mão da espada era de ferro, com uma cruz no meio. Do interior da cruz, saíam cinco rubis redondos, que formavam uma outra cruz. O cabo estava envolto num tecido vermelho e um rubi redondo no fim mostrava que a espada era uma autêntica relíquia, um tesouro inestimável.
Claro que é.
Já que entraste em teologia cristã (fodeste-te porque é a minha área), só é relíquia se tiver lá um pedaço de santo morto ou algo que pertenceu a um mártir, portanto fode-te.
-- Chamo-lhe “Vingadora”, muito adequado, não achas? Foi o meu amigo Arcanjo Gabriel que a forjou com o fogo dos pecadores, a lâmina é de prata puta, inquebrável, mais afiada do que um x-acto e nunca se gasta.
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Prata é capaz de ser o pior metal a seguir ao ouro para utilizar como arma. Por alguma razão, não havia armas de prata.
Deus dá-lhe ainda outra prenda:
... Um baralho de cartas apareceu na mão esquerda de [Jonatã].
-- Podes utilizar essas cartas para invocares seres que poderão e irão ajudar-te na viagem. Podes também ganhar alguns cobres nuns joguitos. Cumprimentos do teu tetra-avô.
(Sim, é um Deck of Summoning de D&D. Não sei se é exactamente isto, mas soube logo que era de D&D porque por acaso já vi ser utilizado numa campanha. A Wizards of the Coast conseguiria fazer tanto dinheiro à custa deste puto...)
[...] [Jonatã] olhou para a Glam e depois para Deus.
-- Mas, Deus, eu já tenho uma espada.
-- O quê?! Não queres a outra?!
-- Não, não é isso, é que... vou andar com duas espadas ao mesmo tempo? Uma é maior que a outra...
Deus suspirou e depois apareceu um homem com uma pele de lobo vestida, capacete viking dourado sem cornos e botas de couro. Era Sigmund, o antepassado “viking” de [Jonatã]. Estendeu-lhe a mão e pediu que lhe devolvesse a Glam. Ele obedeceu e Sigmund desapareceu.
Eu quero ficar piursa com a merda de parágrafo que acabei de ler, mas adoro este merdas aparecer do nada e tipo “devolve essa merda, só tens direito a uma”.
Tenho também que referir uma coisa: Zuzarte adapta ao português todos os estrangeirismos que utiliza, excepto um: viking. Porque é cool. Mas tens de manter o consenso, Zuzas. “Viquingue” fica feio, ya, mas foi o caminho que escolheste seguir. Se adaptas à língua portuguesa todas as outras expressões, vais adaptar essa também. Caso contrário, metes em itálico.
[Jonatã] virou-se e viu Madrid completamente reconstruída. As pessoas estavam vivas e parecia que nada lhes tinha acontecido. Iori, Kenchi, Mace e Te’Chall saíram da pequena estalagem e foram ter com o amigo. Os habitantes de Madrid fizeram o mesmo e sabendo que fora ele que salvara a cidade, saudaram-no com gritos de alegria e aplausos.
Também foi ele que destruiu a cidade. Tipo, estando presente. Eu pensaria que as pessoas conseguissem perceber que nada disto teria acontecido se este puto não estivesse ali.
O rei espanhol saiu à rua para o receber como um herói que era.
Isto é o Zuzarte a escrever esta passagem:
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E o rei de espanha veio desde o escorial ou o caralho em 5 segundos de propósito só para lhe lamber o cu.
-- Muito obrigado por ter salvo a minha cidade, meu jovem. Os Espanhóis recordarão este dia pela sua heroicidade. Como é que se chama?
-- [Jonatã] Strongheart, às suas ordens – apresentou-se [Jonatã], fazendo uma vénia.
Finalmente anos a ser educado nas elites de Cascais serviram-te de alguma coisa.
E é VOSSAS ordens, palhaço.
Surge Arthos, que chama ao rei “rei dos espanholitos”, e o rei de espanha, por razão absolutamente nenhuma, reconhece-o como sendo “Arthos Pena Prateada” (mas toda a gente é prateada, aqui?) e
Após uma pequena conversa com o rei, os dois juntaram-se aos amigos e saíram de Madrid.
Portanto, andaste a colectar companheiros para absolutamente nada.
Já agora, aquela cura milagrosa das queimaduras? Nunca foi explicado. Ele nunca disse que foi Deus (que era o que eu estava à espera, sinceramente).
Portanto, eu vou ter de acrescentar “self healing” aos sistemas de overpower do Jonatã.
E AINDA NINGUÉM FOI DORMIR! JÁ ESTAMOS A IR PARA O TERCEIRO DIA E ESTE PESSOAL ESTÁ COM MAIS DE 48H SEM DORMIR EM CIMA QUE CARALHO, É OUTRO PODER TEU, JONATÃ?
______________________
Balanço final:
Jonatã
Sistemas de overpowering: - Supervisão. - Lobisomem ?? - Magia ?? veremos - Poderes de Self-healing ???
Armas em sua posse: - Trompa de guerra que faz tanta cena que deixei de perceber - Arco mágico - Armadura de Mithral COM BOTAS - Duas facas Texas Chainsaw Massacre Approved ™ - Flechas de Enyo que arrebentam com a estratosfera e provocam um desastre nuclear. - Só agora é que reparei que me esqueci de meter a Glam LMAOOO  - “Vingadora”, a espada do arcanjo Gabriel, nem mais nem menos...
Kenchi
- Bué da shurikens - Katana Que Cheira o Diabo - Binóculos - Tigre que corre a 800km por segundo, à velocidade da luz ou do som
Iori:
- Espada curta - escudo do Capitão América mas meio steampunk, suponho - Arco e flechas
Mace:
- duas adagas - Besta de mão, o que quer que isso seja.
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Anteriores:
—- Capítulo 1.
—- Capítulo 2.
—- Capítulo 3.
—- Capítulo 4.
—- Capítulo 5.
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koalarooinfo · 5 years ago
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Lovin the Fetch and G-Priv3 from @smok_tech @smok_show 🤗 😍🔥🔥 😤😤😤😤 #vaping #vapeoftheday #Vape #vapeon #vapeallday #vapedaily #vaper #vapor #vapefam #vapelife #vapelyfe #ejuice #eliquid #vapepics #vapetricks #kangavapes #photography #aussievapers https://www.instagram.com/p/B_7X1z-FdO6/?igshid=18bzg7usrmc6l
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plexisstrategy-blog · 6 years ago
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12 most important pillars of an effective #SEO #strategy When done right, SEO can help you improve #SERP rankings, increase targeted traffic to your #website, and drive more #sales. #marketing #smallbusiness #india #africa https://thenextweb.com/contributors/2018/09/30/12-important-pillars-of-an-effective-seo-strategy/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+TheNextWeb+%28The+Next+Web+All+Stories%29 https://www.instagram.com/p/BoXEmw-FDO6/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1prnde9e3b3nh
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craparoundthehouse · 10 years ago
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#FDO6 , word! Logo designed by the one and only @urbees :) #instagood #funko #originalfunko #freddyfunko #LAFDO
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punktures · 10 years ago
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Still on a high from the fun and frenzy that was #FunaticsDayOut. Much thanks to these awesome #freebies and amazing #friends. #FDO6PH #FDO6 (at HUGO Grillery/Tapas)
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craparoundthehouse · 10 years ago
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Funkos... #FunkoMania #FDO #fdo6 #fdola
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craparoundthehouse · 10 years ago
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@funkotree, that's all. #FunkoMania #FDO #fdola #fdo6
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