#faltava esse vídeo no Tumblr
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FELIZ BREVE COMPLETAREI QUINTA 🎆🎆🎆
#Eu não me lastimo por tal. É que breve completarei 15 anos...#brblr#faltava esse vídeo no Tumblr#um clássico#brasil#Hebe Camargo#Nair Bello
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Decidi mudar o conteúdo aqui dessa página.
Criei essa conta para ser um refúgio caso o BlueSky, Threads e Kookie caíssem.
Pra mim, a ideia do tumblr sempre foi postar artes bonitas, brilho, gifs emocionados do seu otp. Inclusive, até hoje tenho um tumblr assim, que nunca mais atualizei.
Só que ao perceber o motivo de eu ter criado essa conta aqui, especificamente, tive uma epifania. Eu quero escrever. É por isso que sempre amei o twitter, por isso que criei tantos "refúgios" diferentes ao me ver sem meu grande amigo, meu casca de bala. A blogosfera sempre foi a minha casa.
Antes do Twitter sequer pensar em existir, eu já tinha um blog. Eu tinha um fotolog para postar textos junto das minhas fotos. Eu tinha um fakr no orkut para participar de um RPG... de texto.
Escrever sempre foi o meu real refúgio, e não é o fim de uma plataforma que vai midar isso.
Foi aí que o clique aconteceu. Não adianta tentar me adequar ao que as pessoas fazem atualmente. Um padrão na criação de conteúdo, procurar o que está em alta e replicar. Eu não quero criar conteúdo para ser famosa, eu quero me comunicar. Mesmo que pouca spessoas leiam, ou escutem o que tenho a dizer. Eu quero falar, escrever e transmitir minhas ideias.
Quando eu tinha blog, não precisava de vários. "Não posso falar sobre esse assunto, o algorítimo não vai gostar" Não. Eu falava sobre qualquer coisa. Seja meu dia na escola, um anime legal que assisti ou o último lançamento da Ayumi Hamasaki.
Quando eu tinha blog, era legal dar um nome daora pra ele. O meu se chamava "Wo Ai Ni", que era eu te amo em chinês. Por qual motivo? Minha amiga ouviu isso em Fushigi Yugi e eu achei bacana. Simples e prático. O Wo Ai Ni me serviu por vários anos, até que chegou ao seu fim.
E não ter um lugar onde eu podia falar sobre qualquer coisa e interagir foi o meu maior erro. Talvez eu até tivesse um canal bombado, e seria a segunda pessoa mais famosa do Meier, depois do Felipe Neto. Depois que o Wo Ai Ni jogou a cadeira, fiquei apenas com o twitter. E todos sabemos que lá nunca foi muito bom para se comunicar. Quem sabe? Falar que gostou de Spy x Family poderia significar que você tem uma família funcional. E o twitter nunca gostou disso.
E agora o "Fuxicologia" surge como o sucessor do Wo Ai Ni. Um projeto que guardo com muito carinho desde antes da pandemia, e que nunca conseguiu ser completo. Sempre faltava algo.
Eu achava que o que faltava era "alguém". Que o Fuxicologia era para ser um projeto colaborativo, que eu precisava de uma companhia, um co-host. Sendo que o que faltava era eu mesma.
Demorou apenas uns 15 anos para eu perceber isso. Mas como diz o ditado; "Antes tarde do que Nunca."
Em breve postarei vídeos grandes, curtos e medianos. Tudo fruto dos meus roteiros incompreensíveis que só fazem sentido na minha cabeça. Vamos ver no que isso vai dar.
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meu deus que fofa😭😭😭😭😭💗
pior que eu não me acostumei com o bluesky, eu até esqueço que existe, na verdade, aqui foi meu refugio, já tem as pessoas que eu conheço e to acostumada<3
quando eu era pequena, minhas amigas até brigavam pra ser a Drac e eu de boinha com minha diva Clawdeen.
KKKKKKKKKKKKKK também amo muito ir no cinema, acho que sou viciada até, mês passado eu tava tentando parar de gastar com coisa fútil, mas começou a me dar uma tristeza ABSURDA, minha mãe que percebeu e me deu dinheiro pra eu ir e realmente era isso que me faltava, passei o resto do mês faceira.
eu tinha que ter comprado um corset mês passado, acho que se comprar agora, não vai dar tempo de chegar.
jogaaaa, eu também tinha um pé atrás antes de começar a jogar por ser no roblox, mas eu adoreeeei, se você começar, a gente pode fazer call e eu te ensino a jogar😚
acho que esse nhé da vida é dessa crise dos 20, espero que passe pq eu também fico muito perdida às vezes, mas não se esqueça que você não tá sozinha💗
eu tô bem e a dorinha também, ela te mandou uma lambidinha no joelho, é a especialidade dela, vou postar um vídeo de asmr dela comendo batatinha e te marcar.
você tem algum bichinho???
tbm prefiro o tumblr, aqui pelo menos a maioria já sabe q eu sou meio bilu teteia...
minha meta de vida é conseguir ir no cinema uma vez por semana, agora como eu vou conseguir isso já é outra história, né?
qualquer dia eu tento!!! é que eu sou meio sem paciência pra jogos, mas vou tentar!!
não tenho. eu sempre morei em apartamento então eu só tive peixes e pássaros. e sem contar que eu tenho muito medo de cachorros pq quando eu era pequena um me mordeu, e minha mãe tem pavor de gatos, então ficou por isso mesmo.
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Como eu blogo por aqui
O Ghedin trouxe pra esse lado da internet uma corrente gringa de como é o fluxo para blogar.
Eu posto no Tumblr, o que é mais fácil. Alguns posts mais breves surgem do celular ou do navegador mesmo (como uma foto ou uma efêmera). Esse é um deles.
No geral, os textos mais longos são criados de outra forma. Eu demoro pra escrever, então eles nascem e são publicados usando o MarsEdit, onde eu costumo editar meus posts e gerenciar suas tags. O suporte a Markdown na nova versão do MarsEdit melhorou muito, e acho um fluxo de escrita muito melhor que o editor de blocos padrão do Tumblr.
Eu desenvolvi o tema do meu blog pensando nisso. O MarsEdit usa a forma "antiga" de tipos de post do Tumblr, e eles possuem variáveis de template específicas. Já o NPF, o novo formato de posts que é gerado pelo editor de blocos nativo do Tumblr, usa somente o formato de texto com uma estrutura específica, com classes CSS para formatação. Eu basicamente "copiei" a estrutura gerada pelos blocos de link, vídeo, áudio e citação do NPF para o formato clássico. Assim eu posso ter um CSS único para os dois formatos de publicação.
Eu já mantive esse blog com WordPress e com o Jekyll no GitHub Pages, mas a versatilidade de usar o Tumblr no celular para postar uma efemeridade e a simplicidade do seu motor de temas comparado ao Gutenberg nos dias de hoje me trouxe a falta de preocupação que faltava. Domínios personalizados de graça foi um extra (hoje em dia esse é um recurso pago por aqui, mas como fiz o mapeamento há muito tempo, eles mantiveram como algo gratuito).
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#LIKEDEJAVU
Então, roi... Queria começar falando que, essa é a primeira vez que faço um desafio aqui no tumblr (vamos deixar em off que o motivo é que esse desafio eu só preciso pegar capas prontas rs). Tomei coragem de fazer esse desafio maravilhoso feito pela @jjkbeyol (meu amorzinho), mas ainda estou meio tímida então me deem um desconto :)
PRIMEIRAS CAPAS
⤿ Bom, até eu realmente entrar nesse mundinho de capistas e me considerar uma, eu me aventurava pelas páginas do facebook que ensinavam como fazer um cubo pelo photoscape, com a cara de um famoso que você gostasse (ai que vergonha meu pai). E (in)felizmente tenho ainda minhas primeiras capas salvas, elas são de 2013/2014 e eu usava um perfil no spirit que nem existe mais (graças a deus).
A SAGA DE UMA CAPOPEIRA FETUS
⤿ 2015 e 2016 vieram ai, e eu decidi que iria começar a fazer capas de kpop (nessa época eu fingia que não gostava tanto assim de bts, mas uma army cadelinha sempre será cadelinha). E eu até comecei a fazer capas aceitáveis pelo photoscape, até então eu achava o photoshop algo muito fora da realidade e apenas babava por outras capistas, e ficava horas vendo vídeos no youtube sobre como usar o photoshop (mesmo não tendo um).
ELA SABE USAR PHOTOSHOP
⤿ E lá por 2017 eu tomei coragem pra instalar o photoshop, meu computador era velhinho tadinho e não aguentava muito bem, as vezes só de abrir o PS meu computador faltava explodir de tão travado que ficava. E eu me aventurei muito pelo ps, foi uma época muito incrível e eu me achava um ícone por saber fazer capas pelo photoshop, o que antes eram como um sonho inalcançável.
EM BUSCA DO TAL "ESTILO"
⤿ Depois disso, em 2018 eu dei a louca de entrar em uns 30 projetos diferentes, já que eu queria treinar muito e achar meu próprio estilo. E até que saia umas capas bonitas, mas foi nessa época que também comecei a usar o tumblr (um antigo que também não existe mais). E infelizmente, deixei ideias bobas entrarem na minha cabeça, minha auto-estima nas capas piorou, eu não era mais tão confiante assim e o combo de problemas pessoais + escola me fizeram desistir de tudo, ficando de hiatus no final de 2018 até 2020 :(
ATUALMENTE
⤿ E chegamos no final!! Foi uma trajetória longa, mas muito importante , todo esse processo me tornou no que sou hoje. Coloquei aqui as capas que sinto que me superei (em estilos que mais sinto dificuldade, que são: divertidas e manipulações), ainda me falta muita confiança e muita coisa no que melhorar. Esse ano percebi que não conseguiria desistir, pois amo muito editar, mas pelo menos sei que hoje, faço sem peso na consciência, pois é um hobby, é apenas para diversão e distração da vida real e seus problemas. E é isso! Ufa, cabô :)
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Dos 26 aos 27 anos … aí se eu te contasse o que rolou nesse um ano você ficaria doidinha(o) comigo. Mas tudo bem eu venci e cheguei até aqui. A foto com esse sorriso dizem isso por mim. Tudo que aconteceu só me mostrou que eu sou mais forte do que eu imaginava e qual meu propósito de vida. Eu mudei e amadureci muito afinal foi isso que pedi a Deus ano passado quando fiz 26 anos e ele me mostrou que eu já era madura e não era isso que faltava e sim que eu precisava me amar mais e a não ter medo ser Eu Mesma pq durante toda minha vida eu só sabia pensar e confesso ainda penso “o que vão pensar de mim?” mas penso menos agora porque o que menos me importa agora é o que vão pensar, que eles pensem o que quiserem pois se tiver que gostar de mim vão gostar pelo que sou, dos meus vídeos de make ou engraçados que faço não porque quero aparecer mas sim porque é o que eu Amo fazer e me dar prazer, um hobby posso dizer!? Sim como a fotografia, amo me maquiar para poder tirar minha fotos e postar aqui porque eu amo e sim é simples assim. Você tem um hobby ou uma paixão? Então essa é a minha. Falo tudo isso pra te aconselhar a uma coisa seja Você sempre. Faz o que der vontade ou faça como eu poste e saia correndo mas poste porque é o que você quer fazer. E tá tudo bem. O que aconteceu nesse último ano só nós mostrou que a vida e um sopro e temos que viver cada dia como se fosse o último. Não desperdice sua vida e seu tempo simplesmente VIVA! 😉 Eu Tô Vivendo e vou viver meus sonhos e desejos agora com 27 anos e mantendo sempre o meu sorriso no rosto mesmo quando a vontade for de chorar porque eu sei que tudo passa e que Deus tá comigo e se tenho ele, eu tenho tudo. E se quiser acompanhe meus sonhos comigo pois estarei sempre aqui vivendo, aprendendo e registrando os momentos que marcam a minha vida. Beijos e que sua vida seja repleta de Amor. 💛 . #photography #happybirthday #instagram #likeforlikes #likeforfollow #amandagoulart https://www.instagram.com/p/CR7nMiEjN-c/?utm_medium=tumblr
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Farewell 2018
Eu me coloquei em primeiro lugar depois dos dezoito. Até então meu cenário de vida era que eu pesava noventa quilos e não tinha nem um por cento do que eu queria pra minha vida social pois ela era, basicamente, o meu relacionamento amoroso que acabara de terminar, logo, me vi sozinho e não sabendo por onde recomeçar.
Recomecei por mim. Tracei três objetivos: finalmente representar a rua que tanto me ensinou, finalmente jogar bem meu futebolzinho e ficar bem com meu corpo novamente.
Veja bem, não há nada de errado em pesar noventa quilos mas EU não era feliz daquela forma, vivi a vida inteira correndo e praticando exercícios e me acomodei, sem mais nem menos, em um relacionamento unilateral que acabou me fazendo muito mal.
Irei contar sobre esses três objetivos que foram o grande marco de 2018 pra mim. Decidi representar a rua fazendo algo que sempre admirei: andar de skate. Me lembro bem de ir comprar o meu, peça por peça, dos vídeos do youtube de como montá-los e claro, do meu primeiro tombo muito feio. Após muita teoria, bom nerd que sou, fui para a pista de skate, observar quem sabia e ver se eu extraía algo, sempre fui muito tímido pra pedir ajuda. Acabou que aquele primeiro dia fiquei sentado observando a tarde toda e tive vergonha de fazer o básico que era subir no skate. Mas eu estava me achando. Trajado de tudo que sempre quis vestir (haahhah) fiquei fazendo pose a tarde toda.
No outro dia, ainda bem pesado, acordei antes do sol nascer e comecei a remar em cima do meu carrinho, aqui na rua mesmo. Aquela sensação me libertou, era como renascer, sem exagero algum. Me senti capaz de algo novamente depois de muito tempo. Algum tempo se passou até que eu ficasse bem confiante remando e acabei por ir, remando, da minha casa até a pista de skate, algo em torno de cinco quilômetros. Ainda é incrível fazer esse mesmo percurso.
Me matriculei na academia. Atribuí o meu insucesso de fazer um Ollie à minha condição física. Virei para o ano de 2018 com meus noventa quilos, um skate e um sonho. Meu desejo foi realizar os três objetivos que já citei. Em janeiro de 2018 eu comecei a levar tudo mais a sério. Trabalhava, estudava, cuidava da minha saúde. Parecia um turista em minha própria casa. Cheguei a sentir saudade da minha mãe, mesmo vendo-a todo santo dia mas eu tinha objetivos a riscar da lista.
Em fevereiro dei meu primeiro Ollie decente. Pesava algo em torno de oitenta quilos ainda mas desta vez eu estava feliz e orgulhoso de mim mesmo. Em abril eu tinha o kickflip na base, lembro bem que era abril pois quando contei aos meus amigos (agora eu os tinha também, progresso... progresso) disseram que o primeiro de abril já havia passado e que eu só tinha direito a mentir no primeiro dia e não o mês todo.
No meio do ano participei do meu primeiro campeonato amador em uma cidade vizinha chamada Santo André. Me emocionei quando ouvi meu nome ser chamado, só eu sabia que exatamente sete meses atrás aquilo seria impossível pra mim e um filme da minha prática todo santo dia (até quando chovia eu dava meu jeito) e meu foco em ser bom em algo que eu sempre fui apaixonado passava na minha mente. Fiquei entre os primeiros mas infelizmente a vida não é um filme tão bom assim que se ganha tudo de primeira. Mas eu havia conseguido. Representei PELO MENOS a minha casa ou o meu bairro naquele campeonato. Vi meus amigos torcerem por mim e fiz tudo pelo meu amor a rua, a rua me deu isso, o recomeço, as AMIZADES principalmente pois eu fiz uma nova família e isso era o mais importante, era por isso que eu era tão grato a rua, muitas vezes eu esqueci os problemas enquanto pensava “sou eu, meu skate, meus erros e meus acertos agora, nada mais importa”. Realmente não importava, não ali, naquela rua sem saída para aquele menino e aquele skate, poderia chover meteoro na rua do lado ou uma lembrança do passado tentar invadir sua mente, nada importava.
Logo após isso eu já, claramente, não pesava mais noventa quilos, decidi me matricular em uma escolinha de futebol, joguei bola durante todo esse período de skate também e foi um saco. Quando cheguei a primeira vez na quadra não reconheci ninguém, meus amigos não jogavam mais e, consequentemente, pouco joguei. Não era escolhido com frequência, muitas vezes eu completava o time, corria um pouco e sentia vontade de afundar minha cabeça no concreto ou de pular da ponte diretamente em uma rodovia em que os carros a cento e cinquenta quilômetros por hora certamente não teriam como desviar. Era terrível, sério, um pique e eu deitava com a mão no coração.
Todavia, no meio do ano eu já estava bem mais rápido e com a saúde mais em dia. Na escolinha fiz outra família. Meu técnico não me tratava como o ex-gordo que não era bom ainda com a bola, me tratava como o atleta que eu queria ser. Muito obrigado Isac.
No primeiro torneio que participei (este agora sim parece filme), tive uma participação fundamental na final. Quase fim de jogo, minha posição era a lateral direita. Acabei treinando arduamente para que eu pudesse jogar com as duas pernas, mesmo que nunca tenha conseguido trazer a mesma proficiência nas duas, me virava bem com a esquerda. Perdemos a bola no meio de campo e eu já corria para interceptar o ponta deles que corria pra caralho. Richard, meio campista, muito grande para os padrões humanos eu diria, me disse para que eu esperasse a bola, que eu puxaria o ataque. Eu estava morto, o jogo beirava os quarenta minutos de ataques e contra-ataques onde com muita luta estávamos empatando em dois a dois. Retribuí com um olhar de quem não tem problema algum. Meu pensamento era que o jogo iria acabar e eu descansaria um pouco antes dos pênaltis e que, se tudo desse certo mesmo, aquele ataque deles não acabaria com o jogo. Isac gritava desesperado para que voltássemos. Ameacei dar um trote quando André, nosso zagueiro, cabeceou uma bola alta da tentativa deles de acionar o ponta. Era nossa chance. Até hoje não sei de onde tirei força e adrenalina para puxar aquele último contra ataque. Já havia perdido o lance individual algumas vezes para a defesa deles no meu drible característico que ficou super manjado com oito minutos do primeiro tempo. Nunca mais usei. Fiz diferente dessa vez e cortei para o meio, com a esquerda leprosa. Toquei para o nosso centro-avante, Silvio (pode parecer, pelo nome, que ele tem cinquenta anos mas tem a minha idade, juro), foi um passe esticado, com a parte interna do pé direito, aquela bola rodopiando é uma das melhores memórias que eu tenho. Silvio passou por trás do defensor deles, totalmente inesperado, deu um chute bem podre para dizer a verdade, daqueles que pega de bico no limite do alcance e guardou no cantinho, o goleiro nem pulou, do jeito que estava levou as mãos a cabeça e caiu para trás, eu deitei no chão, de costas e olhei pro alto. Ouvi gritos de “acabou, acabou!” quando vieram comemorar comigo, eu era um homem morto fisicamente e com quatro ou cinco atletas em cima de mim, que bom que não havia mais tempo.
Deitei novamente na terra com uma graminha baixa quando o juiz apitou pela última vez, era uma tarde incrivelmente linda, o céu estava sem nuvens, uma cor azul totalmente uniforme. Tenho de dizer que houve dois momentos inexplicáveis este ano, o meu primeiro kickflip e o fim deste torneio. Voltamos cantando no ônibus como sempre fazíamos, a música era “Tá escrito”, quem não ama o Grupo Revelação, não é mesmo? O auxiliar do Isac, seu Valdir, é um mestre na percussão de caixinha de fósforo, todos deveriam ver. Comemoramos tanto neste dia que parecia o ano novo.
Perdi meu RG neste jogo mas eu não tava nem aí, quem achou que fique feliz com a minha foto 3x4 patética e que, pelos deuses, não cometa nenhum crime com ele, amém.
Faltava um item da lista ainda que era ficar bem com o meu corpo. Eu posso dizer que hoje eu claramente reconheço meu progresso mas não levei a sério a academia do jeito que gostaria então.. este item ficou pra esse ano.
Esse ano pretendo continuar empregado (talvez não no mesmo), estudar mais ainda (amém para descobrir minha direção na faculdade), ter a sorte de um amor tranquilo (este um tanto mais difícil, eu sei, mas não custa sonhar) e terminar meu objetivo que trago de 2018. Deixei de fora o manter as amizades porque este sim é a minha obrigação pra 2019.
Pretendo parar de fazer textos bêbados aqui no tumblr e utilizar este meu espaço bem mais do que utilizei em 2018 pois só vim aqui quando algo me chateava ou quando tinha algo que eu precisava soltar, vou utilizar com mais frequência este ano e por motivos melhores como gratidão, que me fez escrever este.
Gostaria de deixar um trecho de uma música que eu amo muito, da banda que me fez começar a realmente estudar e hoje, por consequência, falar inglês. Um 2019 incrível a todos os bípedes que residem este mundão. Que nossas expectativas sejam totalmente superadas pela nossa força de vontade.
“I missed the last bus, I'll take the next train, I try but you see it's hard to explain, I say the right things, but act the wrong way I like it right here, but I cannot stay, I watch the TV, forget what I'm told, well, I am too young, and they are too old. The joke is on you, this place is a zoo "You're right it's true"”
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Ele viu; e eu também.
Eu mandei a última mensagem, esperei responder; não respondeu.
Entrei no twitter, rolei a tela; nada de novo, paciência. Curti três vídeos, algumas frases patéticas de contas de casais hetero top. Fechei o aplicativo.
Talvez ouvir música melhorasse, coloquei no aleatório tocou Amigos Até Certa Instância do Jovem Dionísio, eu juro. "Eu sou uma grande piada mesmo." Pensei irritada com o universo, pulei para a próxima, era a Clarice desesperada por ainda não ter recebido uma ligação. "Que porra é essa?!" Fechei o spotify, foda-se não queria mais ouvir música.
Abri o Instagram. Foto aqui, vídeo lá. Três notificações novas. "Fulano, Beltrano e Ciclano curtiram seus stories." Não era ele, então foda-se. Quatro solicitações de mensagem, uma de otaku, duas de dois malucos com cara atropelada, um bonitinho mas sem noção. "Ok, chega de rede social hoje."
Faltava uma, essa aqui. O que custava? Ver gif de série que eu gosto e texto de completos desconhecidos falando sobre como estão amando ou sobre como querem acabar com a própria vida; um consolo nos dias ruins. Mas nada estava ruim, muito pelo contrário. Na noite anterior eu já havia entrado, escrito, lido e me consolado o suficiente.
Mas era isso, eu havia escrito na noite anterior. Dois dos meus melhores e mais sinceros textos se encontravam gentilmente no meu perfil, precisava lê-los novamente. Infelizmente sou muita narcisista com a minha arte às vezes, odeio-a na maior parte do tempo, mas reconheço muito bem quando faço algo excelente.
Peguei o computador, odeio mexer nessa rede social pelo celular. Abri o Opera e iniciei a janela do WhatsApp, nada. Exceto as inúmeras mensagens que eu ignoro de propósito. Ele não estava fazendo isso, estava ocupado. "Tudo bem." Pensei e abri o Tumblr, estava na hora de escrever qualquer coisa para fazer presença na rede ou só ficar vendo gif besta de alguma coisa.
Mas lá estava, o primeiro post do feed era dele. Um texto. Na noite que escrevi não pude evitar entrar no perfil dele e ver se havia algum texto novo e esse não estava lá. Um desgraçado que sabe brincar com as palavras e expressar tão bem as coisas com frases simples, gosto do que ele escreve; guardo a admiração para mim.
Uma bolinha azul com o número "2" nas notificações. Arregalei os olhos e cliquei, duas curtidas dele. Ele viu. Fechei o notebook no mesmo momento com o coração da boca. "Meu deus." Olhei em volta pela mesa, peguei um cigarro e acendi com os pensamentos à mil.
Eu sabia que ele ia ver, era óbvio. A gente se segue, os únicos que estão nesse rede; mas não imaginei que seria tão rápido, logo no dia seguinte. Que desespero, que vergonha.
Que vergonha.
"Será que eu apago?"
"Não, seria muito óbvio."
Levanto a tela novamente, coloco a senha e vejo as notificações mais uma vez. Respiro fundo e abaixo a tela rapidamente como se meu notebook fosse inquebrável. Era real, ele viu.
"Droga. Droga. Droga."
"Já acabou o cigarro?"
"Puta merda, não é bom eu fumar outro logo em seguida."
Acendi outro cigarro. "Foda-se."
Encarei a tela do notebook abaixada. Respirei fundo, bati a cinza no cinzeiro. Abri a tela.
"Ok, aceite. Essa rede é onde você fala tudo, até mais que no Twitter. Não vai parar de escrever o que pensa só porque agora tem alguém que vai ler." Pensei enquanto colocava a senha e o computador iniciava pela quarta vez. Respirei tão fundo lendo o "Seja Bem-Vindo" do Windows que pude sentir o tecido do meu pulmão se esticando tentando guardar todo o ar do mundo.
Comecei a ler do texto dele. Ele começou falando sobre como estava pensando no amor e nas pessoas. Abaixei a tela sem nem pensar direito.
"Por que eu fiz isso?"
"Por que eu abaixei a tela?"
"Eu quero terminar de ler, porra!"
Balancei a cabeça para afastar os pensamentos.
"Tá tudo bem, para se ser noia." Levantei a tela, coloquei a senha e pude jurar que quando iniciasse novamente ia aparecer escrito algo como "Bem vinda pela quinta vez, sua filha da puta. Para de abaixar a tela!"
Voltei a ler o texto.
"É para mim."
"É para mim?!"
"Meu deus, é para mim."
"Cala boca, sua doida! Por que seria para você?" Uma risada malvada ecoou pela minha cabeça, não era a minha voz e nem a da minha consciência. Era de outra pessoa, alguém do passado tentando me convencer de novo.
Continuei lendo. Não sabia o que pensar ou o que sentir, meus olhos estavam presos nas frases tão bem escritas e elaboradas. O palhaço sabe escrever mesmo. Sorri sem perceber.
"Para de sorrir, perdeu o juízo?" Fechei a cara, modo serio agora.
Li e reli os mesmos parágrafos. Sem nem pensar dei um like.
"QUE PORRA?" Fechei a tela com tanta força mas mal pude me preocupar com a saúde tecnológica do aparelho.
"Por que você deu like?! E se não foi para você?!"
"Foi para você."
"Não, não foi."
Levantei a tela, mais uma vez a senha foi digitada rapidamente e os pulmões se encheram de oxigênio.
*Deslike* "Finge que não aconteceu nada."
Li de novo. E de novo. Mais uma vez para ter certeza.
"Que horas ele postou isso?"
"Que horas ele leu?"
"Dá última vez que nos falamos ele tinha lido?"
"Ou leu agora e escreveu enquanto estava ausente?"
"Como hackeia o Tumblr para ver os horários?"
Peguei o celular, entrei no Twitter. Tweetei duas ou três frases aleatórias para não deixar claro o que aconteceu; mas deixar claro que algo aconteceu.
Voltei para o tumblr. Li de novo. "Ok, talvez seja para mim." *Like*
Abaixei a tela. Acendi um terceiro cigarro. Peguei o fone e coloquei música. Todas falavam comigo, diretamente para mim. "Que piada. Eu sou uma piada."
"Que palhaçada. Você é uma palhaça. Uma grande piada."
Bloqueei a tela do celular. Senti muita vontade de escrever, qualquer coisa que pudesse tirar de mim o que eu estava sentindo. Eu nem sei o que eu estava sentindo.
O estômago embrulhado, talvez fossem as tais borboletas ou a gastrite atacando por causa da vodka mais cedo. Levantei a tela pela milionésima vez só naquela noite. O computador iniciou sem me xingar (mas por pouco). Barulho de notificação, chegou uma mensagem na janela aberta no Opera. Era ele.
Os pulmões cansados de tanto se esticar relaxaram de repente. Estava tudo bem. Escrevi pouca coisa naquela noite, mas guardei os rascunhos; vou deixar só para mim. Fechei o Tumblr e respondi a mensagem como se nada tivesse acontecido.
O que se coloca no Tumblr, fica no Tumblr.
Mas ele viu; e eu também.
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Ja tinha todos os livros e faltava esse filme para eu completar a coleção de filmes do Nicholas Sparks. Agora a coleção de filmes e livros está completa.😁😱. Vou fazer um vídeo no canal mostrando todos os filmes do Nicholas Sparks.. . Travis Parker possui tudo o que um homem poderia ter: a profissão que desejava, amigos leais, e uma linda casa beira-mar na pequena cidade de Beaufort, Carolina do Norte. Com uma vida boa, seus relacionamentos amorosos são apenas passageiros e para ele, isso é o suficiente. Até o dia em que sua nova vizinha, Gabby, aparece na porta. Apesar de suas tentativas de ser gentil, a ruiva atraente parece ter raiva dele. Ainda sim, Travis não consegue evitar se engraçar com Gabby e seus esforços persistentes o levam a uma jornada que ninguém poderia prever. Abrangendo os anos agitados do primeiro amor, casamento e família, A Escolha nos faz confrontar a questão mais cruel de todas: Até onde você iria manter o amor de sua vida? . #aultimamusica #homemdesorte #diariodeumapaixao #umacartadeamor #umamorpararecordar #noitesdetormenta #queridojohn #umportoseguro #omelhordemim #umalongajornada #aescolha #nicholassparks #bookstagram #love #booklover #book #thenotebook #reading #romance #notebook #awalktoremember #notebooks #bukucatatan #notebookcustomner #notebookcustomkpopsteadam #movies #trilhasonora #collection #odesejo (em QG Do Alle) https://www.instagram.com/p/CYe_1drODHF/?utm_medium=tumblr
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A DJ e produtora brasiliense apresenta série de live sets com tecnologia inovadora em Brasília Camila Jun acaba de anunciar uma nova série de live sets para apresentar seu projeto aos fãs de música eletrônica. Com material inovador, produção da Influ Music e captação da Cria Mov, a DJ acredita que o projeto era o conteúdo que faltava para conectá-la ainda mais com o seu público. Desbravando lugares icônicos e modernistas da arquitetura de Brasília, o projeto promete levar fotografia inovadora, entretenimento de qualidade e muita House Music. Mais do que uma mensagem, Camila quis proporcionar sentimentos com essa live. Sentimento de bem-estar, alegria e positividade. Sentimento de que, ao menos naquela uma hora de música, as pessoas pudessem se conectar com algo bom e leve. “O material foi feito com muita dedicação e está lindo! Ainda terão mais três episódios que prometem ocupar espaços urbanos incríveis e trarão sets de House Music com uma pesquisa apurada e antenada no que o gênero vem trabalhando de melhor na cena mundial”, conta a DJ. O projeto de live sets apresenta filmagens com a tecnologia do Drone FPV, que é um equipamento com alma de corrida e coração de cinema. Esse drone carrega uma GoPro para filmar em HD e outra câmera para enviar a imagem para o piloto, que assiste em primeira pessoa por óculos. Além do FPV, câmeras em solo também foram escolhidas para permitir olhar para Brasília em vários ângulos diferentes. Com isso, o público pode esperar uma série completa de vídeos incríveis e muita House Music de Camila Jun. A produção da série será feita pela Influ Music, braço musical e artístico da Influ Produções [@influenzaproducoes], com mais de 10 anos de experiência . Já a parte de captação e edição ficou por conta da Cria Mov [@cria.mov], produtora de vídeo que nasceu em Brasília e vem fazendo um trabalho transformador na cena audiovisual... ⤵️⤵️⤵️ Assista o vídeo e saiba mais clicando no link na bio [ VÍDEOS ] . . . . . . . . #djanemagnews #livestream #camilajun #djane #liveset #djset #videos #brasilia #eixao #brazilian #girl #news #notícias #djanemagbr #djanemagbrasil #djanemagbrazil (em Brasília, Brazil) https://www.instagram.com/p/CPTgwrOlsZ6/?utm_medium=tumblr
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Oi
Oi mãe, acabei de fazer um Tumblr, na verdade não sei muito bem para que serve isso aqui. Sou uma pessoa muito expressiva, expressar-me sempre foi meu modo. E não acho que a melhor opção seja abandonar por completo nosso modo. E meu modo é esse, no grito, na exposição. Alguns amigos dizem que eu deveria fazer Direito ou Jornalismo, alguns até cogitaram o teatro (talvez eu fale demais e eles estejam de saco cheio haha), mas eu maluca fui fazer o que da minha vida? Odontologia! Palmas, pra burra. Olha não sei ao certo até onde isso vai dar e nem se vai dar e muito menos ainda se vai dar certo mas sabe de uma coisa? Queria tentar. Já fiz um blog uma vez, mas era sobre política e não vingou. Também tentei me expressar com vídeos no Facebook mas lá não é uma plataforma pra muito conteúdo, Face é lugar pra entrar na onda dos imediatismos. Há anos também tento usar o tal Twitter, mas ele e seus 140 caracteres me soam muito limitadores. Foi quando nessa semana um crush começou usar essa plataforma até então longínqua para esse que vos fala. Resolvi tentar, quem sabe não era o tumblr que faltava na minha vida, né não amores? haha Essa semana foi pesada, difícil, crises de ansiedade à mil, briguei com os ‘contatinhos’, dei um bolo no crush (o mesmo do tumblr) que me causou um tanto quanto de arrependimento. Em casa as coisas não vão lá tão bem, continuo desempregado… Parece que em vez das coisas melhorarem só pioram. Mas eu sei que tudo vai dar certo. Eu sinto. Eu também estou mais disposto para que dê. É madrugada de uma quinta pra sexta feira e eu estava aqui com a cabeça a mil antes de iniciar esse texto. Vocês sabiam que eu escrevo mas morro de vergonha de divulgá-los? Talvez meu erro seja buscar aceitação no outro. Quando o que o outro julga em mim tem mais relação com o que ele se enxerga no mundo do que com o que ele realmente enxerga de mim no mundo. Enfim é isso: 2017 começando, quero tentar novas coisas, novas histórias, novos amores e novos ares. E que comece com muita história pra contar. Um pouco de luz na minha vida porque no Brasil as coisas não andam nada bem: ontem uma mãe foi presa por matar o próprio filho gay, triste, lamentável… E também temos os casos dos massacres nos presídios em Roraima e no Amazonas, sangue pra todo lado e um governo com uma visão distorcida e conservadora em relação a guerra às drogas,triste, lamentável… Acho que esses fatos exteriores somados às neuras internas é que geram essa ansiedade desastrosa que me assola. Quero só o respiro, o cantar dos pássaros. Um dia chego lá. Paz e putaria!
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BOAS VINDAS, @PR97NP !
Kany Bookwang nasceu em Phuket, Tailândia, no dia 23 de novembro de 1997. Antes da grande catástrofe, ela costumava ser estudante de medicina veterinária na Hannabyul University. Vocês acreditam que ela é vegetariana? Nem parece! E se você gosta do jogo Temple Run, você tem que falar com ela! Ouvimos dizer que ela sabe todas as dicas para ganhar! Fisicamente, ela é bem parecida com Minnie Nicha Yontararak, mas ouvimos boatos que isso aí é plástica... Se quiser saber mais sobre essa moradora de Taegu, não esqueça de segui-la em seu Tumblr!
Personalidade:
Crítica: Um de seus maiores defeitos, Kany por mais que odiasse criticar alguém em voz alta, em sua mente era como uma rotina. Carinhosa: Ela sempre sente uma necessidade de mimar as pessoas que ama, com apelidos fofos, carinho ou até algum gesto gentil. Tudo para ver a pessoa querida feliz. Inquieta: Outro defeito seu, pelo seu bem, nunca a deixe animada para algo e por fim desmarque, você conhecerá uma Kany completamente inquieta. Andando pela casa, dançando por ai ou cantando, qualquer coisa para passar o tédio interno. Bem humorada: Qualquer hora é uma boa hora para falar algo descontraído, certo?. Talvez esse seja um defeito para uns e qualidade para outros. Mas confesso que limites não são com ela. Extra aleatória: Talvez você a conheça em um concerto alternativo, ou em um templo budista. Ela sempre está tentando coisas novas, sua curiosidade é algo nunca saciável. Com certeza ser uma pessoa plena e cotidiana não faz seu estilo.
Biografia:
Você já esteve no meio de um temporal? Não digo um físico, onde no final você está mais encharcada do que um dia de banho na praia. Estou me referindo a um interior, que te prende e não te deixa sair, por mais que as nuvens ao seu redor já não aparentam carregar chuva. Digamos que estive assim. Imersa numa realidade cheia de trovoadas e pingos grossos desde que saí de onde jamais deveria.
Ainda me lembro como se fosse hoje, senhor Khalan chegando em casa mais cedo do que de costume. Ele tinha um sorriso no rosto e uma animação que até agora me pergunto o motivo, alargou o nó da gravata e pôs a maleta com o caro notebook em cima do sofá, soltando um suspiro, sua expressão não mudara, os lábios curvados em um riso singelo. Se conheço bem o meu pai, ele deveria ter algo muito bom a contar e, naquele dia, eu definiria tudo no mundo sendo melhor do que aquela tal novidade que meu pai segurava, quase sem conseguir conter-se. Após reunir todos os integrantes daquela casa, ele soltou uma pequena frase: “Vamos nos mudar!” e fez meu mundo desmoronar.
Mesmo sendo apenas uma criança mimada, sabia bem que nunca mais iria ver os seus colegas e amigos. Com isso em mente, protestou contra a recente promoção de seu pai, ao cruzar os braços na altura dos seios e fazer uma expressão descontente. Chorava alto, o seguia por cada canto da casa na esperança de que ele a ouvisse e então soltasse um: “ok, você venceu!” como sempre fazia com a sua menininha quando algo não lhe agradava. Sempre teve sobre as mãos o que desejava e se mudar para um lugar que não queria era como perder uma guerra civil, coisa que estava certamente fora de cogitação.
No dia seguinte, a pequena acordou às pressas, apenas para saber se aquilo tudo não havia sido uma brincadeira de mau gosto do seu pai, mas ele nada disse, não disse nada porque se não, bem capaz de mudar de ideia, e isso seria algo fora de cogitação. A menina então recorreu a sua mãe, novamente sem alguma resposta. Acontece que a mulher a encarando com frieza - apenas para não se quebrantar - também havia tido uma parte de sua vida castigada, quando ainda nova havia de trabalhar de favor na casa de senhores que a tratavam com desprezo e ignorância. E uma vez, prometeu a si mesma que não permitiria que ninguém que ela amava passasse também por isso. E a pequena garotinha a sua frente, ah! Tinha que a proteger, e se tivesse um pouco de sorte, mais tarde ela a entenderia.
Um ano já havia passado desde a chegada dos Bookwang na Coreia, a jovem Rany já havia se conformado e até, quem sabe, se acostumado com a pequena cidade de Hannabyul. Mas algo a incomodava no seu novo "lar". Para ela, que ainda estava em fase de alfabetização, era relativamente fácil aprender uma nova língua, já seus pais… chegavam exaustos em casa e, mesmo assim, ignoravam o sono para assistir incontáveis vídeos de coreano básico, e sempre acabavam com as mãos na cabeça, resmungando "isso não se parece nada com o alfabeto tailandês". Por um momento, um misto de alegria e tristeza invadiram a menina: era doloroso ver seus pais passando por dificuldades, ao mesmo tempo que aquilo lhe dava esperanças, talvez fosse uma oportunidade de voltarem para a Tailândia. Ingênua.
Ao entrar no ensino fundamental, se deparou com mais um impasse. As crianças já não eram tão amigáveis e, se não fosse pela professora Sun Hee, as coisas seriam piores. Logo de cara, Rany percebeu os olhares tortos e comentários sobre ser estrangeira, sentia um frio na barriga, a garganta seca e suas mãos úmidas de suor. Aguentou poucos minutos daquilo antes de sair correndo de sala, direto ao banheiro. Desmoronou, o ar lhe faltava, mesmo estando em um local bastante ventilado, sentia-se como uma ovelha jogada aos lobos. Jurava aos céus que nunca mais voltaria para aquele lugar, e assim conheceu Soyeon. Eram tempos difíceis para ambas, não eram bem vindas pelos colegas de classe, e tinham apenas a companhia uma da outra.... isso até o ensino médio, quando sua melhor amiga mudou de país.
Os anos seguintes, trouxeram a realização pessoal que Rany tanto desejava. Suas notas eram impecáveis e vida social igualmente, já que, por mais que houveram desavenças no passado, sempre foi ótima em fazer amigos e se comunicar com todos ao seu redor. Porém, como tudo que é bom dura pouco, logo após sua formatura, seu pai - com aquele olhar de alegria - a puxou para um abraço e disse ter uma ótima notícia. Rany não gostou nada daquilo e, muito menos, do famoso sorriso de seu pai. Da última vez, suas boas notícias foram traumáticas para ela.
Dito e feito, sem muito êxito, falou em um tom de empolgação: “Você vai para os Estados Unidos, filha!”. Era um maldito intercâmbio. E o pior de tudo: um intercâmbio com trabalho. Respondeu a notícia com um sorriso falso de aprovação, não seria capaz de negar algo tão importante para o seu pai, algo que lhe daria tanto orgulho. Novamente sua vida deu voltas que ela não gostaria. Ao menos, dessa vez, o idioma não foi um problema, sabia inglês em um nível avançado graças às aulas que se obrigava a ir toda a semana.
Embarcou nesse universo de descobertas, afinal a única coisa que sabia era: o nome da sua colega de quarto é ”Sophie”, ponto. Foi tudo uma surpresa, alunos americanos tinham muito mais liberdade para diversas coisas, e isso a intrigou bastante. Logo nos primeiros dias conheceu "Tianna Rubcker" que mudou muito seus conceitos de vida. Aos dezoito anos, fumava maconha todos os dias com Tianna, ou Tina como gostava de ser chamada. Frequentava diversos festivais alternativos e foi aí que descobriu seu amor por jazz e blues. Aos dezenove namorou um tecladista de uma banda chamada "Dan Teely", nunca chegaram a realmente se apaixonar, mas tinham uma amizade incontestável. Ele foi o responsável por ensinar sobre o mundo musicista, que era incrivelmente fascinante para ela.
Em 2017, logo que completou vinte anos, seu pai começou a apresentar diversos problemas de saúde. Rany estava no terceiro ano da faculdade, e foi extremamente difícil a decisão de voltar novamente para Hannabyul. Entre tantas idas e vindas, o único lar que conhecia era aquele em que sua família estava.
Curiosidades:
◇É viciada em um jogo chamado "Temple Run", já jogou por 12h seguidas.
◇Já participou de um campeonato de soletrar no ensino fundamental, e tirou primeiro lugar.
◇A música mais famosa da banda do seu ex, foi escrita 70% por ela. Até hoje ela pede 70% dos ganhos de venda.
◇Odeia televisão e celulares (mesmo usando o segundo com frequência) ela os chama de "Mãos por trás dos fantoches"
◇É vegetariana
◇Já fez parte da passeata a favor da legalização da maconha na Coreia do Sul.
◇Tem dois gatos (lennon e Valentina) e uma tartaruga (Arthur), todos resgatados de maus tratos.
◇É budista não praticante.
◇Por incrível que pareça, fã de Rihanna e Beyoncé.
◇Dança ballet desde os 10 anos, mas parou aos 15.
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