#falta de pesquisa de mercado
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rtrevisan · 1 year ago
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A síndrome do arquiteto operador [GA]
  Uma das constatações que mais me preocupa é a de que os arquitetos se afastaram da liderança estratégica em projetos complexos ao longo das últimas décadas. Dos construtores de um novo país nos anos 1950, passamos a assumir um papel técnico afastado do planejamento estratégico dos grandes projetos nacionais. Se este afastamento vier de uma decisão consciente de classe, pouco posso fazer a…
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jornalgeopolitico · 2 months ago
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Perspectivas latino-americanas para os BRICS
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Artigo escrito por - Tatiana Vorotnikova - Doutor em Ciência Política, Secretário Acadêmico do Instituto de Estudos Latino-Americanos, Academia Russa de Ciências
A Cúpula do BRICS realizada em Kazan de 22 a 24 de outubro de 2024 chamou a atenção para vários fatores definidores em relação aos países latino-americanos que serão importantes para o desenvolvimento político e econômico do continente no curto prazo. Com a admissão de dois países desta região como membros associados do bloco, a presença latino-americana no grupo de países em desenvolvimento que buscam aumentar seu peso na formação da nova ordem mundial deve crescer. Bolívia e Cuba se juntaram ao BRICS como parceiros, juntamente com outros 11 países: Argélia, Bielorrússia, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Junto com os principais países do BRICS e os novos membros que se juntaram um ano antes, isso significa um formato fundamentalmente novo de interação internacional, onde a diversidade de participantes cria uma plataforma para diálogo polifônico. Embora seus interesses abrangentes se alinhem, cada país tem suas próprias prioridades e expectativas da associação ao BRICS.
Interesses da Bolívia
O Estado Plurinacional da Bolívia está desenvolvendo um modelo econômico de esquerda que prioriza a redistribuição social das receitas estatais, geradas principalmente pela exploração dos recursos naturais do país. A Bolívia é rica em hidrocarbonetos, principalmente gás natural, e detém os maiores depósitos de lítio do mundo, estimados em mais de 21 milhões de toneladas. Embora a exportação de hidrocarbonetos bolivianos (principalmente para os vizinhos Brasil e Argentina) continue sendo uma fonte de receita tradicional, a indústria do lítio é uma adição relativamente recente às prioridades econômicas estrangeiras do país. A nacionalização do lítio em 2008 deu início ao desenvolvimento dos depósitos da Bolívia, mas por vários motivos — que incluem dificuldades em atrair investimentos, falta de infraestrutura tecnológica, oposição de comunidades indígenas e organizações ambientais locais — a exploração em larga escala dos depósitos nunca foi lançada, além de alguns projetos -piloto . Foi somente em 2021 que duas empresas chinesas e o Uranium One Group da Rússia, parte do circuito de gestão da empresa estatal Rosatom, venceram a licitação de desenvolvimento.
Ao se juntar ao BRICS como parceiro, La Paz visa consolidar sua posição como fornecedora de lítio bruto para o mercado global. Dada a vasta escala de suas reservas nacionais, o governo boliviano está interessado em expandir seu grupo de investidores internacionais. Por sua vez, La Paz está pronta para oferecer aos seus parceiros cooperação em outras áreas, como recursos energéticos e produção de alimentos. Os países do BRICS já dominam as relações econômicas externas da Bolívia, liderados pelo Brasil (US$ 3,5 bilhões), China (US$ 3,5 bilhões) e Índia (cerca de US$ 2 bilhões), que é um grande importador de ouro boliviano. Além do comércio, a China também é um investidor ativo em projetos de infraestrutura e tecnologia bolivianos.
A cooperação com a Rússia está se tornando mais importante para a Bolívia. O acordo de lítio é parte de uma estratégia mais ampla entre os dois governos para incentivar o investimento em setores-chave. À margem da Cúpula de Kazan, os presidentes Luis Alberto Arce e Vladimir Putin realizaram uma reunião bilateral para discutir tecnologias nucleares conjuntas (a Bolívia abriu um exclusivo Centro de Pesquisa e Tecnologia Nuclear El Alto (CNRT) de alta altitude, projetado para aplicações nucleares pacíficas e construído por especialistas russos), cooperação em educação, contratos de lítio e outras questões que aproximam os interesses das duas nações. La Paz e Moscou também compartilham uma visão para construir uma ordem mundial global e defendem um mundo multipolar.
Ao mesmo tempo, a complexa situação política na Bolívia e as condições em que o país pode se encontrar nas eleições gerais de 2025 não podem ser ignoradas. A disputa pela candidatura presidencial ameaça desfazer o projeto político que vem se desenrolando no país desde 2006. Divisões sociais e uma crise econômica estão alimentando profunda incerteza e pessimismo na sociedade boliviana sobre as perspectivas de desenvolvimento do país. O BRICS pode ser uma nova oportunidade para avanços econômicos se o curso atual for mantido após as eleições. No entanto, se as forças de oposição chegarem ao poder, a Bolívia pode muito bem seguir o caminho da Argentina, que abandonou os planos de se juntar ao bloco após uma mudança de governo.
Expectativas de Cuba
Para Cuba, o apoio internacional dos países do BRICS significa uma chance de superar sua crise multifacetada e de longa data, que a ilha não pode enfrentar sozinha. Havana vê seus principais objetivos como combater medidas restritivas unilaterais dos EUA e buscar fontes alternativas de financiamento. Embora Cuba mantenha relações comerciais com todas as nações do BRICS, sua participação no volume total de negócios é modesta. A China é o principal parceiro comercial entre os membros do BRICS, respondendo por cerca de 13% do comércio exterior de Cuba. O comércio entre as duas nações teve seu maior crescimento entre 2005 e 2015, mas nos últimos anos houve um declínio na interação cubano-chinesa. Embora Cuba tenha aderido à Iniciativa Cinturão e Rota da China em 2018, resultados significativos ainda não se materializaram. Os países latino-americanos respondem por um terço do comércio exterior cubano, com a participação do Brasil em apenas 3,2%. A expansão das relações comerciais e econômicas com a Rússia elevou sua participação no comércio de Cuba para 7%. O fortalecimento das relações econômicas externas é, portanto, uma das principais prioridades de Cuba.
Enquanto isso, o principal obstáculo para essa meta é o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos, com Cuba consistentemente apelando à comunidade internacional para exigir seu levantamento. Embora as relações bilaterais tenham descongelado durante a administração de Barack Obama, e ambos os lados tenham tentado encontrar um ponto em comum em algumas questões fundamentais, nenhum deles está pronto para abandonar sua posição. Nem a reaproximação de Havana com os BRICS sinaliza um afastamento completo das tentativas de se envolver com Washington de forma construtiva. Os EUA ainda estarão no foco de Cuba. No entanto, dado o novo equilíbrio na Casa Branca após as eleições recentes, não será fácil para Havana manter o status quo e impedir que o hegemon aumente sua pressão.
Contradições entre Venezuela e Brasil
Um país que compartilha as aspirações de Cuba é a Venezuela, que enfrenta severas sanções ocidentais e uma grave crise econômica. Caracas conta principalmente com a assistência da Rússia e da China, mas as relações da Venezuela com outros membros do bloco são muito mais complexas. Por exemplo, isso é verdade para os laços da Venezuela com a Índia, que giram em torno da demanda da Índia por petróleo deste país bolivariano. Devido às sanções dos EUA, a Índia interrompeu as importações de petróleo de Caracas em 2019, mas está pronta para retomar a cooperação após as restrições serem amenizadas. Dito isso, Nova Déli não fornece nenhum apoio político ao governo venezuelano, e as perspectivas de ampliação dos laços em outras áreas são escassas.
O veto do Brasil à inclusão da Venezuela no grupo de parceiros do BRICS expôs profundas divisões na região e intensificou a cisão no cenário político de esquerda da América Latina. O fato de ter sido a posição do Brasil, o único representante da região no BRICS, que se tornou um obstáculo para a Venezuela, desencadeou a maior reação e amargo antagonismo de Caracas. Para Nicolas Maduro e sua equipe, a potencial adesão ao BRICS parece ser um importante objetivo de política externa. Com laços estreitos com a Rússia e boas relações com algumas nações asiáticas e africanas, a Venezuela parecia bem posicionada para admissão. Além disso, o país tem relações sólidas com vários membros do BRICS, incluindo Irã e China. Em 2023, Caracas assinou um acordo de parceria estratégica para todas as condições climáticas com Pequim (a China tem acordos semelhantes apenas com Rússia, Bielorrússia e Paquistão). Até recentemente, não havia oposição aberta à adesão da Venezuela ao grupo.
Enquanto isso, Venezuela e Brasil passaram por rupturas diplomáticas no passado recente. Em 2019, as relações foram rompidas depois que o então presidente brasileiro Jair Bolsonaro reconheceu o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Os laços diplomáticos só foram restaurados em 2023, quando Luiz Inácio Lula da Silva retornou ao poder no Brasil. No entanto, as relações entre as duas nações azedaram novamente após as eleições presidenciais no país bolivariano em julho de 2024, quando Maduro foi declarado vencedor. Os resultados continuam não reconhecidos por vários países, incluindo o Brasil, que pediu oficialmente a divulgação dos registros eleitorais e reteve o reconhecimento do atual governo venezuelano. Essa cisão exacerbou a disputa sobre o veto do Brasil, levando Maduro a chamar seu embaixador de volta para consultas e fazer comentários duros contra o Brasil. Para piorar a situação, o Brasil deve presidir o BRICS em 2025, o que torna improvável que a Venezuela se junte ao bloco antes que ele conserte os laços com Brasília. Dada a consistência e firmeza do Brasil na condução de sua política externa, o assunto pode ter que ser congelado por tempo indeterminado.
As aspirações do Brasil
Até agora, o Brasil continua sendo o único país latino-americano representado no BRICS como membro pleno. Ele desempenha um dos principais papéis na promoção da agenda do Sul Global no cenário global. Central para esse esforço é Lula da Silva, que, durante seus dois mandatos presidenciais anteriores (2003–2006, 2007–2011), buscou uma política ativa de fortalecimento de laços com nações em desenvolvimento na Ásia e na África. Seu comprometimento com o multilateralismo na política externa reflete a tradição nacional de posicionar o país como uma potência regional com ambições globais.
A rotação da presidência do BRICS, juntamente com a extensão do mandato de Dilma Rousseff como chefe do Novo Banco de Desenvolvimento, provavelmente favorecerá a capacidade do Brasil de expandir seu papel no grupo e no mundo. Em um clima político doméstico desafiador, onde o governo enfrenta forte oposição de grande parte da sociedade, o sucesso na arena internacional será crucial para Lula da Silva. Enquanto o gigante sul-americano agora luta para consolidar os vizinhos latino-americanos ao seu redor e impulsionar a integração regional, a atual diplomacia brasileira tem focado seus esforços em iniciativas globais. O engajamento internacional faz parte da identidade nacional brasileira. Sua tradição histórica de assumir o papel de líder regional em fóruns multilaterais e a experiência acumulada que Brasília alavanca como um ativo diplomático permitem que ele atue na arena internacional a partir de uma posição que supera em muito a de uma nação em desenvolvimento sobrecarregada por grandes problemas socioeconômicos internos e carente das capacidades militares das grandes potências. A visão do Brasil de um mundo baseado em regras internacionais, onde cada nação tem voz, é o que ele busca promover no contexto global, aproveitando o potencial do BRICS.
Fatores externos
Outras nações latino-americanas também sinalizaram sua disposição de se juntar ao bloco. Entre elas, Honduras, Nicarágua (que apresentou inscrições antes da Cúpula de Kazan em 2024) e Colômbia, destacando amplo interesse e intenção de aprofundar a cooperação dentro do paradigma do Sul Global. Além disso, não se pode descartar que a adesão da Argentina ao BRICS, que foi denunciada pelo presidente Javier Milei, possa permanecer na agenda e ser adiada por um tempo. Como a Argentina já foi convidada e seu cenário político é fluido, a perspectiva de se juntar ao bloco pode se tornar uma realidade para este país se as forças alinhadas ao BRICS retomarem o poder em Buenos Aires.
Finalmente, um fator importante na expansão da participação dos países latino-americanos no BRICS será a política dos EUA em relação à região sob Donald Trump. Embora seu gabinete ainda não tenha sido aprovado e nenhuma direção clara tenha sido delineada, várias especulações aumentam a incerteza e aquecem as expectativas de diferentes forças, mas não conseguem fornecer uma imagem objetiva. No entanto, está claro que os países latino-americanos mais uma vez se encontram em uma posição em que devem reagir às medidas tomadas pelo hegemon do norte. Os esforços para estabelecer um curso independente, feitos nas últimas décadas por vários governos na região — principalmente de esquerda — ainda não produziram os resultados desejados e não se tornaram uma realidade tangível. Portanto, sua política externa, incluindo em outras áreas, dependerá até certo ponto do fator Washington. Nesse sentido, o BRICS, não apenas para os recém-ingressados ​​Cuba e Bolívia, pode se tornar uma plataforma para ajudar os países latino-americanos a reduzir sua dependência dos EUA e construir rotas alternativas para suas atividades econômicas e de política externa.
Em meio à incerteza global que assola o mundo de hoje, os países latino-americanos estão buscando mecanismos apropriados para avançar e fortalecer suas posições. Entre eles, estão as formas de cooperação internacional baseadas em coalizões, como as oferecidas pelo BRICS, uma parceria que promete benefícios mútuos.
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ambientalmercantil · 10 months ago
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ronys1960 · 7 months ago
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A China vem ditando a regra do futuro ,go China !
China exemplifies developmental capitalism through its effective integration of market mechanisms with coordinated state intervention. This model aims to achieve strategic economic and social goals by promoting targeted investments, infrastructure development, technological innovation, and planned reduction of social inequality under state guidance.
Desenvolvimentista ( Estado e mercado )
X Liberal (somente o mercado )
Os impactos distintos na economia e na sociedade.
Vantagens do Capitalismo Desenvolvimentista
1. Crescimento Econômico Sustentado: Enfatiza o papel do Estado em promover e direcionar o crescimento econômico, resultando em desenvolvimento sustentável e estruturado.
2. Redução da Desigualdade: Políticas ativas de redistribuição de renda e inclusão social ajudam a diminuir as disparidades econômicas e sociais.
3. Inovação e Desenvolvimento Tecnológico: O Estado investe em pesquisa e desenvolvimento, impulsionando a inovação e aumentando a competitividade das indústrias locais.
4.Infraestrutura e Serviços Públicos: Maior investimento em infraestrutura e serviços públicos, como educação e saúde, melhora a qualidade de vida da população.
5. Estabilidade Econômica: Regulação econômica e intervenção estatal podem mitigar os efeitos das crises econômicas e garantir maior estabilidade.
Desvantagens do Capitalismo Liberal
1. Desigualdade Econômica: A ênfase no mercado livre pode levar a grandes disparidades de renda e riqueza, aumentando a desigualdade social.
2. Falta de Regulação: Menos regulação pode resultar em práticas empresariais prejudiciais, como exploração laboral e degradação ambiental.
3. Crises Econômicas Cíclicas: A falta de intervenção estatal pode aumentar a frequência e severidade das crises econômicas, como recessões e depressões.
4. Desinvestimento em Serviços Públicos: Pode haver menos investimento em infraestrutura pública e serviços sociais, como saúde e educação, prejudicando o bem-estar geral.
5. Concentração de Poder Econômico: Grandes corporações podem ganhar muito poder, influenciando políticas e decisões governamentais a seu favor, em detrimento do interesse público.
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claudiosuenaga · 2 years ago
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Artigo de Cláudio Suenaga publicado no boletim UFO-Informe nº 187, de abril de 2023: Summa Daemoniaca, o tratado de demonologia e manual de exorcistas do Padre José Antonio Fortea
Por Cláudio Suenaga
Por indicação do amigo Nilson Souza (a quem muito agradeço) é que fui ler o Summa Daemoniaca (título em latim que se traduz como Suma de questões relativas ao demônio), o tratado de demonologia e manual de exorcistas escrito pelo padre exorcista José Antonio Fortea Cucurull, nascido em Barbastro, nordeste de Espanha, em 11 de outubro de 1968. A edição em português que Nilson me presentou foi a da editora Palavra & Prece (São Paulo, 2010).
Falar sobre o livro não acrescerá muito, e o melhor mesmo é que ele seja lido diretamente, sem intermediários.
De qualquer forma, para os que jamais irão ler por falta de tempo ou outras preferências, escrevi uma matéria a respeito que foi publicada na última edição do boletim UFO-Informe editado pelo meu amigo Alexandre Calandra do GPU, que você pode continuar a lê-la abaixo:
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Calandra também traduz a pertinente reportagem "Aliens are 'demons' created by evil powers to feed on human passions, say scholars" ("Aliens são 'demônios' criados por poderes malignos para se alimentar das paixões mundanas, dizem estudiosos"), publicado no britânico Mirror, sobre as assunções do teólogo católico Paul Thigpen, para quem as abduções alienígenas têm paralelos com pessoas que dizem ter encontrado demônios. Confira:
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Aqui a matéria original do Mirror:
Devo agradecer também ao Calandra pela gentil divulgação que fez do lançamento do meu primeiro livro em espanhol, o Encuentros cercanos de todo tipo. El caso Villas Boas y otras abducciones íntimas, publicado pela editora Coliseo Sentosa e que pode ser adquirida na Amazon.
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Mais informações sobre o livro e outras possibilidades de compra podem ser encontradas no blog da Coliseo Sentosa, do editor Diego Zúñiga:
Amazon.com (envios a todo o mundo desde os EUA):
Amazon.es (envios a todo o mundo desde a Espanha): https://amzn.to/3LlMtBn Amazon.co.uk (envios dentro do Reino Unido): https://www.amazon.co.uk/-/es/Cl%C3%A1udio-Tsuyoshi-Suenaga/dp/B0BW344XF1/ Amazon.de (envios dentro da Alemanha): https://www.amazon.de/-/es/Cl%C3%A1udio-Tsuyoshi-Suenaga/dp/B0BW344XF1/ Amazon.fr (envios dentro da França): https://www.amazon.fr/-/es/Cl%C3%A1udio-Tsuyoshi-Suenaga/dp/B0BW344XF1/ Amazon.it (envios dentro da Itália): https://www.amazon.it/-/es/Cl%C3%A1udio-Tsuyoshi-Suenaga/dp/B0BW344XF1/ Amazon.co.jp (envios dentro do Japão): https://www.amazon.co.jp/-/es/Cl%C3%A1udio-Tsuyoshi-Suenaga/dp/B0BW344XF1/
Mercado Libre:
Visite o site oficial do GPU (Grupo de Pesquisas Ufológicas) e fique por dentro do lançamento do livro digital de Alexandre Calandra, Agenda OVNIs Brasil: Descortinando os Segredos:
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jbfalcon · 1 year ago
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Bula do homem
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Indicações:
Homem é recomendado para mulheres portadoras de SMS (Síndrome da Mulher Sozinha). Homem é eficaz no controle do desânimo, da ansiedade, irritabilidade, mau-humor, insônia, etc.
Posologia e Modo de Usar:
Homem deve ser usado três vezes por semana. Não desaparecendo os sintomas, aumente a dosagem ou procure outro.
Homem é apropriado para uso externo ou interno, dependendo da necessidade da mulher.
Precauções:
Mantenha longe do alcance de amigas (vizinhas solitárias, loiras e/ou morenas sorridentes, etc.). Manuseie com cuidado, pois Homem explode sob pressão, principalmente quando associado a álcool etílico. É desaconselhável o uso, imediatamente após as refeições..
Apresentação:
Mini, Max, Super, Mega, Plus ou Super Mega Max Plus (ui!!!).
Conduta na Overdose:
O uso excessivo de Homem pode produzir dores abdominais, entorses, contraturas lombares, assim como ardor na região pélvica.
Recomenda-se banho de assento, repouso, e contar vantagem para a melhor amiga!
Efeitos Colaterais:
O uso inadequado de Homem pode acarretar gravidez e acessos de ciúmes. O uso concomitante de produtos da mesma espécie pode causar enjôo e fadiga crônica.
Prazo de Validade:
O número do lote e a data de fabricação encontram-se na cédula de identidade e no cartão de crédito.
Composição:
Água, tecidos orgânicos, ferro e vitaminas do Complexo 'P'.
Atenção:
Não contém CIMANCOL.. Cuidado!!! Existem no mercado algumas marcas falsificadas, a embalagem é de excelente qualidade, mas quando desembrulhado, verifica-se que não fará efeito nenhum, muito pelo
contrário, o efeito é totalmente oposto, ou seja, além de não serem eficazes no tratamento podem agravar os sintomas.
Instruções Para O Perfeito Funcionamento:
1. Ao abrir a embalagem, faça uma cara neutra, não se mostre muito empolgada com o produto. Se ficar muito seguro de si, o Homem não funciona muito bem, vive dando defeito.
2. Guarde em lugar fresco e seguro (pois é frágil).
3. Deixe fora do alcance de amigas...
4. Para ligar basta uns beijinhos no pescoço pela manhã; para desligar basta uma noite de sexo, ele dorme como uma pedra e nem dá boa noite (falta de educação é defeito de fábrica).
5. Programe-o para assinar talões de cheque sem reclamar.
6. Carregue as baterias três vezes por dia: café, almoço e jantar (Mais que isso provoca pneuzinhos indesejáveis).
7. Em caso de defeito, algumas táticas costumam dar certo:
esconda o controle remoto da televisão. Se a falha insistir, corte o futebol com os amigos no final de semana e o chopp. Se o problema persistir, a única maneira é fazer greve de SEXO.
Pra finalizar:
Homem não tem garantia de fábrica e todas as espécies são sujeitas a defeitos. A solução é ir trocando até que se ache o modelo ideal, contudo, recentes pesquisas informam que esse, não foi INVENTADO ainda!!!
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ocombatente · 1 year ago
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Empreendedor cria solução para gestão de produção agrícola com base na história dos pais, pequenos produtores rurais
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  Laços do Agro veio para ajudar pequenos agricultores, cooperativas e técnicos a aperfeiçoarem os processos de produção, venda e estoque de insumos     Se hoje o Brasil é uma potência mundial no Agronegócio, grande parte desse sucesso decorre das milhares de famílias que ao longo da história do país começaram o cultivo em pequenos pedaços de terra, unindo família, comunidade e enfrentando muitas incertezas na agricultura familiar. A agricultura familiar é responsável por 77% dos estabelecimentos agrícolas do Brasil, segundo o último Censo Agropecuário realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa prática emprega 10 milhões de pessoas, correspondendo a 67% da força de trabalho envolvida em atividades agropecuárias. Leandro Scalabrin tem uma história semelhante à de inúmeros brasileiros. Vindo do Rio Grande do Sul, ele se estabeleceu em Realeza, no Paraná. Filho de Dona Cleonice e do seu Rodolfo, o empreendedor desde criança já auxiliava os pais e os irmãos na lida no trabalho da plantação, sempre torcendo para que todas as variáveis que envolvem a agricultura, como chuva, sol, entre outras, atuassem a favor, garantindo o sustento de todos. Leandro Scalabrin "Cada safra trazia os mesmos desafios: vamos vender? Qual será o preço? Como planejar? Mesmo que meus pais fossem pessoas simples, vindas do campo, sempre nos incentivaram, a mim e a meus irmãos, a estudar e aprender. Quando tive a oportunidade de ir para a cidade em busca de estudos, essas preocupações sempre tiravam meu sono", explica Scalabrin. Leandro deixou a propriedade familiar para buscar formação acadêmica. Como resultado de sua jornada, se tornou CEO das empresas JACAD e Matheus Soluções no setor educacional, bem como da NeoCred no ramo financeiro, todas com êxito notório. Nesse contexto, surgiu a ideia de trazer mais tecnologia para pequenos produtores, com o intuito de aumentar a expansibilidade dos negócios. Pensando na possibilidade que uma empresa tem de crescer, agregar valor ao seu negócio e atender as demandas dos clientes sem aumentar expressivamente os seus custos, nasceu o Laços do Agro para proporcionar mais segurança na hora de negociar e vender a colheita. “No Show Rural Digital Coopavel de 2020, durante uma conversa com o SEBRAE e a COPERFAM, discutimos as dificuldades enfrentadas pelas cooperativas familiares na hora de planejar a comercialização dos produtos de seus associados devido à falta de informações sobre suas culturas. Após realizar uma pesquisa de mercado, fundamos a Laços do Agro, com o objetivo de resolver problemas relacionados à organização do cronograma de produção das famílias associadas e fornecer às cooperativas previsões de estoque com base nos cultivos dos produtores", explica Leandro Scalabrin. Em 2021, depois de validar protótipos com produtores e técnicos, o desenvolvimento começou com a versão lançada em abril de 2022. O primeiro piloto foi implementado na COPERFAM em maio, representando um marco significativo no projeto. Assim, o aplicativo estava pronto para ser lançado no mercado. Como funciona a Laços do Agro O CEO da startup conta que o objetivo sempre foi criar algo simples, no sentido de facilitar o acesso, e que unisse produtores, cooperativas e técnicos em agricultura, fortalecendo a união do ecossistema e organizando métodos mais tradicionais de gerenciar a venda da produção. Para as cooperativas, a Laços do Agro permite a projeção de estoques futuros com base nas culturas das famílias associadas. Além disso, oferece recursos para gerenciar contratos de vendas, acompanha cronogramas de entrega e controla pagamentos. A plataforma também possibilita identificar produtos já comercializados, mas sem produtores, e permite que os agricultores interessados se manifestem para cultivá-los, melhorando a eficiência, a transparência e a comunicação entre os envolvidos. Os trabalhadores podem visualizar com clareza suas datas de entrega planejadas e registrar cada etapa de suas atividades de produção, notificando a cooperativa qualquer incidente que possam afetar o cronograma de entregas. Além disso, a plataforma oferece a funcionalidade de aceitar contratos de venda, com todos os detalhes sobre quantidades, datas e valores, proporcionando uma abordagem transparente. “A gestão junto às finanças é fundamental, pois assim podem acompanhar os pagamentos recebidos, prever ganhos futuros com base nos contratos aceitos e entregas realizadas, além de monitorar os valores pendentes. Com essa inovação tecnológica, a gestão agrícola está ganhando eficiência e transparência como nunca antes", diz Scalabrin. Quando é necessária a visita, os técnicos agrícolas, juntamente com representantes da Laços do Agro, agendam as visitas, monitoram o cronograma de produção e atividades, geram relatórios de visitas individuais, rastreiam alocações contratuais e clientes, e recebem notificações imediatas sobre quaisquer incidentes na produção. Isso simplifica a gestão de todas as fases do processo produtivo. Hoje, a Laços do Agro se destaca como uma startup que faz parte do conjunto de soluções proporcionado pelo grupo SWA, do qual Leandro Scalabrin exerce o cargo de CEO. Contando com a parceria da Prefeitura de Ponta Grossa, a Coperfam Alimentos e a BioLabore, os objetivos para o segundo semestre de 2023 são continuar alcançando as famílias produtoras e romper as barreiras com a tecnologia, trazendo um novo pensamento para a agricultura familiar e os pequenos produtores. "O Laços do Agro pode unir gerações, oferecer estrutura e informação aos produtores locais, além de impulsionar seus negócios. Queremos proporcionar uma venda garantida, empoderar os pequenos produtores e inseri-los em mercados maiores, demonstrando que não é necessário ser um produtor gigante para ter muito mais segurança na lavoura", celebra o CEO da startup. Saiba mais em https://lacosdoagro.com/ Read the full article
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fragmentosdeginevra · 2 years ago
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Resenha #08 | Atos humanos
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Autora: Han Kang.
Número de páginas: 192.
Sinopse:
Período de leitura: 22/05/23 - 25/05/23.
Editora: Todavia.
Em maio de 1980, na cidade sul-coreana Gwangju, o exército reprimiu um levante estudantil, causando milhares de mortes. Entre os sobreviventes está o menino Dongho, de apenas quinze anos, que busca seu melhor amigo em meio às vítimas num ginásio onde os cadáveres estão à espera de reconhecimento. A história desse trágico episódio se desdobra em uma sequência de capítulos conectados à medida que vítimas e enlutados encontram a supressão e a negação do terrível massacre. O evento de trágicas consequências foi transfigurado nesta ficção extraordinária, poética, violenta e repleta de humanidade.
O que chamou minha atenção nesse romance a primeira vez em que o peguei foi o narrador. A história é narrada em 2ª pessoa. Esse fator me interessou muitíssimo, porque nunca li nenhum livro assim antes. Eu possuía uma leve curiosidade sobre o movimento estudantil sul-coreano, também. Ao aliar o narrador à história que a autora pretendia contar, vi que havia muito potencial.
Atos humanos é um livro emocionalmente sobrecarregado. Não há outra forma de descrevê-lo. Eu imaginava que ia ser difícil, vivenciar a história com o narrador se referindo a mim o tempo todo. É uma ferramenta poderosa, colocar seu leitor no centro dos eventos. Mesmo que o personagem central esteja ali com um nome próprio, uma família, nacionalidade e idade definidos, é impossível para a mente do leitor não mergulhar momentaneamente na narrativa como se ela se referisse a ele mesmo. 
O livro trata de assuntos como relação entre corpo e espírito, síndrome do sobrevivente, busca por lógica em meio à crueldade, psicologia das multidões etc. Todos esses subtemas estão englobados em um tema guarda-chuva: "o que define a humanidade?"
A autora expõe o lado feio do ser humano, e levanta várias perguntas acerca de sua natureza. É algo intrínseco à espécie? É possível escapar dele? Como conviver com isso?
Não esqueço que todos que encontro, diariamente, são seres humanos. O senhor, que está ouvindo essa história, também é um ser humano. E eu também sou um ser humano.
Se eu fosse estudante de Letras, definitivamente escolheria fazer um trabalho envolvendo esse livro. Os diferentes pontos de vista que a autora decidiu abordar, os elementos que unem todos os personagens através dos capítulos, o jeito que ela decidiu escrever a história (narrador, diálogos, passagem de tempo)... há muita coisa para analisar e discutir. 
Saí da leitura curiosa para saber mais sobre o processo de pesquisa e escrita da autora. Além disso, queria entender melhor o processo de democratização da Coreia do Sul e as revoltas envolvidas nele. O livro foca no massacre de 18 de maio, mas há breves menções à revolta Busan-Musan também.
Não é o propósito da narrativa ensinar o que foram esses eventos. A ideia é assumir o ponto de vista de indivíduos cujas vidas foram inevitavelmente alteradas por eles. Entretanto, devido à minha falta de referências históricas, a leitura foi ocasionalmente confusa. Talvez ela possa ser mais apreciada por alguém inteirado do assunto; eu tive de me virar com a Internet.
Por último, queria destacar a tradução do livro. A editora responsável contratou um tradutor que traduziu direto do coreano para o português. Foi muito sensato da parte deles. Queria que esse fosse o padrão do mercado editorial. Recentemente, fiquei chateada porque uma editora famosa (ao que tudo indica) publicou um best-seller sul-coreano traduzido da edição em inglês. É como se o texto fosse diluído duas vezes.
Decidi não dar estrelas, assim como na minha última resenha. Ao invés disso, vou dizer que recomendo esse livro com ressalvas. Não leia caso esteja com a mente ruim e pesquise possíveis gatilhos antes.
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brasil-na-verdade · 2 years ago
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À todos os nikolas ferreiras(minúsculo mesmo) do Brasil
Eu poderia começar falando o que é uma pessoas trans mas todos já sabem. A questão é o caráter ou a falta dele em ignorar o assunto. Mas para quem não sabe ou não quer procurar, ou apenas finge, como é o caso dos Nikolas da vida:
Uma pessoa trans é uma pessoa cuja identidade de gênero é diferente do sexo atribuído a ela ao nascer. Em outras palavras, uma pessoa trans se identifica com um gênero diferente daquele que lhe foi atribuído com base em sua anatomia física (genitália e características sexuais secundárias). No Brasil, as pessoas trans enfrentam diversos desafios e violências por causa da transfobia, que é o preconceito e a discriminação contra quem não se enquadra nas normas de gênero.
Segundo uma pesquisa inédita realizada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) em parceria com a Fundação Seade em 2022, existem 869 pessoas trans nos presídios paulistas. A maioria delas são mulheres jovens, pretas e pardas, e preferem ficar em unidades prisionais masculinas. Essa realidade revela a vulnerabilidade social e a exclusão que as pessoas trans sofrem na sociedade brasileira.
Outro levantamento feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) em 2021 mostrou que apenas 59% das pessoas trans exerciam uma função remunerada durante o período das entrevistas. A maior parte delas trabalhava no mercado informal ou na prostituição, enfrentando condições precárias e riscos de violência. Além disso, muitas pessoas trans têm dificuldade de acesso à educação, à saúde e à documentação civil adequada ao seu nome social.
A violência contra as pessoas trans é um problema grave no Brasil. De acordo com a Antra, o país é o líder mundial em assassinatos motivados por transfobia. Em 2019, foram registrados 124 homicídios de pessoas trans no território nacional, sendo 121 travestis e mulheres trans e 3 homens trans. A maioria das vítimas era preta ou parda (80%) e tinha entre 15 e 29 anos (58%).
No entanto, esses dados podem estar subnotificados, pois nem todos os países possuem sistemas confiáveis de coleta de informações sobre a violência contra pessoas trans. Além disso, muitos casos podem ser registrados como homofobia ou feminicídio, sem levar em conta a identidade de gênero das vítimas. Por isso, é importante que haja mais pesquisas e políticas públicas voltadas para essa população.
Por outro lado, há também avanços e conquistas das pessoas trans no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022 foram divulgados os primeiros dados sobre a população LGBT+ no país. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), cerca de 2% dos brasileiros adultos se declaram lésbicas, gays ou bissexuais, sendo que esse número pode ser maior considerando as pessoas que não responderam ou não sabiam sua orientação sexual.
Além disso, há cada vez mais visibilidade e representatividade das pessoas trans na mídia, na cultura, na política e nos movimentos sociais. Elas lutam por seus direitos, sua dignidade e sua cidadania. Elas mostram que são diversas, resilientes e orgulhosas de quem são.
E para finalizar sobre o que a Nikole falou, pessoas trans não tomam lugar de outras mulheres. Esse é um argumento raso de puro ódio contra pessoas trans e como exemplificado acima essas pessoas são as mais marginalizadas no mercado de trabalho. Recomendo à Nicole se informar mais ou a ter mais caráter. 
Fontes:
exame.com
cnnbrasil.com.br
www1.folha.uol.com.br
gazetadopovo.com.br
epocanegocios.globo.com
agenciabrasil.ebc.com.br
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blogdojuanesteves · 2 years ago
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FOTOGRAFIAS DESERDADAS > Rubens Fernandes Junior
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Em uma era em que a reprodutibilidade da imagem é intensa e o pensamento da fotografia é moderado, para não dizer muito brando, Fotografias Deserdadas (Tempo D'Imagem, 2022), livro do professor, pesquisador e curador paulista Rubens Fernandes Junior coloca-nos diante de algumas questões, como a possível razão para uma produção tão exagerada, quase sempre "dispensável" para maioria absoluta da crítica, e quais os quesitos que conferem alguma importância a uma imagem. O que é possível sobreviver em um mundo onde o descarte imagético é mais prolífico do que as seleções mais criteriosas da fotografia? 
Fernandes Junior é um colecionador não somente de imagens de consagrados autores, que podemos ver no livro Percursos e Afetos Fotografias, 1928-2011 (Pinacoteca do Estado, 2011) e também de coisas mais simples, mas interessantes, que encontramos em Papéis Efêmeros da Fotografia (Tempo D'Imagem, 2015) [ leia aqui review https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/118798545271/papeis-efemeros-da-fotografia-rubens-fernandes ]. Em seu novo livro ele trata de uma grande série de fotografias raramente identificadas e em sua maioria circunstanciais. Como ele mesmo explica nesse apanhado reservado para a publicação oriundo de décadas de dedicada coleta a satisfazer sua curiosidade incansável por esta mídia prestes a completar 200 anos. A ideia do "anônimo" acima de tudo lhe atrai: "Todo o conjunto de dados, ou melhor a falta deles, foi o atrator estranho que despertou em mim o desejo de adquirir e preservar estas fotografias..."
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Em Fotografias deserdadas, encontramos imagens vindas de sebos, feirinhas bric-à-brac e mercados de antiguidades, "Tudo aquilo que teve seu fim determinado por aqueles que, em tese, eram seus proprietários." escreve o pesquisador sobre uma parcela ínfima de sua grande coleção, embora de relevância pelo resumo de um olhar arguto construído em algumas décadas de estudo, pesquisas e no exercício curatorial. Pequenos portfólios divididos em 13 capítulos acompanhados de importantes considerações na discussão sobre o que é e o que não é uma imagem que vale a pena ver, discutir e acima de tudo a ideia da sua preservação.
Sobre a "Paisagem" Fernandes Junior nos explica que este recorte sempre foi uma tradição das artes visuais. A ideia da provocação da percepção do leitor inclui detalhes - que até mesmo podemos anexar a outros segmentos- como a escala, volumetria, ponto de vista entre outras categorias espaciais. Ele define seu conjunto como a representação de "experiências reconhecidamente advindas de convenções pictóricas e literárias."
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No entanto, continua o autor, "são fotografias produzidas despretensiosamente, que agora, inseridas em novo contexto de leitura, clamam por nossa atenção. Exigem uma imersão com outra densidade cultural. Tudo isso para melhor adentrar essa aventura de desvendar o enigma que cada uma delas insinua, abala e desequilibra nossas crenças." Sua proposta é que ainda é possível interpretar o reconhecimento ou o estranhamento que emerge, atiçando a memória a surpreender a nossa sensibilidade. Certamente o que nos leva a pensar como um gênero tão primordial ainda sustenta-se no turbilhão de bilhões de imagens aleatórias produzidas e como o meio reinventa-se sistematicamente em um desafio constante.
Em "Estúdios e Cenários" o autor  descola o eixo dos personagens para ênfase do ambiente do estúdio fotográfico e seus cenários. "É interessante aprofundar o olhar nesses cenários e refletir um pouco sobre o repertório de imagens que, acrescidas à fotografia, cria situações que muitas vezes beiram o absurdo. Colunas tridimensionais, pinturas de florestas, paisagens, escadas, rios e lagos, vasos com flores (artificiais?) são parte desse imaginário universal do fotógrafo retratista."
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A prática social, particularmente na questão do retrato, criou estratégias de representação, uma importante abordagem da fotografia, define o autor. "O retratista é o mágico que insere na imagem visualidades que qualificam e reforçam a ideia de eternidade do instante efêmero." O portfólio é um conjunto em que os personagens são transpostos para o repertório do fotógrafo. Seja um grupo de crianças fantasiadas que tem como fundo o Pão de Açúcar; a pompa do elegante senhor e seu cavalo em uma floresta; uma imagem cômica de dois rapazes, um deles sentado em um cavalinho de pau, onde o trompe-l'oeil  estranhamente reproduz uma paisagem talvez inspirada em alguém como o anglo-americano Thomas Cole (1801-1848), entre o romantismo e o realismo. Imagens de pessoas mais modestas, as quais são elevadas pela inclusão de um cenário empolado e de certo modo mais teatral.
Importante também, apesar de algumas fotografias soarem fascinantes e incompreensíveis em seu mistério, diz o pesquisador, as imagens coletadas para ele  testemunham e denunciam a mentalidade do descarte. Mas, o que lhe intriga é que "elas contemplam um tempo indeterminado. O que marca estas fotografias é justamente o intangível que nelas habita." ao lembrar o francês Roland Barthes (1915-1980) "a imagem é o veículo das pulsões, tabus, afetos, forças irracionais e intuitivas." completa Fernandes Junior.
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Aqui vemos que apesar do anonimato de seus autores, algumas fotografias transcendem o aspecto comum. Interessante para contrapor ao nosso tempo onde muitos parecem dedicar-se menos ao conteúdo e mais a uma determinada autoria cultuada, como é visível principalmente nas redes sociais. A contemplação pelo autor e não por suas imagens, sugere um viés contemporâneo mais niilista, onde o que importa é ser mais uma "celebridade" virtual do que mostrar algo realmente interessante, o que é corroborado pela efemeridade da fotografia nesses suportes.
O capítulo "Simulações" nos propõe uma discussão muito pertinente hoje sobre a representação da realidade, em especial quando discute-se o fotojornalismo no país. Para o autor, durou pouco tempo a ideia de que a fotografia representava uma espécie de verdade. O interessante é que ao mesmo tempo em que esse estigma - fotografia é a representação inquestionável da realidade - fortalecia a operação entre fotografia e mundo visível, nascia a possibilidade de surgir, pela primeira vez, uma linguagem maquínica que questionava esses cânones. Tão logo a técnica foi dominada e codificada, muitos usuários já experimentavam expandir a imagem de base fotográfica."
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Fernandes Junior reúne neste tópico uma série de imagens feitas na pequena cidade mineira de Poços de Caldas, cujas manipulações constroem uma espécie e imaginário coletivo produzida por cenários desenhados, onde a inserção é somente da cabeça do personagem, algo que possivelmente quase toda família brasileira com alguma posse fazia por volta do início do século XX e mais adiante: o tradicional par de um casamento; ações de heroísmo como lutar com um tigre, um jacaré ou um touro, ou coisas mais curiosas ainda como um senhor que coloca sua cabeça em um corpo de uma dançarina insinuante, além dos indefectíveis passageiros nas janelas de aviões. 
"Quando se pensa em fotografia, se pensa em retrato." Fernandes Junior explica que ambos são quase sinônimos. No capítulo deste, "Retrato", que talvez seja o gênero mais popular da fotografia, como ele mesmo diz: "Em quase todos os módulos as imagens têm a predominância do retrato que reforça essa relação muito particular e curiosa. Uma singular identificação entre técnica (a fotografia) e gênero (o retrato)."
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As abordagens são clássicas: Mulheres posando como noivas, ou vestidos de baile, ou recatadas com um livro às mãos; os grupos escolares, tanto de crianças ou de formandos da faculdade, com suas simetrias tradicionais, e até mesmo uma bela fotografia carnavalesca, de mulheres em um carro de corso a nos lembrar do reverenciado fotógrafo alagoano Augusto Malta ( 1884-1957) radicado no Rio de Janeiro e grande cronista do final do século XIX e início do XX.
"Desde Leonardo da Vinci o homem é fascinado pelas máquinas.", introduz o autor à categoria "Homem e máquina". Afinal, as máquinas foram fundamentais para diminuir o esforço humano, acelerar processos produtivos e produzir novos deslocamentos. Nesse sentido, esse grupo de fotografias evidencia o desejo humano de se aproximar dessas tecnologias de velocidade e movimento que causavam sensação plena de liberdade.
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A proposta é quase literal, com pessoas interagindo com trens, carros, bicicletas ou aviões, a nos recordar o genial francês Jacques-Henri Lartigue (1894-1986), que de maneira "amadorística" traçou a evolução técnica da humanidade do início do século XX em suas poéticas imagens. Para Fernandes Junior, "A identificação dessas tecnologias com um futuro imaginário cumpria um papel de fantasia e ficção científica. Estar ao lado desses veículos, com seus designs arrojados, era registrar sua presença física num momento particular."
Outra analogia está em "Homem e cidade" que nos leva a popularização do meio, que, como diz o autor, "entrou no cotidiano das famílias." nos levando também aos primórdios da imagem publicitária: "Os anúncios propagados pelas maiores empresas buscavam mostrar que não era difícil dominar a técnica fotográfica. Registrar a família, as férias, as viagens, os passeios e organizar as imagens em álbuns significava construir uma narrativa afetiva no tempo e no espaço."
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A ideia da "Fotografia como certificado de presença - "sim, eu estive lá - garante a construção da memória familiar, que a cada olhar, a experiência documentada possibilita reviver o momento vivido com alguma intensidade. As fotografias são como vertigens do tempo: acionam os gatilhos da memória e das lembranças e permitem que o passado se torne presente novamente. Uma boa leitura sobre este aspecto é o livro Picture Ahead- A Kodak e a construção do turista-fotógrafo (Ed.do Autor, 2016) da pesquisadora e artista cearense Lívia Aquino, [ leia o review aqui em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/158355830541/picture-ahead-a-kodak-e-a-constru%C3%A7%C3%A3o-do .]
Para o pesquisador no capítulo "Estranhamentos" há algo de especial nas imagens que clamam por uma indagação. "Particularmente, aquelas que provocam alguma pulsão irresistível, invocam algum drama, nos empurram para as fronteiras entre o familiar e o estranho. Geralmente são retratos que, a despeito das semelhanças formais e da frontalidade intrigante, exercem uma tensa relação entre a figura e o observador...". "Imagens engendradas numa atmosfera contraditória que povoam de mistérios nossa curiosidade. Afinal, quem seriam esses personagens desconhecidos que permitiram que suas fotografias fossem atravessadas por uma lógica indecifrável?"
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A referência é ilustrada por fotografias que ora são representações mais notáveis, como a mulher que segura uma bandeja com uma cabeça, na porta de sua casa, uma alusão bíblica a Salomé e o triste fim do evangelista João Batista a uma fotografia mais nonsense de mulheres na praia e uma pessoa vestida de urso; o bizarro de uma formação de crianças como uma escola e uma pequena boneca no chão, a nos lembrar da franquia cinematográfica  Chucky, de 1988, ou a ideia da representação do nanismo, hoje politicamente incorreta, como o palhaço de circo ou mais comparativa à sua escala como objeto exótico, o que nos leva mais além do que certa curiosidade pelas construções das mesmas para o entendimento da própria sociedade e suas mazelas.
Rubens Fernandes Junior propõe também discussões mais ontológicas em "Espelho e Sombra": Se a luz é o instrumento da visão, a sombra é a sua grande antagonista. A nova experiência de olhar o mundo através da fotografia é resultado da transformação da percepção e do estranhamento causado pela surpresa instaurada pelas máquinas produtoras de imagens, onde a informação contida na sombra também é um auxiliar fundamental para o aprimoramento visual. Vale lembrar do famoso arquiteto americano Philip Johnson (1906-2005) que dizia não saber o porquê dos fotógrafos se importarem tanto com a luz quando deveriam preocupar-se com as sombras.
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Em suas imagens, vemos a ideia direta da distorção, como observamos  na obra do genial fotógrafo húngaro André Kertész (1894-1985); relações mais diretas como ao mito de Narciso; a introdução do próprio fotógrafo pela sua sombra, uma recorrência infinita no corolário contemporâneo, ou a simples tentativa do fotógrafo em sair do comum, caso de uma imagem em que a criança olha para câmera, mas através de um espelho, ou a inclusão de pessoas no mesmo, fugindo do corriqueiro portrait outrora com fundo de um trompe-l'oeil.
Certamente o capítulo "Crianças" não poderia deixar de existir e o extrato da coleção de Fernandes Junior é representativo no alcance de inúmeras analogias à grandes clássicos da fotografia, o que levanta a questão que inicia este texto quanto as circunstâncias em que a maioria das imagens são "deserdadas" e outras não, como a imagem de gêmeos e sua conexão imediata com a americana Diane Arbus (1923-1971); ou o menino com um pomposo traje, que nos levaria a obra do alemão August Sander (1876-1964) em sua importante série Homens do Século XX, da década de 1920 não fosse o fundo pintado do estúdio fotográfico, ou a bela menina negra  à obra do americano Gordon Parks (1912-2006). 
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"Walter Benjamin ao comentar o retrato de Kafka, aos seis anos de idade, numa "espécie de paisagem de Jardim de Inverno" afirma que vê um "olhar desolado e perdido", e ainda segura "um enorme e desproporcional chapéu". Seu comentário torna-se factível quando acessamos essa fotografia. Mais tarde, Roland Barthes", logo após a morte de sua mãe, encontra um retrato de estúdio, dela com o irmão quando crianças, que simulava "uma pequena ponte de madeira num Jardim de Inverno" Continuando, Barthes escreve: "observei a menina e encontrei finalmente minha mãe". Essa fotografia poucos conhecem, mas ela deve existir. Nas duas passagens, o mesmo Jardim de Inverno e a mesma impossibilidade de decifração imediata, escreve Fernandes Junior.
A psicanalista e professora da FFLCH/USP e da FAAP, onde Fernandes Junior é diretor da Faculdade de Comunicação e Marketing, escreveu um posfácio em tom poético: "Quem é digno de ser fotografado? Quem tem lugar de honra. Quem é o centro e funda o polo de atração do campo? O contrário do avesso. Que é: quem é excluído da cidadania e da imagem?" posicionando a questão fundamental do livro em meio às questões contemporâneas, de que hoje em pleno século XXI - "muito além da época das fotos retratadas neste livro, somos obrigados a sorrir, a rir, e mesmo a ler a realidade pela ótica do Witz* do humor, do meme. Já dizia Freud: aí está uma das formações do inconsciente, uma das maneiras de o aparelho psíquico operar o retorno do recalcado."
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Em "O corpo e movimento" as imagens anônimas alcançam representações de imagens de autores importantes, como o já citado Lartigue ou aos alemães Herbert List (1903-1975) e Leni Riefensthal (1902-2003), esta com sua estética nazista, e até mesmo as abordagens do mexicano Manuel Álvarez Bravo (1902-2002). Considerações sobre a expansão imagética que misturam-se entre o imaginário popular espontâneo e aquele produzido intencionalmente por profissionais, mas que provocam o pensamento sugerido por Maria Homem: Quem é digno de ser fotografado ou quem é excluído?
O autor entende que “a democratização da fotografia e sua intensa propagação propiciou novas abordagens em relação ao corpo. Essa popularização e acessibilidade muito contribuíram para a prática da autorrepresentação e da autoimagem. Uma pluralidade de olhares se insurgiu e com eles outros modos de ver e representar o corpo, o movimento, os gêneros e seus papéis sociais. O corpo passa a ser visto como um lugar de representações." o que pode ser visto, segundo ele, em outros conjuntos publicados.
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Fernandes Junior argumenta que "há um lado hedonista da cultura do corpo livre, que os alemães denominaram de "Freikörperkultur"**. Essa nova sensação de liberdade foi a maneira encontrada para liberar a tensão na sociedade burguesa brasileira, profundamente restritiva. Nas primeiras décadas do século passado, a fotografia encontrou na representação do corpo livre e seus movimentos a possibilidade de resistir ao avanço da modernidade industrial e suas imposições cadenciadas e repetitivas." Não obstante à acertada colocação, a propagação desta manifestação não encontra tanta liberdade entre as mídias mais usadas e a censura instalou-se paralelamente, assim como atuava em tempos passados, ainda que o hedonismo seja a palavra chave para a vida contemporânea.
Já em "Coincidências estéticas", a obra toca em um tema frequentemente visto e que em determinados níveis ( plágio ou apropriação artística) costuma gerar polêmica, ou no mínimo uma incompreensão. Para o autor, "Muitas destas fotografias deserdadas surpreendem pela sua plasticidade - singularidades estéticas que invariavelmente remetem a outras imagens, publicadas e circuladas no período histórico da modernidade. Ao se deparar com essas fotografias, não apenas é possível relacioná-las com as vanguardas europeias, como também estabelecer aproximações diretas com as diversas sintaxes imagéticas."
É o caso de imagens, que usando certa liberdade poética, por exemplo aproximam-se de obras históricas como Le Déjeuner sur L' herbes, do genial pintor francês Édouard Manet (1832-1883) pintada em 1862/63, ainda que a fotografia não tenha a mulher nua que provocou controvérsias em seu tempo. Ou o belo retrato da jovem que remete aos feitos pela inglesa Julia Margaret Cameron (1815-1879).
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As coincidências encontram-se em diferentes segmentos da fotografia como Pictorialismo, Fotodinamismo (Futurismo Italiano), Straight Photography (Fotografia Direta), Construtivismo, Fotomontagem, entre outras inúmeras manifestações, que Fernandes Junior considera presentes na produção fotográfica amadora: "Ao olhar para algumas dessas fotografias selecionadas, elas remetem à Édouard Manet, Rembrandt, Jacques-Henri Lartigue, Man Ray, Stieglitz, e tantos outros artistas que, cada um à sua maneira, revolucionaram a forma de ver e entender o mundo visível."
"Casais enamorados, apaixonados. Amantes inseparáveis. A câmera fotográfica não é apenas um aparelho gerador de imagens. E muito mais do que isso. Ela intensifica certas situações, em particular quando envolve uma relação afetiva. Não se trata de um encontro fortuito e sim de um registro que necessita de um fotógrafo que tenha uma especial sensibilidade para transformar a experiência do encontro numa imagem rara. Uma fotografia que exala um clima de afeto." escreve o autor em "Casais", um tópico que certamente teria que ser incluído.
No entanto, Fernandes Junior alerta que "Os retratos de casais aqui apresentados se diferenciam justamente por apresentarem uma situação de extrema cumplicidade. A pose denota uma possível e duradoura relação. Uma proximidade íntima que celebra e eterniza o momento. Não importa o ambiente - a praia, o estúdio, o jardim, o campo, o olhar se volta para a circunstância que fixou a imagem para a posteridade. Ou não, como a pose é muito encenada, essa visível promessa de felicidade pode transformar o idílio numa dolorosa separação." Uma relação que encontramos com frequência nas redes sociais atuais.
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"Acidental", o primeiro capítulo, que segue no livro, pela ordem alfabética, traz "uma atenção especial para as fotografias amadoras descartadas que apresentam enquadramentos não convencionais." O autor comenta a sua fascinação pelo tema, sem saber explicar sua atração, mas que "Elas denotam as situações de luz ruidosa, os cortes nos enquadramentos, os erros de fotometragem, os desajustes no sistema de foco, as superposições de imagens, as luzes invasivas decorrentes de eventuais falhas do equipamento, os acidentes eventuais e não intencionais. Uma série de ajustes passíveis de controle que não foram devidamente acionados pelo usuário amador".
Particularmente, segundo ele,  são imagens que saltam aos olhos justamente por serem ruidosas e provocativas. "Elas instigam nosso olhar e clamam por olhares mais atentos. Intriga o fato delas terem sido mantidas nas gavetas ou nos álbuns familiares. Seria pelo alto custo do processamento da cópia? Ou pelo inusitado resultado imagético? Ou até mesmo pela singularidade do acontecimento? Não sei. Sem dúvida, com seus defeitos e falhas técnicas, elas provocaram algum espanto nos leitores mais conservadores."
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A fotografia, deserdada ou não, antiga ou contemporânea, tem o condão de provocar muitas reflexões. Neste ponto, Rubens Fernandes Junior, amealhou uma coleção que estimula a discussão em torno das suas particularidades, sejam elas imagéticas ou até mesmo ontológicas. São exemplos de como esta sinergia temporal mantém-se juntamente com seu desenvolvimento técnico, perpetuando um imaginário coletivo, ao qual os leitores encontrarão muitas afinidades. Ainda que ele explique que estas "sejam muito familiares e façam parte do nosso repertório visual e aparentemente compreensíveis", há um alerta: "Mas, não é bem assim..."
Imagens © Coleção Rubens Fernandes Junior .  Texto © Juan Esteves
Ficha técnica básica:
Concepção, pesquisa e texto: Rubens Fernandes Junior
Texto do posfácio: Maria Homem
Coordenação editorial: autor e Isabel Santana
Edição do texto: Augusto Massi e Rodrigo Petrônio
Projeto gráfico: Ana Soter
Reproduções e tratamento de imagem: Ricardo Tilkian
Impressão: Gráfica Ipsis
O livro será lançado dia 11 de fevereiro de 2023, das 11 às 15Hs
Conversa com o autor as 11:30hs
Na livraria Lovely House- Rua Augusta 2690, Galeria Ourofino, 2º andar, São Paulo.
https://lovelyhouse.com.br/
*uma referência a obra Der Witz un de Seine Beziehung zum Unbewußten do médico e psicanalista Sigmund Freud (1856-1939) de 1905 . Publicada em português como O chiste e sua relação com o inconsciente ( Ed. Imago, volume 7 das obras completas de Freud, 2006), um estudo em que Freud examinou o funcionamento e o significado da piada e apresenta estudos anteriores para conectar características específicas da piada com sua teoria da psicodinâmica usando exemplos concretos. O estudo é considerado um trabalho fundamental da psicanálise e da pesquisa sobre o tema.
**Freikörperkultur — FKK é uma expressão em alemão que significa cultura do corpo livre. A sigla é internacionalmente reconhecida entre os adeptos do naturismo, e frequentemente utilizada para identificar locais ou associações naturistas mesmo em países onde não é falada a língua alemã.  
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brluizgustavomori · 18 days ago
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Os 10 principais erros que novos empreendedores cometem e como evitá-los
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Começar um novo negócio é uma tarefa emocionante, mas desafiadora. Embora o empreendedorismo ofereça potencial para recompensas imensas, ele também está repleto de obstáculos que podem atrapalhar até mesmo os indivíduos mais bem preparados. Os novos empreendedores cometem frequentemente erros críticos que podem impedir o seu progresso ou mesmo levar ao fracasso empresarial. Compreender esses erros e aprender como evitá-los é essencial para o sucesso. Neste artigo, exploraremos os 10 principais erros que os novos empreendedores cometem e forneceremos conselhos práticos sobre como evitá-los. Também abordaremos conselhos de empreendedores de sucesso como Luiz Gustavo Mori, que podem oferecer insights valiosos para quem está iniciando sua jornada empreendedora.
1. Failing to Plan Properly
Um dos maiores erros que os novos empreendedores cometem é não ter um plano de negócios sólido. Um plano de negócios é essencial para delinear seus objetivos, estratégias e projeções financeiras. Sem um plano claro, você corre o risco de perder o foco e a direção.
Como evitar: reserve um tempo para criar um plano de negócios detalhado que inclua uma missão clara, público-alvo, orçamento e metas de longo prazo. Revise e ajuste regularmente o plano à medida que seu negócio evolui. Busque conselhos de empreendedores experientes como Luiz Gustavo Mori, que enfatizam a importância de ter um roteiro para o sucesso.
2. Underestimating the Importance of Cash Flow
Muitos novos proprietários de empresas subestimam a importância do fluxo de caixa para a sobrevivência de seus negócios. Mesmo que o seu negócio seja lucrativo no papel, um fluxo de caixa insuficiente pode levar a sérios problemas.
Como evitar: Fique de olho no seu fluxo de caixa, acompanhando suas despesas e garantindo que você tenha capital de giro suficiente para cobrir os custos operacionais. Também é aconselhável estabelecer uma reserva financeira para despesas inesperadas.
3. Neglecting Marketing and Branding
O marketing e o branding são essenciais para construir uma base de clientes e tornar o seu negócio conhecido. Os novos empreendedores muitas vezes focam demais no produto ou serviço e negligenciam a importância do marketing.
Como evitar: invista tempo e recursos no marketing do seu negócio. Utilize mídias sociais, anúncios online, networking e boca a boca para divulgar sua marca. Crie uma identidade de marca atraente que reflita os valores do seu negócio e ressoe com o seu público-alvo.
4. Trying to Do Everything Alone
Os empreendedores muitas vezes tentam assumir muitas funções na empresa, o que pode levar ao esgotamento e à falta de experiência em áreas críticas.
Como evitar: Delegue tarefas sempre que possível e contrate especialistas em áreas como finanças, marketing e operações. Cerque-se de uma equipe que complementa suas habilidades e permite que você se concentre no crescimento do seu negócio.
5. Ignoring Customer Feedback
O feedback do cliente é uma fonte inestimável de informações para melhorar seus produtos ou serviços. Os novos empreendedores às vezes ignoram ou descartam o feedback, pensando que sabem o que é melhor para seus clientes.
Como evitar: busque ativamente o feedback dos clientes por meio de pesquisas, avaliações e mídias sociais. Use essas informações para melhorar suas ofertas e construir relacionamentos sólidos com seus clientes. Ouvir seus clientes pode ajudá-lo a ficar à frente da concorrência.
6. Not Understanding the Market
Um erro comum é não compreender completamente o mercado em que você está entrando. Os empreendedores podem ter uma ideia de negócio precipitadamente sem pesquisar a demanda, a concorrência ou as tendências do mercado.
Como evitar: conduza uma pesquisa de mercado completa antes de lançar seu negócio. Entenda seus concorrentes, clientes em potencial e tendências do setor. Isso o ajudará a tomar decisões informadas e a identificar oportunidades de crescimento.
7. Overestimating Revenue Potential
Muitos novos empreendedores têm expectativas excessivamente otimistas sobre a rapidez com que começarão a ganhar dinheiro. Superestimar a receita pode levar a um planejamento financeiro deficiente e a despesas incontroláveis.
Como evitar: Estabeleça expectativas realistas de receita e crie um plano financeiro que leve em conta o crescimento lento nos estágios iniciais. Esteja preparado para desafios e atrasos e garanta que sua empresa possa sobreviver durante períodos de escassez.
8. Lack of Networking
O networking é fundamental para o sucesso dos negócios, mas muitos novos empreendedores subestimam a sua importância. Construir relacionamentos com outros empresários, clientes em potencial e mentores pode abrir portas para oportunidades valiosas.
Como evitar: Participe de eventos do setor, junte-se a organizações profissionais e faça networking online e offline. Construir uma rede de apoio de indivíduos com ideias semelhantes pode proporcionar incentivo, aconselhamento e oportunidades de parceria.
9. Ignoring Legal and Compliance Issues
Os novos empreendedores muitas vezes não conseguem estabelecer legalmente os seus negócios ou ignoram os requisitos de conformidade, o que pode resultar em multas dispendiosas ou problemas jurídicos.
Como evitar: Consulte um profissional jurídico para garantir que sua empresa esteja devidamente registrada e cumpra todas as regulamentações relevantes. Reserve um tempo para entender os requisitos fiscais, licenças e autorizações para evitar complicações no futuro.
10. Giving Up Too Soon
Começar um negócio não é um caminho fácil e muitos novos empreendedores desistem muito rapidamente quando enfrentam desafios. Persistência e resiliência são fundamentais para superar contratempos e construir um negócio de sucesso.
Como evitar: Mantenha-se comprometido com sua visão, mesmo quando enfrentar obstáculos. Aprenda com os fracassos e use-os como trampolins para o sucesso. Busque inspiração em empreendedores como Luiz Gustavo Mori, que enfrentaram seus próprios desafios e persistiram para alcançar o sucesso.
Conclusion
Embora a jornada empreendedora seja repleta de desafios, evitar esses erros comuns pode ajudar a colocá-los no caminho do sucesso. Desde ter um plano de negócios sólido e compreender o fluxo de caixa até construir uma rede forte e não desistir tão cedo, cada um desses aspectos desempenha um papel vital no crescimento e na sustentabilidade do seu negócio. Ao aprender com empreendedores experientes e melhorar continuamente sua abordagem, você pode evitar armadilhas e criar um negócio próspero.
Tome nota de líderes como Luiz Gustavo Mori, que navegaram no cenário empreendedor e podem oferecer sabedoria valiosa para orientar sua jornada. Com a mentalidade e as estratégias corretas, você estará bem equipado para evitar esses erros e construir um negócio de sucesso que resista ao teste do tempo.
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cubojorbr · 1 month ago
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Pesquisa revela que 55% das brasileiras entre 25 e 45 desconhecem procedimentos de preservação da fertilidade
Estudo conduzido pelo Ipec aponta lacunas no conhecimento sobre planejamento reprodutivo, destacando a necessidade de maior acesso à informação
Conteúdo para assinantes No Brasil, as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho e na educação, além de desempenharem papéis fundamentais na família e na sociedade. No entanto, quando o assunto é planejamento reprodutivo, muitas ainda enfrentam desafios significativos, como a falta de acesso a informações claras e detalhadas sobre fertilidade. Nesse contexto, uma…
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anjoempreendedor · 2 months ago
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Quais são os erros mais comuns que os novos empreendedores cometem?
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Começar um novo negócio é empolgante, mas também é um caminho repleto de desafios. Muitos novos empreendedores, cheios de entusiasmo e ideias inovadoras, acabam cometendo erros que podem prejudicar o crescimento e a sustentabilidade de seus negócios. Para ajudá-lo a evitar essas armadilhas comuns, compartilho alguns dos erros mais frequentes que observo em novos empreendedores:
Não validar a ideia de negócio: Muitos empreendedores apaixonados por suas ideias mergulham de cabeça em seus projetos sem antes testar a viabilidade no mercado. É crucial validar sua ideia antes de investir tempo e recursos, certificando-se de que existe uma demanda real para o seu produto ou serviço.
Negligenciar o planejamento financeiro: O entusiasmo inicial pode levar à falta de planejamento financeiro adequado. É fundamental elaborar um plano financeiro detalhado, projetando custos, receitas e fluxo de caixa. Ignorar essa etapa crítica pode levar a problemas de caixa, falta de investimento para o crescimento e, em casos extremos, ao fracasso do negócio.
Subestimar a importância do marketing: Atrair clientes é essencial para o sucesso de qualquer negócio. Muitos novos empreendedores subestimam a importância do marketing, deixando de lado a criação de uma estratégia sólida para alcançar seu público-alvo. Investir em marketing digital, redes sociais e outras estratégias de divulgação é fundamental para gerar visibilidade e atrair clientes.
Tentar fazer tudo sozinho: É comum que novos empreendedores, especialmente em estágios iniciais, tentem assumir todas as responsabilidades do negócio. Essa atitude, embora motivada pela paixão e pelo desejo de controle, pode levar à sobrecarga e à perda de foco. Aprender a delegar tarefas eficazmente e construir uma equipe competente é essencial para o crescimento sustentável do negócio.
Não se adaptar às mudanças do mercado: O mundo dos negócios é dinâmico e exige constante adaptação. Novos empreendedores que se apegam rigidamente a seus planos iniciais, ignorando as mudanças no mercado e as necessidades dos clientes, podem perder oportunidades e ficar para trás da concorrência.
Dicas para evitar esses erros:
Valide sua ideia de negócio: Faça pesquisas de mercado, converse com potenciais clientes e teste seu produto ou serviço antes de investir pesado.
Elabore um plano financeiro detalhado: Inclua projeções de custos, receitas e fluxo de caixa.
Invista em marketing: Crie uma estratégia sólida para alcançar seu público-alvo.
Aprenda a delegar: Concentre-se em suas habilidades principais e delegue outras tarefas.
Mantenha-se atualizado: Acompanhe as tendências do mercado e adapte-se às mudanças.
Lembre-se de que aprender com os erros faz parte do processo empreendedor. O importante é estar atento a essas armadilhas comuns, buscar conhecimento e apoio, e adaptar suas estratégias para construir um negócio sólido e bem-sucedido.
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maisbranding · 2 months ago
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Está na hora de fazer o Rebranding?
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O rebranding é uma das ferramentas mais complexas e transformadoras no arsenal de profissionais de marketing e branding. Mais do que uma simples atualização de logotipo ou ajuste de slogan, o rebranding é um processo estratégico que redefine a essência de uma marca para seu reposicionamento no mercado, conectar-se de maneira mais profunda com seus públicos e responder às dinâmicas em constante evolução da sociedade e dos negócios. É um movimento que vai além da superfície estética; ele permeia o propósito, os valores, a voz e, muitas vezes, os próprios pilares estruturais da organização.
Um rebranding bem-sucedido começa pela análise crítica do cenário em que a marca se encontra. Por que mudar? Essa é uma pergunta fundamental que deve ser respondida com clareza. Mudanças podem ser impulsionadas por transformações nos valores culturais, pela necessidade de reposicionamento competitivo, por uma crise de identidade ou até mesmo pela ampliação do público-alvo. No entanto, o maior erro ao iniciar um rebranding é ignorar o “porquê” em favor do “como”. Sem uma razão sólida e alinhada à visão de longo prazo, o risco é criar uma dissonância entre o que a marca representa e como ela é percebida.
No aspecto técnico, o rebranding exige uma abordagem multidisciplinar. Pesquisas de mercado profundas são fundamentais para entender não apenas os consumidores, mas também as nuances dos concorrentes e as tendências setoriais. O insight gerado por essas análises precisa ser traduzido em uma estratégia clara que orienta decisões criativas e operacionais. É aqui que o branding se alinha com o design, a comunicação e a experiência do cliente. Cada elemento visual, cada palavra usada, cada interação deve ser um reflexo da identidade da nova que está sendo construída.
Por outro lado, o rebranding também carrega seus riscos. Ele pode alienar uma base de clientes fiéis ou ser interpretado como oportunismo. A implementação de um novo posicionamento, portanto, precisa ser meticulosamente planejada. Envolver a comunicação transparente com as partes interessadas internas e externas, educando e engajando cada público para garantir a adesão à nova proposta. Exemplos recentes mostram que a falta de alinhamento interno pode ser tão prejudicial quanto à recepção negativa do público. Um rebranding só se torna bem sucedido quando todas as partes envolvidas, desde o momento das vendas até o consumidor final, entendem e abraçam a mudança.
Marcas como Airbnb, que passaram por um rebranding transformador em 2014, são exemplos de como o processo pode transcender questões estéticas e impactar toda a percepção do negócio. A mudança foi impulsionada por uma visão de comunidade e pertencimento, refletida tanto no redesenho da visual quanto no reposicionamento como uma plataforma global de experiências. Por outro lado, marcas que falharam em seu rebranding, como a tentativa da Tropicana de redesenhar suas embalagens em 2009, mostram como uma desconexão entre as decisões criativas e o que a valorização do consumidor pode gerar perdas significativas.
Rebranding não é apagar o passado, mas reinterpretá-lo para um contexto novo e relevante. É uma dança entre preservar a essência da marca e projetá-la para o futuro. Para profissionais de marketing e branding, é um exercício de equilíbrio entre estratégia e sensibilidade. Afinal, a marca é a alma de um negócio, e reimaginar essa alma requer mais do que técnica; exige uma compreensão profunda de pessoas, cultura e propósito. O rebranding é, antes de tudo, um convite para redescobrir o que torna uma marca perfeita e reconfigurará-la para que continue a fazer sentido em um mundo que nunca para de mudar.
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theclubhero-blog · 3 months ago
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Leitor de discos do PS5 Pro vira alvo dos cambistas em certas regiões
Por Vinicius Torres Oliveira
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Interesse no console aprimorado da PlayStation fez com que novas oportunidades surgissem para os scalpers
Com a chegada do PS5 Pro, cambistas já começaram a inflacionar o preço da unidade de disco anexável, acessório lançado junto ao PS5 Slim, indispensável para jogar com mídias físicas no novo console. Esses scalpers buscaram tais produtos antecipadamente e não deixaram estoque para os fãs.
Uma pesquisa rápida em sites como eBay mostra que o PS5 Disc Drive está sendo comercializado entre US$ 150 e US$ 200, bem mais caro em relação aos US$ 79,99 (R$ 630 no Brasil) sugeridos como preço, o que aumenta o custo final para quem pretende adquirir o PS5 Pro com o acessório. A alta procura pelo item estimulou os preços elevados.
Para muitos consumidores, a alternativa do mercado de revenda é a única opção, já que a Unidade de Discos do PS5 está em falta em várias lojas. O aumento no preço devido a revendedores ressalta como a demanda em torno do console é altamente relevante em diversas regiões, mas os consumidores ficam sem saída.
O PS5 Pro, que chega ao mercado com valor sugerido de R$ 6.999, promete melhorias de desempenho em relação ao PS5 original. Assim como o leitor, a base de apoio (R$ 200 na Amazon Brasil) é vendida separadamente, elevando o preço do pacote completo de maneira considerável.
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joseabraoportfolio · 3 months ago
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Marco Legal dos Games é passo importante para consolidar mercado brasileiro
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Disponível em https://www.aredacao.com.br/noticias/208123/marco-legal-dos-games-e-passo-importante-para-consolidar-mercado-brasileiro
José Abrão
Goiânia – Vai à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o Marco Legal da Indústria de Jogos Eletrônicos, mais conhecido como Marco Legal dos Games. O texto, aprovado em fevereiro no Senado Federal e no começo de abril na Câmara dos Deputados, regulamenta o setor de videogames no Brasil. A principal mudança é que o setor de desenvolvimento de jogos ganhou um registro específico no Cadastro Nacional de Atividade Econômica (Cnae), permitindo acesso ao Simples Nacional, ao Inova Simples e até a parcerias com instituições científicas e de inovação.
Trata-se de uma conquista importante para a indústria global de videogames, que movimentou US$ 197 bilhões em 2022 e cerca de US$ 221,4 bilhões em 2023. O Brasil já é o quinto maior mercado consumidor de games do mundo, com um crescimento de 169% entre 2018 e 2022, segundo a pesquisa Newzoo. Já são 101 milhões de gamers no país.
A regulamentação era um sonho antigo da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), criada em 2004 com o objetivo de organizar e fortalecer o setor de games no Brasil e impedir a fuga de cérebros: pela falta de uma organização mais robusta, estúdios nacionais consolidados, com o Behold, se mudaram para o exterior.
O presidente da Associação, Rodrigo Terra, considera o Marco Legal uma medida importantíssima para atualizar o mercado brasileiro de desenvolvimento e torná-lo mais competitivo frente ao cenário internacional. “Durante décadas a indústria de desenvolvimento de jogos aqui no Brasil passou muito à margem de políticas de Estado, apesar de o Brasil ter um mercado consolidado de games”, diz.
Segundo dados da Pesquisa da Indústria Brasileira de Games de 2023, promovida pela Abragames, o Brasil possui 1084 desenvolvedoras atualmente. Além disso, segundo a Pesquisa Game Brasil, divulgada março deste ano, 73,9% dos brasileiros jogam algum tipo de videogame. Para Rodrigo Terra, o Brasil seguiu o caminho contrário de países como China, Coreia do Sul e também União Europeia, que começaram a subsidiar e incentivar o desenvolvimento de jogos há muito tempo, permitindo que estúdios de países pequenos, como a CD Projekt Red, da Polônia, ganhassem projeção internacional, lançando jogos milionários como The Witcher 3: Wild Hunt e Cyberpunk 2077.
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“Então, o marco é importante porque ele reconhece as desenvolvedoras como um setor econômico. Ele vem para colocar diretrizes estruturantes do que é fazer videogame, o que é a diferenciação entre o hardware que a gente joga e o produto que a gente consome, o game em si”, explica. Terra conta que antes a atividade estava fragmentada em cerca de 11 Cnaes diferentes, já que os programadores precisavam improvisar para se adequar na legislação vigente. “E isso não é uma coisa boa, porque pulveriza o setor. Com o marco, você consegue ter políticas tributárias mais adequadas e consegue normatizar o funcionamento da atividade econômica”, conclui.
Incentivos Embora desde 2011 os desenvolvedores já pudessem se inscrever na Lei Rouanet, normativo federal que institucionalizou o incentivo à cultura, a forma de acessar tais incentivos foi facilitada, permitindo também que as empresas se inscrevam na Lei do Audiovisual e em outros incentivos, como a Lei de Informática e a Lei do Bem. “Os subsídios e os incentivos são duas categorias importantes para quando você tem uma indústria que entra no olhar de prioridade de desenvolvimento econômico do país”, avalia Terra.
Segundo ele, a Associação espera que sejam criados benefícios que possam favorecer a operação da indústria, como a redução de encargos e encorajar melhores salários e qualificações. “É uma via de duas mãos. Gera emprego e abre campo para se aumentar a quantidade de qualificações para o setor, ou seja, cursos livres, cursos acadêmicos, cursos técnicos. Isso é uma demanda já antiga também, e que a gente aumente a quantidade de cursos para a área de desenvolvimento de jogos também, principalmente na educação pública”, elabora.
Segundo os dados da Abragames, todos os estúdios brasileiros são pequenos ou mesmo individuais. A expectativa da Associação é que, a partir do marco legal, esses pequenos empreendedores tenham o suporte necessário para que seja, de fato, consolidada uma base para a indústria nacional de jogos digitais a partir destes incentivos. “Os incentivos, eles são muito orientados para que essa base consiga dar o primeiro passo, abrir seu primeiro CNPJ, existe um reforço”, enfatiza Rodrigo Terra.
Pequenas empresas, grandes negócios O analista técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Goiás, João Luiz Prestes, destaca que o marco legal será um grande incentivo para os empreendedores. “As pessoas estão nos procurando cada vez mais. É um mercado em ebulição”.
Prestes salienta que, ao contrário do que o lugar comum dita, o mercado de desenvolvimento de jogos é muito diverso, indo além do entretenimento. “Existe um interesse crescente no uso dos games para divulgar marcas, games voltados para a educação, corporativos, para treinamento, além do advento de plataformas diversas, como smartphones e tablets. Há um crescimento de muitas oportunidades para novos mercados e para novos profissionais”, afirma.
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Na visão do analista do Sebrae, a nova legislação pode fomentar um maior interesse de pessoas para ingressar nesse mercado e que podem buscar o Sebrae para fazer o seu modelo de negócio e se profissionalizar. O analista lembra que Goiânia tem terreno fértil para esta nova fase com uma graduação de Inteligência Artificial na Universidade Federal de Goiás (UFG) e um curso técnico em IA do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), além de graduações e cursos já consolidados em programação, engenharia de software, design e robótica.
“O que nós do Sebrae temos a oferecer são as condições para que o empresário possa abrir uma empresa de jogos e o conhecimento de tudo o que é necessário para isso: sobre como montar uma equipe, sobre legislação, todos os procedimentos burocráticos. Mapear quais os nichos de mercado, que produtos estão precisando, qual é o perfil desse consumidor. Essa pesquisa de mercado é muito importante porque ela define o foco da empresa”, orienta.
Além disso, outras divisões estatais do Sebrae, em uma parceria com a Abragames, levam os empreendedores em missões de eventos nacionais e até internacionais, como a Brasil Game Show, a Gamescom e o Big Festival, apoiando as atividades do setor. Ele conta que no Big Festival do ano passado foram lançados 70 jogos nacionais.
Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre esse mercado, o Sebrae também disponibiliza uma página: “Como Montar Uma Produtora de Games”, com os principais fundamentos e passo a passo que um empreendedor precisa conhecer para encarar essa empreitada.
Cenário local tem grandes expectativas “O cenário regional está integrado com o cenário nacional. Entretanto, nós precisamos formalizar a nossa comunidade, constituir uma associação, a Associação dos Criadores de Jogos de Goiás, com o apelido de Gamego, que é o nome da comunidade. Aqui nós estamos nos capacitando, estamos estudando”. É o que afirma Gustavo Christino, professor da área técnica de jogos digitais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e que integra a equipe da Cronos Games, que atualmente desenvolve um projeto que ainda não chegou ao mercado, além de atuar em eventos para a comunidade de desenvolvedores e jogadores goianos, a Gamego.
De acordo com o professor, Goiás é, de fato, um Estado promissor quando o assunto é mercado de games. "Existem alguns estúdios sendo, inclusive, finalistas em eventos fora do Brasil. Temos algumas equipes com parcerias para jogos para lançar no ano que vem. Temos alguns exemplos de jogos que já foram publicados para consoles, para a PlayStation 4 e para a PlayStation 5. Então, a nossa comunidade de Goiás está em crescimento”, comemora.
Christino afirma que o marco legal aprovado atende bem às demandas e necessidades do setor. “O nosso cenário está aquecido nacionalmente, existe muito investimento sendo realizado, e Goiás está integrado com os outros estados para poder fazer isso ser cada vez melhor, para fazer com que nós possamos estudar a partir daqui de Goiás mesmo, para que a gente não perca esse capital humano para outros lugares”, conta.
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Para além dos cursos já disponíveis no estado, Christino relata que o grupo trabalha para criar uma graduação em jogos digitais no âmbito da UFG, algo que já vem sendo discutido com diretores de unidades acadêmicas da instituição. “Os cursos constituídos no Senai, no Senac e na UFG são muito importantes para a nossa área. Eu acredito que a gente vai conseguir aprovar também cursos junto à Universidade Federal, que já tem costume de ter cursos inovadores, que abraçam essas novas tecnologias. Espero que a gente consiga conversar e convencer, além de mostrar que com o marco legal também tem motivo, tem oportunidade e tem um caminho para poder abrir esse curso”.
Com o marco, além de facilitar o âmbito empresarial, Gustavo Christino espera que o acesso ao mercado e aos incentivos melhore em todos os sentidos. “Eu acredito que o marco vai favorecer a aquisição de ferramentas computacionais e até mesmo hardware para desenvolvimento de jogos e também que seja fomentado de cima para baixo, dos núcleos federal, estadual, municipal, toda uma série de investimentos e, com isso, puxe todas as outras instituições a favor da aplicação de jogos”, espera. “Tudo isso é um caminho que vai levar os criadores de jogos em Goiás para um novo patamar”.
Tal qual em um game de fato, os especialistas ouvidos pela reportagem avaliam que o mercado desenvolvedor de jogos no Brasil já acumulou bastante experiência e agora está pronto para passar de nível. Para eles, trata-se de um momento histórico e que indica, com o marco, um verdadeiro ponto de virada para o mercado de games no país.
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