#exportação de minérios
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Pouca Verticalização da Produção: Um Modelo que Exporta Riqueza e Deixa Mazelas
Desde a privatização da Vale, um dos principais pontos de crítica tem sido a falta de verticalização da produção. A Vale, mesmo sendo uma das maiores mineradoras do mundo, exporta a maior parte de seus recursos naturais em estado bruto, principalmente minério de ferro, sem agregar valor por meio do processamento industrial. Essa prática, típica de economias baseadas na exportação de commodities,…
#beneficiamento de minérios#cadeia produtiva mineral#desafios da verticalização#desenvolvimento industrial Brasil#economia da mineração#exportação de minérios#falta de industrialização#impactos econômicos da mineração#mineração no Brasil#verticalização da produção
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Samarco
Samarco: Impactos e Desafios no Setor Minerário Brasileiro
Samarco Mineração atua no setor mineral com um foco principal em ferro e minério de ferro. A empresa é amplamente reconhecida por seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, social e governamental. Ela desempenha um papel crucial na indústria enquanto busca equilibrar as exigências econômicas com práticas responsáveis.
Desde novembro de 2015, a história da Samarco tem sido marcada pelo trágico rompimento da barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais. Esse incidente resultou em devastação ambiental massiva, além da perda de dezenove vidas, gerando uma profunda renovação na abordagem da empresa à segurança e responsabilidade ambiental.
Recentemente, Samarco e parcerias importantes como Vale e BHP têm trabalhado em acordos financeiros significativos para reparar os danos causados. A implementação de novas formas de governança e a extinção da Fundação Renova são passos notáveis dessa estratégia. Essas ações demonstram um compromisso para mitigar o impacto histórico da tragédia.
História e Importância Econômica
Desde sua criação, a Samarco Mineração desempenhou um papel crucial no desenvolvimento econômico do Brasil, particularmente em Minas Gerais e Espírito Santo. A empresa é notável pela introdução de tecnologia inovadora na mineração e pelo forte impacto positivo no setor, contribuindo significativamente para a economia local e nacional.
Formação e Desenvolvimento em Minas Gerais e Espírito Santo
A Samarco foi fundada em 1977, com operações concentradas nas regiões de Minas Gerais e Espírito Santo. Inicialmente, a mineradora se destacou por sua iniciativa pioneira na lavra de minério de ferro de baixo teor. Ao estabelecer uma rede logística própria, integrando mina, ferrovia e porto, conseguiu aumentar a eficiência de suas operações.
Esse desenvolvimento contribuiu para a criação de empregos e melhoria da infraestrutura local. A escolha de Minas Gerais e Espírito Santo como base operacional garantiu a proximidade com recursos minerais abundantes e portos estratégicos. Ao longo das décadas, essa infraestrutura robusta permitiu à Samarco consolidar sua presença como um player importante no setor.
Contribuições para o Setor de Mineração do Brasil
A Samarco introduziu tecnologias inovadoras que revolucionaram a transformação de minério de ferro em pelotas. A empresa foi pioneira na exportação deste produto no Brasil, atendendo à demanda internacional e elevando a capacidade de produção nacional. Operada por uma joint venture entre Vale S.A. e BHP, com participação igualitária de 50%, a mineradora continuou a expandir suas operações e adotar práticas avançadas.
Com essa colaboração, a produção de pelotas se tornou mais eficiente, fortalecendo o setor de mineração do Brasil. As contribuições da Samarco vão além do impacto econômico; ela também investiu no desenvolvimento social, promovendo o crescimento sustentável nas regiões em que opera, impulsionando a economia e melhorando a qualidade de vida das comunidades locais.
Responsabilidade Ambiental e Social
A Samarco aposta em estratégias sólidas para uma mineração mais sustentável, enfrentando desafios ambientais e sociais com compromisso e inovação. A empresa enfoca a obtenção de licenças ambientais e colabora com as comunidades locais para criar valor e mitigar impactos.
Licença Ambiental e Inovações para Sustentabilidade
Dentro de seu compromisso com a sustentabilidade, a Samarco investiu significativamente em processos para assegurar a conformidade com as exigências ambientais. A obtenção de licenças ambientais é uma prioridade, garantindo que suas operações estejam alinhadas com padrões rigorosos.
Inovações tecnológicas são uma parte fundamental dessa estratégia, introduzindo métodos que buscam reduzir o impacto da mineração. A empresa adota práticas que promovem a eficiência energética e a redução de resíduos, demonstrando um forte compromisso com os princípios de ESG. Tais medidas não apenas asseguram a minimização do dano ambiental, mas também promovem uma cultura de melhoria contínua.
Relacionamento e Valor para as Comunidades
O relacionamento da Samarco com as comunidades locais é um aspecto central de sua responsabilidade social. A empresa se empenha em estabelecer parcerias que criem valor compartilhado, promovendo não apenas desenvolvimento econômico, mas também social.
Programas de apoio focam em educação, saúde e infraestrutura, assegurando que o impacto positivo se traduza em melhorias reais para os moradores das regiões onde atua. Além disso, a Samarco mantém um código de conduta que visa assegurar transparência e integridade em todas as interações, reafirmando seu compromisso com as boas práticas.
Através dessas iniciativas, a empresa reforça seu papel como agente transformador, focado em um futuro mais responsável e equilibrado.
Governança Corporativa e Segurança Operacional
A Samarco integra práticas sólidas de governança corporativa e foca na segurança operacional, assegurando conformidade e ética nos negócios, além de estratégias eficientes de gerenciamento de riscos. Esses elementos são essenciais para a sustentabilidade e o compromisso contínuo com a integridade.
Conformidade e Conduta Ética no Negócio
A governança corporativa da Samarco baseia-se em princípios de transparência, responsabilidade e equidade. A empresa promove o cumprimento rigoroso das normas e regulamentos, garantindo que suas operações estejam em alinhamento com as leis vigentes. Tal compromisso fortalece a confiança entre acionistas, clientes e comunidade.
Integridade e respeito são pilares fundamentais na conduta corporativa, promovendo práticas éticas em todos os níveis da organização. Aderir a políticas de compliance não é apenas um dever legal, mas uma ação alinhada aos valores e à missão da Samarco.
Estratégias de Gerenciamento de Riscos e Segurança
A Samarco implementa estratégias robustas de gerenciamento de riscos para minimizar impactos potenciais em suas operações. Isso inclui a adoção de tecnologias inovadoras e processos que reforçam a segurança de colaboradores e instalações.
A contínua avaliação e melhoria dos procedimentos de segurança operam em conjunto com iniciativas de formação e capacitação. Tais medidas garantem a proteção de seus ativos e o cumprimento da visão de ser uma referência em mineração responsável. Este compromisso com a segurança é um reflexo direto dos valores e da visão da empresa.
Futuro e Comprometimento com a Inovação
A Samarco está comprometida em integrar inovações tecnológicas para promover uma mineração sustentável e responsável. Isso envolve não apenas avanços tecnológicos, mas também um engajamento contínuo com stakeholders para assegurar um desenvolvimento equilibrado e benéfico para todos os envolvidos.
Avanços Tecnológicos e Aumento de Capacidade
A empresa se destaca pelo investimento em nova tecnologia, particularmente em suas plantas de pelotização. A integração de novas tecnologias visa melhorar a eficiência e aumentar a capacidade de produção. Com um enfoque em processos mais limpos e seguros, a Samarco está nos estágios finais para obter licença ambiental que facilitará essas expansões.
O uso de inovações para otimizar a infraestrutura também está em andamento. Projeta-se que esses avanços não só aumentem a produtividade, mas também reduzam impactos ambientais. Isso é essencial para a transformação da mineração tradicional em um modelo mais sustentável, que atenda às expectativas de acionistas e da sociedade em geral.
Perspectivas e Engajamento Com Stakeholders
O engajamento com stakeholders é central para o sucesso das iniciativas da Samarco. Participar em projetos de desenvolvimento e colaboração em empreendimentos conjuntos garante que a empresa seja vista como uma parceira confiável. A criação de valor para a sociedade está intrinsecamente ligada a esses compromissos, garantindo que todas as atividades minerárias indenizem a comunidade local e o ambiente.
A empresa também prioriza manter uma comunicação aberta e transparente com seus acionistas para assegurar confiança contínua. Isso facilita o alinhamento dos objetivos de inovação e sustentabilidade, permitindo que todos os envolvidos beneficiem-se dos avanços e transformações em processo.
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Mato Grosso do Sul ao Uruguai: Hidrovia garante exportação de minério
A Hidrovia Paraguai-Paraná, que tem início no Brasil e segue pelo Paraguai, Argentina e Uruguai, passando pelas principais cidades e capitais de ambos. E foi na ponta final dessa via, a capital uruguaia Montevidéu, que o governador Eduardo Riedel acompanhou o embarque de mais uma produção de minério de ferro produzido em Corumbá pela subsidiária do grupo J&F Mineração, a LHG Mining. Nesta…
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Puxado pela queda no preço da soja e do milho e pelo aumento na importação de veículos elétricos, o superávit da balança comercial caiu em junho. No mês passado, o país exportou US$ 6,711 bilhões a mais do que importou, divulgou nesta quinta-feira (4) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado representa queda de 33,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, mas é o quarto melhor para meses de junho, só perdendo para o recorde de junho de 2021, de US$ 10,414 bilhões; de 2023, de US$ 10,077 bilhões, e de 2022, de US$ 8,89 bilhões. Segundo o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Herlon Brandão, o aumento da importação de carros elétricos indica uma antecipação de compras para formar estoques e escapar da elevação do Imposto de Importação sobre esses veículos. "Tem demanda para esses veículos híbridos e elétricos. E tem a questão do aumento da tarifa de importação. Como em julho teve aumento, é esperado que os importadores antecipem suas operações para pagar tarifas menores", explicou. Seguindo um cronograma estabelecido em novembro do ano passado, as tarifas para carros elétricos subiram de 12% para 25% em julho. A balança comercial acumula superávit de US$ 42,31 bilhões no primeiro semestre deste ano, com queda de 5,2% em relação aos mesmos meses do ano passado. Esse é o segundo maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989, só perdendo para 2023, que registrou US$ 44,617 bilhões. Em relação ao resultado mensal, as exportações subiram levemente, enquanto as importações cresceram mais, impulsionada por veículos elétricos. Em junho, o Brasil vendeu US$ 29,044 bilhões para o exterior, alta de 1,4% em relação ao mesmo mês de 2023. As compras do exterior somaram US$ 22,333 bilhões, alta de 3,9%. Do lado das exportações, a queda no preço internacional da soja, do aço e das carnes foram os principais fatores que impediram o maior crescimento das vendas. As vendas de alguns produtos, como petróleo bruto, minério de ferro, algodão e café, subiram no mês passado, compensando a diminuição de preço dos demais produtos. Do lado das importações, as aquisições de fertilizantes, de petróleo e derivados, de aeronaves e de carros elétricos subiram, enquanto as compras de carvão e de válvulas e turbos termiônicos caíram. Após baterem recorde em 2022, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuam desde a metade de 2023. A principal exceção é o minério de ferro, cuja cotação vem reagindo por causa dos estímulos econômicos da China, a principal compradora do produto. No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 2%, puxado pela alta nas vendas de café, de combustíveis e de petróleo bruto, enquanto os preços caíram 2,2% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 22,3%, mas os preços médios recuaram 6,7%. Setores No setor agropecuário, a queda de preços pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 5,9% em junho na comparação com o mesmo mês de 2023, enquanto o preço médio caiu 10,2%. Na indústria de transformação, a quantidade caiu 4%, com o preço médio recuando 0,3%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 12,5%, enquanto os preços médios subiram 3,6%. Estimativa Apesar da queda no superávit em junho, o governo revisou para cima a projeção de superávit comercial para 2024. A estimativa subiu de US$ 73,5 bilhões para US$ 79,2 bilhões, queda de 19,9% em relação a 2023. Na previsão anterior, a queda estava estimada em 25,7%. A próxima projeção será divulgada em outubro. Segundo o MDIC, as exportações subirão 1,7% este ano na comparação com 2023, encerrando o ano em US$ 345,4 bilhões. As importações subirão 10,6% e fecharão o ano em US$ 266,2 bilhões. As compras do exterior deverão subir por causa da recuperação da
economia, que aumenta o consumo, num cenário de preços internacionais menos voláteis do que no início do conflito entre Rússia e Ucrânia. As previsões estão mais pessimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 81,55 bilhões neste ano. Com informações da Agência Brasil
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Petróleo brasileiro ameaça soja pelo domínio da balança comercial em 2024 com exportações históricas
O Brasil está no caminho para colher valores recordes com a exportação de petróleo bruto neste ano, que está competindo com produtos como soja e minério de ferro. Com uma produção crescente, o petróleo brasileiro continua a desempenhar um papel cada vez mais relevante na balança comercial do país, e as projeções para os próximos anos são otimistas, contribuindo significativamente para os números…
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#GESTÃODEÁGUAS#GESTÃODEINFRAESTRUTURA#GESTÃODERECURSOSHÍDRICOS#GESTÃODETRANSPORTES#GESTÃOSUSTENTÁVEL
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Beneficiada pelo aumento das exportações de petróleo, milho e soja, a balança comercial registrou o maior superávit da história para meses de março. No mês passado, o país exportou US$ 10,956 bilhões a mais do que importou, com alta de 37,7% em relação a março de 2022. Esse foi o melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989. Nos três primeiros meses do ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 16,068 bilhões. Isso representa 29,8% a mais que o registrado nos mesmos meses do ano passado pelo critério da média diária. O saldo acumulado também é o mais alto para o período desde o início da série histórica. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (3) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 33,06 bilhões para o exterior e comprou US$ 22,104 bilhões. As exportações subiram 7,5% em relação a março de 2022, pelo critério da média diária, registrando recorde para o mês. As importações caíram 3,1% pelo critério da média diária, mas, por causa do maior número de dias úteis em março deste ano, atingiram o valor mais alto da história. No caso das exportações, a alta deve-se mais ao aumento do volume comercializado que dos preços internacionais das mercadorias. No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu em média 18,5% na comparação com março do ano passado, enquanto os preços médios recuaram 5,6%. Nas importações, a quantidade comprada caiu 3,7%, refletindo a desaceleração da economia, mas os preços médios aumentaram 2,4%. A alta dos preços foi puxada principalmente por motores e máquinas não elétricos e por compostos químicos, itens que ficaram mais caros após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Os preços dos fertilizantes químicos, que subiram fortemente no ano passado, caíram 24,4% na comparação entre março de 2023 e de 2022. Setores No setor agropecuário, a recuperação de embarques, que tinham atrasado em fevereiro, pesou mais na alta das exportações, apesar da valorização das commodities (bens primários com cotação internacional). O preço médio avançou 3,6% em março na comparação com o mesmo mês de 2022, enquanto o volume de mercadorias embarcadas subiu 9,8%. Na indústria de transformação, a quantidade exportada subiu 4,3%, com o preço médio aumentando 1%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 57,8%, mas os preços médios recuaram 20,5% em relação a março do ano passado. O petróleo bruto voltou a puxar a alta das exportações, com o volume exportado subindo 102,7%, apesar da queda de 24,1% nos preços entre março de 2022 e março de 2023. Isso ocorreu por causa da retomada de plataformas da Petrobras que estavam em manutenção. Após um ano de altas contínuas, os preços do petróleo estão caindo porque os efeitos da guerra na Ucrânia e da recuperação econômica após a fase mais aguda da pandemia de covid-19 já foram incorporados às cotações. Na comparação entre fevereiro do ano passado e deste ano, os produtos com maior destaque na alta das exportações agropecuárias foram arroz com casca (+457,4%), milho não moído, exceto milho doce (+6.138,9%) e soja (+8,9%). O crescimento compensou a queda em outros produtos, como café (-30,2%) e algodão bruto (-62,7%). Na indústria extrativa, as maiores altas foram registradas nas exportações de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+53,8%) e outros minerais brutos (+131,7%), compensando a queda das exportações de minério de ferro (-19,7%). Na indústria de transformação, as maiores altas ocorreram em carnes de aves (+23,1%), açúcares e melaços (+39,8%) e farelos de soja e outros alimentos para animais (+37,3%). Quanto às importações, as maiores quedas foram registradas nos seguintes produtos: milho não moído (-84,8%) e soja (-77,1%) na agropecuária; petróleo bruto (-12,6%) e gás natural (-80,2%), na indústria extrativa; e inseticidas
e agrot��xicos (-39,3%) e válvulas e tubos termiônicos (-28,5%), na indústria de transformação. Estimativa A equipe econômica divulgou a primeira estimativa de superávit comercial para 2023. O governo projeta saldo positivo de US$ 84 bilhões para este ano, o que representaria alta de 36,8% em relação ao superávit recorde de US$ 62,3 bilhões registrados em 2022. As estimativas oficiais são atualizadas a cada três meses. As previsões estão mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 55 bilhões neste ano. Fonte: Agência Brasil
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Com Lula, economia irá no rumo de Argentina e Venezuela? Especialista diz que não
Má gestão financeira e organizacional tem sido um problema constante dos governos argentinos ao longo dos últimos anos. Na Venezuela, a situação política de imposição, colocada por Nícolas Maduro, levou o país a uma instabilidade social e econômica e ambas atingiram patamares colapsáveis. A Argentina chegou ao maior nível de inflação dos últimos 30 anos, registrando 88% ao ano, no último mês de outubro; já a inflação na Venezuela disparou para o patamar de 300% ao ano. A situação econômica dos países vizinhos tem alimentado medo e incertezas no mercado financeiro brasileiro. Essa “angústia” é resultado da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o país pela terceira vez a partir de 2023. O governo petista possui bases que se aproximam dos ideais governamentais das atuais gestões de Argentina e Venezuela, o que tem gerado dúvidas no panorama político econômico local. No entanto, o Brasil possui diversos pontos divergentes em relação às políticas econômicas adotadas por esses países, até mesmo o modelo de gestão governamental segue uma linha diferente. Para Paulo Cunha, especialista em mercado financeiro e CEO da iHUB Investimentos, a democracia brasileira cumpre um papel de equilibrar os idealismos: “Apesar de todas as críticas que podemos fazer da nossa jovem democracia, fato é que ela ainda assim possui um certo equilíbrio de forças e arcabouço institucional”, explica. Além de uma democracia abrangente e equilibrada, fatores exclusivamente econômicos solidificam a diferenciação entre Brasil, Argentina e Venezuela. Cunha comenta que o Brasil possui três pontos divergentes e fundamentais para sustentar a tese de que o país não seguirá caminhos semelhantes aos seus vizinhos: - Boa reserva em dólares; - Forte exportação de commodities; - Banco Central independente. Brasil possui R$330 bilhões em reservas Diferente das décadas de 80 e 90, quando o país era um devedor líquido, atualmente o Brasil é um credor líquido internacional, tendo mais reservas do que dívidas em dólares. Segundo informações do Tesouro Nacional, o país possui aproximadamente US$330 bilhões em reservas, contra US$30 bilhões em dívidas (majoritariamente dívidas internas - em reais - representando apenas 3% da dívida total do Brasil). Em uma eventual disparada do dólar, esse “colchão” de proteção, criado através das reservas de moeda americana, se valoriza em reais, evitando que o movimento de aumento perdure de forma muito intensa e por um período prolongado. Já nossos vizinhos sul-americanos, tanto a Argentina, quanto a Venezuela, são devedores líquidos, possuindo mais dívidas do que reservas internacionais. Quando existe alta do dólar na economia, a dívida aumenta, o risco se potencializa, acarretando em mais fuga de moeda e novamente em maior alta do dólar, causando uma espiral inflacionária e fuga de capital. “As reservas internacionais robustas permitem que Banco Central do Brasil utilize-as para amortecer choques na moeda brasileira e proteger também o real de posições especulativas, podendo liberar ou enxugar a liquidez e normalizando o mercado de câmbio”, explica Cunha. Balança comercial favorável De janeiro a novembro de 2022, a economia brasileira exportou 298 bilhões de dólares e importou 243 bilhões, resultando em um saldo positivo de mais de 55 bilhões de dólares na balança comercial do país. Essa movimentação acarreta no aumento de reservas em dólares internacionais, e gera certa margem de segurança nas reservas locais. O petróleo é responsável por um terço do PIB e por cerca de 80% das receitas de exportação da Venezuela, tornando o país extremamente dependente de preços favoráveis dessa matéria prima no mercado internacional. Já o Brasil possui um grande leque de matérias primas, sendo a soja a principal, cuja representação é de “apenas” 14% do volume total; a lista segue por várias outras commodities como minério de ferro, petróleo bruto, açúcar e carne bovina. Um portfólio diversificado ajuda a economia local a não ficar exposta a uma crise ocasionada pela queda nos preços de uma determinada matéria-prima, assim como ocorre com a Venezuela. Além disso, o Brasil está entre as 10 principais economias mundiais, tendo um imenso mercado interno com mais de 200 milhões de consumidores e detendo a principal metrópole e centro financeiro da América Latina, São Paulo. O PIB brasileiro também mostra a força do consumo interno, principalmente no setor de serviços, que representa 60% do produto interno bruto. O dado evidencia uma certa renda do brasileiro para consumir, diferentemente da Argentina e Venezuela, em que a perda de renda nos últimos anos é consideravelmente alta. Autonomia do Banco Central Recentemente, o Banco Central brasileiro ganhou status de “independente”, isso significa que o seu presidente possui um mandato fixo de quatro anos, não converge com o mandato presidencial e o líder do executivo não pode demiti-lo durante o período. Essa estabilidade cria um certo conforto para que a instituição possa aplicar políticas de ajuste monetário, caso a inflação comece a dar sinais de aumento. Na Turquia, em 2021, o presidente Erdogan demitiu o líder do Banco Central, Naci Agbal, dois dias após Naci ter aumentado a taxa de juros do país. A demissão não esperada custou ao país um derretimento de 15% da moeda, apenas no dia do evento. “A independência do Banco Central gera segurança econômica e confiança de que nenhuma interferência política poderá intervir no desenvolvimento da instituição financeira, criando um respaldo técnico para o mercado financerio”, finaliza Paulo Cunha. Read the full article
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A dívida ecológica é a dívida que os países do Norte têm com os povos e países do Sul. É uma responsabilidade com o planeta devido à destruição gradual como efeito das formas de produção e consumo. Foi gerado nos tempos coloniais e continua a aumentar até hoje.
Isso inclui a responsabilidade pelo saque, usufruto, destruição, devastação (extrativismo de petróleo e de minérios, destruição de florestas e da biodiversidade), assim como a poluição da natureza. Também é gerado por trocas ecologicamente desiguais, pois a produção para exportação (principalmente de matérias-primas) é realizada sem levar em conta os danos sociais e ambientais que gera, como a apropriação intelectual e o usufruto do conhecimentos ancestrais relacionados às sementes e às plantas, ao uso e degradação da terra, do solo, da água e do ar para o estabelecimento de monoculturas, à poluição pelo depósito de lixo e resíduos tóxicos em países do Terceiro Mundo, entre outros efeitos do capitalismo industrializado e global, colocando em risco a soberania alimentar e em geral os meios e modos de vida das comunidades locais.
A dívida ecológica inclui a dívida climática, que é a apropriação ilegítima da atmosfera e da capacidade de absorção de dióxido de carbono do planeta (solos, florestas, oceanos) a partir da extração e queima desproporcional de combustíveis fósseis. A poluição atmosférica é a principal causa do efeito estufa e da consequente crise climática que afeta principalmente os povos mais vulneráveis do Sul
Baixe o Glossário da Justiça Climática:
bit.ly/GloJustClima
DEUDA ECOLÓGICA Y DEUDA CLIMÁTICA - La deuda ecológica es la deuda que tienen los países del Norte con los pueblos y países del Sur. Es una responsabilidad con el planeta, por la destrucción gradual como efecto de las formas de producción y consumo. Se genera en la época colonial y se sigue incrementando hasta nuestros días.
Esta incluye la responsabilidad por el saqueo, usufructo, destrucción, devastación (extractivismo petrolero y minero de los bosques y la biodiversidad) y contaminación de la naturaleza. También se genera por el intercambio ecológicamente desigual, ya que, la producción para la exportación -principalmente de materias primas-, se realiza sin tener en cuenta los daños sociales y ambientales que genera, tales como, la apropiación intelectual y el usufructo de los conocimientos ancestrales relacionados con las semillas y las plantas, el uso y la degradación de las tierras, suelos, agua y aire para establecer monocultivos, y la contaminación por el depósito de basuras y residuos tóxicos en los países del Tercer Mundo, entre otros efectos propios del capitalismo industrializado y global, poniendo en riesgo la soberanía alimentaria y en general, los medios y modos de vida de las comunidades locales.
La deuda ecológica incluye la deuda climática, que es la apropiación ilegítima de la atmósfera y la capacidad de absorción de dióxido de carbono del planeta (suelos, bosques, océanos) proveniente de la extracción y quema desproporcionadas de los combustibles fósiles. La contaminación atmosférica es la principal causa del efecto invernadero y de la consecuente crisis climática que afecta principalmente a los pueblos más vulnerables del Sur.
Descarga el Glosario de Justicia Climática:
bit.ly/GloJustClima
ECOLOGICAL DEBT AND CLIMATE DEBT - The ecological debt is what countries from the North owes to the ones in the South. It is the North’s duty to our planet, considering that the Earth is being gradually destroyed as a result of production and consumption systems. Such environmental damage can be traced back to colonial times and is still increasing in severity.
Acts of plundering, usufruct, destruction, devastation, and pollution of Nature form part of this debt, which has also been engendered by the unfair ecological exchange since goods production for export–principally, commodities such as raw material–is carried out without considering social and environmental damage such as intellectual property theft and usufruct linked to ancestral knowledge of seeds and plants, the use and degradation of land, soil, water, and air to practise monoculture, rubbish and toxic waste dumping in Third World countries and other effects characteristic of global and industrial capitalism. As a consequence, local communities’ food sovereignty is in jeopardy.
Climate debt is part of ecological debt. In essence, climate debt refers to criminal conversion of the atmosphere and the Earth’s capability to absorb CO2 arising out of fossil fuel extraction and burning. Air pollution is the main cause of the greenhouse effect and the consequent climate crisis which affects the most defenceless nations from the South.
Download the Climate Justice Glossary:
bit.ly/GloJustClima
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A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de fevereiro e a reunião trimestral do BC com economistas são destaques internos. Lá fora, é dada a largada da safra de balanços do primeiro trimestre dos Estados Unidos com destaque aos bancos JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup. Ainda sairão expectativas dos consumidores americanos para a economia e a inflação e tem a participação de dirigentes do Fed em eventos. Exterior Os rendimentos longos dos Treasuries se ajustam em queda após avançaram ontem, depois que dirigentes do Fed reforçaram postura cautelosa em relação aos próximos passos da política monetária. Os curtos também cedem. Hoje, alguns diretores da autoridade monetária americana voltam a falar e ainda ficam no foco as expectativas dos consumidores para a economia e a inflação da Universidade de Michigan. A Blackrock foi a primeira a divulgar balanço hoje nos EUA, com um lucro acima do esperado, puxando para cima as ações da empresa. Já os índices futuros de ações têm sinais destoantes em Nova York, com o Nasdaq cedendo depois de ter atingido novo pico histórico ontem. O petróleo avança após o crescimento da tensão geopolítica e do relatório da AIE. O dólar também sobe ante o euro e a libra, bem como as bolsas europeias. Os mercados digerem o arrefecimento da inflação alemã e o aumento da produção industrial do Reino Unido. Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em queda, com a de Hong Kong derrubada por dados fracos de exportação da China. As exportações chinesas cederam 7,5%, contrariando a expectativa de alta de 0,1%. Brasil A indefinição dos índices futuros de ações em Nova York nesta manhã pode atrapalhar uma eventual recuperação do Ibovespa, após cair 0,51%, aos 127.396,35 pontos ontem. Ao mesmo tempo, novos sinais de desaceleração chinesa podem inibir uma possível alta do principal indicador da B3. No entanto, a valorização superior a 1,00% do petróleo e de 3,12% do minério de ferro em Dalian, na China, são gatilhos de elevação ao Ibovespa, o que faria fechá-lo com ganho semanal, após ceder 1,02% na semana passada. Leia também Fica ainda no radar a decisão da Justiça, que suspendeu o presidente do Conselho de Administração (CA) da Petrobras, Pietro Mendes, opositor do CEO Jean Paul Prates. Já o alívio nos rendimentos dos Treasuries pode se replicar na curva brasileira, enquanto os investidores monitoram as reuniões trimestrais dos diretores do BC com economistas e avaliam o volume de serviços em fevereiro, cuja mediana é de alta de 0,2%, após alta de 0,7% em janeiro. Juntamente com as incertezas em relação aos juros dos EUA, o dado de atividade, depois do forte varejo divulgado ontem, pode elevar o debate de uma Selic terminal maior. Já o real pode se ajustar em baixa, em meio ao avanço persistente do dólar no exterior, após o dólar futuro tocar R$ 5,10 ontem. *Agência Estado Link da matéria
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Porto de Itaguaí consolida sua posição como líder na exportação de minério de ferro, de acordo com dados da Antaq
O Porto de Itaguaí, sob administração da PortosRio, está reforçando sua posição como líder na exportação de minério de ferro no Brasil, registrando um aumento de 13,1% na movimentação durante o terceiro trimestre de 2023. Os dados foram divulgados pelo Estatístico Aquaviário da Antaq, que reúne as principais informações sobre os resultados do segmento. Apesar do sucesso, planos de expansão…
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Exportações brasileiras crescem, mas setor deve se profissionalizar
Artigos de confeitaria, frutas, bebidas alcoólicas e uma série de produtos ganham cada vez mais relevância nos indicadores do comércio exterior.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 18,23 bilhões entre janeiro e abril deste ano. No quadrimestre foram exportados USS 82,1 bilhões e importados US$ 63,8 bilhões. Os dados são do portal Comex Stat, vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do governo federal.
Segundo o advogado especialista em direito aduaneiro Arthur Achiles de Souza Correa os números mostram que as transações de compra e venda para outros países continuam em alta, embaladas principalmente pelas commodities de soja, minério de ferro e óleos brutos de petróleo. Mas o que antes era um movimento exclusivo de grandes empresas, hoje é prática adotada por negócios de diferentes portes e ramos de atuação.
Artigos de confeitaria, frutas, bebidas alcoólicas, inseticidas, ferramentas de uso manual, equipamentos domésticos e uma série de produtos ganham cada vez mais relevância nos indicadores do comércio exterior.
“A expansão em outras áreas de negócios é muito positiva. Isso gera novos empregos, renda e permite que pequenos e médios empresários encontrem diferentes possibilidades a seus produtos nos cinco continentes”, explica o advogado especialista em direito aduaneiro Arthur Achiles de Souza Correa.
Entretanto, antes de iniciar as transações com outros países, é necessário fazer um bom planejamento financeiro, conhecer as normas legais, a documentação envolvida nesses acordos, planejar a logística e a embalagem dos produtos. Uma falha nesses procedimentos costuma gerar grandes prejuízos, já que as movimentações são feitas em grande escala.
E mais do que se imagina, esses problemas acontecem com regularidade. Em 2020 as repartições aduaneiras da Receita Federal distribuídas em todo território nacional analisaram 3,79 milhões de declarações de importação e exportação. O total de créditos tributários lançados e apreensões feitas alcançou R$ 7,5 bilhões.
“Isso mostra que empresas do comércio internacional precisam melhorar sua gestão, se profissionalizar cada vez mais, ficar atentas às inúmeras variáveis do negócio e evitar riscos desnecessários”, orienta o especialista em direito aduaneiro.
Segundo Correa – que atua há 20 anos no comércio internacional e foi membro da Câmara Britânica de Comércio – os erros mais comuns poderiam ser evitados com a ajuda de um profissional do ramo.
“O primeiro cuidado é analisar o mercado, conhecer a relação do governo brasileiro com a administração do país com o qual se pretende trabalhar e verificar como são os processos de colaboração no âmbito do comércio exterior”, esclarece.
Precauções relacionadas à tributação, câmbio e volatilidade, legislação sanitária, regras envolvendo embalagens e informações impressas, logística, segurança e custos com transporte vêm em seguida.
O terceiro ponto de atenção envolve a documentação, prazo de entrega, características do produto, tamanho do pedido, valor da compra e dados de identificação do exportador e do comprador.
Outra recomendação para quem deseja aproveitar o bom momento do comércio internacional é fazer as operações bem estruturadas e com segurança jurídica. Dessa forma, o negociante evita dissabores.
Um exemplo disso foi vivenciado por uma brasileira que reside na Europa há 8 anos e trabalha com consultoria para empresas que desejam exportar seus produtos para o Brasil ou importar para Europa.
“Mesmo tendo bastante conhecimento do funcionamento de vários setores do comércio e contando com uma vasta rede de network, uma empresa para a qual fizemos consultoria resolveu fazer uma importação de soja. Após realizar parte do pagamento, não recebeu o produto”, explica a brasileira que prefere não se identificar.
Ela relata que a companhia fez várias tentativas para reaver a parte que havia sido paga, mas sem sucesso. Dessa forma, a empresa teve um grande prejuízo monetário.
“Uma experiência mal sucedida traz não só perdas monetárias, mas de confiança e credibilidade no mercado com o qual o importador está trabalhando, neste caso o Brasil, e também coloca em dúvida a seriedade e competência de todas as empresas parceiras no projeto”, completa.
Por esses motivos, o perito em direito aduaneiro adverte: “Nada de querer fazer as operações aduaneiras sozinho ou sem o apoio de um profissional que realmente compreende todos os processos envolvidos. Quando as empresas buscam um especialista, elas têm amplo apoio jurídico, atendimento personalizado e isso alavanca os negócios com mais rapidez e transparência”, ressalta Arthur Achiles de Souza Correa.
“Ao mesmo tempo em que o especialista acelera os negócios internacionais, ele consegue localizar novos compradores de outros países que se interessam pelas mercadorias produzidas aqui no Brasil, abrindo novas frentes aos dois lados”, complementa Correa.
as, mai/21. Com Mem & Mem Comunicação <[email protected]>
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Revolução Mexicana de 1910
A Revolução Mexicana foi um grande movimento armado que começou em 1910 com uma rebelião liderada por Francisco I. Madero contra o antigo autocrata general Porfirio Diaz. Foi a primeira das grandes revoluções do século XX.
Esta revolução foi caracterizada por uma variedade de líderes de cunho socialista, liberal, anarquista, populista, e em prol do movimento agrário.
Causas
A elite agrária predominava completamente no México, sempre determinando quem seria o governante máximo. Em 1876 assumiu Porfírio Dias, que governou de forma ditatorial. Mesmo tendo havido um pequeno desenvolvimento industrial durante o período em que esteve à frente do país, a elite agrária permaneceu no poder, pois a base econômica continuou a ser a exportação de produtos agrícolas e de minérios.
Porfírio Diaz governou o México por mais de trinta anos. Mantinha-se uma aparência de democracia, pois eram realizadas eleições periodicamente, mas elas eram manipuladas para que ele sempre se reelegesse. Em 1910, nas eleições, Diaz novamente foi eleito, porém seu opositor, Francisco Madero conseguiu rebelar a população e assumiu, com a promessa de realizar a tão esperada reforma agrária.
Tal promessa, no entanto, não foi cumprida agravando ainda mais a já péssima condição de vida dos camponeses. Liderados então por Emílio Zapata e Pancho Villa, eles iniciaram a luta contra Madero, conseguindo tirá-lo do poder. Posteriormente, derrubaram também o seu sucessor, o general Huerta.
Primeiramente, Zapata e Villa propunham a expropriação dos latifúndios (inclusive os pertencentes à Igreja) para posterior divisão entre camponeses; o reconhecimento dos direitos indígenas sobre as terras que lhes haviam sido tomadas e a nacionalização das terras daqueles que fossem considerados inimigos da revolução.
Nas eleições de 1914, o latifundiário Carranza, apoiado pelos Estados Unidos, foi eleito presidente. Sua principal promessa era a elaboração de uma nova Constituição, que, de fato, foi aprovada em 1917.
A nova Constituição, aparentemente liberal, caracterizava-se por conceder ao Estado do direito de expropriar terras, caso fosse utilizá-las para benefício público, ao mesmo tempo que reconhecia os direitos dos índios sobre as terras de uso comum. No campo das relações de trabalho, criou-se o salário mínimo e determinou-se que a duração da jornada de trabalho seria de oito horas. A Igreja Católica foi sensivelmente abalada em seu poder com a separação entre Estado e Igreja.
Para garantir que Carranza fosse bem-sucedido em seu governo, os Estados Unidos chegaram a invadir o território mexicano em uma tentativa de prender Pancho Villa.
A morte de Zapata, assassinado em 1919, e de Pancho Villa, morto em 1923, foi um golpe duro para os camponeses. O governo norte-americano pressionava para que as reformas fossem implantadas rapidamente, a fim de evitar novos problemas. A Igreja Católica, por sua vez, exercia pressão sobre o governo, porque desejava recuperar o que havia perdido. Tudo isso levou o processo revolucionário praticamente ao fim.
Em 1929 foi criado o Partido Nacional Revolucionário (PRN), resultado da unificação das diferentes correntes revolucionárias, e que seria a base do Partido Revolucionário Institucional (PRI), criado em 1946. Essa mudança implicou o abandono dos princípios revolucionários de 1910.
Apesar da significativa reforma agrária implementada pela Revolução, com o tempo os camponeses perderam muitas terras que haviam conquistado. As dificuldades em conseguir uma produção em larga escala e a baixo custo, as dívidas bancárias, a concorrência dos produtos agrícolas norte-americanos e a maior mecanização das propriedades mais modernas acabaram por inviabilizar a pequena propriedade.
A luta dos camponeses mexicanos pela terra se estende até os dias atuais, como acontece, aliás, em outros países da América latina, inclusive no Brasil. No México, na última década do século XX, essa luta foi a retomada de forma mais intensa com a criação do Exército Zapatista de Libertação Nacional, na província de Chiapas. O nome desse movimento é uma homenagem a Emiliano Zapata, um dos líderes mais expressivos da Revolução de 1910.
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O bom desempenho da safra de milho e as exportações de petróleo fizeram a balança comercial iniciar 2023 com o maior superávit para meses de janeiro em 17 anos. No mês passado, o país exportou US$ 2,716 bilhões a mais do que importou. Em janeiro do ano passado, a balança tinha registrado déficit de US$ 58,7 milhões. Este é o melhor resultado para o mês desde 2006. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 23,137 bilhões para o exterior e comprou US$ 20,420 bilhões. As exportações subiram 11,7% em relação a janeiro do ano passado, pelo critério da média diária, e bateram recorde para o mês desde o início da série histórica, em 1989. As importações caíram 1,7% pelo critério da média diária, mas subiram 2,3% no valor absoluto, por causa do maior número de dias úteis em janeiro deste ano, e também bateram recorde. No caso das exportações, o recorde deve-se mais ao aumento do volume comercializado do que aos preços internacionais das mercadorias. No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu em média 9,5% na comparação com janeiro do ano passado, enquanto os preços médios aumentaram 5,6%. A valorização dos preços das mercadorias vendidas para o exterior poderia ser maior não fosse a queda do minério de ferro, cuja cotação caiu 7,2% na mesma comparação, e por produtos industrializados de ferro, como ferro-gusa, ferro-esponja e ligas de ferro, cujo preço recuou 11,8%, ainda sob reflexo da desaceleração da economia chinesa. Nas importações, a quantidade comprada caiu 1,6%, refletindo a desaceleração da economia, mas os preços médios aumentaram 5%. A alta dos preços foi puxada principalmente por petróleo e medicamentos, itens que ficaram mais caros após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Os preços dos fertilizantes químicos, que subiram fortemente no ano passado, caíram 7,1% entre janeiro de 2022 e de 2023. Setores No setor agropecuário, a valorização das commodities (bens primários com cotação internacional) pesou mais nas exportações. O preço médio avançou 12,4% em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2022, enquanto o volume de mercadorias embarcadas subiu 2,2%. Na indústria de transformação, o volume exportado subiu 5,1%, com o preço médio aumentando 6,9%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 31,8%, mas os preços médios recuaram 3,1% em relação a janeiro do ano passado. O petróleo bruto voltou a puxar o aumento das exportações, com o volume exportado subindo 49,8% e os preços caindo 2,8%. Isso ocorreu por causa da retomada da produção da Petrobras. Após um ano de altas contínuas, os preços do petróleo começam a desacelerar porque os efeitos da guerra na Ucrânia e da recuperação econômica após a fase mais aguda da pandemia de covid-19 já foram incorporados às cotações. Na comparação entre janeiro do ano passado e janeiro deste ano, os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram milho não moído, exceto milho doce (+163%) e sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras (+732,3%). O destaque negativo foram soja (-61,1%) e algodão bruto (-41,5%). Na indústria extrativa, os maiores crescimentos foram registrados nas exportações de outros minerais em bruto (+151,1%), minérios de cobre e seus concentrados (+129,5%) e óleos brutos de petróleo (+45,6%). Na indústria de transformação, as maiores altas ocorreram nas aeronaves, incluindo componentes (+364,4%), açúcares e melaços (+67,5%) e carnes de aves (+35,8%). Quanto às importações, as maiores quedas foram registradas no milho não moído, exceto milho doce (-20,8%), soja (-34,8%) e látex (-31,4%) na agropecuária; minérios de níquel e seus concentrados (-55,7%), carvão (-34,5%) e gás natural, na indústria extrativa; e combustíveis (-12,4%), equipamentos de telecomunicações (-15,7%) e válvulas e tubos termiônicos (-12,3%), na Indústria de transformação. Estimativa Diferentemente do habitual, a Secretaria de Comércio Exterior não divulgou uma estimativa para o saldo da balança comercial neste ano.
Tradicionalmente, as projeções são divulgadas no primeiro mês de cada trimestre. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 57,6 bilhões neste ano. Edição: Nádia Franco - Agência
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obsmineracao
Com certo orgulho, a Vale afirma em sua própria página que a mineradora é responsável, sozinha, por consumir 2% de toda a energia elétrica produzida no Brasil. A demanda de energia contratada pela Vale é equivalente à demanda de todo o estado do Espírito Santo. Toda essa energia é gasta essencialmente para produzir e transportar minério de ferro, o principal produto da Vale, que é exportado principalmente para a China. No Brasil e fora do Brasil, a Vale tem peso direto e indireto no consumo energético, no balanço de emissões e na influência em toda a cadeia de valor do setor minero-siderúrgico. A Vale também é dona de centrais hidrelétricas no Brasil e sócia da Cemig na usina de Belo Monte. A mineradora paga energia mais barata e conta com subsídios, incentivos, isenções e regimes tributários especiais desde o início da sua cadeia de produção, na geração de energia, até a exportação. Para especialistas, o tamanho da Vale no setor energético e o alto consumo da cadeia mineral e siderúrgica revela problemas crônicos, agrava a crise climática e, em contrapartida, oferece muito pouco para a sociedade. Leia a matéria especial no site.
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