#eu casaria com esse cara
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casos ilícitos
Matías Recalt x F!reader
Cap 13
Estou tão deprimida, ajo como se fosse meu aniversário todo dia. Eu choro bastante, mas sou muito produtiva, é uma arte. Você sabe que é boa quando consegue até com o coração partido.
Terminei de escrever o capítulo ontem então não deu tempo de revisar direito, então qualquer errinho, por favor relevem 😭
Avisos: Linguagem imprópria
Palavras: 9,5k (me empolguei 👀)
Cada minuto dos dias que vieram pela frente, foram gastos pulando de cenário em cenário, e imaginando cada vez uma versão ainda pior de como seria o seu reencontro com Matías, caso esse acontecesse. Perdida em devaneios de como seria a conversa, ou quem iria falar ou proferir a primeira palavra primeiro, e quem teria a coragem necessária para encarar ao outro. Ele, coragem de te enfrentar depois de tudo o que fez, ou você, de falar poucas e boas na cara dele de novo e tentar não desmoronar no processo. Também pensava em maneiras de poder contornar a situação e escapar dela, assim como do garoto em si.
Se encontrava presa em sentimentos conflituosos constantemente. Se sentia terrivelmente ansiosa para revê-lo ao mesmo tempo em que se sentia extremamente infantil por deixar esses sentimentos se apoderarem tanto de você. Ele era só um garoto. Nada demais. Todo mundo tem um ex-namorado que não gosta, isso não te faz especial, muito menos ele. Afinal, não é como se ele tivesse dito que se casaria com você um dia (ele disse!), ou dito que queria ter filhos com você (ele disse!) ou dito que te amava (ele NÃO disse!), no fim de tudo, foi só você vendo o que queria ver e tinha projetado em sua mente.
Talvez estivesse imaginando demais. Talvez no momento que ele te visse na apresentação, e por acaso o olhar de vocês acabassem se encontrando por alguma brincadeira do destino, ou acabassem se trombando, ele simplesmente te diria um “oi”, te ignoraria e seguiria em frente, como se esse simples ato não fosse o bastante para te desestabilizar pelo resto do dia. Mas achava essa possível falta de interesse por parte dele muito improvável de acontecer, levando em consideração que as flores dele ainda chegavam todo dia em sua casa, o qual você ainda faz a gentileza de presentear sua síndica, ou qualquer outra mulher no condomínio que goste das plantas delicadas e saibam apreciá-las.
Você tentou se preparar mentalmente para todas as possíveis interações e não interações que poderiam ou não acontecer, e mesmo com o seu estômago gelado de medo e antecipação pelo momento que não poderia mais ser adiado, você tenta acalmar a sua mente preocupada, e pensa que talvez dê sorte e ele nem esteja lá. Talvez ele tenha faltado, ou esteja doente, qualquer coisa para que você não seja obrigada a revê-lo.
O anfiteatro já estava todo montado e preparado com as ferramentas necessárias para as apresentações. O laptop conectado ao telão onde seriam mostrados os slides que cada grupo montou, sua professora em seu devido assento com uma caderneta para fazer anotações que achasse útil para mais tarde atribuir as notas, e os alunos convidados, juntamente com seu professor, chegando aos poucos para se acomodarem.
Você percorre os olhos por todos eles, procurando por um rosto em específico, e ficando aliviada quando não encontra nenhum. Mas sabe que é questão de tempo, pois sempre tem alguns alunos que chegam mais tarde, bem quando fica faltando pouco para darem início às apresentações, e não duvidava muito que ele poderia ser um desses.
Suas amigas notam a sua aflição, percebendo como os seus olhos se espantam cada vez que um novo aluno entra na grande sala, e suas orbes que estão grudadas na porta ficam à espera de qualquer movimento suspeito. Mas depois que vários corpos desconhecidos entram, e muito tempo se passa, você começa a pensar que ele não vai vir mais, e não sabe se vai ficar mais decepcionada se vê-lo, ou se não o ver hoje.
Se o visse, sabia que seria uma grande carga emotiva para você lidar, ainda mais em um dia tão importante como esse, então era melhor evitar. Por outro lado, só o pensamento de ver aqueles olhos, aquele rosto mais uma vez, era maravilhoso e de certa forma excitante, apesar de tudo o que aconteceu. Ele ainda está tão bonito como você se lembrava? Está melhor ainda? Está com a aparência perfeita enquanto você se esforçava para sair da cama todo dia e fazer suas coisas?
Não quer admitir, mas colocou um esforço a mais em sua arrumação hoje, simplesmente pela possibilidade de reencontrá-lo. Não para impressioná-lo, ou conseguir um elogio, longe disso, esses dias haviam acabado para você. Somente não queria que ele visse como você está mal e dar essa satisfação a ele. Você poderia estar ruim, mas ele jamais iria ficar sabendo disso:
- Amiga, fica calma, tem tanta gente aqui que você nem vai notar ele – Diz sua amiga e integrante do grupo vindo te confortar. - Que se dane ele, você tá uma gostosa com esse blazer, e vamos arrasar na apresentação. – Continua ela, balançando os seus ombros pra te relaxar e arrancando uma risada sua, te animando.
Todas vocês estão usando trajes sociais hoje, tanto as meninas quanto os rapazes que iriam mostrar o trabalho, pois já era norma que em situações assim, deveriam se portar com mais formalidade. E isso incluíam as roupas, ternos, blazers, gravata, tudo que pudesse passar mais credibilidade e segurança na hora de discutir e debater a respeito do tema estudado.
Você ainda se sentia um pouco estranha em seus saltos altos, junto com sua saia colada (um pouco curta, tem que reconhecer), blazer, e camisa social, parecendo uma secretária. Mas de acordo com suas amigas, uma secretária sexy. O que já faz com que você se sinta um pouco melhor estando nesta pele empoderada, e tentando não se sentir uma garotinha tola por dentro:
- Tudo bem, eu posso fazer isso, já superei ele. - Diz convicta olhando para ela e suas outras amigas no grupo, as assegurando de que tudo ficaria bem.
E elas acreditam, mas essa confiança e convicção só duram até seu olhar ser abruptamente desviado novamente para a porta e desta vez ficando em total choque e espanto, com o seu batimento cardíaco acelerando a mil por hora, e seu rosto se esvaindo de cor. E seguindo a sua linha de visão, elas entendem o motivo.
O dito cujo.
Matías.
Ele havia acabado de chegar.
Ele entra na sala com o rosto em uma expressão séria e fechada, e de olhos atentos, como se também estivesse na procura de alguém. Você começa a avaliá-lo por completo enquanto ele continua correndo os olhos pela sala. Começa notando que o cabelo dele está mais comprido, os mesmos fios pelos quais você adorava correr os dedos, e puxá-los em momentos específicos. Repara também que agora ele tem olheiras profundas e levemente escuras abaixo dos olhos, indicando que ele não tem dormido muito bem ultimamente. “Provavelmente se divertindo até tarde da noite com a nova garota dele” Você pensa com amargor. O rosto está um pouco pálido, e ele está mais magro, o que mesmo não querendo, te preocupa um pouco, afinal ele já era magro antes, não queria que ele acabasse doente por não se alimentar direito. Mas isso não é mais problema seu, tem que se lembrar disso. Agora ele tem a Malena, que deveria estar cuidando muito bem dele, do jeito que ele sempre quis e que sempre foi destinado para ser.
Como se estivesse sentindo o seu olhar grudado na figura dele, os olhos do garoto são atraídos até o seu e te fitam do outro lado da sala. E por um instante, por meros segundos, são apenas os dois naquele salão enorme repleto de pessoas. Os sons desaparecem assim como todo o resto, sobrando apenas vocês dois ali. Não existe mais raiva, melancolia, rancor ou mágoa. Só existe a saudade que tem sentido um pelo outro desde então. Você está impossibilitada de tirar os seus olhos dele, não os desviando por nada, e ele faz o mesmo, ainda estagnado no lugar. Até parece que estão tendo algum tipo de conversa através dos olhares trocados, como se eles pudessem dizer algo que nem mesmo vocês conseguem, ou estão prontos para admitir ainda.
Você quer correr até ele, envolvê-lo em seus braços e beijá-lo até que ambos fiquem sem ar, sem se importar com mais nada além disso. Querendo que ele envolva os braços em sua cintura e te puxem para mais perto, mostrando que nunca mais iria te soltar e te deixar ir. E no único momento que afastasse os lábios dos seus seria para te dizer coisas doces ao pé do ouvido, promessas, juramentos, e frases que te deixariam de pernas bambas e de bochechas extremamente avermelhadas.
Mas o encanto é quebrado quando uma de suas amigas toca o seu ombro, te livrando do feitiço em que você estava envolta e te deixando respirar de novo, já que você nem tinha percebido que tinha prendido a respiração quando o viu. E você se amaldiçoa internamente, pois fica indignada que mesmo depois de todo esse tempo, e depois de tudo que ele fez, ele ainda seja capaz de te deixar sem fôlego.
Como você se permitiu cair nessas fantasias hediondas novamente? Se imaginar voltando com uma pessoa que te causou tanta dor, e mentiu tanto para você? E como se estivesse sendo pega por uma tempestade, é enxurrada com todos os sentimentos ruins todos de uma vez, te acertando bem no peito. O remorso, a dor da traição, da mentira, e de todo o resto. Você volta a encará-lo, mas desta vez ao invés de saudade ou luxúria, só havia ressentimento e rancor, e com o engolir em seco do rapaz, dá pra ver que ele também havia notado a diferença em seu comportamento.
-Precisamos ir, logo começam as apresentações e temos que nos preparar - Diz sua amiga ao seu lado, te livrando do toque leve no ombro - Ou você prefere ficar aqui e ir conversar com o seu príncipe encantado? - Questiona ela com um meio sorriso e arqueando a sobrancelha te provocando.
- Ha-ha, muito engraçado - Você retruca se recompondo e arrumando a postura - Vamos logo - Diz a ela com o rosto corando por ter sido pega em uma situação tão constrangedora, após ter dito que já tinha superado o mesmo.
- Estou falando sério - Ela argumenta - Ele tá vindo aqui agora, e acho que é pra falar com você - Comenta ela, desviando o olhar para a porta, onde você estava fitando agora pouco.
- O que? – Você diz perplexa, se virando para conferir.
Não! Não! Não!
Ele realmente está começando a abrir caminho entre os corpos dos diversos estudantes espalhados pela sala e se aproximando de onde você está, para chegar até sua pessoa. Tudo o que você menos queria agora era ter de falar com ele, e acabarem brigando na frente de todos, o que era provável pois você não queria escutar mais nenhuma das desculpas esfarrapadas, ou mentiras saindo da boca dele. Ou o pior de tudo, acabar cedendo aos encantos dele e se deixar ser franca em um momento desprovido de lucidez. Isso não poderia acontecer.
E como a adulta completamente madura e totalmente responsável que você é, já sabe exatamente como lidar com essa situação:
-Vamos sair daqui – Você diz para a garota ao seu lado - Agora! - Repete apressada, e dando as costas ao rapaz antes que ele tenha a chance de te alcançar.
Seus passos são apressados e ligeiros, querendo deixar a sala o mais rápido possível, e sem olhar para trás nenhuma vez. Ele estava muito enganado se pensava que poderia te encurralar e te forçar a conversar com ele depois de tudo. Você está quase saindo da sala pela porta lateral, com o semblante determinado e punhos apertados, até que é parada de repente, ao sentir um aperto em seu pulso te prendendo e te mantendo firme no lugar. E era impossível não reconhecer a quem pertencia a mão te segurando, sendo que o seu corpo já havia memorizado cada toque, cada carícia que a mesma já havia te feito, e te proporcionado.
Mesmo sabendo que havia chegado ao fim da linha, e que não tinha mais como escapar, você se recusa a se virar para ele, e fecha os olhos por um momento soltando um suspiro pesado e resignado com a situação.
-Espera! Podemos conversar rapidinho? - Você escuta a voz de Matías dizer, parecendo ofegante provavelmente por ter corrido para te alcançar, e sem ainda largar de seu pulso.
Você só puxa sua mão abruptamente se livrando do toque dele, e se vira para finalmente o encarar, e o olhar cara a cara. O seu olhar é cortante, bravo, ferido, como se fosse um animal que ataca para se defender, e no momento, é exatamente assim que você se sente. Ele te encurralou, não te deu o seu espaço, e mais uma vez coloca as necessidades dele acima das suas, como se o fato de te enganar não fosse uma infração ruim o suficiente, e ainda assim, você tem que tentar o seu máximo para ignorar como a sua mão formiga já sentindo falta do calor da palma dele contra a sua.
Por que ele tinha que ser tão bonito assim? Vê-lo tão de perto, e poder admirar o rosto do qual sentiu tanta falta, te fazia às vezes querer esquecer de tudo apenas para poder tê-lo novamente em sua vida. Mas não podia, você tinha mais amor próprio do que isso, e sabia que era um erro deixá-lo se aproximar quando você estava tão confusa, vulnerável e irritada. Mas às vezes era difícil dar razão às vozes de sua cabeça e ficar brava com alguém que um dia tinha sido o seu tudo, e até mesmo por alguns instantes a sua pessoa favorita no mundo todo. Sabia que tudo não havia passado de enganações e uma farsa bem elaborada, apenas uma fachada que ele arquitetou para te prender em sua teia de mentiras. E mesmo que tenha funcionado por um tempo, o amor unilateral que um dia você chegou a sentir por ele, não te faria pegar mais leve com ele, ou com o sentimento que um dia haviam compartilhado juntos.
-Eu estou ocupada, caso você não tenha notado - Diz o encarando brava, sem dar abertura.
Falar que o clima havia ficado pesado era um eufemismo, considerando que ambos se fitavam com afinco, ainda mais você que tinha adagas no olhar e palavras afiadas que queria desferir a qualquer menor palavra inconveniente que saísse dos lábios dele. Sua respiração estava pesada, suas mãos tremendo e suas sobrancelhas franzidas em uma expressão óbvia de descontentamento. Ele, por outro lado, parecia afoito e impaciente para conseguir falar fosse qual fosse a mentira da vez. Sua amiga se meche desconfortável do seu lado, provavelmente sem graça de estar presente no meio do que possivelmente se tornaria uma discussão de relacionamento:
-Na verdade ainda temos uns minutinhos - Diz a sua amiga limpando a garganta e entrando na conversa - Vou ir lá ver como estão as coisas, e qualquer imprevisto eu te chamo – Ela anuncia prontamente, e sem esperar por uma resposta ou concordância sua, ela começa a se afastar - Bom papo – A garota diz ao sair pela porta e te dando uma piscadinha singela no final.
“Traidora” – Você sussurra com os lábios ao fita-la com raiva, e ela somente ri, te deixando ali com o ser indesejado.
Sem alternativa, você cruza os braços na frente do corpo para impor alguma distância entre os dois, e com um revirar de olhos, espera que o garoto comece a dizer logo o que tenha para te falar, para acabar com essa tortura o mais rápido possível. Só que estranhamente, o rapaz que é sempre tão tagarela, parece ter ficado mudo e quieto desprovido de qualquer som. A única coisa que ele conseguia fazer era percorrer os olhos por sua figura, e absorver sua imagem com vontade, para tentar memorizá-la. Assim que os olhos dele fixam na barra de sua saia, que medem um pouco mais do que metade de suas coxas, ele engole em seco, ficando intimidado e nervoso, parecendo que nunca havia visto mais partes de sua pele nua do que agora. E talvez depois de tanto tempo separados, o sentimento seja mesmo esse, já que parece que a ideia dos dois estarem juntos foi há uma vida atrás.
Ficando impaciente com o súbito silêncio dele, e ficando constrangida (e mesmo que não admita isso para mais ninguém, fica satisfeita de ver que não é a única que ficou com cara de boba ao reencontrá-lo) limpa a garganta falsamente chamando a atenção dele:
- Para de ficar me secando seu tarado! – Fala o repreendendo.
- Desculpa – Ele responde rapidamente, e engolindo em seco novamente, arruma a postura e desvia o olhar de seu corpo, focando em seu rosto e ficando sério – É que faz tanto tempo, e você tá tão linda - Te elogia com a voz rouca, arrancando outro revirar de olhos seus e um suspiro frustrado. O típico truque barato dele de te agradar e te acalmar para dar início a uma conversa difícil.
Mas dessa vez não vai funcionar, e com isso você não diz nada, deixando que ele sofra mais um pouco tentando encontrar as palavras certas sobre seu olhar excruciante. Então ainda de braços cruzados, só levanta a sobrancelha e o desafia a continuar:
- Eu tentei falar com você várias vezes. Te mandei mensagem, liguei, te procurei em todo o canto, fui até sua casa e até te mandei flores, espero que tenha recebido. – Ele diz com a voz baixa e pausada, como se doesse admitir que todas as tentativas dele de contato foram fracassadas, e ao menos tinha um pouco de esperança de que você tenha recebido os presentes com os bilhetes afetuosos dele.
Você ainda não disse nada, porque sabe que se abrir a boca neste momento, pode começar a desabar no mesmo instante. Odeia como fica comovida com a feição triste e magoada dele, sendo que foi ele quem te magoou, e era você quem era a vítima aqui. Então porque estava te doendo tanto ver a melancolia nos olhos dele? Ele só estava colhendo o que plantou. Então como se para te lembrar do motivo que levou a tudo isso, pensa nos sonhos que tem tido nos últimos meses. Ele e Malena entrelaçados nus em uma cama, ele por cima dizendo palavras tão bonitas quanto as que te disse durante o namoro, e ele louco de desejo por outra pessoa, porque afinal, isso era tudo o que você era pra ele, um pedaço de carne e um brinquedo descartável.
Matías nota que você não vai ceder, e vai continuar se mantendo séria e calada, e soltando um suspiro sôfrego, ele prossegue com pesar:
-Eu sei que você ainda tá brava, mas você pode dizer alguma coisa? Por favor! - Ele implora deixando os ombros caírem com desânimo ao seu desprezo.
Você está prestes a respondê-lo, e acabar logo com essa palhaçada. Se era pra mandá-lo ir se foder ou colocar as flores que ele te mandou em um lugar bem desagradável, você não saberia dizer com certeza, mas é interrompida de sua futura ofensa a ele por uma voz alta e autoritária se fazendo presente no corredor:
-Atenção! Todos os grupos que vão se apresentar, se reúnam na sala, agora - Ordena sua professora inspecionando os alunos até o local e querendo agilizar a atividade.
E como se um aviso de que a conversa estava encerrada, você o lança um último olhar de desdém, e sem lhe dizer nenhuma palavra de despedida ou satisfação, simplesmente o dá as costas e vai embora, e desta vez mesmo a contragosto, ele te deixa ir.
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Conforme cada grupo vai entrando e saindo do palco de apresentações, você tenta controlar o seu nervosismo e se mostrar confiante para todos, mesmo sendo uma total fraude. Sua amiga não te pergunta a respeito da conversa, sabendo que se você quiser compartilhar o que houve, dirá por vontade própria, o que você a agradeceu internamente por não ter que lidar com essa carga emocional agora.
Assim que chega a sua vez de apresentar o projeto, juntamente com as suas amigas, você faz o possível para evitar de olhar para o rapaz de cabelos castanhos na plateia, fosse para não se distrair ou acabar vacilando nas próprias palavras. E quando finalizam, após esclarecerem as dúvidas que seus colegas possam ter tido, se retiram do local, e é quando finalmente você consegue respirar com calma e relaxar, sabendo que tinha feito um bom trabalho.
A apresentação de todos os grupos depois transcorrem bem sem nenhum incidente, isso se não contar o penúltimo conjunto de rapazes que não souberam responder as dúvidas dos colegas na plateia, e recebeu um olhar afiado e descontente de sua professora, acompanhado de uma anotação furiosa na caderneta da mesma.
Assim que esse processo é finalizado, juntamente com um discurso de agradecimento, as pessoas começam a se dissipar do local, e seguem para as próximas atividades do dia, como a próxima aula, ou um intervalo para comerem alguma coisa no caso de alguns. Para sua infelicidade, Matías parecia que teria o próximo período livre, assim como você, e claro que ele usaria esse tempo vago, para mais uma vez vir te procurar. Ele se levanta com pressa de seu assento, e começa a vir em sua direção, e você corajosa como sempre, os dá as costas outra vez, e foge para evitar qualquer tipo de conversa com ele.
Ele não desiste, e conforme os segundos se passam, você escuta os sons dos passos dele atrás de você se aproximando e quase te alcançando, e em completo pânico, antes que possa pensar direito, vira em um corredor deserto e entra na primeira sala vazia que encontra na universidade, já que tinham várias desocupadas naquele período. Mas antes que possa trancá-la, com as mãos tremendo na fechadura, ele é mais rápido e força sua entrada na mesma, não te dando escolha a não ser aceitá-lo no espaço e enfrentá-lo.
Matías tranca a porta atrás dele, em um aviso claro de que não tinha mais como escapar da conversa e que era a hora de falarem a respeito do que aconteceu, você querendo ou não. Você fica indignada com a atitude dele de te encurralar assim, e tenta preservar o máximo de controle que ainda possuía sobre a situação, colocando o máximo de distância que podia entre os dois, indo para o fundo da sala com raiva, enquanto ele se escorava na porta, e te fitava com o rosto sério:
- Já cansou de fugir de mim? Ou a gente pode finalmente conversar? - Ele questiona exasperado, como se ao menos tivesse o direito de estar chateado com algo nessa situação. Ele era um hipócrita e mesquinho por pensar que tinha algum poder de fala aqui.
Em poucos passos ele atravessa a sala inteira e chega até onde você está, acabando com a sua vontade de estar longe dele. E isso só te enfurece ainda mais:
- Será que você não percebeu que eu não quero falar com você seu idiota? – Retruca raivosamente, e se dirige até a porta para destrancá-la querendo sair dali, o que você também não consegue fazer já que ele entra na sua frente, e impede que você se mova mais um centímetro.
Será que ele não entendia que você realmente não estava com paciência para este tipo de coisa agora?
-Matías eu quero sair, então some da minha frente – Ordena fria e seca em um ranger de dentes.
- Não até a gente conversar direito – Ele retruca sem se mover um milímetro para o lado, mostrando que não tinha intenção nenhuma em te obedecer até que fizesse o que ele queria, o que no momento, era apenas um pouco do seu tempo e atenção - Por favor, me deixa explicar! - Ele insiste mais uma vez com a sua falta de resposta.
-Eu não quero ouvir mais nada vindo de você. - Diz mantendo a sua decisão de evitá-lo.
Matías solta uma respiração profunda com o seu teimosismo constante e prossegue - Eu juro que não dormi com ela, e nem com ninguém desde que te conheci - Afirma com a voz séria tentando te passar certeza, e te olhando olho a olho.
Você só solta um riso de escárnio com as palavras sem significado dele, e com o pensamento estúpido dele achar que você realmente cairia nessas besteiras de desculpas dele:
- Claro, eu acredito muito na sua palavra, Matías, me convenceu muito – Diz irônica. – Além de ser um mentiroso, omitiu coisas de mim. - O relembra com amargura em seu tom de acusação.
- Eu não te contei por que não queria te perder. - O mesmo se defende, com a justificativa mais besta que você já ouviu. - Você é muito importante pra mim e eu não queria perder isso. - Fala com o semblante chateado e cabisbaixo.
- Você nunca me teve pra me perder. – Fala irritada – E não adianta falar essas suas merdas porque eu não acredito em nada do que você diz - Com isso, você dá um passo à frente e aponta o dedo no peito dele, o cutucando com força - Você por acaso tava pensando no quão importante eu era quando foi trepar com ela? Ou isso foi depois de vocês se comerem? - Sua voz começa a falhar nesse momento, com a frustração, vergonha e rancor querendo vir à tona. Mas rapidamente limpa a garganta, não se permitindo que as lágrimas que estão querendo se formar escorrão por seu rosto, e continua - Você já deixou bem claro que ela sempre vai ser a sua escolha, então me deixa fora disso, e me esquece. - Fala com a voz mais composta que consegue.
Ele pega a sua mão que estava com o dedo no peito dele e a segura, a envolvendo na palma dele e acariciando, fazendo carinho com os dedos e apertando com firmeza no calor irradiando do mesmo:
- Eu não a escolhi, aquilo foi um erro, e nunca mais vai se repetir, eu juro. – Ele diz trazendo suas mãos aos lábios e depositando um pequeno selinho ali no local – Por favor, você já me ignorou por tempo demais, não acha? Vamos conversar com calma. - Ele pede, usando os olhos a seu favor, em uma expressão sofrida no rosto.
“Um cafajeste mesmo” você pensa com ódio.
- Pra você mentir pra mim de novo? - Pergunta retoricamente. – Não obrigado. - Responde, afastando as suas mãos do alcance dele e as limpando na barra da blusa, para que ele veja o seu desprezo pelo gesto barato.
Ele vê, e não esconde a insatisfação e mágoa com a sua reação.
- Me desculpa, eu fui um idiota, e deveria ter te contado tudo o que aconteceu, ou melhor, nem ter feito pra começo de conversa – Ele admite agitado – Mas não posso mudar o que aconteceu, só posso prometer ser melhor daqui pra frente. - Diz querendo uma segunda chance.
- Não me importa o que você promete ou deixa de prometer! Só cala a boca porque eu não quero te escutar. – Diz irritada, mas isso não é o suficiente para que ele cesse o roteiro sem fim de desculpas esfarrapadas dele:
- Foi um beijo, nada mais que isso e…
-CALA A BOCA! - Você grita o cortando no meio da frase, e perdendo o pouco controle que ainda te restava.- Não me importa se foi só um beijo, ou uma transa Matías, você não entende não é? Você me traiu de qualquer forma e não tem como consertar isso, então para com esse papo de “foi só um beijo”, ou “ foi antes da gente voltar” porque pra mim não faz diferença alguma. - Você cospe as duras verdades na cara dele.
Com muito pesar, ele finalmente parece entender o seu lado e seu ressentimento, e fita o chão envergonhado por ter causado tanto problema na antiga relação de vocês. Um silêncio se instaura no ambiente, você não quer dizer e nem ouvir mais nada, mas ele se recusa a deixar que a conversa de vocês acabem assim, não depois dele lutar tanto para estarem no mesmo lugar juntos:
- Eu ainda tenho sentimentos por você, e sei que lá no fundo você ainda sente algo por mim – Matías fala quebrando o silêncio com suas afirmações, e voltando a te encarar.
- Você só pode estar de brincadeira! - Diz revirando os olhos - Eu não sinto mais nada por você - Retruca descaradamente com a língua afiada - Até onde eu saiba, não sou eu quem ando atrás de você como um psicopata. – O acusa furiosa com adagas no olhar com a insinuação ridícula do garoto.
- Eu sei que no fundo você gosta, gatinha – Ele diz ao largar a máscara de tristeza de lado, e voltando ao seu jeito babaca e convencido de ser, o que só te dá uma vontade enorme de dar um tapa na cara dele, para que assim essa satisfação e certeza toda saia do mesmo, e antes que pare pra pensar duas vezes, é exatamente isso o que você faz.
A cara dele na mesma hora se vira para o outro lado em um estalo seco e alto, assim que sua mão encosta na bochecha com força e brusquidão. A região afetada imediatamente fica avermelhada, e marcada no formato de seus dedos na pele branca do rapaz, mas em momento algum ele demonstra dor com o seu feito, e volta a te encarar com a mesma expressão provocadora, e debochada quase no mesmo instante.
Se enraivecido ainda mais com a audácia dele, você desfere outro tapa seguido só que no outro lado da face do garoto, o que novamente, não surte efeito algum, e ele volta a te encarar com a expressão malandra na cara. Você pode estar imaginando coisas, mas chega a parecer que ele está até mesmo gostando disso. Como se a sua agressão o estivesse excitando e dando prazer a ele. Mas quando você vai desferir um terceiro tapa, ele te surpreende ao agarrar sua mão no ar e prendê-la, e quando você vai usar sua outra mão para se soltar do aperto dele, ele faz o mesmo, conseguindo assim te prender e te ter literalmente de mãos atadas para ele.
Tendo agora controle sobre você, ele te segura e te empurra para trás, te pressionando contra uma parede, e te deixando frente a frente com o corpo dele e te fazendo soltar um pequeno grito, devido a ação repentina.
Antes que você possa reagir ou fazer algo que não seja arfar de surpresa, ele junta suas duas mãos em uma só no aperto dele, e as prende acima de sua cabeça. Ele chega cada vez mais perto, e levando a outra mão dele que agora estava desocupada, a posiciona em seu queixo, te segurando e forçando o seu olhar a encará-lo:
-Você tá louco? Me solta, Matías! - Você reclama, se debatendo e tentando se soltar do aperto dele, mas sem sucesso algum.
- Nós dois sabemos que você não quer isso, meu bem - Ele diz, ficando com o rosto ainda mais perto do seu e te fitando com afinco.
Ele está tão correto sobre isso que te deixa enfurecida. Mas não somente com ele, mas consigo mesma também. Pois odeia como o calor que está emanando dele te causa sensações já tão familiares da qual seu corpo tem sentido falta nos últimos meses. O modo como as mãos dele estão te segurando com força, as peles em contato uma com a outra, o cheiro dele, tudo como se fosse um convite aberto para que você o recebesse. E mesmo não querendo, com o seu cérebro te dizendo não, o seu corpo grita que sim, e super demonstra isso para ele. Fosse a forma como sua respiração está ficando mais falha, as bochechas ficando coradas, ou o modo que involuntariamente você fricciona as coxas uma contra a outra em busca de alívio.
-Você não sabe o que eu quero - Diz em um fio de voz, não querendo se render tão fácil.
-Ah não? - Ele diz e se aproxima de sua orelha para sussurrar em seu ouvido - Então se eu levantar essa saia minúscula que você tá usando agora, eu não vou encontrar a sua buceta molhada? - Ele pergunta, e mordisca levemente o seu lóbulo, arrancando um gemido baixo seu.
Mas você se recusa a responder a pergunta petulante dele, e com sua falta de palavras, ele decide provar o seu ponto e larga o seu queixo para deixar a mão livre. Você fecha os olhos já sabendo exatamente o que vai acontecer, e não demora muito até que ele leve a mão até o meio de suas coxas e encontre o que tanto procurava:
-Porra! - Ele exclama - Você está encharcada - Ele diz ao apalpar a sua carne sensível com vontade.
E com esse simples toque, tudo está perdido e você é reduzida a uma bagunça melosa e carente por contato do garoto. Assim que ele larga as suas mãos, você se aproveita de sua recém liberdade para entrelaçar os braços no pescoço dele por vontade própria, o agarrando e o trazendo para seu calor, e ele se utilizando desse momento de rendição sua, leva as mãos até a barra de sua saia a puxando com pressa para cima, até alcançar a altura dos quadris. E quando o consegue, te agarra firmemente pelas coxas, e te traz até ele, te erguendo e te carregando até uma das diversas carteiras que haviam espalhadas por ali, te depositando na mesma, para depois se pôr entre suas pernas.
O frio do móvel escolar em seu traseiro, coberto apenas pelo tecido fino da calcinha, é esquecido quando ele leva as mão até sua pele à mostra, e fecha os olhos encostando a testa contra a sua, o que te causa cócegas por conta do cabelo comprido. Você nota como a marca de seus dedos na bochecha dele quase não são mais aparentes, e devido a proximidade dos dois, a virilha dele está encostada em uma posição extremamente precisa e prazerosa para ambos, e isso só se intensifica quando ele começa a se esfregar contra o seu corpo. Não tem como você conter um gemido de escapar de seus lábios, para a satisfação e alegria do rapaz.
-Eu poderia te fazer gozar agora se eu quisesse, te chupando do jeitinho que eu sei que você gosta. - Ele provoca, esfregando o nariz contra o seu, e apalpando suas coxas chegando perto de sua intimidade - Hum? - Ele te atiça querendo uma resposta, e abrindo os olhos para te encarar - O que eu preciso fazer pra te provar que você é a única mulher na minha vida? - Os dedos dele se aproximam ainda mais de seu núcleo - Eu te dou o que você quiser, meus dedos, minha boca, meu pau - Com isso, ele começa a brincar com a barra do tecido de sua calcinha - É só você me pedir com jeitinho.- Diz e deposita um beijo molhado em seu queixo.
A partir deste momento, estar perto não é mais o suficiente, e ele começa a se inclinar mais a fim de juntar os lábios nos seus para finalmente te beijar. E ele está tão perto que você já consegue sentir o hálito mentolado dele em seu queixo.
- Eu sei que você me quer – Ele sussurra prestes a juntar suas bocas.
Mas antes que os lábios deles possam encontrar os seus, o som da maçaneta sendo forçada, e alguém batendo na porta te tira do seu estupor e você o empurra assustada, o afastando como deveria ter feito a muito tempo.
Sem coragem para encará-lo, simplesmente o dá as costas e abaixa sua saia envergonhada, tentando se arrumar e se recompor o melhor que pode. Ainda em choque, e com as pernas bambas parecendo gelatina, você caminha até a porta e a abre, torcendo para sua cara parecer leve e despreocupada, e não deixar transparecer nada do que acabou de acontecer, ou do que poderia ter acontecido. Mas assim que faz isso, se arrepende na mesma hora e sente seu coração acelerando mais ainda, e seus olhos quase saltando, quando vê sua professora parada do lado de fora da sala à sua frente. Que droga ela estava fazendo aqui?
Você engole em seco e sente suas mãos suarem frio, com medo e receio do motivo dela estar ali, afinal, aquela sala não era muito utilizada, você tinha certeza disso. Mesmo em sua pressa, você saberia dizer para onde estava indo, e também sabe que esta ala da faculdade era quase sempre desprovida de professores e estudantes por ficar longe da biblioteca, refeitório e ginásio, então na maioria das vezes só a equipe de limpeza passava por lá. Mas o que mais te assombrava era a possibilidade dela ter escutado alguma coisa, pois sua cara já morria de vergonha com o mero pensamento.
- Olá - Ela cumprimenta rapidamente assim que te avista e abre a boca para dizer mais alguma coisa, mas se detém ao notar seu nervosismo, e te estuda para entender melhor o motivo. Não demora muito para que ela encontre a razão de tudo isso ainda parado no fundo da sala perto dos armários. - Desculpe, estou interrompendo algo? - Ela questiona arqueando a sobrancelha com a cena inusitada:
- Sim! /Não! - Você e Matías dizem ao mesmo tempo. Você completamente constrangida e ele obviamente irritado porque foram interrompidos do que sequer estivessem fazendo.
-Matías - Ela se dirige a ele desgostosa - Ainda estou no aguardo do seu trabalho do terceiro período - Ela o cobra, aproveitando para o medir de cima a baixo com julgamento escancarado no olhar.
- E como eu já tinha dito antes Senhora, eu ainda estou dentro do prazo - Ele retruca não se deixando intimidar pela presença da mais velha.
- Faltam apenas dois dias, não se esqueça - Ela rebate autoritária, e se dirigindo a você com a expressão mais pacífica prossegue - Podemos conversar senhorita? Em particular? Na minha sala? - Pergunta a mesma, olhando de escanteio para o rapaz atrás de você, arrancando um bufo aborrecido dele e quase, QUASE, uma risada sua com a birra dos dois.
- Claro. - Você concorda, ansiosa para sair de lá e se livrar dessa situação merda em que se encontrava com o seu ex.
Ainda com o coração em um ritmo acelerado, você a segue até a sala para que possam conversar. Será que você estava com problemas? Porra! Será que ela ouviu alguma coisa do que aconteceu? Sua mente já estava prestes a entrar em combustão naquele instante se ela não começasse a falar logo:
- Vou direto ao ponto, eu gostei muito da apresentação do seu grupo hoje, e você em especial me chamou a atenção, então vim com uma proposta pra te oferecer. – Ela diz, parecendo ouvir suas preces quando entram em seu escritório, e se endireita na cadeira, para pegar uma pasta preta em sua gaveta.
- Muito obrigado – Agradece as palavras dela se sentando de frente para a mesma – E qual seria? – Questiona curiosa.
- Tenho uma colega na área que está procurando indicações de alunos para estagiarem no escritório dela, e caso você se interesse, posso te fornecer uma excelente carta de recomendação – Ela começa dizendo - É uma ótima oportunidade e eu já venho te observando há algum tempo – Abrindo a pasta, ela começa a folhear o conteúdo das páginas – Realmente impressionante, notas bem acima da média, grande participação nas aulas, trabalhos em dia – Ela pontua, enquanto vai descendo o dedo por cada parte da folha a analisando - E como se não bastasse, apresentou o seu projeto de forma totalmente eloquente e comunicativa hoje. - Finaliza satisfeita.
- Nossa, obrigado! Tô até sem graça com tanto elogio – Diz a ela, arrancando uma risada da mesma.
- Não fique – Ela te acalma e te estende uma folha, a qual você pega no mesmo instante.
- Esse é o termo e contrato do plano de estágio – Ela explica – Caso esteja interessada, além de contar pontos muito bons na sua grade curricular, também te insere com mais profissionais do ramo, os quais para ser sincera, eu admiro muito. – Ela fala.
- Tudo bem, eu tenho interesse. - A comunica com entusiasmo, gostando da ideia. Afinal, seria bom encontrar algo no qual pudesse se distrair e gastar suas energias ao invés de só ficar em casa se lamentando, e claro, um dinheirinho a mais não faria mal nenhum no momento.
- Perfeito! - Ela comemora - Me manda o seu currículo pelo e-mail acadêmico e eu encaminho para ela junto com a recomendação.
- Ok, obrigado – Concorda, agradecendo e se retirando da sala.
Mas assim que você sai pela porta da mulher, e não encontra o inoportuno do seu ex, não sabe se está mais chateada pelo fato de Matías ter vindo te procurar em primeiro lugar, ou pelo fato dele não ter te sequer te esperado sair para conversarem. Você nunca admitiria, mas talvez, assim como ele disse, você realmente gostava da insistência dele.
O que você mal sabia, era que o garoto estava lá até segundos atrás, mas tinha acabado de sair achando que se te importunasse mais alguma vez no dia, era capaz de ao invés de um tapa, você acabasse desferindo um chute nas partes íntimas dele. O que sendo honesta, poderia acabar muito bem acontecendo, já que você não daria o braço a torcer. Então com um suspiro derrotado, ele foi embora.
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Após alguns dias de espera, e uma nota gratificantemente alta em seu histórico e grade curricular, você é agraciada com a notícia e retorno de sua professora a respeito da tal vaga proposta. O colega dela pareceu bastante interessado em seu perfil e quis marcar uma entrevista para poder te conhecer melhor, e poderem alinhar os interesses de cada um, e se chegassem em um acordo benéfico para ambos, entrariam em um vínculo de empregado e empregador o mais rápido possível.
Sua reação é a mais cômica que consegue imaginar, dando pulinhos de excitação e gritinhos de alegria enquanto lê e relê o e-mail com a novidade, animada pela oportunidade e ainda muito grata pela mesma ter pensado em você, dentre tantos alunos para qual a mais velha leciona. Responde a mensagem que contém todas as informações com endereço e horário, e a agradece formalmente (e certamente mais contida do que foi em seu particular) dizendo como está agradecida pela indicação que ela fez.
Pesquisando bastante a respeito do lugar para se preparar, já ensaia as respostas que irá dar no dia, e espera que tudo ocorra bem. Mas no dia marcado, apesar de todos os seus esforços, ainda tem um pingo de nervosismo em seu sistema, o qual tenta conter o melhor que pode, não querendo arruinar tudo.
Quando chega no endereço, você avista um prédio alto e gigantesco completamente espelhado e altamente moderno, e agradece internamente por ter vestido os seus scarpins pretos mais sofisticados para passar um ar de mulher de negócios, mesmo se sentindo um peixe fora d’água em um lugar tão corporativo como este. Está trajando também uma roupa semelhante a da apresentação do projeto, mas dessa vez sendo uma calça lisa escura e um blazer da mesma cor, para dar mais classe, ou ao menos esconder e não parecer que você é o tipo de garota que ainda dorme com seu pijama de ursinhos favorito.
Tomando coragem com um suspiro, passa pelas portas de vidro, e entra no lugar refrigerado e fresco por conta do ar-condicionado, e vai em direção ao balcão. Lá encontra uma secretária ao telefone, e aguarda em um dos acentos da entrada para pedir informações enquanto segura o envelope que contém todas as suas informações acadêmicas e profissionais. Após alguns minutos de espera, enquanto percorre os olhos admirando e observando o local, você finalmente é atendida:
- Bom dia, em que posso te ajudar? – Pergunta a funcionária com um sorriso simpático no rosto e prestativa.
Você não consegue deixar de notar como ela é bonita e sexy em seu terninho chique, ao mesmo tempo em que é formal e discreta em seus trejeitos, passando um ar de jovialidade e de ser uma pessoa culta. E por um instante, você se pergunta se você realmente se encaixaria ali. Pois nunca se considerou uma pessoa muito centrada ou séria, mas sabia que se estava ali, era porque confiavam em seu potencial, então deixando todos os medos bobos e receios de lado, abre um sorriso em resposta e a explica que está ali, pois está se candidatando para uma vaga, e vai fazer uma entrevista hoje marcada com o recrutador:
- Ah sim, você deve ser a estudante de quem me falaram mais cedo – Diz a mulher parecendo se recordar ao olhar para você e depois para a agenda contendo anotações do trabalho – Isso mesmo, entrevista para vaga de estágio às dez, por favor me acompanhe – Ela pede, e começa a caminhar com os saltos finos pelo piso claro do chão, e te levando até um dos elevadores do edifício. Tudo nela exala sofisticação, o caminhar com as pernas longas, o cabelo preso deixando somente algumas mechas soltas propositalmente para moldar o rosto, e as unhas pintadas em um tom escuro e longas que se direcionam até o botão para chamar o elevador:
- Sexto andar, corredor esquerdo, primeira porta à direita – Te instrui com calma, apertando o botão do painel de controle, e você só acena com a cabeça concordando e entrando na caixa metálica, não tendo a mínima ideia se vai conseguir se lembrar das instruções dela quando já estiver no andar indicado. – Boa sorte e boa entrevista – Ela diz sutilmente quando as portas começam e se fechar.
- Obrigado – Você consegue responder com a voz surpreendentemente firme antes que a visão dela de você suma, e você seja consumida apenas pelo vazio do pequeno espaço claustrofóbico.
Assim que as mesmas finalmente se abrem, você sai e tenta se nortear pelo lugar desconhecido. E assim como temia, obviamente que havia esquecido as palavras da mulher e claro que não é preciso muita exploração para dizer que sua busca foi totalmente fracassada, e que você já está completamente perdida nos primeiros minutos deixada sozinha. Você olha para as paredes tentando encontrar algo que mostre alguma direção, algum aviso ou placa, mas não tem nenhuma à vista.
- Oi, precisa de ajuda? – Te pergunta um rapaz, se aproximando ao notar a sua cara de confusão olhando para os cantos frustrada.
Mesmo estando completamente frustrada por estar boiando ali, não consegue deixar de notar como o rapaz é bonito. Ele é o perfeito estereótipo de garoto modelo e padrão, com cabelos em ondas loiras, olhos claros, um nariz acentuado junto com um maxilar bem definido. Mas o que mais te prende, não é a beleza escancarada dele, e sim a forma que os olhos e o pequeno sorriso que ele te lança são ternos e sem julgamento algum, não tiram sarro por conta de sua confusão e contém somente a intenção genuína de te ajudar.
- Oi - Responde a saudação dele - Na verdade preciso sim – Confessa ainda um pouco acanhada – Eu vim fazer uma entrevista e já me perdi na primeira oportunidade que tive – Fala a ele, arrancando uma risada do mesmo, o que por algum motivo te deixa feliz com o feito, e com borboletas no estômago.
- Sem problemas, acontece – Ele diz te acalmando, o que mesmo você achando que é mentira que alguém se perca tão fácil assim, você é grata pelo esforço dele em te fazer se sentir bem – Deve ser para a vaga de estagiário, certo? – Questiona com serenidade, mas parecendo ansioso com sua resposta.
- Sim – Concorda com ele, e pode ser que esteja vendo demais, mas por algum motivo ele parece contente com a sua afirmação, abrindo um sorriso lindo, e parecendo um garotinho que acabou de ganhar doce, o que você achou um charme.
Qual era o seu problema? Você não se encantava tão fácil assim por qualquer cara. Depois de Matías então tudo piorou, pois qualquer um que comparasse com ele parecia completamente sem graça e sem vida. Mas com este era diferente, por alguma razão você não conseguia deixar de notar a feição angelical dele, e com o jeito gentil do mesmo, tudo só ficava melhor. Quer saber? Você está pensando demais. Não tinha problema algum em admirar um cara bonito, ainda mais um tão atraente como este em sua frente, então estava tudo bem. Não é como se você estivesse se apaixonando, certo?
- Belezinha, é por aqui, senhorita – Ele fala te despertando de seu debate interno e começando a te guiar por um dos diversos corredores daquele labirinto em forma de prédio.
Um flashback passa por sua cabeça neste momento, cenas de muito tempo atrás de você igualmente perdida em um corredor, e um estranho vindo te ajudar. Mas esse estranho não era um rapaz excepcionalmente educado, loiro e gentil, e sim um rapaz de cabelos castanhos e um sorriso maroto nos lábios. E com um suspiro baixo e triste, você não consegue deixar de se perguntar até quando tudo em sua vida a fará se lembrar dele. Porque você ao menos estava comparando os dois rapazes? Ou melhor, você queria mesmo saber a resposta pra essa pergunta?
Em poucos segundos vocês chegam em uma sala de espera, que contém outros candidatos aguardando sua entrada, e você tem vontade de se estapear ao ver que o caminho era tão simples, e o problema era você mesmo quem fez a proeza de se perder. De frente a sala tem uma porta branca, a qual o garoto te aponta:
- É naquela sala ali, é só sentar e esperar ser chamada- Te fala apontando para a sala - E a propósito, boa sorte, estou na torcida – O garoto te deseja, enfiando as mãos no bolso da calça envergonhado, e te lançando outro sorriso gentil.
Seu coração começa a bater mais rápido com isso.
- Obrigado.- Você diz em um tom baixo, e tem quase certeza de que suas bochechas estão corando por conta do gesto.
E assim vocês se despedem, e só após isso que você se dá conta de que nem ao menos perguntou o nome daquele anjo, apelido o qual você acabou de carinhosamente e mentalmente dá-lo por conta de sua boa ação e aparência angelical.
Mas deixando o seu fascínio repentino pelo rapaz misterioso, você se senta e aguarda até te chamarem, quase roendo as unhas e arrancando os cabelos de tanta ansiedade no processo. E depois de esperar por poucos minutos, mas que pareceram horas, em uma das cadeiras no local, o seu nome finalmente é dito, e você é convidada a entrar na sala, e engolindo em seco para conter todo o seu nervosismo, você entra.
Adentrando o local bem iluminado e espaçoso, a primeira coisa que você avista é uma senhora sentada de frente para uma mesa, usando óculos e de feição aparentemente gentil:
- Bom dia, tudo bem?- A senhora cumprimenta e você a responde - Pode se sentar por gentileza – Ela diz, apontando para a cadeira de frente com a mesa dela, enquanto começa a ler com cuidado os documentos que você a entrega quando ela estende a mão, e abre um sorriso.
- Vamos nos conhecer um pouco, ouvi falarem coisas ótimas a seu respeito. - Ela comenta guardando a sua ficha e te fitando para começarem a trocar uma ideia.
Ela se apresenta e após uma conversa, a qual você pode considerar não muito longa, mas definitivamente de um tempo considerável, com a conversa fluindo e ela te perguntando a respeito da faculdade, seus interesses, hobbys e outros passatempo nos momentos livres, e você mostrando interesse na vaga, ela parece ter chegado a uma decisão final:
-Estou realmente impressionada - Ela admite - Não vou esperar até semana que vem, já posso te afirmar que o trabalho é seu, e que estamos muito felizes por te receber e te ter na equipe com a gente - Diz a mulher muito educada e com um sorriso acolhedor.
Ela te fala a respeito dos horários, salário, benefícios, e com você estando de acordo, mais do que satisfeita com os valores, ela já te entrega uma cópia do contrato, e após sua assinatura, ela já pede para uma outra funcionária entrar e encaminhar o documento ao RH da empresa, e outra cópia para a secretaria de sua faculdade. Todo o trâmite é bem tranquilo, e você se sente à vontade e mais relaxada com a vaga já garantida.
- Bom agora que você já sabe que passou, vou te explicar melhor como será o processo aqui e nossa gestão - Ela diz simpática e você balança a cabeça concordando para que ela continue - No primeiro momento, o nosso ex-estagiário vai te treinar e te mostrar como funciona tudo, por isso, vão passar muito tempo juntos - Ela te explica, querendo tirar suas possíveis dúvidas - Você vai adorar ele, jovem, simpático, e muito inteligente - Ela te garante.
- Ah ok, tenho certeza de que nos daremos bem. - Você concorda com ela, pois se esse tal funcionário, se mostrar como todos os outros que conheceu até agora, sabe que será tudo perfeito.
- Como ele foi efetivado, você vai ocupar a vaga dele, por isso ele é a melhor pessoa para te pôr a parte de tudo, mas infelizmente hoje ele teve que ir até a outra filial tratar de outros assuntos - Te justifica a ausência dele. – Ele até esteve aqui agora cedo, mas teve que sair com pressa, mas não se preocupe, segunda-feira sem falta ele estará aqui e te ensina tudo.
- Sem problemas. - Você diz a mulher mais velha.
Depois de tudo resolvido, com a garantia de você voltar na próxima semana, mas dessa vez como uma funcionária propriamente dita, você se despede da gentil senhora e vai embora. E passando pela recepção pela segunda vez no dia, reencontrando a primeira moça que te atendeu na entrada, ela te pergunta se foi tudo bem, e você a conta, recebendo os parabéns, e afetuosos boas-vindas dela.
Mas quando passa pelas mesmas portas de vidro, dessa vez saindo do local, ainda sente uma coceira que não sabe explicar o motivo. Só quando já está no metrô a caminho de casa, que descobre o porquê. Não sabe exatamente a razão pela qual o garoto loiro não sai de sua mente, mas sabe que gostaria de dar as boas novas a ele também, e ver a reação do mesmo. Fantasiando se ele ficaria tão contente quanto imaginou que ele ficaria.
— —
Ainda elétrica por conta da boa notícia, não consegue esperar até chegar em casa para compartilhar a novidade com suas amigas. Você gostaria de dizer que estava planejando fazer um bom uso desse dinheiro extra, fosse o aplicando em uma conta no banco, ou o guardando para um bem maior, mas a verdade é que já estava coçando a mão para planejar um dia das garotas e poder desfrutar de um pouco de luxo que acha que está merecendo, seja comer em um restaurante mais fino ou comprar uma roupa mais cara.
Elas te parabenizam pelo grupo de mensagens e parecem muito animadas por sua mais nova conquista, a qual você não consegue tirar um sorriso do rosto:
-Deveríamos sair hoje pra comemorar- Uma delas diz na próxima mensagem, e não demora muito para que mais pontinhos pulando apareçam na tela, indicando que as outras estão digitando algo:
- Nossa sim!!! Não saímos juntas já tem um tempão. – Reclama uma das garotas concordando.
- Balada? Cinema? Restaurante? Tão a fim do que? – Questiona uma das meninas oferecendo opções.
E por incrível que pareça, você realmente quer sair hoje. É uma sexta-feira alegre, com boas notícias, já que você tinha acabado de receber suas notas exemplares do bimestre, e tudo estava ocorrendo bem em sua vida ultimamente. Bom, quase tudo. Mas ainda assim era motivo para erguer a cabeça e se animar. Por uma noite você não queria pensar no chifre que adornava sua cabeça, ou imaginar o idiota do seu ex que por acaso você quase beijou quarenta e oito horas atrás. Está noite você queria se divertir e esquecer de tudo. Se jogar e viver a parte da sua vida a qual tem se negado nos últimos meses.
Solteira. Você é solteira e já estava na hora de usar isso para seu benefício. Quem sabe encontraria um cara bonito e pudesse se ocupar um pouco com ele. Uma parte sua sabe que só está querendo fazer isso para provar a si mesma que não ficou balançada com o quase beijo com Matías, e que já o superou. Mas a outra quer ir além, quer conhecer novas pessoas e quem sabe assim, depois de uma ficada com um cara qualquer, acordasse para a realidade e visse que os homens são todos iguais. Fosse Matías, ou fosse outra pessoa, você iria gostar de qualquer jeito. Ele não é especial. Ele não tem poder nenhum sobre você. E já estava na hora de você entender isso.
- A gente pode sair pra tomar uns drinks naquele Pub que fui semana passada com meu namorado – Começa uma das garotas sugerindo – É bem legal, eles têm música ao vivo, a comida é boa, e o mais importante, a bebida é de qualidade, e sempre tem uns gatinhos por lá. – Ela termina de relatar, e marca o seu usuário na mensagem, junto com um emoji nada discreto para complementar.
Seu rosto cora na hora com isso, e as outras integrantes mandam mensagens dando risada, a qual você acaba acompanhando também. Assim que vocês terminam de discutir os últimos detalhes para a noite especial, você se despede.
- Até mais tarde. – Você finaliza a conversa e guarda o telefone na bolsa se dirigindo para casa.
Você não sabia muito bem o que esperar da noite que estava por vir, mas queria muito que assim que você retornasse dela, não conseguisse mais se lembrar de um garoto petulante de cabelos castanhos, fosse por estar muito bêbada, ou por estar com outra pessoa. Mas independente do motivo, só queria tirá-lo de seus pensamentos e de seu sistema.
E por tudo que era mais sagrado, você iria conseguir.
Depois de tanto tempo, dei as caras de novo por aqui.🤭 Espero que tenham gostado, e até o próximo 💖😚
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Champagne Problems
Harry olhou para a mulher no banco do passageiro, ela olhava pela janela.
- Olho na estrada, Styles - ela sorriu sem olhar para ele.
- Desculpa - ele voltou a atenção para a estrada à sua frente.
- Falta muito para chegarmos?
- Não, estamos quase chegando.
- Sua mãe não ficou muito chateada por termos decidido ficar no hotel, ficou?
- Ela falou por um bom tempo mas entendeu que seria melhor assim, ela e a Gemma estão tão ocupadas com esse casamento.
- Não quero nem imaginar o trabalho que elas estão tendo - (s/n) comentou, se arrepiando só de pensar.
Gemma, irmã de Harry, se casaria nesse fim de semana e essa era a razão pela qual estavam indo para a cidade natal de seu namorado. Eles optaram por ficar em um hotel, (s/n) queria evitar a confusão do casamento. Ela nunca gostou de casamentos, mas com certeza gostaria da festa.
Chegaram ao hotel no fim da tarde, arrumaram suas coisas e foram para o jantar de ensaio do casamento, Harry seria padrinho. Foi uma noite até agradável, tirando o fato de que seu namorado desapareceu e voltou dizendo que só tinha ido ao banheiro mas sua cara de quem tava aprontando o acusou, mas ela deixou para lá quando sua sogra perguntou sobre seu vestido.
(S/n) teve que admitir, o casamento foi lindo. Gemma estava deslumbrante em seu vestido branco, (s/n) sempre achou brega mas a cunhada estava irradiando uma luz linda. Todos pareciam tão felizes por Gemma e Michal e era possível sentir o amor dos dois emanar deles. (S/n) podia não gostar de casamentos e com certeza não queria se casar nunca, mas não era insensível à felicidade deles.
E Harry estava tão feliz pela irmã, e ela amava ver Harry feliz. Eles dançavam em meio a risadas e (s/n) pensou que a noite estava impressionantemente agradável.
Até o momento em que a música parou e Gemma entregou o microfone para Harry. Ele parecia nervoso, suas mãos estavam suadas, ele segurava sua mão e sorriu para ela antes de dizer:
- Antes de mais nada eu tenho que dar os créditos a Gemma que teve a ideia, você sabe que essas pessoas aqui são as mais importantes da minha vida e eu estou muito feliz por elas poderem presenciar esse momento - (s/n) ficou pálida na mesma hora e mentalmente implorou para que não fosse o que ela pensava que seria - Vou contar uma história, em uma manhã de terça feira, eu fui para a academia, treinei como sempre faço nas minhas folgas e quando estava saindo vi essa linda mulher na recepção da academia, usando roupas de ginástica, cabelo amarrado e com esse sorriso lindo que ela tem, sendo extremamente educada enquanto soletrava seu nome para a recepcionista - as pessoas ao redor riram, mas ela estava paralisada - Nunca vou esquecer esse dia, porque foi nele em que conheci a mulher com quem quero viver minha vida, cada minuto ao seu lado tem sido um sonho e eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida, como tenho de que você é o amor da minha vida, por isso eu tenho uma pergunta pra fazer - ele tirou uma caixinha do bolso e se ajoelhou, ela entrou em pânico - (S/n), você aceita se casar comigo?
Podia ouvir os sussurros das pessoas ao redor, as reações de surpresa, os gritos de sim, mas tudo isso parecia tão distante para ela. Não soube ao certo quanto tempo ficou parada sem esboçar qualquer reação.
- Posso colocar o anel da minha mãe no seu dedo? - Harry perguntou após um tempo já com o anel próximo ao seu dedo, mas ela puxou a mão imediatamente.
- Não - sussurrou.
- O que? - ele perguntou.
- Desculpa - sua voz não passava de um sussurro.
- (S/n), eu não estou entendendo.
- Eu não quero me casar - ela deixou as palavras escaparem, rápida e atrapalhadamente, com os olhos fechados, pois não aguentaria olhar em seu rosto agora.
- Você está negando meu pedido? - ele se levantou.
- Estou - depois de alguns segundos ela abriu os olhos e viu a dor em seu rosto, ele respirou fundo.
- Ela não quer se casar comigo - ele disse para as pessoas ao redor que reagiram surpresas.
Ela não conseguia mais ficar lá, foi se afastando enquanto o via lá parado, a mão com a caixa do anel no bolso, o olhar triste.
- Ela teria sido uma noiva tão adorável, que pena que ela não tem uma cabeça boa - ouviu a tia de Harry comentar.
Gemma espirrou e deixou a garrafa de champanhe que segurava cair, não iriam precisar dela de todo jeito, ninguém estava comemorando, nenhuma multidão de amigos estava aplaudindo, os céticos da cidade natal de Harry chamaram isso de problemas com champanhe.
Então ela foi embora.
Harry não foi para o hotel naquela noite e quando ela tentou ligar para ele na manhã seguinte, ele não atendeu. No dia seguinte, a mãe dele apareceu para pegar as coisas dele, ela tentou falar com a sogra que não quis a escutar.
- Anne, por favor... - ela a interrompeu.
- Eu não quero escutar (s/n), você magoou muito o Harry, em frente de todas as pessoas importantes para ele, não esperava isso de você.
- Se você puder me deixar explicar.
- Não é a mim que você deve explicações, é ao Harry, ele está na casa de vocês, se você o ama de verdade sugiro ter uma explicação muito boa para o que fez.
Sozinha, ela decidiu reservar o trem noturno, assim ela poderia sentar lá com sua dor, multidões movimentadas ou pessoas dormindo silenciosas, não tinha certeza do que era pior.
Chegou na casa em que vivia com Harry, não sabia se conseguiria encará-lo mas precisava tentar. Ele estava na sala, no escuro, com uma taça de champanhe na mão.
- Harry - ela o chamou mas ele não a olhou. - Eu deixei sua mão cair, eu sei que te machuquei, eu juro que meu coração despedaçou quando te deixei lá, parado, desanimado, o anel da sua mãe no bolso. Seu coração era de vidro e eu deixei cair. Eu sinto muito por isso.
- Desculpas esfarrapadas é tudo o que você tem? - a voz dele era baixa e rouca e ele não a olhou. - Palavras bonitas não vão amenizar a dor.
- Olha, eu agradeço pelo que você fez, você tinha um discurso e eu deixei você sem palavras, mas...
- Chega - ela se assustou com o grito dele - É você que tem um discurso aqui, aposto que veio pensando nele o caminho todo, pegou o trem noturno, evitou multidões porque sabe que agora todos falam disso, do papel ridículo que passei - ele se levantou e finalmente a encarou. - O amor escorregou além do seu alcance, se você tiver uma boa razão fala agora porque é a última chance de salvá-lo.
- Eu não poderia dar uma razão.
- Então vai, arrume suas coisas.
Ele a deixou sozinha e ela desabou. Horas depois ela chegou a um dormitório onde seria seu lar até colocar sua vida de volta nos trilhos, se isso fosse possível sem ele.
“Este dormitório já foi um hospício” estava escrito em um canto da parede.
- Bem, é feito para mim - ela riu sem graça, e o riso foi se transformando em choro. Até que dormiu.
No dia seguinte, todos noticiavam que Harry foi visto no aeroporto deixando o país, ela havia o perdido.
Era uma noite fria, algumas semanas depois de ter perdido o homem que amava, ela continuava no dormitório porque não tinha mais forças para seguir em frente, havia o magoado e tudo que merecia por isso era aquele pequeno quarto que já foi um hospício.
Ouviu batidas na porta e se surpreendeu ao ver Harry parado bem ali. Eles não disseram nada, ela apenas deu passagem para ele, que entrou. Depois de se encararem por um tempo, ele respirou fundo.
- Sinto sua falta - ele disse por fim.
- Eu sinto sua falta também, Harry.
- Por que? Só me responde por que, por favor - ele implorou.
- Harry, eu não vou me casar, desculpa por te machucar, eu me odeio por isso, sei que essa decisão te causa dor mas você vai encontrar a coisa real invés disso, ela vai consertar sua tapeçaria que eu rasguei e vai segurar sua mão enquanto dança, nunca vai te deixar lá parado e desanimado, como eu fiz e você não vai nem se lembrar de todos os meus problemas com champanhe.
Ele pegou sua carteira do bolso, a abriu e tirou a foto de (s/n) que ficava ali.
- Eu nunca vou te esquecer, essa foto está sempre comigo porque é uma representação física do que está no meu coração, você.
- Harry - ela não disse nada mais do que o nome dele.
- Eu sei que você me ama, então por quê?
- Pelo dinheiro, pelo show, pelo que quiser acreditar, só por favor, não insista, eu já dei minha resposta.
Aquela foi a última vez que se viram.
Até que se encontraram novamente, um anos depois, na academia em que se conheceram. Ela o viu falando com a mesma recepcionista, viu quando ele pegou a carteira e a abriu para pegar o cartão e viu uma pequena polaroid cair, ele se abaixou para pegar e quando os olhos dele se levantaram encontraram os dela. Se encararam por um tempo, então ele levantou a polaroid mostrando sua foto, ela sorriu.
- Posso te convidar para um café? - ele perguntou e ela concordou.
Na cafeteria próxima à academia, eles ficaram em silêncio com os sentimentos gritando.
- Você continua linda.
- Posso dizer o mesmo de você.
Os dois pareciam constrangidos, a situação toda era desconcertante e tinha muitos sentimentos no ar.
- Eu nunca estive pronta, então eu assisti você partir - ela finalmente falou. - Às vezes você simplesmente não sabe a resposta até que alguém esteja de joelhos te perguntando.
- Não foi a resposta que eu queria ter ouvido.
- Demorou mais do que eu queria pra entender que a resposta para aquela pergunta vinda de você deveria ter sido sim, eu passei tanto tempo odiando a ideia do casamento, sempre quis ser independente até conhecer você e me apaixonar perdidamente, eu disse para mim mesma que estava tudo bem - ela riu sem graça. - Naquele dia, sua tia disse: Ela teria sido uma noiva tão adorável, que pena que ela não tem uma cabeça boa - os dois riram. - Ela não estava errada. Eu tenho traumas, Harry. O casamento dos meus pais foi o pior que podia ser, eu era só uma criança e estava escondida no closet tentando evitar os gritos, todas aquelas brigas e o ódio que eles sentem um pelo outro até hoje acabou com qualquer resquício de sentimento bom que eles um dia tiveram um pelo outro, o casamento acabou com o respeito que tinham e eu jurei pra mim mesma, no escuro daquele closet, que eu nunca me casaria - lágrimas escorriam pelo rosto dela. - Eu entrei em pânico, Harry, eu não queria que o que tínhamos acabasse, não queria que nosso amor virasse ódio.
- Isso nunca aconteceria, o amor que sinto por você é maior e mais intenso do que qualquer sentimento e mesmo depois de você ter partido meu coração, eu não consegui te odiar, eu tentei mas tudo que sinto por você é amor. - ela sabia que era verdade, pois podia ver em seus olhos.
- Eu fui uma idiota, como eu pude achar que nosso amor não era forte?
- Sim, você foi - ele riu - mas ainda dá tempo de consertar, eu ainda quero passar o resto da minha vida com você.
- O anel da sua mãe ainda está com você?
Ele se levantou, estendeu a mão para ela que a pegou e a levou para fora dali até o estacionamento da academia, onde o carro dele se encontrava. Ela esperou enquanto ele procurava algo lá dentro. Harry encontrou o que procurava, parou em frente a (s/n) se ajoelhou e a mostrou o anel de sua mãe.
- Você aceita se casar comigo, meu amor?
- Sim - ela respondeu com um sorriso enorme no rosto.
Ele colocou o anel em seu dedo, serviu perfeitamente, ele se levantou e a pegou em seus braços.
- Eu te amo (s/n) e sempre vou te amar, eu prometo que nunca vou te odiar ou deixar de te amar, não vou deixar nada estragar nosso casamento, será eterno.
- Eu te amo, Harry e vou te amar para sempre.
E eles finalmente se beijaram.
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surto no qual eu listo idols aleatórios e meus pensamentos sobre relacionamento + vapo vapo mas ✨️ sem dizer o idol ✨️
nossa esse aqui antigamente eu tinha os 4 pneu arriado por ele. um gatissimo, cheio do molho, mas uma carinha de golpe que só. se bem que ele tem venus em peixes então acredito ser romântico, mas tb sabe ser cachorrão sem dó. daria muito uns beijao nele, mas não sei se faria vapo vapo pq eu sofreria dms pós chá (e ele tem cara de que transa bem)kkkkkrying;
ai veyr 🫦🫦🫦 eu tenho CERTEZA que ele sabe foder muito bem e faz muito gostoso, ele eh esculpido por deuses pqp pegava muito, pra caralhooooo só que ele tem cara de ser muito ciumento e que dá patada frequentemente nas pessoas;
esse aqui eu deixava me ESBAGAÇAR sem dó juro tá no meu top 5 de homens mais saborosos do kpop, a estrutura corporal dele eh perfeita, parece que ele tem o nível exato de gostosura não sei explicar kkkk tem cara de ser meio chatinho em relacionamento;
esse eh tao bonito que dá meio que vergonha de ser uma mera mortal perto dele, acho que superestimam ele só por ser padrão no sentido dele ser muito namorador, pegador, deus do sexo, mas eu acho que ele meio jacu, vejo ele nervoso nessas situações kkkk tenho minhas apostas q gosta de fazer neném lentinho, nada muito extremo
esse aqui chega a me irritar de verdade pq eh cínico DEMAIS sabe que eh gostoso e fica se fazendo que odiorrrr mas eh um doce de pessoa e tem cara de que dá um beijo muitooooooo bom 🤤
uma coisa curiosa eh que literalmente só este idol me desperta breeding kink SÓ ESTE (alô freud). sentaria nele ate chorar sem brincadeira. tem cara de ter muito ciúme tb mas com ele eu me esforçaria pra lidar com isso pq sinto que valeria a pena. parece ser uma pessoa muito firmeza e que botaria a mão no fogo por que ele ama. Os braçoes dele me dão um tsao absurdo.
queria muito que ele me chamasse de mamãe só isso eu já tava feita
esse aqui meus amores tem cara de que ama chamar a querida de mamae mas ao mesmo tempo consegue ser muito dom 🫦 morro de curiosidade de saber como ele eh nesses assuntos. uma das pessoas mais lindas que eu já vi dentro e fora do kpop, uma beleza surreal e super doce. namoraria e casaria muito.
pagaria muito o boquete pra esse aqui não sei pq mas ele me desperta isso mesmo que eu não tenha muita vontade de fazer essas coisas rsrs tem mais cara de dom e que ama dar uns tapão na bunda na hora do vapo, pegaria e namoraria muito
e eh isto no cap de hoje ✨️
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Advinha quem conseguiu a façanha de esquecer o aniversário do seu próprio blog?
Pois é, caros booklovers, em 7 de maio, o nosso querido Booklover's House completou dois aninhos no Tumblr! E pra comemorar, resolvi fazer uma versão atualizada do meu primeiro post: uma booktag que peguei no blog Através da Minha Janela.
• Qual a capa mais bonita da sua estante?
Beeeeem, pra não ser injusta com os e-books e não repetir a resposta (ou seja, Felizes para Sempre), vou de Sherlock Holmes.
Em específico, o box do Sherlock Holmes da Harper Collins que venho namorando há uns dois anos.
• Se pudesse trazer um personagem para a vida real, qual seria?
Sério, acho esse box lindo, provavelmente morreria se comprasse. Assim, não é nenhum design extraordinário, mas é meu sonho de consumo. E claro, não vamos esquecer a ✨capa dura✨
Nessa daqui não tem como não repetir. Definitivamente, com certeza, sem dúvida alguma, eu traria Rodrigo Lidman Rochette para a vida real. Ele ocupa o primeiro lugar no pódio dos meus crushes literários há 5 anos, quando li Minha Vida Fora de Série pela primeira vez. Eu casaria com ele se pudesse kkkkkkk
O garoto canta, toca bateria, escreve poesia, ama animais, gosta de música, é bilíngue, tímido, romântico e moreno. Só não é melhor do que o Henry Cavill pq o Henry Cavill (felizmente) existe.
• Se pudesse entrevistar um autor, qual seria?
A Marissa Meyer, por quem eu fiquei totalmente obcecada ano passado. Usaria essa oportunidade pra perguntar sobre o final de Supernova e se ela pretende escrever mais alguma coisa nesse universo.
Queria muito ler With a Little Luck, que lança esse ano, mas n sei se vai sair no Brasil ao mesmo tempo que nos EUA - e, de qualquer forma, os lançamentos têm custado os olhos da cara nos últimos anos.
• Um livro que não lerás de novo? Por quê?
Era Uma Vez um Coração Partido. Sei que fez muito sucesso e tals, mas acho que essa história de "se apaixonar pelo vilão" não funciona comigo. Claro, depende do vilão, porém na maioria das vezes acabo com ódio do personagem.
Na verdade, acho que "vilão" é uma palavra muito forte. "Personagem que faz ações meio duvidosas com boas intenções" define melhor o meu gosto. E o Jacks ser loiro não contribuiu. Tá aí uma curiosidade sobre mim de graça pra vcs: morenos > loiros.
• Uma história confusa
O livro de física serve? Kkkkkk brincadeira
Não é exatamente uma história confusa, mas Nuvem da Morte (O Jovem Sherlock Holmes) me deixou confusa em alguns pontos. Principalmente por causa da personalidade do jovem Sherlock. Tipo, ele não deveria ser mais parecido com o Sherlock? Parecem duas pessoas completamente diferentes.
• Um casal
Yuna e Rio de Omoi Omoware Furi Furare. Foi um dos poucos mangás que li - porque é da mesma autora de Ao Haru Ride e eu estava obcecada pelo anime. A versão instrumental da abertura era até o toque do meu celular. Uma obra de arte no piano.
A Yuna é uma das personagens com quem mais me identifico. E o Rio é uma graça. Eles são super fofos juntos <3 enfim, meta de relacionamento.
• Dois vilões (que você gostou ou não)
Rainha de Copas de Sem Coração. "Corte-lhe a cabeça" sempre foi um ícone, mas essa frase parece ganhar um significado maior depois da história. Gostaria de citar mais nomes, só que acabaria dando spoiler, então deixa quieto. Mas enfim, o ser humano de atitudes duvidosas em A Volta da Chave.
🎂| Muito obrigada a todos que acompanham o blog (◍•ᴗ•◍) depois a gnt vê como fica o envio dos pedaços de bolo kkkkkkk
Bjs e boas leiturassss <3333
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𝗟𝗈𝗇𝖽𝗋𝖾𝗌, 𝟤𝟤 𝖽𝖾 𝗆𝖺𝗂𝗈 𝖽𝖾 𝟤𝟢𝟤𝟦
querido diário,
é um pouco surreal demais, ter que pensar que quando meu garoto saiu de nossa banda, tinha muita mágoa a respeito de tudo, não posso falar por ele, mas me lembro de pensar que zain me odiava, ou se não odiava, ele nunca iria me querer de volta, eu entendi ele, até começar a me sentir triste e com raiva, foram sensações complexas e me deixei sentir todas. zain saiu tão quebrado quanto cada um de nós que ficamos por lá, que fizemos um show de despedida para um hiatus que duraria pouco — até eu entender que realmente não voltaríamos tão cedo. passei muito tempo ignorando ele, soa meio infantil, éramos próximos, mas acreditava que se eu não estava vendo, eu não iria sentir, e ele fez jus a sumir, e aí foi ficando menos doloroso, tive que lidar com outras questões, e então, do nada, anos depois ele volta a ser parte de meus contatos.
e quando digo que é surreal, é porque quando voltamos a ser amigos, e em seguida, apaixonados, e depois, enfim namorados, morgan ainda se mostrava relutante para voltar aos palcos, muito melhor do que quando saiu, mas relutante. e eu brincava sobre ainda ver ele em palco, e então realmente aconteceu, eu namoro com este cara, o chamo de marido, e estou vendo sua saúde mental melhorar ao ponto dele retornar ao palco e sair sorrindo, isso porque foi um show íntimo, ele estava bastante nervosa, mas o tópico não é esse. depois de anos ele sai de um palco sorrindo, e céus, eu poderia pedir para me casar com ele naquele momento, quando seus olhos brilham por uma paixão que ele deixou bem guardada em seu peito.
eu me casaria com ele ali, pediria para o universo inteiro parar se eu pudesse ter segurado aquele rosto e ter lhe dado o beijo que queria lhe dar. não tenho dúvidas que naqueles segundos até ver ele, meu coração cresceu mais de amor e eu sigo com esse orgulho no peito porque ele se saiu bem, cara, ele foi feito para performance, seu vocal, o jeitinho que dança sentindo a música. ele estava SENTINDO sua própria música, não imagino o que ele sentiu por dentro quando entendeu que tinha dado outro passo importante, eu so sei que eu senti amor.
é isso. eu o amo com tudo de mim, com minha existência, e o louis que o ama hoje, contaria para aquele louis que estava triste por ter perdido seu melhor amigo, que no final tudo daria certo — não iria contar sobre não só ter encontrado seu melhor amigo, mas a sua paixão, porque não perderia a oportunidade de fazer outra versão minha, se apaixonar gradativamente por outra versão de morgan.
Louis.
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Não tinha mais idéias pra escrever por hoje,foi aí que alguém me fez uma pergunta interessante, não vou dizer quem,apesar de ser péssimo para guardar segredos, não consigo nem dez minutos, então essa pessoa,que não é um homem,putz, não falei que sou péssimo nisso,eis a pergunta,,"você é um bom partido?"bem, bonito eu não sou,o que é um ponto contra, dinheiro assim eu não tenho,o que também não ajuda,sou um cara sarado, não é uma afirmação,pois também não gosto muito de malhação, só exercito meu cérebro, aí sim o bichinho deve ter muitos músculos,tenho carro,claro que não,tenho casa,tenho,mas moro com um sobrinho e um irmão, então posso afirmar que tenho um terço de uma casa própria,tenho muitas camisas de super-heróis,se ela for uma geek, aí sim,um ponto pra mim,ou se não for, vai me achar infantil,de volta a estaca zero,poderia dizer que sou bom fazendo amor,mas aí só depois de casar,sou um homem de família, então deixamos essa informação em off,olha pensando bem tenho boas qualidades,sei fazer ótimas pipas que voam lindas no céu, então posso dizer que sou engenheiro de avião, faço rápidos carrinhos de rolimã, construtor de f��rmula um,escrevo histórias,autor de novela, faço letras de música,compositor,ajudo casais em suas relações,terapeuta,faço meus sobrinhos comerem verduras e legumes, nutricionista ou milagreiro, vocês escolhem,acho que tenho uma vida profissional de respeito oras,se for pesar os prós e os contras,eu não casaria comigo mesmo,de traste já basta eu, escrever esse texto me ajudou a aprender guardar segredos,fui,foi a Mara quem perguntou, ops.
Jonas R Cezar
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E algo que me deixou triste tbm esse ano com vc, foi a sua ausência mesmo quando precisei. Lembrei que quando te conheci, o inútil tava no hospital e vc tava doida querendo ir visitar ele... Com o Braga, 1 mês depois que terminou com ele, a cantora lá morreu e tu foi mandar msg pra ele, pra consolar... Sendo q nem tinha pra q mandar kk como eu disse na época, ela era da família dele? Kk e mesmo assim tu foi atrás... Logo do cara q tu terminou por um dos motivos serem q ele n casaria ctg por causa dos seus filhos, e do cara q deixava de jogar CTG pra jogar com os amigos lá kk fora o inútil tbm... E eu com td q escrevi e mandei, tu n veio perguntar uma vez se eu queria desabafar ou qualquer coisa... Enquanto pros outros.... Que bosta ein zz
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Até mais
Caralho, eu quero morrer! Eu não sei o que fazer, com exceção de tentar negar isso. Eu não quero negar, não quero mais negar nada. Quero sentir, ver e viver coisas. Mas eu nunca consigo, sou um poço imundo, desnecessário, um amontoado de sucessivos e vergonhosos fracassos ante o mundo e si mesmo. Viver, da forma como vivo, ser testemunha de mim mesmo, soa-me como o pior dos castigos. Deus me odeia, e por isso, me propiciou tal tarefa insuportavelmente desgostosa. Não obstante, mediante tal posicionamento divino, eu o odeio por permitir-me viver nesse maldito inferno privativo que sou eu mesmo. Ninguém me vê, ninguém me ouve, ninguém me sente. Sou só eu, e essa ininterrupta e desagradável melancolia. Estorvo. Corpo mundano mórbido, claudicante, e morfético.
Para que caralhos é tudo isso?
Por que diabos nada – NADA - uma miserável coisa, NUNCA dá certo? POR QUÊ? Eu estou cansado disso, cansado pra caralho de tudo isso. Cansado de tentar sucessivas vezes, de dar-me ao máximo possível de mim mesmo pelos meus anseios, e no fim colher migalhas. É como se eu sempre fosse insuficiente para tudo. Desmerecedor, não importando quão imponente tenha sido meu vão esforço para demonstrar-me apto para conquista de algo. Eu devo estar no inferno. Não há outro remediável cogito acerca do que me cerca.
Tristeza, degradação, privação emotiva, ódio, desamor, inutilidade, descontentamento, desânimo, tristura, desalento, desolação – todos esses são conceitos que já não me definem mais, conceitos vazios e supérfluos que por eles já hei de ter superado. Eu estou para além de tais noções torpes. Estou tão depravado em minha consciência que ser atravessado por vergalhões metálicos por todo o meu corpo, não surtiriam em mim o menor efeito e/ou resquício de dor, seja física ou mental. Do contrário, agradeceria eu ao acaso por, gentilmente, ter tido suficiência para ceifar-me diante de minha covardia até para comigo mesmo e o meu bem estar. Morrer lentamente enquanto escorre por sobre meus olhos meu suco vital, visto o modo miserável como vivi, me parece estonteantemente coerente com o que sou. Uma morte inútil para um ser inútil - nada mais justo. As pessoas costumam associar a morte com a degradação e infelicidade. Acredite: não é. Posso dizer isso sorrindo indolentemente, na cara de qualquer ser na face desta maldita terra, que não é. Eu, pela primeira vez em vida, estaria feliz com alguma circunstância – e essa seria a ideia de que, finalmente, poderia eu ser morto. Tudo acabaria. E com isso, nada mais me tornaria em triste e infeliz. A morte, diferentemente da rancorosa realidade, é uma gentil e agradável moça, que busca dar-me um motivo de sorriso, que cessará com minha dor, com meu remorso, minha infelicidade. Verdadeiramente, seria uma mulher com quem me casaria.
E então, dona morte, quando iremos nos casar?
A realidade é uma maldita mulher velha e rancorosa. De ti retirará tudo, nada te dará em troca. E ainda cuspirá em sua face. Eu detesto a realidade. Detesto tudo isso e todo mal que me causa. Em suma, se possuísse uma mensuração física, essa seria vítima do meu primeiro homicídio. Eu teria matado tal senhora sem muito pestanejar. Por tudo que me fez, por tudo que me coube. O meu ato seria ele apenas um simples e puro reflexo do que sempre fez por sobre mim acometer. Eu te odeio, velha maldita.
Os céus, os céus… Tão vastos, longínquos, distantes… Me pergunto se realmente há um ‘’céu’’. E se há, em essência, se esse não seria para pessoas miseráveis que, desnecessariamente, povoaram esta terra. Quer saber, não faz sentido querer cogitar isso. Melhor que cogitar, é descobrir.
Há um céu? Eu não sei… Mas sabe, talvez eu vá para lá agora.
E não se preocupem, se realmente houver um céu, e houver um Deus, eu não esquecerei de vocês. Meu primeiro ato para com Deus, ao vê-lo, será o de dar-lhe uma bela escarrada carregada de manifestações virulentas e mundanas, pois quem sabe, talvez como nós, ele fique doente e morra. Talvez o que Deus necessite é de uma boa parcela de humanidade. Dor, sofrimento e morte, o faça amadurecer para ver o que sua cria prematura tem de passar em todos os instantes, nos miseráveis dias, nesta miserável terra. E se não houver um Deus, tanto faz, só me basta o descanso. Me basta estar longe, inerte. Me basta estar morto.
Pois bem, é apenas isso. O sopro útil de um inútil que se cessa. Finalmente, basta apenas que eu feche os meus olhos, não é? Tudo, tudo… vai sumir, bem agora…
Basta apenas que eu feche meus olhos…
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Oi meu bem, apareci novamente, com muitas novidades por sinal. Vou começar o texto com as notícias antes que me esqueça até o final. Bom, essa semana espalhei milhares de currículos meus, e até cheguei a fazer uma entrevista naquela empresa de formaturas bem top sabe? Fiz pra auxiliar administrativo, basicamente pra auxiliar nas comissões de formaturas das faculdades, porém tem que trabalhar em eventos até de madrugada, isso me deixou muito triste. Ainda estou esperando uma resposta, mas não estou confiante. Enquanto isso, sigo a busca de um emprego, e estou jogando para todos os lados possíveis. Não perdi o meu ainda, mas preciso logo de outro, se é que me entende $.
Aquele dia que comentou sobre eu estar na igreja, eu estava sim, prometo tentar te avisar algum dia com antecedência pra você poder dar umas voltinhas. Esse final de semana vou estar na casa dos meus pais, vou logo amanhã cedinho, então não vou estar por aqui.
Eu adoreii te stalkear e ver seus destaques ahahha, muitas coisas lindas (sua cara). Ah sempre que posso entro ver seus storys, e pra minha sorte sempre tem alguma coisinha. Me desculpa por não atualizar aquele link, é que eu fico esperando ter foto bonita pra postar lá sabe? E normalmente nenhuma é da minha cara kkkkk, mas vou tentar publicar mais. Aliás, publiquei uma sábado passado se não me engano, mas foi uma foto de parede.
Fiquei um pouco curiosa, e desde já, se não quiser responder tudo bem, você disse que vê ela só nos fins de semana, mas ela não tá fazendo mais faculdade aqui? Ah, eu espero muito que dê certo sobre seu apartamento, que coisa mais maravilhosa. Acho que não tem perigo de ninguém ver o livro, pelo menos até agora, três anos depois, ninguém colocou a mão, só a Júlia rsrs, mas fica tranquilo. Exatamente, isso complica um pouco porque tem que ser um presente discreto, não vou poder te dar uma cueca com meu rosto ou algo assim, como eu desejava kkkk.
Tudo bem, vou deixar você acreditar que quem era difícil era eu kkkkk, só que você tem que lembrar que vivia me dando umas patadas, que doíam na alma kkkk, cavalo. Nossa nem me fala, sinto esse friozinho na barriga só de lembrar daquele dia.
Ah, agora sim entendi com quem mora, bem mais fácil desse jeito hahaha, eu estava tendo que ligar mil pontinhos pra tentar adivinhar. Fico feliz por você também, só espero que não se sinta muito sozinho sem eles, deve ser difícil no início. Hahaha, vou esperar seu convite então, mas já antecipo, vai ter que cozinhar algo pra mim.
Não faz ideia do quanto estou ouvindo que sou nova pra casar kkkk, muitas pessoas mesmo, mas já estou acostumando, porque a maioria dessas pessoas são “ajuntadas”, ou tem filhos antes de se casar, ou são de outra maneira bem piores que isso, então não levo muito pro coração. Como assim você não se casaria comigo?? KKKK Meu bem, o sustento de uma casa tem que ser de ambos os lados, homem e mulher sustentando, então não seria impossível, te garanto. Eu imagino você se casando com uns 29 anos mais ou menos kkkk, mas provavelmente vão morar juntos antes, o que me diz, estou certa?
Você não presta mesmo né kkkk, essa minha amiga bonita só gosta de homem rico pra ser bem direta, e dos mais velhos ainda, tipo uns 26/30 anos. Não entendi porque nós dois nos complicaríamos se trabalhássemos juntos? Vou ficar de olha nos editais então, pode deixar.
A que bom que ela não liga assim a ponto de falar né, pelo menos. Mas aí que tá, eu não estou entre as pessoas favoritas dela por causa de você? Ou por causa da ex melhor amiga dela? Porque inclusive, teve uma época que essa sonsa rasgou meu nome e tua namorada andava junto. Nem consigo lembrar de como fomos um quarteto de melhores amigas um dia. Esse amigo do meu namorado é o Felipe? To muito perdida kkkkk.
E quem é esse amigo do convite??? Por favor me conte, vou morrer se não saber.
Pode ficar tranquilo, não vou tornar minha vida um projeto de sonhos de outras pessoas, estou fazendo o que posso pra concretizar os meus próprios.
Sinto muito pelas legendas, e concordo, elas deveriam ser pra você, mas acho que com você eu seria extremamente exagerada nas legendas, ia sair textão a cada foto postada.
E por favor, você só me solta que talvez vire um herdeiro e quer que eu fique como do coração aqui? Me conta essa história bonitinho. Se for me roubar do altar, me rouba antes tá? Kkkkk não quero te ver apanhar do meu pai.
EU SABIA, sabia que você estava naquele ônibus. Não te vi meu bem, mas algo em mim me disse que estava lá, e que eu poderia te ver. Infelizmente ou felizmente eu estava levemente bebada aquele dia llkkk, sai beber com minhas amigas e tava bem mole, tanto é que nem falei direito com as minhas amigas que gritaram pra mim, além de, eu estar morrendo de vergonha pq tinha muita gente me olhando, claro. E acredita que uns pia saíram na janela do último banco, tipo com a cabeça literalmente pra fora, e meu namorado quase desceu falar com eles, fiquei com medo que fosse você, mas lembrei q normalmente não senta no último banco, pelo menos não quando eu vou.
Ontem apresentei uma iniciação científica, aquele trabalho grande que falei que estava fazendo em um grupo de estudos, e graças a Deus ocorreu tudo bem, consegui apresentar e minha nova amiga foi essencial pra mim estar firme nesse dia. Eu to muito feliz por ter encontrado ela sabe, você iria amar ela, se eu pudesse hoje fazer um top um de pessoas mais incríveis que já conheci, ela já estaria no ranking.
Espero seu retorno meu bem, me conta como está indo na faculdade, as novidades, e se está bem. Te guardo comigo sempre aqui, fica bem e se cuida.
-e pela minha lei, a gente “é” obrigado a ser feliz.
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2:11
Você é meu primeiro e último pensamento do dia. Clichê? Talvez. Mas é a mais pura verdade.
Queria dizer que até as cartas consultei. 3x porque 3 nunca falha. E em todas um tapa na cara. Tudo bem... Eu posso conviver com isso. Só não sei se posso conviver com a sua ausência. Ela me dói tanto.
Eu sei... Devo seguir em frente e pensar no "tudo que é pra ser seu encontra um caminho até você", mas só penso num trecho de música "se tudo que vai volta, por que você não tá aqui?". É tudo tão sem nexo na minha mente e no meu coração.
Às vezes penso que você me odeia outras que sou insignificante, outras que me ama tanto a ponto de não suportar sequer "me olhar"... Mas amor é pra ser leve e confortável. É pra ser porto seguro e acalento. Não aguento mais viver esses momentos... de dor e angústia, de lágrimas que teimam em rolar dos meus olhos... do buraco que tento tapar com comida ou treino pesado... do desejo por consolo que não terei e encontrarei em outros braços... só nos teus.
Já não sei se isso é obsessão ou ego ferido ou somente um coração partido. Só sei que como Sócrates nada sei e cada dia que passa sei menos ainda sobre tudo. Me sinto estúpida... Me submetendo à situações insalubres em troca de te esquecer nem que seja por um segundo sequer. Não adianta... Até propaganda com "uma grande família" o papai é Alexandre e o filho Lucas... Seu nome composto na minha tela aparecendo o tempo todo. Como um lembrete do universo diário pra dizer que você existe no mesmo tempo espaço que eu, porém tão distante (e não é nem pela geografia) que eu não consigo alcançar. Será que aparecem propagandas com meu nome pra você também? Será que o universo te lembra que eu existo? Será que ainda tem minhas cartas e meu coração contigo?! Me aperta o peito pensar que tu pode ter jogado tudo fora. Principalmente o coração que fiz à mão e jurei entregar para aquele com quem eu me casaria... sim... é verdade esse bilhete.
Queria voltar no tempo e evitado todas as discussões desnecessárias e ter te encontrado antes. Ter tido mais tempo pessoalmente, ter te mostrado e dado todo meu amor, carinho, afeto, atenção... ser a mulher que eu visualizei ao seu lado.
Volta. Volta nem que for pra dizer olhando nos meus olhos que realmente acabou, assim minha mente e coração vão aceitar e seguir ou olha nos meus olhos e diz que me ama, que me quer e que vai lutar por nós. Volta pra dizer que tudo não passou de um mal entendido, que você estava confuso e que foi a pior decisão da sua vida decidir por mim e que não vê uma vida sem que eu esteja nela.
Volta pra viver a vida que sonhamos juntos numa dessas conversas infinitas falando sobre tudo e nada no telefone. Volta pra eu ouvir sua voz grossa mais uma vez e pra sempre até que a morte nos separe.
Volta pra nós. Volta pra mim. Volta...
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Inconsequentemente me apaixonei por uma pessoa ridícula com um ego ridículo, todas as vezes que eu precisava elogiá-lo tinha que dizer ao contrário para que o seu ego não se inflasse demais, quando o amava dizia que o odiava, quando eu queria dizê-lo que era o homem mais lindo que eu conhecia, tive que dizer que era o homem mais feio que existia nesse mundo, e pensando muito bem tudo isso foi muito justo porque desde o início ele também não foi claro comigo sendo confuso e também me confundindo. Ele é como o sol radiante, cheio de energia e capaz de dar vida a flores murchas. Eu sou como a Lua melancólico, gótico, esotérico e preciso da luz do Sol, tal qual as flores mortas. Digo que foi inconsequente, pois de fato, construi um sentimento que não estava nos meus planos, corriqueiro de pequenas doses diárias de dedicação tempo, espaço e conversas sentimentais olho no olho. No início o ignorei e deixei claro que não sentia nada, pois minha amiga Maria Colombina estava apaixonada por esse Alerquim, mas ele não queria dedicar tempo a ela pois ela havia um caso indeciso e mal resolvido com um peão. Eu e alerquim passamos a nos encontrar todos os dias, conversávamos muitas coisas, eu explicava pra ele como eu era triste e melancólico resultado de uma relação estreita e conturbada com a minha família e eventos que me trouxeram a me tornar quem eu sou hoje, e ele me explicava como tinha muita vontade de viver, como tem muitos sonhos, vontades e o quanto de amor tem de sobra por sua família.
Vezes em sempre ele sentia o ar romântico entre nois dois e logo que sentia fazia questão de me lembrar que não aconteceria nada entre a gente, e eu orgulhoso que só, também fazia deixar claro que mesmo que eu fosse gay eu não sentia atração nenhuma e não tinha intenção nenhuma de abordá-lo de forma romântica ou sexual, pois bem, isso era frustrante.
A minha aproximação de alerquim teve como resultado o nosso afastamento de Maria Colombina, que resolveu voltar a se dedicar ao romance com seu peão.
Alerquim sempre se mostrou incomodado com o peão, não entendia bem, por vezes expressou vontade de viver algo com Maria para o incomodá-lo.
Em uma semana Alerquim se sentia confuso em relação a mim, ele nunca verbalizou, mas eu deduzi isso depois que ele precisou mandar meu nome completo e data de aniversário completo para sua mãe que era uma bruxa cigana, jogar os búzios, ler as cartas e entender que conexão era essa que tínhamos, afinal ele era um cara heterossexual e eu um garoto gay.
Os dias se passavam e a gente não ficava mais sozinho, pois eu sempre fazia questão de sua presença e ele da minha.
Bebemos muito vinho juntos, acho difícil um pirata superar-nos por exemplo.
Lembro que sempre no auge da embriaguez Alerquim gostava de falar muito próximo a mim coisas sussurradas que não eram românticas e nem sobre mim e nem sobre nós, mas bruxarias e caminhos que guardiões espirituais nos mostravam através de sinais, mas combinado com o vinho e olho no olho aquilo sempre fez o meu coração bater forte.
Ele me dizia sobre uma mulher de longe a qual trocava cartas, mas nunca havia visto, por cartas ela prometia a ele ser uma mulher linda, a ideal de seus sonhos, que casaria com ele viveriam uma vida como de contos famosos, porém eu o incentivei a vê-la já que eu estava convencido que ela não era quem dizia ser, nunca tive ciúmes dela, eu sentia que era alguém o enganando. Ele marcou de a ver e ela não apareceu, pronto, a confusão em sua mente estava plantada, pois quem o prometia o mundo não existia, hora de recalcular a rota, um bom sinal era que quando estava em minha companhia não pensava em mandar cartas para ninguém, é, isso eu percebi também. Eventualmente o expliquei que eu gostava de escrever cartas para mim mesmo, poemas de um amor incompreendido que nunca seria vivido, em forma de livro, em forma de ficção, um romance que existia na minha cabeça, mas que nunca poderia chegar ao seu devido destinatário, ele me olhou nos olhos e disse "entendi.", ele entendeu mesmo, eu sei, foi a primeira coisa que eu o disse que fez o entender que nem tudo que acontecia na minha cabeça eu exteriorizava.
Ele perguntou se era um personagem na minha história e se eu estava escrevendo sobre ele, eu disse "não, sou um poeta triste e romântico e ninguém pode ler os meus textos e poemas", de certa forma isso o fez ter certeza que sim, eu estava escrevendo sobre ele.
Foi quando me disse que a princesa distante também gostava de escrever e que também escrevia histórias que pra ela seria possível, então percebi que ele era o meu karma e eu o karma dele, que a minha personalidade era perfeita para o seu amor, mas a minha figura e gênero não.
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O youkai interrompeu a refeição subitamente no momento em que a resposta veio, quase lhe fazendo engasgar. Deu algumas pequenas tossidas para recuperar-se, afinal não esperava ser chamado de ‘cara de pau’ ou do restante das palavras alheias. Fora suas bochechas que avermelharam com a parte que dizia respeito a ser uma pessoa casável. - “Q -que bom que você disse ‘casaria com alguém como você’ e não ‘casaria com você’, se não já iria dizer que estava tentando me iludir no segundo encontro.” - a brincadeira foi feita apenas para reduzir a vergonha que sentia com aquelas palavras, jamais se imaginaria casando, ainda mais com alguém como Asura.
Fechou os olhos enquanto suspirava lentamente, tentando manter a o controle, ainda que mantivesse o rosto corado. - “É exatamente esse ponto que eu estou falando.” - abriu os olhos, mirando o rosto alvo, mostrando feições de calmaria e leve timidez. - “Não estou dizendo que meu caso se sobressai o seu ou o inverso, é por isso que pedi desculpas. Mas da mesma forma que você não vê problemas no meu caso, eu também não vejo no seu.” - se obrigou a comer mais um pouco antes que esfriasse, apesar que desconfiava que a magia naquele prato deixaria ele perder a temperatura ideal. - “Mas o nosso dia a dia é diferente, você tem pessoas com medo do seu descontrole e eu tenho pessoas que não gostam desse meu jeito de sobreviver.” - no final de tudo deu de ombros.
Queria manter a postura, mas em frente ao Mara era algo complicado e somado a sua vergonha, não queria ficar olhando aquele olhar penetrante que o outro possuía. Logo voltou a olhar para baixo, mirando apenas o prato por ora.
Asura escutou tudo aquilo com um olhar incrédulo, primeiro porque Koda estava genuinamente listando coisas que faziam o Mara ser alguém merecedor de se casar...e finalizando com um 'eu me casaria com você'. Não era algo que ele esperava, então já o deixou meio chocado. Mas o olhar lentamente se tornou descrente de forma quase debochada ao ouvir que Koda pensava aquilo tudo sobre si.
"Cara de pau sua dizer isso pra mim, que sou um guerreiro que perde o controle de si, e depois dizer que o seu caso que não é aceitável" Asura fez que não com a cabeça, realmente impossível de acreditar "Pra ser sincero, já que você também foi, eu casaria com alguém como você. Não acho que sua forma de sobrevivência seja necessariamente um empecilho."
E dito isso, continuou a comer como quem não diz nada demais. Até porque, se Koda disse aquilo tão tranquilamente, duvidava que suas palavras fossem ser a coisa mais chocante daquela conversa toda.
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✍️ Meu melhor amigo e eu fizemos muitas coisas juntos. E nos encontramos muitas vezes com e sem propósito algum. Ele era apaixonado pela @zaz_off . Aliás, foi ele quem me apresentou sua música me dizendo "casaria com ela só para ouví-la cantar". Eu ri, porque ríamos sempre das nossas próprias bobagens. Quando a coisa era séria, nos ouvíamos e tentávamos nos ajudar. Sua maior preocupação era sua filha, Duda, que vi crescer e se tornar uma mulher muito bonita. Quando a encontro, eu penso quais seriam as preocupações dele hoje. Ele cancelou compromissos para comparecer ao lançamento do meu primeiro Romance. Chegou todo alinhado e é claro que zoei: "Você veio pro lançamento do livro errado. Não é do Saramago, é meu!". Ele riu e me falou: "Não sou melhor amigo do Saramago! Mas sou seu!". Conheci esse cara dando aula para atores... e que baita ator ele estava se tornando. Não por mim, mas por ele próprio. Dedicação é tudo. Pelo compromisso e respeito com o ofício, fiz ele pisar no palco pela primeira vez e mais tarde o indiquei para o filme de um amigo. Era hora de encarar "poeira de set". Eu queria que ele fosse sozinho, mas ele me mostrava suas cenas todos os dias. Já mandava bem, então era mais uma troca de ideias do que qualquer outra coisa. Mais tarde o diretor me ligou e disse: "que ator maravilhoso você me indicou" eu ri cheio de orgulho e contei pra ele, claro. Galenteador, eu tive que lidar com muitas ligações de ex-namoradas e ficantes que com quem ele se relacionou. Elas queriam saber dele pós acidente que o colocou há 7 anos num "sono profundo". No fim do trabalho, organizei seu material fotográfico e escrevi um personagem para ele em "Irmãs e Filhas", que já tinha uma adaptação para TV. Sigo em contato e sigo dizendo uma das frases que mais repeti para ele: "eu acredito em você". Hoje faz 9 anos de sua estreia num palco de teatro e o google me lembrou disso. Mais que isso, o google me lembrou o que realmente importa nessa vida e como é bom ter bons amigos. Estou criando coragem pra escrever algo inspirado nesse cara. Talvez seja a hora, quem sabe... Uma história sobre amizade. 🏷️ #Amigos #Meumelhoramigo #Histórias #Lealdade #Amor e #Fé (em Livraria da Travessa) https://www.instagram.com/p/CpaJvXdrOJt/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Chegar a beira dos 30 realmente traz a tona coisas que a gente achou que fosse no fundo bobeira alheia. A tal crise dos 30 é real. Ela bate e bate forte. Não e pelos outros, é pela gente mesmo. Quando eu era criança, achava que seria mãe cedo, que casaria cedo, teria uma casa linda, tudo isso MT antes dos 30, e aqui estou eu, sem nada disso. A inveja bateu. Será que vou casar um dia? Será que vou ter filhos um dia? Será que vou condições de ter minha própria casa um dia? Eu olho pro lado e vejo, parece que a espiritualidade quer esfregar na minha cara, todos os casais do mundo com seus bebês fofos, vivendo seu final feliz. Não importa se eu não sei se cada um deles possui uma vida, um drama que eu não sei, na hora bate uma invejinha. Quantas são as pessoas que eu conheci que nunca tiveram esses sonhos e já estão vivendo os sonhos que eu tinha e parece que os meus nunca chegam. Seria minha própria versão de utopia?? Eu não sei. E de novo, a crise dos 30 é real. Pelo menos pra mim é real. E mais um casal apaixonado sentado ao meu lado com seu lindo bebê. Eu quero ditar as regras da minha vida e poder dizer não quero me casar agora ou sou muito nova ainda pra ser mãe, mas não quero não viver algo porque eu não encontrei ainda. Amor pra mim é extremamente importante. Eu ainda me lembro do dia que eu disse a mim mesma é aqui que eu quero construir família, não deu muito certo, porque né? Mas é sobre isso. É sobre escolhas no final. A crise dos 30 pra mim é sobre não ter escolhas, e eu quero escolher tudo, eu quero ditar as regras, eu quero dizer o que eu penso, eu quero poder amar quem eu amo sem medo de ser feliz, eu quero construir coisas e ter medo dessas coisas, mas eu não quero olhar pro lado e me sentir sozinha e solitária por não ter essas coisas que são importantes. Eu acredito que eu ainda vou viver todas as coisas, mas detesto a ideia de ser depois dos 30, enfim a crise.
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yuxvee:
os feixes solares em dourado , rosa e lilás que aqueciam a pele da chinesa fizeram com que abaixasse os óculos de coração antes de verter o olhar para kristýna . o sorriso que tomava conta de suas feições era genuíno , e único , à companhia que mantinha . os pés desnudos sendo salpicados pelo quebrar das ondas no pier , a chéquia , os pequenos bolos de figo e iogurte , a brisa mediterrânea . o som da vida descomplicada e mundana , a sinfonia de composição perfeita . ❛ definitivamente a última romântica a existir . o mundo seria um grande abismo sem a sua presença . ❜ o que tudo havia começado de mais um dos seus relacionamentos efêmeros e términos repentinos , mas rapidamente reconhecido como pura e recorrente atração , logo se transformou na provocativa farsa que já se estendia por alguns anos . ❛ apenas uma mulher insana não se casaria com você , qīn . o que não há para querer amar até que a morte as separe ? ❜ suspirou de maneira cômica . ❛ ah , kris , você sabia que esse momento iria chegar . por mais que eu , você , e dezenas de outros nobres , desejássemos explodir esse pensamento arcaico da ordem , e da maioria dos nossos países , é quase impossível uma mudança drástica de valores— ❜ a palavra saia em desgosto . ❛ —em pouco tempo . ❜ voltou as orbes para a paleta de cores que tingiam todo e qualquer ponto que contemplava . ❛ poderia ter sido tão pior , imagina se tivessem firmado o acordo com aquele barão croata ? ❜ o riso que borbulhava em si ante a imagem da venclová com a figura misógina e preconceituosa do outro , era pintado com histeria . imaginar sua noiva , ainda que ilegítima , pareada com alguém fisicamente superior e tão abominável , causava desespero que se manifestava na forma como afundava as unhas nas coxas quase completamente descobertas . ❛ e além de tudo você já sabe quem ele é . o conhece há tempos . ❜ desde a noite da mostra o assunto se tornara uma das paranóias que regiam o caos de seus pensamentos e xue'e sentia-se cada dia mais próxima de um estopim .
๋࣭ ⭑ ๋࣭ ⭑ MESMO QUE FOSSE UMA BRINCADEIRA, Kristýna não escondeu o sorriso satisfeito e muito menos a expressão orgulhosa que tomava conta de sua face. Para muitos podia até não fazer sentido organizar um encontro que poderia ser visto como algo romântico para a ex-namorada, mas Xue'e era uma das poucas com que Kris mantinha uma boa relação além de adorar a companhia alheia. Sem contar que não era de ferro, em universo algum iria recusar a chance de ter ao lado uma mulher bonita e carismática durante um piquenique à beira do píer. "Eu sei, as pessoas têm muito o que aprender comigo ainda." assentiu seriamente, os lábios desenhando um sorriso sapeca que combinavam com o olhar travesso que lançava para a outra. Sua postura mudou então para algo mais dramático quando deitou-se na superfície de madeira, os braços caindo ao lado do corpo e o beicinho aparecendo no lábio inferior. "Ora, mas então todas estão insanas? Pois estou sendo amarrada a um cara, de todas as coisas que eu imaginei para meu futuro, isso nunca esteve em pauta." comentou, erguendo-se novamente e dessa vez esticado a destra para pegar um morango. "Não, eu não sabia. Quer dizer, meu país não tem isso. Eu poderia muito bem me casar com uma mulher e seríamos duas rainhas governando a Chéquia novamente. Como minhas mães. Eu devia ter feito elas me prenderem em um casamento arranjado porque pelo menos iriam respeitar minha sexualidade." reclamou.
O cenário levantado pela outra, no entanto, realmente lhe fez pensar na sorte que teve ao ser emparelhada justo com alguém que também não estava muito inclinado para um relacionamento como a ordem queria empurrar neles. Kabir era um homem legal. Pena que era um homem. Não passou despercebido que aquela possibilidade incomodava a chinesa também. Não hesitou em esticar a mão livre, a esquerda, para pousar sobre a dela. A pele macia não deveria ser machucada de maneira alguma, bem, exceto quando era pela sua boca, mas essa era a única exceção em sua mente que tratava de segurar suavemente os dígitos alheios. "Ele iria aprender rapidinho a respeitar as pessoas. Se não fosse por bem, iria ser na base da joelhada." deu-lhe uma piscadela. "Mas acho que qualquer um que caísse para mim seria um tormento. Poderíamos muito bem fazer uma revolta e sair da ilha em um feriado e voltarmos casadas, o pessoal da ordem iria morrer um por um." comentou com o sorriso voltando a aparecer. "Conhecer o meu noivo não faz do acordo melhor, se quer saber. Você não tem contato com o seu? Mas assim, já imaginou? Estar livre desses acordos de merda, eu daria qualquer coisa pra me livrar disso."
#amg pois que ameaça mais capenga shdkdkdkd#transformaria a Kris numa molier com uma missão KKKKKK#、 ⠀ ་ ⸼ ⸒ ✴ ⠀ ⠀ ⠀𝐀𝐑𝐂𝐇𝐈𝐕𝐄 › threads#yuxvee
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