Esse blog é uma atualização do meu antigo, que teve seu conteúdo censurado pelo Tumblr, o que não é justo (insensatodevir.tumblr.com). Vou repostar aqui o conteúdo do blog original e meu trabalho intelectual, sejam bem-vindos!
Don't wanna be here? Send us removal request.
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Pô, eu sai ontem, e pensei nisso. estava numa festa com velhos amigos meus, mas não me sentia bem, e por nenhum motivo em especial, gostava da maioria das pessoas ali, mas não via sentido no modo vazio com que se sucedia os acontecidos. Eu bebi e fumei naquele dia, também estive dentro da boca de desconhecidas com gosto de cigarro barato e álcool ruim, meus dedos visitaram algumas calcinhas, mas meu corpo estava inerte ao fato de que aquele cenário não transmitia excitação alguma. Talvez eu tenha vivido tudo o que necessário até aqui, e nada mais nessa vida seja capaz de dar-me tesão, nada me apetece.
O mundo perdeu seu gosto e eu já nem me sinto mais vivo. O que resta é uma consciência habitando um corpo em modo automático, tendo lidar com os afazeres corriqueiros, sem luz própria. Eu possivelmente já estou morto.
Eu só tenho 20 anos, e viver é um fardo. Amigos, família, gostosas e babacas, ninguém me causa mais nada. É tudo tão pequeno e inglório. Isso me causa enjoo. Quero vomitar.
Tenho preferido um milhão de vezes mais ficar no meu quarto, comendo minhas coisas podres, jogando os meus jogos, do que ir lá fora ver sempre as mesmas coisas sem sentido. É como se tudo sucedesse numa categórica emancipação de situações diferentes em igualidade. E eu? Bem, eu só queria estar trancado no meu quarto ouvindo ''Down in a Hole'', da minha banda grunge preferida, mas é como se eu não tivesse opção.
Eu estou fodido! Minha mente está fodida, e está me matando. Meu corpo está morrendo, sendo levado embora pelas correntezas persuasivas da minha mente doentia. Há dias em que eu quero apenas me encolher num canto escuro e frio, esquecer de tudo, e ser esquecido. Eu quero sumir pra sempre!
O pior de tudo é estar todos os dias imerso nessa cratera existencial sem que sequer aqueles que o rodeia possam notar. Eu sou insignificante demais para eles, ou sou apenas um grande ator? Pode me responder isso? Minha mãe diz me amar, meu pai diz me conhecer, mas eles não sabem 10% do que sou, nem nunca quiseram entender 10% do que passo. Minha existência é torpe até para os mais próximos de mim!
E o que me resta? Ah, eu ainda tenho os fóruns obscurecidos por gente tão fodida e rejeitada como eu, ainda tenho o anonimato, os cigarros e o álcool, tenho as drogas, a solidão e o vazio. Oh, eu tenho vocês também. Ia me esquecendo disso… E você, também tem tudo isso, não é? Não é…
É, eu não tenho nada.
Consegue ver meu desespero, meu amigo? É… eu realmente acho que já está na hora de morrer.
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Vazio
O espírito morto,
As veias dilatadas,
O sangue corre torto,
As artérias quebradas,
Os passos negados,
Em volta do quarto,
Escuro demais,
Aguardo meu ‘’Às’’,
O inferno está perto,
Sinto seu calor,
Do canto do quarto,
Eu clamo pudor,
O diabo me toca,
Ele quer me afogar,
Mas não pode matar,
O espírito morto,
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xxx
Olá, do fim do quarto escuro. Alguém ainda quer ser meu amigo?
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23:32
Meu tumblr está aberto. Eu estou com sono. Quero escrever alguma coisa.
Está escrito.
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Quer saber o que passa em minha mente?Exploda-a!
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Shiro
Where have you been… ?
De volta à cômoda solidão. Sentado, esperando minha destruição. Absorvido pelo relógio que conta meus segundos, meu ser inquieto, soterrado sobre mil diferentes formas de distração.
Pouco faço em nome de algo, pouco parece mudar. Assim fico cada vez mais vulnerável, impotente frente aos meus maus pensamentos, antigos demônios que tornam a tentar consumir o que se resta de mim.
Ao meu olhar, nada reage. Observo-me nesse estado e penso que quero morrer, mas, obviamente, eu jamais cometeria tamanho ato de covardia. Recordo então que o motivo pelo qual tanto me odeio é justamente por causa dessa maldita inércia mental e física que me privou de quem tudo me trouxe de volta.
Ao pensar nela, traço em minha mente uma imagem de um futuro onde eu não seria tamanha desgraça, coloco além do meu alcance os meus desejos e o que eu sou. Faço-o pelo conforto, ou talvez seja um pensamento que expressa um desejo sincero. Que quer que seja eu não sei dizer ao certo, consigo somente ponderar possibilidades, pois tenho uma mente de incertezas, uma mente incapaz de definir um caminho único e trilhá-lo.
Odeio não ter sido capaz de alcançá-la.
Assim volto a me mutilar, pois nada parece surtir efeito sobre meu corpo e mente adormecido. E junto aos danos que causo a mim mesmo, a ocasional inspiração ou memória se juntam à fórmula, tornando o desprezo por esse estado ainda mais voraz.
Ataco-me com ainda mais força, convenço-me de que odeio tudo sobre mim, como se meu amor próprio eu adiasse para imagens minhas que só existem no futuro, e que só afirmarei abertamente: “Eu me amo.” quando atingir esse ponto distante. Com este mesmo em mente, todos os meus esforços passam a ser direcionados para a construção de um mecanismo que me dispare em direção ao meu destino. Tudo se torna uma construção, tudo se encontra no futuro, além do que eu sou agora.
Porém, mesmo com meus mais sinceros esforços, nada acontece. Nada se move e meu corpo retorna à encruzilhada, depressivo, mórbido, frio e com a repudiante sensação de desgosto em minha garganta ao me observar como indivíduo. Assim, me odeio, e como não o faria se nada faço? Se nada persigo e se tudo parece longe de ser uma conquista? Que processos terei que passar por ou caminhos terei que trilhar para chegar ao ponto em que posso dizer que me amo? E mesmo com todo esse ódio, continuo perdido, à espera de mudança, juntando qualquer resquício de força para destruir tudo o que sou e me transformar em tudo que quero e posso ser.
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A + B = Infinito
e se meu amor for incapaz de demonstrar-se por minhas ações, me perdoe, mas você nunca o terá. Por incapacidade minha, ou sua.
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O erro primordial
O engano mais bobo que se pode cometer, em vida, é crer que o primeiro numero seja o 1.
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Eu encontrei ela ontem, vagando vagarosamente pelas ruas. E ela estava linda. Mas não para mim, para outro homem. Enquanto eu falsamente esbanjava um sorriso de felicidade ao vê-la, meu coração fervia todos os meus nervos em ódio ao saber que nunca teria-a para mim. Ela continuou andando, sem saber de nada, indo de encontro ao homem que eu mais invejo neste mundo. E eu, continuei andando, com o maior desgosto pela vida, sabendo que a mulher que amo, ama outro, que não eu.
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Meee
A solidão é minha mais fiel companheira. Eu até poderia querer me casar com ela, mas mesmo ela me rejeitaria.
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A mais inocente mentira
A mais ingênua e indolente mentira nos é contada desde muito cedo. Diz ela que ninguém nesse mundo foi feito para estar sozinho. O que é uma grande e insensível inverdade, pois tive de descobrir por própria experiência que nunca tive ou terei alguém.
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Anoitecer
Sempre me coloco a perguntar em minhas frívolas madrugadas de insônia se alguém em algum dia da minha vida já teria me amado. E a resposta mais breve e direta possível é a de que não.
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E eu te conheci de maneira despretensiosa, como quem já não espera mais nada de algo, nem de ninguém. E nos breves e quentes momentos que nos deleitamos em posturas tão nossas, eu te amei, como nunca amei alguma coisa em toda minha vida. Te amei tanto, não somente por saber que algo tão bom não aconteceria comigo em muito tempo, como também pela dádiva que foi tê-la encontrado naqueles breves momentos obscurecidos. Você me trouxe luz de novo, e sou muito grato por isso. Mas para além disso, te amei como meu mais sagrado tesouro, que com o enfervecer de minha ira e consciência do que me representava, não poderia te deixar ir de mim tão facilmente, sem que em nossos mais breves, e transitórios momentos, pudéssemos sentir um ao outro de uma maneira mais vivaz que qualquer outra coisa, que pudéssemos nos entender e sentir, como nunca entendemos e sentimos qualquer outra coisa.
No final, eu te senti muito. Acho que até mais do que merecia. E agora, mesmo depois de sentir tanto, meu corpo pede por mais de seu gosto, e você não está mais aqui para me permitir sentir você de novo. Eu já sabia. Estava ciente de que não tínhamos muito tempo, e apesar de ter achado que senti aquilo muito mais do que deveria, também sinto que não senti nada. Você me faz falta, e eu não sei explicar isso. Um presente transitório, o mais agradável presente que aqui até hoje provei. Apenas me dói saber e ser ciente de que no momento em que te conheci já sabia que perderia-a em breve. E tal qual foi. Mas isso não muda nada, pois eu amei te conhecer e os momentos que me propiciou foram as coisas mais intensas que tive o prazer de provar. Você se foi, porém, ainda está aqui. Eu nunca esquecerei você. Talvez até te ame. E por isso tenha escrito essas palavras, que me soaram tão sinceras, enquanto lágrimas escorrem por meu rosto ao escrevê-las. Tão docemente e inocentemente me fez se sentir vivo, que naqueles pequenos momentos quis tê-la para mim para sempre. E quis ser seu, para sempre. Eu senti tocar indolentemente numa tão ingênua menina, pedindo-me para torná-la mulher, e amá-la em tão pouco tempo que tivemos juntos que poderia dizer ter estado no céu, ainda na terra. Se Deus existe, talvez tenha ele me criado apenas para ter vivido aqueles pequenos instantes. Para sentir o seu tão doce beijo, e tão suave toque, que me pediam para ir com calma toda vez em que tentei ir além com você. E eu amei esse seu tão meigo jeito de ser e se portar diante de mim.
E é com o sentimento ambíguo de ganho e de perda, que me prostro diante das tão calorosas e passageiras lembranças dos nossos momentos, que ecoam por sobre minha mente me agradando e castigando. Mas mesmo perdendo-a, creio que no final, o que me faz mais latente é o saber de que foi mais surpreendente ter conhecido-a, que o contrário. Então não tenho do que reclamar. Eu te amei naqueles instantes. E te amo ainda agora, por tê-los vividos comigo. Só queria eu poder ter vivido eles mais um pouco. Quem sabe até mesmo poder acordar naquele dia novamente, para que tudo pudesse acontecer como aconteceu. E eu te amaria, e você me amaria. E tudo isso seria lindo, porque, para mim, foi lindo amar você.
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coolkids.png
crianças legais nunca dormemmas nunca estiveram acordadas também.
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o corpo que se tornou dormente
Um corpo certa vez marchou para fora de sua origem, e fora desta, havia um grande e desconhecido mundo para explorar. De início, o corpo não podia deixar de negar o seu entusiasmo de conhecer tudo aquilo que o mundo poderia oferecê-lo. O corpo era ingênuo, ele esperou coisas boas da maioria das coisas. E se enfurecia a cada descoberta desilusória que este mundo tinha para dá-lo. Com cada decepção, o corpo nada mais fazia do que acumular decepções e rancor. Chegando ao ponto de que querer conhecer mais uma porção daquele vasto e desconhecido se tornou incogitável. O corpo agora odeia o mundo, pois pela vontade de conhecê-lo, conheceu-o, mas entendeu que ele não era nada daquilo que ele inocentemente esperava. E agora, estando sozinho, frustrado e desesperançoso, o corpo continua sua marcha, indolentemente negando cada alegria, incapaz de sentir qualquer suave toque sopre sua epiderme. O corpo negou o mundo, como este foi negado. Pode chamar de justiça, até de vingança, mas o corpo está morto. Ele não quer mais sentir o mundo. Ele o negou. O erro do corpo foi o de simplesmente não denotar que, tal qual más sensações, existem boas sensações. E tomado pela sua irrefreável negação ante o inelutável, o corpo dormente não se tornou apenas morto, mas frívolo. Ele não sentirá mais nada. Não apenas o que há de mau, também o que há de bom.
O corpo dormente negou sua própria felicidade.
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e se eu não posso simplesmente voltar no tempo e desfazer o feito posso eu, apenas de uma vez terminar com aquilo que começaram.
não posso apagar-me da memória de todos nem desfazer minha existência toda ela, até aqui mas posso mediante um ato, findar com ela inevitavelmente e deste modo, mesmo que ainda real, eu estarei morto para sempre…
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Sou só
Sou só e apenas um pequeno ser assustado demais com a impermanência das coisas. Pois tudo que é bom, no fim, não dura relativamente nada. Tudo se perde e esvai, te tornando impotente e casto diante das deliberadas situações independentes que se apresentam para você no curso irrefreável da vida.
A vida é a maior das ladras. E uma ladra propriamente sádica. Tudo que possivelmente pode ser dado por ela, é no fim por ela tomado. Como sadista, não há nada que agrade mais sua mesquinhez que ver o desespero de seres inferiores tomados por um rancor indescritível diante do perder de suas satisfações efêmeras. Será que há algo ‘‘não efêmero’‘? Eu não sei…
Eu apenas queria saber o porquê de todo meu tormento. Tudo que me disseram, em toda minha vida, ou algo que sobre mim afirmaram, foi ao menos alguma vez verdade? Eu poderia, uma miserável vez sequer, confiar em alguém? Poderia? Tudo na minha vida nunca passou de uma grande mentira, de uma grande piada. Eu sou um ator. E o meu verdadeiro ser nunca foi ele verdadeiramente visto. A vida é propriamente isso, não é? Um mero jogo de insinuações? Nela, todos buscam dizer estar bem, aliás, eles DEVEM estar bem e sempre satisfeitos. Se não estiverem, são só, ao consenso alheio, seres desinteressantes e mesquinhos. Exaladores de futilidade e chatice.
A realidade, é que eu não entendo mais nada, não busco mais nada em ninguém. Tudo que de real deveria ser cultuado, não é. Do contrário, é descartável. Uma constante suscetível de coisas desagradáveis e nada construtivas deliberam por sobre o nome de vida. E sobre ela, eu coexisto com demais seres tão atolados em seus próprios lixos que seus odores exalam chorume, e que com o maior rigor cinista tentam mascarar suas realidades com pomposas doses da mais barata e vagabunda colônia vendida nas vielas de seus bairros de classe baixa. Mentirosos fétidos. Isso que são.
Nada vale. E os desejos se perdem, se esvaem. E tudo ganha nova forma, tornando o antigo depravado e condenável. Às vezes imagino que determinados momentos pudessem eles durarem um pouco mais, ou até que eles mesmos pudessem ser eternos, mas não podem… E eu, tendo de lidar com tal fato, posso apenas aceitar tais determinismos. Com uma amargura desumana que corrói meu coração porque sei que tudo aquilo que posso ter amado, ou amar, não possuíram mais significado um dia. É o fim. E é só isso.
O amargor ácido de uma ponderação essencialmente niilista, de nome vida. Tudo que existe, acaba. E tudo que se vive, se perde. E o ser tem de continuar com o pesado corpo sendo ciente duma realidade que lhe atinge o espírito como grandes golpes de uma lâmina sedenta por sangue, que em cada corte o fragmenta e despedaça, num labirinto de si mesmo em que a cada passo dado, se desconhece cada vez mais sua saída. O labirinto infernal da perda.
Vida é perda constante, não há ganho algum nela. Se fosse uma tela artística, seria nada mais que um grande borrão negro, tendo atrás de si um grande quadro branco. E quando perguntado ao artista o significado de sua pintura, de nome vida, diria ele:
Nada! O significado é o puro e absoluto NADA!
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