Tumgik
#eu acho é que já estou condicionada
momo-de-avis · 1 year
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Estou a ver que a minha sina, pra onde quer que vá, é morar ao lado de gente que houve kizomba aos altos berros
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alemdomais · 15 days
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já quis muito da vida. esperei tanto que crescer fosse sinônimo de me tornar alguém multitarefas, desenrolada e segura o suficiente pra desenvolver qualquer coisa no mundo pra poder topar qualquer desafio que a vida quisesse me propor. esses desafios, eu acho que segundo a minha cabeça pareciam trazer um tempero pro meu sentido na Terra, sabe? acho que romantizei muito essa ideia de ser alguém na vida, alguém que teria a nomenclatura certa pras pessoas pensarem em chamar quando precisassem de alguém que chegaria para resolver qualquer parada. mas agora, em plena crise de retorno de saturno, a menos de dois anos até chegar na temida casa dos trinta eu só tenho pensado em como fazer pra alcançar sossego. comecei a reparar que as tantas coisas que eu fazia tanta questão, que eu enchia a boca pra dizer que queria era só porque naquele momento da minha vida, eu realmente não podia ter. quando a gente não pode, tudo parece mais interessante, mais necessário, às vezes até indispensável. quantas vezes eu já perdi o chão por cada uma dessas coisas. quantas vezes eu achei que se não fosse do jeito que eu queria, ia perder a respiração a ponto não conseguir saber como fazer pra continuar. a verdade é que eu sempre fui exagerada assim mesmo. dramática, imediatista, capaz de a qualquer desespero atear fogo nas minhas sensações como uma forma de procurar aliviar o que tivesse por dentro. e o que eu tive por dentro por todo esse tempo era ser alguém. e quanta vida isso me custou... porque ser alguém na minha cabeça, envolvia tudo o que se existe numa vida pra envolver. na família, no amor, no trabalho, na produtividade, na carência de me tornar o que eu buscava tanto ser sem ao menos ter tanta ideia assim do que era ser isso que eu achava tanto que devia. hoje, acho que só tenho pensado em viajar, mas dessa vez, pela primeira vez, não estou fugindo. também não estou indo em direção a nada específico. não há ninguém me esperando nem nada que dependa dessa viagem pra que eu mude a minha vida. eu sinto que só quero estar em outros lugares pra encontrar todas essas indecisões que antes eram tão indispensáveis e agora, não faço a menor de questão de saber o que elas podem ser. eu já não sonho mais em ser alguém, consegue entender? eu só tenho sentido vontade de saber um pouco mais sobre quem eu sou. não me parece mais ter sentido essa história de me esfolar e me desgastar tanto pra me transformar em alguém que vai precisar estar sempre condicionada a uma validação que virá de fora. não me enche mais os olhos essas coisas que venham de fora. de fora, eu só quero as paisagens, aquilo que possa se unir ao que tenho por dentro pra apagar aos poucos essa urgência que ainda sinto pertencer e que quero abandonar. eu já devia saber que não combinaria mais com a pressa, correr nunca foi o meu forte aliás.
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recantodomoura · 18 days
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É tudo culpa do meu pai - capítulo II
Capitulo 2
                Uma vez escrevendo sobre a verdade, disse que a verdade como um sentido absoluto é somente o quê Deus diz em sua palavra. No entanto há “verdades” que ficam condicionadas ao sentimento expressado no momento. Até que você encontre a pessoa com quem vai passar a vida, você passa por algumas experiências de namoro, e com certeza foram feitas juras de amor eterno a outras pessoas. Era mentira? Entendo que não, somente a verdade daquele momento. Como não sou especialista nesse assunto não vou me delongar nessa definição, pois não é esse o intuito do que eu estou escrevendo agora, apenas quero que entendam que mesmo que os sentimentos mudem, nesse momento eu estou triste, sinto-me desamparado. Estou desamparado? Respondo dentro de uma perspectiva que tenho como verdade do sentimento que me invade. Digo que sim.
                Ao contrário do que muitos possam pensar, não é ser pessimista, o pessimista enxerga o copo metade vazio, já eu neste momento não consigo nem ver o copo, porque quando se vê o copo há esperança de poder enchê-lo. Não sei se é possível estar depressivo, muitos entendem que se é depressivo, assim como os alcoólatras que também podem sofrer de depressão e a bebida se torna uma fuga. O que quero dizer com a comparação? Assim como no alcoolismo é possível ficar sóbrio, todavia nunca ser curado do alcoolismo. Então o depressivo, sempre terá que lutar para que a tristeza não o “embriague”, pois não há fuga.
                Como cristão, não entendo como isso pode acontecer comigo. Algumas questões me tiram desse equilíbrio entre alegria e tristeza, tristeza e alegria. Quando há uma alternância entre eles, julga-se normal, no entanto quando a tristeza prevalece num estado constante, começa o que não quero admitir que pudesse ter, a tristeza como condição quase que permanente num estado em que se está triste, ou muito triste ou em angústia. Esta ultima sufoca, como um nó na garganta que não desata como um soco no estomago dado repetidas vezes, literalmente nos encurvando, nos prostrando.
                Muitos dirão que não há motivo para tristeza, que eu sempre devo olhar o que eu tenho e não o que não tenho. E exatamente isso. Eu olho o que tenho e não vejo motivos para poder ser triste, pelo contrário, apesar de algumas coisas não darem certas, meu saldo, se posso dizer assim é positivo, tenho muito mais o que agradecer do que lamentar, nem por isso melhora, os clichês de livro de autoajuda existem aos milhares, e eu acho que servem para determinados momentos da vida em que se tem certo desânimo ou um cansaço. Eu estou falando quando se desiste de viver, e alguns estágios da depressão isso se encerra definitivamente, quando se interrompe a vida como única saída possível que às autoajudem, mas isso não é o meu caso, apenas desejei que ela viesse.
MAIS UMA CHANCE (06/06/2015) Fico em silêncio, parado. Parado não semeio Como irão brotar se não as rego Na inércia, as lagrimas acumulam. E nada nasce tudo apodrece. As águas sobem, meus alicerces estão na areia!? Meus pés que andaram na lama Escorregam sobre a rocha Lavas meus pés e me firmo Preciso andar semear E quem sabe quando voltar A alegria encontrar Pois é na rocha que preciso Estar.
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Irônico que eu venha escrever sobre isso aqui. Na internet, onde todo mundo posta tudo pra ser visto, reconhecido e eu escrevo justamente por ninguém ler, ou se alguém ler não saber quem eu sou. A internet, onde todo mundo vem pra ser visto, é onde eu venho pra não ser lida. Onde ninguém que me conhece consegue acessar o que eu escrevo. Sem cadernos para serem lidos, sem arquivos para serem abertos. Só eu e meu espaço de escrita secreto. Meu lugar seguro. É que eu vou me casar no sábado. À contrasensu do que dizia meu ex e até mesmo minha mãe eu vou me casar e vou me casar no sábado. Hoje é terça-feira, já passou da meia noite então não é mais segunda. Eu me peguei pensando em você querido amigo. E eu me peguei pensando naquela quarta-feira do começo da minha faculdade, em que brincávamos com nossos corpos sem realmente nos tocar. E se tivéssemos nos beijado aquele dia? será que eu ainda estaria me casando sábado? será que teríamos dado certo? Eu sempre soube que você tinha uma queda por mim. Um tombo pra ser mais exata. É que você me colocava no centro do seu mundo e eu me conhecia e eu não gostava de mim, então tinha medo de que você me conhecesse e não gostasse mais de mim também. Mas você me conhecia e eu acho que você foi a única pessoa que se deu ao trabalho de me conhecer. Pelo menos foi a pessoa que conseguiu o que nenhum professor de inglês consegiu: me fazer ouvir colplay. Eu ainda penso em você quando ouço fix you. Ainda sinto saudades quando toca Yellow e lembro dos seus cachos o som que rola é Clocks.eu me odiava e tinha medo de que você me odiasse também, de alguma forma, você me trazia a esperança de um dia gostar de mim também. Eu ainda não consegui. Não me leve a mal, mas eu meio que fui condicionada a isso. É algo que se aprende em casa e fora dela. Eu queria saber o que você sentiu quando me conheceu, mas diferente de mim, você não se casará no sábado porque você já se casou bem antes de mim e se eu te perguntar isso sua mulher pode ver e vai ficar estranho. Mas agora mesmo, abrindo nossas poucas conversas pelo instagram, acho que uma parte sua ainda me conhece ou uma parte minha, que precisa de ajuda, quer pensar isso. É quase um filme de época, ele é um bom partido, mas não tão bom, mas muito do que você sempre disse que esperava que aparecesse pra mim. Até no título. Você disse que eu sempre poderia te procurar se eu precisasse de ajuda e, francamente, eu acho que preciso, mas eu não posso te pedir isso porque você não se casará no sábado porque você já se casou bem antes de mim e se eu te perguntar isso sua mulher pode ver e vai ficar estranho. E eu não quero te causar problemas. Hoje eu tenho a garantia de que não morrerei sozinha e que não serei tratada como uma perdedora por mais um fracasso em relacionamento, a final, vou me casar no sábado. Não importa o que aconteça, vou me casar no sábado e não estarei mais só. Eu não consigo sentir nada além de um imenso vazio que me persegue desde que assumi o estado de consciência critica acerca da realidade em que estou inserida e eu sei que não deveria me sentir assim, a final, vou me casar no sábado e eu dei certo na vida. Tenho um emprego invejável, um relacionamento estável e saudável e alguma saúde. A sensação de que tem algo errado comigo me persegue há pelo menos dez anos, mas me lembro dela antes disso. às vezes acho que preciso de ajuda, voltei a pensar como quando você me verificava três vezes por dia e sinto falta de como você sempre sabia como eu me sentia. Você sabia ou brincava? Nunca vou saber. Você me fazia sentir vista e acho que talvez eu sinta que estou sento vista no sábado, a final, vou me casar.
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dalpasquale · 1 year
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Mais uma vez, cá estou eu de novo.
Acho que cheguei a uma conclusão... Precisava voltar aqui, Tumblr. O local onde vivi alguns dos momentos mais tristes da minha vida. Na verdade, me refiro ao espaço virtual no qual escrevi sobre tais momentos.
Novamente, após algo abrupto, torno eu aqui. Mas dessa vez espero ser diferente.
Andei pensando nos últimos 5 minutos no porquê de sempre voltar pra cá. Acho que é uma sensação de que quando alimento esses devaneios que me surgem eu sou mais eu. E só o Tumblr é propício à isso, afinal de contas teria preguiça de escrever isso à mão e, aos poucos, trocamos essa rede social magnífica por uma de 140 caracteres e, depois, por fotos lifestyle.
Como caralhos eu poderia resumir isso tudo em 140 caracteres? Muito menos em foto.
Enfim... A conclusão que cheguei é a de que me sinto mais eu pois o Tumblr é o meio no qual me expresso e alimento tais divagações completamente sem objetivo. O grande ponto é que o momento que o conheci foi extremamente conturbado, era sobre ser triste e viver em torno disso e sobre sexo. Sim, sexo. Eu era um adolescente. Tristeza. Sexo como fuga. Mais tristeza ainda em decorrência disso.
Várias vezes eu voltei mas não é a mesma coisa. Eu acho que parte de mim ainda buscava isso, a tristeza aqui. Não a tristeza em si, mas me sentir eu, olhar pra dentro, sabe?
O ponto é que o último baque da vida foi um relacionamento sensacional. Estável. Uma paz. Algo que o Lívio de 2016 que recém tinha conhecido essa rede social jamais imaginara. E foi isso. Não teve caos... Só não sei se teve tanto eu assim. Acho que falar assim é um tanto quanto injusto, parece que me forçaram a isso. Longe disso, hoje me pergunto se não foi eu que nos enganei.
Ela foi incrível. Eu conheci como uma menina assustada mas descobri (e acredito que me tive a ver com isso) uma mulher decidida, forte no seu jeito de ser, dedicada, de minha absoluta e incontestável confiança. Absolutamente qualquer homem teria sorte de tê-la do lado.
A questão é que no fim eu não me sentia eu, e isso nos machucou. Eu não gosto de machucar ninguém então parti.
Acho que não foi apenas no fim que já não me sentia eu, mas conseguia levar. Afinal de contas, o que é ser eu? Páginas tristes com frases melancólicas?
Aí que está o ponto. Talvez sim. E tá tudo bem. Sim, está tudo bem mesmo! Há anos eu me considero uma pessoa feliz, não há porquê temer tanto a ideia de voltar aos idos de 2016. Eu sou feliz. Há muitos anos eu aceitei que minha felicidade não estava condicionada a momentos de alegria e que, particularmente, sempre achei que a melancolia tem seu charme, sua beleza, e que felicidade E melancolia poderiam coexistir mesmo sem a tristeza ao lado.
A palavra pode não ser melancolia, mas eu gosto dela e acredito que seja uma boa explicação. O ponto é que melancólico é meu modo de ver o mundo e, quiçá, senti-lo.
O ponto que quero chegar é que a vida começou a parecer de outra pessoa. Não me parecia mais eu. E não estou reclamando da paz, ela é maravilhosa, mas tal qual a melancolia traz consigo o risco da tristeza, a paz traz consigo o risco do simplismo. Esse foi meu erro.
Quem disse que eu precisaria abrir mão da minha complexa e bela "melancolia" para ter paz? Eu sinceramente não sei... Eu mesmo já me disse várias é várias vezes que ambas em mim coexistiam. Agora acho que nunca havia realmente absorvido tal constatação.
A questão é que eu posso, e pretendo, utilizar esse meio como meu papel em branco para todas as controvérsias e complexidades que envolvem minha melancolia, melancolia essa que minha controversa vida me presenteia.
Minhas diversas perguntas sem resposta certa... Como eu as amo. Senti falta de vocês, de mim.
Pretendo aprender a alimentar tais inspirações e aspirações que em mim vivem sem me deixar perder entre o caos da tristeza, mas sem perder o caos que há em mim e me deixar perder em simplismo.
Quero ambos.
Já estou mais velho. Acho que está na hora de aprender que EU posso ter paz. Com todas as esquisitices que o meu eu possa significar.
E, pra completar, ao abrir esse Tumblr me deparo com uma conta já criada porém sem ter sido utilizada. Algo já pronto porém em branco. Que bela metáfora, não?
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pacosemnoticias · 2 years
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Idosas surpreendidas com possível demolição das casas para metro em Gaia
Três idosas moradoras em Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia, mostraram-se surpreendidas com o estudo da nova linha Rubi do Metro do Porto, que contempla a demolição das casas onde vivem há 35 anos.
Tumblr media
"A casa já é nossa há 35 anos, sabemos e conhecemos aqui tudo à volta, as pessoas também nos conhecem, estamos aqui ambientados, fomos apanhados de surpresa. Não dormi, esta noite", disse à Lusa Helena Vilela, de 70 anos.
A residente na rua António Rodrigues da Rocha considera a situação "um descalabro, uma falta de respeito pelas pessoas", acrescentando que soube da situação relativa à sua casa "através da Internet" e "não houve uma palavra" da parte da Metro do Porto.
"Acho isso um escândalo. Tenham vergonha. Não veio uma pessoa aqui tocar à porta, bater, esclarecer-nos, mandar uma carta", afirmou, à porta de sua casa.
A construção da nova estação de Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), englobada na empreitada da linha Rubi (Santo Ovídio - Casa da Música) implica que "será necessário demolir a totalidade das construções existentes na parcela limitada pela Rua António Rodrigues Rocha (a norte) e o largo da Igreja Paroquial de Santo Ovídio", segundo o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) apresentado na quarta-feira.
"Estou revoltadíssima, assim como pessoas que me rodeiam aqui à volta, que são vizinhas, com uma certa idade. Inclusivamente, está aqui uma senhora ao lado que eu nem sequer tenho a coragem de lhe bater à porta, porque tenho medo que ela se aflija", disse à Lusa Helena Vilela.
A moradora é também mãe de um filho com trissomia 21, vivendo numa zona "onde ele se desloca para a escola e para as atividades extra-escola sozinho, apanha transportes porque os transportes estão muito próximos, o hospital está muito próximo, e ele nasceu quase aqui, veio para aqui com 2 anos e está aqui ambientado".
Também Maria Albina Fernandes, de 80 anos, disse à Lusa que até teve "que tomar um Victan [medicamento para a ansiedade], porque não queria acreditar" na possibilidade da demolição da sua casa.
"Já me tinham dito uns colegas", acrescentou, confirmando que não recebeu "nada" em termos de comunicação oficial, e considerando a situação "uma ingratidão, uma asneira".
Já Fernanda Sousa, também de 80 anos, "não sabia de nada" até agora.
"Estou surpresa, é uma novidade para mim, e estou revoltada. Já não tenho idade para estas coisas. Ninguém nos disse nada. Ninguém tocou à campainha, nada, nada", lamentou à agência Lusa.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Metro do Porto referiu que "o projeto só está pronto para ser lançado a concurso quando tiver a Declaração de Impacto Ambiental [DIA]", e nessa fase é que deverão ser informados os moradores afetados.
A mesma fonte adiantou à Lusa que "é sempre possível que a DIA ou seja condicionada ou proponha alterações pontuais", abrindo também a possibilidade a que "mesmo antes da DIA o propor", a Metro do Porto identifique situações "que podem ser melhoradas e resolvidas".
"Neste caso, quando avançarmos para concurso, aí vamos tratar de ver quais são as parcelas e qual é a solução", referiu a mesma fonte, descartando que nesta fase exista a necessidade de "tomar a iniciativa de falar", pelo facto do projeto ainda não estar fechado.
O cenário da demolição das habitações entre a rua António Rodrigues da Rocha e a igreja de Santo Ovídio acontecerá, segundo o resumo não técnico, "independentemente da solução selecionada para o túnel a oeste", para o qual o estudo apresenta duas soluções: a base e a alternativa.
No vídeo apresentado pela Metro do Porto para a zona, bem como nos documentos do EIA, é visível que a quase dezena de moradias atualmente no local dará lugar à nova estação de Santo Ovídio, que ligará a linha rubi à linha Amarela (Hospital de São João - Santo Ovídio, e atualmente em obras até Vila d'Este) e à futura estação de comboio de alta velocidade.
A solução base para a construção do túnel implica a demolição adicional de mais habitações, nomeadamente na Rua Conde D. Pedro, mas a solução alternativa, com desvio do túnel, evita a afetação.
Se forem demolidas as moradias na Rua Conde D. Pedro, em causa está a intervenção, à superfície, na Zona Especial de Proteção da Escola Primária do Cedro (1958-1960), da autoria do arquiteto Fernando Távora, um edifício classificado como monumento de interesse público.
Em Gaia, as estações previstas para a linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.
A construção da linha Rubi, prevista no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), custará 300 milhões de euros mais IVA, e deverá terminar no final de 2025.
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myblanksheetofpaper · 4 years
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28 de fevereiro 2021
tenho pensando sobre a sugestão da psicóloga sobre consultar um psiquiatra. fico pensando se de fato estou doente ou se existem motivos para que eu me sinta dessa forma. isso me faz pensar que sempre achei que tivesse alguma resistência, psicologicamente falando. mas percebi que na verdade minha cabeça é tão frágil quanto um papel. tenho medo de estar doente, mas ao mesmo tempo acho que a tristeza que sinto se justifica pelo momento que estou vivendo. acho que o que mais me entristece é a minha casa, eu sinto como se vivesse num ambiente doente. eu sinto como se todo mundo se odiasse e eu não entendo por que estamos todos presos nessa configuração. a minha psicóloga diz que deveria “investigar” mais a minha relação com meus pais, mas eu sinto vontade de ir para o lado oposto em que eles estão. eu tenho medo de um dia me tornar igual a ele, embora às vezes ache que já estou suficientemente parecida. tenho também tentado me reconhecer nos lugares, no que faço, em mim mesma. às vezes parece que não sou ninguém. da última vez que fui na psicóloga, ela me perguntou se já percebi o quanto sou cruel comigo mesma. respondi que sim, pelo choque da pergunta, mas acho que de fato nunca percebi. talvez isso tenha me prejudicado ao longo do tempo mesmo, porque nunca me permiti ser quem eu sou, dizer o que gostaria de dizer, nunca me permiti me incluir. eu tenho medo. mais do que isso, eu tenho vergonha de dizer o que realmente acho. hoje por exemplo me irritei quando minha mãe perguntou se conhecia o “meu amigo”, porque me sinto invadida e vigiada. eu não gosto que fiquem perguntando, nem que eu conte. e daí a reação que recebi de volta foi a explosão, a justificativa de sempre que gosta de saber onde estou porque “se acontecer algo, vou saber onde você está”. é sempre a justificativa da paranoia. eu acho que isso me irrita tanto porque é como se estivesse condicionando minha escolha, minha liberdade de poder fazer o que eu quero, ir onde eu quero. como se novamente eu tivesse 12 anos e todas as minhas escolhas estivessem condicionadas a aprovação alheia. vai muito além da satisfação. às vezes eu penso em como gostaria de viver sozinha, longe de todos eles e sem o mínimo contato. e isso parece tão distante na maior parte das vezes. talvez seja por isso que tenha tanto medo de não conquistar minha independência, de ter que ficar presa sobre a aprovação deles.
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coolmiriamaraujo · 4 years
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Bom dia!!! Antes de mais nada gostaria de agradecer a @hahasoquenao pelas perguntas! Já adianto que a resposta vai ser longa! Vou dividir a "resposta" em dois posts ok? Então, aperte os cintos e vamos lá! Post 1
Sobre a história de Akagami e o que eu acho de Akizuki Sorata <3
Quando descobri Akagami e comecei a ler já havia tido a experiência de assistir ao anime. A primeira coisa que me agradou no contexto do anime foram: a paleta de cores, a música (sim!! São lindas!) as vozes e a arte da animação. Eles conseguiram captar a idéia muito bem. Do ponto de vista do mangá, dei prosseguimento na leitura de onde o anime havia parado e pude mergulhar na forma de escrita da autora e daqueles detalhes que só o leitor percebe. Porque estou escrevendo sobre isso? Para falar do contexto dos ships Obi x Shira ou Zen x Shira, é necessário entender como ela se comunica com a gente, na forma com que expõe os fatos e nos leva a um entendimento sobre os acontecimentos. Hoje, depois de tanto tempo, aprendi a entender o estilo de Sorata pois sem dúvida, seu modo artístico e de escrita são simplesmente geniais. Sério! Já li e reli váaaaarias vezes o mangá e sempre estou me deparando com detalhes que não tinha percebido antes, talvez por ¨estar condicionada ao meu entendimento da história¨ Para entender Akagami vc PRECISA se soltar e se deixar levar pela história por completo. Se assim o fizer, vai de fato compreender a genialidade de Sorata.
Pra encerrar este bloco, gostaria de frisar que já tive meus momentos de “hate” da nossa sensei...mais pra frente vou explicar sobre isso. Nessa relação de amor e ódio vamos dizer assim, é que consegui descobrir que esta história é a melhor que já li em todos os tempos visto o que ELA PROVOCA EM VC. Já li várias obras de grandes artistas: Inuyasha, Evangelion, Erased, Fruits Basket, Naruto, Samurai – X, entre outros e afirmo: São grandes obras que amo, mas que nem de longe me causam os arrepios, alegrias, tristezas e surpresas como Akagami causa, e esse é X da questão: Para mim, Sorata é um gênio de criação.
Sobre Zen
O primeiro preconceito que tive quando fui para o mangá e passei a ler a história foi: “ahh....esse é mais um tipo de história de princesas que a gente já sabe o final” Digo isso pois foi feito todo um marketing em cima do casal Zen x Shira (nas aberturas das duas temporadas isso fica bem claro! ) Mas, novamente, lendo com calma e me “deixando levar pela autora” fui entendendo a essência da história. Bom, vamos lá: Sobre o Zen enquanto personagem, podemos dizer que toda a sua vida gira em torno de um contexto social, de classes, que é pré-determinada pela sua condição de realeza, ou seja, ele nasceu num contexto de nobreza, é um príncipe por herança sanguínea e desde cedo ele é condicionado e treinado para pertencer a este mundo. Existe toda uma complexidade envolvida nesta condição e isto nos é mostrado nos capítulos que falam sobre a traição do amigo Atri, do surgimento do Mitsuhide na história, sendo inserido por Izana a fim de permitir que Zen pudesse experienciar algo verdadeiro tal como amizade livre de interesses. A questão dos venenos aos quais ele teve de ser exposto foi algo que mexeu muito comigo e me fez entender como a vida do Zen é sofrida por mais uma vez “estar condicionado a este mundo e a tudo que se aplica a ele”
Por outro lado, conforme a história caminha e Zen é levado a “ir além dos portões do castelo de Clariness” percebemos certo desconforto com a realidade que o mundo lá fora oferece para Zen. Lembro do dia em que ele e Shirayuki saem para um encontro e ele se “sente desconfortável” em passear pela cidade como em um encontro. Ele até diz “é assim que se comporta num encontro? Não me vejo fazendo isso” Ou seja, as coisas “comuns” para as pessoas “comuns” causam certo desconforto em Zen, o que nos remete a: Apesar dos sofrimentos de Zen no castelo e na vida condicionada que ele possui, ainda assim, ela é mais confortável para ele do que uma vida comum.
De maneira geral a personalidade de Zen remete a confiança, liderança e valorização das qualidades dos indivíduos e da amizade verdadeira, o que eu acho muito positivo! Fisicamente ele é bonito (mas não faz meu tipo de jeito nenhum, desculpe! Kkkk) é interessante e é o aspecto que mais chama a atenção entre os fãs de Zen: ele preenche todos os requisitos que um príncipe de contos de fadas precisa.
Sobre Shirayuki
A história começa com Shirayuki sendo surpreendida por um guarda e sendo obrigada a ser concubina de Raj. Numa demonstração de desprendimento, ela decide deixar sua vida comum como herborista local para se lançar no mundo e fugir da realidade que fora colocada: Fazer algo pela vontade e capricho de alguém de poder. Antes de fugir, porém, ela faz algo incrível: corta os cabelos e os deixa para trás como se dissesse: Apesar de vocês não serem culpados, eu os deixo para trás para satisfazer o desejo de quem os desejou e para não levar “o problema” junto para o novo caminho. Isso é colocado de maneira tão leve que muita gente não percebe que o ato de cortar os cabelos vai muito além do gesto em si, é uma mudança de comportamento, sobretudo. Muito bem, se lançando em sua nova jornada ela é apresentada ao Zen num “encontro ao acaso” que conecta várias coisas novas e positivas, pois além de Zen ela conhece Mitsuhide e Kiki que serão grandes amigos e aliados em sua vida.
Tentando resumir pq senão vou acabar escrevendo um livro kkkk, Shirayuki tem uma personalidade incrível pois reproduz o conceito de “mulher forte” sem precisar ficar chamando atenção para isso com ações de rebeldia (ou um feminismo rasgado, digamos). Ela sabe que é capaz e dona de si e de seu destino e vai de encontro a ele. Como o próprio Obi diz (Ahhh eu o amo! <3) “você não é do tipo que fica chorando na janela, você vai lá e age” E é essa personalidade que leva a uma busca por um “caminho próprio” que faz com que ela se mova pelo cenário da história. Outros pontos positivos da sua personalidade são: Dedicação, entrega ao que faz, lealdade e principalmente: sempre enxerga algo bom numa pessoa, mesmo que esta tenha lhe causado mal (lembro bem de quando o Mihaya fez toda aquela cena de seqüestro, colocando-a numa nova situação de aprisionamento e apesar disso, quando ele foi preso ela ainda deu o remédio pra cuidar dos ferimentos dele) e cara, isso é incrível! Uma personalidade que entende muito bem o perdão e o “dar uma nova chance”. Shirayuki é minha segunda personagem favorita nessa história ^^
Sobre Obi (AHHH o melhor de todos <3)
Acho que já deu pra perceber que ele é meu personagem favorito dentre todos! Bom, Obi surge na história a pedido de Lorde Haruka a fim de “Tirar Shirayuki do castelo e afastá-la de Zen” Ele a ataca com a flexa e depois com as kunai antes de ser “pego” por Kiki e Mitsuhide. Não se sabe nada de seu passado, é um personagem que possui uma aura muito suspeita e que causa desconfiança, até pela sua vestimenta (o capuz que esconde o rosto dele e deixa o olhar escondido e até meio malvado), enfim, um cara que faz serviços sujos e foi contratado para isso. Depois de ficar preso, Zen decide dar uma chance a ele percebendo que é um homem talentoso e eficiente nos seus movimentos. Num primeiro momento ele parece bem distante do núcleo Shira+Zen+Mitsu+Kiki dado que ele não se “Fixa” nos lugares e que não se deixa aproximar das pessoas, existe um muro entre ele e as pessoas, ele não quer se envolver.
Outra coisa também é a distância inicial que existe entre ele e Shira pois é claro: Ele tentou atacá-la! (apesar de que eu ache que ele não a machucaria de verdade, ele agiu apenas no sentido de dar um susto nela) Mas, apesar do desconforto dele diante dos fatos, surge Shirayuki com sua personalidade incrível que “dá uma segunda chance, que perdoa e vira a página” surpreendendo-o.
Dado esse contexto em que Zen e Shira percebem suas qualidades e lhe proporcionam um novo caminho é que ele começa a se estabelecer na história e mostrar quem ele é. Por que eu gosto tanto dele? Bom, vamos lá: É um tipo de homem “selvagem”, com cicatrizes que remetem a um passado doloroso, gentil, bem humorado, disposto a agir e ajudar sempre que percebe uma situação suspeita, tem esse olho de gato lindo!!! Ahh eu amo!, e principalmente: é o cara que vai estar ao lado de Shirayuki em boa parte da história.
E agora?
Eu peço desculpas @hahasoquenao , mas precisava dar um detalhamento breve de cada personagem do trio para fazer a ligação dos elos de personalidade com o contexto que a história segue. Para isto irei escrever a parte 2 e fazer a conexão de tudo ok?
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meupequenoinfinito · 4 years
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13 de julho de 2020
22:56
O despertador hoje resolveu fazer barulho às 6:30. Acordei, olhei pro celular, desativei o barulho e continuei a dormir. Na noite passada eu havia combinado com uma amiga que iria ajudá-la em algumas coisas e que estaria em sua casa a partir das 10 da manhã. Enrolei um pouco mais na cama, mas não teve jeito, às 7:30 estava de pé, tomei meu banho, meu café e fui direto pra casa dela.
Durante o trajeto - embarquei em um ônibus pra que a viagem ficasse mais fácil e confortável, já que o Sol estava radiante e queimava meu pescoço. Até chegar a casa dessa amiga, uma pergunta martelava a minha mente: "Quando foi que eu afundei nesse mar de depressão?".
Essa pode ser uma daquelas perguntas que não que eu nunca conseguirei achas a resposta, mas naquele momento muitas coisas começavam a passar na minha mente. Fazia vários questionamentos e tentava buscar o momento exato em que a depressão me descobriu e resolveu se instalar. O bullying na escola, os abusos que sofri, a minha busca interna pela identidade - de gênero, a pressão de entrar em uma faculdade, a rotina da faculdade, o falecimento de minha mãe, os relacionamentos mal resolvidos. Não sei. Tudo passava como um filme na minha cabeça.
Já contei um pouco da minha história de vida ao longo deste diário e alguns assuntos e eventos podem ficar repetitivos. Mas, como a nossa mente não é algo que podemos controlar com tamanha exatidão, tem vezes em que nos lembramos de uma certa época da nossa vida e mais tarde, isso pode voltar a aparecer em nossa mente.
Depressão não é algo que aparece na sua vida de uma hora pra outra, ela vem sorrateira, vai te manchando dos pés a cabeça e quando você percebe, já está ali, tentando gritar, tentando chorar, mas não tem ninguém ali pra te ouvir.
     As vezes eu fico pensando que eu não tenho mais pra onde ir, não tenho mais o que fazer aqui nessa vida. É como se eu enxergasse tudo cinza e que o meu propósito aqui neste planeta já tivesse chegado ao fim.
     Morei sozinho por 5 anos e por muitas vezes brigava comigo mesmo. Brigava em tentar saber o meu propósito aqui neste mundo. Eu fazia minha rotina na faculdade, voltava pra casa, deitava na cama e os pensamentos sobre a minha estadia na Terra sempre me torturavam.
     A faculdade não me catapultou para este estado que estou hoje, mas ela intensificou bastante as minhas emoções, os meus traumas, as minhas certezas e incertezas. Muitos foram os dias em que eu fiquei deitado em minha cama, com a sensação de que minha vida não tinha sentido, não tinha direção, não tinha um motivo. Na faculdade eu tentei interpretar uma pessoa que não existia, tentei forjar meus sentimentos reais para que as pessoas não enxergassem o que realmente estava acontecendo dentro de mim.
     Acho que descobrir o seu propósito no mundo vai muito além de carreira profissional. Descobrir o seu propósito no mundo, pra mim, tem a ver com o que você vai contribuir para que o mundo seja um lugar melhor. Tem a ver com quantas pessoas você vai conseguir cativar e encantar com a tua energia. E acho que era isso que mais me machucava.
     Se eu me sentia sujo, agarrado ao meu passado de abusos e preconceito. O que de bom existia em mim que fosse necessário para o mundo? Eu não conseguia encontrar nada de valioso em minha personalidade. Nada que pudesse transformar a vida de alguém.
     Durante a faculdade eu fiz inúmeras viagens, e em uma delas visitamos uma ONG que fazia atendimento e acolhimento a pessoas que migravam para o Brasil. Essa viagem me marcou muito, os relatos de pessoas que eram condicionadas a trabalhos escravos me deixou horrorizado. E eu sentia que ali estava uma forma de transformar a vida das pessoas. Meu sonho é criar uma ONG para ajudar pessoas que vivem nessa situação. E eu espero que eu consiga realizar isso.
Durante o dia, essas lembranças foram me atordoando e mexendo com a minha mente. Até que terminei de ajudar a minha amiga a entender algumas coisas no computador e voltei pra casa. Caminhando, como sempre gosto de fazer.
Uma outra amiga precisava de minha ajuda também, ela queria que eu segurasse o gatinho dela, pra que ela conseguisse dar o remédio a ele. Fiquei na casa dela por algumas horas e decidi voltar pra casa.
Quando cheguei em casa, tomei um banho, fiz um chá de camomila com melissa e sentei no sofá. Estava com muita vontade de assistir "High School Musical". Coloquei o filme, fiz pipoca e enquanto o filme rodava eu zapeava um pouco na internet.
O filme acabou e eu decidi tomar meu remédio, pois já passava das 22 horas. Tomei o remédio e logo fui me deitar. E agora estou à espera do remédio fazer efeito para que eu adormeça.
Boa noite.
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alexandranatura · 5 years
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COVID-19, volta ao mundo em 90 dias
Não sei se este título faz muito sentido. Comecei agora a escrever e tenho muitas ideias que quero desenvolver… para já parece-me abrangente o suficiente. Talvez venha a mudá-lo no final.
Ontem comecei o meu isolamento voluntário. Passadas pouco mais de 24 horas, tenho tantas coisas que quero dizer e tantos pensamentos que brotam que decidi escrever. Já não escrevia assim há anos… talvez desde os meus diários da adolescência. Sempre gostei de escrever mas nos últimos anos achei que não tinha nada de importante para deixar registado. Não tão importante que já não houvesse alguém que o tivesse escrito. Enfim, de qualquer das formas, vou recuar no tempo, para me tentar organizar e para quem quer que vá ler este texto também não se perca.
LINHA TEMPORAL SOBRE O COVID-19 NA MINHA PERSPECTIVA
Janeiro - As notícias sobre o corona vírus na China deixam-me curiosa sobre como tudo começou, vou acompanhando as notícias, especulando coisas, observando.
Fevereiro - Continuo vagamente informada, vou vendo o telejornal, fico impressionada com as proporções que o vírus tomou, vou ouvindo alguns comentários xenófobos, alguns pensamentos xenófobos passam-me pela cabeça, elimino-os de imediato e concluo que eu não sou ninguém para julgar as pessoas que comem morcegos, ou o animal que for - se é que a coisa começou assim. Ou seja: muita confusão é o que me vai na cabeça e na cabeça da maior parte das pessoas, acho eu.
Março, primeira semana - Estou preocupada com o que está a acontecer em Itália. O meu subconsciente diz-me “Itália ainda é longe…” - mas só me diz isso porque na verdade já me tinha dito que ele iria chegar cá. Nas notícias há suspeitos de COVID-19 todos os dias em Portugal. “Mas por que raio é que os jornalistas querem à força toda uma confirmação?” - penso. Mas este pensamento era só para esconder que eu sabia que mais tarde ou mais cedo ia acontecer. E algures acontece. 1 caso, 2, 3, por aí fora. 
Março, segunda semana - Começo a ficar alarmada. À minha volta ouço comentários sem nexo: “isto é só uma gripe”; “não me importava nada de apanhar o corona e ficar isolado uma semanita”; “os jornalistas só querem causar pânico”; etc, etc… Mas na minha cabeça está muito claro: se isto começa a alastrar, não haverá meios e materiais de saúde suficientes para todos. Começo a pesquisar, a informar-me e ganho consciência do que temos em mãos. E começo a partilhar isso com as pessoas à minha volta. A maior parte das pessoas não me dá muita importância e eu sei o porquê. Porque sou hipocondríaca e sofro de ansiedade. E aqui é que começa, talvez, a razão de eu estar a escrever para quem quiser ler. 
LINHA TEMPORAL SOBRE A MINHA VIDA
Pequena introdução: Sou atriz e formadora de teatro. Em 2018 voltei a investir nas minhas competências em artes visuais, coisa que já não fazia desde 2009. Para além dos projetos em teatro, recomeço a desenhar e surge um novo interesse: tatuagens. Com apoio de amigos e familiares, invisto em tempo e material e dou inicio a uma nova jornada. Em 2019 decido dar um passo maior e abrir o meu estúdio de tatuagens - sem nunca parar de fazer teatro profissionalmente e de leccionar. A modos de ter um porto seguro para suportar todas as despesas do novo projeto, arranjo um part-time para dar assistência administrativa e fazer o conteúdo das redes sociais de uma marca portuguesa. É isso mesmo, desde 2019 que:
colaboro com uma marca portuguesa;
faço espectáculos enquanto atriz/intérprete;
dou aulas de teatro uma vez por semana;
tenho um estúdio de tatuagens e ilustrações, que depende só e inteiramente de mim;
e claro: tenho família, namorado, amigos e… adoptei uma cadelinha.
Resumo: as pessoas à minha volta dizem que eu sou louca, que ando sempre num ritmo alucinante e que não faz sentido. Para mim faz todo o sentido porque parto do principio que as coisas não caem do céu e que a vida não se faz, ela é feita por nós. 
Janeiro - Desde Outubro que: tenho ensaios e espectáculos em várias cidades do país, viagens infinitas. As tatuagens são minuciosamente agendadas. Continuo a lecionar aos sábados de manhã, inclusive os meus alunos estrearam o seu primeiro espectáculo em Novembro. Continuo a dar assistência e a produzir conteúdo para as redes sociais da marca para a qual trabalho, com menos idas ao escritório mas nada fica por fazer. O meu corpo começa a dar sinais de cansaço: perda de peso involuntário, perda de memória, as olheiras mais fundas que o meu espelho alguma vez tinha visto, ansiedade diária, medos, etc etc etc. Conclusão: ataques de ansiedade e de pânico. Percebo que preciso de abrandar. Olho para a minha minuciosa agenda preenchida e decido tirar uma semana de férias em Fevereiro, para me obrigar a parar em todas as funções que executo como freelancer.
Fevereiro - Últimos espectáculos da temporada, os próximos avizinham-se lá para Abril. Começo a abrandar. Mas cheia de vontade de me dedicar mais às tatuagens que estiveram condicionadas a poucas horas por semana. O trabalho no escritório está pacífico. As aulas são preparadas com mais tempo e cuidado. Vou de férias. Finalmente uns dias no meio das montanhas com o meu namorado - que nos últimos meses me via a correr, ou a adormecer de cansaço nos seus braços. Eis que: começo a ter alguns sintomas que se podem revelar numa doença cruel e atual. Sendo ansiosa já de mim, estando a viver crises de ansiedade e acrescentando o facto de ser hipocondríaca, o resultado nunca poderia ser bom. Volto de férias num estado de medo, alerta, muito frágil. 
Março - Os dias que se seguiram foram uma corrida contra o tempo para realizar o exame de diagnóstico e posso dizer que durante esses dias, o meu corpo, a minha mente e o meu estado emocional eram como fios super finos, delicados, quase a rebentar. Graças ao Universo, ou ao destino, ou mesmo a Deus, não sei!, o exame não revelou mal algum. Possivelmente ou até mesmo quase de certeza, os sintomas que tive foram resultado do excesso de stress que vivi nos últimos meses. É obvio que ouvi de todos os que me amam: “Eu avisei”, “tens de parar”, “não podes continuar assim”, “isso não é viver”, “podes acabar mal”, etc etc etc. E claro, todos têm razão. Decido então mentalizar-me que tenho de ter tempo para tudo: trabalhar nos meus projetos, trabalhar nos projetos dos outros que me vão dar meios para manter os meus, trabalhar no que gosto de fazer + estar com a família e amigos, passear, ler , fazer mais exercício físico, quem sabe aprender a meditar. Ou seja: abdicar de trabalho para fazer outras coisas que me poderão permitir uma vida mais tranquila.
CRUZAMENTO DAS LINHAS TEMPORAIS
Este cruzamento penso que é o presente, o agora, este exato momento em que estou a escrever.
Passou 1 dia desde que estou isolada. Ontem, sábado, 14 de março, acordei e fiz o seguinte:
Limpei e desinfectei a casa com lexívia (hipocondríaca que sou e consciente do que temos em mão tinha de o fazer);
Fiz exercício físico no pátio de casa (estou habituada a andar para trás e para a frente o dia todo, ficar confinada a 4 paredes pode ser uma situação perigosa para mim, por isso, para bem da minha saúde mental, achei que era boa ideia);
Cozinhei o almoço (adoro cozinhar, normalmente nunca tenho tempo);
Vi séries que tinha deixado a meio há uns meses;
Brinquei com a minha cadelinha Laika;
Convivi com os meus pais e o meu irmão (andamos quase sempre todos desencontrados);
Reflecti (coisa que faço normalmente mas a um ritmo supersónico).
Durante o dia, consciente da situação que vivemos, por vezes assustada, fui tomando decisões. Uma delas juntamente com o meu namorado. Não vivemos juntos ainda, coisa que andamos a planear há já alguns meses. Decidimos que: NÃO estaremos juntos neste isolamento. Eu vou ficar em minha casa, com os meus pais e o meu irmão, e ele vai ficar em casa dele com a sua família. Eu tenho a “sorte” de me poder isolar, parte dos meus trabalhos ficaram suspensos/cancelados e há outra parte que vou fazer a partir de casa. Mas ele não. Ele trabalha num shopping e enquanto não for declarada quarentena obrigatória, nada a fazer. Decidimos não colocar em risco duas famílias. Até porque o meu pai também vai continuar a sair de casa para ir trabalhar até ordem em contrário. Estarmos juntos seria irresponsável. Podem achar que é exagerado, mas eu não acho. Também achavam que era exagerado o que eu dizia no inicio da semana: era preciso desinfectar as mãos várias vezes ao dia e que isto iria tomar proporções gigantes e que as escolas já deviam ter fechado. Uns dias depois cá estamos nós, isolados. 
Espero estar enganada, mas não acredito que este isolamento dure 15 dias, como diz a maior parte das pessoas. Temo que se avizinhem meses difíceis.
Nestas horas que se passaram, já pensei em tantas coisas que senti mesmo necessidade de as escrever, talvez partilhar… mas o mais importante que reflecti foi:
Não é irónico que tenha andando os últimos meses em corridas de um projeto para o outro, de um compromisso para o outro? Sempre a relembrar-me dos objectivos que queria atingir: fazer render o meu projeto, ser feliz profissionalmente, juntar dinheiro para uma casa, etc. Deixando para segundo plano tudo o resto: namorado, família, Laika, passeios, amigos, o descanso… “Segundo plano, não é bem assim” - pensava eu - “Só faço tudo isto para daqui a uns tempos poder viver mais tranquila, mais plena. Só mais um esforço, não posso parar agora”.
“Não posso parar agora” - pensava eu, dizia eu, a toda a gente. E eu achava mesmo que não podia parar, que não podia faltar aos meus compromissos, que não podia deixar na mão este e aquele, que tinha que dar sempre 200% em tudo o que fazia.
Olhem para todos nós agora: parados.
“Ah!” - suspiro de alivio. Afinal pode-se parar quando é preciso. Sim eu sei, pela pior razão. Mas isto para mim está a ser um ensinamento. Eu quero aprender com isto. Quero aprender a parar quando é preciso. Quero olhar mais pelos outros. Quero olhar mais PARA os outros.
Estamos a viver um momento histórico, triste, mas importante. Talvez seja altura para ponderarmos. Não sei se toda a gente vai conseguir fazê-lo. Eu estou a tentar. 
Não sei se isto foi um momento isolado de escrita, se irei continuar nos próximos dias, mas sei que soube bem fazê-lo.
E acerca do título: talvez me esteja a referir ao mundo interior de cada um. Já os 90 dias… espero que não sejam necessários tantos.
15 de Março de 2020
Gondomar, Porto, Portugal
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herescomethepolo · 4 years
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segunda, 04:22 am
Caro irmão, 
Resolvi lhe escrever, não por obrigação mas sim por necessidade. Estou cansado a tempo demais. Nos últimos anos tenho lutado para tentar descobrir o que eu sou - ou o que eu deveria ser, agora que tenho essa resposta não sei bem o quão consigo lidar. 
Te escrevo essa carta com o cigarro entre meus lábios, dez minutos antecessores a minha corrida matinal, simplesmente porque não sei o que eu sinto e muito menos se eu sinto algo. Esta semana tentei meu suicídio, nenhum motivo aparente, apenas me senti vazio.
Minha família acredita que eu estava muito só, mal sabem eles que eu sempre estive e que isso nunca fora um problema para mim. Por mais que eu diga isso, meus pensamentos nunca foram uma sina, minha mente sempre foi minha companheira, a unica com a qual eu posso lutar.
Acredito que meu problema seja, de fato, a socialização. Acho que estou cansado de tudo isso, da vida humana em geral. Estou cansado de ter que ser algo para agradar as pessoas, ou para no minimo ser aceito. Não quero isso. Não quero a aprovação de ninguém que não seja a mim próprio - e eu já a tenho. Mas é difícil pra mim lidar com as pessoas, precisar explicar para elas o que eu sou quando na verdade apenas eu deveria saber, certo? 
Procurei o amor por muito tempo, muitas vezes acabei por esquecer que já possuía o amor próprio. Parece contraditório o bastante, não é mesmo? Alguém que acabou de lhe contar um suicídio estar dizendo que se ama. Mas é isto, amo a mim, mas não amo a minha vida. 
Não amo minha vida pelo mesmo fator que causa infelicidade em tantas pessoas: o sistema. Este fardo que foi colocado sobre mim, no dia do meu nascimento, onde a partir dali escolheram e traçaram toda minha vida. Decidiram meu nome, se eu era bonito ou não, e como iriam me moldar para o mundo.
E então, após quase 20 anos, eu estou aqui sofrendo por tudo que é pre-existente a mim. Não me entenda errado, caro irmão, não estou a te dizer que não sou livre da minha família ou de meus amigos, aqui eu falo sobre algo muito maior do que eu ou você. Nossa concepção de liberdade de escolhas, liberdade de ser quem quisermos é nada mais nada menos que apenas uma desculpa esfarrapada que criamos para aliviar um pouco mais de nosso sofrimento. 
Como eu posso ser livre de algo, se todas minhas escolhas estão condicionadas as regras criadas pelo estado? Não, também não estou com o pensamento anarquista em mente, pra mim essa é outra baboseira. O estado existiria, de qualquer forma, mesmo que ele não se apresentasse retirando seu dinheiro pouco a pouco. O estado existe a muito tempo, ele se iniciou quando as pessoas decidiram que deveriam viver em conjunto. 
Hoje, em sua casa com sua família, existe um estado, um estado que impõe regras e valores morais onde todos devem seguir, mesmo que em seu subconsciente. E é exatamente isto que me cansa. Não há escapatória, não há lugar para fugir. Em todo ciclo social há um sistema, com sua ética e moral, com suas regras e seus trejeitos, um sistema que você deve se adequar, e meu irmão, você já pensou em quanto deles você sub-existe? 
Eu penso diariamente, hoje acredito que meu único lugar de paz e tranquilidade é quando pedalo na orla da praia, apenas eu e minha bicicleta. Indo até onde meu pulmão aguentar, ou até onde um policial me parar (Pandemia, certo?). 
Bom, não faço a menor ideia de como finalizar isso, mas eu preciso. Está na hora da minha corrida matinal, preciso sentir pelo menos um pouco do gosto da liberdade antes de voltar para todo o sistema que me destrói. 
Com amor, Apolo.
27.04.2020
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bicofinosemsalto · 6 years
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Chuva, lembranças e a interrogação.
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Adoro a chuva, mas A chuva.
Adoro me molhar, sentir a água escorrendo pela minha pele, sem defesas.
Adoro as trovoadas. Olhar os raios, observar o clarão dos relâmpagos e contar quantos segundos se distanciam do próximo trovão. Observar as gotas escorrendo pela janela, escolher uma delas e vê-las “apostando corrida” (quem nunca?).
Também me encanta o barulho da chuva. Só o barulho da chuva (ainda mais se for à noite, sem interrupção dos ruídos cotidianos) ...
Em contrapartida,  com exceção das chuvas de verão, ela me deprime.
Engraçado, morei em Londres por 3 anos e lá os dias chuvosos não me deprimiam. Nem mesmo o frio e/ou os dias que só chegavam 8:30 e se despediam por voltas das 15:30h.
Incrível período da minha vida. Londres.
Aprendi demais. Evoluí incrivelmente. Cresci como pessoa, como ser humano.
Passei a ver o mundo com outros olhos. Desenvolvi meu senso crítico sem conciliá-lo à julgamentos. Conheci pessoas maravilhosas que guardo no coração até hoje e assim ficarão para a eternidade.
Mesmo depois de 10 anos, me lembro de cada detalhe de todos os lugares por onde passei. De cada emoção que senti. De cada lágrima que derramei. Sinto saudades até dos momentos ruins mas, mesmo que hoje pudesse retornar (em circunstâncias diferentes, claro), essa saudade jamais passaria. Sempre digo isso pro meu esposo ...
A saudade é da época, da situação, da circunstância. O sabor da comida está relacionada com seu sentimento naquele dia. Teus olhos enxergam as pessoas dentro do Pub baseado naquilo que se passa no seu coração.
E por falar em Pub, me lembro uma vez que voltando do trabalho entrei num bem pequeno, de esquina e pedi uma pint. Tinha esse hábito, até a chegada do meu marido (na época era noivo), o fazia sempre sozinha. Carregava comigo um caderninho, pedia minha cerveja e ali passava algumas horas da minha tarde/noite sem ninguém me atormentar, olhar ou julgar. Preferia os mais próximos dos bairros, os Pubs centrais eram sempre lotados e quase nunca ofereciam a paz que eu procurava. Naquele fim de tarde, especificamente, chega o garçom e coloca outra pint na minha frente (quem conhece sabe que 2 pints é coisa pra kct –  cada uma tem meio litro). Estranhei. Ali você levanta, vai até o balcão, paga, pega sua cerveja e volta pra mesa – não tem essa de garçom ficar te servindo e fazendo conta ... pois bem: minha cabeça brasileira, já condicionada à acreditar que toda ação tem uma segunda (terceira, quarta, quinta) intenção olhou pra um lado, pro outro, pra frente e ... quando me virei me deparei com um senhorzinho, bem velhinho, levantando o caneco em menção à um brinde. Acenei com a cabeça, agradeci e pouco depois tive o prazer de trocar algumas palavras com ele (era irlandês, um sotaque maldito que me dificultava a compreensão, mas tanta história agregada que ficaria horas e horas ali conversando sem parar).
Naqueles 3 anos mudei de casa 4 vezes. Na primeira casa que morei não conheci vizinhos (nem nunca os vi), a segunda era apartamento e também nunca vi outros do prédio e/ou andar. Na terceira casa tive vizinhos do oriente médio (não tinha como não reparar uma vez que o patrono usava uma barba tingida de vermelho e a mulher estava sempre de burca). Na última tive vizinhos franceses, com os quais deixei boa parte dos meus pertences, acessórios de cozinha e até mesmo mantimentos, quando voltei – mas isso não significa que tínhamos alguma proximidade, pelo contrário, os conheci quando resolvi voltar e ofereci as coisas para não joga-las no lixo.
Tenho tanto pra falar de Londres, mas tanto ... lugar encantador! Pauta pra muitas e muitas postagens ... de qualquer forma, acho que o que trouxe as lembranças à tona hoje foi a chuva que me deixou meio nostálgica, até mesmo um pouco deprimida e me fez refletir sobre o motivo pelo qual estou me sentindo assim ...
Hoje extrapolei nos cigarros. Quebrei feio minha ‘dieta’. Não tive vontade de cuidar da casa com o zelo de todos os dias nem mesmo de mim. Faz parte. Todo mundo fica assim de vez em quanto. Mas uma coisa que pega pesado comigo é minha auto cobrança. Eu me cobro muito. Me cobro demais!  Em casa há 2 meses, buscando recolocação no mercado de trabalho, mesmo sabendo que as coisas estão “sob controle”, me pego pensando nos “e se” da vida ...
A situação desse país é crítica. Nunca fiz parte das estatísticas e dessa vez não tive como fugir. Preciso da renda mas ao mesmo tempo gostaria de ficar longe das politicagens empresariais que nos roubam o brilho da vida e o tempo sem piedade nem dó. Não estou satisfeita. Minha mente exige, meu coração sucumbe. Estamos numa guerra aqui dentro e  por mais que neguemos, estou na casa dos 40!! Empresas tem preconceito com pessoas mais “velhas” ... enfim.
Que saudades de Londres! Andar pelas ruas com a roupa desordenada, cabelo desarrumado, cara limpa e não se preocupar com olhares ... julgamentos (eu sei, já disse isso, não disse?). Trabalhava, ganhava meu dinheiro (sem burocracia) e vivia!! Ahhhh se vivia!!! Imagino como seria magnífico poder criar minha filha num lugar assim ...
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ACZFSM
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burnbookofkrp · 2 years
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Bom diaz meninas!
Vocês acham que essa história da fish de chutar personagem que não participa realmente uma boa? Porque eu acho que aí a pessoa perde a liberdade criativa no jogo e fica mecânico igual era a KSU.
[Owl]: Errr.. Oi? Perder liberdade criativa de que, se não há desenvolvimento? Não vejo problema em desenvolver plots pessoais desde que a pessoa não se feche apenas nisso e participe dos plots da central também. Claro que muitas vezes não conseguimos participar de tudo por compromissos, vida ooc e tudo mais. Mas quando a maioria dos players tá pouco se f*dendo pra participar de algo que não seja farofa, é bem desanimador para moderações que gastaram tempo planejando tudo. Acho que é uma decisão radical, mas não tem porque aplicar em um rpg se não vai participar ou seguir a premissa. O tanto de rpg que já fechou por falta de participação e fuga de plot não está na lista. Acho que você não interpretou muito bem...
[Bat]: Vou ser curta e grossa porque minhas parceiras fizeram todo o trabalho. Sim, eu acho justo. Por quê?
Pra começar, a menos que a pessoa queira tentar algo novo, não acho que os players deveriam aplicar para comunidades com temas que eles não gostam.
(Vamos dar foco no GOSTAR, porque eu já apliquei em comunidades que eu NÃO CONHECIA o tema e pra conhecer, basta pesquisar e procurar sobre ele. Em compensação, existem temas que eu NÃO GOSTO e não aplicaria justamente porque o tema não me desce e eu não conseguiria desenvolver. Entendem a diferença?)
Muitas pessoas vão por influência de amigos, ou pelo hype, ou porque tem o fc que gosta liberado ali, mas qual é o ponto de você aplicar um personagem num lugar se você não vai desenvolver ele de acordo com a história e regras ali?
Sinceramente, é melhor nem aplicar. Por isso eu acho justo kickar alguém que não participa do plot.
[Fish]: Vamos recapitular o andamento da tag nesse último ano. Tivemos uma enxurrada de reclamações de gente que só segurava FC e que não participava dos eventos da comunidade ou que sequer seguia o plot. Na minha concepção, a Wolgwang foi um exemplo disso. Era uma ilha com uma temática sobrenatural e eu me recordo que pouca gente dava foco a essa parte do plot, mesmo com a moderação fazendo alguns eventos e drops na temática. Simplesmente não havia engajamento. Eu usei a Wolgwang de exemplo, mas teve muita comunidade que tinha um temperinho no plot e que player ignorava.
O que eu penso que aconteceu na KSU, já que foi colocado em pauta, é que as pessoas não podiam ficar escrevendo selfpara, ou não queriam, e aí viram nesses tweets uma forma de conseguir pontos.
A questão é:
Porque você aplica em uma comunidade com um plot X se você não irá participar dele?
Aqui não falo nem de um plot diferente, vamos pegar o exemplo da própria KSU, que tinha cunho acadêmico, mas que possuía o Jogo como pano de fundo. Apesar da participação no jogo fosse facultativa e condicionada a enigmas, pelo que eu me lembro, os demais personagens poderiam comentar os eventos como espectadores.
Dizer que é para o pessoal seguir o plot não é podar liberdade criativa, é obrigação de player seguir o plot e limitar a própria liberdade dentro desse plot. Nada mais é do que seguir um conjunto de regras e de bom senso. Se o plot é de cidade, não posso meter um espião futurista como personagem. Se é uma universidade, não posso fazer alguém que não está estudando.
Não estou falando que todo mundo é obrigado a ir para o Discord em dia de evento, mas sim que não custa nada comentar algumas coisas na timeline. Nem que seja HC que você e seu colega criaram. Não é só postar fotinho de look. Se vocês tivessem noção a trabalheira que é criar um evento em comunidade, acho que pensariam duas vezes antes de desistir de participar.
Vou te dar um exemplo de como acho que deveria ser feito nessa regra, vamos pegar de exemplo uma comunidade universitária. Essa UniFish tem a proposta de ser interpretativa, com eventos acadêmicos e festas esporádicas. Numa dada semana, resolvemos fazer uma mostra de Projetos.
O personagem Baiacu todo dia posta que se atrasou ou faltou, não participa de nada dos clubes, trata professor como colega de bar, posta fotos em café no horário de aula. Baiacu fala que não vai na feira de Projetos porque tem de colocar matéria em dia. Baiacu só surge das cinzas quando é festa tipo balada.
A personagem Tilápia se perde nos horários, está sempre postando coisas que fez no clube e participa dos eventos postando alguns comentários na timeline. Na feira de Projetos ela comentou a participação de uma amiga e como a OOC tem pouco tempo, ficou interagindo com pessoas na timeline, respondendo tweets.
A persona Siri se atrasa, falta aula, esquece de clube vez ou outra. Só que a central posta qualquer drop, tá la a dona Siri escrevendo selfpara, comentando na timeline, postando foto e engajando de alguma forma. Na feira de Projetos, a Siri escreveu um selfpara, comentou todas as apresentações, postou fotos e fez até carrd.
Nessa conjuntura, eu baniria sem dó Baiacu.
Mas Fish, pode ser traço de personalidade a pessoa ser assim! Claro que pode, você pode sim fazer um personagem que não ligue tanto para estudar, mas o problema é que além disso, o personagem não fazer porcaria nenhuma dentro da comunidade.
Uma coisa eu reconheço: é uma regra que deve ser muito bem pensada antes de ser colocada em prática. Afinal, vocês conseguem ver que é algo meio que qualitativo? Como deixaria claro para player o quanto participativo deve ser?
Um jeito fácil de medir isso seria por um sistema de pontos simples. Coloca lá uns 100 pontinhos por mês por personagem contando:
5 pontos por tweet de evento
10 pontos de interação com outros personagens (responder tweets mesmo, coloca um mínimo de pessoas e tweets)
10 pontos por mídia
20 pontos o Discord
25 um selfpara/apresentação/carrd
Sem loja, sem acumular pontos, sem nada. Só uma checagem periódica. Não atingiu? Então temos aí o trabalho de moderar a situação. Aos personagens que não atingiram porque são novos, ou saíram de hiatus, ou tiveram problemas nos últimos tempos, podem ter uma segunda chance. Agora se a pessoa não tem nenhuma justificativa... Tchau.
Cem pontos não são difíceis de atingir assim. Se a comunidade tiver evento/task/drop toda semana e você posta foto no seu char, já tem 40 pontos, dois tweets por evento já são mais 40 pontos e interagiu com outros personas em dois eventos, já fechou a conta. Pega esses links e manda pra moderação e está feito. Que seja um comentário: "nossa, tanta coisa legal nessa feira!" "Travei minha mochila na catraca do circular levando meu planetário de isopor." Pode ser uma interação respondendo alguém como:
Peixola: Nossa, deu um trabalhão fazer esse planetário de isopor!
Garoupa: Peixola-unnie eu adorei as cores do planetário, até vi você travando ele na catraca hoje.
Não precisa ser nada mirabolante e eu duvido que faça a timeline ficar mecânica. É o simples, do simples, do simples. Não é pra fazer checagem de desenvolvimento, como foi o caso da KSU e da Ganseok. É garantir que você não tenha seu trabalho jogado fora. A gente entende que tem player que trabalha, que tem obrigações para cumprir e nesse caso, contar interações pode ser uma saída.
Lembrando que foi um EXEMPLO GENÉRICO de uma comunidade simples, sem nada específico no plot. Não vou entregar tudo de bandeja para vocês, porque eu cobro consultoria.
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vivcresamven · 3 years
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Enquanto o sol nasce lá fora me distrair com buscar razões pra continuar. Faz tempo que não tenho oportunidade de fazer isso.
Talvez quase dez anos.
Às vezes a calma é perturbada por tempestades emocionais gigantescas que não são minhas, e eu começo dizendo que está tudo bem porque a última vez que isso aconteceu foi a quase dois meses atrás. E justo hoje eu pensava, está tudo em paz e nunca tive uma vida onde sentisse que alguém me ajudava, é minha primeira chance e eu não faço nada pra mim.
Eu pensei mil vezes antes de escrever que não faço nada pra mim, e escrevi porque é a primeira coisa que passou pela minha cabeça.
Acordei às 5 da manhã me sentindo ótima e me perguntei se tudo não havia sido apenas outro pesadelo, em poucos segundos percebi que não. É a minha vida mesmo. Isso é tão familiar e ao mesmo tempo tão distante. A maior parte da minha vida foi assim.
Pensei em morrer. Eu sempre penso. Dias atrás percebi que fui condicionada a acreditar que as coisas seriam melhor se eu não existisse. Desde que eu tinha sete ou oito anos. "Elas não são mais crianças, já tem consciência do que fazem.". E a culpa da vida não ser boa recaía sobre nós. É muita culpa pra um corpo que não tem capacidade de levar, ou de entender. E todo dia eu ouvia a mesma coisa. Eu acordava pra mesma coisa. Eu acreditava que conseguia fechar meus ouvidos, e talvez minha tia tenha conseguido fechar meus ouvidos. Eu não sei o que teria feito sem ela e a minha avó.
Agora que as peças parecem encaixar, posso ir deitar no chão do closet e não existir. Mas até isso parece muito trabalho. Me jogar do prédio parece muito trabalho, e tantas vezes eu achei que se eu morasse em um prédio seria mais fácil.
A música no fone de ouvido diz que ninguém sabe como isso é, e é um pedido pelo direito de desistir. Não acho que me dei esse direito muitas vezes nas coisas que eram relevantes pra mim, e não acho que vou conseguir me permitir. Principalmente não quando as luzes ainda são tão intensas e bonitas, mesmo quando o som é um ruído de surdo.
Me sinto doente e exausta, e saber que outra pessoa começou isso me coloca numa sensação de impotência enorme. Mas é muito familiar também.
Até mesmo a guerra que o mundo teme e eu começo a me acostumar com a ideia, é familiar. E apesar de não querer que fosse, enxergo alguma beleza em conhecer isso. Passar pela vida experimentando tanta coisa é sofrido, mas também te permite enxergar o mundo diferente. Um diferente que pode ser bom ou ruim ao mesmo tempo, mas essa manhã estou tentando focar no bom.
Porque tem gente lá fora e mais tarde eu vou ter que carregar um fim de semana nas costas, nem que seja inventando que estou doente. Estou doente e cansada, só quero o direito de me sentir doente e cansada sem ter que reagir. Porque vai melhorar, mas ainda não melhorou. E eu queria ser mais produtiva e anotar tudo que pensei, e como conectei os pontos, mas a dor é quase sempre imperativa no desejo de ser comunicada. Parece que vou ficar num loop.
"I'm not the one who broke you
I'm not the one you should fear
Wake up to move you darling
I thought I lost you somewhere
But you were never really ever there at all..."
Agora pouco pensei que a razão pela qual o meu pai não gosta de ficar comigo é porque acha que eu sou um fracasso na vida dele. Ele já me chamou disso algumas vezes, não sei porque ouvir isso vindo da perspectiva de outra pessoa me afetou. Talvez porque vindo dele eu não acreditava. Todas as peças me levam a crer que nós 4 separados estamos onde temos que estar, e quase consigo ouvir o ruído do nada. Um chiado. O som de estar vivo de madrugada. É enorme.
Separados é melhor, mas é tão direto. É tão claro, que eu nunca tive ninguém, e até que tenha meus próprios filhos e passe pelo perrengue de vê-los crescer e ver no que vão se tornar, nunca terei.
Não sei se algum dia conseguirei me conectar com alguém em um nível de confiança e dependência, e apesar disso parecer bom e menos doloroso, isso é enorme e pesado. Não há amigos, só cascas. A troca é sempre unilateral, e nem é por eles, é por mim. Até percebo outras pessoas entregando parte do coração ao contar suas histórias, mas nunca é minha vez. Não morreremos uns pelos outros. Pelo Demétrio eu senti que poderia. Mas já faz tanto tempo. Há muitos anos tenho relacionamentos que são apenas superficiais mesmo quando parecem ser mais. Não consigo me expor porque sei que não vou ser compreendida, mas a pior parte é por pensar que vão usar isso contra mim. Sempre usam.
Dias atrás pensei que isso dói menos, mas não me permite ir mais longe na vida. Pensei que sem entrega somos apenas a sombra de algo, você acha que saiu na rua, mas sua alma ainda ficou na calçada.
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sozinhamasviva · 3 years
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Luto ou apenas sozinha?
Fico na dúvida se o luto se limita,
Tipo a um período onde há uma perda em vida,
Ou se abrange toda e qualquer perda significativa!
Já perdi pessoas,
De laços sanguíneos e de toda e qualquer forma íntimos,
Já perdi um grande amigo,
Perdi, porque saudosamente e repentinamente a morte os levou para si…
E essa dor, na verdade não sara!
Somente nos acostumamos a sentir essa falta!
Mas e peder alguém que de alguma forma colaborava com sua vida?
E essa pessoa ainda possui a sua vida,
Pode ser um luto essa perda?
Pois me paro pra pensar,
Eu perdi uma parte da rotina!
Eu perdi as horas dedicadas em minha vida!
Eu perdi tudo e até estou caída e sozinha,
Eu sinto profundamente a falta!
E isso me rouba minh’alma,
Rouba até minha alegria!
Eu estou de luto ou terrivelmente perdida?
A ponto de precisar me levantar sozinha?
A ponto de reconstruir minha rotina,
Alavancar minha vida?
Por onde eu começo em meio a essa tristeza solida e fria?
Onde eu posso guardar os cacos? Onde acho o band-aid para as feridas?
Eu desaprendi a andar sozinha e agora sei após as tapas e brigas,
A importância de ser feliz sozinha!
Manter os meus pés em terra,
Firmes e consciente,
Pois nascemos sozinhas e somos condicionadas a procurar uma companhia!
E é nesse ponto em que sofremos e que somos feridas,
O nosso calcanhar de Aquiles.
- Paloma da Rocha
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The Pandemic
A pandemia afetou a nossa forma de se relacionar com a vida: Antes, mesmo com a tecnologia e as redes sociais, ela não era tão forte, porque tinha um MUNDO “lá fora” para ser vivido - museus, parques, catedrais, exposições, cinema, bares, restaurantes, shoppings, ruas, becos, ateliês, casas de amigos e etc. Mas com a pandemia, esse mundo ficou “off limits”, a gente não tinha mais acesso a ele, então a internet virou o nosso mundo.
Para as pessoas que não sabiam usar, aprenderam, para as que sabiam, decolocaram! E o que eu percebo que fez a internet ganhar mais força ainda foi quando as pessoas começaram a trabalhar nela. Logo, o sustento dela se tornou a internet! Antes as pessoas reclamavam do trabalho das 9h as 18h, agora elas trabalham 24h e reclamam menos!!! Então o trabalho não era o problema, era a forma que se trabalhava. A internet trouxe flexibilidade, mais espaço e possibilidade de se ganhar dinheiro (que pagará seus boletos, bancará suas viagens, e moradia e bem estar) fazendo o que se ama fazer, ou que se deseja fazer. Um espaço para colocar para fora realmente o SEU serviço -autêntico- para o mundo.
Mas agora, nessa nova plataforma de colocar a disposição e visualização o seu serviço, esse meio digital, percebo que muitos de nós, fomos sugados para essa realidade. E nela as bolhas de percepção multiplicaram!!!
Antes de continuar, deixe-me explicar o que são as bolhas de percepção para mim: As bolhas de percepção são núcleos de realidade modeladores de crenças-paradigma; como assim? São núcleos de pessoas, situações, contextos que reforçam uma crença a ponto dela se estigmatizar em um paradigma, e de se condensar num realidade: “essa é a minha realidade!".
Exemplos de bolhas: a escola em que seu filho estuda é uma bolha para ele, o ambiente familiar, o trabalho, o grupo de amigos 1, o grupo de amigos 2, o bairro, o estado, o país. As bolhas podem coexistir uma dentro da outra, mas é visível o condicionamentos das bolhas menores às bolhas maiores: bolha familiar são parecidas entre si, mas as de são paulo contém muito mais pontos de conexão do que comparar com as bolhas de Manaus. Comediantes usam muito as bolhas como ferramenta, exemplo, Windersson Nunes usou a bolha familiar em seus shows, e ele usou de forma tão específica que ele conseguiu encontrar pontos em comum com as bolhas de MUITAS pessoas, outro exemplo é o Thiago ventura, ele usa a bolha da quebrada, muitas pessoas que se identificam com ele, é porque viveram ou vivem em uma quebrada, e quanto mais específico ele fica, mais pontos de conexão ele encontra, mesmo que não seja idêntico, será parecido. Meu namorado mesmo, nasceu no interior do RS, cidade pequena, quando ele viu o especial de comédia “POKAS" ele não se identificou com muita coisa, mas eu? Eu me identifiquei com o show inteiro a ponto de criar um vínculo forte com ele, quase como se eu conhecesse o Thiago, conectou muito comigo, conectou pouco com meu namorado. E é ai que está a mágica, mesmo que não seja uma bolha parecida, existem pontos de conexão, micropontos que conectam, e nesses micro-pontos meu namorado se identificou e além de se interessar agora em conhecer mais a realidade de alguém que mora ou morou numa quebrada, ele também se sentiu incluído, até mesmo numa bolha tão diferente da bolha dele.
Então, eu percebo bolhas em diversos lugares, os padrões estão em absolutamente TUDO. E a internet trouxe algo que nunca antes existiu: o choque de bolhas. Onde agora eu (e quem tiver internet) tem acesso as bolhas de qualquer pessoa. Antes isso já era presente, mas na era do tik tok e instagram, isso se expande abominavelmente. Eu consigo ver o que está “bombando"na bolha americana, se eu quiser ser mais específica, consigo ver o que está bombando só no Paraguai, se eu for mais especifica ainda consigo ver o que está bombando só em Assunção, a capital. E isso é uma nova forma de estudo de comportamento de padrões humanos! —eu amo essa estudo!
Mas voltando para o meu foco principal aqui: As bolhas na nossa perspectiva de realidade multiplicaram, ou seja, o nosso acesso a novas perspectivas a realidade expandiram, e muito rápido. Isso pode ser assustador: algumas pessoas, que estarão assustadas com a grande mudança, tentaram se manter nos mesmos ciclos que conhecem, as mesmas bolhas, os mesmos padrões. Outras, talvez se interessem em expandir a perspectiva e observar o que tem nas novas bolhas, a curiosidade pode ser um motivador, ou até mesmo ser uma necessidade de sair da bolha em que se encontra, uma vez que ela não representa mais a forma como você vê e percebe o mundo. E ainda tem o caso da pessoa estar inconsciente e apenas navegar pelas bolhas sem saber das consequências que isso pode trazer para ela.
Para os 2 últimos mencionados, existe um problema: superaquecimento. Nós ficamos sobrecarregados de informação e sem uma finalidade para ela, e esse mal gerenciamento mental superaquece nosso organismo como um todo: estamos recebendo estímulos cada vez mais, e toda vez que recebemos estímulos, temos emoções (ou você acha que você não sente nada quando passa um Tik Tok de um cachorrinho correndo e caindo no meio das folhas de outono, de algum lugar do mundo) - nós sentimos MUITO E MUITO MAIS, o TEMPO TODO. E pra onde vai esse gerenciamento emocional???? NÃO TEM NÉ! Ninguém te preparou pra isso!
Continuando o raciocínio anterior, estamos recebendo estímulos cada vez mais, e toda vez que recebemos estímulos, temos emoções, e toda vez que sentimos algo, interpretamos o mundo de uma forma diferente. UQUE? ENTÃO QUER DIZER QUE AS EMOÇÕES SÃO A FORMA COMO INTERPRETAMOS O MUNDO??? Menine, é isso mesmo! Eu tenho essa informação há mais de 20 anos e eu nunca consegui explicar o porque com tantos detalhes e nuances como estou conseguindo agora - - eu tô muito feliz! - É através do nosso sentir que interpretamos o mundo ao nosso redor, e não é SÓ com o nosso sentir, mas ele também faz parte (uma grande parte que foi totalmente recalcada e negada na nossa sociedade).
Interpretamos o mundo com base no que experienciamos, no que acreditamos e de como nos sentimos nele e com ele. Experiência + Crença + Sentir = Realidade (ai eu tô muito feliz de escrever isso… ai meu deeeeuso!), eu poderia mudar a palavra experiência e deixar mais específico ainda e dizer que experiência é condicionada aos estímulos que recebemos, é como algo te estimula, pois para se ter experiência, requer estímulos, mas ficaria muito ambíguo né: interpretamos o mundo com base em como estamos estimulados… né?… fica.. ambíguo… kkkk
Então agora imagina: Durante a pandemia nosso mundo se tornou o mundo digital, foi no digital que conseguimos manter nossas relações, trabalhos, informações com o mundo. E agora estamos soterrados de informações e sobrecarregados emocionalmente. Estamos interpretando o mundo de uma forma totalmente nova, a comparação está em alta, a alta produtividade para se manter sendo visto numa plataforma que coloca alguém novo a cada nano segundo, então sempre parece que você está atrasado, ou velho, ou facilmente esquecido. Em alta, e cada vez mais, está também a ansiedade, o pânico, a depressão, e não se surpreendam quando surgir o isolamento digital, pessoas que não saem do digital de nenhum jeito e não se sentem vistos, ou importantes, fora dele. É uma epidemia de disfunção emocional que esta acontecendo e esta crescendo. E eu acho muito conveniente nenhum meio de saúde propor uma forma de lidar com ela que seja além de remédios controlados (que fazem você sair do controle da sua vida e ficar dependente deles… muito engraçado, não acha?).
Precisamos aprender a lidar com nossas emoções por nós mesmos rapidamente. Onde que já se viu viver dependente de pessoas para resolver a sua própria vida, dependente de remédios, dependente de uma rede social para existir e se sentir bem? Onde na história na humanidade o resultado da evolução humana foi ser dependente de meios externos para viver a vida interna? Eu compreendo a necessidade da comida, cama, água, ar, casa, todos elementos externos para viver, mas remédio para dormir? Terapeuta para ditar as minhas decisões sobre a minha vida? Rede social para me fazer sentir importante e amada?? Tudo isso faz parte do meu mundo interno. Tudo isso faz parte de um mundo que não se faz necessário nada externo para definir o que eu sinto ou como me sinto além de mim mesma. Eu sou a única ferramenta necessária para mudar a forma como penso, ajo, interpreto a minha vida e a minha realidade.
Por isso eu decidi colocar tudo isso no papel - e no mundo- para trazer os conhecimentos que eu adquiri ao longo dos anos e da minha pesquisa sobre emoções, comportamentos, vulnerabilidade para que possa ajudar quem não deseja ser dependente de meios externos para viver a vida interna.
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