#esse é provavelmente o pior e portanto o meu favorito
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normal-thoughts-official · 2 years ago
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VOCÊ SABIA?
Um dos maiores sex symbols gringos, Slenderman, foi baseado em Agostinho Carrara
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[Pra Todos Verem: Agostinho ao lado de um carro. Ele é muito magro e tem pernas extremamente compridas, que não cabem inteiramente na imagem. Fim da descrição]
Em quem mais você poderia votar no sexyman Brasil? Não tem outro, é Agostinho Carrara!
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guia-de-sburb · 3 years ago
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Classes Mestras: A Síndrome do Poder Absoluto e as Relações Egoísmo x Altruísmo
Esse talvez seja um dos meus tópicos favoritos, isso porque sou inegavelmente uma máquina de movimento perpétuo movida a orgulho. Sendo assim, seria difícil que eu não gostasse da chance de falar de classes mestras. E, desde já deixo avisado: Isso aqui vai acabar ficando filosófico em algumas partes e, como todo o material que vai estar vindo, ele poderá conter spoilers do começo de Homestuck até o painel de “Obrigado por jogar”.
Devo dizer também que esta será a explicação base e não o local onde falarei de cada pequena possibilidade. Não se preocupem, coisas assim estarão por vir.
Desde o princípio, devemos esclarecer o que classes mestras são de fato, a um nível pessoal. Elas são extremos. O Lorde é egoísta, a Musa altruísta. Nenhum dos dois é naturalmente bom ou ruim. Temos a visão de mundo simplificada de que todos que são egoístas são pessoas ruins, e todos que são altruístas são pessoas boas... E isso não poderia estar mais errado.
Sejamos honestos, seres humanos são muito mais complexos do que “Eu penso em mim primeiro, portanto sou um completo monstro” e “Eu penso nos outros primeiro, portanto sou basicamente Jesus”. E, ao apontar para os dois representantes de classes mestras na webcomic tendemos a esquecer que Caliborn e Calliope possuem uma circunstância extenuante. Eles são Querubim. Criaturas que, em Homestuck, são sempre compostas por duas metades durante a juventude. Uma boa, e uma má.
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Com isso fora do caminho, classes mestras comandam o aspecto e através dele, sendo que existirá uma preferência na forma que esse uso terá. Classes ativas terão uma inclinação maior a usar o poder que ganham em prol de seus próprios interesses. Classes passivas terão a inclinação inversa, normalmente preferindo usar o poder que tem em prol do outro.
Caliborn e Calliope, desta vez, podem servir como bons exemplos. Caliborn, o Lorde do Tempo, volta todo o seu poder para si. Coordenando a linha do tempo de tal maneira que sua chegada e seu nascimento como Lord English são inevitáveis. Calliope, por sua vez, age com seu poder durante o confronto final, inspirando os jogadores a lutarem com todas as suas forças a medida que ela própria se torna um buraco negro de proporções absurdas e remove o Sol Verde de campo.
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Outra diferença é que Lordes tendem a ser diretamente agressivos e Musas a serem sutis. Um bom exemplo são, novamente, os dois que temos em canon. Caliborn sempre fez questão de ser visto e se impor como uma ameaça, e como Lord English, ataca em pessoa sempre que pode, faz uma entrada brutal e aparece para causar destruição e dupla morte. Calliope, por sua vez, tem sua versão ascendida oculta em um ponto distante do vazio. Mantendo seu irmão ocupado, preso em sua busca infantil (porque é importante lembrar que Caliborn nunca realmente amadureceu, até mesmo sua forma “adulta” tendo a ausência de asas, sendo basicamente a ideia do “crianção”) por destruir todos os resquícios de sua odiada irmã.
Isso não é para dizer que eles nunca agem da forma oposta. Muito pelo contrário. Lord English passa a maior parte da obra sendo uma sombra por trás de tudo, tendo causado cada situação e cada problema antes de se manifestar como é de sua natureza. E Calliope, Musa do Espaço, tem uma de suas atuações mais memoráveis (se não há mais memorável de todas) na criação explícita de um buraco negro como demonstrado no GIF acima.
A maior de todas as verdades e que classes mestras são duas metades de um mesmo todo. E que existem em pares por um bom motivo. O Lorde deseja conquista, dominação completa, é de sua natureza. E musas são marcadas para o martírio, dispostas a sacrificar a si pelo bem do outro. E nisso vive a razão de um puxar o outro. Não para que ambos sejam destru��dos em seus piores hábitos, ou que destruam um ao outro... Mas que aprendam com o outro aquilo que lhes falta, e tornem-se completos no final.
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Mas vocês provavelmente estão esperando que eu chegue logo na parte com os poderes e tudo mais. Então vamos passar para isso.
Sabendo que classes mestras Comandam o aspecto, fica fácil imaginar que elas seriam extremamente poderosas. O que outra classe é capaz de fazer que essas duas não poderiam dentro de seu aspecto?
Destruir? Comande o aspecto a desfazer-se; Criar? Comande o aspecto a surja; Roubar? Comande o aspecto a deixar o alvo e partir para outro lugar; Alterar? Comande o aspecto para que mude; Entender? Comande o aspecto a dar-lhe seus seus segredos; Servir? Comande o aspecto de forma a explorar suas capacidades;
Mas, pensando dessa forma... como é possível derrotar um membro de uma dessas classes? Se eles tem, por natureza, todo o poder. Como se pode destruir um inimigo assim?
A resposta é, surpreendentemente, mais simples do que parece. E ela vive na relação entre Profundidade e Largura. Comandar oferece a capacidade de possuir largura total. Não apenas tocando, mas assimilando completamente as forças de todas as opções em seu lado da balança. Porém profundidade nunca é dada de graça.
Usando um exemplo vindo de outra série e torcendo para que ela seja entendida por todos, creio que um bom jeito de explicar isso seja usando Gilgamesh, da franquia Fate. Gilgamesh, o rei dos heróis, tem armas praticamente infinitas, tesouros acumulados ao longo de sua vida que são agora parte de sua essência a certo modo. Seria virtualmente impossível que ele se encontrasse em uma situação para a qual ele não possua uma resposta.
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... Mas, ainda assim, ele foi derrotado diversas vezes. Por que?
Por dois simples motivos: Ele nunca se aprimorou com cada uma das armas a um nível pessoal, preferindo apenas usá-las com o mínimo de esforço ou interesse. E ele se tornou extremamente arrogante e complacente com o poder que possui. O segundo motivo servindo também para explicar o primeiro.
Está é a fraqueza que alguém que chega ao topo sozinho acaba por adquirir em 10 de 11 vezes. E essa é a maior e mais óbvia fraqueza das classes mestras. A noção de que, apenas com o poder naturalmente ofertado pela amplitude de suas capacidades, você será capaz de vencer.
Por sua vez, profundidade vem de prática e experiência, vem de estar sempre buscando levar cada pequena parte de suas capacidades ao limite, e do desejo constante de romper tais limites para seguir se desenvolvendo. Quando eu finalmente for falar de um título já presente em canon que eu considere ter sido subutilizado eu irei dar várias ideias de como ir além do que foi visto.
Espero que tenham gostado desse primeiro post de retorno.
Adm. S (Lord of Hope)
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vestibulandx · 5 years ago
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ficar em casa na quarentena sem fazer exatamente nada pode acabar sendo um tédio puro. eu compreendo exatamente o que é se sentir parada(o) e não usar esse tempo pra algo útil, porém, preciso te avisar uma coisinha sobre o tempo.
o tempo é o que VOCÊ decide fazer dele. se você não usar o seu tempo de forma preciosa e útil, mais ninguém poderá fazer isso por você. e realmente, tem dias que devemos parar de querer fazer algo, simplesmente descansar, ficar 'deboice'. mas se você se incomoda com isso, em ficar num ciclo constante de deboice, ou até mesmo se você não se incomoda, mas reconhece que poderia estar usando melhor seu tempo, esse post é para você. eu realmente acredito que exista um lado bom para praticamente tudo. enxergar oportunidades e/ou aprendizados através da dor é uma coisa que nos faz evoluir enquanto humanos. com essa quarentena, acredito que podemos sim evoluir como pessoas. não há um tempo certo para ser bom fazer isso. todo tempo é bom.
e, pensando exatamente em autoconhecimento, preciso lhe contar que existem taaaantas ferramentas pra gente se conhecer. cara, não são poucas. e aqui vou apresentar todas que eu utilizo comigo mesma, sendo que algumas eu domino mais do que outras. mas, no fim, tudo é útil. e estamos em constante evolução.
 testes de personalidade COM EMBASAMENTO CIENTÍFICO
o teste das 16 personalidades tem um fundo, uma base psicológica MUITO boa. a maior influência, a origem desse teste são os tipos psicológicos desenvolvidos por Carl Jung, em que ele fala muito de INTROVERSÃO E EXTROVERSÃO. sim, dentro do que já conhecemos disso no senso comum. introversão é a energia da atividade psíquica que se volta para dentro; extroversão, a contrário senso, é direcionada para fora, para o externo. a nossa sociedade de certa forma influencia a gente a achar que existe um tipo 'superior', que ser introvertido é um fracasso, então por isso é muito difícil das pessoas introvertidas se entenderem no mundo, pois o extrovertido é, infelizmente, o que mais pregam como "ideal". mas nãooooo ser humano, ele não é o ideal. os dois existem e os dois são fundamentais a todos nós. e dentro dos tipos psicológicos também temos as demais funções, sensação, intuição, sentimento e pensamento. e também o 'J' e o 'P' que são os processos cognitivos, o julgamento e percepção, respectivamente. por ex.: INFP. o I remete a introverted (introvertido); o N a iNtuition (intuição); o F para feeling (sentimento) e o P a perceiving (percepção). e isso terá todo um significado e uma séeeerie de coisinhas para você se aprofundar. existem 16 tipos de personalidades então (com base nessa teoria de personalidade, com fundo junguiano), explicada e aplicada e é uma excelente forma de SE ESTUDAR. afinal, por menos que seja, nessa quarentena, não é?
recomendações de sites para estudar os 16 tipos de personalidade e descobrir o seu: - Inspiira (meu favorito, é objetivo no teste deles) - 16 personalidades (é bom também)
astrologia
existem alguns tipos de mapas astrais. o natal (de nascimento) é o mais conhecido, até mesmo por ser aquele que devemos usar para dar o pontapé inicial para estudar a nossa personalidade.  
o mapa astral SEM a hora de nascimento já dá um norte bom em quem você é. porém, você ficará sem as informações das casas e do ascendente. mas, se quer estudar somente os posicionamentos (qual seu sol, qual a sua lua, mercúrio, vênus e etc...), então tá ok também.
agora, site para fazer mapa astral é algo complicadinho, rs. porque eu sou muito crítica e criteriosa, e normalmente eles dão uma pincelada (até porque é um trabalho denso e a manifestação ou não de uma característica dependerá de todo o resto do mapa), e então muita coisa pode passar batido.
o que eu indico para se conhecer então? fazer a base do seu mapa e sair pesquisando, lendo e lendo. até porque né amores, a menos que você pague alguém para estudar teu mapa TODO (eu faço isso para as pessoas, by the way), é difícil um site que funciona de forma automática, meio "robotizada", dizer tudo de forma sintetizada sobre você. portanto, indico pegar os posicionamentos e ir pesquisando, lendo um a um em diversos sites. por exemplo: você tem lua em escorpião. e quer sair pesquisando sobre isso. pesquise e leia sobre a sua lua em escorpião. ou senão comece pelo signo solar, e depois parta para o resto. e sempre buscando ler em diversos sites. pois SEMPRE haverá, mesmo que em pequenos pontos, algumas explicações diferentes dependendo do astrólogo. temos que nos estudar e AUTOCONHECIMENTO ENVOLVE ESFORÇO.
então, sites para descobrir seus posicionamentos e sair se estudando: -> Astro Charts -> Astro
numerologia
não posso falar muuuuito pois sou bem leiga nisso aqui e não curto falar de coisas que sou leiga. então, uma descrição breve do que é: a numerologia é uma forma de estudar a influência dos números na nossa vida, em diversas áreas; personalidade, amor, karma, trabalho/carreira, missão de vida e etc.
fazer um mapa numerológico básico: - Somos todos um
sobre numerologia: - We Mystic
para quem sabe inglês, tem uma ferramenta bem interessante (e apurada, segundo as pessoas que conheço e que se interessaram), que fala de alguns dos significados da numerologia para você. - https://video.numerologist.com/
sexologia
estudar sexo e a SUA SEXUALIDADE não tem naaaada a ver com assistir pornô. sexologia é uma área de estudo que pode (e deve) ser usada para autoconhecimento SIM. conhecer primeiramente o que é o seu corpo e o que o sexo significa para você. quebrar tabus, respeitando seu tempo e seu espaço, especialmente se existirem bloqueios fortíiissimos disso aí dentro. você pode pensar que praticamente todo jovem não tem problema com sua sexualidade porque eles falam abertamente disso, mas é aí que você se engana. o fato deles falarem abertamente às vezes vem do próprio fato deles sentirem que precisam falar disso, por serem jovens. falar de sexo, ver pornografia (!!!), algo que ajuda e muito na ideia equivocada que todos os sexos acabam tendo do que é o ato sexual. muita gente tem problema de baixa autoestima, de não se sentir atraente (e isso tem ligação com diversas coisas, desde problemas pessoais à padrões sociais), muitos não sabem quase nada de sexo, e saem fazendo sem ter nenhum tipo de orientação. sabe, o pornô que você assiste é a pior forma de achar que você está se educando sexualmente. a forma que você acredita que deva ser tratada/o ou deve tratar os outros no ato. meu anjo, as coisas são MUITO além daquilo ali. o sexo por si só é um ato de troca de energias e troca de intimidade. você não precisa ter um(a) parceiro(a) fixo(a) para conseguir ter isso, essa troca. mas a troca é importante, e entender como você funciona no sexo também.
você pode se estudar simplesmente começando a pesquisar as dúvidas que mais tem sobre o assunto na internet; lendo mais sobre masturbação. até porque estou falando de autoconhecimento, e além disso, a masturbação pra mim é o primeiro passo e acredito que o mais importante dentro do seu contato com teu corpo, quebra muito o tabu e te aproxima de você mesma(o), aumentando a consciência corporal, conhecendo seus pontos de prazer.
indico ler bastante, de acordo com o que você for estudar. e o youtube nesses momentos é um parça incrível, pois tem muita gente falando coisa boa sobre sexo e sexualidade por lá. lógico que tem as exceções, mas vamos focar no que for bom, rs.
não vou indicar meus links do que uso atualmente pois já leio sobre a prática sexual em si, técnicas, filosofia tântrica para relacionamento e sexo tântrico, pompoarismo e outras coisas, e acho que se você tem MUITO bloqueio, é melhor começar pelo começo: a sua sexualidade, como você gosta, como você quer. como é a sua relação com seu corpo. se você sabe se dar prazer ou não. se sabe o que é um orgasmo, se já sentiu sozinha(o). é o certo, ao meu ver.
chakras
- o estudo dos chakras tem um teor mais espiritual, então entendo que nem todos estarão abertos para isso. mas acredito que estuda-los é também desenvolver outro tipo de consciência do que você é.
- a base dos chakras: luz da serra
e aí você, de acordo com a leitura e o mínimo de consciência do que você sente que mais está desequilibrado em você, vai pesquisar "chakra x desequilibrado" ou "como equilibrar chakra x". eu acho esses estudos mais espirituais e que tem conexão com as leis do universo EXTREMAMENTE interessantes. acho que ajuda e muito a gente a evoluir e abrir a nossa mente, bem como ter consciência de nós mesmos.
- formas de equilibrar seus chakras: Eu Sem Fronteiras
yoga e meditação
pra mim, o yoga não tem segredo. é pegar um vídeo de prática, de acordo com o que você acha que precisa naquele momento, e começar a fazer.
hoje em dia uso muito esse canal aqui: - Fernanda Yoga
a meditação é uma prática que requer dedicação e acredito que um certo tempo até você entender que é capaz de conseguir praticar sim e ir sentindo os benefícios. mas, antes de tudo kkk: meditar não é silenciar a mente. é aprender a 'adentrar' num estado meditativo onde você consegue direcionar o seu foco e pensamentos em coisas mais positivas, limpando e tentando até mesmo entender tudo aquilo que está ocupando a tua mente, todo aquele lixo de informações que PESAM ali e que te impedem de se sentir bem, de ter um dia bom. para mim<, meditar é entrar em contato comigo. é conseguir ver o que tem na minha mente e discernir sobre a natureza daquele pensamento, por que estou pensando aquilo e se de fato devo pensar e dar esse valor para aquela questão. tem coisas que deixamos prender na nossa mente e que não são tão úteis assim. são coisas que só ocupam espaço mesmo, e que a partir do momento que você nota, você consegue provavelmente iniciar um processo de contato com uma raiz, uma fonte de sofrimento. meditação, para mim, não é fingir positividade e deboice quando NÃO tá tudo de boa. é aprender a ficar só, em silêncio, e escutar o que a tua mente tem a lhe dizer.
- a meditação: Eu Sem Fronteiras
existem canais e apps para isso também!)
e sim, eu faço todas essas coisinhas, implanto elas na minha vida. óbvio que não aprendi do nada, há anooooos me estudo. meus conhecidos sabem como sempre fui a louca do conhecimento, adoro tudo que for agregável e que eu puder estudar profundamente. então assim, exatamente por estar nessa posição de quem já absorveu alguns conhecimentos nesta vida e almeja alcançar mais: SE ESTUDE, ser humano. ninguém vai poder fazer isso por você que não você.
sem falar que podemos criar as nossas próprias formas de nos estudar, adaptar isso tudo à nossa forma. porém, acredito que pra isso seja necessário uma base, por menor que ela seja, para que você se estude com mais autonomia.
e se você não conseguir de primeira, e isso vale para todas as alternativas que eu descrevi aqui, tá tudo bem! você pode seguir tentando, e eu sei que você tem capacidade de dar passos ENORMES e conseguir se conhecer de verdade. e nada vem sem esforço, sem interesse verdadeiro. tenha interesse em você, você vale a pena, e eu, mesmo sem te conhecer, já sei disso! beijinhos e ótima quarentena pra gente, que mesmo em meio a tantas incertezas ao nosso redor, a gente consiga construir certezas do lado de dentro.
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sandraohbrasil · 5 years ago
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Sandra Oh afirma que a acupuntura mudou sua vida
 Fonte The New Potato, 2018.
Somos fãs de longa data da Sandra Oh - de Sideways a Grey's Anatomy, ela fez algumas performances importantes que roubaram a cena ao longo dos anos. Após a estréia de sua nova série da BBC, Killing Eve, não resistimos a sentar com a atriz para conversar sobre tudo, desde imagem corporal e beleza até acupuntura e suas raízes coreanas. 
Do início ao fim, qual seriam as comidas ideais para seu dia ideal?
Eu sou realmente caseira, então diria que, pela manhã, café (o Heart é um dos meus favoritos) e avocado toast (torrada com patê de abacate e temperos) (tem uma pé de abacate no meu quintal). No almoço, o Bin Dae Dukk da minha mãe, que é um tipo de panqueca coreana, feita de feijão mungo, cheia de kimchi (iguaria típica coreana), carne de porco, cebola verde - é absolutamente a comida que eu escolheria se estivesse presa em uma ilha deserta. O jantar seria algo simples - um frango assado aberto pela espinha (spatchcocked), aspargos e abobrinha assados, macarrão e uma boa taça de vinho (acho que vou cozinhar isso para o jantar hoje à noite).
Como você pratica a beleza de dentro para fora?
Esta é uma pergunta com várias camadas. Fisicamente, é tudo sobre saúde intestinal. Se seu intestino estiver saudável, você terá menos inflamação e menos depressão, o que me leva à segunda camada, que é mental. É sobre amar a si mesma, o que nem sempre é a coisa mais fácil de fazer. É praticar ser gentil com sua mente seu corpo. Não importa o quão "linda" fisicamente a pessoa seja: se é difícil de conviver, de estar perto, a beleza não está presente. Do ponto de vista prático e externo da beleza, tento ir regularmente ao spa coreano. Enquanto eu crescia, minha mãe me esfregava basicamente com uma esponja coreana, e deixe-me dizer que deixa a pele macia. E estar perto das senhoras coreanas, com todas as diferentes formas corporais em uma atmosfera muito relaxante, é bom para a alma.
O que lhe deixava insegura quando mais jovem e como conseguiu superar isso?
Crescendo e até, meu Deus, os trinta e poucos anos, eu tinha uma pele terrível, terrível (principalmente no rosto). Estava sempre sofrendo com a minha pele; isso me fazia sentir feia e inseguro. Tive o “triunvirato”; eczema, asma e alergias (problemas auto-imunes), e isso causou muita inflamação em meu rosto. Na terceira temporada de Grey's Anatomy, eu estava muito doente com exaustão e estresse. Meu maquiador só podia colocar maquiagem no meu rosto antes de filmarmos, já que minha pele estava descascando completamente. Precisava deixar recados para que a equipe consertasse minha pele no vídeo. Foi ruim. Então eu conheci minha acupunturista e ela mudou minha vida. Claro que não foi da noite para o dia. Eu a via regularmente - às vezes duas vezes por semana - por dois anos. Depois de quatro anos, me senti inteiramente melhor, de dentro para fora. Sem cremes e sem inaladores, mas a partir de um nível celular, meu interior mudou e isso se reflete na minha pele. Eu ainda frequento a acupuntura.
Que conselho você daria para as jovens que lutam com a imagem corporal?
Concentre-se no que faz você se sentir saudável e forte. Está comendo de forma saudável? Está superando seu constrangimento e fazendo aquela aula de sacudir o bumbum no hip hop (sim, conseguiu)? Está se dando tempo para caminhar e acalmar sua mente? Sentir-se saudável e forte é possível em nossa vida diária. Isso aumenta o sentimento positivo em relação a si mesmo, o que pode ajudar a mudar uma perspectiva indesejada.
Qual o pior conselho que você já recebeu? Qual o melhor?
O pior conselho que recebi foi de uma agente poderosa (já falecida), que conheci provavelmente nas duas primeiras semanas em que estive aqui, em Los Angeles. Eu tinha 23 anos, tive uma reunião com ela e ela me disse para voltar para casa (Canad��) e ficar famosa, porque ela não tinha nada para mim aqui. A outra atriz asiático-americana em sua lista não fazia testes há meses e ela queria "me dizer a verdade" - que aconteceria o mesmo comigo. Naquele momento da minha carreira eu já havia estrelado um filme de TV, um filme independente e feito cinema em casa, no Canadá. Nada disso parecia ter importância. Tudo o que parecia importar era a minha raça e que era a errada. Penso sobre isso agora, o quão vulnerável eu era, quão profundo é o sistema de crenças e quanto tempo demorei para sair dele.
O melhor? Vou contar o que meus pais me disseram recentemente (na verdade, uma semana atrás): que eu devo focar no meu trabalho criativo. Eles também começaram com "Ei, você não é mais uma novata, então você precisa fazer o melhor uso possível do seu tempo" - pense nisso em coreano. Isso é fundamentalmente notável, porque era difícil para meus pais aceitarem minha escolha de carreira no início; portanto, me incentivarem a estar focada nela, agora, é significativo para mim. E correto.
Como você se preparou para o papel de Eve em seu novo programa da BBC America, Killing Eve? Como você se identifica com sua personagem?
Eu me identifico com a Eve enquanto uma mulher na meia-idade, explorando a escuridão e as obsessões em seu inconsciente. Meus preparativos envolvem passar pelo roteiro e dotar cada momento, cada personagem, com especificidade e significado para mim.
Qual é sua rotina de exercícios físicos?
Eu pratico pilates regularmente e associo isso a um tipo de aula de treinamento em circuito sob medida na [academia] Dove’s Bodies. Tenho a mesma treinadora há mais de 20 anos, Dove Rose (sim, esse é o nome de nascimento dela). Eu também moro perto de um desfiladeiro, então eu gosto de sair e caminhar (fazer trilha) quando posso.
Quais são suas rotinas matinais e noturnas de beleza?
Isso é elaborado para mim agora. À noite, antes de dormir, limpo a maquiagem com o removedor específico para os olhos Neutrogena (sem óleo), e depois limpo com Clarisonic e um limpador suave. Comecei a usar o iS Clinical - toda a linha - que estou amando! Complemento/alterno com soro iGlow Illuminating C, soro hialurônico/glicólico Le Mieux. Eu também amo Caudalie Resveratrol Serum. Ainda complemento todo o regime com o LightStim. Faço isso regularmente e faz uma diferença real.
Como você se mantém fresca enquanto viaja? O que você não viaja sem?
Killing Eve é produzida no Reino Unido, por isso é uma longa caminhada de Los Angeles. Começo com No Jet Lag homeopático, muita água e hidratante para o rosto/mãos. Eu nunca viajo sem o meu diário.
Se você pudesse escolher uma citação para resumir seu humor atual, qual seria?
Minha citação do ano passado foi: “O papel do artista é exatamente o mesmo que o do amante. Se eu te amo, tenho que torná-lo consciente das coisas que não vê.��� - James Baldwin.
Se você pudesse organizar um jantar com cinco pessoas vivas ou mortas, quem estaria lá e por quê?
Michelle Obama - não há necessidade de explicar, Ghengis Khan - para falar sobre poder, o Buda - para ajudar a entender a impermanência, Ted & Matt - meus amigos que são os melhores em jantares, porque são muito conversadores.
Com quem você ainda gostaria de trabalhar em colaboração?
Gostaria de trabalhar com Thom Yorke, Ali Wong, Jane Campion e Phoebe Waller Bridge.
Que alimentos você ama? O que você evita e por quê?
Eu amo salgado frito ... eu preciso evitar salgado frito. Sério - estraga meu sistema. Evito laticínios e mariscos. Minhas comidas favoritas? Coreana (mas esse é um dado óbvio), espanhola e japonesa são minhas prediletas.
O que é "bola da vez" agora?
Coreanos. Estou falando sério. Os coreanos são a merda agora. Em beleza, em dramas de TV, em comida. A Coréia está tendo um sério impacto cultural no momento.
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zanicto · 6 years ago
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PRINCESA MONONOKE E A ESSÊNCIA DE MIYAZAKI AO LENTAMENTE DESENHAR DETALHES QUE COMPÕEM UM CENÁRIO NATURAL
Este texto foi originalmente redigido em outubro de 2017 como uma das atividades da grade curricular do curso de cinema ao qual me faço estudante, portanto, nada do que fora afirmado aqui necessariamente corresponde com minhas atuais reflexões sobre Princesa Mononoke, sobre o cinema em geral, e sobre a vida como um todo, o que não desclassifica em qualquer grau o que o eu do passado escrevera. Ao menos penso que não desclassifica.
Em todo caso este provavelmente - ou talvez não - seja o texto mais precisamente embasado que já escrevi sobre algum dos longas do Studio Ghibli. Sendo o segundo, e certamente não o último, sobre Mononoke. Não me atreveria nem por um segundo, todavia, a ler tal primeiro texto, publicado em abril de 2015, assim como o subsequente texto sobre a The Art of Princess Mononoke (livro técnico sobre a produção visual do filme), que não por acaso faz parte da bibliografia deste artigo.
Deixo-o enfim, caro leitor, com sua leitura, mas acima de tudo sugiro que assista Princesa Mononoke, uma das melhores animações já produzidas e, sem sombra de dúvidas, meu longa-metragem favorito… eu acho.
Princesa Mononoke ou Mononoke Hime, no original japonês, pode ser considerado um épico em animação ou, em padrões japoneses, um típico conto ao estilo Monogatari. Ele se passa no Período Muromachi (1336-1573) e narra a história de Ashitaka, o último príncipe do clã Emishi, que, amaldiçoado por um demônio, é ordenado a exilar-se de sua tribo, partindo para terras distantes ao leste, determinado à ver com olhos não nublados pelo ódio. Seu senso de justiça o torna intercessor de uma feroz guerra entre os humanos de Tataraba (cidade onde se fabrica ferro) e as criaturas da floresta, que intentam proteger a mesma da destruição humana. Protagonizando o lado da floresta, está a humana San, a selvagem filha da impiedosa deusa loba Moro, e oponente direta de Lady Eboshi, a governanta com coração de ferro - e por sua vez protagonista - do povoado humano. Ashitaka se encontra em meio ao fogo cruzado, sendo amado e odiado por ajudar ambos os lados ao mesmo tempo que se isenta da participação direta na guerra. Após uma conclusão de proporções descomunais, onde o ódio e o caos explodem morte e devastação à humanos, criaturas e deuses, a situação retorna a seu estado natural, retoma a calma de um cenário mais simples, apenas esperando que tudo se repita nesse naturalmente caótico ciclo da vida.
É fato evidente que todas as produções de Hayao Miyazaki, por incorporarem muito de sua essência pessoal, compartilham temas, aspectos e conceitos que reverberam por toda a obra - não somente fílmica - do cineasta. Todavia foi em 1997, com Princesa Mononoke, que Miyazaki animou essa essência em sua maior plenitude. A produção do longa começou em 1994, mas o filme já pairava em pensamentos desde 1970, Princess Mononoke: The First Story (publicado em 2014), compilado de ilustrações que Miyazaki realizara em 1980 é uma pequena amostra desses conceitos, muitos dos quais seriam posteriormente utilizados em Meu Vizinho Totoro (1988). Não obstante, The Journey of Shuna, manga de 1983, expressa com maior clareza as ideias que viriam a tomar total forma em Princesa Mononoke, mas que já se manifestam, com uma diferente roupagem, em Nausicaä do Vale do Vento, logo no ano seguinte, com o qual Mononoke compartilha muitas das constantes de obra de Miyazaki, como as personagens femininas fortes ou posicionamento contra guerra e a degradação humana da natureza, inseridas mesmo na mínima passagem por um rio sujo, um complexo industrial poluído, ou uma aterradora máquina de guerra. No entanto, a maior semelhança entre os dois filmes está na seriedade e maturidade com que tratam desses temas, em Mononoke até mesmo trilha de Joe Hisaishi, muito menos iconográfica do que em outros trabalhos e muito mais densa e sombria, evoca essa maturidade.
Inquestionavelmente Princesa Mononoke é uma das criações mais maduras de Miyazaki, possivelmente fruto do longo “amadurecimento” das ideias que fundamentam a mesma, um processo que poderia ser ainda mais longo se o cineasta não fosse convencido a realizar a obra, evidenciando uma paciência que se vê expressa a sensatez de uma narrativa madura, que pondera e toma seu tempo. Essa é uma paciência inerente ao próprio ato de animação, uma arte que exige inúmeros processos para a produção do segundo de filme que seja. Colocando nas palavras de Toshio Suzuki, produtor do Studio Ghibli, “para deixar claro, a produção mensal do Ghibli são cinco minutos” (Mononoke Hime wa Koushite Umareta). Ashitaka é a personificação dessa paciência e em muito de seu próprio criador, e sendo autor das escolhas mais ponderadas e “sensatas” dentre os personagens, pode-se dizer que ele é também o mais “maduro”, ainda que jovem e em alguma medida inocente. Há certa inexpressividade em Ashitaka, não que lhe falte expressividade, pelo contrário, na verdade ele é um personagem de poucas reações, extremamente estável, é e justamente nesse olhar fixo e silencioso, nesses momentos ordinários de reflexão interna, que Ashitaka expressa alguns de seus sentimentos mais sutis.
Nos trabalhos de Miyazaki, esse silêncio é uma constante, e por mais que não costume acrescer fatos à trama e por vezes se faça um mecanismo de complicada execução, se cuidadosamente utilizado carrega muita expressão e permite que o espectador melhor absorva esse contexto expresso. Tem-se então um ponto de grande ironia, uma vez que muitas produções live-action, em teoria mais proficientes que uma animação, transbordam ações desenfreadas, diálogos econômicos e puramente efetivos a trama, ou, em pior caso, diálogos expositivos, que privam o espectador de qualquer respiro e interpretação. De acordo com Miyazaki, “Se muitos cortes explicativos forem adicionados, você falha a maior parte do tempo. Mas não podemos simplesmente nos reter às emoções dos personagens, igualmente. Mesmo quando é melhor que um personagem fale algumas linhas explicativas, na maioria dos casos essas linhas geralmente abreviam. Portanto, esses tipos de explicação matam um bom ritmo de narrativa.” (Mononoke Hime wa Koushite Umareta).
Por conseguinte, esse silêncio, essa pausa na narração, é aplicada à um dos aspectos mais citados sobre obra de Miyazaki, os longos planos de estabelecimento do cenário. Em O Serviço de Entregas da Kiki (1989), outro filme que exprime muito da essência narrativa do cineasta, uma linha de diálogo esclarece com clareza essa proposta narrativa: “Você deveria fazer uma pausa, [...] simplesmente pare. Dê longas caminhadas, admire o cenário”. É a singularidade desses cenários, de composição arquitetônica e estilística tão pulcra, concreta e harmônica, que impõem esse trato para com a imagem. Diferente de live-actions, em muito limitados pelo espaço físico, cenários em animação tendem a ser construídos do zero e direcionar ao infinito, o que não impede, em todo caso, que algumas produções meramente os utilizem como genéricas imagens de fundo. Esse não é o caso do Studio Ghibli, todavia, que por vezes coloca o cenário como principal elemento da cena, onde personagens não passam de pontos em deslocamento, muito ao fundo. Há um longo processo e empenho em suas composições, que minimamente começam pelas concepções de Miyazaki em storyboards, depois passam para os layouts mais elaborados, muitas vezes feitos pelo próprio cineasta, para então virarem artes conceituais de background que são quase indistinguíveis da por fim aprovada pintura super realista que fará fundo a célula de animação, lembrando que a cada corte um novo fundo tem de ser pintado. É injusto, depois de tão longo processo, que não se dê tempo de tela para que o cenário seja propriamente absorvido, cria-se por conseguinte uma sensação de credibilidade do ambiente, por mais fantástico que ele se apresente. Contudo, é necessário deixar claro, que por esse mesmo processo de composição, longas sequências de puro cenários tendem a ser melhor digeridas em uma animação do que em uma live-action, afinal pinturas são feitas para serem admiradas.
Em Princesa Mononoke muito dessa credibilidade é passada pelo simples fato de a maioria dos cenários evocarem um extremo senso de naturalidade, quase análogos ao mundo real, porém há outro elemento que contribui imensamente para essa credibilidade, o estabelecimento dos espaços humanos. A “Cidade de Ferro” (Tataraba) eferve vida de suas fornalhas, ferrarias e estruturas de mineração, que exprimem uma construção lógica e funcional do ambiente. Não há uma composição em que pessoas fazendo ações particulares à seus contextos não são enquadrados. Os “figurantes” aqui não são simples objetos que preenchem o quadro, eles tem que ser individualmente animados e para tanto são individualmente pensados, não que todo elemento no quadro tenha algum grande significado, mas igualmente não são simples frutos de uma generalização industrial. São pormenores que muitas vezes passam despercebidos, mas que inconscientemente acrescem ao quadro mais amplo. Nesse sentido, as composições de Miyazaki, principalmente no caso de Mononoke, são análogas às de Akira Kurosawa, sempre acrescentando elementos, humanos ou naturais, como chuva, vento, fumaça, ou mesmo luz; para se gerar interesse visual, criando movimento dentro do quadro.
As cinematografias de Miyazaki e Kurosawa também se assemelham em termos de ritmo e movimentação de personagens, tendenciando à demoradas sequências que registram a natural ou real ação dos personagens, quase que uma abordagem “documental”. Nesse contexto novamente se inserem os momentos de silêncio e passividade da imagem, e talvez uma sequência de O Serviço de Entregas da Kiki (1989) se faça a melhor exemplificação desse princípio. É praticamente um minuto e meio de filme que mostra nada mais do que Kiki acordando, saindo de seus aposentos em direção ao banheiro, fazendo suas necessidades e voltando ao recinto original, não há qualquer diálogo ou trilha, e tampouco pode-se cravar que a sequência pretende evidenciar uma rotina, o que pode-se afirmar é que ela, juntamente a específica movimentação da personagem, expressa um senso de naturalidade tão reconhecível, que a demasiada tangibilidade posta em animação é capaz de gerar até desconforto no espectador. Em Princesa Mononoke, contudo, o alto grau de complexidade narrativa à ser tratado nos limitantes 134 minutos de filme, impede que Miyazaki esbanje livremente de momentos com tamanha passividade narrativa, porém não impede que passagens com o mesmo senso de naturalidade se façam presentes. Não é regra, mas é quase certo que, antes do clímax, a cada 15 ou 20 minutos algum personagem estará comendo ou dormindo, afinal são processos intrínsecos à natureza humana, mas que muitas vezes são negligenciados a um nível irreal pela indústria cinematográfica.
Não natural o bastante, Miyazaki ainda trata de adicionar certas particularidades que dizem muito sobre os personagens. No primeiro encontro entre Jiko e Ashitaka, por exemplo, quando os dois estão comendo ao redor do fogo, Ashitaka é servido e come com a calma e passividade que lhe tanto caracteriza, Jiko por outro lado come tão rápido quanto consegue correr, e a ganância trata de serví-lo ao menos três vezes. É como a super citada em artigos, cena de Chihiro ajeitando o sapato (A Viagem de Chihiro, 2001), essas sequências ostentam naturalidade e contribuem para a imersão do espectador. Em Mononoke sutilezas ainda maiores, como Ashitaka colocando a corda no arco, ou ainda indivíduos inexperientes com armas brancas acidentalmente cravando as mesmas ao saírem pela porta, são catalisadores da absurda complexidade inserida a obra, por vezes evocando a sensação de se assistir à natural complexidade da própria vida.
Em Princesa Mononoke são tais pormenores, em muito ordinários e sem real propósito, que, novamente, acrescem ao quadro mais amplo. Nada é simples, nada é somente uma coisa, nada é tão convencional, tudo é ricamente complexo. O herói jamais quis estar inserido naquele ambiente, tampouco pode-se dizer que combate vilões ou salva vítimas; por mais apaixonados que estejam os protagonistas, eles decidem pelo afastamento, não pelo romance; um épico “histórico”, onde samurais, espadas e cavalos são trocados por arcabuzes, explosivos e trabalhadores metalúrgicos; onde quem comanda não são justos heróis de guerra, mas imponentes mulheres, que nem por isso deixam de ter perspectivas questionáveis; e a guerra, é claro, se faz impossibilitada de resultar na vitória de qualquer um dos lados. Por mais denso e violento que seja o filme, há uma calma quase divina em sua narrativa, uma calma que por vezes é tão angustiante quanto a própria violência. A mesma divindade cria vida, também a tira.
São esses detalhes, por muitos negligenciados, que constituem a complexa composição que é Princesa Mononoke, eles são a essência de sua naturalidade.
BIBLIOGRAFIA E OUTRAS REFERÊNCIAS
MIYAZAKI, Hayao. The Art of Princess Mononoke. San Francisco: VIZ Media, 2014. 224 p. (Studio Ghibli Library; Princess Mononoke) ISBN-13 978-1-4215-6597-2
NAPIER, Susan Jolliffe. Anime from Akira to Princess Mononoke: experiencing contemporary Japanese animation. New York: PALGRAVE, 2000. 311 p. ISBN 0-312-23862-2 — ISBN 0-312-23863-0
MIYAZAKI, Hayao. Shuna no Tabi (The Journey of Shuna) Tokuma Shoten, 1983. 149 p. (Animage JuJu Bunko) ISBN 4-19-669510-8
MIYAZAKI, Hayao. Princess Mononoke: The First Story. San Francisco: VIZ Media, 2014. 104 p. (Studio Ghibli Library; Princess Mononoke) ISBN-13 978-1-4215-7586-5
LYMAN, Rick. Darkly Mythic World Arrives From Japan; Master of Animation Tries Hollywood - The New York Times. Outubro 21, 1999. Disponível em: < http://www.nytimes.com/1999/10/21/movies/darkly-mythic-world-arrives-from-japan-master-of-animation-trie s-hollywood.html >
RATHKE, Edward J. 30 Years of Ghibli: Princess Mononoke - Entropy Magazine. Março 12, 2015. Disponível em: < https://entropymag.org/30-years-of-ghibli-princess-mononoke/ >
BROOKS, Xan. Interview: Hayao Miyazaki, A god among animators - The Guardian. Setembro 14, 2005. Disponível em: < https://www.theguardian.com/film/2005/sep/14/japan.awardsandprizes >
EBERT, Roger. Hayao Miyazaki Interview - RogerEbert.com. Setembro 12, 2002. Disponível em: < http://www.rogerebert.com/interviews/hayao-miyazaki-interview >
SCOTT, A. O. Critics' Picks: 'Princess Mononoke' - The New York Times. Junho 23, 2009. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=BoZpCmcnM_s >
Mononoke Hime (Princesa Mononoke). Dir.: Hayao Miyazaki, Prod.: Toshio Suzuki. Tokyo, JP: Studio Ghibli Inc., 1997. 134 min.
Yume to kyôki no ôkoku (Estúdio Ghibli, Reino de Sonhos e Loucura). Dir.: Mami Sunada, Prod.: Nobuo Kawakami. Tokyo, JP: Dwango Co., Ennet Co., 2013. 118 min.
Mononoke Hime wa Koushite Umareta. Dir.: Toshio Uratani. Tokyo, JP: Crown Tokuma Co., 1998. 399 min.
Mononoke Hime in U.S.A. Dir.: Toshikazu Sato, Prod.: Toshio Suzuki. Tokyo, JP: Studio Ghibli Inc., TV Man Union Inc. 1999. 19 min.
Shichinin no samurai (Os Sete Samurais). Dir.: Akira Kurosawa, Prod.: Sôjirô Motoki. Tokyo, JP: Toho Company, 1954. 207 min.
Kaze no Tani no Naushika (Nausicaä do Vale do Vento). Dir.: Hayao Miyazaki, Prod.: Isao Takahata. Tokyo, JP: Topcraft, Hakuhodo Inc., Tokuma Shoten Publishing Co., 1984. 117 min.
Majo no Takkyūbin (O Serviço de Entregas da Kiki). Dir.: Hayao Miyazaki, Prod.: Hayao Miyazaki. Tokyo, JP: Studio Ghibli Inc., 1989. 103 min.
Sen to Chihiro no Kamikakushi (A Viagem de Chihiro). Dir.: Hayao Miyazaki, Prod.: Toshio Suzuki. Tokyo, JP: Studio Ghibli Inc., 2001. 125 min.
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30secondstomarsbrasil · 7 years ago
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#MarsAmerica: Entrevista para o site Berliner Zeitung
Entrevista realizada por Katja Schwemmers em 04 de abril de 2018.
Entrevista com Jared Leto. Tradução em português feita pela nossa equipe. Confira:
Como os atores de Hollywood arrecadam milhões? O ganhador do Oscar Jared Leto (46) é definitivamente contra isso. Seu grupo, o 30 Seconds To Mars, que ele fundou com seu irmão Shannon Leto há 20 anos, é importante demais para ele. Portanto, lançam o "America" ​​- o quinto álbum dos roqueiros americanos, e "The Monolith", sua ambiciosa turnê.
Na reunião, que dura apenas sete minutos, Jared Leto, que pegou uma gripe, conta no porão do Berlin Soho-House sobre seu equilíbrio profissional, trabalhar com Ai WeiVey, sobre seu lugar favorito em Berlim e sua longa barba. Em 03 de maio, ele estará novamente na capital - junto com sua banda no palco da Mercedes-Benz.
BZ: Sr. Leto, fazem cinco anos desde que os últimos álbuns do 30 Seconds To Mars foram lançados. Você tem medo de ser esquecido como músico?
JL: Não, nunca. Eu acho que é necessário se distanciar por algum tempo, para que as pessoas fiquem entediadas. Isto, aliás, também se refere à atuação, da qual eu agora fiz uma pausa. A decisão tomada na época - de me concentrar completamente na música - foi a melhor coisa da minha vida! E as pessoas, obviamente, não nos esqueceram: os ingressos para nossa turnê estão vendendo muito bem.
Jared Joseph Leto, nascido em 1971 em Bossier City, Louisiana, é um ator, cantor, guitarrista e compositor americano do 30 Seconds To Mars. Ele recebeu um Oscar como ator coadjuvante pelo papel da transexual Rayon no filme "Dallas Buyers Club". Ele estudou atuação em Nova York e na Universidade das Artes da Filadélfia. Como vegetariano convicto, ele é membro de inúmeras organizações para a proteção de animais e meio ambiente.
BZ: Nesse meio tempo, você recebeu um Oscar como ator coadjuvante pelo seu papel em "Dallas Buyers Club". Você se sente abençoado quando acorda de manhã?
JL: Sinto, em primeiro lugar, gratidão pelo fato de poder me expressar criativamente em vários gêneros. E também estou feliz. Mas a luta nunca para, mesmo se você criar um novo clipe ou sair em turnê. E há muitas outras coisas em que eu queria melhorar. Mas alguns passos eu já estou perto do objetivo. Eu não esperava receber recompensa por nada.
BZ: Você sente o mesmo no mundo da atuação e da música?
JL: Sim. Demorou muito tempo para me sentir aceito, especialmente na música. 30 Seconds To Mars já existe há 20 anos. Eu aprendi muito quando viajei. Só isso me faz sentir bem.
BZ: Você acha que o 30 Seconds To Mars existiu por 20 anos?
JL: Não parece que 20 anos se passaram! Parece que este é o nosso primeiro álbum. Ou pelo menos um novo começo. Além disso, as músicas soam tão modernas, têm influências hip-hop e clássicas.
BZ: Seu quinto álbum se chama "America". Você quer dizer que a America é uma era Trump?
JL: Trump é definitivamente parte do álbum. Provavelmente, na música Walk On Water, a influência de sua personalidade está mais presente. Mas para mim é sobre o conceito e a ideia da América, não sobre manter a bandeira alta como um patriota. Embora, a política faça parte do álbum. Mas, antes de tudo, este é um álbum muito inspirado socialmente. Ele é sobre amor, sonhos e esperanças.
BZ: Por que então esse nome?
JL: Eu gosto de interpretabilidade. É assim - eu poderia perguntar a dez pessoas diferentes o que elas pensam sobre o nome "America" ​​e eu teria dez respostas diferentes. Alguns dirão: patriótico. O segundo diria: provocativo. Ainda outros são lindos. E haverá pessoas que pensarão que esse é o pior nome que já ouviram.
BZ: Na apresentação nos EUA do filme sobre os refugiados "Human Flow" do artista chinês Ai WeiVey, sua presença não foi acidental, foi?
JL: Não, este é o tópico que me toca. 30 Seconds To Mars criou um documentário, que será lançado em julho. Se chama “A Day In The Life Of America”. Nós filmamos durante um dia inteiro em todos os estados dos EUA, assim como no Distrito de Columbia e Porto Rico. Houve vários tópicos importantes que atraíram a criação de um retrato sobre a America. Este é um momento importante para a America e para contar a história de quem realmente somos. Nosso novo álbum é a trilha sonora deste documentário.
BZ: A música "Love Is Madness" é um dueto com a cantora pop americana Halsey. Como é?
JL: Desta vez, convidamos vários artistas para o estúdio - antes de estarmos longe disso. Halsey foi a minha primeira escolha para um dueto. Ela tem uma voz linda, um talento fenomenal. Na música, é fantástica. Além disso, para o seu álbum eu coloquei minha mão no Zedd como produtor. O maior problema foi o final da gravação. Zedd ajudou nesta fase crucial. Falando nisso, ele disse que poucas pessoas o conhecem na Alemanha, apesar do Grammy. Talvez isso mude com o lançamento do álbum.
BZ: Você ensaiou em Berlim antes da turnê. Onde você gostou de comer?
JL: Gostei mais de tomar sopa naquele restaurante, o Monsieur Vuong no distrito de Mitte.
BZ: Você tem uma palavra alemã favorita?
JL: Todo mundo aqui sempre diz “scheiße” (merda, droga) - mas não é essa para mim. Eu gosto da palavra “Kindergarten”, porque também é uma palavra americana (Jardim de infância). Mesmo se eu não tiver filhos.
BZ: Seu irmão Shannon está cantando agora também! A balada "Remedy" é a única música acústica do álbum. Você cantou também?
JL: Não, ficou claro que ele iria cantar a música. Shannon tinha algo a dizer. A música é completamente dele e não tem relação comigo. As pessoas ficarão muito surpresas quando ouvirem, o que eu gosto.
BZ: Como seu relacionamento com seu irmão mudou no grupo?
JL: Nós nos unimos ainda mais. Todos os altos e baixos pelos quais o grupo passou, nós superamos juntos. Sem isso, nada teria acontecido.
BZ: E quanto à sua barba, porque você se parece com Jesus? Em um programa de TV americano, você prometeu cortá-lo.
JL: É isso o que acontece quando você fica desempregado por um tempo! (risos) Eu já me livrei de alguns centímetros desse matagal no meu rosto. Durante a turnê me livrei completamente - prometo!
ATENÇÃO: A CÓPIA TOTAL OU PARCIAL DESTE ARTIGO É TERMINANTEMENTE PROIBIDA.
Fonte: berliner-zeitung.de
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unpredictableffic · 7 years ago
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Cap. 2
Niall
As aulas enfim tinham acabado, a parte ruim era que aquele era apenas a droga do primeiro dia e a manhã que eu tivera com a chegada daquele imbecil bem, tinham deixado meu humor pior do que sempre fora. Só de pensar que quando eu chegasse em casa ia ter que dar de cara com a Jackie já me dava vontade de deitar no meio da avenida e esperar que um carro me matasse. Em falar em matar... Kyle, aquele anão dos infernos, nós dois precisávamos ter uma conversa mais do que séria.
Eu não estava com vontade de voltar para casa, afinal ele não estaria lá, então decidi seguir até o meu lugar favorito.
-Hey Jeff! – cumprimentei o barman que sorriu em minha direção.
-Boa tarde Niall. O de sempre?
-Sim por favor.
-Você não acha que está meio cedo para começar a beber?- a voz veio de cima de meus ombros e eu me virei para encarar a pessoa com ar de enfado.
-Eu te conheço?
-Não. – o cara que falara aquilo me olhava visivelmente admirado com minha falta de educação.
-Então não se meta na minha vida.
-Você deveria estar na escola.
Eu mais uma vez o encarei.
-E você num asilo, viu? Nenhum de nós está no lugar que deveria estar.
Me virei para o balcão e virei o copo de vodka na boca encarando Jeff.
-Mais um!
O senhor pareceu desistir da lição de moral e se afastou, que bom, um chato a menos. Naquela tarde o bar estava praticamente vazio
-Hoje você veio mais cedo. – Jeff constatou e eu dei de ombros.
-Parece que sim, quero começar mais cedo. Alguma coisa contra? – perguntei voltando a bater com o copo no balcão para que ele me servisse mais uma dose.
As horas passaram sem que eu nem ao menos as notasse, mas eu não estava me importando, a única coisa que eu queria fazer era beber, beber para esquecer de todos os meus problemas e antigos e agora do mais novo deles. Jackie.
Quando as coisas ao meu redor começaram a girar eu senti que estava na hora de ir para casa, Kyle provavelmente já havia chegado do ensaio da banda e eu precisava ter uma conversinha com ele.
Com muito esforço consegui pegar o ônibus, quando desci na frente de casa estava tão tonto que nem ao menos consegui retirar as chaves do bolso. “Boa Niall, vai dormir na calçada”. Campainha! Enfiei o dedo no primeiro botão que encontrei, na verdade mirei o botão e acabei tacando o dedo na parede.
-Cú! – esbravejei tentando novamente, enfim consegui.
-Quem é? – ouvi alguém gritar lá de dentro, como era uma voz masculina deduzi que fosse o Kyle.
-Abre a porta seu idiota! – foi a única coisa que consegui dizer antes de sentir minha boca começar a salivar e despejar tudo o que havia bebido na porta de casa mesmo.
Enquanto eu vomitava escutei a porta se abrir e ergui os olhos para constatar que realmente era ele.
-Niall! De novo cara? – ele falou se aproximando para me ajudar a entrar em casa.
-Boa tarde Gallner – falei tentando me desvencilhar dos braços dele, Kyle nunca fora muito forte, mas naquele instante estava bem mais forte do que eu, na verdade no estado em que eu estava, até uma princesa da Disney era mais forte do que eu.
Com bastante dificuldade ele me arrastou casa adentro.
-Vamos, pro banheiro, você precisa de um banho. – ele disparou. – depois nós conversamos.
-Não vou tomar banho porra nenhuma! Primeiro você vai me ouvir! – gritei enfim me livrando dos braços dele, o empurrão que lhe dei fez com que ele caísse de costas no sofá.
-Olha Niall me desculpa, ok? Eu sei que deveria ter avisado a respeito da Jackie, mas foi tudo tão repentino que eu não lembrei.
-Desculpa? As vezes parece que você não me conhece Kyle, acha mesmo que suas desculpas vão ajeitar as coisas? Não é apenas o fato de não ter me avisado, você não pediu minha opinião e eu também moro aqui nessa porra! Eu não quero ela aqui e está decidido.
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-Você está fora de si Niall. Eu já te falei, vá tomar um banho e quando metade desse álcool sair de você a gente conversa.
-Eu posso ter bebido um copo ou dois( ou vinte)  a mais, mas sei muito bem o que estou dizendo. Eu não suporto sua irmã e você simplesmente a traz para morar aqui? Que tipo de amigo é você?
-Que tipo de irmão eu seria se não o fizesse?! Hã? Se eu não tivesse chamado a Jackie para vir pra cá sabe-se lá onde ela teria se metido.
-Eu não quero saber! – o mais alto que consegui caminhando na direção daquele baixinho. – ela que morasse na rua, que usasse aquela merda de corpo para sobreviver, que se prostituísse, que começasse a ir pra cama com caras por dinheiro já que ela não tem problema nenhum em ir de graça!.
Senti uma pressão contra meu peito e dei um passo para trás. Kyle tinha me empurrado? Sim ele tinha, mas se ele pensava que aquilo ia ficar impune, ah não ia mesmo.
Em um impulso fechei a m]ao e lhe acertei um soco firme, a força foi tão grande que ele caiu de costas no chão. Eu não queria ter feito aquilo, não queria mesmo, Kyle era a pessoa que eu mais gostava no mundo, mas ele tinha me irritado, ele começara aquela merda de briga e não eu.
-O que você fez seu idiota? – eu escutei a voz da Jackie e a vi entrar quase correndo na sala. – Kyle?
-Eu estou bem Jackie, não se preocupe. – kyle falou enquanto ficava de pé com a ajuda da irmã.
Eu o encarei, sua boca sangrava, mas ele não parecia se importar, simplesmente me encarava, um tom triste em seu olhar.
-Você é mesmo um idiota Niall. – Jackie me encarou, seus olhos diferentemente dos do irmão não estavam tristes, explodiam em fúria. Como podiam ser gêmeos e ser assim tão diferentes? – seu imbecil, você machucou a única pessoa que ainda se incomoda em se importar com você.
Não respondi, eu sabia que ela estava certa, mas a minha reação foi dar de ombros.
-Vem Kyle, vamos limpar isso. – ela o puxou pelo braço.
-Kyle eu... – comecei antes que ele a acompanhasse sala afora.
-Seu estado é lastimável Niall, vá tomar um banho. – ele falou simplesmente e seguiu caminho.
Shawn
Não fazia muito tempo que eu tinha chegado na cidade, portanto era melhor começar a explorar, certo? E qual o melhor lugar para fazer isso se não os bares?
 -Ei amigão. – falei pegando meu cachorro nos braços com um sorriso. – nos vemos mais tarde, ok? Não destrua a casa.
Parei um minuto com o Elvis nos braços encarando a casa vazia, desde que chegara ainda não tinha levado ninguém ali, dois dias, dois dias já e nada.
-Eita Elvis, preciso mesmo sair hoje a noite.
Fiquei de pé colocando-o no chão e segui com os preparativos para sair. Não podia ir de qualquer jeito, afinal eu não era qualquer cara, não é mesmo?
Coloquei uma das minhas melhores roupas no estilo canadense, afinal os americanos não entendem nada de roupas, andam nas ruas parecendo um bando de mendigos, nós não, nós temos estilo.
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Terminei de me aprontar e segui rua afora, estava tudo muito movimentado o que nem de longe me lembrou a cidade em que nasci, lá quando anoitecia as pessoas se trancavam em casa, parecia que sei lá, iam virar lobisomens ou coisa do tipo.
Procurei o bar mais animado e entrei, queria encontrar alguma garota que pelo menos parecesse valer a pena. Me encostei no balcão, pedi uma dose de Martini e fiquei olhando ao redor, esperava que ela aparecesse logo e bem, quando virei a cabeça na direção da porta não pude evitar abrir um sorriso, era ela?
Era sim, era ela e estava mais bonita do que a última vez  em que a vi? Seria possível? Abri um sorriso vencedor ao ver que ela me notara, pois é, pelo visto a noite ia ser melhor do que eu esperava.
Jackie
Sai daquela casa sem nem ao menos saber para onde iria, eu estava irritada e com vontade de quebrar coisas, de preferencia a cara daquele idiota, quem o Niall pensava que era para sequer encostar no meu irmão daquela forma?
Caminhei pelas ruas sem destino e então me vi de pé na porta de um bar. Eu já conhecia aquele ambiente, afinal já estivera lá algumas vezes meses atrás quando viera visitar o Kyle da última vez.
Entrei, eu queria mesmo beber alguma coisa para tirar a cena de mais cedo da minha mente. Enquanto caminhava na direção do balcão acabei notando algo, não podia ser ele, podia?
-Ei gatinha – ele me cumprimentou com um sorriso, eu não pude deixar de rir junto – nossa você por aqui?
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-Oi Shawn. – falei simplesmente me encostando no balcão para encará-lo mais de perto.
-E então? – ele falou ainda sorrindo na minha direção. – o que a traz a esse lugar?
Dei de ombros.
-Minhas pernas primeiramente e minha vontade de sair de casa.
-De todas as casas ou apenas a sua?
-O que está sugerindo? – perguntei já sabendo a resposta, ele riu alto se aproximando mais e encostando os lábios na minha orelha esquerda.
-Você sabe muito bem o que eu estou sugerindo.
Foi minha vez de rir.
-Já faz algum tempo, certo? Um mês? – perguntei e ele se afastou para me encarar.
-O suficiente para eu sentir a sua falta. – ele confessou com aquele sorriso, ah aquele sorriso.
Antes que eu pudesse responder ele simplesmente me beijou, eu me deixei beijar, de alguma forma eu também sentia falta dele.
Quando senti suas mãos deslizarem por minhas costas até meus quadris eu sorri me afastando.
-Acho que estamos no lugar errado. – ele falou simplesmente.
-Sim estamos.
Ele não precisou dizer nada, simplesmente me puxou pela mão e me arrastou bar afora. Eu me deixei levar, naquele instante não estava interessada em nada que não fosse ele.
Assim que entramos no prédio, ele simplesmente me puxou para seu colo, eu entrelacei minhas pernas ao seu redor e ele voltou a me beijar, agora com ainda mais desejo do que antes. Sem me colocar no chão ele subiu as escadas e abriu a porta.
Escutei um latido e ele enfim desgrudou a boca da minha para olhar ao redor.
-Agora não Elvis! – ele falou encarando o cachorro que saltitava ao seu lado.
-Que coisa fofa. – afirmei me desvencilhando de seus braços e encarando o cachorrinho.
-Obrigado por isso Elvis. – ele falou em um tom pesado, eu ergui os olhos para encará-lo, visivelmente Shawn achava que o cachorrinho havia arruinado nossa noite, bem ele estava enganado.
Segui até a porta do apartamento e a fechei encarando-o com um sorriso.
-Você acha que pode me trazer até aqui e simplesmente ficar olhando pra minha cara?
Ele sorriu se aproximando e me pegando novamente no colo, eu ri enquanto ele me beijava e me conduzia para o andar de cima.
-Ok! – ele falou ao me atirar de costas na cama. – vamos começar!
Eu não pude deixar de rir enquanto ele fechava a porta e caminhava a passos firmes em minha direção.
Kyle
Tinha sido um soco merecido? Talvez sim, eu sabia que Niall e Jackie não se suportavam, mas aquele ponto já era demais, Niall estava passando dos limites na bebida novamente e eu simplesmente não sabia o que fazer com aquela situação, eu já estava fraco demais para lidar com aquilo.
Caminhei sozinho pelas ruas sem nem ao menos saber onde iria, não era acostumado a ficar assim, mas no momento não queria ver ninguém, queria apenas que o mundo ao meu redor sumisse por alguns segundos para que eu pudesse me recuperar da burrada que havia feito. Como assim eu esquecera de dizer ao Niall que a Jackie viria? Ele era tão dono da casa quanto eu, eu realmente não podia tê-lo desrespeitado daquela forma.
Caminhei ainda durante alguns minutos e me vi de frente ao cemitério, era melhor entrar, eu queria vê-la, queria falar para ela da minha burrada, na verdade, eu queria que ela estivesse aqui.
Andei por entre as sepulturas olhando ao redor e me sentindo um pouco mal com aquilo, eu não tinha medo de morrer, bem longe disso, mas de alguma forma cemitérios me deixavam atordoado, fraco, inseguro.
Parei de frente a lápide dela e me abaixei tirando as flores murchas e deixando apenas as que eu colocara no dia anterior, ainda estavam vivas, mas precisariam ser trocadas em breve.
-Pois é vovó, estamos juntos de novo, eu e a Jackie, não sei se vai ser algo bom, mas me sinto bem com ela por perto, a senhora sabe que amo a minha irmã mais do que tudo.
Parei, minha avó sabia daquilo, ela sabia que quando saí de casa para morar com ela por volta dos meus quatorze anos me custara muito deixar a Jackie para trás, mas ela não podia cuidar de nós dois, estava cansada e doente e bem, menos de três anos depois que fui morar com ela, ela nos deixou, Jackie teria ficado na rua assim como fiquei antes de conhecer o Niall e enfim ter condições de dividir o aluguel com alguém.
-O Niall não gostou muito da notícia. Nem sei como vão ser as coisas daqui em diante, até me bater ele bateu.
Eu ri, Niall devia estar mesmo fora de si para ter feito aquilo, eu sabia que naquele momento ele estava em casa se lamento por tê-lo feito.
-Ele é um imbecil. – falei sorrindo ainda mais. – bom vovó já vou indo, acho melhor ver se encontro a Jackie por aí, até amanhã.
Quando me virei para sair e ergui os olhos avistei alguém, era uma garota? Sim parecia ser pelos trejeitos, mas eu não conseguia ver seu rosto por causa da escuridão.
Sem saber se ela estava me vendo ou não esbocei um sorriso tímido em sua direção, mas ao contrário do que eu imaginei que ela faria, ela se virou e seguiu caminho cemitério afora. Ok, eu tinha feito algo errado?
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jnglgirl · 7 years ago
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Estou no ônibus já faz horas. Meu cox está dolorido, mas já me acostumei a essa rotina maluca. Rotina de vem e vai, de vai e vem, e ficar. Às vezes eu fico.
Faz tempo que eu não paro e coloco as ideias no lugar, faz tempo que eu não falo comigo… Eu falo sempre comigo, na real, aqui dentro eu sempre falo.
Nos últimos dias o assunto tem sido você. O porquê eu talvez não saiba pois ele nunca vem só, ele sempre vem acompanhado de outros novos ou antigos “porquês” e “o quês”. Eu não sei brincar com as palavras.
Quando se trata de você eu nunca sei me decidir. Talvez seja meu signo ou provavelmente seja meu medo, meu medo de tomar uma decisão trágica demais e acabar mal.
Mal pra mim, é claro.
Eu tenho minha certeza de que é ou era você e por isso fico mal. Por isso decidi que não o será mais, eu vou tirar esse poder de você; poder esse que você nunca soube e nunca vai saber administrar da maneira correta.
Nunca.
Nesses últimos meses, quase um ano, e vejo que você não amadureceu nada, nem um pouquinho sequer ou pior, talvez apenas um pouquinho e eu como sempre estou levando tudo nas costas, inclusive suas facadas.
Eu só queria entender: como você consegue? Ou como você conseguiu? Como você dorme bem a noite? Como você consegue ver uma foto minha e continuar agindo como se eu nunca tivesse existido? Como você conseguiu olhar dentro dos meus olhos e dizer que “não”, que não tinha mulher alguma? Como você conseguiu se meter nessa encruzilhada torpe de mentiras? Como você conseguiu mentir pra mim? Pra mim? Pro teu bem? Como? Eu odeio não ter essas respostas. Como você conseguiu me trair e ainda por cima me fazer sentir culpada? Como você consegue dormir sabendo que durante noites e noites eu chorei por você? Por favor me responde. Quer saber? Sem por favor, você me deve isso. Você me deve respostas já que me humilhou e destruiu todo o respeito que houve entre nós. Será que você foi sempre assim e eu não vi?
Você me faz duvidar da minha sombra.
Eu acho que preciso dessas respostas pra seguir, entende? Porque você ta bem, não ta? Você ta feliz, ta metendo, ta saindo, ta se divertindo e tenho certeza que quando você fica mal ela se desfaz em mil pra te deixar melhor. Mal sabe que a tua doença não tem remédio. Tem remédio, mas ele ta bem longe.
Dizem que o luto dura um ano e possui suas fases. Sinto que meu luto está durando uma eternidade e que essa fase é a pior de todas pois me odeio. Me odeio. Me odeio de dia e de noite. Me odeio quando eu lembro de você, me odeio quando vou procurar coisas a seus respeito, me odeio quando busco teorias e informações dos teus porquês, me odeio quando tenho certeza de que você ainda me ama, me odeio profundamente quando meu coração bate mais forte ao ouvir o seu nome, mesmo depois de eu ter te matado, mesmo depois de você ter me humilhado, mesmo depois de eu ter decretado o teu luto: eu me odeio. E então, fico quieta. E o silêncio fala comigo. Me envolve. Me mantém, me tem e me lança.
O que você perdeu quando me deixou? O que você não consegue fazer porque lembra de mim? Você sente? Pois eu não consigo mais ir a casa do meu padrasto, não consigo ouvir algumas canções, algumas eram favoritas e dividi contigo apenas as melhores, eu não consigo comprar a mesma marca de alcool em gel, eu não consigo ficar sozinha em algumas datas, eu perdi a vontade de me envolver, eu perdi a vontade de ler alguns livros pois era tua foto que marcava as páginas, eu perdi o desejo de me fazer bem, eu perdi a esperança, por um tempo perdi a vontade de escrever, eu não consigo andar naquela avenida se eu não estiver bebendo algo bem gelado e sabe o pior? Eu perdi um dos meus lugares favoritos porque assim que eu olho me lembro.
Você não sente nada dessas coisas, não é? Claro que não. Você quem partiu. E aí, nesse paraíso, não tem nada pra te atormentar. Sorte sua e bem esperto da tua parte, você foi embora na hora certa. Você não precisa passar por isso.
Eu nem sei porque estou escrevendo tudo isso. Nada disso é pra você, não se sinta especial, você não é. Você perdeu isso.
Você nem deve ligar.
Eu sou patética.
Eu cheguei a um ponto em que ou eu espero o luto terminar ou te mato de novo, e dessa vez não te farei velório e um enterro bonito. Não vou dar tempo pra você se explicar. Um golpe será o suficiente. E claro, doerá mais em mim.
Você não tem noção do que você fez comigo, com a minha cabeça. Não consigo me relacionar com outra pessoa sem compara-la a você. Eu me odeio por isso. Eu me odeio por tudo que deixei você fazer comigo. Eu quero te odiar pra tirar um peso de mim, mas eu não consigo, então eu prefiro te matar. Mas, matar de uma vez. Um golpe e só. Um golpe será suficiente. E claro, doerá mais em mim.
Porque você tem a quem te curar. Ela vai cuidar de você. Ela e outras que virão e que enxergarem metade do que eu vi em ti. Um terço é suficiente.
Você mudou, sabia? Não te reconheço mais. Cobtribui para o luto, mas ainda não é eficaz.
Por que?
Porque eu te conheci. Eu te conheço. Sei que tu não é assim, não é um cara mau que vive por maldades. Sei que tudo que você faz tu faz é de coração, e teu coração é bom, é muito bom. Sei que você me amou desde o começo, sei que foi difícil pra você, eu acredito nisso porque você é bom, mas tu se perdeu. Amor, você se perdeu e por isso você perdeu a noção do quanto me afetaria.
Talvez você quisesse que fosse assim para que eu me tocasse logo, pra que eu te odiasse e mais facilmente te esquecesse. Pecou. Esqueceu como eu funciono.
Você pecou e eu te perdoei. Perdoei me odiando, mas perdoei.
Agora me odeio.
E não tem ninguém pra me ajudar. Portanto, me basto vastamente. Inteiramente me basto. Estou aprendendo a, na verdade, porque é difícil, é árduo, mas é necessário para que eu possa me amar de novo.
Eu sou minha ajuda, minha suficiência, minha própria potência e eu vou me amar de novo.
A você desejo que nunca sinta um terço do que está me fazendo passar, desejo que você se ame e que se transborde, desejo que seja cuidado, desejo que seja velado e enterrado por quem o consiga carregar. Eu te amo, te amei, amarei mas aqui te deixo, te mato para que eu possa viver novamente me amando.
Deu tudo certo pra nós. Mas essa frase poderia estar no presente.
Deu tudo certo pra nós.
Deu certo pra um de nós.
- Por mim e minhas angustias noturnas, me despeço.
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