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#enxurrada de emoções e sentimentos
edsonjnovaes · 6 months
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O Filho Eterno - Filme completo
O Filho Eterno, Filme completo e brasileiro, Pessoa com Síndrome de Down (Drama) 2020 25 fev O Deficiente Filmes traz este filme pra você assistir e refletir em cada momento emocionante em que vai irradiar o seu coração. Adaptação do romance homônimo de Cristóvão Tezza, com a Nacionalidade Brasileira, o longa metragem não é recomendado para menores de 14 anos, lançado em 1 de dezembro de…
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siennazhou · 1 month
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☤ ༄.° TASK 02. ━━━ MISSÕES
( point of view.) Life revision, indecision, world collision, and heads will roll, with nothing left except the pain to show
"Procure um lugar calmo onde você não vá ser incomodada e escreva no papel os sentimentos mais frequentes que lhe atingiram quando você foi no que considera a missão mais importante de sua vida. Acenda o isqueiro e queime a folha de louro."
mencionados: @athclar
Sienna recebeu seu kit muito à contra gosto. Preferiria mil vezes estar lá fora, fazendo algo de verdade para ajudar, que uma simples atividade. Mas ordens eram ordens, mesmo que ela não fosse lá a campista mais obediente da história da Colina Meio-Sangue (e as barreiras mágicas a impediam de sair, barrando até mesmo seu teleporte, então, no fim, ela não tinha opção).
Sua insatisfação, porém (bem como a de muitos outros campistas), com certeza não passou despercebida por Quíron. Nos dez anos em que ela estava lá, o centauro conheceu a fundo suas tendências e preferências, e sabia que sua inclinação e apreço por problemas e brincadeiras vinham de seu desgosto por ficar sem fazer nada. Haviam momentos em que sequer os treinamentos e atividades do acampamento eram o suficiente para mantê-la quieta e satisfeita, portanto, não poder estar em ação, especialmente no momento em que viviam, lhe era extremamente frustrante e uma simples atividade como aquela soava realmente estúpida à luz dos acontecimentos recentes.
"Mas ainda é melhor que não fazer nada." O centauro respondeu, com um sorriso esperto em seu rosto. Ele sabia que a tinha convencido. Ela podia ser filha do deus da comunicação, mas ele tinha séculos de experiência lidando com semideuses teimosos e resmungões. Aquela fora uma batalha perdida desde o início. Com um suspiro e os lábios torcidos, ela pegou seu kit e desapareceu diante dos olhos do mentor. Já tinha um local em mente.
A caverna dos deuses era, para todos os efeitos, um refúgio; secreto o suficiente para que ninguém a visse e, portanto, com pouquíssimas chances de ser interrompida. Iria servir.
Em silêncio - até por que não havia mais ninguém ali para ouvi-la - Sienna começou a escrever. Sabia todas as emoções que permeavam os eventos daquela missão específica - a missão mais importante de sua vida -, afinal, revivia-os constantemente, atormentada por sua culpa.
Desalento. Preocupação. Inquietude. Angústia. Culpa. Raiva. Pesar. Luto.
Com um suspiro, ela baixou a caneta, incerta sobre a próxima palavra.
Alívio.
Parecia errado, sentir aquilo após o trágico final da missão. Era errado, tinha de ser, mas ela não conseguia evitar. Aliviava-se na sobrevivência dos semideuses que resgataram, na sobrevivência de Mark e na sua própria. Mas a culpa pesava em seu coração pela morte de Thomas, que sacrificara-se para que todos pudessem fugir.
"Vamos logo com isso." Repreendeu a si mesma, sua voz ecoando no vazio da caverna enquanto ocupava suas mãos com o isqueiro e a folha de louro começava a queimar.
Não achou que aconteceria tão rápido. Como um puxão em sua consciência, Sienna sentiu o ar lhe faltar, muito similar às primeiras vezes em que tentou usar seu teleporte e, quando tornou a se concentrar, estava novamente na caverna de Echidna.
O cheiro de podridão a atinge com força e ela se vê cobrindo o nariz enquanto assiste a si mesma, Marchosias, Thomas e, logo atrás deles, dois dos três semideuses a serem resgatados, adentram a caverna com passos cuidadosos. Sua oferta de tirar o garoto das garras - ou melhor, cauda - de Echidna usando seu teletransporte é rapidamente descartada, o que a faz franzir a testa, desgostosa. Mas ela sabe que aquele não é o momento para ser impulsiva e, por isso, só lhe resta se resignar a resmungar e acatar as ordens alheias. Os momentos que se seguem são aqueles cujas lembranças são como um borrão em sua mente. Suas memórias de ansiedade e preocupação, de usar seu teletransporte para libertar o semideus de Echidna e então uma enxurrada de sentimentos conflitantes ao retornar para ajudar seus colegas, são trazidos de volta com nitidez dolorosa, já que estar presente na lembrança, senti-la tão vividamente, fazem-na sentir mais uma vez o aperto em seu coração durante aquela missão; a pressão e o peso que as vidas em suas mãos, de Marchosias e Thomas, traziam ao momento. Ela assiste a si mesma se preparar para o momento em que Mark acerta uma de suas flechas na cauda do monstro, teleportando-se em questão de segundos e tendo sucesso na tarefa de tirar o semideus e os demais resgatados do local. Ouviu a severidade em sua voz ao dizer-lhes que ficassem ali, escondidos e seguros do lado de fora, enquanto ela voltava a surgir dentro da caverna apenas para testemunhar o evento cuja culpa ela carregaria consigo. Sienna assiste a si mesma hesitar diante da ordem de Mark. Ela sente novamente os sentimentos conflitantes. Deveria desaparecer? Deveria obedecê-lo, pegar os mais novos e levá-los imediatamente ao acampamento? Deveria ficar e ajudá-los? Suas dúvidas são o que ela acredita ter sido o motivo pelo qual Thomas vê a necessidade de tomar a dianteira e encontra seu destino no golpe fatal de Echidna. No breve momento de lucidez que a iminência do ataque lhe concede, Sienna agarra Marchosias e tira ambos da caverna. Contudo, em sua visão da folha de louro, Sienna não hesita; não existem dúvidas em seus passos apressados, no agarrar dos dois rapazes e no teleportar aos dois para fora da caverna. Ela sente a exaustão começando a pesar seus músculos. Ela sente toda a dor e o esforço ao usar de seu teleporte novamente para levar a todos de volta à Colina Meio Sangue, mas todos estão vivos.
Tão logo a folha de louro terminou de ser consumida pelo fogo, Sienna foi trazida de volta à realidade, melancolia e culpa pesando em seu peito por saber que hesitar não é e nem nunca foi algo do seu feitio. Sua hesitação custou a vida de um amigo e, por isso, ela jurou para si mesma nunca mais repetir o feito. Não deixaria que mais ninguém se sacrificasse por ela. Não. Se houvesse um sacrifício, este seria o dela.
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@silencehq , @hefestotv
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nemeunemaya · 1 year
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we're supposed to be a team!
FLASHBACK !
As palavras alheias tinham sido uma facada no coração de Nemaya. Por um momento, pensou em invadir o coração alheio, para ver se ainda existia um pouco do amor que costumavam compartilhar. Sentia tanta falta do coração radiante alheio, ainda mais quando via o rosto dela. Lembrava-se de deitar no peito dele logo após, sentindo-se aquecida pelo que gostava de pensar que era seu próprio sol. O borbulhar do amor que transformava o coração de Arkyn... Quase entrou, tentando saber se ainda existia, nem que fosse menor, mas sabia que seria errado de sua parte. Dividida, os olhos começaram a encher de lágrimas, sem saber ao certo como reagir. "Você acha que eu não sei isso?" A voz tremia, assim como o corpo, mesmo que levemente. Eram tantas as emoções invadindo-a que mal tinha chances de controlá-las para que não se tornassem tão físicas. Uma parte dela queria alcançá-lo e envolvê-lo com os braços, dizer que resolveriam, como sempre tinham conseguido. Ele era seu Arkyn, aquele homem com o sorriso mais bonito que tinha visto e que sempre parecia saber dizer a coisa certa. Ainda sim, ele não era mais seu já havia algum tempo, mas que ainda era difícil para confessar em voz alta. De vez em quando, Nemaya ainda sentia falta do conforto que o outro oferecia, do cheiro que parecia ser apenas dele. A parte mais difícil era pensar que tinham terminado, mesmo que a parte racional gritasse que era melhor daquela forma. No final, eram duas pessoas tentando lidar com problemas demais e falhando de novo e de novo. Continuaria sentindo aquela enxurrada de sentimentos, pensando que havia tomado a decisão errada, se não parasse de vê-lo constantemente, porque a primeira coisa que pensava era segurar a mão alheia. Por isso que a decisão seguinte que tomou foi definitiva, mesmo que partisse o coração da mulher novamente. "VAI EMBORA. EU NÃO QUERO MAIS TE VER, ARKYN." Abriu a porta para ele e, quando foi embora, desabou no chão.
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ogirassolnajanela · 9 months
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Apaixonantemente intenso
Alguns te chamariam explosivo.
Eu me lembro facilmente de algumas explosões suas por besteiras.
Lembro de ter visto e ficado pensando: nossa para quê tudo isso?
Hoje eu vejo que é a sua intensidade.
Eu e você somos lados diferentes de uma mesma moeda: eu tenho o drama, a impulsividade e a coragem que me levam a fazer loucuras.
Você tem a intensidade, a profundidade e o excesso de pensamentos contidos, que quando explodem, geram uma reação em cadeia em que te escuta.
Afinal, como, sendo tão polido e educado, poderia perder a compostura assim?
Mas não sabem o quanto você já observou, o quanto já suportou calado, por tanto tempo.
Então, toda a enxurrada de emoções contidas desaba como uma barragem rachada.
Então, eu te entendo. Não te julgo, não mais.
Você tem a força de uma cachoeira, forte e constante. A sua intensidade não deve ser uma força a ser reprimida; deve fluir, como parte de você que é.
A sua paixão e sua intensidade são os maiores traços da sua personalidade. Você deve aceitá-los, belos como são e deixar fluir pelo mar de sentimentos e emoções que burbulham de você.
São seus traços mais lindos. Liberte-se. Deixe fluir. Faça brilhar.
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publicar-me-ei · 1 year
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amorzade
Às vezes, a vida nos surpreende de formas que nunca imaginamos. Hoje, eu me pego pensando em alguém que tem estado ao meu lado como um amigo fiel, mas de repente, meu coração parece enxergar essa pessoa com uma profundidade totalmente nova. É uma sensação estranha, confusa e emocionante ao mesmo tempo.
Essa amizade que construímos ao longo do tempo, cheia de risadas compartilhadas, aventuras memoráveis e momentos de apoio mútuo, está tomando uma direção inesperada. De alguma forma, meu coração parece bater um pouco mais rápido toda vez que recebo uma mensagem ou quando estamos juntos. As conversas têm um brilho diferente, e cada gesto de carinho parece carregar um significado mais profundo.
Mas aí vem a enxurrada de perguntas e incertezas. Será que esses sentimentos são passageiros? Será que estou interpretando mal a situação? E se eu arriscar e isso mudar tudo? A verdade é que não há um manual para lidar com esse tipo de situação. Não há um mapa claro para seguir, apenas emoções complexas e uma amizade que parece estar evoluindo para algo mais.
No fundo, eu sei que a base da nossa amizade é sólida. A confiança que construímos ao longo dos anos, o respeito mútuo e a capacidade de sermos nós mesmos juntos são elementos que não podem ser ignorados. E talvez seja aí que reside a resposta. A comunicação se torna crucial em momentos como esse. Abrir meu coração e compartilhar esses sentimentos com meu amigo é assustador, mas também é a única maneira de entender o que está acontecendo do outro lado.
Independentemente do que acontecer, sei que essa jornada de autoconhecimento e descoberta é valiosa. Se nossos sentimentos se transformarem em algo mais profundo, isso poderia ser um novo capítulo emocionante em nossas vidas. E se, por outro lado, a amizade permanecer como é, tenho confiança de que essa experiência só servirá para fortalecer nosso vínculo.
No final das contas, não há respostas fáceis quando o coração está envolvido. Mas uma coisa é certa: honrar meus sentimentos e ser verdadeiro comigo mesmo e com meu amigo é o que importa. A vida é uma jornada imprevisível, e às vezes, as melhores coisas acontecem quando nos permitimos explorar o desconhecido.
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4-am-letters · 2 years
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Acho tão doido como eu, que tenho tanto medo de estar só, medo de que as pessoas me deixem, pareço fazer o máximo possível para fazer elas partirem. É só surgir alguém minimamente interessante, alguém que eu ache que talvez possa ser A pessoa, que eu me perco. E simplesmente não consigo controlar a enxurrada de emoções que me arrebatam de um dia pro outro.
Eu sinto quase como se eu fosse repulsivo, porque gostar de mim, me amar, parece algo tão fora da realidade. Não existe nada de interessante sobre mim. Sou problemático, sem personalidade, sem voz, sem talentos, sem nada. Ou talvez eu apenas me vejo assim há tanto tempo, que não consigo mudar essa visão.
E eles sempre dizem como eu sou especial ou como eu sou uma pessoa legal e divertida, mas no final eu sinto que eu sou um prazer momentâneo. "Um dia, você vai olhar ao redor e perceber que todo mundo te ama, mas ninguém gosta de você. E esse é o sentimento mais solitário do mundo" um personagem de uma série que gosto disse isso uma vez e essa frase me assombra desde então, pois é exatamente esse o sentimento. Eu priorizo tanto as pessoas e fico esperando o mesmo, mas não é culpa delas, eu só... Eu não sei ser pouco. Me amar, conviver comigo, é muito difícil e eu não posso exigir que ninguém fique. Eu não ficaria se pudesse.
25.04.22
- Juno
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notadear · 4 years
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Innocence lost || POV || June 1979
Saturday; June 16, 1979; Charity Auction.
Tinham dito a Dorcas que o tema do leilão seria Circus Night e não podiam estar mais certos, pois aquela noite estava realmente sendo um circo. Todas aquelas famílias que posavam de benfeitoras eram as mesmas que frequentavam os jantares que sua avó lhe arrastou por uma breve parte de sua infância, ou seja, eram as mesmas que não tinham problema algum que olhar os outros de cima e fazer comentários pelas suas costas apenas porque acreditavam estar em um status acima - status financeiro, status social, status sanguíneo. Ver os sorrisos falsos e os olhares interesseiros a levava aquelas mesmas noites em que encolhia-se e tentava passar despercebida, receando ouvir mais comentários maldosos sobre a ‘escolha’ de seus pais. Porém, diante de todos aqueles grandes nomes e sobrenomes, Dorcas não se encolheria, não mais; afinal, a importância que eles davam as aparências que tentavam sustentar era infantil quando comparada ao que a trazia, de fato, àquele evento. Desde o ataque no primeiro de abril, alguns aspectos da vida da loira tinham andado rápido demais; o seu trabalho no atendimento imediato do atentado havia lhe rendido certo crédito com seus superiores e sua atuação no hospital passou a ter mais responsabilidade e confiança; tinha acesso a mais setores e documentos, conseguia descobrir padrões entre os pacientes, suas condolências e seus ‘acidentes’ - havia muito não sendo dito entre aquelas paredes. Ao mesmo tempo, Meadowes fugia da atenção que sua profissão passou a ter na mídia; por mais merecida que fosse, ela sabia que não era uma boa ideia se expor dessa forma se quisesse continuar investigando, então apenas ficava feliz por ver seus colegas tendo o trabalho reconhecido. Por outro lado, a Ordem a havia aceitado, ainda que não fosse o plano inicial de nenhuma das partes - e era em nome da organização que Dorcas estava ali. 
Enquanto ela sabia que outros membros - entre eles alguns desconhecidos, outros nem tanto e ainda havia aqueles que chamava de amigos - encaravam missões perigosas e emocionantes, Doe havia prometido a Gus que manteria-se segura no que estava fazendo e isso significava ficar longe da linha de frente e pôr seus conhecimentos medicinais em uso quando necessário, assim como servir de olhos e ouvidos em eventos como o daquela noite. O namorado não tinha conhecimento do que Dorcas fazia por baixo dos panos, ela não podia contar a ele toda a verdade, mas Augustus a conhecia bem demais e era capaz de perceber quando a loira estava focada em algo que não explicitava. Sempre que pensava em seu papel na organização secreta enquanto na presença de Gus, sua mente escorregava para um espaço escuro no qual questionava se o seu silêncio perante as ações que tomava eram, de alguma forma, uma traição e ponderava o que aconteceria se ele descobrisse toda a verdade; Doe temia a resposta, não pela possibilidade dele ir contra suas atividades extracurriculares, mas por ela estar as escondendo. Porém, aquela não era a hora nem o lugar para a ex-Hufflepuff deixar seus pensamentos vagarem e sua atenção voltou totalmente ao que acontecia à sua volta. Até então, a noite havia passado tranquilamente e Dorcas mantinha o sorriso simpático e os olhos atentos, havia muitas pessoas presentes e seu primeiro movimento foi reconhecer aqueles que Moody havia lhe sugerido que prestasse mais atenção, enquanto seu instinto corria para as aproximações imprevisíveis ou conversas que fugissem da falsa cordialidade. Obrigou-se a participar de interações triviais e prestou sua condolência aos Flint pela perda da mãe; ela mesma nunca havia tratado Celine, mas a mulher era uma figura fixa no hospital, assim como as visitas da filha. Neste momento, Dorcas não pode deixar de perceber a frieza com o qual o irmão mais velho lidava com a situação e seu olhar foi puxado a ele mais uma vez durante o jantar; a loira sabia como irmãos se relacionavam, havia passado por várias fases com o próprio e se surpreendera com a presença de algo errado na interação entre os Flint. Após uma nota mental, o detalhe logo foi deixado de lado, pois não parecia relevante em sua missão naquela noite e não demorou para o leilão começar, com peças sendo expostas e arrematadas por valores absurdos, que deixavam Dorcas enjoada de saber que as pessoas que as compravam tinham esse dinheiro para esbanjar, mas precisavam de uma desculpa luxuosa e fútil para usá-lo em nome de uma boa causa. Sua atenção, porém, estava longe das joias e artefatos, mas, sim, em quem estava e não estava no salão naquele momento. A ausência de Edward Flint era gritante aos olhos da loira, pois ele era um dos anfitriões; sua irmã também não se fazia a vista em lugar algum, mas logo esse foco foi substituído pela movimentação apressada de duas pessoas para fora do salão; a primeira delas lhe escapou aos olhos, mas na segunda pode reconhecer o Lestrange mais novo - e só pode fazê-lo pelas orientações e explicações passadas por Moody anteriormente, pois as faces por trás dos sobrenomes de relevância na alta sociedade bruxa ainda jaziam fora de foco na memória da loira e as máscaras não ajudavam em nada, de qualquer forma, estava claro que havia sido a mesma coisa que os tinha atraído para fora dali - ela só não podia dizer se era algo importante ou não. Ainda assim, a Meadowes se restringiu em apenas observar, pois essa era sua função e não a de intrometer-se. 
Mais algum tempo se passou, diversas notas mentais foram feitas e nada parecia ter relevância instantânea; Doe estava ficando cansada de manter uma postura amigável quando na verdade queria estar bem longe dali. Agradecia por ter a companhia de Augustus ainda que aquele ambiente não era um a qual a loira desejava submeter o namorado, mas tinham prometido compartilhar o que pudessem e a presença dele ali apaziguava ambos os espíritos. A mão de Gus em suas costas fez seu corpo relaxar quando ela sequer percebia que estava tensa. - Thanks, babe. - respondeu quando ele trocou sua taça de espumante com o líquido morno, por uma nova e fresca. Tomou alguns pequenos goles, pensando quando poderia dar a noite por encerrada quando percebeu mais uma movimentação estranha. Primeiro reconheceu o Lestrange mais velho, que aparentemente andava pelos cantos sozinho, e logo viu outras duas figuras atravessando o salão pelo mesmo caminho, um tanto mais próximas uma da outra, e dessa vez reconheceu apenas uma delas. Dorcas obrigou-se a se manter no lugar enquanto via o Sr. Bones sumir por entre uma das portas laterais, mas a inquietação levou o melhor de si depois do que pareceu tempo o suficiente para que ele tivesse retornado e ela resolver seguir os passos dele. - I will be right back. - anunciou a Gus com um beijo em sua bochecha na tentativa de não o preocupar. O caminho que fazia era desconhecido, pois o hotel era um lugar no qual a ex-Hufflepuff nunca havia posto os pés antes e ela não sabia o que estava procurando, mas tudo o que encontrou foram cômodos vazios e salas escuras. Bem, era o Dorcas esperava quando seguiu o instinto, achando-se estúpida por uma preocupação que provavelmente era fruto de sua mente em alerta, até abrir uma porta e se deparar com um corpo. 
Não era o primeiro que a loira havia visto e não seria o último, mas, em um primeiro instante, não era a healer que estava diante do ser em inércia e o segundo de paralisia lhe custou a atenção para o resto do cômodo. No segundo seguinte, Dorcas estava no chão, havia sido empurrada e alguém estava sobre si, tentando segurá-la sem muito controle do que fazia; tirando a varinha das vestes, a loira lançou um estupefaça em quem tentava lhe prender e pode sentir o ricocheteio do feitiço em seu peito devido a proximidade que estavam. - Incarcerous.- lançou a magia e viu seu atacante ser envolvido por cordas, imobilizando-o enquanto o mesmo tentava se levantar. Seu espanto em ver quem era a pessoa fez com que ela agradecesse ainda estar no chão, pois não tinha certeza se conseguiria se manter de pé ao reconhecer Alecsander Bones entre as amarras. - Mr. Bones? It’s me, Doe. Are you ok? - perguntou enquanto corria para o lado do corpo para checar os sinais vitais e dar os primeiros socorros a quem agora podia ver que era Edward Flint. Ele estava morto e não havia o que a Meadowes pudesse fazer por ele, então sua atenção foi para Alecsander; agora podia vê-lo claramente, ele se debatia e tentava se livrar das cordas, sua expressão tão distorcida que a loira não podia dizer o sentimento que a causava. - Mr. Bones, what happened here? - sua voz estava firme, mas não acusatória, pois ainda tinha esperança de receber uma resposta plausível; talvez ele estivesse com medo, talvez achasse que quem adentrou a porta era o assassino, talvez estivesse se defendendo... mas tudo o que Dorcas recebeu foi uma enxurrada de “I did this, I killed him”. Aquilo era demais para ela, Doe queria virar as costas e fingir que nada havia acontecido, afinal, ela era apenas uma informante, olhos e ouvidos quando necessitavam; mas algo dentro da loira mudou naquele instante e Dorcas sabia que não podia deixar suas emoções falarem mais alto. Recompôs a postura, lançou mais uma feitiço amordaçando Alecsander e fechou a porta atrás de si antes de selá-la magicamente. A healer precisava encontrar alguém que pudesse proceder com a cena, alguém que confiava e que permitiria que ela tivesse mais tempo com o corpo para exame. Seus braços tinham leves arranhões e seu cabelo estava desajeitado, mas com toques rápidos de varinha, ela estava apresentável mais uma vez; respirou fundo, ignorando a dor no peito que certamente lhe deixaria um roxo mais tarde, e caminhou de volta para o leilão.
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kahbewitchedfairy · 4 years
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Uma enxurrada de emoções vem invadindo seu peito como um furacão raivoso. Há tempos você vem sentindo se acumular, enchendo as lacunas dos pulmões, a extensão das artérias principais, as cavidades do seu coração. Até que agora, você sente o peito tão cheio, que parece uma arma engatilhada, prestes a disparar.
Prestes a soltar tudo em lágrimas quentes que farão seu rosto ficar vermelho como o sangue que corre nas suas veias. Farão seus olhos incharem e arderem. Farão soluços escaparem de seus lábios. Mas principalmente, e dolorosamente, farão a arma disparar, e a enxurrada sentimentos que rodopiam dentro do seu peito, irão finalmente te consumir.
Então tudo vai ser despejado com mais força sobre seus ombros, aquele peso invisível vai deixar de se acumular somente no seu peito, para poder fazer sua dança por outras partes do seu corpo, por outras partes da sua alma. Sua cabeça vai doer, sua mente vai começar a se derramar, dardejando todo o tipo de pensamento triste, toda a frustração, todos os desejos não alcançados, todas as vezes que engoliu o choro para não parecer fraca.
Você irá gritar, sentar no canto da parede ou deitar em posição fetal, mas vai sem sombra de dúvidas, vai querer chutar alguma coisa. Mas não poderá quebrar nada do local onde está, pois sabe que vai ficar se remoendo depois. O que é uma pena. Não seria ótimo se você pudesse fazer o que quisesse, ter esse pingo de sorte, mesmo quando se já está dentro de seu próprio caos? O destino poderia ser generoso nesse momento, uma pitada de sensibilidade faria toda a diferença. Mas naquele momento você não teria essa dádiva, teria que reprimir o desejo, ou então chutar a parede e correr o risco de se machucar. Mas será que no momento seria relevante? Você já estaria sentindo uma alta carga de dor emocional, o que seria mais uma dor física?
Iriam se passar longos minutos, ali sentada. Não se sabe se é de dia ou a noite, se sua mãe estará acordada para ouvir os seus choros. Se ela estará acordada para ser gentil com você, ou se irá reclamar que está chorando. Porque ela não consegue distinguir a diferença de quando você está chorando por dores emocionais, ou se está chorando por algo que, na opinião dela, não vale a pena e que automaticamente ela não daria atenção, pois já aconteceram incontáveis vezes.
Se ela estiver acordada, uma escolha aparecerá. Revelar o motivo do choro ou esperar que ela descubra? Mentir e preferir que ela te ignore por achar que é besteira, ou falar a verdade e vê-la sem saber o que dizer ou fazer?
Você prefere não dizer o que é para não colocá-la numa posição que a deixe desarmada, pois sabe que ela pode ficar mal por não saber te ajudar. Você vai ficar lá e mentir, tentando não ouvir as coisas que ela vai falar, como "Pra que chorar por isso?". E aí ela vai parar de falar, e você vai parar de chorar, mas somente por fora, porque o seu peito ainda está em destruição interna.
Depois de algum tempo, não se sabe quanto, não importa se sua mãe apareceu ou não, você já vai ter se acalmado, as lágrimas terão secado, os soluços cessados e seu peito esvaziado. O último somente em parte, pois as angústias nunca vão totalmente embora, nunca vão te abandonar. Essa é a grande ironia. Você estará acompanhada de muitos sentimentos e pensamentos, e mesmo assim se sentirá sozinha.
Então você vai se levantar, irá lavar o rosto, talvez tomar um banho longo onde mais algumas lágrimas irão descer camufladas pela água do chuveiro. E você não vai saber distinguir o que é água e o que são lágrimas. Você vai deitar na cama, encostar a cabeça no travesseiro, se sentido um pouco mais leve, mas sabendo que aquilo irá se repetir novamente.
E vai aguardar até a próxima vez em que o seu mundo interno irá desabar sobre você.
- Uma crise de ansiedade.
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fadasbrasileiras · 4 years
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"O tempo precisa de tempo"
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"E se..." são palavras que sempre cercam o nosso dia-a-dia e a infeliz da ansiedade ajuda a comprimir o peito de quem se pega pensando no futuro. Eu mesma já perdi milhões de minutos em um futuro que nem chegou e já o estava comparando com os alheios a minha volta. Pois se você já fez isso, não se sinta só, pois há uma grande parcela de pessoas fazendo isso agora mesmo. Mas porque isso acontece com todos nós independente da idade? Sinceramente eu também não sei, mas sei que não damos tempo ao nosso tempo. O tempo de nossos corpos, nossas mentes e do nosso amadurecimento.
Recentemente me peguei comparando (sim, de novo, porque a desgraça desse sentimento vem e parece não querer ir embora) as minhas conquistas "pesadas" com a minha idade. Resultado: me senti velha demais pra determinadas coisas, atrasadas pra outras, parada no meio do caminho e por fim me senti inútil, por estar com quase 26 anos e não ter feito "nada" que a minha idade "pede".
Quando você chega aos 20 anos, vem uma enxurrada de coisas que precisamos ter até os 30 anos; (levante a mão quem já ouviu uma cobrança dessas \o) por exemplo: devemos estudar, ter um diploma, trabalho fixo, casa própria, carro do ano, uma família com dois filhos e dois cachorros ou gatos. Só de listar isso, eu já fiquei sem fôlego. Sem contar que pra mulheres inclui ser "bela, dedicada e do lar", porque parece que a carreira feminina termina na maternidade, enfim a hipocrisia.
Mas o que eu quero dizer (escrever) com isso? Não é essa "lista de tarefas", que dependendo da pessoa é muito mais extensa, que defini quem somos, nem muito menos o tempo pra cada coisa.
"Nosso tempo, precisa de tempo." Mas que porcaria clichê é essa? você deve estar pensando, mas analise um pouco. Cada pessoa tem um tempo pra determinada fase da vida. Tem pessoas que assim que terminam o ensino médio já tem um negócio próprio, outros conseguem depois dos 40. Algumas estudam a maior parte da vida e esperam 3, 4 ou 5 anos pra se estabelecer na carreira, outros no primeiro semestre já tem um emprego na área. Tudo bem esperar o seu tempo, pois você não está sozinho nisso. Tudo bem se você se sentir confuso, triste e frustrado com a sua idade e suas metas. Tudo bem se sentir assim. Somos humanos, é justo que passamos por emoções, no final dá certo pra cada um, no determinado tempo e na determinada data e forma. Cada um tem o seu momento de felicidade que lhe cabe bem e cobre todos os "e ses..." de uma vez ou quase.
A vida de cada um é distinta, diversa e cheia de obstáculos, conquistas, choros e alegrias diferentes. Faz parte do existir.
Então viva o seu tempo. O presente prepara e fortalece o caminho pro futuro. E lembre-se cada um tem seu tempo e todos são válidos. Não se cobre tanto, pois a cada espera (que é chata, insuportavelmente chata, eu sei) mas perto do que você deseja você está.
Seja você, no seu tempo.
:: Playlist 1# ::
As duas músicas que eu separei pra esse texto, são um tiquinho velhas, mas são exatamente aquilo que precisamos ouvir quando a confusão de sentimentos coloca em dúvida se somos capazes de conseguir alguma coisa. Foram algumas das minhas músicas companheiras durante a minha época de vestibular e semestres atribulados de faculdade, quando eu me desesperava com as minhas notas, o medo de perder a bolsa integral e o um futuro incerto. Pois bem, isso passou e essas músicas ainda me lembram que coisas boas demoram a chegar.
1. This time of my life - David Cook
2. This is my time - Raven Symoné (se você é fã ou já assistiu o Diário de uma Princesa, vai reconhecer essa)
link da nossa playlist: https://open.spotify.com/playlist/731AnWHu34d4WMF6SmzLbr
Bom, é isso. Espero que vocês fiquem bem, apesar de tudo.
Abraços de BR!
Um beijo,
Vanessa. Fada 1
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nhatos · 4 years
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Laços estão se cortando, se desfazendo, caindo e caindo, outros evaporando, como se nunca tivessem existido. Talvez tudo não tenha passado da nossa imaginação, criando coisas e situações, colocando sentimentos que estavam guardados no nosso subconsciente, que queria tanto sentir, tão cansado de estar só, acabou se iludindo em emoções tão belas e puras.
O tal amor, o tão almejado sentimento, que mexe com todos e poucos são os que não se entregam à ele. Adorado sonho, onde te faz sentir tudo ao extremo. Inexplicável, não se pode colocar só algumas palavras nele, pois ele é feito de um dicionário inteiro.
Ás vezes me pego pensando em como parece ser distante esse sentimento, mas então quando a solidão bate em minha porta e as enxurradas de sentimentos que vem com ela, me fazem abrir meus olhos, para notar e entender que eu sou meu próprio amor, o mais sincero e verdadeiro que irei viver.
E isso não quer dizer nunca irei encontrar alguém para acrescentar em minha vida, um alguém para quem meus olhos irão se voltar em meio a outros corpos, aquele por quem minhas risadas serão escandalosas, que irá compreender tudo em mim e segurar minha mão ao invés de partir.
Então saberemos que o amor começa primeiro em ti, em se encontrar, se entender e aceitar, para no fim transcender em uma linda estória de amor, em que duas almas se conectam em sintonia uma com a outra, numa eterna vibração de sentir.
— Cassiopéia.
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fabioferreiraroc · 4 years
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30 livros brasileiros obrigatórios para ler durante a vida, segundo os leitores da Bula
A Revista Bula realizou uma enquete para descobrir quais são, segundo os leitores, os livros brasileiros que todos deveriam ler pelo menos uma vez na vida. Dentre os mais votados, estão alguns clássicos já conhecidos, como “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), de Machado de Assis; mas o público também mencionou várias obras contemporâneas.
A Revista Bula realizou uma enquete para descobrir quais são, segundo os leitores, os livros brasileiros que todos deveriam ler pelo menos uma vez na vida. A consulta foi feita a colaboradores, assinantes — a partir da newsletter —, e seguidores da página da revista no Facebook e no Twitter. 1400 participantes responderam à enquete. Os 30 mais votados foram reunidos com suas respectivas sinopses, que foram adaptadas das originais, divulgadas pelas editoras. Dentre eles, estão alguns clássicos já conhecidos, como “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), de Machado de Assis; mas o público também mencionou várias obras contemporâneas, como “Nunca Houve um Castelo” (2018), de Martha Batalha. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento: do mais recente para o mais antigo.
Nunca Houve um Castelo (2018), de Martha Batalha
Martha Batalha recria a trajetória dos descendentes de Johan Edward Jansson, cônsul da Suécia no Brasil. Para contar essa história, a autora relata duas festas de Ano Novo que foram marcantes para a família. Na primeira, no fim do século 19, Johan Edward Jansson conhece Brigitta, em Estocolmo. Eles se casam, mudam para o Rio de Janeiro e constroem uma casa num lugar ermo e distante do centro, chamado Ipanema. Setenta anos depois, Estela, recém-casada com o neto de Johan, presencia uma cena desastrosa para seu casamento em uma festa de Réveillon. “Nunca Houve um Castelo” explora como esses dois eventos definiram a trajetória dos Jansson ao longo de 110 anos. É uma comovente saga familiar sobre escolhas, arrependimentos e as mudanças imperceptíveis do tempo.
Como se Estivéssemos em Palimpsesto de Putas (2016), de Elvira Vigna
Dois estranhos se encontram num verão escaldante no Rio de Janeiro. Ela é uma designer em busca de emprego, ele foi contratado para informatizar uma editora moribunda. O acaso junta os protagonistas numa sala, onde ele relata a ela seus encontros frequentes com prostitutas em suas viagens a trabalho. Ela mais ouve do que fala, enquanto preenche na cabeça as lacunas daquela narrativa e desmonta os argumentos de João. Desses encontros, Elvira Vigna cria um poderoso jogo literário de traições e insinuações, um livro sobre relacionamentos, poder e mentiras. Elvira foi uma das maiores escritoras contemporâneas do Brasil, publicou dez romances, muitos deles premiados; e vários contos. Ela morreu em julho de 2017, vítima de câncer.
Quarenta Dias (2014), de Maria Valéria Rezende
Alice é uma professora aposentada, que tinha uma vida pacata em João Pessoa, até ser obrigada pela filha a abandonar tudo e se mudar para Porto Alegre. Ao chegar na cidade, recebe a notícia de que a filha e o genro irão passar seis meses na Europa. Sozinha em uma cidade desconhecida, Alice se revolta por ter deixado João Pessoa e passa a registrar seus sentimentos em um diário. Ao saber que Cícero Araújo, filho de uma amiga paraibana, desapareceu perto em Porto Alegre, Alice começa a procurá-lo pelas ruas da cidade. Por 40 dias, ela vagueia só, em uma busca frenética que pode levá-la a insanidade. “Quarenta Dias” foi o vencedor do Prêmio Jabuti de Romance, em 2015. Autora de cinco romances, Maria Valéria Rezende é uma das mais aclamadas escritoras brasileiras da atualidade.
O Drible (2013), de Sérgio Rodrigues
Em “O Drible”, Sérgio Rodrigues conta um drama entre pai e filho, recupera episódios sombrios da história recente do país e faz uma celebração do futebol rara na literatura. Desenganado pelos médicos, Murilo Filho, um cronista esportivo de 80 anos, tenta se reaproximar do filho, Neto, com quem brigou há um quarto de século. Toda semana, em pescarias dominicais, Murilo preenche com saborosas histórias dos craques do passado o abismo que o separa de seu filho. Revisor de livros de autoajuda, Neto leva uma vida medíocre colecionando quinquilharias dos anos 1970 e conquistando moças. Desde os 5 anos, quando a mãe se suicidou, sente-se desprezado pelo pai.
Barba Ensopada de Sangue (2012), de Daniel Galera
Um professor de educação física busca refúgio em Garopaba, um pequeno balneário de Santa Catarina, após a morte do pai. O protagonista, cujo nome não conhecemos, se afasta da relação conturbada com os outros membros da família e mergulha em um isolamento geográfico e psicológico. Ao mesmo tempo, ele empreende a busca pela verdade no caso da morte do avô, o misterioso Gaudério, que teria sido assassinado décadas antes na mesma Garopaba, na época apenas uma vila de pescadores. Sempre acompanhado por Beta, cadela do falecido pai, o professor interroga os moradores mais antigos da cidade.
Pornopopeia (2008), de Reinaldo Moraes
Um marco na ficção contemporânea, “Pornopopeia” é um livro sobre a obsessão pelo prazer e o individualismo exacerbado. Conta a história de José Carlos Ribeiro, o Zeca, um ex-cineasta marginal e dependente químico, que tem um único longa-metragem em seu currículo, chamado “Holisticofrenia”. Agora, para sobreviver, ele precisa se dedicar à produção de vídeos promocionais de gosto duvidoso. Empacado em um projeto para uma empresa de embutidos de frango, Zeca acaba entrando numa espiral de bebidas, sexo e drogas. Na contramão dos personagens tradicionais, o produtor não está atrás de redenção ou transformação. Na maior parte do tempo, quer apenas se entregar aos prazeres, sem pensar no amanhã.
O Filho Eterno (2007), de Cristóvão Tezza
Editora Record
“O Filho Eterno” é um relato autobiográfico narrado em terceira pessoa. Na sala de espera, entre um cigarro e outro, o protagonista está prestes a ter seu primeiro filho. Ao ver o médico, ele pergunta se está tudo bem, mas não tem dúvidas da resposta positiva. Em sua cabeça, já imagina o filho com cinco anos, a cara dele. Enquanto ainda tenta se acostumar com a novidade de ter se tornado pai, ele tem que se habituar com uma outra ideia: ser pai de uma criança com síndrome de Down. A notícia o desnorteia e provoca uma enxurrada de emoções contraditórias. Nessa história, Tezza expõe as dificuldades e as saborosas pequenas vitórias de criar um filho com síndrome de Down.
Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios (2005), de Marçal Aquino
No momento em que começa a narrar os fatos de “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, o fotógrafo Cauby está convalescendo de um trauma numa pensão barata, numa pequena cidade do Pará. Paulistano, culto e viajado, ele decidiu deixar a vida confortável para viver novas experiências no interior do Norte. Fazendo bicos para o jornal local, ele se depara com Lavínia, uma mulher sedutora e misteriosa, que é casada com Ernani, um pastor evangélico. Lavínia era uma mulher viciada em drogas e foi tirada das ruas por Ernani, a quem se sente grata. Mas, apenas pela troca de olhares, ela acaba se apaixonando por Cauby. Mesmo diante de todos os perigos, eles se arriscam a ficar juntos.
Deixe o Quarto Como Está (2002), de Amilcar Bettega Barbosa
Um homem toma um trem para sair da cidade, mas não consegue deixar o perímetro urbano. Outro personagem acorda em seu quarto e percebe que está acompanhado de um crocodilo. Uma casa redesenha a própria arquitetura como se estivesse viva. Nas histórias de “Deixe o Quarto Como Está”, a lógica cotidiana abre espaço para estranhos eventos. Alguns dos contos, como “Auto-retrato”, “Aprendizado” e “Para salvar Beth”, permitem uma leitura realista. Outros adentram sem hesitação o terreno do fantástico: “Hereditário”, “O crocodilo”, “O rosto”, e “O encontro”, fantasias kafkianas narradas com o humor de um cineasta surrealista. Há também relatos que ficam entre o real e a fantasia, como “Exílio”, “Correria” e “Espera”. O livro recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura, em 2003.
Chove Sobre Minha Infância (2000), de Miguel Sanches Neto
“Chove Sobre Minha Infância” nasce das vivências reais do paranaense Miguel Sanches Neto, mas não é uma autobiografia. Mesmo quando se vale de suas próprias experiências, o autor não busca a verdade factual, mas a psicológica. Ainda pequeno, o protagonista, que leva o mesmo nome do autor, perde o pai analfabeto. Como herança, recebe cadernos em branco com a missão de preenchê-los. Muito pobre, a mãe de Miguel se casa com Sebastião, um caminhoneiro que se torna proprietário de uma cerealista. Com vocação para as letras, o garoto passa toda a infância e adolescência em embate com o padrasto, que despreza qualquer outra ocupação que não seja braçal.
Madona dos Páramos (1982), de Ricardo Guilherme Dicke
Doze foragidos da força policial mato-grossense se embrenham sertão adentro, a cavalo, em busca da a Figueira-Mãe, terra que representa a promessa de bem-estar e justiça. Como num ritual de iniciação, a jornada pelo sertão do Tuaiá é uma travessia de enfrentamentos contra o clima e a geografia daquele espaço inóspito. Entre os doze, a Moça Sem Nome, arrebatada do lar e da família à força, é a única mulher. Embora se mantenha imaculada, suas curvas serpenteando no andar dos cavalos atraem o desejo de todos. Filho de garimpeiros, Ricardo Guilherme Dicke nasceu na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, em 1936. Além de escritor, foi artista plástico. Ele morreu em 2008.
Poema Sujo (1976), de Ferreira Gullar
“Poema Sujo” é conhecido por transgredir os limites da linguagem poética. Foi escrito na Argentina, onde Ferreira Gullar estava exilado, durante a ditadura militar. Os mais de dois mil versos, com traços autobiográficos, são um desabafo e relembram a vida do autor, desde a infância, vivida no Maranhão, até os ideais políticos que abraçou na maturidade. Pensando estar próximo da morte, resolveu escrever convulsivamente, escancarando os problemas sociais do Brasil e da América Latina. “Sentia-me dentro de um cerco que se fechava. Decidi, então, escrever um poema que fosse o meu testemunho final, antes que me calassem para sempre”, escreveu Gullar sobre “Poema Sujo”.
Catatau (1975), de Paulo Leminski
Escrito ao longo de oito anos, “Catatau” é um livro de prosa experimental que trata das alucinações do filósofo Descartes em uma visita ao Brasil, junto com Mauricio de Nassau, durante as invasões holandesas do século 17. Perdido na selva tropical de Pernambuco, se assusta com a natureza abundante, com os costumes dos indígenas e vê sua razão naufragar: “Duvido se existo, quem sou eu se esse tamanduá existe?”, pergunta. Enquanto vagueia sobre a realidade encontrada, espera um amigo polonês que, supostamente, virá buscá-lo. Um clássico da literatura recente, “Catatau” se filia à grande tradição das novelas satíricas filosóficas de grandes autores, como Denis Diderot e Daniel Defoe.
Feliz Ano Novo (1975), de Rubem Fonseca
“Feliz Ano Novo”, livro de contos de Rubem Fonseca, aborda temas como violência, moralismo, solidão e caos urbano. Publicada em 1975, época em que o Brasil vivia a ditadura militar, foi censurada pelo governo por apresentar os problemas sociais do país e pela linguagem violenta. Enquanto proibido no Brasil, foi editado na Espanha e na França. Só foi liberado por aqui em 1985. O conto que dá nome ao livro conta a história de três amigos, na noite ano novo, que vão buscar armas para assaltar um banco dali a dois dias. Mas, ao pegarem as armas, decidem usá-las na mesma noite, para invadir uma festa de réveillon da elite. Ao fim do conto, após matarem e violentarem várias pessoas, eles brindam a chegada do novo ano.
Lavoura Arcaica (1975), de Raduan Nassar
Em um texto que entrelaça o novelesco, o lírico e elementos bíblicos, “Lavoura Arcaica” narra a vida de André, um jovem do meio rural que decide abandonar a numerosa família do interior para morar sozinho em outra cidade. Fugindo do ambiente sufocante da lavoura, ele procura se afastar da rigidez moral de seu pai e da paixão incestuosa pela própria irmã, Ana. Os parentes estranham o desaparecimento de André, e o irmão mais velho, Pedro, é encarregado de trazê-lo de volta. É a partir das indagações de Pedro que surgem as lembranças de André. Logo após a publicação, o livro mostrou-se revolucionário, conquistando o status de clássico da literatura brasileira.
O Encontro Marcado (1967), de Fernando Sabino
Dividido em duas partes, o livro narra a vida do escritor Eduardo Marciano, considerado o alter ego de Fernando Sabino, em sua contínua busca pelo sentido da existência. Nascido em Belo Horizonte, em Minas Gerais, Eduardo é um filho único, que cresce ao lado de seus melhores amigos, Mauro e Hugo. Boêmio e questionador, decide se tornar escritor, contrariando o pai, que deseja que ele tenha uma profissão formal. Tudo muda quando Eduardo se apaixona por Antonieta, se casa repentinamente e vai morar no Rio de Janeiro. Após o casamento, a monotonia da vida a dois atinge o escritor, que se distancia cada vez mais da mulher e acaba sendo deixado por ela. Em depressão, Eduardo volta a Minas Gerais para encontrar seus antigos amigos e refletir sobre as escolhas que fez durante a vida.
Os Dragões e Outros Contos (1965), de Murilo Rubião
Uma coletânea de 20 contos, este livro representa a essência de Murilo Rubião, considerado um dos precursores do realismo fantástico no Brasil. Mesclando o real cotidiano às tramas excêntricas, cria histórias que levam o leitor à reflexão. No texto que dá nome à obra, dragões chegam repentinamente a uma pequena cidade. As crianças brincam com os seres, alguns adultos consideram que devem ser domesticados, mas o padre diz que os dragões foram enviados pelo diabo e precisam ser nomeados e batizados. Formado em Direito, Murilo Rubião foi atraído pelo jornalismo e, mais tarde, se tornou escritor, dedicando-se exclusivamente aos contos. Nascido em 1916, na cidade de Carmo de Minas, ele morreu em 1991.
O Vampiro de Curitiba (1965), de Dalton Trevisan
O livro possui 15 contos, todos ambientados em Curitiba e impregnados de suspenses e enigmas. Assim como um vampiro, Nelsinho, principal personagem, busca, sem culpa ou pudor, o prazer a qualquer custo. Obcecado por sexo, vagueia pela provinciana Curitiba atrás de suas vítimas, andando por caminhos obtusos enquanto abre os olhos do leitor à visão de uma cidade decadente. Considerado uma obra-prima do autor, este livro traz Dalton Trevisan em sua forma mais clássica: objetivo, conciso, minimalista, irônico e pessimista. As histórias representam situações-limite que, por seu absurdo, contêm elementos de paródia, humor e fantasia, ao mesmo tempo em que exploram a crueldade e a sordidez revelados nos impulsos mais profundos do ser humano.
A Paixão Segundo G.H. (1964), de Clarice Lispector
A narrativa banal, mas ao mesmo tempo dotada de genialidade, aborda os pensamentos de G.H., uma mulher comum que despede a empregada doméstica e decide fazer uma faxina no quarto de serviço, que ela supõe ser imundo e cheio de inutilidades. A protagonista se frustra ao encontrar o local limpo e arrumado, ao contrário do que imaginava, mas a insatisfação é interrompida quando ela se depara com uma barata. Depois de esmagar o inseto, G.H. decide provar a massa branca que surge de suas entranhas, e o episódio faz com que ela tenha uma grande revelação sobre si mesma. G. H. sai de sua rotina civilizada, reconhecendo sua condição de dona de casa e mãe como um selvagem.
Os Cavalinhos de Platiplanto (1959), de José J. Veiga
Estreia de José J. Veiga, “Os Cavalinhos de Platiplanto” é uma coletânea de 12 contos que traz, em geral, memórias sobre a infância. Os contos do livro apresentam ao leitor um universo que mescla o embate entre os sonhos de seus personagens e a realidade do cotidiano. A história que dá nome à obra fala sobre um garotinho, criado no interior, que possui uma grande afeição pelo avô, que está doente. Com o passar do tempo, o menino entende que não ganhará o presente que lhe foi prometido pelo avô: um cavalinho. Conhecido como o maior autor de realismo fantástico em língua portuguesa, José J. Veiga foi vencedor dos prêmios Jabuti e Machado de Assis. Ele nasceu em 1915, em Corumbá de Goiás; e morreu em 1999.
O Ventre (1958), de Carlos Heitor Cony
Primeiro romance de Carlos Heitor Cony, “O Ventre” relata o drama de José Severo, um jovem desajustado. Nascido em uma família da classe média alta do Rio de Janeiro, é desprezado pelo pai ao longo da vida, por ser fruto de uma relação extraconjugal da mãe. Na adolescência, tem uma relação de amor e ódio com o irmão mais novo, superprotegido por ser asmático. É mandado para um colégio interno, enquanto o irmão recebe todas as regalias em casa. Além disso, Severo é ignorado pela mulher que ama desde a infância. Após a morte da mãe, decide se afastar de tudo e de todos, levando uma vida amargurada e solitária. Influenciado pelo existencialismo francês e pelo estilo machadiano, o livro foi saudado pela crítica já em 1958, ano de sua publicação
A Lua Vem da Ásia (1956), de Campos de Carvalho
“A Lua Vem da Ásia” é um marco da literatura surrealista no Brasil, uma pseudobiografia em forma de diário que abriga as confissões de homem, chamado Astrogildo, que vive em um hotel de luxo que, para o bem da verdade, parece-se mais com um campo de concentração ou com um manicômio. Os funcionários do estabelecimento são vigilantes risíveis; o maitre ministra sopas e banhos aos hóspedes; o gerente é aficionado por disciplina e horários; sua mulher aplica injeções em quem encontra pela frente; e as grades nas janelas espantam os ladrões. Ao contar suas recordações — ou alucinações —, Astrogildo narra um mundo governado pela lei do absurdo, mas que é assustadoramente semelhante à normalidade de qualquer um.
Grande Sertão: Veredas (1956), de Guimarães Rosa
Nesta obra, o autor utiliza da linguagem própria do sertão para que Riobaldo, o protagonista-narrador, conte sua vida. Riobaldo, um jagunço, fala sobre suas histórias de vingança, lutas, perseguições, medos, amores e dúvidas pelos sertões. A narração é sempre interrompida por momentos de reflexão sobre os acontecimentos do sertão e Riobaldo divaga constantemente sobre a existência do diabo, já que acredita ter vendido sua alma a ele. Além disso, o narrador conta sobre Diadorim, outro jagunço com quem estabelece uma relação diferenciada, que se coloca nos limites entre a amizade e o relacionamento afetivo de um casal.
Romanceiro da Inconfidência (1953), de Cecília Meireles
“Romanceiro da Inconfidência” é considerado o livro mais importante de Cecília Meireles. A obra é o resultado de uma longa pesquisa histórica da autora, que construiu um retrato da Inconfidência Mineira em forma de versos. Os versos foram um único e extenso poema, que representa uma reflexão filosófica e metafísica sobre a condição humana. A narrativa é contada do ponto de vista dos derrotados (transformados em heróis após a Independência), e denuncia as mazelas do sistema imperial, que vigorava à época. Ela aborda acontecimentos como a descoberta do ouro, a chegada dos mineradores e a morte de Tiradentes.
O Tempo e o Vento (1949-1962), Erico Verissimo
“O Tempo e o Vento” é uma trilogia de romances históricos, divididos em: “O Continente” (1949), “O Retrato” (1951), e “O Arquipélago” (1961). O romance conta a história do Brasil vista a partir da região sul, desde a ocupação do “Continente de São Pedro”, em 1745, até o fim do Estado Novo, em 1945. Toda a trama é criada a partir da saga das famílias Terra, Caré, Amaral e Cambará. Neste cenário, desfilam personagens fascinantes, como o enigmático Pedro Missioneiro, a corajosa Ana Terra, o sedutor Capitão Rodrigo e a tenaz Bibiana. O livro é considerado por muitos a obra definitiva do Rio Grande do Sul e uma das mais importantes do Brasil.
Vidas Secas (1938), Graciliano Ramos
Em “Vidas Secas”, publicado originalmente em 1938 e considerado um dos mais importantes romances da história da literatura brasileira, o autor retrata a vida de uma família de retirantes nordestinos. O que impulsiona os personagens, Fabiano, Sinhá Vitória, os filhos e a cachorra baleia é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro. Considerado o maior ficcionista do Modernismo brasileiro, Graciliano Ramos ficou conhecido por denunciar as mazelas sociais do Nordeste. Com “Vidas Secas”, ganhou o Prêmio Fundação William Faulkner, nos Estados Unidos. Ele morreu em 1953.
Macunaíma (1928), de Mário de Andrade
Considerado a obra-prima de Mário de Andrade, “Macunaína” é fruto das pesquisas que o autor fazia sobre as origens e especificidades da cultura do povo brasileiro. O protagonista, Macunaíma, nasce negro, em uma aldeia indígena. Já na infância, manifesta sua principal característica: a preguiça, e desde tenra idade sofre uma pulsão sensual que não conhece limites. Sua saga envolve a busca pela muiraquitã, um amuleto de pedra, que o leva a São Paulo, onde, após banhar-se em águas encantadas, se torna branco, louro e de olhos azuis. Admirada como uma reflexão provocante sobre a identidade de um povo em formação, a obra tornou-se um ícone popular do país.
Eu (1912), de Augusto dos Anjos
Em “Eu”, único livro de poemas de Augusto dos Anjos, o autor constrói um retrato da humanidade, a partir de uma visão pessimista, com inclinação para a morte. Exprime melancolia, ao mesmo tempo em que desafia o movimento parnasiano, usando palavras não-poéticas. Quanto à estrutura, pode-se dizer que as poesias de Augusto dos Anjos apresentam rigor na forma e rico conteúdo metafórico. Um marco do período pré-modernista brasileiro, “Eu” só foi reconhecido após a morte do escritor, em 1914. Paraibano, ele morreu aos 30 anos, vítima de uma pneumonia. Seus outros poemas foram lançados em periódicos.
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis
O livro é narrado por Brás Cubas, um “defunto-autor”, ou seja, um homem que já morreu e deseja escrever sua autobiografia. Na infância, foi cercado pelos privilégios da elite carioca do século 19. Era um garoto mimado, chamado de “menino diabo”. Já adolescente, se apaixonou por Marcela, uma prostituta de luxo, com quem quase gastou toda a fortuna da família. Para esquecê-la, vai estudar em Coimbra, em Portugal, mas volta ao Brasil com o diploma nas mãos. Inapto para o trabalho, decide entrar para a política. “Memórias Póstumas de Brás Cubas” é considerado um livro divisor na literatura brasileira e na carreira de Machado de Assis, representando a transição do autor do romantismo para o realismo.
30 livros brasileiros obrigatórios para ler durante a vida, segundo os leitores da Bula Publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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burymeme · 2 years
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07/08/22-00:32
seria eu o errado em sentir diferente de você mas o que é diferente em outra mente é normal. Na alegria a tristeza, na tristeza o vazio, minhas emoções se invertem e só percebo o engano na chateação alheia, e nessa chateação me vem angústia, mas porque? isso vem de mim, eu me importo com os sentimentos de a à z, mas pareço só perceber que estou “errado?” quando vem o confronto ou seria mais o despejo de palavras contra, que me ferem até o fim da minha existência. SIM, não consigo desligar essa gotícula, chuva, enxurrada de palavras que vagueiam minha cabeça, que vão mas sempre voltam e no final eu volto a ser quem eu sou, aquele que para você nunca será.
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paranoidbbear · 6 years
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eu não consigo
Botar os sentimentos em um texto é algo que só pessoas fortes conseguem. Você se deixa vulnerável para encarar essa enxurrada de emoções que saem rapidamente pelos olhos, boca, dedos, pele, por você. Quando você se deixar vulneral, esses sentimentos saem sem avisar, saem de maneira afiada, rasgando e destruindo tudo pela frente, a fim de encontrar uma solução para suas necessidades. Jaz aqui meus sentimentos.... Eles me rasgaram, me fizeram sofrer demasiadamente, saíram em forma de lágrimas, sons de choro, calafrios, pensamentos, saíram pela força em que me apertei até sangra, alguns ainda teimaram em ficar me atormentando, tudo isso para, por fim, saírem em palavras. Eu não imaginei que amaria alguém tanto assim, já sofri no passado pelo mesmo motivo, mas dói tanto quanto da última vez. Na realidade, não tem como comparar, dói muito mais do que na última vez. Deve ser o único sentimento que não dá para se acostumar, cada vez que acontece, de maneira real, a intensidade é maior, o amor é maior, a alegria é maior, a saudade é maior, a tristeza é maior... você fica maior. Tão grande que me dói o pescoço ao tentar te ver. Me faz escorregar pelo excesso de espaço que antes eu preenchia. Eu sou tão pequeno assim?
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grupocasulo · 6 years
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O NATAL E O ANO NOVO PARA O ENLUTADO
“O que a memória ama fica eterno. Te amo com a memória, imperecível”. (Adélia Prado)
Estamos vivenciando uma das épocas mais significativas do ano. O Natal e o Ano Novo são, para a maioria das pessoas que vivem no ocidente, um momento de estar com a família e com amigos queridos. Não podemos esquecer que a essência do Natal está justamente no partilhar de afetos com aqueles que amamos.
Contudo, o Natal, mais especificamente, também pode ser um momento desconcertante e dificílimo de ser vivenciado, principalmente para as famílias que sofreram a perda, recente ou não, de um ente querido, pois esta época também é de nostalgia e recordações. Podemos ser invadidos por uma enxurrada de emoções e sentimentos diante da ausência de alguém que amamos. Também não podemos nos esquecer de que há pessoas que morrem, infelizmente, durante o Natal e no Ano Novo.
Muitas vezes, familiares e amigos das pessoas que sofreram uma perda não tem certeza de como agir ou o que dizer para apoiar alguém em processo de luto. Nestes momentos, surgem perguntas tais como: Como vou lidar com isso? Como devo agir?
O próprio enlutado muitas vezes se sente perdido diante do turbilhão de emoções que está vivenciando: Como vou fazer tudo que eu preciso fazer quando estou tão triste? Será que serei capaz de sobreviver a esta época do ano?
É claro que precisamos sempre ter em mente que não existe um modelo único para todas as pessoas que perderam um ente querido. Cada indivíduo sentirá a perda de uma forma distinta e cada membro da família demonstrará a sua dor de uma forma diferente. Abaixo seguem algumas das minhas reflexões /recomendações para que o enlutado possa vivenciar este momento tão especial do ano.
Para os enlutados
Desobrigue-se de cumprir as intermináveis listas de deveres que esta época do ano nos impõe. Pense no que é melhor para você e sua família.
Cuide-se, pois Natal pode ser uma época de excessos com a comida e com o álcool. Usar álcool para escapar da dor da perda só traz alívio temporário. Tente manter padrões regulares de dormir e comer. Sair e desfrutar do ar fresco, pode ser uma ótima maneira de relaxar.
Permita-se sentir a dor. Permitir talvez seja a palavra-chave. Permita-se sentir tristeza num momento em que todos estão alegres, afinal você está vivenciando a ruptura de um vínculo. Aceite seus pensamentos e sentimentos. Não tente racionalizar emoções tão fortes. Elas ocorrem porque perdemos, fisicamente, alguém que amamos, mas esta pessoa ainda está viva em nossos pensamentos e memórias. Fale das suas emoções, dos seus sentimentos e inquietudes.
Perrmita-se dizer não. Você não tem a obrigação de aceitar todos os convites. Faça o que for possível e o suficiente. Faça tão somente aquilo que fizer sentido para você e te trouxer um significado.
Encontre uma forma, mesmo que simbólica, de recordar o ente querido que morreu. Procure criar uma maneira, um espaço ou um momento e tempo específico para rememorar a pessoa que morreu.
Invente novas tradições. Às vezes, mudar as tradições pode ser uma decisão mais acertada. Por exemplo, se o jantar de Natal sempre ocorreu em sua casa, sai para jantar e/ou almoçar com seus familiares. Escolha um restaurante agradável e usufrua ao máximo desse momento em família.
Permita-se sentir alegria. Às vezes, quando estamos sofrendo, podemos ter um momento de leveza. Uma coisa engraçada acontece e nós sorrimos. Deixe a alegria e o riso acontecer! Não repreenda a si mesmo por se sentir feliz em seu processo de luto.
Para os familiares e amigos dos enlutados
Seja compreensivo. Eu penso que o primeiro quesito quando estamos ao lado de um enlutado é que sejamos compreensivos e solidários com a dor do outro. Então, ofereça-se para ajudar com alguns afazeres típicos dessa época, tais como, por exemplo, cozinhar um prato especifico para o almoço de Natal. Esta é uma ótima maneira da pessoa se sentir acolhida e saber que você se preocupa com o bem-estar dela. Se preferir, convide esta pessoa para almoçar em sua casa.
Esteja disponível para ouvir o enlutado. Não evite alguém só porque você não sabe o que dizer. A escuta ativa dos amigos e da família é um passo importante para ajudar alguém a lidar com a dor e os sentimentos da perda. Deixe-os compartilhar suas emoções e sentimentos. É de extrema importância que o enlutado se sinta acolhido em seu momento de dor e angústia.
Enfim, o Natal será para todo o sempre diferente depois de uma perda significativa. Faz parte do processo de luto compreender as emoções que estas datas nos proporcionam e, na medida do possível, se reorganizar emocionalmente para vivenciá-las. A morte de um ente querido implica necessariamente numa profunda mudança de paradigmas em nossas vidas e na forma como vamos continuar a caminhada. Talvez você encontre uma nova forma de vivenciar estes momentos, pois a elaboração do luto passa pela assimilação da ausência com a celebração com aqueles que estão vivos e fazem parte da nossa existência.
Uma ótima celebração a todos!
Referências:
FemaleFirst [site]. 4 Tips For Coping With Bereavement At Christmas. Nov. 17. Disponível em: http://www.femalefirst.co.uk/lifestyle/how-to-cope-with-bereavement-at-christmas-1106733.html Efferson A.D.P. Some Ways To Cope With Grief During The Holidays. The Federalist. 2015 Sansone, Arricca. How to Get Through the Holidays When You’re Mourning. Country Living [site]. Nov. 17. Disponível em: http://www.countryliving.com/life/news/a45803/holidays-after-death-of-loved-one/?src=socialflowFBCLG The hospice Insider. Feelings of Grief and Loss can be Heightened During the Holidays. 2014
Por Nazaré Jacobucci
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A Inércia é Perigosa
A inércia é perigosa. Ela se auto-perpetua por muito tempo. É como uma torneira pingando aos poucos e sempre, e depois a conta vem, e vem cara. A apatia não dói, não arde, não nos dá um senso de urgência que chama à ação. Ela só nos empaca em distrações que são sempre apenas mais do mesmo, que não nos desafiam, que não desenvolvem em complexidade as formas básicas que já temos. A associação das emoções com a água é muito útil. Elas precisam fluir para se manterem suaves. Se estagnadas, represam até o ponto que os pingos que vazam ocasionalmente não são mais o suficiente para dar vazão e a enxurrada estoura violentamente tudo o que estava represado e reprimido. As catarses podem vir de qualquer pólo. Incontroláveis angústias existenciais, súbitas iluminações, ou ambos. Ninguém gosta de sofrer. Quem diz que se acostumou com o sofrimento está mentindo, pois não está mais sofrendo: já caiu na apatia. Já não sente. Quanto maior o sofrimento, mais urgente a reação. É fácil deixar um pequeno arranhão passar como um incômodo suportável, mas uma infecção é uma ameaça grave. E não seria mais fácil ter limpado a sujeira no começo? Nossa falta de contato com o que temos disponível como um alarme só nos faz prestar atenção quando sentimos a dureza do fundo do poço. A apatia nasce dos sentimentos ruins, mas não acontece só com eles. Ela é uma reação para se proteger da dor constante, mas pode continuar mesmo quando você deveria estar se sentindo bem, pois a inércia precisa de tudo sempre igual. Ouse sentir e perturbe a inércia. Sinta logo o calor da panela e pule para fora, sinta logo aquele sentimento horrível que tem tanto evitado até que finalmente se canse e decida agir para mudar as coisas. Sinta o agora intensa e verdadeiramente, antecipe o futuro e faça suas melhores escolhas para que o hoje seja um passo de progresso e não uma estática sem sentido.
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umramodejoaquim · 4 years
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você foi, mas deixou a porta aberta
shawn observou a mochila de anabelle deslizar pelo cômodo. não havia o que ser feito, já havia perdido a conta de quantas vezes se convenceu disso quanto a amiga. sempre engolia as palavras e roía as construções da sua mente, transfigurando as em apenas esqueletos, sobrando apenas a origem da oração e o sentimento.
a mãe da garota a esperava no carro. parecia que havia sido repentino, mas ela havia notificado shawn em todos os passos de admissão da mãe no novo emprego, e ele se lembrava perfeitamente do sorriso que ela esboçava com a mera possibilidade de ter a mãe ao lado novamente. haviam conversado, eles se davam bem, e mãe já havia comentado com anabelle várias vezes da suspeita de shawn gostar dela, mas anabelle sempre desconversava, sua crença nessa possibilidade era nula. se negava a ver o mais claro dos relâmpagos na tempestade do relacionamento deles. para shawn a tempestade se tornara uma tormenta e ele já não tinha mais para onde fugir, seu porto estava indo embora. já sentia as lágrimas embolando a voz e o medo enrijecendo seus ossos.
— acabou. — sorriu para o amigo. — você não parece feliz. — estavam sozinhos. era domingo e seus colegas tinham ido almoçar fora, mas como shawn nunca fez questão em se relacionar com algum deles. preferiu exponencializar seu sentimento de abandono.
— impressão sua. estou feliz por você, só acho que vai ser difícil me acostumar a ver o seu quarto vazio. e não ser acordado de madrugada por você.
— não é o fim do mundo. me parece até positivo. — tocou levemente o ombro do amigo. — agora vai poder dormir sem interrupções.
— eu gostava de ser acordado. — sorriram. shawn franziou o lábio no instante em que o som da buzina preencheu o cômodo. — ela está te esperando. — encarou a porta como se fosse uma criança e fosse sair um monstro da porta. — me liga quando chegar lá.
— não aja como se eu estivesse me mudando de planeta. estamos a 5 milhas, não é um absurdo, você pode ir me visitar a pé.
— mas não vou poder fazer as coisas que quero com você.— sorriu descontraído pela primeira vez no dia, anabelle o acompanhou. shawn envolveu o pescoço da garota com a mão direita trazendo a para perto de si. ele a abraçou com força, estava sentindo ela esvair pelas suas mãos como qualquer futuro daquele relacionamento. o toque não durou muito, visto que a mãe da garota odiava esperar e buzinou três vezes seguidas, fazendo com que anabelle se afastasse com pressa. precisava ir. necessitava ir, assim como o nó na garganta dele precisava ser desfeito, mas isso apenas ocorreria no silêncio da noite, envolto pelas cobertas e com a porta trancada. povoando seu refúgio de dores, de amores que nunca se concretizam.
— tchau. — beijou a bochecha do amigo. que tocou a mão dela antes que atravessasse a porta. e assim que ela o fez, foi como se uma barreira intransponível tivesse sido erguida. 
ficou sem reação nos próximos minutos. foi um infinito incontável, mas na verdade, foram exatos 23 minutos. shawn caminhou até o quarto quando seu celular vibrou, a última coisa que queria era ser flagrado por seu colegas de quarto, pseudoestranhos, a beira de um colapso emocional. era um abismo, e ele estava próximo a ponta, mas diferente do que as pessoas defendem, apenas ele era responsável pelo sucesso, ou o insucesso da sua volta, ele podia não ter controle de suas emoções mas tinha controle de algo em sua vida. ao menos acreditava ter.
trancou a porta em silêncio. cogitou a hipótese em batê-la de ódio, mas suspeitou que as paredes fossem ouvi-lo e depois criticá-lo nas noites permeadas por olhos abertos iluminados. se sentou na cama e no exato instante em que o material afundou, sentiu os ombros relaxarem, estava tensionado há semanas, mas aquela circunstância se desfez rapidamente e ele se retesou ao pensar nas últimas semanas: “você poia ter feito algo.”, “você devia ter feito algo”, ouvia sua própria voz lhe condenar. desde que teve discernimento dos sentimentos era atormentado pela infeliz voz de si mesmo, era rude, cruel, ágil e maldosa. podia ouvir a risada alta toda vez que se retraia. era como um fantasma, o seu fantasma, mas há como impedir os fantasmas do passado invadirem o presente? não tinha essa resposta. e também não tinha a pergunta, não tinha nada. nem lágrimas, não se permitiria chorar. o que era indiferente, porque seu rosto distorcido já maltratava mais si mesmo do que as lágrimas advindas de um rio perene. perene, mas de motivos intermitentes. 
reagiu rápido quando viu a tela do celular acender, era anabelle, e pela primeira vez desde que se conheceram, não abriu a mensagem, limpou da tela bloqueada e desligou o celular, não queria ser incomodado. não era correto e justo alguém chegar e ir. era engraçado como a efemeridade estava o atingindo como sempre o fez, mas agora não era igual. ele era efêmero na vida dos outros e vice versa, mas agora clamava por ser permanente. tinha a necessidade expressa de ser retribuído, mas não há a obrigação da partilha.
“gostar é ônus”, riu quando pensou isso, mas cessou quando percebera o equívoco. não poderia ser ônus, não poderia ser nada do ordenamento jurídico, visto que não se pode obrigar alguém a se relacionar com o outro, apesar da ideia de justiça martelar a cabeça dele. respirou fundo no instante em que sentiu a barriga contrair, não conseguiria segurar, não queria. convulsionou contra a própria vontade, e assim, foi derrubado pela enxurrada de sentimentos. o corpo tombou como uma barragem que fora derrubada por algo já esperada e conhecido, entretanto, que foi preferido ignorar. a boca se assemelhou a do símbolo do teatro, e quando essa se entreabriu, cogitou a hipótese em gritar, mas não teve coragem. mais uma vez era limitado pelo medo. as lágrimas, que antes eram torrenciais, se estabilizaram e a visão se estabilizou. tudo estava igual, as paredes brancas, a janela entreaberta, os livros da faculdade, as anotações em blocos e as canetas coloridas. tudo estava igual. menos a porta. a que a garota tinha deixado aberta. escancarada. ele evitava olhar para a porta, e para que tudo que o lembrasse dela, mas a madeira que a integrava era fruto de si. não era apenas a porta que havia ficado aberta, mas uma parte dele que fora levada a uma casa estranha. um obstáculo havia sido criado. conhecia os próximos passos. o afastamento, a passagem e em um futuro próximo, a memória   
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