#e preciso que mais pessoas vejam esse livro
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Oi Jay, como você vai? Espero que bem! Queria enviar essa ask há um tempinho, após todo o debate sobre o uso de fcs cis para interpretar personagens trans. Sei que você não é nenhum tipo de psicologo, mas sendo player e com muito mais vivências que eu, espero que possa me ajudar um pouco. Sempre me identifiquei como pessoa cis, mas faz cerca de alguns bons meses que venho me identificando muito com gênero fluído. Não gosto de me por numa caixinha porque é algo ainda muito complexo e que preciso estudar e me entender mais, mas dado o contexto, vamos a verdadeira questão: Você acha que seria interessante eu me aprofundar mais no tema e às vezes me entender mais através do rpg? No sentido de fazer personagens como eu, ou como me sinto no momento? Não vou mentir e pode ser até uma ignorância minha (não tenho medo de dizer isso), mas tenho medo de que me vejam com maus olhos, no sentido de acharem que estou me apropriando de uma identidade que não é minha (não me assumi para ninguém uma vez que não sei bem qual é a minha identidade de gênero ainda). A pergunta mais direta seria: Seria sensato se eu, enquanto pessoa "cis", criasse e desenvolvesse personagens trans? Tenho como filosofia que RPG é um mundo criativo e divertido, que não devemos misturar ooc e ic, mas acho que seria legal se ver um pouquinho nos próprios personagens. Peço desculpas pelo textão e caso eu tenha cometido algum erro, ainda estou me educando!
Fala ae anon! Então, o q eu posso te falar é: você não precisa se colocar uma etiqueta ou uma marca, pra isso que existem os termos umbrella do universo lgbtqia+ como Queer, por exemplo. No geral, acho uma boa ideia, pq a criatividade acaba sendo uma boa saída pra uma auto reflexão, e esse é o tipo de coisa que não tem um mapa ou manual de instruções. Um exemplo disso é a Laerte, que se descobriu uma mulher trans depois de analisar sua própria produção artística como desenhista.
Agora tenha cuidado com o básico: você não é seu personagem. Muitos players tem dificuldade de separar o IC do OOC, pq a gente tem a tendência de se colocar no lugar dos personagens pra poder responder, mas o teu corpo e o teu emocional acha que é uma situação real, então, tem que ter uma clareza bem distinta sobre onde termina o autor e onde começa o personagem.
Por isso que não acho que seria absurdo você querer fazer um personagem trans sendo cis, pq mesmo que mais pra frente você descubra que é mesmo cis, aquele personagem e aqueles sentimentos passam a fazer parte de você e da pessoa que você quer ser no futuro. Até mesmo se você não estivesse se questionando, ainda acharia válido uma pessoa cis se aventurar fazendo um personagem trans, porque, apesar de não ter a vivência do que é ser trans, o core de tudo é saber que uma pessoa trans antes de tudo é uma pessoa, e pessoas são seres complexos, que não podem ser reduzidos a uma coisa só ou a uma experiência só. Ninguém é um personagem da JKR chamado lobo mclobo, que é um lobisomem e gosta de comer carne crua na lua cheia e que a música favorita é diamond dogs do david bowie. É isso o que a maioria dos escritores esquecem quando estão desenvolvendo seus personagens.
Sem fazer juízo de julgamento, por experiência pessoal, posso te falar q geralmente pessoas cis não se fazem esse tipo de questionamento. Infelizmente, não sei o porquê da maioria das pessoas terem tanta certeza de serem cis, mas na maior parte dos casos, quando a pessoa começa a pensar nisso, tem algum coelho nesse mato, sabe. Então talvez acho que valha a pena você procurar uma ajuda especializada. Posso te indicar de cara a leitura de qualquer livro da Kate Bornstein. Ela é trans e uma das referências da teoria Queer e uma das primeiras autoras a discutir a identidade de gênero fora do aspecto binário, abordando a fluidez do gênero e como isso varia de pessoa pra pessoa
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Mais uma da genialidade que não veio
Não raro, debrucei-me sobre escritos que clamavam por certa genialidade. Sim, com esta exata palavra descrita. Sim, explícito no próprio texto, como se os deuses da metalinguagem fossem atender minha súplica neste formato.
Na última sessão, tivemos verdades bem doídas, das quais o corretor do celular teria total licença poética para retirar o acento agudo. Como poderia imaginar estar presa num paradoxo em que eu preciso me sentir amada para não ser aniquilada, mas aceito uma espécie de amor que não é nem perto do que eu acredito merecer, apenas em nome de continuar na incumbência de amar alguém para não aniquilá-lo? Tem algum sentido isso? O pior é que sim. Não teve um dia dessa semana em que eu não pensei sobre a bizarrice que eu me impus. E ainda: em nome de quê? Ou de quem? Bom, de mim não tem sido.
No entanto, estou na posição mais difícil da minha carreira de escritora de tumblr: a de redigir algo sobre mim mesma pra mostrar pra uma das pessoas mais geniais que conheço. Ela me deixou à vontade para não fazê-lo, mas até parece que eu me utilizaria dessa opção.
Assim como sigo com a lógica dos temas dos meus escritos, parece muito menos doloroso olhar pro outro como objeto de desejo ou de asco do que olhar pra mim mesma de forma honesta com as dores e as delícias de ser quem eu sou (meu Deus que brega). Fiquei esperando Giulia Be entrar e cantar menina solta acapella.
Mas vamos lá falar sobre mim, mas já aviso que tenho pouca prática nisso, porque na época do Orkut eu era adepta do “quem se descreve se limita”. Ou talvez não fosse, mas achei que seria um bom começo de parágrafo. Talvez eu comece dizendo que eu sou uma antítese de mim mesma: meu lado racional me domina enquanto todos me veem como emocional (ou sou eu manipulando pra que vejam isso?); me veem como uma pessoa super extrovertida, mas eu só quero passar o dia inteiro no meu quarto, debaixo de 286 lençóis; certo público me acha totalmente infantil (e eu sou), enquanto outros me acham a fonte da maturidade (o que eu também sou).
Pausa para uma anedota: quando era bem pequena, em torno de 4 ou 5 anos, eu tinha tantos pensamentos que julgava incomuns pra minha idade que eu pensava “não tenho como ficar mais madura que isso”. E, logo em seguida, tratava de pensar “mas se você tá pensando assim é porque ainda tem muuuuuito pra amadurecer”. Ao que eu já me corrigia: “mas, se você tem consciência disso, é porque você é madura o suficiente já”. E foi assim que, aparentemente, criou-se o paradoxo da maturidade.
Mas voltando: eu sou a pessoa que aprende a letra inteirinha em inglês, mas canta tudo errado em português. Eu comecei a aprender esperanto antes de aprender outra língua mais “útil”. Eu gosto de repetir que a pronúncia certa é yoga por ser uma palavra masculina em sânscrito, mas ninguém sabe que eu aprendi isso do jeito mais aleatório, lendo o livro de ensino religioso na escola. Falando nisso, eu sei de quase todas as histórias bíblicas porque, por algum motivo, gostava muito de ler a Bíblia, além de dicionários e gramáticas quando era criança. Ninguém pensou em dar uma coleção da Disney pra essa menina?
Eu lembro de querer tentar explorar o mundo, mas de ser sempre muito barrada, como se fosse uma maldade fazê-lo - muitas vezes, até hoje, isso é tratado como egoísmo da minha parte. Hoje, eu sei que meus atos de concessão têm muito a ver com o medo de perder esse “amor” ou essa validação que me foram impostos (agora eu acertei a concordância, percebeu?). Eu ainda quero isso, lógico que a minha maneira e da maneira que me é possível hoje, mas talvez eu não mais saiba como.
Eu sempre tive o sonho de ser atriz, dubladora ou cantora. Talvez hoje em dia eu secretamente sonhe em ser roteirista ou algo do tipo, mas podemos fingir que você não ouviu isso porque ainda não estou pronta pra falar sobre. Eu sempre achei que minha vida não precisaria seguir a receita que mostram nas novelas, mas isso tudo porque eu achava que, afinal, ela seguiria esse curso naturalmente. É difícil pra mim me deparar com medos puramente humanos - como o de ficar “sozinha”, outrora mencionado - pela minha constante tentativa de não me reconhecer como tal.
Eu venho tentando ser sobre-humana, extraordinária, genial, única, especial, à frente do meu tempo e tantas outras coisas que nem mesmo uma sobre-humana-extraordinária-genial-única- especial poderia citar aqui. Só que eu tô cansada. O que é um claro sinal do mais puro suco de humanidade que habita aqui.
Eu ainda não sei muito bem como me amar, muito menos como dizer algo desse tipo sem parecer arrogante, mas algo me diz que estou no caminho certo. E a prova disso é que encerro por aqui, sem palavras rebuscadas, sem frases de efeito, só eu, sentindo que acabou.
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arte, vulnerabilidade e outras coisas vicerais
para todos que não vivem na bolha do twitter, no meu close friends do instagram e em outros universos paralelos, olivia rodrigo lançou seu segundo álbum "guts" (entranhas).
teoricamente, não é necessário ninguém explicar sobre o que o álbum é. mas aparentemente arte gosta de alugar triplex na minha mente.
o primeiro álbum da olivia foi bem... polêmico. com o sucesso de drivers license, olivia não teve um crescimento gradual como muitos artistas, ela saiu de lives do instagram para uma turnê de ingressos esgotados. o que é bem... surpreendente mas totalmente não rotineiro.
fico me imaginando, é como se saísse do tumblr com esses posts aleatórios direto pro primeiro lugar de livro mais vendido para o new york times em alguns meses. loucura pura.
e guts, vem contando com a composição tão vulnerável de olivia, que assume todos os sentimentos mais honestos que a gente geralmente guarda, como a raiva tão interna, as recaídas, inveja e outros sentimentos que a gente guarda pro nosso diário e twitter privado, não para algo público com milhões de pessoas ouvindo, no repeat.
é corajoso no mínimo, expor tudo isso e permitir que as pessoas critiquem como quiserem, permitir que eles interpretem como quiserem os detalhes da sua vida.
como alguém com um diário atualizado e sentimentos de sobra, não consigo me ver fazendo algo como isso. acho olivia corajosa por não só escrever sobre isso, mas sobre não se acovardar e sumir do mundo da música, como eu faria.
eu vivo no meu mundo interno, com milhares de ideias, universos detalhados e planos mirabolantes, mas tal lugar fica trancafiado e apenas pequenas fagulhas escapam do fogo criativo que fica queimando lá dentro.
infelizmente, quanto mais eu cresço, mais difícil é conter tantos sonhos no guarda roupa. e me sinto pessoalmente desafiada com alguém como olivia que tem muito mais olhos olhando pra ela do que eu e meus 10 amigos que leem o que eu escrevo.
vulnerabilidade é assustadora. a realidade é barulhenta e tão cruel. não é a primeira vez que eu me vejo nesse lugar. tenho um post sobre deixar a porta aberta e novamente me vejo nesse lugar, segurando a maçaneta e pensando se estou pronta para permitir que me vejam.
maldita arte que transborda e não se contenta em ser admirada em silêncio.
arte parece não se dar por satisfeita e nem completa se não compartilhada. e para ser compartilhada tem um preço a ser pago.
a vulnerabilidade e o medo de como as pessoas vão reagir é bem palpável, mas qual a graça de viver a vida trancafiada? qual a graça de viver presa? a liberdade é uma coisa, né?
é assim que eu quero viver na minha vida adulta? com medo e me sentindo covarde, com medo da opinião dos outros?
honestamente, não. mas como me falta coragem para finalmente colocar as coisas em exposição. minha mãe sempre me lembra "quem não é visto, não é lembrado." e fora do contexto social e todas as outras críticas que eu posso falar em outro dia. o problema é, eu quero sim ser lembrada. talvez não por um milhão de pessoas e por gerações além da minha. mas por alguns.
e apesar de muito resistir, pra isso, eu preciso mostrar as minhas entranhas.
não quero viver o resto da minha vida presa ao medo. se até Deus nos fez pra ser livre, quem sou eu pra voltar a colocar algemas nos pulsos?
talvez eu não seja capaz de viver o sonho adolescente idealizado, mas posso viver uma vida que não tenho arrependimentos. uma vida a qual eu sinto orgulho de ter vivido, mesmo que não perfeita. sendo assim, it's time to spill my guts.
[eu gravei um vídeo reagindo a guts caso vocês tenham curiosidade de assistir :) ]
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Aproveitando que hoje é Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, queria indicar esse livro belíssimo realizado pela Embaixada Brasileira na Finlândia que conta a história da Língua Portuguesa através da expansão marítima dos portugueses pelo mundo e fala um pouco de todos os países membros da CPLP.
O livro é grátis e tá disponível para download.
#vou fazer propaganda sim porque eu achei as ilustrações da Laura Athayde muito lindas#e preciso que mais pessoas vejam esse livro#:')#línguaportuguesa#adventures in linguistics
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“what is expressing yourself sexually online that isnt voyeurism?” sei lá matty healy
meio aquilo de if a tree falls and no one is around to hear it, does it make a sound?
vi um tiktok esses dias sobre como boa parte da nossa identidade tá enraizada no modo que as outras pessoas nos enxergam até que chega ao ponto em que tudo vira um grande ato de voyeurismo.
eu não dou a mínima pra qualquer tiktok que tenha mais de 2 linhas escritas de maneira que a pessoa que postou pareça ser uma estudante de psicologia que acabou de começar o curso e já tem um instagram de “ajuda”, mas esse me chamou a atenção porque já era algo que eu vinha pensando há tempos (somos duas psicólogas de instagram então? credo).
lembro dela dizer que não importa mais se eu leio nietzsche ou murakami se eu não tenho o livro e não vou até uma cafeteria só pra lê-lo na frente das pessoas, ou se eu gosto de moda mas não sou a personificação da fashion girlie que tem peças de acervo e faz fit check pra mostrá-las. é como se o materialismo estivesse virando algo muito maior que só ter, eu preciso ter certeza que as pessoas sabem que eu tenho.
não sei se esse é um tema datado (provavelmente) que muita gente fala há muito tempo e assim como com outros temas a minha geração decide que chegou a hora de falar sobre (!!! — 🤪) e finge que somos os primeiros a levantar a bandeira. mas paciência.
a minha grande questão com tudo isso é que eu não concordo. ou pelo menos em partes. eu acho que sim as pessoas estão cada vez mais fazendo e comprando coisas apenas pra que outras pessoas vejam e pensem “caraca como ele é edgy e literalmente a minha dream pixie girl”, mas eu também acho que talvez a dream pixie girl só seja ou queira ser uma dream pixie girl e aquele é só mais um dia em que ela foi tomar um café na esquina lendo um livro de um cara que não sabe escrever personagens femininas, sabe? querendo ou não no fim das contas tudo volta praquela coisa de bolhas sociais e se você faz parte de uma bolha que ouve lamp e babyxsosa e veste roupas que seriam postadas em qualquer conta fashion archive do tumblr e discute se o murakami realmente é meio sexista com as suas personagens, talvez seja por que esse é você. e só. e além do mais, que mal tem querer mostrar pras pessoas quem você é? as pessoas têm interesses próprios e específicos e singulares e é assim que encontramos outros iguais e criamos outras bolhas e subcomunidades e trocamos referências e ideias e- sei lá tô cansada de tudo precisar ter um significado, às vezes as pessoas só querem mostrar do que gostam. então não sei gravem mesmo seus fit checks e vão à cafeterias que o café é caro e nem tão bom assim só pra ler seu livro pseudocult, quem liga.
enfim esses dias comprei uma tabi margiela falsificada no aliexpress e mal posso esperar pra pisar na linha verde e receber olhares e tentar decifrar quais vêm de pessoas que provavelmente também tem uma em casa. sei lá tenho ascendente em leão mesmo ta tudo bem.
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Artigo e entrevista da Portrait com Xiao Zhan sobre a infância, a vida antes do debut e o trabalho.
CN/ENG: xzhan1005 (Twitter) | PTBR: yizhansupport (Twitter) - Gixx - Jess. >> NÃO REPOSTE NOSSAS TRADUÇÕES <<
Tendo trabalhado como designer no passado, Xiao Zhan tem uma consciência profundamente arraigada da relação entre a Parte A e a Parte B. “Até o CEO de uma empresa tem suas contrapartes. Nas relações sociais, cada círculo é controlado por outro; ninguém pode ser ele mesmo livremente.” Se ele não fosse um ator, ele poderia ter pressões de vida ainda maiores. “Talvez eu estivesse chorando em um trem neste exato momento.”
A produtora de “The Untamed”, Yang Xia, às vezes fica chocada com as habilidades de comunicação de Xiao Zhan, ele tem uma espécie de autoconsciência que vem de suas ricas experiências.
Ele foi derrotado pela sociedade. Na universidade, ele estudou design. Ele tinha muito tempo para atividades extracurriculares e fez muitas coisas desde o primeiro ano. Ele abriu um estúdio fotográfico com seus amigos, seus pais lhe deram apenas um pequeno fundo inicial e disseram a ele: “Se você se arrepender disso e vier chorando para nós, não vamos ajudá-lo”, então o deixaram por si só. Para economizar nas despesas, ele e seus amigos foram ao mercado atacadista e escolheram pisos, mesas, compraram encanamentos de água, discutiram sobre fiação elétrica com o técnico e foram obter suas licenças de operação. Então, eles finalmente começaram o estúdio.
Era difícil gerar lucro apenas com clientes individuais, então eles pensaram em um sistema de associação. Para conseguir que os clientes virassem membros, Xiao Zhan disse que era capaz de se desfazer de seu orgulho. Seu lema de trabalho era: “Posso trazer chá e água para você, quando você está em minha loja, você é meu cliente e é meu trabalho atendê-lo, é meu trabalho deixá-lo satisfeito”. Mais tarde, ele abriu um estúdio de design e passou a trabalhar todos os dias, muitas vezes ficando acordado a noite toda. Além de criar mapas desenhados à mão para mansões e desenhar layouts para cafés, o que ele mais fez foi criar logotipos corporativos. O cliente fazia um pedido e ele fazia três logotipos disponíveis para escolha. Seu objetivo na época era claro: “ser a proposta vencedora”.
“Tenho que ser a proposta vencedora, tenho que fazer com que os clientes vejam o meu logotipo, acho que todo mundo precisa ter esse tipo de ambição. Isso não significa que você fará algo ruim, mas sim que, se você vir alguém fazendo um efeito 3D, você também fará um e adicionará uma animação em cima disso. É se recusar a perder. Todo mundo está estudando arte, e vou fazer isso da melhor maneira.” Essa mentalidade clara de ser a proposta vencedora permaneceu com ele ao longo de sua carreira como ator. O papel de Wei Wuxian em “The Untamed” foi um em que ele lutou por si mesmo. No processo de seleção dos papéis, Yang Xia conheceu muitas pessoas; algumas pessoas disseram que leram a obra original, mas assim que ela perguntou a eles sobre ela, a mentira deles ficou óbvia. Xiao Zhan foi honesto, ele não teve tempo de ler o livro, então ele disse que não o leu.
Mas ele memorizou o roteiro como a palma da mão e escreveu incontáveis estudos de personagens. “Análises diretas, gráficos de relacionamento, cheios de anotações dele, ele fazia muito isso; ele estava preparado para o melhor de sua capacidade.” Essa sinceridade e profissionalismo tocaram Yang Xia. “Desde o momento em que ele entrou, nunca me preocupei com Xiao Zhan. Ele é uma pessoa muito lúcida, não preciso falar muito com ele."
Ele não vai fazer se não quiser, nunca pensou nisso. Antes, como a Parte B, ele fazia seu trabalho de design em camadas e salvava seu trabalho regularmente. No fim, ele assistia enquanto o nome do arquivo se tornava numerado em 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08 e ele continuava a salvar, porque os clientes sempre pediam para ele editar e seu computador também ficava morrendo.
Ele precisava salvar as fontes, os recursos e os links, “Minha cabeça dói”. O que mais assustava Xiao Zhan era abrir seu arquivo e descobrir que o link sumiu, que as camadas da imagem estavam bagunçadas ou que o texto estava distorcido. Enquanto falava sobre isso, ele colocou a cabeça entre as mãos e disse: "Uau, isso me deixava louco."
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Sua verdadeira experiência de trabalho foi passada a ele por um gerente de Hong Kong. Soa como uma história de “O Diabo Veste Prada”; a exibição eficiente, profissional e fria, mas precisa das capacidades de trabalho do chefe, causou um grande choque em Xiao Zhan.
Anteriormente, este gerente de Hong Kong “forçou” 3 estagiários a irem embora. Você precisa atender às ligações dele das 3 às 4 da manhã, deve responder aos e-mails dentro de 10 minutos e não há espaço para o menor erro. Se o pôster promocional no shopping for rasgado por crianças, mesmo que seja apenas um pedacinho do tamanho de uma unha, ele notaria e exigiria que você o trocasse imediatamente. O fornecedor não viria por causa de um pequeno problema como esse, no entanto, o gerente não se importou e apenas disse a Xiao Zhan: “Não me importa como você vai fazer isso, você deve trocar hoje”. Frequentemente, ele não conseguia convencer seu gerente do contrário e acabava indo ele mesmo até a fábrica pegar o pôster e colocá-lo de volta.
Uma vez, Xiao Zhan cometeu um grande erro. Foi para a promoção de verão de um shopping, eles imprimiram 4 mil panfletos e ele foi o responsável pela revisão da imagem. No dia da entrega dos panfletos, ele esperou na empresa a partir das 8h. Quando ele abriu a primeira página, seu cérebro fez um “boom”, havia uma pequena imagem desalinhada na primeira página, e metade dela estava em branco. Ele começou a suar, pensou que tudo estava acabado para ele; afinal, essa era uma equipe tão rígida que eles iriam imprimir novamente se um sinal de pontuação estivesse errado.
Até hoje, ele ainda se lembra daquele incidente. Ele foi até seu gerente, desculpou-se e explicou a situação. Seu gerente abriu o panfleto e disse: "Ah, aqui." Ele ficou parado enquanto seu gerente ficou ali sentado, e eles caíram em um longo silêncio. Por fim, seu gerente, aquele homem rígido de meia-idade, acenou com a mão e disse: "Tudo bem". Então ele começou a ligar para várias pessoas, contatou o editor para reimprimir 4.000 cópias e confirmou que eles chegariam no dia seguinte. Depois de lidar com tudo, o gerente disse algo para Xiao Zhan que ele ainda carrega até hoje: quando tiver um problema, não reclame, o importante é resolver o problema, consertar agora, imediatamente, na hora, usando o mínimo de tempo possível.
Essa é a fonte do forte senso de profissionalismo que Xiao Zhan tem demonstrado desde que se tornou uma celebridade. Em um show de audição, ele não tinha aprendido dança antes, e ele praticou dança até que sua unha caiu. Quando o diretor perguntou se ele ainda ia dançar, ele disse: “Vou dançar amanhã, depois de amanhã e no dia seguinte. Eu tenho que dançar."
Quando um grupo deles foi para a aula de atuação, o que quer que o professor lhe dissesse para fazer, ele faria seriamente. Como eles não estavam usando figurinos, era mais casual, e outras pessoas costumavam rir, mas ele nunca. “Você sente que ele tem a atitude certa.” Essa é a impressão que ele deu às pessoas ao seu redor. Lü Ying ainda se lembra que Yang Zi costumava provocar sobre a seriedade de Xiao Zhan. Ela disse que você não pode brincar com ele no set de filmagem, porque ele vai te levar a sério.
Todos que entrevistamos reconheceram seu senso de profissionalismo. Eles vêm de diferentes linhas de trabalho, trabalham em diferentes ocupações e nos contam sobre diferentes detalhes: Ele poderia ter se hospedado no melhor hotel de Xiangshan, mas em vez disso escolheu ficar junto com a equipe de maquiagem e produção, para poder economizar cerca de uma hora na estrada todos os dias. Ele queria usar essa hora economizada em maquiagem para memorizar suas falas. Ao filmar em um dia frio, ele desligou o ar condicionado de seu trailer para se acostumar com o frio, para que pudesse ficar focado e não congelar ao começar a filmar do lado de fora.
Esse senso de profissionalismo não desapareceu com o tempo. Sua primeira experiência como o segundo ator principal veio com Ji Chong em “The Wolf”. Em todas as 300 cenas, ele nunca saiu uma vez e permaneceu no set por 4 meses para encontrar o "humor" em que os atores deveriam estar.
Ano passado foi seu terceiro ano como ator. O diretor de “Joy of Life”, Sun Hao, ficou chocado. “Ele ficava lá mesmo durante a verificação da iluminação.” Muitos atores usam substitutos e só fazem ajustes quando é sua parte, mas Xiao Zhan não tinha medo do sol batendo nele e ele esperava em seu lugar não importa quanto tempo demorasse.
Para Xiao Zhan, não há diferença real entre audição, filmagem e design. É tudo trabalho e não há espaço para relaxar. Ele pode aceitar ficar acordado a noite toda, pode aceitar fazer horas extras, é tudo escolha pessoal dele, e ele não vai sentir que está sofrendo por causa disso. A única coisa que o magoa ou o deixa louco é: “Por que não posso fazer isso tão bem quanto as outras pessoas? Como eles são capazes de pensar isso? ”
Até hoje, ele ainda se lembra de seus dias antes de entrar nesta indústria. Sentado em uma fileira ao lado de outros jovens designers em um espaço apertado. Os computadores de todos estavam lado a lado e todos podiam ver o que os outros estavam fazendo. Tudo estava exposto e eles competiam com base puramente em habilidade, senso estético e ideias. Todos estavam superando as dificuldades na frente das telas dos computadores, até que seus rostos estivessem todos oleosos. No final, quando eles viram seus designs exibidos na tela grande, aquela foi, ao mesmo tempo, a sensação mais pura e complicada, talvez essa seja a verdadeira natureza da sociedade.
Xiao Zhan não é uma pessoa enérgica por natureza, mas não é como se ele também não fosse. Ao entrevistá-lo, você pode ver o esforço que ele faz para tentar animar o ambiente. Sua boa amiga Zang Hongna observou que, até certo ponto, ele costuma ficar um pouco indisposto em festas barulhentas e animadas.
Na verdade, ele gosta de ficar sozinho e de ter seu próprio espaço pessoal. Ele também tem uma percepção única da vida e dos dias.
Este menino de Chongqing gosta do mundanismo, gosta do sentimento de base que a vida lhe dá. Por exemplo, o que sua avó disse a ele quando ela estava saindo, que ele pode voltar para casa se estiver cansado.
Ele também dizia: “Os dias são apenas dias, não são doces, mas também não são amargos”. Ao falar sobre a indústria do entretenimento, ele ainda gosta de usar palavras como fantástico e absurdo, que parecem vir de um observador distante. Como disse uma vez um veterano da indústria ao redor dele, quando se trata de ser uma estrela de topo, ele ainda está se acostumando. “Ele ainda está insistindo e dizendo a si mesmo que nada mudou, mas o problema é que toda a essência disso mudou, você não tem escolha.”
Mas essa familiaridade com uma vida comum permitirá que ele não fique inquieto nesse caminho.
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Nos primeiros 25 anos de sua vida, Xiao Zhan viveu em uma família de estilo tradicional chinês. Seu pai trabalhava e sua mãe era dona de casa. Ele ocasionalmente discutia com seus pais, mas era uma família calorosa. Seu pai é uma pessoa razoável, ele não é rigoroso sem motivos, e nunca mima. Ele sempre ensinou Xiao Zhan a pensar pelos outros e liderar pela virtude. “Todas essas coisas, era bem ao estilo chinês.” Ele recebeu sua cota de surras, especialmente no ensino médio, por causa de “alguns eventos pequenos e aleatórios” como quando ele se saiu mal em uma prova, quando voltou para casa tarde depois da escola, quando errou uma pergunta e o professor fez uma “ reclamação ”, ou quando brigava com os colegas. Se ele realmente fizesse algo ruim, nem sua mãe nem seu pai o defenderiam, e às vezes ele recebe o tratamento “duplo”.
Seu pai fazia as coisas de maneira ordenada e estruturada e tinha os mesmos requisitos para ele. Desde o ensino fundamental, ele já sabia o que era uma “universidade de peso”, e sabia que tinha que entrar em uma universidade de peso. Ele ficou sabendo da Universidade de Pequim e da Universidade de Tsinghua desde muito cedo, porque essas duas escolas importantes realizavam acampamentos de verão, que seu pai exigia que ele frequentasse.
Mesmo se ele não fosse ao acampamento de verão, ele não poderia simplesmente ficar deitado, como seu pai disse: “Crianças não podem apenas ter notas”. Ele foi matriculado em várias aulas extracurriculares de violino, go [N/T: jogo de tabuleiro chinês], caligrafia, caligrafia com pincel, desenho... às vezes isso arrancava uma retaliação de sua mãe: Você se inscreveu em tantas aulas, consegue aprender tudo?
Até hoje, seu pai ainda mantém esse estilo ortodoxo e rígido de educação. Há algum tempo, um amigo enviou a apresentação de "Night at a Naval Port" de Xiao Zhan e Naying para seu pai, e seu pai respondeu: "Xiao Zhan melhorou muito sob a orientação de artistas experientes."
Pensando em retrospecto, parece que desde aquela época Xiao Zhan havia sido criado como uma criança muito competitiva, ou melhor, como uma criança que tinha padrões elevados para si mesma. Gostava de desenhar e traçava metas para si mesmo, sentia que tinha que ganhar prêmios, porque “ganhar prêmios é realização de orgulho” e se ele fez alguma coisa, tinha que “gerar repercussão”.
Ele tem dificuldade em aceitar esforço sem resultados. Durante seu vestibular, ele queria entrar no Instituto de Belas Artes de Sichuan e continuar a desenhar, mas falhou na prova e tirou nota baixa em sua melhor matéria de desenho; até hoje, ele não consegue esquecer o constrangimento. Ele desligou o telefone, tirou o cartão SIM, não comeu e apenas ficou deitado na cama, atordoado, olhando para o teto. Ele passou pelo primeiro “colapso” de sua vida.
Mas esse “colapso” acabou passando, ele aceitou o resultado com calma e foi para a universidade. Como muitos jovens adultos na casa dos 20 anos, aqueles dias eram animados e vibrantes. Frequentemente ia a festas na casa dos amigos, chamava as mães dos amigos de “outra mãe”, ficava deitado no sofá em todas as posições. Eles assistiam a filmes, jogavam videogame e jogos de tabuleiro. Quando seus dois amigos que estavam em um relacionamento brigavam, ele segurava a vela e fazia as pazes entre eles.
Conversa com Xiao Zhan
Você disse que cresceu em uma família tradicional chinesa, o que te fez sentir que ela é tradicional?
Meu pai era muito autoritário e tinha requisitos rígidos. Desde jovem ele me ensinou a pensar pelos outros, a liderar pela virtude, tudo isso, era bem ao estilo chinês. Minha mãe era muito doméstica e dependia muito do meu pai. Eu praticamente cresci apanhando, eles faziam dupla, todos os tipos de surras. Se minha mãe voltasse cedo, ela o faria, até que meu pai voltasse; quando minha mãe se cansava de me bater, meu pai assumia.
Qual foi o confronto mais intenso que você teve com seus pais?
Somos pessoas de Chongqing, então falamos muito alto quando discutimos. Cada vez que discuto com minha mãe, chamamos a atenção das pessoas ao nosso redor. Acho que discutimos com bastante frequência. O mais intenso, deixe-me pensar, nem me lembro sobre o que discutimos, na verdade não foi nada grande, provavelmente foi só que eu não fiz meu dever de casa e queria jogar no computador, ou assistir TV. Discutimos muito, a ponto de minha mãe jogar coisas e depois chorar. Naquela época, eu apenas pensei, ah, agora que penso nisso, penso como nós discutimos tanto sobre algo tão pequeno? E eu me arrependo.
Quando você mudou e sentiu que tinha crescido ou amadurecido?
Na universidade, minha primeira vez nos dormitórios. Antes eu caminhava para a escola, eram 15 minutos da escola até minha casa, via meus pais todos os dias, é claro que viveria um conflito assim. Quando meus pais me mandaram para a universidade, ainda me lembro agora, meu pai que me levou. Pela primeira vez, vivi as emoções do artigo “A Visão das Costas do Meu Pai” e finalmente pude entender o que ele estava tentando expressar. Eles me levaram e disseram, pode ir, sua mãe e eu vamos embora agora. Enquanto caminhavam em direção ao estacionamento, olhei para as costas deles e eu senti que havia crescido, mas a sensação que dá é que estão realmente envelhecendo. Naquele momento, eu disse, preciso ser bom, não posso mais irritá-los.
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Muitas pessoas mencionaram que gostam de você porque você viveu o mundo profissional e podem se identificar com você.
As pessoas podem ter encontrado uma sombra de si mesmas em mim, porque sou apenas uma pessoa muito real vivendo a vida. Eu já fiz design antes, trabalhei, tive uma experiência comum na sociedade, então agora se você me pedir para retratar um funcionário de escritório, provavelmente seria natural para mim (risos), porque entendo os sentimentos de um funcionário de escritório que se espreme para o metrô, tentando vencer o relógio e chegar na hora certa para bater cartão, eu entendo muito bem. E agora, como artista, acho que esse processo foi mágico, nunca havia pensando sobre isso, e se você me pedir para pensar como cheguei a esse ponto, também não sei; logo que a oportunidade surgiu, agarrei-me a ela. Eu acho que não se limita apenas ao meu trabalho atual, mas é o que você precisa fazer em qualquer trabalho, quando a oportunidade surge, você tem que agarrá-la.
Quando você estava no mundo profissional, o que você mais queria?
O que eu mais queria na época, e estou falando de forma totalmente honesta e realista, era ser a proposta vencedora. Tenho que ser a proposta vencedora, tenho que fazer com que os clientes vejam o meu logotipo, acho que todo mundo precisa ter esse tipo de ambição. É claro que esse tipo de ambição não significa que farei algo ruim, apenas farei meu trabalho bem.
Até agora eu lembro, naquela época, todos nós amiguinhos designers sentávamos em fila, todos podiam ver o que os outros estavam fazendo, havia uma competição positiva. Éramos todos jovens que nos recusávamos a perder e tentávamos fazer o melhor trabalho. Acredito que uma pessoa e uma empresa só podem ter um bom desempenho se todos tiverem essa mentalidade.
Como havia competição, vocês se continham na hora de se comunicar?
Não, é por isso que acho que um ambiente bom é muito importante. Todo mundo está competindo com sua habilidade pura, porque quando você está fazendo algo, a tela está bem ali, como você a esconde? Quando você vem, eu vou minimizar a tela? Claro que não. Todos estão abertos e é uma questão de capacidade, de estética e de ideias. Os gostos e as opiniões de cada um são diferentes, se os clientes gostam, gostam, se não gostam, não importa o quão bem você faça, eles não vão gostar.
Então você é uma pessoa muito competitiva?
Quando eu era jovem e desenhava, tinha que ganhar prêmios, se ganhasse um prêmio seria uma realização com orgulho, e quando vejo meus pais ficarem orgulhosos, eu também me sentiria orgulhoso, isso é competitividade, e existe. Minha competitividade vinha do fato de que, se eu conseguia gerar repercussão fazendo alguma coisa, ficaria orgulhoso de mim mesmo. No mundo do trabalho, esse orgulho seria, um logotipo vale uma certa quantia de dinheiro, esse tipo de orgulho é semelhante na indústria do entretenimento; o orgulho que você sente quando seu trabalho é reconhecido e a confiança que você sente.
Você já pensou no que estaria fazendo se nunca tivesse entrado para a indústria do entretenimento?
Às vezes eu penso nisso também, se o tempo voltar, e talvez eu fosse para a escola que eu queria, o caminho da minha vida seria o mesmo? Pode ser diferente, talvez eu ainda estaria na indústria do design e provavelmente estaria chorando no metrô. É bem possível, não é mesmo? As pessoas hoje sofrem muita pressão no trabalho, os preços de casa, moradia e educação dos filhos são muito altos.
Talvez você tivesse sido um escravo corporativo.
E talvez eu tivesse sido um escravo corporativo de ponta. Seria uma vida diferente, então acho que o destino tem um acordo para tudo, agora que estou aqui eu irei tirar o melhor proveito disso.
Você está satisfeito com sua situação atual?
Estou muito satisfeito, o que há para não ficar satisfeito? Estou muito satisfeito com minha situação atual, mas acho que posso melhorar. Ainda há muitas áreas para as quais não me aventurei, seja atuando ou cantando, em várias áreas, ainda posso me desenvolver mais.
A opinião de muitas pessoas sobre você é que você não se perdeu depois de disparar para a fama.
Acho que pode estar relacionado às minhas experiências. Eu vivi a sociedade real, então não preciso dessas coisas falsas. Todos os dias eu digo a mim mesmo: não fui bem hoje, não fui bem aqui, ou ali, e as pessoas às vezes me consolam dizendo, foi bom, e coisa e tal, mas eu diria que sei que não foi. Eu estou ciente, e como dissemos antes, das pessoas ao seu redor que te bajulam, elas existindo ou não, não acho que isso importe; o que é importante é você mesmo.
Depois de entrar nesta indústria, você sente que se tornou uma pessoa mais complexa?
Tornar-se uma pessoa complexa não é uma coisa ruim. Para mim, tenho 29 anos, acho que para uma pessoa crescer continuamente e sobreviver nesta sociedade, é preciso aprender a ser uma pessoa complexa. Se você é apenas ingênuo e precipitado, não acho que isso seja adequado. Complexidade não é a antítese da bondade. Uma pessoa complexa pode levar muitas coisas em consideração. Para mim, me preocupo muito com o que as outras pessoas sentem. Antes de dizer algo, considerarei como isso pode fazer as outras pessoas se sentirem, se as deixará desconfortáveis ou se estou apontando diretamente uma área em que elas tem uma pendência, se isso as deixará constrangidas. Essas são perguntas sobre as quais uma pessoa complexa pensará, multifacetada e em várias camadas, mas isso não significa que essa pessoa não seja gentil ou inocente. Todas as pessoas têm múltiplos lados, não acho que haja nada de errado nisso, mas você precisa sempre manter aquela pureza e bondade iniciais.
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Reaction - Você tendo muitos pelos pelo corpo.
JIN
“Vão querer mais alguma coisa?” O garçom perguntou enquanto terminava de anotar os seus pedidos.
“Não, só isso.” Seu namorado respondeu e você sorriu para o homem que se afastou logo em seguida. “Que bom que conseguimos arrumar um tempo para vir aqui.” Ele disse, estendendo uma mão por cima da mesa para que você a segurasse.
“Fazia bastante tempo mesmo que não é?” Entrelaçou os dedos com os dele.
Ficaram conversando por alguns minutos, enquanto esperavam os seus pedidos, quando você viu seu namorado descer os olhos para as duas mãos e inclinar a cabeça levemente para o lado enquanto observava alguma coisa.
“O que foi?” O perguntou.
“Ah.” Ele te olhou, abrindo um sorriso. “Você tem pelinhos nos dedos.” Assim que ouviu ele dizer isso, puxou a sua mão da dele e a colocou no seu colo, embaixo da mesa, fazendo com que ele te olhasse confuso e um pouco assustado. “O que foi?” Te perguntou preocupado.
“Nada.” Virou o rosto para evitar os olhos dele.
“S/N” Chamou. “Olha para mim, jagiya. Por favor” Você olhou para baixo por alguns segundo antes de levantar a cabeça. “Eu falei alguma coisa errada?”
“Não.” Suspirou. “É que eu não gosto muito disso.”
“Disso o que?” Pareceu confuso mais uma vez.
Você colocou ambas as mãos em cima da mesa, apontando para os pelinhos que tinha em algumas partes do dedo.
“Disso.” O olhou.
“S/N.” Pegou sua mão com as dele de novo. “Isso aqui é parte de você. Não tem porque não gostar.”
“Eu sei que é uma parte de mim, mas…”
“Mas nada.” Te interrompeu. “Esses pelinhos são um parte muito importante de uma mulher que eu amo muito então é melhor não desrespeitá-los.” Ele falou fingindo estar bravo, mas rindo logo em seguida.
“Tudo bem.” Sorriu ao ver ele levar sua mão até a boca e deixar um beijo em cima dos seus dedos.
YOONGI
Você estava no sofá com o seu namorado, assistindo a um filme qualquer que ele colocou na Netflix. Não estavam prestando muita atenção no filme, e sim na conversa que estavam tendo.
Ele estava sentado com as pernas esticadas no sofá, e você estava encostada no peito dele. Como ele estava com os braços em sua volta, em um certo momento ele começou a fazer carinho nos seus braços. No começo você não deu muita atenção, mas então percebeu que ele estava fazendo pequenos círculos nos seus pelos do braço, e começou a ficar incomodada.
“Yoongi, para.” Você falou um pouco baixo, mas foi o suficiente para ele te ouvir e para de se mexer.
“O que aconteceu?” Perguntou.
“Nada.” Se levantou do peito dele. “É só que eu não gosto que mexam nos pelos do meu braço.” Se virou de frente para ele, o encontrando com uma expressão confusa no rosto.
“Por que não?”
“Porque eu não gosto deles.” Ele pareceu ficar mais confuso ainda. “Você sabe muito bem que eu tenho muito mais pelos que as outras garotas, e que eu não gosto nada disso.”
“Que você tem mais pelos eu sei, mas nunca me disse que não gostava deles.” Relaxou a expressão depois que te ouviu.
“E precisa dizer?”
“Não tem outro jeito de eu saber.” Te puxou para perto dele de novo. “Até porque eu acho tudo em você lindo. Não consigo entender como não gosta de alguma coisa em você.”
“Não exagera.” Disse, rindo um pouco.
“Você me conhece, eu digo apenas os fatos.” Você riu de novo. “Não ri não, eu estou falando sério.” Ele disse, mas começou a rir com você logo em seguida. “Só que de verdade, não sei porque não gosta dos seus pelinhos. Ainda mais os do braço! Eles são tão lindos, poxa.”
HOSEOK
“Você podia usar aquela blusa que eu te dei!” Seu namorado disse enquanto você escolhia uma roupa para colocar.
Vocês iam aproveitar que o dia estava ensolarado para dar um passeio por um parque.
“Não, eu vou colocar uma camiseta mesmo.” O respondeu, tentando evitar ter que colocar uma blusa curta.
“Mas está calor!” Ele disse se levantando da cama. “A que eu dei é mais fresca.”
“Só que eu não quero colocar ela, Hobi.” Disse calma.
“Por que não?” Franziu as sobrancelhas te olhando.
Você soltou um suspiro, e se virou para poder o olhar de frente.
“Ela mostra demais a minha barriga.”
“E daí?” Ele pareceu realmente confuso.
“Eu não quero que as pessoas vejam ela.”
“Por que não?” Ele começou a parecer preocupado.
“Ah, não é nada demais. É só que eu estou com pelinhos demais na barriga.”
Você pegou uma camiseta para vestir e começou aí para o banheiro, mas parou quando seu namorado segurou o seu braço.
“Coloca esse.” Ele disse, te entregando a blusa que tinha dito que deveria usar.
“Hobi…”
“Eu sei que você gostou dessa blusa, S/N.” Te olhou carinhoso. “Se você realmente não quiser usar ela, tudo bem. Mas se for só por medo do que outras pessoas vão achar ao verem seus pelinhos na barriga, então esquece isso e coloca essa blusa, porque ela vai ficar linda em você.” Você sorriu, jogando a camiseta que estava segurando na cama, e pegando a peça de roupa que ele estava segurando.
NAMJOON
Assim que saiu do banheiro depois de tomar o seu banho, percebeu que o seu namorado franziu as sobrancelhas ao olhar para o seu pijama.
“Por que colocou uma calça para dormir?” Levantou o olhar para você.
“Ué. É o meu pijama.” Olhou para baixo. “O que é que tem?”
“Nada. É que está calor, não acha melhor colocar um short?”
“Hm.” Começou a andar para a cama. “Não, eu estou bem.” Se sentou.
“Eu acho que você vai ficar com calor.” Ele insistiu.
“Não vou não, Joonie. Fica tranquilo.”
“Por que não quer colocar um short curto?”
“Por nada.” O olhou.
“S/N, eu te conheço.” Você desviou o olhar. “Porque não quer colocar um short?”
“Não é nada, Namjoon.” Voltou a o olhar. “Eu só não consegui me depilar essa semana, só isso.”
“É o que é que tem?” Ele levantou uma sobrancelha.
“O que é que tem é que os meus pelos crescem muito rápido e agora minha perna está toda cabeluda.”
“E por que você não pode usar um short?” Você o olhou. “Eu também tenho pelos nas pernas, e você sempre vê eles. Não sei por que não posso ver os seus também.”
“É diferente, Joonie.” Suspirou.
“Não é não. E é muito injusto você ter que usar calça nesse calor, também.” Ele se levantou.
“Onde você está indo?” O perguntou.
“Eu vou pegar seus shorts de pijama.” Você sorriu. “Não sai daí!”
JIMIN
“O que aconteceu?” Seu namorado te perguntou, fazendo com que olhasse para ele confusa. “Na sua perna.”
“Ah.” Disse, olhando para baixo e percebendo que estava coçando ela a um tempo. “Eu tive uma reação alérgica na depilação.”
“Você sempre tem isso?” Ele se sentou do seu lado no sofá.
“Aham. Mas amanhã já começa a sair.”
“E por que ainda faz isso?” O olhou confusa mais uma vez. “Isso claramente não é bom para a sua pele, por que ainda faz?”
“Porque eu preciso, ué.” O respondeu dando de ombros e se levantando, começando a andar em direção a cozinha.
“É sério, jagiya.” Ele começou a ir atrás de você. “Isso pode te trazer problemas maiores depois, acho que deveria pelo menos passar um tempo sem fazer nada na perna.”
“Eu não posso, Jimin.” Parou de andar, se virando para o encarar. “Se eu não fizer isso, minha perna vai ficar horrível!”
“Como assim horrível?” Ele franziu a testa.
“Se eu não depilar, meus pelos vão crescer, e se eles crescerem, minha perna vai ficar muito feia.”
“Que bobagem, S/N!” Ele disse. “Primeiro que as suas pernas são lindas de qualquer jeito. Não vão ser seu pelos que vão mudar isso.” Ele apontou para elas. “E segundo, que você deveria priorizar a sua saúde. Eu realmente acho que isso pode ser perigoso para você. Ela está toda vermelha!”
“Não é tão ruim assim.” Falou um pouco envergonhada, olhando para baixo.
“S/N.” Ele segurou o seu rosto delicadamente, fazendo você olhar para ele. “Eu estou preocupado. Me promete que vai pelo menos dar um tempo nisso? Para a sua pele poder ter um tempo de paz?”
“Tudo bem.” Deu um leve sorriso para ele. “Vou tentar.”
TAEHYUNG
Você estava passando um tempo com o seu namorado. Estava concentrada no seu livro enquanto ele mexia em uma câmera fotográfica nova do seu lado, e se assustou quando o flash dela piscou em sua direção, fazendo você se virar para ele em um pulo.
“Meu Deus, Tae, que susto.” Disse, colocando a mão no peito.
“Desculpa.” Ele riu. “É que você estava tão bonita que eu quis tirar uma foto sua.” Ele virou a câmera para você poder ver. “Olha!”
Você pegou o aparelho com um sorriso no rosto, mas assim que começou a prestar atenção na fotografia, percebeu alguns detalhes que não lhe agradavam nem um pouco. O principal deles sendo os pequenos pelos que tinha por grande parte do rosto, que tinham sido muito mais realçado com a luz forte e a qualidade da câmera.
“Apaga ela.” Disse, devolvendo o aparelho e fechando a cara.
“O que?” Te olhou com a testa franzida. “Por que?”
“Eu não gostei. Fiquei muito feia nela.”
“Não ficou não.” Ele voltou a olhar para a foto.
“Claro que eu fiquei! Olha aí!” Se aproximou dele. “Olha minha bochecha, está cheia de pelos! Sem contar esses cabelinhos que ficam crescendo onde não devem!”
“E o que é que tem?” Te olhou. “Você continua linda, com ou sem essas coisas.”
“Não precisa ficar falando essas coisas só para me agradar.” O olhou. “É só apagar a foto. Depois a gente tira uma melhor!”
“Não estou falando nada para te agradar. Você é realmente linda com cada coisinha que tem em você.” Deixou a câmera de lado. “Não consigo imaginar como você poderia ficar melhor.” Você sorriu com as palavras dele, que se inclinou e depositou um leve beijo em seus lábios.
JUNGKOOK
“Olha pra mim.” Seu namorado disse do seu lado, e você fez o que ele pediu. “Agora olha para o lado.” Fez o que ele pediu de novo, mesmo estando confusa. “Isso. Agora fica parada.”
Você ainda não estava entendendo o que ele estava querendo, e a situação só piorou quando ele levou o dedo indicador dele para baixo do seu nariz e começou a movimentá-lo de uma maneira delicada.
“O que você está fazendo?” Perguntou, tentando não se mexer muito.
“Você tem um bigodinho.” Ao ouvir essas palavras, sua primeira reação foi afastar a mão dele de uma maneira um pouco agressiva, se levantando do sofá e começando a andar em direção ao seu quarto. “Ei, jagiya! Espera aí!” Ele te segurou pelo braço. “O que foi?”
“Nada, Jungkook.” Se soltou dele, voltando a andar.
“Foi pelo o que eu fiz?” Ele andou até ficar na sua frente, te segurando pelos ombros. “Desculpa, eu não quis te magoar.”
“Tudo bem, esquece isso.” Suspirou, tentando andar, mas sendo impedida por ele mais uma vez.
“Mas por que ficou ofendida?” Ele te perguntou.
“Kookie, esquece isso.” Olhou para baixo.
“Por favor, jagiya.” Ele levantou o seu rosto delicadamente. “Me fala por que ficou assim.”
“Você sabe que eu não gosto que eu tenha pêlos em certos lugares.” Ele franziu a testa. “E com certeza o fato de meu namorado ter percebido que eu tenho um bigode não me deixou nem um pouquinho melhor com isso.”
“S/N…” Ele começou, soltando um suspiro. “Primeiro me desculpa, de verdade. Eu não fiz para e ofender. É que eu olhei para ele e achei tão fofo que quis saber como seria passar a mão.” Você sorriu um pouco com a explicação dele. “Mas eu fiz por impulso, esqueci que não gosta, me desculpa.”
“Tudo bem.” Sorriu um pouco mais.
“Mas, além disso, eu quero que você saiba que cada uma dessas partes do seu corpo que você queria que fossem diferentes são perfeitas.” Ele colocou as mãos em suas bochechas. “Quando eu me apaixonei por você eu também me apaixonei por cada uma delas, e é estranho pensar que você não as enxerga com tanta beleza quanto eu.” Ele se curvou um pouco, deixando um beijo nos seus lábios.
Oi! Como vocês estão? Estão bem?
Eu espero que tenham gostado, e me desculpe por qualquer erro!
#reaction bts#bts#jin#yoongi#hoseok#namjoon#jimin#taehyung#jungkook#bts reaction#kim seokjin#min yoongi#jung hoseok#kim namjoon#park jimin#kim taehyung#jeon jungkook#seokjin#suga#j hope#rm#v#jk#hoseok reaction#jimin reaction#namjoon reaction#taehyung reaction#yoongi reaction#jin reaction#jungkook reaction
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5 PARADINHAS #50: Cinco dramas coreanos para você assistir na Netflix
por Juliana Arruda
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Hoje eu vou trazer cinco dicas de dramas coreanos pra você maratonar e recuperar as energias. Afinal, com o caos todo que está o nosso país, fica difícil lidar com tudo sem ficar triste, revoltado, desmotivado, não é? Em tempos assim eu preciso me dar uma pausa pra respirar fundo, olhar pro céu e pedir por dias melhores (voltar a ter esperanças). Depois disso eu procuro algum drama pra assistir e as coisas parecem voltar, aos poucos, pro eixo (isso quando eu não fico sem internet, né, pois fica complicado usar todo o meu pacote 4g em dramas).
Mas, então, vamos ao que importa!
1. Navillera
A história é tão linda que me fez chorar em quase todos os episódios.
Conta a história do Sr. Sim, que sempre quis fazer balé, mas nunca teve a chance. Primeiro porque a situação financeira não permitia, e segundo por causa do pai, extremamente conservador. Então o Sr. Sim seguiu com a vida, ficou idoso, mas nunca deixou de sonhar em fazer o que queria.
Daí ele conhece o Chae Rok, o bailarino que está treinando bastante para ser reconhecido pelo seu talento, que passa a ser o seu professor.
O que mais me fez gostar do drama foi a mensagem de nunca impor limites pros seus sonhos, seja eles quais forem. E é normalmente isso o que a gente faz, falo isso por experiência própria; digo, de sempre nos colocar limites, de fazer sempre o que os outros querem e se perder no caminho...
Então é sempre bom lembrar que você pode fingir que não quer ou que desistiu, mas o sonho sempre vai estar dentro de você perguntando o motivo de não ter tentado. E se você não descobriu ainda, tudo bem, você vai ter seu tempo para saber.
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2. Vincenzo
Um ícone memorável precisa ser enaltecido, não é mesmo? Esse foi o último drama que vi, antes da internet me deixar na mão.
Então, aqui conta a história de Vincenzo Cassano, um mafioso italiano que volta pra Coreia a fim de pegar o ouro que escondeu em um prédio antigo. Chegando lá, ele descobre que quase todos os terrenos da região fazem parte do patrimômio (enorme $$) da empresa Babel e o seu sócio está sendo ameaçado para que o prédio seja vendido.
Vejam bem, o Vincenzo não queria guerra com ninguém. Ele só foi buscar o que era dele, mas como foi provocado, não teve como ignorar os acontecimentos que se seguiram (claro que não vou contar ou vai ser spoiler). O que posso dizer é que tem muita porrada, muito tiro, cenas engraçadas e o enredo é completamente inteligente. A última vez que fiquei tão empolgada com um drama de ação foi em City Hunter (2012).
Ah, tem uma dose de romance também, mas o foco aqui não é esse. O foco é no prédio: “QUESTO EDIFICIO È MIO” - e no Vicenzo (Bintchenzo Quassano)!
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3. It’s not to be okay
Aqui entramos em um tópico totalmente sensível, pois esse drama me fez chorar em todos os episódios. A forma como tudo foi retratado na história - e os contos infantis - me causou uma bola de nó na garganta. Sim, não apenas um nó, mas uma bola dele.
Vejam bem, não é que esse drama seja pra chorar, mas pra refletir. Pessoas possuem traumas, cicatrizes; outras apenas nascem diferentes e tudo bem - tudo bem não ser normal. Invalidar e desmerecer os sentimentos que cada um carrega pode ser nocivo.
Então aqui temos o Gang Tae, um enfermeiro que trabalha em hospitais psiquiátricos; o irmão mais velho dele, Sang Tae, que apresenta o transtorno do espectro autista, desenha demais e é fã da autora de livros infantis Moon Young (que apresenta transtorno de personalidade).
Cada episódio nos faz refletir sobre tudo, desde a nossa relação com a família, amigos e trabalho, além de nós mesmos.
A editora intrínseca publicou recentemente os contos dessa história. Vocês podem conferir aqui. Eu, aliás, não consigo ter uma história favorita. A que mais me tocou fundo foi a dO Menino que se alimentava de pesadelos, mas a que mais me fez chorar foi Criança Zumbi. Vocês já leram?
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4. Chicago Typewriter
Dor e sofrimento.
HAHAHAHAHAHAHA
Na verdade essa história é fantástica, que me fez arrancar lágrimas no final. Se trata de um drama ambientado na época em que os japoneses ocuparam a Coreia, e na atualidade. Passado e presente ligando os três personagens principais aos sentimentos de amor, amizade e lealdade.
No passado eles faziam parte de um grupo de resistência que buscavam a independência da Coreia, mas nos tempos atuais são apenas: um escritor famoso, uma fã e um escritor fantasma.
Já faz um tempinho que assisti esse drama, mas sempre que alguém me pergunta se vale a pena, eu digo sem rodeios: VÁ ASSISTIR AGORA! Afinal, se um fantasma fica preso a uma máquina de escrever, é porque alguém precisa contar a verdade sobre tudo o que aconteceu.
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5. Run On
Run On é tão fofinho, mas também tão real, que precisei trazer pra cá.
Conta a história de um atleta famoso, Seon Gyeom, que tem problemas familiares e, por causa deles, acaba se anulando em diversas situações; e a história da tradutora Mi Joo, que precisou ralar muito pra se formar no que ama, possui um talento incrível, mas não consegue receber a credibilidade que merece. Eles acabam se conhecendo e, claro, se apaixonando (mas eles não conseguem superar o meu casal secundário, me desculpem aí se vocês não concordam).
Aqui não existe um conflito complexo com peças de quebra-cabeça, apenas o cotidiano dos personagens em uma vivência real, o que acontece nos relacionamentos familiares, amorosos... Vocês vão gostar, também tem um pouco de humor. :D
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E essa é a dica de dramas coreanos que dou hoje pra você maratonar. Já assistiu algum? O que achou? Se ainda não viu, corre pra ver - e depois vem comentar aqui pra me dizer o que achou! Vou adorar conversar sobre eles! <3
#cinco paradinhas#juliana arruda#5 paradinhas#navillera#chicago typewriter#run on#vincenzo#vincenzo cassano#it's not to be okay#dramas coreanos#kdramas#dramas
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Anseios e Sentires
Não tenho mais aspirações, me resumo a um tedio cansativo e constante, algo imóvel, me sinto congelada em mim mesma, no mesmo tempo e lugar o tempo todo, não consigo ver a continuação do caminho e quando vejo o anseio é forte demais, me sinto desmanchar em um liquido continuo, sem que eu saiba qual seja o fim.
Litros e litros escorrem de mim, me sinto um cubo de gelo no sol do deserto, me sinto queimar em um sol ardente e brilhante, que dói como fogo lento e quente contra a pele, dor.
Me resumo em sonhos infantis da garota que um dia em mim quis ser atriz! Cantora! Fazer papeis importantes em musicais, em lugares, mas sonhos que sempre foram quebrados com a consciência de que eu nunca fui nada, é satisfatório, certas vezes, não ser. Ser aquele pequeno ser em um universo ilimitado, profundo e infinito. Mas a agonia me é maior, o medo me suga a alma, minha mente grita “Quero ser alguém! Quero ser lembrada! Quero que vejam o quanto tento o meu melhor!”. Tudo a troco de absolutamente nada. Me lembro da segunda serie e momentos, desses que aparecem, memórias curtas mas cheias de sentimento, me lembro de sentar no banco e me sentir a mais invisível pessoa, a mais estranha, sempre me senti estranha, nunca entendi o porquê, mas o peso se tornou um novo membro no meu corpo, sinto mas não preciso deixar ir, ele só existe. E naqueles momentos, eu nunca entendia o sentimento, passei a entender quando consegui entender o que era sentir, medo, amor, coragem, cada sentimento que me formou até aqui, cada momento ininterrupto da dor que é sentir.
E sentada nos bancos sozinhos da vida, sozinhos e rodeados de gente, eu me sentia evitável. Nunca sentariam do meu lado e eu sabia, sempre soube, assim como nesses bancos da escola ou nos bancos de uma igreja, os bancos em um cinema, os bancos em uma praça, eu era magneticamente evitável, comecei a tentar entender, comecei a tentar existir e errei miseravelmente quando tentei ser aquilo que eu não sou, porque, mesmo que eu não saiba exatamente o que isso significa, eu sei, que só nasci pra ser eu.
Como um destino triste e as vezes trágico, uma dor latente no peito, um luto que se torna passado, um sentimento que se desgasta aos poucos, eu nasci para ser eu, e isso é a coisa mais confusa, ser alguém que não é algo, não é nada além de um coração visto por poucos de perto, com uma coleção de facadas, tragicamente montada pra ser algo que não nasceu pra ser, presa em seus próprios anseios, ilusões e fabulas, ser alguém que não consegue ser visto, não além do que acham essencial, e quando me veem, tudo se torna magico de novo, eu me sinto algo! Eu me sinto viva! Só que em varias vezes esse sentimento se tornou em uma magoa tão triste e dolorosa que, no fim, prefiro na maior parte do tempo, que não me vejam de forma nenhuma, mesmo que por dentro tenha uma chama que diz “Eu quero ser conhecida, eu quero despertar interesses maiores do que matéria, corpo, maiores do que alma, eu quero que me entendam, quero que me olhem, não quero toques, não quero nada além da sensação de não estar sendo sempre morta por alguém, me note! Me veja! Me ajude!” E a voz para de gritar, a cabeça volta a não pensar, (de alguma forma pensando incontrolavelmente), e eu tento mais uma vez focar no que é aqui e o que não pode não ser, eu sou só eu mesma, sem coisa alguma que mude os sonhos, os sentimentos, os desejos, a incrível invisibilidade, e quando percebo, me vejo agradecendo por pelo menos, além de insegurança e insignificância, sentir também amor, coragem e esperança, mesmo que eu não entenda a fonte, estão grudadas em mim, e são realçadas, tocadas, massageadas pelas musicas de peças, por atrizes e atores, por livros, por magica, por sorrisos amigos, por flores e pelo verde, pelo medo, pelas canções que ressoam o dia todo em minha mente, e em um piscar de olhos vejo que por dentro sou mais do que qualquer um poderia ver, e quero ver o que são as pessoas por dentro, encontro as certas as vezes, nas erradas, mas nunca deixo de carregar comigo a mala de uma lembrança, “Quem é você?” E eu já sei, eu já vi, em algum momento eu vi, e não sou capaz de nunca esquecer os brilhos de quem um dia já me viu brilhar (no escuro, comigo, por vontade, sem medo.) E com isso fizesse que eu me sentisse, novamente, alguém novo.
#literature#art#poetry#musicians#writing#writeblr#written#poesia#brazil#Brasil#indie#pandemia#covid#esperança#sonhos#juventude
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SOMENTE O PODER DOS PODERES, NATURAL DA NATUREZA, TEM PODER PARA ACERTAR NOSSAS VIDAS.
A humanidade desconhece ainda, em maioria, quem é a GRANDEZA e o PODER que mantém a Natureza da qual fazemos parte.
A Natureza na qual estamos vivendo é uma Natureza deformada, tanto assim que tudo e todos são diferentes, com seus males, com seus defeitos, com suas intempéries, mas, mesmo assim, a Natureza deformada é sempre mais forte que o mais poderoso homem.
As pessoas vivem neste mundo e não se interessam em conhecer de onde vieram e como foram formadas. Vão inventando lendas e estórias nunca comprovadas, sem pé e sem cabeça, extraídas de suas imaginações, por isso, essas verdades aparentes não conseguem evoluir o ser humano, a ponto de todos viverem uns contra os outros – porque não são VERDADES.
E se assim procedem, claro está, que o conhecimento desenvolvido na Terra, nada tem a ver com a realidade SUPERIOR da Natureza.
Olhemos para o firmamento: é um teto do qual dependemos em tudo para viver, que dirige e comanda a água, a terra, os animais e os vegetais – muito poderoso o reino do espaço. Mas, além dele, acima das estrelas, da lua, do sol e dos planetas, há uma dimensão muito maior e mais poderosa, assim como acima dela há um poder maior, que é o PODER DOS PODERES, de onde saímos um dia para dar causa a este mundo deformado em que vivemos.
Vejam, amigos, a insignificância em que nos tornamos, por termos nos divorciado do PODER MAIOR para nos reduzir a simples animais, dependentes de tudo e de todos no chão e de tudo e de todos do espaço.
Como saber dar andamento certo e positivo a nossas vidas sem conhecer todos esses poderes acima de nós?
E foi assim, de geração a geração, completamente desconhecidos de tudo, que chegamos até o presente momento, onde o mundo se transformou em um verdadeiro hospício de experiências sem o menor fundamento, ignorantes da base e da lógica da vida.
Por isso, tudo e todos sofrem, porque a humanidade com sua ignorância, a qual julga ser o verdadeiro saber, vai esmagando e depredando tudo à busca de uma solução definitiva e nunca a encontrando. Ao contrário, vai provocando a degeneração cada vez maior e mais rápida da vida deste segundo mundo. Quem experimenta é porque não sabe. Quem sabe, age dentro do CERTO e do DIREITO, não precisa experimentar.
E essas experiências milenares somente têm servido para aumentar o sofrimento de todos os seres: visíveis e invisíveis. Invisíveis, sim, porque há um mundo paralelo deformado que nos induz às experiências por também não possuírem, esses invisíveis, o VERDADEIRO SABER.
Portanto, é chegada a hora, e já faz tempo, que a humanidade e o mundo invisível deformado, que sempre nos regeu, precisam reconhecer a necessidade URGENTE de tomar conhecimento do VERDADEIRO SABER e colocá-lo em prática, pois, essa vida de experiências nunca trouxe, não traz e jamais trará a solução de coisa alguma para ninguém – nem para os visíveis, nem para os invisíveis.
E viver assim sem solução verdadeira e definitiva de tudo e de todos, não vale a pena, porque só faz PENAR!
Eis o quanto é perigoso a humanidade continuar vivendo sem se conhecer, ignorando o SABER de QUEM SOMOS, DE ONDE VIEMOS e PARA ONDE VAMOS, que já na Terra se encontra na CULTURA RACIONAL.
Portanto, amigo, evite abrir seus negócios e querer progredir alguma coisa sem conhecer a CULTURA RACIONAL, que é a cultura natural da Natureza, para o desenvolvimento do raciocínio, e que nos tira da linha das experiências, que é a linha o pensamento, que nunca resolveu nada de definitivo para a humanidade.
Com a chegada da CULTURA RACIONAL, a cultura do PODER DOS PODERES, a cultura do raciocínio, o pensamento foi afastado, tendo fim a linha das experiências, por na CULTURA RACIONAL a humanidade ser orientada sobre a VERDADE das verdades, para acertar sua vida de forma definitiva, sem ter que dar cabeçadas num “cai e levanta”, que não tem fim.
Por quê?
Porque a CULTURA RACIONAL não foi feita por homem algum deste mundo, deste segundo mundo.
E, assim, com o fim da fase do pensamento, passou a comandar a Natureza outra Energia, a energia do raciocínio, a ENERGIA RACIONAL, abrindo na Terra a Nova Fase, a Fase Redentora, a Fase da SOLUÇÃO DA VIDA, a Fase Racional do Terceiro Milênio.
Conheça essa Fase , amigo, para ter provas e comprovações de que somente ELE, o RACIOCÍNIO DESENVOLVIDO, irá acertar a vida de toda a humanidade.
Esse desenvolvimento você encontrará no Livro “Universo em Desencanto”, de Cultura Racional, através do qual sua pessoa terá um Condutor Racional a lhe dirigir para as aberturas necessárias para os seus negócios, para a solução de seus problemas e de sua vida e da vida de sua família.
Tudo isso conseguido através da ORIENTAÇÃO CERTA e POSITIVA do seu Condutor Racional, orientação essa que virá através de sua leitura diária, séria e paciente de “Universo em Desencanto”.
E assim, com a persistência na leitura, sua pessoa vai VENCENDO tudo que for preciso ser vencido para o seu equilíbrio moral, físico e financeiro. Tudo conseguido só com a leitura e a prática de todo o SABER VERDADEIRO, do qual sua pessoa vai se tornando ciente.
Aí, pouco a pouco e muito naturalmente, vão tendo fim os seus pesadelos, seus desajustes morais, físicos e financeiros e vai chegando a alegria de ver finalmente o seu orçamento familiar equilibrado e a paz reinando em seu lar: todos se respeitando.
Amigo, veja então sua pessoa que, para tudo dar CERTO na vida de todos, só com o desenvolvimento do raciocínio, só com a CULTURA RACIONAL, porque a cultura do pensamento faliu e, por ter falido, com o pensamento ninguém resolve mais nada – é só lutas, guerras, sofrimentos e a mortandade, como há muito tem sido.
Por isso, afirmamos com toda segurança, que a fase é do RACIOCÍNIO, a Fase Racional, porque somente o RACIOCÍNIO em função poderá lhe ajudar e encaminhar sua vida para o CERTO e o DIREITO, de acordo com as leis naturais imutáveis da Natureza SUPERIOR, que é o PODER DOS PODERES.
VÁ para esse Livro e tenha as provas e comprovações das mudanças positivas que surgirão em sua vida e na vida de sua família.
O Livro é “Universo em Desencanto”, de Cultura Racional. Esse é o Livro, VÁ para ELE e seja feliz!!!
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Série: Refutando a purificação de animais impuros.
Bem: essa aqui é a postagem inaugural dessa série. Confesso à vocês que eu estou bem receoso em falar sobre esse assunto. Sabe, até aqui, dos estudos que eu fiz e que eu postei, eu creio que foi bem tranquilo para falar deles. Todavia, ao falar do assunto sobre a alimentação, eu me lembro de uma frase muito feliz que eu ouvi de alguém uma vez: “Mexer na alimentação de alguém é o mesmo que mexer no pote de comida de um cão quando ele está comendo”.
Infelizmente, gente, eu não posso evitar falar daquilo que Deus requer que eu fale. E eu sei que tem muita lenha para se queimar sobre esse assunto. É por isso que, pela Bíblia, veremos passo a passo cada texto que aparentemente fala do assunto de animais puros e dos animais impuros e entenderemos, assim, qual é a vontade de Deus para nós no que tange o assunto da alimentação.
Haja vista que precisamos de uma introdução para, de fato, entrar no assunto, é isso que acontecerá nessa primeira postagem. Digo isso porque é muito fácil pegar textos isolados e fazer doutrinas em cima deles, né? E eu creio que, com certeza, não é isso o queremos ao fazer essa série.
Mas qual é o ponto, afinal? O que queremos hoje? Ora, hoje, nós responderemos a quatro perguntas: a lei sobre animais puros e impuros é uma lei mosaica? Devo seguir a lei sobre animais puros e impuros já que ela está no Velho Testamento? Qual é a alimentação ideal de Deus? Existem exemplos na Bíblia de pessoas que recusaram carnes imundas?
Antes de iniciar o estudo à valer, eu quero deixar uma coisa bem clara em relação a essa série. Vejam bem: a minha ideia não é pregar a salvação pelo alimento. Não é nada disso. A única coisa que nos salva é tão somente a graça. A questão de eu querer fazer essa série é pelo cuidado que devemos ter com o nosso corpo para que possamos ter mais sensibilidade a voz do Espírito Santo. Esse é um princípio, amados. Vocês se lembram?
1Coríntios 10:31 Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.
Sendo assim, vamos começar a sabatinada? Espero mesmo que essa série seja edificante para todos nós e que, assim sendo, possamos compreender a verdadeira vontade de Deus para as nossas vidas também em relação a alimentação.
Afinal de contas: a lei de saúde sobre animais puros e animais impuros, é uma lei de Moisés?
Sabe, eu vejo e revejo pessoas falando que essa lei fora dada por Moisés e que, portanto, não vale mais nos dias de hoje. Vejo pessoas tirando textos dos seus devidos contextos para poderem dar mais razão aos seus próprios estômagos do que para o que o próprio Deus diz. Sei que muitos textos bíblicos dão a entender que Jesus purificou todos os alimentos, e nós estudaremos esses textos nessa série. Todavia, não é bem por ai que a Bíblia ensina. Inclusive, tem havido muita falta de atenção da maioria dos leitores da Bíblia em relação a esse assunto.
Amados, a função de Jesus quando veio á Terra, nunca foi purificar os alimentos impuros. A função de Jesus, nessa Terra, era uma só:
Lucas 5:32 Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento.
Caros amigos, Jesus veio nos ensinar a como ser verdadeiramente tementes a Deus. Além disso, o propósito Dele sempre foi e ainda é nos salvar. O foco de Jesus é a salvação do ser humano caído e não a purificação de alimentos, certo? Não há, na Bíblia, qualquer relato que diga que um dos propósitos de Jesus era referente a purificação de animais impuros. Simplesmente não existe nada na Bíblia que anule as leis de Levítico capítulo onze.
“Ah, mas em Mateus, Marcos, Romanos e mais outros livros falam que os alimentos não fazem mal para o corpo”. Eu sei desses versos, meus amigos. E podem ter certeza que eu os conheço muito bem. Aliás, nós estudaremos cada um deles dentro dos seus respectivos contextos, um por um. E eles não falam o que muita gente pensa que eles falam. Mas hoje, amados, focaremos na introdução dessa série.
Entendido que o propósito de Jesus não era purificar animais impuros, temos ainda que responder a primeira pergunta, certo? Vamos a ela?
Gênesis 7:2 Leve com você sete casais de cada espécie de animal puro, macho e fêmea, e um casal de cada espécie de animal impuro, macho e fêmea, 3 e leve também sete casais de aves de cada espécie, macho e fêmea, a fim de preservá-los em toda a terra.
Amados, a lei de Levítico descrita no capítulo onze, não é uma lei de Moisés. Antes mesmo de o dilúvio acontecer, o próprio Deus já havia feito a separação de animais puros e de animais impuros. Essa conversa de que “Ah, é uma lei de Moisés, era só para o povo israelita” não tem qualquer base bíblica. Até porque, antes do dilúvio não havia israelita e não israelita, ainda. Essa lei foi dada por Deus e para a humanidade ao invés de essa lei ser dada para um único povo. Ela apenas é ratificada no capítulo de Levítico, mas ela tem a sua criação, a sua origem, no livro de Gênesis. E o autor, claro, é o próprio Deus.
E lembremos o seguinte, também: qual que era a função de Israel?
Deuteronômio 4:5 “Eu ensinei a vocês decretos e leis, como me ordenou o Senhor, o meu Deus, para que sejam cumpridos na terra na qual vocês estão entrando para dela tomar posse. 6 Vocês devem obedecer-lhes e cumpri-los, pois assim os outros povos verão a sabedoria e o discernimento de vocês. Quando eles ouvirem todos estes decretos, dirão: ‘De fato esta grande nação é um povo sábio e inteligente’.
Amigos, do mesmo jeito que a nossa função é servir de exemplo para os descrentes se aproximarem de Deus, a função dos israelitas era servir de exemplo para que os povos pagãos se aproximassem de Deus. É isso que os próprios versos de Deuteronômio dizem. Então ainda que essa lei tivesse sido dada para os israelitas, ela não se detinha apenas aos israelitas. Todo aquele que participasse do arraial de Deus, mesmo que não fosse de Israel, deveria também buscar fazer a vontade de Deus. A ideia, simplesmente, era que o povo de Deus levasse os Seus ensinos aos outros povos para que eles os imitassem:
Zacarias 8:22 E muitos povos e nações poderosas virão buscar o Senhor dos Exércitos em Jerusalém e suplicar o seu favor. 23 Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Naqueles dias, dez homens de todas as línguas e nações agarrarão firmemente a barra das vestes de um judeu e dirão: ‘Nós vamos com você porque ouvimos dizer que Deus está com o seu povo”.
Pensem comigo: se os animais impuros faziam mal para os israelitas, acham mesmo que eles não fariam mal para nós mesmo nos dias de hoje? Que mágica é essa que faz com que os animais impuros simplesmente parem de fazer mal ao nosso corpo? Vocês acham mesmo que Deus simplesmente os deu como impuros por mera casualidade? Devemos lembrar, meus caros leitores, que o porco, por exemplo, mata. A própria medicina nos mostra casos e casos de vermes de porcos na cabeça das pessoas que comem as suas carnes.
“Ah, mas, e se o porco é bem tratado?”. O problema, queridos, não está em como o porco é tratado. O problema está no sistema digestivo do porco. Ele não libera as toxinas daquilo que ele ingere quando o mesmo come alguma coisa. E adivinhem só? Essas toxinas vão parar dentro de nós quando comemos a sua carne. E o mesmo exemplo segue com o camarão, que é o famoso “lixeiro do mar”. O mesmo exemplo se dá, também, com todos os animais impuros. Até porque, eu duvido que alguém coma carne de urubu - por exemplo - e não passe mal.
Continuando o assunto, muita gente acaba dizendo que, como essa lei está no Velho Testamento, eu não preciso mais pratica-la porque hoje eu vivo no Novo Testamento. Será mesmo? O que Paulo nos diz sobre isso?
2Timóteo 3:16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, 17 para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.
Me ajudem: Paulo diz que metade da Escritura é inspirada por Deus? Acho que não, né? Paulo é claro em dizer que toda a Bíblia é inspirada por Deus e útil para nós. Essa falsa distinção que as pessoas fazem entre o Velho e o Novo Testamento, ela é anti bíblica. Essa divisão, amigos, apenas acontece para nos mostrar que teve livros que foram escritos antes do nascimento de Jesus, e que teve livros que foram escritos depois do nascimento de Jesus. Nada mais do que isso. Absolutamente toda a Bíblia é inspirada por Deus e útil para nós. Toda ela.
Mas, afinal: qual é a alimentação ideal que Deus requer de nós?
Amados, nós já vimos aqui que a alimentação ideal de Deus para nós, consiste em frutas, verduras, cereais, grãos, etc. Certo? Consiste principalmente naquilo que é natural. Esse seria o ideal de Deus para nós no que diz respeito a alimentação. Digo isso principalmente por experiência própria. E digo isso, também, com base nesses dois versos do livro de Gênesis:
Gênesis 1:29 Disse Deus: Eis que dou a vocês todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês. 30 E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida […]
Entretanto, se uma pessoa desejar comer carnes de animais puros ou alimentos referentes aos animais puros, isso é com a pessoa e com Deus. O que eu quero ressaltar aqui é o fato de, tanto buscarmos profissionais que nos aconselhem com a nossa alimentação (de preferência que sejam Cristãos) para que não venhamos a ter algum problema de saúde por conta da mudança na alimentação, quanto cuidar do nosso corpo em relação a tudo aquilo que a Bíblia considera pecado consumir. Afinal, nós somos templo do Espírito Santo, não é mesmo? E Deus, com toda certeza, se preocupa também com a nossa saúde:
1Coríntios 6:19 Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos? 20 Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.
Outro falso ensino é pregado e, infelizmente, esse ensino tem levado muitas pessoas a não andarem nos caminhos de Deus. Vejo muitas pessoas dizendo que Deus não se preocupa com o nosso exterior e que, por isso, Ele só vê o nosso interior.
Amados, isso é uma mentira sem tamanho. É claro que Deus se preocupa com o nosso interior. Mas não é próprio Deus quem diz que temos que ser diferentes do mundo? Não é o próprio Deus fala que devemos ser o sal da Terra? Isso tudo não inclui, inclusive, o nosso exterior? É claro que sim. Eu não posso ser exteriormente igual as pessoas do mundo. Eu não posso praticar as mesmas coisas que elas praticam. Eu não posso escutar as mesmas músicas que elas escutam. Eu não posso vestir, queridos, o que elas vestem. Eu tenho que ser diferente, e nisso também está incluso a questão da alimentação.
Filipenses 4:8 Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.
Mas e na Bíblia? Será que existe nela algum exemplo de alguém que prefira não comer esses tipos de carnes imundas? É claro que sim:
Atos 10:13 Então uma voz lhe disse: “Levante-se, Pedro; mate e coma”. 14 Mas Pedro respondeu: “De modo nenhum, Senhor! Jamais comi algo impuro ou imundo!”
Gente, essa é a história da visão de Pedro. Assim como Pedro, Paulo e João Batista também não comiam carnes impuras (e isso está escrito na própria Bíblia). Aliás, creio que todos os que eram tementes a Deus (independente de serem judeus ou não), definitivamente não comiam nada impuro.
E só para que fique claro, o contexto desse capítulo é o seguinte: Deus deu uma visão para Pedro, certo? O capítulo todo vem tratando da pregação do Evangelho aos gentios. Então quando é dito no verso quinze desse mesmo capítulo: “Não chame impuro ao que Deus purificou”, nesse mesmo capítulo e no capítulo subsequente, Pedro explica que essa visão e essa frase em questão se referem aos gentios.
Ou seja: a ideia de Deus ao dar a visão para Pedro era para que ele não mais fizesse acepção de quem poderia ou não receber os ensinos de Deus. Então, Pedro deveria pregar o evangelho não só mais aos judeus (sendo representados, na visão, pelos animais puros). Em outras palavras, não só mais os judeus tinham o direito sobre a glória de Deus, e sim, todos quantos aceitassem a Jesus - incluindo os gentios (que eram representados, na visão, pelos animais impuros). Esse é o significado e o contexto da visão de Pedro, certo? E isso é comprovado pela própria Bíblia:
Atos 10:27 Conversando com ele, Pedro entrou e encontrou ali reunidas muitas pessoas 28 e lhes disse: “Vocês sabem muito bem que é contra a nossa lei um judeu associar-se a um gentio ou mesmo visitá-lo. Mas Deus me mostrou que eu não deveria chamar impuro ou imundo a homem nenhum. […] 34 Então Pedro começou a falar: “Agora percebo verdadeiramente que Deus não trata as pessoas com parcialidade, 35 mas de todas as nações aceita todo aquele que o teme e faz o que é justo.
Enfim. Explicarei melhor esse capítulo numa outra postagem. A questão da postagem de hoje é: devemos repensar a nossa alimentação. Devemos entender que a alimentação pura não é parte da lei mosaica, e sim, que o próprio Deus instituiu essa lei para os homens (todos) e que ela vale também nos nossos dias atuais. Principalmente porque Ele se importa com a nossa saúde e, com certeza, não há ninguém melhor do que Deus para saber o que é bom e o que não é bom para nós. Concordam?
E antes que eu me esqueça, eu gostaria de deixar um alento para quem, até hoje, comeu carnes imundas e não sabia que não deveria comê-las: bem sabemos que Deus não leva em conta o tempo da ignorância, certo? É o que o evangelista Lucas nos diz:
Atos 17:30 Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependa; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.
Então se até o momento você, caro amigo que está lendo isso aqui, comeu carnes imundas sem saber que era errado, apenas deixo uma dica: não se entristeça por ter comido esses tipos de coisas sem saber que era pecado. Basta você falar com Deus, pedir perdão e permitir que Deus possa reeducar o seu hábito alimentar para que você deixe de comer esses tipos de carnes impuras. Certo?
Por hoje, ficaremos por aqui. Mas é como eu já falei: sei que existem textos que parecem contrariar a doutrina dos animais puros e dos animais impuros. Todavia, veremos passo a passo cada texto para, então, compreendermos qual é a verdadeira vontade de Deus. Mas caso aja dúvidas sobre isso, posso lhes dar um vislumbre sobre se Deus realmente deseja que cuidemos de nossa saúde:
1Tessalonicenses 5:23 Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Que busquemos sempre, sempre mesmo, fazer a vontade de Deus. E que possamos permitir que a nossa alimentação, meus jovens, seja pautada unicamente naquilo que Deus deseja para nós.
Espero sinceramente ter ajudado vocês de alguma forma quanto a esse assunto. E, se caso houver dúvidas, é só me mandar uma pergunta por ask ou chat que terei o imenso prazer em poder responder e ajudar vocês ainda mais.
Por: Jhonatan Campos da Rocha.
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Romances Policiais - Parte 1: Ritmo e Pistas
Desde que me entendo por gente leio romance policial. Comecei na escola, com a Série Vagalume (saudades <3), que também foi minha entrada oficial no mundo da leitura - e, não surpreendentemente, foi meu gênero de escolha para iniciar no mundo da escrita também.
Só que, ao começar, me deparei com uma realidade curiosa: poucos amadores escrevem romances policiais de verdade, facilmente perdendo seu foco e colocando a história noutra direção - mas também não posso culpá-los. Não existem muitos posts ou rants sobre o gênero, não como de outros. Pensando nisso e inspirada por uma ask (obrigada, @euamoescrever), decidi fazer uma minissérie de posts (que ainda não sei quantos serão) com algumas informações básicas do gênero, dúvidas, mitos, verdades e o que mais vier a calhar.
Sem mais demoras, pega alguma coisa para comer e vem comigo.
Para começar, vamos falar um pouquinho de história. O Romance Policial surgiu em 1841, com The Murders in the Rue Morgue, ou Os Assassinatos (Dois crimes) na Rua Morgue, de Edgar Allan Poe. Em seguida, surgiu um dos personagens mais famosos de todos do gênero: Sherlock Holmes, de Arthur Connan Doyle. Mais para meados do século XX, veio ao público aquela que seria considerada a Rainha do Crime, Agatha Christie, com o Detetive Poirot e posteriormente Miss Marple.
Curiosamente, Edgar Allan Poe é o mestre dos contos de terror (ótimos, aliás), um outro gênero que a maioria dos amadores têm também dificuldade em escrever e sobre o qual pouco se fala (ao menos, eu nunca vi muitas matérias voltadas a isso por aí).
Existem vários tipos de romance policial - aqui tem um resuminho ótimo sobre cada um deles -, mas em todos a premissa é a mesma: um crime e/ou mistério a ser solucionado pelo(s) personagem(s) principal(s) com a revelação do(s) culpado(s) no final.
Agatha Christie (Famous Biographies).
Os primeiros escritos do gênero tinham como foco majoritário a simples elucidação do caso - o que é, de fato, o esperado - sem haver muita preocupação em lidar com os personagens em si de uma forma mais profunda. Ou seja, todos estavam ali apenas para cumprir seus papeis de detetive, vítima, assassino, ladrão, suspeito, etc - o que tem mudado na atualidade. Em resumo, se você se deparar com algum dos escritos de finais do século XIX e início do XX, provavelmente não vai encontrar um enredo no qual a preocupação é se apegar ao personagem, mas sim um caso a ser desvendado. Isso aqui nos trás dois pontos bem interessantes, que estão intimamente ligados.
O ritmo e o foco da história
O maior lance dos romances policiais é geralmente o ritmo mais frenético da narrativa, que precisa ser dinâmica o suficiente para acompanhar a tensão dos acontecimentos - só que um ritmo acelerado demais também pode ser bem problemático. Isso porque a coisa mais complicada ao se planejar uma trama do gênero são as pistas (vou detalhar isso mais depois). Se você colocar um enredo que é muito lento, isso pode atrapalhar na elucidação do caso, já que provavelmente o leitor vai se esquecer daquilo que viu nas últimas páginas e, se for rápido demais, a sensação será a de que tudo foi “jogado na cara”, passando numa velocidade quase super sônica.
Claramente, cada enredo policial irá pedir um ritmo diferente, não necessariamente sendo um melhor do que o outro, cabendo ao autor decidir o que será mais adequado para o que está escrevendo.
A grande verdade é que muitos livros (em especial os mais antigos) apresentam uma resolução irreal do caso; o mesmo acontece com boa parte das séries investigativas: tudo é elucidado em questão de dias a semanas, não passando de um mês, sendo que, no mundo real, isso é bem diferente.
Além disso, na questão do ritmo temos também aquilo que falei sobre os personagens. Colocar as famosas cenas dia-a-dia, que boa parte dos amadores tem dificuldade/detesta escrever (eu inclusa), é algo importante, tendo em vista que permite desenvolvê-los e mostrar seu lado mais humano, criando um maior apego com os leitores. Em muitas narrativas, inclusive, tem-se abandonado o modelo de protagonista detetive/policial/agente super foderástico e colocado-se pessoas comuns, muitas vezes mulheres, que de alguma forma se envolvem em algum tipo de trama e precisam sair dela. Alguns autores também têm utilizado a primeira e a terceira pessoa seletivas, a fim de dar essa maior profundidade ao seu elenco.
O grande problema aqui - e é onde eu acho que muitos amadores pecam - é que o foco pode facilmente se perder, transformando um romance policial em outra coisa (principalmente romance romântico), o que acontece em 90% dos casos. Não pense que odeio romances românticos, já li vários; a questão é que, ao colocar um foco muito grande no personagem, quem escreve pode acabar esquecendo também da investigação. Quantas vezes já não vi histórias marcadas como romance policial, sendo que na verdade eram romances românticos disfarçados (o que me deixa p* da vida, me sentindo totalmente enganada)?
É decepcionante.
Eu poderia passar o resto do post discutindo sobre a necessidade de colocarmos casais românticos em toda história que existe, mas vou ser bem breve aqui: não tem problema nenhum em colocar os protagonistas namorando, não. Apenas lembre-se de que eles estão investigando, então na maior parte do tempo eles vão fazer isso e não namorar.
De uma forma geral, se seu objetivo for o foco não somente na investigação como também nos investigadores, deve-se procurar um equilíbrio entre essas duas partes, o que pode ser bem difícil.
Farei um post dedicado somente aos personagens do gênero - porque dá pano para uma coleção de moda inteira - e vou detalhar isso com mais calma, ok?
As pistas
Chegamos na parte principal e que me fez começar essa série de posts: as pistas.
É difícil espalhar pistas em uma história. É preciso planejá-las de maneira que, ao se encaixarem, levem à elucidação do caso, tanto pelos personagens quanto pelos leitores que, querendo ou não, “competem” com aqueles para ver quem descobre primeiro.
Existem dois erros principais que podem acontecer. O primeiro deles é a resposta estar debaixo do nariz dos personagens - e não me subestime quando digo que isso é, no mínimo, chorável. Isso porque eles ficam em uma caçada de gato e rato, andando em círculos, sendo que tudo já estava com eles o tempo todo. É óbvio que, ao elucidar um crime, os investigadores também fazem deduções, especulações sobre o que acham e podem se enganar, indo para caminhos diferentes do certo (o que costuma ser a sacada de muitos criminosos) e irem muito longe, sendo que a resposta estava perto de si o tempo todo - daí a necessidade de sentarem e reverem as pistas para ver o que passou despercebido. No entanto, na grande maioria dos casos, mesmo no mundo real, isso não acontece.
O segundo erro é colocar diversas pistas na cara do leitor de maneira que não fazem sentido e, no fim, com uma explicação mestra do detetive super inteligente, tudo se esclarece (cof cof Agatha Christie cof cof). Esse daqui é ainda tão chorável quanto o primeiro. Como eu disse, os leitores também querem descobrir o caso, às vezes antes dos personagens; isso leva escritores a colocar pistas de maneira a confundir quem lê o máximo possível. A tática é válida, até porque não tem graça você ler um livro de investigação em que sabe tudo o que vai acontecer (cof cof Sidney Sheldon cof cof). O problema é que ela pode facilmente se tornar um baita tiro no pé, já que tudo continua na cara, só que de um jeito tão ridiculamente inesperado que beira o ilógico.
Em suma, os dois erros são a mesma coisa, a diferença é que no segundo há um “trabalho” maior para fazer as coisas se espalharem na história.
Ok, agora que eu já falei muito da parte negativa, vamos ao lado bom das coisas.
Espalhar as pistas de uma maneira confusa e fazê-las se encaixar de modo inesperado não é o problema - aliás, muitas vezes é o que ocorre. Gosto de pensar no romance policial como um tangram: de início, suas peças (evidências) estão jogadas uma em cada canto; entretanto, com muita dedução e mais investigação, você consegue juntar todas elas e formar uma imagem. Elas podem se encaixar de diversas formas, de modo que, não importando o que aconteça, é possível visualizar uma figura.
O Tangram é um quebra cabeça chinês feito de formas geométricas, podendo assumir várias montagens diferentes utilizando as mesmas peças. (Espaço Tangram).
Mas o que isso tudo significa? Simples: planejamento.
Dificilmente, um romance policial é possível sem ao menos um planejamento básico do mistério. Inclusive, é a primeira coisa de todas a se pensar; porém, não vou detalhar muito mais porque pretendo fazer um post somente sobre isso.
Referências
Pois muito bem. Se você quer começar a escrever romances policiais e não sabe como começar e/ou buscar inspiração, aqui vão algumas dicas:
Séries criminais: essa é de cara a mais fácil. Hoje em dia, existem séries de investigação a rodo para todos os tipos de gosto. Obviamente, não posso deixar de citar CSI: Investigação Criminal e seus spin-offs (Miami, Nova York, Cyber). Contudo, existem outras também bem interessantes no mesmo estilo, como Rizzoli & Isles, The Closer & Murder In the First (é a mesma série, mas não sei porque mudou de nome quando trocou a personagem principal), Those Who Kill, Stalker, Mindhunter, Criminal Minds (ambas têm uma pegada mais psicológicas e focadas em serial killers) The Blacklist, Scorpion (tem um foco mais em ameaças cibernéticas), Crossing Lines.
Tenham em mente que, apesar de serem séries criminais, existem inverossimilhanças. Nesse link tem algumas mentiras e verdades sobre séries de crime. Por isso, sugiro que vejam também Investigação Discovery, se possível. Os programas são voltados a crimes reais, apesar de alguns fatos e dramatizações serem alterados. Dá para ver bem como demora uma investigação na realidade, todas as implicações e complicações. Só aviso para não verem sozinhos, à noite e nem por muito tempo. Vão por mim.
Agatha Christie: ah, a Rainha do Crime. Confesso que ela é uma das minhas favoritas pela imprevisibilidade e genialidade ao conectar as pistas no final das contas - eu sempre saía com um mind blow das histórias dela. Entretanto, ela é do tipo de escritora que joga tudo na cara, o que leva a algumas das soluções parecem irreais e humanamente impraticáveis. Ainda assim, acho que vale a pena ler; além de ser um clássico, foi a primeira autora a colocar aspectos psicológicos nas tramas (mesmo não sendo tão presentes assim, ao menos não tanto quanto nas obras atuais - aliás, nem sempre dá para perceber, dependendo da obra) e suas histórias são bem curtinhas.
Sidney Sheldon: outro clássico. Foi o primeiro autor do gênero com que tive contato e li muitos de seus livros, mas hoje em dia não consigo ler mais nada dele (ou melhor, da Tilly Bagshaw, quem escreve os livros atualmente, já que ele morreu…). Isso porque ele é do tipo de autor que você começa amando, só que depois de 3 ou 4 livros, já dá para saber o que vai acontecer sem folhear muitas páginas - e isso me chateia, porque gosto de ser surpreendida. No último livro que li dele (Em busca de um novo amanhã) fiquei o tempo quase todo analisando friamente a história, sem ter muito contato com a personagem e sem muitas reações de “wow!” enquanto lia. Os únicos volumes em que vi diferença foram Areias do Tempo, Reverso da Medalha e Quem tem medo do escuro?
Luiz Alfredo Garcia-Roza: um autor brasileiro. Suas obras acompanham as investigações do detetive Espinosa, no Rio de Janeiro. O livro que li dele, Céu de Origamis, foi bem interessante; a história não se alongou demais e o ritmo era bom o suficiente, havendo um equilíbrio entre as partes de tensão e aquelas focadas no personagem.
Não Conte a Ninguém (Harlan Coben): esse foi um dos primeiros livros da minha “coleção”. Ele conta a história de David Beck, um médico que sofreu um acidente no qual sua esposa foi assassinada. Porém, oito anos depois, a descoberta de dois corpos faz o caso voltar à tona, ao mesmo tempo em que uma misteriosa mulher começa a lhe enviar mensagens com pistas que remetem à sua infância. Com a ajuda de uma modelo, uma advogada e um traficante de drogas, David se vê no meio de uma conspiração que vai muito além do que imaginava. A coisa mais interessante para mim enquanto lia foi exatamente o foco que eles dão ao protagonista; a investigação corre normalmente, no entanto, é preciso das memórias do médico a fim de se tentar descobrir a verdade. Em suma, o leitor prossegue juntamente com ele - e o final conta com um fato bem inesperado. A única coisa que me incomodou foi o fato de o autor ficar mudando entre a primeira e a terceira pessoas, às vezes no mesmo capítulo.
O Menino da Mala ( Lene Kaaberb��l e Agnete Friis): um livro muito interessante que mostra o uso da terceira pessoa seletiva de uma maneira bem legal, sem transmitir uma visão excessivamente impessoal das coisas nem algo tão focado nos personagens, o que deixa a narrativa mais elástica - e isso é algo imprescindível aqui, já que a história possui quatro POVs majoritários, cada um com sua voz própria. A trama segue Nina Borg, uma enfermeira que encontra um garotinho nu em uma mala e precisa descobrir quem ele é e o porquê de ter estado ali. As coisas pioram quando sua amiga (a pessoa que lhe falou sobre a mala) aparece morta e a protagonista também passa a ser perseguida. O que mais me chamou a atenção é em como as autoras conseguiram fazer com que cada personagem saiba de uma determinada coisa, restando ao leitor conectar os fatos antes da cena final, que possui uma versão para cada personagem. Meu principal problema foi que não consegui me conectar com a protagonista, porém, vale muito a pena conferir.
Por enquanto é só isso, pessoal. No próximo post, discutirei um pouquinho mais sobre os personagens de romance policial. Até a próxima!
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Mais um dia de trabalho para o profeta diário, eu sou a própria home Office em pessoa. Estava quase no final da matéria quando recebo um chamado da Diretora do jornal. Você sabe que você fez algo de errado quando a própria diretora quer falar com você.
No final descobri que não era nada demais, ela só gostaria que eu acompanhace de perto uma caso reaberto no ministério, na verdade, eu sei muito bem o que ela gostaria que eu fizesse e isso inclui tentar tirar o máximo de informações que eu conseguir. Bem, pelo o que eu sei é sobre um antigo caso, quando digo antigo, quero dizer que ocorreu a quatro anos, na época da guerra que envolveu a grande batalha de hogwarts, pelo menos é como as pessoas a chamam. É incrível que o ministério queira trazer tudo isso à tona, visto que eles tentam o máximo fazer com que as suas próprias falhas e a sua falta de eficiência não sejam mais expostas do que seria possível não ser. Enfim, amanhã irei conferir isso de perto e ver o que posso fazer, mas será o julgamento de mais algum ex-comesal da morte?
Acordei bem cedo e pus-me a iniciar o dia com um café da manhã bem reforçado, as minhas roupas já estavam escolhidas, peguei um dos meus melhores looks. Entrei no ministério com a ajuda da minha colega Katie, ela trabalha como secretária e adora receber um presentinhos exclusivos que recebemos de teste na coluna "Beauty witch". Ontem à noite, antes de ir para cama, fiz questão de revisar tudo que sei sobre a batalha de hogwarts e sobre você-sabe-quem, quero dizer Voldemort. Parece que a coisa vai esquentar hoje, e eu mau posso esperar para escrever sobre, estava observando tudo do jeito mais detalhista possível, preciso pegar casa situação e informação para uma matéria excepcional. Parei os meus olhos em um cara de cabelos loiros caídos em seu rosto, ele não parecia muito feliz de está aqui, mas afinal qual deles estava. Caraca, acho que realmente gamei nele, não consigo desviar o olhar, é como uma Veela. Ele levantou o olhar e começou a me observar, como eu estava fazendo com ele, mas de um jeito confuso. Virei o rosto porque estava meio envergonhada de ter sido pega no ato, mesmo assim tentava o máximo revisar entre olhar pra ele e tentar pegar mais informações. Até que todos entraram na sala de julgando e eu os segui. Sentei-me na parte do público enquanto estava me organizando percebi o belo loiro indo em direção a parte de acusados e testemunhas o que me deixou meio confusa, mas ok. O julgamento comecou e eu precisei ficar a minha atenção em outra coisa.
No final o carinha gato loiro era um ex-comesal da morte e o nome dele é Draco malfoy, pelo o que eu li e entendi durante o julgamento do Gordon Gostein, praticamente a família toda dele eram seguidores. Assim que o julgamento foi concluído e sentença foi dada, me retirei do recinto para tentar conversar com as pessoas e tirar o que elas achavam da situação toda, parece que muito deles ficaram felizes, é óbvio!
Estava ajustando as minhas coisas enquanto andava em direção ao elevador, quanto trombei no Draco. Sorri para ele e ele retribui com uma coisa que acho ser um sorriso, só que meio carregado de tristeza e outras coisas. Estremeci. Minhas mãos suaram tanto que quase deixei minha bolsa escorregar no chão, sorte que ele me ajudou, o que foi de tamanha importância, nossas mãos acabaram por se tocar e percebi o quanto as suas são delicadas, me senti mal por ser tão desleixada. Eu tenho que parar, ele é um comesal da morte, ex-comesal, mas mesmo assim.
– Me desculpa, eu sou uma desastrada! Que vergonha.
– Não precisa se desculpar, essas coisas acontecem.
–Obrigado por ter me ajudado, sério!
– Foi um prazer.
A descida foi bem estranha, algumas pessoas entraram e outras saíram, mas ficamos juntos até o último andar. Peguei o meu celular, você se surpreenderia em saber o quanto os muggles são criativos, essas coisinhas salvam vidas. Peguei o meu fone é coloquei em meu ouvido, ele ficou me olhando de um jeito estranho, acho que ele nunca tinha visto na vida, mas enfim. Chegamos ao terreno e fui em direção à saída. Decidi andar até um restaurante próximo, pois a minha barriga estava suplicando por comida. Londres está tão estranha ultimamente, quero dizer, olha o sol, tão radiante e tudo tão verão. Como eu amo essa cidade, eu estou gostando tanto de trabalhar e morar aqui. Claro que sinto saudades do Brasil, é o meu país, mas parece que aqui é a minha casa. Abri a porta do local e adentrei, peguei a cadeira do fundo, pois não gosto que as pessoas me vejam almoçando por aquela enorme vidraçaria. Enquanto esperava a comida dei uns retoques no meu caderno de anotações, adicionando notas importantes que acabei por esquecer de pôr.
Terminei toda a minha matéria ontem e logo enviei, na manhã do dia seguinte já tinha recebido um feedback da Madeline Morphes, ela é diretora desde que entrei para o Profeta Diário, parece que a antiga, uma tal de Rita Skeeter era muito sensacionalista e irritou umas pessoas do alto escalão do jornal. Ao chegar em casa, fiz questão de fazer uma varredura sobre a família Malfoy, até contatei para uma colega que conheci recentemente, o nome dela é Hermione, nos conhecemos na Floreios & Borrões, ela estava a procura do mesmo livro que eu, depois disso mantemos contato e até um clube do livro.
– Alô, Hermione ?
– Oi, Oie. RONALD, FIQUE QUEITO, ESTOU TENTANDO RESPONDER O TELEFONE AQUI. Desculpe-me, ele está me tirando do sério hoje.
– Hehe...Tudo bem, tenho uma perguntas para fazer, será que você poderia aparatar aqui em casa ?
– Ok. Daqui a pouco estou aí. Estou curiosa para saber sobre o que é, será que você poderia de adiantar?
–Não, Não. Venha aqui logooo!
–Ok! OK!
Fiquei esperando ela, estava apreensiva, odeio ter esses ataques de ansiedade. Eu não estudei em hogwarts, portanto desconheço de quase tudo deles. Amo minha antiga escola, Castelobruxo, mas nada, me tira a vontade de ter estudado em hogwarts. É tão bela...o castelo parece ser encantador, é uma pena ter essas histórias toda envolvendo uma instituição tão importante, felizmente esses tempos se foram.
Quando Hermione chegou, deixei o assunto de lado por um tempo, sei que ainda dói falar sobre isso, ela fica um pouco abalada, mas adora falar dos tempos antes, como ela conheceu os meninos e como eles fizeram várias coisas proibidas.
– Será que você pode dizer logo o que você quer perguntar ?
– Você por acaso sabe alguma coisa da família Malfoy ?
A boca dela caiu, formando um perfeito O.
– Mas...porque você quer saber sobre eles? Alguma matéria nova?
Fiquei na dúvida se mentia ou não. Hehe... então, pela reação dela sobre o assunto preferi desenvolver uma pequena mentira, pois seria mais fácil que aguentar uma coisa que não parecia boa.
– É para uma matéria, sim. Eu não faço ideia quem são. Apenas sei que eles eram comensais da morte, nada além. Você sabe algo ? Pela sua reação sim, então me diga.
– Bem, não sei tanto assim. Quando era mais nova eu estudei com um deles...Draco, era o nome dele. Sinceramente, ele não era uma das melhores pessoas, sempre tentava nos importunar, eu e os meninos. Ele era um verdadeiro Bullyer. Ficava me chamando de... Me chamando de sangue ruim.
Eu estava perdida, parece que a Hermione ainda guarda algumas mágoas, é claro. Algumas lágrimas começaram a deslizar sobre o seu rosto. Não dá pra acreditar que aquele cara que eu achei fofo e meio tímido tenha feito isso, para você ver como as aparências enganam. Abracei ela por um tempo.
–Está tudo bem. Aposto que você não é nada do que ele dizia. Sangue ruim é ele, por se portar deste jeito. Você é incrível. Eu queria ter tido a sorte de ter uma amiga como você na minha época da escola, talvez eu teria sido muito mais feliz.
Nos abraçamos por um longo tempo e depois ficamos assistindo filmes muggles. Adoro aquele "Legalmente loira" a Reese interpretou muito bem o papel e nos duas concordamos que é ridículo julgar uma mulher pela coloração de seu cabelo, e que ela realmente se tornou alguém realizada. Acabamos por adormecer no sófa, percebi que valeu a pena cada centavo que gastei nele, parece que dormi nas núvens e a Hermione concorda comigo. Preparei um café da manhã cheio de pães, bolo e suco natural, nada daquelas coisas feitas em máquinas pelos não mágicos. Me orgulho de saber tanto sobre a cultura deles, afinal, é fascinante. A minha prima é mestiça, então aprendi muitas coisas sobre o mundo. E meus pais sempre foram de boa com isso.
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coisas que não nos contam sobre relações longas:
estamos habituados desde que passamos a ver filmes, ouvir músicas, que os amores são todos arrebatadores, nos acostumamos a pensar que o amor de verdade é assim, e na verdade não é sempre assim.
1. a paixão transforma-se em amor. é muito importante que isso seja falado porque a maioria das pessoas estão a procura dos amores dos filmes, onde tudo é tão arrebatador, onde as pessoas estão constantemente loucas de amor e paixão. e as pessoas sofrem quando trazem isso para a vida real e percebem que a realidade é muito diferente disso. claro, numa fase inicial é aquela altura das borboletas no estômago, o friozinho na barriga, o nervosismo bom, o sentimento da nova relação, que é muito boa (e obviamente deixa muitas saudades), mas que se permitida, será substituída por algo ainda melhor. que é o amor propriamente dito, que é algo bem mais duradouro. não acho que seja realista pensar que é possível viver uma vida inteira em constante estado de paixão. as coisas se acalmam, tornam-se mais rotineiras, e não tem que ser uma coisa ruim. percebo que grande parte das relações acabam quando essa fase da paixão fogosa e maluca termina, e as pessoas começam a perceber que as relações são bem diferentes daquilo que elas estavam habituadas a vida toda, na televisão, nos filmes, nos livros, nas músicas. na minha modesta opinião, eu acho que nenhuma relação duraria muito tempo se as coisas fossem sempre tão fogosas como é no início de uma relação. porque isso chega a ser exaustivo, no início você não quer estar com mais ninguém, você se priva de querer estar com seus amigos, sua família, para estar sempre com a pessoa que você gosta, e isso não é saudável. é normal no início das relações, mas eu não acho que é saudável se prolongar por longos tempos.
2. Terão dias que vocês serão mais amigos do que amantes. isso pode causar uma confusão para pessoas que antes nunca estiverem numa relação longa, haverão dias em que vocês não se relacionam, e não digo exatamente de vida sexual. falo mesmo em termos de passar todo um dia sem darem um beijo, um carinho, um abraço. porque haverão dias que não estarão vidrados, vocês gostarão da companhia um do outro mas não querem estar constantemente agarrados, abraçados, se beijando. querem apenas estar um com o outro, e isso às vezes é o suficiente, e isso às vezes é o necessário. até porque, sejamos sinceros, mel demais faz mal e nas relações isso também se aplica. é muito importante alimentar também a relação de amizade que deve estar na base do amor, numa relação entre duas pessoas. o segredo para uma relação duradoura é, mais do que namorados, as pessoas precisam ser melhores amigos. algumas pessoas pensam que melhores amigos estão de um lado e amores estão do outro, mas eu acho que as coisas complementam uma com a outra. a pessoa tem que ser a sua melhor amiga, você precisa ter certeza que não há problema nenhum em contar absolutamente nada de sua vida, porque, se essa pessoa que você escolheu para estar ao seu lado, durante todos os anos e que espera que dure para a vida toda, se você não confiar nela, vai poder confiar em quem? então sim, existirão muitos dias em que vocês serão mais amigos do que namorados, e isso é fantástico.
3. Pode ser difícil. isso pode ser um balde de água fria, não é muito bonito de se dizer, mas é a mais pura verdade. quando você está com uma pessoa há muitos anos, especialmente se viverem juntas na mesma casa, há tendência para as coisas se tornarem bastante rotineiras, vocês se habituarem a fazer exatamente as mesmas coisas, e deixarem de sair, deixarem de fazer programas que faziam quando eram namorados, é bastante comum. é necessário se esforçar para tentar que isso não aconteça, porque quando isso começa a acontecer, vocês começarão a se chatear, serem chatos, começarão picuinhas, e isso só vai estragar o clima, e em último caso, a relação propriamente dita. então é muito importante vocês tentarem quebrar as rotinas, precisam ter força. vejam um filme fora de hora, vão passear num sítio que nunca foram, tentar não estarem muito tempo dentro de casa, fazendo as obrigações domésticas que sempre são chatices. porque vocês entrarão numa aspiral de aborrecimentos. é irrealista pensar que as coisas sempre serão tão divertidas como eram no início das relações, porque não vão. e seria cansativo se fossem, porque uma coisa é você estar com essa pessoa há um ou dois meses e terem um monte de coisas para fazer, e outra coisa é estarem juntos há seis, sete, oito anos e todos os dias inventarem de fazer coisas loucas só porque estão um com o outro. é preciso encontrar o equilíbrio.
4. Por mais que as pessoas possam gostar uma da outra, às vezes tem hábitos incompatíveis. é necessário ter muito respeito pelo gosto de cada um. é muito importante vocês tentarem um meio termo mas também saberem escolher quando é que não vale a pena, quando os meios termos acabam por prejudicar os dois. tenham atenção a isso.
5. Não há grandes limites de privacidade. e isso é algo que você precisa conviver a partir do momento que vai morar com a outra pessoa. vocês estarão dentro da mesma casa, quase que vinte e quatro horas por dia com a sua pessoa amada, e a não ser que vocês tenham esses limites estipulados e tenham algum tipo de pudor ou vergonha, a privacidade vai deixar de existir e não precisa ser uma coisa má. vocês se verão de todas as maneiras, em todas as situações mais ridículas e humilhantes, isso só irá fortalecer. isso pode ser bom e pode ser divertido e benéfico para a relação. é muito bom poder estar tão a vontade com alguém e saber que a relação é tão próxima. claro que cada casal tem os seus limites, nenhuma forma é a forma correta de fazer as coisas. mas também não precisam ter medo disso, até porque se você está com alguém há tanto tempo ou quer estar com ela por muito tempo, se não estiver a vontade com essa pessoa, vai ter com quem, não é?
6. Nós descobrimos o melhor e o pior da personalidade de cada um. e isso é muito interessante porque a partir do momento em que você está há tantos anos com a mesma pessoa, você a verá todos os dias ou pelo menos grande parte da semana, e é humanamente impossível vocês estarem sempre de bom humor, e vocês precisarão aprender a lidar com isso. vão começar a ver facetas, reações que não estavam habituados quando a relação era recente, e isso pode ser um choque. vocês vão ter, obviamente, aquela fase de adaptação mas acaba por ser uma nova etapa da relação que acaba por ser muito interessante também. e a ter paciência, a verdade é essa. porque relações dão trabalho, não são como nos filmes que acontecem tudo de uma forma super soft e parece estar quase tudo em piloto automático. há coisas que descobrimos sobre a pessoa que não vamos gostar tanto e teremos que aprender a lidar com elas, assim como nós também não somos perfeitos e nosso parceiro ou parceira vai ter que ser habituar também. portanto, tenham essa consideração.
7. Saiba escolher as batalhas. não se aplica somente, mas especialmente a relações amorosas, porque é quando as pessoas vivem juntas, estão muito tempo juntas e é mesmo muito importante as pessoas conviverem de uma forma mais pacífica possível. é comum que vocês, por passarem tanto tempo com uma pessoa, começarem a ter discussões que até podem não ser muito graves. às vezes há um choque de egos, às vezes uma das pessoas é mais orgulhosa, tem alguma dificuldade em colocar um ponto final quando a D.R não vale a pena, quando aquela discussão não vai ser benéfica. isso precisa estar presente na nossa mente e é necessário ser trabalhado. tendemos a ser chatos quando achamos que temos razão, e às vezes o fato de você ter razão não vai mudar em nada e pronto.
8. É um trabalho. nos filmes parece uma coisa sempre maravilhosa mas na vida real dá muito trabalho manter uma relação estável, que seja benéfica para os dois, que não caia na rotina e que ambos não se desleixem. porque é muito comum as pessoas sentirem que o outro já é um ente querido e se deixam descuidar, deixam de demonstrar amor e carinho pela pessoa que está ao lado. é muito comum pelo fato da pessoa olhar para a outra como algo habitual e não tão especial como era no início da relação, começarem a ter conversas ou falar de formas menos agradáveis com a pessoa e isso acaba por minar o carinho e a relação entre os dois. também é muito importante vocês tentarem constantemente se lembrar do que é o que fez você se apaixonar por aquela pessoa. porque, caso se passem anos e vocês mudem suas personalidades, muda o contexto e vocês acabam por se esquecer do que o que os fez realmente olhar para aquela pessoa de uma forma especial, e quando vocês lembram disso, aquele carinho e aquelas sensações do início da relação voltam. às vezes você já está tão acostumado com as características, a personalidade e aos talentos daquela pessoa que deixa de ver.
manter uma relação saudável e bonita é uma das coisas mais difíceis que existem no mundo e não pode ser feito de qualquer jeito. portanto se você está com alguém que ama do fundo do coração e tem em seus planos ficar com ela por muitos anos, é importante levar tudo isso em consideração. sinto que muitas das pessoas vêem as relações ou como algo descartável ou como algo que não requer grandes manutenções. e para ter uma relação bonita é preciso muita manutenção, amizade, muito amor, muito companheirismo, muito espaço também. não vivam em função um do outro, tenham os seus amigos, os seus planos, a par um do outro mas também em conjunto. acima de tudo é preciso equilíbrio, em todos os aspectos da vida e nas relações principalmente.
b.c
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Persuasão: Os 6 princípios para conquistar o sim no trabalho
youtube
produtividade
Conseguir uma promoção, vender seu produto ou popularizar uma ideia são tarefas difíceis.
A outra pessoa quer satisfazer os próprios interesses, e nem sempre estará preocupada com os seus.
produtividade
Para vencer esse desafio, profissionais de alta performance usam a persuasão, um conjunto de ferramentas e habilidades com o objetivo de convencer alguém a tomar uma decisão favorável ao seu propósito.
Por muitos tempo a persuasão esteve nas mãos de políticos, grandes empresas e ótimos vendedores.
A maioria das pessoas não conhecia o assunto, estando apenas no outro lado da história, o de quem é persuadido.
O professor de psicologia e marketing Robert Cialdini, autor de vários livros sobre persuasão, é considerado o maior responsável pela popularização do tema.
Nesse artigo, você irá encontrar 6 princípios da persuasão apresentados nos trabalhos dele, sobretudo em As Armas da Persuasão, seu maior best-seller.
Com esse aprendizado você poderá se tornar uma das pessoas que controlam o jogo, usando a persuasão para atingir seus objetivos profissionais e construir uma carreira de sucesso! Reciprocidade 3645586 1 1024x683 - Persuasão: Os 6 princípios para conquistar o sim no trabalho Dar para receber – ou então: persuadir
Quando alguém nos faz um favor, aumentam as chances de prestarmos uma boa ação a esta pessoa.
Se não pudermos fazê-la imediatamente, estaremos à disposição quando ela precisar de algo no futuro, equilibrando a balança social.
Essa balança é um pilar da vida em sociedade, e acompanha os seres humanos desde o período tribal, quando não havia dinheiro para regular as trocas comerciais.
Se eu te dou um cesto de peixes hoje, e você me dá um cesto de frutas alguns meses depois, nossas famílias estarão bem alimentadas. Como usar a reciprocidade no trabalho
Ajudar as outras pessoas e estar disponível para isso, é uma das principais dicas que eu posso te dar. Caso você tenha alguma habilidade acima da média, esteja disponível e se ofereça para ajudar outras pessoas.
Vou dar aqui um exemplo meu: eu sempre tive grande facilidade com números. Posteriormente me tornei um ótimo usuário da ferramenta Excel – inclusive eu recomendo muito que você seja também.
Desde o começo da minha carreira eu me colocava a total disposição em ajudar outras pessoas. Uma caso muito comum era auxiliar outros a usarem o Excel.
Era ótimo, pois eu ajudava desde pessoas que estavam no mesmo nível que o meu dentro da hierarquia da empresa, como ajudava pessoas muito acima do meu nível: gerentes, diretores e até o presidente da empresa, certas vezes.
É incrível como isso pode te ajudar em sua carreira. As pessoas tendem a agir com boa vontade àqueles que agiram dessa forma em um primeiro momento.
E eu não preciso explicar a vocês aqui a diferença que isso faz, certo?!
A reciprocidade é um dos princípios mais fortes na persuasão, mas você deve ter cuidado ao utilizá-la: caso todos os seus favores sejam apenas uma abertura para fazer algum pedido mais tarde, as pessoas irão perceber e vão te encarar como um mal caráter.
Então o importante aqui é usá-la com sabedoria: oferecer algo de entrada sempre será um ótimo sinal de boa vontade, desde que use com boas intenções. Compromisso e Coerência 3618708 1 1024x1024 - Persuasão: Os 6 princípios para conquistar o sim no trabalho Como persuadir a si mesmo
Ser coerente é um traço de personalidade desejável, pois enquanto alguém incoerente é considerado inconstante, incerto, complacente, distraído ou instável. Uma pessoa coerente é visto como racional, segura, confiável e sensata.
Dito isso, não surpreende que as pessoas tentem evitar ao máximo serem consideradas incoerentes. Para salvar as aparências, então, quanto mais pública for uma posição, mais relutaremos em mudá-la.
O uso estratégico do principio do compromisso e coerência é vastamente explorado pela indústria, pelos políticos e pelas empresas de vendas em geral.
Também foi altamente estudado e observado por psicólogos do mundo inteiro.
Temos exemplos e estudos diversos da aplicação desse principio: desde produtos para emagrecer, em que os resultados se dão mais pela dedicação em cuidar da alimentação e praticar esportes do que pelo produto em si;
Até o aumento nas chances de alguém de fato cuidar das suas coisas na praia, enquanto vai ao mar, comparado a quando você não faz esse pedido. Como usar o compromisso no trabalho
Contudo, eu quero te passar uma dica em especial de como usar esse principio para buscar a sua promoção: faça compromissos com você mesmo.
O que você sente que precisa melhorar nesse momento? Suas habilidades em Excel? ou então em ferramentas de Photoshop? Precisa aprender inglês, ou melhorar as suas apresentações e forma que fala em público?
Se já tiver passado por uma reunião de feedback será ainda mais fácil, pois você sabe exatamente o que precisa melhorar – recomendo muito que você leia esse ebook que preparei para você, com dicas de como ter uma reunião de feedback perfeita.
Fixe suas metas. O mais importante é defini-las – para que tenha algo a almejar – e passá-las para o papel.
Não importa quais sejam essas metas, existe algo mágico em anotar as coisas.
Caso você queria potencializar ainda mais esse principio existem dois truques extras:
Inscreva-se em algum curso, ou faça parte de uma comunidade de pessoas comprometidas com o desenvolvimento pessoal – inclusive você pode fazer isso ao se inscrever em nossa newsletter =)
Torne públicas as suas metas: fale para outras pessoas que está fazendo um curso, que começou a estudar Excel e que até o final do mês vai montar um dashboard para o seu time acompanhar melhor as vendas.
Quanto mais pública for uma posição, mais nos esforçaremos em atingi-la. Aprovação Social 3048211 1024x1024 - Persuasão: Os 6 princípios para conquistar o sim no trabalho Aprovação social e a persuasão
Outra tendência humana que pode ser usada como arma de persuasão é a Aprovação Social: quanto mais gente realiza uma determinada ação, maiores as chances de que uma nova pessoa siga o mesmo caminho.
Esse é um princípio muito utilizado em plataformas de conteúdo como YouTube, Netflix e Spotify, onde você pode encontrar listas com os mais vistos ou mais tocados.
Usar a Aprovação Social como ferramenta de persuasão funciona por satisfazer duas necessidades: segurança e participação.
Por um lado, quando um milhão de consumidores já gostou de algo, há menos chances de que eu me arrependa ao experimentá-lo. Pelo outro, usar o mesmo produto ou serviço que um grupo de pessoas abre espaço para que eu faça parte desse grupo. Como usar a aprovação social no trabalho
Um erro bastante comum que vejo as pessoas cometerem em suas carreiras é buscarem aprovação apenas de superiores.
No entanto, embora isso seja uma questão importante, outra tão ou mais importante é você ser bem quisto pelas pessoas que estão abaixo de você e pelos seus pares.
Note que dentro das empresas sempre existem grupos de pessoas que se dão melhor entre si.
Essas pessoas conversam todos os dias, saem para almoçar e até para bares e happy hours.
Ter a atitude de agradar somente superiores irá sujar sua imagem e fazer você ser taxado de puxa saco.
Ao passo que quando você for uma pessoa bem vista por todos do time, vai fazer que as pessoas falem bem de você de forma espontânea.
Isso irá criar um efeito bola de neve positiva em que as pessoas tem a tendência a elogiar o seu trabalho, ao invés de criticar.
Muitas vezes um gerente de outra área tem uma boa percepção sobre você, pois o seu time falou bem do seu trabalho – mesmo que você nunca tenha tido contato com o gerente em questão.
Você se espantaria com a quantidade de vezes que líderes e superiores buscam a opinião de outras pessoas sobre o seu trabalho.
Tenha certeza que ser bem visto pelos outros e praticar a liderança lateral – e não só para baixo e para cima, irá te aproximar muito mais de uma promoção. Afeição empatia 2 1024x819 - Persuasão: Os 6 princípios para conquistar o sim no trabalho Afeição e persuasão andam juntos
Já reparou que é mais fácil aceitar uma proposta se gostamos de quem a faz?
Isso não serve apenas para sugestões de pessoas que amamos, é uma arma de persuasão usada – de forma consciente ou não – em todo tipo de comércio, de funcionários em imobiliárias à crianças vendendo doces.
É também por conta da afeição que o mercado de influenciadores não para de crescer: personalidades como Neymar, Whindersson Nunes e Marina Ruy Barbosa podem divulgar qualquer produto, e terão milhões de vendas.
No ambiente profissional, demonstrar simpatia é uma prática recomendável.
Pense em como você se sente quando alguém desagradável pede um favor – não é nada agradável.
Então procure gerar afeição para evitar que outras pessoas lhe vejam dessa mesma maneira. Como usar a afeição no trabalho
Gostamos de pessoas que sejam semelhantes a nós. Isso parece ser válido caso a semelhança seja a respeito de opiniões, traços de personalidade, antecedentes ou estilo de vida.
Consequentemente, aqueles que querem que gostemos deles de modo a obter nossa cooperação podem alcançar esse objetivo parecendo semelhantes a nós de várias maneiras diferentes.
O modo de se vestir é um bom exemplo. Diversos estudos demonstraram que somos mais passíveis de ajudar aqueles que se vestem como nós.
Assim que, trago uma dica relacionada a como se vestir no mundo corporativo:
Não é uma regra geral, pois pode mudar de empresa para empresa e de pessoa para pessoa, mas uma dica simples é buscar se vestir de forma semelhante as pessoas que estão logo acima da sua posição hierárquica.
Então se você é um coordenador de marketing, procure vestir se como os gerentes dessa empresa se vestem – note que você pode ter um chefe cafona, por isso não busque apenas uma referência, mas sim várias.
Vestir se assim terá vários benefícios, mas um deles é ativar o principio da afeição em seus superiores, fazendo com que, de forma indireta, eles tenham uma maior tendência a te ajudar. Autoridade 694 1 1024x1024 - Persuasão: Os 6 princípios para conquistar o sim no trabalho Autoridade e persuasão
Esse é um dos princípios mais objetivos na persuasão: alguém capaz de comprovar sua autoridade em determinado assunto terá mais chances de convencer outras pessoas numa questão relacionada ao tema.
Algumas pessoas confundem autoridade com formação, mas a autoridade também pode ser conquistada de outras maneiras, inclusive através da experiência prática.
Quando você fecha mais vendas do que a média de seus colegas, por exemplo, poderá desenvolver um status de autoridade como vendedor. Como usar a autoridade no trabalho
Um forma que todos podem controlar e botar em prática no dia a dia corporativo é a de aprender alguma habilidade e se oferecer a ajudar outras pessoas.
Conforme contei no principio da reciprocidade, ajudar outras pessoas com Excel no começo da minha carreira me ajudou muito.
Com o tempo fez com que eu sempre fosse a primeira pessoa a ser lembrada quando o assunto eram fórmulas, relatórios, gráficos e dashboards.
Eu virei uma autoridade naquele assunto.
Você pode fazer o mesmo com Excel, pois existe muito conteúdo grátis disponível na internet, ou com outras habilidades como Photoshop, Inglês e outros. Escassez 3255337 1 1024x1024 - Persuasão: Os 6 princípios para conquistar o sim no trabalho A escassez e a persuasão
Quanto menor é a oferta de um produto, maiores as chances de comprarmos ele por impulso.
Esse comportamento se deve ao medo de perder uma oportunidade que talvez não volte futuramente, e graças a ele algumas empresas faturam alto com promoções “únicas” em certas épocas do ano.
Num mercado de trabalho tão disputado quanto o de hoje, construir escassez em torno da sua capacidade é praticamente uma exigência para manter uma carreira.
Se você é capaz de oferecer uma combinação única de habilidades, ou uma visão específica sobre determinado assunto, por exemplo, sempre terá vantagem em relação aos profissionais que entregam apenas o básico.
Enquanto eles vão e vem, você será tratado como uma peça indispensável no funcionamento da empresa! Parta para a ação
Bom, agora que você conhece 6 princípios para conquistar o sim das pessoas, está na hora de agir.
Comece agora a mesmo colocando esses princípios prática.
Inscreva-se em nossa newsletter e abaixe o ebook grátis logo abaixo com as principais dicas para conquistar uma promoção e atitudes que você já pode começar a praticar agora mesmo.
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❛ —— 𝐈𝐓'𝐒 𝐍𝐄𝐕𝐄𝐑 𝐄𝐀𝐒𝐘 𝐓𝐎 𝐖𝐀𝐋𝐊 𝐀𝐖𝐀𝐘;; POV.⠀
Save your advice, 'cause I won't hear you might be right, but 𝐼 𝒹𝑜𝓃'𝓉 𝒸𝒶𝓇𝑒. You got me scattered in 𝓅𝒾𝑒𝒸𝑒𝓈 shining like stars and screaming, Lighting me up like 𝒱𝑒𝓃𝓊𝓈 but then you'd disappear and make me wait. And every second's like 𝓉𝑜𝓇𝓉𝓊𝓇𝑒 hell over trip. No more so.
É preciso de uma dupla para se manter um casamento, é preciso de uma dupla para se manter um amor e é necessária a verdadeira presença para se manter um sentimento. Ninguém sustentaria uma relação sozinho. O fato era que sombras de um amor antigo não sustentavam sentimentos. Migalhas de atenção não mantinham uma relação estável. Juras de amor jamais seriam o suficiente para substituir uma presença. E faziam meses que Briana tomava a prova real de todas essas premissas. Havia sido um ano conturbado, uma gravidez depois da outra, todas as descobertas da maternidade de uma só vez e um marido que tinha preferido se afastar a confiar. Não existiam dúvidas de que um dia havia amado Xeno com todo o seu coração, tinha mergulhado em um penhasco para viver aquele amor, feito de tudo para enfrentar as consequências daquela relação, mas para tudo existia um ponto final. Não podia mais se manter naquela angústia contínua. Não poderia passar mais tempo esperando. Não conseguia mais se ver naquela situação. Havia se cansado. Um cansaço crônico que vinha se arrastando há muito tempo, mas que vinha sendo ignorado — tudo em prol da esperança de que as coisas melhorassem.
No entanto, nenhuma esperança poderia ser considerada eterna. Aquela que sempre era última a deixar de existir, mas que inevitavelmente dava o seu último suspiro. E o último respirar da esperança da Brunelleschi havia se dado naquela manhã! Não queria ser uma boba que esperava sempre por um homem. Não tinha nascido para ser alguém que esperava a boa vontade de outro. Não estava em seu sangue viver para ser deixada de lado. Seria uma princesa regente, era uma mulher inteligente, engajada com seus compromissos, comprometida com cada uma das suas responsabilidades… Deveria ser ela aquela que fazia com que os outros esperassem, jamais o contrário. E essa percepção havia vindo no dia anterior. “No amor, no relacionamento e na vida, não dá para viver um pesadelo acreditando que é um sonho ruim e que logo você acordará. Pode não haver tempo.” Tinha lido na noite anterior em um brilhante citação em um dos livros que tinha pego na esperança de suprir o vazio em sua cama ao anoitecer. Tempo. Poderia não haver tempo. E seria justo gastar o dela em uma incontável espera? Não, não seria. Precisava acordar. Precisava tornar aquele sonho ruim em um sonho agradável. Poderia ser sozinha? Certamente que sim. Contudo, mesmo com a solitude, teria a certeza de ter a paz por não viver uma constante espera. Teria seu caminho livre para iniciar uma nova jornada.
E existia uma pessoa que deveria ser a primeira a saber de sua decisão: seu pai. Lorenzo, melhor do que ninguém, era capaz de compreender a sua primogênita na maioria das situações. A princesa não conseguia se lembrar de uma só vez em que não tinha sido apoiada em seus decisões e, ainda que essa fosse o primeiro momento em que pudessem entrar em divergência, estava disposta a encarar cada uma das consequências. Era a sua vida, queria dar o exemplo para Cassie, queria que ela soubesse que jamais deveria deixar de lado as suas vontades em prol de outras pessoas, nem que para isso precisasse colocar o seu título em risco. Inclusive, falando na bebê, ela ainda permanecia adormecida sobre o colchão macio quando a herdeira italiana se levantou para caminhar até a sua escrivaninha, alcançando um papel e um caneta. Tinha que aproveitar para escrever aquela carta enquanto ainda tinha coragem.
“Ciao, papà!
Existiriam muitas maneiras de começar essa carta, existiriam maneiras de abordar essa decisão de um jeito mais simplório, eu já sei. No entanto, escolhi começar essa carta trazendo uma memória à sua mente. Se lembra da entrega do prêmio Nobel do ano de 292? Eu estava empolgada com aquela data! O meu cientista favorito era o principal favorito a conseguir a premiação de física. Se lembra? Espalhei folhetos em toda a escola, pedi para que todos os meus amigos comparecessem, enviei uma carta te chamando para assistir comigo… No entanto, nós sabemos que a catapora dos gêmeos os impossibilitaram de me acompanhar, a reunião do encontro de nações em Bruxelas te impediu de comparecer e, bem, nenhum dos meus poucos amigos se importavam o suficiente para comparecer.
Pensando em pretérito, aquela noite tinha sido tudo para ter sido marcada por um sentimento de alegria, uma euforia que poderia se assemelhar a Itália sendo campeã da Copa Mundial de Futebol. Afinal, o cientista pelo qual eu torcia comprovou o favoritismo quando recebeu o seu prêmio! Deveria ser motivo de comemoração para uma fã, como eu. Um motivo para comemorar por dias. No entanto, quando me lembro daquele dia, a única coisa que me vem à mente são as minhas lágrimas, o buraco em meu peito por estar sozinha, a triste sensação de solidão. Eu deveria ser como um neutrino? Uma partícula subatômica de interação tão fraca com a matéria a ponto de não ser considerada? Essa foi a pergunta que te fiz em uma carta naquela noite. Sabiamente -- e com a ajuda de um físico, eu sei -- você me respondeu que não. Eu não era um Neutrino. Você me disse que eu estava destinada a ser um Quark, uma partícula que está sempre destinada a se ligar com outras em um conjunto de Hádrons. Você disse que aquela era uma fase e que, ocasionalmente, eu encontraria os outros elementos que se ligariam ao meu conjunto de Hádrons. Eu ainda encontraria pessoas que estariam ao meu lado. Pessoas que gostariam fazer parte do meu conjunto.
Por muito tempo achei que esse fosse um tremendo exagero da sua parte. Ninguém gostaria de estar ao meu lado, eu estava fadada a continuar sozinha, infelizmente. Acontece que o tempo passou e com ele veio a descoberta de que você estava certo. Eu não sou um Neutrino. Sou um Quark e, agora, isso é bem claro em minha mente. Não consigo mais me ver sozinha, não suporto mais a solidão, ainda que essa tenha me servido por muito tempo. Inclusive, acredito que é interessante que uma vez que você descobre como é bom ser querida, como é gostoso ter a sua presença sendo apreciada, o desejo de permanecer só por muito tempo não parece ser o mesmo.
Infelizmente, a solidão me foi imposta nos últimos meses. Meu casamento tem estado em decadência. As lágrimas que caem em meu rosto nesse exato momento comprovam como é dolorido finalmente admitir isso. Mas eu não posso mais continuar uma mentira. Não consigo mais carregar esse fardo sozinha. Eu não quero ser empurrada para me tornar um Neutrino quando a essência de um Quark se encontra em minha alma. Xeno tem sido incrivelmente ausente em tudo que se passa comigo, Cassie tem estado unicamente em meus cuidados e enfrento a gestação praticamente sozinha. Na noite em que te contei sobre a primeira gravidez disse que estaria disposta a enfrentar tudo para estar com meu amor, que estaria disposta a enfrentar o mundo, contanto que ele estivesse ao meu lado. Entretanto, agora, eu sinto que não existe mais ninguém comigo.
Sabe muito bem que essa decisão não é impensada. Eu jamais seria tão displicente a ponto de afundar um casamento em um impulso! Penso na possibilidade de um divórcio há um bom tempo e essa me parece ser a minha única saída no momento. Sinto muito pela decepção que essa decisão possa te causar. Sei que isso pode me custar a minha regência, mas eu não consigo mais desperdiçar a minha vida nessa triste situação. Eu não quero ter um futuro infeliz. Eu não quero que meus filhos vejam um casamento de fachada. Muito pelo contrário! Quero lutar por aquilo que acredito. Quero que Cassie cresça sabendo que não deve aceitar menos que um futuro feliz ao lado de quem sempre estará ao seu lado. Eu espero que você me entenda, como sempre me entendeu. Eu preciso ser feliz, pai. Preciso estar livre de esperar por migalhas de atenção. Então, por favor, eu peço com todo o meu coração que tente compreender o que sinto nesse momento e a razão pela qual quero meu divórcio. Já senti por muito tempo aquele antigo buraco de solidão no meu peito. Tudo que quero é voltar a sentir a felicidade e preciso estar livre para isso. Livre desse casamento e livre dessa sombra de sentimento. Me perdoe por te decepcionar.
Com amor, Briana Brunelleschi. ”
A atitude como um todo estava longe de ser equivocada da parte de Briana, tinha levado muito tempo para chegar a decisão de estar a ponto de pedir um divórcio. Compreendia que aquilo arriscaria diretamente a sua linha de sucessão ao trono. Mas, parando para pensar em um amplo espectro, seu papel como futura governante também implicava não se dobrar a situações como aquela. Precisaria lutar por aquilo que acreditava e, apenas dessa maneira, conseguiria lutar pelos interesses de seus súditos. Seriam tempos difíceis? Incontestavelmente! Mas desde o momento em que tinha colocado Cassiopeia no mundo tinha decidido que sua maior prioridade na vida seria dar um exemplo adequado para a sua filha. E como poderia fazer aquilo com uma grande hipocrisia dentro de seu próprio lar? Não. Não seria mais uma nobre presa em um casamento prestes a afundar. Se fosse vista em uma relação que fosse uma em que tivesse plena convicção que tinha um parceiro que estivesse disposto a estar sempre lá por ela. Não queria mais viver aquela fachada.
As consequências da sua vontade? Apareceriam em sua vida no decorrer dos próximos dias. Tudo mudaria quando a carta que escrevia chegasse as mãos de Lorenzo, porém se encontrava preparada para enfrentar tudo que estivesse a sua frente. E quanto aquelas lágrimas que corriam livre por sua face? Ah! Essas ainda perdurariam por um bom tempo, mas, assim como a ruptura que tinha acabado de abrir em seu coração, tinha certeza que tudo passaria em algum momento. Nunca tinha sido uma pessoa que se deixava levar por lamentações. Costumava levantar a cabeça para lidar com as atribulações e, certamente, estava disposta a enfrentar cada uma daquelas que viriam com essa grande decisão em sua vida. Apenas precisaria de tempo colocar os pingos nos “is” com Xenófanes, mas tudo isso em seu devido tempo. Agora? Oh! Ninguém poderia julgá-la por tirar um tempo para sentir. Precisava sentir o luto daquela relação para finalmente seguir em frente.
#( 𝐢𝐢𝐢. ) —— ❛ 𝐄𝐋𝐄𝐌𝐄𝐍𝐓𝐒. ✦ a princess's gonna rule just the way she was made . ১#( 𝐯𝐢. ) —— ❛ 𝐏𝐎𝐕. ✦ then I overthink about the things I’m missing. ১#vi.#dessa vez os créditos de edit vão pra flora#esse anjinho na nossa vida sjslks#<3#iii.
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