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#dia de sobrecarga da terra
ttaehyxx · 2 years
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SOBRE
o exterior nada poderia afetar-me, até pois, é impossível adentrar em um inexistente conceito. Encasulo-me em lugar algum – Seja por ruídos ou seja por gritos, a divisão permaneceria a mesma. Olhos atentos a um único objeto de interesse - ser, estar ou sentir. A classificação individual indifere-se de sua condição final.
Memória.
Humanidade. Existiria algo mais peculiar do que as qualidades básicas da vivência em si? De forma admirável, o ser humano é uma criatura tempestuosamente curiosa. A facilidade de marcar-se por aspectos desprazerosos ocorre com a mesma frequência do abandono de seus positivos. Pendurei-me por imenso tempo durante meu breve e letárgico viver na vazia crença - e de fato, vazia em inúmeros quesitos, de que a nomenclatura breve do 'viver' seria, em suma, fútil e tosca, com objetivo único de ocultar-nos do mórbido (e absurdo) reconhecimento do que é de fato a existência própria.
Exploração.
Moldamo-nos de acordo com experiências, especialmente em esta aclamada modernidade - onde a exposição ao consumo torna-se cada vez mais evidente. O que é deverá ser levado em consideração à quem foi: algo ignorado por muitos, visto que a fuga de si mesmo ocorre na sobrecarga do outro. Pela facilidade da vista, cega-se erroneamente com seus pecados enquanto busca pelo perdão de quem jamais ofertou algo para si - onde, ao contrário, apenas de ti retirou. No momento não crítico os deuses ou qualquer proclamada dividande celestial: refiro-me ao próprio ser. O masoquismo social e moral é extremamente notável e começa a corromper-se ao não só ao cometer densos sacrilégios de partido único, como sacrifica o seu respectivo coletivo.
A existência, por isso e inúmeros outros fatores é incrivelmente absurda. Me corrói: desejo gritar e rasgar toda a putrefata carne do pecaminoso ser¹ quando noto que a existência, existe. Insalubre e insensato. Por deveria o algo deveria possuir o desprazer de encarar isto?
Passado.
Eu,
poderia ser classificado com uma breve palavra. Indiferente. Para que importar-se? O final será sempre o mesmo, continuadamente - importe-se ou não. Repetitivo. Cansativo. Tedioso e desinteressante. Não me apetece.
Com o tempo, a obscuridade do pensar clareou-se com o conhecimento de alguém. Não porque ele mudou quem, no final, eu representava: todavia, porque pela primeira vez em anos, senti-me vista. Escutada. E de certa forma, humana.
Não tenho certeza se possuo capacidade para descrever William. Grande parte do que penso sobre tal pessoa é revelado logo em seguida ou ocultado no incerto destino. Todavia, tal fator deve-se mais a ignorância de si do que a simplicidade de quem ele é: afinal, o termo 'simples' definitivamente não poderia descrevê-lo.
Admito que enquanto percorro tamanhas localidades, a dureza da descrição é imensa. A subjetividade logo acolhe-me. A habilidade de uma escrita emocionalmente tão direta não é existente ademais de extrema totalidade por minha parte. Logo, envergonho-me caso em um determinado momento minhas descrições exaltarem-se.
Retomando,
William facilmente poderia ser descrito como tudo, mas jamais como nada.
Ele pode ser a suave brisa de uma milenal tempestade - no qual cautelosos olhares hesitam em compreender que a cerne do devaneio encontrava-se na desconhecida ilha.
" ...[...]A coragem (ou humana covardia) de resguadar-se em nela era imensa, e da mesma forma em que buscavam consolo, penetravam com corrivos líquidos nas suas raízes próprias.
Pela falta de compreensão, retém e aprisiona-se dentro de si na busca do entendimento próprio. O que não lhe fora alertado, no entanto, era que uma vez que a consciência sobre tal era existente, enterra-se para sempre quem fora evitado pelo olhar durante o percorrer.
Tais afrontosas memórias cultivadas em  alheios momentos outrora com a consequência do encarnecimento de si, faz com que resta a certeza sobre que o que lhe era cessa e apodrece dentro de quem um dia já foi.
Sussurros de uma terra distante e o cantigo impotente de deveres. O abandono de quem foi ou a busca de quem és?
A baía tranquilizava-se com a bondade divina, pois em dias era contestada com a ignorância dos deuses. Pacífico ante agressivo. Próximo outrora distante. Dizem que humanos espelham conceitos deíficos, mas como assegurar-se de quem escuta nossas súplicas não moldam-se de acordo com quem o busca? A certeza de que o lugar em seu meio um dia fora percorrido pela familiaridade quebra a sensação de que jamais fora visto pois jamais fora existente.
Talvez ele seria tudo isso,
talvez sobre isso, nada lhe era pertencente. [...]"
Nunca poderia eu obter o dom de categorizar alguém. A forma como observo o mundo claramente deturpa-se ao entrar em contato com os gritos constantes das anomalias. Todavia, de um ponto de vista ábdito, certamente é um humano prazeroso de acompanhar ao seu lado.
E, de forma definitiva, sua importância é reafirmada a cada dia que passa.
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ambientalmercantil · 2 months
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pacosemnoticias · 4 months
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Portugal começa a viver a crédito a partir de terça-feira após ter esgotado recursos de 2024
Portugal esgota na terça-feira os recursos disponíveis para este ano, passando a consumir recursos que só deviam ser usados em 2025, indicam dados da organização internacional "Global Footprint Network".
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Disponíveis na página da organização os dados são também divulgados esta segunda-feira pela associação ambientalista portuguesa Zero, que destaca que se cada pessoa no planeta vivesse como uma pessoa média portuguesa, a humanidade exigiria cerca de 2,9 planetas para sustentar a sua utilização de recursos.
Mas a associação refere também que Portugal atrasou em três semanas o dia em que passa a usar o "cartão de crédito", visto que no ano passado esgotou os recursos em 07 de maio.
Porém, explica a Zero, o recuo no impacto da pegada ecológica por comparação com 2023 resulta do facto de algumas das variáveis utilizadas para contabilização dos consumos serem relativas a 2020 e nesse ano a pandemia de covid-19 levou a uma paragem generalizada da atividade económica a partir de março.
Se os cálculos implicassem uma situação real, o que acontecia a partir de terça-feira era que a área produtiva disponível para regenerar recursos e absorver resíduos esgotava-se.
A Zero salienta em comunicado que Portugal é já há muitos anos deficitário na capacidade de fornecer os recursos naturais necessários às atividades desenvolvidas (produção e consumo). Mas sublinha uma tendência positiva de uma pequena redução da "dívida ambiental".
O consumo de alimentos, (30% da pegada global do país) e a mobilidade (18%) estão, assinala a Zero, entre as atividades que mais contribuem para a pegada ecológica de Portugal.
A associação sugere medidas para melhorar a situação, como a aposta numa agricultura que dê preferência a alimentos de qualidade, preservação dos solos, redução da poluição e do uso de água e valorização dos ecossistemas.
E que se aposte mais no teletrabalho eliminando viagens, especialmente de avião, que se invista em estruturas que permitam a utilização dos chamados "transportes suaves", como a bicicleta, e se regulamente para que os produtos colocados no mercado sejam sustentáveis (qualidade, possibilidade de reparar, de reutilizar e de reciclar).
Cada português pode fazer recuar mais o dia em que se esgotam os recursos se reduzir o consumo de proteína animal (atualmente consome três vezes mais do que era desejável), se privilegiar os transportes coletivos e a mobilidade suave, e se consumir de forma mais circular, tendo menos e de melhor qualidade em vez do comum "usar e deitar fora".
A Pegada Ecológica avalia as necessidades humanas de recursos renováveis e serviços essenciais e compara-as com a capacidade da Terra para fornecer tais recursos e serviços (biocapacidade).
No cálculo para determinar o dia da sobrecarga do planeta a "Global Footprint Network" colocou a União Europeia a esgotar os recursos que lhe eram destinados em 03 de maio.
Mas o país que primeiro esgotou os recursos foi o Qatar, logo em 11 de fevereiro, seguindo-se o Luxemburgo, no dia 20, os Emirados Árabes Unidos, em 04 de março, e os Estados Unidos, em 14 de março.
Os últimos países a esgotar os seus recursos serão o Equador e a Indonésia, em 24 de novembro, o Iraque em 15 e a Jamaica em 12.
Contabilizando os dados de todos os países a organização calcula o dia em que os recursos do planeta para o ano são gastos, passando a viver de recursos que só deveria usar no próximo ano. Em 2023 esgotaram-se em 02 de agosto.
No próximo dia 05 será anunciada a data em que os recursos da Terra para 2024 se esgotam.
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conexaorevista · 4 months
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Ambientes mais fechados, menos circulação de ar, temperaturas baixas (como a primeira grande onda de frio do Paraná neste final de semana) e maior umidade do ar compõem um cenário propício para a proliferação do vírus da gripe e demais vírus respiratórios. Casos de doenças como gripe, resfriado, sinusites, bronquites, bronquiolite, crises de asma e pneumonias são mais frequentes nessa época do ano. Para evitar o número de casos de infecções por síndromes respiratórias, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça que os cuidados básicos e a vacinação são fortes aliados na proteção da saúde. Influenza (gripe), Sars-CoV-2 (Covid-19), Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e rinovírus são os vírus que mais circulam atualmente no Paraná. Atitudes simples como lavar as mãos com água e sabão com frequência, não tocar os olhos após contato com superfícies utilizadas por várias pessoas (corrimões, maçanetas, telefone, etc) e evitar permanecer em ambientes sem ventilação e com aglomeração de pessoas auxiliam e são fundamentais na proteção contra os vírus. Além desses cuidados, a vacinação contra a gripe e Covid-19 para grupos prioritários torna-se um importante escudo na defesa do organismo, contribuindo para a redução das complicações, internações e ainda da mortalidade decorrente das infecções pelo vírus influenza na população. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco. Desde o dia 2 de maio a vacina contra a gripe é liberada para todas as pessoas com mais de seis meses de idade. Ela é disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades de saúde dos municípios. Até ao momento o Paraná vacinou 1.659.588 pessoas. Dos grupos prioritários, os povos indígenas vivendo fora das terras indígenas (54,28%) e os idosos (37,27%) foram os que mais se vacinaram. “O aumento de pessoas imunizadas contribui para menor circulação dos vírus e evita sobrecarga nos serviços de saúde, seja no pronto atendimento, hospitais de pequeno porte, Unidade Básica de Saúde ou na porta dos grandes hospitais. A imunização é nossa principal aliada, por isso quero convocar todos os paranaenses para garantir essa proteção tão importante para a saúde coletiva”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. VIGILÂNCIA SENTINELA – Uma vez por mês, a Sesa, por meio da diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde, divulga o boletim de Vigilância da Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O documento atualiza o quadro de casos hospitalizados e óbitos em decorrência das doenças respiratórias. O objetivo é identificar o comportamento dos vírus respiratórios, orientando os órgãos de saúde na tomada de decisão frente à ocorrência de casos graves e surtos. Desde o início do ano até o dia 11 de maio, das 2.467 amostras coletadas nas Unidades Sentinelas (rede de 34 Serviços de Saúde para atendimento, que estão distribuídas em 22 Regionais de Saúde e 28 municípios no Estado), 976 amostras identificaram o Rinovírus, SARS-CoV-2 e Influenza A H3N2 como os maiores vilões. Neste mesmo período, foram notificados 7.030 casos de SRAG. Destes, 364 (5,2%) foram confirmados para Influenza, 42 (0,6%) como SRAG por outros agentes etiológicos, 1.214 (17,3%) como SRAG por Covid-19, 1.215 (17,3%) como SRAG por outros vírus respiratórios, 2.670 (38,0%) como SRAG não especificado e 1.525 (21,7%) estão em investigação. Os sintomas, em geral, são febre alta, calafrios, tosse, dor de cabeça e de garganta, cansaço e dores musculares. A pessoa que apresentar sintomas respiratórios, entre eles a falta de ar, deve procurar uma unidade de saúde imediatamente, já que o tratamento precoce (em até 48 horas) com medicamentos antivirais específicos, ajuda a evitar a evolução para formas graves da doença. PNEUMONIA – A pneumonia é uma infecção dos pulmões, causada por algum...
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secretwinnerduckwombat · 11 months
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"Mulheres Insuportáveis "
Não há ser humano na face da terra que aguente o tranco de organizar a casa, fazer o almoço, janta, compras, cuidar do filho, pano na casa, lavar banheiro, colocar roupa na máquina, estender, guardar, trabalhar fora, se virar nos 30, se revirar, sem que a saúde mental, física, emocional sejam comprometidas.
Geralmente chegamos ao final do dia com sensação de fracasso, de que deveríamos ter mais braços, ser de aço.
Chegamos ao final do dia em débito.
Especialmente com nós mesmas.
Unha por fazer..
Cabelo sempre preso..
Algo público e notório é que as mães sempre se deixarão por último.
Ao invés de se aproveitar dessa vulnerabilidade emocional das mães, observe. Não é à toa que vem tensão, sobrepeso, dores musculares, doença. Auto cuidado em declínio da nisso.
E a conta chega.
Nos tornamos insuportáveis.
Chorosas, estressadas, sem paciência, sobrecarregadas, doentes.
Tem dias que dói na alma sentir que somos impotentes, insuficientes, que não estamos dando conta de tudo.
Mal sabemos que nos cobramos o sobre-humano. Que na verdade, não é que não damos conta. É que não tem como dar conta.
Muitas de nós seguimos tentando o impossível.
A interminável sensação de ter o que fazer e estar devendo algo são insuportáveis. Nos sufoca. E o que muitos não sacam é que não é sobre “impotência”, é sobrecarga.
É o que alguns dizem por aí ter transformado mulheres lindas e maravilhosas em pessoas insuportáveis. Cobrando mais ao invés de ajudar e de perceber esse pedido de ajuda deslocado.
Exaustão, pessoal. Esse é o diagnóstico.
É a consequência de aceitar fardos. De fazer mais do que pode, consegue, suporta.
Esse é o mundo das mulheres insuportáveis. Um mundo sem rede de apoio. De não saber dizer “não”.
Exaustão pode virar depressão, estafa, doença física.
É preciso cuidado com as mulheres “insuportáveis”. Elas podem estar por “um fio”, implorando por um braço estendido disposto a ajudar.
Observem.
Ajudem.
Cooperem.
Enxerguem-as.
🖋️Julieta Franco
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— Sabe do que o mundo precisa? Pessoas trambiqueiras.
Pietro finge por dez segundos que sua avó não é sua avó, chega a dar dois passos para o lado, muito sutilmente, pra que as pessoas não pensem que eles se conhecem, enquanto ela continua falando.
— Seu pai era assim, sabia? Um grande trambiqueiro, e a sua mãe também não era a pessoa mais correta do mundo, por isso eles se apaixonaram e tiveram você. — A mais velha pontua lhe dando tapinhas no ombro, daquele jeito que só avós muito amorosas e carinhosas fazem com seus netos. Com seu único neto e parente vivo. — Você vai ser um trambiqueiro também, se já não for.
— Nonna, pelo amor de Deus…
Eles estão no meio de outras famílias bruxas italianas esperando aquela carruagem maldita, e tudo que Pietro menos quer é que corra pela Europa inteira que seus pais eram trambiqueiros, e que sua avó também acha que ele vai ser. Um dia.
— O que eu quero dizer é que tudo bem se você quiser ser um trambiqueiro. — A mais velha diz ao lhe lançar um sorrisinho e colar o braço no dele. — Eu ainda vou amar você.
O que não era uma mentira, se fosse considerar todos os anos que tinha passado sob os cuidados daquela mulher irresponsável e maluca que era sua avó, que deixou ele beber muito mais do que meio cálice de vinho como as outras crianças, e o ensinou a trapacear em todos os jogos possíveis como forma de educá-lo pro mundo e não tinha sido diferente naquele último verão. Naquele verão ensolarado, feliz e perfeito que ele não queria se despedir, assim como não queria se despedir de sua versão de quinze anos.
— A senhora tem certeza que vai ficar bem? — Pietro fica preocupado de última hora, ao voltar para ela. — Estudar aqui ou lá não faz diferença.
— Você não está preocupado comigo, está com medo de Capri sair do lugar enquanto estiver na escola, mesmo que seja uma ilha. — A avó o acusa, apertando seus ombros ao ver a fila de alunos diminuir, como uma dica de que ele precisava se apressar também. — Nossa casa vai estar lá quando você voltar, no alto da montanha, como sempre foi.
A avó aproxima o rosto do dele, colando suas testas como fazia desde que ele era só um bebê e ela a única pessoa que ele tinha no mundo.
— Vai ser um bom ano. Você não vai se arrepender de passar ele com seus amigos. Eles vão precisar de você, trambiqueiro ou não.
— A senhora promete?
— Eu nunca mentiria pra você.
E ela não mente, é o mundo ao redor dele que decide seguir outro rumo sem se importar com todas as vidas que vão ser dilaceradas no processo. As que foram perdidas e principalmente as que tinham ficado pra trás, assim como ele.
Que não quer recolher os pertences das pessoas que morreram no chateau, mas se oferece pra ajudar mesmo assim, porque ele também não quer escrever cartas dando más notícias, mas também faz mesmo assim a fim de aliviar a pressão e sobrecarga em cima de seus professores. Ele também não acha que consegue ser um apoio pros amigos quando eles têm que se despedir das pessoas com quem eles se importavam e que lhes foram tiradas da forma mais violenta, mas ele escolhe ser, assim como escolhe ficar e decide que não tem outro lugar no mundo onde ele é mais necessário do que Beauxbatons no meio daquele pesadelo.
— Nós podemos encontrar bons tutores, os melhores do país! Você vai poder estudar na praia todos os dias, em um barco se você quiser, eu só quero que você volte pra casa e fique seguro. — O discurso de que ele devia ir pra escola e ficar nela, aproveitando sua fase escolar e as experiências, tinha caído por terra. Nonna Ricciardo consegue ouvir explosões mesmo por ligação de flu e só sabe que não quer que seu neto, seu único herdeiro e parente vivo, continue naquele lugar. — Eu quero você em casa. Eu quero que volte pra ilha.
Mas voltar pra ilha implica deixar seus amigos sozinhos. Quer dizer que Jean vai ficar sozinho naquele dormitório pelo resto do ano pensando em todas as coisas que ele podia ter feito e não fez. Quer dizer que Luc não vai mais ter ele por perto quando precisar falar sobre seu próprio dormitório vazio. E então tinha Soi, e Ling e Adrien…
Todos eles, juntos e separados, representam um motivo plausível pra ele ficar; sem que ele sequer pense duas vezes ou hesite por um segundo que seja.
— Eu vou voltar pra Capri nas férias, lembra? — Ele assegura sua avó, erguendo uma das mãos no ar, e tem certeza que ela está fazendo o mesmo onde está como se pudesse alcançá-lo também. — Eles precisam de mim, trambiqueiro ou não.
— Você promete?
— Eu nunca mentiria pra você, nonna.
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vocativocom · 1 year
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Recursos do planeta disponíveis para 2023 se esgotaram hoje
Esta quarta-feira (02/08/2023) é o dia em que o consumo de recursos da Terra excedeu a capacidade do planeta de se regenerar no mesmo ano. A estimativa é feita todos os anos pela organização internacional Global Footprint Network (GFN)
Esta quarta-feira (02/08/2023) é o dia em que o consumo de recursos da Terra excedeu a capacidade do planeta de se regenerar no mesmo ano. A estimativa é feita todos os anos pela organização internacional Global Footprint Network (GFN). A entidade estabeleceu a data como o Dia da Sobrecarga da Terra, em inglês, Earth Overshoot Day, para gerar maior conscientização da sociedade para a agenda de…
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micoverde · 5 years
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Dia de Sobrecarga da Terra (29/07/2019)
O Overshoot day é um cálculo que mostra e alerta quando passamos do limite de regeneração do planeta para o que consumimos anualmente. Ou seja, a partir do dia 29/07, estamos vivendo "no crédito". ⚠️ 
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Mas como é feito esse cálculo?
Todos os anos, a GFN calcula o número de dias daquele ano em que a biocapacidade do planeta Terra é suficiente para suportar a Pegada Ecológica da humanidade naquele mesmo ano. O restante do ano corresponde ao uso excessivo global. Para calcular o Overshoot Day , divide-se a biocapacidade mundial (a quantidade de recursos ecológicos que o planeta é capaz de gerar naquele ano) pela Pegada Ecológica mundial (a demanda da humanidade naquele ano) e multiplica-se por 365, que é o número de dias no calendário anual.
Biocapacidade mundial / Pegada Ecológica Mundial x 365 = Overshoot Day❗️
Segundo a WWF, "diminuindo as emissões de CO2 em 50%, poderíamos ganhar 93 dias ao ano, isto é, atrasar no dia da sobrecarga da Terra até outubro".💡
Siga o @MicoVerde nas outras redes sociais: facebook ; instagram ; linkedin
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da5vi · 7 years
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O Dia de Sobrecarga da Terra 2017 já chegou e a gente nem viu
Não sei se vocês lembram, mas falamos por aqui no ano passado sobre o Dia de Sobrecarga da Terra, e infelizmente o dito cujo chegou bem mais cedo esse ano: foi no início do mês, precisamente no dia 02 de agosto. Pra quem não sabe, esse dia marca o momento do ano em que já consumimos TUDO que a terra é capaz de repor em um ano, nos deixando em débito com o planeta em termos de recursos naturais. As consequências disso? Aquecimento global e países como a China, onde a poluição é TAMANHA que ar puro é coisa de filmes... Tento mudar meu modo de consumir e de interagir com o planeta desde então, e confesso a vocês que é muito difícil: ainda não levo com frequência uma ecobag para o supermercado e tampouco abdiquei de alimentos processados. Mas acho que já mudei bastante, e seria uma ótima se mais de vocês pudessem rever sua "pegada ecológica" (o "rastro de destruição" que seu modo de consumo deixa no planeta). Para saber mais informações, acesse o OvershootDay.org!
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O mundo das “mulheres insuportáveis” tem nome: exaustão.
Não há ser humano na face da terra que aguente o tranco de organizar a casa, fazer o almoço, janta, passar pano na casa, lavar banheiro, colocar roupa na máquina, estender, guardar, TRABALHAR, se virar nos 30, se revirar, sem que a saúde mental, física, emocional sejam comprometidas.
Geralmente chegamos ao final do dia de que deveríamos ter mais braços, ser de aço.
Não é à toa que vem tensão, dores musculares, doença.E a conta chega.
Nos tornamos insuportáveis.
Chorosas, estressadas, sem paciência, sobrecarregadas, doentes.
Tem dias que dói na alma.
Mal sabemos que nos cobramos o sobre-humano.
Muitas de nós seguimos tentando o impossível. Nos sufocamos. E o que muitos não notam é que não é sobre “impotência”, é sobrecarga.
Exaustão, pessoal. Esse é o diagnóstico.
É a consequência de aceitar fardos. De fazer mais do que pode, consegue e suporta.
Esse é o mundo das mulheres insuportáveis. De não saber dizer “não”. Exaustão.
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entertainerzm · 4 years
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10 YEARS OF ONE DIRECTION
• Imagines Songs - (01/06 -31/07)
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LOVED YOU FIRST
ZAYN'S PDV
Embriagado demais para assumir o controle de minhas próprias ações, marchei pesadamente em direção a casa vizinha, ignorando – a todo o momento – o coro de vozes de meus quatro melhores amigos.
O coração em meu peito pesava o equivalente a uma tonelada de chumbo, tornando a respiração – uma ação natural – em um ato dificultoso; nem nos piores pesadelos, fui capaz de vislumbrar um cenário tão caótico, quanto o que a intensa decepção amorosa vinha me fazendo viver.
Sem importar-me com o horário – ou com o impacto causado – descarreguei toda a minha força sobre a porta de mogno vermelho, anunciando minha chegada ao local.
- Pelo amor de Deus! – A voz de S/N soou do outro lado, junto ao barulho estridente de um molho de chaves. – Só um minuto.
As batidas proferidas contra a madeira tornaram-se cada vez mais intensa, aumentando os gritos de reprovação por parte da mulher.
- Zayn?! – Um bramido surpreso escapou de sua garganta, assim que a passagem para interior da residência foi aberta. – Já é quase meia noite. O que aconteceu?
- Você aconteceu, S/N/C. – Apontei o dedo indicador em sua direção. – Posso colocar na sua conta toda a ruína em minha vida.
- Você bebeu, Malik? – Minhas palavras emboladas, somada ao forte cheiro de vodka em meu hálito, deram a ela a confirmação necessária a respeito de meu estado nada sóbrio. – Por que fez isso? A caso, se esqueceu dos efeitos ruins do álcool no organismo humano?
Destoando de dias normais, a tagarelice de S/A soava-me aos ouvidos de modo bastante incômodo, chegando a me causar desorientação.
- A quantidade de bebidas consumidas por mim não é o ponto principal desta visita. – Sem pedir licença, abri espaço entre seu corpo e o batente da porta, adentrando a propriedade. – Ele está aqui com você?
- Sobre o que exatamente estamos falando? – Seguindo meus passos, S/N rumou até o sofá centralizado na sala de estar. – Quem deveria estar aqui, Z?
- Não é óbvio? Seu namoradinho seboso. – Grunhi, irritado. – Como é mesmo o nome dele?
- O que o Shawn tem a ver com toda essa confusão? – Uma expressão confusa tomou-lhe a face. – Por que você não se senta enquanto eu vou buscar uma água?
Tomado por uma espécie de frenesi, tornei-me incapaz de frear toda a situação em andamento.
- Você precisa me ouvir, S/N. Não percebe o que está acontecendo comigo? – Não pude conter a frustração em meu tom. – Sinto-me despedaçado por vê-la ao lado dele. Mendes não é o cara certo para você.
Com as sobrancelhas arqueadas e a boca formando um pequeno “O”, S/A encarava-me como se estivesse diante de um ser de outro planeta.
- Não consigo compreender você, Zayn. – Sua delicada mão arrastava-se sobre a testa em um gesto nervoso. – O que quer dizer com isso?
- Você não consegue, ou não quer entender, S/N? – Contra ataquei nervoso, caminhando em sua direção. – Durante muito tempo, esperei o momento certo de abrir meu coração. No entanto, vejo que a data limite expirou.
- Acho melhor você ir para a casa, Malik. – Tocou-me o braço com gentileza. – Definitivamente, não está em condições de ter uma conversa decente. Você não está falando coisa com coisa.
- Posso estar bêbado, mas, não estou louco, S/N. - Afastei-me minimamente de si. – É insuportável ver você entregar seu coração a ele. Ao menos, uma vez na vida, perceba o que está a sua volta.
Notei minhas palavras pesando sobre seus ombros, no instante em que minha amiga de infância jogou-se desajeitadamente sobre o móvel acolchoado.
- Quero acreditar que estou vivendo um delírio. – Sussurrou, com a cabeça apoiada em seu punho. – Por favor! Me diga que não está tentando fazer isso, Z.
- Vai me obrigar a reprimir o que sinto, S/S? – Mordi o lábio a ponto de fazê-lo sangrar. – Por quanto tempo terei de mascarar este sentimento que queima dento de meu peito?
Como um animal enjaulado, comecei a rodar em círculos, afim de descarregar um pouco da energia que habitava meus sistemas.
- Até quando vamos seguir ignorando os fatos? – Questionei. – Não foi Shawn quem esteve ao seu lado desse o início. Foi eu. Duvido que esse cara se quer conheça todos os seus gostos e manias, mas, eu conheço, S/N. Sempre fui eu.
- Zayn, para. Por favor! – Suplicou, a mulher. – Você está dizendo coisas desconexas. Essa conversa já está se tornando tóxica para nós. Me recuso a sacrificar nossa amizade desta forma.
- Foi justamente por isso que ocultei a verdade por tanto tempo. – Agachei-me em sua frente, deixando nossos rostos minimamente próximos. – S/N, eu te amei quando tinha apenas cinco anos de idade e te amo mais ainda aos vinte e sete. Estou farto de me sobrecarregar vivendo uma mentira.
Com o olhar vidrado ao dela, fui capaz de vislumbrar o brilho confuso que despontava em suas orbes bem desenhadas.
- Está se declarando para mim, Malik? – Uma risada nervosa escapou de seus lábios. – Por Deus! Isso é mesmo real?
- Por que é tão difícil de acreditar, S/A? – Soei mais alto que o necessário. – Você se recorda de sua chegada a Inglaterra a vinte e poucos anos atrás? Seus pais eram fluentes no idioma, mas, naquela época, você não sabia uma única palavra em inglês. Lembra-se de como me esforcei para que pudéssemos ter algum tipo de comunicação? Tudo o que fiz foi porque tive certeza de que você era a menina mais incrível que já havia cruzado meu caminho, S/N.
Senti meu canal lacrimal arder pela sobrecarga das lágrimas reprimidas que clamavam por uma passagem para fora de meus globos oculares.
- Todas as noites sinto o desejo de voltar no tempo me dominar. – A dor se fazia presente em minha voz. – Me odeio todas as vezes em que penso que se eu não tivesse insistido para que você fosse naquele maldito show, você nunca teria conhecido esse cara. Minhas chances caíram por terra quando ele chegou.
- Z, essa possibilidade nunca me passou pela cabeça. – S/A saltou para fora do sofá, fazendo-me ir de encontro ao chão pela falta do apoio de suas pernas. – Me desculpe! Você está bem?
- Agora que sabe a verdade, me diga. Isso muda alguma coisa? - Levantei-me, me pondo cara a cara com ela. – Meus sentimentos em relação a você ultrapassam as linhas da amizade. Eu a amo como um homem é capaz de amar sua mulher, baby.
Notei seus lábios abrindo e fechando milhões de vezes, como quem busca uma boa coleção de palavras para se expressar.
- Quando nós já estávamos com quinze anos, demos nosso primeiro beijo, juntos. – Arrisquei. – A sensação de estar próxima a mim ainda se assemelha com a daquele momento? Seja honesta comigo.
Ainda que meu desejo não fosse pressiona-la, a parte de mim que exigia respostas imediatas parecia não se importar com códigos de etiqueta.
- Zayn, sinceramente, estou sem saber o que lhe dizer. – Um bolo atravessou em minha garganta, causando-me agonia. – Nosso beijo aconteceu a tantos anos. Se quer me lembro do que senti.
- Acho que me iludi sozinho quando acreditei que seria capaz de mudar seu pensamento. – A cerca altura, eu caminhava em direção a porta, preparando-me para sair dali. – Você nunca será capaz de partilhar comigo este afeto.
- Z, por favor! Não me entenda mal. As coisas são diferentes agora, sabe? – S/N manteve uma distância segura entre nós, ficando o mais afastada possível da saída. – Eu estou com o Shawn. Nada nessa conversa faz sentido agora.
- Relaxa! Está tudo bem. – Tranquilizei-a, segundos antes de me posicionar para fora de sua casa. – Cheguei tarde demais e respeito isso.
- Você sempre será meu melhor amigo, Zayn. – O tom de pena em sua voz torturava-me mais do que a própria sentença. – Sabe, em algum momento eu posso realmente ter te enxergado de outra maneira. No entanto, a vida mudou e eu cresci.
Uma voz em meu íntimo alertava-me que já não havia mais forças disponíveis para continuar alimentando um assunto tão doloroso, quanto aquele.
- Volto a dizer, S/A. Respeito sua decisão. – Uma lágrima solitária rolou quente por minha bochecha. – Pode me prometer uma coisa?
- Depende de qual será o seu pedido. – Seus pequenos pés chocavam-se freneticamente contra o chão feito de carvalho. – Se for a respeito de nossa amizade, fique tranquilo, o episódio de hoje não irá mudar nada entre nós. Sei que se você não estivesse tão ébrio, jamais isso teria acontecido.
- Mais cedo, ou mais tarde, o limite seria atingido e eu acabaria tendo o mesmo comportamento. Estando embriagado, ou não. – Dei de ombros. – S/N, só me prometa que não vai se esquecer que foi eu quem te amei primeiro.
- Zayn, eu...
- Adeus, S/N. – Acenei de longe, forçando um sorriso a ela. – Seja feliz.
Com o psicológico completamente abalado e os sentimentos em frangalhos, tratei de manter uma postura enrijecida, até estar completamente fora de seu campo de visão.
Mesmo lutando contra a forte angústia que abatia-se sobre meu ser, o amargo gosto da derrota diluía-se em meu paladar; diferente do que um dia me atrevi a imaginar, S/N jamais estaria em meus braços como minha companheira.
- Isso é o fim, caras. – Gritei, descontrolado, ao deparar-me com a recepção composta por meus parceiros de banda, em frente a minha residência. – Shawn tirou o coração dela de mim.
May
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ambientalmercantil · 1 year
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itacosta · 4 years
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Não há ser humano na face da terra que aguente o tranco de organizar a casa, fazer o almoço, janta, compras, cuidar do filho, pano na casa, lavar banheiro, colocar roupa na máquina, estender, guardar, trabalhar fora, se virar nos 30, se revirar, sem que a saúde mental, física, emocional sejam comprometidas. Geralmente chegamos ao final do dia com sensação de fracasso, de que deveríamos ter mais braços, ser de aço. Chegamos ao final do dia em débito. Especialmente com nós mesmas. Unha por fazer.. Cabelo sempre preso.. Algo público e notório é que as mães sempre se deixarão por último. Ao invés de se aproveitar dessa vulnerabilidade emocional das mães, observe. Não é à toa que vem tensão, sobrepeso, dores musculares, doença. Auto cuidado em declínio da nisso. E a conta chega. Nos tornamos insuportáveis. Chorosas, estressadas, sem paciência, sobrecarregadas, doentes. Tem dias que dói na alma sentir que somos impotentes, insuficientes, que não estamos dando conta de tudo. Mal sabemos que nos cobramos o sobre-humano. Que na verdade, não é que não damos conta. É que não tem como dar conta. Muitas de nós seguimos tentando o impossível. A interminável sensação de ter o que fazer e estar devendo algo são insuportáveis. Nos sufoca. E o que muitos não sacam é que não é sobre “impotência”, é sobrecarga. É o que alguns dizem por aí ter transformado mulheres lindas e maravilhosas em pessoas insuportáveis. Cobrando mais ao invés de ajudar e de perceber esse pedido de ajuda deslocado. Exaustão, pessoal. Esse é o diagnóstico. É a consequência de aceitar fardos. De fazer mais do que pode, consegue, suporta. Esse é o mundo das mulheres insuportáveis. Um mundo sem rede de apoio. De não saber dizer “não”. Exaustão pode virar depressão, estafa, doença física. É preciso cuidado com as mulheres “insuportáveis”. Elas podem estar por “um fio”, implorando por um braço estendido disposto a ajudar. Observem. Ajudem. Cooperem. Enxerguem-as. Autor: Desconhecido. Recebi pelo WhatsApp. https://www.instagram.com/p/CGsKMTij1ak/?igshid=15w6k8dz6o6jh
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zhuyilongbrasil · 4 years
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Na primavera de 2020, Zhu Yilong parecia ter entrado em um círculo - com a mudança do ritmo da vida, havia muita fadiga e ansiedade que chegavam sem uma fonte.
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The Traveler
—The Situation—
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Em sua casa em Pequim Zhu Yilong pensava em quando estava a apenas  2 ou 3 dias para concluir as filmagens de "To Dear Myself", com medo de que ele perdesse seu status de ator. Ele aprendeu a se comunicar com parentes e amigos pela tela, gravando ocasionalmente alguns fragmentos da sua vida nas redes sociais, ele foi capaz de se distanciar de sua identidade como ator e se reintegrar na sociedade.
Ele pensou que muitas pessoas, a fim de buscar crescimento individual, trazem sobrecarga e estresse para si mesmo, o pensamento de lutar para perseguir algo como "identidade" são coisas instáveis. "Quando você está ocupado, sempre haverá muitas coisas que você quer e ficará muito estressado. Quando tudo para, você percebe que essas coisas não são tão importantes depois de tudo. Mesmo que você precise jogar fora o que você alcançou e começar tudo de novo, não importa.
Normalmente esse seria o período mais movimentado do ano. Dessa vez, Zhu Yilong e seus pais ficaram juntos por um longo período de tempo em casa.
“O que mais posso fazer?” Era o que Zhu Yilong mais se perguntava durante todo esse periodo. Além de atuar, ele ainda tem outros objetivos: quanto mais ele faz, mais ele limpa a cabeça e mais ele deseja contribuir para o mundo. "Agora, não estou apenas posando em um estúdio, quero acrescentar meus próprios pensamentos. Depois disso, espero explorar o mundo, quero compartilhar minhas experiências reais com as pessoas.”
Ele subconscientemente disse a si mesmo: "Quanto mais tempo no ambiente de trabalho ou carreira, mais você precisa sair e abraçar o novo, abrir a mente . Quando voltar, o coração vai estar relaxado e mais tolerante, você se sentirá bem por conhecer melhor o mundo.”
Zhu Yilong admite que ele deliberadamente tenta fazer com que se sinta como se estivesse viajando enquanto trabalha. Ele quer falar com o mundo e espera que o mundo possa ouvir seu coração, e que a luz se acenda, nos dando grandes expectativas. 
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Toda vez que ele volta da casa a beira mar, o coração de Zhu Yilong sempre retorna mais pacifico.
Zhu Yilong disse que a distância entre o hotel e o mar é umas das poucas "exigencias". Os tons de azul são quase os mesmos em todos os lugares e parecem únicos. Os mares quentes e úmidos de Hainan e Tailândia abraçam a atmosfera tropical da Ásia, o oceano profundo da Oceania é imprevisível e completamente intoxicante.
Ao reservar um hotel no litoral, Zhu Yilong verifica se o hotel oferece suas atividades favoritas, como mergulho e snorkel. Se ele não achar informações relevantes na plataforma de reservas de viagens, ele precisará encontrar uma maneira de contornar isso.
Comparado com a abrangente plataforma de reservas de viagens, o site oficial do hotel ou os aplicativos do próprio hotel terão mais vantagens. "Deve haver mais detalhes internos e informações práticas nesses locais. Se você quiser passar um dia no hotel, pode encontrar diversos arranjos."
Zhu Yilong enfatizou que ele não é um especialista em viagens. Essas são apenas algumas precauções ocasionais de prática. A confiança vem da percepção e do julgamento ao viajar. Se você realmente encontrar um problema que não pode ser resolvido, não seja duro com si mesmo.
Ele aconselha caso algo dê errado, que às vezes é melhor pedir ao gerente do hotel que resolva o problema mais rapidamente. Se não for um grande problema, eles podem ajudá-lo com rapidez e precisão ao invés de procurar a polícia. Portanto não fique envergonhado peça ajuda a eles. 
Zhu Yilong falou sobre a questão da "confiança"  mais de uma vez. Ele sempre se lembra de como a relação entre as pessoas é estabelecida e como as coisas mudam. Viajar permitirá que você se veja de uma perspectiva diferente. Interagir com nativos e estranhos que você encontra durante a viagem requer uma certa "confiança", se abrir com um nativo que é bem versado na cultura local é uma espécie de "confiança", conversar com o estranho mais próximo é ter  "confiança" e "pedir ajuda" dos profissionais do hotel também é "confiança". Confiar nas pessoas pode ajudá-lo a desacelerar e buscar a felicidade mais facilmente.
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Há alguns meses, Zhu Yilong discutiu com vários amigos um plano de viagem para este ano e finalmente estabeleceu a rota para Nova Zelândia. Era para ser um feriado completo, que aconteceria na segunda metade do ano, mas ele teve que deixar esse plano de lado por enquanto
Existiam duas viagens de trabalho no exterior antes da aventura na Nova Zelândia, mas agora elas estão todas arquivadas.
Um deles é uma viagem à África. Ele não esqueceu quando chegou no deserto da Namíbia em setembro passado. O pequeno avião pousou na terra seca e desolada, os animais e as plantas selvagens enfraqueceu o frio e deixou essa area mais viva.
Zhu Yilong sente falta das crianças de lá. Ele lamenta que tudo nessa jornada foi rápido demais, com muitas coisas em mente ao mesmo tempo e quer voltar com uma nova perspectiva daquele lugar.
"Não faça tudo de uma vez e entre em um beco sem saída. O mundo é muito maior do que pensamos "
Este ano, Zhu Yilong pode ter que enfrentar algumas lutas psicológicas. Ele não tem certeza de quando o trabalho restante do primeiro trimestre será concluído.
"A Nova Zelândia pode ter sido adiada até o início do próximo ano, mas eu definitivamente irei".
"Acho que todo mundo precisa de um tempo, e agora todo mundo está um pouco aliviado por ter essa reunião no momento."
No início de março, Zhu Yilong escreveu no Weibo: "Depois de passar por esse tunel escuro diante de nós, as luzes quentes da primavera no sul estarão esperando por você”
À medida que a luz entrava, a estrada gradualmente se tornava mais clara, e será que essas "experiências" acumuladas em viagens anteriores são uma série de desapego e perseverança?
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claravix50 · 4 years
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O pessoal é político. A quarentena de quem pode é direito e dever “pessoal”, mas é, sobretudo, questão política que escancara as desigualdades que organizam nossa sociedade. Escrevi um textinho a partir de discussões e contradições que estão acontecendo lá em casa, politizando nossas questões aparentemente domésticas, como as discordâncias em família. Compartilho por aqui com vcs II ** Minhas tias deveriam poder parar ** A recente campanha do Governo Federal para gestão da pandemia do coronavírus, #oBrasilNãoPodeParar, já suspensa em decisão da justiça federal, alimenta o senso comum que responde às medidas de distanciamento social com um discurso moralizante: seria errado ficar em casa quando há inúmeros trabalhadores e trabalhadoras que, de fato, não podem parar sob pena de exporem suas famílias ao desemparo total. Os que ficam em casa, segue essa linha de raciocínio, seriam privilegiados, sustentando um regime de quarentena desigual e injusto. Encontrei esse tipo de argumentos em conversas com pessoas bem próximas, sobretudo vindo das minhas tias, mulheres arrimos de família, convictas que não podem parar. O carinho e respeito que sinto por elas me obrigou a um exercício de escuta, de tentar entender as razões de defesa dessa campanha. O Presidente da República é mesmo uma figura desprezível, criminosa, fascista. Mas minhas tias não: são mulheres batalhadoras, de muita fibra e coragem, e que contam, a sua maneira, a trajetória de tantas outras mulheres trabalhadoras do Brasil que nunca podem parar, já antes da crise atual. Meu carinho e respeito por elas não me impede de concluir que, nesse ponto, elas estão mesmo equivocadas – a quarentena deve, sim, ser tratada como direito, não como privilégio. Mas em suas percepções há a intuição correta da injustiça flagrante de uma situação de quarentena seletiva (só para os que podem). O ponto cego da campanha, no entanto, é que ao naturalizar a visão de mundo neoliberal, nos lança em uma batalha pela sobrevivência onde é cada um por si. O que falta é a responsabilização deste governo e de seus sócios empresariais na condição de desamparo e vulnerabilidade da massa de trabalhadores. Ao individualizar a questão, o governo Bolsonaro busca se eximir da culpa de sua própria gestão irresponsável e desumana dos efeitos da pandemia. Contrapor ao discurso moralizante do senso comum a defesa da quarentena como direito universal – e não como privilégio – deve ser nossa estratégia para impedir que o andar de cima fuja de suas responsabilidades. É hora de exigir ações imediatas de salvaguarda das condições materiais de vida, em especial, para as trabalhadoras e trabalhadores que nunca podem parar. O que minhas tias insistem, com razão, é que, assim como elas, diversas trabalhadoras não podem ficar em casa, estão obrigadas a se expor constantemente aos perigos das ruas para garantir os "privilégios" de quem está em quarentena. Justamente por estar em casa, continua o argumento, os privilegiados se acovardam de enfrentar o dia a dia do trabalho, seus inevitáveis e inúmeros riscos, sendo a Covid-19 apenas um deles. Afinal, não morrem mais pessoas de acidente de trânsito do que de coronavírus? E quantos morreram, levanta o argumento familiar, “pela corrupção do PT”? Ou, o que é uma gripe para quem vive a insegurança diária em áreas de alta violência urbana? A pandemia é comparada a diversos outros perigos já presentes na vida dos trabalhadores e suas famílias. É a partir dessa percepção que o senso comum convoca as pessoas de volta às ruas e aos seus postos trabalho, porque não seria justo uns estarem expostos aos riscos e outros não. Há uma lógica: num mundo privatizado, ter direitos é ser privilegiado. O que a moralização parece demandar é a universalização irrestrita da condição de precariedade e de insegurança. É a esse sentimento que o Bolsonaro quer apelar quando exclama irritado: “O brasileiro tem que entender que quem vai salvar a vida dele é ele, pô!” – a mensagem é clara, o governo não virá ao seu resgate, aqui é cada um por si. Ficar em casa em meio a uma epidemia, contudo, não é um privilégio, é um ato de solidariedade coletiva que prestamos ao conjunto da sociedade – a ameaça não é individual, a solução também não tem como ser. A possibilidade do distanciamento físico deveria, portanto, ser um direito universal. Direito este que, assim como diversos outros – moradia, previdência, saúde, alimentação adequada, segurança – têm sido negados à classe trabalhadora sistematicamente pelo compromisso com a agenda da austeridade por parte do governo. “Os trabalhadores pela sua própria conta e risco” é a tradução concreta do discurso ideológico de “liberdade econômica” tão caro ao bolsonarismo. A gramática dos privilégios – ficar em casa é benefício que muitos não têm – esconde a responsabilidade do Estado e das empresas em garantir as condições materiais de sobrevivência das pessoas trabalhadoras em circunstâncias de crise. E, escondida, essa responsabilidade não pode ser cobrada. Nossas trabalhadoras, como minhas tias, naturalizaram tanto a lógica de uma vida sem direitos, que ao invés de chamarem à responsabilidade o governo ou os donos dos negócios, ou até se organizarem coletivamente para cobrar condições mais justas de vida, convocam todos a se exporem, todos a abrirem mão de seus direitos, num igualitarismo de terra arrasada. Não se trata, contudo, simplesmente da reiteração da lógica “se eu não tenho, ninguém vai ter”. Essa postura, reivindicada justamente por mulheres já altamente demandadas em suas vidas e sobrecarregadas de tarefas dentro e fora de casa, mostra que, para elas, a única saída que a forma de organização da nossa sociedade tem oferecido é sempre mais trabalho, afinal, elas nunca podem parar. Responsáveis pela garantia da reprodução da vida de suas famílias e de tantas outras, quem se vira todos os dias pode julgar válida a generalização dessa condição de se virar – a quarentena de quem pode só traria mais sobrecarga para quem não vê como sair do campo de batalha. O problema central desse discurso, que revela desigualdades estruturais de classe, de raça e de gênero constitutivas da nossa sociedade, não é apenas o tom moral e a culpabilização frente aos que podem parar, mas a desresponsabilização e a invisibilização daquilo que justamente produz, e mantém, essas desigualdades: os conluios entre Estado e capital e suas agendas de deixar morrer – a sua própria conta e risco – quem não interessa. O alastramento do vírus pode, como reconhecem minhas tias, levar à morte precoce de muitas pessoas, mas como muitos não têm direito a não trabalhar, todos devem se expor em conjunto, para não sobrecarregar ainda mais quem está nas ruas. Em uma reversão trágica do acontecimento que deveria invocar solidariedade na defesa da vida, a tática de faroeste, matar ou morrer, impossibilita que essas pessoas se reconheçam como superexploradas, precarizadas e descartáveis pelo Estado e pelo mercado. O mais cruel dessa narrativa – se eu estou por minha conta e risco, todos devem estar –, reembalada pelo governo Bolsonaro como “todos devem fazer sua parte”, é que ela representa o cotidiano permanente de risco e de falta de muitas trabalhadoras, como minhas tias, sem acesso a qualquer sistema de cobertura social – com ou sem pandemia. No arsenal neoliberal, mobilizar a narrativa do “cada um por si” serve ao fim de despolitizar e desmobilizar a solidariedade de classe. Quando trabalhadoras como minhas tias, por exemplo, defendem a campanha do governo de volta ao trabalho e à normalidade, fomentando antagonismos entre aqueles – familiares, vizinhos e amigos – que não querem abrir mão de seus diretos, o fazem por certo desespero de quem leva grande parte da vida no limite. A consequência despolitizadora, entretanto, é a desresponsabilização dos verdadeiros responsáveis pelos (i) efeitos cruéis e desiguais da gestão da pandemia e (ii) também pelo cotidiano “normal” de vulnerabilidade e de insegurança que já viviam todos os dias. A atual pandemia do novo coronavirus reitera o óbvio: o senso comum pode até imaginar o fim do mundo – todos estamos no mesmo barco apocalíptico – mas não a do fim do capitalismo. Aparentemente invencível, a sobrevivência highlander da ordem do capital explica as leituras que tendem à moralização da quarentena pela gramática dos privilégios e à invisibilização dos interesses econômicos de poucos que comandam a gestão da crise. A defesa generalizada dos direitos, sobretudo para quem o cotidiano não permite enxergar qualquer saída que não seja mais trabalho, mais exploração e mais risco, é a saída para essa agenda de crise permanente agudizada pela pandemia. Que o exemplo de minhas tias sirva para ilustrar que se nem todos têm direitos e condições dignas de garantirem suas vidas, falimos todos como sociedade, com ou sem a atual pandemia – e estamos todos expostos. Defender a gramática de direitos contra a ideologia neoliberal deve ser também assunto de família.
Julia Ávila Franzoni 29/03/20
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WUHAN OU A TROIA MODERNA?
Quando o poeta Homero abre o debate sobre as justificativas da guerra entre aqueus e troianos, ele diz que o grande ímpeto beligerante claro dos homens é o rapto de Helena de Esparta, visto no passado que Odisseu propunha uma sociedade entre os pretendentes de Helena para defender Menelau o marido da mais bela mortal, muito sangue será derramado para honrar essa aliança grega. Em seguida o poeta adverte, deixa em aberto o debate e nos coloca em perspectiva sobre outra maneira perspicaz de interpretar as desculpas belicosas e como Zeus Olímpico deliberou a guerra. O deus querendo arrefecer a sobrecarga que os homens faziam sobre Gaia, Mãe-Terra, ele envia a guerra como uma punição a vaidade dos homens. A superpopulação do mundo conhecido, isto é, a polis grega e o mundo selvagem diminuiria, a garantia disso tudo era a própria sobrevivência da imortal Gaia, parece redundante, mas não é. A guerra simboliza a selvageria. Zeus ao delegar a Páris o príncipe troiano a tarefa de escolher a mais bela, é o anúncio da épico, o Julgamento feito pelo Mortal sela o destino trágico dos Ílios. Logo, a destruição de Tróia seria insuflada pelos deuses. Por isso, seria o COVID-19 na acepção da tradição um novo artífice de alento à Gaia? Quem deve pagar as moedas funestas ao barqueiro do rio Estige? Os arautos do apocalipse já anunciaram a deletéria. Com o surgimento de um novo patógeno que coloca a humanidade à beira da debacle, estima-se que entre 60% e 70% da população brasileira possa contrair o coronavírus, caso as medidas coerentes não sejam tomadas, e elas são: evitar aglomerações, higienizar mãos e objetos, quarentenas voluntárias, separar o convívio entre crianças e idosos, dentre várias recomendações da OMS. Os esforços estão sendo tomados em todas as frentes e poderes, a esfera civil, o despertar da consciência já aflora. Nos palácios do governo medidas de prevenção são feitas, a contragosto a economia padece, o caos econômico coloca o dedo na ferida da recessão. O despreparo é real, as desculpas já estão sendo dadas, mas o pior, de fato é o que esperamos, condições degrantes.
Nesse ínterim caótico, os esforços diplomáticos são obliterados, quando o deputado federal Eduardo Bananinha despreparado, preconceituoso e que consegue descer no mais baixo nível da degradação humana, ao comparar o coronavírus com o acidente nuclear em Chernobyl na Ucrânia Soviética, compara o centralismo e a supressão da imprensa soviética com o que acontece na China, que obviamente tem seus problemas, mas isso não acrescenta em nada ao debate, pelo contrário, do que adianta apontar o dedo para China e dizer que há uma supressão da liberdade de imprensa, quando na realidade o Palácio do Planalto arquiteta a mesma coisa, só há liberdade se for para falar bem do governo, a argumentação rasa e inoperante do deputado, só aumenta esse descompasso, dê o exemplo, aceite as críticas da imprensa, pois é um homem público. É leviano, ao acusar o governo e o povo chinês de esconder a realidade e os fatos, de não fazer o suficiente para combater o vírus, culpa a falta de informações da próprio população, ele chancela o ódio (a única forma dele ser um chanceler, se é que me entendem e além disso, não preciso dizer o que o nosso chefe da diplomacia idiotizado está fazendo em Brasília, e o governo brasileiro ainda pede ajuda a China no combate ao coronavírus, coerência? Não existe na Capital Federal, e ainda solicita que o embaixador da China se desculpe com o deputado, francamente), em mensagens rápidas engendra essas questões insuflada de achismo e deslegitima os esforços de Pequim que ainda tenta estancar a sangria. O governo já disponibilizou médicos infectologistas, recursos, insumos, enfim, todo o aparado técnico para o combate ao coronavírus, esses esforços já chegaram a Itália por exemplo, onde já se registam mais de 4.000 mortes, a verdade é que nem a Itália e nem ninguém está de fato preparado para enfrentar de forma pungente um inimigo invisível. Os custos desse combate e também o prejuízo feito pela devastação é incalculável, não só pela perda de recursos, investimentos, o recuo do comércio e da indústria, mas sobretudo pela perda de vidas humanas, a China é a grande perdedora. E mesmo assim, alguns sujeitos cujo discurso inflamado, tacanho e inumano diz que tudo foi orquestrado para derrubar as economias ocidentais, é interessante que a burrice e a maldade são contagiosas, a interdependência econômica é a tônica de uma sociedade globalizada. Wuhan deve pagar as moedas funestas? O povo chinês já não foi tripudiado o suficiente? O governo chinês pede e espera um pedido de desculpas formais do gabinete do deputado que carrega o sobrenome da presidência da república, mas o que esperar de um desequilibrado, que parece não se envergonhar, mas se envaidecer de um discurso sórdido e desumano. O Ocidente não se cansa de inflar o peito, destilar o ódio, sem ter compaixão? A final de contas, estamos ou não estamos no mesmo barco? Para não dizer na mesma Gaia. Vamos continuar bradando achismo levianos?
Iremos cair novamente no canto da sereia? Um canto europeu! Ao não vetarmos a entrada de voos estrangeiros, damos as boas vindas e aplumamos a nossa casa com muito garbo e esmero ao COVID-19. Na próxima segunda-feira (23) o governo já impede a entrada de estrangeiros, como se eles fossem os únicos possíveis contaminados. Na quinta-feira (19), a primeira vítima do coronavírus no Estado do Rio de Janeiro foi uma empregada doméstica de Niterói que contraiu o vírus de sua patroa recém chegada da Itália, em apenas três dias a mulher de 63 anos veio a óbito, sua patroa é brasileira. Engraçado, será que o diabo é ou não é tão feito quanto se pintam? Os gregos ao se negarem seguir as orientações técnicas do sacerdote de Apolo chamado Crises (cômico para não dizer trágico) para devolverem sua filha Criseida, os gregos humilham o Crises e assim o fazem Apolo, os gregos enfrentam a Ira do deus, que de forma sagaz envia sua epiphaéia, uma manifestação divina em forma de uma peste que assalta os acampamentos aqueus, o vírus é o deus moderno. Agamemnon incorre numa desmedida, uma hýbris, e, por isso os seus soldados serão castigados pelo deus, até que sigam as orientações básicas do deus e devolva a filha ao pai. A doença que durante dias mata mais do que a guerra, deixa o próprio Hades no mundo ínfero assustado. Tamanha era a desolação, bulbos afloravam sobre os sulcos da pele, a dor e agonia é descrita pelo poeta como a mais irresponsável desmedida do homem, no Estige, uma alma solitária jamais transita. Após oferecer hecatombes, o mal é selado, a filha é devolvida, a praga se extingue e a guerra volta ao curso normal. Esse trecho é um exemplo que a tradição dos dá quando incorremos em desmedidas ao não seguirmos as recomendações daqueles que mais entendem. A cultura política não deve se misturar com a cultura técnica. Num estado de calamidade pública a parcimônia é o que precisa vigorar. As pandemias não são exclusividades do nosso tempo, é precioso sabedoria divina para lidar com tamanho descompasso, é importante encarar esse desafio de frente, entender que de tudo se tira um aprendizado, até nas piores experiências, é o methodos grego que temos para observar o mundo.
Ao que tudo indica alguns políticos banham-se nas águas do equívoco. Na manhã de terça-feira (17) para aumentar a tensão política e social causada pelo novo coronavírus o presidente dos Estados Unidos, chama o patógeno de Vírus Chinês, o que ele consegue com isso? Reforçar o preconceito com as comunidades asiáticas e a desmedida contra Pequim, ao insuflar o ódio, o velho senhor de pele bronzeada risca da palavra CORONA de seu discurso e escreve a caneta CHINESE. Quem é o ordenador do caos? Aqui o homem consegue novamente a sordidez, consegue tripudiar sobre os muitos que permanecem insepultos e outros que se quer tem um enterro digno, tudo isso, para agradar o seu eleitorado, afinal de contas, é um ano presidencial e já quase nos esquecemos disso, as medidas desastrosas da semana passada pelo presidente diz muito do que ele pensa sobre a América, melhor dizendo, sobre o seu eu absolutizado, Trump dizia que era exagero e que a América saberia lidar muito bem com essa vírus, afinal de contas, soberba e irresponsabilidade são dádivas dos mesquinhos com síndrome de gigantismo. Aqui, o Trump trópicos não é muito diferente, o coronavírus é chamado de histeria, mesmo já passando de 20 dos infectados próximos ao presidente Bolsonaro, ele não é tão ensimesmado, é apenas uma cópia barata que vem de Uno do Paraguai. (Desculpas aos paraguaios e aos proprietários de Uno). Aqui oferecemos a morte ao invés da vida.
Do outro lado do mundo, um desastre político épico, para não dizer homérico, o médico infectologista de Wuhan, então responsável por denunciar o surto do vírus na China, Li Wenliang, morre em decorrência do próprio surto em fevereiro, o alarde foi praticamente sufocado no primeiro momento, quando a polícia de Wuhan chamou sua atenção para alardes falsos, não tão falsos assim. Bom já sabemos no auge do nosso presente do que se trata, isso não é a realidade só do governo chinês, mas de todo surto epidemiológico em suas primeiras fases e é por isso que na história da humanidade tivemos diversas epidemias e pandemias, os descuidados são as nossas máculas governamentais, mais ao que tudo indica, não aprendemos com isso. Como se não bastasse é na a Eneida de Virgílio a passagem de Laocoonte, este era um sacerdote de Apolo que foi avisar os troianos sobre as artimanhas de Odisseu e de Palas Athena, justamente sobre o presente dos gregos, a revelia do sacerdote, surge do mar duas serpentes para mata-lo, e junto aos seus filhos, o velho sucumbe, a vingança de Palas Athena é dada. Em Wuhan, o médico que tentou alertar o mundo tem como seu algoz a sua própria fonte de denúncia, enfim, silencio sepulcral.
Se a maldade é contagiosa, o bem é contagiante, das sacadas e janelas o povo recolhido em suas casas aplaude os trabalhos dos médicos que lutam sem cessar contra o contágio e para salvaguardar a integridade daqueles que já padecem da doença. O mundo virou espetacularização da solidariedade e em meio a tanto desfortúnio a vontade de fazer o bem prevalece e ao que tudo indica isso mudará o jeito que nos relacionamos, não só com nós mesmos, mas como parte da natureza. Aos que seguem na contramão desse caminho encontraram duras pedras e uma trajetória sufocante, aos políticos mesquinhos e ditos déspotas, não podem mais se refrescar no lago dos tiranos, pois a fonte irá secar. Destruir e difamar o povo chinês é desmontar as pontes que nos unem, o combate ao coronavírus precisa ser entendido como um dever da humanidade, uma só bandeira e é preciso aprender com quem mais sabe sobre. Nos palácios de poder não tem espaço para achismos, soluções simplistas ou mesmo irresponsabilidade, os discursos persecutórios mancham-se de lama e sangue, é a maneira mais fácil de lidar com o problema sem resolver nada, apontar os dedos, transferir a culpa não lhes eximem de responsabilidades, é só a maneira sórdida de justificar o preconceito para reafirmar o poder, mas a roda da fortuna gira, ela sempre volta e aqueles que um dia estão em cima, logo vão para baixo para serem suprimidos, a narrativa dos derrotados logo se torna a narrativa dos vitoriosos.
O COVID-19 não é uma vírus chinês, não é uma doença de Wuhan de homens que comem morcegos, essa é a justificativa de tornar o outro menos humano, defender o indefensável e de tripudiar sobre os mortos, quando o epicentro passa ser a Itália, o discurso muda, os europeus não podem ser vistos como o pivô a disseminação da doença no ocidente, mas são, são justamente eles que permitem isso, as restrições de voos não foram capazes de arrefecer o caos e preparar para o inevitável, quantas empregadas domésticas irão morrer por causa de suas patroas que sem o mínimo de consciência expõe os funcionários a doenças que trazem junto as suas malas ornamentadas com monogramas da Louis Vuitton? Não há nada de novo no front e sabemos que desde a o final do século XIX os asiáticos vieram em longas ondas migratórias para a América, fazem parte da nossa cultura, esse continente multiétnico precisa ter mais complacência e ter um olhar mais terno a uma certa ancestralidade.
Wuhan não é um cavalo de Tróia da modernidade, essa doença não é presente Made in China, é um alerta, é o anúncio da tragédia e o arauto da mudança. E ainda digo mais, os próximos meses são fundamentais para o destino na humanidade, o que entendemos como civilização vai mudar, isto é, o nosso ethos, a nossa estética política e social já está em deletéria, a nova ordem nos jogará naquilo que nos torna mais humanos, é a solidariedade e a comunhão, a unidade humana se escancara, lave as mãos, fiscalize o próximo, use a higiene como sua arma, tenha bom senso, se está doente, fique em casa, do contrário, não coloque em risco a vida de outras pessoas. Nos próximos dias a economia irá mudar, a educação já alcançou outro patamar, o distanciamento é a maior virtude dada por esse mundo globalizado e informatizado, não caia nas Fake News. O carrasco da humanidade é um ser invisível tão forte quanto os nossos deuses. Novos atores surgiram, líderes serão defenestrados do poder, aqueles que não se adaptam à nova realidade sucumbiram em seus discursos reacionários. Far-se-á necessário cuidar de si mesmo e de sua família, e acima de tudo cuidar de todos. Não esqueça, não incorra em desmedidas, pois, é pela hýbris que os deuses belicosos cobram e fazem a suas vinganças funestas, a cólera já foi lançada e elas são implacáveis, a justiça dos deuses não é morosa. A parcimônia e o pragmatismo sempre são o melhor caminho.
Gabriel Costa Pereira é Professor e Historiador da Arte na rede particular de ensino, é pesquisador dos temas estética, arquitetura e política nazista, esse ensaio foi escrito no dia 20 de março de 2020
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