#desculpe me pelo atraso
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lacharapita · 8 months ago
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BLOW-UP
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Enzo Vogrincic x reader
Smut - diferença de idade [loba 19 - Enzo 30], oral sex, sexo sem proteção [NÃOOOOOOOOO!], Enzo babaquinha, perda de virgindade, Enzo fotógrafo canalha, vintage just for the vibes desse homem nessas fotos que parecem direto de um filme dos anos 60/70
N.A - Lobas do meu heart, essa coisinha aqui se passa em Londres, 1967đŸ’„đŸ—ŁïžđŸ™ŒđŸ˜. Totalmente inspirado na vibe de Blow-up, um filme de 1967 que eu recomendo muito [tem no youtube]‌‌. NĂŁo sou acostumada a escrever coisa com diferença de idade porĂ©m nesse contexto eu achei que ficaria mais delicinha de ler ;) escrevi essa aqui inteira ouvindo o ĂĄlbum Come Dance With Me do divo Frank Sinatra, vou deixar aqui [onde tĂĄ em negrito] pra caso vcs queiram ler ouvindo tbm😍 Beijocas
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Londres, 1967
EstĂșdio de fotografia E. Vogrincic
— Sentada seminua no chĂŁo, nitidamente incomodada com o atraso do fotĂłgrafo uruguaio, vocĂȘ bufava enquanto olhava para o ambiente ao seu redor, admirando todas as fotografias mal coladas nas paredes pintadas em diferentes cores. O moço simpĂĄtico vestido em roupas casuais apareceu em seu campo de vista dizendo em tom baixo que o Senhor Vogrincic havia chegado e pedindo desculpas pelo atraso. Logo um homem alto de cabelos pretos vestindo uma camisa azul e calças da mesma cor — em tons diferentes — entra na sala em que vocĂȘ estava, caminhando apressadamente atĂ© a cĂąmera que estava em um tripĂ© em frente ao cenĂĄrio em que as fotos seriam tiradas.
– "Venha! O que faz parada aĂ­?"– Ele diz rude, vocĂȘ apenas caminha atĂ© a frente da cĂąmera, optando por ignorar a forma como ele falava. O vestido de tecido preto transparente que mostrava as peças Ă­ntimas por baixo se movia conforme seus passos e quando parou em frente a cĂąmera viu o rosto do fotĂłgrafo se contorcer em Ăłdio. – "Tira."– VocĂȘ o encarou em confusĂŁo. – "No anĂșncio estava claro. Nua. O vestido e mais nada."– É claro que sim. Cabeça de vento! Suas bochechas ficaram mais rosadas ainda e vocĂȘ, quase em um sussurro, pediu desculpas pelo ocorrido. Levou as mĂŁos atĂ© o feixe do sutiĂŁ branco sem alças e retirou ele do seu corpo, em seguida vocĂȘ tinha sua calcinha deslizando pelas pernas atĂ© formarem uma pequena poça em seus pĂ©s. E como se jĂĄ nĂŁo bastasse o enorme constrangimento de ter o homem brigando com vocĂȘ, teve que lidar com o olhar irĂŽnico dele quando viu o tecido da calcinha com um ponto molhado brilhante.
          — A sessĂŁo de fotos durou mais de uma hora, o fotĂłgrafo uruguaio era extremamente exigente com cada pose sua, cada expressĂŁo, tudo. Agora, nas Ășltimas fotos, vocĂȘ estava deitada no chĂŁo, Enzo estava prĂłximo de vocĂȘ, parado em sua frente com a cĂąmera apontada para o seu rosto enquanto ele sussurrava palavras de elogios a cada flash da cĂąmera. Quando ele finalmente colocou a cĂąmera sobre a mesa cheia de bagunças e segurou sua mĂŁo para te ajudar a levantar, ele falou com vocĂȘ.
          – "Me desculpe pela forma como falei com vocĂȘ antes."– VocĂȘ acenou com a cabeça.– "Aceita uma taça de vinho como forma de desculpa?"– VocĂȘ sorriu e um "sim" baixo escapou de seus lĂĄbios, observando quando ele chamou o rapaz que estava com vocĂȘ anteriormente e pedindo pela garrafa de vinho e duas taças.
          – "Eu posso?"– VocĂȘ apontou para suas peças de roupa Ă­ntima colocadas em um cantinho da sala. Enzo riu e balançou a cabeça.
          – "Eu preferia vocĂȘ assim, mas claro nena, as fotos jĂĄ foram tiradas de qualquer jeito."– VocĂȘ soltou um riso tĂ­mido, caminhando atĂ© as peças e vestindo-as lentamente enquanto encarava Vogrincic. A forma como ele lambia os lĂĄbios enquanto vocĂȘ vestia a calcinha branca te deixava desnorteada -tĂŁo desnorteada que atĂ© do seu sutiĂŁ vocĂȘ esqueceu-, o olhar dele era carregado de tesĂŁo, sem brilho nenhum e com pupilas dilatadas. VocĂȘ continuou observando quando ele puxou duas cadeiras para a frente da mesinha branca e deixou duas batidinhas em uma delas, indicando onde vocĂȘ deveria se sentar.
          – "SĂŁo fotos para a Biba? O vestido Ă© de lĂĄ."– VocĂȘ disse enquanto tomava seu caminho para a cadeira e se sentava em frente ao uruguaio.
          – "SĂŁo sim, nova coleção deles. Acredito que atĂ© amanhĂŁ de manhĂŁ eu jĂĄ consiga revelar as fotos, vocĂȘ tem algum telefone que eu possa ligar? Para vocĂȘ poder ver elas, claro."– VocĂȘ acenou com a cabeça sorrindo, pegou a caderneta e anotou o nĂșmero de telefone da sua casa enquanto Enzo servia o vinho chileno nas taças. VocĂȘ empurrou o papel na direção dele e aproveitou a deixa para pegar a taça com vinho e levĂĄ-la atĂ© os lĂĄbios. Vogrincic se remexeu na cadeira, observando seus lĂĄbios avermelhados pelo vinho e pensando no gosto que eles teriam. – "Isso vai soar indelicado, mas, quantos anos vocĂȘ tem, hermosa? Parece muito nova para estar modelando seminua para alguĂ©m que vocĂȘ nem conhece."– VocĂȘ engoliu seco com a pergunta repentina dele, mas acenou negativamente.
          – "Olha, acabei de fazer dezenove anos, tĂŽ tentando juntar uma grana para sair da casa dos meus pais porque eles sĂŁo difĂ­ceis de lidar sabe? Meu Deus!"– VocĂȘ passou as mĂŁos no rosto apĂłs deixar a taça de vinho sobre a mesa.– "Eles nem sabem que eu tĂŽ aqui, disse que estava indo para a casa de uma amiga da igreja."– O uruguaio riu baixo com sua preocupação, mas parou quando percebeu que talvez estivesse sendo grosseiro.
          – "Por que eles sĂŁo "difĂ­ceis"?"– Ele perguntou, tomando o Ășltimo gole de sua taça enquanto te olhava fixamente.
        – "Religiosos. Queimaram todos os meus discos dos Stones e do The Who porque era "mĂșsica de satĂŁ"."– VocĂȘ se lembrou do dia e da vontade que teve de colocar fogo na casa. Quando a mente voltou Ă  realidade vocĂȘ pode ver Enzo sentado na cadeira, as pernas razoavelmente abertas enquanto ele buscava um cigarro na carteira sobre a mesa e logo o levava aos lĂĄbios.
          – "Que pecado!"– Ele deu uma pausa enquanto acendia o cigarro. – "Tenho um quarto sobrando no meu apartamento. Eu te uso de modelo para as fotos e vocĂȘ pode ficar lĂĄ se quiser."– VocĂȘ suspirou olhando para ele, era um homem de no mĂĄximo trinta anos, solteiro, elegante, era lindo, fotĂłgrafo e estava arruinando sua calcinha com cada palavra que dizia. Ele observou bem quando vocĂȘ pressionou as coxas uma na outra e fechou os olhos com força. – "Desculpa amor, eu tĂŽ te deixando nervosa?"– Ele inclinou o tronco para ficar mais prĂłximo de vocĂȘ. Estava acenando negativamente com a cabeça, mas seu corpo te entregava em cada mĂ­nimo detalhe, fosse nos biquinhos duros de seus seios que o tecido preto transparente mostrava ou na perna inquieta que batia repetidamente contra o chĂŁo. A mĂŁo dele que nĂŁo segurava o cigarro deixou um carinho em seu joelho esquerdo, subindo a pontinha dos dedos pela coxa atĂ© chegar na barrinha do vestido. Inconsistentemente vocĂȘ afastou as pernas uma da outra quando os dedos dele ameaçaram tocar o interior das suas coxas e ele riu. – "O que vocĂȘ quer que eu faça, amor?"– Seu rosto queimou com as palavras dele, a mente viajando nas inĂșmeras coisas que vocĂȘ queria que ele fizesse com vocĂȘ naquele estĂșdio. Colocando o cigarro entre os lĂĄbios ele levou Ă s duas mĂŁos livres para baixo do vestido que vocĂȘ usava, segurando a barrinha da calcinha de algodĂŁo e puxando ela por suas pernas atĂ© que estivesse nas mĂŁos dele e entĂŁo no bolso da calça azul que vestia. – "O gato comeu sua lĂ­ngua, chiquita?"– Nem uma Ășnica palavra saiu da sua boca. VocĂȘ jĂĄ estava burrinha e ele mal tinha tocado em vocĂȘ. – "Tudo bem entĂŁo! Vamos fazer assim, eu vou chupar vocĂȘ e depois vou te comer em cima dessa mesa atĂ© minha porra vazar de vocĂȘ, ok?"– VocĂȘ sĂł podia acenar com a cabeça enquanto olhava Enzo se ajoelhar no chĂŁo na sua frente, o cigarro jĂĄ esquecido no cinzeiro. Uma das mĂŁos dele ergueu sua perna direita e a colocou sobre seu ombro, logo os lĂĄbios deles sugavam lentamente o pontinho nervoso e inchado na sua buceta, o buraquinho apertado jĂĄ escorria enquanto ele movia a lĂ­ngua em dezenas de formas diferentes, fazendo vocĂȘ levar uma das mĂŁos para agarrar os cabelos escuros dele enquanto deitava a cabeça para trĂĄs, concentrada no prazer que recebia. Os gemidos que saiam de seus lĂĄbios eram de fato os de quem sente aquela sensação pela primeira vez, Enzo sabia que vocĂȘ era virgem sĂł pela forma que vocĂȘ tremia sobre o toque dele, cada pontinha de dedo ou lĂ­ngua que te tocava um gemido fugia de vocĂȘ e todo seu corpo se arrepiava. VocĂȘ gemia manhosa, toda molinha com o uruguaio entre suas pernas que sorria contra sua buceta quente quando sentia vocĂȘ se remexendo na cadeira. A lĂ­ngua dele brincava em espirais com o pontinho inchado e ocasionalmente descia atĂ© que - lentamente - penetrava a lĂ­ngua no buraquinho apertado que mais tarde estaria dolorido e vazando. Enzo gemeu contra vocĂȘ quando a mente dele projetou a imagem de vocĂȘ deitada sobre a mesa com as pernas abertas e a bucetinha vazando a porra dele. A calça dele ficou mais apertada, a forma da ereção claramente marcada no tecido azul. Enzo nĂŁo resistiu a levar uma das mĂŁos atĂ© o prĂłprio pau e deixar um aperto firme sobre ele, maneira frustrada de aliviar a pressĂŁo na regiĂŁo. Quando seu aperto nos fios de cabelo dele ficaram mais crus e vocĂȘ nĂŁo teve medo de atĂ© mesmo puxar ou empurrar a cabeça dele, buscando o prĂłprio ĂȘxtase, ele riu, agarrando suas coxas com mais força. – "Vai gozar, chiquita?"– VocĂȘ choramingava tentando dar uma resposta afirmativa para ele, porĂ©m as palavras eram sempre interrompidas pelos gemidos que ele fazia deixarem sua boca. A lĂ­ngua deixou uma Ășltima forma no clĂ­toris inchado antes de vocĂȘ se derreter na boca dele, puxando o cabelo e gemendo mais alto do que antes, esquecendo completamente do menino que havia atendido vocĂȘ quando chegou aqui. A pele estava brilhante e Ășmida, os lĂĄbios avermelhados, a boca seca e os olhos marejados no prazer que o uruguaio tinha te proporcionado de maneira tĂŁo intensa.
Quando ele tirou o rosto de entre suas pernas vocĂȘ pode ver a forma como os lĂĄbios e queixo de estavam encharcados, o sorriso presunçoso e arrogante sempre em seus lĂĄbios enquanto ele segurava seu corpo com cuidado, apimentando beijos no interior de suas coxas antes de te segurar e colocar sobre a mesa bagunçada. Seus olhos nĂŁo podiam deixar de encarar Vogrincic, observando o momento em que ele desafivelava o cinto e puxava o zĂ­per da calça atĂ© que a ereção firme finalmente pudesse estar livre. – "VocĂȘ vĂȘ? VĂȘ o que fez comigo, amor?"– Vogrincic afastou suas pernas para poder se colocar entre elas, a mĂŁo direita serpenteou entre suas coxas e dois dos dedos longos tocaram o buraquinho quente antes de se forçarem suavemente para dentro dele. VocĂȘ gemeu alto com a sensação ardente de algo dentro de vocĂȘ pela primeira vez, sentindo como os dedos te esticavam enquanto a sua mĂŁo descia pelo tronco de Enzo atĂ© se enrolar no pau firme e vazando, vocĂȘ mantinha movimentos leves de vai e vem, mas os dedos dele dentro de vocĂȘ nĂŁo se mexiam, entĂŁo quase que involuntariamente seu quadril se torceu para frente, tentando tirar algum movimento do uruguaio. – "Eu estava esperando vocĂȘ se acostumar, mas pelo visto vocĂȘ nĂŁo se importa muito com isso, perrita."– Um suspiro fugiu de vocĂȘ quando os dedos dele começaram a entrar e sair de dentro do buraquinho, tocando todos os pontos mais sensĂ­veis dentro de vocĂȘ, te fazendo atĂ© perder a coordenação dos movimentos que fazia na ereção pulsante dele. Durou pouco, Vogrincic estava impaciente e tudo que queria era te ver babando sem conseguir dizer uma Ășnica palavra enquanto ele te fodia nessa mesa. Ele tirou sua mĂŁo de seu pau e lentamente puxou os dedos para fora de vocĂȘ antes de se aproximar mais para finalmente encaixar a cabecinha do pau e entĂŁo se empurrar cuidadosamente para dentro de vocĂȘ, observando cada reação sua para ter certeza de que estava tudo bem. Suas mĂŁos agarraram os ombros largos do uruguaio com força, a dor que sentia era pouca, mas a pressĂŁo te incomodava, pediu quase que em um sussurro para que ele se movesse e entĂŁo ele fez, empurrando lentamente para dentro e para fora de vocĂȘ. Os braços dele te seguraram quando inclinaram um pouco seu corpo para ter uma posição mais confortĂĄvel, segurando firme no baixo de suas costas e em uma de suas coxas, indicando silenciosamente para vocĂȘ enrolar as coxas ao redor do corpo dele. O rosto dele estava quase colado ao seu ouvido, podia ouvir cada som que saia daquela boca bonita e as respiraçÔes pesadas que fugiam pelas narinas, tinha os olhos fechados com força enquanto tentava se manter em sĂŁ consciĂȘncia para nĂŁo acelerar muito os prĂłprios movimentos. A sensação de estar dentro de vocĂȘ era esmagadora, apertava ele como se estivesse espremendo o suco de uma laranja inteira, quase como se quisesse que ele ficasse ali dentro para sempre. Os sons que saiam de vocĂȘ estavam deixando ele ainda mais fora de si, ouvindo tudo atenciosamente e sabendo que lembraria daquele momento por muitos anos. Seu corpo estava suado, brilhando pela umidade causada pelo calor que sentia com a forma como o corpo de Enzo se chocava contra o seu. Quando a sensação de ardĂȘncia passou vocĂȘ deixou uma batidinha com os pĂ©s nas costas do moreno, informação que ele nĂŁo demorou para pegar, levantou o rosto de seu ombro e sorriu para vocĂȘ, ele era tĂŁo cafajeste que chegava a irritar. – "JĂĄ posso te foder, nena?– VocĂȘ choramingou acenando com a cabeça, mas aquilo nĂŁo era suficiente para ele, claro que nĂŁo, ele queria palavras.
– "Sim... Señor Vogrincic, por favor."– VocĂȘ queria morrer com a forma como se humilhava por aquele homem enquanto ele te olhava com aqueles olhos de coitado e um sorriso perfeito nos lĂĄbios.
– "Señor Vogrincic, hm? Gostei disso, chiquita."– Ele riu antes de começar a se empurrar para dentro de vocĂȘ com mais força, esticando vocĂȘ e te fazendo gemer gradualmente mais alto. As pernas se enrolaram no corpo de Enzo com mais força, seus olhos se fecharam e vocĂȘ sĂł pode aproveitar aquela sensação gritante da forma como ele entrava e saia de vocĂȘ. A mĂŁo dele que segurava uma de suas coxas subiu pelo seu corpo atĂ© que chegasse sobre seus seios e, por cima do vestido, apertou um deles com força, as pontas dos dedos dando uma atenção especial para o mamilo rĂ­gido e dolorido. Os olhos castanhos escuros nĂŁo desviavam de seu rosto, observavam a forma como seus lĂĄbios ficaram vermelhos depois de tanto mordĂȘ-los, nas bochechas coradas e pele brilhante alĂ©m dos fios de cabelo fora do lugar. NĂŁo demorou para ele selar os lĂĄbios de vocĂȘs, engolindo seus gemidos e sentindo como sua boca era macia. VocĂȘ sentia o gosto do vinho misturado com o cigarro que ele havia fumado a pouco, suspirava contra os lĂĄbios dele toda vez que sentia ele se empurrando totalmente para dentro de vocĂȘ. Seu Ăștero se contorcia dentro de vocĂȘ, seu corpo recebia uma carga de prazer enorme que nĂŁo estava acostumado, tremia-se inteira com cada toque do fotĂłgrafo uruguaio. O barulho que seus corpos faziam ao se chocar era totalmente cru e nu, sem nenhum tipo de efeito, era puro erotismo - atĂ© demais -. Os gemidos dele ficaram mais graves e altos, vocĂȘ sentiu que ele nĂŁo demoraria para te encher com tudo que podia, mas tambĂ©m mĂŁos estava diferente, o corpo suado, ofegante e os gemidos chorosos indicavam seu prĂłprio ĂȘxtase. A sensibilidade aumentou quando sentiu as pontinhas dos dedos dele esfregarem suavemente o pontinho de nervos inchado, seus lĂĄbios deixaram um soluço manhoso e sentindo que seu corpo nĂŁo poderia aguentar mais prazer, agarrou o tronco de Enzo com as mĂŁos com força. – "Goza, nena."– E assim vocĂȘ fez. Atravessou todo aquele caminho e no final de jogou daquele penhasco de prazer que estava sobre, sentindo a forma como seu corpo derreteu na mesa branca enquanto Vogrincic continuava procurando a prĂłpria queda. Gemeu alto quando sua porra começou a te encher, nĂŁo parando os movimentos na intenção de prolongar a sensação avassaladora que o atravessava. Se retirou de dentro de vocĂȘ com um choro profundo, observando atentamente a forma como sua prĂłpria liberação vazava de vocĂȘ como Ă s Cataratas de NicarĂĄgua. Se aproximando de vocĂȘ novamente, abaixou a cabeça atĂ© que ficasse prĂłxima de seu ouvido e levou uma das mĂŁos atĂ© a cĂąmera sobre a mesa. – "Eu vou tirar uma foto disso, me permite?"– Ele era tĂŁo convincente e sua cabeça estava tĂŁo vazia que vocĂȘ sĂł conseguiu acenar positivamente, abrindo mais as pernas para ele ter uma vista melhor. O flash da cĂąmera surgiu por poucos segundos e naquele momento Enzo tinha o foco totalmente em vocĂȘ. A melhor foto que ele jĂĄ havia feito em toda sua carreira, mas sĂł poderia ser vista por ele.
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tecontos · 5 days ago
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Troca de oleo !
By; Isabel
Me chamo Isabel, tenho 38 anos e sou uma executiva do mercado financeiro e vivo em ambientes de grande competitividade e stress.
A preocupação como trabalho Ă© tĂŁo grande que acabo deixando de lado algumas coisas importantes como famĂ­lia, amigos e lazer. A Ășnica coisa que ainda consigo fazer Ă© ir Ă  academia e cuidar do corpo. Tenho um corpo bem em forma pela minha idade.
Outro dia indo para o trabalho o meu carro apresentou uma falha no funcionamento.
Quando cheguei lĂĄ , comentei o fato com um gerente da minha equipe e ele me indicou um mecĂąnico para que eu levasse o carro para verificar o que poderia ter sido a causa do mau funcionamento.
Liguei para o mecĂąnico, tinha uma voz muito sensual, e agendei para aquele mesmo dia no final da tarde.
Sai do trabalho e peguei um trùnsito bastante complicado e acabei chegando muito atrasada na oficina. Achei até estranho que ainda estivesse aberta. Entrei com o carro na oficina e fui logo abordada por um homem forte, alto e merecedor do atributo da sua voz ao telefone.
- LuĂ­s Carlos muito prazer, vocĂȘ deve ser a Isabel!
- Oi Luís, desculpe o atraso, o trùnsito estava péssimo. Disse muito envergonhada
- Sem problemas, eu estava sĂł te esperando para ir embora.
Expliquei o problema e ele começou a verificar o carro mas logo foi interrompido por um senhor que chegou pedindo emprestado uma ferramenta. Ele atendeu ao senhor e me disse:
- VocĂȘ se importa se eu fechar o portĂŁo da oficina, senĂŁo toda hora vai entrar alguĂ©m pedindo alguma coisa e vou demorar mais do que o necessĂĄrio para lhe atender.
- Claro que nĂŁo. Disse eu bem gostando de ficar a sĂłs com aquele gato.
Fechou o portão e voltou a examinar o meu carro e eu fiquei reparando a oficina do Luis. Tudo muito organizado e limpo. Fiquei muito bem impressionada e comentei fazendo um elogio a ele. Ele disse que eu não tinha visto nada, disse que tinha uma sala vip para os clientes aguardarem e me indicou o local. Caso eu quisesse aguardar lå ele me chamaria quando terminasse o serviço.
Fui até lå e realmente era um luxo, ar condicionado, ågua gelada, revistas etc.....
Sentei em um sofå bastante confortåvel e fui pegar uma revista para ler e acabei me deparando com uma dessas revistas masculinas com fotos bem picantes. Comecei a folhear a revista pensando naquele homem delicioso que estava ali naquela oficina. Fiquei em chamas. Um calor interior foi tomando conta de mim. Abri alguns botÔes da minha blusa e meus seios estavam arrepiados, os mamilos duros . Enfiei a mão embaixo da saia dentro da calcinha e a minha buceta totalmente encharcada.
Quanto mais eu me tocava olhando a revista mais excitada ficava e esquecendo totalmente que estava ali na sala de espera da oficina.
Me entreguei totalmente aos meus pensamentos vadios sĂł imaginando aquele homem fazendo mil coisas comigo ali. Meus seios jĂĄ estavam fora do soutien a blusa totalmente aberta e a calcinha abaixada no meio da coxa e meus dedos feito loucos movimentando para aumentar meu prazer.
Eu jĂĄ estava completamente alucinada de tesĂŁo.
Neste momento o Luiz abre a porta para falar que o carro estĂĄ pronto e me encontra daquele jeito. Ficou totalmente sem jeito e sem entender o que estava vendo mas eu tratei logo de explicar que era aquilo mesmo.
- Vem meu gato, aqui agora sĂł falta vocĂȘ. Disse a ele com cara de vadia e safada. E ele veio de mansinho como um gato mesmo....
Puxei lentamente o zíper do macacão dele até o final e logo pude ver o corpo sarado que ele tinha e pelo volume na cueca foi possível ter uma idéia do tamanho da pica que me esperava. Fiquei enlouquecida!
Ele ficou em pé na minha frente e eu sentada no sofå, fui me livrando rapidamente da calcinha , e da minha camisa, fiquei só com a saia, baixei a cueca dele e tirei aquela coisa monumental pra fora e passei a chupar com vontade e muito tesão, a sua glande era enorme e rosada seu pau era grosso com os vasos sanguíneos estufados devido alto fluxo promovido pela intensa ereção.
Ele foi me deitando no sofå começou a chupar a minha buceta com aquela língua quente e habilidosa em um delicioso 69 de ladinho. Não demorou muito e eu gozei deliciosamente. Voltei a chupar o pau dele e fui lubrificando aquele majestoso pistão para o que vinha depois.
Me pegou no colo encaixada na sua cintura, seu pau ereto relando meu cuzinho de leve e isto me deixou alucinada e ele me levou para onde estava o meu carro. Me colocou sobre o capÎ de bruços passou a mãos numa lata de graxa que estava ao lado e começou a engraxar o meu corpo deslizando aquelas mãos enormes pelo meu corpo me fazendo delirar de tesão.
Jå não estava aguentando mais, ele aproveitando da posição que eu estava ele penetrou o meu cuzinho e me chamando de vadia foi estocando aquela vara em mim e eu implorando para ele meter cada vez mais fundo. Sentir aquele homem forte me comendo e eu totalmente lambuzada me levou ao delírio.
Ele me tirou do capĂŽ, sentou em um banco me encaixou e seu pau e me penetrou profundamente. Aos poucos ele foi deitando e entĂŁo passei a cavalgar aquela montanha de mĂșsculos de forma delirante atĂ© que gozamos juntos. Senti aquele jato quente entrando em mim e me lambuzando toda por fora. Uma delicia!!!!!
Fiquei ali deitada sobre ele me recuperando e sentindo sua respiração ofegante. Aí ele me disse:
- Consertei seu carro e troquei meu Ăłleo.
CaĂ­mos na gargalhada, nos despedimos com um delicioso beijo e eu parti torcendo para que o prĂłximo defeito nĂŁo demorasse a surgir.
Enviado ao Te Contos por Isabel
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momoty · 2 months ago
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𝗛đ—Č𝗼𝗿𝘁𝗯đ—Č𝗼𝘁 .
! Classificação: 10 anos
Personagens: Orihime J-Idol, Ichigo membro de uma banda, Uryu estilista, Chad lutador, Rukia Kuchiki (aparição), Rangiku Matsumoto (aparição), Keigo Asano (aparição), Tatsuki Arisawa (aparição), Don Kanonji (aparição), Byakuya Kuchiki (citado), Urahara Kizuki (citado), Yoruichi Shihoi (citada), Time Karakura na vida adulta.
Casais: IchiHime, ChadIshi, RenRuki.
GĂȘnero: romance, fluffy.
Outros: short fic, universo alternativo, casais principais se apaixonando, Ă©poca de white day.
CapĂ­tulos: ???
Idioma: PortuguĂȘs(BR)
Nota: Essa Ă© a minha primeira fanfic de Bleach, estou nervosa! Rsrs.
A idéia veio com um dos temas do evento Orihime Week em que as pessoas deveriam produzir algo inspirado na idéia da Hime sendo uma Idol.
NĂŁo sou boa em escrita, jĂĄ produzi duas fanfics (uma de Gravity Falls e outra do livro Sem Coração) que nĂŁo chegaram a serem concluĂ­das (fora as minhas histĂłrias originais que nem saĂ­ram do primeiro capĂ­tulokk). Acho que uma one-shot Ă© um Ăłtimo caminho considerando isso tudo... Essa histĂłria seria uma one-shot, porĂ©m acabei tendo muitas ideias e cheguei a conclusĂŁo de que nĂŁo conseguiria coloca-las em um Ășnico capĂ­tulo.
- Comentårios de dicas de escrita e sugestÔes de estrutura do blog para uma leitura mais agradåvel são sempre bem vindos!^^
- Por favor! Caso nĂŁo goste de qualquer um dos ships nĂŁo leia, apenas ignore o blog e siga a sua vida, afinal, nenhum de nĂłs ganharemos algo em uma briga de ship kkkk.
Os personagens nĂŁo me pertencem e sĂŁo de total propriedade de seu criador original.
ㅀㅀㅀㅀㅀㅀ1:00 ━❍──────── -?:00
O set de gravação do programa das quinze horas estava terminando os preparativos. As Ășltimas garrafas de ĂĄgua estavam sendo colocadas nas mesinhas perto das cadeiras enfileiradas e os convidados especiais esperavam ansiosos nos camaris pela campainha tocar.
Sentando no puff, Ichigo Kurosaki, um guitarrista um tanto quando reconhecido em seu nicho, fazia perguntas em sua mente de como havia chegado até onde estava, afinal, programas cujo principal assunto eram fofocas e o mundo pop não eram exatamente o estilo da banda que participava.
O pequeno camarim era atormentado pelas risadas escandalosas que Keigo soltava a cada vĂ­tima de pegadinha do programa que passava pela pequena televisĂŁo.
Prestes a falar algo, Ichigo Ă© interrompido pelo som da porta se fechando. Em frente Ă  ela, parado e acompanhado de roupas novas, Uryu Ishida, um jovem estilista de nome jĂĄ consolidado na indĂșstria, se desculpava pelo seu atraso.
— De boa — O ruivo se levanta para pegar seu figurino, uma blusa moletom branca com um desenho simples de algo que se assemelha a uma caveira, figura presente na capa do Ășltimo single lançado.
— Por que demorou?
— Tive que ajudar uma cliente importante, ela estĂĄ neste prĂ©dio aliĂĄs. Desculpe, nĂŁo achei que tomaria tanto tempo.
— SĂ©rio?! — Keigo com um sorriso que ia de orelha a orelha agarrou os ombros do estilista, se aproximando de seu rosto — EntĂŁo, ela Ă© bonita?
— Sr. Asano, isso Ă© confidencial
— O QUE?! — E então o jovem rapaz se encolhia cabisbaixo.
— AtĂ© onde eu posso dizer, ela irĂĄ se apresentar no mesmo programa que vocĂȘs, talvez atĂ© mesmo se esbarrem pelos corredores — Ishida afastava as mĂŁos do outro.
— Se vamos nos encontrar entĂŁo nĂŁo tem problema dizer quem Ă©. E pare de me chamar de "senhor", faz eu me sentir um velho. EU SÓ TENHO VINTE ANOS!!
— Estou tentando manter o profissionalismo, vocĂȘ quem deveria usar meu sobrenome ao se referir a mim.
Pressentindo que uma discussĂŁo desagradĂĄvel e nada lucrativa, Ichigo interrompeu os dois homens a sua frente.
— Desculpe o meu amigo carente aqui, Ishida — Ele deu tapinhas fortes na costas de Keigo que reclamou assim que pararam fazendo Uryu dar um leve suspiro.
— Mas, para falar a real, eu meio que fiquei curioso tambĂ©m.
— A minha cliente Ă© a famosa Idol misteriosa que terĂĄ um debut stage hoje.
— Uhm. Acho que ouvi alguma coisa sobre. A Yuzu não parava de falar sobre ela.
— Bem, a empresa que a gerencia decidiu que faria dela um mistĂ©rio, para gerar mais comoção ao pĂșblico. Eles deram muito duro quanto a isso, entĂŁo nĂŁo quero ser o culpado a estragar a surpresa. NĂŁo quando falta tĂŁo pouco para o dia importante dela.
Em menos de vinte minutos o programa começou. A abertura era uma apresentação de um girlgroup que cantava uma mĂșsica sobre paixĂ”es, combinando com o tema do dia: White Day.
Após a apresentação dos convidados e do papo furado com Don Kanonji, o apresentador, o momento mais esperado havia chegado. Atrås de uma tela branca e fosca, a tão esperada Idol estava prestes a mostrar o seu rosto pela primeira vez enquanto cantava seu mais famoso single.
Foi quando a tela despencou no chão que o mundo começou a se tornar cada vez mais lento, pelo menos para Ichigo Kurosaki que sentiu seu rosto esquentar e seu coração ficando confuso, oscilando entre parar e ter batidas råpidas em seu peito.
Caminhando em direção ao centro do estĂșdio, ela, a garota que Ichigo jamais poderia esquecer o rosto e o nome, Orihime Inoue, sua pequena paixĂŁo de prĂ© adolescĂȘncia. A garota que desapareceu de sua vida apĂłs a morte do irmĂŁo. A garota que sĂł ouvia falar quando sua melhor amiga Tatsuki Arisawa comentava sobre.
Com sua doce e gentil voz, ela prendia a atenção dos outros artistas presentes no programa.
— Duplas formadas, vamos finalmente começar este especial de White Day!
Os convidados estavam sentados em duplas misturando-se com os outros artistas, com as meninas do girlgroup sentadas ao lado dos membros da banda, algumas fazendo par com seu próprio grupo por causa da exceção de participantes, o que ocasionou um bom fanservice para os fãs.
— Ah cara! O Ichigo acabou sendo a dupla da Orihime! Eu quem deveria ter ficado no lugar dele. Estou com inveja...
— Eu posso ouvir o que estĂĄ dizendo — a voz do outro lado chamou a atenção de Keigo — Sr. Asano Ă© muito sortudo por Tomu ser a sua dupla, entĂŁo cuide bem dela, sim? — Rin, a Idol conhecida por ser a mais durona em seu grupo, repreendia o baixista.
— Opa opa! Parece que as coisas estão começando a esquentar aqui, hehe. Então vamos começar!
O especial levava provas em que os participantes, com seus pares, deveriam fazer chocolates, artesanatos e responder fatos sobre uns aos outros, aqueles que conseguissem cumprir a maioria das provas ganhava o prĂȘmio de melhor "casal" do ano.
— Kurosaki, já que não sabemos muito sobre um ao outro, vamos conversar enquanto isso.
— Ah! Certo... Meu nome Ă© Ichigo Kurosaki, tenho vinte anos e toco guitarra. — Ele fatiava as barras de chocolate que seriam derretidas para fazer outro chocolate sĂł que mais decorado.
— Sou Orihime Inoue, tenho vinte anos e, como pode ver a pouco, canto. — Ela colocava os pedaços de chocolate em uma grande tigela de vidro.
— Pode parecer meio engraçado, Inoue, mas deixe-me tentar um palpite. Eu preciso saber se estou certo antes de continuarmos essa conversa. Ichigo sorria desajeitado. VocĂȘ por acaso seria Orihime Inoue de Karakura?
Os olhares e as cĂąmeras foram todos direcionados para a dupla. Como esperando, claro, afinal Orihime era a estrela do programa durante aquele episĂłdio.
— Espera. VocĂȘs se conhecem?
Um reencontro depois de anos! Que bela matéria. Don Kanonji pensou consigo mesmo.
— Inoue e Kurosaki se conhecem? Tomu perguntou.
Todos esperavam uma resposta de Orihime, que sĂł percebeu o questionamento quando olhou de volta para Ichigo que a olhava curioso.
— Cresci atĂ© o começo de minha adolescĂȘncia em Karakura. Como Kurosaki sabe disso?
— Lembro de vocĂȘ na Ă©poca do colegial. NĂŁo acredito que seja vocĂȘ mesma.
O set ficou em silĂȘncio para ouvir a conversa dos dois fazendo com que um estranho nervosismo subisse em Ichigo.
— Quero dizer. Tenho uma amiga de lĂĄ com quem cresci. Sempre que conversamos sobre nossas vidas ela menciona vocĂȘ.
Orihime deu um risinho.
— Ah sim, posso imaginar quem seja.
— EntĂŁo vocĂȘs se conhecem? Rin perguntou.
— Mais ou menos...? Estou lembrando de Kurosaki na escola tambĂ©m, mas nĂŁo Ă©ramos prĂłximos.
— VocĂȘs dois conhecem a mesma pessoa e moraram na mesma cidade mas nunca chegaram a se encontrar. E aqui estamos hoje! Keigo soltou surpreso.
— No programa do Don Kanonji especial White Day!. Seria esse o verdadeiro começo de um romance? O apresentador olhou para a cĂąmera e uma mĂșsica extremamente brega e romĂąntica começava a tocar fazendo com que um humor comediante tomasse o ar do estĂșdio.
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pascaltesfaye · 10 months ago
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TAKE MY SOUL
Chapter 5 - A task
O que começou com uma promessa de ser só uma vez, se tornou no mínimo 3x na semana. Jeffrey vem de madrugada e vai embora antes que o sol nasça para não correr o risco de Frank descobrir.
- Achei que vocĂȘ nĂŁo viesse hoje - Eu disse enquanto abria a porta
Era passado das 2 horas da manhĂŁ, Jeffrey normalmente chegava bem antes desse horĂĄrio, eu jĂĄ estava dormindo quando acordei ouvindo ele tocar a campainha.
- O dia hoje durou atĂ© agora e foi um inferno - Ele respirou fundo - eu precisava ver vocĂȘ - Ele beijou o topo da minha cabeça ao me abraçar
- VocĂȘ estĂĄ com fome? Acho que sobrou algo da janta - Fui em direção a cozinha, mas ele segurou minha mĂŁo.
- Eu sĂł preciso de vocĂȘ
. E de um banho - Rimos - Me espera na cama?
Sorri concordando com a cabeça e me deitei novamente. Jeffrey tomou um banho råpido e logo se deitou ao meu lado.
- Quer conversar? - Perguntei puxando seu tronco para cima de meu corpo, acariciando gentilmente seus cabelos
- Acho que vocĂȘ jĂĄ estĂĄ cansada de me ouvir reclamando desse desgraçado. - Eu neguei com a cabeça e ele continuou - Passamos o dia tentando interceptar um carregamento de drogas dele, mas o desgraçado havia feito duas rotas diferentes e Ă© claro que nĂłs escolhemos a errada. - Ele bufou - Perdemos um dia inteiro alĂ©m de dinheiro gasto com a operação enquanto ele trazia mais drogas e consequentemente terminou a noite muito mais rico.
- Isso Ă© foda! - Suspirei
- Sabe o que Ă© realmente foda? - Ele se virou para mim - É que eu sĂł preciso de um erro dele, uma Ășnica vez que ele pise em falso e eu vou fazer ele pagar por isso, mas as vezes isso parece tĂŁo impossĂ­vel.
- Esse dia vai chegar! - Acariciei seu cabelo - Tem que existir um jeito de vocĂȘ conseguir antecipar os passos dele.
- Eu jĂĄ estou a alguns anos tentando descobrir esse jeito, querida.
- Se eu pudesse te ajudar..
- Bem - Ele pausou a fala por alguns segundos - Talvez hĂĄ um jeito de vocĂȘ me ajudar! - Ele pausou novamente e abaixou a cabeça - Mas nĂŁo sei se vocĂȘ toparia.
- Eu quero muito te ajudar. - Eu disse olhando em seus olhos
- Bem, talvez com vocĂȘ tenha um jeito. Mas, primeiro eu preciso analisar isso direito, ok?
- Eu fico feliz em ajudar no que eu puder - Sorri e ele depositou um beijo carinhoso em meus lĂĄbios
- VocĂȘ se importa se a gente dormir? Eu estou morto! - Ele bocejou
- Claro que nĂŁo, vocĂȘ precisa descansar - Nos ajeitamos na cama - Boa noite!
- Boa noite, princesa! - Ele me beijou novamente e se virou, logo caindo em um sono profundo
Jeffrey estava realmente tĂŁo cansado que simplesmente nĂŁo conseguiu acordar cedo para sair sem correr o risco de ser visto. Acordamos quase meio dia com o celular dele tocando.
- Porra! - Ele encarou o visor do celular - É o Frank.
Jeffrey atendeu a ligação enquanto jĂĄ se levantava e se vestia, ele se desculpou pelo atraso e disse que jĂĄ estava indo para a agĂȘncia.
- Bom, ele jå estå lå - Ele riu aliviado - Pelo menos vou ser massacrado apenas por me atrasar e não por estar dormindo com o serviço - Eu ri ao entender que ele estava se referindo a mim
Jeffrey se despediu rapidamente e saiu com pressa. Levantei-me e apĂłs fazer minhas higienes, fui direto fazer o almoço. Enquanto cozinhava recebi uma ligação de Anna, coloquei no auto falante para que pudĂ©ssemos continuar conversando enquanto eu preparava o almoço. Contei a ela sobre Jeffrey e sobre tudo o que vinha acontecendo nesses quase 4 meses que estou aqui. Desliguei a chamada assim que a comida ficou pronta e almocei bebendo uma taça de vinho enquanto assistia o jornal local. Obviamente o Ășnico assunto era sobre Javier Peña e suas operaçÔes, eu nunca havia visto seu rosto, os jornais nunca mostravam uma foto sequer dele.
Terminei de almoçar e fui ler um livro, até que recebi uma mensagem de Jeffrey.
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Passei o resto do dia fazendo apenas mais do mesmo, fui malhar na academia do prédio, li algumas påginas do meu livro e quando foi 18h40 tomei um banho.
A noite em Santiago fazia frio, então vesti uma blusa de alças vermelha levemente decotada, uma jaqueta de couro e calças jeans também na cor preta, nos pés meu bom e velho vans e deixei o cabelo solto. Fiz uma maquiagem leve porém apresentåvel e quando foi exatamente 20h Jeffrey me ligou avisando que jå estava lå embaixo.
Guardei apenas meu celular, documento e carteira na bolsa e saĂ­ de casa.
- VocĂȘ estĂĄ linda! - Jeffrey sorriu ao me ver entrando no carro - E cheirosa - Ele cheirou meu pescoço e em seguida beijou meus lĂĄbios
- Que bom que gostou! - Sorri de volta
Levamos cerca de 30 minutos até chegar no bar, me pergunto o motivo disso jå que haviam tantos bares perto do meu prédio.
- Sei o que estå pensando - Ele parecia ter lido meus pensamentos - Mas precisåvamos de um lugar longe para mantermos a discrição.
Concordei com a cabeça e assim que entramos no bar, Jeffrey segurou minha mão e me guiou até uma mesa onde jå havia uma mulher sentada.
Ela era, bem
. diferente! Era uma mulher ruiva, seu cabelo ondulado ia até metade de suas costas, ela possuía seios enormes que eram claramente próteses e vestia uma mini saia com uma blusinha e jaqueta.
- Helena, quero que conheça Vanessa - A mulher me olhou rapidamente com um leve sorriso falso - Vanessa, essa Ă© Helena! - Retribui o sorriso e nos juntamos a ela na mesa. - Garçom - Jeffrey o chamou - Pode me trazer um copo de whiskey com gelo, por favor? - O garçom assentiu - E vocĂȘ? - Ele virou seus olhos para mim
- Uma cerveja, por favor! - Sorri para o garçom que logo saiu com os pedidos
- Helena, Vanessa Ă© uma
. antiga amiga minha - Jeffrey parecia desconfortĂĄvel ao explicar e ela riu
- É, antiga amiga - Ela falou ironicamente - Ele me pagava para satisfazĂȘ-lo, mas de uns tempos pra cĂĄ, somos apenas amigos.
- Ah, entendi, uma prostituta.
- Acompanhante! - Ela me corrigiu e eu deixei uma risada escapar - Qual o problema? - Ela me encarou
- Nenhum. - Dei de ombros e o garçom se aproximou com nossas bebidas
- A questĂŁo Ă© - Jeffrey começou a falar apĂłs tomar um gole de seu whiskey - Que Vanessa tem um grupo de meninas que fazem esse serviço de
 acompanhamento com ela. E muitas dela atendem Peña e seus capangas.
Olhei confusa para Jeffrey, eu realmente nĂŁo entendi o ponto que ele queria chegar, Vanessa notou minha dĂșvida e tomou a palavra.
- Jeffrey, eu acho que a garota nĂŁo entendeu o que vocĂȘ quer - Ela riu - Se vocĂȘ quer que ela faça isso, vocĂȘ vai ter que ser sincero - Ela deu de ombros
- Bem - Ele respirou fundo e pausou por uns segundos, procurando as palavras certas para dizer - Talvez, se vocĂȘ se juntasse a elas, poderia conseguir se infiltrar e descobrir os passos do Peña antes que ele faça, assim me ajudando a prever as atitudes dele.
Eu congelei ao ouvir suas palavras, parecia muita informação pra minha cabeça naquele momento, fiquei em silĂȘncio por alguns segundos atĂ© que finalmente consegui elaborar uma pergunta.
- VocĂȘ quer que eu me infiltre como uma prostituta? - Perguntei incrĂ©dula
- Acompanhante. - Vanessa me corrigiu novamente
- Acompanhante - Repeti e rolei os olhos - Eu não sei se posso fazer isso
.
- Seguinte - Vanessa voltou a falar após tomar um gole de sua cerveja - Conheço o Peña a muitos anos, sei bem exatamente o tipo dele. Ele é um escroto que gosta de dois tipos de mulheres: As que ele usa somente para sexo e as que ele usa de fantoche.
- Como assim? - Jeffrey perguntou curioso
- Peña separa as mulheres em duas categorias: As que sĂł servem pra sexo, como eu - Ela deu de ombros - E as que ele usa como fantoche. As fantoches sĂŁo as que acompanham ele, passam dias na casa dele, as vezes atĂ© viajam com ele. As fantoches sĂŁo as mulheres que ele usa como trofĂ©u para os amigos e outros traficantes. E vocĂȘ - Ela me olhou de cima a baixo - VocĂȘ Ă© exatamente o tipo de mulher que ele gosta como fantoche. VocĂȘ Ă© bonita de rosto, tem um corpĂŁo, Ă© loira, tem um olhar marcante, tem presença
 As fantoches do Peña sĂŁo sempre assim.
- Isso facilitaria um pouco as coisas - Jeffrey disse me olhando, mas eu seguia sem conseguir esboçar nenhuma reação
- E atualmente Peña estĂĄ sem uma fantoche, inclusive jĂĄ faz um tempo, entĂŁo assim que ele botar os olhos em vocĂȘ
.
- O que aconteceu com a Ășltima? - Perguntei encarando o vazio
- Elas viram como eu - Ela riu - Quando ele enjoa de uma fantoche, ela passa a servir apenas para sexo. Não se preocupe - Ela continuou após notar minha preocupação - Em todo esse tempo que eu conheço o Peña, nunca vi ele machucar alguma mulher que sirva a ele.
O silĂȘncio reinou em nossa mesa por alguns minutos enquanto eu ainda tentava abstrair todas as informaçÔes que foram simplesmente jogadas em mim durante aquela conversa.
- Bom, eu vou deixar vocĂȘs conversarem e vou ao banheiro - Vanessa se levantou
- VocĂȘ estĂĄ bem? - Ele alisou minha mĂŁo
- Jeffrey
 Eu não posso fazer isso. - Minha voz saiu baixa - Não tem como, me desculpa.
- Helena, por favor, pensa bem. Eu preciso muito da sua ajuda - Ele alisou meu rosto - Eu prometo que nada vai acontecer com vocĂȘ e nĂŁo vai durar muito, eu sĂł preciso que vocĂȘ descubra qualquer plano dele e aĂ­ a gente pega ele, estĂĄ bem?
Pensei por alguns segundos mas aquilo ainda nĂŁo me parecia certo.
- AlĂ©m de que - Ele levantou meu rosto, me fazendo olhar em seus olhos - Estando no meio deles, pode ajudar vocĂȘ a descobrir quem fez aquilo com seus pais.- Senti um calafrio percorrer meu corpo - NĂŁo foi para isso que vocĂȘ veio pra cĂĄ? Esse Ă© o jeito mais fĂĄcil de descobrir quem mandou matar seus pais, Helena!
Então tudo mudou. A sede de vingança simplesmente invadiu meu corpo, a vontade de descobrir quem era o responsåvel pela morte dos meus pais me corroía por dentro e a possibilidade de finalmente conseguir descobrir me fez responder sem hesitar.
- Eu vou!
- VocĂȘ tem certeza? - Ele perguntou com um brilho nos olhos
- SĂł me diz o que eu tenho que fazer. - As palavras saiam secas da minha boca
- Conversaram? - Vanessa se sentou novamente a mesa
- Eu vou! - Ela me olhou surpresa - O que eu preciso fazer?
- Bem - Ela tentava entender a mudança da minha postura - Todo final de semana Peña organiza uma festa, nesse prĂłximo vocĂȘ vai comigo. Mas eu jĂĄ deixo avisado, vocĂȘ nĂŁo pode negar nada do que te mandam fazer. Nada! - Ela enfatizou e eu concordei - E nĂŁo seja burra de chegar perguntando sobre o trabalho deles, apenas faça sua parte como uma acompanhante. E eu vou avisar vocĂȘ - Ela apontou o dedo em direção a Jeffrey - Se esse plano der merda e vocĂȘ me envolver pra tentar me foder, eu vou contar tudo o que eu sei. - Ela disse rĂ­spida - NĂŁo tenta me foder que eu vou te foder o dobro.
- VocĂȘ sabe que eu jamais faria algo pra prejudicar vocĂȘ, Vanessa. - Ele disse gentilmente
- Bem, eu tenho que ir - Ela se levantou - Antes do final de semana eu entro em contato. Helena, vejo vocĂȘ em breve - Ela sorriu e saiu
Jeffrey pagou a conta e fomos para o carro, o caminho atĂ© meu prĂ©dio foi em completo silĂȘncio.
- VocĂȘ quer entrar? - Perguntei hesitante
- Acho melhor deixar vocĂȘ descansar - Ele beijou o topo da minha cabeça - Eu confio em vocĂȘ, sei que vai descobrir tudo o que a gente precisa saber.
Sorri e desci do carro, ao chegar em casa fui direto colocar meu pijama e me joguei em minha cama. Os pensamentos estavam gritando em minha cabeça, tomei um remédio para dormir com uma taça de vinho e apaguei.
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cherrywritter · 11 months ago
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Meu sangue - Background
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4ÂȘ semana de março
Aproveitei minhas folgas dos estågios para retornar à Caverna e poder ter um pouco de paz dentro de mim. Não estava sendo fåcil conviver com Damian de baixo do mesmo teto. Sentia-me ao lado de um lunåtico com cabresto, mas não poderia exigir muito de quem havia sido criado pela Liga das Sombras e usado a torto e a direito por eles para seu um exímio assassino à sangue frio. Também, quem seria eu para julgå-lo se havia passado pelo mesmo com Luthor por intermédio de Cadmus.
Raiva, frustração, medo e rejeição. Tudo estava dentro de mim em forma de uma bomba relógio pronta para explodir.
Pedi autorização para Canårio para poder usar a sala de treinamento avançado com a intenção de extravasar o acumulo de poderes que estava tendo antes que causasse uma descarga e acabasse desligando o lugar. Ela estranhou e perguntou sobre a cela de contenção que tínhamos em casa, mas eu a convenci de que seria muito melhor gastar essa energia treinando do que esperar simplesmente estabilizar.
O que mais me doĂ­a durante aquelas duas semanas era que o senhor Wayne nĂŁo repreendia o filho pelas palavras grosseiras que ele dizia a mim ou quando dizia em alto e bom tom que eu era um projeto de laboratĂłrio. A falta de posicionamento dele sobre isso criava feridas em mim.
Ativei o treinamento mais pesado da sala. Espada em mĂŁos, olhos brilhando e um moletom do Batman. Uma das roupas que usava na Caverna e em outros ambientes que tĂ­nhamos contato com os demais herĂłis de maneira casual.
As lågrimas escorriam junto ao sangue do meu corpo. Cortes e golpes que me atingiam, regeneração automåtica. Quanto mais acertava, mas difícil se tornava. Via Talia na minha frente, aquele sorriso doentio e soberbo que só ela tinha. Cada holograma, cada simulação. Todos que atingia tinha o rosto daquela mulher.
Ódio primitivo. Ódio cego.
Passei horas dentro daquela sala até que a sala foi desativada. As luzes brancas foram acessas. Suada e cansada, virei-me para trås e vi o rosto de Conner pela pequena janela de vidro da porta. Ele a abriu e se aproximou com uma toalha em mãos. Só então pude perceber o quanto de sangue havia espalhado pelo chão e paredes.
- Sei que conversar Ă s vezes nĂŁo resolve o problema, mas nĂŁo esperava que ficasse seis horas na sala de treinamento espalhando vermelho por ela. – Conner seca meu rosto e pescoço para depois me entregar a toalha. – Estou começando a acreditar que Ă© masoquista. – Disse e riu em seguida.
- Perdi o jantar com a sua mãe de novo. – Abaixo a cabeça. – Me desculpe. Minha cabeça está difícil de estabilizar.
- Dona Martha marcou para mais tarde dessa vez. – Sorri. – Ela se adaptou aos seus atrasos e remarcaçÔes.
- Vou tomar um banho para irmos. Me acompanha?
- Ainda pergunta?
Caminhamos pela Caverna até chegarmos ao meu quarto. Tiramos as roupas, ligamos o chuveiro e adentramos debaixo da ågua para relaxar o corpo.
- Está assim por causa do seu pai? – Conner questiona enquanto lava meu cabelo.
- Parece que ele esqueceu de mim. Que esqueceu de quem eu sou. Talvez ele tenha se deslumbrado por ter tido um filho por meio de um ato, entende? Sou um projeto de laboratĂłrio. Uma filha que ele nĂŁo desejou, mas acolheu. NĂŁo fui feita por ele.
- Sei como se sente. Quando vi Clark pela primeira vez, pensei que ele ia me acolher. Ironicamente foi seu pai e a Diana que o convenceu de me dar uma chance. Sou a cĂłpia dele. NĂŁo diria filho, nĂŁo mais. SĂł que esse sentimento de nĂŁo pertencer Ă© real.
- SĂł que nĂŁo te jogaram na cara todos os dias que vocĂȘ nĂŁo Ă© filha dele. – Sinto as lĂĄgrimas escorrerem junto a ĂĄgua.
- Vai se importar com o que aquele pirralho diz para vocĂȘ ou com os fatos? – Conner me vira para olhĂĄ-lo. – Fomos acolhidos pelas nossas famĂ­lias, somos amados e importantes para eles. VocĂȘ Ă© uma legĂ­tima Wayne. Pode ter sido gerada por um Ăștero artificial, mas vocĂȘ Ă© filha dele com todas as caracterĂ­sticas e saberes. VocĂȘ Ă© o sangue dele, Victoria. EstĂĄ dentro de vocĂȘ! Olhe para vocĂȘ! VocĂȘ Ă© real. NĂłs dois somos. O DNA nĂŁo mente, sabe disso.
- Conner...
- Demora, dïżœïżœi, mas passa. SĂł se importe menos e se imponha mais. Comprei um vestido lindo para vocĂȘ. Quero que use hoje.
- Teremos um jantar em famĂ­lia? – Ele assentiu. – VocĂȘ vai contar sobre nĂłs? - NĂŁo Ă© uma boa hora, nĂŁo concorda? – Concordei. – Vamos apenas ter um bom jantar em famĂ­lia. MamĂŁe quer ter um dia especial.
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lylyblue · 1 year ago
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IMAGINE REGINA MILLS
[Isso Ă© um repost de uma Fic minha no Wattpad.]
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Existe uma pequena cidade no Maine, onde cada personagem do conto de fadas estå preso em dois mundos, vítimas de uma poderosa maldição, só uma sabe a verdade e só uma pode quebrar o feitiço.
Era mais um dia normal em Storybrooke, cada um em seus afazeres e rotinas. Granny's abrindo para nova acomodaçÔes e recebendo os clientes, Sr.Gold colocando sua placa de Open, Mary Margaret entrando na escola e dando aulas para o primårio, e o Relógio parado.
Em uma dessa rotinas normais, uma se deu o atraso. Henry desceu as escadas, completamente atrasado, mas arrumado para escola, mesmo que tenha que conviver sabendo a verdade daquele lugar; Todos são personagens de contos de fadas presos pela maldição da sua "Mãe", Regina Mills, ou melhor; The Evil Queen. A Prefeita sendo uma ótima Mãe, tentando dar seu måximo, de levantou do seu café da manhã e levou seu filho no carro para a escola de Storybrooke pela manhã. Henry imediatamente saiu do carro dando passos råpidos para a escola.
- Henry! NĂŁo... - Regina nem teve tempo de falar, Henry jĂĄ tinha entrando na escola. O que fez a mesma revirar os olhos suspirando pesadamente. - Quando vocĂȘ vai gostar de mim, Henry? - Perguntou a sir mesma em sussurro, olhando do pelo retrovisor do carro, mas logo olha a parte traseira do carro, percebendo que Henry esqueceu a mochila. Suspirando levemente, ela se inclinou pegando a mochila e saindo do carro nĂŁo teve tempo de pensar quando alguĂ©m esbarrou na Prefeita.
- Hey! Olha por... - Ela falou colocar raiva no começo, mas seu tom abaixou ligeiramente olhando a figura em sua frente, que deixou o caderno e livros caírem no chão.
- Desculpa! Eu nĂŁo percebi por onde estava andando. - A jovem falou olhando a Regina envergonhada se abaixando para pegar seus materiais.
Regina olhou a jovem; Cristal. percebendo que mesmo depois da maldição continuava linda e agradåvel, sabia que todos continuavam imortais e parados no tempo, era só um pensamento idiota. A visão era como um colírio aos seus olhos. Regina suspirou se abaixando ao lado da jovem ajudando a pegar seus livros de estudos de Escultura e Poesia, sorrindo levemente ao notar os livros.
- Não se desculpe, eu que não prestei atenção. - A Prefeita respondeu com um olhar tranquilizador, se alguém mais visse isso, talvez diria que a Prefeita estå de muito bom humor. Mas não saberia a verdadeira história.
_
Pelas estradas da floresta encatanda, uma carruagem se encontrava, sendo locomovida por belos cavalos negros e altos, pelas estradas molhadas e lamaçentas, sua cor preta com alguns tons de roxo e alguns toques de vermelho se destacava pela sua aparĂȘncia diferente das carruagens mĂĄgicas dos Contos De Fada.
Mas não estariam falando de Contos De Fadas ou algo doce encantando, estaríamos falando de The Evil Queen. A mulher usava suas típicas roupas pretas com detalhes bordsdos decorados e seu chapéu de acompanhamento com seu decote leviano. Que estava, por incrível que pareça, levando crianças para a casa de uma bruxa ou levando uma bela dama para um castelo para deixå-la aprisionada.
EstarĂ­amos falando de Cristal, que estava calma sentada ao lado da Evil Queen, ainda por incrĂ­vel e Ășnico que pareça; NĂŁo estava a ameaçando ou a sequestrando para algum trabalho. EstarĂ­amos compartilhando leves momentos em silĂȘncio, apenas escutando o farfalhar das folhas das ĂĄrvores molhadas e o som dos calvagar dos cavalos.
A mão da Rainha calmamente tocou a mão da jovem, em um toque singelo e calmo, as unhas médias afiadas em um tom de esmalte vermelho sangue traçando os dedos da jovem calma em um toque singelo de amor.
- Estou feliz que veio me acompanhar, meu amor. - Regina falou calma com um sorriso sem mostrar os dentes, se aproximando calma e meio envergonhada. - Mesmo que esteja com medo dos TrovÔes, saiba que estou aqui. - Regina falou gentil e doce, até mesmo supressa com as próprias palavras. -
- NĂŁo tem problema, querida. - Cristal respondeu calma segurando a mĂŁo da mulher, as entrelaçando em toque suave e apaixonado. - Sempre estarei com vocĂȘ. - Adicionou com um toque suave de leveza. - Enfretaria mils chuvas fortes por vocĂȘ. -
Regina sorriu em reposta, nĂŁo tendo palavras para responder a tal toque tĂŁo Ă­ntimo e inocente. Suas palavras ficaram presas na garganta e nĂŁo conseguiu reagir. Em resposta, suas bochechas brilharam em vermelho, e ela escolheu nĂŁo esconder.
- Obrigado. - Ela falou de repente, com um tom amoroso. Diferente do que a Rainha MĂĄ faria, esse Ă© o ponto; NĂŁo Ă© a Rainha MĂĄ, Ă© Regina.
- Pelo o que? - Perguntou Cristal levemente confusa, segurando ainda a mão de Regina, e a abraçou suavemente de lado, passando a mão pela sua cintura.
Regina congelou com o toque, mas relaxou, se deixando se sentir amada e desejada por uma alma doce e reconfortante. Pequenas lĂĄgrimas se fomaram em seus olhos, talvez jĂĄ tivesse com quem passar seu final feliz.
- Por me amar. - Regina respondeu em sussurro suave, com um sorriso amoroso aberto para todos que ela jĂĄ amou.
_
Regina estava sentada na cadeira do escritĂłrio, pensando profundamente sobre sua vida, sobre seus acontecimentos depois que lançou a maldição, sua vida mudando drasticamente e sua vingança com a Snow White sendo realizada, o que fez ela abrir um pequeno sorriso de canto. Mas sua felicidade nĂŁo durou muito tempo, quando a Ășltima cena da sua amada vinha em sua cabeça como uma tortura a suas escolhas. Sua Ășltima lembrança nĂŁo era agradĂĄvel, nĂŁo pelo situação, mas pelas palavras.
"Regina, não faça nada de errado, por favor." Cristal falou calma em suas lembranças.
"Eu nĂŁo irei, minha pequena." Regina respondeu, lembrando do toque que deu na bochecha de Cristal pela Ășltima vez.
Regina fez tudo de errado. Suas lembranças a torturando sempre, não existia um dia sequer que não se lembrava disso. A confiança que Cristal depositou nela e a mesma sendo quebrada a algumas horas depois, sua cabeça começando a circular em diversos espaços e lugares que estava com Cristal, fazendo Regina sentir todo o ódio, tristeza, dor e solidão que ainda sentia por não ter sua amada ao seu lado. O coração da Prefeita batendo forte a cada beijo, carícia e abraços que ainda se mantinha acesso em dentro da sua mente e coração. Seu sorriso sumiu tão råpido quanto surgiu, sendo substituído por uma suspiro melancólico e triste.
- Eu teria feito diferente, Cristal. - Regina sussurrou fechando os olhos suspirando pesadamente. Inclinando sua cabeça e se aconchegando desajeitamente na cadeira, e suspirou pesado. - Eu gostaria que vocĂȘ lembra-se de mim, minha esposa.
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leclerqueensainz · 2 years ago
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Uma FamĂ­lia de TrĂȘs (C.L 16) - Parte.I Descobertas, reencontros e surpresas
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Paring: Charles Leclerc X Marie Anderson (personagem original)
⚠ Avisos: Menção a morte e assassinato, palavrĂ”es, Charles sendo um pouco agressivo na forma de reagir, menção a sexo e uso de drogas. (Este capĂ­tulo pode conter gatilhos!) (+16)
15 de Janeiro de 2023- MilĂŁo, ItĂĄlia
-Buongiorno , Marcella!- Cumprimento a minha secretĂĄria a adentrar o escritĂłrio. - Alguma novidade para mim? - Pergunto Ă  garota loira, que estĂĄ sentada com os olhos enfiados no computador a sua frente.
-Buongiorno, Marie! E
 HÁ! CONSEGUI! - Marcella pula de repente, me assustando. - Desculpe! É que eu consegui agendar a reunião com Fred Lacroix para a próxima semana. - Ela diz tentando se recompor e eu sorrio.
-Que Ăłtimo! VocĂȘ Ă© dez. - Digo encostando ao lado dela na mesa e dando uma bisbilhotada em seu computador. - VocĂȘ acha que ele estarĂĄ em um bom humor? Ele nĂŁo Ă© a pessoa mais conhecida por ser agradĂĄvel quando o assunto Ă© venda e compra de suas artes. - Digo e Marcella apenas da de ombro.
-Não sei e sinceramente eu não me preocupo com isso. - Ela diz e posso ver um sorriso presunçoso estampar ‘em seu rosto. - Seja como for, nós somos fodas! A gente sempre consegue o que quer. - Ela termina e eu dou risada pelo seu entusiasmo.
Eu concordo com Marcella. NĂłs somos fodas e sempre conseguimos o que queremos quando o assunto Ă© trabalho.
Após a morte de Jules, me mudei de MÎnaco para a Itålia. Eu sentia que precisava deixar aquilo tudo para trås, mesmo que para isso fosse necessårio eu enterrar parte de quem eu era com o meu passado. Eu precisava recomeçar e fechei os olhos para a minha antiga vida. Eu não tinha mais nada em MÎnaco. Nada que me segurasse, ou que ao menos valesse a pena ficar.
Eu precisava de tempo e de uma nova vida, e foi exatamente o que eu encontrei quando vim para a Itålia, onde eu consegui me matricular em artes a tempo de continuar o ano letivo. E um ano e meio depois, estava formada e estagiando em uma das melhores galerias que existe em Milão. Pouco tempo depois disso, acabei percebendo que eu tinha muito potencial para a curadoria e acabei me dedicando a årea, cuja qual hoje eu ainda faço parte, com a maior taxa de sucesso em recrutamento e vendas para novos artistas.
Hoje posso dizer que a minha vida estĂĄ mais do que confortĂĄvel e eu passo tanto tempo do meu dia ocupada com o trabalho, que mal tenho tempo de pensar em tudo que eu deixei para trĂĄs hĂĄ alguns anos.
-AH! - Marcella grita e me pega de surpresa, me fazendo dar alguns passos para trĂĄs.
-Meu deus, Marcella! VocĂȘ ainda vai me matar, garota! - Digo e coloco a mĂŁo no peito, sentindo o meu coração pular feito louco.
-Desculpa! É que eu acabo de me lembrar que vocĂȘ recebeu uma carta hoje pela manhĂŁ. - Ela diz e eu posso jurar que a minha confusĂŁo estampou meu resto. - Quer dizer, vocĂȘ nĂŁo recebeu, recebeu, tĂĄ mais para “passaram o envelope por baixo da porta, enquanto estĂĄvamos fechados e eu pisei em cima quando eu cheguei”.- Ela diz e tira um envelope branco, amassado e com marca de uma meia pegada nele. - Eu tentei dar uma limpadinha, mas como vocĂȘ pode ver, nĂŁo deu muito certo. SĂ©rio, alguĂ©m deveria limpar mais as ruas de MilĂŁo. - Ela diz e me entrega o envelope.
Dou uma analisada pelo envelope afim de achar o remetente, mas encontro apenas “Marie Anderson” escrito em uma caligrafia delicada.
-NĂŁo tem remetente. Que estranho. - Digo e Marcella assente.
-Também achei meio sinistro. Quer dizer, quem ainda manda cartas? Em pleno 2023, não era mais fåcil mandar mensagem pelo insta? Ou sei lå, um email? - Eu concordo com a cabeça e dou de ombros.
-Bom, que assim seja. - Digo e vou andando em direção a minha sala. - Por favor, hoje pretendo tirar alguns dos atrasos que o fim do ano nos deixou. Caso alguĂ©m queira falar comigo, avise para deixar recado. E isso incluĂ­ minha mĂŁe, okay? - Digo e Marcella assente.- Ótimo, obrigada. - Digo entrando na minha sala e fechando a porta logo em seguida.
Jogo minha bolsa em cima da mesa e me sento na cadeira. Analiso mais uma vez o envelope na minha mão e por um momento sinto uma sensação estranha enquanto o encaro.
-TĂĄ, vamos acabar com o suspense, Marie.- Digo e pego um extrator de grampos no porta lĂĄpis, passando pela parte colada do envelope.
Abrindo o envelope eu tiro uma folha gravada com a mesma caligrafia que estava no envelope e duas fotos de um garotinho com cabelos e olhos escuros, que eu posso jurar que nunca vi na vida, mas que de certa forma me parece muito familiar . Viro a foto afim de ver se hĂĄ algo escrito atrĂĄs.
“Vincenzo. 24/12/2021”
Era o que dizia em uma das fotos. Nela o garotinho estava sentado prĂłximo ao que parecia ser uma ĂĄrvore de Natal.
Dou uma olhada atrĂĄs da outra fotografia, onde o mesmo menino, aparentemente um pouco mais velho, estava sentado em um tapete cercado de brinquedos.
“Vincenzo. 19/12/2022.”
Me sentindo ainda mais confusa e com a sensação estranha se alastrando pelo peito, pego a carta que eu tinha deixado de lado em cima da mesa e começo a lĂȘ-la.
França, 02 de Janeiro de 2023.
Marie,
Eu nem sei dizer quantas vezes eu pensei em como escreveria para vocĂȘ. VocĂȘ obviamente nĂŁo me conhece, para ser sincera acho que ninguĂ©m do cĂ­rculo de amigos e familiares dele, sequer ouviram falar sobre mim.
Eu sou Cecilia e Ă© o que vocĂȘ precisa saber sobre mim agora, alĂ©m Ă© claro, do que estou prestes a escrever para vocĂȘ a seguir: Eu era noiva de Jules Bianchi.
Sei que isso é estranho e talvez até mesmo inacreditåvel, mas é verdade. Eu e Jules tivemos uma curta, mas apaixonante história de amor. Eu amei Jules e posso afirmar que ele me amou também.
Dois dias antes da morte dele, eu descobri que estava grĂĄvida. Dei a luz a Vincenzo no dia 24 de Dezembro de 2019. Um garotinho saudĂĄvel e forte, muito parecido com Jules.
Eu o amei desde o momento em que soube que ele crescia dentro de mim. Fruto de algo tĂŁo puro e lindo, do meu relacionamento com Jules.
Sei que Ă© muito para vocĂȘ raciocinar agora, mas para que vocĂȘ possa saber que estou te falando a verdade, hĂĄ duas fotos de Vincenzo. Quero que olhe para elas e veja Jules, assim como eu vejo toda vez que olho para o meu filho.
Passei muito tempo querendo escrever para vocĂȘ. Jules Ă  tinha como uma irmĂŁ. Lamento ter escondido isso de vocĂȘ e da famĂ­lia dele tambĂ©m, mas eu tive tanto medo. Medo da rejeição, de ser vista como uma mentirosa. Eu nĂŁo poderia passar por nada disso. Eu sĂł tinha Jules e depois que ele me deixou, nĂŁo havia mais em quem eu pudesse confiar, entĂŁo criei Vincenzo sozinha atĂ© agora, mas nĂŁo acho mais que eu posso fazer isso. Vincenzo tem uma famĂ­lia alĂ©m de mim. E eu preciso que ele cresça sabendo que Ă© amado.
Prometo que irei lhe explicar tudo o que vocĂȘ precisa saber. Por favor, me encontre na cafeteria onde vocĂȘs costumavam se encontrar sempre que vinham juntos para Nice. Dia 18 de Janeiro Ă s 16h.
Cecilia.
Minhas mĂŁos tremem quando eu jogo a carta de volta em cima da mesa.
Mas que porra Ă© essa? Isso Ă© algum tipo de brincadeira doentia?
Pego as duas fotos nas mĂŁos novamente e as encaro, percebendo agora o porquĂȘ de eu achar aquele menino tĂŁo familiar. Era Jules. Aquele garoto Ă© a cĂłpia de Jules.
Mas como isso é possível? Por que Jules nunca nos contou que tinha alguém? Isso não era do feitio dele. Jules sempre foi um livro aberto para nós. Sempre nos contou sobre tudo, assim como nós à ele. Ele não esconderia isso da gente
.certo?
Com a cabeça cheia de dĂșvidas e o coração ainda mais pesado do que nunca, me vi gritando o nome de Marcella e em menos de um minuto, suas madeixas curtas apareceram pelo vĂŁo da porta.
-Sim?- Ela pergunta antes de me encarar por um momento e entrar totalmente na minha sala com uma expressĂŁo preocupada. - VocĂȘ estĂĄ bem, Marie? - Ela diz se ajoelhando ao meu lado.
-Reserve um voo para amanhã de manhã. Preciso ir para França.
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18 de Janeiro de 2023. - Nice, França.
Encaro novamente o relĂłgio pendurado na parede, acima do balcĂŁo da pequena cafeteria. 15h45.
15 minutos. Apenas 15 minutos para que eu pudesse descobrir quem era a Cecilia e o porquĂȘ dela resolver entrar em contato comigo agora, depois de tanto tempo. E por que comigo? Sim eu, Jules e Charles sempre fomos muito prĂłximos, apesar da diferença de idade. Mas por que entrar em contato justo comigo? Se o intuito dela era apresentar o garoto a famĂ­lia de Jules, por que ela nĂŁo entrou em contato com Christine ou Phillipe?
Eu nĂŁo via a famĂ­lia de Jules hĂĄ muito tempo, nem ao menos trocĂĄvamos mensagens. Eu os deixei para trĂĄs quando decidi seguir em frente na ItĂĄlia. Eles foram enterrados junto com meu passado em MĂŽnaco.
O sino em cima da porta de entrada toca, indicando que alguém entrou no recinto. Minha cabeça dispara rapidamente em direção ao som.
E é como se em um minuto, tudo que eu lutei tanto para esquecer e deixar para trås, voltasse com força e sem controle como ondas de um tsunami.
Em pé, a poucos metros de onde estou sentada, meu olhar se cruza com Charles.
Charles. Meu ex namorado que não vejo hå quase quatro anos. A parte que mais dói do meu passado, além da morte de Jules.
Ele estĂĄ diferente. TĂŁo diferente desde a Ășltima vez que eu o vi no funeral de Jules. Desta vez ele nĂŁo estĂĄ trajando o preto do luto, nĂŁo. Ele estĂĄ com roupas casuais, jeans escuro e um moletom verde musgo, com a palavra “FERRARI” estampada em preto. Em seu rosto hĂĄ uma barba por fazer e seus olhos
 porra. Os olhos que da Ășltima vez refletiam tanta desesperança, agora estavam mais vividos, porĂ©m com certos traços de preocupação.
Charles caminha atĂ© onde estou sentada, seus passos rĂĄpidos e largos como se quisesse me encurralar antes que eu fugisse novamente. Ele para a meio metro de distĂąncia, e seu olhar caminha por mim curiosamente. A sua feição Ă© dura mas tambĂ©m coberta de duvidas. Aposto que assim como eu, ele quer entender o porquĂȘ de eu estar aqui.
-Charles
- Sou a primeira a dizer. A voz baixa e incerta. Ele assente devagar. Seu olhar ainda me encarando como se quisesse descobrir todos os segredos que eu obtive durante esses anos em que estivemos longe um do outro.
-O que vocĂȘ estĂĄ fazendo aqui, Marie? - Ele pergunta. Direto, sem rodeios e com determinação. Um tom em que eu jamais esperaria ouvir do Charles que deixei hĂĄ quatro anos. É, ele realmente mudou.
Eu queria poder responder a ele com a mesma intensidade, mas sinceramente, não acho que eu poderia. Hå muita coisa acontecendo aqui e minha cabeça gira com tantas perguntas e emoçÔes. Por que Charles estå aqui? Que porra é essa? Foi ele quem armou tudo isso?
-Isso é algum tipo de brincadeira? Porque se for, eu juro por Deus que não tem graça nenhuma.- Ele diz, seu tom agora åspero.
Eu fico sentada olhando para ele. Totalmente confusa.
Charles passa a mão pelo cabelo, bagunçando ainda mais suas madeixas castanhas. Ele suspira fortemente e fecha os olhos, sua língua passa por seu låbio inferior rapidamente. Ele costumava fazer isso sempre quando sentia raiva ou frustração. Pelo menos isso não mudou.
-O que vocĂȘ estĂĄ fazendo aqui, Charles?- Pergunto e ele abre os olhos, voltando a me encarar.
A mĂŁo de Charles vai atĂ© o bolso traseiro e volta com um envelope idĂȘntico ao que foi deixado para mim no escritĂłrio na ItĂĄlia. A diferença Ă© que eu podia ver que esse foi endereçado a Charles, apenas o nome dele, tambĂ©m sem remetente.
-Me diz por favor, que nĂŁo foi vocĂȘ, Marie. - Meus olhos passam do envelope para o rosto de Charles. Meu olhar demonstrando toda a sinceridade que eu podia quando o respondi:
-Não, não fui eu. - Ele assente com a cabeça, sua expressão se suavizando um pouco. Ele se move e se senta na cadeira vaga a minha frente. Suas mãos vão até o rosto e esfregam.
-Jules tem um filho. - Ele diz.
-Eu sei.- Respondo.
Charles abaixa as mãos e me encara novamente. Dessa vez a expressão de confusão. Antes que ele abra a boca para dizer qualquer outra coisa, eu pego minha bolsa em cima da mesa, abro e retiro o envelope branco de dentro dela. Charles encara a minha mão por um tempo, antes de estender o braço por cima da mesa e pegar o envelope da minha mão.
-VocĂȘ tambĂ©m recebeu. - Ele diz e mesmo nĂŁo sendo uma pergunta e ele nĂŁo olhando para mim, eu faço que sim com a cabeça.
-Parece que ela marcou com nĂłs dois. Creio que seja mais fĂĄcil contar a histĂłria ao mesmo tempo. Assim nĂŁo hĂĄ riscos de errar a versĂŁo. - Digo e o olhar dele passa dos envelopes em cima da mesa para mim.
-VocĂȘ acha que Ă© mentira? Que o garoto nĂŁo Ă© filho de Jules?- Ele pergunta sĂ©rio e eu apenas dou de ombros.
-Eu acredito que possa ser de Jules. SĂł nĂŁo sei o motivo pelo qual ela demorou todo esse tempo e porque escolheu a gente. Obviamente nĂŁo somos as pessoas mais indicadas para mostrar a Vincenzo que ele tem uma famĂ­lia por parte de pai. - Digo e vejo o maxilar de Charles tencionar.
-NĂłs Ă©ramos amigos de Jules. Ele confiava em nĂłs. - Ele diz, mais uma vez sua voz soando ĂĄspera.
-Pelo visto nĂŁo confiava o bastante para nos dizer que se apaixonou. - Digo e imediatamente me arrependo.
Olho para Charles e se fizéssemos parte de um desenho animado, ele teria chamas no olhar.
-VocĂȘ nĂŁo sabe o que aconteceu. VocĂȘ nĂŁo sabe os motivos dele, assim como eu.- Ele diz entre dentes. - NĂŁo duvide das razĂ”es dele. NĂŁo quando ele nĂŁo estĂĄ aqui para se defender.
Durante todos os anos em que eu passei ao lado de Charles, eu nunca o vi com tanta raiva. E se eu nĂŁo o conhecesse ficaria com medo.
Mas vocĂȘ ainda o conhece? Pergunto para mim mesma internamente.
-NĂŁo Ă© o que eu quis dizer.- respondo na defensiva.- Sinto muito, nĂŁo era para soar dessa forma. Óbvio que Jules tinha motivos e iremos descobrir quando CecĂ­lia chegar. - Charles relaxa o maxilar e se ajeita na cadeira.
Olho novamente para o relĂłgio pendurado na parede. 16h10. Ela estĂĄ atrasada. Olho para Charles, um pouco aflita.
-VocĂȘ acha que ela vem? - Ele da de ombros, mas sua mĂŁo vai atĂ© o bolso do moletom e tira um celular.
-Ela estå atrasada.- Ele diz o que eu jå sei. - Mas acho que sim, ela vem.- Charles joga o celular em cima da mesa sem nenhum cuidado. Seus dedos ansiosos brincando com seus anéis.
-Parabéns pelo vice-campeonato, a propósito. - Digo para tentar amenizar um pouco da ansiedade de ambos e ele volta o olhar para mim.
-VocĂȘ acompanhou as corridas ? - Ele perguntou um pouco surpreso.
-Sim.- admito um tanto envergonhada. - Minha secretĂĄria Ă© uma grande fĂŁ de FĂłrmula 1. - Completo, o que nĂŁo Ă© mentira.
Assim como toda italiana, Marcella Ă© uma tifosi assĂ­dua. E mesmo eu querendo deixar tudo que eu conhecia para trĂĄs, eu nĂŁo poderia me esconder de um dos esportes mais amado pelos europeus, ainda mais na ItĂĄlia, a casa da Ferrari.
Charles solta um riso baixo, seu olhar adotando a expressĂŁo de menino travesso. Ah nĂŁo.
-Sua secretåria, hein? - Ele diz com tom zombeteiro e cheio de insinuaçÔes.
-Ah, cale a boca, Leclerc! - Digo tentando soar seria mas falhando quando deixo uma risada escapar.- Eu estou falando sério! Minha secretåria é uma tifosi roxa. Ela não pode calar a boca um minuto sobre a Ferrari e me faz assistir todas as corridas. - Digo e dou de ombros.
-Sim, sim
 E eu aposto que sou o motorista favorito da sua “secretaria”, certo? - Ele diz fazendo aspas com os dedos e com um sorriso presunçoso no rosto.
-Na verdade, ela prefere o Sainz. - Digo e na mesma hora o sorriso dele se transforma em uma careta séria, o que me faz rir.
Logo as covinhas aparecem na bochecha de Charles e meu coração da um pequeno salto ao som da sua risada tipicamente meio falhada e exagerada. Ah como eu gostei de ouvir novamente aquela risada horrível, mas ao mesmo tempo muito fofa.
Naquele momento, mesmo eu odiando admitir, eu percebi o quanto senti falta daquilo. Era um sentimento tão bom do conhecido e de leveza. E mesmo que hå apenas uns minutos atrås eu estivesse duvidando sobre ainda conhecer a pessoa que Charles havia se tornado, eu pude ver que independentemente dos anos e das tragédias que a vida o submeteu desde novo, aquele menino gentil e brincalhão pelo qual eu havia me apaixonado um dia, ainda estava lå. E talvez nunca fosse embora. E eu gostei disso.
Encarando Charles sorrindo, ali sentado na minha frente, me pergunto, por apenas um segundo, se teria sido diferente caso eu não tivesse ido embora. Mas assim como o pensamento veio, eu o afasto. Porque, por mais que eu fique feliz em saber que Charles ainda tinha algo que pra mim era familiar, dentro de si, nós não demos certos antes mesmo da morte de Jules. E duvido que conseguiríamos manter uma boa relação com toda dor e luto que nos cercava. Eu fiz uma boa escolha. Sim, eu fiz o certo.
Deixar MĂŽnaco foi uma das coisas mais difĂ­ceis que eu tive que encarar. Mas isso me fez crescer e me tornou uma mulher forte. Aprendi a lidar com a perda, mesmo que talvez nĂŁo seja da forma mais saudĂĄvel, ainda funcionou para mim. Consegui terminar a faculdade, arrumei o emprego que eu queria e conheci gente nova. Me apaixonei, mesmo que nĂŁo tenha amado como amei Charles, ainda me permiti sentir e tentar a felicidade. Claramente nĂŁo deu certo, mas mesmo assim valeu a experiĂȘncia.
E também posso dizer que Charles conseguiu conquistar o que queria, ou quase tudo. Ele é um dos melhores pilotos de fórmula 1, dirige para a Ferrari, que é o sonho de quase todo esportista do automobilismo. Tem uma carreira de sucesso e é mundialmente conhecido por isso. E mesmo não tendo conseguido o título que tanto anseia, no ano passado, talvez consiga esse ano. Ele é focado, é grato e gentil. O menino de ouro. O predestinado.
Mesmo Charles sendo tão jovem, conseguiu dar à família e amigos tudo o que sonharam. O orgulho de Pascale e se Harvé estivesse vivo, tenho certeza que também estaria orgulhoso do filho que criou. assim como Jules também estaria em ver o progresso de Charles.
E entĂŁo o vazio apareceu de novo. Jules. Eu tento ao mĂĄximo nĂŁo pensar nele. As memĂłrias ainda sĂŁo dolorosas mesmo depois desses anos.
Acho que deixei meus pensamentos refletirem demais, pois Charles que antes ria, agora me encara com um olhar de compaixão. Ele provavelmente pensou em Jules também.
-Eu também sinto falta dele. - ele diz e eu faço um gesto com a cabeça. - E senti sua falta também. - Sua mão se encontra com a minha em cima da mesa.
Não havia segundas intençÔes. Apenas um gesto. Um gesto para afirmar o que saía de sua boca. E doeu. Aquilo doeu no meu coração e na minha alma.
Afasto a mĂŁo rapidamente da dele e encaro a mesa. Charles recolheu as mĂŁos e manteve perto do prĂłprio corpo.
-Eu sei que vocĂȘ nĂŁo me devia nada, Marie. Nem explicaçÔes, nem lealdade. - ele começa, a voz um pouco quebrada fazendo o meu coração apertar. - Mas Jules morreu e vocĂȘ foi embora. Por que vocĂȘ partiu? - Ele pergunta e eu posso ouvir a mĂĄgoa.
Eu queria ter forças para erguer o olhar e dizer Ă  ele enquanto o encarava nos olhos, que tudo que eu fiz foi por medo e por achar que nĂŁo havia mais nada para mim em MĂŽnaco. Que eu ainda o amava mesmo depois dele terminar comigo e que perder Jules para a morte me destruiu, mas saber que perder Charles enquanto estava vivo, sĂł iria me arruinar ainda mais. Eu nĂŁo podia vĂȘ-lo todos os dias e saber que ele nĂŁo pertencia mais a mim. E que cada minuto que eu passasse com o luto e com o coração partido e sem ele, me fazia lembrar que o amor era algo impossĂ­vel para mim. Que eu nĂŁo merecia ser amada. Que nunca haveria ninguĂ©m para me amar.
-Eu precisei ir.- Digo ainda encarando minhas mĂŁos. - NĂŁo espero que vocĂȘ me entenda, nem que me perdoe. AtĂ© porque, nĂŁo estou te pedindo nada disso, Charles. - Minha voz soou firme mas meus olhos ardem.
Respiro fundo e prendo o ar por alguns segundos antes de soltar. Subo meu olhar para encara-lo quando tenho certeza que as lĂĄgrimas nĂŁo descerĂŁo.
-Eu tive que fazer uma escolha e eu a fiz. Eu me escolhi. - falo simplesmente, talvez tentando convencer a mim mesma.
Charles assente com a cabeça e volta a brincar com os anéis em seus dedos. Dessa vez era difícil para ele me encarar.
-Fico feliz em ver quem vocĂȘ se tornou, Marie. E espero que tenha alcançado o que queria quando
- ele para por um segundo, incerto do que dizer- Quando deixou MĂŽnaco. - uma risada gasta deixou seus lĂĄbios. - NĂŁo vou te julgar, atĂ© porque, quando vocĂȘ se foi, jĂĄ nĂŁo Ă©ramos um casal. Mas eu fui um idiota em achar que Ă©ramos amigos.- Ele volta a me encarar. - Fui idiota atĂ© perceber que nĂŁo haveria essa possibilidade entre nĂłs dois sem Jules estar aqui.
Eu queria gritar. Queria levantar e jogar tudo o que havia na minha frente em cima dele. Queria xinga- lo e dizer que ele nĂŁo tinha aquele direito. Mas para ser justa, eu nĂŁo poderia nunca fazer isso. NĂŁo quando eu fui embora, quando fui eu quem deixei o que sobrou de nĂłs trĂȘs. Jules tinha morrido e eu fugido. Quando saĂ­ nĂŁo pensei em Charles e nem em seus sentimentos. Apenas pensei em mim e como eu nunca conseguiria conviver com aquilo.
Eu não me arrependo. Fiz o que achei necessårio e faria novamente. Charles poderia ter precisado de mim, mas eu precisava mais. Precisava sair e me curar. E foi o que eu fiz. Charles ainda tinha amigos e família com quem contar e eu não tinha ninguém. Sem família presente, sem amigo e sem namorado. Charles e eu sentimos o luto é claro, mas nós o sentimos de formas diferentes. Ele havia perdido um amigo e eu havia perdido tudo.
Não havia para quem eu voltar e abraçar ao chegar em casa. Não havia ninguém lå para me dizer que sentia muito pela minha perda e que tudo iria ficar bem. Então eu fui atrås do que eu achei que precisava e consegui. Fui em busca de mim mesma, de uma nova vida, de novas escolhas e oportunidades e eu as encontrei. Eu me encontrei. Claro que abri mão de muito e que o vazio que Jules e Charles haviam deixado, nunca foram preenchidos, mas eu aprendi a lidar e a utilizå-lo a favor de outras coisas e isso bastou, pelo menos por enquanto.
Antes que eu pudesse respondĂȘ-lo, sou interrompida mais uma vez pelo barulho do bendito sino da porta de entrada.
Charles e eu viramos nossa atenção para a porta ao mesmo tempo. Os dois encarando uma mulher loira e magra, que vestia um casaco verde e calça legging. Mas o que mais nos chamou atenção foi o garotinho em seus braços. Ele tinha cerca de 3 ou 4 anos, cabelos escuros, estava deitado com o rosto escondido no pescoço da mulher e sua mãozinha agarrava a gola do casaco dela como se estivesse com medo de que ela fosse embora se ele a soltasse.
Eu e Charles nos levantamos em gestos ensaiados, tudo ao mesmo tempo. Ele parou ao meu lado, sua mĂŁo pousando no meu ombro coberto pelo meu prĂłprio casaco desta vez.
A mulher nos encarou e veio em passos lentos em nossa direção. Quando ela chegou mais perto e parou a cerca de um metro de distùncia de nós eu pude analiså-la.
Seu rosto era fino e perfeitamente simétrico, e mesmo parecendo que não dormia a dias, seus olhos cansados são um tom de castanho esverdeado, muito bonitos. Ela é muito bonita. Seus låbios se abrem em um pequeno sorriso e ali eu pude ver que ela facilmente fazia o tipo de Jules.
-Imagino que vocĂȘs sĂŁo Charles e Marie, certo ? - Ela diz, sua voz era doce e cansada.
Meu olhar passa dela para o garotinho em seus braços e logo depois eles se cruzam com o de Charles. Ele me dizendo através dos olhos , as mesmas coisas que eu estou pensando. Nós voltamos a atenção para a loira à nossa frente e assentimos.
- Ótimo!- Ela pigarreia antes de continuar - Eu sou CecĂ­lia e este rapazinho aqui Ă© Vincenzo. - ela da uma leve balançada no pequeno que aperta ainda mais forte o colarinho do casaco dela. - Filho de Jules.
O aperto de Charles sobre meu ombro fica mais forte e eu engulo em seco. Eu não consigo desviar meus olhos do garotinho e agora mais de perto, eu podia ver seu perfil. Sua bochecha gordinha de criança e seus cílios longos assim como o de Jules.
Cecília se mexe desconfortåvel, seus pés passando o peso de um para o outro e ela ajusta um pouco a posição de Vincenzo em seu colo.
-Sei que vocĂȘs devem ter milhares de perguntas e eu prometo que irei responder a todas elas. Mas antes, vocĂȘs se importam se eu me sentar? Vincenzo Ă© um pouco pesado e vim caminhando com ele nos braços. - Ela diz com um semblante envergonhado.
-Claro que nĂŁo. Por favor. - Charles se aproxima dela e puxa a cadeira em que estava sentado alguns minutos atrĂĄs. CecĂ­lia se senta tomando cuidado para nĂŁo fazer movimentos bruscos e acordar Vincenzo.
Charles aponta para a outra cadeira vaga e eu me sento. Ele da alguns passos atĂ© a mesa ao lado e pega uma cadeira desocupada para que possa se sentar. Assim que os trĂȘs estĂŁo sentados ao redor da mesa, Charles chama a garçonete, que sĂł agora percebo que estĂĄ todo esse tempo nos encarando. A garota ruiva e sorridente, que provavelmente nĂŁo tinha mais de 19 anos, se aproxima com o olhar vidrado em Charles. Provavelmente ela deve ter o reconhecido.
É Charles quem faz os pedidos. Um cappuccino para mim- o que me causa uma sensação no estïżœïżœmago por ele ainda se lembrar-um chĂĄ gelado para si e pergunta a CecĂ­lia o que ela gostaria de beber e ela responde que um cafĂ© seria o suficiente. A ruiva anota os pedidos e pede licença antes de se retirar. Seus olhos ainda grudados em Charles.
Reviro os olhos internamente, mas sei que nĂŁo posso culpa-lĂĄ, afinal nĂŁo deve ser sempre que ela atende alguma figura pĂșblica. Quando costumĂĄvamos vir aqui com Jules, os funcionĂĄrios eram outros e a pequena cafeteria fica em uma rua meio que isolada em Nice, entĂŁo Ă© provĂĄvel que nĂŁo venha muitas pessoas famosas por aqui.
Tiro meu olhar da garçonete e volto para Cecília que jå me encarava atentamente com um pequeno sorriso nos låbios.
-Bem
 - Charles começa. - Por que estamos aqui, CecĂ­lia? Por que somente agora vocĂȘ entrou em contato conosco ? - Ele pergunta se inclinando um pouco mais para frente, seus braços descansando em cima da mesa de madeira.
CecĂ­lia se ajeita na cadeira cuidadosamente e seus olhos se desviam para Vincenzo por apenas um segundo antes de se voltar para nĂłs.
-Eu queria que vocĂȘs conhecessem Vincenzo. Enquanto estava vivo, Jules sempre mencionou vocĂȘs como parte da famĂ­lia dele. Ele amava muito vocĂȘs dois. - Ela diz e eu sinto meu peito apertar.
-Mas por que sĂł agora ? - Eu me pronuncio pela primeira vez. - Sei que vocĂȘ escreveu na carta que estava com medo, mas ainda assim soa estranho vocĂȘ resolver vir nos procurar agora, sem nenhum motivo. - digo tentando manter a minha voz firme.
Cecilia fica em silĂȘncio por alguns segundos como se quisesse formular as prĂłximas palavras com cuidado.
-HĂĄ um motivo. - Ela afirma. - Olha, eu sei que Ă© estranho e garanto a vocĂȘs que nĂŁo estou querendo dinheiro nem nada do tipo. - Seu olhar passa de mim para Charles como se quisesse confirmar a Ășltima parte especificamente para ele. - Eu e Jules nos conhecemos cerca de seis meses antes dele morrer e foi como amor a primeira vista.
-Ele nunca nos contou sobre vocĂȘ. - Charles responde a cortando e ela assente.
-Eu sei que não. Eu pedi para que ele não o fizesse. - Ela diz e eu e Charles nos encaramos confusos antes de voltar nossa atenção para ela.
-Como assim? Por que vocĂȘ pediria isso a ele? - Pergunto achando aquilo estranho.
-Quando conheci Jules, eu estava em um momento complicado da minha vida. - Ela responde e vejo seu semblante se tornar sombrio. - Eu tinha apenas 19 anos e tinha fugido da ItĂĄlia. - A voz dela estremece como se fosse difĂ­cil para ela voltar a mencionar aqueles tempos .
Eu queria poder lhe dizer que nĂŁo era necessĂĄrio que ela nos contasse se nĂŁo estivesse se sentindo confortĂĄvel, mas na verdade era realmente necessĂĄrio que ela o fizesse. Afinal, era para isso que eu e Charles estamos aqui.
Charles assentiu para que ela continue e eu podia sentir a tensĂŁo dele.
-Eu me meti com pessoas erradas na ItĂĄlia.- Ela continua. - Havia um garoto pelo qual eu passei a adolescĂȘncia apaixonada, Paolo era o nome dele. NĂłs Ă©ramos muito jovens e idiotas, sabe ? - CecĂ­lia ri e seus olhos enchem de lĂĄgrimas. - Como todo adolescente, nĂłs nos achĂĄvamos invencĂ­veis, mas nĂŁo Ă©ramos. Quando eu tinha 17 anos, passava a maior parte do tempo em festas e clubes com ele. NĂłs bebĂ­amos e usĂĄvamos drogas, era tudo curtição e felicidade, atĂ© que nĂŁo era mais. Com o tempo a bebida e as drogas deixaram de ser apenas para as festas e começaram a se tornar necessĂĄrias para qualquer coisa. Desde conseguir se concentrar nos estudos, atĂ© para poder levantar da cama. Meus pais, assumiram que Paolo era o culpado pela minha dependĂȘncia e me proibiu de voltar a vĂȘ-lo. Eu obviamente fui contra e eles me fizeram escolher entre uma vida com eles ou a minha ruĂ­na ao lado de Paolo. Eu jovem e burra escolhi o amor e abandonei meus pais sem olhar para trĂĄs. Deixei a vida que tinha para correr atrĂĄs de aventuras com Paolo e ele fez o mesmo, fugindo de casa. Mas acontece que Ă©ramos dois viciados sem casa e sem dinheiro. NĂŁo havia mais a grana que nossos pais nos davam, entĂŁo começamos a nos virar como podĂ­amos. Pequenos roubos e furtos e atĂ© mesmo
 - ela para por um momento. LĂĄgrimas grossas descendo pelo seu rosto.
- Aqui.- Charles estende um guardanapo e ela o pega e limpando o rosto logo em seguida.
-Obrigada. - ela agradece e ele a oferece um meio sorriso.- Até mesmo prostituição. -ela continua e eu sinto meu estÎmago embrulhar. Não era nojo, mas sim pena por imaginar alguém naquela situação. Ao meu lado pude ver que Charles se sentiu tão incomodado quanto eu. Era difícil para ele conseguir se colocar no lugar dela.
Charles cresceu com Ăłtimos pais que faziam de tudo pelos filhos, e por mais que nĂŁo fossem milionĂĄrios na Ă©poca, ainda conseguiam ter e oferecer uma vida confortĂĄvel a eles. E aposto que se qualquer um dos trĂȘs, Charles, Lorenzo ou Arthur, tivessem seguido o caminho errado, Pascale jamais os teria abandonado.
E eu, bem, eu tive sorte. Passei a adolescĂȘncia com Jules e Charles que possuĂ­am uma famĂ­lia estruturada o suficiente para compartilhar comigo, pois meus pais eram ausentes.
Obviamente que eu e Charles tivemos nossa fase rebelde com porres e maconha de vez em quando. Mas Jules, por ser quase dez anos mais velho do que nĂłs, sempre nos manteve na linha como um bom irmĂŁo mais velho. E se ele soubesse que passamos dos limites em festas ou em qualquer outro lugar, oh Deus! Ele pirava.
-Cecilia, sei que Ă© difĂ­cil para vocĂȘ dizer isso, mas acho que Ă© importante para que eu e Charles possamos compreender. - Digo e ela assente.
CecĂ­lia respira fundo duas vezes antes de continuar e Ă© ali que tenho certeza de que a histĂłria sĂł pioraria. Tento me preparar para ouvir o que ela tinha a dizer.
-Eu me prostitui algumas vezes, sem que Paolo soubesse. Havia alguns traficantes que me davam drogas em troca de sexo e como muitas das vezes eu não tinha outra opção, eu aceitava. Mas um dia ele descobriu e aquilo acabou com ele. Com a gente. - As lágrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto. - Paolo enlouqueceu quando descobriu e foi atrás do traficante que eu havia dormido. Ele arrumou uma arma e matou o cara. Ficamos fugindo durante algumas semanas, mas era difícil demais para dois sem teto viciados, conseguir se esconder na Itália. Logo nos acharam e
- ela aperta os olhos e soluça forte.
Eu estico a minha mĂŁo em cima da mesa e pego a mĂŁo de CecĂ­lia. Ali havia muita dor e parte de mim queria se encolher e parar de ouvir, mas eu nĂŁo podia. Passo meus olhos para Charles e ele me encara de volta, seus olhos refletindo uma angĂșstia em estar ouvindo tudo que saia da boca dela. Era surreal demais para ele ouvir tudo aquilo.
-Eles mataram Paolo e acreditaram ter me matado tambĂ©m. Mas por algum milagre eu consegui sobreviver e pedir ajuda em uma igreja. O padre de lĂĄ era amigo dos meus pais e conseguiu uma famĂ­lia em Nice, que estaria disposta a me ajudar. EntĂŁo eu vim para França, passei pela reabilitação e comecei a frequentar as reuniĂ”es para dependentes quĂ­micos. - seus olhos voltam a ficar distantes e eu continuo a segurar sua mĂŁo. - Foi na volta de uma dessas reuniĂ”es que eu conheci Jules e foi ali que eu entendi o motivo de eu ter sobrevivido. NĂłs nos apaixonamos, mas ele tinha uma vida pĂșblica e eu nĂŁo podia me expor pois tinha muito medo que viessem atrĂĄs de mim. Eu contei a Jules o que tinha acontecido e diferente do que eu achei que ele faria, ele me acolheu. Me prometeu que nĂŁo contaria a ninguĂ©m, nem mesmo a vocĂȘs dois, atĂ© que eu estivesse pronta e segura. E ele fez isso. Nos manteve em segredo durante meses. Nos vĂ­amos sempre que ele voltava para Nice, apĂłs as corridas. -Ela termina.
Eu e Charles observamos enquanto Cecília tenta tranquilizar a respiração, seu aperto sobre o corpo adormecido de Vincenzo aumenta como se tivesse medo de que ele sumisse de seus braços a qualquer momento.
Me parte o coração ver toda a sua dor e me faz ter uma perspectiva totalmente diferente de quando eu entrei aqui hoje. Ela amava Vincenzo e isso era nítido, assim como amou Jules. E essa é a parte que mais me dói.
Saber que o motivo pelo qual Jules nunca a citou para nós, seus amigos e família, foi somente para protege-la, fez meu coração pesar e se aquecer ao mesmo tempo. Isso era tão Jules.
Consigo me lembrar que meses antes de morrer, ele realmente passou a frequentar mais sua cidade natal e sempre que o questionåvamos, ele dizia que queria passar um pouco mais de tempo com sua família. Nós até estranhåvamos um pouco, mas Jules sempre teve uma ótima relação com os pais e parentes mais íntimos, o que nos fazia simplesmente deixar para lå e somente aproveitar o tempo que passåvamos juntos antes dele e Charles ter que voltar para as corridas.
-Sinto muito por tudo isso, de verdade, Cecilia.- Charles Ă© o primeiro a dizer apĂłs ela parecer mais calma. - Mas ainda precisamos saber o porquĂȘ de sĂł agora vocĂȘ nos procurar. - Ele diz e eu concordo.
Cecilia assentiu com a cabeça e olhou para Vincenzo em seus braços. A tensão que emanava em si, me fez estremecer, Charles provavelmente percebeu e sua mão se encontra com a minha coxa por baixo da mesa.
-Cerca de dois dias antes da morte de Jules, descobri que estava gråvida de Vincenzo. - Ela diz e eu faço um gesto de compreensão com a cabeça. - Jules estava correndo em Shangai e eu estava apavorada e sozinha aqui.- As lågrimas que haviam cessado voltaram a descer em ondas mais intensas.
Minha mente se teletransporta para 2019, para a Ășltima corrida de Jules. Ele estava tĂŁo contente que conseguiu terminar em sĂ©timo lugar naquele dia. Mas, de uma hora para outra ele sĂł queria voltar para casa e descansar, nem chegando a comemorar com os meninos do grid.
-Eu mandei uma mensagem para ele após a corrida. Disse que precisava que ele viesse o mais råpido possível para Nice, pois algo havia acontecido. - Cecília olha para Charles enquanto dizia.- Então ele me mandou mensagem dizendo que iria pegar o primeiro avião disponível de volta para França.
Conforme CecĂ­lia fala, o aperto de Charles em minha coxa aumenta. Eu olho para ele pelo canto dos olhos e consigo enxergar o momento em que seu pomo de AdĂŁo sobe e desce.
-Então foi por isso que ele saiu tão depressa naquele dia. - A voz de Charles soa baixa. - Ele saiu antes que eu pudesse falar com ele
- Seus olhos enchem de água e sua respiração se torna um pouco instável. Cecília apenas assente e fecha os olhos com força antes de continuar.
-Quando Jules chegou em Nice jĂĄ era de madrugada e estava chovendo muito. Ele tentou pegar um tĂĄxi ou Uber, mas nĂŁo estava conseguindo nenhum dos dois. - Dessa vez sinto minha respiração falhar um pouco enquanto ela continua. - Ele conseguiu alugar um carro em uma agĂȘncia 24 horas que ficava prĂłxima ao aeroporto e me mandou uma mensagem dizendo que chegaria em breve e que eu nĂŁo precisava me preocupar, pois nĂŁo importava o que estivesse acontecendo tudo iria ficar bem e que ele me amava.
Charles levantou abruptamente. Seu rosto adotando um olhar de descrença.
-Foi vocĂȘ
- A voz dele era fraca e acusatĂłria. - Foi por sua causa que ele
 Meu Deus!- Ele se agita e suas mĂŁos passam pelo rosto e por seu cabelo.
-Charles
- Eu tento acalma-lo, mesmo eu também estando ansiosa. - Charles, por favor, senta e tenta se acalmar. - Eu tento pegar em sua mão mas ele recua em um movimento brusco.
-Me acalmar? - Ele se volta para mim. - Foi ela, Marie! - ele diz apontando para Cecília que apenas se encolhe na cadeira e aperta ainda mais Vincenzo que se mexe desconfortável em seu colo. - Ela matou ele! É POR CULPA DELA QUE JULES MORREU! - Ele grita.
Minha respiração se torna difícil e meu coração vai a mil por hora. Na minha frente Cecília soluçava e apertava Vincenzo ainda mais contra seu corpo.
Toda aquela comoção fez com que alguns funcionårios começassem a aparecer e se aproximar a uma distùncia segura da mesa.
-Eu sinto muito, sinto muito- Cecília implora. - Eu juro que nunca quis que isso acontecesse, eu estava com tanto medo e
- Ela para quando escuta o choro baixo de Vincenzo.
A atenção de Charles vai para o garotinho quando percebe que agora ele estå acordado. Ele faz um movimento negativo com a cabeça e sai do café as pressas, batendo a porta com muita força atrås de si. Nós nos assustamos com o barulho e o garotinho chora ainda mais alto. Eu me levanto apressada para ir atrås de Charles mas antes paro e me viro para Cecília.
-Por favor, espere aqui, sim? Vou tentar acalma-lo. Não vå embora. - Digo e ela assente, seu rosto manchado de lågrimas que ainda continuavam caindo e sua respiração acelerada enquanto balançava Vincenzo tentando acalma-lo.
Uma garçonete morena se aproxima com um copo de ågua nas mãos e coloca na frente de Cecília. Eu a agradeço com um gesto e saiu pela porta rapidamente afim de encontrar Charles.
Não demoro muito para encontrå-lo, ele estava em frente a um carro preto. O corpo apoiado ao lado do motorista. Mesmo de longe eu posso ver seu corpo tremendo e ouvir o som de sua respiração desregulada. Vou me aproximando devagar dele, para não assusta-lo.
Quando chego perto o suficiente penso em toca-lo, mas logo o pensamento deixa a minha mente quando percebo que nĂŁo era uma boa ideia.
-Charles
- o chamo baixinho para chamar sua atenção. - Eu sinto muito, mas nós precisamos voltar para lá. Ela-
-Não!- ele exclama.- Por favor, Marie! Não me peça para voltar lå. Ela matou ele! Foi culpa dela! - Ele me encara com os olhos vermelhos e inchados.
Meu coração se aperta mais com a imagem dele assim. Me vejo novamente sendo mandada para o ano da morte de Jules, mais especificamente para o dia de seu funeral.
Eu queria abraçar Charles e dizer que tudo ficaria bem, mas na verdade eu não sabia se ficaria. Jules havia morrido à quase quatro anos e mesmo assim ainda doía toda vez que seu nome era citado. E ouvir hoje de uma estranha, as razÔes pelas quais resultaram em sua morte, não era algo fåcil. Mas havia um motivo pelo qual Cecília quis nos contatar depois de todo esse tempo e nós precisamos saber.
Respiro fundo e resolvo me aproximar mais de Charles. Um de nĂłs tinha que tentar ser racional nesse momento e se tivesse que ser eu, tudo bem. Eu nĂŁo iria voltar para a ItĂĄlia sem uma resposta.
-Charles, eu entendo que é difícil ouvir tudo isso assim, de repente.- minhas mãos vão para o seu rosto. - Eu sei que dói, Charles. Eu também estou sentindo. - Ele fecha os olhos e eu sinto lågrimas rolarem pelo meu rosto. - Mas nós não podemos culpå-la totalmente, Charles. Ela estava com medo e só queria conversar com ele.
-E isso resultou na morte dele. - Ele diz, seus olhos se abrindo e se encontrando com os meus. - Marie, se ela não tivesse feito o que fez, ele estaria aqui agora. Ele estaria vivo e teria conhecido
- A voz dele falha. - Ele teria conhecido o próprio filho. - Ele chora e eu o puxo para um abraço.
Jules morreu sem conhecer o filho. Jules morreu sem saber que teria um filho. Jules morreu no escuro sem saber o que Ă© que estava acontecendo com CecĂ­lia. Jules morreu sozinho e preocupado e nada que possamos fazer irĂĄ trazĂȘ-lo de volta. Ele morreu. Acabou. Mas eu e Charles ainda estamos aqui.
-Jules morreu sem conhecer o filho, mas nĂłs ainda estamos aqui e podemos fazer isso por ele. - eu digo e ele me aperta mais. - NĂłs ainda estamos aqui, Charles. E podemos fazer isso. - Ele quebra o abraço e me encara com o rosto cheio de mĂĄgoas. Eu afirmo com a cabeça. - NĂłs precisamos entrar lĂĄ. Juntos. - ele olha para os pĂ©s. - Charles, eu preciso que vocĂȘ entre lĂĄ comigo, pois eu nĂŁo posso fazer isso sozinha. - Seus olhos voltam para mim e ele entende que eu utilizei as mesmas palavras que ele hĂĄ alguns anos.- Por favor, Charles. Eu nĂŁo quero fazer isso sozinha. NĂŁo posso. - Ele assente e eu pego sua mĂŁo e o arrasto lentamente de volta atĂ© a cafeteria.
Quando entramos pela porta meus olhos se encontram com os de Cecília. Afirmo com a cabeça para lhe dizer que estå tudo bem e ela assente em compreensão. Olho para Charles que a encara sem expressão. Seu olhar estå gélido, totalmente diferente do que um dia eu cheguei a conhecer.
Ainda segurando a mão de Charles, caminho em direção a mesa onde ela nos espera desconfortåvel. Percebo que Vincenzo não estava mais em seu colo e sinto uma preocupação momentùnea que logo passa quando o vejo brincando de costas em uma outra mesa com a mesma garçonete ruiva que havia nos atendido.
Nos sentamos em nossas cadeiras e vejo que os nossos pedidos estão postos em cima da mesa. Sinto meu estîmago embrulhar só de olhar para o Cappuccino na minha frente. Dou uma ligeira olhada ao redor e percebo os funcionários tentando desviar o olhar de onde estamos. Faço uma anotação mental em “resolver” esse problema para que não saia daqui quando formos embora.
-Apenas diga logo o que vocĂȘ quer. - Charles quebra o silĂȘncio, seus olhos ainda encarando CecĂ­lia que assente e engole em seco.
-Eu entendo a raiva de vocĂȘs e sei que nĂŁo tenho o direito de pedir o que irei pedir. - Ela diz e minha audição aguça. - Eu convivo com a culpa a anos. Seja por Paolo ou por Jules, a culpa e o remorso me acompanham por onde quer que eu vĂĄ. NĂŁo importa o que eu tente fazer, sempre estĂŁo lĂĄ. - Ela olha para as mĂŁos. - Ano passado eu tive uma recaĂ­da. - Ela diz. - Usei heroĂ­na, foi uma vez, mas usei. Depois de anos resistindo e nem chegando perto de drogas, eu deixei a minha mente de merda cair no buraco e me piquei. - Ela solta um riso desesperado e seus olhos enchem de ĂĄgua.
Meu corpo gela e Charles solta um barulho de escĂĄrnio ao meu lado. Quando ele abre a boca para falar algo CecĂ­lia o corta.
-Sim, eu sei que sou uma puta e que mereço a pior merda que a vida reservar para mim. Mas é essa a questão. Eu mereço as coisas ruins, mas meu filho não. - Ela diz firme nos encarando séria. - Eu preciso que Vincenzo tenha uma vida boa e decente. Preciso ter certeza que ele crescerå sendo amado e que nunca irå faltar nada a ele. - Ela desvia o olhar por um momento até a mesa onde Vincenzo brincava animado com a garçonete e logo depois volta a atenção para nós.
Cecília respira fundo e se inclina mais para frente. Eu podia jurar que ela seria capaz de pedir qualquer coisa naquele momento. Dinheiro, uma casa em um lugar distante da cidade, um período na reabilitação, qualquer coisa.
-Eu nĂŁo posso mais cuidar de Vincenzo.- Ela afirma, seu tom exalando amargura.- Eu prometi a Jules que faria de tudo para que ele fosse diferente de mim. E Ă© por isso que procurei vocĂȘs depois de todos esses anos.
Minha cabeça gira. Ela estĂĄ pedindo para 
? NĂŁo, nĂŁo Ă© possĂ­vel.
-O que vocĂȘ quer dizer com isso ? - Charles pergunta aflito.
CecĂ­lia limpa as lĂĄgrimas do rosto com a mĂŁo, pisca algumas vez e adota um olhar decidido, um olhar que eu conhecia bem. O mesmo olhar que deu a mim mesma no espelho quando decidi deixar MĂŽnaco. De repente eu me sinto apavorada, pois minhas suspeitas sĂŁo confirmadas.
-Ela quer que nĂłs cuidemos de Vincenzo. - Eu digo.
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sonhosdeescritor · 2 years ago
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               Suzana guarda as roupas na gaveta, EugĂȘnia passara as roupas durante a noite, agora ela ali estica os lençóis na cama dos 3 filhos do sr Eduardo, um viĂșvo de 43 anos com filhos de 15, 12, 10 anos.      - O judiação, sĂł de ver essas fotos me dĂĄ uma tristeza que sĂł.     Ela limpa o porta retrato colocando de volta no criado, neste a falecida com marido e filhos, tem 6 meses que ela se fora deste mundo.    Jaqueline entra ali, chama a mulher para ajuda-la, jĂĄ que os peĂ”es trouxera dois porcos para serem limpos e cortados.    - Eita que povo apressado de meu Deus.    Deste jeito Suzana fecha o quarto, corre junto de Jaqueline pelo corredor de 12 peças, sendo 8 quartos, 2 salas e 2 banheiros sĂł ali, do outro lado da grande sala, outro corredor com 3 quartos pequenos, cozinha, lavanderia, biblioteca e escritĂłrio.    Na cozinha, Ademar termina de colocar as buchadas na bacia, Jaqueline jĂĄ deixara 4 panelas grandes ao fogo na linha, do outro lado Percival ja vai jogando ĂĄgua fervente no porco e Suzana passa a faca afiada retirando todo pĂȘlo do bicho, em quase uma hora, tudo cortado e limpo, colocados em porçÔes nos sacos plĂĄsticos e destinados aos freezer's da fazenda.    Sim, estamos na fazenda SĂŁo Luiz, a uns 30 km de BataguassĂș M S, seu Eduardo herdara esta e outras 3 sendo duas no M S, perto dali e uma no ParĂĄ.    Seu Lourenço entra ali de botas de cano olha para os peĂ”es e os manda para o pasto, tem gado a ser cuidado e logo chega o caminhĂŁo para embarcar 15 cabeças, vĂŁo para o frigo da famĂ­lia.    Juliana chega neste momento ao lado de um rapaz.    - Onde esta meu tio?    - Bom dia dona Juliana.    - Bom dia gente.    - E o moço, seu namorado?    - Quer sempre saber demais nĂ© Suzana, vĂĄ chamar meu tio.    - TĂŽ indo.    Suzana sai dali seguindo para o escritĂłrio, logo vem com o Eduardo.    - O que houve Juliana?    - Bom dia tia.    - Bom dia.    - Trouxe o AndrĂ©, ele terminou a administração com foco em agronegĂłcio.    - Sei, tua mĂŁe me ligou dizendo, vamos para o escritĂłrio.    - Sim tio.   Eles seguem para o escritĂłrio e Suzana olha para a moça com certa raiva.    - Oh menina chata, nĂŁo desce deste salto infeliz nunca.    No escritĂłrio Eduardo conversa com eles e nisto faz uma entrevista com AndrĂ©, 23 anos, alto, magro, filho de gente conhecida na cidade, teve pai vereador mais ultimamente estĂŁo decaindo no que diz respeito ao financeiro.    - Vamos ver, vocĂȘ começa amanhĂŁ, te quero aqui ĂĄs sete e trinta, nĂŁo tolero atrasos.    - NĂŁo terĂĄ seu Eduardo.    - Certo.    Juliana olha ali atrĂĄs do tio, as telas onde passam o rotineiro da fazenda inclusive da cozinha.   - É tio, ainda tem essa mania de ver tudo?   - O olho do dono que engorda seus bois.   - Sei, meu pai tambĂ©m diz o mesmo.   - Tem de dizer, afinal ele aprendeu com quem mesmo?   - Com o senhor tio.   Os jovens vĂŁo saindo quando Eduardo chama atenção de Juliana.   - Olha minha sobrinha, nĂŁo quero que trate as empregadas ou empregados mau, tenha respeito e os trate bem.   - Me desculpe tio.   - Se sabe que vou chamar tua atenção, por que insiste hein?   O almoço Ă© bem farto em bistecas, macarrĂŁo, arroz, feijĂŁo, saladas, mais os garotos nĂŁo ficam um dia sem comer ovo frito feito por Suzana.   - Nossa, muito bom Suzana, obrigado.   - Oras, o que vocĂȘs quiserem, eu sempre vou fazer.   - VocĂȘ Ă© uma fada na cozinha, Ă© o que sempre a mĂŁe dizia.   O silĂȘncio fica ali e Eduardo o corta chamando os garotos para a sala onde vĂŁo jogar um pouco de games.   As mulheres lavam tudo e Jaqueline leva as sobras e restos ao chiqueiro dos porcos e deixa algum para as galinhas.   Esta vindo o natal, Eduardo prepara tudo com ajuda do gerente Sandro para que ele possa se ausentar por duas semanas com os garotos, vĂŁo para a Argentina visitar a vĂł deles por parte de mĂŁe.   - Pode deixar patrĂŁo, vou tomar conta de tudo.   - Sei que vai, fique de olho naquele AndrĂ©, reveja os documentos quando ele for.   - Sim, farei isso.   - Qualquer dĂșvida, ligue para o Neto o advogado, ele saberĂĄ o que tem de ser feito.   - Sim sr.   A fazenda continua sendo gerida como se o senhor Eduardo estivesse, Sandro toma conta de tudo, ordena os peĂ”es e atende aos pedidos das empregadas, por rĂĄdio amador ele controla as outras fazendas e quando AndrĂ© vai embora ele entra no escritĂłrio e toma nota de tudo ali, tirando fotos e faz vĂ­deos que sĂŁo enviados ao senhor Eduardo toda noite no mesmo horĂĄrio.    As semanas passam e numa sexta chega o aviĂŁo, desce os garotos e o pai trazendo uma companhia.   - Oi seu Eduardo fez boa viagem?   - Sim Suzana e vocĂȘs?   - Tudo bem por aqui senhor.   - essa aqui Ă© a Regina, prima da minha falecida esposa, ela vai ficar com a gente.   - Prazer dona Regina.   - OlĂĄ, vocĂȘ Ă© Suzana?   - Sim.  Todos ali aposentados, os garotos correm para os quartos e Regina olha a casa da fazenda em seus detalhes atĂ© que Jaqueline.   - Oi dona Regina.   - Jaqueline vocĂȘ nĂŁo?   - Sim dona Regina.   - Hoje teremos frango assado, milho e arroz grego.   - Bom, sĂł que eu nĂŁo como carnes.   - De nenhum tipo?   - NĂŁo, pode fazer salada e legumes na grelha?   - Faremos sim dona Regina.   Na cozinha assim que Jaqueline conta as novidades e o pedido para Suzana.   - Sabia, essa galega vai ser o inferno.   - Olha quem esta falando, sempre puxou o saco desta gente.   - Preciso do trabalho, vocĂȘ tambĂ©m, mais vĂĄ escrevendo, trouxe essa daĂ­ para fazer da nossa vida um martirĂ­o.   - Pois Ă©, vocĂȘ vĂȘ, os meninos comem de tudo, seu Eduardo nunca reclamou.   - Mais Ă© sempre assim, pobre tem que se lascar, sempre.   - E entĂŁo?   - EntĂŁo o quĂȘ mulher, a gente Ă© funcionĂĄrio tem que fazer o que a dondoca manda e pronto.   - Pois vamos nĂ©.   - Prepare a grelha, vou cortar os legumes.   - Eita mulher enjoada da gota.
                  260423................. FIM.
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lacharapita · 8 months ago
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BLOW-UP
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Enzo Vogrincic x reader
Smut - diferença de idade [loba 19 - Enzo 30], oral sex, sexo sem proteção [NÃOOOOOOOOO!], Enzo babaquinha, perda de virgindade, Enzo fotógrafo canalha, vintage just for the vibes desse homem nessas fotos que parecem direto de um filme dos anos 60/70
N.A - Lobas do meu heart, essa coisinha aqui se passa em Londres, 1967đŸ’„đŸ—ŁïžđŸ™ŒđŸ˜. Totalmente inspirado na vibe de Blow-up, um filme de 1967 que eu recomendo muito [tem no youtube]‌‌. NĂŁo sou acostumada a escrever coisa com diferença de idade porĂ©m nesse contexto eu achei que ficaria mais delicinha de ler ;) escrevi essa aqui inteira ouvindo o ĂĄlbum Come Dance With Me do divo Frank Sinatra, vou deixar aqui [onde tĂĄ em negrito] pra caso vcs queiram ler ouvindo tbm😍 Beijocas
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Londres, 1967.
EstĂșdio de fotografia E. Vogrincic
— Sentada seminua no chĂŁo, nitidamente incomodada com o atraso do fotĂłgrafo uruguaio, vocĂȘ bufava enquanto olhava para o ambiente ao seu redor, admirando todas as fotografias mal coladas nas paredes pintadas em diferentes cores. O moço simpĂĄtico vestido em roupas casuais apareceu em seu campo de vista dizendo em tom baixo que o Senhor Vogrincic havia chegado e pedindo desculpas pelo atraso. Logo um homem alto de cabelos pretos vestindo uma camisa azul e calças da mesma cor — em tons diferentes — entra na sala em que vocĂȘ estava, caminhando apressadamente atĂ© a cĂąmera que estava em um tripĂ© em frente ao cenĂĄrio em que as fotos seriam tiradas.
– "Venha! O que faz parada aĂ­?"– Ele diz rude, vocĂȘ apenas caminha atĂ© a frente da cĂąmera, optando por ignorar a forma como ele falava. O vestido de tecido preto transparente que mostrava as peças Ă­ntimas por baixo se movia conforme seus passos e quando parou em frente a cĂąmera viu o rosto do fotĂłgrafo se contorcer em Ăłdio. – "Tira."– VocĂȘ o encarou em confusĂŁo. – "No anĂșncio estava claro. Nua. O vestido e mais nada."– É claro que sim. Cabeça de vento! Suas bochechas ficaram mais rosadas ainda e vocĂȘ, quase em um sussurro, pediu desculpas pelo ocorrido. Levou as mĂŁos atĂ© o feixe do sutiĂŁ branco sem alças e retirou ele do seu corpo, em seguida vocĂȘ tinha sua calcinha deslizando pelas pernas atĂ© formarem uma pequena poça em seus pĂ©s. E como se jĂĄ nĂŁo bastasse o enorme constrangimento de ter o homem brigando com vocĂȘ, teve que lidar com o olhar irĂŽnico dele quando viu o tecido da calcinha com um ponto molhado brilhante.
          — A sessĂŁo de fotos durou mais de uma hora, o fotĂłgrafo uruguaio era extremamente exigente com cada pose sua, cada expressĂŁo, tudo. Agora, nas Ășltimas fotos, vocĂȘ estava deitada no chĂŁo, Enzo estava prĂłximo de vocĂȘ, parado em sua frente com a cĂąmera apontada para o seu rosto enquanto ele sussurrava palavras de elogios a cada flash da cĂąmera. Quando ele finalmente colocou a cĂąmera sobre a mesa cheia de bagunças e segurou sua mĂŁo para te ajudar a levantar, ele falou com vocĂȘ.
          – "Me desculpe pela forma como falei com vocĂȘ antes."– VocĂȘ acenou com a cabeça.– "Aceita uma taça de vinho como forma de desculpa?"– VocĂȘ sorriu e um "sim" baixo escapou de seus lĂĄbios, observando quando ele chamou o rapaz que estava com vocĂȘ anteriormente e pedindo pela garrafa de vinho e duas taças.
          – "Eu posso?"– VocĂȘ apontou para suas peças de roupa Ă­ntima colocadas em um cantinho da sala. Enzo riu e balançou a cabeça.
          – "Eu preferia vocĂȘ assim, mas claro nena, as fotos jĂĄ foram tiradas de qualquer jeito."– VocĂȘ soltou um riso tĂ­mido, caminhando atĂ© as peças e vestindo-as lentamente enquanto encarava Vogrincic. A forma como ele lambia os lĂĄbios enquanto vocĂȘ vestia a calcinha branca te deixava desnorteada -tĂŁo desnorteada que atĂ© do seu sutiĂŁ vocĂȘ esqueceu-, o olhar dele era carregado de tesĂŁo, sem brilho nenhum e com pupilas dilatadas. VocĂȘ continuou observando quando ele puxou duas cadeiras para a frente da mesinha branca e deixou duas batidinhas em uma delas, indicando onde vocĂȘ deveria se sentar.
          – "SĂŁo fotos para a Biba? O vestido Ă© de lĂĄ."– VocĂȘ disse enquanto tomava seu caminho para a cadeira e se sentava em frente ao uruguaio.
          – "SĂŁo sim, nova coleção deles. Acredito que atĂ© amanhĂŁ de manhĂŁ eu jĂĄ consiga revelar as fotos, vocĂȘ tem algum telefone que eu possa ligar? Para vocĂȘ poder ver elas, claro."– VocĂȘ acenou com a cabeça sorrindo, pegou a caderneta e anotou o nĂșmero de telefone da sua casa enquanto Enzo servia o vinho chileno nas taças. VocĂȘ empurrou o papel na direção dele e aproveitou a deixa para pegar a taça com vinho e levĂĄ-la atĂ© os lĂĄbios. Vogrincic se remexeu na cadeira, observando seus lĂĄbios avermelhados pelo vinho e pensando no gosto que eles teriam. – "Isso vai soar indelicado, mas, quantos anos vocĂȘ tem, hermosa?"– VocĂȘ engoliu seco com a pergunta repentina dele, mas acenou negativamente.
          – "Olha, acabei de fazer dezenove anos, tĂŽ tentando juntar uma grana para sair da casa dos meus pais porque eles sĂŁo difĂ­ceis de lidar sabe? Meu Deus!"– VocĂȘ passou as mĂŁos no rosto apĂłs deixar a taça de vinho sobre a mesa.– "Eles nem sabem que eu tĂŽ aqui, disse que estava indo para a casa de uma amiga da igreja."– O uruguaio riu baixo com sua preocupação, mas parou quando percebeu que talvez estivesse sendo grosseiro.
          – "Por que eles sĂŁo "difĂ­ceis"?"– Ele perguntou, tomando o Ășltimo gole de sua taça enquanto te olhava fixamente.
          – "Religiosos. Queimaram todos os meus discos dos Stones e do The Who porque era "mĂșsica de satĂŁ"."– VocĂȘ se lembrou do dia e da vontade que teve de colocar fogo na casa. Quando a mente voltou Ă  realidade vocĂȘ pode ver Enzo sentado na cadeira, as pernas razoavelmente abertas enquanto ele buscava um cigarro na carteira sobre a mesa e logo o levava aos lĂĄbios.
          – "Que pecado!"– Ele deu uma pausa enquanto acendia o cigarro. – "Tenho um quarto sobrando no meu apartamento. Eu te uso de modelo para as fotos e vocĂȘ pode ficar lĂĄ se quiser."– VocĂȘ suspirou olhando para ele, era um homem de no mĂĄximo trinta anos, solteiro, elegante, era lindo, fotĂłgrafo e estava arruinando sua calcinha com cada palavra que dizia. Ele observou bem quando vocĂȘ pressionou as coxas uma na outra e fechou os olhos com força. – "Desculpa amor, eu tĂŽ te deixando nervosa?"– Ele inclinou o tronco para ficar mais prĂłximo de vocĂȘ. Estava acenando negativamente com a cabeça, mas seu corpo te entregava em cada mĂ­nimo detalhe, fosse nos biquinhos duros de seus seios que o tecido preto transparente mostrava ou na perna inquieta que batia repetidamente contra o chĂŁo. A mĂŁo dele que nĂŁo segurava o cigarro deixou um carinho em seu joelho esquerdo, subindo a pontinha dos dedos pela coxa atĂ© chegar na barrinha do vestido. Inconsistentemente vocĂȘ afastou as pernas uma da outra quando os dedos dele ameaçaram tocar o interior das suas coxas e ele riu. – "O que vocĂȘ quer que eu faça, amor?"– Seu rosto queimou com as palavras dele, a mente viajando nas inĂșmeras coisas que vocĂȘ queria que ele fizesse com vocĂȘ naquele estĂșdio. Colocando o cigarro entre os lĂĄbios ele levou Ă s duas mĂŁos livres para baixo do vestido que vocĂȘ usava, segurando a barrinha da calcinha de algodĂŁo e puxando ela por suas pernas atĂ© que estivesse nas mĂŁos dele e entĂŁo no bolso da calça azul que vestia. – "O gato comeu sua lĂ­ngua, chiquita?"– Nem uma Ășnica palavra saiu da sua boca. VocĂȘ jĂĄ estava burrinha e ele mal tinha tocado em vocĂȘ. – "Tudo bem entĂŁo! Vamos fazer assim, eu vou chupar vocĂȘ e depois vou te comer em cima dessa mesa atĂ© minha porra vazar de vocĂȘ, ok?"– VocĂȘ sĂł podia acenar com a cabeça enquanto olhava Enzo se ajoelhar no chĂŁo na sua frente, o cigarro jĂĄ esquecido no cinzeiro. Uma das mĂŁos dele ergueu sua perna direita e a colocou sobre seu ombro, logo os lĂĄbios deles sugavam lentamente o pontinho nervoso e inchado na sua buceta, o buraquinho apertado jĂĄ escorria enquanto ele movia a lĂ­ngua em dezenas de formas diferentes, fazendo vocĂȘ levar uma das mĂŁos para agarrar os cabelos escuros dele enquanto deitava a cabeça para trĂĄs, concentrada no prazer que recebia. Os gemidos que saiam de seus lĂĄbios eram de fato os de quem sente aquela sensação pela primeira vez, Enzo sabia que vocĂȘ era virgem sĂł pela forma que vocĂȘ tremia sobre o toque dele, cada pontinha de dedo ou lĂ­ngua que te tocava um gemido fugia de vocĂȘ e todo seu corpo se arrepiava. VocĂȘ gemia manhosa, toda molinha com o uruguaio entre suas pernas que sorria contra sua buceta quente quando sentia vocĂȘ se remexendo na cadeira. A lĂ­ngua dele brincava em espirais com o pontinho inchado e ocasionalmente descia atĂ© que - lentamente - penetrava a lĂ­ngua no buraquinho apertado que mais tarde estaria dolorido e vazando. Enzo gemeu contra vocĂȘ quando a mente dele projetou a imagem de vocĂȘ deitada sobre a mesa com as pernas abertas e a bucetinha vazando a porra dele. A calça dele ficou mais apertada, a forma da ereção claramente marcada no tecido azul. Enzo nĂŁo resistiu a levar uma das mĂŁos atĂ© o prĂłprio pau e deixar um aperto firme sobre ele, maneira frustrada de aliviar a pressĂŁo na regiĂŁo. Quando seu aperto nos fios de cabelo dele ficaram mais crus e vocĂȘ nĂŁo teve medo de atĂ© mesmo puxar ou empurrar a cabeça dele, buscando o prĂłprio ĂȘxtase, ele riu, agarrando suas coxas com mais força. – "Vai gozar, chiquita?"– VocĂȘ choramingava tentando dar uma resposta afirmativa para ele, porĂ©m as palavras eram sempre interrompidas pelos gemidos que ele fazia deixarem sua boca. A lĂ­ngua deixou uma Ășltima forma no clĂ­toris inchado antes de vocĂȘ se derreter na boca dele, puxando o cabelo e gemendo mais alto do que antes, esquecendo completamente do menino que havia atendido vocĂȘ quando chegou aqui. A pele estava brilhante e Ășmida, os lĂĄbios avermelhados, a boca seca e os olhos marejados no prazer que o uruguaio tinha te proporcionado de maneira tĂŁo intensa.
Quando ele tirou o rosto de entre suas pernas vocĂȘ pode ver a forma como os lĂĄbios e queixo de estavam encharcados, o sorriso presunçoso e arrogante sempre em seus lĂĄbios enquanto ele segurava seu corpo com cuidado, apimentando beijos no interior de suas coxas antes de te segurar e colocar sobre a mesa bagunçada. Seus olhos nĂŁo podiam deixar de encarar Vogrincic, observando o momento em que ele desafivelava o cinto e puxava o zĂ­per da calça atĂ© que a ereção firme finalmente pudesse estar livre. – "VocĂȘ vĂȘ? VĂȘ o que fez comigo, amor?"– Vogrincic afastou suas pernas para poder se colocar entre elas, a mĂŁo direita serpenteou entre suas coxas e dois dos dedos longos tocaram o buraquinho quente antes de se forçarem suavemente para dentro dele. VocĂȘ gemeu alto com a sensação ardente de algo dentro de vocĂȘ pela primeira vez, sentindo como os dedos te esticavam enquanto a sua mĂŁo descia pelo tronco de Enzo atĂ© se enrolar no pau firme e vazando, vocĂȘ mantinha movimentos leves de vai e vem, mas os dedos dele dentro de vocĂȘ nĂŁo se mexiam, entĂŁo quase que involuntariamente seu quadril se torceu para frente, tentando tirar algum movimento do uruguaio. – "Eu estava esperando vocĂȘ se acostumar, mas pelo visto vocĂȘ nĂŁo se importa muito com isso, perrita."– Um suspiro fugiu de vocĂȘ quando os dedos dele começaram a entrar e sair de dentro do buraquinho, tocando todos os pontos mais sensĂ­veis dentro de vocĂȘ, te fazendo atĂ© perder a coordenação dos movimentos que fazia na ereção pulsante dele. Durou pouco, Vogrincic estava impaciente e tudo que queria era te ver babando sem conseguir dizer uma Ășnica palavra enquanto ele te fodia nessa mesa. Ele tirou sua mĂŁo de seu pau e lentamente puxou os dedos para fora de vocĂȘ antes de se aproximar mais para finalmente encaixar a cabecinha do pau e entĂŁo se empurrar cuidadosamente para dentro de vocĂȘ, observando cada reação sua para ter certeza de que estava tudo bem. Suas mĂŁos agarraram os ombros largos do uruguaio com força, a dor que sentia era pouca, mas a pressĂŁo te incomodava, pediu quase que em um sussurro para que ele se movesse e entĂŁo ele fez, empurrando lentamente para dentro e para fora de vocĂȘ. Os braços dele te seguraram quando inclinaram um pouco seu corpo para ter uma posição mais confortĂĄvel, segurando firme no baixo de suas costas e em uma de suas coxas, indicando silenciosamente para vocĂȘ enrolar as coxas ao redor do corpo dele. O rosto dele estava quase colado ao seu ouvido, podia ouvir cada som que saia daquela boca bonita e as respiraçÔes pesadas que fugiam pelas narinas, tinha os olhos fechados com força enquanto tentava se manter em sĂŁ consciĂȘncia para nĂŁo acelerar muito os prĂłprios movimentos. A sensação de estar dentro de vocĂȘ era esmagadora, apertava ele como se estivesse espremendo o suco de uma laranja inteira, quase como se quisesse que ele ficasse ali dentro para sempre. Os sons que saiam de vocĂȘ estavam deixando ele ainda mais fora de si, ouvindo tudo atenciosamente e sabendo que lembraria daquele momento por muitos anos. Seu corpo estava suado, brilhando pela umidade causada pelo calor que sentia com a forma como o corpo de Enzo se chocava contra o seu. Quando a sensação de ardĂȘncia passou vocĂȘ deixou uma batidinha com os pĂ©s nas costas do moreno, informação que ele nĂŁo demorou para pegar, levantou o rosto de seu ombro e sorriu para vocĂȘ, ele era tĂŁo cafajeste que chegava a irritar. – "JĂĄ posso te foder, nena?– VocĂȘ choramingou acenando com a cabeça, mas aquilo nĂŁo era suficiente para ele, claro que nĂŁo, ele queria palavras.
– "Sim... Señor Vogrincic, por favor."– VocĂȘ queria morrer com a forma como se humilhava por aquele homem enquanto ele te olhava com aqueles olhos de coitado e um sorriso perfeito nos lĂĄbios.
– "Señor Vogrincic, hm? Gostei disso, chiquita."– Ele riu antes de começar a se empurrar para dentro de vocĂȘ com mais força, esticando vocĂȘ e te fazendo gemer gradualmente mais alto. As pernas se enrolaram no corpo de Enzo com mais força, seus olhos se fecharam e vocĂȘ sĂł pode aproveitar aquela sensação gritante da forma como ele entrava e saia de vocĂȘ. A mĂŁo dele que segurava uma de suas coxas subiu pelo seu corpo atĂ© que chegasse sobre seus seios e, por cima do vestido, apertou um deles com força, as pontas dos dedos dando uma atenção especial para o mamilo rĂ­gido e dolorido. Os olhos castanhos escuros nĂŁo desviavam de seu rosto, observavam a forma como seus lĂĄbios ficaram vermelhos depois de tanto mordĂȘ-los, nas bochechas coradas e pele brilhante alĂ©m dos fios de cabelo fora do lugar. NĂŁo demorou para ele selar os lĂĄbios de vocĂȘs, engolindo seus gemidos e sentindo como sua boca era macia. VocĂȘ sentia o gosto do vinho misturado com o cigarro que ele havia fumado a pouco, suspirava contra os lĂĄbios dele toda vez que sentia ele se empurrando totalmente para dentro de vocĂȘ. Seu Ăștero se contorcia dentro de vocĂȘ, seu corpo recebia uma carga de prazer enorme que nĂŁo estava acostumado, tremia-se inteira com cada toque do fotĂłgrafo uruguaio. O barulho que seus corpos faziam ao se chocar era totalmente cru e nu, sem nenhum tipo de efeito, era puro erotismo - atĂ© demais -. Os gemidos dele ficaram mais graves e altos, vocĂȘ sentiu que ele nĂŁo demoraria para te encher com tudo que podia, mas tambĂ©m mĂŁos estava diferente, o corpo suado, ofegante e os gemidos chorosos indicavam seu prĂłprio ĂȘxtase. A sensibilidade aumentou quando sentiu as pontinhas dos dedos dele esfregarem suavemente o pontinho de nervos inchado, seus lĂĄbios deixaram um soluço manhoso e sentindo que seu corpo nĂŁo poderia aguentar mais prazer, agarrou o tronco de Enzo com as mĂŁos com força. – "Goza, nena."– E assim vocĂȘ fez. Atravessou todo aquele caminho e no final de jogou daquele penhasco de prazer que estava sobre, sentindo a forma como seu corpo derreteu na mesa branca enquanto Vogrincic continuava procurando a prĂłpria queda. Gemeu alto quando sua porra começou a te encher, nĂŁo parando os movimentos na intenção de prolongar a sensação avassaladora que o atravessava. Se retirou de dentro de vocĂȘ com um choro profundo, observando atentamente a forma como sua prĂłpria liberação vazava de vocĂȘ como Ă s Cataratas de NicarĂĄgua. Se aproximando de vocĂȘ novamente, abaixou a cabeça atĂ© que ficasse prĂłxima de seu ouvido e levou uma das mĂŁos atĂ© a cĂąmera sobre a mesa. – "Eu vou tirar uma foto disso, me permite?"– Ele era tĂŁo convincente e sua cabeça estava tĂŁo vazia que vocĂȘ sĂł conseguiu acenar positivamente, abrindo mais as pernas para ele ter uma vista melhor. O flash da cĂąmera surgiu por poucos segundos e naquele momento Enzo tinha o foco totalmente em vocĂȘ. A melhor foto que ele jĂĄ havia feito em toda sua carreira, mas sĂł poderia ser vista por ele.
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bicofinosemsalto · 2 years ago
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TĂŽ grĂĄvida, e agora?
Maternidade, a dor e a delĂ­cia da outra versĂŁo de vocĂȘ mesma.
NĂŁo Ă© segredo pra ninguĂ©m (que me conhece) que nunca tive o sonho da maternidade. Desde muito nova dizia que nĂŁo me casaria na igreja e muito menos teria filhos. Pois bem, posterguei, posterguei ... me envolvi e, depois de mais de 10 anos juntos, jĂĄ por volta dos 35 anos bateu a dĂșvida.
Como tomava contraceptivos hå muito, muuuuuuuito tempo, os médicos com quem me consultei diziam que não engravidaria tão råpido. Parei o anticoncepcional em setembro e minha menstruação atrasou, assustada, achei que jå teria acontecido. Não foi. Em outubro viajamos pra Salvador, novamente um atraso e ... nada. Foi quando repensei, refleti e cheguei à conclusão de que aquilo não era mesmo pra mim. Cheguei pro meu companheiro e disse voltariamos a nos prevenir e aguardei a próxima menstruação (ponto importante: nunca escondi dele que não estava nos meus planos a maternidade).
Novembro passou, a minha data era geralmente primeira quinzena do mĂȘs e desencanei.
Eu estava radiante! Tinha conseguido alcançar o peso que almejava a vida toda, trabalhava numa empresa legal, com pessoas legais, me vestia muito bem, vaidade no topo ... saltos, makes lindas, cabelo impecĂĄvel com cachos deslumbrantes .... enfim, no auge! Fim do mĂȘs e meu esposo lembrou da bendita menstruação:
- Ahh, atrasou denovo mas não deve ser nada. Os médicos estavam certos, são só 2 meses sem remédio, só pode ser meu corpo regulando. - eu disse pra ele.
Dia 27 de novembro Ă© a data em que comemoramos nosso reencontro (sim, estudamos juntos no colegial mas essa Ă© outra histĂłria) e resolvemos jantar no shopping que, por sinal, ficava Ă  5 minutos caminhando de casa. Ele pediu pra que eu fizesse o teste de farmĂĄcia e recusei. Pediu denovo e concordei que ele passaria na farmĂĄcia pra comprar o bendito bastĂŁozinho.
Chegamos por volta das 10 da noite e tinha um lavabo bem na entrada. Entrei, me aprocheguei, fiz meu xixi mirando direto no papelzinho (estava de birra pq nĂŁo queria fazer o teste) e esperei. A bula dizia 5 minutos. Acendi meu cigarro no vaso mesmo e em questĂŁo de segundos, enquanto o lĂ­quido amarelinho subia pelo papel apareceu o primeiro risco rosa e na sequĂȘncia, quase que imediatamente, o segundo risco. Travei. Aquilo sĂł poderia estar errado.
Fiquei ali parada por alguns segundos olhando (me pareceram horas) e milhÔes de coisas passaram pela minha cabeça. Eu não queria mais. Não estava mais nos meus planos. Olhei pra ele e entreguei o teste. Ele abriu um sorriso e saiu falando:
- Eu sabia! Eu sabia! Vc tĂĄ diferente ...
Acendi outro cigarro. Peguei o telefone e liguei pra minha mĂŁe.
Coitada ... hahahaha ... jĂĄ era tarde e eu nem me liguei nisso. Ela jĂĄ estava na cama, contei e a felicidade dela foi explĂ­cita, entretanto, naquele instante, ela precisava me acalmar, em contraste com a maneira como expressei meus sentimentos entender o que estava acontecendo e tentar associar minha revolta com a alegria dela.
O tempo passou. Não aceitei aquilo muito bem num primeiro momento. O corpo foi mudando, graças a Deus e muita leitura a cabeça também.
Me programei muito durante a gravidez para um parto humanizado, no processo bateu o arrependimento daquela reação inicial e pedi muito perdĂŁo pra pessoinha que crescia ali dentro ... o prĂ© natal foi bastante turbulento com 5 trocas de obstetras por questĂ”es do convĂȘnio e por fim, acabei que passei pelo que mais temia, violĂȘncia obstetrĂ­cia.
Hoje a criaturinha tem 7 pra 8 anos. Uma garota incrĂ­vel com uma personalidade Ă­mpar que me desafia em 12 a cada 10 oportunidades. Pra quem acredita que a fase de recĂ©m nascido Ă© a mais difĂ­cil, desculpe informar mas vai piorar – kkkkkkk. SĂł que a gente melhora, ensina e aprende todo dia. Volta a ser criança. Exige demais, cobra, quer o melhor, faz o melhor mas nem sempre o melhor Ă© o correto, a gente aprende a ressignificar quase tudo! SĂŁo tantas contradiçÔes nesse processo de ser mĂŁe. É louco. Num momento vc quer esganar e no outro ama de uma forma inexplicĂĄvel. Daria todas as suas vidas e mais algumas pelo bem estar daquele pedacinho de vocĂȘ que nĂŁo tem nada a ver com aquilo que vocĂȘ imaginava. O bagulho Ă© loko.
Bom, curti meu tĂŁo almejado corpo tamanho 38-40 Brasil por algumas semanas apenas, os hormĂŽnios da gravidez me deixaram quase careca, os peitos coitados ... nĂŁo preciso nem falar o que aconteceu (amamentei livre demanda por 1 ano) mas cĂĄ estou eu, com uma vida dividida em antes e depois da Minhoca da Minha Vida.
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thclioness · 3 days ago
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who: @zaydvn
where: Coreto de Geb
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Estar atrasada nĂŁo era uma novidade quando se tratava de Brianna, era atĂ© bastante esperado considerando que ela geralmente se programava de modo que se atrasasse de uma forma elegante. No entanto, aquele era o Ășnico dia que havia planejado para que chegasse de fato no horĂĄrio combinado e acordar na forma de um gato havia jogado todos os seus planos pela janela. Agora ela se apressava para chegar ao coreto e rezando para todos os deuses que Zayden nĂŁo tivesse desistido de esperĂĄ-la para o passeio que tinham combinado. — Eu sinto muitĂ­ssimo pelo meu atraso. Juro que nĂŁo foi de propĂłsito, minha manhĂŁ foi um tanto
 intensa. — Se desculpou assim que pisou os pĂ©s no coreto, fios rebeldes de seu cabelo grudaram em seu rosto com algumas gotas de suor provando que de fato tinha se esforçado para chegar no horĂĄrio combinado, que ela afastou sem pensar muito. — Se for ajudar o meu caso, eu tenho uma surpresa pra vocĂȘ — Ela tentou sorrir com doçura, mesmo que se sentisse um pouco ridĂ­cula com o ato. E claro, o coração batendo forte era apenas um efeito da corrida atĂ© ali, nenhum outro motivo.— Juro que vai valer a pena se me der uma chance.
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ladygrigori · 2 months ago
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24 de Dezembro de 2024 Ă s 19:34hs
Não costumo sair de casa em noites frias, principalmente na noite de natal. Minha tia reclamou do horårio que estava saindo e que eu deveria estar para ceia de natal, avisei a ela que demoraria menos de 30 minutos, pois corria sérios riscos dele não aparecer. Bom, ela falou a frase diåria: "siga o que sua intuição e seu coração dizem", e olha só onde estou agora, dentro de um carro indo encontrar o cara que simplesmente ganhou meu coração somente com um " oi, tudo bom?", que merda e se ele não aparecer? E se ele não estiver lå quando eu chegar?
A ansiedade canta ao ritmo das batidas do meu coração. Ele deve me achar ridícula ou desesperada. Estou literalmente vestida para ceia de natal, o vestido vermelho desenha as curvas do meu corpo, o All star de lei estå nos meus pés, a maquiagem simples e o perfume, aaah esse eu troquei.
Estou a literalmente 2 minutos do local combinado e a ansiedade sĂł aumenta, virando a curva vou saber se ele vai estĂĄ a me esperar ou se eu sou somente uma idiota que saiu de casa no natal, para entregar um presente nĂŁo solicitado e uma carta para o cara que me ignora, chegar soar ridĂ­culo e desesperador.
O carro faz a curva e ao olhar para frente vejo a parada de tåxi vazia, ele não estå ali, não estå. O motorista de aplicativo pergunta se é ali naquela entrada, informo que sim.. Desço do carro sem expectativas, o choro engasgado e o coração partido, criei expectativas demais..
Em um momento de desespero sento na parada de tĂĄxi e mando mensagem para minha prima: " Ele nĂŁo estĂĄ aqui, vou chamar o carro de volta. NĂŁo comente com sua mĂŁe".
Ao erguer a visão, vejo um moço alto com roupas pretas, era ele.. Ele veio, ele veio mesmo..
"Desculpe o atraso, fui trocar de roupa. Vou embora depois que falar com vocĂȘ" - me encara sĂ©rio. Eu ainda estou sem acreditar que ele realmente apareceu, eu nĂŁo acreditava em papai Noel, mas naquele momento passei a acreditar.
" Tudo bem, eu acabei de chegar" - disse levantando e arrumando o vestido - "NĂŁo repare o vestido, jĂĄ estava pronta para missa de natal. PorĂ©m, eu tinha que te entregar isso. Eu iria entregar no seu aniversĂĄrio, mas pelo andar da carruagem vocĂȘ irĂĄ me ignorar atĂ© lĂĄ, entĂŁo antes que fique mais ridĂ­culo resolvi entregar antecipadamente como um presente de natal".
Ele ergue uma das sobrancelhas e olha o embrulho pequeno nas minhas mãos, aquele contato visual dura longos 30 segundos, mas é o suficiente para fazer minhas mãos soarem e meu coração acelerar.
Eu parecia estar sendo avaliada por um predador e fui rejeitada da maneira mais cruel possĂ­vel.
"Eu não pedi nada, Lady" - Fala sério. Se tivesse a droga de um buraco, eu tinha me jogado dentro, até que o vi estender as mãos e pegar o embrulho.
"Eu sei, sei que não pediu Sol. Mas eu havia encomendado muito antes de qualquer coisa, desde o dia que falou sobre seu aniversårio, eu planejei algo legal. Porém, nós, se é que posso colocar dessa forma, estamos estranhos e agindo como estranhos. Então, preferi entregar antes. Espero mesmo que goste e que guarde com carinho" - Sorri meio fraco, ainda estou com o choro entalado e que Deus me ajude a não chorar na frente desde homem, meu celular vibrou, vi pela barra de notificação uma mensagem da minha prima: " Fica calma, ele pode estå atrasado", ponto para ela.. Ele realmente estava.
Ouvi ele sorri e perguntar : "Suas amigas do setor estão mandando mensagem?" - O encaro séria e com um sorriso irÎnico.
" Na verdade, no dia seguinte em que havia me rejeitado, ninguém mais falou comigo ou se quer se interessou pela minha vida. Sou desinteressante afinal"
Ele ficou sério e não sorriu, apenas me encarou. Nós éramos assim, alfinetadas eram comuns, como ele mesmo falou: " parecidos até nesse ponto ".
"Te falei para não confirmar nelas, lua. Elas só queriam uma fofoca." - O encarei e levantei o celular, abri o aplicativo de carro e coloquei o endereço de casa. O ouvi falar meio baixo. - " Eu te levo, lua. Tå tarde, eles podem não aceitar".
O encarei e sorri - "Estou indo para igreja, vocĂȘ me levar daria esperanças e eu criaria expectativas. Melhor nĂŁo, eu posso querer te beijar e vocĂȘ vai me rejeitar novamente. JĂĄ aceitou aqui em 4 minutos ele chega, se estiver apressado e quiser ir embora nĂŁo tem problema".
Ele me encarou e eu simplesmente me surpreendo com o abraço que ele me deu, não soube como reagir, nunca soube como reagir a ele. Então simplesmente o abracei de volta. O senti respirar fundo perto do meu pescoço e sorrindo se afastou de mim, tomou meu celular e cancelou a corrida.
"Vou te levar, lua". - Pegou minhas mĂŁos e me puxou sentido a rua lateral, tinha algumas pessoas que trabalhavam conosco esperando o Uber ou seus companheiros, mas tinha um em especĂ­fico, um que olhou genuinamente para nĂłs e sorriu.
" Boa noite, Ti ". - Sorriu ao cumprimentå-lo e ele apenas sorri. O sol ao meu lado apenas acena com a mão onde estå o embrulho. Seguimos de mãos dadas até o estacionamento, paramos em frente ao carro.
"Meu pai estĂĄ internado ainda, vou levar vocĂȘ e volto para o hospital para ficar com minha mĂŁe".
"NĂŁo precisa me levar, vocĂȘ pode ficar com sua mĂŁe"
"Eu vou levar vocĂȘ, lua. Essa Ă© a parte mais feliz do meu dia e nĂŁo quero que acabe assim".
Ele abre a porta do carro, eu entro sem fazer questionamentos. Ele toma o lado do motorista e coloca o cinto, faço o mesmo. Aviso a minha prima que estou indo para igreja e seguimos o caminho em silĂȘncio atĂ© chegar na igreja.
Assim que viramos a rua e estacionamos na frente da igreja, o vejo apertar o volante e me encarar.
"VocĂȘ Ă© alguĂ©m corajosa, como pode me comprar um presente e ir me encontrar sem saber se eu iria".
Eu o encaro sorrindo, tiro o cinto e coloco minha mão na sua. - "Eu segui minha intuição e graças a Deus hoje ela não falhou. Obrigado pela carona, espero que seu pai saia dessa". - Coloquei a mão na porta para abri-la e ele segurou a outra mão.
"Fica comigo mais um pouco" - O encarei e encarei a mĂŁo, sorri para ele.
"VocĂȘ quer vir comigo? SĂł vai atĂ© Ă s 21:00hs, sĂŁo 20:15 vocĂȘ pode assistir comigo ou ficar na pracinha aqui na frente. O que acha ?"
Ele sorriu e tirou o cinto. - "Vamos entrar, seus familiares estĂŁo esperando" - Abriu a porta do carro e desceu, deu a volta e abriu a minha porta. Sorri ao encara-lo, sai do carro e ele segurou minha mĂŁo, entramos na igreja de mĂŁos dadas e ficamos no Ășltimo banco. Minha tia estava uns 5 bancos Ă  frente, nos encarou sorrindo e acenou. Ele abaixou o suficiente para que pudesse falar no meu ouvido.
"Maneira estranha de conhecer os pais de uma garota"
Sorri e o encarei, puxei a manga da sua camisa e falei em seu ouvido.
"Fala como se estivesse se apresentando como meu namorado" - sorri e voltei a encarar o banco a frente, ele simplesmente se curva, segura minha cintura e fala.
"Estou me apresentando como seu namorado, lua. Acredito que tenha que conhecer meus sogros".
O encaro de olhos arregalados, enquanto ele sorri e aponta o padre a nossa frente.
"Presta atenção na missa, lua. Conversamos após ela"
Ele mantém sua mão na minha cintura e encara o padre no altar, faço o mesmo tentando absorver tudo, toda informação que o peso de uma frase pode conter.
"Se isso for um sonho, por favor, que se torne realidade" - Penso.
EntĂŁo, Ă© isso... Nunca um, sem o outro. ❀
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aportavermelha · 1 year ago
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CapĂ­tulo 13 - Emboscada
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[MĂșsica de fundo, I Need a Miracle – Third Day – 00:00 – 00:33]
Taylor queria ter levado os filhos para verem a mãe, mas como o assunto seria pesado e provavelmente curto, tendo em vista que Bethany nunca gostou de ficar jogando conversa fora, achou melhor deixå-los na casa de Isaac, onde duas babås estavam cuidando de Brad, Kyle e também de Noah e Becky. Isaac o enviou uma mensagem, avisando que não precisava se preocupar, e que ia demorar pois sairia com Nicole naquela tarde.
E lå estava Taylor, sentado numa dessas mesinhas redondas, na calçada do lado de fora de um café. Passava das quatro da tarde, então não havia mais tanto sol e uma brisa gostosa soprava. De óculos escuros, calça jeans e uma camiseta preta de malha fina e colarinho v, com as mangas arregaçadas até os cotovelos, ele mexia ansiosamente a perna. Estava esperando Bethany hå 15 minutos, quando ela virou a esquina. Sentiu um nó na garganta. Ela lhe sorriu. O cabelo castanho escuro estava solto e ela usava um vestido até os joelhos, de manguinhas, estampado de verde claro.
Bethany, lhe estendendo a mão, sorrindo – Desculpe o atraso.
Taylor, apertando a mão dela – Tudo bem.
Ela sentou-se e abriu o cardĂĄpio, um rapaz franzino veio atendĂȘ-los e ela pediu um cappuccino mĂ©dio e Taylor pediu um grande. Ficaram em silĂȘncio alguns segundos, olhando ao redor.
Taylor – Bacana esse lugar. Parece tranquilo.
Bethany – NĂŁo Ă© tĂŁo barulhento durante a semana tambĂ©m. Estou considerando procurar algo por aqui.
Taylor – Urrum
 VocĂȘ vai vir pra cĂĄ como combinamos, no fim do seu contrato?
Bethany – Acredito que sim.
Taylor – Legal.
Bethany, entrelaçando os dedos – Então, como estão as crianças?
Taylor – EstĂŁo bem. Muito bem. Os deixei na casa do Ike, ainda nĂŁo Ă© possĂ­vel ter uma babĂĄ integral. Eu nĂŁo falei nada da sua vinda pro Noah pois caso houvesse algum imprevisto e vocĂȘ nĂŁo viesse
 NĂ©.
Bethany – Fez bem. E o Isaac está ok com isso? Precisa de dinheiro extra?
Taylor – Ele faz questão. Tem duas babás que sempre ficam com os garotos dele quando estão fora. Está tudo sob controle. Como está seu trabalho em Tampa?
Bethany – Excelente, de verdade. Estou fazendo os melhores contatos e ganhando casos. Nada mau pra uma analista junior.
Taylor – AtĂ© quando fica na cidade dessa vez?
Bethany – AtĂ© depois de amanhĂŁ, mas quero estender, pedir mais dois pra poder ficar com as crianças. Viemos fechar um caso que a jurisdição Ă© daqui. Vou ficar ocupada o dia todo mas quero ver com vocĂȘ a possibilidade das crianças dormirem comigo atĂ© eu voltar pra Tampa.
Taylor, com um risinho – “Viemos”? 
Bethany – Taylor, vocĂȘ quer mesmo tocar nesse assunto? O caso Ă© do Ronald, faz parte do meu trabalho acompanhar todos os casos com os quais nĂŁo tenho experiĂȘncia. Ele Ă© advogado sĂȘnior no escritĂłrio.
Taylor – Nesse caso aĂ­ vocĂȘ tem experiĂȘncia de sobra.
Bethany – Não seja ridículo.
Taylor calou-se e tirou os óculos. Os pedidos chegaram e cada um tomou um gole do seu respectivo café. Taylor continuou calado.
Taylor – VocĂȘ quer ficar com as crianças esses dias, Ă© isso? Tudo bem
 Elas vĂŁo adorar a surpresa. Vou avisar o Ike que vocĂȘ passa pra buscĂĄ-los, deixei uma mochila lĂĄ jĂĄ pensando nisso.
Bethany – Obrigada. VocĂȘ Ă© sempre muito preparado. (Bebeu mais cafĂ©) Taylor, queria me desculpar
 Pelas coisas que eu disse quando fui embora. NĂŁo tivemos ainda oportunidade de sentar e conversar.
Taylor – VocĂȘ pede desculpas pelo o que disse mas nĂŁo por ter largado seus filhos.
Bethany, interrompendo, enĂ©rgica – Taylor, eu nĂŁo larguei meus filhos! Eles estĂŁo com o pai deles, nĂŁo fiz essas crianças sozinhas. Eu estou cuidando da minha carreira nesse momento pra poder oferecer uma vida melhor pra eles. Estou distante, nĂŁo consigo ligar todo dia, Ă© verdade, mas eu ando exausta.
Taylor – Noah sente muito a sua falta.
Bethany – Eu sei
 E eu sinto a dele. Mal vejo a hora de apertĂĄ-lo. VocĂȘ estĂĄ trabalhando? 
Taylor – Sim, mais ou menos. Consegui um bico. Toco num bar duas noites na semana. Faço uns outros serviços lá. Tudo dá uma grana.
Bethany – Era sobre isso tambĂ©m que queria conversar. Eu fiz um contrato
 (Abriu a bolsa e tirou um envelope pardo, de dentro deste, tirou uma folha de papel timbrado) No qual eu me comprometo a pagar uma pensĂŁo pras crianças dentro das minhas possibilidades. Veja.
Taylor pegou o papel, perplexo, leu sem entender muito aquele jargĂŁo jurĂ­dico e jogou de novo sobre a mesa.
Taylor – Não estou pedindo seu dinheiro, Bethany!
Bethany – Não está mesmo, estou estendendo um benefício aos meus filhos, não seja mesquinho.
Taylor, batendo na mesa – De jeito nenhum! Eu posso sustentá-los sozinho.
Bethany, levantando a mĂŁo – Taylor. (Suspirou) VocĂȘ sabe que nĂŁo. NĂŁo estou dando o dinheiro pra vocĂȘ, estou dando pra os meus filhos. Minha obrigação Ă© com eles. NĂŁo me obrigue a levar isso pra corte, vocĂȘ poderia ser preso, pare com isso.
Taylor, aumentando o tom de voz – VocĂȘ estĂĄ apenas dizendo que eu, como pai, nĂŁo tenho condição de mantĂȘ-los.
Bethany – Nesse momento, não tem. (Ele a olhou constrangido e com raiva) Não quero diminuí-lo em nada. Estou querendo ajudar.
Taylor – Estou fazendo o melhor que posso, Beth.
Bethany, terminando o cafĂ© – Eu sei que sim, Taylor. Vamos fazer o que Ă© melhor para as crianças nesse momento, Ă© o certo.
Taylor sentia os ombros tensos novamente, uma sensação que vinha junto com a presença de Bethany nos Ășltimos meses. Bebeu o resto do cafĂ© em silĂȘncio, alguns minutos se passaram e ele pegou o papel novamente. LĂĄ dizia que Bethany depositaria U$1.300 pelos prĂłximos meses a fim de ajudar nas despesas dos filhos do casal, Noah e Rebeca Jones-Hanson. Taylor assinou e lhe entregou o papel.
Taylor – Quando as coisas melhorarem, farei um curso de especialização pra dar aulas. Vou ganhar melhor e as coisas vão se arrumar.
Bethany – Hum, bom pra vocĂȘ.
Taylor – HĂĄ algumas escolas de mĂșsica conceituadas na cidade, entĂŁo

Bethany – Espero que consiga.
Taylor, balançando a cabeça – Beth, isso tudo Ă© tĂŁo
 Absurdo. NĂŁo consigo fingir que nada aconteceu. 
Bethany – Taylor, nós fomos casados por sete anos. Eu cometi muitos erros, os maiores, mas isso não precisa afetar o crescimento das crianças de forma tão drástica. 
Taylor – VocĂȘ estĂĄ certa.
Bethany – Obrigado.
Taylor – Finalizamos aqui?
Bethany – Bom, tem mais uma coisa.
Taylor – O quĂȘ?
Bethany começou a vasculhar a bolsa, mas parecia não encontrar o que estava procurando.
Bethany, bufando – Oh, droga. Ficou no hotel.
Taylor – O que Ă©?
Bethany – O outro envelope, ficou em casa. Vamos lĂĄ, Ă© logo ali depois da esquina.
Taylor lembrou do que os irmãos haviam lhe dito, mas depois do que tinham conversado, achou impossível que Bethany fosse querer qualquer coisa com ele. Aliås, nem ele sabia se queria também. Levantou, deixou uma nota de U$20 e a seguiu.
Mitch limpava seu quarto, absorta em pensamentos, com seus fones de ouvido. NĂŁo ouviu quando Natasha bateu na porta.
Natasha – Ei.
Mitch– Oh, oi! Oi, Nat.
Natasha – Eu liguei, mas chamou atĂ© cair. O Derek me disse que vocĂȘ estava aqui em cima
Mitch – É, eu nĂŁo ouvi tocar, desculpe. Senta aĂ­. (Natasha sentou-se na cama, mexendo a perna freneticamente). VocĂȘ estĂĄ bem?
Natasha – Sim, está tudo bem
 (longa pausa).
Mitch, sentando ao lado dela – Natasha, o que está acontecendo? 
Natasha, começando a chorar – Eu tive uma briga feia com meus pais. Eles continuam fingindo que nĂŁo sabem de nada. E eu fico encurralada. Eu queria contar pra eles sobre vocĂȘ, sobre nĂłs, mas estĂĄ impossĂ­vel. 
Mitch, tentando abraçá-la – Calma, meu am

Natasha – Não consigo, Mitch!
Mitch– VocĂȘ estĂĄ tremendo, calma, eu vou pegar um copo de ag

Natasha gritou, levantando – EU NÃO CONSIGO FAZER ISSO!
[MĂșsica de fundo, Don’t You Remember – Adele – 00:00 – 00:49]
Mitch parou a caminho da porta e, com os olhos também cheios de lågrimas, ficou paralisada.
Mitch – Podemos enfrentar isso juntas, todo mundo passa por isso e
 
Natasha – Mitch

Mitch – VocĂȘ estĂĄ visivelmente carregada e
 (esfregou os olhos) Precisa relaxar pra que suas energias se renovem.
Natasha, nervosa – Para com isso, pĂŽ! Para com esse papo mĂ­stico, isso Ă© besteira! Meus pais vĂŁo me expulsar de casa, tĂĄ ouvindo? VĂŁo tirar meu carro e toda a ajuda de custo que recebo. TĂŽ ferrada!
Mitch – Eu nĂŁo entendo, vocĂȘ trabalha e eu tenho bolsa, poderĂ­amos alugar um lugar, começar nossa vida.
Natasha – Do que vocĂȘ estĂĄ falando? Meu chefe nĂŁo pode saber que eu
 Eu tĂŽ com

Florence suspira, triste – Que vocĂȘ Ă© lĂ©sbica. É sĂł dizer, Natasha.
Um silĂȘncio imperou no quarto. Derek estava ouvindo a gritaria do pĂ© da escada, o coração batendo forte, imaginando o que Mitch devia estar sentindo naquele momento.
[MĂșsica de fundo, Don’t You Remember – Adele – 00:49 – 
]
Natasha, olhando para os pĂ©s – NĂŁo vejo como isso pode continuar, Mitch. Eu amo vocĂȘ, mas

Mitch, com algumas lĂĄgrimas lhe escorrendo pelo rosto – Mas? Mas, Natasha? Como pode mencionar amor se vocĂȘ nĂŁo estĂĄ disposta a ser honesta nem com as pessoas que te puseram no mundo? Isso aqui Ă© a FlĂłrida, pelo amor de Deus! Casais gays casam aqui hĂĄ anos!
Natasha, com os ombros caídos – Não na minha família.
Natasha assoou o nariz e tentou beijar Mitch no rosto, que se esquivou, chorando. Natasha abaixou a cabeça novamente e saiu do quarto, descendo as escadas com pressa. Mitch voltou a sentar-se na cama, enxugou os olhos e ficou um tempo olhando para o guarda-roupa, tentando processar aquela situação. Derek ponderou se deveria subir ou não, quando ouviu a porta bater com força. “É, depois.”
Zac chegava em casa com a roupa toda amassada e o cabelo suado.
Zac, indo direto para a cozinha – E aí.
Derek – O que vocĂȘ tava fazendo?
Zac – Prestando um serviço de qualidade pra minha chefe.
Derek, indo para a cozinha tambĂ©m – O QU— Seu fdp! A sua chefe, aquela boazuda?
Zac, bebendo água da garrafa – Sim, aquela mesmo. Terceira vez já. 
Derek – Zac, acho que teremos uma semana complicada pela frente.
Zac – Que foi?
Derek – Natasha terminou com a Mitch.
Zac – Ah, porra
 Drama lĂ©sbico justo perto da festa.
Derek – Zac. É a Mitch.
Zac – Justamente, Derek. É a Mitch. Ela vai ficar pĂ©ssima, vai ter clima pra nada.
Derek – Temos que fazer alguma coisa.
Zac – Eu que quase transei com ela e vocĂȘ que fica todo preocupado? Que tĂĄ rolando, hein?
Derek, cruzando os braços – Nada, porra, só disse que precisamos fazer alguma coisa pra animá-la.
Zac – Vamos chamá-la pra ir ao Dirty Albie daqui a pouco.
Derek – Eu vou falar com ela. (Ouviu Adele tocando lá de cima) Não agora.
Isaac e Nicole andavam de mãos dadas no calçadão à beira-mar, a noite morna de verão estava caindo com um pÎr-do-sol espetacular. Caminhavam devagar, ele com uma mão no bolso da bermuda e a outra segurando os dedos de Nicole.
Nicole – Fazia tempo que não ficávamos a sós assim. (Isaac sorriu, concordando). São tantas coisas pra pesquisar, aprender e pîr em prática nesse novo projeto.
Isaac – Eu imagino, querida.
Nicole – Uma galeria bistrî! Nunca me vi como dona de alguma coisa. Estou tão ansiosa pra conhecer os artistas, já sei quem vou chamar pra ser o main chef, quero um time diverso, multicultural!
Isaac – VocĂȘ vai se sair muito bem, eu vou ajudĂĄ-la no que precisar.
Isaac parou para lhe beijar a bochecha e, depois, a boca. Diante do dia que tiveram, Nicole respirou aliviada, abraçando o marido. Aquela mensagem não era nada, afinal. Se estressou por bobagem, pensou.
Entraram no elevador do hotel e subiram até o décimo andar. Bethany andava råpido à frente com Taylor logo atrås. Abriu a porta da suíte, ligou as luzes, que iluminaram um espaço retangular com uma grande janela, uma cama queen, uma cama de solteiro, onde estava sua mala aberta, e um sofå de dois lugares. O banheiro ficava à esquerda.
Bethany – Fique à vontade, vou levar só um minuto.
Taylor – Tá bom.
Sentou no sofå, e imediatamente se viu na situação mais surreal que havia imaginado: visitar a mulher num hotel. Ficou observando os detalhes do cÎmodo sem perceber que o tempo passava e Natalie ainda estava no banheiro. Relutante, Taylor foi até o banheiro e bateu na porta.
“Saio num minuto.”, Bethany disse.
Ele sentou na cama e Bethany, de calcinha e sutiã, saiu do banheiro e foi em sua direção, se apoiando em seu colo.
[MĂșsica de fundo, Don’t You Remember – Adele – 02:55 – 
] 
Imediatamente Taylor se lembrou do que Isaac, Zac e Nicole haviam alertado, mas jå era tarde. As calças dele jå estavam abaixadas.
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hyeincovers · 1 year ago
Note
Tenho duas perguntas pra vocĂȘ:
1°: Vc ainda estå com os pedidos de capas em aberto?
2°: Vc faz doação de capa para o Wattpad?
Desculpe parecer invasiva, mas eu vi os posts e fiquei com essa curiosidade. Se no perfil tiver uma aviso, desculpe, eu nĂŁo vi.
OlĂĄ! Primeiro, desculpa a demora para responder, nĂŁo entro aqui faz demasiado tempo, por imensos motivos e coisas menos boas que tĂȘm vindo a acontecer na minha vida nos ultimos meses. Desde Junho para ser especifica.
Respondendo entĂŁo Ă s tuas perguntas: 1Âș: De momento as minhas encomendas estĂŁo fechadas (as pessoais realizadas neste perfil) contudo podes pedir pelo Wonderful Designs que Ă© o blog onde realizo faço capas anualmente. LĂȘ as regras antes de pedir e hĂĄ sempre a opção de escolher a designer que queres mesmo!
2Âș: Planeava fazer isso, atĂ© tenho alguns posts em rascunho com uma ou duas capas que planeio doar. Contudo, no momento, preciso focar-me nos pedidos que estĂŁo em atraso, nas capas que tenho no WD e ver se consigo endireitar a vida para estar mais presente por aqui e ser uma pessoa decente que cumpre as suas obrigaçÔes. (ser adulta nĂŁo Ă© bom, nĂŁo recomendo)
NĂŁo tem problema nenhum! Obrigada por gostares das minhas coisas tĂŁo singelas e por teres vindo perguntar de forma simpĂĄtica. Espero que tenha resolvido as tuas dĂșvidas e qualquer coisa, por favor, pergunta!
with love, hyein
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palavraseminglesbr · 2 years ago
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60 Frases em InglĂȘs para Iniciantes com Tradução
Veja nossa lista com frases em inglĂȘs para iniciantes com tradução, simples e pequenas em inglĂȘs para iniciantes no idioma, para estudar e melhorar seu vocabulĂĄrio na linguĂĄ americana.
60 frases em inglĂȘs para iniciantes com tradução em portuguĂȘs:
What is your name? Qual Ă© o teu nome?
My name is Daniel. Meu nome Ă© Daniel.
Hello. How are you? Ola. Como vocĂȘ estĂĄ?
I am fine, and you? Eu estou Ăłtimo, e vocĂȘ?
Nice to meet you! Prazer em conhece-lo!
Nice to meet you too. O prazer Ă© todo meu.
What time is it? Que horas sĂŁo?
I am hungry! Estou com fome!
I am thirsty! Estou com sede!
I am hot. Estou com calor.
I am cold. Estou com frio.
How old are you? Quantos anos vocĂȘ tem?
Where are you from? De onde vocĂȘ Ă©?
I’m from Argentina. Eu sou da Argentina.
Please. Por favor.
Excuse me. Com licença.
I’m sorry. Me desculpa
Have a nice weekend. Bom final de semana.
You too. VocĂȘ tambĂ©m
Where do you live? Onde vocĂȘ mora?
How much?Quanto Ă©
Are you married or single? VocĂȘ Ă© casado(a) ou solteiro(o)?
What do you do? Qual Ă© a sua profissĂŁo (VocĂȘ trabalha com quĂȘ?)
I am a driver. Eu sou motorista.
Do you have any children? VocĂȘ tem filhos?
Do you have any brothers or sisters? VocĂȘ tĂȘm irmĂŁos?
I’m late. Estou atrasado.
I miss you. Estou com saudades de vocĂȘ.
I’m sorry I’m late. Desculpe-me pelo atraso.
Can I help you? Posso te ajudar?
Can you help me? VocĂȘ pode me ajudar?
How is the weather? Como estĂĄ o tempo(clima)?
I love you. Eu te amo.
I need. Eu preciso.
I want. Eu quero.
I know. Eu sei(conheço).
I don’t know. Eu não sei.
I knew. Eu sabia. Eu conhecia.
I didn’t know. Eu não sabia(Eu não conhecia).
Would you like some juice? VocĂȘ aceita suco?(Quer suco?)
Where is the restroom / bathroom? Onde Ă© o banheiro?
I like it. I like you. I like ice cream. Eu gosto disto. Eu gosto de vocĂȘ. Eu gosto de sorvete.
Stop. Don’t go. Stay here. Pare. Não vá. Fique aqui.
What do you think about Argentina? O que vocĂȘ acha da Argentina?
I think Argenyina is a great country. Eu acho a Argentina um Ăłtimo paĂ­s.
Be careful. It’s dangerous. Tenha cuidado. É perigoso.
I agree with you. I don’t agree with you. Do you agree with me? Eu concordo com vocĂȘ. Eu nĂŁo concordo com vocĂȘ. VocĂȘ concorda comigo?
Are you OK? EstĂĄ tudo bem com vocĂȘ?
I’m now well. Eu não estou bem.
Good luck. Boa sorte.
Have a nice trip. Boa viagem.
When is your birthday? Quando vocĂȘ faz aniversĂĄrio?
Is there a hotel near here? Tem um hotel aqui perto?
Enjoy your meal! Bom apetite!
Get well soon! Melhoras! Fique bem logo!
Have fun! Divirta-se!
Please wait a moment. Por favor, aguarde um momento.
Let’s go. It’s time. Vamos. Está na hora.
Don’t speak loudly. Não fale alto.
Could you please speak more slowly? VocĂȘ poderia por gentileza falar mais devagar?
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honeyvenable · 4 years ago
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Amor, it’s com todo o love do world que venho here te convidar para comer frango com bĂ€tata comigo. At minha casa, 8:30 p.m. Hoje. TĂŽ esperando! 💖
ohhhhh mulher que susto da penga q eu levei aqui, achando q era um convite real HAHAHAH ainda mais pq seu aniversĂĄrio tĂĄ chegando
porĂ©m estou aceitando mesmo atrasada, jĂĄ pode acostumar pois sempre atraso pra tudo aqui, QUERO MUITO FRANGO COM BATÄTÄ POR FAVOR đŸ™đŸŒ 💖
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