#desculpe me pelo atraso
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lacharapita · 5 months ago
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BLOW-UP
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Enzo Vogrincic x reader
Smut - diferença de idade [loba 19 - Enzo 30], oral sex, sexo sem proteção [NÃOOOOOOOOO!], Enzo babaquinha, perda de virgindade, Enzo fotógrafo canalha, vintage just for the vibes desse homem nessas fotos que parecem direto de um filme dos anos 60/70
N.A - Lobas do meu heart, essa coisinha aqui se passa em Londres, 1967💥🗣️🙌😍. Totalmente inspirado na vibe de Blow-up, um filme de 1967 que eu recomendo muito [tem no youtube]‼️‼️. Não sou acostumada a escrever coisa com diferença de idade porém nesse contexto eu achei que ficaria mais delicinha de ler ;) escrevi essa aqui inteira ouvindo o álbum Come Dance With Me do divo Frank Sinatra, vou deixar aqui [onde tá em negrito] pra caso vcs queiram ler ouvindo tbm😍 Beijocas
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Londres, 1967
Estúdio de fotografia E. Vogrincic
— Sentada seminua no chão, nitidamente incomodada com o atraso do fotógrafo uruguaio, você bufava enquanto olhava para o ambiente ao seu redor, admirando todas as fotografias mal coladas nas paredes pintadas em diferentes cores. O moço simpático vestido em roupas casuais apareceu em seu campo de vista dizendo em tom baixo que o Senhor Vogrincic havia chegado e pedindo desculpas pelo atraso. Logo um homem alto de cabelos pretos vestindo uma camisa azul e calças da mesma cor — em tons diferentes — entra na sala em que você estava, caminhando apressadamente até a câmera que estava em um tripé em frente ao cenário em que as fotos seriam tiradas.
– "Venha! O que faz parada aí?"– Ele diz rude, você apenas caminha até a frente da câmera, optando por ignorar a forma como ele falava. O vestido de tecido preto transparente que mostrava as peças íntimas por baixo se movia conforme seus passos e quando parou em frente a câmera viu o rosto do fotógrafo se contorcer em ódio. – "Tira."– Você o encarou em confusão. – "No anúncio estava claro. Nua. O vestido e mais nada."– É claro que sim. Cabeça de vento! Suas bochechas ficaram mais rosadas ainda e você, quase em um sussurro, pediu desculpas pelo ocorrido. Levou as mãos até o feixe do sutiã branco sem alças e retirou ele do seu corpo, em seguida você tinha sua calcinha deslizando pelas pernas até formarem uma pequena poça em seus pés. E como se já não bastasse o enorme constrangimento de ter o homem brigando com você, teve que lidar com o olhar irônico dele quando viu o tecido da calcinha com um ponto molhado brilhante.
          — A sessão de fotos durou mais de uma hora, o fotógrafo uruguaio era extremamente exigente com cada pose sua, cada expressão, tudo. Agora, nas últimas fotos, você estava deitada no chão, Enzo estava próximo de você, parado em sua frente com a câmera apontada para o seu rosto enquanto ele sussurrava palavras de elogios a cada flash da câmera. Quando ele finalmente colocou a câmera sobre a mesa cheia de bagunças e segurou sua mão para te ajudar a levantar, ele falou com você.
          – "Me desculpe pela forma como falei com você antes."– Você acenou com a cabeça.– "Aceita uma taça de vinho como forma de desculpa?"– Você sorriu e um "sim" baixo escapou de seus lábios, observando quando ele chamou o rapaz que estava com você anteriormente e pedindo pela garrafa de vinho e duas taças.
          – "Eu posso?"– Você apontou para suas peças de roupa íntima colocadas em um cantinho da sala. Enzo riu e balançou a cabeça.
          – "Eu preferia você assim, mas claro nena, as fotos já foram tiradas de qualquer jeito."– Você soltou um riso tímido, caminhando até as peças e vestindo-as lentamente enquanto encarava Vogrincic. A forma como ele lambia os lábios enquanto você vestia a calcinha branca te deixava desnorteada -tão desnorteada que até do seu sutiã você esqueceu-, o olhar dele era carregado de tesão, sem brilho nenhum e com pupilas dilatadas. Você continuou observando quando ele puxou duas cadeiras para a frente da mesinha branca e deixou duas batidinhas em uma delas, indicando onde você deveria se sentar.
          – "São fotos para a Biba? O vestido é de lá."– Você disse enquanto tomava seu caminho para a cadeira e se sentava em frente ao uruguaio.
          – "São sim, nova coleção deles. Acredito que até amanhã de manhã eu já consiga revelar as fotos, você tem algum telefone que eu possa ligar? Para você poder ver elas, claro."– Você acenou com a cabeça sorrindo, pegou a caderneta e anotou o número de telefone da sua casa enquanto Enzo servia o vinho chileno nas taças. Você empurrou o papel na direção dele e aproveitou a deixa para pegar a taça com vinho e levá-la até os lábios. Vogrincic se remexeu na cadeira, observando seus lábios avermelhados pelo vinho e pensando no gosto que eles teriam. – "Isso vai soar indelicado, mas, quantos anos você tem, hermosa? Parece muito nova para estar modelando seminua para alguém que você nem conhece."– Você engoliu seco com a pergunta repentina dele, mas acenou negativamente.
          – "Olha, acabei de fazer dezenove anos, tô tentando juntar uma grana para sair da casa dos meus pais porque eles são difíceis de lidar sabe? Meu Deus!"– Você passou as mãos no rosto após deixar a taça de vinho sobre a mesa.– "Eles nem sabem que eu tô aqui, disse que estava indo para a casa de uma amiga da igreja."– O uruguaio riu baixo com sua preocupação, mas parou quando percebeu que talvez estivesse sendo grosseiro.
          – "Por que eles são "difíceis"?"– Ele perguntou, tomando o último gole de sua taça enquanto te olhava fixamente.
        – "Religiosos. Queimaram todos os meus discos dos Stones e do The Who porque era "música de satã"."– Você se lembrou do dia e da vontade que teve de colocar fogo na casa. Quando a mente voltou à realidade você pode ver Enzo sentado na cadeira, as pernas razoavelmente abertas enquanto ele buscava um cigarro na carteira sobre a mesa e logo o levava aos lábios.
          – "Que pecado!"– Ele deu uma pausa enquanto acendia o cigarro. – "Tenho um quarto sobrando no meu apartamento. Eu te uso de modelo para as fotos e você pode ficar lá se quiser."– Você suspirou olhando para ele, era um homem de no máximo trinta anos, solteiro, elegante, era lindo, fotógrafo e estava arruinando sua calcinha com cada palavra que dizia. Ele observou bem quando você pressionou as coxas uma na outra e fechou os olhos com força. – "Desculpa amor, eu tô te deixando nervosa?"– Ele inclinou o tronco para ficar mais próximo de você. Estava acenando negativamente com a cabeça, mas seu corpo te entregava em cada mínimo detalhe, fosse nos biquinhos duros de seus seios que o tecido preto transparente mostrava ou na perna inquieta que batia repetidamente contra o chão. A mão dele que não segurava o cigarro deixou um carinho em seu joelho esquerdo, subindo a pontinha dos dedos pela coxa até chegar na barrinha do vestido. Inconsistentemente você afastou as pernas uma da outra quando os dedos dele ameaçaram tocar o interior das suas coxas e ele riu. – "O que você quer que eu faça, amor?"– Seu rosto queimou com as palavras dele, a mente viajando nas inúmeras coisas que você queria que ele fizesse com você naquele estúdio. Colocando o cigarro entre os lábios ele levou às duas mãos livres para baixo do vestido que você usava, segurando a barrinha da calcinha de algodão e puxando ela por suas pernas até que estivesse nas mãos dele e então no bolso da calça azul que vestia. – "O gato comeu sua língua, chiquita?"– Nem uma única palavra saiu da sua boca. Você já estava burrinha e ele mal tinha tocado em você. – "Tudo bem então! Vamos fazer assim, eu vou chupar você e depois vou te comer em cima dessa mesa até minha porra vazar de você, ok?"– Você só podia acenar com a cabeça enquanto olhava Enzo se ajoelhar no chão na sua frente, o cigarro já esquecido no cinzeiro. Uma das mãos dele ergueu sua perna direita e a colocou sobre seu ombro, logo os lábios deles sugavam lentamente o pontinho nervoso e inchado na sua buceta, o buraquinho apertado já escorria enquanto ele movia a língua em dezenas de formas diferentes, fazendo você levar uma das mãos para agarrar os cabelos escuros dele enquanto deitava a cabeça para trás, concentrada no prazer que recebia. Os gemidos que saiam de seus lábios eram de fato os de quem sente aquela sensação pela primeira vez, Enzo sabia que você era virgem só pela forma que você tremia sobre o toque dele, cada pontinha de dedo ou língua que te tocava um gemido fugia de você e todo seu corpo se arrepiava. Você gemia manhosa, toda molinha com o uruguaio entre suas pernas que sorria contra sua buceta quente quando sentia você se remexendo na cadeira. A língua dele brincava em espirais com o pontinho inchado e ocasionalmente descia até que - lentamente - penetrava a língua no buraquinho apertado que mais tarde estaria dolorido e vazando. Enzo gemeu contra você quando a mente dele projetou a imagem de você deitada sobre a mesa com as pernas abertas e a bucetinha vazando a porra dele. A calça dele ficou mais apertada, a forma da ereção claramente marcada no tecido azul. Enzo não resistiu a levar uma das mãos até o próprio pau e deixar um aperto firme sobre ele, maneira frustrada de aliviar a pressão na região. Quando seu aperto nos fios de cabelo dele ficaram mais crus e você não teve medo de até mesmo puxar ou empurrar a cabeça dele, buscando o próprio êxtase, ele riu, agarrando suas coxas com mais força. – "Vai gozar, chiquita?"– Você choramingava tentando dar uma resposta afirmativa para ele, porém as palavras eram sempre interrompidas pelos gemidos que ele fazia deixarem sua boca. A língua deixou uma última forma no clítoris inchado antes de você se derreter na boca dele, puxando o cabelo e gemendo mais alto do que antes, esquecendo completamente do menino que havia atendido você quando chegou aqui. A pele estava brilhante e úmida, os lábios avermelhados, a boca seca e os olhos marejados no prazer que o uruguaio tinha te proporcionado de maneira tão intensa.
Quando ele tirou o rosto de entre suas pernas você pode ver a forma como os lábios e queixo de estavam encharcados, o sorriso presunçoso e arrogante sempre em seus lábios enquanto ele segurava seu corpo com cuidado, apimentando beijos no interior de suas coxas antes de te segurar e colocar sobre a mesa bagunçada. Seus olhos não podiam deixar de encarar Vogrincic, observando o momento em que ele desafivelava o cinto e puxava o zíper da calça até que a ereção firme finalmente pudesse estar livre. – "Você vê? Vê o que fez comigo, amor?"– Vogrincic afastou suas pernas para poder se colocar entre elas, a mão direita serpenteou entre suas coxas e dois dos dedos longos tocaram o buraquinho quente antes de se forçarem suavemente para dentro dele. Você gemeu alto com a sensação ardente de algo dentro de você pela primeira vez, sentindo como os dedos te esticavam enquanto a sua mão descia pelo tronco de Enzo até se enrolar no pau firme e vazando, você mantinha movimentos leves de vai e vem, mas os dedos dele dentro de você não se mexiam, então quase que involuntariamente seu quadril se torceu para frente, tentando tirar algum movimento do uruguaio. – "Eu estava esperando você se acostumar, mas pelo visto você não se importa muito com isso, perrita."– Um suspiro fugiu de você quando os dedos dele começaram a entrar e sair de dentro do buraquinho, tocando todos os pontos mais sensíveis dentro de você, te fazendo até perder a coordenação dos movimentos que fazia na ereção pulsante dele. Durou pouco, Vogrincic estava impaciente e tudo que queria era te ver babando sem conseguir dizer uma única palavra enquanto ele te fodia nessa mesa. Ele tirou sua mão de seu pau e lentamente puxou os dedos para fora de você antes de se aproximar mais para finalmente encaixar a cabecinha do pau e então se empurrar cuidadosamente para dentro de você, observando cada reação sua para ter certeza de que estava tudo bem. Suas mãos agarraram os ombros largos do uruguaio com força, a dor que sentia era pouca, mas a pressão te incomodava, pediu quase que em um sussurro para que ele se movesse e então ele fez, empurrando lentamente para dentro e para fora de você. Os braços dele te seguraram quando inclinaram um pouco seu corpo para ter uma posição mais confortável, segurando firme no baixo de suas costas e em uma de suas coxas, indicando silenciosamente para você enrolar as coxas ao redor do corpo dele. O rosto dele estava quase colado ao seu ouvido, podia ouvir cada som que saia daquela boca bonita e as respirações pesadas que fugiam pelas narinas, tinha os olhos fechados com força enquanto tentava se manter em sã consciência para não acelerar muito os próprios movimentos. A sensação de estar dentro de você era esmagadora, apertava ele como se estivesse espremendo o suco de uma laranja inteira, quase como se quisesse que ele ficasse ali dentro para sempre. Os sons que saiam de você estavam deixando ele ainda mais fora de si, ouvindo tudo atenciosamente e sabendo que lembraria daquele momento por muitos anos. Seu corpo estava suado, brilhando pela umidade causada pelo calor que sentia com a forma como o corpo de Enzo se chocava contra o seu. Quando a sensação de ardência passou você deixou uma batidinha com os pés nas costas do moreno, informação que ele não demorou para pegar, levantou o rosto de seu ombro e sorriu para você, ele era tão cafajeste que chegava a irritar. – "Já posso te foder, nena?– Você choramingou acenando com a cabeça, mas aquilo não era suficiente para ele, claro que não, ele queria palavras.
– "Sim... Señor Vogrincic, por favor."– Você queria morrer com a forma como se humilhava por aquele homem enquanto ele te olhava com aqueles olhos de coitado e um sorriso perfeito nos lábios.
– "Señor Vogrincic, hm? Gostei disso, chiquita."– Ele riu antes de começar a se empurrar para dentro de você com mais força, esticando você e te fazendo gemer gradualmente mais alto. As pernas se enrolaram no corpo de Enzo com mais força, seus olhos se fecharam e você só pode aproveitar aquela sensação gritante da forma como ele entrava e saia de você. A mão dele que segurava uma de suas coxas subiu pelo seu corpo até que chegasse sobre seus seios e, por cima do vestido, apertou um deles com força, as pontas dos dedos dando uma atenção especial para o mamilo rígido e dolorido. Os olhos castanhos escuros não desviavam de seu rosto, observavam a forma como seus lábios ficaram vermelhos depois de tanto mordê-los, nas bochechas coradas e pele brilhante além dos fios de cabelo fora do lugar. Não demorou para ele selar os lábios de vocês, engolindo seus gemidos e sentindo como sua boca era macia. Você sentia o gosto do vinho misturado com o cigarro que ele havia fumado a pouco, suspirava contra os lábios dele toda vez que sentia ele se empurrando totalmente para dentro de você. Seu útero se contorcia dentro de você, seu corpo recebia uma carga de prazer enorme que não estava acostumado, tremia-se inteira com cada toque do fotógrafo uruguaio. O barulho que seus corpos faziam ao se chocar era totalmente cru e nu, sem nenhum tipo de efeito, era puro erotismo - até demais -. Os gemidos dele ficaram mais graves e altos, você sentiu que ele não demoraria para te encher com tudo que podia, mas também mãos estava diferente, o corpo suado, ofegante e os gemidos chorosos indicavam seu próprio êxtase. A sensibilidade aumentou quando sentiu as pontinhas dos dedos dele esfregarem suavemente o pontinho de nervos inchado, seus lábios deixaram um soluço manhoso e sentindo que seu corpo não poderia aguentar mais prazer, agarrou o tronco de Enzo com as mãos com força. – "Goza, nena."– E assim você fez. Atravessou todo aquele caminho e no final de jogou daquele penhasco de prazer que estava sobre, sentindo a forma como seu corpo derreteu na mesa branca enquanto Vogrincic continuava procurando a própria queda. Gemeu alto quando sua porra começou a te encher, não parando os movimentos na intenção de prolongar a sensação avassaladora que o atravessava. Se retirou de dentro de você com um choro profundo, observando atentamente a forma como sua própria liberação vazava de você como às Cataratas de Nicarágua. Se aproximando de você novamente, abaixou a cabeça até que ficasse próxima de seu ouvido e levou uma das mãos até a câmera sobre a mesa. – "Eu vou tirar uma foto disso, me permite?"– Ele era tão convincente e sua cabeça estava tão vazia que você só conseguiu acenar positivamente, abrindo mais as pernas para ele ter uma vista melhor. O flash da câmera surgiu por poucos segundos e naquele momento Enzo tinha o foco totalmente em você. A melhor foto que ele já havia feito em toda sua carreira, mas só poderia ser vista por ele.
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pascaltesfaye · 7 months ago
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TAKE MY SOUL
Chapter 5 - A task
O que começou com uma promessa de ser só uma vez, se tornou no mínimo 3x na semana. Jeffrey vem de madrugada e vai embora antes que o sol nasça para não correr o risco de Frank descobrir.
- Achei que você não viesse hoje - Eu disse enquanto abria a porta
Era passado das 2 horas da manhã, Jeffrey normalmente chegava bem antes desse horário, eu já estava dormindo quando acordei ouvindo ele tocar a campainha.
- O dia hoje durou até agora e foi um inferno - Ele respirou fundo - eu precisava ver você - Ele beijou o topo da minha cabeça ao me abraçar
- Você está com fome? Acho que sobrou algo da janta - Fui em direção a cozinha, mas ele segurou minha mão.
- Eu só preciso de você…. E de um banho - Rimos - Me espera na cama?
Sorri concordando com a cabeça e me deitei novamente. Jeffrey tomou um banho rápido e logo se deitou ao meu lado.
- Quer conversar? - Perguntei puxando seu tronco para cima de meu corpo, acariciando gentilmente seus cabelos
- Acho que você já está cansada de me ouvir reclamando desse desgraçado. - Eu neguei com a cabeça e ele continuou - Passamos o dia tentando interceptar um carregamento de drogas dele, mas o desgraçado havia feito duas rotas diferentes e é claro que nós escolhemos a errada. - Ele bufou - Perdemos um dia inteiro além de dinheiro gasto com a operação enquanto ele trazia mais drogas e consequentemente terminou a noite muito mais rico.
- Isso é foda! - Suspirei
- Sabe o que é realmente foda? - Ele se virou para mim - É que eu só preciso de um erro dele, uma única vez que ele pise em falso e eu vou fazer ele pagar por isso, mas as vezes isso parece tão impossível.
- Esse dia vai chegar! - Acariciei seu cabelo - Tem que existir um jeito de você conseguir antecipar os passos dele.
- Eu já estou a alguns anos tentando descobrir esse jeito, querida.
- Se eu pudesse te ajudar..
- Bem - Ele pausou a fala por alguns segundos - Talvez há um jeito de você me ajudar! - Ele pausou novamente e abaixou a cabeça - Mas não sei se você toparia.
- Eu quero muito te ajudar. - Eu disse olhando em seus olhos
- Bem, talvez com você tenha um jeito. Mas, primeiro eu preciso analisar isso direito, ok?
- Eu fico feliz em ajudar no que eu puder - Sorri e ele depositou um beijo carinhoso em meus lábios
- Você se importa se a gente dormir? Eu estou morto! - Ele bocejou
- Claro que não, você precisa descansar - Nos ajeitamos na cama - Boa noite!
- Boa noite, princesa! - Ele me beijou novamente e se virou, logo caindo em um sono profundo
Jeffrey estava realmente tão cansado que simplesmente não conseguiu acordar cedo para sair sem correr o risco de ser visto. Acordamos quase meio dia com o celular dele tocando.
- Porra! - Ele encarou o visor do celular - É o Frank.
Jeffrey atendeu a ligação enquanto já se levantava e se vestia, ele se desculpou pelo atraso e disse que já estava indo para a agência.
- Bom, ele já está lá - Ele riu aliviado - Pelo menos vou ser massacrado apenas por me atrasar e não por estar dormindo com o serviço - Eu ri ao entender que ele estava se referindo a mim
Jeffrey se despediu rapidamente e saiu com pressa. Levantei-me e após fazer minhas higienes, fui direto fazer o almoço. Enquanto cozinhava recebi uma ligação de Anna, coloquei no auto falante para que pudéssemos continuar conversando enquanto eu preparava o almoço. Contei a ela sobre Jeffrey e sobre tudo o que vinha acontecendo nesses quase 4 meses que estou aqui. Desliguei a chamada assim que a comida ficou pronta e almocei bebendo uma taça de vinho enquanto assistia o jornal local. Obviamente o único assunto era sobre Javier Peña e suas operações, eu nunca havia visto seu rosto, os jornais nunca mostravam uma foto sequer dele.
Terminei de almoçar e fui ler um livro, até que recebi uma mensagem de Jeffrey.
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Passei o resto do dia fazendo apenas mais do mesmo, fui malhar na academia do prédio, li algumas páginas do meu livro e quando foi 18h40 tomei um banho.
A noite em Santiago fazia frio, então vesti uma blusa de alças vermelha levemente decotada, uma jaqueta de couro e calças jeans também na cor preta, nos pés meu bom e velho vans e deixei o cabelo solto. Fiz uma maquiagem leve porém apresentável e quando foi exatamente 20h Jeffrey me ligou avisando que já estava lá embaixo.
Guardei apenas meu celular, documento e carteira na bolsa e saí de casa.
- Você está linda! - Jeffrey sorriu ao me ver entrando no carro - E cheirosa - Ele cheirou meu pescoço e em seguida beijou meus lábios
- Que bom que gostou! - Sorri de volta
Levamos cerca de 30 minutos até chegar no bar, me pergunto o motivo disso já que haviam tantos bares perto do meu prédio.
- Sei o que está pensando - Ele parecia ter lido meus pensamentos - Mas precisávamos de um lugar longe para mantermos a discrição.
Concordei com a cabeça e assim que entramos no bar, Jeffrey segurou minha mão e me guiou até uma mesa onde já havia uma mulher sentada.
Ela era, bem…. diferente! Era uma mulher ruiva, seu cabelo ondulado ia até metade de suas costas, ela possuía seios enormes que eram claramente próteses e vestia uma mini saia com uma blusinha e jaqueta.
- Helena, quero que conheça Vanessa - A mulher me olhou rapidamente com um leve sorriso falso - Vanessa, essa é Helena! - Retribui o sorriso e nos juntamos a ela na mesa. - Garçom - Jeffrey o chamou - Pode me trazer um copo de whiskey com gelo, por favor? - O garçom assentiu - E você? - Ele virou seus olhos para mim
- Uma cerveja, por favor! - Sorri para o garçom que logo saiu com os pedidos
- Helena, Vanessa é uma…. antiga amiga minha - Jeffrey parecia desconfortável ao explicar e ela riu
- É, antiga amiga - Ela falou ironicamente - Ele me pagava para satisfazê-lo, mas de uns tempos pra cá, somos apenas amigos.
- Ah, entendi, uma prostituta.
- Acompanhante! - Ela me corrigiu e eu deixei uma risada escapar - Qual o problema? - Ela me encarou
- Nenhum. - Dei de ombros e o garçom se aproximou com nossas bebidas
- A questão é - Jeffrey começou a falar após tomar um gole de seu whiskey - Que Vanessa tem um grupo de meninas que fazem esse serviço de… acompanhamento com ela. E muitas dela atendem Peña e seus capangas.
Olhei confusa para Jeffrey, eu realmente não entendi o ponto que ele queria chegar, Vanessa notou minha dúvida e tomou a palavra.
- Jeffrey, eu acho que a garota não entendeu o que você quer - Ela riu - Se você quer que ela faça isso, você vai ter que ser sincero - Ela deu de ombros
- Bem - Ele respirou fundo e pausou por uns segundos, procurando as palavras certas para dizer - Talvez, se você se juntasse a elas, poderia conseguir se infiltrar e descobrir os passos do Peña antes que ele faça, assim me ajudando a prever as atitudes dele.
Eu congelei ao ouvir suas palavras, parecia muita informação pra minha cabeça naquele momento, fiquei em silêncio por alguns segundos até que finalmente consegui elaborar uma pergunta.
- Você quer que eu me infiltre como uma prostituta? - Perguntei incrédula
- Acompanhante. - Vanessa me corrigiu novamente
- Acompanhante - Repeti e rolei os olhos - Eu não sei se posso fazer isso….
- Seguinte - Vanessa voltou a falar após tomar um gole de sua cerveja - Conheço o Peña a muitos anos, sei bem exatamente o tipo dele. Ele é um escroto que gosta de dois tipos de mulheres: As que ele usa somente para sexo e as que ele usa de fantoche.
- Como assim? - Jeffrey perguntou curioso
- Peña separa as mulheres em duas categorias: As que só servem pra sexo, como eu - Ela deu de ombros - E as que ele usa como fantoche. As fantoches são as que acompanham ele, passam dias na casa dele, as vezes até viajam com ele. As fantoches são as mulheres que ele usa como troféu para os amigos e outros traficantes. E você - Ela me olhou de cima a baixo - Você é exatamente o tipo de mulher que ele gosta como fantoche. Você é bonita de rosto, tem um corpão, é loira, tem um olhar marcante, tem presença… As fantoches do Peña são sempre assim.
- Isso facilitaria um pouco as coisas - Jeffrey disse me olhando, mas eu seguia sem conseguir esboçar nenhuma reação
- E atualmente Peña está sem uma fantoche, inclusive já faz um tempo, então assim que ele botar os olhos em você….
- O que aconteceu com a última? - Perguntei encarando o vazio
- Elas viram como eu - Ela riu - Quando ele enjoa de uma fantoche, ela passa a servir apenas para sexo. Não se preocupe - Ela continuou após notar minha preocupação - Em todo esse tempo que eu conheço o Peña, nunca vi ele machucar alguma mulher que sirva a ele.
O silêncio reinou em nossa mesa por alguns minutos enquanto eu ainda tentava abstrair todas as informações que foram simplesmente jogadas em mim durante aquela conversa.
- Bom, eu vou deixar vocês conversarem e vou ao banheiro - Vanessa se levantou
- Você está bem? - Ele alisou minha mão
- Jeffrey… Eu não posso fazer isso. - Minha voz saiu baixa - Não tem como, me desculpa.
- Helena, por favor, pensa bem. Eu preciso muito da sua ajuda - Ele alisou meu rosto - Eu prometo que nada vai acontecer com você e não vai durar muito, eu só preciso que você descubra qualquer plano dele e aí a gente pega ele, está bem?
Pensei por alguns segundos mas aquilo ainda não me parecia certo.
- Além de que - Ele levantou meu rosto, me fazendo olhar em seus olhos - Estando no meio deles, pode ajudar você a descobrir quem fez aquilo com seus pais.- Senti um calafrio percorrer meu corpo - Não foi para isso que você veio pra cá? Esse é o jeito mais fácil de descobrir quem mandou matar seus pais, Helena!
Então tudo mudou. A sede de vingança simplesmente invadiu meu corpo, a vontade de descobrir quem era o responsável pela morte dos meus pais me corroía por dentro e a possibilidade de finalmente conseguir descobrir me fez responder sem hesitar.
- Eu vou!
- Você tem certeza? - Ele perguntou com um brilho nos olhos
- Só me diz o que eu tenho que fazer. - As palavras saiam secas da minha boca
- Conversaram? - Vanessa se sentou novamente a mesa
- Eu vou! - Ela me olhou surpresa - O que eu preciso fazer?
- Bem - Ela tentava entender a mudança da minha postura - Todo final de semana Peña organiza uma festa, nesse próximo você vai comigo. Mas eu já deixo avisado, você não pode negar nada do que te mandam fazer. Nada! - Ela enfatizou e eu concordei - E não seja burra de chegar perguntando sobre o trabalho deles, apenas faça sua parte como uma acompanhante. E eu vou avisar você - Ela apontou o dedo em direção a Jeffrey - Se esse plano der merda e você me envolver pra tentar me foder, eu vou contar tudo o que eu sei. - Ela disse ríspida - Não tenta me foder que eu vou te foder o dobro.
- Você sabe que eu jamais faria algo pra prejudicar você, Vanessa. - Ele disse gentilmente
- Bem, eu tenho que ir - Ela se levantou - Antes do final de semana eu entro em contato. Helena, vejo você em breve - Ela sorriu e saiu
Jeffrey pagou a conta e fomos para o carro, o caminho até meu prédio foi em completo silêncio.
- Você quer entrar? - Perguntei hesitante
- Acho melhor deixar você descansar - Ele beijou o topo da minha cabeça - Eu confio em você, sei que vai descobrir tudo o que a gente precisa saber.
Sorri e desci do carro, ao chegar em casa fui direto colocar meu pijama e me joguei em minha cama. Os pensamentos estavam gritando em minha cabeça, tomei um remédio para dormir com uma taça de vinho e apaguei.
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cherrywritter · 8 months ago
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Meu sangue - Background
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4ª semana de março
Aproveitei minhas folgas dos estágios para retornar à Caverna e poder ter um pouco de paz dentro de mim. Não estava sendo fácil conviver com Damian de baixo do mesmo teto. Sentia-me ao lado de um lunático com cabresto, mas não poderia exigir muito de quem havia sido criado pela Liga das Sombras e usado a torto e a direito por eles para seu um exímio assassino à sangue frio. Também, quem seria eu para julgá-lo se havia passado pelo mesmo com Luthor por intermédio de Cadmus.
Raiva, frustração, medo e rejeição. Tudo estava dentro de mim em forma de uma bomba relógio pronta para explodir.
Pedi autorização para Canário para poder usar a sala de treinamento avançado com a intenção de extravasar o acumulo de poderes que estava tendo antes que causasse uma descarga e acabasse desligando o lugar. Ela estranhou e perguntou sobre a cela de contenção que tínhamos em casa, mas eu a convenci de que seria muito melhor gastar essa energia treinando do que esperar simplesmente estabilizar.
O que mais me doía durante aquelas duas semanas era que o senhor Wayne não repreendia o filho pelas palavras grosseiras que ele dizia a mim ou quando dizia em alto e bom tom que eu era um projeto de laboratório. A falta de posicionamento dele sobre isso criava feridas em mim.
Ativei o treinamento mais pesado da sala. Espada em mãos, olhos brilhando e um moletom do Batman. Uma das roupas que usava na Caverna e em outros ambientes que tínhamos contato com os demais heróis de maneira casual.
As lágrimas escorriam junto ao sangue do meu corpo. Cortes e golpes que me atingiam, regeneração automática. Quanto mais acertava, mas difícil se tornava. Via Talia na minha frente, aquele sorriso doentio e soberbo que só ela tinha. Cada holograma, cada simulação. Todos que atingia tinha o rosto daquela mulher.
Ódio primitivo. Ódio cego.
Passei horas dentro daquela sala até que a sala foi desativada. As luzes brancas foram acessas. Suada e cansada, virei-me para trás e vi o rosto de Conner pela pequena janela de vidro da porta. Ele a abriu e se aproximou com uma toalha em mãos. Só então pude perceber o quanto de sangue havia espalhado pelo chão e paredes.
- Sei que conversar às vezes não resolve o problema, mas não esperava que ficasse seis horas na sala de treinamento espalhando vermelho por ela. – Conner seca meu rosto e pescoço para depois me entregar a toalha. – Estou começando a acreditar que é masoquista. – Disse e riu em seguida.
- Perdi o jantar com a sua mãe de novo. – Abaixo a cabeça. – Me desculpe. Minha cabeça está difícil de estabilizar.
- Dona Martha marcou para mais tarde dessa vez. – Sorri. – Ela se adaptou aos seus atrasos e remarcações.
- Vou tomar um banho para irmos. Me acompanha?
- Ainda pergunta?
Caminhamos pela Caverna até chegarmos ao meu quarto. Tiramos as roupas, ligamos o chuveiro e adentramos debaixo da água para relaxar o corpo.
- Está assim por causa do seu pai? – Conner questiona enquanto lava meu cabelo.
- Parece que ele esqueceu de mim. Que esqueceu de quem eu sou. Talvez ele tenha se deslumbrado por ter tido um filho por meio de um ato, entende? Sou um projeto de laboratório. Uma filha que ele não desejou, mas acolheu. Não fui feita por ele.
- Sei como se sente. Quando vi Clark pela primeira vez, pensei que ele ia me acolher. Ironicamente foi seu pai e a Diana que o convenceu de me dar uma chance. Sou a cópia dele. Não diria filho, não mais. Só que esse sentimento de não pertencer é real.
- Só que não te jogaram na cara todos os dias que você não é filha dele. – Sinto as lágrimas escorrerem junto a água.
- Vai se importar com o que aquele pirralho diz para você ou com os fatos? – Conner me vira para olhá-lo. – Fomos acolhidos pelas nossas famílias, somos amados e importantes para eles. Você é uma legítima Wayne. Pode ter sido gerada por um útero artificial, mas você é filha dele com todas as características e saberes. Você é o sangue dele, Victoria. Está dentro de você! Olhe para você! Você é real. Nós dois somos. O DNA não mente, sabe disso.
- Conner...
- Demora, dói, mas passa. Só se importe menos e se imponha mais. Comprei um vestido lindo para você. Quero que use hoje.
- Teremos um jantar em família? – Ele assentiu. – Você vai contar sobre nós? - Não é uma boa hora, não concorda? – Concordei. – Vamos apenas ter um bom jantar em família. Mamãe quer ter um dia especial.
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leclerqueensainz · 2 years ago
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Uma Família de Três (C.L 16) - Parte.I Descobertas, reencontros e surpresas
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Paring: Charles Leclerc X Marie Anderson (personagem original)
⚠️ Avisos: Menção a morte e assassinato, palavrões, Charles sendo um pouco agressivo na forma de reagir, menção a sexo e uso de drogas. (Este capítulo pode conter gatilhos!) (+16)
15 de Janeiro de 2023- Milão, Itália
-Buongiorno , Marcella!- Cumprimento a minha secretária a adentrar o escritório. - Alguma novidade para mim? - Pergunto à garota loira, que está sentada com os olhos enfiados no computador a sua frente.
-Buongiorno, Marie! E… HÁ! CONSEGUI! - Marcella pula de repente, me assustando. - Desculpe! É que eu consegui agendar a reunião com Fred Lacroix para a próxima semana. - Ela diz tentando se recompor e eu sorrio.
-Que ótimo! Você é dez. - Digo encostando ao lado dela na mesa e dando uma bisbilhotada em seu computador. - Você acha que ele estará em um bom humor? Ele não é a pessoa mais conhecida por ser agradável quando o assunto é venda e compra de suas artes. - Digo e Marcella apenas da de ombro.
-Não sei e sinceramente eu não me preocupo com isso. - Ela diz e posso ver um sorriso presunçoso estampar ‘em seu rosto. - Seja como for, nós somos fodas! A gente sempre consegue o que quer. - Ela termina e eu dou risada pelo seu entusiasmo.
Eu concordo com Marcella. Nós somos fodas e sempre conseguimos o que queremos quando o assunto é trabalho.
Após a morte de Jules, me mudei de Mônaco para a Itália. Eu sentia que precisava deixar aquilo tudo para trás, mesmo que para isso fosse necessário eu enterrar parte de quem eu era com o meu passado. Eu precisava recomeçar e fechei os olhos para a minha antiga vida. Eu não tinha mais nada em Mônaco. Nada que me segurasse, ou que ao menos valesse a pena ficar.
Eu precisava de tempo e de uma nova vida, e foi exatamente o que eu encontrei quando vim para a Itália, onde eu consegui me matricular em artes a tempo de continuar o ano letivo. E um ano e meio depois, estava formada e estagiando em uma das melhores galerias que existe em Milão. Pouco tempo depois disso, acabei percebendo que eu tinha muito potencial para a curadoria e acabei me dedicando a área, cuja qual hoje eu ainda faço parte, com a maior taxa de sucesso em recrutamento e vendas para novos artistas.
Hoje posso dizer que a minha vida está mais do que confortável e eu passo tanto tempo do meu dia ocupada com o trabalho, que mal tenho tempo de pensar em tudo que eu deixei para trás há alguns anos.
-AH! - Marcella grita e me pega de surpresa, me fazendo dar alguns passos para trás.
-Meu deus, Marcella! Você ainda vai me matar, garota! - Digo e coloco a mão no peito, sentindo o meu coração pular feito louco.
-Desculpa! É que eu acabo de me lembrar que você recebeu uma carta hoje pela manhã. - Ela diz e eu posso jurar que a minha confusão estampou meu resto. - Quer dizer, você não recebeu, recebeu, tá mais para “passaram o envelope por baixo da porta, enquanto estávamos fechados e eu pisei em cima quando eu cheguei”.- Ela diz e tira um envelope branco, amassado e com marca de uma meia pegada nele. - Eu tentei dar uma limpadinha, mas como você pode ver, não deu muito certo. Sério, alguém deveria limpar mais as ruas de Milão. - Ela diz e me entrega o envelope.
Dou uma analisada pelo envelope afim de achar o remetente, mas encontro apenas “Marie Anderson” escrito em uma caligrafia delicada.
-Não tem remetente. Que estranho. - Digo e Marcella assente.
-Também achei meio sinistro. Quer dizer, quem ainda manda cartas? Em pleno 2023, não era mais fácil mandar mensagem pelo insta? Ou sei lá, um email? - Eu concordo com a cabeça e dou de ombros.
-Bom, que assim seja. - Digo e vou andando em direção a minha sala. - Por favor, hoje pretendo tirar alguns dos atrasos que o fim do ano nos deixou. Caso alguém queira falar comigo, avise para deixar recado. E isso incluí minha mãe, okay? - Digo e Marcella assente.- Ótimo, obrigada. - Digo entrando na minha sala e fechando a porta logo em seguida.
Jogo minha bolsa em cima da mesa e me sento na cadeira. Analiso mais uma vez o envelope na minha mão e por um momento sinto uma sensação estranha enquanto o encaro.
-Tá, vamos acabar com o suspense, Marie.- Digo e pego um extrator de grampos no porta lápis, passando pela parte colada do envelope.
Abrindo o envelope eu tiro uma folha gravada com a mesma caligrafia que estava no envelope e duas fotos de um garotinho com cabelos e olhos escuros, que eu posso jurar que nunca vi na vida, mas que de certa forma me parece muito familiar . Viro a foto afim de ver se há algo escrito atrás.
“Vincenzo. 24/12/2021”
Era o que dizia em uma das fotos. Nela o garotinho estava sentado próximo ao que parecia ser uma árvore de Natal.
Dou uma olhada atrás da outra fotografia, onde o mesmo menino, aparentemente um pouco mais velho, estava sentado em um tapete cercado de brinquedos.
“Vincenzo. 19/12/2022.”
Me sentindo ainda mais confusa e com a sensação estranha se alastrando pelo peito, pego a carta que eu tinha deixado de lado em cima da mesa e começo a lê-la.
França, 02 de Janeiro de 2023.
Marie,
Eu nem sei dizer quantas vezes eu pensei em como escreveria para você. Você obviamente não me conhece, para ser sincera acho que ninguém do círculo de amigos e familiares dele, sequer ouviram falar sobre mim.
Eu sou Cecilia e é o que você precisa saber sobre mim agora, além é claro, do que estou prestes a escrever para você a seguir: Eu era noiva de Jules Bianchi.
Sei que isso é estranho e talvez até mesmo inacreditável, mas é verdade. Eu e Jules tivemos uma curta, mas apaixonante história de amor. Eu amei Jules e posso afirmar que ele me amou também.
Dois dias antes da morte dele, eu descobri que estava grávida. Dei a luz a Vincenzo no dia 24 de Dezembro de 2019. Um garotinho saudável e forte, muito parecido com Jules.
Eu o amei desde o momento em que soube que ele crescia dentro de mim. Fruto de algo tão puro e lindo, do meu relacionamento com Jules.
Sei que é muito para você raciocinar agora, mas para que você possa saber que estou te falando a verdade, há duas fotos de Vincenzo. Quero que olhe para elas e veja Jules, assim como eu vejo toda vez que olho para o meu filho.
Passei muito tempo querendo escrever para você. Jules à tinha como uma irmã. Lamento ter escondido isso de você e da família dele também, mas eu tive tanto medo. Medo da rejeição, de ser vista como uma mentirosa. Eu não poderia passar por nada disso. Eu só tinha Jules e depois que ele me deixou, não havia mais em quem eu pudesse confiar, então criei Vincenzo sozinha até agora, mas não acho mais que eu posso fazer isso. Vincenzo tem uma família além de mim. E eu preciso que ele cresça sabendo que é amado.
Prometo que irei lhe explicar tudo o que você precisa saber. Por favor, me encontre na cafeteria onde vocês costumavam se encontrar sempre que vinham juntos para Nice. Dia 18 de Janeiro às 16h.
Cecilia.
Minhas mãos tremem quando eu jogo a carta de volta em cima da mesa.
Mas que porra é essa? Isso é algum tipo de brincadeira doentia?
Pego as duas fotos nas mãos novamente e as encaro, percebendo agora o porquê de eu achar aquele menino tão familiar. Era Jules. Aquele garoto é a cópia de Jules.
Mas como isso é possível? Por que Jules nunca nos contou que tinha alguém? Isso não era do feitio dele. Jules sempre foi um livro aberto para nós. Sempre nos contou sobre tudo, assim como nós à ele. Ele não esconderia isso da gente….certo?
Com a cabeça cheia de dúvidas e o coração ainda mais pesado do que nunca, me vi gritando o nome de Marcella e em menos de um minuto, suas madeixas curtas apareceram pelo vão da porta.
-Sim?- Ela pergunta antes de me encarar por um momento e entrar totalmente na minha sala com uma expressão preocupada. - Você está bem, Marie? - Ela diz se ajoelhando ao meu lado.
-Reserve um voo para amanhã de manhã. Preciso ir para França.
🇫🇷
18 de Janeiro de 2023. - Nice, França.
Encaro novamente o relógio pendurado na parede, acima do balcão da pequena cafeteria. 15h45.
15 minutos. Apenas 15 minutos para que eu pudesse descobrir quem era a Cecilia e o porquê dela resolver entrar em contato comigo agora, depois de tanto tempo. E por que comigo? Sim eu, Jules e Charles sempre fomos muito próximos, apesar da diferença de idade. Mas por que entrar em contato justo comigo? Se o intuito dela era apresentar o garoto a família de Jules, por que ela não entrou em contato com Christine ou Phillipe?
Eu não via a família de Jules há muito tempo, nem ao menos trocávamos mensagens. Eu os deixei para trás quando decidi seguir em frente na Itália. Eles foram enterrados junto com meu passado em Mônaco.
O sino em cima da porta de entrada toca, indicando que alguém entrou no recinto. Minha cabeça dispara rapidamente em direção ao som.
E é como se em um minuto, tudo que eu lutei tanto para esquecer e deixar para trás, voltasse com força e sem controle como ondas de um tsunami.
Em pé, a poucos metros de onde estou sentada, meu olhar se cruza com Charles.
Charles. Meu ex namorado que não vejo há quase quatro anos. A parte que mais dói do meu passado, além da morte de Jules.
Ele está diferente. Tão diferente desde a última vez que eu o vi no funeral de Jules. Desta vez ele não está trajando o preto do luto, não. Ele está com roupas casuais, jeans escuro e um moletom verde musgo, com a palavra “FERRARI” estampada em preto. Em seu rosto há uma barba por fazer e seus olhos… porra. Os olhos que da última vez refletiam tanta desesperança, agora estavam mais vividos, porém com certos traços de preocupação.
Charles caminha até onde estou sentada, seus passos rápidos e largos como se quisesse me encurralar antes que eu fugisse novamente. Ele para a meio metro de distância, e seu olhar caminha por mim curiosamente. A sua feição é dura mas também coberta de duvidas. Aposto que assim como eu, ele quer entender o porquê de eu estar aqui.
-Charles…- Sou a primeira a dizer. A voz baixa e incerta. Ele assente devagar. Seu olhar ainda me encarando como se quisesse descobrir todos os segredos que eu obtive durante esses anos em que estivemos longe um do outro.
-O que você está fazendo aqui, Marie? - Ele pergunta. Direto, sem rodeios e com determinação. Um tom em que eu jamais esperaria ouvir do Charles que deixei há quatro anos. É, ele realmente mudou.
Eu queria poder responder a ele com a mesma intensidade, mas sinceramente, não acho que eu poderia. Há muita coisa acontecendo aqui e minha cabeça gira com tantas perguntas e emoções. Por que Charles está aqui? Que porra é essa? Foi ele quem armou tudo isso?
-Isso é algum tipo de brincadeira? Porque se for, eu juro por Deus que não tem graça nenhuma.- Ele diz, seu tom agora áspero.
Eu fico sentada olhando para ele. Totalmente confusa.
Charles passa a mão pelo cabelo, bagunçando ainda mais suas madeixas castanhas. Ele suspira fortemente e fecha os olhos, sua língua passa por seu lábio inferior rapidamente. Ele costumava fazer isso sempre quando sentia raiva ou frustração. Pelo menos isso não mudou.
-O que você está fazendo aqui, Charles?- Pergunto e ele abre os olhos, voltando a me encarar.
A mão de Charles vai até o bolso traseiro e volta com um envelope idêntico ao que foi deixado para mim no escritório na Itália. A diferença é que eu podia ver que esse foi endereçado a Charles, apenas o nome dele, também sem remetente.
-Me diz por favor, que não foi você, Marie. - Meus olhos passam do envelope para o rosto de Charles. Meu olhar demonstrando toda a sinceridade que eu podia quando o respondi:
-Não, não fui eu. - Ele assente com a cabeça, sua expressão se suavizando um pouco. Ele se move e se senta na cadeira vaga a minha frente. Suas mãos vão até o rosto e esfregam.
-Jules tem um filho. - Ele diz.
-Eu sei.- Respondo.
Charles abaixa as mãos e me encara novamente. Dessa vez a expressão de confusão. Antes que ele abra a boca para dizer qualquer outra coisa, eu pego minha bolsa em cima da mesa, abro e retiro o envelope branco de dentro dela. Charles encara a minha mão por um tempo, antes de estender o braço por cima da mesa e pegar o envelope da minha mão.
-Você também recebeu. - Ele diz e mesmo não sendo uma pergunta e ele não olhando para mim, eu faço que sim com a cabeça.
-Parece que ela marcou com nós dois. Creio que seja mais fácil contar a história ao mesmo tempo. Assim não há riscos de errar a versão. - Digo e o olhar dele passa dos envelopes em cima da mesa para mim.
-Você acha que é mentira? Que o garoto não é filho de Jules?- Ele pergunta sério e eu apenas dou de ombros.
-Eu acredito que possa ser de Jules. Só não sei o motivo pelo qual ela demorou todo esse tempo e porque escolheu a gente. Obviamente não somos as pessoas mais indicadas para mostrar a Vincenzo que ele tem uma família por parte de pai. - Digo e vejo o maxilar de Charles tencionar.
-Nós éramos amigos de Jules. Ele confiava em nós. - Ele diz, mais uma vez sua voz soando áspera.
-Pelo visto não confiava o bastante para nos dizer que se apaixonou. - Digo e imediatamente me arrependo.
Olho para Charles e se fizéssemos parte de um desenho animado, ele teria chamas no olhar.
-Você não sabe o que aconteceu. Você não sabe os motivos dele, assim como eu.- Ele diz entre dentes. - Não duvide das razões dele. Não quando ele não está aqui para se defender.
Durante todos os anos em que eu passei ao lado de Charles, eu nunca o vi com tanta raiva. E se eu não o conhecesse ficaria com medo.
Mas você ainda o conhece? Pergunto para mim mesma internamente.
-Não é o que eu quis dizer.- respondo na defensiva.- Sinto muito, não era para soar dessa forma. Óbvio que Jules tinha motivos e iremos descobrir quando Cecília chegar. - Charles relaxa o maxilar e se ajeita na cadeira.
Olho novamente para o relógio pendurado na parede. 16h10. Ela está atrasada. Olho para Charles, um pouco aflita.
-Você acha que ela vem? - Ele da de ombros, mas sua mão vai até o bolso do moletom e tira um celular.
-Ela está atrasada.- Ele diz o que eu já sei. - Mas acho que sim, ela vem.- Charles joga o celular em cima da mesa sem nenhum cuidado. Seus dedos ansiosos brincando com seus anéis.
-Parabéns pelo vice-campeonato, a propósito. - Digo para tentar amenizar um pouco da ansiedade de ambos e ele volta o olhar para mim.
-Você acompanhou as corridas ? - Ele perguntou um pouco surpreso.
-Sim.- admito um tanto envergonhada. - Minha secretária é uma grande fã de Fórmula 1. - Completo, o que não é mentira.
Assim como toda italiana, Marcella é uma tifosi assídua. E mesmo eu querendo deixar tudo que eu conhecia para trás, eu não poderia me esconder de um dos esportes mais amado pelos europeus, ainda mais na Itália, a casa da Ferrari.
Charles solta um riso baixo, seu olhar adotando a expressão de menino travesso. Ah não.
-Sua secretária, hein? - Ele diz com tom zombeteiro e cheio de insinuações.
-Ah, cale a boca, Leclerc! - Digo tentando soar seria mas falhando quando deixo uma risada escapar.- Eu estou falando sério! Minha secretária é uma tifosi roxa. Ela não pode calar a boca um minuto sobre a Ferrari e me faz assistir todas as corridas. - Digo e dou de ombros.
-Sim, sim… E eu aposto que sou o motorista favorito da sua “secretaria”, certo? - Ele diz fazendo aspas com os dedos e com um sorriso presunçoso no rosto.
-Na verdade, ela prefere o Sainz. - Digo e na mesma hora o sorriso dele se transforma em uma careta séria, o que me faz rir.
Logo as covinhas aparecem na bochecha de Charles e meu coração da um pequeno salto ao som da sua risada tipicamente meio falhada e exagerada. Ah como eu gostei de ouvir novamente aquela risada horrível, mas ao mesmo tempo muito fofa.
Naquele momento, mesmo eu odiando admitir, eu percebi o quanto senti falta daquilo. Era um sentimento tão bom do conhecido e de leveza. E mesmo que há apenas uns minutos atrás eu estivesse duvidando sobre ainda conhecer a pessoa que Charles havia se tornado, eu pude ver que independentemente dos anos e das tragédias que a vida o submeteu desde novo, aquele menino gentil e brincalhão pelo qual eu havia me apaixonado um dia, ainda estava lá. E talvez nunca fosse embora. E eu gostei disso.
Encarando Charles sorrindo, ali sentado na minha frente, me pergunto, por apenas um segundo, se teria sido diferente caso eu não tivesse ido embora. Mas assim como o pensamento veio, eu o afasto. Porque, por mais que eu fique feliz em saber que Charles ainda tinha algo que pra mim era familiar, dentro de si, nós não demos certos antes mesmo da morte de Jules. E duvido que conseguiríamos manter uma boa relação com toda dor e luto que nos cercava. Eu fiz uma boa escolha. Sim, eu fiz o certo.
Deixar Mônaco foi uma das coisas mais difíceis que eu tive que encarar. Mas isso me fez crescer e me tornou uma mulher forte. Aprendi a lidar com a perda, mesmo que talvez não seja da forma mais saudável, ainda funcionou para mim. Consegui terminar a faculdade, arrumei o emprego que eu queria e conheci gente nova. Me apaixonei, mesmo que não tenha amado como amei Charles, ainda me permiti sentir e tentar a felicidade. Claramente não deu certo, mas mesmo assim valeu a experiência.
E também posso dizer que Charles conseguiu conquistar o que queria, ou quase tudo. Ele é um dos melhores pilotos de fórmula 1, dirige para a Ferrari, que é o sonho de quase todo esportista do automobilismo. Tem uma carreira de sucesso e é mundialmente conhecido por isso. E mesmo não tendo conseguido o título que tanto anseia, no ano passado, talvez consiga esse ano. Ele é focado, é grato e gentil. O menino de ouro. O predestinado.
Mesmo Charles sendo tão jovem, conseguiu dar à família e amigos tudo o que sonharam. O orgulho de Pascale e se Harvé estivesse vivo, tenho certeza que também estaria orgulhoso do filho que criou. assim como Jules também estaria em ver o progresso de Charles.
E então o vazio apareceu de novo. Jules. Eu tento ao máximo não pensar nele. As memórias ainda são dolorosas mesmo depois desses anos.
Acho que deixei meus pensamentos refletirem demais, pois Charles que antes ria, agora me encara com um olhar de compaixão. Ele provavelmente pensou em Jules também.
-Eu também sinto falta dele. - ele diz e eu faço um gesto com a cabeça. - E senti sua falta também. - Sua mão se encontra com a minha em cima da mesa.
Não havia segundas intenções. Apenas um gesto. Um gesto para afirmar o que saía de sua boca. E doeu. Aquilo doeu no meu coração e na minha alma.
Afasto a mão rapidamente da dele e encaro a mesa. Charles recolheu as mãos e manteve perto do próprio corpo.
-Eu sei que você não me devia nada, Marie. Nem explicações, nem lealdade. - ele começa, a voz um pouco quebrada fazendo o meu coração apertar. - Mas Jules morreu e você foi embora. Por que você partiu? - Ele pergunta e eu posso ouvir a mágoa.
Eu queria ter forças para erguer o olhar e dizer à ele enquanto o encarava nos olhos, que tudo que eu fiz foi por medo e por achar que não havia mais nada para mim em Mônaco. Que eu ainda o amava mesmo depois dele terminar comigo e que perder Jules para a morte me destruiu, mas saber que perder Charles enquanto estava vivo, só iria me arruinar ainda mais. Eu não podia vê-lo todos os dias e saber que ele não pertencia mais a mim. E que cada minuto que eu passasse com o luto e com o coração partido e sem ele, me fazia lembrar que o amor era algo impossível para mim. Que eu não merecia ser amada. Que nunca haveria ninguém para me amar.
-Eu precisei ir.- Digo ainda encarando minhas mãos. - Não espero que você me entenda, nem que me perdoe. Até porque, não estou te pedindo nada disso, Charles. - Minha voz soou firme mas meus olhos ardem.
Respiro fundo e prendo o ar por alguns segundos antes de soltar. Subo meu olhar para encara-lo quando tenho certeza que as lágrimas não descerão.
-Eu tive que fazer uma escolha e eu a fiz. Eu me escolhi. - falo simplesmente, talvez tentando convencer a mim mesma.
Charles assente com a cabeça e volta a brincar com os anéis em seus dedos. Dessa vez era difícil para ele me encarar.
-Fico feliz em ver quem você se tornou, Marie. E espero que tenha alcançado o que queria quando…- ele para por um segundo, incerto do que dizer- Quando deixou Mônaco. - uma risada gasta deixou seus lábios. - Não vou te julgar, até porque, quando você se foi, já não éramos um casal. Mas eu fui um idiota em achar que éramos amigos.- Ele volta a me encarar. - Fui idiota até perceber que não haveria essa possibilidade entre nós dois sem Jules estar aqui.
Eu queria gritar. Queria levantar e jogar tudo o que havia na minha frente em cima dele. Queria xinga- lo e dizer que ele não tinha aquele direito. Mas para ser justa, eu não poderia nunca fazer isso. Não quando eu fui embora, quando fui eu quem deixei o que sobrou de nós três. Jules tinha morrido e eu fugido. Quando saí não pensei em Charles e nem em seus sentimentos. Apenas pensei em mim e como eu nunca conseguiria conviver com aquilo.
Eu não me arrependo. Fiz o que achei necessário e faria novamente. Charles poderia ter precisado de mim, mas eu precisava mais. Precisava sair e me curar. E foi o que eu fiz. Charles ainda tinha amigos e família com quem contar e eu não tinha ninguém. Sem família presente, sem amigo e sem namorado. Charles e eu sentimos o luto é claro, mas nós o sentimos de formas diferentes. Ele havia perdido um amigo e eu havia perdido tudo.
Não havia para quem eu voltar e abraçar ao chegar em casa. Não havia ninguém lá para me dizer que sentia muito pela minha perda e que tudo iria ficar bem. Então eu fui atrás do que eu achei que precisava e consegui. Fui em busca de mim mesma, de uma nova vida, de novas escolhas e oportunidades e eu as encontrei. Eu me encontrei. Claro que abri mão de muito e que o vazio que Jules e Charles haviam deixado, nunca foram preenchidos, mas eu aprendi a lidar e a utilizá-lo a favor de outras coisas e isso bastou, pelo menos por enquanto.
Antes que eu pudesse respondê-lo, sou interrompida mais uma vez pelo barulho do bendito sino da porta de entrada.
Charles e eu viramos nossa atenção para a porta ao mesmo tempo. Os dois encarando uma mulher loira e magra, que vestia um casaco verde e calça legging. Mas o que mais nos chamou atenção foi o garotinho em seus braços. Ele tinha cerca de 3 ou 4 anos, cabelos escuros, estava deitado com o rosto escondido no pescoço da mulher e sua mãozinha agarrava a gola do casaco dela como se estivesse com medo de que ela fosse embora se ele a soltasse.
Eu e Charles nos levantamos em gestos ensaiados, tudo ao mesmo tempo. Ele parou ao meu lado, sua mão pousando no meu ombro coberto pelo meu próprio casaco desta vez.
A mulher nos encarou e veio em passos lentos em nossa direção. Quando ela chegou mais perto e parou a cerca de um metro de distância de nós eu pude analisá-la.
Seu rosto era fino e perfeitamente simétrico, e mesmo parecendo que não dormia a dias, seus olhos cansados são um tom de castanho esverdeado, muito bonitos. Ela é muito bonita. Seus lábios se abrem em um pequeno sorriso e ali eu pude ver que ela facilmente fazia o tipo de Jules.
-Imagino que vocês são Charles e Marie, certo ? - Ela diz, sua voz era doce e cansada.
Meu olhar passa dela para o garotinho em seus braços e logo depois eles se cruzam com o de Charles. Ele me dizendo através dos olhos , as mesmas coisas que eu estou pensando. Nós voltamos a atenção para a loira à nossa frente e assentimos.
- Ótimo!- Ela pigarreia antes de continuar - Eu sou Cecília e este rapazinho aqui é Vincenzo. - ela da uma leve balançada no pequeno que aperta ainda mais forte o colarinho do casaco dela. - Filho de Jules.
O aperto de Charles sobre meu ombro fica mais forte e eu engulo em seco. Eu não consigo desviar meus olhos do garotinho e agora mais de perto, eu podia ver seu perfil. Sua bochecha gordinha de criança e seus cílios longos assim como o de Jules.
Cecília se mexe desconfortável, seus pés passando o peso de um para o outro e ela ajusta um pouco a posição de Vincenzo em seu colo.
-Sei que vocês devem ter milhares de perguntas e eu prometo que irei responder a todas elas. Mas antes, vocês se importam se eu me sentar? Vincenzo é um pouco pesado e vim caminhando com ele nos braços. - Ela diz com um semblante envergonhado.
-Claro que não. Por favor. - Charles se aproxima dela e puxa a cadeira em que estava sentado alguns minutos atrás. Cecília se senta tomando cuidado para não fazer movimentos bruscos e acordar Vincenzo.
Charles aponta para a outra cadeira vaga e eu me sento. Ele da alguns passos até a mesa ao lado e pega uma cadeira desocupada para que possa se sentar. Assim que os três estão sentados ao redor da mesa, Charles chama a garçonete, que só agora percebo que está todo esse tempo nos encarando. A garota ruiva e sorridente, que provavelmente não tinha mais de 19 anos, se aproxima com o olhar vidrado em Charles. Provavelmente ela deve ter o reconhecido.
É Charles quem faz os pedidos. Um cappuccino para mim- o que me causa uma sensação no estômago por ele ainda se lembrar-um chá gelado para si e pergunta a Cecília o que ela gostaria de beber e ela responde que um café seria o suficiente. A ruiva anota os pedidos e pede licença antes de se retirar. Seus olhos ainda grudados em Charles.
Reviro os olhos internamente, mas sei que não posso culpa-lá, afinal não deve ser sempre que ela atende alguma figura pública. Quando costumávamos vir aqui com Jules, os funcionários eram outros e a pequena cafeteria fica em uma rua meio que isolada em Nice, então é provável que não venha muitas pessoas famosas por aqui.
Tiro meu olhar da garçonete e volto para Cecília que já me encarava atentamente com um pequeno sorriso nos lábios.
-Bem… - Charles começa. - Por que estamos aqui, Cecília? Por que somente agora você entrou em contato conosco ? - Ele pergunta se inclinando um pouco mais para frente, seus braços descansando em cima da mesa de madeira.
Cecília se ajeita na cadeira cuidadosamente e seus olhos se desviam para Vincenzo por apenas um segundo antes de se voltar para nós.
-Eu queria que vocês conhecessem Vincenzo. Enquanto estava vivo, Jules sempre mencionou vocês como parte da família dele. Ele amava muito vocês dois. - Ela diz e eu sinto meu peito apertar.
-Mas por que só agora ? - Eu me pronuncio pela primeira vez. - Sei que você escreveu na carta que estava com medo, mas ainda assim soa estranho você resolver vir nos procurar agora, sem nenhum motivo. - digo tentando manter a minha voz firme.
Cecilia fica em silêncio por alguns segundos como se quisesse formular as próximas palavras com cuidado.
-Há um motivo. - Ela afirma. - Olha, eu sei que é estranho e garanto a vocês que não estou querendo dinheiro nem nada do tipo. - Seu olhar passa de mim para Charles como se quisesse confirmar a última parte especificamente para ele. - Eu e Jules nos conhecemos cerca de seis meses antes dele morrer e foi como amor a primeira vista.
-Ele nunca nos contou sobre você. - Charles responde a cortando e ela assente.
-Eu sei que não. Eu pedi para que ele não o fizesse. - Ela diz e eu e Charles nos encaramos confusos antes de voltar nossa atenção para ela.
-Como assim? Por que você pediria isso a ele? - Pergunto achando aquilo estranho.
-Quando conheci Jules, eu estava em um momento complicado da minha vida. - Ela responde e vejo seu semblante se tornar sombrio. - Eu tinha apenas 19 anos e tinha fugido da Itália. - A voz dela estremece como se fosse difícil para ela voltar a mencionar aqueles tempos .
Eu queria poder lhe dizer que não era necessário que ela nos contasse se não estivesse se sentindo confortável, mas na verdade era realmente necessário que ela o fizesse. Afinal, era para isso que eu e Charles estamos aqui.
Charles assentiu para que ela continue e eu podia sentir a tensão dele.
-Eu me meti com pessoas erradas na Itália.- Ela continua. - Havia um garoto pelo qual eu passei a adolescência apaixonada, Paolo era o nome dele. Nós éramos muito jovens e idiotas, sabe ? - Cecília ri e seus olhos enchem de lágrimas. - Como todo adolescente, nós nos achávamos invencíveis, mas não éramos. Quando eu tinha 17 anos, passava a maior parte do tempo em festas e clubes com ele. Nós bebíamos e usávamos drogas, era tudo curtição e felicidade, até que não era mais. Com o tempo a bebida e as drogas deixaram de ser apenas para as festas e começaram a se tornar necessárias para qualquer coisa. Desde conseguir se concentrar nos estudos, até para poder levantar da cama. Meus pais, assumiram que Paolo era o culpado pela minha dependência e me proibiu de voltar a vê-lo. Eu obviamente fui contra e eles me fizeram escolher entre uma vida com eles ou a minha ruína ao lado de Paolo. Eu jovem e burra escolhi o amor e abandonei meus pais sem olhar para trás. Deixei a vida que tinha para correr atrás de aventuras com Paolo e ele fez o mesmo, fugindo de casa. Mas acontece que éramos dois viciados sem casa e sem dinheiro. Não havia mais a grana que nossos pais nos davam, então começamos a nos virar como podíamos. Pequenos roubos e furtos e até mesmo… - ela para por um momento. Lágrimas grossas descendo pelo seu rosto.
- Aqui.- Charles estende um guardanapo e ela o pega e limpando o rosto logo em seguida.
-Obrigada. - ela agradece e ele a oferece um meio sorriso.- Até mesmo prostituição. -ela continua e eu sinto meu estômago embrulhar. Não era nojo, mas sim pena por imaginar alguém naquela situação. Ao meu lado pude ver que Charles se sentiu tão incomodado quanto eu. Era difícil para ele conseguir se colocar no lugar dela.
Charles cresceu com ótimos pais que faziam de tudo pelos filhos, e por mais que não fossem milionários na época, ainda conseguiam ter e oferecer uma vida confortável a eles. E aposto que se qualquer um dos três, Charles, Lorenzo ou Arthur, tivessem seguido o caminho errado, Pascale jamais os teria abandonado.
E eu, bem, eu tive sorte. Passei a adolescência com Jules e Charles que possuíam uma família estruturada o suficiente para compartilhar comigo, pois meus pais eram ausentes.
Obviamente que eu e Charles tivemos nossa fase rebelde com porres e maconha de vez em quando. Mas Jules, por ser quase dez anos mais velho do que nós, sempre nos manteve na linha como um bom irmão mais velho. E se ele soubesse que passamos dos limites em festas ou em qualquer outro lugar, oh Deus! Ele pirava.
-Cecilia, sei que é difícil para você dizer isso, mas acho que é importante para que eu e Charles possamos compreender. - Digo e ela assente.
Cecília respira fundo duas vezes antes de continuar e é ali que tenho certeza de que a história só pioraria. Tento me preparar para ouvir o que ela tinha a dizer.
-Eu me prostitui algumas vezes, sem que Paolo soubesse. Havia alguns traficantes que me davam drogas em troca de sexo e como muitas das vezes eu não tinha outra opção, eu aceitava. Mas um dia ele descobriu e aquilo acabou com ele. Com a gente. - As lágrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto. - Paolo enlouqueceu quando descobriu e foi atrás do traficante que eu havia dormido. Ele arrumou uma arma e matou o cara. Ficamos fugindo durante algumas semanas, mas era difícil demais para dois sem teto viciados, conseguir se esconder na Itália. Logo nos acharam e…- ela aperta os olhos e soluça forte.
Eu estico a minha mão em cima da mesa e pego a mão de Cecília. Ali havia muita dor e parte de mim queria se encolher e parar de ouvir, mas eu não podia. Passo meus olhos para Charles e ele me encara de volta, seus olhos refletindo uma angústia em estar ouvindo tudo que saia da boca dela. Era surreal demais para ele ouvir tudo aquilo.
-Eles mataram Paolo e acreditaram ter me matado também. Mas por algum milagre eu consegui sobreviver e pedir ajuda em uma igreja. O padre de lá era amigo dos meus pais e conseguiu uma família em Nice, que estaria disposta a me ajudar. Então eu vim para França, passei pela reabilitação e comecei a frequentar as reuniões para dependentes químicos. - seus olhos voltam a ficar distantes e eu continuo a segurar sua mão. - Foi na volta de uma dessas reuniões que eu conheci Jules e foi ali que eu entendi o motivo de eu ter sobrevivido. Nós nos apaixonamos, mas ele tinha uma vida pública e eu não podia me expor pois tinha muito medo que viessem atrás de mim. Eu contei a Jules o que tinha acontecido e diferente do que eu achei que ele faria, ele me acolheu. Me prometeu que não contaria a ninguém, nem mesmo a vocês dois, até que eu estivesse pronta e segura. E ele fez isso. Nos manteve em segredo durante meses. Nos víamos sempre que ele voltava para Nice, após as corridas. -Ela termina.
Eu e Charles observamos enquanto Cecília tenta tranquilizar a respiração, seu aperto sobre o corpo adormecido de Vincenzo aumenta como se tivesse medo de que ele sumisse de seus braços a qualquer momento.
Me parte o coração ver toda a sua dor e me faz ter uma perspectiva totalmente diferente de quando eu entrei aqui hoje. Ela amava Vincenzo e isso era nítido, assim como amou Jules. E essa é a parte que mais me dói.
Saber que o motivo pelo qual Jules nunca a citou para nós, seus amigos e família, foi somente para protege-la, fez meu coração pesar e se aquecer ao mesmo tempo. Isso era tão Jules.
Consigo me lembrar que meses antes de morrer, ele realmente passou a frequentar mais sua cidade natal e sempre que o questionávamos, ele dizia que queria passar um pouco mais de tempo com sua família. Nós até estranhávamos um pouco, mas Jules sempre teve uma ótima relação com os pais e parentes mais íntimos, o que nos fazia simplesmente deixar para lá e somente aproveitar o tempo que passávamos juntos antes dele e Charles ter que voltar para as corridas.
-Sinto muito por tudo isso, de verdade, Cecilia.- Charles é o primeiro a dizer após ela parecer mais calma. - Mas ainda precisamos saber o porquê de só agora você nos procurar. - Ele diz e eu concordo.
Cecilia assentiu com a cabeça e olhou para Vincenzo em seus braços. A tensão que emanava em si, me fez estremecer, Charles provavelmente percebeu e sua mão se encontra com a minha coxa por baixo da mesa.
-Cerca de dois dias antes da morte de Jules, descobri que estava grávida de Vincenzo. - Ela diz e eu faço um gesto de compreensão com a cabeça. - Jules estava correndo em Shangai e eu estava apavorada e sozinha aqui.- As lágrimas que haviam cessado voltaram a descer em ondas mais intensas.
Minha mente se teletransporta para 2019, para a última corrida de Jules. Ele estava tão contente que conseguiu terminar em sétimo lugar naquele dia. Mas, de uma hora para outra ele só queria voltar para casa e descansar, nem chegando a comemorar com os meninos do grid.
-Eu mandei uma mensagem para ele após a corrida. Disse que precisava que ele viesse o mais rápido possível para Nice, pois algo havia acontecido. - Cecília olha para Charles enquanto dizia.- Então ele me mandou mensagem dizendo que iria pegar o primeiro avião disponível de volta para França.
Conforme Cecília fala, o aperto de Charles em minha coxa aumenta. Eu olho para ele pelo canto dos olhos e consigo enxergar o momento em que seu pomo de Adão sobe e desce.
-Então foi por isso que ele saiu tão depressa naquele dia. - A voz de Charles soa baixa. - Ele saiu antes que eu pudesse falar com ele…- Seus olhos enchem de água e sua respiração se torna um pouco instável. Cecília apenas assente e fecha os olhos com força antes de continuar.
-Quando Jules chegou em Nice já era de madrugada e estava chovendo muito. Ele tentou pegar um táxi ou Uber, mas não estava conseguindo nenhum dos dois. - Dessa vez sinto minha respiração falhar um pouco enquanto ela continua. - Ele conseguiu alugar um carro em uma agência 24 horas que ficava próxima ao aeroporto e me mandou uma mensagem dizendo que chegaria em breve e que eu não precisava me preocupar, pois não importava o que estivesse acontecendo tudo iria ficar bem e que ele me amava.
Charles levantou abruptamente. Seu rosto adotando um olhar de descrença.
-Foi você…- A voz dele era fraca e acusatória. - Foi por sua causa que ele… Meu Deus!- Ele se agita e suas mãos passam pelo rosto e por seu cabelo.
-Charles…- Eu tento acalma-lo, mesmo eu também estando ansiosa. - Charles, por favor, senta e tenta se acalmar. - Eu tento pegar em sua mão mas ele recua em um movimento brusco.
-Me acalmar? - Ele se volta para mim. - Foi ela, Marie! - ele diz apontando para Cecília que apenas se encolhe na cadeira e aperta ainda mais Vincenzo que se mexe desconfortável em seu colo. - Ela matou ele! É POR CULPA DELA QUE JULES MORREU! - Ele grita.
Minha respiração se torna difícil e meu coração vai a mil por hora. Na minha frente Cecília soluçava e apertava Vincenzo ainda mais contra seu corpo.
Toda aquela comoção fez com que alguns funcionários começassem a aparecer e se aproximar a uma distância segura da mesa.
-Eu sinto muito, sinto muito- Cecília implora. - Eu juro que nunca quis que isso acontecesse, eu estava com tanto medo e…- Ela para quando escuta o choro baixo de Vincenzo.
A atenção de Charles vai para o garotinho quando percebe que agora ele está acordado. Ele faz um movimento negativo com a cabeça e sai do café as pressas, batendo a porta com muita força atrás de si. Nós nos assustamos com o barulho e o garotinho chora ainda mais alto. Eu me levanto apressada para ir atrás de Charles mas antes paro e me viro para Cecília.
-Por favor, espere aqui, sim? Vou tentar acalma-lo. Não vá embora. - Digo e ela assente, seu rosto manchado de lágrimas que ainda continuavam caindo e sua respiração acelerada enquanto balançava Vincenzo tentando acalma-lo.
Uma garçonete morena se aproxima com um copo de água nas mãos e coloca na frente de Cecília. Eu a agradeço com um gesto e saiu pela porta rapidamente afim de encontrar Charles.
Não demoro muito para encontrá-lo, ele estava em frente a um carro preto. O corpo apoiado ao lado do motorista. Mesmo de longe eu posso ver seu corpo tremendo e ouvir o som de sua respiração desregulada. Vou me aproximando devagar dele, para não assusta-lo.
Quando chego perto o suficiente penso em toca-lo, mas logo o pensamento deixa a minha mente quando percebo que não era uma boa ideia.
-Charles…- o chamo baixinho para chamar sua atenção. - Eu sinto muito, mas nós precisamos voltar para lá. Ela-
-Não!- ele exclama.- Por favor, Marie! Não me peça para voltar lá. Ela matou ele! Foi culpa dela! - Ele me encara com os olhos vermelhos e inchados.
Meu coração se aperta mais com a imagem dele assim. Me vejo novamente sendo mandada para o ano da morte de Jules, mais especificamente para o dia de seu funeral.
Eu queria abraçar Charles e dizer que tudo ficaria bem, mas na verdade eu não sabia se ficaria. Jules havia morrido à quase quatro anos e mesmo assim ainda doía toda vez que seu nome era citado. E ouvir hoje de uma estranha, as razões pelas quais resultaram em sua morte, não era algo fácil. Mas havia um motivo pelo qual Cecília quis nos contatar depois de todo esse tempo e nós precisamos saber.
Respiro fundo e resolvo me aproximar mais de Charles. Um de nós tinha que tentar ser racional nesse momento e se tivesse que ser eu, tudo bem. Eu não iria voltar para a Itália sem uma resposta.
-Charles, eu entendo que é difícil ouvir tudo isso assim, de repente.- minhas mãos vão para o seu rosto. - Eu sei que dói, Charles. Eu também estou sentindo. - Ele fecha os olhos e eu sinto lágrimas rolarem pelo meu rosto. - Mas nós não podemos culpá-la totalmente, Charles. Ela estava com medo e só queria conversar com ele.
-E isso resultou na morte dele. - Ele diz, seus olhos se abrindo e se encontrando com os meus. - Marie, se ela não tivesse feito o que fez, ele estaria aqui agora. Ele estaria vivo e teria conhecido…- A voz dele falha. - Ele teria conhecido o próprio filho. - Ele chora e eu o puxo para um abraço.
Jules morreu sem conhecer o filho. Jules morreu sem saber que teria um filho. Jules morreu no escuro sem saber o que é que estava acontecendo com Cecília. Jules morreu sozinho e preocupado e nada que possamos fazer irá trazê-lo de volta. Ele morreu. Acabou. Mas eu e Charles ainda estamos aqui.
-Jules morreu sem conhecer o filho, mas nós ainda estamos aqui e podemos fazer isso por ele. - eu digo e ele me aperta mais. - Nós ainda estamos aqui, Charles. E podemos fazer isso. - Ele quebra o abraço e me encara com o rosto cheio de mágoas. Eu afirmo com a cabeça. - Nós precisamos entrar lá. Juntos. - ele olha para os pés. - Charles, eu preciso que você entre lá comigo, pois eu não posso fazer isso sozinha. - Seus olhos voltam para mim e ele entende que eu utilizei as mesmas palavras que ele há alguns anos.- Por favor, Charles. Eu não quero fazer isso sozinha. Não posso. - Ele assente e eu pego sua mão e o arrasto lentamente de volta até a cafeteria.
Quando entramos pela porta meus olhos se encontram com os de Cecília. Afirmo com a cabeça para lhe dizer que está tudo bem e ela assente em compreensão. Olho para Charles que a encara sem expressão. Seu olhar está gélido, totalmente diferente do que um dia eu cheguei a conhecer.
Ainda segurando a mão de Charles, caminho em direção a mesa onde ela nos espera desconfortável. Percebo que Vincenzo não estava mais em seu colo e sinto uma preocupação momentânea que logo passa quando o vejo brincando de costas em uma outra mesa com a mesma garçonete ruiva que havia nos atendido.
Nos sentamos em nossas cadeiras e vejo que os nossos pedidos estão postos em cima da mesa. Sinto meu estômago embrulhar só de olhar para o Cappuccino na minha frente. Dou uma ligeira olhada ao redor e percebo os funcionários tentando desviar o olhar de onde estamos. Faço uma anotação mental em “resolver” esse problema para que não saia daqui quando formos embora.
-Apenas diga logo o que você quer. - Charles quebra o silêncio, seus olhos ainda encarando Cecília que assente e engole em seco.
-Eu entendo a raiva de vocês e sei que não tenho o direito de pedir o que irei pedir. - Ela diz e minha audição aguça. - Eu convivo com a culpa a anos. Seja por Paolo ou por Jules, a culpa e o remorso me acompanham por onde quer que eu vá. Não importa o que eu tente fazer, sempre estão lá. - Ela olha para as mãos. - Ano passado eu tive uma recaída. - Ela diz. - Usei heroína, foi uma vez, mas usei. Depois de anos resistindo e nem chegando perto de drogas, eu deixei a minha mente de merda cair no buraco e me piquei. - Ela solta um riso desesperado e seus olhos enchem de água.
Meu corpo gela e Charles solta um barulho de escárnio ao meu lado. Quando ele abre a boca para falar algo Cecília o corta.
-Sim, eu sei que sou uma puta e que mereço a pior merda que a vida reservar para mim. Mas é essa a questão. Eu mereço as coisas ruins, mas meu filho não. - Ela diz firme nos encarando séria. - Eu preciso que Vincenzo tenha uma vida boa e decente. Preciso ter certeza que ele crescerá sendo amado e que nunca irá faltar nada a ele. - Ela desvia o olhar por um momento até a mesa onde Vincenzo brincava animado com a garçonete e logo depois volta a atenção para nós.
Cecília respira fundo e se inclina mais para frente. Eu podia jurar que ela seria capaz de pedir qualquer coisa naquele momento. Dinheiro, uma casa em um lugar distante da cidade, um período na reabilitação, qualquer coisa.
-Eu não posso mais cuidar de Vincenzo.- Ela afirma, seu tom exalando amargura.- Eu prometi a Jules que faria de tudo para que ele fosse diferente de mim. E é por isso que procurei vocês depois de todos esses anos.
Minha cabeça gira. Ela está pedindo para …? Não, não é possível.
-O que você quer dizer com isso ? - Charles pergunta aflito.
Cecília limpa as lágrimas do rosto com a mão, pisca algumas vez e adota um olhar decidido, um olhar que eu conhecia bem. O mesmo olhar que deu a mim mesma no espelho quando decidi deixar Mônaco. De repente eu me sinto apavorada, pois minhas suspeitas são confirmadas.
-Ela quer que nós cuidemos de Vincenzo. - Eu digo.
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lylyblue · 1 year ago
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IMAGINE REGINA MILLS
[Isso é um repost de uma Fic minha no Wattpad.]
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Existe uma pequena cidade no Maine, onde cada personagem do conto de fadas está preso em dois mundos, vítimas de uma poderosa maldição, só uma sabe a verdade e só uma pode quebrar o feitiço.
Era mais um dia normal em Storybrooke, cada um em seus afazeres e rotinas. Granny's abrindo para nova acomodações e recebendo os clientes, Sr.Gold colocando sua placa de Open, Mary Margaret entrando na escola e dando aulas para o primário, e o Relógio parado.
Em uma dessa rotinas normais, uma se deu o atraso. Henry desceu as escadas, completamente atrasado, mas arrumado para escola, mesmo que tenha que conviver sabendo a verdade daquele lugar; Todos são personagens de contos de fadas presos pela maldição da sua "Mãe", Regina Mills, ou melhor; The Evil Queen. A Prefeita sendo uma ótima Mãe, tentando dar seu máximo, de levantou do seu café da manhã e levou seu filho no carro para a escola de Storybrooke pela manhã. Henry imediatamente saiu do carro dando passos rápidos para a escola.
- Henry! Não... - Regina nem teve tempo de falar, Henry já tinha entrando na escola. O que fez a mesma revirar os olhos suspirando pesadamente. - Quando você vai gostar de mim, Henry? - Perguntou a sir mesma em sussurro, olhando do pelo retrovisor do carro, mas logo olha a parte traseira do carro, percebendo que Henry esqueceu a mochila. Suspirando levemente, ela se inclinou pegando a mochila e saindo do carro não teve tempo de pensar quando alguém esbarrou na Prefeita.
- Hey! Olha por... - Ela falou colocar raiva no começo, mas seu tom abaixou ligeiramente olhando a figura em sua frente, que deixou o caderno e livros caírem no chão.
- Desculpa! Eu não percebi por onde estava andando. - A jovem falou olhando a Regina envergonhada se abaixando para pegar seus materiais.
Regina olhou a jovem; Cristal. percebendo que mesmo depois da maldição continuava linda e agradável, sabia que todos continuavam imortais e parados no tempo, era só um pensamento idiota. A visão era como um colírio aos seus olhos. Regina suspirou se abaixando ao lado da jovem ajudando a pegar seus livros de estudos de Escultura e Poesia, sorrindo levemente ao notar os livros.
- Não se desculpe, eu que não prestei atenção. - A Prefeita respondeu com um olhar tranquilizador, se alguém mais visse isso, talvez diria que a Prefeita está de muito bom humor. Mas não saberia a verdadeira história.
_
Pelas estradas da floresta encatanda, uma carruagem se encontrava, sendo locomovida por belos cavalos negros e altos, pelas estradas molhadas e lamaçentas, sua cor preta com alguns tons de roxo e alguns toques de vermelho se destacava pela sua aparência diferente das carruagens mágicas dos Contos De Fada.
Mas não estariam falando de Contos De Fadas ou algo doce encantando, estaríamos falando de The Evil Queen. A mulher usava suas típicas roupas pretas com detalhes bordsdos decorados e seu chapéu de acompanhamento com seu decote leviano. Que estava, por incrível que pareça, levando crianças para a casa de uma bruxa ou levando uma bela dama para um castelo para deixá-la aprisionada.
Estaríamos falando de Cristal, que estava calma sentada ao lado da Evil Queen, ainda por incrível e único que pareça; Não estava a ameaçando ou a sequestrando para algum trabalho. Estaríamos compartilhando leves momentos em silêncio, apenas escutando o farfalhar das folhas das árvores molhadas e o som dos calvagar dos cavalos.
A mão da Rainha calmamente tocou a mão da jovem, em um toque singelo e calmo, as unhas médias afiadas em um tom de esmalte vermelho sangue traçando os dedos da jovem calma em um toque singelo de amor.
- Estou feliz que veio me acompanhar, meu amor. - Regina falou calma com um sorriso sem mostrar os dentes, se aproximando calma e meio envergonhada. - Mesmo que esteja com medo dos Trovões, saiba que estou aqui. - Regina falou gentil e doce, até mesmo supressa com as próprias palavras. -
- Não tem problema, querida. - Cristal respondeu calma segurando a mão da mulher, as entrelaçando em toque suave e apaixonado. - Sempre estarei com você. - Adicionou com um toque suave de leveza. - Enfretaria mils chuvas fortes por você. -
Regina sorriu em reposta, não tendo palavras para responder a tal toque tão íntimo e inocente. Suas palavras ficaram presas na garganta e não conseguiu reagir. Em resposta, suas bochechas brilharam em vermelho, e ela escolheu não esconder.
- Obrigado. - Ela falou de repente, com um tom amoroso. Diferente do que a Rainha Má faria, esse é o ponto; Não é a Rainha Má, é Regina.
- Pelo o que? - Perguntou Cristal levemente confusa, segurando ainda a mão de Regina, e a abraçou suavemente de lado, passando a mão pela sua cintura.
Regina congelou com o toque, mas relaxou, se deixando se sentir amada e desejada por uma alma doce e reconfortante. Pequenas lágrimas se fomaram em seus olhos, talvez já tivesse com quem passar seu final feliz.
- Por me amar. - Regina respondeu em sussurro suave, com um sorriso amoroso aberto para todos que ela já amou.
_
Regina estava sentada na cadeira do escritório, pensando profundamente sobre sua vida, sobre seus acontecimentos depois que lançou a maldição, sua vida mudando drasticamente e sua vingança com a Snow White sendo realizada, o que fez ela abrir um pequeno sorriso de canto. Mas sua felicidade não durou muito tempo, quando a última cena da sua amada vinha em sua cabeça como uma tortura a suas escolhas. Sua última lembrança não era agradável, não pelo situação, mas pelas palavras.
"Regina, não faça nada de errado, por favor." Cristal falou calma em suas lembranças.
"Eu não irei, minha pequena." Regina respondeu, lembrando do toque que deu na bochecha de Cristal pela última vez.
Regina fez tudo de errado. Suas lembranças a torturando sempre, não existia um dia sequer que não se lembrava disso. A confiança que Cristal depositou nela e a mesma sendo quebrada a algumas horas depois, sua cabeça começando a circular em diversos espaços e lugares que estava com Cristal, fazendo Regina sentir todo o ódio, tristeza, dor e solidão que ainda sentia por não ter sua amada ao seu lado. O coração da Prefeita batendo forte a cada beijo, carícia e abraços que ainda se mantinha acesso em dentro da sua mente e coração. Seu sorriso sumiu tão rápido quanto surgiu, sendo substituído por uma suspiro melancólico e triste.
- Eu teria feito diferente, Cristal. - Regina sussurrou fechando os olhos suspirando pesadamente. Inclinando sua cabeça e se aconchegando desajeitamente na cadeira, e suspirou pesado. - Eu gostaria que você lembra-se de mim, minha esposa.
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sonhosdeescritor · 1 year ago
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               Suzana guarda as roupas na gaveta, Eugênia passara as roupas durante a noite, agora ela ali estica os lençóis na cama dos 3 filhos do sr Eduardo, um viúvo de 43 anos com filhos de 15, 12, 10 anos.      - O judiação, só de ver essas fotos me dá uma tristeza que só.     Ela limpa o porta retrato colocando de volta no criado, neste a falecida com marido e filhos, tem 6 meses que ela se fora deste mundo.    Jaqueline entra ali, chama a mulher para ajuda-la, já que os peões trouxera dois porcos para serem limpos e cortados.    - Eita que povo apressado de meu Deus.    Deste jeito Suzana fecha o quarto, corre junto de Jaqueline pelo corredor de 12 peças, sendo 8 quartos, 2 salas e 2 banheiros só ali, do outro lado da grande sala, outro corredor com 3 quartos pequenos, cozinha, lavanderia, biblioteca e escritório.    Na cozinha, Ademar termina de colocar as buchadas na bacia, Jaqueline já deixara 4 panelas grandes ao fogo na linha, do outro lado Percival ja vai jogando água fervente no porco e Suzana passa a faca afiada retirando todo pêlo do bicho, em quase uma hora, tudo cortado e limpo, colocados em porções nos sacos plásticos e destinados aos freezer's da fazenda.    Sim, estamos na fazenda São Luiz, a uns 30 km de Bataguassú M S, seu Eduardo herdara esta e outras 3 sendo duas no M S, perto dali e uma no Pará.    Seu Lourenço entra ali de botas de cano olha para os peões e os manda para o pasto, tem gado a ser cuidado e logo chega o caminhão para embarcar 15 cabeças, vão para o frigo da família.    Juliana chega neste momento ao lado de um rapaz.    - Onde esta meu tio?    - Bom dia dona Juliana.    - Bom dia gente.    - E o moço, seu namorado?    - Quer sempre saber demais né Suzana, vá chamar meu tio.    - Tô indo.    Suzana sai dali seguindo para o escritório, logo vem com o Eduardo.    - O que houve Juliana?    - Bom dia tia.    - Bom dia.    - Trouxe o André, ele terminou a administração com foco em agronegócio.    - Sei, tua mãe me ligou dizendo, vamos para o escritório.    - Sim tio.   Eles seguem para o escritório e Suzana olha para a moça com certa raiva.    - Oh menina chata, não desce deste salto infeliz nunca.    No escritório Eduardo conversa com eles e nisto faz uma entrevista com André, 23 anos, alto, magro, filho de gente conhecida na cidade, teve pai vereador mais ultimamente estão decaindo no que diz respeito ao financeiro.    - Vamos ver, você começa amanhã, te quero aqui ás sete e trinta, não tolero atrasos.    - Não terá seu Eduardo.    - Certo.    Juliana olha ali atrás do tio, as telas onde passam o rotineiro da fazenda inclusive da cozinha.   - É tio, ainda tem essa mania de ver tudo?   - O olho do dono que engorda seus bois.   - Sei, meu pai também diz o mesmo.   - Tem de dizer, afinal ele aprendeu com quem mesmo?   - Com o senhor tio.   Os jovens vão saindo quando Eduardo chama atenção de Juliana.   - Olha minha sobrinha, não quero que trate as empregadas ou empregados mau, tenha respeito e os trate bem.   - Me desculpe tio.   - Se sabe que vou chamar tua atenção, por que insiste hein?   O almoço é bem farto em bistecas, macarrão, arroz, feijão, saladas, mais os garotos não ficam um dia sem comer ovo frito feito por Suzana.   - Nossa, muito bom Suzana, obrigado.   - Oras, o que vocês quiserem, eu sempre vou fazer.   - Você é uma fada na cozinha, é o que sempre a mãe dizia.   O silêncio fica ali e Eduardo o corta chamando os garotos para a sala onde vão jogar um pouco de games.   As mulheres lavam tudo e Jaqueline leva as sobras e restos ao chiqueiro dos porcos e deixa algum para as galinhas.   Esta vindo o natal, Eduardo prepara tudo com ajuda do gerente Sandro para que ele possa se ausentar por duas semanas com os garotos, vão para a Argentina visitar a vó deles por parte de mãe.   - Pode deixar patrão, vou tomar conta de tudo.   - Sei que vai, fique de olho naquele André, reveja os documentos quando ele for.   - Sim, farei isso.   - Qualquer dúvida, ligue para o Neto o advogado, ele saberá o que tem de ser feito.   - Sim sr.   A fazenda continua sendo gerida como se o senhor Eduardo estivesse, Sandro toma conta de tudo, ordena os peões e atende aos pedidos das empregadas, por rádio amador ele controla as outras fazendas e quando André vai embora ele entra no escritório e toma nota de tudo ali, tirando fotos e faz vídeos que são enviados ao senhor Eduardo toda noite no mesmo horário.    As semanas passam e numa sexta chega o avião, desce os garotos e o pai trazendo uma companhia.   - Oi seu Eduardo fez boa viagem?   - Sim Suzana e vocês?   - Tudo bem por aqui senhor.   - essa aqui é a Regina, prima da minha falecida esposa, ela vai ficar com a gente.   - Prazer dona Regina.   - Olá, você é Suzana?   - Sim.  Todos ali aposentados, os garotos correm para os quartos e Regina olha a casa da fazenda em seus detalhes até que Jaqueline.   - Oi dona Regina.   - Jaqueline você não?   - Sim dona Regina.   - Hoje teremos frango assado, milho e arroz grego.   - Bom, só que eu não como carnes.   - De nenhum tipo?   - Não, pode fazer salada e legumes na grelha?   - Faremos sim dona Regina.   Na cozinha assim que Jaqueline conta as novidades e o pedido para Suzana.   - Sabia, essa galega vai ser o inferno.   - Olha quem esta falando, sempre puxou o saco desta gente.   - Preciso do trabalho, você também, mais vá escrevendo, trouxe essa daí para fazer da nossa vida um martirío.   - Pois é, você vê, os meninos comem de tudo, seu Eduardo nunca reclamou.   - Mais é sempre assim, pobre tem que se lascar, sempre.   - E então?   - Então o quê mulher, a gente é funcionário tem que fazer o que a dondoca manda e pronto.   - Pois vamos né.   - Prepare a grelha, vou cortar os legumes.   - Eita mulher enjoada da gota.
                  260423................. FIM.
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bicofinosemsalto · 2 years ago
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Tô grávida, e agora?
Maternidade, a dor e a delícia da outra versão de você mesma.
Não é segredo pra ninguém (que me conhece) que nunca tive o sonho da maternidade. Desde muito nova dizia que não me casaria na igreja e muito menos teria filhos. Pois bem, posterguei, posterguei ... me envolvi e, depois de mais de 10 anos juntos, já por volta dos 35 anos bateu a dúvida.
Como tomava contraceptivos há muito, muuuuuuuito tempo, os médicos com quem me consultei diziam que não engravidaria tão rápido. Parei o anticoncepcional em setembro e minha menstruação atrasou, assustada, achei que já teria acontecido. Não foi. Em outubro viajamos pra Salvador, novamente um atraso e ... nada. Foi quando repensei, refleti e cheguei à conclusão de que aquilo não era mesmo pra mim. Cheguei pro meu companheiro e disse voltariamos a nos prevenir e aguardei a próxima menstruação (ponto importante: nunca escondi dele que não estava nos meus planos a maternidade).
Novembro passou, a minha data era geralmente primeira quinzena do mês e desencanei.
Eu estava radiante! Tinha conseguido alcançar o peso que almejava a vida toda, trabalhava numa empresa legal, com pessoas legais, me vestia muito bem, vaidade no topo ... saltos, makes lindas, cabelo impecável com cachos deslumbrantes .... enfim, no auge! Fim do mês e meu esposo lembrou da bendita menstruação:
- Ahh, atrasou denovo mas não deve ser nada. Os médicos estavam certos, são só 2 meses sem remédio, só pode ser meu corpo regulando. - eu disse pra ele.
Dia 27 de novembro é a data em que comemoramos nosso reencontro (sim, estudamos juntos no colegial mas essa é outra história) e resolvemos jantar no shopping que, por sinal, ficava à 5 minutos caminhando de casa. Ele pediu pra que eu fizesse o teste de farmácia e recusei. Pediu denovo e concordei que ele passaria na farmácia pra comprar o bendito bastãozinho.
Chegamos por volta das 10 da noite e tinha um lavabo bem na entrada. Entrei, me aprocheguei, fiz meu xixi mirando direto no papelzinho (estava de birra pq não queria fazer o teste) e esperei. A bula dizia 5 minutos. Acendi meu cigarro no vaso mesmo e em questão de segundos, enquanto o líquido amarelinho subia pelo papel apareceu o primeiro risco rosa e na sequência, quase que imediatamente, o segundo risco. Travei. Aquilo só poderia estar errado.
Fiquei ali parada por alguns segundos olhando (me pareceram horas) e milhões de coisas passaram pela minha cabeça. Eu não queria mais. Não estava mais nos meus planos. Olhei pra ele e entreguei o teste. Ele abriu um sorriso e saiu falando:
- Eu sabia! Eu sabia! Vc tá diferente ...
Acendi outro cigarro. Peguei o telefone e liguei pra minha mãe.
Coitada ... hahahaha ... já era tarde e eu nem me liguei nisso. Ela já estava na cama, contei e a felicidade dela foi explícita, entretanto, naquele instante, ela precisava me acalmar, em contraste com a maneira como expressei meus sentimentos entender o que estava acontecendo e tentar associar minha revolta com a alegria dela.
O tempo passou. Não aceitei aquilo muito bem num primeiro momento. O corpo foi mudando, graças a Deus e muita leitura a cabeça também.
Me programei muito durante a gravidez para um parto humanizado, no processo bateu o arrependimento daquela reação inicial e pedi muito perdão pra pessoinha que crescia ali dentro ... o pré natal foi bastante turbulento com 5 trocas de obstetras por questões do convênio e por fim, acabei que passei pelo que mais temia, violência obstetrícia.
Hoje a criaturinha tem 7 pra 8 anos. Uma garota incrível com uma personalidade ímpar que me desafia em 12 a cada 10 oportunidades. Pra quem acredita que a fase de recém nascido é a mais difícil, desculpe informar mas vai piorar – kkkkkkk. Só que a gente melhora, ensina e aprende todo dia. Volta a ser criança. Exige demais, cobra, quer o melhor, faz o melhor mas nem sempre o melhor é o correto, a gente aprende a ressignificar quase tudo! São tantas contradições nesse processo de ser mãe. É louco. Num momento vc quer esganar e no outro ama de uma forma inexplicável. Daria todas as suas vidas e mais algumas pelo bem estar daquele pedacinho de você que não tem nada a ver com aquilo que você imaginava. O bagulho é loko.
Bom, curti meu tão almejado corpo tamanho 38-40 Brasil por algumas semanas apenas, os hormônios da gravidez me deixaram quase careca, os peitos coitados ... não preciso nem falar o que aconteceu (amamentei livre demanda por 1 ano) mas cá estou eu, com uma vida dividida em antes e depois da Minhoca da Minha Vida.
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lacharapita · 6 months ago
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BLOW-UP
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Enzo Vogrincic x reader
Smut - diferença de idade [loba 19 - Enzo 30], oral sex, sexo sem proteção [NÃOOOOOOOOO!], Enzo babaquinha, perda de virgindade, Enzo fotógrafo canalha, vintage just for the vibes desse homem nessas fotos que parecem direto de um filme dos anos 60/70
N.A - Lobas do meu heart, essa coisinha aqui se passa em Londres, 1967💥🗣️🙌😍. Totalmente inspirado na vibe de Blow-up, um filme de 1967 que eu recomendo muito [tem no youtube]‼️‼️. Não sou acostumada a escrever coisa com diferença de idade porém nesse contexto eu achei que ficaria mais delicinha de ler ;) escrevi essa aqui inteira ouvindo o álbum Come Dance With Me do divo Frank Sinatra, vou deixar aqui [onde tá em negrito] pra caso vcs queiram ler ouvindo tbm😍 Beijocas
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Londres, 1967.
Estúdio de fotografia E. Vogrincic
— Sentada seminua no chão, nitidamente incomodada com o atraso do fotógrafo uruguaio, você bufava enquanto olhava para o ambiente ao seu redor, admirando todas as fotografias mal coladas nas paredes pintadas em diferentes cores. O moço simpático vestido em roupas casuais apareceu em seu campo de vista dizendo em tom baixo que o Senhor Vogrincic havia chegado e pedindo desculpas pelo atraso. Logo um homem alto de cabelos pretos vestindo uma camisa azul e calças da mesma cor — em tons diferentes — entra na sala em que você estava, caminhando apressadamente até a câmera que estava em um tripé em frente ao cenário em que as fotos seriam tiradas.
– "Venha! O que faz parada aí?"– Ele diz rude, você apenas caminha até a frente da câmera, optando por ignorar a forma como ele falava. O vestido de tecido preto transparente que mostrava as peças íntimas por baixo se movia conforme seus passos e quando parou em frente a câmera viu o rosto do fotógrafo se contorcer em ódio. – "Tira."– Você o encarou em confusão. – "No anúncio estava claro. Nua. O vestido e mais nada."– É claro que sim. Cabeça de vento! Suas bochechas ficaram mais rosadas ainda e você, quase em um sussurro, pediu desculpas pelo ocorrido. Levou as mãos até o feixe do sutiã branco sem alças e retirou ele do seu corpo, em seguida você tinha sua calcinha deslizando pelas pernas até formarem uma pequena poça em seus pés. E como se já não bastasse o enorme constrangimento de ter o homem brigando com você, teve que lidar com o olhar irônico dele quando viu o tecido da calcinha com um ponto molhado brilhante.
          — A sessão de fotos durou mais de uma hora, o fotógrafo uruguaio era extremamente exigente com cada pose sua, cada expressão, tudo. Agora, nas últimas fotos, você estava deitada no chão, Enzo estava próximo de você, parado em sua frente com a câmera apontada para o seu rosto enquanto ele sussurrava palavras de elogios a cada flash da câmera. Quando ele finalmente colocou a câmera sobre a mesa cheia de bagunças e segurou sua mão para te ajudar a levantar, ele falou com você.
          – "Me desculpe pela forma como falei com você antes."– Você acenou com a cabeça.– "Aceita uma taça de vinho como forma de desculpa?"– Você sorriu e um "sim" baixo escapou de seus lábios, observando quando ele chamou o rapaz que estava com você anteriormente e pedindo pela garrafa de vinho e duas taças.
          – "Eu posso?"– Você apontou para suas peças de roupa íntima colocadas em um cantinho da sala. Enzo riu e balançou a cabeça.
          – "Eu preferia você assim, mas claro nena, as fotos já foram tiradas de qualquer jeito."– Você soltou um riso tímido, caminhando até as peças e vestindo-as lentamente enquanto encarava Vogrincic. A forma como ele lambia os lábios enquanto você vestia a calcinha branca te deixava desnorteada -tão desnorteada que até do seu sutiã você esqueceu-, o olhar dele era carregado de tesão, sem brilho nenhum e com pupilas dilatadas. Você continuou observando quando ele puxou duas cadeiras para a frente da mesinha branca e deixou duas batidinhas em uma delas, indicando onde você deveria se sentar.
          – "São fotos para a Biba? O vestido é de lá."– Você disse enquanto tomava seu caminho para a cadeira e se sentava em frente ao uruguaio.
          – "São sim, nova coleção deles. Acredito que até amanhã de manhã eu já consiga revelar as fotos, você tem algum telefone que eu possa ligar? Para você poder ver elas, claro."– Você acenou com a cabeça sorrindo, pegou a caderneta e anotou o número de telefone da sua casa enquanto Enzo servia o vinho chileno nas taças. Você empurrou o papel na direção dele e aproveitou a deixa para pegar a taça com vinho e levá-la até os lábios. Vogrincic se remexeu na cadeira, observando seus lábios avermelhados pelo vinho e pensando no gosto que eles teriam. – "Isso vai soar indelicado, mas, quantos anos você tem, hermosa?"– Você engoliu seco com a pergunta repentina dele, mas acenou negativamente.
          – "Olha, acabei de fazer dezenove anos, tô tentando juntar uma grana para sair da casa dos meus pais porque eles são difíceis de lidar sabe? Meu Deus!"– Você passou as mãos no rosto após deixar a taça de vinho sobre a mesa.– "Eles nem sabem que eu t�� aqui, disse que estava indo para a casa de uma amiga da igreja."– O uruguaio riu baixo com sua preocupação, mas parou quando percebeu que talvez estivesse sendo grosseiro.
          – "Por que eles são "difíceis"?"– Ele perguntou, tomando o último gole de sua taça enquanto te olhava fixamente.
          – "Religiosos. Queimaram todos os meus discos dos Stones e do The Who porque era "música de satã"."– Você se lembrou do dia e da vontade que teve de colocar fogo na casa. Quando a mente voltou à realidade você pode ver Enzo sentado na cadeira, as pernas razoavelmente abertas enquanto ele buscava um cigarro na carteira sobre a mesa e logo o levava aos lábios.
          – "Que pecado!"– Ele deu uma pausa enquanto acendia o cigarro. – "Tenho um quarto sobrando no meu apartamento. Eu te uso de modelo para as fotos e você pode ficar lá se quiser."– Você suspirou olhando para ele, era um homem de no máximo trinta anos, solteiro, elegante, era lindo, fotógrafo e estava arruinando sua calcinha com cada palavra que dizia. Ele observou bem quando você pressionou as coxas uma na outra e fechou os olhos com força. – "Desculpa amor, eu tô te deixando nervosa?"– Ele inclinou o tronco para ficar mais próximo de você. Estava acenando negativamente com a cabeça, mas seu corpo te entregava em cada mínimo detalhe, fosse nos biquinhos duros de seus seios que o tecido preto transparente mostrava ou na perna inquieta que batia repetidamente contra o chão. A mão dele que não segurava o cigarro deixou um carinho em seu joelho esquerdo, subindo a pontinha dos dedos pela coxa até chegar na barrinha do vestido. Inconsistentemente você afastou as pernas uma da outra quando os dedos dele ameaçaram tocar o interior das suas coxas e ele riu. – "O que você quer que eu faça, amor?"– Seu rosto queimou com as palavras dele, a mente viajando nas inúmeras coisas que você queria que ele fizesse com você naquele estúdio. Colocando o cigarro entre os lábios ele levou às duas mãos livres para baixo do vestido que você usava, segurando a barrinha da calcinha de algodão e puxando ela por suas pernas até que estivesse nas mãos dele e então no bolso da calça azul que vestia. – "O gato comeu sua língua, chiquita?"– Nem uma única palavra saiu da sua boca. Você já estava burrinha e ele mal tinha tocado em você. – "Tudo bem então! Vamos fazer assim, eu vou chupar você e depois vou te comer em cima dessa mesa até minha porra vazar de você, ok?"– Você só podia acenar com a cabeça enquanto olhava Enzo se ajoelhar no chão na sua frente, o cigarro já esquecido no cinzeiro. Uma das mãos dele ergueu sua perna direita e a colocou sobre seu ombro, logo os lábios deles sugavam lentamente o pontinho nervoso e inchado na sua buceta, o buraquinho apertado já escorria enquanto ele movia a língua em dezenas de formas diferentes, fazendo você levar uma das mãos para agarrar os cabelos escuros dele enquanto deitava a cabeça para trás, concentrada no prazer que recebia. Os gemidos que saiam de seus lábios eram de fato os de quem sente aquela sensação pela primeira vez, Enzo sabia que você era virgem só pela forma que você tremia sobre o toque dele, cada pontinha de dedo ou língua que te tocava um gemido fugia de você e todo seu corpo se arrepiava. Você gemia manhosa, toda molinha com o uruguaio entre suas pernas que sorria contra sua buceta quente quando sentia você se remexendo na cadeira. A língua dele brincava em espirais com o pontinho inchado e ocasionalmente descia até que - lentamente - penetrava a língua no buraquinho apertado que mais tarde estaria dolorido e vazando. Enzo gemeu contra você quando a mente dele projetou a imagem de você deitada sobre a mesa com as pernas abertas e a bucetinha vazando a porra dele. A calça dele ficou mais apertada, a forma da ereção claramente marcada no tecido azul. Enzo não resistiu a levar uma das mãos até o próprio pau e deixar um aperto firme sobre ele, maneira frustrada de aliviar a pressão na região. Quando seu aperto nos fios de cabelo dele ficaram mais crus e você não teve medo de até mesmo puxar ou empurrar a cabeça dele, buscando o próprio êxtase, ele riu, agarrando suas coxas com mais força. – "Vai gozar, chiquita?"– Você choramingava tentando dar uma resposta afirmativa para ele, porém as palavras eram sempre interrompidas pelos gemidos que ele fazia deixarem sua boca. A língua deixou uma última forma no clítoris inchado antes de você se derreter na boca dele, puxando o cabelo e gemendo mais alto do que antes, esquecendo completamente do menino que havia atendido você quando chegou aqui. A pele estava brilhante e úmida, os lábios avermelhados, a boca seca e os olhos marejados no prazer que o uruguaio tinha te proporcionado de maneira tão intensa.
Quando ele tirou o rosto de entre suas pernas você pode ver a forma como os lábios e queixo de estavam encharcados, o sorriso presunçoso e arrogante sempre em seus lábios enquanto ele segurava seu corpo com cuidado, apimentando beijos no interior de suas coxas antes de te segurar e colocar sobre a mesa bagunçada. Seus olhos não podiam deixar de encarar Vogrincic, observando o momento em que ele desafivelava o cinto e puxava o zíper da calça até que a ereção firme finalmente pudesse estar livre. – "Você vê? Vê o que fez comigo, amor?"– Vogrincic afastou suas pernas para poder se colocar entre elas, a mão direita serpenteou entre suas coxas e dois dos dedos longos tocaram o buraquinho quente antes de se forçarem suavemente para dentro dele. Você gemeu alto com a sensação ardente de algo dentro de você pela primeira vez, sentindo como os dedos te esticavam enquanto a sua mão descia pelo tronco de Enzo até se enrolar no pau firme e vazando, você mantinha movimentos leves de vai e vem, mas os dedos dele dentro de você não se mexiam, então quase que involuntariamente seu quadril se torceu para frente, tentando tirar algum movimento do uruguaio. – "Eu estava esperando você se acostumar, mas pelo visto você não se importa muito com isso, perrita."– Um suspiro fugiu de você quando os dedos dele começaram a entrar e sair de dentro do buraquinho, tocando todos os pontos mais sensíveis dentro de você, te fazendo até perder a coordenação dos movimentos que fazia na ereção pulsante dele. Durou pouco, Vogrincic estava impaciente e tudo que queria era te ver babando sem conseguir dizer uma única palavra enquanto ele te fodia nessa mesa. Ele tirou sua mão de seu pau e lentamente puxou os dedos para fora de você antes de se aproximar mais para finalmente encaixar a cabecinha do pau e então se empurrar cuidadosamente para dentro de você, observando cada reação sua para ter certeza de que estava tudo bem. Suas mãos agarraram os ombros largos do uruguaio com força, a dor que sentia era pouca, mas a pressão te incomodava, pediu quase que em um sussurro para que ele se movesse e então ele fez, empurrando lentamente para dentro e para fora de você. Os braços dele te seguraram quando inclinaram um pouco seu corpo para ter uma posição mais confortável, segurando firme no baixo de suas costas e em uma de suas coxas, indicando silenciosamente para você enrolar as coxas ao redor do corpo dele. O rosto dele estava quase colado ao seu ouvido, podia ouvir cada som que saia daquela boca bonita e as respirações pesadas que fugiam pelas narinas, tinha os olhos fechados com força enquanto tentava se manter em sã consciência para não acelerar muito os próprios movimentos. A sensação de estar dentro de você era esmagadora, apertava ele como se estivesse espremendo o suco de uma laranja inteira, quase como se quisesse que ele ficasse ali dentro para sempre. Os sons que saiam de você estavam deixando ele ainda mais fora de si, ouvindo tudo atenciosamente e sabendo que lembraria daquele momento por muitos anos. Seu corpo estava suado, brilhando pela umidade causada pelo calor que sentia com a forma como o corpo de Enzo se chocava contra o seu. Quando a sensação de ardência passou você deixou uma batidinha com os pés nas costas do moreno, informação que ele não demorou para pegar, levantou o rosto de seu ombro e sorriu para você, ele era tão cafajeste que chegava a irritar. – "Já posso te foder, nena?– Você choramingou acenando com a cabeça, mas aquilo não era suficiente para ele, claro que não, ele queria palavras.
– "Sim... Señor Vogrincic, por favor."– Você queria morrer com a forma como se humilhava por aquele homem enquanto ele te olhava com aqueles olhos de coitado e um sorriso perfeito nos lábios.
– "Señor Vogrincic, hm? Gostei disso, chiquita."– Ele riu antes de começar a se empurrar para dentro de você com mais força, esticando você e te fazendo gemer gradualmente mais alto. As pernas se enrolaram no corpo de Enzo com mais força, seus olhos se fecharam e você só pode aproveitar aquela sensação gritante da forma como ele entrava e saia de você. A mão dele que segurava uma de suas coxas subiu pelo seu corpo até que chegasse sobre seus seios e, por cima do vestido, apertou um deles com força, as pontas dos dedos dando uma atenção especial para o mamilo rígido e dolorido. Os olhos castanhos escuros não desviavam de seu rosto, observavam a forma como seus lábios ficaram vermelhos depois de tanto mordê-los, nas bochechas coradas e pele brilhante além dos fios de cabelo fora do lugar. Não demorou para ele selar os lábios de vocês, engolindo seus gemidos e sentindo como sua boca era macia. Você sentia o gosto do vinho misturado com o cigarro que ele havia fumado a pouco, suspirava contra os lábios dele toda vez que sentia ele se empurrando totalmente para dentro de você. Seu útero se contorcia dentro de você, seu corpo recebia uma carga de prazer enorme que não estava acostumado, tremia-se inteira com cada toque do fotógrafo uruguaio. O barulho que seus corpos faziam ao se chocar era totalmente cru e nu, sem nenhum tipo de efeito, era puro erotismo - até demais -. Os gemidos dele ficaram mais graves e altos, você sentiu que ele não demoraria para te encher com tudo que podia, mas também mãos estava diferente, o corpo suado, ofegante e os gemidos chorosos indicavam seu próprio êxtase. A sensibilidade aumentou quando sentiu as pontinhas dos dedos dele esfregarem suavemente o pontinho de nervos inchado, seus lábios deixaram um soluço manhoso e sentindo que seu corpo não poderia aguentar mais prazer, agarrou o tronco de Enzo com as mãos com força. – "Goza, nena."– E assim você fez. Atravessou todo aquele caminho e no final de jogou daquele penhasco de prazer que estava sobre, sentindo a forma como seu corpo derreteu na mesa branca enquanto Vogrincic continuava procurando a própria queda. Gemeu alto quando sua porra começou a te encher, não parando os movimentos na intenção de prolongar a sensação avassaladora que o atravessava. Se retirou de dentro de você com um choro profundo, observando atentamente a forma como sua própria liberação vazava de você como às Cataratas de Nicarágua. Se aproximando de você novamente, abaixou a cabeça até que ficasse próxima de seu ouvido e levou uma das mãos até a câmera sobre a mesa. – "Eu vou tirar uma foto disso, me permite?"– Ele era tão convincente e sua cabeça estava tão vazia que você só conseguiu acenar positivamente, abrindo mais as pernas para ele ter uma vista melhor. O flash da câmera surgiu por poucos segundos e naquele momento Enzo tinha o foco totalmente em você. A melhor foto que ele já havia feito em toda sua carreira, mas só poderia ser vista por ele.
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aportavermelha · 9 months ago
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Capítulo 13 - Emboscada
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[Música de fundo, I Need a Miracle – Third Day – 00:00 – 00:33]
Taylor queria ter levado os filhos para verem a mãe, mas como o assunto seria pesado e provavelmente curto, tendo em vista que Bethany nunca gostou de ficar jogando conversa fora, achou melhor deixá-los na casa de Isaac, onde duas babás estavam cuidando de Brad, Kyle e também de Noah e Becky. Isaac o enviou uma mensagem, avisando que não precisava se preocupar, e que ia demorar pois sairia com Nicole naquela tarde.
E lá estava Taylor, sentado numa dessas mesinhas redondas, na calçada do lado de fora de um café. Passava das quatro da tarde, então não havia mais tanto sol e uma brisa gostosa soprava. De óculos escuros, calça jeans e uma camiseta preta de malha fina e colarinho v, com as mangas arregaçadas até os cotovelos, ele mexia ansiosamente a perna. Estava esperando Bethany há 15 minutos, quando ela virou a esquina. Sentiu um nó na garganta. Ela lhe sorriu. O cabelo castanho escuro estava solto e ela usava um vestido até os joelhos, de manguinhas, estampado de verde claro.
Bethany, lhe estendendo a mão, sorrindo – Desculpe o atraso.
Taylor, apertando a mão dela – Tudo bem.
Ela sentou-se e abriu o cardápio, um rapaz franzino veio atendê-los e ela pediu um cappuccino médio e Taylor pediu um grande. Ficaram em silêncio alguns segundos, olhando ao redor.
Taylor – Bacana esse lugar. Parece tranquilo.
Bethany – Não é tão barulhento durante a semana também. Estou considerando procurar algo por aqui.
Taylor – Urrum… Você vai vir pra cá como combinamos, no fim do seu contrato?
Bethany – Acredito que sim.
Taylor – Legal.
Bethany, entrelaçando os dedos – Então, como estão as crianças?
Taylor – Estão bem. Muito bem. Os deixei na casa do Ike, ainda não é possível ter uma babá integral. Eu não falei nada da sua vinda pro Noah pois caso houvesse algum imprevisto e você não viesse… Né.
Bethany – Fez bem. E o Isaac está ok com isso? Precisa de dinheiro extra?
Taylor – Ele faz questão. Tem duas babás que sempre ficam com os garotos dele quando estão fora. Está tudo sob controle. Como está seu trabalho em Tampa?
Bethany – Excelente, de verdade. Estou fazendo os melhores contatos e ganhando casos. Nada mau pra uma analista junior.
Taylor – Até quando fica na cidade dessa vez?
Bethany – Até depois de amanhã, mas quero estender, pedir mais dois pra poder ficar com as crianças. Viemos fechar um caso que a jurisdição é daqui. Vou ficar ocupada o dia todo mas quero ver com você a possibilidade das crianças dormirem comigo até eu voltar pra Tampa.
Taylor, com um risinho – “Viemos”? 
Bethany – Taylor, você quer mesmo tocar nesse assunto? O caso é do Ronald, faz parte do meu trabalho acompanhar todos os casos com os quais não tenho experiência. Ele é advogado sênior no escritório.
Taylor – Nesse caso aí você tem experiência de sobra.
Bethany – Não seja ridículo.
Taylor calou-se e tirou os óculos. Os pedidos chegaram e cada um tomou um gole do seu respectivo café. Taylor continuou calado.
Taylor – Você quer ficar com as crianças esses dias, é isso? Tudo bem… Elas vão adorar a surpresa. Vou avisar o Ike que você passa pra buscá-los, deixei uma mochila lá já pensando nisso.
Bethany – Obrigada. Você é sempre muito preparado. (Bebeu mais café) Taylor, queria me desculpar… Pelas coisas que eu disse quando fui embora. Não tivemos ainda oportunidade de sentar e conversar.
Taylor – Você pede desculpas pelo o que disse mas não por ter largado seus filhos.
Bethany, interrompendo, enérgica – Taylor, eu não larguei meus filhos! Eles estão com o pai deles, não fiz essas crianças sozinhas. Eu estou cuidando da minha carreira nesse momento pra poder oferecer uma vida melhor pra eles. Estou distante, não consigo ligar todo dia, é verdade, mas eu ando exausta.
Taylor – Noah sente muito a sua falta.
Bethany – Eu sei… E eu sinto a dele. Mal vejo a hora de apertá-lo. Você está trabalhando? 
Taylor – Sim, mais ou menos. Consegui um bico. Toco num bar duas noites na semana. Faço uns outros serviços lá. Tudo dá uma grana.
Bethany – Era sobre isso também que queria conversar. Eu fiz um contrato… (Abriu a bolsa e tirou um envelope pardo, de dentro deste, tirou uma folha de papel timbrado) No qual eu me comprometo a pagar uma pensão pras crianças dentro das minhas possibilidades. Veja.
Taylor pegou o papel, perplexo, leu sem entender muito aquele jargão jurídico e jogou de novo sobre a mesa.
Taylor – Não estou pedindo seu dinheiro, Bethany!
Bethany – Não está mesmo, estou estendendo um benefício aos meus filhos, não seja mesquinho.
Taylor, batendo na mesa – De jeito nenhum! Eu posso sustentá-los sozinho.
Bethany, levantando a mão – Taylor. (Suspirou) Você sabe que não. Não estou dando o dinheiro pra você, estou dando pra os meus filhos. Minha obrigação é com eles. Não me obrigue a levar isso pra corte, você poderia ser preso, pare com isso.
Taylor, aumentando o tom de voz – Você está apenas dizendo que eu, como pai, não tenho condição de mantê-los.
Bethany – Nesse momento, não tem. (Ele a olhou constrangido e com raiva) Não quero diminuí-lo em nada. Estou querendo ajudar.
Taylor – Estou fazendo o melhor que posso, Beth.
Bethany, terminando o café – Eu sei que sim, Taylor. Vamos fazer o que é melhor para as crianças nesse momento, é o certo.
Taylor sentia os ombros tensos novamente, uma sensação que vinha junto com a presença de Bethany nos últimos meses. Bebeu o resto do café em silêncio, alguns minutos se passaram e ele pegou o papel novamente. Lá dizia que Bethany depositaria U$1.300 pelos próximos meses a fim de ajudar nas despesas dos filhos do casal, Noah e Rebeca Jones-Hanson. Taylor assinou e lhe entregou o papel.
Taylor – Quando as coisas melhorarem, farei um curso de especialização pra dar aulas. Vou ganhar melhor e as coisas vão se arrumar.
Bethany – Hum, bom pra você.
Taylor – Há algumas escolas de música conceituadas na cidade, então…
Bethany – Espero que consiga.
Taylor, balançando a cabeça – Beth, isso tudo é tão… Absurdo. Não consigo fingir que nada aconteceu. 
Bethany – Taylor, nós fomos casados por sete anos. Eu cometi muitos erros, os maiores, mas isso não precisa afetar o crescimento das crianças de forma tão drástica. 
Taylor – Você está certa.
Bethany – Obrigado.
Taylor – Finalizamos aqui?
Bethany – Bom, tem mais uma coisa.
Taylor – O quê?
Bethany começou a vasculhar a bolsa, mas parecia não encontrar o que estava procurando.
Bethany, bufando – Oh, droga. Ficou no hotel.
Taylor – O que é?
Bethany – O outro envelope, ficou em casa. Vamos lá, é logo ali depois da esquina.
Taylor lembrou do que os irmãos haviam lhe dito, mas depois do que tinham conversado, achou impossível que Bethany fosse querer qualquer coisa com ele. Aliás, nem ele sabia se queria também. Levantou, deixou uma nota de U$20 e a seguiu.
Mitch limpava seu quarto, absorta em pensamentos, com seus fones de ouvido. Não ouviu quando Natasha bateu na porta.
Natasha – Ei.
Mitch– Oh, oi! Oi, Nat.
Natasha – Eu liguei, mas chamou até cair. O Derek me disse que você estava aqui em cima
Mitch – É, eu não ouvi tocar, desculpe. Senta aí. (Natasha sentou-se na cama, mexendo a perna freneticamente). Você está bem?
Natasha – Sim, está tudo bem… (longa pausa).
Mitch, sentando ao lado dela – Natasha, o que está acontecendo? 
Natasha, começando a chorar – Eu tive uma briga feia com meus pais. Eles continuam fingindo que não sabem de nada. E eu fico encurralada. Eu queria contar pra eles sobre você, sobre nós, mas está impossível. 
Mitch, tentando abraçá-la – Calma, meu am…
Natasha – Não consigo, Mitch!
Mitch– Você está tremendo, calma, eu vou pegar um copo de ag…
Natasha gritou, levantando – EU NÃO CONSIGO FAZER ISSO!
[Música de fundo, Don’t You Remember – Adele – 00:00 – 00:49]
Mitch parou a caminho da porta e, com os olhos também cheios de lágrimas, ficou paralisada.
Mitch – Podemos enfrentar isso juntas, todo mundo passa por isso e… 
Natasha – Mitch…
Mitch – Você está visivelmente carregada e… (esfregou os olhos) Precisa relaxar pra que suas energias se renovem.
Natasha, nervosa – Para com isso, pô! Para com esse papo místico, isso é besteira! Meus pais vão me expulsar de casa, tá ouvindo? Vão tirar meu carro e toda a ajuda de custo que recebo. Tô ferrada!
Mitch – Eu não entendo, você trabalha e eu tenho bolsa, poderíamos alugar um lugar, começar nossa vida.
Natasha – Do que você está falando? Meu chefe não pode saber que eu… Eu tô com…
Florence suspira, triste – Que você é lésbica. É só dizer, Natasha.
Um silêncio imperou no quarto. Derek estava ouvindo a gritaria do pé da escada, o coração batendo forte, imaginando o que Mitch devia estar sentindo naquele momento.
[Música de fundo, Don’t You Remember – Adele – 00:49 – …]
Natasha, olhando para os pés – Não vejo como isso pode continuar, Mitch. Eu amo você, mas…
Mitch, com algumas lágrimas lhe escorrendo pelo rosto – Mas? Mas, Natasha? Como pode mencionar amor se você não está disposta a ser honesta nem com as pessoas que te puseram no mundo? Isso aqui é a Flórida, pelo amor de Deus! Casais gays casam aqui há anos!
Natasha, com os ombros caídos – Não na minha família.
Natasha assoou o nariz e tentou beijar Mitch no rosto, que se esquivou, chorando. Natasha abaixou a cabeça novamente e saiu do quarto, descendo as escadas com pressa. Mitch voltou a sentar-se na cama, enxugou os olhos e ficou um tempo olhando para o guarda-roupa, tentando processar aquela situação. Derek ponderou se deveria subir ou não, quando ouviu a porta bater com força. “É, depois.”
Zac chegava em casa com a roupa toda amassada e o cabelo suado.
Zac, indo direto para a cozinha – E aí.
Derek – O que você tava fazendo?
Zac – Prestando um serviço de qualidade pra minha chefe.
Derek, indo para a cozinha também – O QU— Seu fdp! A sua chefe, aquela boazuda?
Zac, bebendo água da garrafa – Sim, aquela mesmo. Terceira vez já. 
Derek – Zac, acho que teremos uma semana complicada pela frente.
Zac – Que foi?
Derek – Natasha terminou com a Mitch.
Zac – Ah, porra… Drama lésbico justo perto da festa.
Derek – Zac. É a Mitch.
Zac – Justamente, Derek. É a Mitch. Ela vai ficar péssima, vai ter clima pra nada.
Derek – Temos que fazer alguma coisa.
Zac – Eu que quase transei com ela e você que fica todo preocupado? Que tá rolando, hein?
Derek, cruzando os braços – Nada, porra, só disse que precisamos fazer alguma coisa pra animá-la.
Zac – Vamos chamá-la pra ir ao Dirty Albie daqui a pouco.
Derek – Eu vou falar com ela. (Ouviu Adele tocando lá de cima) Não agora.
Isaac e Nicole andavam de mãos dadas no calçadão à beira-mar, a noite morna de verão estava caindo com um pôr-do-sol espetacular. Caminhavam devagar, ele com uma mão no bolso da bermuda e a outra segurando os dedos de Nicole.
Nicole – Fazia tempo que não ficávamos a sós assim. (Isaac sorriu, concordando). São tantas coisas pra pesquisar, aprender e pôr em prática nesse novo projeto.
Isaac – Eu imagino, querida.
Nicole – Uma galeria bistrô! Nunca me vi como dona de alguma coisa. Estou tão ansiosa pra conhecer os artistas, já sei quem vou chamar pra ser o main chef, quero um time diverso, multicultural!
Isaac – Você vai se sair muito bem, eu vou ajudá-la no que precisar.
Isaac parou para lhe beijar a bochecha e, depois, a boca. Diante do dia que tiveram, Nicole respirou aliviada, abraçando o marido. Aquela mensagem não era nada, afinal. Se estressou por bobagem, pensou.
Entraram no elevador do hotel e subiram até o décimo andar. Bethany andava rápido à frente com Taylor logo atrás. Abriu a porta da suíte, ligou as luzes, que iluminaram um espaço retangular com uma grande janela, uma cama queen, uma cama de solteiro, onde estava sua mala aberta, e um sofá de dois lugares. O banheiro ficava à esquerda.
Bethany – Fique à vontade, vou levar só um minuto.
Taylor – Tá bom.
Sentou no sofá, e imediatamente se viu na situação mais surreal que havia imaginado: visitar a mulher num hotel. Ficou observando os detalhes do cômodo sem perceber que o tempo passava e Natalie ainda estava no banheiro. Relutante, Taylor foi até o banheiro e bateu na porta.
“Saio num minuto.”, Bethany disse.
Ele sentou na cama e Bethany, de calcinha e sutiã, saiu do banheiro e foi em sua direção, se apoiando em seu colo.
[Música de fundo, Don’t You Remember – Adele – 02:55 – …] 
Imediatamente Taylor se lembrou do que Isaac, Zac e Nicole haviam alertado, mas já era tarde. As calças dele já estavam abaixadas.
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hyeincovers · 1 year ago
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Tenho duas perguntas pra você:
1°: Vc ainda está com os pedidos de capas em aberto?
2°: Vc faz doação de capa para o Wattpad?
Desculpe parecer invasiva, mas eu vi os posts e fiquei com essa curiosidade. Se no perfil tiver uma aviso, desculpe, eu não vi.
Olá! Primeiro, desculpa a demora para responder, não entro aqui faz demasiado tempo, por imensos motivos e coisas menos boas que têm vindo a acontecer na minha vida nos ultimos meses. Desde Junho para ser especifica.
Respondendo então às tuas perguntas: 1º: De momento as minhas encomendas estão fechadas (as pessoais realizadas neste perfil) contudo podes pedir pelo Wonderful Designs que é o blog onde realizo faço capas anualmente. Lê as regras antes de pedir e há sempre a opção de escolher a designer que queres mesmo!
2º: Planeava fazer isso, até tenho alguns posts em rascunho com uma ou duas capas que planeio doar. Contudo, no momento, preciso focar-me nos pedidos que estão em atraso, nas capas que tenho no WD e ver se consigo endireitar a vida para estar mais presente por aqui e ser uma pessoa decente que cumpre as suas obrigações. (ser adulta não é bom, não recomendo)
Não tem problema nenhum! Obrigada por gostares das minhas coisas tão singelas e por teres vindo perguntar de forma simpática. Espero que tenha resolvido as tuas dúvidas e qualquer coisa, por favor, pergunta!
with love, hyein
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portlicat · 4 months ago
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Se tem uma coisa que eu tenho asco é de pessoas que fazem um escarcéu em algo que poderia muito bem ser resolvido com uma conversa ou, pegando a ideia das próprias amizades dos envolvidos, “resolver” com conversas unilaterais sem permitir que a outra parte se desculpe da maneira correta. Isso aqui foi ridículo, gente, independente da razão ser ou não o atraso, o descaso ou sei lá mais o quê.
Eu estive com a Duda durante essas tretas e tudo o que eu vejo é um movimento constante de manadas. Um fala, e os outros automaticamente aplaudem como se fosse uma verdade absoluta, sem ao menos questionar. Como vocês podem embasar a opinião de vocês a respeito de alguém com quem vocês NUNCA falaram? Isso não faz o menor sentido.
Eu vi pessoas vinculando essa treta ao DD, esperando que “vejamos” algo, e tudo o que eu vi foi ninguém vindo conversar, apoiar ou pelo menos colocar a cara a tapa e dizer “Eu não me misturo com isso, estou fora”.
Não pedimos apoio, não pedimos que passem a mão na cabeça de ninguém, que lamba o saco de ninguém, apenas que seja racional e pense antes de agir, atacar ou promover o linchamento de alguém de maneira indiscriminada. É o mínimo do mínimo.
Ok, eu jamais gostaria de ter que vir aqui me expor a publico e expor minha vida pessoal em publico por conta de mentiras distorcidas sobre mim. Vou responder ponto a ponto sobre o texto abaixo.
Primeiramente, eu troquei de perfil para ter um pouco de paz e poder recomeçar, depois de ter errado em uma situação que já estava resolvida entre eu e as pessoas envolvidas. Fora que eu já queria mudar de user por não me identificar mais com o fandom do meu user. 
Segundo, minha intenção JAMAIS foi destruir o cp9, e sabem bem disso pelo sacrifício que eu fiz ao montar a codificação, uma que eu cometi um erro e eu ja pedi desculpas e reconheci que errei ao ter copiado códigos de outra codificação, e resolvi a questão no PARTICULAR, porque sei agir como adulta e resolver as coisas como devem ser resolvidas, com conversa, e não fazendo expond na internet, querendo acabar e destruir a imagem de uma pessoa, expondo prints de conversas privadas, algo que é crime, mas como me exporam primeiro, não vejo problemas em expor tbm rsrs. 
Na verdade, me questiono se a administraçao realmente no inicio me chamou para cuidar do projeto, porque gostavam de mim ou se foi porque estavam apenas interessados em algo que eu poderia oferecer, e depois me chutaram quando perceberam que eu não era mais util para eles. 
Terceiro, eu errei SIM ao copiar códigos, mas novamente, eu pedi desculpas e removi tudo o que tinha sido copiado e tentei me redimir, fazer algo novo e do zero, criado por mim e exclusivamente para o cp9. 
Inclusive, acho engraçado me acusarem disso agora e jogar pedras em mim, quando no OCORRIDO, falaram para eu NAO RETIRAR NADA, que eu estava CERTA na situação, eu tenho PRINTS de conversas e posso provar. Detalhe, muitas das conversas foram no servidor do CP9, um que simplesmente me expulsaram e nem ao menos conversaram comigo antes.
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Eu poderia acabar com a reputação de terceiros, com o que me disseram, e todos veriam que ninguém é tão santo quanto parece, mas se eu fizer isso eu vou estar me rebaixando ao mesmo nível de terceiros, algo que não pretendo fazer.
Quarto, me acusaram de não ter admitido que eu estava errada em momento algum, algo que é mentira, como podem ver abaixo, mas diferente de muitos, a situação foi resolvida como pessoas adultas resolvem. 
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Quinto, sim eu sumi. Sumi porque moro nos Estados Unidos como imigrante e acordo as seis da manha para arrumar casas e limpa-las também, sumi porque eu precisava de dinheiro para pagar as contas e dividas que minha família fez, sumi porque estava trabalhando igual uma condenada, de oito a dez horas por dia totalmente em pé e com um trabalho braçal, e quando eu chegava em casa eu tinha que arrumar a casa e ajudar na janta. Sumi porque eu sou uma PESSOA, que tem suas dores e suas lutas, mas muitos dirão que foi por que eu queria destruir um blog, porque é claro, é fácil julgar quando não se vive na pele. E comprovo isso 
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Como podem ver, da parte de terceiro, sempre entendo o meu lado, ou melhor, fingindo. Eu não tive tempo nem ao menos para conversar com minha TERAPEUTA, e detalhe, esse mês passado eu estava doente, eu estava mais que exausta
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Pessoas são falhas, elas erram, tem problemas mentais, afazeres, a vida não gira em torno de um aplicativo de fanfic. Eu errei sim em ter atrasado pedidos, mas se querem me pintar como vilã por conta disso, que seja. 
Agora vamos ao terem me acusado de ser ativa enquanto eu não estava ativa no CP9.  Mentira. A capa foi produzida no dia 30 de Junho, antes da minha ausência, que começou no início desse mês. Sobre o suposto blog que eu estava criando, ele é um blog que criei para aprender mais sobre codificação, eu não lançaria ele, e criei o perfil no spirit para criar um perfil com logo e me arriscar nessa area do design, visto que eu nunca lançaria o blog. 
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A conversa sobre o elvellyn sendo em Junho, mês que eu ainda era presente no cp9 e sobre ele ser um hobby, algo para estudo e aprendizado
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“O problema foi a vigarice que ela aplicou no reino, o produto que ela passou 40 dias para entregar, chegou com defeitos propositais, os quais atrasaram a entrega dos produtos, que era para ser no dia 02, mas acabou sendo realizado no dia 27. “, vigarice dizem, mas me apressaram a produzir o blog que já estava em andamento MESMO com meu trabalho, e o combinado era que as aberturas de pedidos seria por volta do dia vinte, visto que muitos designers haviam atrasado tbm e repassado pedidos de ultima hora. 
“mas era só ter sido sincera”, eu fui sincera, em 100% do tempo, quem não foi, foram meus amigos que me apunhalaram pelas costs, quem mentiu e foram falsos, foram as pessoas que eu confiei e sujei meu nome por. 
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Tanto que eu pedi para não envolverem o blog nisso e que eu somente levasse a culpa
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É muito fácil acusar, mas é difícil estar na pele. Não sabem nem ao menos um terço do que eu vivo todos os dias.
Deveriam ter resolvido isso como adultos, como gente de verdade resolve, sendo honestos, eu errei em ficar ausente do blog e atrasar pedido, mas por conta disso eu sou uma vilã? porque eu atrasei pedido de capa porque eu estava TRABALHANDO? Por favor kkkkkkk, cresçam
E eu apaguei sim minhas contas no SS, mas é porque não quero me misturar com pessoais assim.
Enfim, falem e digam o que quiserem sobre mim, eu não me importo porque eu sei da verdade e meus amigos sabem também.
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palavraseminglesbr · 2 years ago
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60 Frases em Inglês para Iniciantes com Tradução
Veja nossa lista com frases em inglês para iniciantes com tradução, simples e pequenas em inglês para iniciantes no idioma, para estudar e melhorar seu vocabulário na linguá americana.
60 frases em inglês para iniciantes com tradução em português:
What is your name? Qual é o teu nome?
My name is Daniel. Meu nome é Daniel.
Hello. How are you? Ola. Como você está?
I am fine, and you? Eu estou ótimo, e você?
Nice to meet you! Prazer em conhece-lo!
Nice to meet you too. O prazer é todo meu.
What time is it? Que horas são?
I am hungry! Estou com fome!
I am thirsty! Estou com sede!
I am hot. Estou com calor.
I am cold. Estou com frio.
How old are you? Quantos anos você tem?
Where are you from? De onde você é?
I’m from Argentina. Eu sou da Argentina.
Please. Por favor.
Excuse me. Com licença.
I’m sorry. Me desculpa
Have a nice weekend. Bom final de semana.
You too. Você também
Where do you live? Onde você mora?
How much?Quanto é
Are you married or single? Você é casado(a) ou solteiro(o)?
What do you do? Qual é a sua profissão (Você trabalha com quê?)
I am a driver. Eu sou motorista.
Do you have any children? Você tem filhos?
Do you have any brothers or sisters? Você têm irmãos?
I’m late. Estou atrasado.
I miss you. Estou com saudades de você.
I’m sorry I’m late. Desculpe-me pelo atraso.
Can I help you? Posso te ajudar?
Can you help me? Você pode me ajudar?
How is the weather? Como está o tempo(clima)?
I love you. Eu te amo.
I need. Eu preciso.
I want. Eu quero.
I know. Eu sei(conheço).
I don’t know. Eu não sei.
I knew. Eu sabia. Eu conhecia.
I didn’t know. Eu não sabia(Eu não conhecia).
Would you like some juice? Você aceita suco?(Quer suco?)
Where is the restroom / bathroom? Onde é o banheiro?
I like it. I like you. I like ice cream. Eu gosto disto. Eu gosto de você. Eu gosto de sorvete.
Stop. Don’t go. Stay here. Pare. Não vá. Fique aqui.
What do you think about Argentina? O que você acha da Argentina?
I think Argenyina is a great country. Eu acho a Argentina um ótimo país.
Be careful. It’s dangerous. Tenha cuidado. É perigoso.
I agree with you. I don’t agree with you. Do you agree with me? Eu concordo com você. Eu não concordo com você. Você concorda comigo?
Are you OK? Está tudo bem com você?
I’m now well. Eu não estou bem.
Good luck. Boa sorte.
Have a nice trip. Boa viagem.
When is your birthday? Quando você faz aniversário?
Is there a hotel near here? Tem um hotel aqui perto?
Enjoy your meal! Bom apetite!
Get well soon! Melhoras! Fique bem logo!
Have fun! Divirta-se!
Please wait a moment. Por favor, aguarde um momento.
Let’s go. It’s time. Vamos. Está na hora.
Don’t speak loudly. Não fale alto.
Could you please speak more slowly? Você poderia por gentileza falar mais devagar?
Gostaram? Deixe seu comentário com outras frases para melhorar ainda mais nossa lista!
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web-series · 2 years ago
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bem-vindes a 2002 <3
Após o encontro com Theo, Celina chega na lanchonete onde trabalha e é recebida pelo chefe, Diego.
[Diego]: não sabia que seu horário de almoço havia se estendido.
[Celina]: me desculpe pelo atraso, é que…
[Diego]: relaxa, meu bem, você sabe que estou brincando. Aqui você pode tudo.
Diego se aproxima e coloca as mãos na cintura de Celina, que claramente se incomoda.
[Celina]: por favor, Diego, nós já conversamos sobre isso.
[Diego]: já, mas eu não desisto tão facilmente do que quero. Principalmente quando se trata de você.
[Celina]: de nada adianta, eu não quero!
[Diego]: prefere perder o emprego então, né? Beleza.
[Celina]: por que é tão difícil pra você ouvir um “não”?
[Diego]: EU sou o seu chefe e dito as regras!
[Celina]: é meu chefe aqui, mas não é meu dono!
[Diego ri]: vamos ver até quando vai durar essa sua rebeldia. A não ser que esteja apaixonada por outro. Aí vou ter que mudar a estratégia. Drasticamente.
Irritada, Celina se afasta.
Se vendo encurralada por Tabs, Nina começa a chorar.
[Nina]: me desculpa, filha, você sabe que entre nós nunca houve segredo, mas…
[Tabs]: mas o quê, mãe? Nós sempre fomos amigas, por que não pode me contar o que está acontecendo?
[Nina]: porque é algo muito delicado. Mas fica tranquila que tá tudo bem.
[Tabs]: não tem como estar bem, mãe, olha o seu estado!
[Nina]: é que me machuca muito não poder te contar, filha. Mas saiba que…tudo é pro nosso bem.
[Tabs]: você está envolvida com drogas?
[Nina]: não! Claro que não!
[Tabs]: então é prostituição?
Nina se cala.
Sandra se recusa a ajudar Paulo na reconciliação com Marta.
[Sandra]: você deve estar me achando com cara de idiota, né, só pode.
[Paulo]: me desculpe…me desculpe, amor, é que…enfim, esquece. Eu não devia ter vindo aqui.
[Sandra]: tá tudo bem, eu entendo o seu nervosismo. Foi algo inesperado.
[Paulo]: sim. Espero que tudo fique bem.
[Sandra]: você tem onde ficar?
[Paulo]: preferi alugar um quarto de hotel pra passar pelo menos essa noite.
[Sandra]: se quiser, pode ficar aqui.
[Paulo]: imagina, não quero incomodar. Já não basta eu ter vindo agora.
[Sandra]: que nada, você sabe que não incomoda. Entra.
[Paulo]: e a Doralice?
[Sandra]: eu converso com ela. Pode ficar calmo.
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amicidomenicani · 2 years ago
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Pergunta Olá Padre Angelo, Sou um jovem de 21 anos e meio e sou um convertido muito recente. Nasci e me criei como ateu e sempre vivi rodeado de pessoas ateias (conhecidos/amigos). Infelizmente, agora que me converti, isso realmente me pesa muito (além da minha mãe - que é agnóstica). Eu não conheço ninguém que seja um fiel e isso me dói muito. Além disso, todas as pessoas que conheço são apenas fanáticos que não têm um pingo de argumento, são hipócritas e blasfemos enquanto outros acreditam em bobagens como carma, sorte, astrologia e se disfarçam de ateus. Finalmente, há também pessoas que são fortemente anticristãos (talvez até satanistas) e seu único argumento é o ódio. Isto é para lhe dizer o quanto, depois de uma adolescência vivida em total anticristianismo, eu agora percebo o que eu era. No entanto, isso me levou a viver plenamente minha existência e a perceber o quão falsas, inconsistentes, tristes, vazias e más são essas pessoas. Dito isso, vou escrever brevemente o "meu" problema: Fazendo uma busca via Google, encontrei um padre e um frei que recebem likes no Facebook por páginas fortemente anticristãs/antirreligiosas que também são completamente inapropriadas do ponto de vista sexual. Não ter Facebook e não saber como contatá-los (eu nem sei de onde eles são), o que devo fazer? Tentar contatá-los para pedir explicações ou ir direto ao bispo? Conhecendo a natureza destas páginas, eu certamente não posso ficar calado. Além disso, descobri que muitos jovens (alguns na Ação Católica, outros que estiveram na JMJ, outros ainda em centros recreativos etc.) também dão like em páginas que são sexual e religiosamente inapropriadas e inconsistentes com sua fé. Talvez eles só gostem dessas páginas por curiosidade ou por outras razões que francamente desconheço, mas acho injusto que se comportem assim e apoiem aqueles que, em verdade, nos odeiam e nada mais querem do que nossa morte/supressão/denigração e assim por diante (eu acrescentaria também, como já li em outro lugar, que poderiam ser "satanistas" que se misturam entre os fiéis a fim de induzi-los ao erro e ao mal, mas é uma possibilidade menor). E eu falo por experiência direta. Desculpe pela extensão (na verdade tentei ser o mais breve possível), tenha um bom dia. Francesco Resposta do sacerdote Prezado Francesco, 1. Finalmente consegui responder o teu e-mail. Sinto muito pelo longo atraso e peço desculpas. Estou feliz, antes de tudo, que o Senhor tenha conseguido fazer uma brecha no teu coração e na tua mente. Também entendo a decepção que podes sentir entre os fiéis porque os acha superficiais, contraditórios e até mesmo fanáticos. Enquanto gostarias, com razão, de ver pessoas que são capazes de trazer as razões das suas esperança, como diz São Pedro. 2. Entretanto, por enquanto, o Senhor  te colocou no meio desses fiéis e também no meio dos que não creem. Às vezes basta apenas uma pessoa para mudar a cara de uma comunidade com seu comportamento. Sem te fazer passar por um professor, continua a seguir Cristo com o ardor do neófito e a vontade de investigar. Desta forma, poderás mostrar não apenas a razoabilidade da fé, mas também que a única realidade que pode preencher o coração humano é Jesus Cristo. 3. Pois somente Ele pode habitar pessoalmente em nosso coração. Outros estão presentes em nosso coração em um sentido moral, em razão do pensamento e do afeto. Mas essas pessoas estão sempre em outro lugar. Enquanto é prerrogativa exclusiva de Deus e de Cristo, que é Deus feito homem, estar presente com Sua própria essência dentro do coração humano. São Tomás de Aquino diz que solus Deus illabitur animae, o que significa que somente Deus pode entrar na alma (Suma Teológica, III, 64, 1). E Ele entra nela criando graça santificadora, infundindo-a na alma e tornando-a assim capaz de possuir Deus como em um templo. 4. Eu recomendo que mantenhas sempre clara aquela alma que o Senhor fez brilhar com a infusão da g
raça. O menor pecado venial torna seu esplendor pálido e então não sentiria mais aquela contínua comunhão de coração para coração com Deus que é o segredo daquela sensação de plenitude que o cristão carrega consigo e é também o segredo de seu contentamento e alegria. 5. Passando agora às perguntas específicas que fizeste, duvido muito que os padres tenham colocado likes em páginas claramente anticristãs. É fácil enganar as pessoas. Alguém com um pouco de experiência logo perceberá que é uma simulação. 6. Posso falar de um visitante que recebia declarações com meu endereço que o deixavam estupefato. Ele finalmente decidiu expressar seu assombro para mim. Em seguida, pude assinalar a ele que havia um ponto extra no endereço e que, portanto, aqueles e-mails não eram meus. Então pude escrever para a tal pessoa que estava enviando e-mails com aquele endereço semelhante ao meu e ela imediatamente parou para o seu próprio bem de continuar com aquela história. 7. Mesmo que não tenhas Facebook (nem eu tenho), podes verificar através do Google se há padres ou frades que correspondem àquele nome e àquele sobrenome. De um modo geral, todos os padres e frades podem ser encontrados na Internet porque, de uma forma ou de outra, é possível chegar ao anuário da diocese ou do instituto religioso ao qual eles pertencem. Então, se esses nomes corresponderem, pode-se apontar para a pessoa em questão a incongruência daqueles likes ou, se for o caso, sinalizar aos seus superiores. 8. Para os jovens pertencentes a grupos eclesiais, o discurso é bastante semelhante. Se estiverem maduros, não se expõem daquela maneira. É fácil que se trate de brincadeiras ou gozação. Se se trata de rapazes que vão ao centro recreativo da igreja, deve ser dito que isso não é sinônimo de ser bons cristãos. Um grande número deles nunca vai à igreja. Vão para o centro recreativo apenas para se divertir e passar o tempo. Por favor, tudo somado é um bom ambiente. Mas isso não torna ipso facto aqueles que participam como bons cristãos. Voltando à tua conversão e ao que encontraste vivendo em Cristo, desejo-te um progresso sempre melhor na tua vida cristã. E por isso te asseguro minhas orações e minha bênção. Padre Angelo
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opiummist · 7 months ago
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#       flashback          ──────               A tensão se acumulava em seu corpo enquanto esperava por uma resposta ou qualquer reação ao pedido de desculpas que havia feito, com alguns anos de atraso. Buscando por um pouco de conforto para aquela sensação enervante, Fahriye cruzou os braços diante do corpo, transparecendo seu nervosismo através das pernas inquietas, que se agitavam em antecipação. Os movimentos imediatamente cessaram quando pôde perceber a irritação crescente que transbordava de James, um reflexo que a deixava surpresa, também tentada a ceder ao sentimento de culpa por ter abordado um assunto tão antigo, supostamente enterrado por ambos. Pouca seria a dificuldade que teria para relevar o impulso reativo que ele demonstrava, se não fosse seu empenho para desmerecer suas palavras e sentimentos, acusando-a de inverdades. ── Você sabe que o motivo foi esse? ── Não escondia sua indignação, mas mantinha a calma ao confrontá-lo, pois não deixaria aquela conversa com uma desavença para assombrá-la. Queria deixar aquele assunto sentindo-se mais leve, não ainda mais sobrecarregada. ── James, você não tem o direito de ditar como eu sinto ou deixei de me sentir. Se eu estou dizendo que te evitei porque não estava pronta para ter um relacionamento, então esse foi exatamente o motivo para ter decidido me afastar. ── O corrigia com confiança, contrastando sua antiga versão, cujo nível de maturidade sequer se comparava ao que demonstrava ali. Mesmo assustando-se com a ruptura abrupta do diálogo, que agora se voltava para o gato que acompanhava tudo, não se deixou distrair pela interrupção. Pelo menos em algum detalhe eles pareciam concordar. ── Exato, eu não estava disposta a tentar. Mas não por não gostar de você, mas por estar com medo e me acovardar diante desse sentimento. ── Nunca havia sido tão clara e direta a respeito de suas emoções, por isso esperava que fosse compreendida. Mas tudo que recebia em retorno era indiferença quanto ao passado. Sabia que ambos já haviam superado o término, chegando até mesmo a se envolverem com outras pessoas, mas a magoava ver a história entre eles ser tratado com tamanho descaso. Visando recuperar a calma e evitar dizer a coisa errada, inspirou profundamente, não se deixando abater pelas palavras duras que escutava. ── Pode não ter sido o nosso término, mas algo certamente não parece bem, porque não me lembro de ser tão grosseiro e insensível. ── O repreendeu sobre sua atitude, mesmo que aquele não fosse o melhor momento para isso. Em seguida, suspirou, sentindo-se estranhamente cansada. ── Me desculpe por abordar esse assunto depois de tanto tempo, não era minha intenção te irritar. Apenas não queria cometer novamente o erro de deixar algumas coisas não ditas e acertar meus equívocos antes que fosse tarde demais. ── Justificou-se novamente, assentindo brevemente com a cabeça, então recuperando a postura erguida. ── Mas pode ficar tranquilo, isso não se repetirá. Fico feliz que nunca tenha sofrido com isso.
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Deu de ombros, concordando com a cabeça, mas ainda sem entender as intenções da garota. Sua expressão, no entanto, parecia leve e relaxada, sem ter ideia de que o assunto que a outra queria tratar fosse o passado entre eles. Afinal, já havia passado tanto tempo, e já tiveram outras oportunidades, e ela sempre pareceu preferir ignorar tudo e seguir a vida como se eles nunca tivessem sequer sido um casal. Ele fez o mesmo, ainda que incomodado com a forma como as coisas andaram. Por isso, sua expressão mudou aos poucos enquanto a escutava, sem conseguir dizer nada inicialmente. A postura ficou mais ereta, engolindo em seco e os olhos desviando para baixo e o rosto dela, quase como se buscasse uma fuga daquele momento. Seu coração começou a acelerar, só agora percebendo o quanto ela ainda era capaz de afetá-lo, e pensou se ela se sentia da mesma forma quando falava sobre aquele assunto com ele. Sabia que a fenda andava afetando as pessoas, mas nunca imaginou que faria com que a ex-namorada refletisse tanto a própria vida a ponto de trazer à tona o breve, mas intenso, namoro dos dois. James se perguntou mentalmente se ela tinha pensado nele apenas agora, por esse motivo, ou pensou nele em algum outro momento durante aqueles dois anos depois do término. Trazer de volta aquele assunto era como um soco na boca do estômago. Como se ela estivesse, novamente, lhe dando o fora e dizendo, nas entrelinhas, que não o amava. Era assim, pelo menos, que ele interpretava aquele momento, o que o deixou ainda mais incomodado com a situação. James suspirou fundo, de cabeça baixa, erguendo o olhar e forçando um sorriso sem graça. — Realmente, me pegou de surpresa. — Admitiu, sem saber como começar a responder a enxurrada de coisas que ela havia dito. — Não acho que te faltou maturidade. Você só... não retribuía o que eu sentia. — Deu de ombros, tentando fingir que aquilo não o afetava mais. Como se o término, daquela forma, não o tivesse feito se sentir insuficiente e questionar sua capacidade para amar e ser amado. — Tá tudo bem, Fahriye. Você não precisa pedir desculpas por não ter se apaixonado por mim. — Ainda doía dizer aquilo em voz alta. Aquilo que repetiu para si mesmo durante aqueles dois anos, toda vez que ousava lembrar dela. — Porque, apesar de você ter dito outra coisa, eu sei que o motivo foi esse. Eu não sou tão idiota de acreditar que alguém termina um namoro por "não estar pronta para uma relação séria". — Ele fez aspas no ar, repetindo as palavras dela na noite em que terminou a relação. Reviver aquela noite, agora, em sua mente e falar novamente, em voz alta, o que ela havia dito, reacendeu uma raiva dentro dele, fazendo-o tagarelar e mudar o tom de voz. Antes, ameno, agora, irritadiço. — Porque a verdade é que ninguém está pronto para uma coisa nova antes de enfrentar. E eu estava disposto a tentar, você não. Fim da história. Para que você retomou esse assunto dois anos depois? — James até havia esquecido que Otto, seu gato, estava ali. Só relembrou sua presença quando o ouviu falar. "Calma, James. Conversa direito com a menina." Ele virou-se para o gato. — Como você quer que eu converse direito, Otto? A menina termina comigo, não retribui o que eu sinto e volta dois anos depois pedindo desculpa por isso? — Parecia um garoto reclamando com o pai por ter levado uma bronca. Voltou-se para a ex-namorada, suspirando e tentando não ficar tão nervoso. — Enfim, Fahriye, tudo bem por mim, ok? Se você precisa ouvir isso para morrer em paz: eu estou bem. O nosso término não me afetou em nada, como você pode ver. Eu só fui pego de surpresa. — O tom de voz voltou a ficar ameno, despreocupado, por mais que fosse tudo fingimento.
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honeyvenable · 4 years ago
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Amor, it’s com todo o love do world que venho here te convidar para comer frango com bätata comigo. At minha casa, 8:30 p.m. Hoje. Tô esperando! 💖
ohhhhh mulher que susto da penga q eu levei aqui, achando q era um convite real HAHAHAH ainda mais pq seu aniversário tá chegando
porém estou aceitando mesmo atrasada, já pode acostumar pois sempre atraso pra tudo aqui, QUERO MUITO FRANGO COM BATÄTÄ POR FAVOR 🙏🏼 💖
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