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#desaprendizagem
brendafleury · 3 months
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Ser capaz de mudar é uma característica das pessoas inteligentes. Nossas vidas são frequentemente guiadas pelo inconsciente, composto por crenças que, embora muitas vezes falsas, aceitamos como verdades absolutas. Manter uma atitude de abertura nos coloca em uma posição melhor para continuar crescendo. Como Keynes observou, 'a dificuldade não está em aceitar novas ideias, mas em desapegar das antigas', ecoando o pensamento de Goethe: 'Cuidado com o que aprendes, pois não se pode esquecer'. É preciso estar aberto à 'desaprendizagem' para permitir uma verdadeira aprendizagem. Com frequência, aquilo que julgamos saber é o que mais nos impede de aprender.
Bertrand Arthur William Russell (1872-1970), Matemático, Filósofo, Escritor
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pedrocordier · 4 years
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Com todos os cuidados possíveis e imagináveis, eu e Zé vamos dando andamento ao nosso projeto... . Hoje foi mais um dia de gravação do DESAPRENDIZAGEM E EVOLUÇÃO, quando finalizamos o módulo sobre AUTOCONHECIMENTO. . . Pense num projeto criado e desenvolvido por dois amigos de quase 30 anos de convivência, com diversas formações e certificações na área de desenvolvimento humano, como Yoga, Hipnoterapia, PNL, TLT® Mindfulness, Thetahealing e tantos outros... . Pensou? . Agora imagine quantas histórias de vida, livros, vivências, estudos, cursos, documentários, trilhas, conversas... . Imagine quanto aprendizado a ser compartilhado... . Imaginou? . Pois é... . Estamos trabalhando com todo amor e carinho para que o produto final desse projeto possa impactar, positiva e significativamente, a vida de cada pessoa que tiver acesso a esse material!! . . E quando ficará pronto? . Taí uma boa pergunta... . Estamos vivenciando e curtindo cada etapa do processo: cada troca de ideia, cada linha escrita do roteiro, cada minuto de gravação, cada ideia que surge na hora... . E também vamos curtir cada minuto da edição do material para que, o mais breve possível, sem apressar o processo e, ao mesmo tempo, trabalhando com dedicação, tudo venha a sair de um jeito que nos deixe felizes e realizados com o resultado... . . Breve teremos mais ( boas ) notícias!!!! . . Forte abraço!! . . Pedro Cordier ( @pedrocordier ) e José Alves ( @josalvesfilho ). . . ... #Desaprendizagem #Evolução #Curso #Online #Projeto #Meditação #Mindfulness #PNL #Terapia #Thetahealing #TLT® #PsicologiaPositiva #Yoga #MindfulnessFuncional #Psicoterapia #Coaching #TheInnerGameCoaching #IKIGAI ... . (em Stella Maris) https://www.instagram.com/p/CDNLv7uAf6M/?igshid=xyu0x200rzqh
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mc-miguelcarvalho · 3 years
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(Des)Aprendizagem
Diz se que o Ser Humano aprende (melhor) com os erros que comete ou experiencia. Ora, eu pelo que verifico dia após dia cada vez duvido mais disso...ou então está provado que o Homem tem associado uma qualquer tendência sado-masoquista da qual teima em não se querer livrar...
Senão foquemo nos para tal neste exemplo, actualmente mais recente e ingloriamente óbvio: se de tantos conflitos e guerras que já existiram na Humanidade, entre varios povos, em várias épocas,  derivado às mais diversas causas, sempre deram nos mesmos resultados - sofrimento...mortes..sem que se consiga nunca retirar ao certo de nenhuma delas um vencedor nem um vencido, um ganhador ou um perdedor, porquê continuar a insistir no mesmo? Será a sede de destruição, dos outros e própria, assim tão imensa? A desilusão com este mundo, com esta realidade assim tão grandes? E se assim fosse, há necessidade de levar atrás assim sempre tantos inocentes que apenas desejariam levar uma vida de paz?
Isto não é mais do que a prova do que ao inverso de um processo de aprendizagem, que a Humanidade deveria fazer com os erros do seu Passado, por vezes, não interessa agora por que motivo(s), faz exatamente o processo inverso...o de desaprendizagem...repetindo os erros...muitas vezes até...infelizmente...para pior.
Miguel Carvalho
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tuxedosaiyan · 6 years
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Terrorismo de género
Sim. O menino que vêem na fotografia sou eu. Foi tirada no Portugal pardacento de Salazar, quando os rapazes estavam proibidos de ter comportamentos de menina.
Eu nunca fui um rapaz masculino: interessava-me mil vezes mais observar as minhas avós a fazer lindas colchas brancas em croché do que uma coisa que eu já na altura considerava acéfala e boçal (futebol, desculpem). Eu queria aprender a fazer croché, mas, nas férias que passávamos em Portugal, os mais velhos insistiam comigo para eu fazer coisas de rapaz. Ninguém me queria ensinar croché (muito menos tricô, que exigia o manejo genial de duas agulhas!) e deram-me um brinquedo de rapaz para as mãos: uma pistola.
Não me apaixonei pela pistola, mas ficou a fotografia - tirada pelo meu avô como espécie de comprovativo documental de que eu não era maricas. Mas eu era. E sou. E o pior para Salazares e Bolsonaros é que adoro ser homossexual. Não quereria ser heterossexual por nada deste mundo, porque a pessoa que eu sou é intrinsecamente gay. É algo que me define e que eu amo.
No entanto, chegar ao amor pela minha própria homossexualidade não foi um caminho fácil. Porque fui vítima do terrorismo de género. Fala-se (sem conhecimento) de «ideologia de género», mas muito pior é o terrorismo de género. Eu e tantos rapazes da minha geração (e de mais novas, infelizmente) fomos sujeitos a um autêntico terrorismo psicológico. «Não sejas maricas». «Não fales com essa voz apaneleirada». «Comporta-te como um homem». «Pareces uma menina».
O decurso da minha adolescência foi uma desaprendizagem relativamente à pessoa que eu verdadeiramente sou. Fiz tudo e mais alguma coisa para não parecer maricas - mas é claro que um pássaro não pode mudar de penas, como tão bem se diz em inglês. E eu nunca consegui deixar a 100% de ser «apaneleirado» na minha maneira de falar e de me mexer. O meu primeiro namorado, dez anos mais velho do que eu e ele próprio vítima de terrorismo de género bem pior do que todo aquele que eu sofri, dava-me dicas constantemente para eu «não parecer maricas». Era sempre: «não fales assim, não digas isso, não pegues assim no cigarro, não pegues assim no copo, não te rias assim».
Por outras palavras: «não sejas tu».
Este terrorismo de género foi de tal modo marcante na minha psique que ainda hoje apanho um choque quando me vejo na televisão: eu que pensava ter conquistado a arte de ser «straight acting» vejo, com olhar crítico, o mesmo maricas que eu era em criança. Não consegui, com quase 56 anos, extirpar de mim o paneleiro. Paciência.
Triste triste é o que vejo à minha volta neste nosso Portugal de 2019: vejo ainda hoje gays armariados por toda a parte, a fingir desesperadamente que são heterossexuais; e não são só pessoas da minha geração. São rapazes novos, na faixa dos 20 e dos 30. A internet está cheia de recantos onde a comunidade gay afirma coisas como «não gosto de efeminados», «não gosto de passivos» e, mais espantoso ainda, «não gosto de versáteis» (os heterossexuais que me estão a ler que desculpem a terminologia técnica).
O ideal dentro da comunidade gay continua a ser o homossexual que se comporta como heterossexual, que é «masculino», que não tem «trejeitos». Continua o incentivo à não assunção da própria sexualidade - porque o terrorismo de género continua, vivo da silva, tão tóxico e pernicioso como era quando eu era um rapazinho português no fascismo de Salazar, a quem os adultos deram uma pistola para as mãos para se sentirem menos angustiados pelo facto de terem de educar um menino que olhava fascinado para as mulheres a fazer croché, que se entediava de morte com futebol e que não era capaz de falar com «voz de homem».
Menino esse cujas cores preferidas eram (e são ainda) cor de rosa e azul. Porque a realidade não é tão dicotómica como os fanáticos querem que pensemos. Não é uma questão de rosa ou azul; de futebol ou croché. A sensibilidade humana é mais subtil do que isso.
Combatamos é a tremenda desonestidade que está por trás do termo pejorativo «ideologia de género» e foquemos a nossa atenção em fazer frente àquilo que é verdadeiramente abominável: o terrorismo de género. Não me forcem a ser quem eu não sou. Cada pessoa humana tem o direito de ser quem é.
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Frederico Lourenço, 04/01/2019
post original no facebook
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dancingwithmyashes · 5 years
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como qualquer um 
nasci uma “criança esbelta”
com muito amor para dar
e a necessidade extrema de assim o receber.
as carícias eram essenciais,
as expressões sempre fundamentais 
mas, diferente de outras crianças 
talvez tenha pedido demais.
não é qualquer um que abre os braços para o apego,
aprendi isso desde muito cedo.
se tem algo que agora é preciso
é manter tudo escondido. 
não fique me infortunando!
não tenho mais caricias para hoje. 
de cabeça baixa, e mãos para trás 
passou-se mais um dia em prantos
sera que ninguém se importava?
e se assim for, hei eu de me importar?
aos poucos, as carícias cessaram,
era só medida passageira 
até que a situação mudasse.
mas a situação mudou
e de nada a medida adiantou
pois esse tempo todo esperando mudança 
outra coisa se modificou. 
agora eu também não queria ser infortunada 
nem apegada,
muito menos queria assumir a necessidade de afeto.
foi uma desaprendizagem muito bem feita. 
talvez isso seja parte do que Foucault chamou de disciplina.
posso, pelo menos, dizer que sou uma criança disciplinada.
mas de que adianta,
se isso não me acresce em nada?
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orbitalpavilion · 5 years
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Claire Fontaine
Em conversa com Claire Fontaine: em vista de uma prática ready-made
[Este texto surge como posfácio do livro “Claire Fontaine: em vista de uma prática ready-made”, da editora independente Glac, a partir dos textos traduzidos, adaptados e escolhidos do colectivo francês]
Para escrever um texto que fala das relações entre arte e luta necessitaria de uma língua estrangeira dentro da própria linguagem, uma língua de saltimbancos que materialize a possibilidade de dançar numa corda bamba e de combater. Ao invés disso, tenho apenas os trapos de palavras gastas que tento coser à volta dos problemas.
de “Carta a A.”
Como esta língua estrangeira tem-se desenvolvido? Será que em suas práticas textuais-artísticas vocês já encontraram este vocabulário crítico? Qual seriam as características de tal léxico, caso ele exista?
A pesquisa para esta língua estrangeira dentro da própria linguagem é um horizonte, algo que se move de acordo com o nosso próprio movimento, não é um objetivo para ser alcançado, mas um processo que habitamos e que nos habita. Esta ideia surge da análise de Deleuze e Guattari sobre os escritos de Kafka, do conceito de “literatura menor”1. A procura por uma língua estrangeira, dentro de uma linguagem, não se trata de adquirir um vocabulário mais amplo, em particular, um que seja crítico. É uma aventura no processo de desaprendizagem, um abandono das certezas e das noções que nos estruturam, a fim de encontrar o que Deleuze e Guattari chamaram de um “próprio Terceiro Mundo”. De fato, não é um enriquecimento de qualquer natureza, nem mesmo a aquisição de um domínio, mas a descoberta de uma nova forma de pobreza potente, que permita que o presente, com toda sua estranheza e  privação, ressoe e expresse seu significado perturbador, para que enfim o mundo possa aprimorar-se.
Grandes barricadas colocadas entre a arte e a vida, entre o saber e o viver, catedrais erigidas à glória da masturbação mental, as universidades ainda desajustadas do mercado que deveriam oferecer refúgio do inferno da mercadoria, pelo menos por alguns anos, aos jovens à procura de pesquisa, já não hospedam qualquer conflito entre os seus muros e aniquilam quem faz demasiadas pergunta.
de “Carta a A.”
Como vocês se sentem em relação à academia, ao terem participado desse contexto? Quais seriam as limitações desta? Como vocês comparam a produção de conhecimento, por exemplo, entre o campo antropológico e o artístico? E quais seriam as diferenças nas práticas de ambos e nos lugares epistemológicos, se de fato houver diferenças?
Nunca participamos ativamente da academia. Nos parece que as universidades são diferentes em países diferentes, ainda que suas lógicas e modos de organização vêm sendo amplamente homogeneizados na Europa nos últimos anos. Do que sabemos e testemunhamos, não há universidades que analisam, ou até mesmo discutam, a relação entre o conhecimento transmitido, o presente e o futuro dos estudantes e o próprio contexto político. Sob estas condições, lugares que deveriam fornecer uma educação para jovens adultos parecem perfeitamente desonestos, ainda mais quando estes são regulamentados por princípios elitistas ou quando são privados. É óbvio que estimular o amor à liberdade ou cultivar a paixão ao engajamento político não é a prioridade da academia neste momento, e desde muito nem faz parte da agenda. Por conta disso, não há nenhuma responsabilidade à sociedade, nem mesmo uma prioridade direcionada à missão de protegê-la dos interesses privados que a assolam ou do poder político despótico: levantar tais questões explicitamente dentro das universidades pode ser um alto risco para os estudantes.
Conhecimento artístico não é um termo que faz sentido para nós; não existe tal coisa que possa assim ser unificada e descrita. Digamos que a posição do artista pode coincidir com a do antropólogo certas vezes, mas há uma diferença central entre ambos: os antropólogos necessitam de alguma distância do seu objeto, o que para artistas, caso tentassem aplicar tal distanciamento, seria até mesmo prejudicial às suas práticas. Outra diferença relevante reside na relação com a “verdade”: antropólogos devem lealdade a esta verdade que eles próprios produzem, agarram e reconhecem, caso contrário, não haveria nenhum ponto a pesquisar. Por outro lado, artistas não têm nenhum vínculo ou dívida com a veracidade, eles tem liberdade absoluta.
No texto “Carta a A.”, 2008, em certa altura, se comenta que as metáforas são ineficientes para reconstruírem histórias pois demonstram a insuficiência da linguagem para tal. Disto, decorreria uma necessidade lógica, já que o movimento narrativo do próprio texto transita de uma prisão intelectual à uma prisão prático-revolucionária, seja da ordem de uma militância, seja da violência desmedida, seja do amor ou seja do desconhecido. Wittgenstein, em seu segundo momento com Investigações Filosóficas, argumenta que o mundo próprio de cada um é de todo o limite de suas experiências pois elas estão ostensivamente ligadas a linguagem. A linguagem, neste sentido, não é o conhecimento do mundo, mas justamente o mundo que se conhece, é ele mesmo.
Em contraponto,  “Carta a A.” apresenta: O realismo sempre foi uma questão de tradução, uma construção feita de códigos, mas agora para acreditar na realidade necessitamos de imagens e palavras mais libertas do presente, porque o presente é feito de mercadorias e dos afetos que delas derivam.
A partir disso, podemos pensar que o que se diz não é necessariamente algo que se possa esclarecer facilmente e, anteriormente a isso, talvez seja algo que a própria linguagem não possa dar conta, de seu peso, do que se pretende dizer. Hoje o chamado revolucionário não é mais que universal, generalista e ainda eurocêntrico, talvez estaríamos incorrendo no erro de denominar ou significar (gerar qualidades, adjetivos, e materialidade, substantivos) ao que apenas é consciência e não ação? Digo da insurreição revolucionária, seja estética e política, anônima e legítima, como algo a ser vislumbrado enquanto vida presente, uma realidade ainda em códigos.
Esta questão é longa e complexa. Não concordamos com todas as viradas conceituais que ela implica. Mantemos que as experiências das pessoas no mundo de hoje não são tão moldadas pela linguagem - Wittgenstein viveu em uma época muito diferente -, mas por suas condições financeiras e suas capacidades em navegar por mundos sociais diferentes e contextos efêmeros, e estes, é claro, estão todos gangrenados com problemas de raça e de classe, todos sobrecarregados e contaminados pelo patriarcado e pela reificação. Para reconectar com as questões anteriores sobre uma linguagem estrangeira dentro da língua e, também, o tipo de conhecimento disponível nas escolas e nas universidades, fica claro que nós estamos vivendo momentos de extrema miséria neste mundo, o que significa que entre linguagem e formas de vida há laços muitos frouxos, assim neste mundo a ética e a estética correm e brincam em torno de si mesmas, numa indiferença generalizada, sem qualquer tipo de coerência. Mesmo a ideia de uma chamada revolucionária parece risível, dado o pouco significado que a vida tem hoje, objetivamente, é a ideia surreal, considerada somente por razões pragmáticas de sobrevivência, de que todos partilhamos a mesma concepção sobre o que constitui o indivíduo e o sujeito. Humanos raramente têm-se desrespeitado tão profundamente nas transações comerciais cotidianas, nos perfis online que visitam e com os quais se conectam, relações estas de brutalidade socioeconômica absoluta. Na Europa, já alcançamos o ponto mais baixo possível se considerarmos a quantidade de pessoas deslocadas e desalojadas que ignoramos em nossos territórios - as ignoramos como seres humanos e como força política, como portadoras de significação e de experiências trágicas importantes, como pessoas buscando liberdade. Secretamente as enxergamos como bocas para alimentar, mendigos sob nossas marquises, pessoas privadas de dignidade e importância, porque estão destituídas de riqueza e de status social. O ódio que alimenta e que é alimentado por atos de terrorismo politicamente patéticos, o nível destrutível e ofensivo de vigilância ao que estamos submetidos e o tipo de repressão que países “democráticos” mobilizam contra qualquer tipo de protesto, nos fez internalizar a criminalidade da crença em mudanças sociais e esquecer a necessidade de proteger a liberdade privada e pública. Que tipo de vocabulário poderia nos salvar desta situação? A linguagem neste estado das coisas desceu para além de uma “hierarquia que é estruturada por uma ordem ética e epistemologicamente pré-determinada”, ela se torna inútil se não encontrar um “agenciamento” que dê certo com o poder, que a extraia da impotência do politicamente correto. Precisamos de práticas que nem se quer se vejam como radicais (até esta fantasia já é de algum modo poluída), devemos bloquear urgentemente o desastre e continuar pensando, enquanto o fazemos, que podemos pensar com nossas mãos, com nossos corpos, com cores. O movimento de 1977 nos ensinou uma lição preciosa: às vezes a linguagem deve ser desfuncionalizada para que a poesia se torne mais eficiente do que qualquer convenção política. “Carta a A.” é uma reflexão sobre o consumo do luto de uma certa ideia de radicalismo e sobre a forma como nos enxergamos vivendo através dele, ao mesmo tempo que somos por ele subjetivados e salvos. Precisamos fazer melhor que isso, precisamos repensar a liberdade e a vida, como o feminismo o faz fora das lógicas de antagonismos binários.
Durante nosso encontro anterior, ficou claro que vocês não concordam necessariamente com a visão política apresentada pelo Comitê Invisível. Apesar de uma inicial ênfase no potencial de comunas insurrecionais em contraposição às revoluções centralizadas, em seu segundo texto, Aos nossos amigos, o Comitê parece ter um foco diferente, com certa constatação de que “a revolução sempre acaba na fase da manifestação”, mesmo que seja entendida como um processo.
Primeiro, gostaríamos de saber se vocês acreditam nesta diferenciação teórica entre insurreição e revolução e, segundo, como vocês comentariam ou responderiam a essa diferença. Será que politicamente o Comitê Invisível representa um passo para trás? Será que na ênfase deles, sobre organização e necessidade de desenvolver uma “inteligência estratégica do presente”, estamos vendo uma recaída em posições ortodoxas?
Confessamos que não estudamos esses dois textos com profundidade. De modo geral - apesar da diversidade das duas publicações - vemos um desejo de seduzir, de atrair, de envolver o leitor em algum tipo de cumplicidade turva e invisível. Como dispositivo literário, isso não é nada novo. No entanto, se o entendêssemos como estratégia política de um grupo, esta seria simplesmente a de um ato suicida. De alguma forma, o absurdo no caso Tarnac demonstra que o poder está disposto a acreditar em histórias e não medirá esforços para criminalizar, de um modo que não faz sentido algum, as pessoas que correspondem à descrição romântica das formas ameaçadoras da vida. Ele acusará essas pessoas de terem escrito o livro e de terem supostamente realizado as ações que este livro descreveu (como se essas pessoas que moraram em Tarnac tivessem inventado a insurreição e a sabotagem, como se fossem os “donos” destes conceitos e que A insurreição que vem contivesse receitas mágicas para a revolução, como se essas não pudessem ser encontradas por milhares de pessoas em qualquer biblioteca pública). Voltando a estes escritos, algumas coisas são lindas, porém os vemos mais como obras literárias que como manifestos políticos. O Aos nossos amigos vem depois do caso de Tarnac e de muitas ondas de manifestação e repressão por todo o planeta, por isso, é de algum modo mais sábio e menos ingênuo que A Insurreição que vem, mas nele ainda se sente uma vontade de gerar magicamente uma rebelião geral e de ativar uma mudança social através de uma ferramenta que está totalmente obsoleta e inadequada à ambição.
Desaprender os gestos, as palavras, as relações. Libertar através dos corpos e das mentes, transformar as subjetividades.
- Sally Bonn, “Ressonância”, introdução do livro Grève Humaine.2
Esta pergunta se refere ao que se tornou conhecido como a “virada subjetiva” dos movimentos sociais e da teoria da mobilização social e como esta atravessa o modo como imaginamos novas possibilidades de mundo. Maple Razsa, antropólogo contemporâneo, aponta como atores do movimento antiglobalização procuram por modos alternativos de mobilização ao se afastarem de fins utópicos e de uma autoridade centralizada, optando por formas de democracia direta e agindo através de uma política prefigurativa3. Em sua análise, a subjetividade emerge como um lugar chave, do conflito e da criatividade, em virtude dos ativistas que buscam independentemente “tomar posse dos meios de produção de si mesmos como sujeitos”4.
Como suas práticas atravessam tal entendimento? E como vocês responderiam às configurações alternativas desse potencial emancipatório da arte, caso vocês acreditem que a arte tenha este potencial?
O potencial da arte não pode ser mensurado, o que o encontro com uma obra de arte pode fazer pelo sujeito, como a liberdade impregnada numa escultura, numa pintura, numa afirmação pode influenciar uma singularidade ou a massa, não tem como ser dito. Isto também explica nossa posição: não temos nenhuma crença supersticiosa na eficácia política imediata do nosso trabalho, de alguma forma não é nossa principal preocupação. Esperamos que obras de arte sobrevivam aos artistas, e o tempo para que o nosso trabalho realmente toque as pessoas talvez nem tenha chegado ainda. Como qualquer artista, trabalhamos porque precisamos, é nossa forma de nos mantermos vivos. Em nossa pesquisa, partimos do mesmo diagnóstico de Razsa - tal análise não é tão nova -, a subjetividade hoje é a arma e o campo de batalha. É óbvio que a prática de liberdade tem prevalecido nos movimentos sociais por todos as partes através de tal lógica da libertação, algo que é politica e pessoalmente maravilhoso para todos nós. Certas formas de autoridade e de dinâmicas gregárias sociais da unificação parecem já não atrair mais as pessoas, e isto é um avanço político incrivelmente importante, o qual todos devemos valorizar e proteger em nosso próprio meio.
Em oposição à ênfase de Maple Razsa sobre o potencial criativo da mobilização social, na qual se sustenta a pergunta anterior, recentes teorizações de uma “arte pós-contemporânea” argumentam que a arte hoje tornou-se uma indústria altamente sistematizada e que seu potencial emancipatório, por conta disso, pode ser entendido numa posição intersticial entre as esferas do marketing e do branding. Tendo em vista tais graus de inserção, como vocês respondem criticamente à apropriação, por exemplo, dos escritos do Tiqqun5 nas últimas obras do artista Bjarne Melgaard, na Bienal de Berlim de 2016?
Tudo é uma indústria hoje em dia: sexo, maternidade, morte, cada momento de nossas vidas ou cada ação, qualquer prática individual entra, de alguma forma, numa dinâmica comercial, agora até imagens podem ser publicadas, trocadas…, qualquer momento pode ser vendido, contido, imortalizado, acumulado, ou seja, roubado da inquietação transitória de nossas vidas. As brechas da chamada sociedade do espetáculo foram fechadas pelas novas tecnologias: a publicidade (e a pornografia) não precisa da vida como modelo, porque a vida está imitando e, cada vez mais, se fundindo com ela, pelo Facebook, Instagram, Tinder, Grinder e pelas ruas das nossas cidades. Como algo tradicionalmente precioso e valioso como a arte poderia escapar deste sistema de subsunção superinteligente e pervasivo? Pensamos que em relação ao significado, há uma forma de indiferença assustadora que está presente em certos níveis do mundo da arte; um enfraquecimento de conceitos, estes tratados somente como sinais para gerar abstração ou para recompor - às vezes de forma aleatória - a superfície da realidade. Acho que Melgaard - que também usou os escritos do Comitê Invisível - estava tirando um sarro da tentativa dos livros lutarem contra a falta de sentido, ao reduzi-los a sinais vazios numa sessão fotográfica. Eu não sei se a vontade dele é explicitamente niilista, acho que provavelmente Melgaard nunca leu esses livros e só está tentando escandalizar as cinco pessoas do mundo da arte que os conhece. Talvez nem ele mesmo saiba o que quer fazer. De qualquer forma as pessoas já esqueceram.
Antes de iniciar sua explanação sobre o estado de exceção, Giorgio Agamben, ao dar parâmetro de sua partida - na partilhada entre o direito público e o fato público e entre a ordem jurídica e a vida – se pergunta diante de uma afirmação: “… se a exceção é o dispositivo original graças ao qual o direito se refere à vida e a inclui em si por meio de sua própria suspensão, uma teoria do estado de exceção é, então, condição preliminar para se definir a relação que liga e, ao mesmo tempo, abandona o vivente ao direito”6.
O que o Agamben aponta é uma trajetória, inclinação está que se dá justamente entre os dispositivos e as subjetivações, porém, a meu ver, vocês, em “Notas de rodapé sobre o estado de exceção”, não apenas já tratam destes dois procedimentos como conjunção inseparável como também praticam esta uniam no texto. Se o que nos torna singulares é a qualidade qualquer que nos é subjetivada (e por isso entendo um controle anterior que se ergue antes de qualquer construção subjetiva), então a única coisa que temos é a contemplação como modo de experienciar as faltas e não o presente, o que nos sobra em excesso. Desse modo, se existe somente um modo de vida, comum a todos e sem escape, “esta é também a razão pela qual não conseguiremos combater esta guerra no terreno das imagens ou da iconoclastia…”, o que teria o pensamento como potencial de reconfiguração de uma exceção para a vida em imagens, com sua imaginação e acontecimento, e não mais para a vida em governo, com sua jurisprudência e institucionalidade?
Primeiramente, a conceitualização de Agamben sobre a relação entre vida e lei é paralela e, profundamente conectada, com sua própria descrição da relação entre bios e zoe. Na verdade, o discurso, o social, a vida supostamente significativa e política que partilhamos oculta em si a vida biológica, que é muda e animal, a nossa atividade intelectual a inclui e a exclui, ao mesmo tempo. Isto é o que a lei faz com a vida: a inclui para no fim excluí-la e exterminá-la, quando necessário; é por isso que o estado de exceção não é o oposto da democracia, mas o é, de algum modo, sempre que incluído nela como uma possibilidade escondida.
Não há “somente um modo de vida, comum a todos e sem escape” como vocês afirmam: estruturas jurídicas e leis têm fortes vínculos históricos com o patriarcado, isto está longe de ser o único modo em que podemos viver juntos e sermos subjetivados. Hoje em dia, por exemplo, essa forma de vida está passando por uma grande crise por todo o planeta. Houveram importantes movimentos feministas centralizados na ideia de extrair da vida os processos legais e jurídicos, que partia de como estes dispositivos mutilam e deformam vidas - especialmente as vidas das mulheres. Não podemos eliminar o poder, mas o poder tem uma história que pode funcionar e nos afetar de várias maneiras diferentes, há sempre uma possibilidade de se opor a ele, de desviar sua trajetória, ao atravessá-lo de outra forma e disto ganhar forças. O coletivo Milan Women’s Bookstore7 (La Libreria delle donne di Milano - Livraria das Mulheres de Milão) publicou um livro que muitas vezes citamos, seu título em Italiano soa como Não acredite que você tem quaisquer direitos8; o contrato social, a maneira como vivemos juntos é - e deve permanecer - negociável o tempo todo, cabe a nós proteger a dinâmica social da violência e da exclusão (que são complementares entre si). O equilíbrio diferente que nos interessa é obviamente aquele que não despreza a vida biológica, mas, ao contrario, que a reconhece com dignidade e importância que merece, nos mostrando instantaneamente sob outra luz, a infância, a velhice, a vida das mulheres e o destino do planeta. Em outras palavras, o antropoceno não existe, o que temos é o que o patriarcado fez com o mundo através do capitalismo, do massacre, dos discursos e das práticas para mantê-lo do jeito que está ou se opor a ele.
No texto “Notas de rodapé sobre o estado de exceção”, a significação inominável do amor se dá da seguinte forma: “… o amor não tem uma causa específica nem uma razão que possa ser comunicada. Aquilo que se ama no outro é o agenciamento social possível ou real de que este é portador, o seu potencial de conexão e de liberdade que faz com que os nossos sentimentos possam surgir e perdurar.” Em “Somos todos uma singularidade qualquer” continua-se: “É a possibilidade de descobrir que todos somos uma singularidade qualquer, igualmente amável e terrível, prisioneira das malhas do poder, à espera de uma insurreição que nos permita mudar a nós mesmos”.
Em sequência, as duas explanações se aproximam da realidade desse sentimento, ou melhor, dessa forma de sentir sem forma, o que, de algum modo, pode ser retomado através de Maurice Blanchot. Em A Comunidade Inconfessável, o autor disserta sobre os termos comunismo e comunidade: “conceitos desonrados ou traídos, isso não existe, mas conceitos que não são ‘convenientes’ sem seu próprio-impróprio abandono (que não é uma simples negação)” […] “o que se dá com esta possibilidade que é sempre engajada de uma maneira ou de outra em sua impossibilidade?”.  
A pergunta requer, através da possibilidade, o que Blanchot mesmo justifica por imanência, da invenção à subversão prática da ordem da própria vida. Desse modo, é possível que concordemos que antes de qualquer encontro haja sempre uma disposição para amar a comunidade em sua simples conflituosidade, ou melhor, que amar, como posso interpretar dos textos, é também dar-se à partilha de si como comunhão? Tal revisão não nos colocaria novamente em uma conhecida assepsia da própria vida na política clássica? Ou, há nesta singularidade de amar o comunismo uma subtração que não é mais da vida e sim do que já está partido, a vida presente?
Blanchot é um autor bastante inspirador, sobre seus escritos podemos refletir por anos, porém, em termos de providenciar uma linha de ação e especificar instruções éticas (que vocês parecem procurar nesta pergunta) não é o filósofo mais claro para isto. Não acreditamos que “antes de qualquer encontro haja sempre uma disposição para amar”. Existe entre as pessoas afinidades, antipatias, antagonismos e complexidades que não podem ser negados - e nunca foram, dentro da história dos movimentos revolucionários, mesmo no movimento hippie - estas coisas são muito importantes e também fazem parte do amor sob suas diferentes formas. Em “Somos todos uma singularidade qualquer” tentamos revelar a natureza afetiva de nossa existência social e política e dar a ela uma voz, uma voz de esperança. No entanto, amor é trabalho, não é uma fusão, algo que transforma “a partilha de si [em] comunhão”: o patriarcado cria narrativas e, por consequência delas, mulheres são espancadas, estupradas e mortas a cada minuto por seus entes queridos. O amor não é um instinto, ele pode ser carinhoso, mas não se prolonga desta energia inicial, precisa ser valorizado, cultivado, acompanhado, compreendido, corrigido e alimentado continuamente. Não é uma força imutável em que podemos contar, é algo tão necessário à vida, como o oxigênio, porém ninguém ensina as pessoas a mantê-lo, e o primeiro lugar onde adoece e morre é dentro das comunidades militantes, onde as incapacidades todas emergem e as opostas são altas. De um lado, pessoas sentem-se melhor com uma vida afetiva medíocre e sem ambição, e elas são melhores mesmo, porque só para manter uma família unida e viva dá muito trabalho. Mas quem, por outro lado, realmente vive “em asceticismo cansado”? A vida de ninguém é asséptica, a vida não pode simplesmente ser assim; o amor pelo comunismo intensifica a vida - caso o pudermos mantê-lo vivo por algumas semanas, meses ou, se tivermos sorte, por anos -, faz com que a gente sinta a vida como ela realmente deveria ser: isto não pode ser negado por ninguém que tenha experimentado este tipo de amor, que não subtrai a vida de nenhum lugar, mas que cria um presente real, completo e luminoso.
É que a terra sobre a qual caminhamos mudou de valor e nossas vidas com ela.
– do texto “Sem vida familiar”9
Uma pergunta sobre temporalidade. Os escritos e as práticas de Claire Fontaine se expandiram e se desenvolveram ao longo de um período de tempo substancial. O que mudou desde 1999-2001, na época do Tiqqun, até a orientação teórica apresentada no escritos no Grève Humaine?
Primeiro, nem todas as pessoas que integram Claire Fontaine fizeram parte de Tiqqun. Tiqqun, a revista, foi a concretização de um processo coletivo. De alguma forma, escrever não era o foco principal: fizemos parte de um movimento social por volta de 1997, em Paris, que questionou noções de trabalho, de emprego, de uso do tempo e de distribuição de renda, entre outras coisas. Era um movimento interessante porque juntou vários sujeitos sem nenhuma qualificação profissional ou social, era um movimento de singularidades quaisquer que questionava a organização da sociedade, a estrutura de classe, a forma como as pessoas eram profissionalizadas e formadas nas universidades… Costumávamos nos reunir todos os dias num anfiteatro em Jussieu, mas de nenhum modo não era um movimento estudantil. Lá, percebemos que a prática de estarmos juntos, conversando o tempo inteiro, não estava criando uma linguagem comum e, que esta assembleia contínua e diária, não estava indo a lugar nenhum, em termos da construção de um léxico político sobre o qual todos pudessem concordar. Deste modo, a primeira motivação para escrever Tiqqun foi agrupar uma série de conceitos como Bloom (Teoria do Bloom), Jeune-Fille (Menininha), Le Parti Imaginaire (O Partido Imaginário), para citar alguns deles - o termo Greve Humana apareceu no segundo volume de Tiqqun - e para definir algumas coisas e fenômenos que não tinham nome, mas que estavam presentes. Logo em seguida, a situação política, social e humana que vivíamos mudou drasticamente: Tiqqun Vol. 2 reflete esta mudança, um certo desespero que surgiu dos tempos anunciados no 11 de setembro de 2001, tempos que ainda estamos vivendo.
A Claire Fontaine é um coletivo artístico, ela não é um grupo político, ela não nasce de nenhuma ambição politica qualquer, fazemos arte e escrevemos: não estamos tentando fornecer à próxima geração de revolucionários um kit de ferramentas conceituais e visuais,  isso seria muito pretensioso. Nossos escritos nascem ao lado de nosso trabalho visual, o que fazemos é uma operação completamente diferente de Tiqqun (Vol. 1 e Vol. 2). A Claire Fontaine nasceu a partir do diagnóstico da impotência política, costumávamos dizer que alguns artistas no final dos anos 1990 e no início dos 2000 eram refugiados políticos dentro do espaço da arte contemporânea; isso também pode ter mudado nos últimos dez anos, os refugiados não permanecem nessa condição para sempre: a arte não é um campo de refugiados.
1.DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Kafka: Por uma literatura menor. São Paulo: Autêntica. 2014.
2.Grève Humaine é uma coletânea de escritos do coletivo Claire Fontaine publicada pela editora parisiense Éditions Macula.
3.A política prefigurativa deriva do pensamento anarquista, é o modo como a política se estrutura no presente para refletir a sociedade futura à qual se propõem. Nesta política as ações também se voltam a si mesma, visando implementá-la na vida cotidiana de quem nela atua.
4.RAZSA, Maple. Bastards of Utopia. Bloomington: Indiana University Press, 2015.
5.Tiqqun foi uma revista francesa que publicou dois volumes: o primeiro em 1999 e o segundo em 2001. Tiqqun foi concebido por autoria coletiva, um dos membros que atualmente integra a Claire Fontaine, também participou do coletivo. Logo depois da segunda publicação Tiqqun se desfez. Além da revista, Tiqqun também publicou os livros, que derivam de textos já publicados na revista: Materiais preliminares para uma teoria da menininha (2001), Teoria do Bloom (2004), Isso não é um programa(2006) e Contribuição à guerra em curso (2009).
6.AGAMBEN,. Giorgio. Estado de Exceção. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p. 12.
7.“Milan Women’s Bookstore” ou “La Libreria delle donne di Milano”: fundada em 1975, se descreve como realidade política composta por movimento, organização e reunião (www.libreriadelledonne.it).
8.Non credere di avere dei diritti, publicado em 1987 pela La Libreria delle donne di Milano. Em 1990 é publicado a versão em inglês, cujo título é traduzido como Sexual Difference, A Theory of Social-Symbolic Practice (Bloomington: Indiana University Press, 1990), tradução de Patricia Cicogna e Teresa de Lauretis.
9.Texto de autoria de Claire Fontaine publicado no livro Grève Humaine, da editora Éditions Macula.
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Certa vez, perguntaram ao poeta Manoel de Barros qual foi sua grande influência. Todos imaginavam que ele mencionaria um poeta, porém ele disse que aprendeu a fazer poesia com um pintor: Miró. Para aprender toda a potência libertária que há na poesia, é necessário desaprender as cartilhas e tabuadas cujo poder produz apenas mentes “acostumadas”. Foi essa “desaprendizagem” necessária que o poeta aprendeu com o pintor, para assim nos mostrar que poesia não é somente versos, rimas e palavras , poesia também “pode ser que seja fazer outro mundo”, ensina-nos Manoel. Esta foi a lição que o poeta aprendeu : Miró desenhava de maneira precisa e técnica, porém essa técnica virou uma prisão que impedia o nascimento de um mundo novo que Miró desejava criar. Esse mundo novo não cabia na forma “acostumada” que se tornou Miró e seu pintar . Já crescia virtualmente no pintor a alma nova, porém faltava um corpo para ela: ao invés de nascer, a alma nova corria o risco de abortar. Tomado por uma profunda crise, Miró desistiu da arte, mas a arte não desistiu de Miró. Quando tudo parecia perdido, certa vez Miró começou a rascunhar com lápis de cor usando a mão esquerda, mão que ele nunca usava . Era um rascunhar “brincativo” que alcançava realidades ainda não formadas, ignoradas pela mão direita. A mão esquerda nada sabia de cânones ou fórmulas de sucesso, como sabia a mão direita. Nunca a mão esquerda ficou vaidosa por receber elogios; tampouco segurou, ostentando, prêmios e títulos, como se habituou a segurar a mão direita . Se a mão direita adquirisse a capacidade de falar e alguém lhe perguntasse qual a opinião dela sobre a mão esquerda, ouviria: “ A mão esquerda é perigosa: quer tirar o poder que conservo, ela é subversiva!”. As duas mãos tinham a mesma idade biológica, mas era a mão esquerda o corpo novo que a alma nova exigia . Ao começar a desenhar com a mão esquerda, cada desenho de Miró era o desenhar de novo nascendo , fazendo-se como novidade, experiência e descoberta. O poder estabelecido escreve suas cartilhas com a mão direita , porém a arte de se reinventar só a pode desenhar um instrumento não domado: a mão esquerda . A tal “mão invisí https://www.instagram.com/p/CeqnD45gXYa/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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carolsisson · 3 years
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paulobandeira · 5 years
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Aprender a desaprender é essencial para evoluir nos negócios
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Desde a publicação de The Fifth Discipline , de Peter Senge , há 25 anos, as empresas procuraram se tornar “organizações de aprendizado” que se transformam continuamente. Em nossa era de ruptura digital, esse objetivo é mais importante do que nunca. Mas as empresas só conseguirão atingir esse objetivo se antes de aprender novos conceitos, elas de dedicarem a aprender a desaprender. Marck Boncheck é um consultor, mentor, pensador e auto intitulado CEO-Chief Epiphany Officer da empresa Shift Thinking além de colaborador da Harvard Business Review, dentre outras coisas. É um profissional que muito admiro e que sempre trago aqui seus textos, muitas vezes desconcertantes para um novo paradigma nas empresas. De fato, o que acontece é que as empresas têm se concentrado na coisa errada. O problema não é aprender: é desaprender . O que acontece é que, em todos os aspectos dos negócios, estamos operando com modelos mentais que se tornaram desatualizados ou obsoletos. O que é aprender a desaprender Para abraçar a nova lógica de criação de valor, temos que desaprender o antigo. Desaprender, contudo, não é esquecer. É a capacidade de escolher um modelo ou paradigma mental alternativo. Ou seja, quando aprendemos, o que fazemos é adicionar novas habilidades ou conhecimentos ao que já sabemos. Quando desaprendemos, saímos do modelo mental para escolher outro diferente. Acontece que, muitas vezes não conseguimos incorporar novos conhecimentos sem abrir mão dos antigos. É como diz o ditado: "Você não consegue encher uma chícara com leite se ela estiver cheia de café!" Aprender a desaprender é esvaziar a xícara do café antes de enchê-la de leite! A mesma coisa acontece nos negócios. Muitos dos paradigmas que aprendemos na escola e construímos nossas carreiras são, hoje, incompletos ou ineficazes Por exemplo, em estratégia, toda uma geração de gestores cresceu com os conceitos das cinco forças de Michael Porter . Nesse modelo, a vantagem competitiva é obtida reduzindo os custos, elevando os preços, prendendo os clientes e bloqueando concorrentes e entrantes. Na visão de Porter , “a essência da estratégia é que você deve estabelecer limites para o que você está tentando realizar”. As plataformas de negócios e a natureza exponencial Acontece que os novos conceitos de plataformas de negócio e ecossistemas de valor mudaram dramaticamente esse paradigma. Quero dizer, em uma economia em rede, a natureza da estratégia, a criação de valor e a vantagem competitiva mudam de incremental para exponencial . Empresas como Google, Uber, Airbnb e Facebook concentram-se em como remover limites em vez de defini-los. Eles olham para além do canal de entrega um produto. Ao invés disso, eles criam plataformas que permitem que outras empresas e pessoas criem valor. Ou seja, eles procuram criar efeitos de rede por meio de ecossistemas de clientes, fornecedores e parceiros. De todo modo, o modelo de estratégia de Porter não é obsoleto e ainda têm muito de sua utilidade. Mas é definitivamente incompleto para o cenário econômico em que vivemos hoje. Assim, primeiramente, é preciso aprender a desaprender esse modelo. Quero dizer, não negligenciá-lo, mas encará-lo como apenas uma possibilidade ao invés de verdade canônica. Como diz o ditado, "o mapa não é o território". Somos, hoje, muitos para muitos Igualmente, no campo, do marketing, nosso pensamento é permeado pelo modelo mental de comunicação de massa. O mundo tornou-se, porém, "muitos-para-muitos" , por conta dos novos paradigmas de plataformas de negócio e ecossistemas de valor. Mas ainda operamos com uma mentalidade de um para muitos onde tudo é linear e transacional. Quero dizer, nós segmentamos as pessoas em compartimentos estanques ainda que elas sejam multidimensionais. Ou seja, tratamos os clientes como consumidores, mesmo quando querem ser co-criadores. Temos como alvo compradores e campanhas que enviam mensagens por meio de canais, embora o engajamento real ocorra cada vez mais por meio de experiências compartilhadas. Nós movemos as pessoas através de um pipeline que vai em uma direção, mesmo que a jornada do cliente seja não linear . Aprender a desaprender para criar um propósito compartilhado. Precisamos aprender a desaprender o modelo "push" de marketing e explorar modelos alternativos. Por exemplo, como Boncheck ensina, ao invés de usar relacionamentos para conduzir transações, poderíamos criar órbitas de marca  e incorporar transações em relacionamentos. Ao invés de clientes serem consumidores, poderíamos ter relacionamentos  com eles em várias funções e facetas sociais. Além de entregar uma proposta de valor, poderíamos estar cumprindo um propósito compartilhado. Por outro lado, na área do design organizacional, estamos vendo uma evolução das hierarquias formais para as redes fluidas. Mas isso requer fundamentalmente aprender a desaprender antigos dogmas. Anos de práticas fazem com que nossos instintos nos fazem pensar em uma organização como um organograma. Assim, automaticamente, escalamos as decisões para o chefe. Muitas vezes executivos falam sobre “estar mais em rede”, mas eles o que eles realmente querem dizer é colaborar nos "feudos organizacionais". Acontece que para realmente se tornar uma organização em rede, você precisa de princípios de decisão  que criem tanto alinhamento quanto autonomia. Mas isso requer aprender a desaprender velhas práticas nas áreas de gestão, liderança e governança. O processo para aprender a desaprender O processo para aprender a desaprender tem três partes. Primeiro, você tem que reconhecer que o modelo mental antigo não é mais relevante ou efetivo. Isso é um desafio porque geralmente somos inconscientes de nossos modelos mentais. Eles são a "como a água para o peixe. Além disso, podemos ter medo de admitir que o modelo existente está ficando desatualizado. Construímos nossas reputações e carreiras no domínio desses modelos antigos. Deixar partir pode parecer começar de novo e perder nosso status, autoridade ou senso de identidade.  Em segundo lugar, você precisa encontrar ou criar um novo modelo que possa atingir melhor seus objetivos. A princípio, você provavelmente verá esse novo modelo através da lente do antigo. De fato, muitas empresas são ineficazes no uso de mídias sociais porque ainda pensam nisso como um canal para distribuir uma mensagem. Ou seja, ainda não fizeram a mudança mental de "um para muitos" para "muitos-para-muitos". Social é melhor pensado como um contexto e não como um canal.  Terceiro, você precisa enraizar os novos hábitos mentais.  Este processo não é diferente de criar um novo hábito comportamental, como uma dieta para emagrecer. Se não, a tendência será recair no velho modo de pensar e, portanto, no velho modo de fazer. É útil criar gatilhos que o alertem para qual modelo você está trabalhando. Por exemplo, quando você está falando sobre seus clientes, perceba-se quando os chama de “consumidores”; isso corresponde a uma mentalidade transacional. Procure, então, uma palavra que reflita um relacionamento mais colaborativo. A mudança na linguagem ajuda a reforçar a mudança de mentalidade. A metáfora da bicicleta alterada A boa notícia é que praticar o hábito de aprender a desaprender tornará mais fácil e rápido fazer as mudanças à medida que seu cérebro se adapta. Isso é um processo chamado "neuroplasticidade". Você pode ver esse processo em funcionamento em um experimento de Destin Sandler e sua “bicicleta para trás ”. No final do vídeo, você pode ver o processo de desaprendizagem no trabalho. Um conselho de Einstein Albert Einstein disse uma vez: "Não podemos resolver nossos problemas com o mesmo pensamento que usamos quando os criamos". Neste tempo de mudança transformadora, precisamos estar conscientes de nossos modelos mentais e ambidestros em nosso pensamento. Às vezes, os modelos incrementais de barreiras à entrada, campanhas lineares e controles hierárquicos serão os corretos. Mas precisamos aprender a desaprender esses modelos e substituí-los por modelos exponenciais baseados em efeitos de rede,  órbitas de marca e redes distribuídas. No fundo, o lugar para começar é desaprender a maneira como pensamos sobre o aprendizado. Read the full article
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de4rlove · 7 years
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A mais perigosa desaprendizagem começa-se por desaprender de amar os outros e termina-se por não encontrar nada mais digno de amor em si mesmo.
Nietzsche
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pedrocordier · 5 years
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Há um certo tempo, antes de iniciar uma importante formação, o facilitador colocou no quadro três questões para que pudéssemos nos apresentar: "Quem eu sou", "O que eu faço" e "O que espero do curso". . Ao me deparar com aquelas perguntas, comecei a me questionar sobre elas... . E, na minha vez de falar, acabei relatando: . . QUEM EU SOU? . "Quem eu sou... Essa pergunta faz menos sentido pra mim, hoje, do que já fez em um outro tempo. . Quem eu ESTOU é mais condizente com meu momento de vida, em que me vejo cada vez menos definido e cada dia mais aberto para aprender, ressignificar, desapegar e evoluir. . Eu estou em processo de desaprendizagem em relação ao que me 'ensinaram' sobre quem eu deveria ser e fui até aqui. . Estou também reaprendendo a aprender sobre mim, sobre o outro e sobre o mundo, a partir de quem sou agora... E AGORA... E AGORA..." . . O QUE EU FAÇO? . "O que eu faço... Essa pergunta, nesse contexto, tem o intuito de nos definir pelos nossos títulos, cargos e profissões, não é verdade? . E tudo bem... Realmente tenho diversos títulos acadêmicos e não acadêmicos, assim como também ocupo cargos e respondo por algumas profissões... . No entanto, sinto que estou, realmente, fazendo algo, quando me conecto, verdadeiramente, com as pessoas (individual ou coletivamente) e consigo contribuir para que cada uma delas saia desse encontro, uma pessoa melhor do que chegou... . . O QUE ESPERO DO CURSO? . "O que espero do curso... Essa é outra pergunta intrigante... . Quanto mais eu 'esperasse do curso' maior seria a minha expectativa, o meu desejo de que ele fosse como eu queria que ele fosse... . Sempre de acordo com os conceitos que trago do passado. Conceitos que, muitas vezes, já não mais me definem hoje... . Isso me levaria para os braços inquietos do futuro. Me deixaria ansioso... E me tiraria o meu bem mais precioso: o meu presente precioso!!! . Então, eu venho de xícara vazia. Como uma folha em branco... . Aberto para vivenciar e me permitir estar presente, vivendo essa experiência do AGORA, sem a contaminação das cobranças e julgamentos..." . . ... #MetainteligênciaEmocional #Escutatória #PedroCordier #Hipnoterapia #MetaCoach #Coaching ... . https://www.instagram.com/p/B1Y6uHMgtnX/?igshid=188wph2rh7lin
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wisleyv · 5 years
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A Linguística Aplicada contemporânea
A Linguística Aplicada contemporânea
Em seu primeiro parágrafo do capítulo Linguística Aplicada como espaço de desaprendizagem, Branca Fabrício descreve um panorama de coexistência de pares opostos de ideais. As posições de extremo que a autora lista, se eram verificáveis à época da escrita do livro, são hoje gritantes, em especial no que diz respeito aos ideais de intelectualistas e antiintelectualistas. A autora parte da…
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sendoassis · 7 years
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Os melhores recursos de um pai na hora da "oficina de desaprendizagem": Tetê, Biu, Leo e Leco. Hoje, desaprendemos coisas sobre sentimentos e emoções na vida em família.
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liliquaglia · 7 years
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Preciso despir-me do que aprendi. Desencaixotar minhas emoções verdadeiras e desembrulhar-me e ser eu! Uma aprendizagem de desaprendizagem... #boanoite
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Preciso despir-me do que aprendi. Desencaixotar minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu! Uma aprendizagem de desaprendizagem...
Alberto Caeiro ( Fernando Pessoa )
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