#denunciando a idade
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❛ 𝐹𝐿𝑂𝑅𝐼𝐷𝐴 !!! ✈️ 𝐍𝐄𝐖 𝐘𝐎𝐑𝐊 ❜ ⠀
T R I V I A
─── ─── i need to forget, so take me to florida i've got some regrets, i'll bury them in florida !!! 〳welcome to new york, it's been waitin' for you welcome to new york, welcome to 𝐍𝐄𝐖 𝐘𝐎𝐑𝐊 𝐼𝑆 𝑂𝑁𝐸 𝐻𝐸𝐿𝐿 𝑂𝐹 𝐴 𝐷𝑅𝑈𝐺
foi em sarasota, flórida que esthis marina santagar nasceu e foi criada até os doze anos de idade. foi lá que ela aprendeu a andar de bicicleta com os irmãos, que tomou sorvete na praia, foi ao circo, visitou o mote marine laboratory & aquarium com a escola, foi no sarasota memorial hospital que seu irmão mais novo ficou internado e foi lá que ele morreu, antes dela descobrir o lado paterno da família, ninguem mais, ninguém menos que poseidon, o deus grego dos mares. com a mudança para long island, especificamente para o acampamento meio-sangue, esthis encontrou um novo lar entre seus irmãos e primos semideuses e aventuras que mais pertenciam aos livros de histórias ou romances de autores criativos do que a realidade. mas foi lá que ela aprendeu a lutar, a conhecer seus poderes de cura e o literal significado da palavra tragédia grega.
essie se candidatou para medicina na NYU porém nunca teve coragem de sair do acampamento, além disso, ela duvidava que ensinassem como curar veneno de quimera nas aulas, mas a realidade é que nunca teve coragem de passar muito tempo fora do acampamento por, se tratando de ser filha de um dos tres grandes, a cada minuto que ficava fora ela trazia perigo não só para si, mas seus colegas de classe da universidade e posteriamente em qualquer hospital que viesse a trabalhar. sem falar em como o ambiente hospitalar trás lembranças desagradáveis sobre seu passado.
essie gostaria de ser uma leitora mais ávida do que é, a realidade é que geralmente pega no sono lendo mas tem alguns livros que a prendem e ai ela não consegue mais soltar. um de seus favoritos é o livro do espanhol carlos ruiz zafón, "a sombra do vento" por se tratar de um mistério com um plot com aventuras, a importância da imaginação através do tempo foi impossível não largar o livro até a última página. já no cinema, essie é fã de comédias românticas e chora com elas como se fosse um bebê desmamado (ela chora em comercial de sabão em pó) então os clássicos titanic e marley&eu são demais para o coraçaozinho da pisciana. o seu favorito, na verdade, é um filme dos anos noventa que assistiu com a mãe quando ainda era muito pequena, "sintonia de amor" (sleepless in seattle), uma comédia romântica que fala sobre amores e destinos de uma forma leve e engraçada, bem sessão da tarde que a deixou suspirando por dias.
como boa filha de uma imigrante mexicana que se instalou na flórida, sempre teve um carinho especial por tamales, enchiladas verdes, sendo a sua favorita fajitas de frango que era um prato que a lembra muito da sua infância e sua família barulhenta e amorosa que deixou para trás. no entanto, após se mudar para o acampamento meio-sangue, após um longo tempo de adaptação com a falta de pimenta na comida, ela descobriu uma segunda paixão: sobremesas gregas, como baklava e lychnarakia, que agora figuram entre suas favoritas.
essie é uma apaixonada por música e está sempre com fones de ouvido, buscando inspiração e energia em suas bandas favoritas. durante seus treinos, ela adora ouvir imagine dragons, imortals e whatever it takes a motivando a não roubar naquelas séries dificéis. mas, sendo a criaturinha sensível que é não podia faltar aqui as rainhas da sofrência lana del rey e florence + the machine, suas artistas favoritas, uma curiosidade interessante é que uma das poucas vezes que se aventurou para fora do acampamento sem ser em missões foi para ir no show da florence e em um festival de música onde lana iria tocar e então conheceu outras bandas que gostou muito e agora figuram sua playlist.
sendo uma pessoa calma sem dada a muitos rompante, o perfume assinatura da semideusa não poderia ser outro a não ser o pure poison da dior o perfume combina notas de topo de jasmim, laranja, bergamota e mandarina siciliana, que trazem uma abertura vibrante e fresca, refletindo a energia e vivacidade de essie. as notas de coração de gardênia e flor de laranjeira adicionam um toque romântico e suave, alinhando-se com seu estilo delicado e cuidador. as notas de fundo de sândalo, âmbar branco, cedro e almíscar branco fornecem uma base sólida e reconfortante, simbolizando a força interior e resiliência de essie.
o estilo da filha de poseidon está entre o esportivo, o confortável e o romantico. em geral circula pelo acampamento com roupas de academia que envolvem tenis, leggings, tenis e moletom, mas em situações normais o estilo da garota é mais romântico e que lembra uma pequena senhora, com cardigãs e vestidos de gola alta. seu tecido favorito é algodão. ela sempre procura roupas feitas desses materiais, pois proporcionam uma sensação de aconchego e bem-estar.
#❪ 🌊 ❫ ─── ⠀ ⠀⠀ 𝐴𝑅𝑀𝑆 𝑂𝐹 𝑇𝐻𝐸 𝑂𝐶𝐸𝐴𝑁 ⠀ 〳 ⠀ about. :・#❪ 🌊 ❫ ─── ⠀ ⠀⠀ 𝐴𝑅𝑀𝑆 𝑂𝐹 𝑇𝐻𝐸 𝑂𝐶𝐸𝐴𝑁 ⠀ 〳 ⠀ extras. :・#❪ 🌊 ❫ ─── ⠀ ⠀⠀ 𝐴𝑅𝑀𝑆 𝑂𝐹 𝑇𝐻𝐸 𝑂𝐶𝐸𝐴𝑁 ⠀ 〳 ⠀ aesthetic. :・#ai nem sei se ainda se fazem moodboards kkk#denunciando a idade#porém como ela nasceu na Flórida e o acampamento fica em Nova Iorque#e a loirinha tem música sobre as duas cidades#achei um crime não fazer um edit a respeito e ja meti umas curiosidades junto#🍪🍪🍪
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Boa noite, amigo. Você escreveria algo com um leitor masculino (bottom, se possível) e o Daemon Targaryen (série, não livros)?
Se sim, seria possível uma história em que o leitor é irmão da Rhaenyra, mas por ser um omega, não está na linha de sucessão? Por volta da mesma idade que ela, talvez um ano ou dois mais velho. Alguma história em que o Daemon, após levar a Rhanyra naquele bordel e não fazer nada com a garota, vai atrás do seu outro sobrinho?
Obrigado pela atenção
Alfa Daemon Targaryen — Male Omega Reader.
Obs: Incesto! Leitor é sobrinho de Daemon.
O som dos passos de Daemon ecoava nos corredores de Pedra do Dragão, e [Nome] sabia que ele se aproximava. Desde a última vez que esteve em Porto Real, o albino sentia o olhar atento de seu tio sobre si. Daemon sempre teve uma presença inquietante, mas agora, havia algo mais nos seus olhares e sorrisos disfarçados.
Sendo um ômega, [Nome] sempre esteve à margem da linha de sucessão, mas isso não significava que ele fosse invisível. Como irmão de Rhaenyra e um Targaryen legítimo, sabia que a presença era notada, especialmente por Daemon. Mesmo que tentasse ignorar, sempre havia uma curiosidade pulsante nos pensamentos sobre ele — algo que ele não se permitia explorar.
Naquela noite, após o infame episódio com Rhaenyra no bordel, Daemon entrou em seus aposentos sem aviso. Ele estava relaxado, uma expressão enigmática no rosto, mas seus olhos denunciavam seus pensamentos.
— Vejo que ainda não conseguiu dormir, sobrinho — Daemon disse, sua voz baixa, quase sedutora, enquanto se aproximava com passos lentos.
Você engoliu em seco, sentindo a tensão no ar.
— E o que o traz aqui a esta hora, tio
Daemon se inclinou, aproximando-se perigosamente, com um leve sorriso em seus lábios.
— Talvez eu tenha percebido que me interessei por outra companhia esta noite.
O coração do menor disparou, e [Nome] sentiu as bochechas esquentarem. Não havia como negar a química que acontecia, mas permitir-se algo assim? Ainda mais com alguém como Daemon? As perguntas surgiam na mente do ômega, mas tudo que conseguiu fazer foi permanecer onde estava, esperando pelo próximo movimento dele, como se estivesse preso sob o feitiço de seu olhar.
Daemon se aproximou ainda mais, e o Targaryen pôde sentir o calor de sua presença, o cheiro do vinho que ele havia bebido e a fragrância de algo exótico, quase místico, que parecia cercá-lo sempre. Ele estendeu a mão, roçando os dedos na borda da sua veste, em um toque que era ao mesmo tempo leve e provocante.
— Você sempre se escondeu atrás da sua condição de ômega — ele sussurrou, os olhos analisando cada reação sua. — Mas, sobrinho, há fogo em você. O mesmo fogo dos dragões.
[Nome] hesitou, sentindo uma mistura de orgulho e incerteza. O fato de Daemon enxergar algo além do que os outros viam uma fraqueza, uma posição inferior – fazia com que algo dentro de você se incendiasse. Mas ao mesmo tempo, a proximidade dele era avassaladora.
— Tio... por que você está aqui? — Sua voz saiu mais baixa do que pretendia, quase um sussurro, denunciando o turbilhão que se desenrolava dentro de você.
Daemon riu de leve, uma risada cheia de significado, como se estivesse encantado com sua confusão. — Por que estou aqui? Talvez seja para ensinar a você algo sobre o poder... e sobre o desejo. — Ele inclinou a cabeça, os olhos brilhando em um tom desafiador. — Talvez eu esteja aqui porque vejo em você uma centelha que merece ser alimentada.
O ômega sentiu o coração bater mais forte, a intensidade de suas palavras e o calor de seu olhar despertando algo profundo e escondido. Por um momento, a ideia de estar nos braços de Daemon, de compartilhar algo proibido, não parecia tão distante.
Quando o alfa finalmente tocou seu rosto, deslizando os dedos em um carinho ousado e sem pressa, [Nome] se viu incapaz de recuar. A mão dele desceu lentamente, até que seus dedos repousassem na curva de seu pescoço, firme, quase possessiva.
—Não seja tímido, sobrinho — ele murmurou, com um sorriso sombrio. — Afinal, somos Targaryen. Nós não tememos as chamas, nós as dominamos.
[Nome] se pegou prendendo a respiração, e antes que pudesse racionalizar o que estava acontecendo, Daemon tirou a mão do seu pescoço e puxou o menor para mais perto, colando seus corpos. A energia entre ambos era avassaladora, como se houvesse algo de ancestral que os conectasse, algo que a própria linhagem de dragões exigia.
Ele passou o braço forte por sua cintura, o segurando com força o suficiente para que não conseguisse se afastar. A mão livre do Targaryen voltou à pele pálida de seu pescoço, os dedos calejados encostando em sua glande coberta por um fino pano, dado por meistre.
— Um pecado, ter esse cheiro gostoso só para você — Daemon sussurrou, com uma delicadeza inexplicável retirou aquele fino tecido e o cheiro gostoso de framboesa tomou o quarto.
O mais velho jogou o tecido fora, Daemon deixou a mão calejada descer lentamente pelo seu ombro, os dedos firmes e quentes roçando a pele pálida. Era um toque decidido, mas não apressado, como se ele estivesse saboreando cada centímetro que percorria.
Seus olhos queimavam com uma intensidade que quase fazia o ômega desviar o olhar, mas o magnetismo dele era irresistível. Os dedos dele deslizaram até o tecido de sua blusa, segurando-o com firmeza. Seu tio apenas retirou o braço da sua cintura por um instante, o suficiente para erguer a blusa azul clara e puxá-la lentamente para cima.
[Nome] sentiu o frescor do ar contra sua pele descoberta, mas o calor do olhar dele tornava qualquer sensação de frio impossível.
— Tão belo — O Targaryen sussurrou, soltando o tecido da sua camisa. As mãos grandes passearam pelo corpo do ômega, os dedões pararam sobre seus mamilos eriçados. — Você vai ficar tão lindo, com seu corpo roliço, seus peitinhos inchados.
Ele amou ver a face do sobrinho avermelhada, Daemon aproximou o rosto do menor. Um sorriso sacana surgiu nos lábios de seu tio.
— Vai ficar lindo grávido de meus filhos — ele falou tão baixo, vendo [nome] se arrepiar completamente — Eu vou amar mamar nas suas tetas cheias de leite.
Naquela tarde, [Nome] foi reivindicado e durante duas semanas não conseguiu sair do quarto. O próprio rei Viserys só conseguiu ver seu filho quando Daemon não se sentiu ameaçado ao permitir mais um alfa entrar no quarto.
Alguns meses depois, já casado, [Nome] trouxe ao mundo três meninos, trigêmeos de cabelos tão alvos quanto a neve. Os recém-nascidos foram nomeados de Aelor, Maegon e Daerys, em honra aos ancestrais Targaryen que carregavam sangue de dragão. Ao lado dos bebês, estavam três ovos cuidadosamente colocados em seus berços. Quando a aurora tingiu o céu de tons dourados, algo inesperado aconteceu: um leve tremor percorreu os ovos, e, um a um, eles começaram a se partir.
#fanfic#leitor masculino#male reader#imagine#dom reader#omega reader#hotd daemon#daemon targeryen x reader#daemon targeryan#daemon targaryen#male lactation
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( ✷ ) Diários do semideus - Tasks 01
“Falar sobre mim? É o meu assunto favorito!”
CAMADA 1: BÁSICO E PESSOAL
Nome: Lipnía Katsaros Akar
Idade: Vinte e sete.
Gênero: Mulher cis
Pronomes: Ela/Dela
Signo: Escorpiana com ascendente em libra e lua em escorpião.
Alinhamento:
Altura: 1,73
Parente divino e número do chalé: Circe, chalé
Orientação sexual: Bissexual
Inspos: Charlotte Matthews (yellowjackets), Erin Greene (midnight mass) , Samantha Jones (sex and the city), Elaine Parks (the love witch), Jessica Jones (jessica jones).
CAMADA 2: CONHECENDO OS SEMIDEUSES
Idade que chegou ao Acampamento: vinte e três.
Quem te trouxe até aqui? Um grupo de semideuses que retornavam de missão antes da pandemia.
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? Foi imediato já que vivi na ilha e tinha forte vínculo com mamãe.
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? Apenas saí em missão uma vez e não foi uma boa experiência, já que vivi grande parte da minha vida distante de todos os espetáculos da vida mortal. Nada mais.
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? Grimório de Hécate ou Grimório de Circe. Conhecimentos milenares das mais diversas magias.
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? Ainda não. Sempre evitei ao máximo contato com o futuro, preservo os princípios da magia temporal sobre priorizar o presente, então deixei de me apegar na única profecia que recebi de Rachel: "O véu dos olhos despenca perante a floresta de pedra, o coração é sentido, as águas não são obstáculo, mas a sombra obscura sim."
OOC: Na verdade ela tem pavor de se lembrar dessa profecia e deu uma interpretação completamente equivocada às palavras do oráculo. A frase foi escrita em um papel e esse lembrete foi colado em seu espelho como recordação do horror que viveu em missão.
CAMADA 3: PODERES, HABILIDADES E ARMAS
Fale um pouco sobre seus poderes: Bom, isso precisa ficar entre nós, certo? Eu consigo acessar a memória de alguns objetos, ver algo que se vinculou ao material. Já soube de tantas fofocas desse acampamento só de segurar um colar de contas ou uma espada que você pagaria para ter acesso ao que sei.
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: Velocidade sobre humana e previsão. É ótimo para uma pessoa desastrada, anda cai no chão. Sem falar que consigo esquivar mais rápido dos meus inimigos!
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? A primeira vez foi quando ainda estava no Resort. Toquei um dos livros da biblioteca, daqueles manuscritos que passam de mão em mão contando histórias que os mortais acreditam se tratar de lendas, e tive a visão de Aquiles sendo atingido em seu tornozelo. Aliás, que jeito babaca para se morrer, não acha?
Qual a parte negativa de seu poder: Além das memórias inúteis? Acredito que seja a manifestação visual. As pessoas conseguem ver meus olhos amarelos e isso acaba me denunciando, sem falar que as visões são relativamente curtas.
E qual a parte positiva: Informações diversas, interpretações visuais relevantes para a perspectiva. Consigo obter mais informações como se fosse um cão de caça, toco um objeto e descubro seu dono ou seu último transportador.
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? Agora? Meu mais novo punhal. Meu cetro é completamente inútil, ele só serve para ser batido na cabeça alheia e pra isso preciso estar perto demais. O punhal é fantástico, afiado e útil para situações ritualísticas.
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? Um presente de um filho de Hefesto. Se é que posso chamar isso de presente. Esse cetro inútil volta para mim como se estivesse conectado com a minha mente, mas é completamente inútil sem uma esfera mágica!
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? Espadas e lanças, sem sombra de dúvidas. É muito difícil lidar com armas desse tamanho, eu não tenho firmeza alguma no manuseio dessas armas.
CAMADA 4: MISSÕES
*Quem nunca esteve em missões, podem pular essa camada.
Qual foi a primeira que saiu? A primeira e única ocasião em que participei de missões foi uma jornada aterrorizante. Passei minha vida cerca pelo mar, seja na ilha de Circe ou em Tristan, nunca tive acesso ao que vocês todos estão acostumados, como excesso de carros, telas, pessoas, prédios. Fui selecionada para ser como um cão rastreador, estávamos em um grupo de três semideuses e essa foi a minha utilidade já que não sabia me defender corretamente. Localizamos o semideus, retornamos com ele, mas antes disso tivemos que lidar com um minotauro que quase me matou. Ainda sinto o calor da respiração dele batendo no meu rosto.
Qual a missão mais difícil? -
Qual a missão mais fácil? -
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? Na mesma missão. Quando o minotauro entrou pelo depósito de móveis, ele passou a erguer tudo que estava no caminho para alcançar meu grupo. A filha de Ares foi veloz ao preparar a armadilha na rota do touro, o filho de Apolo conseguiu se esconder atrás de um grande armário, mas eu? Eu fiquei presa no meio da mobília. O minotauro virou em minha direção e correu como nunca, mas antes de me alcançar, uma estava de madeira que se soltou de uma cadeira, que estranhamente tinha uma ponta metálica, acertou no olho daquele bicho. Gerou incômodo naquela coisa, a filha de Ares chamou a atenção dele para outra direção e consegui me soltar daquele lugar.
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? Talvez eu tenha provocado o Sr. D algumas muitas vezes, assim como fui pega pelas Harpias durante meus passeios noturnos causando atritos desnecessários. Ele deveria ser mais maleável, é o mínimo. Toque de recolher dentro deste lugar é completamente desnecessário e existem rituais que só podem ser realizados debaixo do luar.
CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
*Quem não tem benção ou maldição, podem pular essa camada.
Você tem uma maldição ou benção? -
Qual deus te deu isso? -
No caso de maldições, se não foi um deus que te deu uma maldição, que situação ocorreu para você receber isso? -
Existe alguma forma de você se livrar de sua maldição? -
Essa benção te atrapalha de alguma forma? -
No caso de benção, que situação ocorreu para você ser presentado com isso? -
CAMADA 6: DEUSES
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? Todas as divindades femininas, óbvio. A minha mãe ocupa o primeiro lugar como uma fonte fantástica de conhecimento, abaixo dela Hécate e só então as demais. A força feminina é um elemento essencial na natureza mágica e sem elas nada existiria, principalmente os deuses medíocres que ocupam o Olimpo. Como os três principais polos de poder ficam nas mãos de um trio masculino?
Qual você desgosta mais? Zeus com seu ego, Dionísio com sua petulância e, sem dúvidas, Ares. Homens vão para a guerra pela falta de inteligência e excesso de ruído mental.
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? Hécate ou talvez Afrodite.
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? Além do Sr.D, já vi minha mãe interagindo com Poseidon na ilha e posso dizer que achei ele um colírio para os olhos, apesar da forma lenta de falar. Mas adoraria conhecer Afrodite pessoalmente, ela deve ser deslumbrante.
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? Oferenda para minha mãe é diária, mas a cada dois dias faço oferendas para as grandes mães gregas, exceto Ártemis.
CAMADA 7: MONSTROS
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? A Quimera, o Dracon, a Hidra... a lista é imensa. Não gosto do conflito, sempre vou preferir a parte mais tranquila da magia.
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? Entre minotauro e as sereias (que são bem diferentes daquelas que imaginam), acredito que as sereias são as mais complicadas. Sempre voando, sempre dando golpes certeiros... é assustador ser atingido por uma chuva de galinhas gigantes.
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? Cila, sem sombra de dúvidas. Fico arrepiada só de falar o nome. Uma criatura que conhece bem seu território e usar ele para se favorecer, nada burra. Sem falar na demanda altíssima de elementos de ataque.
CAMADA 8: ESCOLHAS
Caçar monstros em trio (X ) OU Caçar monstros sozinho ( )
Capture a bandeira ( ) OU Corrida com Pégasos (X)
Ser respeitado pelos deuses (X) OU Viver em paz, mas no anonimato ( )
Hidra ( ) OU Dracaenae ( X)
CAMADA 9: LIDERANÇA E SACRIFÍCIOS
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? Não sei. É uma pergunta muito relativa, envolve uma possibilidade irreal. Sou ótima em liderar, mas não sei se valeria o envolvimento.
Que sacrifícios faria pelo bem maior? Aceitaria ser feita de isca para atrair a atenção de algo, uma distração, ou até mesmo agir como espiã para auxiliar a nossa sobrevivência.
Como gostaria de ser lembrado? Uma bruxa excepcional ou uma deusa para os mortais.
CAMADA 10: ACAMPAMENTO
Local favorito do acampamento: Sem sombra de dúvidas é a praia e a floresta. Dois lugares que me lembram de casa e das possibilidades que poderia viver.
Local menos favorito: Arena de treinamento, tem um cheiro péssimo!
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: Ahhh, encontros? Gosto da cachoeira. As energias ficam equilibradas, você pode se divertir por horas sem problema algum.
Atividade favorita para se fazer: Adoro passar meu tempo em contato com a natureza, praticando pequenos rituais, conhecendo o comportamento dos semideuses.
@silencehq
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Ch-ch-changes…
🌟 Novidades
Atualizamos a opção de denúncia de blogs na web para “Denunciar spam e/ou bot” (e não mais apenas "Denunciar spam"). Esperamos que seja útil para especificar blogs que pareçam ser bots.
Removemos os permalinks da pequena aba de canto dos posts na web. Você ainda verá o registro de data/hora e o link permanente no menu dos três pontinhos (●●●).
Agora nos chats das mensagens na web, os ícones para inserir imagem ou GIF agora correspondem aos ícones que usamos no editor de posts.
Tivemos outro Hack Day no início do mês passado, confira o que fizemos (EN). Fique de olho em nossas atualizações para ver se serão lançadas!
🛠️ Melhorias
Corrigimos um problema no editor de posts da web em que o atalho de teclado para “Selecionar tudo” não estava funcionando corretamente ao adicionar links a imagens.
Mais atalhos no editor de posts da web: pressionar Esc fecha o menu de estilo de texto conforme esperado ao realçar o texto. Pressionar Esc novamente fecha toda a barra de opções de formatação.
Também no editor de posts da web, pressionar Control + Enter para publicar um post não adiciona mais uma nova linha vazia no final do post.
Corrigimos um erro na web em que o botão “Tente outra busca” não fechava o pop-up que aparece ao pesquisar determinados termos.
Corrigimos um problema na web para Safari que fazia com que o botão “Fechar” no formulário de posts ficasse inacessível ao usar a navegação pelo teclado.
Corrigimos um problema no formulário de inscrição: era possível inserir um número negativo na idade.
Na web, o “Editor herdado” não será mais agrupado em duas linhas.
Corrigimos um problema na visualização do blog na web em que deixar de seguir o blog usando o ícone dos três pontinhos em um post fazia com que todos os posts desse blog desaparecessem.
Corrigimos um problema de estilo que fazia com que os textos de espaço reservado na web fossem mostrados na cor errada.
Corrigimos um erro na web em que, quando um blog usava o layout de grade, o avatar ficava ausente dos posts na aba "Curtidas".
Corrigimos um problema de dimensionamento de avatares nos blogs.
Corrigimos um problema na web após a publicação de posts, em que você não era redirecionado para o painel, mas de volta à página inicial do navegador ou à uma outra página visitada anteriormente.
Corrigimos um erro na web que mostrava certas configurações para membros de blogs coletivos que apenas administradores deveriam ver.
Corrigimos alguns problemas de cores com o formulário de posts na web, especialmente perceptíveis na paleta Cibernética.
Corrigimos um problema com o formulário de solicitação na web que não respeitava a configuração "Permitir solicitações com mídia" do blog receptor.
Corrigimos um problema na página “Tuíte o seu blog” que fazia com que o logotipo [tumblr] fosse exibido por cima do banner do aplicativo quando visualizado nos dispositivos móveis.
🚧 Em andamento
Se ainda estiver recebendo spam e seguidores com aparência de bot, continue denunciando. Agradecemos a todos que estão entrando em contato sobre isso: a guerra contra o spam continua.
Há um bug conhecido no aplicativo para Android que impede a exibição da atividade do blog (aparece vazio e com uma mensagem de erro). Lançaremos uma correção na próxima versão do aplicativo que esperamos sair em breve.
Estamos fazendo um teste que adiciona alguma clareza sobre a origem dos posts recomendados. Em particular, se um post for recomendado porque um blog que você segue gostou dele, o banner de recomendação dirá “Curti {nomedoblog}”, e não apenas “Na sua órbita”. Isso não altera a origem dessas recomendações. Se você optar por não compartilhar suas curtidas, não recomendaremos a seus seguidores.
🌱 Vindo por aí
O dia 6 de janeiro será o último dia para ver a sua Retrospectiva. Não vai perder, hein?
Está tendo algum problema? Preencha o formulário de ajuda e entraremos em contato com você assim que possível!
Deseja enviar comentários e sugestões? Confira o blog “Work in Progress” e comece a conversar com a comunidade.
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Um homem gay assumido, casado e pai, formando uma família que não cansam de perseguir, que não descansam para invalidar e entristecer, chega por votação popular ao título de melhor senador do Brasil.
Um cara com quase 60 anos, idade onde até na comunidade lgbtqia+ é alvo de discriminação, por este país ser tão entrelaçado de violências. É o cara que briga por todas as pautas inclusivas, denunciando como a agressividade trabalha e onde ela está e se camufla.
Fabiano Contarato é ícone de luta desde quando como delegado resolveu desafiar o macho-pesado ambiente policial.
#lgbtpride #orgulholgbtqia #orgulhogay #direitoshomoafetivos #orgulholgbt🏳️🌈 #lgbt #comunidadelgbtbrasil #comunidadelgbt #lgbt #lgbtq🌈 #direitoslgbt #historialgbt #lgbbtq #lgbtqia #resistêncialgbt
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Música a sério
Apesar de ser um ódio de estimação que perdura há bastante tempo, esta crónica surge no seguimento de uma entrevista que li de alguém da minha idade para um jornal local.
Em primeiro lugar, adoraria perceber qual o critério para escolher as pessoas; e se não existe, onde é que me posso candidatar para dizer precisamente tudo o contrário do que foi dito?
Em segundo lugar, sinto em muitos jovens da minha idade que o peso da idade já lhes pesa. Realmente, que estão velhos. De mentalidade. De costumes. De abertura de espírito.
Claro que eu adoro dormir sestas, começo a trocar as minhas saídas por serões em casa e a ideia de fazer um cruzeiro um dia começa a pairar na minha cabeça. Contudo, sou jovem.
Eu noto cada vez mais o surgimento de pessoas da minha idade extremamente conservadoras, com discursos que fariam francamente o meu avô corar. Como é que é possível uma visão tão pessimista, tão retrógrada e individualista do mundo? É na comunidade que uma pessoa se constrói. É no esforço comum que todos individualmente brilhamos, cada um à sua maneira. E é na abertura de espírito que evoluímos, que ficamos felizes e contribuímos para um bom presente (não no refúgio do passado perfeito).
Este (alegado, ainda por provar!) "jovem" fica um ponto inteiro de uma crónica a queixar-se como gosta de "música a sério", que não é como "os jovens de hoje em dia" que abominam "instrumentos a sério", que ouvem "Calvin Harris" e que não sabem ou apreciam a mestria de Pink Floyd. Isto sem prejuízo de ter utilizado várias palavras, seguidas, apenas separadas por vírgulas e que são simplesmente sinónimos umas das outras (denunciando que fez uma pesquisa rápida pelo dicionário) para se sentir legitimado e superior (daqueles que enumera advérbios de modo, entendem?).
Sobre a entrevista, aquilo que queria realçar em primeiro lugar é aparentemente haverem pessoas que ouvem "Calvin Harris" em 2024. Se queres criticar música "jovem", pelo menos não faças uma referência de pai. Fala de música que seja realmente ouvida pelas camadas jovens.
Não obstante, a música atualmente é super complexa (apesar de recorrer a mecanismos que antes não havia, como computadores, efeitos, etc). Complexa e (felizmente) democrática, ao alcance de um click.
A verdade, é que em todas as alturas da história houve música má e música boa (e na nossa há muita música, por isso há muita música boa e muita música má).
Nos anos 70 e 80 garanto que não é exceção. Contudo foca-se na boa porque entretanto se filtrou e só o bom durou. E daqui a uns anos irão focar-se só na boa e dizer que nos 20s "é que era", garanto. Falarão das bandas do paredes de coura e do sumol e exclamar "uau, vocês tiveram mesmo a oportunidade de ouvir *inserir nome de artista*".
Daí a necessidade de se estar aberto à descoberta: vais ter acesso ao melhor de cada tempo, e no seu tempo. Nada de nostalgia triste. Cada época é entusiasmante à sua maneira e com os seus génios. Que bom que é poder apreciá-los enquanto existem e vivê-lo?
Francamente, é irónico pensar que vivendo naquele tempo, esta pessoa seria precisamente quem iria criticar aquela música! Que "antes nos 50s é que era!".
Viver atrás da armadura das músicas e dos artistas que são reconhecidos unanimemente anos após a sua existência é preguiçoso, snob, fácil e cobarde. Que visão redutora do mundo essa, a de assumir que uma pessoa não pode ser simultaneamente interessante, inteligente e ambiciosa e gostar de música pop/trap/brasileira, como se de duas posições completamente opostas se tratassem.
É que qualquer pessoa está autorizada a gostar do que gosta (não é a perseguição que se alega...)mas se tens complexos de superioridade sobre os teus gostos, naturalmente não vais ser o mais popular no recreio (ou do lar de idosos?).
Por último, mencionar que no que concerne a sintetizadores (e não usar "instrumentos a sério") os Pink Floyd são notoriamente conhecidos por terem sido eles a introduzir isso na música alternativa. Achei curioso e importante mencionar.
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this is Submeta-se ou Morra, Parte 2
one day ill translate all of this i swear
CW: cops, interrogations, cops (singular cop) being pieces of shit, testimony of a mass shooting, etc
O lençol de nuvens no céu lentamente escurecia-se, denunciando a precipitação vindoura. Dentro do carro, e a caminho da delegacia, Alexandre Bertrand anotava o que viu no pub em seu celular e ditava as palavras em voz alta, como uma forma de não distrair-se do caso e relatar o que viu ao parceiro. Jason Cunningham, enquanto isso, dirigia o carro e relembrava-se dos rostos e das informações dos corpos, internalizando uma semelhança aparentemente mundana entre eles. Logo expressou-a para seu colega:
SUBMETA-SE OU MORRA
(Parte 11: Testemunha)
— Todos eram homens, na faixa dos trinta a cinquenta anos.
— A maioria dos presentes em um pub são homens de meia-idade ou mais velhos, principalmente em um dia como ontem. — Alexandre respondeu, guardando o celular no bolso.
— Como pode ter certeza?
— Ontem foi transmitida uma partida de futebol aparentemente importante. Não acompanho pessoalmente, porém conheço alguns amantes... A maioria deles está nessa faixa.
— É só uma suposição, Alexandre. Aliás, não vejo como isso afeta o caso.
— Apenas explica a semelhança entre as vítimas. Isso pode ajudar a estabelecer um motivo.
— De fato. — Cunningham silenciou-se por poucos instantes antes de continuar. — Mas nós estamos nos aproximando da testemunha. Quaisquer teorias que você tenha, é melhor descartar.
— Como Holmes? — Alexandre sorriu discretamente.
— Como Holmes, sim. — Jason suspirou.
Eventualmente, os dois detetives chegaram no local. Os dois ajustaram suas roupas – Cunningham, seu sobretudo¹ preto, Bertrand, seu paletó – e entraram, andando direto à recepção e registrando o motivo da vinda no seu terminal.
Após alguns minutos de espera, um oficial uniformizado, menor que Finch, de cabelos negros com costeletas grisalhas, veio ao encontro da dupla.
— Um momento. — Bertrand levantou-se da cadeira. — Você é Robert Emerson, não é?
— Hm? — O policial arqueou uma sombrancelha. — Como sabe?
— Suas olheiras estão grossas. Pernoitou recentemente.
— Muitos policiais também pernoitaram ontem...
— Eu sei. Apenas li seu sutache² e liguei os pontos.
— Tá, tá. — Emerson resmungou. — Vocês vieram pra ver a testemunha, né?
— Sim, viemos. — Cunningham levantou-se junto. — Precisamos do nome dela, inclusive.
— É Ava Nielson, senhor.
— Perfeito. — Virou-se ao parceiro. — Vamos.
Bertrand e Cunningham rapidamente andaram até a sala do interrogatório. Nela estava a testemunha: Ava Nielson, uma mulher jovem de cabelos castanho-claros e olhos escuros, sentada em uma das duas cadeiras postas nas extremidades da mesa, nervosamente observando a sala, seu olhar correndo pelas paredes.
— Ava Nielson? — Bertrand perguntou, sentando-se na cadeira à frente dela. Cunningham passou sua caderneta para ele e permaneceu de pé.
— Uhum... — ela murmurou.
— Ótimo. Nós precisamos apenas que você responda algumas perguntas e que descreva o que aconteceu ontem. Seja completamente sincera, sim? — Ele junta suas mãos na mesa.
— Ok. — respondeu timidamente.
— Tudo bem, então.
Poucos segundos passaram-se enquanto Bertrand rapidamente folheava a caderneta, percorrendo por cada informação dentro dela. Quando terminou, deixou seu celular gravando o interrogatório na mesa e imediatamente virou-se à testemunha, perguntando:
— Do que você se lembra?
Outros instantes se passaram antes da testemunha finalmente dizer:
— Primeiro teve o apagão... Depois... Um cara bem grande chegou, com uma máscara... E aí ele começou a atirar em todo mundo... E aí quando ele atirou no meu namorado, eu fugi... Quando eu tava um pouco longe, eu liguei pra polícia...
— E ele só deixou você fugir? — Cunningham perguntou, aproximando-se dela, com a mão na mesa.
O detetive inspetor encarava-a fixamente, com sua sombrancelha arqueada, enquanto a testemunha desviava o seu olhar.
— Acho que sim... — ela disse, quase em sussurro.
— Você acha, Nielson? — Ele aumentou o tom da voz.
— Cunningham. — Bertrand interrompeu-o.
— Continue. — Seu parceiro tirou a mão da mesa e afastou-se.
— Próxima pergunta... Você tem uma ideia de como era essa máscara?
— Parecia uma máscara de gás...
Cunningham cruzou os braços.
— Então você deve ter visto a arma do crime. — Bertrand afirmou. — Como era?
— Eu não sei... Uma metralhadora...?
— Ava... — Ele tirou a sacola com a bala da sua bolsa e mostrou à mulher. — Você sabe o que é isso?
— Não...
— Não? — Ele pôs a evidência na mesa.
— Não, senhor... — Ela olhou para os próprios pés.
— Isso são projeteis e estojos de uma munição ogival de nove milímetros, senhorita.
— É seguro afirmar que podem ser balas de pistola ou revólver. — Cunningham acrescentou, ainda de braços cruzados.
— Você pode ter ouvido o que for, mas a arma não foi uma metralhadora.
— Tá...
Nada mais foi trocado entre os três a não ser olhares, por um breve momento. Cunningham continuava com seus olhos fixos na testemunha e franzia sua testa. Bertrand também olhava Nielson, mas estava mais preocupado com o seu parceiro. Ela, no entanto, desviava sua visão dos dois, olhando para o canto da sala. Aquele silêncio rapidamente foi quebrado por Cunningham, que perguntou secamente:
— Mas você não acha estranho que uma pessoa tenha matado tanta gente apenas com uma pistola, senhorita Nielson?
— Ele atirava bem rápido... — Ela deitou sua cabeça sob a mesa.
— Nielson...
Uma das pálpebras de Cunningham sofreu um breve espasmo. Seus punhos fecharam-se. Um pensamento então agarrou sua cabeça com suas grandes garras e sussurrou no seu ouvido:
— Faça ela falar, Jason. Ela tá mentindo pra você. Faça ela falar a verdade.
— Eu te disse, senhor, tava tudo tão escuro, tão confuso, eu fugi muito rápido...
— Cala a PORRA DA SUA BOCA!
Jason bateu as duas mãos na mesa. Ava, assustada, levantou a sua cabeça e olhou para ele, com seus olhos já cheios de lágrimas.
— Fale a MERDA da verdade, Nielson! — Gritou o mais próximo dela que conseguia e apontou o indicador a ela. — Você tá MENTINDO pra mim! MENTINDO! VOCÊ VAI FALAR A VERDADE PRA MIM, SUA...
— Cunningham! — Bertrand gritou de volta, em tom menos intenso.
Jason lentamente afastou-se da testemunha, esfregando suas têmporas com os dedos. As lágrimas correram pelo rosto de Ava no momento em que ele parou de gritar. Ela chorava sem fazer som, olhando para Alexandre, do outro lado da mesa, agradecendo pela sua misericórdia.
— Eu vou... Eu vou contar...
— Ótimo. — Bertrand estralou as juntas dos dedos das mãos, uma por uma. — Conte.
— Eram... três. — Nielson respirou fundo. — Três mulheres. Elas estavam com... máscaras de gás. Uma delas era grandona. Todas elas tinham pistolas.
— Continue.
— Então elas atiraram em todo mundo. Menos eu e mais uma que tava lá. Aí a grandona foi falar comigo, a outra foi falar com essa...
— Sim. O que ela te disse?
— Ela me disse, "submeta-se ou morra"...
Bertrand arqueou uma sombrancelha.
— E o que mais?
— Disse que tinha me visto com meu namorado. — Diminuiu o tom da voz. — E disse que não era tarde demais pra pedir perdão...
— Então você fugiu?
— Ela me deu isso aqui.
Nielson tirou, do bolso da sua calça, um pequeno folheto. Era pequeno o suficiente para caber no bolso de uma calça jeans feminina. Ela o pôs na mesa e Bertrand pegou-o, guardando-o na sua bolsa.
— E então você fugiu.
— Isso... E liguei pra polícia.
— Ótimo. — Bertrand levantou-se da mesa e agarrou o antebraço de Cunningham. — Muito obrigado pela sua colaboração, Ava Nielson. Cunningham, vamos.
Bertrand puxou seu parceiro e os dois viraram suas costas para a testemunha, saindo da sala. No caminho, ele perguntou:
— Jason, o que foi aquilo? Não parecia uma tática de interrogatório.
— Não foi... — Ele respirou fundo. — Não foi nada. Não se preocupe comigo. Temos um caso a resolver.
— Certo. — Ele suspirou. — Nós conversaremos sobre isso depois. Mantenha-se sob controle, por favor...
Enfim, os dois andaram para o carro e sentaram-se em seus assentos, partindo para a sua própria delegacia.
___________________________________________
Rodapé:
1: O "sobretudo" específico de Jason é um "ulster", um tipo de casaco vitoriano aberto. Não, não tem motivo plausível pra ele vestir isso, eu só escolhi porque achei que fosse bacana.
2: "Sutache" é um tipo de trançado de tecido decorativo. Muitos identificadores de policiais e militares (que geralmente contém patente, nom de guerre e tipo sanguíneo) são feitos com ele, e por extensão, também são chamados de "sutache".
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Suspeito de estuprar prima de cinco anos é preso em Mato Grosso
Prisão do suspeito ocorreu após a mãe da vítima procurar a delegacia denunciando o abuso Autor do Texto CENÁRIOMT Um homem suspeito de estupro de vulnerável de uma criança de apenas cinco anos de idade foi preso em flagrante pela Polícia Civil, na manhã deste sábado (17.06), em ação da Delegacia de Juína (735 km a noroeste de Cuiabá). As diligências que resultaram na prisão do suspeito de 29 anos…
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XII. APLICAÇÃO
nome/apelido: roxy
pronomes desejados: ela/dela
idade: +20
triggers, se há algum: todos que tenho já foram listados na página
IC - VAMPIROS
parece que LILIYA VANDELEUR foi confundida com LILY COLLINS enquanto passeava pelas ruas de eden essa noite. pertencendo ao clã VENTRUE, da seita CAMARILLA, foi transformada em vampira há CENTO E VINTE SETE anos, mas ninguém diz que ela tem tudo isso, já que aparenta ser bem mais nova. ganhou fama pela cidade não apenas por ser uma ESTILISTA mas por se mostrar CATIVANTE E INCONSTANTE. de qualquer forma, eu só me importaria em não estar por perto quando o sol se pôr…
HABILIDADE
DOMINAÇÃO — a dominação é a capacidade de liliya influenciar os pensamentos e ações de outra pessoa através de sua própria força de vontade. sempre requer contato visual com o alvo para que o mesmo esteja completamente sujeito ao controle da vampira e pode ser utilizada apenas contra um indivíduo de cada vez. além disso, os comandos devem ser emitidos verbalmente e a ordem precisa ser clara e direta.
DIETA
a principal fonte de alimentação de liliya são as bolsas de sangue. a razão disso é que quando a vampira foi recém abraçada e estava em busca de suas preferências, teve certo descontrole que a deixou irreconhecível. foram semanas difíceis, seu paladar parecia ser mais exigente e refinado do que de qualquer outro ventrue, mas finalmente encontrou o sangue premiado : virgens. desde então, liliya não consegue se alimentar de nenhum outro tipo de sangue. aprendeu a ter mais controle no decorrer dos anos, mas prefere não se arriscar tanto. quando não há outra opção, ela consome da oferta de um humano como lacaio de sangue, e não é muito adepta da caça.
HEADCANONS
o casamento que uniu seus pais foi arranjado e a junção foi benéfica para os dois lados, porém nunca houve muito amor. tanto que a história que leva a vida da jovem se iniciou com diversas fofocas denunciando a existência de um caso extraconjugal, algo que já denunciava o quão subversivo seria seu conto de fadas moderno. boatos denunciavam que eleanor era uma bastarda, mas como negar que aquela criança de cabelos castanhos reluzentes e beleza quase inumana não nasceu para ser uma duquesa esplêndida? eleanor von alderidge, recebeu tal nome por ser merecedora do título que carregava, possuidora de poder e talvez a encarregada de fazer a família prosperar ainda mais. enquanto vincent estava muito ocupado mantendo diversas concubinas, sua esposa teve toda a liberdade do mundo para criar a filha do jeito que bem entendia. o traço da liderança era uma obviedade para uma von alderidge; nasceu para isso. desde pequena sempre soube — nasceu para vencer, para ser a melhor, para liderar. eleanor era viciada em poder, atenção. vinda de uma família com personalidades excêntricas, vale tudo para se destacar.
eleanor não pôde protestar quando teve sua mão prometida em casamento para um jovem que esbanjava sangue azul e garantia uma aliança política que interessava á vicent ; dentre todos os erros, talvez esse tivesse sido o único acerto do pai. a ideia, inicialmente, não a agradou, mas henri mudou completamente sua percepção sobre o casamento e foi desse relacionamento que teve o prazer de amar alguém e ser amada igualmente. o casal não queria perder tempo, por isso os preparativos foram feitos em poucas semanas para que no grande dia tudo estivesse perfeito. e estava. cada mínimo detalhe, desde a decoração até os votos dos quais ambos prometeram que amariam um ao outro até a eternidade. eleanor conseguiria manter a promessa já que foi naquela mesma noite que a sua transformação aconteceu. já para henri, a eternidade fora apenas por algumas horas desde a declaração no altar. o casal sofreu um acidente e apenas a vida de eleanor conseguiu ser salva por um vampiro que sentiu o cheiro de sangue e ao se dar conta que era a duquesa, não pensou duas vezes.
não sabia dizer se foi sua salvação ou uma maldição. como poderia se sentir viva depois de um pedaço de seu coração ter sido arrancado? a compulsão incontrolável por sangue, a transição que precisava realizar e todas as demais informações que foram jogadas em seu colo como uma bomba apenas pioravam a situação. não conseguiu sequer sentir o luto apropriadamente por ter outras questões vampirescas para lidar. pode dizer com toda certeza que foram os piores meses de sua vida até se acostumar minimamente com a ideia de se tornar um ser imortal. o vampiro que a transformou não era o melhor instrutor ou mais confiável, mas aparentemente os ventrues abraçaram apenas aqueles “dignos” de honra, então deveria se sentir grata pelo título que tinha. este que sequer parecia a pertencer mais, assim como sua casa que agora estava mais para apenas um teto e quatro paredes e da pressão em ter que se explicar como milagrosamente sobreviveu ao acidente. precisava desaparecer, e assim o fez. adotou um novo nome, liliya vandeleur, e seguiu com seu criador e seu mais novo clã, o qual se conectou mais rápido do que imaginava.
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“Stalkers” não são exclusivos da ficção. Perseguidores da vida real cometem crimes e assustam
Termo em inglês que se refere aos perseguidores se tornou popular, e crimes relacionados ganharam notoriedade
Uma das séries com melhor avaliação da Netflix, ‘You’, é protagonizada por um rapaz que se apaixona obsessivamente, a ponto de cometer diversos crimes “em nome do amor”. O personagem citado age de maneiras específicas: persegue suas vítimas no trabalho, em casa, em todos os lugares que frequentam e, sobretudo, através das redes sociais.
Essa prática tem nome: stalking. Derivado do inglês, refere-se ao ato de perseguir alguém, invadindo sua personalidade e, geralmente, coagindo, perturbando e ameaçando.
Em abril de 2021 entrou em vigor a chamada “Lei Stalking” (Lei 14.132/21), que determina que é crime “perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”, cuja pena pode variar de 6 meses a 2 anos de reclusão e multa, aumentada pela metade se cometida contra crianças, adolescentes ou idosos, contra mulheres por razões da condição de sexo feminino, praticada por duas ou mais pessoas ou com emprego de arma.
Estado de São Paulo registrou mais de 680 queixas somente no primeiro mês da lei em vigência
No mês de maio de 2021, pouco mais de um mês depois de ser sancionada a lei que considera crime os atos de perseguição típicos de stalking, 686 boletins de ocorrência foram registrados em todo o estado de São Paulo, equivalendo a cerca de 23 queixas por dia.
Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo mostram que, em menos de doze meses, número de denúncias superou os 13 mil.
SSP também aponta que Campinas é o terceiro município no estado com mais casos de stalking, com 3,5% dos casos, ficando atrás apenas da capital paulista, com 25%, e de Sorocaba, que soma 4,2% do total de casos registrados até o final do ano passado.
Em Indaiatuba, um homem de meia idade foi preso no último mês de fevereiro após perseguir uma jovem por mais de um ano, mandando mensagens ameaçadoras através de contas falsas no Facebook e no Instagram.
Jovens contam experiências que viveram com stalkers
“Tive um stalker em 2018, na faculdade. O primeiro contato que tive com ele foi quando me procurou, se apresentou e pediu meu WhatsApp. Eu não passei, mas ele me encontrou no Facebook na mesma semana. Depois disso, sempre aparecia no corredor da minha sala, ficava sentado perto do banheiro ou encostado ao lado da porta. Estava sempre olhando ou andando perto, até minhas amigas ficarem com receio e começarem a me acompanhar em cada passo dentro da faculdade. Ele só parou de me seguir, inclusive nas redes sociais, quando um colega de classe falou que chamaria a polícia”, relata jovem moradora de Indaiatuba, de 21 anos, que preferiu não se identificar.
E, apesar de o maior número de casos afetar as mulheres, homens de todas as idades também são vítimas desse tipo de ação. É o que conta um adolescente de 17 anos, que também preferiu preservar sua identidade: “Quando a pandemia começou, eu criei minha conta no TikTok, mas um cara estranho começou a me seguir e curtir todos os meus vídeos. Ele ficava comentando todos os meus vídeos, mas eu apagava os comentários. Fiquei denunciando a conta dele sempre que comentava alguma coisa, mas as denúncias nunca deram em nada. Aí o TikTok colocou as DMs (mensagens diretas) e eu perdi minha paz, um dia eu só bloqueei. Ele mandava mensagem pelo Instagram, e meus amigos falaram que ele estava seguindo eles também, e ficava fazendo perguntas para os meus amigos. Até que, um dia, ele começou a me fazer perguntas muito estranhas, por exemplo, se eu era virgem. Aí ele veio para o meu Twitter e, lá, ele ficava me mandando fotos do órgão genital e falava das coisas que iria fazer comigo. Eu denunciei e bloqueei. Desde então, não sei que rumo ele tomou”.
O adolescente conta, também, que pensou em denunciar, mas ficou abalado, com medo de que o stalker fizesse mal a seus familiares e amigos, além de se tornar inseguro em relação à internet. E dá conselho para pessoas em situações parecidas: “Não faça como eu, busque ajuda e conselho de outras pessoas. Tentar resolver sozinho pode só piorar”.
Originalmente veiculado em: Jornal Mais Expressão.
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a sensação era diferente de tudo o que já tinha sentido. estava preparando o almoço especial em que havia convidado alexander — queria um paladar parisiense e ele parecia ser a pessoa perfeita para experimentar seus pratos. porém tudo começara a girar e a ruiva precisou interromper o que estava fazendo pois sentia que, se não se apoiasse, cairia. havia durado apenas alguns segundos, mas foi o suficiente para que o homem percebesse e lhe oferecesse suporte. agora, estava deitada no sofá da sala tentando manter os olhos fechados para que a sensação enjoativa não voltasse. “ água está ótimo, obrigada. “ o tom era doce, apesar de baixo. ficava até feliz dos filhos não estarem em casa, não queria ter que dividir a preocupação com eles também. “ você passava muito mal? por quê? “ os questionamentos vinham como uma forma de tentar se distrair, porque não conseguia achar alternativas para os sintomas. havia experimentado tantas coisas novas no último mês que o estômago poderia sim estar reclamando, mas não era a primeira vez que tentava ser experimentalista então por quê? “ estão na escola, ainda falta bastante pro turno acabar então deixemos eles lá. mas… acho que aceito o hospital. “ a destra que pairava sobre a testa, denunciando uma dor de cabeça, agora era direcionada para a região da barriga. estava tão acostumada com a rotina de fazer testes e receber negativas que não considerou um resultado positivo da inseminação, não de primeira, mas tinha medo de ser otimista e se frustrar ainda mais. não aguentaria uma nova frustração, principalmente após a última conversa com o médico: as últimas tentativas estavam acontecendo pois, devido a idade, cecelia se encaminhava para a menopausa. havia então sido sua última tentativa? estava grávida ou entrando em menopausa, afinal? “ alex. “ o chamou, permitindo-se sentar no sofá ao invés de continuar deitada sobre o mesmo. queria a atenção do rapaz, os olhos dele nos seus. “ me diz que vai ficar tudo bem. “ geralmente era ela quem mentalizava essas palavras, todos os dias, sem precisar da voz de terceiros, mas estava vulnerável demais pra tentar ser a mulher forte e independente de sempre. não tinha forças pra tentar se mascarar. era seu sonho começando ou terminando, pra sempre.
@hcwardz 🩹 injured / sick starter
"Do que você precisa? Água? Soro? Eu sei fazer soro, minha mãe sempre me ensinou a fazer, eu passava muito mal quando era menino, tá ligada? Agora... agora eu posso fazer pra você" Cecelia estava deitada no sofá da sala, enquanto seus dedos percorriam lentamente os fios ruivos da mulher. Seus olhos não era jocosos e cheios de piada como sempre, não, ele estava visivelmente preocupado com ela. Acabou engolindo em seco, tinha medo de fazer algo errado. "Você quer que eu ligue pra alguém? Te leve ao hospital? Te traga algo pra comer?" ele estava na casa dela há um tempo, aproveitando que os filhos dela não estavam. Mas agora se preocupava. "Pode ter sido algo que você comeu" disse respirando fundo "Quer que eu busque seus filhos em algum lugar?"
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𝑰𝒇 𝒊 𝒂𝒎 𝒈𝒐𝒊𝒏𝒈 𝒕𝒐
𝑷.𝑶.𝑽. 𝟎𝟎𝟏
❝ if I am going to be drowned why in the name of the seven mad gods who rule the sea was I allowed to come this far? ❞ — stephen crane
A respiração estava ofegante, descontrolada; o coração batia de forma instável. Ela gostaria muito de pensar que “nunca em dez anos correra tanto assim na vida” mas aquilo estava fora de seu alcance. Desde que sabia como se lembrar das coisas, lembrava de estar se machucando ou fugindo das pessoas por aí. E aquela era uma das diversas vezes onde seria necessário fugir, mais uma vez.
Ayfer Güclü era uma garota de rua e dificilmente não a veriam afanando bolsas e carteiras alheias. Estima-se que ela não era dali, nem seus pais, os quais deixaram-na na porta do orfanato quando ainda bebê. Entretanto, bastou que adquirisse certa idade para que se livrasse daquele ambiente que tentava podá-la. A partir daí, então, ela sobrevivia de migalhas doadas e coisas roubadas. Ela era ainda menos do que o considerado “lixo” que vivia no Castigo.
Seu porte era extremamente pequeno e magro. Os olhos castanhos eram contraste do vermelho da esclerótica. Os ossos da clavícula já apareciam nessa idade, os das mãos, o maxilar do rosto tristemente definido por falta de carne. Julgariam por anemia se não soubessem o tanto de baderna que ela fazia por aqueles cantos. Cada dia uma nova maratona. E a daquele dia não lhe era mais novidade: simples roubo para garantir que teria um almoço.
As ruas eram estreitas e diversas casas estavam espalhadas ao longo dela. O som dos pés batendo ao chão com a força do impacto e velocidade eram altas apesar do peso mísero da criança. Sua voz desesperada saía em murmúrios e gemidos que ela não conseguia segurar pela situação, pedindo que saíssem de sua frente. Os que a perseguiam estavam armados. Seguravam lâminas de todos os tipos, cada um com uma. Eram mais ou menos cinco. E eles gritavam: “VOLTE AQUI, SUA RATA! SUA LADRA!”, apenas denunciando o quão mais perto eles estavam chegando. Era óbvio que se moveriam mais rápido do que uma qualquer esquecida pelo mundo. Eles tinham alimentação. Tinham força. Ayfer tinha apenas à si mesma, e aquilo lhe era obrigado a bastar.
Com os braços, ela fazia movimentos rítmicos para tentar pegar mais impulso e correr mais rápido e até daria mais certo se ela não fosse tão fina a ponto de perder o próprio equilíbrio. Já nem olhava mais para o chão. Tropeçava aos pés e por pouquíssimo não provaria o gosto repugnante do solo. A garotinha usava uma bolsa na transversal do corpo, onde colocara dois pães que pegara de um confeiteiro, que havia ficado particularmente irritado por ter sido enganado por uma criança. Mas ela precisava admitir que mesmo no Castigo possuíam regras e honra, mas porque respeitaria qualquer coisa que fosse, se não tinha nada? Se sequer existia.
Numa curva, o desequilíbrio fora tanto (junto de tamanha agonia em ser seguida por tanto tempo) que algo dera errado. Como se não houvesse visto a parede, Ayfer bateu nela, contudo usou-a de impulso, empurrando-a com as mãos ao lado do corpo. O que lhe pegara de surpresa, um pouco mais a frente, fora um pedaço solto do solo duro de pedra, fazendo-a cambalear e rolar ao chão algumas vezes. A parada foi o tempo necessário que precisavam para alcançá-la. Como o corpo estava em tamanha adrenalina, a Güclü levantou-se rápido para pegar seu almoço de volta – na exata mesma hora em que cruzaram a curva. Suspirou profundamente. Tinha certeza de que o coração sairia pela boca. Mas deveria escolher entre comer depois ou comer nunca mais. O corpo recolheu-se para trás pelo medo, e em poucos segundos os pés derraparam ao chão até pegarem velocidade para continuar sua fuga, abandonando o pão.
“DE HOJE VOCÊ NÃO PASSA!!!” Gritaram seus perseguidores, e por mais que lhe aterrorizasse a ideia, estava quase concordando com ela. Rapidamente, as lágrimas começaram a brotar no rosto, e o ar em colisão fazia-as irem embora, como se por ali nunca tivessem existido. Se continuasse naquele ritmo – exausta, ansiosa, com fome – sua próxima caída determinaria seu fim, e nem estava tão perto assim de chegar onde poderia considerar seu minúsculo lugar de proteção. E, foi por se focar somente no rumo que tomava, e não se concentrar por igual no ambiente que lhe cercava, que acabou por cair novamente.
Dessa vez, sentiu o líquido quente escorrer pelo joelho, e não precisou direcionar o olhar para saber que havia o aberto; provavelmente nos pedregulhos que enfeitavam o pavimento. Meramente zonza por ter rolado no chão, e possivelmente acertado a cabeça em algum lugar, Ayfer só voltou à si quando as mãos calejadas puxaram-na para que se mantivesse em pé, puxando o ar em uma lufada. “VAI APRENDER A RESPEITAR O CASTIGO, GAROTA!” Gritaram outra vez, as mãos agora em seu cabelo em garrote forte ao arrastá-la em direção à área aberta. Estava acabado.
A órfã sabia que mais cedo ou mais tarde esse dia chegaria. Afinal, ainda que fossem vilões natos, também possuíam código de conduta, e ela ignorava tudo isso para lutar pela própria sobrevivência, deixada à própria sorte, que não lhe sorria naquele fim de tarde. As memórias que dizem serem vislumbradas quando se sabe que o fim chegou, não acometiam a mente infantil; e talvez fosse por não possuir nada bom para ser lembrado. Entregue, por fim, sem resistir ao quer que fosse sua punição, Ayfer mantinha a cabeça baixa ao que era direcionada pelos cabelos para a frente da confeitaria de onde havia furtado. Perderia uma mão ou, quem sabe, teria de trabalhar para o homem até o fim de seus dias; se não fosse aquele.
“ Eu pago pelo pão, e a garota vai comigo. ” Foi a voz feminina que a fizera erguer o olhar por primeira vez, reconhecendo a respeitosa figura de Úrsula, trajada em vestes púrpura que apreciam cintilar ainda mais na iluminação neon, característica do Castigo. Sua postura exalava autoridade, e talvez fosse por isso que sentiu os dedos largarem a raiz de seus cabelos, e sequer o comerciante atreveu-se a argumentar ao que recebia os excals. Porque estava recebendo ajuda? Não foi até chegarem ao Bordel Soul que tomara a liberdade de agradecer, oferecendo-a um sussurro ao tempo em que lágrimas manchavam o rosto sujo por fuligem. Foi a bruxa do mar que secou suas lágrimas e ofereceu-a um prato decente de comida. “ Tenho grandes planos para você, Fifi Soul. ” Foi o que prometeu à Ayfer antes de conceder à agora Soul a primeira noite em uma cama que era só dela. E assim, conquistara sua lealdade, devoção e até mesmo, amor.
#៹ ་ ༄ ་ 𝟎𝟎𝟒 : development.#pov.#esse pov é tipo#como ela se tornou uma soul#e ai é isso#auhsuahsuhsa#na cabeça dela quase morreu e foi salva pelo anjo roxo qqq
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› ♡ VENUS ALESSIA COLONNA DI MARCHETTI JAGGER é uma MULHER CIS de 21 anos, veio originalmente de LIVERPOOL/INGLATERRA, mas agora estuda MODA na Università di Bologna como PAGANTE e está no TERCEIRO ano. ouvi boatos por aí que ela faz parte da Adam Societatis como RECRUTADORA e foi chamada porque DESTAQUE PESSOAL & POSSUI PODER AQUISITIVO (É LEGADO)… mas isso é uma lenda urbana, né? em todo caso, ela tem a energia toda da carta OS ENAMORADOS e é conhecida por ser ROMÂNTICA e IMPREVISÍVEL, além de alguns nos corredores acharem que se parece com MADELYN CLINE.
INFORMAZIONE ♡ WANTED CONNECTIONS ♡ STUDY BLOG ♡ PINTEREST ♡ MIXTAPE
━━ ♡ DI BASE
NOME COMPLETO: venus alessia colonna di marchetti jagger
APELIDOS: vee, v, veeda, sailor venus, marquesinha, valentina
DATA DE NASCIMENTO: 15/08/00
IDADE: 21 anos
TAROT: os enamorados
MAPA ASTRAL: sol em leão, lua em aquário, ascendente em sagitário e vênus em virgem
OCUPAÇÃO: estudante de moda em università di bologna e vitrinista/atendente de meio período em brechó obsoleto; membro do clube de moda; aliança feminista; aliança lgbtq+; possui um programa semanal na rádio da faculdade, “dia de santa valentina” todas as quinta-feiras as 18hrs.
QUALIDADES: romântica, voluntariosa, ambiciosa, generosa, carismática, afetuosa, magnética, visionária, curiosa & socialmente consciente
DEFEITOS: convencida, orgulhosa, pretensiosa, egocêntrica, imprevisível, dispersa, narcisista, teimosa, dramática & arrogante
GOSTOS: batom vermelho, perfume adocicado, livros de jane austen, rock, costurar, colecionar peças vintage, figurinos cinematográficos, tocar guitarra, dançar, reuniões familiares, ambientes organizados, conversar por horas, andar de moto, intrometer-se na vida alheia, jantar a luz de velas, cachorro-quente, peônias, roupas asseadas, penteados de cabelo, modern family, novelas latinas, filmes da marvel, filmes preto e branco, harry styles
DESGOSTOS: pessoas grosseiras, desorganização e sujeira, rotinas inflexíveis, compartilhar espaços, desperdício, invasão da sua privacidade, john meyer, taylor swift, música pop genérica, pedir desculpas, gossip girl, fast fashion, filmes da dc, gal gadot, tofu, chá verde, morcegos, indiscrição, brigas, tomar decisões, pessoas ciumentas e possessivas
MBTI: ENFP
ALINHAMENTO MORAL: chaotic good
TEMPERAMENTO: sanguine (dominant)
INSPO: jules vaughn (euphoria), lady dianna spencer, emma woodhouse (emma), maureen johnson (rent), taylor swift, serena van der woodsen (gossip girl), alice cullen (crepúsculo), ariel (a pequena sereia), giselle (encantada), sailor venus (sailor moon), amy march (adoráveis mulheres), forest gump (forest gump - o contador de histórias), carla rosón (elite), joey tribbiani (f.r.i.e.n.d.s), rachel green(f.r.i.e.n.d.s), haley dunphy (modern family), ashley banks (um maluco no pedaço) e cher horowitz (as patricinhas de beverly hills).
━━ ♡ RIEPILOGO
𝐕𝐞̂𝐧𝐮𝐬 WEH-noos (Latin) VEE-nəs (English) (substantivo feminino) ᴀsᴛʀᴏɴᴏᴍɪᴀ segundo planeta em ordem de afastamento do Sol, com órbita entre Mercúrio e a Terra. ᴍɪᴛᴏʟᴏɢɪᴀ o nome da deusa romana do amor e do sexo, era assimilada com a deusa grega Afrodite. ᴄᴜʟᴛᴜʀᴀ ᴘᴏᴘ nome da filha do vocalista da banda “The Outsiders”, Jack Jagger, e da modelo italiana Paola Colonna Jagger.
AVISO DE GATILHO: Menções à depressão, vício em jogo e drogas, transtorno de personalidade limítrofe e tentativa de sequestro. Nada explícito ou aprofundado.
Todo conto de fadas se inicia com um sonoro e clássico “era uma vez”, o de Venus Jagger fora diferente. A história que leva a vida de jovem se iniciou com diversas manchetes denunciando a existência de um caso extraconjugal em várias colunas de fofoca de todo o mundo, algo que já denunciava o quão subversivo seria seu conto de fadas moderno. Sua história, com diversos momentos Deus ex machina, muitas vezes parecia algo inventado por um contador de histórias. Para muitos, e para a própria Vee - como passou a ser chamada ainda muito nova por sua família; a pequena marquesa ou princesa do rock como fora apelidada pelos jornalistas, vivia a vida perfeita, porém todos sabem que existem problemas também no paraíso.
Após inúmeros rumores de infidelidade, o affair escandaloso da modelo Paola Colonna e o rockstar inglês Jack Jagger resulta no nascimento de Venus Jagger. A bebê foi nomeada Venus, o mesmo nome da deusa romana do amor, que o casal acreditava ter abençoado sua união, e uma música de mesmo nome - Paola e Jack nunca chegaram a um acordo a respeito de qual música era, a mulher afirmava ser a canção cantada por Frankie Avalon e o outro retrucava que não; a escolha havia se dado pela música da banda de rock Shocking Blue. A amada e adorada filha do casal, cresce alheia a toda perturbação e escândalos que cercam sua perfeita família.
A bela e saudável menina nasceu no verão na cidade de Liverpool, devido à certa obsessão que Jack possuía com os Beatles e ao fato da banda do pai estar trabalhando na cidade ao produzir seu novo álbum. Tornou-se a alegria de ambas as famílias, ela era o ponto de paz em toda aquela situação conturbada que Jack e Paola criaram. Venus cresceu em um ambiente diferente da maioria das crianças; além de todo o luxo que a cercava, ainda havia a rotina de rockstar de seu pai, que a fazia passar meses de seus primeiros meses de sua vida em tour junto da banda e os muitos irmãos que via todo verão - chegando até a conviver diariamente com Hanna, Lucas, Marcellus e futuramente Kamilah.
Fundamentos do hinduísmo, budismo, ensinamento artístico, musical, crenças hippies e alternativas faziam parte de tudo que lhe era ensinado, porém, acima de tudo era pregado o amor. Amor pela vida; amor pela família; amor pelo próximo; amor pela natureza; amor próprio; amor; amor e amor.
Venus fora criada em um castelo de delícias, sendo privada de visões do mundo feio, o mundo real, onde princesas deveriam matar seus próprios dragões. Nunca soube da real natureza do início do relacionamento de seus pais e muito menos o estado da relação de ambos, era blindada pelos pais e avós. Passou grande parte de sua infância entre a casa de seus pais e a de seus avós maternos. Jack vivia como um rockstar; o que o significava viver sob o modo sexo, drogas e rock n’ roll. Paola seguia o homem por onde podia, pela excitação da vida pública e da estrada, além do medo de ser traída.
Paola decidiu que Venus deveria ser modelo. Nunca houve uma conversa ou indagação a respeito do desejo da garota, ela simplesmente foi jogada em meio a castings e sessões de foto. Ela era fotogênica, carismática e obediente, embora não soubesse ao certo se gostava daquilo. Tudo que Venus sabia é que ela era desejada assim que entrava em um cômodo e aquilo era gratificante. Embora não gostasse muito de ver seu rosto redondo e infantil em comerciais e revistas, Venus gostava de ter sua mãe por perto e às vezes a abraçava forte como se aquilo fosse garantir que ela parasse de partir. Toda a exposição da jovem cessou-se quando um fã obcecado por Jack tentou sequestrar Venus na porta de sua escola, a partir daquele momento a dinâmica familiar dos Jagger se transformou.
Sempre foi uma boa aluna, não era a mais brilhante de suas classes, mas estava entre as favoritas de seus professores. Parte disso vinha de seu carisma natural, encantava a todos com seu jeito doce, meigo, engraçado e despretensioso. Venus era dita como um ímã, era difícil tirar os olhos da mesma quando adentrava em uma sala. Até tinha potencial para excelência, porém também era nitidamente preguiçosa e se desestimulava muito fácil. Nunca se dedicou completamente e pelo tempo necessário para ser espetacular, algo que a frustrava e lhe causava sentimentos negativos.
Parecia ser tão fácil ser Venus, ela possuía uma boa aparência, era saudável, tinha uma família bonita e estruturada — talvez não na visão da família tradicional, afinal não era exatamente moral um homem ter seis filhos bastardos — e parecia estar feliz o tempo todo. E de fato, não eram apenas aparências, era fácil ser Venus. A jovem nunca tivera problemas sérios como grande parte da população mundial, vivia como uma princesa de conto de fadas em seu final feliz. Venus era uma pessoa doce e boa, pois nunca teve que ser de outra forma para ter o seu lugar no mundo, tudo sempre fora — ou parecia ser — harmônico a seu redor.
Uma princesa que vivia em uma busca constante pelo seu amor verdadeiro, busca que vinha se mostrando um tanto quanto frustrante. Venus havia tido diversos namorados e namoradas desde o início da sua adolescência até os dias atuais, alguns relacionamentos duravam poucas semanas e outros meses. Não era novidade para seu círculo íntimo quando Venus anunciava “estou solteira, acho que somos incompatíveis” ou “sabe a Aurora? Terminamos semana passada quando percebi que não a amava do jeito certo… Ou de jeito algum, não sei, acho que confundi as coisas. Agora estou namorando Francesco e dessa vez é eterno”. Que seja eterno enquanto dure!
No meio de tudo isso ainda tinha IMPERADOR. Este era sempre um pensamento no fundo da mente de Venus, o que mais podia se assemelhar ao de Siena no mundo tortuoso do afeto de Jagger. Desde a pré-adolescência o rapaz é dono de parte do afeto de Vee; é correto se afirmar parte, pois o sentimento sempre é preterido quando Venus conhece outro alguém. Ela o admira imensamente, o acha extremamente lindo, atraente, educado e inteligente. Eles se conhecem desde sempre, ele a conhece tão bem — talvez bem até demais, ela já se questionou — e sempre pareceu certo para Venus. Existem apenas dois problemas nesta paixão: ele é irmão de sua melhor amiga, IMPERATRIZ, e nunca correspondeu minimamente seus sentimentos ou investidas. É frustrante e cansativo, porém Venus acredita que ele é a razão para nunca ter dado certo com ninguém… Fala sério, está na cara que eles são almas gêmeas! Ela afirma que irá esperar até que ele perceba isto, afinal o que é bom leva tempo.
Marco Polo, o polêmico presidente, ocupou espaço no coração de Venus durante cinco meses logo após assumir o mandato da presidência. A jovem se viu apaixonada pelo rapaz e agiu sobre isso, causando surpresa de Marco. Embora quem olhasse de fora não compreendesse muito como aquele casal funcionava, Venus e Polo divertiam-se juntos. Tudo ia bem, Vee planejava convidar Polo para conhecer sua família e dizer que o amava, quando o rapaz disse que não podiam mais ficar juntos. Venus ficou arrasada e seu ego estraçalhou-se, ela havia recebido um pé na bunda de Marco Polo Fortunato! Espalhou haver sido ela a acabar com o relacionamento, embora seus olhos avermelhados de tanto chorar contassem outra história. Em poucas semanas já havia supero o fora repentino e voltou as boas com Polo, decidiram manter uma amizade com base no carinho que sentiam um pelo outro.
IMPERADOR e IMPERATRIZ foram umas das razões por Venus aceitar fazer parte da Adam Societatis. Ela certamente riria e recusaria o convite para as primeiras reuniões se não fosse a presença de ambos, adora estar por perto e ter algo que era “só deles”. Também havia o gosto de saber que haviam desejado sua presença ali, naquele “clubinho” exclusivo, era uma boa massagem para o seu ego. Não sabe apontar porque foi convidada, mas Marco Polo sempre dizia que alguém como Venus não passava despercebida. Com o entendimento da dimensão do que se tratava o grupo, passou a se interessar pelos assuntos tratados e quando viu já estava praticando todas as ações ritualísticas propostas; foi tão rápido quanto cair no sono.
━━ ♡ HEADCANONS
O título do marquesado da avó de Venus é quase que inválido e figurativo. Embora a família Colonna seja considerada pelo Vaticano como Príncipes da Santa Fé e o título de Gemma ser reconhecido pelos Saboia — a última família real italiana que ficara exilada até 2002 —, a Itália já não vive em um regime monárquico. A razão por ainda se referirem ao título é puramente financeira, visto que o marketing de todos os produtos derivados da marca “A Marquesa” é benéfico devido à ligação com a realeza. Além disso, há também todos outros benefícios financeiros, como a galeria da família localizada em Roma e todos outros bens adquiridos no período monárquico do país. Recebem impostos do uso das propriedades da família pelo governo e detém os direitos de todas as obras de arte, fazendo do legado algo lucrativo. Venus não conta a todos sobre a história de sua família, afinal não tem nenhuma obrigação real ou interferência em seu dia a dia. Entende o benefício financeiro e compreende o “legado” que vem com todos os bens da família; é geralmente chamada marquesa em tom de deboche, algo que a irrita mesmo que levemente.
Kamilah Jagger é uma das irmãs mais velha e a única pessoa em todo mundo de quem Venus sente inveja. A mais velha parece ser superior a Venus em tudo, desde a idade até o talento para as artes. A morena não pode se recordar do momento em que superou Kamilah em algo e isso a frustra. A admiração que Jack — o pai de ambas — tem pela filha mais velha desperta ainda mais o sentimento de cobiça da jovem, tudo que ela deseja é que o pai a admire da mesma forma. O que Venus não enxerga é todo o esforço que Kamilah fez até chegar a excelência, o tempo de estudo que dedicou a suas paixões e que Jack a admira igualmente, mesmo que Kamilah seja “melhor”.
Trabalha meio período como vitrinista e vendedora (depende do movimento do dia e da ocupação de sua chefe) no brechó Obsoleto há cerca de um ano. Venus não possui necessidade financeira de trabalhar enquanto está na universidade, porém acredita que as maiores inspirações para figurinos cinematográficos venham de lugares como brechós. Além disso, vem montando seu pequeno acervo com peças vintages que acha no lugar e inspira-se diariamente na clientela do local. Tentou viver com o salário que recebe, mas possui luxos que não abriria mão em nome da arte — mesmo que a ame.
Não é novidade que Venus prefira uma vida mais pacata quando o assunto é exposição, porém, filha de quem é era impossível negar totalmente sua veia de amor ao estrelato. Foi assim que surgiu Valentina, ou Santa Valentina, a apresentadora da rádio da Bolonha que embala as noites de quinta-feira às 18 h com seus conselhos amorosos e seleção de músicas românticas em seu programa "Dia de Santa Valentina". Todas as histórias relacionadas ao amor estão permitidas e Valentina palpita com ajuda de ouvintes os casos que recebe. Apenas uma pessoa da direção da rádio sabe que Venus é Valentina e é quem a auxilia no programa da rádio. Inicialmente houve certa descrença de Jagger que aquele programa daria certo, afinal Valentina viveria no anonimato com direito a transformador de voz, porém o mistério atraiu público do campus.
“Por mais amável que seja o seu gênio, seu coração não é dos mais fáceis de atingir.”, a frase de Jane Austen certamente definiria Venus e suas emoções. Embora se apaixone, seus sentimentos são extremamente fugazes e raramente duradouros. Tem como sonho viver um amor como um romance de Jane Austen, sabendo todos os diálogos do filme Orgulho e Preconceito e tendo lido os romances mais vezes do que gosta de admitir.
Já foi presa algumas vezes ao participar de protestos, nunca passa mais que algumas horas na prisão, mas sempre sai com alguma história inacreditável. Vem tentando ser mais branda na hora de protestar, a notícia de alguma forma sempre chega a seus pais e escuta inúmeros sermões em razões a sua falta de responsabilidade e cuidado.
Um de seus maiores sonhos é fazer cirurgias plásticas. A primeira vez que o desejo se mostrou foi em seu aniversário de dezesseis anos, Venus pediu aos pais que lhe dessem de presente uma aplicação de silicone nos seios. Paola e Jack negaram, alegaram que a filha era linda como era e muito jovem para pensar em procedimentos estéticos. Conseguiu convencê-los a permitir que aplique ácido hialurônico nos lábios e o faz desde então. Ela prosseguiu o pedido nos anos seguintes e seus pais tomaram a seguinte decisão: aos vinte e cinco anos, Venus poderá ter acesso a seu fundo fiduciário e praticar qualquer cirurgia que desejar. Venus conta os dias para a data.
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o céu, totalmente encoberto por nuvens, derramava uma escuridão calmante sobre a construção que dava lar à centenas de novos vampiros. nenhum som chegava até a sala onde naeun se encontrava, denunciando a hora do dia em que a maioria dos alunos estava recolhido aos lençóis aconchegantes e à paz de um sono merecido. ao invés disso, naeun estava sentada em uma cadeira cuja cor se assemelhava ao de açúcar queimado, e de onde tinha uma boa visão dos azulejos cuidadosamente pintados que cobriam as paredes, os quais ela já tinha contado e multiplicado de formas diferentes enquanto ouvia o barulho do grande relógio no cômodo, tentando manter a mente ocupada.
em seu cérebro há uma memória que agora brilha vividamente; é ela mesma, com longos cabelos pretos presos atrás da orelha por uma fita colorida, o corpo baixo ainda constituído pelos contornos da infância, denunciando a pouca idade. se pensar muito na lembrança, a naeun consegue sentir as lágrimas que queimam em seus olhos e a aflição em seu peito, mas é incapaz de se recordar do motivo da tristeza. o que ela recorda, e esta parte é mais clara do que o resto, é a voz da mãe lhe dizendo “ o que quer que seja, reze, e vai passar, ” frase que, além de lhe ter sido repetida ao longo da vida, lhe ensinou em uma tenra idade que seus problemas eram apenas seus e, talvez com um pouco de sorte, ela seria ouvida por deus.
a naeun sempre soube como rezar, como pedir perdão pelos seus pecados, mas nunca teve certeza quanto a estar sendo ouvida ou não. a tranquilidade provinda de uma oração era efêmera, e, com o passar dos anos, deixou de existir. tendo suas crenças confrontadas e sendo consumida pela incerteza, a naeun se sentiu cada vez mais desamparada, até começar a ceder aos seus instintos mais aflitos, o que quase lhe custou a sua vida. agora, seu desespero por ajuda era maior do que o medo ou a vergonha em fazê-lo, e aquilo a tinha levado até aquela sala, onde esperava pela psicóloga. o pânico já havia se instalado nela há dias, uma vez que, sem saber que tipo de perguntas seriam feitas, a naeun não sabia pelo o que esperar.
ao invés de seu usual caminhar elegante, são passos incertos que a levam para a sala ao lado quando a psicóloga finalmente a chama. a vampira em questão, cujos olhos negros são brilhantes e a pele dourada, se chama annisa e lhe oferece um familiar sorriso gentil. ela havia feito a avaliação psicológica de naeun quatro anos antes, quando ela havia acabado de desembarcar na ilha e tinha negado veementemente receber ajuda psicológica. “ o vento finalmente me trouxe jang naeun. não imagina por quanto tempo eu te esperei. ” a voz de annisa é quente e transmite doçura, como mel. a naeun aperta os lábios e assente levemente, sem saber o que dizer. normalmente, teria se apresentado de forma muito educada e engessada, mas agora se sentia completamente travada. “ o que te motivou a vir? ” a pergunta faz a ansiedade martelar contra o peito de naeun. ela sabe que está ali por causa de todo aquele medo que sentiu, por causa de outras pessoas e por si mesma, mas se sente incapaz de dizer qualquer uma dessas coisas. “ aposto que foram os amieiros, são plantados do lado da minha janela, o cheiro é incrível na primavera. sinta! ” a annisa diz ao perceber que o silêncio de naeun se estende e naeun faz o que ela diz, sentindo o cheiro agradável das árvores entrar em seus pulmões o que, de certa forma, a faz relaxar um pouco.
por quarenta e cinco minutos, a mulher centenária de aparência jovem a faz perguntas sobre o clima, sobre os chás que a naeun gosta, sobre as flores que a naeun bordou na capa de seu uniforme --- coisas que, para ela, são irrelevantes. isso se repete ao longo dos dias em que a naeun volta ao consultório, três vezes na semana; a menina se senta de frente para a annisa e as duas cobrem a mais diversa gama de assuntos. falam sobre tintas, tecidos, receitas, matemática, e muitas outras coisas. durante o processo, a naeun vai abrindo a armadura sob a qual se esconde sem perceber. quando dá por si, está nomeando pessoas, compartilhando pequenas memórias e descrevendo alguns sentimentos. em um desses dias fala sobre a memória da mãe lhe dizendo sobre as orações, e a naeun congela, porque percebe que está chegando no cerne de todos os seus problemas: sua família.
embora soubesse que havia um problema na forma como havia sido criada, a naeun nunca tinha tido coragem de olhar para a situação de forma mais crítica, tentar entender como tudo era mais do que um simples incômodo da parte dela. agora, já era impossível negar tudo que havia vivido e aquilo a assustou de tal forma que a fez desaparecer das sessões por alguns dias. depois daquele dia, ao dormir, naeun sonhava com os rostos de seus irmãos, sentia o peso da presença dos membros da igreja ao seu redor, e escutava seus pais lhe chamando o tempo inteiro. sentiu-se sufocada como nunca antes e pensou em deixar para lá, voltar a rezar, ignorar como se sentia, até se dar conta de aquele era o seu ponto de virada: quebraria as correntes que a prendiam aos pais ou elas se apertariam ao seu redor impiedosamente até matá-la efetivamente, e naeun já sabia que não queria deixar aquilo acontecer.
na presença da psicóloga, naeun faz as primeiras tentativas de falar sobre o assunto. por vezes se sente confusa, incapaz de terminar suas frases que são cheias de longos silêncios. ela pisa em ovos e sente um incômodo muito grande enquanto procura as palavras certas, revive e narra acontecimentos. a vontade de chorar só cresce à cada sessão, e a dor vai se alastrando. não é só sobre ter sido preparada para um casamento ou ter de se fazer de boa menina ingênua ( chateações que ela havia aprendido a ignorar ), e sim sobre ter sido subjugada, subestimada, privada de experiências, desejos e sentimentos; sobre ser forçada a ser alguém que não era. só então ela escuta alguém lhe dizer que aquilo também é uma forma de violência.
nas sessões de falas mais intensas, a naeun chora, libera soluços dolorosos que parecem querer rasgar a garganta, precisa parar para recuperar o ar. é quando ela entende o motivo de beber sangue após dias sem beber, quando já estava certa de que não queria mais, quando entende o motivo de se machucar com suas agulhas em momento de estresse; a naeun acredita veementemente que merece aquela dor, que merece ser reprimida, mesmo que por si mesma. aquele era o poder se seus pais sobre ela, os efeitos de anos de doutrina bem sucedida.
por mais que a dor do processo possa ser lancinante, a naeun não pensa em desistir. pois está ciente de que não vai ter outra chance de acabar com aquilo se parar ali. ela continua indo até que o desconforto começa a amainar e o aperto em seu coração se afrouxa. então ela também naeun fala sobre coisas boas; o que ela genuinamente gosta de fazer, o que gostaria de fazer no futuro, o amor imenso que sente por jieun e kenji, e a vontade de continuar na presença dos dois. isso ajuda ela a lembrar de que nem tudo está perdido, e que as coisas podem ser diferentes. há momentos em que naeun ainda sente medo, culpa e dúvida, mas colocar tudo para fora é incrivelmente libertador; ser ouvida por alguém que a entende e que lhe oferece conforto e conselhos de uma forma eficaz, que a ajuda a olhar e a entender a situação de um ponto de vista neutro. jang naeun é finalmente capaz de reconhecer que, sim, ela merece poder escolher como sua vida vai ser, e que tem força para enfrentar isso tudo de frente, lidar com as consequências, e, mais importante, está disposta a não mais se esconder sob a comodidade da submissa devoção à sua família. ainda há muito para fazer, mas ela vai continuar.
#isso é uma espécie de flashback?#tá no presente mas os acontecimentos não são recentes#vem ai naeun zerada!!!#꒰ # naeun . ꒱ 🌪️ pov .
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ptecomermlr:
Havia muitas vantagens na genética lupina, dentre elas o rápido gasto calórico. Vaelotar desconfiava que tinha a ver com o fato de todos os lobos necessitarem de agilidade para ser o que eram. Era assim que Fenrir se mantinha em forma mesmo com idade avançada - não que Lotar soubesse com exatidão quantos anos tinha o Velho Lobo. Ao mesmo tempo, o Canisius era com frequência assaltado pela fome, sendo que atribuir a ele o adjetivo insaciável não era um exagero. Explicar isso para quem não tinha um organismo semelhante ao dele era praticamente impossível. Devia ser este o motivo, também, para que fizesse pouco caso das preocupações de Nemaya, considerando exagero a forma como ela encarava a alimentação, mas nada comentando a respeito. Foi a frase seguinte que soou como uma dispensa e que fez com que ele acabasse soltando riso soprado, sem, contudo, recuar. “ Isso quer dizer que becos, num geral, te atraem? Só não esse, em específico ” um sorriso foi se abrindo aos poucos nos lábios de Lotar, ao mesmo tempo em que os olhos se semicerravam. Gostava de pensar que nenhuma mulher era difícil, como ela havia dito, apenas não interessada o suficiente. Maya parecia tensa demais para que cedesse à conversa mole, ele observou pela postura corporal e pelo modo como olhava em volta. “ Nesse caso, pode só me dizer o que te preocupa ” demandou, levemente incomodado por não estar totalmente a par da história. Sendo filho de quem era, naturalmente acabava se interessando por segredos, especialmente os que não lhe diziam respeito. Além disso, se pudesse resolver o problema o restante seria simples, ou assim supunha. Manteve os olhos fixos nos dedos que ela levava aos lábios, denunciando que era seu desejo ter aproveitado um pouco mais do doce. “ Quem disse que ninguém vai saber? Eu poderia contar. Sou uma testemunha ocular, afinal ” disse de maneira despreocupada, limpando os resquícios com as costas da mão. “ E você nem me prometeu nada em troca do meu silêncio ”
Um sorriso apareceu no rosto de Nemaya instintivamente, sem realmente desejar aquilo. Poderia até mesmo rir se não fosse o coração acelerado devido ao nervosismo que parecia crescente. Tentava não parecer tão culpada quanto estava se sentindo, pois sabia que alguém poderia achar aquilo suspeito. Se pelo menos tivesse um namorado, poderia falar que estava traindo e é por isso que parecia tão assustada. “Meus gostos são peculiares, você não entenderia.” Para ser sincera, era alguém muito fácil de ser agradada, no geral, mas não era algo que contaria a um homem em um beco aleatório. Ainda mais quando os dedos provavelmente ainda continham um pouco de açúcar, o que já era humilhante o suficiente por um dia. Tentava não parecer tão fraca quanto pensava que estava parecendo estar. “Oh-oh. Querendo saber os meus segredos?” Levantou uma das sobrancelhas, claramente indagando o porquê daquele homem desejar tão profundamente o que a incomodava. O sorriso de Nemaya desmanchou, enquanto limpava um pouco do açúcar no vestido horroroso que estava usando, com a esperança que ninguém fosse reconhecê-la daquele jeito. Desviou os olhos por um segundo, olhando o final do beco. “Meu pai é um pouco rigoroso com o meu corpo e minha dieta.” Todo mundo sabia aquilo, mas não se conheciam profundamente para que soubesse cada detalhe da vida da mulher. Uma parte de si ficou grata por alguém não saber tantas coisas sobre a vida dela. Colocou as mãos na cintura, claramente sentindo a provocação alheia. Sendo a filha de Megara, provavelmente jamais se daria por vencida naquilo. “Se você contar, posso sair chorando falando como você cria mentiras sobre mim e como é cruel. Em quem vocês acham que vão acreditar? Sou uma moça completamente indefesa, sem ninguém para me proteger desse mundo terrível e mentiroso.” Se a pessoa conhecesse Nemaya, não acreditaria nela, afinal os músculos escondidos já diziam muita coisa. Quando Lotar mencionou a troca pelo silêncio, a atenção dela voltou-se para o homem, olhando-o de baixo a cima, quase como se fosse a primeira vez que notasse a presença alheia verdadeiramente. “Olha só. O grandão sabe brincar.” Deu de ombros, não sabendo o que oferecer. “Tudo bem, o que você vai querer?”
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