#tá no presente mas os acontecimentos não são recentes
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o céu, totalmente encoberto por nuvens, derramava uma escuridão calmante sobre a construção que dava lar à centenas de novos vampiros. nenhum som chegava até a sala onde naeun se encontrava, denunciando a hora do dia em que a maioria dos alunos estava recolhido aos lençóis aconchegantes e à paz de um sono merecido. ao invés disso, naeun estava sentada em uma cadeira cuja cor se assemelhava ao de açúcar queimado, e de onde tinha uma boa visão dos azulejos cuidadosamente pintados que cobriam as paredes, os quais ela já tinha contado e multiplicado de formas diferentes enquanto ouvia o barulho do grande relógio no cômodo, tentando manter a mente ocupada.
em seu cérebro há uma memória que agora brilha vividamente; é ela mesma, com longos cabelos pretos presos atrás da orelha por uma fita colorida, o corpo baixo ainda constituído pelos contornos da infância, denunciando a pouca idade. se pensar muito na lembrança, a naeun consegue sentir as lágrimas que queimam em seus olhos e a aflição em seu peito, mas é incapaz de se recordar do motivo da tristeza. o que ela recorda, e esta parte é mais clara do que o resto, é a voz da mãe lhe dizendo “ o que quer que seja, reze, e vai passar, ” frase que, além de lhe ter sido repetida ao longo da vida, lhe ensinou em uma tenra idade que seus problemas eram apenas seus e, talvez com um pouco de sorte, ela seria ouvida por deus.
a naeun sempre soube como rezar, como pedir perdão pelos seus pecados, mas nunca teve certeza quanto a estar sendo ouvida ou não. a tranquilidade provinda de uma oração era efêmera, e, com o passar dos anos, deixou de existir. tendo suas crenças confrontadas e sendo consumida pela incerteza, a naeun se sentiu cada vez mais desamparada, até começar a ceder aos seus instintos mais aflitos, o que quase lhe custou a sua vida. agora, seu desespero por ajuda era maior do que o medo ou a vergonha em fazê-lo, e aquilo a tinha levado até aquela sala, onde esperava pela psicóloga. o pânico já havia se instalado nela há dias, uma vez que, sem saber que tipo de perguntas seriam feitas, a naeun não sabia pelo o que esperar.
ao invés de seu usual caminhar elegante, são passos incertos que a levam para a sala ao lado quando a psicóloga finalmente a chama. a vampira em questão, cujos olhos negros são brilhantes e a pele dourada, se chama annisa e lhe oferece um familiar sorriso gentil. ela havia feito a avaliação psicológica de naeun quatro anos antes, quando ela havia acabado de desembarcar na ilha e tinha negado veementemente receber ajuda psicológica. “ o vento finalmente me trouxe jang naeun. não imagina por quanto tempo eu te esperei. ” a voz de annisa é quente e transmite doçura, como mel. a naeun aperta os lábios e assente levemente, sem saber o que dizer. normalmente, teria se apresentado de forma muito educada e engessada, mas agora se sentia completamente travada. “ o que te motivou a vir? ” a pergunta faz a ansiedade martelar contra o peito de naeun. ela sabe que está ali por causa de todo aquele medo que sentiu, por causa de outras pessoas e por si mesma, mas se sente incapaz de dizer qualquer uma dessas coisas. “ aposto que foram os amieiros, são plantados do lado da minha janela, o cheiro é incrível na primavera. sinta! ” a annisa diz ao perceber que o silêncio de naeun se estende e naeun faz o que ela diz, sentindo o cheiro agradável das árvores entrar em seus pulmões o que, de certa forma, a faz relaxar um pouco.
por quarenta e cinco minutos, a mulher centenária de aparência jovem a faz perguntas sobre o clima, sobre os chás que a naeun gosta, sobre as flores que a naeun bordou na capa de seu uniforme --- coisas que, para ela, são irrelevantes. isso se repete ao longo dos dias em que a naeun volta ao consultório, três vezes na semana; a menina se senta de frente para a annisa e as duas cobrem a mais diversa gama de assuntos. falam sobre tintas, tecidos, receitas, matemática, e muitas outras coisas. durante o processo, a naeun vai abrindo a armadura sob a qual se esconde sem perceber. quando dá por si, está nomeando pessoas, compartilhando pequenas memórias e descrevendo alguns sentimentos. em um desses dias fala sobre a memória da mãe lhe dizendo sobre as orações, e a naeun congela, porque percebe que está chegando no cerne de todos os seus problemas: sua família.
embora soubesse que havia um problema na forma como havia sido criada, a naeun nunca tinha tido coragem de olhar para a situação de forma mais crítica, tentar entender como tudo era mais do que um simples incômodo da parte dela. agora, já era impossível negar tudo que havia vivido e aquilo a assustou de tal forma que a fez desaparecer das sessões por alguns dias. depois daquele dia, ao dormir, naeun sonhava com os rostos de seus irmãos, sentia o peso da presença dos membros da igreja ao seu redor, e escutava seus pais lhe chamando o tempo inteiro. sentiu-se sufocada como nunca antes e pensou em deixar para lá, voltar a rezar, ignorar como se sentia, até se dar conta de aquele era o seu ponto de virada: quebraria as correntes que a prendiam aos pais ou elas se apertariam ao seu redor impiedosamente até matá-la efetivamente, e naeun já sabia que não queria deixar aquilo acontecer.
na presença da psicóloga, naeun faz as primeiras tentativas de falar sobre o assunto. por vezes se sente confusa, incapaz de terminar suas frases que são cheias de longos silêncios. ela pisa em ovos e sente um incômodo muito grande enquanto procura as palavras certas, revive e narra acontecimentos. a vontade de chorar só cresce à cada sessão, e a dor vai se alastrando. não é só sobre ter sido preparada para um casamento ou ter de se fazer de boa menina ingênua ( chateações que ela havia aprendido a ignorar ), e sim sobre ter sido subjugada, subestimada, privada de experiências, desejos e sentimentos; sobre ser forçada a ser alguém que não era. só então ela escuta alguém lhe dizer que aquilo também é uma forma de violência.
nas sessões de falas mais intensas, a naeun chora, libera soluços dolorosos que parecem querer rasgar a garganta, precisa parar para recuperar o ar. é quando ela entende o motivo de beber sangue após dias sem beber, quando já estava certa de que não queria mais, quando entende o motivo de se machucar com suas agulhas em momento de estresse; a naeun acredita veementemente que merece aquela dor, que merece ser reprimida, mesmo que por si mesma. aquele era o poder se seus pais sobre ela, os efeitos de anos de doutrina bem sucedida.
por mais que a dor do processo possa ser lancinante, a naeun não pensa em desistir. pois está ciente de que não vai ter outra chance de acabar com aquilo se parar ali. ela continua indo até que o desconforto começa a amainar e o aperto em seu coração se afrouxa. então ela também naeun fala sobre coisas boas; o que ela genuinamente gosta de fazer, o que gostaria de fazer no futuro, o amor imenso que sente por jieun e kenji, e a vontade de continuar na presença dos dois. isso ajuda ela a lembrar de que nem tudo está perdido, e que as coisas podem ser diferentes. há momentos em que naeun ainda sente medo, culpa e dúvida, mas colocar tudo para fora é incrivelmente libertador; ser ouvida por alguém que a entende e que lhe oferece conforto e conselhos de uma forma eficaz, que a ajuda a olhar e a entender a situação de um ponto de vista neutro. jang naeun é finalmente capaz de reconhecer que, sim, ela merece poder escolher como sua vida vai ser, e que tem força para enfrentar isso tudo de frente, lidar com as consequências, e, mais importante, está disposta a não mais se esconder sob a comodidade da submissa devoção à sua família. ainda há muito para fazer, mas ela vai continuar.
#isso é uma espécie de flashback?#tá no presente mas os acontecimentos não são recentes#vem ai naeun zerada!!!#꒰ # naeun . ꒱ 🌪️ pov .
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𝐼 𝑟𝑒𝑚𝑒𝑚𝑏𝑒𝑟 𝑡𝑒𝑎𝑟𝑠 𝑠𝑡𝑟𝑒𝑎𝑚𝑖𝑛𝑔 𝑑𝑜𝑤𝑛 𝑦𝑜𝑢𝑟 𝑓𝑎𝑐𝑒 𝑤𝘩𝑒𝑛 𝐼 𝑠𝑎𝑖𝑑 𝐼'𝑙𝑙 𝑛𝑒𝑣𝑒𝑟 𝑙𝑒𝑡 𝑦𝑜𝑢 𝑔𝑜 𝑊𝘩𝑒𝑛 𝑎𝑙𝑙 𝑡𝘩𝑜𝑠𝑒 𝑠𝘩𝑎𝑑𝑜𝑤𝑠 𝑎𝑙𝑚𝑜𝑠𝑡 𝑘𝑖𝑙𝑙𝑒𝑑 𝑦𝑜𝑢𝑟 𝑙𝑖𝑔𝘩𝑡 𝐼 𝑟𝑒𝑚𝑒𝑚𝑏𝑒𝑟 𝑦𝑜𝑢 𝑠𝑎𝑖𝑑 𝑑𝑜𝑛'𝑡 𝑙𝑒𝑎𝑣𝑒 𝑚𝑒 𝘩𝑒𝑟𝑒 𝑎𝑙𝑜𝑛𝑒 𝐵𝑢𝑡 𝑎𝑙𝑙 𝑡𝘩𝑎𝑡'𝑠 𝑑𝑒𝑎𝑑 𝑎𝑛𝑑 𝑔𝑜𝑛𝑒 𝑎𝑛𝑑 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑒𝑑 𝑡𝑜𝑛𝑖𝑔𝘩𝑡
𝐽𝑢𝑠𝑡 𝑐𝑙𝑜𝑠𝑒 𝑦𝑜𝑢𝑟 𝑒𝑦𝑒𝑠, 𝑡𝘩𝑒 𝑠𝑢𝑛 𝑖𝑠 𝑔𝑜𝑖𝑛𝑔 𝑑𝑜𝑤𝑛 𝑌𝑜𝑢'𝑙𝑙 𝑏𝑒 𝑎𝑙𝑟𝑖𝑔𝘩𝑡, 𝑛𝑜 𝑜𝑛𝑒 𝑐𝑎𝑛 𝘩𝑢𝑟𝑡 𝑦𝑜𝑢 𝑛𝑜𝑤 𝐶𝑜𝑚𝑒 𝑚𝑜𝑟𝑛𝑖𝑛𝑔 𝑙𝑖𝑔𝘩𝑡, 𝑦𝑜𝑢 𝑎𝑛𝑑 𝐼'𝑙𝑙 𝑏𝑒 𝑠𝑎𝑓𝑒 𝑎𝑛𝑑 𝑠𝑜𝑢𝑛𝑑
𝐀𝐔𝐓𝐔𝐌𝐍 𝐑𝐎𝐒𝐄 𝐒𝐓𝐄𝐈𝐍 — 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟓.
𝐎𝐎𝐂:
primeiro de tudo, créditos a @fameili pelo edit mais que perfeito de presente! obrigada mesmo, aninha linda <3
𝐚𝐯𝐢𝐬𝐨𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐢𝐬
este pov não contém godmodding. todas as frases utilizadas foram retiradas de headcanons planejados previamente com as players de cada char envolvido. nenhuma fala foi combinada entre elas, os diálogos foram ditos separadamente antes mesmo do pov ser escrito. então sim, são de fato lembranças da autumn e não foram forçadas para se encaixar na task em questão.
o link acima dá acesso ao pov em docs, porque formatei com muito amor e carinho para dar aquela vibe de livro e ser uma leitura gostosinha (se estiverem pelo computador, principalmente, recomendo o docs porque a parte em itálico não é legal no theme). a opção de ler o texto corrido por aqui está logo abaixo.
inspos: safe and sound (música - taylor swift) // don't walk gentle into that good night (poema - dylan thomas) // dementadores (criatura - harry potter) // capitã marvel (filme).
e, claro, a qualquer sinal de gatilho não taggeado, por favor, me avisem!
𝐚𝐯𝐢𝐬𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐢𝐬
hoje eu tô aquela dos informes, hein. usando esse espacinho só para agradecer desde já a quem se interessar pela leitura do pov, fico muito feliz de escrever algo que desperte o interesse de alguém! também agradecer a @devlishsmile, @fameili, @lleroisoleil e @arendstein, obrigada por me emprestarem um pouquinho os personagens incríveis de vocês (e pelo apoio moral na escrita, @sorenotsore inclusa nesta parte). e claro, agradecer às mods, pelo plot fantástico que me permitiu desenvolver a personagem melhor que o esperado. acho que é isso, né? tá bom de leitura já, enchi muito o saco até aqui (:
𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟓: 𝐍𝐀̃𝐎 𝐓𝐀̃𝐎 𝐒𝐎𝐙𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐏𝐄𝐍𝐒𝐎𝐔.
𝑛𝑎̃𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑑𝑜𝑐𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑎𝑞𝑢𝑒𝑙𝑎 𝑏𝑜𝑎 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒, 𝑎 𝑣𝑒𝑙���𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒𝑣𝑒 𝑎𝑟𝑑𝑒𝑟 𝑒 𝑑𝑒𝑙𝑖𝑟𝑎𝑟 𝑎𝑜 𝑓𝑖𝑚 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑢 𝑑𝑖𝑎; 𝑟𝑒𝑣𝑜𝑙𝑡𝑒-𝑠𝑒, 𝑟𝑒𝑣𝑜𝑙𝑡𝑒-𝑠𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎 𝑜 𝑎𝑝𝑎𝑔𝑎𝑟 𝑑𝑎 𝑙𝑢𝑧.
𝑒𝑚𝑏𝑜𝑟𝑎 𝑜𝑠 𝑠𝑎́𝑏𝑖𝑜𝑠, 𝑎𝑜 𝑚𝑜𝑟𝑟𝑒𝑟, 𝑠𝑎𝑖𝑏𝑎𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑎 𝑒𝑠𝑐𝑢𝑟𝑖𝑑𝑎̃𝑜 𝑒́ 𝑜 𝑐𝑒𝑟𝑡𝑜, 𝑝𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑢𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑙𝑎𝑣𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑎̃𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑜𝑐𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒𝑙𝘩𝑎𝑠, 𝑒𝑙𝑒𝑠 𝑛𝑎̃𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑚 𝑑𝑜𝑐𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑎𝑞𝑢𝑒𝑙𝑎 𝑏𝑜𝑎 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒.
[...]
𝐷𝑌𝐿𝐴𝑁 𝑇𝐻𝑂𝑀𝐴𝑆
𝐎 𝐈𝐍𝐈́𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐌𝐔𝐈𝐓𝐎𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐒.
Para qualquer pessoa, seria difícil, praticamente impossível, definir com precisão qual foi a primeira lembrança que guardou de sua vida. A memória de seus anos iniciais se perde, é lançada ao vento como palavras soltas. Numa clássica expressão de entrar por um ouvido e sair pelo outro, a mente funcionaria de mesma forma. Esse fato, claro, nos priva de muitas vivências felizes que possamos ter tido, como também nos poupa de tristezas e dores sentidas. Um infortúnio e uma graça.
Recordações nos constroem. São elas responsáveis por nossa personalidade, pelos nossos julgamentos, pelas atitudes que tomamos. Baseamo-nos em experiências prévias, na expectativa de não cometer erros anteriores, de repetir momentos felizes. Somos construídos através delas e, talvez por isso, cair no esquecimento do seu próprio conto seja tão terrível. Ou, ainda, esquecer-se você mesmo do que viveu, tornando-se um personagem ambulante, vagando sem rumo pelas histórias alheias.
Às vezes, Autumn gostaria de esquecer suas memórias.
A primeira de sua vida era transparente como água cristalina, nítida como se ocorrida no dia anterior. Tão dolorosa quanto tantas outras que se seguiram. Mas aquela, aquela, viria a deixar uma marca profunda e incurável dentro de si. Nos contos, filhos de heróis e mocinhos cresciam com medo de grandes vilões, de vinganças assombrosas, de retaliações imperdoáveis. Tal medo passava conforme cresciam e viam que nada era tão preto e branco quanto julgavam ser. Não com a Stein. Seu maior vilão, diferente do esperado, era outro. Algo que a acompanhava diariamente, a assombrava diariamente. Dormir.
E era no ato de dormir que pairava sua lembrança. Quando, aos três anos de idade, acordou subitamente ao som de gritos desesperados de sua mãe chamando por ajuda, implorando pela presença de seu pai ali, afastando um Arend confuso para que não entendesse o que ocorria. Fora esse seu primeiro apagão dos incontáveis pelo resto de sua vida, longe de estarem perto de entender o problema. A figura diminuta assustara a todos com o desmaio repentino, não era costumeiro de crianças, afinal.
O trauma se concretizara, no entanto, ao recobrar a consciência e bater os olhos em um dos guardas que naquele momento ajudavam. Moritz. O rapaz era uma imagem presente para a princesa e seu irmão mais velho, pois, sendo ele um de seus guardiões, estava sempre a brincar divertido com os jovens membros da realeza. Ela o encarava assustada, aterrorizada, a vontade de gritar entalada em uma garganta já fechada da vontade incontrolável de chorar. E chorou.
Nunca haviam lhe contado sobre a morte. Aquela, até este tempo, não era um fato em sua vida tão recente e inocente, sequer era sabido qual o conto de seus pais com detalhes e clareza. Era uma história relatada por cima, com pinceladas de realidade e, como esperado, a menininha apenas aceitava contente o que ouvia. Era encantada pelos contos de fadas, apaixonada por cada narrativa lhe contada com animação e brilho no olhar. Naquele apagão, no entanto, presenciara o terror.
Em seus sonhos, um Moritz caído ao chão. Sangue cobrindo suas vestes, uma mão estendida sobre um peito que arfava com dificuldade. Era o suficiente para uma criança, de menos de meia década, entrar em desespero, sendo acalmada por uma Aurora e um Phillip recitando palavras tranquilizantes de que tudo não passara de um pesadelo.
Em algumas semanas, ele se concretizou. Moritz tão cedo entrara em sua vida, tão cedo se fora.
De fato, não passara de um pesadelo. Um pesadelo que trazia uma visão do futuro e, junto dele, o assombro nos olhos de seus pais. Não demoraram a juntar dois mais dois e entender o que tinham diante de si. Sua filha, ainda jovem e ingênua demais, carregaria o fardo de um poder que a atemorizaria pelo resto dos seus dias.
Não a levaram para o enterro de seu guardião. Não queriam que gravasse na memória a concretização do que vira ao dormir. Só não contavam, evidentemente, com aquele sendo o primeiro registro de recordação em sua mente, ela entendia o que vira e jamais esqueceria.
Todas as noites, Aurora e Phillip narravam mais e mais histórias fantásticas dos contos moldados pelo Narrador, na esperança de trazer alívio e sonhos bons a sua filhinha, a qual lidaria com o risco eternamente à espreita de não ver o mundo de um jeito tão bom assim. Ela tinha sim uma visão positiva dos contos, fora o que aprendera com o passar dos anos tanto a ter quanto a demonstrar.
Mas Autumn sempre fora boa em disfarçar.
𝐄𝐂𝐎𝐒, 𝐄𝐂𝐎𝐒 𝐌𝐄𝐍𝐓𝐀𝐈𝐒.
Se seus pais soubessem dos últimos acontecimentos em Aether com detalhes, com certeza teriam dito que sua inscrição fora um erro.
O instinto de proteção de ambos era tamanho que, apesar de ser a filha do meio, fora a última a entrar como aprendiz no instituto. Era angustiante o sentimento de ter seus irmãos, tanto o mais velho quanto o mais novo, voltando ao reino para as férias de verão e contando alegremente sobre suas aventuras e amigos feitos. Queria ter as mesmas experiências, fazer amigos que não fossem os pré-determinados de sua convivência na realeza. Não que não gostasse deles, longe disso, só considerava cansativo. Entediante, diria. Enquanto sua mãe, aos dezesseis anos, cumprira o destino de uma profecia cruel, Autumn, na mesma idade, recebera o que considerava ser o melhor dos presentes. Enfim seria parte de Aether. Aprendiz do instituto, membro da casa Aderem com alegria e orgulho. Comemorara junto dos irmãos, prometera aos pais o maior cuidado possível em estar sempre atenta de não se machucar durante seus apagões.
Ah, se a vissem agora.
Parte da cabeça enfaixada por uma queda que sequer recordava com clareza. Dores pelo corpo. Durante um ataque de ogros comedores de gente, lá estava Autumn Rose apagando pelos cantos e dependendo de um Soren Fitzherbert já muito ferido por conta própria para garantir sua sobrevivência. Não poderia proclamar-se a maior cumpridora de promessas do universo, claramente.
Aurora e Phillip terminariam por saber do desastre do jogo, mesmo porque Merlin não os deixaria às escuras a esse ponto, mas sua situação em específico? Que o Narrador a salvasse de nunca passar pela mente dos dois o ocorrido. Ocorrido esse que apenas piorava quando considerava os sonhos que tivera naquela noite. Escutara vozes assustadoras, fazendo-a acordar repentinamente num grito exaltado. Não era do feitio de seus sonhos, em todos aqueles anos, dirigirem-se a ela de maneira tão clara, ameaçando-a tão diretamente. Cabia-lhe sempre a missão de interpretar o que via, o que, naquela noite, parecia já não ser necessário.
A mensagem era explícita. Conforme os dias passavam, continuava a se repetir em sua consciência adormecida e, para alguém acostumada a ter visões pessimistas e cheias de desgraças sobre o futuro, existir uma voz no seu inconsciente fazendo-se de intimações e avisos era, definitivamente, algo a preocupá-la. Porém, como de praxe, não compartilhou de seus sonhos com os demais. Ultrapassara a cota, determinada por si mesma, em sua estadia na enfermaria.
"Venha até mim... Venha até mim..."
Silêncio, ela ralhava em seus próprios sonhos. Nos pesadelos habituais, ao menos ninguém a incomodava.
❦❦❦❦
"Ah, Autumn Rose, você não vai se livrar de mim tão fácil."
Diferente dos últimos dias, a voz estranhamente se fazia mais presente.
Ela penetrava sua cabeça, ecoava por seus ouvidos, estremecia seus ossos, vibrava seu corpo inteiro. Era metálica, como gosto de sangue fresco na boca, trazendo a sensação gélida de alma vazia. Podia sentir cada parte de si e, ao mesmo tempo, era como se nada estivesse ali. Ela era nada mais que um espectro tomado por aquelas palavras vindas do desconhecido. Sua visão estava escura, tanto fazia estar de olhos abertos ou fechados.
O próprio corpo era uma ilusão. Ela era uma atriz num palco vazio, num teatro vazio. Todas as luzes apagadas, toda a vida sugada, o eco existente por ser a única ali presente, um solitário holofote iluminando seu rosto assustado. Estavam ali, ocupando aquele espaço, ela e… quem?
Quem estava ali?
Não adiantava mais fingir que era algo a passar logo. Quantas noites de sono não já tivera com aqueles dizeres a perturbando? E, naquela noite em específico, a perturbavam ainda mais. A sensação era muito, muito pior que de outrora.
"Q-quem… é v-você?" Uma sentença tão curta já demonstrava todo o medo a lhe atravessar agora, estremecia inteira. Abraçava os próprios braços numa tentativa inútil de impedir o frio, a sensibilidade muito mais psicológica do que física naquele momento. Nada era físico ali, na verdade.
Poderia condenar sua curiosidade por agora. Ela não gostaria de ter ouvido a resposta que ouviu, talvez o silêncio tivesse-lhe sido um melhor retorno.
"Eu sou a escuridão nos seus sonhos, filha de Aurora. Eu sempre estive lá, te vi crescer, te acompanhei por toda a sua vida. No fundo… você sabe disso, não sabe?"
Ela não queria concordar.
A cada frase dita, seu coração esfriava mais. O sangue parava lentamente de bombear, como se gelo o cobrisse e o tomasse por inteiro pelos segundos que se passavam.
Ela sabia, sabia.
Quando tentava esconder seu próprio terror em ser colocada para dormir por seus pais, ela sabia. Poderia vê-los morrendo, poderia ver os irmãos morrendo. Poderia ver desgraças, o caos se espalhando, os reinos ruindo. Quando apagava repentinamente, mesmo sem se ferir fisicamente, ela sabia. Qualquer minuto que fosse apagada em sua mente seria de tormenta. Enquanto crescia e fingia que dormir não era grande coisa, não era nada demais… ela sabia.
Suas noites de sono nunca seriam de paz.
"Eu sinto seu medo, Autumn Rose. Ele me é tão… doce. Não quer adormecer. Não quer ver ninguém morrendo em seus sonhos. Que lástima seria…"
Frio percorreu-lhe a espinha. Uma brisa gelada subia em seu interior.
"O-o q-que… o-o que quer d-dizer?"
E então as palavras que faria de tudo para não ouvir. Que, repetidas naquele pesadelo, traziam um peso maior do que em qualquer outro momento. O tom de ameaça era imensurável. A voz era cortante, podia sentir no seu âmago que estava diante de algo muito pior do que poderia imaginar.
"Venha até mim… Venha até mim resgatar seus amigos… Venha até mim ou os que ama serão os próximos…"
𝐍𝐀̃𝐎 𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐃𝐎𝐂𝐄𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐍𝐀𝐐𝐔𝐄𝐋𝐀 𝐁𝐎𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄.
Acordou de súbito num susto.
Seu coração batia tão forte que ecoava por seus ouvidos, a respiração acelerada, tentando recuperar o fôlego. O nervosismo sentido no próprio sonho era bem verdadeiro agora, num nível nada habitual de seus terrores da madrugada. Sentada em sua própria cama, observou o cenário ao seu redor, esperando ser o suficiente para recobrar os sentidos e se acalmar de vez.
Meili dormia tranquila em sua cama, a expressão serena — ela definitivamente teria gostado de ver como seus cabelos repousavam bonitos no travesseiro. Louis, rotineiramente de anos a fio, com sua faca escondida, e a posição, ainda que adormecida, sempre em guarda. A familiaridade da cena num todo permitiu que as batidas do seu coração seguissem um passo um pouco mais leve, um pequeno sorriso surgindo em seu rosto. Fora apenas um sonho ruim, como de praxe.
A sensação daquele sonho, no entanto, queimava em sua garganta. Algo nele se diferenciava dos demais, mesmo sem nenhuma imagem formada em sua mente, sem nada a ser visualizado, ele era real demais. A voz nunca se comunicara daquela maneira até então, dessa vez recitando palavras tão direcionadas a Autumn, que mesmo acostumada com seu poder, sentia algo de pior a envolvendo naquele momento. Seus medos… seus medos estavam ali. Escancarados.
E quanto à escuridão? Que tal voz dissera sempre estar— não, preferia sequer pensar. Estava apenas numa maré de pesadelos, provavelmente agravados por todos os eventos no dia do jogo, nada mais que isso. Era apenas isso.
Iria passar, repetiu mentalmente como num mantra.
Iria passar.
"Venha até mim…"
O quê?
"Eu disse, eu disse que você não iria se livrar de mim tão fácil."
Olhou ao seu redor, girando o corpo na tentativa de entender se estava de fato ouvindo o que ouvia. Havia alguém ali? Não, estavam somente ela, Meili e Lou, nenhum tarado às vistas. O amigo francês já teria cuidado disso, se fosse o caso. Se não era nenhum tarado, então…
Como era possível que a voz sussurrasse em seus ouvidos mesmo acordada? Uma nova categoria do seu poder que não estava sabendo? "Tem alguém aí?" Seu tom era baixo, quase inaudível, na esperança de não acordar nenhum dos colegas de quarto. Não precisava assustar mais pessoas do que já havia feito anteriormente por conta de seus despertares repentinos.
"Eu sempre estive." Uma risada perversa ressoou em sua própria mente, fazendo-a tremer. "Não vai vir comigo, Autumn Rose?"
As palavras ditas poucos minutos atrás ainda em sonho lhe eram vívidas, recitavam-se em sua cabeça como um poema macabro. A pergunta feita agora não era em vão, considerava-se praticamente retórica em seu prenúncio, sabendo do que implicava por trás. Não ir junto significava, consequentemente, a vida de seus amigos e familiares em perigo. Era-lhe dada a chance de resgatá-los… algo que nunca fora possível antes. Em todas as suas visões, tudo o que podia fazer era aceitar o destino perverso, sabendo que o futuro estava definido de uma forma que nem a maior de suas tentativas seria capaz de desfazer o nó.
Deveria acreditar naquela chance? Não, não seria necessário, seus amigos estavam tranquilos, adormecidos, em suas respectivas camas. Todos os outros estariam bem, também. Seguros. Seu medo não se concretizaria pois nenhuma ameaça daquelas era real. Numa tentativa de afastar os pensamentos ruins, piscou forte, balançando a cabeça. Abriu os olhos e…
Ninguém se encontrava mais ali.
Tudo estava vazio e revirado, apenas Autumn permanecia na cena, ainda em suas roupas de dormir. A janela se escancarou de repente, fazendo com que o ar gelado da noite tomasse o ambiente por completo. O mesmo frio que sentira em sonho, novamente lhe atingia. Seu coração estava disparado, quase na boca. O que haviam feito à Meimei e Lou? E aos outros? Teriam sido igualmente levados? Para onde haviam sido levados? Aquilo tinha que ser fruto da sua imaginação, tinha que ser, tinha que ser. Levantou-se da cama e, trêmula, disse: "Isso… isso é um jogo. Você 'tá brincando com a minha mente."
"Quer mesmo arriscar? Quer mesmo… pagar pra ver? Você vai pagar caro se quiser ver com os próprios olhos."
Ela não queria arriscar. Não seria ela a causa do perigo a seus amigos quando tanto desejava, ao longo dos anos, ter a seu alcance a possibilidade de protegê-los de suas visões terríveis. Dormia todos os dias desejando com afinco jamais ver nenhum deles nas suas premonições, era sua prece silenciosa, e acordava todos os dias respirando aliviada quando não os encontrava em pensamento. Quem quer que achasse bonita e poética a ideia de ter alguém sonhando consigo, de modo nenhum ansiaria o mesmo vindo de Autumn Rose.
"O q-que eu p-preciso fazer?"
Entenda, em nenhum outro momento a princesa teria feito o que fez. Teria recorrido a todos os lugares possíveis da sua mente para questionar com maior destreza o que se passava diante de seus olhos. Teria discutido com a voz — vindo da nossa querida protagonista matraqueira, sabemos que, de fato, faria isso —, apelando a tudo para descobrir mais informações. E, o mais importante: não teria acreditado no que ouvia. O que ali a colocava em maus lençóis era, em sua completude, não poder ver os amigos. Não poder tocá-los. Não poder se certificar de que eles estavam são e salvos. A mera possibilidade da concretização das ameaças era o que a paralisava e impedia de ter pensamentos plenamente racionais, qualquer discernimento ou convicção estavam sendo deixados de lado.
"Venha."
Como no mais absoluto transe, a garota sequer precisou questionar até onde deveria ir. Seus pés descalços moveram-se inconscientemente, a pele tocando o chão frio, guiando-a pelo castelo afora. Ela não era mais ela, puro medo apenas. Esforçava-se em não refletir para onde estava sendo levada por seu corpo, sabia que qualquer resposta a aterrorizaria, principalmente quando já estava fora do seu possível território seguro — seu quarto em Aderem.
Não fora assim que sua mãe se destinara à roca?
Não, Autumn Rose, você não vai pensar nisso agora, refletiu.
O piso frio de pedra da majestosa construção logo fora substituído por grama gelada, úmida de carvalho. A sensação, que em outro dia lhe faria cócegas e ocasionaria um sorriso afável no rosto, era terrivelmente arrepiante agora. Provocava-lhe pequenos espasmos em calafrio, e tentava não se ater ao fato de que trajava apenas uma fina camisola branca, que em nada a protegia. A lua iluminando seu caminho era a única coisa a qual se agarrava de não abandonar a sanidade de vez, era sua luz em meio a uma caminhada lenta e sofrida de suspense. O seu destino, no entanto, não era mais mistério.
Naquela escuridão, ela entrara. Naquela noite, ela entrara.
Havia adentrado na Floresta Assombrada.
"Eu estou aqui! O que quer de mim agora?" Esforçou-se no melhor tom firme que pôde, não era hora de baixar a guarda e deixar sua voz vacilante. Sequer sabia para onde deveria olhar, a escuridão a tomava quase que completamente conforme embrenhava-se por entre as árvores.
Se aquele era um pesadelo ou não, Autumn não saberia dizer. Tudo parecia ser fruto de sua mente e ao mesmo tempo tão real. Teria ela acordado apenas em sonhos e entrado em outro pesadelo? Infelizmente, nem essa seria uma alternativa reconfortante. Ver quem quer que fosse em perigo ou morrendo, implicaria numa realidade tão trágica quanto. E aquilo, justo aquilo, deixava-a infinitamente mais temerosa. Não havia uma boa opção.
Mais uma vez, a voz profunda. Vibrando em seu corpo.
"Eu tenho aqueles que você ama, Autumn Rose. O que acha que deveria me dar em troca?"
Então de fato levaram todos. Seus temores se confirmaram ali, apesar de nenhuma prova realmente concreta — coisa que apenas em transe se permitia não questionar. O rosto de todas as pessoas que amava passou por seus olhos numa questão de milésimos de segundo, o coração acelerando mais e mais conforme cada familiar ou amigo querido era lembrado. Ela não podia perdê-los, nenhum deles.
O que ela deveria dar em troca? O que tinha a oferecer? Mal seus questionamentos começaram, imediatamente terminaram, interrompidos por uma figura que, mesmo em meio à escuridão, se destacava. Encapuzada, um manto preto a cobrindo, a criatura nem mesmo tocava o chão, seu rosto impossível de ser visualizado — talvez por não haver um. Não sabia nomeá-la, mas a sentia. Sentia sua energia e toda a falta dela na atmosfera a seu redor, quase como se tudo estivesse perdendo a vida simplesmente por estar em sua presença.
Autumn tinha a impressão, a leve impressão, de algo tocando-a em seu interior. Tocando-a em um lugar nunca antes visitado, escondido, reprimido. Um lugar que a voz sabia existir quando nem a própria Stein se permitia ter verdadeira noção. Ela sabia e não se permitia? Sabia e não queria? No fundo, ela sabia e negava a existência. Nunca entraria em contato, nunca deixaria tocá-la.
Em todos aqueles anos, desde o terceiro de vida, algo colorido em si tornara-se preto, obscuro, opaco. Não possibilitava nenhuma passagem de luz. Era invisível aos olhos, impossível ao toque, fácil de negar aos pouco incrédulos — incredulidade essa maior ainda conforme crescia e sua personalidade era tão, tão doce. Ninguém acreditaria no que havia ali. Nem mesmo a jovem princesa, que não via o lado bom dos contos de fadas em vão. Tinha de ver ou se entregaria a algo obscuro demais para o que se julgava ser capaz de controlar.
E, naquele momento, ela entendeu. Era justamente o que a criatura desejava. Ao dizer estar sempre lá. Sentir seu medo. Ter aqueles que amava. A resposta, tão simples, tão curta numa sentença, era seu pior pesadelo. Ela queria tanto acordar. Queria tanto.
Aquela era sua troca.
Sua mente.
"É isso que você quer, não é?" Não precisava dizer em voz alta, a confirmação meramente formalidade, considerando que a criatura já estava ali, fazendo-a companhia em seus pensamentos.
"E você não vai se negar a isso. Eu e você, nós dois sabemos."
Ela não iria. Não iria negar sua mente em troca da sua família, dos seus amigos. Não pensaria duas vezes a respeito e, mesmo que tivesse de pensar um milhão de vezes, a resposta, a conclusão, seria eternamente a mesma: estava entregue.
"Boa escolha."
Imediatamente, uma dor de cabeça insuportável a tomou. Explodia seus nervos, cada pontada era uma agulha quente perfurando seu crânio. Gritou em agonia, levando as mãos a cabeça, caindo sob seus joelhos, o corpo indo de encontro ao chão logo em seguida. Era feita de dor, dor era tudo que conseguia sentir, os pensamentos se exauriam. Ela chorava, chorava copiosamente. Na noite escura e silenciosa daquela floresta, apenas o choro de Autumn Rose era ouvido.
Passara a vida tendo a mente nunca pertencendo a si. Nunca fora sua e jamais seria. Era invadida por visões ruins, por pesadelos, por presságios de mortes e tragédias. Era obrigada, forçada, a entrar em contato com um lado sombrio dos contos o qual nunca gostaria de ver. Seus pensamentos a torturavam, eram uma prisão que não permitia quietude. E se esforçava tanto, tentava tanto, fazia de tudo para nunca mostrar seu terror. Era invadida diariamente, incessantemente.
Se tivesse de ser invadida, então, que fosse para salvar aqueles que amava. Se o seu maior medo era dormir para não lidar com os pesadelos e ver pessoas queridas morrendo, sentir-se impotente ao ver a tragédia com seus próprios olhos, aquele era o momento em que se faria útil. Que sua mente servisse agora. Que a tomassem, estraçalhassem, pegassem-na para si e tornassem nada.
Ela nunca fora sua.
Seus pais poderiam tentar se enganar, poderiam tentar enganá-la. Seus irmãos poderiam tentar protegê-la, poderiam prometer que ficaria sã e salva. Seus amigos sequer poderiam fazer algo, pois mentia, mentia que estava tudo bem. Sempre fora boa em disfarçar, afinal. Ninguém imaginava o quanto. Crescera sendo uma mentirosa nata, mentindo com um sorriso no rosto que seus apagões não eram nada — quando eles eram tudo, tudo. Tudo o que a destruía.
Quão ingênua fora de achar que poderia levar uma vida minimamente normal? De se iludir a ponto de achar que Aether poderia ser sua casa, que poderia encontrar um novo lar nos amigos que faria, quando tudo o que lhe restava agora era sua mente reduzida a pó? Tanto desejara se desfazer de suas recordações e era exatamente o que acontecia agora. Mas faria de novo, de novo e de novo, sem hesitar, se aquilo significasse salvar a quem amava.
Foi então que, com os pensamentos já se exaurindo, com toda a sua felicidade sendo sugada, palavras começaram a ressoar por seus ouvidos. Lembranças que ecoavam vívidas em sua memória, praticamente inaudíveis em meio ao seu próprio choro de soluçar. Ela se encolhia em posição fetal, tomada por terra e folhas secas, toda a sua angústia se traduzindo em lágrimas salgadas.
"Não precisa ter medo, Rosie. Você sabe, lá no fundo, que nunca vai estar sozinha de verdade. Dá pra sentir a quantidade de pessoas que te amam, não dá? Isso nunca vão tirar de você." A voz de Arend, numa cena de anos atrás, se repetia naquele momento. Era tão difícil não sentir medo, El. Tão difícil não se sentir sozinha. Estava fraca, tão fraca. Queria sentir todos ali, com ela. Precisava disso. Em meio ao pranto, tentou. Tentou não ter medo. Tentou pensar nos que tanto amava como um último refúgio, um último suspiro de sua mente minimamente sã. Uma despedida.
"Autumn Stein, seu coração é tão grande que me surpreende ele caber em seu corpo." Ah, Phelie. As doces palavras de Ophelia traziam um afago, a própria amiga era um grande afago para a princesa. Pensar em seu coração no momento em que este estava tão gélido quase… quase o aquecia novamente. Uma pontada de calor o tomava. Mas ela conseguiria se salvar? Não parecia possível, era tão distante. Tão inalcançável.
"Quer saber? Não há como sentir que algo é impossível de ser feito quando se está ao seu lado, Stein." Louis. Seu irreconhecível sotaque agora ressoava por seus ouvidos. A frase, dita num contexto tão diferente, ali a energizava. Lembrava do seu sorriso estupidamente grande na época em que ouvira o que ouviu. Seria mesmo verdade o que ele dissera? Seria capaz de provar isso? Seria capaz de se provar?
"Dá o primeiro passo." Uma voz baixa reverberou dentro de si. Uma voz única em sua vida. Meili. "Dá o primeiro passo, o resto da coragem vem depois." A sentença, que num primeiro momento parecia tão elementar e simplória, era o impulso a lhe faltar naquele momento. A coragem da amiga a inspirava. Respirando fundo, aguentando a própria dor infindável, ergueu-se sob os próprios pés. A voz, fraca de tamanho sofrimento, se fez firme, soltava centelhas no ar.
"Eu não vou te deixar vencer."
Da pouca luz que naquele momento havia dentro de si, ela não deixaria se apagar. Não momentaneamente, não de vez. Revoltava-se contra o apagar da luz. Não seria tomada pela escuridão, pelas trevas, pelo preto, que tão pequeno dentro de si, tentava se alastrar. Permitiu-se, enfim, encarar a figura encapuzada. Os punhos cerrados, os dentes rangiam em controlar as expressões de dor. Ela iria aguentar.
Iria.
Em questão de segundos, a criatura soltou um som estrangulado, um grito agudo, esganiçado. Seu rosto, apesar de não haver algum, se contorcia, mexia-se em agonia, em desespero. Era uma imagem horrenda, angustiante.
Em sua frente, se desfez. Reduziu-se a pó.
Autumn tremia da cabeça aos pés, incrédula. Seu rosto era um misto de terror e alívio, absorvendo o que acabara de acontecer diante dos seus olhos e em sua mente. Estava livre da escuridão, ela não era o certo.
Suas memórias foram sua âncora. Os que amava, sua salvação.
Mas... até quando aquilo seria o suficiente?
#no read more alguns informes importantes; então jnewknewkjwe#link pro docs pois formatei pra parecer um livrinho e ficar agradavel pras vistas e pov no rm para maior praticidade#o pov tá pronto há alguns dias mas enrolei pra postar pois é aqui que encerro a parte 1 do plot da autumn#por isso também n comecei inter nova; queria encerrar aqui essa parte e responder starter pós task#para plots neste momento novo quem se interessar só mandar o alo no famoso zapchat njekwnewkjekwkj#pronto calei-me a boca já falei demais beijos e abraços
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Dia das Mães | 15 dicas de presentes tech para mãe nenhuma botar defeito
Próximo domingo está aí, e nele comemoramos o dia daquela que nos fez vir ao mundo. A você que quer dar um presente tech para presentear sua mãe (ou esposa, namorada, companheira, avó, tia, mãe de bicho), o Canaltech selecionou uma lista bem vasta de produtos para todos os bolsos, todos os gostos e todos os tipos de mães que adoram ou mesmo tenham só um pezinho na tecnologia.
São presentes que facilitam o dia a dia pensando mais nelas do que na casa. De smartphones e smartwatches a gadgets que ajudam a cuidar dos filhos, tem sugestão pra todas elas!
1. Smartphone
Claro que o item que encabeça a lista não apenas é um objeto de desejo bem comum entre todos nós, como também está no topo da wishlist de muitas mamães que o Canaltech conhece. Que tal presentear aquela que cuida dos filhos com um smartphone novo? Tem muito modelo que pode agradar das mais modestas às mais exigentes, e claro que não vamos elencar um a um. Mas temos algumas sugestões para servir de inspiração, dependendo do gosto da mamãe em questão.
– Podcast Canaltech: de segunda a sexta-feira, você escuta as principais manchetes e comentários sobre os acontecimentos tecnológicos no Brasil e no mundo. Links aqui: https://canaltech.com.br/360/ –
IMPORTANTE: Os preços podem variar durante a semana, então fique atento! Clique nos subtítulos linkados para conhecer mais sobre cada modelo (ficha técnica, preço no dia).
Galaxy M20 ou M30
Não apenas um dos mais procurados do Canaltech, como também um intermediário “muito do bacana”, o M30 pode ser o telefone ideal para as mamães mais esquecidinhas ou que dispõem de pouco tempo para lembrar de botar o bichinho na tomada. A bateria desses caras é de 5000 mAh!
A diferença entre o M20 e o M30 está nas configurações de memória, armazenamento e câmera. Enquanto o M20 vem com 32 GB e 3 GB RAM ou 64 GB e 4 GB RAM, o M30 ostenta 128 GB e 6 GB ou 64 GB e 4 GB. A câmera traseira do M20 é dupla, e a do M30 é tripla (13 MP nos dois modelos), ou seja… se sua mãe adora fotos, pode ser um diferencial a se levar em conta.
Você pode encontrar ambos os modelos em pré-venda no site da Samsung, custando a partir de R$ 1.199.
Moto G7 e Moto G7 Plus
Dois outros queridinhos na lista do CT, a mais recente linha Moto G traz uma pequena atualização nas suas especificações, mantendo a identidade visual padrão, mas adotando a tela estendida com o notch, visual adotado pelo iPhone X em 2017. Se sua mãe não faz questão de uma senhora de uma câmera, o G7 traz um conjunto principal de 12 MP. Já o irmão maior vem com uma câmera principal mais parruda, de 16 MP, o que pode ser bem legal para aquelas mães que amam fazer vídeos e fotos no celular.
Ambos chegam com 64 GB e 4 GB de RAM, rodando Android 9.0 (Pie) e custam a partir de R$ 1.189,15 no e-commerce nacional. Veja mais detalhes nas análises abaixo.
Galaxy J4 Plus
Tá procurando uma solução mais em conta para dar de presente? Então vamos falar de um dos mais básicos da Samsung, mas que mesmo assim, é uma economia interessante para quem busca por custo-benefício legal. O J4+ oferece uma experiência bacana para quem busca produtividade, navegação, fotos e vídeos sem exigir demais.
Ele vem com uma tela de 6 polegadas, 16/32 GB de armazenamento, 2/3 GB de RAM, câmeras razoáveis e suporte à rede 4G. Custando a partir de R$ 630 no e-commerce nacional, é uma boa pedida para presentear uma mamãe que não exige tanto de um smartphone, mas que deseja ficar sempre conectada. Conheça mais sobre ele na nossa análise:
Xiaomi Mi A2
Tá sentindo o cheirinho de Android Puro? Esse é o grande diferencial do Mi A2 para os demais da lista. O gadget vem com tudo o que se espera de um modelo que transita entre os segmentos intermediário e avançado, com câmeras de altíssimo nível, construção de alta qualidade e Bluetooth 5.0.
Para mamães mais exigentes, que curtem fotos, vídeos e velocidade de processamento, o brinquedinho vem com display de 5,99 polegadas, 32/64/128 GB de armazenamento e 4/6 GB de RAM. Ele roda o Android 8.1 (Oreo) ou Android One e, na pechincha, pode ser encontrado a partir de R$ 1.013,24.
Galaxy S10
O poderosíssimo carro-chefe da Samsung não está para brincadeira. Ele é o melhor representante da linha Galaxy, e, portanto, o mais caro. Quer impressionar a mamãe? Então se liga que aqui tem poder de sobra: Snapdragon 855, 128/512 GB de armazenamento e 8 GB de RAM. A câmera é um show à parte: a traseira é tripla e a frontal traz 10 MP, todas com excelentes lentes claras que fazem a diferença até com pouca luz. Ele roda o Android 9.0 Pie e custa módicos 4.350 reais aqui no Brasil.
iPhone XR
Quer dar um smartphone da Maçã para a mamãe? Então considere o iPhone XR, uma boa pedida por trazer o poderoso chip Apple A12 Bionic e não custar tão caro quanto o iPhone X. Com display de 6,1 polegadas, ele roda o iOS 12 e vem com 64/128/256 GB de armazenamento e 3 GB de RAM. Você pode encontrar o brinquedinho em várias cores e custando a partir de R$ 3.870 aqui no Brasil.
Não deixe também de dar uma navegada no Canaltech para conhecer mais modelos bacanas que podem cair como uma luva para sua mamãe, como o Redmi Note 7, o Galaxy J8, o Mi 8 Lite, o Motorola One, o iPhone 8 e o iPhone X.
2. Robozinho aspirador
Já viu que bacana aqueles robozinhos redondinhos que ficam passeando pela casa enquanto varrem a sujeira? Tem uma gama enorme de opções aqui no Brasil para você presentear sua mãe, principalmente se ela for daquelas que detestam ver sujeirinhas pelo chão da casa.
Um dos mais famosos é o Roomba, que apesar do preço salgado, é bom de serviço. Outro queridinho é o Mi Robot, da Xiaomi — mas que também custa bem caro aqui no Brasil (se sua mãe conseguir esperar, você pode considerar importar um do AliExpress, por exemplo). Mas tem opções mais em conta desses pequenos aspiradores automáticos, como os da Philco e da Multilaser.
Entre outras marcas legais estão os Wap e Ropo.
As diferenças que tornam uns mais caros que os outros variam bastante. Sensores, precisão de limpeza, botões touch ou físicos, funções no aplicativo para celular, conectividade com casa inteligente, marca etc.
3. Fones de ouvido
Mães musicais merecem mais qualidade para curtir suas músicas! Que tal considerar um fone bacana para presentear a sua? Tem modelos de todos os tipos, cores e tamanhos, mas selecionamos três para servir de norte nas suas ideias. Veja só:
JBL T450BT
Um ótimo custo-benefício, com bateria duradoura e o melhor: sem fio! Claro que não é um fone topzera, mas pelo preço, faz a alegria de quem ainda não tem um fone bom para curtir músicas enquanto faz milhares de coisas no trabalho, na casa e com os filhos. Ou tudo ao mesmo tempo. Ele vem em três cores para você escolher e custa em torno de 250 ~ 300 reais.
Sennheiser CX 300-II Precision
Estes foninhos têm fios, então o celular da sua mãe precisa ter entrada P2, ok? A qualidade do CX 300-II é tão boa que vale c-a-d-a c-e-n-t-a-v-o. Resistente, durável, bom de serviço e com extrinhas, como ponteiras para trocar (de acordo com o tamanho do ouvido) e bolsinha para transporte, por menos de R$ 200. Um charme!
Sony WH-1000 XM3
Esse aqui é potência nas conchas aliada a isolamento ativo de ruído. Se sua mãe trabalha muito e precisa de concentração em casa, no ateliê ou no escritório, quer pegar no sono sem incômodos ou simplesmente precisa cancelar a barulheira do ambiente enquanto desfruta de alta qualidade de áudio, pode mirar no WH-1000 XM3 que é suceso: nem você e nem ela irão se arrepender.
WH-1000 MX3: um fonão desses, bicho! (Foto: Luciana Zaramela/Canaltech)
4. Kindle
Sua mãe curte leitura? Então o Kindle é o presente perfeito para ela! O dispositivo, que parece um tablet, traz uma maneira diferente e prática de ler livros sem perder a concentração com distrações na tela. Com display preto e branco focado exclusivamente em livros virtuais, o Kindle pode ser uma mão na roda para quem gosta de ler e não tem muito espaço na estante para guardar livros físicos.
A mamãe, o nenê, o café e o Kindle em perfeita harmonia (Imagem: Reprodução/Amazon)
Vendido pela Amazon, tanto o dispositivo quantos os livros virtuais são comprados no mesmo e-commerce. E o bacana é que cada Kindle pode armazenar milhares de títulos, todos baixados do site da loja aqui no Brasil ou na gringa, também. É livro pra tudo quanto é gosto.
São vários modelos diferentes para você (ou a mamãe) escolher. Os gadgets podem ser encontrados a partir de R$ 299 no site oficial da Amazon.
5. Pulseira Fitness
Que tal incentivar sua mãe a começar uma nova atividade física — ou manter o foco nas que ela já pratica? Com um presente desses, ela vai saber quantas calorias vem gastando no dia, além de passos dados e distância percorrida. Alguns modelos permitem até monitorar batimentos cardíacos, qualidade do sono e exercícios na água.
Mamãe com as atividades físicas em dia curtiu isso (Foto: TrustedReviews)
São tantos modelos disponíveis que é fácil ficar perdido. Mas, para servir de norte, listamos alguns que podem ser bacanas:
Huawei Honor Band 4
Garmin vivofit 3
Xiaomi Mi Band 3
GearFit2 Pro
Dica: uma busca no Mercado Livre pode abrir um paraíso de opções, mas cuidado com modelos e marcas desconhecidos. Leia as opiniões dos compradores, faça pesquisas na internet, veja a reputação das marcas antes que seja tarde e você compre gato por lebre.
6. Notebook
Presentão, hein? Um notebook para manter a mamãe produtiva e conectada! Seja para fazer um upgrade ou presentear sua queridona com seu primeiro notebook, escolhas e tipos não faltam. Alguns modelinhos interessantes para você direcionar suas buscas — já que um computador é algo extremamente customizável e cada componente vai depender do tipo de uso da senhora sua mãe.
Acer Swift 3
MacBook Air
Dell Inspiron 3000
Lenovo Ideapad 300
HP 246 G6
Ela merece! Ela merece! (Imagem: Reprodução/Apple)
7. Babá Eletrônica
Qual o preço da tranquilidade que uma mãe pode ter enquanto assiste a um filme de boaça na sala, sabendo que está tudo bem com seu bebê, que dorme como um anjo no bercinho? Antes de responder que isso “não tem preço”, você pode mudar de ideia ao investir alguns reais em uma babá eletrônica.
São vários modelos — com câmera, sem, com Wi-Fi, com Bluetooth, que usa aplicativo de celular, que não usa — disponíveis no mercado, mas nós selecionamos algumas marcas bem legais com base na experiência das mamães amigas do Canaltech:
Motorola
Avent
Summer
Tec Toy
Genérica – só a câmera
Mãe e bebê tranquilos — e uma ajudinha da tecnologia (Imagem: Divulgação/Motorola)
Uma câmera remota é uma diquinha legal também para as mamães de bicho, principalmente quando saem de casa preocupadas porque deixaram os gatos e catioros sozinhos. Fica a dica!
8. Assinaturas em aplicativos
Já pensou na cara de felicidade dessa mãezona quando você disser que vai presenteá-la com a assinatura de um serviço de delivery, ou então streaming de vídeo ou de música? O prazo do contrato já é com você. Se você já assina algum, que tal pagar um pouquinho mais e colocá-la em um plano familiar? Ou então bancar um período de assinatura mais curtinho para ela ver se gosta. Ou melhor ainda: investir em uma assinatura vitalícia!
Dentre os serviços mais cotados pelas mamãe estão:
iFood Plus
Rappi Prime
Spotify
Netflix
Apple Music
Prime Video
Globo Play
9. Cafeteira hi-tech
Cafééé! Somos suspeitos para falar: no Canaltech todos nós gostamos muito de café, inclusive as mamães que trabalham aqui. E para manter os níveis de cafeína da sua mãe ou companheira em dia, que tal presenteá-la com uma cafeteira tech-chic?
A Nescafé Dolce Gusto tem alguns modelos legais para agradar mamães geek, como a Lumio, Genio, Drop, Movenza e a mais modesta Mini Me. Algumas são mais simples, outras, como a Movenza, são EXTREMAMENTE tecnológicas e, claro, bem mais caras. Aí é com você!
10. Caixa de som
Uma caixinha de som Bluetooth para animar a festa ou o dia a dia da mamãe, vai bem? Claro que vai! De novo, para as mamães que curtem música ou até mesmo balançar o esqueleto, nada melhor que a praticidade de uma caixa de som portátil e com boa qualidade de som. Modelos, não faltam, e você pode explorar muitas marcas de renome no mercado. Considere ainda um combo de streaming + caixa, se a grana estiver sobrando.
Seguem, portanto, algumas sugestões (clique nas marcas):
JBL: Go, Flip 4, Charge 4
Sony: SRS-XB10, SRS-XB21, GTK-XB5
Logitech: X50, UE Unicorn, Wonderboom, Megaboom
Philips: ShoqBox, EverPlay
Só tome cuidado com imitações, hein?
11. Smart TV
Fórmula encantadora de mães: praticidade + sossego. E se a sua adora um filminho, uma novelinha, uma série ou um noticiário, quem sabe não esteja na hora de colocar na sala ou no quarto um televisor inteligente?
Sozinha ou acompanhada, a TV agora é dela! (Foto via CNN)
O mercado está cheio deles e aproveitar as ofertas do e-commerce para o dia das mães é uma boa dica. Que tal apostar em um modelo 4K, com duas ou mais entradas HDMI e imagem de tirar o fôlego? Tem muitos modelos bacanas da Samsung, da Sony e da LG, por exemplo, com diferentes tipos de tela, sistemas operacionais e até inteligência artificial!
12. Câmera
Talvez esteja na hora de trocar a webcam da sua mãe para que ela ganhe mais qualidade ao conversar com parentes e amigos no PC! Ou, quem sabe, comprar uma GoPro para aquela mãe aventureira, que adora uma trilha, uma praia ou uma cachu no fim de semana. Tem também aquelas câmeras de fotos instantâneas para as mamães vintage! E, claro, as DSLR, para as mamães fotógrafas ou aspirantes a um novo hobby.
Sua mãe ia curtir uma GoPro? Mostra essa imagem pra ela! (Imagem: GoPro)
Seja qual for a pegada, a ideia da câmera é legal para aquelas que curtem fotos. Há modelos interessantes e que, se você pesquisar bem, vão caber direitinho no seu bolso — e no coração da mamãe, também!
13. Smartwatches
Agenda. Calendário. Lista de supermercado. Chamadas telefônicas. Horários, prazos, reuniões, encontros. Academia. Ufa! É tanta coisa que talvez seja a hora de sua mãe contar com o auxílio de um relógio inteligente para facilitar o gerenciamento de tantas atividades!
No topo da lista de desejos está quem? O Apple Watch, sim senhor! (Imagem: Reprodução/Apple)
Tem vários modelos legais, e vários preços, também. Dos xingling que podemos encontrar em sites como OLX e Mercado Livre, passando por intermediários como Xiaomi Amazfit, Samsung Gear Sport, Motorola Moto 360 e finalmente chegando aos super premium, como Apple Watch e Samsung Galaxy Watch, cabe a você escolher aquele que é a cara da mamãe! Antes, só verifique a compatibilidade com o smartphone dela, já que um smartwatch depende do celular para funcionar.
14. Assistente doméstico
Sua mãe curte tecnologia e ainda não começou a montar uma casa conectada? O primeiro passo para a internet das coisas pode ser dado por você! Que tal dar um Google Home pra ela de presente? Ou um Amazon Echo? Ou um Apple HomePod?
“Ok, Google! Você não é todo mundo!” (Foto: Natasha Mitchell/ABC)
Enquanto ela se diverte conectando a TV e ouvindo música com comando de voz no assistente pessoal, você já pode ir dando ideia: o próximo passo pode ser um kit de lâmpadas inteligentes, ou quem sabe um termostato!
No Brasil, apenas o Google Home está disponível nas lojas, mas há outras opções que são facilmente encontradas nos e-commerces e sites de compra e venda da vida, como o Mercado Livre.
15. Gadgets para TV
Se investir em uma Smart TV está puxado por agora, uma boa pedida é gastar BEM menos em um dongle ou set-top box para transformar a televisão da sua mãe em um aparelho inteligente.
Dispositivos como o Amazon Fire TV Stick, o Google Chromecast e a Apple TV estão aí para turbinar a experiência da mamãe e da família toda com uma gama enorme de opções, que vão desde a Netflix ao streaming de abas do navegador direto de seu computador. E os preços compensam, viu? Um Chromecast 3, por exemplo, custa menos de 200 reais e vale muito a pena. Muito mesmo.
Escolhe no smartphone, assiste na TV. Não é lindo, mãe?
BÔNUS para os indecisos: Gift cards
Tá difícil decidir? Bom, nesse caso, você pode investir em cartões-presente de valor predeterminado para que sua mãe torre a bufunfa como quiser. Várias lojas virtuais disponibilizam gift cards — inclusive as de aplicativos. Imagina que bacana se, com um gift card da App Store ou do Google Play, sua mãe comprasse aquele app que tanto queria?
Indecisa vai ficar é ela com um cartão desses, né não?
Também há gift cards em lojas como a Saraiva, mas se você quiser ampliar mais ainda o leque de opções, pode comprar um cartão de presente pré-pago da MasterCard ou da Visa mesmo, e sua mãe gasta a quantia da forma que bem entender!
E com essa, fechamos a lista de sugestões. E aí, acha que faltou algum item legal nessa lista? Comenta aí pra gente!
O Canaltech deseja um feliz dia das mães para todas essas mulheres maravilhosas!
Leia a matéria no Canaltech.
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8 filmes sinistros que não vão te deixar dormir à noite
Matéria publicada no Site de Beleza e Moda
Filmes sinistros é a melhor pedida para um dia frio!
Claro, não há nada melhor do que pegar o cobertor, o sorvete, e se preparar para o susto.
Agora, se a coragem não deixa, que tal juntar os amigos no fim de semana e encarar de uma vez por todas aquele filme que todo mundo tá comentando?
Pois é, foi pensando nisso, que resolvemos fazer uma seleção de filmes sinistros que não vão sair da sua cabeça de maneira tão fácil, quem dirá te deixar dormir à noite.
Então vamos a nossa lista.
Te adianto que o número 5 e o 10 são os meus favoritos!
Conheça os 6 melhores filmes da Netflix: suspense, comédia e drama
Lista de filmes sinistros
O filme Ecos do Além é um dos filmes sinistros que não vão te deixar dormir à noite
1 – Ecos do Além
Em Ecos do Além, Kevin Bacon perde a cabeça depois de passar por um processo de hipnose.
A atmosfera do filme é de intensa imersão e o que começa como um drama de mistério, acaba te tirando do eixo, quando surgem sinais de que um espírito assombra o protagonista e sua família.
Veja aqui 10 filmes adicionados recentemente na Netflix que valem 5 estrelas
2 – Horror em Amityville (2005)
Horror em Amityville é um dos filmes sinistros que não vão te deixar dormir à noite
Baseado em fatos reais, a versão de 2005 do clássico de 1979, com Ryan Reynolds e Melissa George, é um dos filmes sinistros mais tenebrosos dos últimos 15 anos.
Tudo começa quando uma família enfrentando problemas financeiros, se muda para uma casa onde houveram vários assassinatos.
O que parece ser a casa dos sonhos, é na verdade pior que um pesadelo.
Acontece que aos poucos, coisas estranhas começam a acontecer com os moradores, até um desfecho com muito pra revelar.
Conheça 12 filmes que toda mulher deveria assistir
3 – Arraste-me para o inferno
Arraste-me para o inferno é um dos filmes sinistros que não vão te deixar dormir à noite
Pra quem não viu esse filme, é um achado único dos filmes sinistros, principalmente para assistir com os amigos.
Com direção de Sam Raimi, a história começa com uma maldição, rogada por uma senhora que teve seu crédito negado no banco.
A vítima?
A bancária, que passará dos limites inimagináveis para se livrar da maldição, enquanto vê sua vida afundar até onde pior só restará um único lugar: o inferno.
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4 – O Espelho
O espelho é um dos filmes sinistros que não vão te deixar dormir à noite
Dirigido pelo mais recente notório, Mike Flanagan, O Espelho é um destaque pouco alardeado dos filmes sinistros.
A ambientação de um drama fatídico envolvendo dois jovens que perderam a mãe na infância é por si só desconcertante.
Porém, tudo isso é arrebatado com a maneira intensa de incluir o terror e sustos que podem realmente parar o coração.
Se você ainda não assistiu, assista, pois no final deste artigo você terá mais um motivo para isso.
Veja aqui 4 séries sobre mulheres fortes e independentes que vão te encorajar a se tornar uma
5 – Espíritos a Morte está ao seu Lado
Espíritos a Morte está ao seu Lado é um dos filmes sinistros que não vão te deixar dormir à noite
Que o Japão é a terra de clássicos do terror como O Chamado e O Grito todo mundo sabe.
Mas ali perto, a subestimada Tailândia possui obras memoráveis para quem quer sentir um arrepio na espinha.
Acontece que com Shutter, o arrepio vai muito além da diversão momentânea.
É sério. Se você não está muito preparado para um filme de terror, não recomendo começar por este!
Afinal de contas pode ser necessário até mesmo algumas sessões de terapia e mesmo assim ainda seria difícil tirá-lo da cabeça.
Na história Tun, um fotógrafo e sua namorada começam a notar algo sombrio nas fotografias tiradas pelo rapaz.
Aos poucos, atmosfera silenciosa e perturbadoramente fria é sacudida pelo emaranhado de revelações e reviravoltas que tiram o telespectador da poltrona.
Veja Também: 8 séries do Netflix para quem ama moda
6 – Sobrenatural
Sobrenatural é um dos filmes sinistros que não vão te deixar dormir à noite
Com a direção do mestre de Jogos Mortais, James Wan, Sobrenatural é o pioneiro de uma nova era para os filmes sinistros.
Aqui, nada é previsível e até mesmo durante um dia ensolarado de verão, pode aparecer algo horripilante nas cenas que você menos espera.
Assim, a premissa de uma família que se muda para uma nova casa com acontecimentos estranhos, pode até parecer genérica, mas não é!
O sucesso deu sequência para mais 3 filmes, com destaque para o segundo, que pode se dizer que conseguiu superar o primeiro, na forma grosseira de dar susto nos telespectadores.
Veja: 5 coisas assustadoras que podem acontecer se você dormir em um colchão velho todos os dias
E falando em sustos…
7 – Invocação do Mal 2
Invocação do Mal 2 é um dos filmes sinistros que não vão te deixar dormir à noite
Se o primeiro filme se tornou referência para a nova era do terror, o segundo é o ápice do que já se conseguiu fazer até hoje no gênero.
James Wan pode se gabar, afinal, é a terceira franquia de filmes sinistros com os quais o diretor faz sucesso com o público e nesta, ainda temos a sub-franquia Annabelle.
Mas Invocação do Mal 2 é que chega com um aparato inimaginável de espíritos e demônios para não te deixar dormir mesmo!
Principalmente se você tem em sua casa aquele móvel velho que vem passando de geração a geração.
Pois é, no filme, que além de tudo é baseado em fatos reais, o casal paranormal Warren, encontra mais uma família que precisa de sua ajuda.
Desta vez algo de estranho no comportamento da doce Jonet vem atormentando sua mãe e seus irmãos, isso sem falar na desenfreada atividade paranormal que paira dentro da casa.
Então se prepare, pois dormindo ou não, uma coisa é certa: não dá pra esquecer o que você vai ver.
Veja aqui 5 tipos de pessoas invejosas com os quais você convive e ainda não notou
8 – Contatos de 4º Grau
Contatos de 4º grau é um dos filmes sinistros que não vão te deixar dormir à noite
Aqui não são nem espíritos e nem demônios que vão te deixar perturbado por um bom tempo.
São os ETs!
Pode até parecer bobo, mas a expressão facial de qualquer um que assiste ao filme, é simplesmente de choque.
Isso porque a estratégia de filmagens foi além de tudo o que se tinha visto até 2009.
O formato de pseudodocumentário, em que Milla Jovovich narra as filmagens “reais”, intercaladas pela encenação das mesmas, para um melhor entendimento do público ao fato estarrecedor de cada uma delas, é simplesmente surreal.
A questão é que acreditando ou não em ETs, o filme vai colocar uma pulga atrás da sua orelha.
E sinto te informar, mas para os demônios e espíritos, você pode encontrar consolo e solução na religião, já com os extraterrestres, não tem para onde correr!!!
Então para finalizar este post com chave dinheiro, separei um bônus para você.
Veja aqui 3 técnicas para lidar com seu mau humor sem envenenar o dia a dia das pessoas
Bônus: Residência Hill (Série Netflix)
Residência Hill (Série Netflix)
A série que deu o que falar em seu lançamento, já tem outra história confirmada para a antologia The Haunting.
Claro, o sucesso de Mike Flanagan fez até mesmo com que aqueles não tão interessados assim em filmes sinistros, entrasse de cabeça na série.
Só que o que ninguém esperava, até mesmo eu, um ávido consumidor do gênero, era que uma série iria realmente trazer o terror para a televisão, já que as supostas séries do gênero não entregam algo tão alarmante.
Mas a questão é que o mesmo diretor do aterrorizante filme O Espelho, aqui da nossa lista, provou que dá mesmo pra fazer o contrário, com sustos que se sucedem com cada vez mais força em um drama poderoso.
A família Crain que o diga, depois do suposto suicídio da mãe na casa, ninguém pode se dizer que tem uma vida normal.
E assombração aqui é algo literalmente presente na vida de cada um dos irmãos.
Então aproveite, se acomode no sofá ou na cama e comece essa maratona de filmes sinistros.
Mas já vou avisando, não aconselho ver nenhum deles sozinho durante a noite!
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8 filmes sinistros que não vão te deixar dormir à noitepublicado primeiro em como se vestir bem
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“O fim do mundo e outras novidades“
Já tive oportunidade de denunciar aqui a aleivosia segundo a qual, quando o mundo acabar, lá na ilha nós só iremos saber uns cinco dias depois. Isto é fruto de inveja e despeito contra a pátria itaparicana. Pelo contrário, a julgar por certas circunstâncias, deveremos estar entre os primeiros a ser informados ou até convidados especiais. ………. JOÃO UBALDO RIBEIRO Já tive oportunidade de denunciar aqui a aleivosia segundo a qual, quando o mundo acabar, lá na ilha nós só iremos saber uns cinco dias depois. Isto é fruto de inveja e despeito contra a pátria itaparicana. Pelo contrário, a julgar por certas circunstâncias, deveremos estar entre os primeiros a ser informados ou até convidados especiais. O Estado de S’ao Paulo Em meio aos nossos inúmeros filósofos, pensadores, visionários e estudiosos de alta escatologia, muitos têm opiniões sólidas sobre o assunto e diversos conhecem datas e pormenores copiosos. O finado Americano, que nunca esteve sóbrio um só instante em toda a vida e morreu com uns noventinha, me disse uma vez que um belo dia o mar ia felver, ia felver, escaldar a ilha toda e, logo em seguida, o resto do mundo. Hélio Bríbria, que não larga a Bíblia e sabe de cor todas as profecias terríveis, fica checando tsunamis, terremotos, erupções e outras catástrofes, lê um trecho da Bíblia que julga apropriado para o evento e, os olhos brilhando, dá umas casquinadazinhas de satisfação. “Hi-hi-hi!”, faz ele. “Vocês todos vão se lascar, tá tudo escrito aqui, tá tudo acontecendo!” Mesmo entre os que não costumam ocupar-se do assunto, como no caso de Toinho Sabacu, há posições claras. A dele, expressa várias vezes no Bar de Espanha, é não estar presente aos acontecimentos. Ao sentir o fim do mundo chegando, pirulitar-se-á rapidamente, para local não revelado mesmo aos mais íntimos e só sai até segunda ordem. – Não faço a menor questão de estar presente – explica ele. – Não entendo nada do assunto e só ia piorar o sufoco. Tou fora, vou esperar para ver como ficam as coisas. Nos dias recentes, o fim do mundo voltou ao debate público, espicaçado pelas mudanças climáticas. Quem ligava a tevê se espantava com as notícias sobre o calor no Sudeste, enquanto, lá no Nordeste, chegou a fazer frio e choveu. Houve dois dias em que os mais friorentos saíram meio agasalhados e muita gente chegou a mudar o figurino de casual para passeio completo, que, no caso de ilha é bermuda com camisa, aparição antigamente raríssima no verão. Ao contrário da previsão de Americano, o mar não parecia que ia ferver, mas talvez congelar-se, no ver quiçá exagerado de alguns observadores. – Meus senhores, a situação é grave! – discursou Jacob Branco. – Estão ameaçadas a atmosfera, a troposfera e a própria ionosfera! Aplausos respeitosos, belas palavras; Jacob nunca envergonhou, numa tribuna. Prosseguiu ele com uma dissertação sobre a destruição da camada de ozônio, que vários entenderam como a “camada de Osório”, o que levou alguns presentes a acharem que o lado Osório de minha família estava sendo prejudicado, e oferecerem sua solidariedade, diante daquele absurdo. E, mais, chuva ácida, desertificação, desmatamento, poluição ambiental, um deslumbramento ecológico. Além disso, tinha Jacob razões para crer que evidências inquietantes pululavam por toda a ilha. O caso dos tatus ferrados com anzol já praticamente oficializara a pescaria do tatu, com a futura criação, no Ministério da Pesca, da Secretaria do Tatu, a ser ocupada por indicação da base governista. Só podia ser por causa dos agrotóxicos, que enlouqueceram os tatus, levando-os a acreditar que são peixes e mordendo isca de camarão. Noca Pequeno surgira com a notícia de que fora visto um pinguim em Salinas da Margarida, mas era muito tímido e sumiu logo, aparentando estar estranhando o frio. E Nilmete veio com a história de que botou para correr uma foca que a atacou no escuro, em sua casa na Ilha dos Porcos, mas há quem suspeite que o vulto dessa dita foca era mais parecido com Julinho da Gameleira – cala-te, boca. Concluindo seu vistoso pronunciamento, Jacob afirmou a necessidade de conscientização, porque, de fato, entre tatus virados em peixes e pinguins tropicais, o mundo podia acabar a qualquer momento, nem neve tinha mais na Rússia. Seria a perfeita chave de ouro, se uma conhecida voz roufenha não viesse da entrada – quem, senão Zecamunista, regressando de mais uma vitoriosa turnê de pôquer, todo sorridente e cercado, não por uma, nem duas, mas seis esplendorosas jovens do Sul do País. – Jacob, nobre amigo – disse ele. – Você ainda discute se o mundo vai acabar? Claro que já está acabando e eu, modéstia à parte, me antecipei. Aquelas encantadoras moças, antes renomadas acompanhantes, haviam sido as primeiras contratadas para trabalhar no Projeto Bom Apocalipse, destinado a produzir o melhor fim de mundo possível a clientes exigentes. Como não discriminaria ninguém, homens também serão contratados, para compor o importante setor de lazer e entretenimento. Infelizmente, no começo o programa ia ter que ser restrito aos de melhor poder aquisitivo, embora já estivesse considerando aceitar participantes com bolsa apocalipse. O principal, como sempre, era entrar dinheiro na ilha. E era importante ressaltar que o mercado ia ser basicamente de corruptos e ladrões sortidos, que entre nós abundam. – Vamos manter um quadro de advogados de primeiro time. O sujeito rouba, pega julgamento em liberdade e vem para cá. Como o julgamento não acaba nunca, ele passa o resto da vida aqui, no bem-bom, podendo sair até do país, se o juiz deixar e a Interpol não pegar. “Aproveite que o mundo neste país já acabou há muito tempo e viva aqui o melhor fim do mundo do mundo! Traga as propinas, que nós damos o paraíso fiscal! Roubar, todo mundo rouba, mas roubar com elegância e segurança só com o Bom Apocalipse – onde o que você rouba continua sempre seu! É agora ou nunca, não marque bobeira, não seja o único do bairro a ficar de fora! Ladrões de todo o Brasil, uni-vos!”
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Curso online de comandos eletricos funciona
Um Curso Online de Comandos Elétricos com Certificado é excelente para quem não possui tempo suficiente e deseja economizar horas e horas com a ida até as escolas que oferecem cursos profissionalizantes. LIGAR: Estando sob tensão os bornes R,S ,T e circuito de comando. Apertando-se botão S2 a bobina do contator KM1 ( A1, A2) será energizada, esta ação faz fechar os contatos principais do contator KM1 (1 com 2; 3 com 4; 5 com 6) e contato de selo KM1 (13,14). A bobina se mantém energizada através do contato de selo KM1 (13,14) e motor funcionará.|A fonte de energia mais abundante disponível entre as energias renováveis é sol. Temas como lei da eletricidade, segurança elétrica, sistema de circuito, solda, esquemas de sistemas elétricos, Código Elétrico Nacional são alguns temas abordados nos melhores cursos. Além disso, eletricista residencial também poderá aprender sobre reparos e detecção de problemas, registro de problemas elétricos, interpretação de desenhos técnicos e muito mais.|Os cursos de Engenharia no Brasil geralmente são carregados de disciplinas técnicas que não necessariamente preparam aluno para mercado de trabalho de maneira completa. Como próprio nome já diz, este sistema realizará uma partida do motor trifásico em um fechamento estrela e após alguns segundos, quando motor já partiu, sistema irá migrar para fechamento triângulo, vale lembrar que intuito desta e de qualquer uma das partidas indiretas é reduzir a corrente elétrica no instante da partida (arranque) do motor elétrico trifásico.|Usamos energia solar, sendo 100% independentes da rede elétrica pública. A parceria eletrônica é um intenso relacionamento entre empresas que utilizam capacidades de e-business para criar um ambiente em que se compartilham melhorias nos negócios, benefícios mútuos e recompensas mútuas. Mais do que simplesmente uma interligação entre dois sistemas de negócio, a parceria eletrônica é um relacionamento estratégico focalizado sobre cliente dentro do qual as empresas trabalham juntas para otimizar a cadeia de valor conjunta” (Norris, 2001, p.7).}
{Argumentos como este postam em xeque os engenheiros que desenvolveram propulsor que ganhou prêmios e equipa carros na Europa, todo tipo de situação mesmo ou qualquer outro motor foram testados, se for comprar algo pra levar peso elevado certo seria você comprar um caminhão e não um carro.|Com efeito, nossa Constituição de 1988 é plena na afirmação de direitos. Ao determinar que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, e ao restabelecer as liberdades individuais e coletivas de opinião, de expressão, de reunião, de organização política, do pluripartidarismo, da promoção da cidadania, entre outras, ela reafirma os valores democráticos que haviam sido atingidos em períodos anteriores de nossa República. Assim, com a nova Constituição promoveu-se realinhamento do país com os chamados direitos de primeira geração, ou seja, os direitos civis e políticos.|Do panorama da geração de energia, termo biomassa abrange os derivados recentes de organismos vivos empregados como combustíveis ou para a sua produção. Do ponto de vista da ecologia, biomassa é a quantia total de matéria viva presente num ecossistema ou numa população animal ou vegetal. Os dois conceitos estão, portanto, interligados, embora sejam desiguais.|Por meio dessa visão significativa a respeito da importância das tecnologias de informação e comunicação (TIC), que se iniciou essa pesquisa, na qual busca-se investigar software Labirinto da Tabuada” como uma ferramenta de auxílio à aprendizagem e desenvolvimento de raciocínio-lógico ao ensino da disciplina de matemática.|Os gêneros textuais como suporte para a prática de produção de texto é uma maneira de desmistificar que escrever é difícil, é para quem é competente. Claro que a dificuldade está mais presente para aquele que não ler e que não aprende com a leitura, mas a competência está para todos que a estimulam e é dessa maneira que os trabalhos com produção de textos escritos podem interligar-se com as análises dos gêneros que circulam em nossa sociedade, ou seja, estes servirão de exemplos para textos futuros e, melhor ainda, criados pelos punhos dos próprios alunos.}
{Estes instrumentos foram utilizados e ainda são utilizados para facilitar processo de ensino aprendizagem. computador permitiu que uma nova modalidade de ensino consagrasse ensino à distância, pois embora já exista desde século XIX, foi com advento do computador que esta modalidade conseguiu resistir até os dias de hoje.|Outro bisonho disse que brasileiro já está acostumado a sub carros, íntegra do comment: ”Brasileiro cansado de fazer todas essas tarefas em seus Fiestas Endura, Unos Fiasa, Gols CHT e afins, que faziam 0 a 100 em mais de 19 segundos, agora não podem mais fazer em um carro que arranca em 14 segundos… Tá bom.” OMG. Se dependesse destas criaturas a Volks voltava a fazer Fusca, CHT seria usado até hoje, todos os tração traseira usariam eixo de torção, sem Air Bag e ABS.|Através de um sistema mecânico acionado manualmente pelo operador, contatos elétricos mudam de posição, desligando ou comutando posicionamento desses contatos. Desta forma, é possível ligar e desligar um motor, inverter sentido de rotação, mudar a velocidade e até mesmo criar um sistema de partida.|Circuitos elétricos podem ser bastante complexos. Mas você sempre terá uma fonte de eletricidade (uma bateria, etc.), um dispositivo (lâmpada, motor, etc.), e dois fios para carregar eletricidade entre a bateria e dispositivo. Os elétrons se movem da fonte para dispositivo, e novamente de volta à fonte.|Até agora, a tendência downsizing só era percebida em carros mais caros no Brasil, notadamente em modelos do segmento premium e alguns poucos de marcas tradicionais, entre elas a Volkswagen. No entanto, a marca alemã decidiu acelerar processo no mercado nacional e traz novo motor 1.0 TSI para seu compacto up!.}
{Para Moran, (2004) no entremeio, podem constituir novos formatos para as mesmas velhas concepções de ensino e aprendizagem, inscritas em um movimento de modernização conservadora, ou, ainda, em condições específicas, instaurar diferenças qualitativas nas práticas pedagógicas. Em síntese, a presença das TIC tem sido investida de sentidos múltiplos, que vão da alternativa de ultrapassagem dos limites postos pelas "velhas tecnologias", representadas principalmente por quadro-de-giz e materiais impressos, à resposta para os mais diversos problemas educacionais ou até mesmo para questões socioeconômico-políticas.|No estudo dos motores elétricos pudemos verificar que eles são feitos de duas partes: uma é eixo, onde se encontram vários circuitos elétricos, e a outra é fixa. Nesta, podemos encontrar tanto um par de ímãs como um par de bobinas. Em ambos os tipos de motor, princípio de funcionamento é mesmo, e giro do eixo é obtido quando uma corrente elétrica passa a existir nos seus circuitos. Nesta aula vamos entender melhor a natureza da força que faz mover os motores elétricos, iniciando com uma experiência envolvendo ímãs e bobinas.|Há dois anos era inaugurada a primeira fábrica de uma montadora chinesa fora da China. A Chery iniciava uma nova fase em sua trajetória no Brasil, com um aporte de US$ 430 milhões, capacidade produtiva de até 50 mil carros anos, com uma fábrica moderna, em uma área de 1 milhão de metros quadrados, a beira da Via Dutra, no Vale do Paraíba. Desde então, uma série de acontecimentos foi responsável por mudanças nos caminhos da empresa no País.|É exatamente a grande mobilidade dos gases propiciada pela circulação atmosférica com frequentes trocas de massa e a redução das concentrações de poluentes relativamente rápidas (em relação aos líquidos e em especial aos sólidos) que tornam de menor significado efeito poluidor direto dos resíduos gasosos sobre solo. Indiretamente, porém, a parte que precipita nas áreas urbanas pode chegar ao solo na forma de poluentes líquidos de processos industriais, principalmente, dos esgotos sanitários que não são lançados nas redes públicas de esgotos. Tanto uns como outros podem chegar ao solo como parte de um procedimento técnico de tratamento de resíduos líquidos por aplicação ao solo ou, como consequência de descuido e descaso, serem aí simplesmente lançados. (BRAGA et al, 2005).|A Partida direta, coordenada com fusível destina-se a máquinas que partem em vazio ou com carga em partidas normais (< 10 s). Relé de sobrecarga deve ser ajustado para a corrente de serviço (nominal do motor) e a freqüência de manobras é de até 15 manobras por hora. Este tipo de partida esta previsto na norma de proteção IEC 60.947-4, que visa a eliminar os riscos para as pessoas e instalações, ou seja, desligamento seguro da corrente de curto-circuito. Não pode haver danos ao relé de sobrecarga ou outro dispositivo, com exceção de leve fundição dos contatos do contator e estes permitam fácil separação sem deformação significativa.}
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