#débora mesa
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milksockets · 10 months ago
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débora mesa in breaking ground: architecture by women - jane hall (2019)
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tecontos · 14 days ago
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Realizei o desejo dele na quinta feira passada (16-01-2025)
By; Debora
Oi eu sou a Débora uma 50tona gostosa e bonita, Já faz tempo que meu marido me pede para dar um belo par de chifre para ele e eu sempre me controlando por não achar certo isso, más como diz o ditado “Agua mole em pedra dura, tanto bate até que fura” a ideia e o desejo começou a me pegar também e por várias vezes quando vamos fazer sexo penso em outro me comendo ou me chupando, e se falo isso pra ele, fica evidente o tesão que ele tem disso e continua me incentivando pra acontecer de verdade.
Na quinta-feira passada ele me convidou para irmos até uma casa de danças em SP. Onde já havíamos ido a muito tempo atrás, o Zais, sabendo que iríamos lá eu me arrumei bem do jeito que o marido gosta bem putinha pra todos desejarem, coloquei uma calça branca bem colada, um fio dental no rabo e uma blusinha com um grande decote nas costas e tbm na frente onde os peitos ficavam parcialmente a mostra e o mais importante sem sutiã, se eu me abaixasse só um pouco já dava pra ver até os biquinhos.
Chegamos e começamos a beber um pouco de vodka com agua de coco, e na segunda dose eu já começo a me soltar e dançar sozinha em frente a mesa, o corno de proposito dá várias saídas dizendo que vai no banheiro ou fumar, então eu vi um moreno alto e muito bonito bem próximo e quando ele me olhou eu abri um belo sorriso quase chamando e ele entendeu, veio e me tirou para dançar coisa que eu adoro fazer é dançar um samba, foi super gostoso ele dançava muito, más sempre tirando uma casquinha e esfregando nos meus peitos e a mão na bunda era inevitável, sei que só de erguer o braço pra dançar ele via meus biquinhos do peito e notei ele olhando muitas vezes, e vou dizer se vc nunca se vestiu assim é só tentar dá um tesão danado.
Assim que terminou a sessão de samba ficamos conversando um pouco ali mesmo e nos apresentamos, o seu nome é Sergio, papo vai, papo vem e eu olhei e vi o meu marido corno nos olhando, logo começou um sertanejo romântico e voltamos a dançar, aí é que a coisa começou a ficar boa, os rostos colados e ele começou a me dar uns apertos que me deixava louca, ele começou a discretamente passar a mão em meus peitos e eu me lembrei das coisas que meu marido falava pra não ser fresca e então deixei acontecer como tinha que ser.
Aproveitei que estávamos de rosto colado e dei um beijinho em seu pescoço e ele sem perder tempo me agarrou gostoso e me deu um delicioso beijo enfiando a língua na minha boca, ali na frente de todos, eu fiquei até mole ele me engolia literalmente cheguei a perder o rumo com aquele beijo delicioso até me esqueci que era casada, ainda dançando senti um volume que crescia e nem pensei, passei a mão sendo bem discreta, senti um pau bem grande, aquilo foi ficando gostoso quente e perigoso, os meus pensamentos viajavam e eu estava realmente desejando aquele homem que continuava a me bolinar, ele conseguia enfiar a mão por trás na minha calça e dizia que minha bunda era deliciosa.
Ao final da seleção de músicas fomos para a mesa de mãos dadas e o meu marido estava lá sentado, foi quando eu os apresentei, o Sérgio ficou assustado em saber que eu era casada e aquele era o meu marido, más eu não soltei a mão dele e me sentei ali na frente e bem colada no meu novo paquera e logo de cara e na frente do marido dei um longo beijo no Sérgio, então eu falei;
- “corno vá fumar”
E o meu marido sem falar nada se levantou e foi fumar, continuamos nos beijando e esfregando como podia, e então na conversa ele me pediu para irmos para um local mais tranquilo, eu peguei o meu celular e passei um watsaap para o corno do marido e informei que estava saindo com o Sérgio.
Fomos até o carro dele onde começamos a nos beijar e as passadas de mão eram por todo o corpo, seguimos até um motel ali próximo, quando chegamos ele me beijava, apertava e parecíamos dois loucos por sexo e amor se descobrindo, estava tudo muito bom, eu só assustei um pouco com o tamanho do pau dele que era muito maior que o do meu marido, bem grosso e grande, quase não cabia em minha boca, fizemos sexo algumas vezes com várias posições ele me pegava em várias posições eu estava totalmente entregue e dominada, foi tudo absurdamente gostoso e eu gozei 4 vezes, sendo duas com ele chupando e alisando minha boceta e duas com a rola toda atolada dentro de mim, a melhor mesmo foi eu sentada cavalgando naquela rola deliciosa e inesquecível.
Após isso tudo liguei para o marido e retornei lá para o Zais que já estava terminando, e ali na rua em frente que eu saí do carro do Sérgio e fui para o carro do meu marido corno e feliz, o sorriso dele estava de orelha a orelha e o meu também, fomos conversando e seguimos para o mesmo Motel, lá eu passei a contar tudo o que havia feito com o Sérgio em detalhes e passamos a noite fodendo e ele me chupando muito dizendo que estava sentindo o gosto do outro e que me amava a cada dia mais e estava muito feliz com tudo o que estava acontecendo.
E o momento que ele mais gostou e ficou ainda mais feliz ainda foi quando eu disse que queria uma noite completa com ele e o Sérgio juntos e os dois me comendo e fodendo muito a noite toda ou quem sabe um final de semana em uma casa alugada na praia, meu marido corno disse, deixa que eu arrumo uma casa e pago tudo só pra te ver feliz e gozando muito.
Acho que eu tenho um marido maravilhoso.
Enviado ao Te Contos por Debora
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ocombatente · 11 months ago
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Programa de Alfabetização do estado de Rondônia é discutido na 1ª Reunião do Comitê Estratégico Estadual
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Dentro da programação foram abordados a crise hídrica, o Programa Ir e Vir e  o Transcolar Rural   A 1ª Reunião Ordinária do Comitê Estratégico Estadual do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada foi realizada nos dias 15 e 16 de fevereiro, para discutir o Programa de Alfabetização (Proalfa) do estado de Rondônia. O evento aconteceu no Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional (Idep), em Porto Velho, e contou com a presença dos representantes das secretarias municipais de Educação dos 52 municípios. O Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada é um regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e municípios, com o intuito de unir esforços para garantir o direito à alfabetização de todas as crianças do país. O objetivo é assegurar que as crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao final do 2° ano do ensino fundamental, além da recomposição das aprendizagens, com foco na alfabetização das crianças matriculadas no 3°, 4° e 5° ano. Dentro da programação, foram abordados sobre o Programa Ir e Vir e o “Transcolar Rural”. Dando continuidade às atividades, o coordenador de articulação com os municípios, Augusto Leite realizou a primeira apresentação do Programa. Segundo a secretária adjunta de Educação do Estado, Débora Lúcia Raposo, a proximidade dos municípios com o Estado, a fim de colocar em prática a ação e, no decorrer, propor soluções imediatas caso surjam. “O Programa garante que, ao final de quatro anos, sejam investidos mais de 114 milhões de reais na alfabetização do Estado, ressaltou. Para a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), e também secretária municipal de Educação de Santa Luzia d’Oeste, Luslarlene Umbelina, a gestão tem valorizado a educação como instrumento de transformação. No encontro, estiveram presentes a secretária adjunta de Educação do estado de Rondônia, Débora Raposo; a presidente da Undime, Luslarlene Umbelina; presidente do Idep, Adir Josefa de Oliveira e a articuladora estadual de Gestão e Formação da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa), Anelisa Prazeres de Souza, que também compuseram a mesa de autoridade. Read the full article
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diarioelpepazo · 1 year ago
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El acto inaugural estará a cargo del gobernador del estado Nueva Esparta, Morel Rodríguez Ávila, quien estará acompañado de autoridades regionales, nacionales y representantes del sector empresarial [caption id="attachment_88878" align="aligncenter" width="612"] La isla de Margarita preparada para la BTM. Foto Cortesía[/caption] Marianela Peñate Todo está listo para recibir a los representantes del turismo regional, nacional e internacional del 28 al 30 de septiembre, en el Centro de Convenciones Sambil Margarita, escenario donde se realizará la Bolsa Turística de Margarita 2023. La presidenta de Corpotur, Griselda Contreras, nuevamente resaltó que el objetivo de estas mesas de trabajo y negociaciones es fomentar el intercambio de información y oportunidades entre los diversos actores del sector turístico, incluyendo agencias de viajes, operadores turísticos, hoteles, aerolíneas y organizaciones públicas y privadas relacionadas con el turismo a escala nacional. Se efectuarán diversas actividades, iniciando, el jueves a las 11:00 a.m. con la inauguración a cargo del gobernador del estado Nueva Esparta, Morel Rodríguez Ávila, junto a un grupo de invitados especiales de diferentes regiones y otros países como Colombia y España. Contreras reiteró que el estado Táchira es uno de los invitados especiales, pero además asistirán a la BTM 2023, presidentes de las Cámaras de Turismo de Mérida y Ciudad Bolívar, así como de Cúcuta – Colombia y una representante de agencias de Madrid. Se dispondrá de 91 stands, un salón para las mesas de trabajo y negociaciones, así como para las conferencias, además áreas para la gastronomía, emprendedores y artesanos y se llevarán a cabo eventos culturales. Durante los tres días se realizarán las mesas de negocios desde las 9:00 a.m. hasta las 7:00 p.m. Hasta este martes 26 de septiembre se han registrado 400 personas para las consultas de negocios. Ponencias Desde las tres de la tarde se efectuarán las ponencias enfocadas bajo el lema establecido por la Organización Mundial del Turismo “Turismo e inversiones verdes”. Se contará con una serie de expertos en el sector turismo y empresarial regional y nacional, entre ellos: presidente de Fedecámaras regional, Jesús Irausquín quien disertará sobre el Impacto del Turismo en la Economía de Nueva Esparta; la Débora Gracia expondrá sobre el aporte del Turismo al desarrollo humano de las comunidades locales; Anaís Toro nos llevará a recorrer las maravillas del Ecoturismo en Margarita. Entre los ponentes también estará la presidenta de Corpotur, Griselda Contreras, quien resaltará los desafíos para la recuperación del Turismo en Margarita, así como Álvaro Montenegro, quien hará referencia sobre el periodismo como herramienta positiva de difusión turística. Apoyo incondicional Una vez más, la presidenta de Corpotur, resaltó el respaldo por parte de representantes de las cámaras de la región, así como de Fedecámaras, líneas aéreas, hoteles y operadores turísticos, que han respaldado desde el día uno la realización de este evento. Recordó que los interesados en participar en las mesas de negociaciones solo deben registrarse en la página www.btm-2023.com. La participación es gratuita. Para recibir en tu celular esta y otras informaciones, únete a nuestras redes sociales, síguenos en Instagram, Twitter y Facebook como @DiarioElPepazo El Pepazo/Prensa Corpotur
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vocativocom · 1 year ago
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Deputados do Amazonas aprovam Auxílio Saúde de R$ 4 mil
Os deputados estaduais do Amazonas aprovaram a criação de um "Auxílio Saúde" no valor de R$ 4 mil. Relatoras Projeto de Resolução Legislativa nº 68 foram as deputadas Débora Menezes (PL-AM) e Alessandra Campelo (Podemos)
Os deputados estaduais do Amazonas aprovaram a criação de um “Auxílio Saúde” no valor de R$ 4 mil. Toda a tramitação e a votação do Projeto de Resolução Legislativa nº 68 aconteceu nesta quinta-feira (21/09/2023) e foi assinado pela mesa diretora da casa em conjunto. O projeto teve a relatoria das deputadas Débora Menezes (PL-AM) na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e Alessandra…
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amazoniaonline · 2 years ago
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headlinerportugal · 2 years ago
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Captain Boy no regresso à “cidade mais bonita do mundo” | Reportagem
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O Teatro Nacional D. Maria II promoveu o evento de pensamento Cenários Passados, na cidade de Guimarães, de 30 de março a 1 de abril. Foram três dias dedicados ao pensamento e à reflexão, partindo do percurso da Odisseia Nacional e do trabalho regional, com um olhar agregador sobre as respetivas realidades locais.
O evento Cenários Passados decorreu em vários espaços da cidade de Guimarães e foi composto por debates, conversas, mesas redondas e conferências, mas também por concertos, showcases, uma leitura encenada e um espetáculo internacional.
Participei apenas de um evento, fui ao concerto de Captain Boy, realizado no Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor. Aconteceu na passada noite de quinta-feira, dia 30 de março e teve entrada gratuita. O vimaranense Pedro Ribeiro teve assim a oportunidade de mostrar algumas das suas mais recentes canções, salpicadas de um tom folk, para uma audiência familiar. O músico revelou ser um “prazer enorme voltar a casa” afirmando ser “a cidade mais bonita do mundo”. Ao contrário de outras ocasiões mais recentes ao vivo, desta vez, Pedro fez-se acompanhar por Giliano Boucinha (guitarra e piano). Este músico faz parte dos Paraguaii e tem a o seu projeto a solo como Tyroliro.
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Pedro Ribeiro e Giliano Boucinha [mais fotos clicar aqui] Fora de portas a temperatura não era desagradável porém salpicada por alguns pingos de chuva. O Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor foi, portanto, um lugar acolhedor para saborear as minhas bebidas de eleição enquanto escutava os artistas.
No ano passado Captain Boy lançou o seu LP ‘Domingos Lentos’, rompendo com o hábito das composições em inglês. São 8 faixas totalmente em português e algumas delas apresentadas nesta performance. A abertura deste concerto aconteceu com a faixa que dá nome a este último registo discográfico.
‘Música de Meias’, o álbum lançado em 2021, foi lembrado por ter sido composto durante a pandemia e o tema “Rir e Voltar” foi interpretado. Outro recuo no tempo aconteceu ao disco 'Memories and Bad Photographs' e o tema que o artista vimaranense escolheu interpretar foi “Carminda”, uma canção dedicada à sua av��.
O seu companheiro de armas Giliano Boucinha fez nesse 30 de março mais um aniversário. Numa saída breve de palco, mesmo nada improvisada, pediu para o público cantar os parabéns ao artista que faz parte dos Paraguaii e que tem a sua carreira a solo como Tyroliro. No regresso, Pedro Ribeiro assinou o momento mais tocante da noite. Revelou que iria interpretar “True Love Will Find You In The End” a pedido da esposa e filha de Giliano (presentes na audiência) numa surpresa comovente. Foi um momento bem tocante e alegre.
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Giliano Boucinha, o aniversariante do dia [mais fotos clicar aqui]
Esse tema de Daniel Johnston foi merecedor de uma colaboração de Pedro Ribeiro com Débora Umbelino. Ocasião em que ambos, como Captain Boye Surma, fizeram uma versão, bem conseguida, diga-se de passagem.
O concerto terminou com “Só Se Estraga Uma Casa” do mais recente álbum ‘Domingos Lentos’. Outros temas como “Cactos” ou “Peito Cansado” foram igualmente interpretados durante a hora que a performance durou.
A performance do Puto Capitão da voz rouca, em versão duo, foi bem aprazível num espaço acolhedor e agradável. Merecia um público um pouco mais entusiasta. Feitas as contas, foi um final de quinta-feira bem positivo.
Vejam toda a foto-reportagem: clicar aqui
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Texto: Edgar Silva Fotografia: Jorge Nicolau
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keepingitneutral · 4 years ago
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Ca’n Terra, Menorca Island, Spain,
Ensamble Studio
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keliv1 · 2 years ago
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Sobre semeaduras e sonhos
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Escrevo este texto em plena segunda-feira, dia 7, num dia nublado e frio, aqueles que só dá vontade de dormir. E admito: dormi muito.
Acordei atrasada, arrancando os tampões dos ouvidos e pulando da cama, “trupicando”.
Na mesa ao lado, uma sacola de papel, carimbada com o nome “editora Hortelã”. Dentro, alguns exemplares de “Alguns verbos para o jardim de J.”. Ao lado, alguns envelopes, já com livros dentro deles.
Ligo o celular e revejo as fotos. Mesmo sem Instagram, vi que nos perfis da editora e da Biblioteca Pública Raimundo de Menezes, nesta São Miguel Paulista que me viu crescer, posts com fotos e vídeo do lançamento do livro, que aconteceu no sábado, dia 5, numa manhã ensolarada e fria, mas quente de corações e carinhos.
Sim, o livro saiu.
Sim, a semente germinou e se fez fruto.
Sim, preciso que isso venda, minha gente!
Brincadeiras à parte, mano, que sábado! Melhor, mano, que semana!
Passei a sexta-feira inteira ajudando minha mãe na cozinha. Fiz um bolo vegano para o pessoal ter uma imersão em comer sem crueldade, como Joia, personagem desse livro que escrevi, também se alimenta. Já minha mãe, preparou um bolo de cenoura e uma torta de legumes, como aquelas que a gente levava nas excursões de escola (claro, agora com várias adaptações, já que me tornei flexitariana e por conta da saúde, não como mais farinha branca).
Ainda tive de responder a recenseadora do Censo 2022 (finalmente)!
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Naquele sábado, coloquei tudo numa sacola e já me preparando para sair, minha mãe chegou, após uma consulta médica. Saímos com o coração na mão e sorriso nos lábios, a pé, já que a biblioteca é bem pertinho.
Meia hora depois, conforme combinado, o pessoal da editora chegou. Quando falo “pessoal”, parece um batalhão, mas era um casal, a Débora e Jorge, duas pessoas tão fofas que parecem terem saído de um musical dos anos 50, rodopiando com livros, sorrisos e palavras de carinho.
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Fiquei feliz em rever a Jeane Silva (já falei dela aqui), psicóloga e amiga, que, durante o lançamento falou de como minha experiência no mundo da literatura a impactou tanto. Ainda, de quebra, veio a Cindy, amiga dela que também sonha em ser escritora.
Sonho.
Nunca lembro dos meus sonhos quando sonho. Deve ser porque eles vão se materializando na minha frente, germinando e crescendo, e quando acho que não se realizaram, cá estão, brilhando, dando passagem, desenvolvendo. Dando frutos, sorrindo.
Quem me conhece sabe que gosto de deixar lembranças físicas: dobrei 150 origamis e costurei um a um, numa filipeta de agradecimento. E sim, o bordado da árvore agora habita a casa da Débora e do Jorge, que, na ocasião, montaram uma lojinha da editora e colocaram o bordado ali. Veio também a orquídea da casa da Débora e do Jorge, dizer “oi, Keli! Tô famosa também”!
Fiquei feliz demais pela Jaqueline (jovem aprendiz), que ganhou no sorteio de um exemplar, pelo Ronaldo, funcionário da biblioteca, que escolheu subir ao espaço de eventos e assistir essa maluca aqui falando e gesticulando sem parar. Ele comprou um exemplar, me pediu um autógrafo, foto e, timidamente, me disse com um sorriso no olhar: “Gosto muito de literatura. E desejo a você ainda mais sucesso”.
Feliz também que, mais uma vez, terei um livro como parte da biblioteca. Na ocasião, foram doados três exemplares para compor os acervos de pesquisa, empréstimo e de memória de escritores e fatos de São Miguel Paulista. O primeiro livro que lancei, “São Miguel em (uns) 20 contos contados” também faz parte.
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Não foi fácil, durante a conversa ler um trecho de “Alguns verbos...”: a voz embargou, os óculos e olhos idem, mas a alegria se demonstrou pelo silêncio que fiz ao final da conversa.
Tudo depende de tudo.
E tudo pode ser lindo, quando se está com coração aberto.
Era para eu escrever esse texto de forma formal (rs!), pois vou enviar para alguns veículos (preciso que essa editora fique famosa, gente!), mas não deu.
Saiu assim. E assim tá lindo!
Agradeço demais à Biblioteca Raimundo de Menezes, na figura da Cleide Mascarenhas, por, mais uma vez, disponibilizar o espaço, à editora Hortelã, pela oportunidade (e amizade) e a todo mundo, ao Universo, pela acolhida.
Bom, agora, passo o chapéu: se quiser adquirir o livro, é neste link.
E que venham novas colheitas.
E, claro, novas semeaduras.
Tudo certo!
(As imagens deste post foram feitas por Jeane Silva, Débora Ribeiro e equipe da biblioteca. E claro, selfie é selfie, rs!)      
Mais fotos do evento aqui
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earthshiptrooper · 4 years ago
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From quarry to sublim. Ca’n Terra by Ensamble Studio, Spain, Antón García-Abril and Débora Mesa.
"Our goal is to touch the space very gently, to add the necessary elements to make it inhabitable and therefore preserve it and give it new meaning and new life," Mesa says. "It’s a project that found us. It’s something we came across; we found meaning in it, and once we saw it, it was probably the architect in us who just couldn’t ignore it." 
Text and photos on article at Dwell : https://www.dwell.com/article/can-terra-ensamble-studio-46d511fc
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ocombatente · 11 months ago
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Programa de Alfabetização do estado de Rondônia é discutido na 1ª Reunião do Comitê Estratégico Estadual
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Dentro da programação foram abordados a crise hídrica, o Programa Ir e Vir e  o Transcolar Rural   A 1ª Reunião Ordinária do Comitê Estratégico Estadual do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada foi realizada nos dias 15 e 16 de fevereiro, para discutir o Programa de Alfabetização (Proalfa) do estado de Rondônia. O evento aconteceu no Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional (Idep), em Porto Velho, e contou com a presença dos representantes das secretarias municipais de Educação dos 52 municípios. O Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada é um regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e municípios, com o intuito de unir esforços para garantir o direito à alfabetização de todas as crianças do país. O objetivo é assegurar que as crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao final do 2° ano do ensino fundamental, além da recomposição das aprendizagens, com foco na alfabetização das crianças matriculadas no 3°, 4° e 5° ano. Dentro da programação, foram abordados sobre o Programa Ir e Vir e o “Transcolar Rural”. Dando continuidade às atividades, o coordenador de articulação com os municípios, Augusto Leite realizou a primeira apresentação do Programa. Segundo a secretária adjunta de Educação do Estado, Débora Lúcia Raposo, a proximidade dos municípios com o Estado, a fim de colocar em prática a ação e, no decorrer, propor soluções imediatas caso surjam. “O Programa garante que, ao final de quatro anos, sejam investidos mais de 114 milhões de reais na alfabetização do Estado, ressaltou. Para a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), e também secretária municipal de Educação de Santa Luzia d’Oeste, Luslarlene Umbelina, a gestão tem valorizado a educação como instrumento de transformação. No encontro, estiveram presentes a secretária adjunta de Educação do estado de Rondônia, Débora Raposo; a presidente da Undime, Luslarlene Umbelina; presidente do Idep, Adir Josefa de Oliveira e a articuladora estadual de Gestão e Formação da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa), Anelisa Prazeres de Souza, que também compuseram a mesa de autoridade. Read the full article
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lunalania-blog · 6 years ago
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Arquitectura en 5 sesiones de TED Talk
Arquitectura en 5 sesiones de TED Talk
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5 arquitectos nos muestran versiones diferentes de la concepción, comunicación y forma de vivir la arquitectura en estas charlas de Ted Talk.
Impresionantes edificios hechos de materiales crudos, imperfectos Débora Mesa Molina, Arquitecta // TED Salon: Radical Craft | November 2018
¿Qué se necesitaría para reimaginar los límites…
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mahatmaya · 4 years ago
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Sem Ana, Blues
Quando Ana me deixou - essa frase ficou na minha cabeça, de dois jeitos - e depois que Ana me deixou. Sei que não é exatamente uma frase, só um começo de frase, mas foi o que ficou na minha cabeça. Eu pensava assim: quando Ana me deixou - e essa não-continuação era a única espécie de não continuação que vinha. Entre aquele quando e aquele depois, não havia nada mais na minha cabeça nem na minha vida além do espaço em branco deixado pela ausência de Ana, embora eu pudesse preenchê-lo - esse espaço branco sem Ana - de muitas formas, tantas quantas quisesse, com palavras ou ações. Ou não-palavras e não-ações, porque o silêncio e a imobilidade foram dois dos jeitos menos dolorosos que encontrei, naquele tempo, para ocupar meus dias, meu apartamento, minha cama, meus passeios, meus jantares, meus pensamentos, minhas trepadas e todas essas outras coisas que formam uma vida com ou sem alguém como Ana dentro dela. Quando Ana me deixou, eu fiquei muito tempo parado na sala do apartamento, cerca de oito horas da noite, com o bilhete dela nas mãos. No horário de verão, pela janela aberta da sala, à luz das oito horas da noite podiam-se ainda ver uns restos dourados e vermelho deixados pelo sol atrás dos edifícios, nos lados de Pinheiros. Eu fiquei muito tempo parado no meio da sala do apartamento, o último bilhete de Ana nas mãos, olhando pela janela os dourados e o vermelho do céu. E lembro que pensei agora o telefone vai tocar, e o telefone não tocou, e depois de algum tempo em que o telefone não tocou, e podia ser Lucinha da agência ou Paulo do cineclube ou Nelson de Paris ou minha mãe do Sul, convidando para jantar, para cheirar pó, para ver Nastassia Kinski nua, pergunrando que tempo fazia ou qualquer coisa assim, então pensei agora a campainha vai tocar. Podia ser o porteiro entregando alguma dessas criancinhas meio monstros de edifício, que adoram apertar as campainhas alheias, depois sair correndo. Ou simples engano, podia ser. Mas a campainha também não tocou, e eu continuei por muito tempo sem salvação parado ali no centro da sala que começava a ficar azulada pela noite, feito o interior de um aquário, o bilhete de Ana nas mãos, sem fazer absolutamente nada além de respirar. Depois que Ana me deixou - não naquele momento exato em que estou ali parado, porque aquele momento exato é o momento-quando, não o momento-depois, e no momento-quando não acontece nada dentro dele, somente a ausência da Ana, igual a uma bolha de sabão redonda, luminosa, suspensa no ar, bem no centro da sala do apartamento, e dentro dessa bolha é que estou parado também, suspenso também, mas não luminoso, ao contrário, opaco, fosco, sem brilho e ainda vestido com um dos ternos que uso para trabalhar, apenas o nó da gravata levemente afrouxado, porque é começo de verão e o suor que escorre pelo meu corpo começa a molhar as mãos e a dissolver a tinta das letras no bilhete de Ana - depois que Ana me deixou, como ia dizendo, dei para beber, como é de praxe. De todos aqueles dias seguintes, só guardei três gostos na boca - de vodca, de lágrima e de café. O de vodca, sem água nem limão ou suco de laranja, vodca pura, transparente, meio viscosa, durante as noites em que chegava em casa e, sem Ana, sentava no sofá para beber no último copo de cristal que sobrara de uma briga. O gosto de lágrimas chegava nas madrugadas, quando conseguia me arrastar da sala para o quarto e me jogava na cama grande, sem Ana, cujos lençóis não troquei durante muito tempo porque ainda guardavam o cheiro dela, e então me batia e gemia arranhando as paredes com as unhas, abraçava os travesseiros como se fossem o corpo dela, e chorava e chorava e chorava até dormir sonos de pedra sem sonhos. O gosto de café sem açúcar acompanhava manhãs de ressaca e tardes na agência, entre textos de publicidade e sustos a cada vez que o telefone tocava. Porque no meio dos restos dos gostos de vodca, lágrima e café, entre as pontadas na cabeça, o nojo da boca do estômago e os olhos inchados, principalmente às sextas-feiras, pouco antes de desabarem sobre mim aqueles sábados e domingos nunca mais
com Ana, vinha a certeza de que, de repente, bem normal, alguém diria telefone-para-você e do outro lado da linha aquela voz conhecida diria sinto-falta-quero-voltar. Isso nunca aconteceu. O que começou a acontecer, no meio daquele ciclo do gosto de vodca, lágrima e café, foi mesmo o gosto de vômito na minha boca. Porque no meio daquele momento entre a vodca e a lágrima, em que me arrastava da sala para o quarto, acontecia às vezes de o pequeno corredor do apartamento parecer enorme como o de um transatlântico em plena tempestade. Entre a sala e o quarto, em plena tempestade, oscilando no interior do transatlântico, eu não conseguia evitar de parar à porta do banheiro, no pequeno corredor que parecia enorme. Eu me ajoelhava com cuidado no chão, me abraçava na privada de louça amarela com muito cuidado, com tanto cuidado como se abraçasse o corpo ainda presente de Ana, guardava prudente no bolso os óculos redondos de armação vermelhinha, enfiava devagar a ponta do dedo indicador cada vez mais fundo na garganta, até que quase toda a vodca, junto com uns restos de sanduíches que comera durante o dia, porque não conseguia engolir quase mais nada, naqueles dias, e o gosto dos muitos cigarros se derramassem misturados pela boca dentro do vaso de louça amarela que não era o corpo de Ana. Vomitava e vomitava de madrugada, abandonado no meio do deserto como um santo que Deus largou em plena penitência - e só sabia perguntar por que, por que, por que, meu Deus, me abandonaste? Nunca ouvi a resposta. Um pouco depois desses dias que não consigo recordar direito - nem como foram, nem quantos foram, porque deles só ficou aquele gosto de vômito, misturados, no final daquela fase, ao gosto das pizzas, que costumava perdir por telefone, principalmente nos fins-de-semana, e que amanheciam abandonadas na mesa da sala aos sábados, domingos e segundas, entre cinzeiros cheios e guardanapos onde eu não conseguia decifrar as frases que escrevera na noite anterior, e provavelmente diziam banalidades, como volta-para-mim-Ana ou eu-não-consigo-viver-sem-você, palavras meio derretidas pelas manchas do vinho, pela gordura das pizzas -, depois daqueles dias começou o tempo em que eu queria matar Ana dentro de tudo aquilo que era eu, e que incluía aquela cama, aquele quarto, aquela sala, aquela mesa, aquele apartamento, aquela vida que tinha se tornado a minha depois que Ana me deixou. Mandei para a lavanderia os lençóis verde-clarinhos que ainda guardavam o cheiro de Ana - e seria cruel demais para mim lembrar agora que cheiro era esse, aquele, bem na curva onde o pescoço se transforma em ombro, um lugar onde o cheiro de nenhuma pessoa é igual ao cheiro de outra pessoa -, mudei os móveis de lugar, comprei um Kutka e um Gregório, um forno microondas, fitas de vídeo, duas dúzias de copos de cristal, e comecei a trazer outras mulheres para casa. Mulheres que não eram Ana, mulheres que jamais poderiam ser Ana, mulheres que não tinham nem teriam nada a ver com Ana. Se Ana tinha os seios pequenos e duros, eu as escolhia pelos seios grandes e moles, se Ana tinha os cabelos quase louros, eu as trazia de cabelos pretos, se Ana tivesse a voz rouca eu a selecionava pelas vozes estridentes que gemiam coisas vulgares quando estávamos trepando, bem diversas das que Ana dizia ou não dizia, ela nunca dizia nada além de amor-amor ou meu-menino-querido, passando dos dedos da mão direita na minha nuca e os dedos da mão esquerda pelas minhas costas. Vieram Gina, a das calcinhas pretas, e Lilian, a dos olhos verdes frios, e Beth, das coxas grossas e pés gelados, e Marilene, que fumava demais e tinha um filho, e Mariko, a nissei que queria ser loura, e também Marta, Luiza, Creuza, Júlia, Débora, Vivian, Paula, Teresa, Luciana, Solange, Maristela, Adriana, Vera, Silvia, Neusa, Denise, Karina, Cristina, Marcia, Nadir, Aline e mais de 15 Marias, e uma por uma das garotas ousadas da Rua Augusta, com suas botinhas brancas e minissaia de couro, e destas moças que anunciam especialidades nos jornais. Eu acho que já vim aqui uma vez, alguma dizia, e eu falava não lembro,
pode ser, esperando que tirasse a roupa enquanto eu bebia um pouco mais para depois tentar entrar nela, mas meu pau quase nunca obedecia, então eu afundava a cabeça nos seus peitos e choramingava babando sabe, depois que Ana me deixou eu nunca mais, e mesmo quando meu pau finalmente endurecia, depois que eu conseguia gozar seco ardido dentro dela, me enxugar com alguma toalha e expulsá-la com um cheque cinco estrelas, sem cruzar ¿ então eu me jogava de bruços na cama e pedia perdão à Ana por traí-la assim, com aquelas vagabundas. Trair Ana, que me abandonara, doía mais que ela ter me abandonado, sem se importar que eu naufragasse toda noite no enorme corredor de transatlântico daquele apartamento em plena tempestade, sem salva-vidas. Depois que Ana me deixou, muitos meses depois, veio o ciclo das anunciações, do I Ching, dos búzios, cartas de Tarot, pêndulos, vidências, números e axés ¿ ela volta, garantiam, mas ela não voltava - e veio então o ciclo das terapias de grupo, dos psicodramas, dos sonhos junguianos, workshops transacionais, e veio ainda o ciclo da humildade, com promessas à Santo Antônio, velas de sete dias, novenas de Santa Rita, donativos para as pobres criancinhas e velhinhos desamparados, e veio depois o ciclo do novo corte de cabelos, da outra armação para os óculos, guarda-roupa mais jovem, Zoomp, Mister Wonderful, musculação, alongamento, yoga, natação, tai-chi, halteres, cooper, e fui ficando tão bonito e renovado e superado e liberado e esquecido dos tempos em que Ana ainda não tinha me deixado que permiti, então, que viesse também o ciclo dos fins de semana em Búzios, Guarajá ou Monte Verde e de repente quem sabe Carla, mulher de Vicente, tão compreensiva e madura, inesperadamente, Mariana, irmã de Vicente, transponível e natural em seu fio dental metálico, por que não, afinal, o próprio Vicente, tão solícito na maneira como colocava pedras de gelo no meu escocês ou batia outra generosa carreira sobre a pedra de ágata, encostando levemente sua musculosa coxa queimada de sol e o windsurf na minha musculosa coxa também queimada de sol e windsurf. Passou-se tanto tempo depois que Ana me deixou, e eu sobrevivi, que o mundo foi se tornando ao poucos um enorme leque escancarado de mil possibilidades além de Ana. Ah esse mundo de agora, assim tão cheio de mulheres e homens lindos e sedutores interessantes e interessados em mim, que aprendi o jeito de também ser lindo, depois de todos os exercícios para esquecer Ana, e também posso ser sedutor com aquele charme todo especial de homem-quase-maduro-que-já-foi-marcado-por-um-grande-amor-perdido, embora tenha a delicadeza de jamais tocar no assunto. Porque nunca contei à ninguém de Ana. Nunca ninguém soube de Ana em minha vida. Nunca dividi Ana com ninguém. Nunca ninguém jamais soube de tudo isso ou aquilo que aconteceu quando e depois que Ana me deixou. Por todas essas coisas, talvez, é que nestas noites de hoje, tanto tempo depois, quando chego do trabalho por volta das oito horas da noite e, no horário de verão, pela janela da sala do apartamento ainda é possível ver restos de dourados e vermelhos por trás dos edifícios de Pinheiros, enquanto recolho os inúmeros recados, convites e propostas da secretária eletrônica, sempre tenho a estranha sensação, embora tudo tenha mudado e eu esteja muito bem agora, de que este dia ainda continua o mesmo, como um relógio enguiçado preso no mesmo momento - aquele. Como se quando Ana me deixou não houvesse depois, e eu permanecesse até hoje aqui parado no meio da sala do apartamento que era o nosso, com o último bilhete dela nas mãos. A gravata levemente afrouxada no pescoço, fazia e faz tanto calor que sinto o suor escorrer pelo corpo todo, descer pelo peito, pelos braços, até chegar aos pulsos e escorregar pela palma das mãos que seguram o último bilhete de Ana, dissolvendo a tinta das letras com que ela compôs palavras que se apagam aos poucos, lavadas pelo suor, mas que não consigo esquecer, por mais que o tempo passe e eu, de qualquer jeito e sem Ana, vá em frente. Palavras que dizem coisas duras, secas, simples,
arrevogáveis. Que Ana me deixou, que não vai voltar nunca, que é inútil tentar encontrá-la, e finalmente, por mais que eu me debata, que isso é para sempre. Para sempre então, agora, me sinto uma bolha opaca de sabão, suspensa ali no centro da sala do apartamento, à espera de que entre um vento súbito pela janela aberta para levá-la dali, essa bolha estúpida, ou que alguém espete nela um alfinete, para que de repente estoure nesse ar azulado que mais parece o interior de um aquário, e desapareça sem deixar marcas.
Caio Fernando Abreu
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spacetravels · 5 years ago
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mando’s  favorite ted talks masterpost
WELCOME TO MY TEDTALK WHERE I SHARE MY FAVORITE TEDTALKS!! (last updated: apr 8 2020)
i have provided titles, speakers, and time duration. all of these come with transcripts if you prefer to read (in multiple languages!) instead of watch! i have also tried to organize these by categories, but there is also a lot of overlap!! just tune into whatever interests you is the takeaway really
there are over 60 talks here but i will probably add more as i watch more :)) thanks for coming to my ted talk!
STEAM:
Why City Flags May Be The Worst Designed Thing You’ve Never Noticed by Roman Mars (18:19)
The Museum of Four in the Morning by Rives (14:01)
Fashion has a pollution problem-- can biology fix it? by Natsai Audrey Chieza (13:15)
How design can make science accessible by Amanda Phingbodhipakkiya (13:00)
You are fluent in this language and don’t even know it by Christoph Niemann (12:43)
Taking imagination seriously by Janet Echelman (9:19)
And for my next trick, a robot by Marco Tempest (6:15)
Why you should love gross science by Anna Rothschild (13:12)
Your body was forged in the spectacular death of stars by Enrico Ramirez-Ruiz (15:35)
Why you should love statistics by Alan Smith (12:50)
We’re covered in germs. Let’s design for that. by Jessica Green (8:40)
Why I brought Pac-Man to MoMA by Paola Antonelli (18:29)
The spellbinding art of human anatomy by Vanessa Ruiz (11:23)
How painting can transform communities by Haas&Hahn (11:24)
Living sculptures that stand for history’s truths by Sethembile Msezane (13:16)
My mushroom burial suit by Jae Rhim Lee (7:23)
Nature is everywhere- we just need to learn to see it by Emma Marris (15:53)
Can design save newspapers? by Jacek Utko (6:01)
Intricate beauty by design by Marian Bantjes (16:22)
A forgotten Space Age technology could change how we grow food by Lisa Dyson (11:56)
My life in typefaces by Matthew Carter (15:58)
How a typeface helped launch Apollo by Douglas Thomas (14:27)
The fascinating science of bubbles, from soap to champagne by Li Wei Tan (14:18)
The best kindergarten you’ve ever seen by Takaharu Tezuka (9:48)
How can technology transform the human body? by Lucy McRae (3:53)
Why the buildings of the future will be shaped by… you by Marc Kushner (18:06)
4 lessons from robots about being human by Ken Goldberg (17:03)
Play with smart materials by Catarina Mota (9:49)
How a blind astronomer found a way to hear the stars by Wanda Diaz Merced (11:16)
Stunning buildings made from raw, imperfect materials by Débora Mesa Molina (12:08)
Archaeology from space by Sarah Parcak (5:13)
Pirates, nurses, and other rebel designers by Alice Rawsthorn (11:45)
Biohacking--you can do it, too by Ellen Jorgensen (10:01)
Why “biofabrication” is the next industrial revolution by Suzanne Lee (12:21)
The simple genius of a good graphic by Tommy McCall (5:58)
How symbols and brands shape our humanity by Debbie Millman (14:13)
How you can help save the monarch butterfly-- and the planet by Mary Ellen Hannibal (11:57)
The genius of the London Tube Map by Michael Bierut (3:15)
Indigenous knowledge meets science to combat climate change by Hindou Oumarou Ibrahim (13:00)
What birdspotting can teach us about conservation by Arjan Dwarshuis (12:56)
ACTIVISM:
A guerilla gardener in South Central LA by Ron Finley (10:39)
Why your doctor should care about social justice by Mary Bassett (13:50)
The world needs all kinds of minds by Temple Grandin (19:37)
Museums should honor the everyday, not just the extraordinary by Ariana Curtis (12:20)
When we design for disability, we all benefit by Elise Roy (13:18)
Why genetic research must be more diverse by Keolu Fox (6:49)
GRAB BAG (inspirational, funny, just damn interesting, and short talks that don’t really fit elsewhere!):
To This Day… For the bullied and beautiful by Shane Koyczan (11:57)
My love letter to cosplay by Adam Savage (13:08)
My road trip through the whitest towns in America by Rich Benjamin (13:02)
The nightmare videos of children’s YouTube--and what’s wrong with the internet today by James Bridle (16:33)
Why you should make useless things by Simone Giertz (11:58)
The surprising habits of original thinkers by Adam Grant (15:25)
Why some of us don’t have one true calling by Emilie Wapnick (12:26)
Why thinking you’re ugly is bad for you by Meaghan Ramsey (12:03)
The joyful, perplexing world of puzzle hunts by Alex Rosenthal (11:56)
My year of saying yes to everything by Shonda Rhimes (18:45)
My journey to thank all the people responsible for my morning coffee by AJ Jacobs (15:29)
Why we need to stop obsessing over WWII by Keith Lowe (18:28)
How to use a paper towel by Joe Smith (4:25)
The lies our culture tells us about what matters- and a better way to live by David Brooks (14:55)
The perks of being a pirate by Tom Nash (8:56)
The gender-fluid history of the Philippines by France Villarta (10:52)
Go ahead, dream about the future by Charlie Jane Anders (11:56)
How to find a wonderful idea by OK Go (17:36)
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withonedirectionz · 6 years ago
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Imagine - Louis Tomlinson
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Pedido: Eu quero um em que a (s/n) é uma executiva bem séria e que praticamente vive pelo trabalho e não busca namorado, mas aí o Louis aparece na vida dela quando eles sofrem um acidente de carro (você escolhe como acontece o acidente). Aí eles viram amigos e com o tempo o Louis se apaixona por ela e decide que pra conquistar ela, ele precisa fazer rir e conhecer outros lugares e nas férias dela, ele arruma a ideia louca de viajar com ela pelo país (Inglaterra) de carro fazendo ela rir ao máximo. No final ela percebe que acabou se apaixonando por ele e tals ❤ Feito pela Churros
- Antony, estou esperando a apresentação no meu e-mail. – Eu digo enquanto desço as escadas que saiam da minha sala e me levariam até o andar onde meu pessoal trabalhava.  
- Eu sei, (S/N)! Meu computador está atualizando. – Ele diz.  
- Como está seu primeiro dia, Camila? – Eu pergunto e vejo que ela pegou uma das xícaras da nossa empresa para tomar café e me sinto feliz.  
- É errado eu dizer que em casa? – Ela pergunta e eu nego com a cabeça sorrindo.  
- Fico feliz em saber. – Eu digo e caminho até Antony.  
- O que aconteceu com seu computador? – Eu pergunto.  
- Ele desligou e começou a reiniciar, acredito que mais uns dez minutos e a apresentação estará no seu e-mail. – Seus olhos estão fixos na tela.  
- Tudo bem. Obrigado por me ajudar com isso. – Eu digo e ele desvia o olhar da tela para sorrir para mim.  
Volto para minha sala enquanto atendo o telefone quando vejo que um dos nossos clientes estava me ligando.  
Fazia um ano que eu havia aberto uma empresa para gestão de outras empresas. Foi a melhor coisa que eu poderia ter feito naquele momento e a cada dia que passa consigo aumentar os lucros e a cartela de clientes.  
Quando encerro a ligação, ligo para a arquiteta que costuma me ajudar com o designe da empresa.  
- Débora, eu estou precisando de um socorro enorme. – Eu digo rindo quando ela atende o telefone dizendo que quase não reconheceu meu nome na tela devido a quantidade de tempo que fazia desde a última vez que conversamos.  
- Você pode vir no meu escritório se quiser. Sua melhor amiga ainda trabalha no mesmo lugar.  
- Passo aí mais tarde.  
Quando encerro a última reunião do dia, deixo a chave da empresa com Antony e pego meu carro na garagem do prédio para ir até a empresa de Débora.  
Pego a via expressa e dirijo por alguns minutos até a saída que me levaria ao escritório de arquitetura. Levo um susto quando vou fazer a conversão em uma das quadras para estacionar e uma camionete bate de frente com a minha.  
Arregalo meus olhos e escancaro a boca; procuro as placas de sinalização, mas não encontro nada que diga sobre conversão proibida. Desço do carro pronta para bater boca sobre o que aconteceu e vejo que o motorista do outro carro faz o mesmo.  
- Olha o que você fez! – Ele berra apontando para o capo do seu carro que está completamente amassado como o meu.  
- Você é um imprudente! A preferencial era minha! – Eu grito e olho para a rua em que eu queria entrar e vejo uma enorme placa de sinalização. – E você estava contramão! Barbeiro!  
- Abaixa o tom de voz. – Ele aponta o dedo na minha cara e eu olho para sua mão, quando dá conta do que fez recolhe seu braço e vejo seu rosto ficar vermelho.  
- Eu tenho uma reunião agora. – Eu digo tirando alguns fios de cabelo do rosto. – Esse é meu número, me ligue queira resolver isso de alguma forma. – Eu estendo um cartãozinho da empresa e entro para dentro do carro.  
Encontro uma forma de desviar meu carro do dele e sigo até o escritório de Débora. Passamos o restante da tarde até o início da noite conversando sobre as alterações que preciso fazer no escritório com urgência, como colocar minha sala mais próxima a do pessoal.  
- Alô? – Eu digo depois de notar o número desconhecido me ligando.  
- Oi, é a (S/N)?  
- Sim, sou eu, quem fala? – Eu pergunto e afasto o celular para ver quem estava falando do outro lado da linha.  
- Então, quem fala é Louis. Sou o barbeiro que bateu no seu carro. – Ele fala baixinho e eu sinto meu rosto corar, mesmo que ele não me veja.  
- Ah, oi. Aconteceu alguma coisa? – Eu pergunto dando de ombros e procurando algumas folhas na minha mesa de jantar.  
- Não. Olha, isso vai soar bem estranho, mas você aceitaria tomar um café comigo?  
- Por que? É para falarmos sobre o acidente? Seu carro ficou muito estragado?  
- É... Foi um amassado bem feio. – Ele muda o tom de voz.  
- Posso ir amanhã depois das seis. Tem um café bem próximo de onde eu trabalho.  
- Pode ser. Você me passa o endereço por mensagem?  
- Passo, passo, sim! – Eu começo a morder o lábio por não encontrar o que procuro. – Preciso desligar, nos falamos amanhã, ok?  
- Sim. Claro! Até amanhã.  
Jogo o celular longe e reviro meus papeis atrás de um documento que custo a encontrar. Vou dormir tarde da noite para acordar cedo no dia seguinte.  
O dia no trabalho e corrido e cansativo. Louis me ligou duas vezes para me pedir que eu enviasse o endereço, havia esquecido de mandar na noite anterior.  
Quando encontro Louis, espero uma conversa chata e triste sobre nossos carros, mas me surpreendo quando de repente ele muda de assunto e começa a contar sobre o dia péssimo que teve e me faz contar para que reunião eu estava indo.  
Vamos embora apenas quando a cafeteria estava fechando, lá pelas nove horas da noite.  
*dois meses depois* 
- E nem acredito que você me convenceu a tirar férias e ir com você nessa viagem maluca. – Eu digo colocando minha mala no porta-malas do carro enquanto Louis ria.  
- Seus funcionários quase me imploraram para fazer isso.  
- Que mentira! – Eu me sento no banco do carona. – Depois que você virou meu amigo tem andando com muita intimidade.  
- Vou te dizer que isso só vai piorar. – Ele fala rindo.  
Iríamos viajar de uma ponta a outra do país em trinta dias, parando em hotéis e pousadas. Eu estava ansiosa e feliz por ter Louis como companhia.  
Depois de passar o dia na estrada fazendo paradas estratégicas para comermos, abastecer o carro e usar o banheiro de alguns postos, encontramos uma pousada pequena e pegamos um quarto com duas camas de solteiro.  
Passamos dia após dia convivendo um com o outro, e para minha completa tristeza os trinta dias passaram rápidos demais e na próxima semana eu já teria que estar de volta ao escritório completamente reformado.  
- Eu vou sentir muito a sua falta. – Eu digo para Louis que dá de ombros.  
- É estranho eu dizer que não queria que essa viagem acabasse? – Ele murmura olhando para a estrada, mas que segura minha mão na sua.  
- Não queria que acabasse. – Murmuro.  
- Foi incrível passar esse tempo com você que é uma mulher incrível. – Quando Louis diz isso, sinto meu estomago revirar e eu olho para ele.  
- Para o carro. – Eu digo e Louis, assustado, joga o carro para o acostamento.  
- Está se sentindo bem? Quer ir até um posto? É dor de barriga? Ânsia de vômito? – Louis dispara.  
- Não. Mas, você falou que me acha uma mulher incrível... Eu...  
- É, (S/A), é ridículo tentar negar que eu não me apaixonei por você nessa viagem. Eu já achava você uma mulher e tanto, e depois desse mês, uau.  
- Louis, eu... Eu também. Você é uma pessoa maravilhosa. – Eu digo sorrindo e ele faz o mesmo.  
Vejo seu corpo se inclinar na minha direção e se retrair, mas eu tomo iniciativa e o beijo.  
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deboranazari · 6 years ago
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Copideska pra mim?
por Débora Nazari
Max Peck era filmado pela equipe como pessoa de personalidade excêntrica. Figura esquia, magra com aquele tom de voz quase de narrador de documentário. Não era de falar muito, mas o olhar observador que vinha de sua mesa, localizada numa ponta extrema da redação, permitia que visse e ouvisse tudo que estava ao redor. Era daqueles que se escondia por uns três dias na baia do escritório para apurar uma boa matéria ou passava horas fumando um maço de cigarros no telhado. Sozinho.
Na redação, metade dos jornalistas dizia que ele era surdo de um ouvido e a outra metade afirmava ter visto uma perna de madeira por baixo do box do banheiro. Talvez intriga, calúnia ou inveja dos seus textos primorosos, para mim era apenas um homem na casa dos seus 47 anos vivendo consigo e seu contrário.
Particularmente ficava fascinada ao observar a maneira que ele organizava a coleção de miniaturas de tartarugas de madeira. Será que sonhou em ser biólogo marinho ao invés de escritor? A vida dá dessas, você almeja, mas a realidade acontece e você precisa de reinventar.
Seus desaparecimentos constantes agora passavam despercebidos pela maioria dos colegas. Que tanto faz um escritor? O único que ficava aflito ao procurá-lo era o editor chefe, mas para cobrar o prazo da entrega das matérias que ironicamente sempre era cronometrado e com correções mínimas ou nulas de seus textos. Eu mesma notava nesse ínterim, que cada sumida equivalia a uma mudança na ordem das miniaturas das tartarugas.
Eram 12 tartarugas marinhas, entalhadas numa madeira castanha, meio cor de tijolo fresco de construção. Da primeira para a décima segunda, a variação de tamanho era quase imperceptível, mas curiosamente ele virava uma delas organizadas em fila indiana um dia antes de desaparecer. Para onde vai um escritor?
Foi numa terça-feira véspera de feriado que ao sentar em minha mesa noto de canto de olho a oitava tartaruga virada na fila. Rebobinei o dia anterior em minha mente, Max estava como sempre, inclinado em sua mesa e digitando calmamente no computador. Às 12:48 em ponto deu sua pausa para fumar, voltou após duas horas no telhado e terminou o texto com a entrega na risca do deadline. Arrumou as tartarugas e se foi pontualmente às 19:05.
Não sei como nem quando ele me ouviu sobre minha pauta da passagem do tempo. Se chegou a ler a versão final muito menos sei, mas ao abrir o computador pela manhã eis um e-mail com o título “Copideska pra mim? Use como quiser”.
...
Interessante o texto. Mas tenho alguns pontos de vista que não vi contemplados. Me sinto subsidiado para argumentar, afinal, não tenho agenda, tenho demanda, não ando devagar na terra, ando no limite tentando reduzir tempo - seja num carro de corrida ou evitando os lerdos na Vinte e Três (com segurança). Sou intenso: quero ouvir todas as músicas, ler todos os livros, ver todas as peças, conhecer todas as pessoas interessantes. E para piorar, adoro ver o mesmo filme várias vezes e ler o mesmo livro, assim como ler livros diferentes simultaneamente, enfim. Aos quarenta me toquei que não conseguiria bater a meta levando em conta a expectativa de vida do IBGE para homens. Então comecei a: priorizar, saborear, fugir a regras e a viver cada dia como se fosse o último. Como disse o Verissimo, um dia você acerta. Um ponto crucial: não sei quanto tempo tenho. A expressão “tempo é dinheiro” é simplista ou monasticamente ambígua. O que devo fazer com meu dinheiro? Às vezes ter paciência e esperar a Bolsa subir. Senti no texto a falta da opinião de um físico para falar do tema, mas fiquemos no campo humano. Sim: um dia me encontrei em um mundo em que vi minha energia de workaholic ser aproveitada e virar uma vantagem, com a Internet, um onipresente Blackberry, telefone e e-mail em aviões, e fui entusiasta dessa revolução, pois a sensação de estar em todos os lugares me seduziu e me fez adicto. Quando o WhatsApp surgiu, eu usava para conversar em noites insones com uma única amiga. Parecia que só havia a gente usando a plataforma. Do nada, a ferramenta, associada a redes sociais encantou os afoitos derrubando ditaduras, mobilizando jovens, fabricando primaveras, influenciando eleições. E aí uma primavera virou a guerra da Síria. E as ditaduras expulsas deram lugar a regimes distópicos. Informações falsas viraram uma indústria e eleições foram definidas por informações falsas. A AlQaeda perdeu espaço para o mais tecnológico e de linguagem mais juvenil Estado Islâmico, expandindo sua capacidade de arrebatar mentes vazias em momentos de apatia nos lares menos suspeitos, mas hiper conectados e carentes de humanidade. Agora: quando começou a guerra na Síria? Não lembramos. Há quanto tempo o avião da Malásia desapareceu? E mais grave ainda: onde está nossa urgência em salvar as meninas roubadas pelo Boko Haram? Alguém lembra que este assunto está em aberto? O que houve com a iraniana Sakineh Ashtiani, condenada ao apedrejamento por adultério? Não temos tempo ou interesse para persistir em uma causa? Sim, temos ferramentas que aceleram processos e isto deveria ser bom para o “nosso tempo”. Mas a justiça está mais célere? As pessoas estão mais informadas? As relações humanas foram harmonizadas? Chegamos a Marte? Não, mas lemos sem refletir, recebemos informações que nos inflamam e não checamos, perdemos o controle de nossas caixas de e-mail e vivemos uma intensa sensação de culpa e medo. Rodrigo Turim falou do trem, mas esqueceu do jato. Foi o avião a jato que diminuiu o mundo fisicamente. A Gripe Espanhola dizimou cem milhões de pessoas em todo o mundo, cinco por cento da população mundial em 1918 ao longo de dois anos. Uma nova pandemia nos dias de hoje atingiria todo o planeta em questão de dias com as rápidas conexões a jato, enquanto boatos e desinformação criariam o pânico. A “desempatia” das redes facilita para Trump e Bolsonaro acelerando as conversões de almas em busca de mestres e catarse para seus ódios e temores particulares. Na década de trinta os fascistas usavam panfletos e cartazes com mentiras e desculpas para o que se transformaria em matança. Assim como os comunistas e jihadistas. O poder e a velocidade de se estabelecer ordens e novos regimes foram agilizados e com a velocidade de propagação ainda mais potente na idiotização coletiva de um mundo egoísta, imediatista e onde não há tempo para pensar no outro. Tudo é commodity. Não se aproveita mais a vida, pois se viajamos mais, usamos tempo de usufruir postando, publicando e fotografando em tempo real, trocando a abóboda celeste e o horizonte pela perspectiva de prender uma aurora boreal ou um golfinho para sempre numa telinha de smartphone. Dá pra reverter? Não. Quando a Revolução Industrial começou, trabalhadores resistiram destruindo as máquinas. Elas simplesmente eram repostas. E aqui estamos, escravizados pelo senhor, pelo feitor e por nós mesmos. Podemos conviver melhor com isso? Depende. Vivemos o avanço da I.A. que me dá medo. E ao mesmo tempo um movimento em parte espontâneo, em parte gerenciado e encorajado de anti-intelectualismo e anti-globalismo. Um retrocesso ao tempo feudal, onde pouquíssimos detinham os meios de produção e o poder e as trevas convinham aos poderosos. Estamos claramente vendo os ideais do Iluminismo serem destruídos. Para não precisarmos de uma nova Renascença, podemos resistir. Fugir ao sistema. Aproveitar o paradoxal anonimato entre bilhões de microcelebridades virtuais e decidir como usar um recurso que não temos como saber quanto temos na conta, o tal do tempo. Façamos como Carmem Miranda na música de Assis Valente “E o Mundo não se Acabou”, faça o que achar que lhe fará bem, sem abrir mão de princípios humanos, óbvio. E claro, não podemos abrir mão de uma mínima prudência, mas, escolher como usar este ativo é mais simples do que parece: preciso ouvir um idiota e obedecer a uma ordem que não faz sentido? Preciso de um crachá, um cubículo, palestras motivacionais e a sensação de pertencer a algo? Preciso mesmo da falsa sensação de estabilidade e segurança quando poderia estar conquistando pontos para a humanidade seguindo meus valores e instintos? Preciso assistir algo por que todos estão falando sobre isso? Preciso acertar sempre? E devo fazer o que os detestáveis normais chamam de loucura? Tatcher em a “Dama de Ferro” falava que antes queríamos ser e hoje queremos ter. Antes fazíamos por uma causa, hoje queremos crédito. Devemos nos libertar: da pressão, da culpa, da impaciência, do que nos faz mal, das angústias, da ansiedade, do imperativo dogma de “ser normal”. Nossos cérebros estão diminuindo pois só arranhamos a superfície das informações, nos atrofiamos abrindo mão da memória e da reflexão. Como Woody Allen disse sobre sua experiência com a leitura dinâmica: estava indo bem, estava terminando de ler “Guerra e Paz” em menos de um dia e pelo que já tinha compreendido, aparentemente era sobre a Rússia. Tempo é uma métrica para muitos, mas é mais uma dimensão da física. E num campo mais relativo cientificamente, o que é ganhar ou perder tempo? Se minha mente for livre posso sonhar uma ideia genial dormindo, decifrar um teorema centenário escovando os dentes, sentir prazer sozinho ou acompanhado, enfim, se não sei se sou eterno ou terminal, se o futuro e o passado são abstrações pois só o presente existe em nosso mind set, what matters? Tenho coisas a fazer e tenho um ritmo. Vivo agora assim. Descobri na pista que ao tirar o pé do acelerador a curva sai redonda, sem deixar o pneu andar de lado e o que parece ser loucura numa corrida (desacelerar) me garante um tempo melhor, ganho segundos ao invés de perdê-los. Não precisamos destruir as máquinas. Precisamos revolucionar nossas mentes, resistir, pensar, pausar, usar o tempo a nosso favor. Trânsito? Áudio book, um amigo no viva voz, uma música. Pressa? Só se for urgente mesmo: uma crise, uma doença, uma perda irreparável ou a vontade afetiva de encontrar alguém ou um lugar, de dizer “eu te amo”, dar o primeiro de uma série de beijos de uma vida em comum, de ajudar alguém em necessidade. Precisamos reverter o anti-intelectualismo, enfrentar a crescente ignorância orgulhosa e pretensiosa, assistir ao filme até o projetor apagar para não perder o easter egg após os créditos, não ser idiota e levantar do assento antes do avião parar totalmente. Aproveitar os sabores, os odores, os sons, as visões, os sentidos. Pois para que a aceleração do tal do tempo me domine eu preciso permitir. E estou pra ver a quem me dobro nesta vida. Adorei escrever tudo isto. Não tenho ideia do tempo que levei. Mas escrevi enquanto pensava, refletia, lembrava, sentia, expressava, desafiava, então, que sentido faz essa informação? 
Max Peck
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