Tumgik
#condena de sócrates
bocadosdefilosofia · 18 days
Text
Tumblr media
«Sócrates fue llevado a juicio como figura representativa — precisamente tal como sugiere Platón al identificar como sus enemigos más temibles a sus “antiguos acusadores” que habían hecho de él esa clase de figura— . Fue castigado por el conflicto intergeneracional, provocado por factores sociales más que individuales, y, desde luego, no por una única persona; fue castigado como maestro moralmente subversivo, cuando había otros a quienes se podía haber endosado igualmente esa extraña acusación; fue castigado como crítico de la democracia, a pesar de no haber sido el único, ni mucho menos; incluso Critias y Alcibiades fueron productos de su tiempo más que de las enseñanzas socráticas. Sócrates fue condenado a muerte porque los atenienses deseaban purgarse de tendencias indeseables, y no solo de un individuo indeseable.»
Robin Waterfield: La muerte de Sócrates. Editorial Gredos, pág 275. Madrid, 2011.
TGO
@bocadosdefilosofia
@dias-de-la-ira-1
5 notes · View notes
marginal-culture · 6 months
Text
O vazio existencial da sociedade contemporânea
Tumblr media
Que sentido, que valor imprimimos a nossa ação? Somos seres incapazes de contemplar ou tomar conhecimento do que cotidianamente fazemos de nossas vidas. Por que fazemos o que fazemos? Por que levamos a vida que levamos? Ora queremos um novo emprego; ora queremos um novo amor; ora queremos um novo carro; ora queremos uma nova casa. Os homens sempre estão em busca de dinheiro, poder, notoriedade ou divertimentos. Logo que realizam um desejo, surge outro desejo. Nunca estão satisfeitos. Passam a vida buscando bens materiais ou bens simbólicos. São eternamente inquietos. São governados por um querer cego e irracional. Numa primeira análise, somos levados a crer que o único objetivo da vida humana é destruir a própria solidão. Eles não conseguem ficar sozinhos, precisam sempre de agitação. Estão sempre em busca de algo. Envolvem-se em tarefas arriscadas e difíceis; envolvem-se em projetos, conflitos ou conquista que, muitas vezes, lhes trazem infelicidade. Não suportam o silêncio ou estar consigo mesmos. Precisam do barulho, do ruído e da agitação. São incapazes de desligar a televisão ou o rádio quando estão sozinhos em casa. Fogem da solidão como o Diabo foge da cruz. Pascal no século XVII já havia pensado sobre esse problema. Para ele, as pessoas são agitadas, pois não conseguem ficar consigo mesmas, são incapazes de refletirem sobre sua condição miserável e mortal. Não querem refletir sobre sua condição humana, permeada pela dor, dissolução e morte, nada os pode consolar.
Como sugeriu Platão, o nosso espírito é uma caverna, o que falta ao homem é eternidade. Os indivíduos são seres vazios. Vivem na busca de preencher seu mundo interior com algum entretenimento ou com algum objeto. Todo seu sentido interno se expressa pelo sensível e pelo concreto. Buscam preencher sua interioridade com todo tipo de banalidades. O sistema capitalista serviu muito bem a esse propósito. Esse sistema ofereceu ao homem um mundo de entretenimentos, prazeres e objetos para que ele possa preencher seu vazio interior. É por isso que o capitalismo sobreviveu, é por isso que ele se perpetuou. Ele impediu que o homem encarasse o vazio descomunal de sua interioridade.
Mas, por que o homem temeria tanto olhar para o seu vazio interior? Por que ele foge de si mesmo? O ser humano não é um átomo, um ser fixo, acabado, pronto e estável. Não existe uma natureza humana fixa, dado a priori. Ele vem ao mundo como uma tabula rasa, como uma folha em branco. Ele só se torna algo a partir daquilo que ele faz de si mesmo. Ele é um ser determinado pelas circunstâncias, pelas contingências da vida, condicionado no interior das práticas sociais por sua cultura. Significa dizer que ele não é nada. É um ser inacabado. É um ser vazio. O objetivo da vida, portanto, é exatamente preencher esse vazio, esse nada, que é a pura essência humana. Não há uma finalidade para vida, a não ser a morte, o Nada.
As pessoas não querem se dar conta que o Nada está inscrito em nossa própria carne e em nossa própria alma. O Nada surge diante do homem aniquilando todas as coisas que os rodeiam, aniquilando o próprio EU. É o Nada que retira todo o sentido da vida. Somos seres para a morte. A descoberta do “Nada” da vida humana levaria o homem a reconhecer que a existência é um acidente, é algo casual e efêmero, e que o amanhã não poderá mais existir. O homem recusa a encarar a verdade. Já dizia Sócrates, conheça-te a ti mesmo. O conhecimento de si mesmo implica em reconhecermos a nossa própria finitude. É o Nada, que está em nosso interior e que não somos capazes de encarar, que nos aniquilará. O que falta ao homem é consciência de sua facticidade. Estamos lançados no mundo como um barco sem rumo. A imanência nas coisas nos tira a consciência de nossa condição finita e nos condena a banalidade da vida cotidiana. É somente a consciência de nossa condição finita, é somente a consciência do Nada, que nos permite transcender e reavaliarmos nossa própria vida e comportamento, dando sentido e significados ela.
Vivemos numa época de incerteza, de insegurança e de superficialidade. Temos dificuldade em entender nossa própria experiência social e não conseguimos nos dar conta da relação que há entre nossas vidas e as forças que nos subjulgam. Não percebemos que nossos dramas, conflitos, medos, frustrações são em grande parte causados pelos valores de nossa sociedade ou pelas estruturas sociais que nos governam. Por causa disso, não temos uma experiência bem definida das nossas próprias necessidades, não sabemos o que sentimos ou o que verdadeiramente queremos. Todos os dias os indivíduos acordam cedo, vão para o trabalho, almoçam com os mesmos colegas, compartilham as mesmas experiências. Quando voltam do trabalho para casa, conversam sobre os mesmos assuntos, fazem as mesmas atividades e assistem aos mesmos programas de televisão. Aos finais de semana, buscam as mesmas agitações e divertimentos. Eles são incapazes de perceber que possuem uma vida fragmentada, muitas vezes degradada pelo cotidiano da labuta, das transformações econômicas e do consumo. Estão sempre em movimento, em busca de um objetivo ou desejo insuflado pela sociedade. Apegam-se à verdades, valores ou regras externas que não escolheram conscientemente. Como se o mundo tivesse um sentido ou um significado dado a priori. São seres despersonalizados pela cultura. Seguem padrões. Vivem numa Matrix, incapazes de separar a consciência da realidade. São incapazes de contemplar seu mundo interior. São incapazes de reconhecer o Nada e darem sentido a suas próprias vidas. Como diz Montaigne, “meditar sobre a finitude é meditar sobre a liberdade”.
- Michel Aires de Souza
19 notes · View notes
notasfilosoficas · 7 months
Text
“Solo la sabiduría es el bien para el hombre, la ignorancia el único mal”
Sócrates 
Tumblr media
Fue un filósofo clásico griego, considerado como uno de los más grandes de la filosofía occidental y universal, nacido en Alopece Atenas en el año 470 a.C.
Sócrates fue maestro de Platón, quien a su vez tuvo a Aristóteles como discípulo, siendo estos tres pensadores, los representantes fundamentales de la filosofía de la antigua Grecia.
No existe alguna evidencia de que Sócrates haya publicado algún escrito de su autoría, y los detalles de su vida, son conocidos gracias a tres fuentes contemporáneas: Los diálogos de Platón, las obras de Aristóteles y los diálogos de Jenofonte.
Se le considera padre de la filosofía política y de la ética, y se dice que su contribución mas importante al pensamiento occidental es su modo dialéctico de indagar o método socrático.
La base de sus enseñanzas fue la creencia en una comprensión objetiva de los conceptos de justicia, amor y virtud, así como el conocimiento de uno mismo. 
Asumiendo una postura de ignorancia, Sócrates interrogaba a la gente para luego poner en evidencia la incongruencia de sus afirmaciones; a esto se le denominó “ironía socrática”, de la cual su frase “Solo sé que no se nada” es un vivo reflejo.
Recibió una educación tradicional, y se familiarizó con la dialéctica y la retórica de los sofistas y tuvo por maestro al filósofo Arquelao, de quien se sabe poco y quién lo introdujo en las reflexiones sobre la física y la moral.
Sócrates era de pequeña estatura y de vientre prominente, de ojos saltones y nariz exageradamente respingona, la cual en ocasiones era motivo de burla. Se casó con Jantipa quien le dió tres hijos y de quién algunos autores afirman trataba muy mal al filósofo, aunque al narrar la muerte de Sócrates en el Fedón, se describe una relación normal y hasta podría decirse que buena.
Aunque durante la primera parte de su vida Sócrates fue un patriota y hombre de profundas convicciones religiosas, al final sufrió la desconfianza de muchos de sus contemporáneos al tomar una postura critica, en cuanto al estado y la religión que de Atenas se tenía, por lo que en el año 399 a.C. fue acusado de introducir nuevos dioses y de corromper la moral de la juventud, alejándolos de los principios de la democracia, situación que al parecer era un motivo infundido, y mas bien la causa de fondo para llevar a juicio a Sócrates según Jenofonte, fue que este abrió sus puertas como discípulo a Critias, quien como otros discípulos de Sócrates era miembro de una facción pro-espartana, quienes se hicieron con el poder en Atenas tras la guerra del Peloponeso.
Sócrates fue juzgado y declarado culpable en el año 399 a.C. y fue ejecutado por envenenamiento por cicuta, método empleado para los sentenciados a la pena de muerte. 
Murió a la edad de 71 años aceptando serenamente su condena. Según relata Platón en su apología, Sócrates pudo haber eludido la pena de muerte, sin embargo prefirió acatar la sentencia y morir.
Fuente Wikipedia
14 notes · View notes
fercomi · 13 years
Text
Ciencia, democracia y ética
La novela "El niño con el pijama de rayas" de John Boyne nos lleva a reflexionar sobre la oscura historia de las matanzas en las cámaras de gas de los campos de concentración nazis. Aunque el libro concluye con la idea de que esos hechos ocurrieron hace mucho tiempo y no podrían volver a suceder, la realidad es que la historia reciente nos muestra lo contrario. Las masacres de Ruanda en los años noventa, por ejemplo, demuestran que la humanidad sigue siendo capaz de cometer atrocidades inimaginables. Además, la novela nos hace preguntarnos si esas tragedias podrían repetirse en Europa o incluso en un país democrático.
La masacre de Srebrenica es un recordatorio de que la democracia no es un escudo contra la violencia y la intolerancia. Esto nos lleva a cuestionar si la democracia, considerada el menos malo de los sistemas políticos, puede extenderse a todos los ámbitos, incluyendo la ciencia. La verdad en la ciencia no depende de votos o mayorías. Las teorías científicas no se imponen por mayoría, sino que deben ser universalmente aceptadas. Los descubrimientos importantes, como los de Mendel o Einstein, han enfrentado resistencia antes de ser aceptados por la comunidad científica. Por lo tanto, la democracia no es aplicable para descubrir la verdad en la ciencia.
Imaginemos un escenario ficticio donde la ciencia cae bajo el dominio de la democracia. En 1897, el estado de Indiana aprobó una ley que establecía el valor de pi en 3,2. Esta decisión absurda socavó la credibilidad científica y demostró que la democracia no es compatible con la búsqueda de la verdad científica. La ética, al igual que la ciencia, no debe estar sujeta a la ley de la mayoría. La condena de Sócrates es un ejemplo de cómo la ética no debe ser determinada por votos políticos.
En resumen, la democracia no debe prevalecer sobre la verdad en la ciencia ni sobre el bien y el mal en la ética, ya que corre el riesgo de llevar a decisiones perjudiciales para la humanidad.
3 notes · View notes
mighty-leonidas · 8 months
Text
"Caminando entre Gigantes: Lecciones Estoicas para una Vida Poderosa"
Tumblr media
Saludos, valientes de la existencia. En este viaje hacia la grandeza personal, nos sumergiremos en los principios estóicos que han forjado almas inquebrantables a lo largo de la historia. Imaginen a Marco Aurelio enfrentando las tribulaciones del Imperio Romano con una serenidad imperturbable, o a Epicteto, esclavo con una voluntad indomable que desafiaba incluso a sus cadenas. Estas almas, labradas en el crisol del estoicismo, nos inspiran a explorar los mismos principios que las elevaron a la grandeza.
Memento Mori: Recordando Nuestra Mortalidad En el escenario de la vida, el principio fundamental es "Memento Mori", que nos recuerda nuestra propia mortalidad. Pensemos en Séneca, enfrentando la muerte con estoicismo durante el reinado de Nerón, un recordatorio de cómo la conciencia de nuestra finitud puede impulsarnos a vivir con propósito.
Ejercicio Práctico: Dedica unos minutos cada día a reflexionar sobre la transitoriedad de la vida. Visualiza cómo te gustaría ser recordado y cómo estás contribuyendo a la grandeza del mundo.
Summum Bonum: La Búsqueda del Bien Supremo En la jerarquía de valores, "Summum Bonum" destaca la búsqueda del bien supremo. Observemos a Cicerón, político y filósofo romano, quien abogó incansablemente por la justicia y la virtud como fuentes de verdadera prosperidad.
Ejercicio Práctico: Elige una virtud que desees fortalecer (puede ser la paciencia, la compasión, etc.) y trabaja conscientemente en cultivarla en tu vida diaria.
Amor Fati: Amar Tu Destino "Amor Fati" nos insta a amar nuestro destino, aceptando no solo lo agradable, sino también los desafíos y las adversidades. Contemplemos a Marco Aurelio, emperador-filósofo, quien abrazó con ecuanimidad las vicisitudes del imperio y de su propia vida.
Ejercicio Práctico: Ante un desafío, en lugar de resistir, pregúntate: ¿Cómo puedo abrazar esto como una oportunidad para mi crecimiento y desarrollo?
Premeditatio Malorum: La Previsión de los Infortunios "Premeditatio Malorum" nos enseña a anticipar los infortunios con sabiduría. Imaginemos a Sócrates, enfrentando su condena con serenidad, prestando atención a los desafíos sin perder la calma.
Ejercicio Práctico: Imagina un escenario desafiante que podrías enfrentar en el futuro. Reflexiona sobre cómo podrías abordarlo con calma y resiliencia.
En la senda de la grandeza, estos pilares estóicos se convierten en nuestras guías. Recordando nuestra mortalidad, buscando el bien supremo, amando nuestro destino y prestando atención a los desafíos, forjamos un camino de poder y sabiduría. Que estas lecciones, ilustradas por las vidas de aquellos que las abrazaron, inspiren una revolución interior hacia una vida significativa y poderosa. 🛡️🌟💪
Con valentía,
Mighty Leonidas 🦁🌟
3 notes · View notes
isadefabian · 1 year
Text
La filosofía de Platón es un gran intento de enlazar lo racional con lo irracional, lo sensitivo con lo suprasensible, lo perecedero con lo imperecedero, lo temporal con lo eterno, lo terreno con lo celeste y lo humano con lo divino. Platón descubre la respuesta a la pregunta por las definiciones de Sócrates al dar con lo general, con los conceptos, pero los hipostatiza en ideas eternas y da lugar así a un completo desdoblamiento del mundo, un dualismo que, en contraposición con las originarias concepciones griegas, reconoce el ser verdadero sólo en las ideas invisibles, mientras condena al mundo a la condición de inconsistente juego de sombras.
_*~Wilhelm Nestle*_
0 notes
Text
blog
1. te identificas con algun elemento?
no
2. cuales crees que es el elemento mas iportante?
el aire
Existen sofistas en la actualidad?
actual mente si desdel 2020
Dónde podemos encontrar a esos sofistas?
Los sofistas pertenecen a una escuela filosófica en la Grecia Antigua.
¿Qué le ocure a los "sócrates de hoy?
a juventud de hoy ama el lujo. Es mal educada, desprecia la autoridad, no respeta a sus mayores, y chismea mientras debería trabajar. Los jóvenes ya no se ponen de pie cuando los mayores entran al cuarto.
A qué se refiere la sociedad adulta cuando habla de gente que corrompe el pensamiento de los jóvenes? 
por que lo adultos en sus platicas combersan cosas que los jovenes les afecta para su mentalidad
¿Quiénes son?
socrates
¿Cómo se les condena actualmente?
condenado a muerte.
Investiga la alegoría de la caverna.
Platón describió,​ en su alegoría de la caverna, un espacio cavernoso en el que se encuentran un grupo de hombres prisioneros desde su nacimiento, con cadenas que les sujetan el cuello y las piernas de forma que únicamente pueden mirar hacia la pared del fondo de la caverna sin poder nunca girar la cabeza.
Serías un peripatético?Por qué?
no por que no mucho me atrae la antigua grecia y no tengo mucha paciencia para estar enseñando a otras persona
2 notes · View notes
textbynic · 3 years
Text
Período Cosmológico Período Antropológico Período Sistemático
 1. Te identificas con algún elemento?
Cuál crees que es el elemento más importante?
El agua ¿por qué? Por que sin el agua no se puede vivir. 
2.  Existen sofistas en la actualidad?
Hoy el sofista es emotivo, apela al sentimiento y a la irracionalidad.
3.  Dónde podemos encontrar a esos sofistas?
Los encontramos por todas partes, muchos están en los libros motivacionales, en las conferencias de autoayuda, en la academia, en temas de desarrollo humano y por supuesto en la política.
4. Qué le ocurre a los "sócrates” de hoy?
La juventud de hoy ama el lujo. Es mal educada, desprecia la autoridad, no respeta a sus mayores.
5. A qué se refiere la sociedad adulta cuando habla de gente que corrompe el pensamiento de los jóvenes?
La mayoría de los adultos, cuando pensamos en los adolescentes, pensamos en que no hay quien los aguante.
6. ¿Quiénes son?
Sociedad Adultocentrica.
7.  ¿Cómo se les condena actualmente?
Minimizan sus ideas y propuestas. Descalifican sus necesidades y sentimientos.
Alegoría de la caverna.
Mi opinión es que a los humanos nos falta conocer la realidad mucho más allá.
Serías un peripatético? Por qué?
Sí, por que me gustaría conocer todo eso a fondo. 
2 notes · View notes
mauricio1954 · 4 years
Text
Evangelho Segundo Espiritismo (HEL23agosto2020)
Capitulo XXIII – Estranha moral
Itens 9 ao 18 – Não vim trazer a paz, mas a divisão.
Allan Kardec
Não vim trazer a paz, mas a divisão
Não penseis que Eu tenha vindo trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada; porquanto vim separar de seu pai o filho, de sua mãe a filha, de sua sogra a nora; e o homem terá por inimigos os de sua própria casa. (Mateus, 10:34 a 36.)
Vim para lançar fogo à Terra; e que é o que desejo senão que ele se acenda? Tenho de ser batizado com um batismo e quanto me sinto desejoso de que ele se cumpra! Julgais que Eu tenha vindo trazer paz à Terra? Não, Eu vos afirmo; ao contrário, vim trazer a divisão; pois, doravante, se se acharem numa casa cinco pessoas, estarão elas divididas umas contra as outras: três contra duas e duas contra três. O pai estará em divisão com o filho e o filho com o pai, a mãe com a filha e a filha com a mãe, a sogra com a nora e a nora com a sogra. (Lucas, 12:49 a 53.)
Será mesmo possível que Jesus, a personificação da doçura e da bondade, que não cessou de pregar o amor do próximo, haja dito: “Não vim trazer a paz, mas a espada; vim separar do pai o filho, do esposo a esposa; vim lançar fogo à Terra e tenho pressa de que ele se acenda”? Não estarão essas palavras em contradição flagrante com os seus ensinos? Não haverá blasfêmia em lhe atribuírem a linguagem de um conquistador sanguinário e devastador? Não, não há blasfêmia, nem contradição nessas palavras, pois foi mesmo Ele quem as pronunciou, e elas dão testemunho da sua alta sabedoria. Apenas, um pouco equívoca, a forma não lhe exprime com exatidão o pensamento, o que deu lugar a que se enganassem relativamente ao verdadeiro sentido delas. Tomadas à letra, tenderiam a transformar a sua missão, toda de paz, noutra de perturbação e discórdia, consequência absurda, que o bom senso repele, porquanto Jesus não podia desmentir-se. (Cap. XIV, item 6.)
Toda ideia nova forçosamente encontra oposição e nenhuma há que se implante sem lutas. Ora, nesses casos, a resistência é sempre proporcional à importância dos resultados previstos, porque, quanto maior ela é, tanto mais numerosos são os interesses que fere. Se for notoriamente falsa, se a julgam isenta de consequências, ninguém se alarma; deixam-na todos passar, certos de que lhe falta vitalidade. Se, porém, é verdadeira, se assenta em sólida base, se lhe preveem futuro, um secreto pressentimento adverte os seus antagonistas de que constitui um perigo para eles e para a ordem de coisas em cuja manutenção se empenham. Atiram-se, então, contra ela e contra os seus adeptos. Assim, pois, a medida da importância e dos resultados de uma ideia nova se encontra na emoção que o seu aparecimento causa, na violência da oposição que provoca, bem como no grau e na persistência da ira de seus adversários.
Jesus vinha proclamar uma doutrina que solaparia pela base os abusos de que viviam os fariseus, os escribas e os sacerdotes do seu tempo. Imolaram-no, portanto, certos de que, matando o homem, matariam a ideia. Esta, porém, sobreviveu, porque era verdadeira; engrandeceu-se, porque correspondia aos desígnios de Deus e, nascida num pequeno e obscuro burgo da Judeia, foi plantar o seu estandarte na capital mesma do mundo pagão, em face dos seus mais encarniçados inimigos, daqueles que mais porfiavam em combatê-la, porque subvertia crenças seculares a que eles se apegavam muito mais por interesse do que por convicção. Lutas das mais terríveis esperavam aí pelos seus apóstolos; foram inumeráveis as vítimas; a ideia, no entanto, avolumou-se sempre e triunfou, porque, como verdade, sobrelevava as que a precederam.
É de notar-se que o Cristianismo surgiu quando o Paganismo já entrara em declínio e se debatia contra as luzes da razão. Ainda era praticado pro forma; a crença, porém, desaparecera; apenas o interesse pessoal o sustentava. Ora, é tenaz o interesse; jamais cede à evidência; irrita-se tanto mais quanto mais peremptórios e demonstrativos de seu erro são os argumentos que se lhe opõem. Sabe ele muito bem que está errado, mas isso não o abala, porquanto a verdadeira fé não lhe está na alma. O que mais teme é a luz, que dá vista aos cegos. É-lhe proveitoso o erro; ele se lhe agarra e o defende. Sócrates, também, não ensinara uma doutrina até certo ponto análoga à do Cristo? Por que não prevaleceu naquela época a sua doutrina, no seio de um dos povos mais inteligentes da Terra? É que ainda não chegara o tempo. Ele semeou numa terra não lavrada; o Paganismo ainda se não achava gasto. O Cristo recebeu em propício tempo a sua missão. Muito faltava, é certo, para que todos os homens da sua época estivessem à altura das ideias cristãs, mas havia entre eles uma aptidão mais geral para as assimilar, pois que já se começava a sentir o vazio que as crenças vulgares deixavam na alma. Sócrates e Platão haviam aberto o caminho e predisposto os espíritos. (Veja-se, na Introdução, o § IV: Sócrates e Platão, precursores da ideia cristã e do Espiritismo.)
Infelizmente, os adeptos da nova doutrina não se entenderam quanto à interpretação das palavras do Mestre, veladas, as mais das vezes, pela alegoria e pelas figuras da linguagem. Daí o nascerem, sem demora, numerosas seitas, pretendendo todas possuir, exclusivamente, a verdade e o não bastarem dezoito séculos para pô-las de acordo. Olvidando o mais importante dos preceitos divinos, o que Jesus colocou por pedra angular do seu edifício e como condição expressa da salvação: a caridade, a fraternidade e o amor ao próximo, aquelas seitas lançaram anátema umas sobre as outras, e umas contra as outras se atiraram, as mais fortes esmagando as mais fracas, afogando-as em sangue, aniquilando-as nas torturas e nas chamas das fogueiras. Vencedores do Paganismo, os cristãos, de perseguidos que eram, fizeram-se perseguidores. A ferro e fogo foi que se puseram a plantar a cruz do Cordeiro sem mácula nos dois mundos. É fato constante que as guerras de religião foram as mais cruéis, mais vítimas causaram do que as guerras políticas; em nenhumas outras se praticaram tantos atos de atrocidade e de barbárie. Cabe a culpa à doutrina do Cristo? Não, decerto que ela formalmente condena toda violência. Disse Ele alguma vez a seus discípulos: Ide, matai, massacrai, queimai os que não crerem como vós? Não; o que, ao contrário, lhes disse, foi: Todos os homens são irmãos e Deus é soberanamente misericordioso; amai o vosso próximo; amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos persigam. Disse-lhes, outrossim: “Quem matar com a espada pela espada perecerá.” A responsabilidade, portanto, não pertence à doutrina de Jesus, mas aos que a interpretaram falsamente e a transformaram em instrumento próprio a lhes satisfazer as paixões; pertence aos que desprezaram estas palavras: “Meu reino não é deste mundo.” Em sua profunda sabedoria, Ele tinha a previdência do que aconteceria; mas essas coisas eram inevitáveis, porque inerentes à inferioridade da natureza humana, que não podia transformar-se repentinamente. Cumpria que o Cristianismo passasse por essa longa e cruel prova de dezoito séculos para mostrar toda a sua força, visto que, malgrado todo o mal cometido em seu nome, ele saiu dela puro. Jamais esteve em causa. As invectivas sempre recaíram sobre os que dele abusaram. A cada ato de intolerância, sempre se disse: Se o Cristianismo fosse mais bem compreendido e mais bem praticado, isso não se daria.
Quando Jesus declara: “Não creais que Eu tenha vindo trazer a paz, mas sim a divisão”, seu pensamento era este: “Não creais que a minha doutrina se estabeleça pacificamente; ela trará lutas sangrentas, tendo por pretexto o meu nome, porque os homens não me terão compreendido, ou não me terão querido compreender. Os irmãos, separados pelas suas respectivas crenças, desembainharão a espada um contra o outro e a divisão reinará no seio de uma mesma família, cujos membros não partilhem da mesma crença. Vim lançar fogo à Terra para expungi-la dos erros e dos preconceitos, do mesmo modo que se põe fogo a um campo para destruir nele as ervas más, e tenho pressa de que o fogo se acenda para que a depuração seja mais rápida, visto que do conflito sairá triunfante a verdade. À guerra sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade universal; às trevas do fanatismo, a luz da fé esclarecida. Então, quando o campo estiver preparado, Eu vos enviarei o Consolador, o Espírito de Verdade, que virá restabelecer todas as coisas, isto é, que, dando a conhecer o sentido verdadeiro das minhas palavras, que os homens mais esclarecidos poderão enfim compreender, porá termo à luta fratricida que desune os filhos do mesmo Deus. Cansados, afinal, de um combate sem resultado, que consigo traz unicamente a desolação e a perturbação até o seio das famílias, reconhecerão os homens onde estão seus verdadeiros interesses, com relação a este mundo e ao outro. Verão de que lado estão os amigos e os inimigos da tranquilidade deles. Todos então se porão sob a mesma bandeira: a da caridade, e as coisas serão restabelecidas na Terra, de acordo com a verdade e os princípios que vos tenho ensinado.”
O Espiritismo vem realizar, na época prevista, as promessas do Cristo. Entretanto, não o pode fazer sem destruir os abusos. Como Jesus, ele topa com o orgulho, o egoísmo, a ambição, a cupidez, o fanatismo cego, os quais, levados às suas últimas trincheiras, tentam barrar-lhe o caminho e lhe suscitam entraves e perseguições. Também ele, portanto, tem de combater; mas o tempo das lutas e das perseguições sanguinolentas passou; são todas de ordem moral as que terá de sofrer e próximo lhes está o termo. As primeiras duraram séculos; estas durarão apenas alguns anos, porque a luz, em vez de partir de um único foco, irrompe de todos os pontos do globo e abrirá mais de pronto os olhos aos cegos.
Essas palavras de Jesus devem, pois, entender-se com referência às cóleras que a sua doutrina provocaria, aos conflitos momentâneos a que ia dar causa, às lutas que teria de sustentar antes de se firmar, como aconteceu aos hebreus antes de entrarem na Terra Prometida, e não como decorrentes de um desígnio premeditado de sua parte de semear a desordem e a confusão. O mal viria dos homens, e não dele, que era como o médico que se apresenta para curar, mas cujos remédios provocam uma crise salutar, atacando os maus humores do doente.
1 note · View note
bocadosdefilosofia · 16 days
Text
youtube
Es conveniente considerar, por último, que el proceso contra Sócrates fue un enorme y espectacular evento ciudadano: 600 ciudadanos fueron llamados a ser jueces; no todas las cortes populares requerían un número tan alto de jueces sorteados, y para actuar todos juntos. Las etapas del proceso (como son descritas por Platón en Apología), así como los acontecimientos de la detención y la muerte (como las describe en Critón y en Fedón), deben interpretarse como lo que son, ante todo: un proceso-monstruo en el que Sócrates “venció” debido a su elección de transformarse de acusado en acusador, llevando a la ciudad democrática al paso falso de desmentirse a sí misma y revelar su propia intolerancia homicida. Con el consiguiente escándalo y vergüenza de que también el ataque explícito de Polícrates y el silencio obstinado de Isócrates (salvo una alusión en Busiris) son una señal, así como el rígido «patriotismo democrático» de Esquines medio siglo más tarde.
Luciano Canfora: La crisis de la utopía, Aristófanes contra Platón. Fondo del Cultura Económica, pág. 153. México, 2019.
TGO
@bocadosdefilosofia
@dias-de-la-ira-1
0 notes
notasfilosoficas · 4 years
Quote
“Las verdaderas batallas se libran en el interior”
Sócrates
Tumblr media
Fue un filósofo clásico griego, considerado como uno de los más grandes de la filosofía occidental y universal, nacido en Alopece Atenas en el año 470 a.C. 
Sócrates fue maestro de Platón, quien a su vez tuvo a Aristóteles como discípulo, siendo estos tres pensadores, los representantes fundamentales de la filosofía de la antigua Grecia.
No existe alguna evidencia de que Sócrates haya publicado algún escrito de su autoría, y los detalles de su vida, son conocidos gracias a tres fuentes contemporáneas: Los diálogos de Platón, las obras de Aristóteles y los diálogos de Jenofonte.
Se le considera padre de la filosofía política y de la ética, y se dice que su contribución mas importante al pensamiento occidental es su modo dialéctico de indagar o método socrático.
La base de sus enseñanzas fue la creencia en una comprension objetiva de los conceptos de justicia, amor y virtud, así como el conocimiento de uno mismo. 
Asumiendo una postura de ignorancia, Sócrates interrogaba a la gente para luego poner en evidencia la incongruencia de sus afirmaciones; a esto se le denominó “ironía socrática”, de la cual su frase “Solo sé que no se nada” es un vivo reflejo.
Recibió una educación tradicional, y se familiarizó con la dialéctica y la retórica de los sofistas y tuvo por maestro al filosofo Arquelao, de quien se sabe poco y quién lo introdujo en las reflexiones sobre la física y la moral.
Sócrates era de pequeña estatura y de vientre prominente, de ojos saltones y nariz exageradamente respingona, la cual en ocasiones era motivo de burla. Se casó con Jantipa quien le dió tres hijos y de quién algunos autores afirman trataba muy mal al filósofo, aunque al narrar la muerte de Sócrates en el Fedón, se describe una relación normal y hasta podría decirse que buena.
Aunque durante la primera parte de su vida Sócrates fue un patriota y hombre de profundas convicciones religiosas, al final sufrió la desconfianza de muchos de sus contemporáneos al tomar una postura critica, en cuanto al estado y la religión que de Atenas se tenía, por lo que en el año 399 a.C. fue acusado de introducir nuevos dioses y de corromper la moral de la juventud, alejándolos de los principios de la democracia, situación que al parecer era un motivo infundido, y mas bien la causa de fondo para llevar a juicio a Sócrates según Jenofonte, fue que este abrió sus puertas como discípulo a Critias, quien como otros discípulos de Sócrates era miembro de una facción pro-espartana, quienes se hicieron con el poder en Atenas tras la guerra del Peloponeso.
Sócrates fue juzgado y declarado culpable en el año 399 a.C. y fue ejecutado por envenenamiento por cicuta, método empleado para los sentenciados a la pena de muerte. Murió a la edad de 71 años aceptando serenamente su condena. Según relata Platón en su apología, Sócrates pudo haber eludido la pena de muerte, sin embargo prefirió acatar la sentencia y morir.
Fuente Wikipedia
13 notes · View notes
napoddwry · 2 years
Text
¿Debemos respetar LEYES INJUSTAS? | Critón, de Platón | Filosofía desde cero - YouTube Found on YouTube: ¿Debemos respetar LEYES INJUSTAS? | Critón, de Platón | Filosofía desde cero https://www.youtube.com/watch?v=hhcAbE8ahGg via Diigo https://www.youtube.com/watch/hhcAbE8ahGg August 01, 2022 at 07:59PM
0 notes
who16be · 2 years
Text
¿Debemos respetar LEYES INJUSTAS? | Critón, de Platón | Filosofía desde cero - YouTube Found on YouTube: ¿Debemos respetar LEYES INJUSTAS? | Critón, de Platón | Filosofía desde cero https://www.youtube.com/watch?v=hhcAbE8ahGg via Diigo https://www.youtube.com/watch/hhcAbE8ahGg August 01, 2022 at 08:07PM
0 notes
ruthramirezblog · 3 years
Text
¿Te identificas con algún elemento?
Si, con el elemento del agua
¿Cual crees que es el elemento más importante?
El del fuego y el agua
¿Porque?
Creo que el elemento del agua nos ayuda día a día y el elemento del fuego lo siento tan poderoso que con una llama de fuego sea pequeña puede destruir o causar un gran indebido.
¿Existen sorfistas en la actualidad?
Si, es un deporte que una variedad de personas practican en la actividad.
¿En donde podemos encontrar a esos sorfistas?
En las playas
¿A que se refiera la sociedad adulta cuando habla de gente que corrompe el pensamiento de los jóvenes ?
Normalmente las personas piensan que pueden cambiar a otras personas o llevarlas por un mal camino pero nadie puede corromper a nadie solo se puede corromper el que quiere ser corrompido
¿Que les ocurre a los Socrates de hoy?
Sócrates está persuadido que el mayor bien del ser humano no consiste en atender a las cosas que le pertenecen, a las que posee, sino más bien a lo que es el él mismo
¿Quienes son ?
Los Sócrates es “el sano y intacto”
¿Cómo se le condena actualmente?
Tras el juicio realizado por el Tribunal de los Heliastas, el filó- sofo fue condenado a muerte.
¿Serías un participante?
No
¿Porque?
No va conmigo
1 note · View note
big-takeshi · 3 years
Text
Si hacemos un breve retrato de Sócrates, modelo para tantos y tan variados seguidores, podríamos decir que fundamentalmente fue un ciudadano ateniense modélico, que llevó una vida en extremo austera, que, en cuanto al valor que otorgaba a la sabiduría, era bastante escéptico, pues ésta se reducía a un método simple para reconocer lo bueno y lo justo y sólo era válida si el hombre adoptaba un comportamiento coherente con esta sabiduria que evitara cometer injusticias, y que dedicó toda su vida a enseñar de forma gratuita estos sencillos principios a sus conciudadanos dando siempre ejemplo con su conducta. Así es como Sócrates, para ser coherente con esta doctrina y no desobedecer las leyes de Atenas a las que siempre se había sometido, aceptó su condena a muerte de un modo ejemplar. JUAN PEDRO OllVER SEGURA.
0 notes
manuelverdugo · 4 years
Text
Historia de Platón
Tumblr media
Busto de Platón del siglo IV a. C., copia romana de un original griego (Museo Pio-Clementino del Vaticano).
Platón fue un famoso filósofo griego que nació en Atenas en el cuatrocientos veintisiete (427 antes de Cristo). 
Criado en el seno de una familia aristocrática, Platón abandonó su interés inicial en la política y sus aficiones literarias por la Filosofía atraído por Sócrates. Fue su discípulo durante veinte años y se enfrentó abiertamente a los sofistas (personas que enseñaban sabiduría). 
Tras la condena a muerte de Sócrates, huyó de Atenas y se apartó completamente de la vida pública. No obstante; los temas políticos ocuparon siempre un lugar central en su pensamiento, y llegó a concebir un modelo ideal de Estado. 
Viajó por oriente y el sur de Italia, donde entró en contacto con los discípulos de Pitágoras. Tras una experiencia negativa en Siracusa como asesor del Rey Dionisio I El Viejo, pasó algún tiempo prisionero de unos piratas hasta que fue rescatado y pudo regresar a Atenas. 
Allí fundó en el año trescientos ochenta y siete (387 antes de Cristo), una escuela de Filosofía, situada en las afueras de la ciudad, junto al jardín dedicado al héroe Academo, de donde procede el nombre de Academia. 
La academia de Platón, una especie de secta de sabios organizada con sus reglamentos, contaba con una residencia de estudiantes, biblioteca, aulas y seminarios especializados. 
Fue el precedente y modelo de las modernas instituciones universitarias. En ella se estudiaba y se investigaba sobre todo tipo de asuntos, dado que la Filosofía englobaba la totalidad del saber. 
Poco a poco fueron apareciendo las disciplinas especializadas que darían lugar a ramas diferenciadas, como la Lógica, la Ética o la Física. 
Tumblr media
Platón en La escuela de Atenas; señala al cielo en alusión al Mundo de las ideas.
Pervivió más de novecientos años, hasta que Justiniano la mandó cerrar en el quinientos veintinueve (529 después de Cristo). En ella se educaron personajes de importancia tan fundamental como su discípulo Aristóteles. 
A diferencia de Sócrates, que no dejó obra escrita, los trabajos de Platón se han conservado casi completos; Las Nubes, El Banquete, La República, entre otros. La mayor parte están escritos en forma dialogada, siendo el primer autor que utilizó el diálogo para exponer un pensamiento filosófico, lo que originó ya por si mismo un elemento cultural nuevo. 
Una característica del estilo Platónico es su empleo del mito, para hacer más evidente el pensamiento filosófico. Sin duda el más célebre de ellos es el mito de la Caverna, utilizado en La República. 
Platón; pasó sus últimos años dando clases en su Academia y murió en el trescientos cuarenta y siete (347 antes de Cristo) con ochenta y un años. 
Las ideas de Platón influyeron sobre toda la historia posterior del mundo occidental. Su concepción dualista del mundo y del ser humano, la superioridad del conocimiento racional sobre el sensible o la división de la sociedad en tres órdenes funcionales. 
Estas serían ideas recurrentes del pensamiento europeo durante siglos. Como que el alma es inmortal.  
Al final de la antigüedad, el cristianismo encontró en Platón muchos puntos afines en los que sustentar sus concepciones religiosas. 
En los siglos XV y XVI, la admiración hacia la Filosofía antigua que caracterizó el Renacimiento Europeo, llevó a un último resurgir de sus ideas. 
Junto con su maestro Sócrates y su discípulo Aristóteles, Platón es la figura central de los tres grandes pensadores de la antigüedad. 
via Blogger https://ift.tt/3epiisx
0 notes