Dois textos, um início: “faz muito tempo desde a última vez em que comecei um blog”
Foi por acaso... mentira, não foi não. Foi uma atitude bastante provocada que me fez lembrar de ter guardado um documento de rascunho criado durante uma velha tentativa de voltar a ser uma aspirante a escritora.
Sinceramente, eu acreditava ser um documento bem antigo, mais ou menos de 2010, mas que provavelmente estava só na minha memória mesmo. Ainda assim, aquela pulsão masoquista disfarçada de curiosidade acerca dos próprios textos antigos fez-me vasculhar um velho notebook cuja tela não tem um pixel vivo sequer.
E não é que consegui resgatar essa maravilhosa ruína? Pois é! Surpreendeu-me que o tal arquivo realmente existia, não era uma lembrança criada pela minha mente atordoada por uma vida de repreensões e, mais recentemente, por dois episódios de burnout.
Claro que essas duas surpresas - lembrar do documento e achá-lo - não bastariam nesse pequeno fragmento da minha vida, por isso, lá estava ela, a data da última modificação: 2006.
Sim, é isso mesmo, sou velha nesse tanto. 2006 foi, provavelmente, a última vez em que tentei iniciar um blog até este momento, e ela começou e acabou assim:
Faz muito tempo desde a última vez em que comecei um blog.
Quase um poema marginal retratando a pós-modernidade líquida, não é mesmo?
Pois bem...
Faz muito tempo desde a última vez em que comecei um blog. Na época, o medo de as publicações impressas morrerem por causa das novidades da internet ainda era pauta recorrente. Os blogs eram pessoais, e não modelos de negócios. As pessoas conversavam pelos comentários, eventualmente, conheciam-se ao vivo e, em alguns casos, assim nasciam amizades duradouras.
Foi desse modo que conheci muita gente, apesar de, entre 2001 e 2006, criar e deletar blogs com uma frequência crescente até desistir de vez das publicações. Agora, cerca de catorze anos depois, aqui estou eu de novo – dessa vez, para mim.
E, vou dizer, tem uma coisa que não muda: o primeiro post de um blog é, sem dúvida alguma, o mais difícil! É como a primeira consulta com um psicólogo, terapeuta ou psiquiatra, mas sem essa pessoa que vai “cobrir” os silêncios e incentivar um caminho para a fala. É tudo responsabilidade sua, por isso, dificilmente vai ser linear.
Seja como for, para alguém que gosta de escrever, mas cuja voz interna foi acusada de ser vexaminosa e acabou encarcerada em regime semi-aberto nas sombras do pensamento, espero que isso aqui seja duplamente terapêutico – pela necessidade de construir um debate com múltiplas vozes (a.k.a reunião de "condomínio") e pelo objetivo principal que tenho aqui.
Vou apresentar as conversas internas estimuladas pela terapia, mas que ocorrem fora das sessões, e assuntos que não levo ao consultório por falta de tempo, vergonha ou medo.
Aliás… que medo de passar vergonha!
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Vai para a pauta:
uma vida de repreensões
dois episódios de burnout
foi desse modo que conheci muita gente
criar e deletar blogs com uma frequência crescente
voz interna foi acusada de ser vexaminosa
encarcerada em regime semi-aberto nas sombras do pensamento
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Bom dia, segunda feira, semana que começa, fisioterapia, ainda com dor mas vamos cuidar disso!! @cahlinden @larilinden @rodolfo_quelhas @lucasdecrescenzo @lucianaangelote @renataolyve #comecardenovo #encararador #cuidardesi #fisioterapia #coragem (em Panificadora e Lanchonete Excelencia do Pao) https://www.instagram.com/p/BzGJA84h_J9/?igshid=1j5vxcafqxfsa
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O estado da pessoa após o treino, é o mesmo da ficha da foto 2. 😥😅 (E antes da musculação teve 1h de #zumba). . #treinoconcluido #pago #done #comecardenovo #praficarfortinhaecrescer (em Lions Fit) https://www.instagram.com/p/Bs8EFMYnz3x/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=6wn74ut00a3p
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