#coletivo de poesias
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Terceiro desafio de Poesias
(Temática sugerida por Lunna Guedes) Esta será o nosso TERCEIRO Desafio de Poesias com temática definida e métrica livres, sendo, portanto, a única exigência que a Obra seja um Poema. Apresentação Desde que lançamos o Coletivo 2017 encontramos um caminho particular e exclusivo para a publicação coletiva de poemas, contos e crônicas… reunindo vários autores a partir de um tema que possibilita…
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#coletivo de poesias#desafio de poesias#inscrição#projeto coletivo de poesias#regulamento do desafio de poesias
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As nossas escolhas afetam o todo
As nossas escolhas afetam o todoNegar é o momento de escolha,Livre, quem sabe?Individual, talvez.Certamente induzidoPela escolha do coletivo.Os frutos são:Envenenados por escolhasEmocionais vazias,Desprovidas de razão.Escolhas elaboradasNo âmbito da emoçãoVêm carregadas de insensatez,Discursos de ódio e intolerância.Toda vezQue o diálogo razoável é descartado,O que resta é baixaria.Por que perder…
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#As nossas escolhas afetam o todo#autoconhecimento#Brasil#coletivo#escolha#frutos#individual#induzido#livre#memoria#memoria e poesia#mensagem#momento de escolha#Mundo#negar#poema#poesia
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The Holy Mountain (1973)
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Em 1929, ao escrever o Manifesto do Surrealismo, o poeta francês André Breton ponderou sobre como o homem tornou-se pertencente, de corpo e alma, a uma espécie de “imperativo prático” que sufoca a expansão dos gestos, das ideias e da capacidade do sujeito de se conectar com experiências excepcionais – como o amor –, restringindo e constrangendo sua própria capacidade de transformação e transcendência.
Ao procurar resolver a contradição entre sonho e realidade, a arte surrealista permite-se imergir no universo dos sonhos, do irracional e do inconsciente, do fluxo e influxo da imaginação e dos desejos, do delírio, do torpor e da catarse.
Solve et coagula.
De acordo com Breton:
A imaginação talvez esteja prestes a reafirmar-se, a reivindicar seus direitos. Se as profundezas de nossa mente contêm forças estranhas capazes de ampliar aquelas da superfície ou de travar uma batalha vitoriosa contra elas, há toda razão para agarrá-las — primeiro para agarrá-las, depois, se necessário, submetê-las ao controle da nossa razão (BRETON, André. Manifestoes of Surrealism. Translated from the French by Richard Seaver and Helen R. Lane. The University of Michigan Press, p. 10) (tradução livre).
A par disso, e depois de quase dez anos, assisti novamente “The Holy Mountain” (1973), do diretor chileno Alejandro Jodorowsky.
Lembro-me de ter lido uma resenha que definia o filme como sendo uma “jornada iniciática”, e melhor definição não há. O Mistério – guiado pelo próprio Jodorowsky, aqui Alquimista – se traduz na exploração de conceitos como riqueza terrena e imortalidade, e na influência contracultural que eles exerceram (especialmente) no século passado.
Nele, um grupo de peregrinos se lança em uma jornada rumo à uma ilha mítica onde deverão escalar a Montanha Sagrada em busca de iluminação espiritual. Cada um desses peregrinos representa um planeta do sistema solar, e, como tal, incorpora uma forma e exerce uma função, em nível individual e coletivo. Em meio ao todo subjaz o Ladrão-crístico, no qual o próprio espectador se espelha, sujeitando-se aos ordálios do seu Destino (Fate) e às surpresas do terrível e fantástico Desconhecido (Unknown).
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Crítico à cultura bélica ocidental, aos Estados Unidos e às tensões políticas entre Chile e Peru, o filme adota uma linguagem mística, torta, e não raro subverte os signos, em um ambiente de estranheza, transgressão e simbolismo existencial cru, por vezes sacrílego, frequentemente ultrajante e quase sempre hipnótico.
O homem propõe e dispõe. Ele, e somente ele, pode determinar se é completamente senhor de si mesmo, isto é, se mantém o corpo de seus desejos, diariamente mais formidável, em um estado de anarquia. A poesia o ensina a fazê-lo. Ela carrega em si a compensação perfeita para as misérias que suportamos (BRETON, André. Op. cit., p. 18) (tradução livre).
E então, afinal de contas, qual é o significado do filme?
Depende.
Conforme propõe Jacques Lacan (e a referência, aqui, se deve ao meu recente interesse pela psicanálise lacaniana), não há significados fixos. Embora eles sejam determinados pela relação entre significantes dentro do registro do Simbólico, formado tanto pela linguagem quanto pelas regras sociais que organizam a comunicação, as relações e o desejo, a posição do sujeito no campo simbólico influencia sua experiência do significado.
Experimente-o, portanto.
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Diz-se que a obra provocou feroz controvérsia no Festival de Cinema de Cannes de 1973. Não tenho dúvidas de que ela continue instigando a mesma inquietação em alguns espectadores do Séc. XXI, especialmente dentre aqueles que se levam muito a sério.
O filme termina com uma aviltante piada, da melhor forma possível.
Duração: 92 minutos.
Atualmente indisponível para streaming no Brasil.
Para finalizar, algumas curiosidades.
Além de ser reconhecido especialista do tarô de Marselha (é dele o famoso livro "O Caminho do Tarot", publicado no Brasil pela Editora Chave), o próprio Jodorowsky é dado como alternativa ao Arcano 1 – O Mago, do tarô “Terra Volatile” (eu só soube disso ao manusear o deck).
"The Holy Moutain" é referenciado no curta metragem "Born Villain", lançado por Marilyn Manson em 2012 (direção de Shia LaBeouf).
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Mediação de Leitura à pessoa idosa - Biblioteca Raimundo de Menezes, 30 de novembro de 2024.
Começo este texto com "um soco no estômago": a sexta edição da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", do Instituto Pró-Livro, divulgada em novembro pelo g1, apontou que 53% dos entrevistados não leram nem mesmo parte de uma obra nos três meses anteriores à pesquisa.
A média de leitura de um livro inteiro é de apenas 0,82 por entrevistado. Detalhe: foram mais de 5 mil pessoas ouvidas de todo país.
Aí eu pego um sábado, vou à biblioteca Raimundo de Menezes, esse local que me acolhe tanto, visitar a Jeane Silva e sua galera para falar de literatura, de leitura, de poesia e de poema.
Também foi um momento para falar de minha experiência como escritora, dos dois livros que escrevi e, principalmente, (com)partilhar histórias e vivências.
O trabalho de Jeane, que falei tantas vezes aqui, é aguerrido: mesmo com poucos recursos, ela se desdobra para falar do livro e da importância da literatura, não apenas para o seu público, a pessoa idosa, mas também para qualquer pessoa que deseja viver a experiência da leitura.
Sabemos do apagamento histórico desse hábito, relegado às elites e quem tem mais grana. Digo isso porque, mesmo com as bibliotecas públicas e espaços de leitura gratuitos, a aquisição de um livro não é para qualquer um. Para piorar, o livro é ainda visto como algo "para fazer lição", "receber uma nota" e, principalmente, requer um refinamento de interpretação do texto.
Cara, até eu, no alto de meus 42 anos, pego alguns textos que leio um quilo, e entendo 100 grs.
E agora? Vamos "esculhambar" a escrita? Vamos mudar o jeito de escrever?
Não sei. Só sei que quando damos aquele passo para trás, percebemos a jornada da leitura como algo muito mais profundo e complexo que apenas apontar para o "gosto" de cada pessoa leitora.
Não adianta culpar a questão política, educacional, pessoal para entender as razões de ler ou não ler livros.
No meu entendimento, que chega a ser um tanto pueril, admito, é preciso tornar o livro divertido, por mais sério que seja o assunto.
Ações incríveis como as que acontecem na Raimundo de Menezes e em tantos espaços, por meio de coletivos, inclusive nas nossas quebradas, só engrandece a responsabilidade que esse objeto, o livro, tem em nossas vidas.
Agradeço à Jeane (que também disponibilizou as fotos) e ao pessoal pela oportunidade.
Sigamos lutando. Sigamos em frente!
#sampalovers#literatura brasileira#eventos#livros#raimundodemenezes#literatura#biblioteca#bibliotecas
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Outros Deuses e Seus Epítetos - As Musas
Olá philoi!
Continuamos nossa série de posts dedicados a falar um pouco sobre os epítetos, culto e aspectos relevantes sobre várias deidades com, dessa vez, um grupo de Deusas bastante relevantes para a tradição cultural helênica: As Musas!
Descritas como as inspiradoras dos poetas, pensadores, historiadores e escritores em geral, as Musas são as patronas de toda sorte de arte antiga. É dito que Pitágoras fazia oferendas de bois quando fazia alguma descoberta na geometria e que poetas antigos faziam oferendas a ela antes de iniciarem suas canções. Vemos invocações às Musas dos mais variados autores e poetas, até a atualidade.
Mais comumente as vemos agrupadas em nove, sendo estas referidas na mitologia como as filhas de Zeus, Rei dos Deuses, e de Mnemósine, a Deusa-titã das memórias e inventora das palavras.
Menos comumente, vemos outros agrupamento de Musas, algumas descritas como filhas de Apolo, outras sendo ainda mais antigas que as filhas de Zeus, sendo filhas de Urano, os Céus, e Gaia, a Terra.
Por fim, seguimos detalhando seus epítetos, nomes e descritores mais comuns em seguida.
Os locais mais comuns de culto às Musas que temos em registro concerne o Monte Hélicon na Beócia e a Piéria, na Macedônia. Ambas regiões icônicas associadas a mitos de seu nascimento que continham templos para as Musas no passado.
Antes de focarmos em seus epítetos, visto que se trata de um coletivo de deidades, focaremos em seus nomes.
As Nove Musas da Piéria (Filhas de Zeus e Mnemósine)
Chamadas de Piéridas (Em grego Πιεριδες, Pierides), estas Musas são as mais conhecidas e representadas em arte. Filhas da união de Zeus e Mnemósine, seus nomes, significado de cada nome e domínios são: Calíope, (Bela Voz) musa da eloquência e poesia épica Euterpe, (Agradável) musa da poesia lírica Tália, (Festividade, Florescer) musa da comédia Melpomene, (Celebrar com música e dança) musa da tragédia Erato, (Amável) musa da poesia erótica e amorosa Polímnia, (Muitos hinos) musa da literatura sacra e hinos religiosos Urânia, (Celestial) musa da astronomia e astrologia Clio, (Glória) musa da história Terpsícore, (Que se deleita em dançar) musa da dança e dos corais.
Dentre todas as variações deste grupo de deidades, as Nove Musas da Piéria são tidas como as mais conhecidas e têm domínios individuais assinalados a cada uma. Até a atualidade são representadas em obras artísticas ladeando Apolo, deus da luz e das artes em geral, como suas companheiras, amantes (em diversos mitos) e parceiras de domínio.
Em epíteto também são chamadas de Castálides (da fonte da Castália), Helikonides (do Monte Hélicon) ou Parthenoi Helikoniai (Donzelas do Hélicon).
Os epítetos das Musas são bastante relativos a seu local de culto, percebe-se, sendo também chamadas de Olímpiades (do monte Olimpo), Ilisíades (do rio Ilísio) ou Pegasides (do Pégaso, o cavalo alado dito ter criado as fontes do Hipocrene no Hélicon com seus cascos, onde as Musas residiam).
As Musas Titânides (Filhas de Urano e Gaia)
Um agrupamento de Musas descrito pelo antigo poeta espartano Álcman e tardiamente por outros escritores como os romanos Pausânias e Cícero. Seu número entretanto varia entre 3 - 4 Deusas, mas não há consenso geral. Segue abaixo os nomes destas Deusas das artes.
Meletê (Prática) / Mneme (Memória) / Aoide (Canção) / Arkhê (Começo) / Thelxinoe (Encantadora de Mentes)
Autores diferentes agrupavam as filhas de Urano e Gaia entre os nomes acima, sendo válido ressaltar que os fragmentos que relatam os nomes destas Musas Titânides são tão antigos quanto o século 7 AEC (Antes da Era Comum), em torno de um século ou dois após a morte de Hesíodo e Homero.
As Musas Apolônidas (Filhas de Apolo)
Um terceiro agrupamento de Musas também era cultuado na antiguidade, particularmente em Delfos. Estas Deusas das artes seriam filhas do Deus olimpiano da luz, sem mãe atestada nos relatos antigos. Seus nomes vêm em duas variações, seguindo abaixo.
Cêfiso (Do rio Cêfiso) / Apolônis (de Apolo) / Borístenis ([?] + Força)
As três eram chamadas por nomes referentes às notas da lira:
Nete (Nota mais baixa da lira) / Mêse (Nota média da lira) / Hípate (Nota alta da lira)
Independendo de qual grupo de Musas, a todas elas são atreladas o domínio sobre as artes, conhecimento e inspiração para diversos processos onde a mente e a criatividade se enlaçam. Para nossa espiritualidade helênica, sua presença é indispensável, visto que o culto e celebração se fazem usufruindo das artes das Musas - cantando, alegrando-se em hinos e louvores que invocam os Theoi.
É interessante analisar, de um ponto de vista moderno, que as Nove Musas em especial sejam filhas da Memória (Mnemósine) e sejam diretamente atreladas a razão pelas quais muito da cultura helênica antiga chegou a nós. As artes, histórias, poesia e hinos nos informam e educam sobre muito das divindades, sendo um componente essencial na espiritualidade e no ethos helênico.
No mais, as Musas são deidades imprescindíveis e com um domínio vasto. Que Elas continuem a nos inspirar e insuflar as belas artes no âmago de nossos corações. Encerremos o post com seu hino homérico, traduzido por Rafael Brunhara.
Que pelas Musas eu comece e por Apolo e Zeus. Pelas Musas e pelo flechicerteiro Apolo homens aedos sobre a terra há e citaredos e por Zeus reis. Feliz quem as Musas amam: doce lhes flui da boca a voz. Salve, filhas de Zeus, e honrai minha canção Depois eu vos lembrarei também em outra canção.
#mousai#the muses#As Musas#outros deuses#epítetos#epithets#politeísmo helênico#hellenic polytheism#helpol
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Poesia para despertar revoluções possíveis
reportagem sobre a noite do Slam das Minas Bahia em 13 de julho de 2024 (Salvador, BA)
para a Theia Acesa
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Ontem estive presente na batalha de poesias Slam das Minas Bahia. Foi a terceira edição e última classificatória para a batalha final de 2024. A vencedora deste ano seguirá para a competição no Slam Bahia, com a possibilidade de seguir para a disputa nacional. Em atividade desde 2017, a iniciativa que busca fortalecer o protagonismo de escritoras e poetas pretas da Bahia, realiza mais do que uma competição quando ocupa a cidade de Salvador amplificando vozes de suas periferias.
Esta edição do Slam fez parte da programação do 12º Julho das Pretas, articulação criada pelo Odara - Instituto da Mulher Negra para mobilização de uma agenda conjunta de ações em torno do Dia Internacional da Mulher Negra Afrolatina Americana e Caribenha, celebrado anualmente em 25 de julho. A agenda do Julho das Pretas deste ano conta atividades de mais de 250 organizações por todo Brasil, Argentina e Uruguai.
Essa foi minha primeira vez numa batalha de poesia depois de mais de 10 anos namorando pela internet diversos slams, vendo inclusive o nascimento do Slam das Minas BA e de outras competições da palavra falada. O Slam aconteceu na Casa do Benin, museu histórico situado no Pelourinho que guarda memórias das culturas afrodiaspóricas ancestrais e contemporâneas. Instrumentos musicais, tecidos estampados, peças de cerâmica, fotografias e outros itens compõem a exposição permanente. Destaco aqui uma peça com o mapa da República do Benin todo feito em tecido, com retalhos coloridos demarcando cada estado e seus respectivos nomes costurados com linha. Já entre as fotografias, estão duas que marcam a visita de Gilberto Gil ao país na década de 80.
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Dialogar abertamente para evidenciar a estrutura racista que sustenta a "guerra às drogas"
Nesta edição a batalha foi precedida pela roda de conversa “Por uma política sobre drogas com redução de danos e reparação”, com participação de Lorena Pacheco (Odara Instituto da Mulher Negra), Belle Damasceno (Iniciativa Negra) e Laina Crisóstomo (Pretas por Salvador). O maior lembrete para esta conversa foi dito mais de uma vez: quando falamos de políticas sobre drogas, não estamos falando sobre as substâncias, mas sobre as pessoas. “Ninguém atira num saco de pó, ninguém atira em um beck”, como foi bem colocado por Belle. Ainda estamos na batalha para que a sociedade compreenda que falar sobre drogas não é falar sobre segurança mas sim sobre saúde pública, ainda mais quando tal “segurança pública” mata a população preta no Nordeste de Amaralina com a justificativa de uma suposta guerra às drogas enquanto o bairro branco da Pituba aparece nas estatísticas com alto índice de apreensão de uso/porte de entorpecentes e nem por isso vira um campo de batalha nessa tal guerra. A conversa também é oportuna, pois acontece logo após a notícia da decisão do STF pela descriminalização do porte pessoal de maconha em parâmetro de 40 gramas ou 6 pés da planta cannabis sativa, diferenciando o usuário de traficante. “Se para uma pessoa branca essa decisão é sobre o direito de fumar, para a população negra, é sobre o direito de viver”. E justamente porque é um assunto de vida e morte, todas as falas da roda afirmaram e demandaram das pessoas presentes um posicionamento coletivo sobre o assunto através do diálogo em todos os âmbitos e círculos da vida cotidiana. Sem contar o bom e óbvio lembrete da Laina Crisóstomo: ao falar de maconha “estamos falando da história da criminalização de uma planta”.
“Protagonismo, acolhimento e potência na rima” para além das batalhas
Uma vez fechada a roda organizamos os assentos para a batalha de poesia. O público do Slam é formado majoritariamente por mulheres da juventude negra da capital baiana, mas naquela noite um dos momentos mais emocionantes foi protagonizado pelas ainda mais jovens, as crianças. Nos momentos de microfone aberto nos intervalos da batalha, três delas apresentaram textos de nomes contemporâneos da poesia soteropolitana como Giovane Sobrevivente, abordando o racismo estrutural, misoginia e violências coloniais ao mesmo tempo que, em suas poesias autorais, as meninas ressaltaram as características singulares de beleza e força dos povos que criaram nesta terra raízes de resistência. Ao final do Slam conhecemos a mobilizadora que acompanhava as meninas junto com seus responsáveis. Gisele Soares, deusa do ébano do Ilê Ayê, apresentou o projeto “Omodê Agbara: Criança Empoderada”, em que trabalha pela construção identitária de meninas e meninos de Salvador através da dança afro.
“Protagonismo, acolhimento e potência na rima”, a frase de convergência para as poetas no palco também é a atmosfera que envolve o Slam das Minas. A condução da Mestra de Cerimônias Ludmila Singa, do início ao final, foi de incentivo, encorajamento e abertura para que as poetas na casa se abrissem pra jogar suas palavras no microfone. Uma informação interessante que ouvi foi sobre o desaparecimento de muitas slammers após o período de pandemia e que nesse sentido o Slam das Minas além de fomentar a chegada de novas poetas, busca chamar de volta aquelas que por quaisquer razões se afastaram ou desistiram da prática. Também foi pontuado por Ludmila a trajetória de “sucesso” de alguns slammers nos últimos anos. Xamã foi citado como um desses exemplos, poeta que ascendeu nas batalhas de poesia e que agora está atuando na Rede Globo. Vejo sucesso entre aspas pois, no caminho de prática anticapitalista que aprendemos enquanto vivemos na lida diária da Guilda Anansi, observamos as armadilhas de associar o dinheiro e a visibilidade nacional à ideia de êxito. Há de se ponderar o quanto ser bem sucedido nacionalmente nos distancia da nossa comunidade mesmo que “lá fora” estejamos falando por ela. A “globalização” permanece sendo uma grande armadilha quando se deseja subir ao topo e, indo no caminho contrário, ressalto que assim como todo mundo ali presente, eu vi o sucesso e êxito do trabalho de 7 anos do Slam das Minas quando a menina Dandara recitou seus poemas no microfone representando o futuro que já brinca aqui entre nós.
Confesso que me surpreendi com a quantidade de poetas que se apresentaram para a batalha da noite. Apenas Ane, Eva e La Isla se inscreveram, de forma que não houve uma disputa pelo pódio, apenas pelos lugares a serem ocupados. Nas três rodadas as poesias declamadas conhecemos a verve de cada poeta em palavras de combate ao verdadeiro inimigo, de acolhimento e cuidado entre mulheres, de saudação às raízes ancestrais. Ouvir poesia é raro e ali fiquei à vontade pra me deixar permear por cada fala.
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Quando vou a Salvador sempre faço uma breve passagem pela praça Castro Alves e lembro o poeta basilar que inspira justamente por isso, por usar a própria voz e dizer em versos (ou não) o que lê do mundo ali, na Rua, lugar que a Bruxaria Mariposa me ensina a amar. E se essas mulheres me inspiram ainda mais é também porque elas vão mais fundo que Castro Alves pois são mulheres e porque não silenciam mesmo quando vemos lá do fundo do palco a luz piscante da viatura policial que se manteve parada à porta da Casa do Benin durante todo o evento. De forma que a competição, como também foi ressaltado por Ludmila Singa, figura como parte de um movimento que é revolucionário porque existe e permanece, se propondo a marcar o tempo.
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Acredito que só uma coisa me fez falta durante a noite, e é essa falta que coloco aqui como reflexão e desejo concreto para o futuro do Slam das Minas. Ouvi sobre saúde, segurança, educação mas não ouvi falas que indicassem o autoreconhecimento dessa iniciativa como uma ação cultural em seu sentido fundamental de cultivo e movimento que pode ter um grande poder de decisão dentro das políticas culturais brasileiras que, desde o retorno do Ministério da Cultura, tem passado por um processo de estruturação inédito na história do país. Um dos aprendizados que estamos vivendo em Serra Grande, no município de Uruçuca, através da organização da sociedade civil pela implementação das políticas públicas culturais é justamente este. Quem movimenta a comunidade, ou as comunidades, em torno da cultura precisa se reconhecer como agente cultural para a partir daí exercer tal papel no território e vejo esta grande potência mobilizadora pelos direitos culturais nos slams. E se assim puder deixar como sugestão nesta reportagem, desejo ver o Slam das Minas BA circular por todos os municípios da Bahia, buscando mulheres poetas e amplificando vozes de diferentes realidades deste estado tão vasto geográfica e culturalmente. Vida longa ao Slam das Minas Bahia!
#Theia Acesa#reportagem#revérbero#guilda anansi#políticas culturais#direitos culturais#feminismo#violência#racismo estrutural#Salvador#Bahia#Slam das Minas Ba#slam#poesia
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Quem sou eu?
Somos seres inacabados que se formam e reformam a cada momento. Somos este amontoado de fragmentos desconexos; nada é substancial, permanente ou imutável em nós. Ao mesmo tempo, somos capazes de criar, construir, desejar e interagir com a própria existência, com o mundo e com o outro, em uma troca constante. Nesta relação, o indivíduo se vê como uma parte importante de um todo coletivo, um sistema-corpo que necessita de seus membros para um bom funcionamento saudável. Somos seres interativos, vivemos e nos construímos na relação com o outro, sendo assim, dependemos do outro para nosso autoconhecimento, para encontrarmos nossa própria identidade. Meus projetos expressam a minha identidade e foram produzidos através de diversas técnicas e linguagens, como o desenho, a pintura, a gravura, o audiovisual e a poesia. Usar de técnicas variadas foi um recurso para demonstrar a inconstância de nossa identidade, assim como se tornou uma metáfora para a maneira como podemos olhar para a vida: através de gestos singelos, quase invisíveis, de gratidão e de construção, uma reflexão pode ser gerada na mente de alguém e isso pode causar mudanças em grandes escalas. O universo é uma cadeia de eventos em que o efeito de um é a causa do efeito de outro, nos interligando em um aglomerado de acontecimentos em um movimento infinito. Nós geramos este movimento.
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Indiferença popular
Tenho me negado a alguns anos me negado o amor o romance a paixão todas aquelas coisas de quem se adolescente aquelas coisas de quem sente, transborda, afoga, inflama, incendeia Tenho fingido que não vivo por uma história de amor que não leio livros de romance querendo viver que não leio poesias de Neruda pensando em rostos que não penso num futuro coletivo, e não singular Tenho sentido, a necessidade de fingir fingir que não sinto todas essas coisas por que me mostraram que sentir é um ponto fraco e as pessoas não perdoam pontos fracos É sempre o mesmo clichê da traição sempre dói, por que nunca vem de quem se espera Traíram minha confiança, meu amor, meu afeto, meus segredos, minha calma Faço um personagem espero que convença as pessoas mais do que a mim por que me olhando de fora acho tudo caricato, cartunesco, bobo e vazio procuro os meus furos de roteiro, minhas ausências de solidez mas as pessoas, tem caído nesse papo acredite se quiser elas tem caído acreditam veemente que eu logo eu decidi habitar pro longe do amor, e do romantismo e que pensem assim ainda que eu me veja, como um personagem de livro mal escrito um coadjuvante de um manga shounen se eles me verem com essa faceta que criei essa proteção funcionou…
~Atlas (A Grande Narrativa Anil)
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Entro num delírio megalomaníaco da tabacaria de Fernando Pessoa e te encontro na minha tristeza frustrada de sonhos irrealizáveis e expectativas irreais. Te procuro com pedras e me vitimizo. Escrevo quatro ou cinco textos sobre como amar é difícil. Me desaguo em um mar de palavras que talvez façam ou não sentido no local comum que é a dor de cotovelo.
Mas quando são tempos bons e sinto suas mãos em meus quadris e me derreto como manteiga entre seus dedos, e sou devorada pelos seus olhos boca e mãos, me calo. Não há inspiração na alegria, esse é um rio de veredas secas. Porque não estou acostumada a escrever sobre alegria, apenas sobre tristeza e desejo.
Existe uma correlação muito grande no inconsciente coletivo de que as coisas mais profundas são intrinsecamente melancólicas. Não há poesia na alegria, dizem uns. Apenas tolos são alegres. Tolo mesmo é quem acredita nessas baboseiras e não se permite amar com uma chama ardente no infinito entre um intervalo fechado, numa alegria febril e adolescente.
Quero te amar nos seus próprios termos. Permitir com que você me pinte em suas próprias cores, e me manipule como uma boneca. Quero rir aquelas risadas feias, que não se vê na Internet, aquelas em que somos todos dentes e vermelhidão e tosse e falta de ar. Quero estar ao seu lado e pensar: que se dane todas as poesias. Apenas quero sentir o calor do seu corpo e a doçura de suas palavras e não ligar se elas são mentiras ou não. Quero me perder na hipocrisia de odiar uma banda e mesmo assim ouvir um álbum inteiro porque é o seu favorito. Quero me perder na loucura de atravessar um mundo inteiro só para te ver sorrir. Quero cometer o crime de morar junto com seis meses de relacionamento. Quero falar de casamento antes de um ano de namoro. Quero ser idiota, irresponsável, inconsequente, porque sei que no final você estará lá para me segurar a mão e dizer que pelo menos estamos juntos nessa. Em vez de não ser nada, nem nunca ser nada, me basta ser sua e sempre ser sua.
Mesmo que eu me machuque no final e retorne a esse estado vegetativo e terminal de poetas cujo único objetivo na vida é sofrer para escrever mais poemas ruins.
(Hipocrisia — ou o que sou incapaz de admitir)
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Che carregava consigo, ao ser aprisionado na Bolívia, três cadernos: um diário de guerra; um caderno de reflexões e um caderno verde em que tinha anotado, ao longo de anos, 69 poemas preferidos. Sua fama de grande leitor de literatura e poesia era muito bem conhecida por todos os companheiros combatentes. Quando Che assumia o grupo de vanguarda, todos já ficavam tensos porque alguém teria que carregar suas pesadas mochilas cheias de livros. À noite, ao redor da fogueira, enquanto outros dormiam, durante os poucos descansos, era comum encontrar Che perdido entre páginas, lendo incansavelmente. Chana, amiga campesina, dizia que Che, nesses momentos, “ficava caladinho, meio ido, com a cara muito suavizinha e como se estivesse em outro mundo”. Em vários outros momentos, Che falava nas rodas aos soldados e campesinos de Victor Hugo, Rubén Dario, Tagore, Neruda. Um jovem de catorze anos, chamado Acevedo, se surpreendeu ao fuçar os livros na mochila de Che: “Não havia Mao, nem Stalin, e sim o que eu menos esperava, ‘Um ianque na corte do Rei Arthur’”, livro do escritor norte-americano Mark Twain. Che não leu só os escritores sociais ou mais politizados, mas também se apropriou da leitura dos clássicos.
PRA QUÊ?
Mas qual seria o papel da poesia para as revolucionárias e para os revolucionários? Há, claro, uma função mais direta e mais reconhecida: instrumento de propaganda da luta e de denúncia da miséria capitalista. Mas há outra função, muito esquecida, e ainda mais importante: ser um instrumento para compreensão das contradições específicas que um militante revolucionário enfrenta, um instrumento para compreensão de si e do mundo, da luta que trava externa e internamente (pois, sim, o inimigo também é íntimo e pode colonizar nosso peito e coração).
O militante que luta para superar o capitalismo e construir uma nova sociedade enfrenta situações extraordinárias, desafios únicos em seu momento histórico. Por isso mesmo, sofre de alegrias, tristezas e angústias igualmente únicas na busca por se fazer um novo homem e uma nova mulher. Vivenciamos, ainda que de forma embrionária, novos valores, novos sentimentos, novos dilemas que demandam novas palavras, novos canais de expressão! Todo esse movimento subjetivo e singular precisa vir à tona, tornar-se palavra comum, imagem compartilhada, símbolo e questionamento coletivo, permitindo a construção da identidade do ser revolucionário.
Jeff Vasques
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Colecção Cénica, #7
A não edições e o Um Coletivo acabam de publicar O MARINHEIRO / A MAIS TERNA ILUSÃO, livro duplo, ilustrado por João Concha, para celebrar os 110 anos da escrita de O MARINHEIRO, de Fernando Pessoa, e os 10 anos da estreia de A MAIS TERNA ILUSÃO, dramaturgia de Ricardo Boléo a partir de textos seus, de Cátia Terrinca e da referida peça de Pessoa.
Do livro: https://livrosnaoedicoes.tumblr.com/post/729621204697268224/colecção-cénica-7-o-marinheiro-a-mais-terna
/// Pedidos via [email protected] /// Em breve nas livrarias habituais: https://naoedicoes.tumblr.com/livrarias
"Quando estreámos, a 13 de dezembro de 2013, A MAIS TERNA ILUSÃO, nome que demos ao espetáculo em que eu e o Ricardo Boléo escrevemos a partir de O MARINHEIRO, tivemos algumas dúvidas de autoria: colocar-nos-íamos como autores do texto, ao lado de Fernando Pessoa? Essa autoria partilhada pressuporia uma cumplicidade, ou não? O que pensaria Fernando Pessoa se o tivéssemos convidado para escrever connosco? O teatro é um lugar de fantasmas. O MARINHEIRO também os chama. E, agora, tudo isto me parece óbvio — o tempo só o é depois de passar. Por isso, sei que esse texto foi iniciático. (…) Ofereceu ao UMCOLETIVO a matriz poética do labor: foi a partir desta pedra que abandonámos a aparência do teatro para fazermos um pacto com aquilo que nele nos assombra." /// Cátia Terrinca
"O MARINHEIRO, peça de teatro que Fernando Pessoa denominou 'drama estático em um quadro', foi publicada no primeiro número de Orpheu. Numa carta a João Gaspar Simões, datada de 11 de dezembro de 1931, Fernando Pessoa diz: 'O ponto central da minha personalidade como artista é que sou um poeta dramático'. Pessoa quer assim rejeitar a ideia de que é ‘apenas’ um poeta mesmo quando escreve poesia. E em Tábua Bibliográfica, o autor afirma que a individualidade dos seus heterónimos 'forma cada uma uma espécie de drama; e todas elas juntas formam outro drama', unidade dramática a que Fernando Pessoa chamou 'drama em gente'. Com a criação destas individualidades, não apenas literárias mas com biografia definida, várias maneiras de ser, várias estéticas, interações entre si e também com Pessoa ortónimo, o autor tinha em vista a produção de uma obra de arte total de revelação das almas. /// Ricardo Boléo
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Esta edição coincide com o 10.º aniversário do UMCOLETIVO (estrutura financiada pela República Portuguesa - Direcção-Geral das Artes) e também com o da não (edições), em actividade desde 2013.
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Diana Pilatti
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Diana nasceu em Foz do Iguaçu e mora em Campo Grande desde jovem. É formada em Letras pela UCDB e possui Mestrado em Estudos de Linguagens, pela UFMS. Atualmente é poeta e professora. A escritora publicou poemas em diversas coletâneas e revistas literárias e também faz parte do Coletivo Literário Independente Tarja Preta e do Coletivo Literário Mulherio das Letras. Membro da União Brasileira de Escritores de Mato Grosso do Sul - UBE-MS. Diana possui 5 livros publicados: "Palavras Avulsas" (2019), "Palavras Póstumas" (2020), "Palavras Diáfanas" (2021), "Haicais e outros poemínimos" (2022) e "Pequenas Sinestesias" (2023).
Onde encontrar suas obras:
Referências:
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Condição auto biográfica da poesia A poesia pega cacos no chão dela mesma e coloca no papel Ela não vive, ela sobrevive E sobreviver inclui estar em situações que exigem transpor a si próprio para sobreviver Há muita dor, especialmente existencial Logo, há muito material para a poesia se afirmar e existir A poesia vive com seus parentes Contos, crônicas, romances e livros infantis Mas a poesia sendo o que é Um enigma para todos e as vezes para ela mesma Deixa uma solidão inerente na sua existência A poesia as vezes pensa em botar um ponto final Definitivo... Mas como diz a palavra, seria definitivo demais E contemplar o mistério desse fenômeno a que todas as obras têm Deixa implícito que ela mesma cessaria E a poesia quer estar nas páginas de um livro, jornal ou mesmo revistas No íntimo ela quer ser vista Apesar do conforto da solidão deixar estável suas dúvidas perante sua condição. A poesia é inquieta e carente Não para um segundo e a cada situação é uma desculpa para surgir E como toda poesia, ela não tem dinheiro, nem direito a desfrutar com luxuria suas aventuras Como um exilio auto imposto de contraste com a liberdade que exige para existência Ela leva a vida, ou a vida a leva Mas o mais importante, ela está tentando Novos caminhos e novos meios podem surgir É sua eterna busca Existir no papel não basta Por que apenas a vida não basta Ela busca o imaginário coletivo Nem que seja sua virgula Ela está presa a sua condição poética de ser lida Ela pede perdão, as vezes grita aos ventos As vezes sente ódio As vezes indiferença Mas a redenção dela é estar nas folhas de papel Exorcizando uma forma que ela mesma nega Como a um diamante, os vários lados brigam para tomar controle E se colocar no papel E meu papel é ser essa poesia Que nunca tem fim Tem apenas um até logo Até a próxima Até que um dia algo maior caia do céu e diga: “Seu papel aqui foi feito” Ou se um dia simplesmente acabar o papel... Nesse caso, ela será a poesia fora do papel. Mas sejamos otimistas, que seja imortal enquanto durar E se for pra durar, que seja nos olhos dos distraídos Minha luta e seu alívio Viva poesia! Continua nos comentários... https://www.instagram.com/p/Cp-ysUMvKdQ/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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minhas 51 horas em bêagá, um cartão postal de mim pra quem se interessar
toma cuidado, fia ouvi isso umas tantas vezes ao contar que vim sozinha. sozinha não, ocê e Deus, né, fia? pude ver pelo espelho que todos arquearam as sobrancelhas. em seguida, indagavam sempre o mesmo: quantos anos cê tem? eles se asseguravam de que portão adentro eu estava, gesto que mostra uma característica que vi às sobras nessa cidade, em tão pouco tempo: um zelar na mais consueta das formas de quem já nasce a se importar. acho graça no canto esquerdo da boca levantando pra pronunciar algumas palavras, e o arrastar quase que preguiçoso de sentenças, numa calma que remete à proximidade aos territórios baianos. sabe, eu deveria ter investido em paiol pra fazer uns amigos. não vou me aprofundar na informação de que acender um malboro era pedir pra darem um passo pro lado. enquanto noutra ponta do Brasil ratos invadem meu maço. xeque mate não fez juz ao nome, mas o carinho mineiro, esse fez. arredo de Minas com a sensação de que o tempo me trará de novo a essas terras, em que o nome de ruas e praças me contam um pouco da sua história. você sabia que Contagem se chama assim porque lá se contava abóboras? tive as caras de vir. sozinha não, eu e Deus. mas vou te falar: foi o mesmo que estar com meus amigos. o entendimento de estar ali sozinha era o mesmo, o que mudava era a localização geográfica e o sotaque dos arredores. não consegui fugir de sentir essa solitude, mas vejo beleza na malícia que é estar consciente da solidão inerente ao ser humano. e apreciá-la. mas escolher retornar ao conforto do coletivo que te aconchega.
cadin lá, cadin cá. cadin no mundo, vestida de liberdade e sambando com a coragem, contemplar pra aprender, escutar pra entender, e declamar a poesia que é viver
s.
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Tudo está em tudo.
O tempo que corre fluido longe, mostra a força da presença, da guiança.
Os mistérios da vida, e a poesia contida em cada curva dos ventos. Ensinamentos. Somos netas de tantas netas, e filhas de tantos filhos.
Hoje se orquestra no céu algo que os astrônomos mapeiam, e que poucas mentes inquietas conseguem captar. 6 planetas se encontram quase em linha reta com o sol. Tupã. Dia 28, serão 7 planetas, e dia 11 de agosto novamente.
Eu me silencio o no manto dos meus guardiões eu posso aquietar. Início de ano turbulências que nos cegam, nos fazem perder a visão do que verdadeiramente importa.
Ontem em catarse em coletivo contamos um pedacinho da nossa colcha de retalhos feitos de tantos eus, eles, nós. Honrar e reconhecer a força poderosa que nos trouxe a vida através de muitas lágrimas de dor amor. Celebramos e honramos quem nem sequer tivemos a chance de dizer oi.
Em algum ponto do universo cada árvore genealógica se encontra e nos conecta. Ah se as pessoas conhecem verdadeiramente a força das medicinas de quem veio muito antes de nós!
Me recordei e a medida que ouvia palavras, histórias a minha se misturava também. Da manga, abacate ao romã. E o assunto eram nossos avós. Quem são? Quem foram? O que aprendemos ou que dores alguns causaram. Mas toda dor, também esconde outra dor que essa pessoa sentiu e viveu e reproduziu.
Tupi Nohara, Cunhã Poranga.
Cada dia deixo-me conduzir ao lar maior.
Lar é onde cessam nossas fugas.
Kanarô. O nome da minha bisavó, mãe do meu avô materno se chamava Guaraciaba_ no tupi um nome tão preciosa que ela mesmo desconheceu Raio de Sol. Ou lugar do Sol. Sol= Guaraci.
Devíamos experimentar mais ficar sem acender luzes artificiais, deixar os sentidos acalmarem. Sentir o coração ritmado, num acorde sagrado. Cada dia fica mais visível porquê os alquimistas, as bruxas e qualquer um que tentasse revelar os segredos dos antepassados eram exterminados. Mundos mundanos, ruíram em segundos. Se você tem tudo na terra, através dela, porque vamos resignando em viver longe de tudo que nos resgata a ela.
Nada é ao acaso. Lembro no ano passado quando numa trilha nos deparamos com um árvore linda, de um tronco diferente de todos. O óbvio desta geração que pouco sabe do muito que deveria saber só ao olhar. A chamada árvore da vida, esplêndida, gigantesca. Milenar. Abraçamos aquela árvore antes de saber que chamam ela de árvore da juventude, da vida. E lembro de ver pelo menos 3 no parque. Admirada eu estava. Todo mundo devia ter uma árvore da vida no quintal. Seu tronco é super suave ao toque, parece até convite, vem aqui e me abraça.
Saboreio um delicioso chá, por que tudo que tem nome de Jurema só pode ser bom e sagrado. E é mesmo. Se todo dia todos os rituais da vida fossem sagrados, haveria menos desperdício com coisas que muito falam e nada dizem.
Sabor adocicado de planta, com fundinho levemente amargo. Fico pensando em que estado um corpo humano tem que estar pra renegar a si beber das coisas sagradas da vida. Tupi nanã. E sabe lá de onde, ops eu sei sim. Deixa a guiança trabalhar.
Que calmaria é essa que chega a gerar estranhamento após semanas agitadas, perdida, com o modos operandi do mundo moderno. Se tem uma coisa que me bagunça é tentar lidar com esses tantos e tantos dissabores desse modernismo pegajoso.
Existem três tipos de simetria: a simetria reflexiva, a simetria de translação e a simetria de rotação.
Simetria de reflexão, simetria reflexiva, simetria de espelhamento, simetria de imagem espelhada, é a simetria em relação à reflexão.
Os cinco reinos dos seres vivos propostos por Whittaker são: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia.
Alinhar os planetas, os chakras, o Kaíros_kaipoc: O TEMPO OPORTUNO! Das plantas aos humanos, DMT é endógena, e quantas descobertas a neuroquímica tenta desvelar dia a pós dia, que já era sabido bem antes de sermos semente nesta imensa terra. Agonista serotoninérgicos✨🌙
Aho.
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Prepare-se para vivenciar uma experiência que transcende o palco e alcança a alma. Performáticos Quilombo, um coletivo de artistas afrodescendentes, periféricos, indígenas, LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência, eleva a arte a um ato de resistência. Por 13 anos, eles têm transformado histórias e lutas em poesia, música, dança e teatro – gritos criativos que combatem a opressão do racismo e celebram a diversidade humana.O coletivo nasceu como um sopro de ancestralidade e modernidade, carregando em seu DNA a força cultural de nomes como Gilberto Gil, Dona Ivone Lara, Mateus Aleluia, Lazzo Matumbi e Margareth Menezes. Suas influências ecoam das rodas de samba e capoeira aos terreiros de candomblé, ressignificando essas tradições na cena contemporânea.Magia Negra não é apenas um show, é um manifesto cultural. É poesia cantada e dançada, uma celebração do “Nós por Nós” (Ubuntu). Mais do que uma apresentação, é um chamado para a reflexão e a conexão com as raízes que sustentam e moldam o presente.E porque inclusão é parte essencial de sua essência, o espetáculo contará com tradução em Libras, garantindo que a mensagem de amor, luta e resistência seja acessível a todos.
Serviço:
O que: *O show Magia Negra*
Local: SESC Pelourinho
Data: 11 de janeiro de 2025
Horário : 20h
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