#celebração da identidade trans
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A Importância da Marcha Trans: Um Orgulho e uma Luta Coletiva
A Marcha do Orgulho Trans de São Paulo, que se consolidou como um dos maiores eventos da comunidade LGBTQIA+ da América Latina, surgiu em 2018 como um ato de resistência e celebração da identidade trans. Este evento não apenas fortalece a visibilidade e a representatividade das pessoas trans, mas também se tornou um marco na luta pelos direitos humanos no Brasil. Neste artigo, abordaremos a…
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#celebração da identidade trans#combate à discriminação#comunidade LGBTQIA+#Congresso Nacional e identidade de gênero#conquistas da comunidade trans#direitos das pessoas trans#direitos humanos trans#eventos LGBTQIA+ na América Latina#história da Marcha Trans#identidade trans#igualdade social#Instituto Brasileiro de Transmasculinidade#luta por direitos#Marcha do Orgulho Trans de São Paulo#Operação Tarântula#orgulho trans#políticas públicas para trans#resistência trans#transfobia#Visibilidade trans
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Apesar de diversas tentativas de visibilidade ao longo do tempo, com muita resistência, foi a partir de 1969 com a Rebelião de Stonewall (marco inicial da linha do tempo) que o movimento se solidificou, iniciando os processos de conquistas sociais e políticas progressivos em busca da concretização de seus direitos e objetivos de luta.
1970 – Primeiras paradas do Orgulho Gay nos Estados Unidos
As primeiras paradas do Orgulho Gay que ocorreram nos Estados Unidos impulsionaram e se disseminaram pela Europa: em Londres, a primeira ocorreu em 1972, no aniversário de três anos do evento; em 30 de junho de 1979, aniversário de dez anos da revolta, foi a vez de Berlim.
Aos poucos, elas chegaram à América Latina, à Ásia e à África nos anos 90, ocorrendo mesmo em países onde ser gay ainda é ilegal. E assim junho se tornou o mês oficial do orgulho e da diversidade LGBTQI+.
1980 – O Primeiro Encontro Brasileiro de Homossexuais
O encontro em São Paulo dividiu o marco do ano com a ocorrência do primeiro protesto contra a “Operação Limpeza” promovida pelo delegado José Richetti no centro de São Paulo, onde a polícia passava pelas áreas frequentadas pela comunidade, espancando e prendendo sob acusação de vadiagem. Foi a primeira vez que se marchou contra a lgbtfobia no Brasil (muito antes de o termo existir).
O ano também se tornou um marco por ser o ano de fundação do Grupo Gay da Bahia, o primeiro grupo de luta contra a homofobia no país.
1983 – Revolta das Lésbicas Feministas
Protesto organizado pelo “Grupo de Ação Lésbica Feminista do Brasil” após serem expulsar de um bar devido a divulgação do jornal ativista “ChanacomChana” muito por conta de uma invisibilidade dentro da comunidade. A sigla L toma a voz e reivindica sua posição enquanto movimento no intuito de descaracterizar uma visão dentro da comunidade apenas do homem gay como detentor de representação.
1985 – A AIDS assolando o mundo e fundação da GAPA
A AIDS aliada ao preconceito e a falta de informação se tornam um entrave para o crescimento do movimento. Com isso o ano de 1985, marca o ponto de fundação do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (GAPA), primeira ONG da América Latina na luta contra o HIV — e é quando é criado o programa federal de controle da AIDS.
No mesmo ano surge também o grupo Triângulo Rosa, do Rio de Janeiro, que se junta aos outros, como o Grupo Gay da Bahia, no apoio às vítimas e às campanhas de esclarecimento — mas também numa luta pressionando o Conselho Federal de Medicina a retirar a homossexualidade da lista de doenças. Em plena epidemia, os gays brasileiros conseguem uma conquista inédita, anos antes de europeus e americanos. Do estigma nasceu a força necessária para continuar resistindo.
Como mais uma das conquistas que continuam a ser requisitadas mesmo tendo sido aparentemente já concluídas, em 2019 o governo interviu no programa brasileiro de combate à disseminação do vírus HIV, o qual, por décadas, foi referência internacional na luta contra a Aids. Por meio de um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo ministro da Economia Paulo Guedes e pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o nome do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais foi alterado para Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, rebaixando a área de HIV/Aids a uma coordenação. Ou seja, o novo departamento agora também se ocupa de outros agravos como Hanseníase e Tuberculose, infecções que nada têm em comum com as IST e HV.
Essa modificação gera inúmeras consequências desastrosas uma vez que os investimentos, estudos e procedimentos adequados irão sofrer inúmeras mudanças. Sem contar que é uma medida com objetivo claro de inferiorizar os portadores, quase como querendo "pôr debaixo do tapete" e simplesmente tornar invisível um campo extremamente frutífera para a vida e que, mesmo com as baixas de orçamento e com o crescente descaso do atual governo, apresenta resultados positivos cada vez mais, mostrando a seriedade e a capacidade da ciência e dos profissionais brasileiros.
1990 – A OMS retira a homossexualidade da lista de doenças mentais
No dia 17 de Maio, a Organização Mundial da Saúde retira a homossexualidade da lista de distúrbios psiquiátricos de sua Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID), espécie de bíblia utilizada como referência por médicos mundo afora.
Apesar de grande conquista, ainda se encontrava um objetivo em aberto visto que a transexualidade só deixou de ser doença para a OMS em junho de 2018. E, ainda hoje, segundo a Associação Internacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Trans. e Intersexuais (ILGA), ser LGBTQI+ é crime em cerca de 70 países — tendo em alguns, a pena de morte aplicada como punição pelo “delito”. Mas ainda resta a pergunta: Qual é o crime? Amar alguém, querer ser livre, é errado por qual razão?
1992 – Fundação da Associação de Travestis e Liberados (ASTRAL)
Foi fundada pela idealizadora Jovanna Baby, que atuou de forma expressiva na comunidade nos projetos posteriores, a Associação de Travestis e Liberados (Astral), no Rio de Janeiro — primeira organização não governamental na América Latina voltada às pessoas trans dando início ao Movimento Nacional de Travestis e Transexuais, não só para visibilidade mas sim para dar voz na garantia de influência para lutar pelos direitos comuns as integrantes do movimento. No mesmo ano Katya Tapety foi a primeira travesti a conquistar um cargo eletivo no Brasil, o de vereadora no sertão do Piauí.
1996 – Protesto em prol da Visibilidade Intersexual
Durante o encontro anual da Sociedade Americana de Pediatria, em Boston, em 26 de Outubro de 1996, um grupo de ativistas intersexo protestou publicamente contra a “cirurgia cosmética” em bebês nascidos com uma anatomia sexual ou reprodutiva que não cabem à definição simples de masculino ou feminino.
Por se tratar de uma sigla que sofre com a ignorância devido ao completo desconhecimento, a comunidade Intersexual segue cercada de preconceito e invisibilidade. A partir dessa movimentação o dia 26 de Outubro é o Dia Mundial da Visibilidade Intersexual.
1997 – Parada do Orgulho Gay em São Paulo.
Em 1995, uma conferência no Rio de Janeiro foi seguida por uma marcha; em Curitiba, centenas se juntaram num pequeno ato. Mas foi em 1997, em São Paulo que ocorreu a primeira parada pensada e idealizada com a cara da comunidade LGBT no Brasil: Era o evento que misturava todos, com muita luta e muita celebração mostrando que o amor é livre e as pessoas também devem ser.
Hoje em dia, a Parada do Orgulho LGBT atrai mais de três milhões de pessoas e é uma das maiores paradas do mundo.
1999 – Proibição de Terapias de Reversão Sexual
O Conselho Federal de Psicologia proíbe os famosos “tratamentos” da homossexualidade, como por exemplo as “terapias de reversão sexual”.
Entretanto, em 2017 um grupo de psicólogos (denunciados pela prática desses tipos de tratamentos) conseguiu sentença favorável com alegação de “plena liberdade científica”. A luta persistiu e o caso chegou ao STF que proibiu de vez essas práticas em 2019.
A “cura gay” é uma luta a ser defendida eternamente visto que em muitos países como os Estados Unidos, esses tipos de tratamentos continuam ocorrendo, muitas vezes ligados a seitas religiosos.
2005 – Criação da Rede Afro LGBT
Por conta de uma série de embates acerca da diversidade presente dentro da comunidade, além dos marcadores de desigualdade ainda reproduzidos na sociedade, fez-se necessário a criação da Rede Afro LGBT. O grupo foi criado para dar um basta no sujeito LGBT universal idealizado, disputando as narrativas e apresentando a realidade da comunidade que se entrelaça sim com questões raciais e de identidade.
Os preconceitos e atentados contra os indivíduos LGBTQIA+ negros perpassam uma linha embora parecida mas com subjetividades, o que traz a tona a forma como é "tolerado" a homossexualidade desde que apresente um padrão orquestrado. Exatamente nesse contexto que a Rede Afro LGBT desenvolveu, abrindo espaço para englobar e alcancar mais pessoas.
De 2001 a 2011 – Legalização de união estável homoafetiva
O processo de legalização de união estável entre pessoas do mesmo sexo – bem como a adoção e o divórcio – segue sua própria cronologia a partir da aprovação nos países. Em 2001, a Holanda se tornou o primeiro país a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo – assim como o divórcio e a adoção. Em 2005 foi a vez do Canadá e da Espanha; em 2006 foi a África do Sul que legalizou; em 2010, a Argentina se tornou o primeiro país latino-americano.
No Brasil, a batalha foi mais longa, em 2011 o STF aprovou a união estável homoafetiva e só em 2013 que o Conselho Nacional de Justiça aprovou uma resolução que obriga os cartórios a realizarem o casamento homoafetivo. Contudo, ainda segue sendo um processo burocrático longo.
2018 – Registro civil do nome social
Em 2016, a presidente Dilma Rousseff decretou permissão para o uso do nome social de pessoas trans o que se configurou como uma grande vitória. Contudo, apenas em 2018 que o STF decidiu que transexuais e transgêneros podem mudar seus nomes de registro civil e a alteração não precisa de autorização judicial, laudo médico ou comprovação de cirurgia de redesignação sexual. Na decisão, a maioria dos ministros invocou o princípio da dignidade humana para assegurar o direito à adequação das informações de identificação civil à identidade autopercebida pelas pessoas trans.
Dessa maneira, pessoas transexuais que desejam alterar o nome e gênero de registro em sua documentação de nascimento pelo nome social podem procurar diretamente, sem a presença de advogado ou defensor público, qualquer cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais (RCPN) do Brasil para fazer a mudança.
Durante a requisição os cartórios cobram valores diferentes para fazer a alteração do registro civil e a emissão dos documentos necessários em cada estado. Esses valores são determinados pela Corregedoria Geral da Justiça local.
No caso de indivíduos que não podem arcar com os custos, a gratuidade pode ser solicitada diretamente no cartório, basta a declaração de hipossuficiência. Nesse procedimento, não é necessária a assessoria por parte da Defensoria Pública. No entanto, em alguns casos, mesmo que não seja necessário, os cartórios exigem o ofício de gratuidade emitido pela Defensoria Pública como uma forma de comprovante. As demais informações devem ser acessadas de acordo aos sites judiciais de cada localidade.
2019 – A lei enquadrada contra a homofobia
A demora do Congresso no que tange as questões que envolvam os direitos LGBT deixou a cargo da Justiça (e, em última instância, do STF) a última palavra. Sendo assim, em 2019 o STF enquadrou a homofobia e a transfobia na lei de crimes de racismo.
Contudo a decisão não muda o preconceito e a burocracia das delegacias que ainda não estão preparadas para a lei que se tratam de LGBTQIA+ que fazem parte de um movimento político.
2020 – Doação de sangue
Após as conquistas tão vitais como casar com quem quiser ou usar o nome que quiser, doar sangue pode parecer uma conquista inferior e inexpressiva para o movimento. Afinal, a luta era para poder doar sangue, não para receber. Mas é justamente esse o embate: ser considerado tão digno quanto qualquer pessoa na hora de ajudar. Sendo assim, após anos de embates, o STF declarou inconstitucionais as normas do Ministério da Saúde que proibiam homossexuais masculinos de doar sangue.
Pela regra vigente até então, gays só poderiam fazê-lo após 12 meses sem transar com outro homem. A decisão ainda não tem sido automaticamente cumprida mas já é considerada um avanço em meio a todas as batalhas travadas pela comunidade no seu desenvolvimento na sociedade.
No mesmo ano, outro marco ocorreu: A Suprema Corte americana decidiu que um empregado não pode sofrer discriminação no trabalho por ser LGBT. 62 anos após a demissão de Frank Kameny, o astrônomo do Exército que foi demitido em 1958 por ser gay e lutou por direitos iguais por toda sua vida, sua luta se mostrou frutífera. O que prova que a manutenção da permanência na luta deve ser diária e que o caminho é longo, cheio de repressão, violência e preconceito.
Ainda há muito a ser conquistado, a luta não pode parar e a comunidade tem que ser apoiada, respeitada e auxiliada a bater de frente contra a sociedade que ainda é intolerante às diversidades.
Fontes do conteúdo:
https://www.youtube.com/watch?v=55j3JS2YhQI
https://www.youtube.com/watch?v=N4l7VuZ4u5c
https://agenciaaids.com.br/noticia/dia-da-visibilidade-trans-relembre-as-lutas-e-conquistas-do-movimento-trans-no-pais-que-mais-mata-travestis-e-transexuais/
https://www.lgbtpsb.org.br/2020/06/16/orgulho-lgbt-lutas-e-conquistas/#:~:text=Dentre%20as%20conquistas%20alcan%C3%A7adas%20por,direitos%20como%20a%20ado%C3%A7%C3%A3o%20de
https://gamarevista.uol.com.br/semana/orgulho-de-que/linha-do-tempo-direitos-lgbt-no-brasil-e-no-mundo/
https://www.modoparites.com.br/single-post/2020/05/21/a-luta-da-comunidade-lgbt-principais-conquistas-e-desafios
https://www.cnbsp.org.br/?url_amigavel=1&url_source=noticias&id_noticia=17389&lj=1280
https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/governo-desmonta-programa-brasileiro-referencia-internacional-no-combate-ao-hIV-aids1
#lgbt#lgbtq#gay#lesbian#transgender#pride#gaypride#lgbt rights#lgbtqia#lgbtq positivity#politics#conquistas#lgbtqiia+
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#ThisWeek
21.11.22 COLLECT VIRGILIO
22.11.22 COLLECT NARCISO (Dj Set)
23.11.22 COLLECT BEATS SESSÃO DA TARDE
23.11.22 LOUNGE DJ AAGUILAA
23.11.22 MUSICBOX MYKKI BLANCO - CONCERTO
Lamentamos informar sobre o cancelamento do concerto de Mykki Blanco agendado para o dia 23 de novembro na Musicbox.
O comunicado de Mykki Blanco:"Due to the increasing stress, financial and psychological strain of touring in the post Covid music industry, I Mykki Blanco am needing to cancel the remainder of my tour to focus on my mental health. I am grateful to my fans for your support and I appreciate your care and concern. I must prioritize my health as I cannot continue to perform concerts if I am not well. I will be back as soon as I can to give you the best concert possible."
DIDI + YURI RIOS HORÁRIO: 00:00
Di Candido aka DIDI, corpe afrocúir em trânsito por Brasil, UK e Portugal, que trabalha, persiste e resiste por meio da investigação, produção cultural e performance como DJ, cantor e artista visual/multidisciplinar. Idealizadores da unidade criativa em forma de festa Bee. The United Kingdom of Beeshas (bee_lx) nas Damas, como uma das primeiras festas que trouxeram #blackqueermagic para o centro de Lisboa, movimenta-se em conexão coletiva, na produção e atuação direta com BATEKOO, Pumpdabeat, Baile Brabo, Bloco Colombina Clandestina, Afrontosas, BlackPride Uk, dentro outras. Seu percurso conversa com temas relacionados à (re) territorialização coletiva, identidades, ativismo e performance antirracista, na produção cultural e artística quer, negro e imigrante de artistas em diáspora. Em seu trabalho, DIDI conecta-se aos mais variados ritmos e manifestações artísticas afrodiaspóricas, por meio de expressões sonoras e de movimento, do baile funk ao house, do r&b 90/00 ao afro beat.
Yuri é artista brasileiro de São Paulo que reside atualmente em Lisboa. Produz a VORAZ uma festa de celebração de identidades não-binárias e trans, que nasceu no início do ano do seu show de rádio pelo coletivo da Rádio Quântica, que está no ar desde 2020. A sonoridade que Yura apresenta nas pistas de dança não se prendem a um gênero específico dentro da música eletrônica e sim uma mistura de referências e memórias musicais que acompanham sua trajetória. A proposta maioritariamente é sempre trazer músicos e produtores da América Latina, com foco na comunidade queer, criando uma atmosfera única na pista de dança, mas também em uma reflexão sobre o cenário musical atual.
24.11.22 COLLECT CONTRATEMPOS
24.11.22 LOUNGE FANNAR & MÁRIO VALENTE (Meat London)
24.11.22 MUSICBOX TREVO - CONCERTO HORÁRIO: 22:00
Os TREVO, trio composto por Gonçalo Bilé, Ricardo Pires e Ivo Palitos acabam de lançar o segundo single de avanço do esperado segundo disco de originais, "Estava Escrito". O novo tema está disponível em todas as plataformas digitais e vem acompanhado de um videoclipe oficial que pode ser visto no canal de YouTube da banda. "Por vezes vem a nós uma sensação de que o destino está já traçado. Principalmente quando as peças dos nossos puzzles se encaixam da mais harmoniosa forma. Tal como o Trevo, que se uniu e muniu de uma química tão espontânea! Parece que estava escrito... é assim na vida e no amor que a compõe e pinta! ", refere Gonçalo Bilé. É neste contexto que a banda nos brinda com um novo single. "Estava Escrito" é o tema que fala do tal fortuito encontro, que de tão perfeito parece previamente destinado. Este, fará parte de uma compilação de novas histórias, novas canções que serão editadas no novo disco de originais com lançamento previsto para o dia 18 de Novembro.
Neste trabalho juntou-se ao trio o pianista Paulo Borges que assume a coprodução com a banda. O resultado é um Trevo maior e mais exuberante. O concerto de lançamento do novo disco de estúdio está agendado para o dia 24 de Novembro, na sala MUSICBOX, em Lisboa. TREVO é um power trio que teve a fortuna de se cruzar na vida e na música. Os três refletem na música a cultura e boa onda de quem vive e respira perto da praia, do mar, do surf, do skate, do sol, mas principalmente celebram a amizade. Isso ouve-se, sente-se e valeu-lhes uma base de fãs que tem vindo a crescer desde o disco de estreia em 2006. Depois de lançarem o primeiro álbum em 2016, que mereceu destaque nas rádios nacionais e produções televisivas com os temas “Face meu, face meu (quantos likes tens)” ou “Dama de Carmim”, os Trevo fizeram-se à estrada, pisaram palcos de Norte a Sul de Portugal e de importantes Festivais nacionais, como O Sol da Caparica, Sumol Summer Fest, Caparica Surf Fest, entre outros. Em 2020, o Gonçalo Bilé, é semifinalista do The Voice Portugal, conquista o júri, mas mais importante, novos fãs e isso alimenta a ideia de um novo disco, que surge agora com lançamento marcado para o dia 18 de Novembro, com o primeiro single de avanço” Eu Falo Alto” e agora a faixa "Estava Escrito" a antecipar o que aí vem...
SASHA THEFT + VALODY + JOÃO MELGUEIRA + VÍTOR DOMINGOS HORÁRIO: 00:00
Após a primeira noite de clubbing na 1ª edição do festival MUPA, Vitor Domingos e João Melgueira aperceberam-se que a cidade estava faminta pela música electrónica. Nessa noite, mais de uma centena de corpos dançaram no icónico Restaurante Pé de Gesso, então transformado em espaço de clubbing do festival.
Um mês após este acontecimento, em Junho de 2019, a primeira Química aconteceu no mesmo sítio. A ideia era simples: trazer à capital do Baixo Alentejo DJ's de diferentes panoramas e coletivos, e uni-los numa festa, sempre contando com a presença de DJ's residentes. O conceito expandiu-se para outras localidades, e aconteceram, entretanto, 37 Químicas espalhadas de Sul a Norte do país.A 38ª terá lugar no Musicbox, na Quinta-feira dia 24 de Novembro, onde dois convidades se juntarão aos nossos dois residentes.
Natural de Beja, João Melgueira é um dos fundadores da Química. No seu portfólio conta com inúmeras datas de Sul a Norte em alguns dos mais conceituados clubes e festivais do país: ZDB, Damas, Le Baron, Rive Rouge, NADA Temple, Bons Sons, MUPA, Pizzanight, entre muitos outros. Nesta ocasião poderemos testemunhar um dos seus sets de final de noite, onde ritmos 4/4 abrasadores se unem a sons agudos e alarmantes: techno, maximal, acid, ruta del bakalao - não há limites para este DJ.Sasha Theft pertence ao coletivo kaptcha, cuja génese teve origem nos três anos de raves kit ket na capital. Lançou com elus o disco 'Amphibian Intermission' em 2021, um trabalho que coloca sons e samples extasiantes com a capacidade de nos transportar até aos 90's em estruturas contemporâneas da música electrónica. Na pista de dança Sasha estará munide de breaks e electro, num set que promete incendiar a pista de dança.
Valody espalha o seu carisma através dos decks. Criadora da label ELBEREC, trabalhou com inúmeros artistas através desta plataforma, lançando compilações e promovendo eventos. É também criadora da festa O Grave, que traz regularmente música electrónica a Viseu. No Musicbox hipnotizar-nos-á com a sua seleção cuidada de techno.
Vítor Domingos é outro dos fundadores da Química. Envolvido no mundo da música há mais de uma década, dedicando-se à produção de eventos em Beja como o festival MUPA, Vítor apercebeu-se que DJing poderia ser uma vocação quando misturou dois vídeos do YouTube no bar Os Infantes algures em 2017. Os seus sets pretendem seguir uma linha de intensidade ao invés de uma linha de género musical, pelo que são sempre uma viagem com algumas curvas inesperadas. Ideal para abrir a noite, um papel que desempenhará na primeira edição da Química no Musicbox.
24.11.22 LUX FRÁGIL BAR: ALMADA GUERRA B2B FOREST
25.11.22 COLLECT BADOGA & FIGUEIRA
25.11.22 LOUNGE MUTANTE: SEÑOR PELOTA
25.11.22 MUSICBOX TEMPERS HORÁRIO: 22:00
Os Tempers, banda pós-punk / synth-pop de Nova Iorque, traz a Portugal a tour de promoção ao seu mais recente álbum “New Meaning” de 2022. Venham assistir a um concerto único e dançar ao som de músicas como “Capital Pains”, “Strange Harvest” ou o mais recente “Guidance”. O duo de Nova Iorque, composto por Jasmine Golestaneh e Eddie Cooper, oferece-nos uma paleta variada de synth-pop poético, com influências de house, shoegaze e pós-punk.
A música de Tempers é dançável e ao mesmo tempo introspetiva. As batidas repetitivas das máquinas e os baixos eletrónicos hipnóticos são atravessados à vez pelos riffs latejantes da guitarra de Cooper e pela voz de Golestaneh que por vezes quase parece outro instrumento que paira como mais uma camada sonora, criando atmosferas envolventes que nos abraçam e nos levam a dançar.
Influenciados por Joy Division ou Kraftwerk e com sonoridades que nos remetem para os anos 80 de The Cure, Kate Bush ou Depeche Mode, os Tempers não são, no entanto, um exercício nostálgico, construindo antes a partir dessas referências uma sonoridade própria e atual. “New Meaning” é o 4º LP da banda, que iniciou a sua discografia em 2015 com “Services”. “Private Life” de 2019 trouxe o maior êxito da banda - “Capital Pains”. Pelo meio, um LP conceptual em colaboração com o arquiteto da Casa da Música, Rem Koolhaas.
JYOTY + SAINT CABOCLO + DJ STÁ HORÁRIO: 00:00
Começou a dar nas vistas pelo seu carisma enquanto porteira do Boiler Room e isso deu-lhe as primeiras oportunidades para assumir a cabine. Correu tão bem que começou os convites para as suas atuações foram crescendo e até se tornou uma voz das manhãs da famosa estação de rádio Rinse FM onde a sua curadoria musical e a sua capacidade de ligação com os convidados a ajudou a crescer uma forte presença online. Também ajudou que o seu set de 2019 no Boiler Room tenha ficado viral no Tik Tok, juntando mais de 2 milhões de visualizações na aplicação. A última vez que nos visitou foi em Março, com uma sala lotada para testemunhar o furacão Jyoty. O regresso era esperado, reserva já o teu bilhete em pré-venda para garantir a tua presença.
SAINTCABOCLO é um dos nomes mais entusiasmantes da nova onda da música em Lisboa. Os seus DJ sets representam as suas raízes brasileiras e vão desde o Baile Funk ao Afrobeat com ligação a pura música eletrónica. O seu público é fiel não só as suas festas de assinatura, Dengo Club, mas como o seguem pelo mundo fora.
Dj Stá, desde muito jovem arrancou nesta maratona a tocar em pequenos bares na sua localidade (Alentejo, Beja), e assim com o tempo foi melhorando a sua experiência, com o objetivo de viver uma magnifica experiência no mundo do djing e crescendo a nível musical e de técnica LIVE desde 2012. Entrou no mercado da noite/musica, com o seu estilo visual próprio e sendo uma DJ feminina tem alcançado vários sonhos! O seu destino é a música, está confirmado!
25.11.22 LUX FRÁGIL DISCO: INÊS DUARTE + COURTESY BAR: ZÉ PEDRO MOURA + DEXTER
26.11.22 LOUNGE NO IDOLS: CVLT + ADAM PURNELL
26.11.22 MUSICBOX SHUNAJI + DEAD FLYING THINGS HORÁRIO: 22:30
Shunaji é uma rapper, vocalista e produtora de Roma e atualmente vive em Londres. O seu estilo musical inovador mistura hip-hop influenciado pelo jazz com sabores funk, soul e psicadélicos, Shunaji ganhou o seu reconhecimento pela British Music Collection, os Prémios Help Musicians MOBO e os apresentadores da BBC Radio, incluindo Jamz Supernova.
Os lançamentos de Shunaji foram aclamados no âmbito de música independente no Reino Unido e no estrangeiro, uma vez que ela adopta um som afrofuturístico que ultrapassa os limites da música mainstream. Além disso, Shunaji recebeu vários prémios, incluindo o Italia Music Export Supporto Showcase, PRS Open Fund e Help Musicians Do It Differently. Shunaji tem atuado internacionalmente e em todo o Reino Unido em festivais como Glastonbury Festival, Love Supreme, Montreux Jazz Festival e We Out Here.
Este é um concerto Liveurope: a primeira iniciativa pan-europeia que apoia salas de programação de música nos seus esforços de promoção de artistas emergentes europeus. O Liveurope é co-financiado pelo programa Europa Criativa da União Europeia.
MEIBI + CATARINA SILVA HORÁRIO: 00:00
MEIBI há uma razão para termos ouvido falar muito de Meibi, que agora é um nome seguro da cena DJ de Lisboa. Depois de crescer enquanto uma criança tímida ligada à cena local, inicialmente fazendo parte de festas underground, mas rapidamente desenvolvendo um público que se traduziu em múltiplas performances em venues maiores. O compromisso com a sua identidade e género são um ponto nuclear da sua persona. Cada vez mais capazes, crescem a um nível permanente, o que se materializa numa energia própria e uma ligação íntima com o público. Na mala de discos encontram-se frequências Electro, Acid, EBM e e goth techno. Tão crípticos e misteriosos como a sua imagem consegue ser, a experiência de pista de dança pode ser definida como imprevisível e uma suada jornada narrativa a ser relembrada.
CATARINA SILVA de nome próprio, Catarina Silva procura a fusão de universos sonoros de estéticas distintas onde possam convergir harmonicamente. Entende a música como um sistema simbólico onde expressa sentimentos abstratos e desencadeia diferentes emoções. Desde o início da pandemia tem vindo a construir o seu espaço na cena nacional, através de uma seleção caprichosa e diversificada, desde ritmos assimétricos e percussões irregulares a melodias mais convencionais. É parte integrante do coletivo bracarense “Dark Sessions” desde 2018 e mais recentemente juntou-se também à associação “Alínea A”.
26.11.22 LUX FRÁGIL DISCO: YEN SUNG + CINTHIE BAR: M3DUSA + DJ GLUE
26.11.22 HARBOUR YANNICK MULLER+SAMAS+JOHN-E
27.11.22 MUSICBOX GRANDBROTHERS HORÁRIO: 21:30
All The Unknown é o título do terceiro álbum dos Grandbrothers, um trabalho que nos apresenta um vasto mundo sonoro repleto de possibilidades composicionais bem exploradas pelo pianista Erol Sarp e pelo produtor e engenheiro eletrónico Lukas Vogel, que têm vindo a mostrar a sua original abordagem eletrónica ao piano parado desde que se reuniram pela primeira vez em 2012. Este novo álbum cruza, uma vez mais, a tradição e a novidade enturmando-se mais longe no cosmos eletrónico através de um piano de cauda e de dispositivos mecânicos construídos propositadamente para o efeito e que são controlados por computador conseguindo um espetacular efeito.
Se ouvirmos com atenção podemos escutar uma batida de hip-hop da velha guarda enredada em piano melódico, ou sentir a frieza do techno a passar à velocidade de um relâmpago. "Queríamos deixar para trás a adorável música romântica do piano", explica Sarp, cuja afinidade com a música de dança sempre foi uma influência no seu processo de escrita. Na música dos Grandfather está presente um certo humor e um renovado espírito de aventura conduzido por batidas eletrónicas e sons que encorajam o movimento. "Embora a música seja ansiosa e por vezes muito enérgica, e as batidas duras o estejam a empurrar para a frente, ainda queremos que cada canção mantenha um pouco de esperança no final.
CIRCA PAPI HORÁRIO: 00:00
Circa Papi, o pseudónimo de Ronald Bravo Rómulo, "Mestre de Cerimónias" de raízes propriamente viradas ao old & new school Hip Hop & Rap, R&B soul, nunca esquecendo Afro Beat/Swing amapiano, Baile, Grime, UK Funky House transita entre estes e mais outros géneros musicais sempre de forma cool, groovy e geralmente eclética, providenciando boas vibes para a plateia.
30.11.22 LOUNGE MÁRIO VALENTE
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No Dia da Visibilidade Trans, a 31 de Março, uma multidão desceu a Baixa de Lisboa, em celebração, luta e defesa dos seus corpos e identidades. Kai, Tomi, Lola, João e Filipe falam sobre o que é urgente e que causas carregam em cartazes, gritos e bandeiras.
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Marketing e público LGBTI+: a que passo você está de entender essa relação?
Nos últimos tempos, mais e mais empresas vêm incluindo a representatividade LGBTI+ em seu discurso. O tema já não é novidade no universo do marketing, mas continua despertando cada vez mais interesse.
Mas não pense que é simples: a atenção do público LGBTI+ não é orientada apenas à oferta em si.
Essa audiência entende que pode refletir diretamente na sociedade, na economia e no ambiente. Por isso, ela coloca o atendimento às suas pautas como fator determinante, tanto para a decisão de consumo quanto para sua satisfação.
Ao longo desta leitura, você descobrirá mais detalhes sobre a relação que envolve a história das demandas do movimento LGBTI+ e a forma como esse público avalia e decide as marcas que consumirá nos dias de hoje. Vamos lá?
O que a história tem a ensinar sobre o marketing LGBTI+?
Inúmeros momentos envolvendo personagens LGBTI+ estão registrados na história. Entretanto, vamos nos ater a fatos mais recentes, cujo peso para o contexto que estamos discutindo é maior.
Entenda mais a seguir!
Stonewall Inn e o início da luta contra a opressão
No fim de junho de 1969, ocorreu uma violenta invasão policial no bar Stonewall Inn, localizado em Village, bairro de Nova York. O bar era massivamente frequentado pelo público LGBTI+, e abordagens preconceituosas e truculentas eram comuns naquela época — especialmente em recintos do tipo.
Contudo, nesta ocasião, os frequentadores do bar resistiram e entraram em conflito com a polícia. A revolta ganhou as ruas na manhã seguinte, com as manifestações de diversas pessoas LGBTI+.
E, o que talvez seria apenas uma situação de alarde, acabou tomando uma grande proporção, gerando uma série de debates sobre os direitos dessa comunidade.
Fonte: Hypeness
A partir daí, novas manifestações ocorreram em diversos lugares, e a comunidade passou a se organizar cada vez mais em busca de demandas de seu interesse.
Cinco décadas após o episódio, há um grande movimento organizado mundo afora, defendendo de diversas formas os direitos dos gays, lésbicas, bissexuais, pessoas trans, intersexuais e de outras minorias.
O que mudou de Stonewall até aqui?
A rebelião de Stonewall ainda é tida como o marco inicial dos movimentos de liberação LGBTI+ e do ativismo pela causa, e o aniversário da revolução — dia 28 de junho — se firmou como a data de celebração do Dia Internacional do Orgulho LGBTI+.
De lá pra cá, algumas conquistas foram alcançadas. Desde a retirada da homossexualidade e da transexualidade do Cadastro Internacional de Doenças da OMS (respectivamente em 1993 e 2018) até o reconhecimento das uniões homoafetivas, avanços aconteceram e diversas demandas dos movimentos foram revistas e adaptadas.
Mas a lentidão nesses avanços, e o conservadorismo em diversas camadas da sociedade, ainda fazem com que o foco no movimento permaneça o mesmo. Até hoje, o preconceito priva pessoas LGBTI+ de aceitação, presença, liberdade e, até mesmo, de direitos básicos.
Diante de tudo isso, a comunidade LGBTI+ busca muito mais que simplesmente celebrar a individualidade. Sua luta é para ter a existência reconhecida, respeitada e valorizada na sociedade. E as ações de marketing que envolvem esse público não podem desconsiderar isso.
O que o Marketing para o público LGBTI+ deve promover?
Estudos apontam o público LGBTI+ como um dos mais rentáveis para os negócios. Segundo uma pesquisa da Out Leadership, associação internacional focada no desenvolvimento de iniciativas para esse mercado, a disponibilidade financeira das pessoas LGBTI+ no Brasil gira próximo aos R$ 420 bilhões ao ano — o que corresponde a cerca de 10% do PIB do país.
Com tanto poder aquisitivo em mãos (e menos cerimônia para desembolsa-lo), o pink money tem se tornado ponto de atenção e ganhado mais peso no planejamento das empresas. Mas conquistar e vender mais para esse público ainda é um grande desafio.
O que as pessoas LGBTI+ esperam das marcas?
Considerando que o mercado LGBTI+ exige que questões além das individuais sejam satisfeitas, o planejamento de marketing precisa investigar profundamente as nuances das causas que envolvem esse público.
Torna-se necessário, então, suprir suas necessidades também enquanto grupo social, antes mesmo que o foco passe a ser o encantamento e a conquista da confiança do consumidor. Isso pode ser trabalhado de diferentes formas, desde que a base tomada considere:
naturalizar a presença das pessoas LGBTI+ como parte da sociedade;
propor mais visibilidade para o público LGBTI+ e para as demandas sociais que ele traz;
ajudar a combater a discriminação, por meio da conscientização do público em geral sobre causas sociais de quem compõe a comunidade;
trazer um discurso que proponha inclusão social e oportunidades iguais de acesso.
E como atender a essas expectativas?
Partindo dos pontos acima, alguns princípios podem ser considerados como chave para evitar erros no Marketing direcionado público LGBTI+. Vejamos alguns deles:
1. Mantenha uma mensagem coerente com a expectativa
Uma das principais teorias de comunicação social (apesar de ter caído por terra) é a teoria hipodérmica ou teoria da bala mágica.
Ela defende que, na comunicação em massa, as mensagens devem chegar a todos os indivíduos da mesma maneira e surtir efeito rápido, tal qual uma injeção, daí o nome, que remete à seringa hipodérmica.
É muito importante ter em mente que nada que se assimile a essa teoria se aplicará à comunidade LGBTI+ em termos de comunicação.
Isso acontece porque, além das diversas possibilidades de abordagem, quando se fala de orientação sexual e identidade de gênero, as pessoas LGBTI+ lidam com sua sexualidade (e mesmo com sua autoaceitação) em diferentes níveis, além de terem diferentes classes econômicas, etnias, regiões, hábitos de compra, estilos de vida, constituições familiares etc.
Os grupos e subgrupos que compõem a comunidade são, por si só, muito heterogêneos. Logo, tratar a comunidade LGBTI+ de forma genérica, com padrões convencionais ou se embasando em estereótipos pode ser um grande tiro no pé.
A marca que deseja explorar esse mercado deve tentar entender as particularidades da sua oferta perante as expectativas do público, e ser mais o coerente possível no seu posicionamento de marca e nas ações de marketing.
Entender a fundo os detalhes que correspondem à sua persona é crucial para navegar neste universo.
2. Se planeje bem, para não parecer oportunista
Em um nicho tão consciente, e com propósitos tão fortes, querer apenas ganhar sua fatia do pink money não é tarefa simples, e pode soar oportunista mesmo sem ser a intenção.
O público LGBTI+ costuma ter mais poder aquisitivo, mas também é mais exigente e atento a questões relacionadas às demandas de sua comunidade. E com os debates da causa cada vez mais em pauta, contar com aliados na rotina é um fator que é levado muito em conta.
Uma marca pode prejudicar seriamente a sua imagem com essa parcela de público ao tentar se aproveitar dela sem gerar nada em troca.
A comunidade espera o posicionamento favorável à diversidade e o apoio às suas causas, e não apenas receber atenção nas datas em que se pode vender por meio dela.
Campanhas de fachada tornam o posicionamento inconsistente, e isso será cobrado, cedo ou tarde.
Caso realmente queiram conquistar a fidelidade do consumidor que se inclui neste mercado, as marcas precisam aplicar esforços em entender e estruturar um discurso inclusivo, que possa ser empregado ao longo de todo o ano.
3. Assuma a responsabilidade ao comprar o discurso
Pelo fato de vivermos em uma sociedade em que o conservadorismo ainda prevalece de maneira forte, ações com representatividade LGBTI+ ou com direcionamento a esse público podem gerar burburinhos e, em certas situações, até crises envolvendo as marcas que se propõem a isso.
Por isso, a escolha pela mensagem pró-diversidade precisa vir de forma genuína, natural e alinhada com o que a empresa acredita e pratica.
O discurso favorável é tão importante quanto a coerência de posicionamento em eventuais respostas negativas que a empresa possa receber às suas ações. Sem estabelecer esse compromisso, também ficará difícil sustentar a posição de marca apoiadora da diversidade.
Para isso, a palavra-chave é preparação. É importante que a empresa reconheça a necessidade de estar pronta para gerenciar, de maneira adequada, qualquer tipo de crise que possa surgir.
O Marketing também deve tratar estes casos com o máximo de prudência, para que uma situação adversa não acabe por gerar outro tipo de problema.
4. Se envolva com o público para entendê-lo de fato
Uma última e valiosa dica para mandar bem neste nicho: na dúvida, pergunte.
A comunidade LGBTI+ já é alvo de diversos preconceitos e estereótipos, e a luta para desconstruí-los é parte do seu cotidiano. Uma estratégia que não leva isso em conta (ou que, conscientemente ou não, emprega esses preceitos em viés negativo) está fadada ao fracasso.
Se você não tem familiaridade com o público LGBTI+, mas entende que seu negócio pode ter mais oportunidades contando com ele, tente envolvê-lo e conhecer suas necessidades mais a fundo, com ações como:
realize pesquisas;
procure por relatórios;
acompanhe notícias;
se aproxime da realidade dessas pessoas.
Todo esforço é válido para adquirir conhecimento da causa.
Vale pontuar, inclusive, a importância dos esforços para compor um time mais diverso em relação a essa pauta.
Diversos estudos comprovam que uma maior diversidade nas organizações vem acompanhada de uma série de benefícios de negócio. E contar com pessoas LGBTI+ em sua equipe ajudará a consolidar um aprendizado orgânico dessas demandas.
Você observou em alguma das suas ações de marketing algum ponto que pode ser útil para esse nicho? Vê algo que possa ser feito além dos pontos que apontamos? Divida o seu aprendizado conosco nos comentários!
Marketing e público LGBTI+: a que passo você está de entender essa relação? Publicado primeiro em https://marketingdeconteudo.com
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Carta de Tarot “A Lua” 🌙✨ . Luna foi a primeira menina Trans que eu tatuei. 🖤 . Pelo foto, da pra ver as cicatrizes no braço. Me tocou muito e conversamos bastante. Ela me contou que em 2016 começou a se machucar. Por conta da pressão social, acabou criando sentimentos negativos em relação ao próprio corpo. . Hoje em dia ela já parou com a automutilação. 🙏🏼 Buscou ajuda psiquiátrica e terapêutica e assim começou a aceitar seu processo de mudança, seu corpo, e sua nova identidade: Luna 🌙 . Essa tatuagem veio marcar um novo momento. É a celebração do seu corpo, do seu Amor Próprio. . O que desejo, de todo coração, é que essa historia, que Luna dividiu tão generosamente, sirva pra que outras meninas e meninos que estão passando por situação parecida, se sintam acolhidos. Não precisamos nos olhar com tanto julgamento, e diversos tipos de ajuda estão à nossa disposição. . Somos lindos, cada um do seu jeito. E sim, somos perfeitos como somos. 🖤 . . Agradeço pelo encontro. Que essa tatuagem te traga muita alegria, querida Luna. 🌙✨ . . . . . Tem interesse em tatuar comigo? Vai ali no perfil e clica “Como é?” pra entender como trabalho. . Agenda Aberta: :: Rio : Abril e Maio :: Brasília : 27/Maio a 7/Junho . Agendamentos por e-mail: [email protected] . . . . . #pranaink #tarot #tarotcards #lua #luatattoo #lalune #luna #oraculo #mulhertrans #transexual #amorproprio #blackwork #tarottattoo #tatuadora #pontilhismotattoo #dotworktattoo #moontattoo #misty #sagradofeminino #tattoo https://www.instagram.com/p/BwwicEepuae/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=18ps8ax8z0kgo
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Recomendações ZUM: fotojornalistas e a documentação de protestos, a identidade como ficção, novo projetos digitais de arte, Nan Goldin e mais
Um fotógrafo fez um crachá não oficial de “imprensa” para identificá-lo claramente entre a multidão em um protesto de 2 de junho de 2020 em Hollywood, Califórnia. Foto de Tara Pixley publicada no site Nieman Reports
As fotografias feitas em protestos podem ser uma ferramenta poderosa tanto contra como a favor do movimento #VidasNegrasImportam. É o que argumentam as jornalistas e pesquisadoras Christina Aushana e Tara Pixley em ensaio publicado no site da Fundação Nieman, importante centro de pesquisa do jornalismo ligado à universidade de Harvard. Elas discutem os jogos de poder por trás de práticas já arraigadas do fotojornalismo: “alguns defendem a normalização do consentimento informado como uma prática pela qual jornalistas visuais cuidam daqueles que fotografam, pedindo consentimento para tirar sua foto e informando-os onde essas imagens podem ser publicadas. Outros argumentam pela necessidade de desfocar ou ocultar os rostos dos manifestantes no lado da publicação, protegendo o anonimato dos mais vulneráveis (ou seja, negros, pardos, indígenas, trans e queer). Outro grupo de fotojornalistas – que inclui homens brancos e mais velhos, com poucas, mas notáveis, exceções – insiste que não se deve esperar que pratiquem o consentimento informado nem a preocupação com a identidade dos manifestantes por fotojornalistas que trabalham em espaços públicos.”
Ainda sobre a discussão de borrar ou não o rosto de manifestantes em protestos, artigo da revista Wired defende que o ato é antijornalismo e anti-humano: “fotojornalistas não escolhem um lado quando vão para os protestos. Alterar fotografias destrói a confiança e negligencia o fato de que as pessoas querem ser vistas.”
Em Londres, assim como em muitas metrópoles, é cada vez mais frequente o fenômeno das áreas pseudo-públicas: espaços públicos mas que necessitam de autorização para entrar, geralmente através de regulamentações feitas por corporações ou indivíduos que detêm o poder sobre o espaço. O British Journal of Photography investiga a produção de imagens desses espaços que, ao borrar as fronteiras entre público e privado, também determinam quem e o que pode ser fotografado ali.
Untitled Film Stills #59, de Cindy Sherman, 2012. Foto publicada pelo caderno cultural Babelia, do jornal El Pais.
“Se você quer ser visto, desapareça.” A máscara, símbolo cultural desde os tempos antigos, volta à arte contemporânea para refletir um tema muito específico do presente: a identidade como ficção. Texto publicado na edição espanhola do jornal El Pais explora o tema a partir de novas exposições e livro recém-publicado.
Durante o mês de julho, o Museu de Arte Moderna (MAM) de SP está com uma programação especial online para comemorar os 72 anos da instituição. Utilizando suas redes sociais como plataformas de ações educativas, são mostrados e discutidos trabalhos de artistas como Rosana Paulino, Tarsila do Amaral e Lygia Clark.
Lançada recentemente, a plataforma digital Pivô Satélite funciona como uma sala de projetos dentro do site do Pivô. Seu programa é concebido por artistas e curadores convidados pela instituição e compreende propostas artísticas em formatos variados, pensadas especialmente para os meios digitais. A curadora Diane Lima é a primeira convidada do projeto.
Foto do livro Garagem Automática, de Felipe Russo, 2020
“A consideração des-antropoc��ntrica da natureza, da partícula, do processo é necessária para discutir o enquadramento de novas realidades não-humanas”. Em artigo para o site American Suburb X, o crítico Brad Feuerhelm analisa o livro Garagem Automática, do artista brasileiro Felipe Russo.
“Uma vez roubaram meu diário e falaram que foi a coisa mais sem graça que já leram”, diz a fotógrafa Nan Goldin em live feita no início da pandemia para a universidade de Yale. A artista fala sobre ativismo, filmes e o papel de fotógrafos masculinos.
O curador Raphael Fonseca inaugurou no YouTube o canal 1 curadorx, 1 hora. Toda quarta-feira é publicada uma nova conversa de uma hora com curadoras e curadores de artes visuais sobre seus percursos, interesses e modos de pensar e fazer curadoria no Brasil. As primeiras entrevistas são com Amanda Carneiro e Tiago Sant’Ana.
Fragmento II: Estudantes colegiais na celebração do 4 de julho, Nova Orleans, Louisiana, da série Silent General, de Na-My Lê, 2017. Foto publicada no site da Galeria Marian Goodman.
“A história não se move em uma linha temporal reta”, diz a artista An-My Lê a respeito de sua exposição virtual Silent General, no site da galeria Marian Goodman. O trabalho foi motivado pelo tiroteio na igreja de Charleston, na Carolina do Sul, em junho de 2015. Preocupado em estender a reflexão além do ciclo de notícias de última hora, Lê embarcou numa longa viagem para documentar a complexidade de representar toda a simbologia da história. ///
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Leia também no #IMSquarentena uma seleção de ensaios do acervo das revistas ZUM e serrote, colaborações inéditas e uma seleção de textos que ajudem a refletir sobre o mundo em tempos de pandemia.
O post Recomendações ZUM: fotojornalistas e a documentação de protestos, a identidade como ficção, novo projetos digitais de arte, Nan Goldin e mais apareceu primeiro em ZUM.
Revista Zoom
Via: Blog da Fefe
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Paradas virtuais celebram Dia do Orgulho LGBTI neste domingo
Movimento organizado por 30 associações começa às 14h. Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil
Mais de 50 anos depois que a Revolta de Stonewall tomou ruas de Nova York pedindo o fim da violência policial contra LGBTIs (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais), a celebração do Dia do Orgulho LGBTI, comemorado neste domingo (28), ocupará as redes sociais para manter o distanciamento social em meio à pandemia de covid-19. No Brasil, mais de 30 associações e entidades que reivindicam o respeito à diversidade sexual e de gênero promoverão, a partir das 14h, o Festival de Cultura e Parada Online do Orgulho LGBTI Brasil, que poderá ser acompanhado nas redes sociais.
Serão 10 horas de programação, com apresentações de artistas, depoimentos de pessoas LGBTI e mensagens de apoio de personalidades como o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A solução virtual para celebrar a liberdade e as conquistas das pessoas LGBTI sem propagar o novo coronavírus foi adotada em algumas das principais paradas do mundo. Em São Francisco, nos Estados Unidos, o festival San Francisco Pride comemora desde ontem (27) seus 50 anos também pela internet, com apresentações transmitidas ao longo de todo o fim de semana. Em Berlim, na Alemanha, a celebração ocorreu no dia 25, também pela internet. Já em Barcelona, na Espanha, e na Cidade do México, a data escolhida foi ontem. Toronto e Nova York estão entre as cidades que também farão celebrações virtuais neste domingo.
A vice-presidente do Grupo Arco-Íris, Marcelle Esteves, conta que a parada brasileira terá abrangência nacional, com participação de artistas e convidados das cinco regiões do Brasil ao longo de suas 10 horas de duração. O Grupo Arco-Íris é o organizador da Parada LGBTI de Copacabana e trabalha na articulação da parada virtual com a Aliança Nacional LGBTI+ e a União Nacional LGBTI.
Marcelle adianta que a parada vai falar para um público amplo, buscando alcançar não apenas quem costuma frequentar os atos, mas também suas famílias e quaisquer pessoas que cheguem ao festival pelas redes sociais. Outra intenção é revigorar o ânimo dos LGBTIs que podem estar sofrendo preconceito e violência dentro de suas casas.
“Nesse momento em que a população LGBT muitas vezes está isolada em casa com seus algozes, contaremos histórias de orgulho. Vai ter essa catarse para essa população que a gente não pode esquecer”, conta Marcelle. “Será a possibilidade de essas pessoas não se verem totalmente sozinhas, se perceberem acolhidas mesmo à distância e poderem recuperar o fôlego”.
Marcelle será uma das apresentadoras da parada, ao lado do coordenador-executivo do Grupo Arco-Íris, Claudio Nascimento, e da coordenadora de pessoas trans da Aliança Nacional LGBTI, Alessandra Ramos. A escolha de três pessoas LGBTIs negras para conduzir a parada traz para o movimento a luta antirracista que está em ebulição ao redor do mundo.
“A gente não poderia jamais ficar de fora dessa luta. Não tem como fazer uma parada do orgulho LGBTI e não dizer que vidas negras LGBTI importam”, afirma Marcelle. “Teremos os rostos pretos o tempo inteiro, o que desmistifica um pouco aquela imagem do gay branco e sarado. Isso é importante porque mesmo dentro da comunidade LGBTI existe racismo”.
A parada contará com artistas LGBTIs históricos, como Jane Di Castro, Lorna Washington e Suzy Brasil. A programação também terá diversidade regional, com atrações como o Boi Garantido do Festival Folclórico de Parintins.
A Parada LGBTI Brasil será a segunda parada virtual celebrada no Brasil no mês do orgulho LGBTI. No dia 14 de junho, a Associação da Parada LGBT de São Paulo promoveu seu ato online no mesmo dia em que estava marcada a tradicional parada da Avenida Paulista. Vice-presidente da associação, Renato Viterbo conta que o número de visualizações da transmissão chegou a 11 milhões. “Foi uma ação para não deixar a data sem nenhuma atividade, e um meio de levar à nossa comunidade um alento diante de tudo que está acontecendo”, afirma ele.
Apesar da edição virtual, a parada LGBTI de São Paulo ainda pode ter uma versão física, que, por enquanto, está prevista para novembro. Entretanto, as chances de isso se concretizar ainda dependem da contenção da pandemia.
“A gente sabe que talvez isso não seja possível”, reconheceu Renato. “Mas a parada virtual cumpriu o seu papel como instituição LGBT e movimento de direitos humanos”.
1 ano da criminalização
O Dia do Orgulho LGBT é celebrado no aniversário da Revolta de Stonewall, quando pessoas LGBTI enfrentaram a polícia de Nova York por causa da constante repressão em locais que frequentavam, como o bar Stonewall Inn. 51 anos depois do episódio, considerado marco da luta por direitos humanos ao redor do mundo, os LGBTIs brasileiros comemoraram neste mês um ano da criminalização da LGBTIfobia, equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 13 de junho de 2019. Presidente do Grupo pela Vidda e integrante da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Maria Eduarda Aguiar foi uma das advogadas que defendeu a criminalização diante da Suprema Corte.
“Foi um orgulho poder estar lá. Tanto para mim quanto para outras travestis e transexuais, que puderam ver uma pessoa como elas em um espaço como aquele, defendendo a vida das pessoas LGBT. Vou guardar esse momento para sempre”, recorda a advogada transexual, que fez a sustentação como amicus curiae, representando a Antra. “Muitas pessoas me falaram que gostariam de ter falado aquilo e nunca tiveram chance. As pessoas se sentiram um pouco parte daquilo”.
Maria Eduarda foi a segunda mulher trans a participar como advogada de uma audiência em toda a história do STF. Antes dela, Gisele Alessandra Schmidt e Silva fez uma sustentação oral no processo que reconheceu o direito de transexuais de mudarem seu registro civil para adequá-lo à sua identidade de gênero, em 2017.
Apesar da criminalização, a presidente do Grupo pela Vidda afirma que a população LGBTI enfrenta com frequência dificuldades para fazer valer o que decidiu o STF. Os problemas vão desde interpretações divergentes em tribunais de primeira instância até falta de atualização nos sistemas de informática de delegacias de polícia para que o crime seja registrado, relata Maria Eduarda.
“É preciso lutar pela implementação e para que isso passe a vigorar de verdade, no mundo real. Para que o policial possa ouvir a denúncia e imediatamente registrar”, defende ela, que pede o fortalecimento de delegacias especializadas no combate à intolerância e o combate a crimes de ódio no ambiente virtual. “A maioria da população tem o mínimo de empatia, e a gente consegue acessar com um bom diálogo, desde que a gente consiga trabalhar para além dos muros da militância, falando com as comunidades. Isso é possível, desde que a gente consiga combater as fake news. As pessoas recebem muita informação falsa sobre o que é a causa LGBT”.
Publicada às 10h13
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Marketing e público LGBTI+: a que passo você está de entender essa relação?
Nos últimos tempos, mais e mais empresas vêm incluindo a representatividade LGBTI+ em seu discurso. O tema já não é novidade no universo do marketing, mas continua despertando cada vez mais interesse.
Mas não pense que é simples: a atenção do público LGBTI+ não é orientada apenas à oferta em si.
Essa audiência entende que pode refletir diretamente na sociedade, na economia e no ambiente. Por isso, ela coloca o atendimento às suas pautas como fator determinante, tanto para a decisão de consumo quanto para sua satisfação.
Ao longo desta leitura, você descobrirá mais detalhes sobre a relação que envolve a história das demandas do movimento LGBTI+ e a forma como esse público avalia e decide as marcas que consumirá nos dias de hoje. Vamos lá?
O que a história tem a ensinar sobre o marketing LGBTI+?
Inúmeros momentos envolvendo personagens LGBTI+ estão registrados na história. Entretanto, vamos nos ater a fatos mais recentes, cujo peso para o contexto que estamos discutindo é maior.
Entenda mais a seguir!
Stonewall Inn e o início da luta contra a opressão
No fim de junho de 1969, ocorreu uma violenta invasão policial no bar Stonewall Inn, localizado em Village, bairro de Nova York. O bar era massivamente frequentado pelo público LGBTI+, e abordagens preconceituosas e truculentas eram comuns naquela época — especialmente em recintos do tipo.
Contudo, nesta ocasião, os frequentadores do bar resistiram e entraram em conflito com a polícia. A revolta ganhou as ruas na manhã seguinte, com as manifestações de diversas pessoas LGBTI+.
E, o que talvez seria apenas uma situação de alarde, acabou tomando uma grande proporção, gerando uma série de debates sobre os direitos dessa comunidade.
Fonte: Hypeness
A partir daí, novas manifestações ocorreram em diversos lugares, e a comunidade passou a se organizar cada vez mais em busca de demandas de seu interesse.
Cinco décadas após o episódio, há um grande movimento organizado mundo afora, defendendo de diversas formas os direitos dos gays, lésbicas, bissexuais, pessoas trans, intersexuais e de outras minorias.
O que mudou de Stonewall até aqui?
A rebelião de Stonewall ainda é tida como o marco inicial dos movimentos de liberação LGBTI+ e do ativismo pela causa, e o aniversário da revolução — dia 28 de junho — se firmou como a data de celebração do Dia Internacional do Orgulho LGBTI+.
De lá pra cá, algumas conquistas foram alcançadas. Desde a retirada da homossexualidade e da transexualidade do Cadastro Internacional de Doenças da OMS (respectivamente em 1993 e 2018) até o reconhecimento das uniões homoafetivas, avanços aconteceram e diversas demandas dos movimentos foram revistas e adaptadas.
Mas a lentidão nesses avanços, e o conservadorismo em diversas camadas da sociedade, ainda fazem com que o foco no movimento permaneça o mesmo. Até hoje, o preconceito priva pessoas LGBTI+ de aceitação, presença, liberdade e, até mesmo, de direitos básicos.
Diante de tudo isso, a comunidade LGBTI+ busca muito mais que simplesmente celebrar a individualidade. Sua luta é para ter a existência reconhecida, respeitada e valorizada na sociedade. E as ações de marketing que envolvem esse público não podem desconsiderar isso.
O que o Marketing para o público LGBTI+ deve promover?
Estudos apontam o público LGBTI+ como um dos mais rentáveis para os negócios. Segundo uma pesquisa da Out Leadership, associação internacional focada no desenvolvimento de iniciativas para esse mercado, a disponibilidade financeira das pessoas LGBTI+ no Brasil gira próximo aos R$ 420 bilhões ao ano — o que corresponde a cerca de 10% do PIB do país.
Com tanto poder aquisitivo em mãos (e menos cerimônia para desembolsa-lo), o pink money tem se tornado ponto de atenção e ganhado mais peso no planejamento das empresas. Mas conquistar e vender mais para esse público ainda é um grande desafio.
O que as pessoas LGBTI+ esperam das marcas?
Considerando que o mercado LGBTI+ exige que questões além das individuais sejam satisfeitas, o planejamento de marketing precisa investigar profundamente as nuances das causas que envolvem esse público.
Torna-se necessário, então, suprir suas necessidades também enquanto grupo social, antes mesmo que o foco passe a ser o encantamento e a conquista da confiança do consumidor. Isso pode ser trabalhado de diferentes formas, desde que a base tomada considere:
naturalizar a presença das pessoas LGBTI+ como parte da sociedade;
propor mais visibilidade para o público LGBTI+ e para as demandas sociais que ele traz;
ajudar a combater a discriminação, por meio da conscientização do público em geral sobre causas sociais de quem compõe a comunidade;
trazer um discurso que proponha inclusão social e oportunidades iguais de acesso.
E como atender a essas expectativas?
Partindo dos pontos acima, alguns princípios podem ser considerados como chave para evitar erros no Marketing direcionado público LGBTI+. Vejamos alguns deles:
1. Mantenha uma mensagem coerente com a expectativa
Uma das principais teorias de comunicação social (apesar de ter caído por terra) é a teoria hipodérmica ou teoria da bala mágica.
Ela defende que, na comunicação em massa, as mensagens devem chegar a todos os indivíduos da mesma maneira e surtir efeito rápido, tal qual uma injeção, daí o nome, que remete à seringa hipodérmica.
É muito importante ter em mente que nada que se assimile a essa teoria se aplicará à comunidade LGBTI+ em termos de comunicação.
Isso acontece porque, além das diversas possibilidades de abordagem, quando se fala de orientação sexual e identidade de gênero, as pessoas LGBTI+ lidam com sua sexualidade (e mesmo com sua autoaceitação) em diferentes níveis, além de terem diferentes classes econômicas, etnias, regiões, hábitos de compra, estilos de vida, constituições familiares etc.
Os grupos e subgrupos que compõem a comunidade são, por si só, muito heterogêneos. Logo, tratar a comunidade LGBTI+ de forma genérica, com padrões convencionais ou se embasando em estereótipos pode ser um grande tiro no pé.
A marca que deseja explorar esse mercado deve tentar entender as particularidades da sua oferta perante as expectativas do público, e ser mais o coerente possível no seu posicionamento de marca e nas ações de marketing.
Entender a fundo os detalhes que correspondem à sua persona é crucial para navegar neste universo.
2. Se planeje bem, para não parecer oportunista
Em um nicho tão consciente, e com propósitos tão fortes, querer apenas ganhar sua fatia do pink money não é tarefa simples, e pode soar oportunista mesmo sem ser a intenção.
O público LGBTI+ costuma ter mais poder aquisitivo, mas também é mais exigente e atento a questões relacionadas às demandas de sua comunidade. E com os debates da causa cada vez mais em pauta, contar com aliados na rotina é um fator que é levado muito em conta.
Uma marca pode prejudicar seriamente a sua imagem com essa parcela de público ao tentar se aproveitar dela sem gerar nada em troca.
A comunidade espera o posicionamento favorável à diversidade e o apoio às suas causas, e não apenas receber atenção nas datas em que se pode vender por meio dela.
Campanhas de fachada tornam o posicionamento inconsistente, e isso será cobrado, cedo ou tarde.
Caso realmente queiram conquistar a fidelidade do consumidor que se inclui neste mercado, as marcas precisam aplicar esforços em entender e estruturar um discurso inclusivo, que possa ser empregado ao longo de todo o ano.
3. Assuma a responsabilidade ao comprar o discurso
Pelo fato de vivermos em uma sociedade em que o conservadorismo ainda prevalece de maneira forte, ações com representatividade LGBTI+ ou com direcionamento a esse público podem gerar burburinhos e, em certas situações, até crises envolvendo as marcas que se propõem a isso.
Por isso, a escolha pela mensagem pró-diversidade precisa vir de forma genuína, natural e alinhada com o que a empresa acredita e pratica.
O discurso favorável é tão importante quanto a coerência de posicionamento em eventuais respostas negativas que a empresa possa receber às suas ações. Sem estabelecer esse compromisso, também ficará difícil sustentar a posição de marca apoiadora da diversidade.
Para isso, a palavra-chave é preparação. É importante que a empresa reconheça a necessidade de estar pronta para gerenciar, de maneira adequada, qualquer tipo de crise que possa surgir.
O Marketing também deve tratar estes casos com o máximo de prudência, para que uma situação adversa não acabe por gerar outro tipo de problema.
4. Se envolva com o público para entendê-lo de fato
Uma última e valiosa dica para mandar bem neste nicho: na dúvida, pergunte.
A comunidade LGBTI+ já é alvo de diversos preconceitos e estereótipos, e a luta para desconstruí-los é parte do seu cotidiano. Uma estratégia que não leva isso em conta (ou que, conscientemente ou não, emprega esses preceitos em viés negativo) está fadada ao fracasso.
Se você não tem familiaridade com o público LGBTI+, mas entende que seu negócio pode ter mais oportunidades contando com ele, tente envolvê-lo e conhecer suas necessidades mais a fundo, com ações como:
realize pesquisas;
procure por relatórios;
acompanhe notícias;
se aproxime da realidade dessas pessoas.
Todo esforço é válido para adquirir conhecimento da causa.
Vale pontuar, inclusive, a importância dos esforços para compor um time mais diverso em relação a essa pauta.
Diversos estudos comprovam que uma maior diversidade nas organizações vem acompanhada de uma série de benefícios de negócio. E contar com pessoas LGBTI+ em sua equipe ajudará a consolidar um aprendizado orgânico dessas demandas.
Você observou em alguma das suas ações de marketing algum ponto que pode ser útil para esse nicho? Vê algo que possa ser feito além dos pontos que apontamos? Divida o seu aprendizado conosco nos comentários!
Marketing e público LGBTI+: a que passo você está de entender essa relação?publicado primeiro em https://rockcontent.com/blog/
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Dia Nacional da Visibilidade Trans⠀ ⠀ Hoje, dia 29 de janeiro, comemora-se, no Brasil , o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Este dia de celebração começou após 2004 quando, pela primeira vez na história deste país, pessoas trans e travestis estiveram no Congresso Nacional para descrever aos parlamentares qual a realidade desta população.⠀ ⠀ Ainda que seja um dia de visibilidade e de comemoração não podemos deixar de referir que o Brasil continua a ser o país onde mais pessoas trans e travestis são mortas no mundo. O nível de intolerância para com todas as identidades não normativas é bastante alto, culminando frequentemente em abandono escolar, exclusão do mercado de trabalho, expulsão dos meios sociais e muitas vezes acabando por achar na prostituição o único meio de sobrevivência. Não existem políticas públicas para educar a sociedade para o respeito e diversidade e isso tem como consequência o nível de violência sofrido por esta população. Estima-se que a esperança média de vida de uma pessoa trans ou travesti no Brasil seja de 35 anos, ao contrário dos 70 anos para a população em geral.⠀ ⠀ "Dia Nacional da Visibilidade Trans!⠀ ⠀ https://buff.ly/2nodJ5n #LGBTI #Trans #Transgénero #Transexual #Transfobia #Brasil #esQrever
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Homofobia barra integrante do Faith No More e namorado do Youtube
No último domingo, 24, Roddy Bottum, integrante e tecladista da banda de rock norte-americana Faith No More, contou para seus seguidores no twitter que o clipe da música “Man on Man”, feita por seu duo com o namorado foi removido do Youtube com a alegação de “violações sexuais”. No vídeo, Roddy e companheiro aparecem usando cuecas brancas, o que foi apontado por muitas pessoas como homofobia.
For reasons unbeknownst, the MAN ON MAN video for DADDY was removed by YouTube for sexual violations. It’s on our IG channel for now.
— Roddy Bottum (@roddybottum) May 24, 2020
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“Por razões desconhecidas, o vídeo MAN ON MAN de DADDY foi removido pelo YouTube por violações sexuais. Está no nosso canal no Instagram agora”, disse o músico.
A produção foi inspirada na relação de Roddy com Joey Holman, seu namorado e parceiro no duo. Os dois aproveitaram a inspiração adquirida no período de quarentena para colocar o projeto na rua. “A declaração da música e do vídeo de ‘Daddy’ talvez seja uma celebração do amor isoladamente e é uma carta de amor para o passado não tão distante de um lugar e hora em que nos comunicamos fisicamente com nossa comunidade queer ”, conta Roddy.
Os fãs não pouparam palavras para descrever a situação. “Já vi coisas piores no YouTube do que duas pessoas dividindo sua arte e seu amor. Alguém provavelmente reclamou que são dois homens, como se não estivéssemos em 2020. Que bom que você encontrou outro lugar para publicar. Música excelente e vídeo incrível”, pontuou um fã. “Como assim assistir duas pessoas apaixonadas é uma violação sexual? 2020 está errado”, disse outro internauta.
Assista o clipe de Daddy no instagram do duo Man on Man. Vídeo abaixo:
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Premiere video from MAN ON MAN.
A post shared by MAN ON MAN (@manonmanmusic) on May 23, 2020 at 2:14pm PDT
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Como denunciar homofobia?
O caso de Luiz Carlos está longe de ser algo isolado no Brasil. Com uma morte a cada 23 horas de uma pessoa LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis) e no topo do ranking de mortes de transexuais, é inegável que exista homofobia e transfobia no país.
Esses números, que já são assustadores, podem ser ainda piores! Isso porque não há informações estatísticas governamentais sobre tais mortes e os dados são obtidos pelo Grupo Gay da Bahia (GGB).
A ONG faz o levantamento com base em notícias em veículos de comunicação, informações de parentes das vítimas e registros policiais, mas adverte que tais números podem apresentar uma margem de erro de 5 a 10%.
Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços. Não contratar ou barrar promoções no trabalho e dar tratamento desigual a LGBT são atos homofóbicos também.
Mas muitas vezes o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais, chegando a ameaças e tentativas de assassinato.
Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano.
Homofobia é crime e precisa ser denunciado! Confira aqui como fazer.
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Homofobia barra integrante do Faith No More e namorado do Youtubepublicado primeiro em como se vestir bem
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A importância da luta LGBT para os grupos que compõem a sigla
O ano era 1997 e, pela primeira vez, acontecia a Parada LGBT na cidade de São Paulo, que reuniu cerca de 2.000 pessoas, com o tema “Somos muitos, estamos em várias profissões”.
Até então, o evento era chamado de Parada do Orgulho Gay. Em 1999, a ONG Associação da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT), organizadora da mobilização, alterou o nome do evento para Parada do Orgulho GLBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros).
Nove anos depois, em 2008, a instituição mudou novamente a sigla para LGBT, com o objetivo de dar mais visibilidade às lésbicas dentro do movimento e de padronizar o nome do protesto com o de outros países. Assim, passou a se chamar Parada do Orgulho LGBT.
No decorrer desses mais de 20 anos, a manifestação cresceu muito, incluiu novas causas, agregou diferentes públicos e se consolidou enquanto um dos eventos mais importantes da cidade. Segundo a SPTuris, a Parada é o evento que atrai mais turistas internacionais à capital paulista e é considerada uma das maiores do mundo.
De acordo com os organizadores, a edição de 2011 teve o maior número de participantes da história, com aproximadamente 4 milhões de pessoas. Em 2018, a produção do evento informou que cerca de 3 milhões de pessoas estiveram presentes na celebração. Uma das principais reivindicações atuais do evento, principalmente desde 2006, é o combate à LGBTfobia.
Com o tema “50 anos de Stonewall”, a 23ª Parada LGBT de São Paulo vai sair às ruas no próximo domingo, 23 de junho. A Rebelião de Stonewall, de 28 de Junho de 1969, representou um marco importante na luta pelos direitos e visibilidade da comunidade LGBTQI+ no mundo.
O evento deste ano acontece dias depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero seja considerada crime.
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Visibilidade para além do ‘G’
Se no início a parada reunia e representava, em grande parte, homens gays, no decorrer dos anos as reivindicações mostraram que era preciso incluir os demais grupos que estão na luta: as lésbicas, os bis e as trans e travestis.
Segundo Claudia Regina, primeira mulher lésbica a assumir a presidência da Associação da Parada do Orgulho LGBT, conforme o movimento foi alterando as letras da sigla, a Parada se adequou para dar visibilidade e incluir também as outras pessoas.
A Catraca Livre conversou com representantes do movimento LGBT para falar sobre o que o evento representa atualmente e a importância da inclusão de todas as letras da sigla na luta por direitos. Confira abaixo:
Claudia Regina Garcia – primeira lésbica a assumir a presidência da Associação da Parada do Orgulho LGBT (APOGLBT)
“A importância de abranger todos os grupos representados pela sigla LGBT é a comunidade. A Parada é um grupo misto, ainda que insistam chamá-la de Parada Gay, assim como Stonewall, onde cada uma das letrinhas estava envolvida na revolta. O evento tem a obrigação de representar, dentro do possível, todas as siglas, porque nosso papel é viabilizar e dar voz. Claro que ainda há dificuldades em aumentar a participação de alguns grupos que não se sentem representados, mas a gente tenta contemplar todos eles. É a nossa obrigação.”
Toni Reis, gay e ativista há 35 anos
“Eu participei da primeira Parada em São Paulo, da primeira em Curitiba e da primeira no Rio de Janeiro. Participei, também, da primeira Parada no exterior, em Viena, em 1989. A importância de um evento como esse é a visibilidade: mostrar que nós somos muitos, estamos em muitos lugares e em todas as famílias. É o momento de assumir-se e mostrar que temos dignidade e orgulho de quem somos.
Esse movimento é fundamental para a resistência. Mostrar que nós estamos organizados, estamos prontos para as batalhas e que hoje temos várias instituições do nosso lado, como o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público, a Defensoria Pública, as Defensorias Públicas estaduais… Enfim, hoje nós temos uma articulação de muitos. Infelizmente, há algum setor resistência, de algumas religiões, e mesmo estes já reconhecem que nós existimos.”
Ivone de Oliveira, bissexual e blogueira do Gata de Rodas
“Me tornei militante e ativista LGBT quando, em 2016, fui pela primeira vez na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo só para conhecer e percebi que faltava a representatividade da pessoa com deficiência.
Apresentei a minha ideia de levar acessibilidade e a inclusão da pessoa com deficiência LGBT ao evento na primeira reunião da APOGLBT e ela foi aceita de imediato sem questionamento. O resultado da minha ideia se concretizou em 2017, quando, pela primeira vez, as pessoas com deficiência abriram a Parada LGBT de São Paulo. Feito esse que se repetiu em 2018 e vai se repetir em 2019. Agora, além de ser a maior, também é a mais inclusiva do mundo.
A parada é uma ação afirmativa de política social que contempla a diversidade sexual. Por isso, quando inclui somente a letra ‘G’ dos gays, deixa sem representatividade todos os outros segmentos, como das lésbicas, dos bissexuais, dos transgêneros, dos intersexuais, entre outros, que lutam por visibilidade.
A mulher faz parte história da mobilização. Martha Shelley, na época da Revolta de Stonewall, foi a idealizadora da marcha que hoje chamamos de parada. A semente plantada por essa mulher, militante e ativista lésbica, continua dando frutos mesmo 50 anos depois, pois cada vez mais segmentos buscam representatividade e visibilidade.
Mesmo que o atual governo venha se mostrando um tanto conservador, machista e homofóbico, a presença da mulher com deficiência na Parada do Orgulho LGBT só reforça que o ‘sexo frágil’ não foge à luta mesmo estando em cadeira de rodas. O ‘Stonewall’ da pessoa com deficiência no Brasil começou justamente em 2017, quando abrimos o evento em meio a 3 milhões de pessoas e batemos de frente com o tabu da sexualidade, mostrando a nossa força como cidadãos e agentes de mudança e transformação social.”
Leona Jhovs, mulher trans
“Desde que me percebi como fora da norma por ser uma mulher trans, me tornei um corpo político. Viver no país que mais mata trans e travestis no mundo é um ato político. Todos esses corpos dissidentes estão lutando para viver, então nada mais justo que a Parada seja reconhecida como LGBTQIA+, e não só gay, para dar visibilidade a outros campos.
A Parada LGBT é importante pra mim, enquanto mulher trans, porque é uma data onde a gente dá visibilidade à nossa luta, que é diária. Para nós, mulheres trans, é um movimento importantíssimo para mostrar que estamos vivas e lutando. Temos que estar ali e fortalecer o movimento, ainda mais agora, que será a primeira Parada após a eleição de Bolsonaro, no qual com certeza as represálias serão maiores. É justamente nesse momento que precisamos mostrar que não vamos ceder e não daremos nenhum passo para trás.”
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