#casa nu mar
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casa nu mar 📷 thomas lodin
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peoplefeelings
Hoje eu faço 2 anos tomando testosterona.❤️🔥
Esse mês eu decidi viajar pra Alagoas pensando em descansar esse corpo que passou por um bocado de coisas nesse retorno de saturno. Sinto que o mergulho no mar, apesar de diferente, ainda me era muito familiar – me lembrei das vezes em que eu viajava pra praia com a minha família, da criança que amava passar horas na água. Tudo isso, aliado a sensação de liberdade com o peito aberto, fez eu me sentir verdadeiramente a vontade. Em casa. Acho que foi o momento mais feliz de toda a transição até aqui. A gente começa com os hormônios tendo altas expectativas estéticas, mas tem mudanças mais significativas e invisíveis a olho nu. Nessa viagem, sinto que pude ser o Vicente que sempre sonhei, sem a pressão externa do que nos é esperado. Ser trans, pra mim, é um reencontro. Do que fui, do que sou e do que eu posso ser. 🌊
[ Today marks 2 years on testosterone. ❤️ 🔥
This month I decided to travel to Alagoas thinking about resting this body that went through a bit of things in this Saturn return. I feel like diving in the sea, despite being different, was still very familiar to me – it reminded me of the times when I would travel to the beach with my family, from the kid who loved to spend hours in the water. All of this, coupled with the feeling of freedom with the open chest, made me really feel like going. At home. I think this was the happiest moment of the whole transition so far. We start with hormones having high aesthetic expectations, but there are more significant and invisible changes to the naked eye. On this trip, I feel like I could be the Vincent I always dreamed of, without the external pressure of what is expected of us. Being trans to me is a reunion. What I was, what I am and what I can be. 🌊 ]
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Eu te trai Claudio! (Janeiro 2023)
By; Joelma
Me chamo Joelma, sou casada há 9 anos com Cláudio. Tenho 28 e ele 36 anos. Todos os dias, quase vibramos com os contos aqui, e transamos muito lendo os relatos dos leitores.
Adoramos as traições, os relatos de mulheres casadas corneando o marido, tendo dois homens ao mesmo tempo, porém, jamais tínhamos tido qualquer aventura que fosse digna de registro. Éramos fiéis e nossas aventuras apenas aconteciam em nossas mentes enquanto transávamos.
Até que meu marido uma noite questionou-me se eu teria coragem de viver um daqueles casos para postar aqui. Não sei, eu disse, quem sabe um dia. Mas ele começou a forçar a barra para que eu me relacionasse com outro homem para ter uma história. Dizia que eu era bonita e gostosa, e facilmente arranjaria um dotado para me foder. Seria apenas uma aventura sem consequências para nosso casamento.
Um dia eu lhe falei:
– Cláudio, você quer massagear seu ego me usando. Pois saiba que se e um dia o trair você só ficará sabendo da maneira que o traí ao ler o meu relato aqui.
Ele não acreditou dizendo que eu abriria a boca na primeira transa que tivéssemos. Mas fiz força, me segurei e agora ele vai ficar sabendo da minha história. Vai ficar sabendo o que a sua putinha fez. Grifo o apelido para ele não ter dúvidas, já que só ele me chama assim quando estamos fodendo. Foi assim:
Lembra, Cláudio, quando fomos à praia na primeira semana agora de janeiro? Um rapaz quando fui comprar camarão chegou até mim e me passou o numero de seu número de celular enquanto você estava deitado na areia. Tremi de medo mas guardei seu número.
Naquele dia eu morri de medo que você tivesse visto, mas quando à tarde, ficou jogando baralho com os amigos, disse-lhe que ia à praia, fui e liguei tal número. Foi o mesmo cara que falou comigo na praia e a um seu convite fui até seu apartamento que ficava a três quadras de onde estava. Fui rápido, pois pensava na foda que iria dar e não me decepcionei. Aliás foi o dobro do que eu havia imaginado.
Ele me serviu vinho, me agarrou e começou a beijar minha boca. Tínhamos pressa e num instante estávamos nus entre os almofadões da sala. Quando praticávamos um guloso meia nove percebi que não estávamos sozinhos, que havia mais alguém junto de nós, mas sinceramente nem me importei, e quando uma outra boca começou a me chupar as pernas e o meu cuzinho, abri-me toda para facilitar mais esta investida. Eu não mais uma casada fazendo sexo com desconhecido mas sim com dois desconhecidos deliciosos.
Quando subi já fui chupando outro cacete e quando me senti totalmente com a bocetinha cheia, flexionei meu corpo para frente e arreganhei bem as pernas para ser ensanduichada. E foi o que aconteceu. Um pau duro foi se entrando em meu cuzinho e eu gemi forte ao sentir-me duplamente realizada. Gozei como uma cadela no cio. Senti a bocetinha e o rabinho receberem quase ao mesmo tempo uma descarga de porra. Depois os meus machos trocaram de posição e me comeram novamente, terminando com uma terceira vez quando engoli a porra dos dois.
Tudo isso foi no prazo de mais ou menos duas horas e depois voltei à praia e ao me lavar com a água do mar senti meu cuzinho e minha bucetinha arderem e me masturbei ainda mais uma vez.
Cinco da tarde voltei para casa, você ainda jogava baralho com os amigos e sequer percebeu que a sua BISQUI tinha ido foder. Da próxima vez vou filmar tudo para depois você curtir minha performance e gozar vendo sua mulherzinha sendo fodida por dois incríveis garanhões. Pode esperar.
Enviado ao Te Contos por Joelma
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✣ A Praia (Hongjoong) ✣
Eu e Hongjoong somos grandes amigos, o conheci através de um namorado que na época era amigo dele e pelo fato do meu ex ser um idiota e me fazer sofrer, ele acabou perdendo a amizade com o meu ex e acabamos nos tornando grande amigos. Sempre que dava, Hongjoong me chamava pra sair e nos divertíamos muito.
Em um final de semana, Hongjoong chega em minha casa sem me avisar me convidando pra sair e como sempre aceitei, mas dessa vez foi um passeio diferente, ele me levou até a praia e no caminho comprou uma garrafa de vinho. Assim que chegamos ele estacionou a moto e fomos caminhando pela praia até a parte mais deserta.
_ Porque viemos aqui? –Digo estranhando a atitude de Hongjoong, já que ele fazia o tipo pegador e não romântico.
_ Lembro que uma vez você disse que gostava de ver o pôr do sol na praia, então resolvi te trazer aqui. Não parece, mas eu também gosto dessas coisas. –Ele diz sorrindo.
Logo chegamos em uma parte deserta da praia, ele retira um lençol da mochila e estende no chão para que sentássemos. Ficamos conversando por um tempo até o sol sumir no horizonte.
_ É lindo, não é? – Digo olhando para o horizonte.
_ Sim, e pensar que muitas pessoas perdem esse espetáculo magnifico.
_ Você é o primeiro amigo meu, que faz algo do tipo comigo. Obrigada.
_ Espero ser o único. – Ele disse rindo.
Nisso ele pega a mochila e pega a garrafa de vinho e abre pra bebermos.
_ Eu esqueci dos copos... Você se importa?
_ Claro que não. – Digo sorrindo.
_ Mas e aí, está namorando? –Ele pergunta enquanto abre o vinho.
_ Não. – Digo voltando minha atenção pro mar. – Homens dão muito trabalho, não quero sofrer novamente. Prefiro ficar só na curtição.
_ Está certa você, homem é um idiota em se tratando das mulheres. Sou homem e sei bem o que você está falando, alguns não dão valor que vocês merecem. Eu posso ser safado, mas eu nunca fiz uma mulher sofrer. Por isso que eu apenas me divirto e nada mais, não dou esperanças, sabe. –Ele diz bebendo um gole do vinho.
_ Pra homem é mais fácil, pegar uma aqui e outra ali sai com fama de garanhão, mas e mulher?
_ O negocio é curtir no silêncio. –Ele diz maliciosamente. - Ninguém precisa ficar sabendo.
Não digo nada, apenas pego a garrafa da mão dele e bebo um gole.
_ Eu te conheço bem demais Hongjoong, agora me diz... O que você quer? Você não me trouxe aqui só pra ver o pôr do sol... Bebermos vinho... Conversar...
_ Eu não consigo esconder nada de você, não é? –Ele diz rindo e pegando a garrafa de sua mãe e bebendo um gole.
_ Não. – Digo me deitando e olhando para o céu estrelado.
Nisso Hongjoong coloca a garrafa de lado, se apoia no cotovelo e fica sobre mim, pega meu rosto e nossos lábios apenas se roçam.
_ Eu preciso fazer algo que há muito tempo não sai da minha cabeça... Desde que te conheci naquela lanchonete, quando o San nos apresentou... – Ele dizia roçando os lábios nos seus.
_ E está esperando o que pra fazer? – Digo maliciosamente.
Ao ouvir minhas palavras, Hongjoong inicia um beijo calmo, fazendo com que suas línguas se enroscassem em uma sintonia perfeita. Minhas mãos automaticamente foram pra nuca dele, arranhando-o levemente o fazendo se arrepiar.
Hongjoong por sua vez mantinha uma mão em meu rosto e a outra na cintura, apertando-a levemente. Não demorou muito para que a mão dele fosse até a alça de sua blusinha e a descesse delicadamente, depositando beijos por meu ombro e logo ele chegou em meu seio, o olhou como se estivesse faminto, acariciou e logo caiu de boca, me fazendo dar um leve gemido.
Ele dava chupões, mordia levemente, com certeza ficaria roxo, mas não estou nem aí. Sem perder tempo o ajuda a tirar a jaqueta e a camiseta, deixando o peitoral dele a mostra, o que o deixa muito sexy a luz da lua. Hongjoong também não perde tempo e faz minha blusa de alcinha voar longe, e logo abre o botão e zíper da minha calça em uma velocidade impressionante.
Já estavam nus, sob o lençol, ele me ajeita e vai descendo os beijos e chupões por todo o meu corpo até chegar em minha intimidade, ele dedilhou os dedos em meu sexo me fazendo contorcer de tanto tesão.
_ Como você é gostosa... –Ele diz em um sussurro que pude ouvir e logo ele caiu de boca em meu sexo, arrancando um gemido alto.
_ Ahhh... Hongjoong... D-delicia...
_ Isso amor... –Ele diz me sugando. –Goza pra mim goza...
Ele foi me sugando até que gozo intensamente na boca dele. Estou ofegante, pernas bambas, se não estivesse deitada com certeza eu teria caído. Descanso um pouco e logo vai pra cima de Hongjoong.
_Agora é a minha vez...
O faço se deitar, vou engatinhando, o olho intensamente, pego em seu membro, vou deslizando minha mão por toda a extensão de seu membro, fazendo-o respirar pesadamente. Logo começo com os movimentos, vou me abaixando lentamente, deixando-o agoniado pelo meu toque.
_ (seu apelido)... Eu não estou aguentando mais... –Ele diz com a voz falhada.
Então começo a distribuir beijos em seu membro, fazendo-o se arrepiar com o toque dos meus lábios, vou lambendo toda a extensão até que finalmente o engulo por inteiro, sugando intensamente, fazendo Hongjoong rosnar de tanto excitação.
Hongjoong me ajuda com os movimentos, o sugo de uma tal forma que o faz gemer alto, sorrio mentalmente. Quando percebo que ele está chegando ao ápice, paro com os movimentos, arrancando um gemido de protesto de dele.
Ele me pega pela cintura e faz com que eu me sente em seu membro, arrancando um gemido de ambos. Começo a rebolar e Hongjoong o enlouquecendo com isso, ele me pega forte pela cintura me fazendo subir e descer em seu membro, falando coisas desconexas em seu ouvido, me levando a loucura. Logo ele me vira, me fazendo deitar no lençol, mas sem sair de dentro de mim. Suas estocadas são profundas, acertando meu ponto mágico. Ambos gemendo o nome um do outro.
_ M-mais rápido Hongjoong... – Digo ofegante.
Logo ele aumenta a velocidade das estocadas e não demora muito para que ambos cheguem ao ápice juntos, na mesma sincronia. Ele cai sob meu corpo, sem soltar todo o seu peso, muito ofegante, coração batendo a mil. Quando finalmente ele consegue falar algo.
_ Perfeita... –Ele diz com a voz falhada. – Eu sou um tremendo idiota.
_ Você também é perfeito, mas... Por quê? –Você diz confusa.
_ Demorei tanto tempo pra ter certeza do obvio... Foram 2 anos a procura da garota perfeita pra mim... E ela estava o tempo todo ao meu lado...
_ O que? –Digo surpresa.
_ Isso mesmo o que ouviu... –Ele diz dando um selinho demorado. – Não posso deixar você escapar assim... –Ele diz me olhando intensamente. – (seu nome), quer namorar comigo? Ser a minha princesa? Não sou perfeito, mas tentarei a cada dia ser o seu príncipe.
_ Mas e aquele papo de só curtir...?
_ Esquece o que eu disse! A partir de hoje eu quero ser apenas seu... Você aceita ser a minha pra sempre?
_ É claro que sim Hongjoong! – Digo emocionada. –É claro que aceito!
Então Hongjoong me da um beijo super apaixonado, coisa que eu nunca pensei em receber, ainda mais se tratando dele. Depois das juras de amor entre nós dois, ainda ficaram mais algumas horas ali na praia, bebendo e fazendo amor.
•| ⊱Fim⊰ |•
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Ela acordou toda linda com um imenso sorriso maroto dizendo pra ele que sonhou que estava na lagoa azul,era igualzinha o filme que passa umas dez vezes por ano na telinha,estava em um navio como no começo do filme, só que já era adulta e não uma menininha que se transforma na Brooke Shields,seus olhos castanhos enfim eram azuis como ela queria tê-los ao nascer,veio o temporal e seus fortes sons de trovão e brilho dos relâmpagos, não viu nada além disso no mar,acordou já na ilha da lagoa azul,ela e seu companheiro de jornada que já era um rapagão todo sarado,e como o sonho não tinha censura,os dois já estavam pelados,aquele velho do filme felizmente não estava, só eu e ele num sonho editado,tinha uma casa igual já pronta,nem precisavam fazer,brincavam nus sem preocupação de alguém os socorrer,o sonho era meu,queria ir logo pra mata e aquela cena quente do filme ia acontecer,do nada ele saiu antes que ela terminasse a história e disse ao sair, não tenho tempo para suas bobagens,volte a dormir, assim que ele fechou a porta ela disse pra si mesma,ainda bem que não contei pra ele que seu melhor amigo e que fazia par comigo na ilha,e que no final ainda tinha me dado uma linda filha, isso depois de a gente fazer sexo em cada cantinho daquele paraíso tropical,quem sabe não proponho a ele que façamos o mesmo na vida real,quem não valoriza o amor que tem pode acabar se dando muito mal, depois seguiu os conselhos do marido e voltou a dormir,queria voltar a ilha e ter mais um ou dois filhos,se fosse preciso iria tentar e tentar e tentar até engravidar.
Jonas R Cezar
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Caminhei à beira-mar, e veio até mim,
como um raio de estrela na areia molhada,
uma concha branca como um sino do mar;
trêmulo, estava em minha mão molhada.
Em meus dedos trêmulos, ouvi acordar
um ding dentro, perto de uma barra do porto
uma bóia balançando, um chamado ressoando
sobre mares sem fim, fraco agora e distante.
Então vi um barco flutuar silenciosamente
na maré noturna, vazio e cinza.
'É mais tarde do que tarde! Por que esperamos?
Pulei para dentro e gritei: 'Levem-me daqui!'
Ele me levou para longe, molhado com spray,
envolto em uma névoa, enrolado em um sono,
para uma praia esquecida em uma terra estranha.
No crepúsculo além das profundezas,
ouvi um sino do mar balançar no swell,
ding, ding, e as ondas rugem
nos dentes ocultos de um recife perigoso;
e por fim cheguei a uma longa margem.
Branco ele brilhava, e o mar fervilhava
com espelhos de estrelas em uma rede de prata;
penhascos de pedra clara como osso ruel
na espuma da lua brilhavam úmidos.
Areia brilhante escorregou pela minha mão,
pó de pérola e pó de joia,
trombetas de opala, rosas de coral,
flautas de verde e ametista.
Mas sob os beirais do penhasco havia cavernas sombrias,
cobertas de ervas daninhas, escuras e cinzas;
um ar frio agitou-se em meu cabelo
e a luz diminuiu enquanto eu me afastava apressado.
Descendo de uma colina corria um riacho verde;
sua água eu bebi à vontade do meu coração.
Subi a escada da fonte até uma bela paisagem campestre
de sempre, longe dos mares,
escalando prados de sombras esvoaçantes:
flores jaziam ali como estrelas caídas,
e em uma lagoa azul, v��trea e fria,
como luas flutuantes, os nenuphars .
Os amieiros dormiam e os salgueiros choravam à beira
de um rio lento de ervas daninhas ondulantes;
espadas de gladdon guardavam os vaus,
e lanças verdes e juncos de flechas.
Houve eco de música durante toda a noite
no vale; muitas coisas
correndo de um lado para o outro: lebres brancas como a neve,
ratazanas saindo de tocas; mariposas nas asas
com olhos de lanterna; em silenciosa surpresa,
os Brocks estavam olhando para fora das portas escuras.
Ouvi danças ali, música no ar,
passos rápidos no chão verde.
Mas sempre que eu vinha era sempre a mesma coisa:
os pés fugiam e tudo ficava quieto;
nunca uma saudação, apenas as fugazes flautas
, vozes, buzinas na colina.
De folhas de rio e feixes de junco
fiz para mim um manto verde-jóia,
uma vara alta para segurar e uma bandeira de ouro;
meus olhos brilhavam como o brilho das estrelas.
Com flores coroadas, eu estava em um monte,
e estridente como um canto de galo
orgulhosamente eu gritei: 'Por que você se esconde?
Por que ninguém fala, onde quer que eu vá?
Aqui estou agora, rei desta terra,
com espada de gladdon e maça de junco.
Atenda minha ligação! Venham todos!
Diga-me palavras! Mostre-me um rosto!'
Preto veio uma nuvem como uma mortalha noturna.
Como uma toupeira escura tateando eu fui,
ao chão caindo, em minhas mãos rastejando
com olhos cegos e minhas costas dobradas.
Rastejei até uma floresta: silenciosa ela permanecia
em suas folhas mortas; nus estavam seus ramos.
Lá devo sentar, vagando com inteligência,
enquanto as corujas roncam em sua casa oca.
Por um ano e um dia eu devo ficar:
besouros batiam nas árvores podres,
aranhas teciam, no mofo
bolas de sabão pairavam sobre meus joelhos.
Por fim, veio a luz em minha longa noite
e vi meus cabelos grisalhos.
'Por mais que eu esteja curvado, devo encontrar o mar!
Eu me perdi e não sei o caminho,
mas deixe-me ir!' Então eu tropecei;
como se a sombra de um morcego caçador estivesse sobre mim;
em meus ouvidos soou um vento fulminante,
e com sarças esfarrapadas tentei me cobrir.
Minhas mãos estavam dilaceradas e meus joelhos desgastados,
e os anos pesavam sobre minhas costas,
quando a chuva em meu rosto ficou com gosto de sal
e senti o cheiro de destroços do mar.
Os pássaros vieram voando, miando, lamentando;
Ouvi vozes em cavernas frias,
focas latindo e rochas rosnando,
e em esguichos o barulho das ondas.
O inverno chegou rápido; em uma névoa eu passei,
até o fim da terra meus anos eu suportei;
a neve estava no ar, gelo no meu cabelo,
a escuridão jazia na última margem.
Ainda flutuando esperava o barco,
na maré subindo, a proa balançando.
Cansado eu me deitei enquanto ele me levava para longe,
as ondas subindo, os mares cruzando,
passando por velhos cascos agrupados com gaivotas
e grandes navios carregados de luz,
vindo para o porto, escuro como um corvo,
silencioso como a neve, no meio da noite.
As casas estavam fechadas, o vento murmurava ao redor delas,
as estradas estavam vazias. Sentei-me perto de uma porta
e, onde a garoa escorria pelo ralo,
joguei fora tudo o que carregava:
em minha mão agarrada alguns grãos de areia
e uma concha do mar silenciosa e morta.
Nunca meu ouvido ouvirá aquele sino,
nunca meus pés pisarão a margem,
nunca mais, como em triste beco,
em beco sem saída e em longa rua
esfarrapada eu ando. Para mim mesmo eu falo;
pois ainda não falam, homens que encontro.
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Ramon Casas i Carbo (1866-1932) - Padre Romeu
Ramon Casas i Carbó , é um pintor e cartazista espanhol, promotor do modernismo catalão. Ele é mais conhecido por seus retratos e caricaturas da elite catalã, espanhola e francesa. Em 1884 expôs a obra Corrida de Toros em Barcelona. Frequentemente ia a Paris para a Académie Gervex, onde conheceu os pintores Santiago Rusiñol e Pierre Puvis de Chavannes. Em 1889, viajou com seu amigo, o artista pós-impressionista Rusiñol. Mudou-se para Paris em 1890, no moinho Galette, em Montmartre, com seus amigos Rusiñol, Miquel Utrillo e Ramon Canudas. Expôs o Retrato de Erik Satie no Salon du Champ-de-Mars e no Salon de la Société nationale des beaux-arts, onde obteve o título de associado que lhe permitiu expor duas obras por ano sem ser avaliado pelo júri de admissão. Em 1891 expôs uma das suas obras mais conhecidas intitulada Interior do Moulin de la Galette e obteve uma medalha na exposição internacional de Berlim para onde enviou as obras Retrat de dama e Treball . No ano seguinte, conquistou a medalha de ouro na exposição internacional de Madrid com a obra Aire Lliure . Ele também expôs na Feira Mundial de 1893 em Chicago. Foi também nestes anos que iniciou esta série de retratos íntimos como After the Bath (Montserrat Abbey) ou Tired (Dallas Art Museum). Ele pinta o mesmo modelo, uma jovem morena de camisa com gola azul, combinando de forma marcante intimidade, respeito e desejo. Depois deste período dominado pelos seus retratos e nus, regressou à representação de cenas de multidão, nas quais já tinha trabalhado na década de 1880. Finalmente regressou a Barcelona em 1896 e montou o seu atelier com os pais. Com a obra Ball de tarda conquistou uma medalha de segunda classe na Exposição de Belas Artes de Barcelona e expôs as obras Bona artilleria e Angoixa na Exposição de Arte de Berlim. O ano de 1898 marcou o início de sua carreira como designer de cartazes. Venceu o concurso publicitário da bebida Anís del Mono e desenhou os cartazes de campanhas publicitárias de marcas como Codorniu , Cigarillos Paris , entre outras. Posteriormente, iniciou a sua colaboração com as revistas modernistas Quatre Gats , publicadas pelo cabaré homónimo em 1899, depois em Pèl i Ploma onde publicou as suas ilustrações e que financiou parcialmente (1899-1903). Em 1900, o comité internacional espanhol escolheu duas das suas obras para apresentar na Exposição Universal de Paris. Visitou esta exposição com o amigo Picasso , então com 19 anos, cujo retrato pintaria nesta ocasião. No ano seguinte, conquistou sua primeira medalha na exposição de Munique com a obra Garrote vil . Em 1903, expôs a obra La Càrrega no Salon du Champ-de-Mars. Dois anos depois, expôs ali a obra Retrato Equestre de Alfons XIII, que foi adquirida pelo milionário norte-americano Charles Deering que encomendou o retrato de suas filhas. A partir desse momento iniciou uma forte amizade com o milionário que o levou a fazer diversas viagens com ele e a permanecer alguns meses nos Estados Unidos, onde pintou retratos de amigos do milionário. Em 1918 visitou o campo de batalha da Primeira Guerra Mundial onde pintou Autorretrato con Cope Militar. Em 1922, casou-se com Julia Peraire, que havia sido sua modelo para vários retratos (notadamente La Sargantain ), e retornou aos Estados Unidos. Em 1931 participou numa exposição conjunta com Rusiñol, Clarasó e Casas.
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A lua fazia presente , iluminando nosso quarto, estava deitado. ela estava tão concentrada nus estudos que nem percebeu meu olhar sobre ela, . Deixei meu livro de lado, é fiquei apenas a observar . Passava das 23:00 , me aproximei, depositei um beijo no topo da cabeça dela . Exausta ? ela balançou concordando . Trouxe ela pra mas perto de mim, puxando pra um abraço quente e cheio de afeto, depositei beijos pela bochechas fazendo a rir ….
O que foi ? ela me pergunto
Já disse que sou o cara mais sortudo do mundo ? tenho a mulher mais gata do mundo só pra mim …
Como é besta , Não sou nada disso, já lhe disse milhões de vezes ……
Então vou lhe mostrar de um jeito melhor agora .
Nossos lábios se encontraram em um beijo cheio de desejo e vontade, os dedos dela deslizava sobre minha camisa. coloquei o notebook de lado , fazendo sentar sobre a mesinha de estudo ..
Nosso beijo foi intensificando , sentir minha camisa sendo lascada, sorrir. abafado minha voz saiu : Gosto de você assim selvagem .. Enquanto tirava a camisola que ela se encontrava . Minha boca foi deslizando sobre o corpo nu dela. minhas costas sentia as unhas sendo cravada, Parei entre as pernas delas , sua intimidade estava preste a explodir, parecia um mar de tão molhada que se encontrava , passei a língua sobre a calcinha que ainda permanência ali , enquanto minha mão massageava seus seios, ouvir o gemido baixo dela.
me chupar amor . a voz dela saiu trêmula é abafada .
me abaixei tirando sua calcinha , comecei beijando sua intimidade, minha língua deslizada sobre ela ,sentir ela rebola devagar sobre minha boca, a chupei com gosto , ela gemia mais alto a cada chupada que dava, estava preste a goza quando lhe disse :
-Ainda não .
ela me olhou, não faz isso , tirei ela de cima da mesinha , levando a cama
ME COMER COMO SÓ VOCÊ FAZ ….
Um sorriso safado saiu de mim, . Hoje quero comer você de todas as maneiras possível, deitei por cima dela sentindo o quanto ela estava exalando sexo, .
Coloca na minha boca ? - Ela sorriu ,
-Vem , chupa como vc sabe …
enquanto chupava os seios dela , comecei a soca devagarinho, ela soltava gemidos altos e com desejos .
Me comer amor , me comer caraleo.
isso era musica pros meus ouvindo , comecei a soca com mais força enquanto ela rebolava, as unhas dela cravou em mim,
Minha Cachorra, soltei uns dos meus tapas sobre a bunda dela , deixando avermelhada …. -Sua ,apenas sua , meu vagabundo
Comer sua mulher vai. quanto mais ela pedia , mais socava com força . nossos gemidos era musica pra nossos ouvidos , quanto mais a gente sentia um ao outro, mais queríamos .
Vagabundoo.
A voz trêmula e falha saiu dela ..
-Meu corpo exausto caiu em cima dela, sentindo o abraço casa que só ela tinha .
Não sair agora daqui, .
Ela sempre me dizia …
Ali ficamos curtindo nosso silêncio , sentindo nossos corações volta ao normal , os dedos dela deslizava sobre minhas costas, fazendo caminhos imaginários.
fechei os olhos deixando o cheiro dela invadir minha mente , me fazendo lembrar o quanto sou apaixonado nela, ….
-Eu te amo . nossos lábios falaram juntos
#arquivopoetico#carteldapoesia#lardepoetas#pequenosescritores#projetovelhopoema#lardospoetas#novospoetas#caligraficou
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Norma, sem normas
Para a nova geração, ela foi a Deise Coturno no humorístico global “Toma lá, dá cá”. Para os mais velhos, com boa memória, ela foi vedete de Carlos Machado. Para os cinéfilos, uma das maiores atrizes do Cinema Novo. Para os cineastas, uma diretora de muita inspiração. Para os leitores de “Norma Bengell” (Editora nVersos, 352 páginas), a autobiografia póstuma da atriz, uma mulher vanguardista, que viveu sem receios. “Sou tão mortal quanto qualquer um, sou humana, da espécie dos que têm o dom de sorrir e chorar, muito além do meu dom de fazer rir e chorar. Sou invencivelmente frágil. Um sobrevivente que vive com intensidade”, escreveu ela, que não viu o livro pronto. Sua entrega a tudo e a todos não lhe permitiu que vivesse mais de 78 anos. Vitimada por um câncer de pulmão, em 2013, ela teve suas cinzas jogadas das pedras do Arpoador, em direção ao mar, logo depois de um velório esvaziado, sobrando apenas 15 pessoas no momento do fechamento de seu caixão.
Norma Bengell, a mulher que arrancou suspiros de toda uma geração, conheceu a pobreza e também as rodas mais luxuosas. Desfrutou das festas mais badaladas, mas também da casa vazia de amigos. Conquistou homens com o corpo escultural, as longas pernas, as mesmas que um dia paralisaram. “Certo dia, durante uma gravação do humorístico semanal da TV Globo, ‘Toma lá da cá’, com Miguel Falabella, ao ouvir a palavra ‘ação’ não consegui me levantar da cadeira. Não consegui mais andar. E passei a usar cadeiras de rodas. Mesmo assim, queria continuar trabalhando. E continuei gravando, mas só podia aparecer sentada. Eu ainda queria ser diretora. Afinal, poderia dirigir da cadeira. Mas todos sumiram. Todos sumiram”, conta, em tom bastante emocionado, sobre seu triste fim.
Redigido em sequência cronológica, e totalmente fragmentado, o relato de Norma segue fluido como as memórias a que ela escolheu se lembrar. Sem meias palavras, não abre mão dos autoelogios, mas também não enfeita para esconder seus fracassos. Com um curioso álbum fotográfico de mais de 90 páginas, o livro surpreende ao revelar a magnitude e amplidão de uma artista múltipla, que gravou quatro discos durante sua trajetória, entre eles “Ooooooh! Norma”, um precursor da bossa nova.
Na cama com Alain Delon Filha de uma família simples, com os pais vivendo intensa crise, aos 15 anos, Norma entrou para o teatro de revista. Autodidata, chamava atenção pela falta de pudores, num tempo em que às mulheres muito pouco era permitido. “As atrizes do rebolado, como eram chamadas as vedetes, foram o grande chamariz desses números musicais. Ser vedete era sinônimo de ser bonita, sensual e, em alguns casos, famosa. Ser vedete era a glória”, conta a atriz, que se inspirou nas “heroínas dos musicais da Metro” (atual MGM). O que a artista também se recorda é que ser vedete era ser marginal. Ainda assim, foi convidada para desfilar na Casa Canadá, uma das mais famosas lojas de moda do Rio de Janeiro. Foi aquela carreira de pequenas e elitizadas passarelas que lhe rendeu frutos nas artes dramáticas.
Elogiada como cantora, ela logo foi exaltada pela dramaticidade com que entoava as palavras. “Quando comecei a frequentar o grupo do Cinema Novo, me sentia muito burra. Quer dizer, eu sabia que era inteligente, ou, pelo menos, muito viva, mas não era um poço de cultura. Eu era uma moça que lutou muito e não teve tempo de estudar; tudo o que aprendi foi sozinha”, escreveu. Alçada à fama internacional por “O pagador de promessas”, de Anselmo Duarte, com quem namorou, ela foi para o Festival de Cannes, quando recebeu o prêmio principal, e demorou anos para voltar. Intérprete do primeiro nu frontal do cinema brasileiro, ela conheceu e trabalhou com cineastas do porte de Alberto Lattuada.
Em sua estadia pela Itália, envolveu-se com o eterno galã Alain Delon. “Um romance clandestino e delirante. Não era só um caso, como com os que eu estava habituada. Era mais fresco e jovem. Nós ríamos muito de tudo, corríamos, olhávamos a lua, felizes. Tudo escondido, o que dava mais sabor. Tinha muita paixão, entrega e curtição, mas sem idealismos, sem romantismo. Amávamos um ao outro loucamente e apenas enquanto estávamos juntos. Alain era escorpiano, um amante inigualável, insaciável. Ele realmente gostava de mulher, apesar de seu comportamento ambíguo”, recorda-se a mulher que fez 16 abortos, todos declarados publicamente, e chegou a se casar com o ator italiano Gabriele Tinti.
Dias frios
Atriz de emblemáticas peças nacionais, Norma foi obrigada a depor para a ditadura militar em 1968, ano em que apresentou “Cordélia Brasil”, de Antônio Bivar, nos palcos paulistanos. Décadas mais tarde, voltaria a se desentender com o Governo, mas por conta do filme “O guarani”, que lhe custou um indiciamento pela Polícia Federal de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e apropriação indébita, já que nas prestações de contas feitas com o Ministério da Cultura foram encontrados diversos problemas. A carreira de diretora, elogiada por “Eternamente Pagu”, de 1988, estaria terminada, bem como a fama da atriz. Com a saúde debilitada e as finanças comprometidas, a estrela foi pouco a pouco se apagando.
“A partir dos anos 1960, Norma Bengell foi a cara, o corpo e a alma do cinema brasileiro”, comenta o diretor Daniel Filho, em apresentação do livro. “Em 2012, fui a um aniversário da Norma em que havia muitos lugares para convidados, mas muito poucos presentes. Ali entendia o significado da palavra solidão”, conta o documentarista Silvio Tendler. “O texto de Norma não é apenas a narrativa das aventuras artísticas de uma menina que conseguiu furar a barreira do anonimato e saltar o muro enganoso da fama: é uma narrativa cheia de lances humanos e, poderíamos chamar, de saudável caldo humanista, em que a emoção e os sentimentos mais profundos da alma estão à flor da pele”, conclui o produtor Luiz Carlos Barreto. Sem normas, a atriz mostra, com o livro, que, acima de tudo, morreu desconhecida de todos.
#Norma Bengell#Tribuna de Minas#Deise Coturno#Carlos Machado#Silvio Tendler#Daniel Filho#Luiz Carlos Barreto'#TV Globo#Allain Delon#Antônio Bivar#Pagador de Promessas
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Sobre pequenas coisas.
Sinto este pequeno prazer de andar descalça em casa.
Desde pequena me lembro de estar dentro e fora de portas com os pés no chão. Ora de meias, no inverno, ora de pé nu, no verão.
Uma das sensações de conforto que me recordo de criança é da tijoleira quente durante a manhã, enquanto relaxava á entrada da cozinha a olhar as tartarugas e elas a mim.
Perdi uma parte desse hábito quando mudamos de casa, depois do divórcio, mas sempre que conseguia, lá me descalçava. E os meus pés recordavam a sensação dos diferentes materiais que calcava: a areia a fugir pelas frinchas dos dedos. A relva dura a espetar no pé. A outra relva macia, com terra molhada a espreitar. A tijoleira quente. A pedra a ferver. A pedra-coral a fazer doer. O alívio da água fria do mar. O choque também.
Hoje a primeira coisa que faço ao chegar a casa é descalçar-me e, ao parar para pensar, apercebo-me de quão bom é sentir o chão desta nossa casa. Os tacos de madeira. A tijoleira macia da cozinha. O cimento suave e quente da varanda.
Sabe bem. Sabe bem pisar este chão que partilho com quem amo. Sabe bem cuidar deste chão para poder andar descalça. Sabe bem.
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Um dia de Praia.
Sempre gostei de praia. Vagos tem uma costa relativamente pequena, mas por ter crescido neste concelho, perto da praia, fez com que eu sempre tenha gostado do mar e da praia. No entanto, foi, apenas, quando me tornei um jovem adulto que fiquei ainda a gostar mais da praia. Foi aí, numa praia que descobri o nudismo e a excitação de poder ver homens nus ao meu redor. Foi, também, numa praia que perdi a virgindade e tive a minha primeira relação sexual com um homem, mas esta é uma história que contarei numa outra publicação.
Hoje quero contar-vos como foi um dos meus últimos dias de praia, neste agosto de 2024.
Há algum tempo que não tinha sexo e andava cheio de tesão. Fui a uma praia não muito longe de casa, a praia de Mira. Mas fui à praia de Mira onde sabia que, quase de certeza, iria encontrar homens, também eles, à procura de sexo.
Comecei por tomar um duche, em casa, e lavar-me bem. Sim, porque se há coisa que eu gosto é de ir bem limpinho quando procuro sexo. Preparei duas garrafas de água para levar e poder beber - há que manter-se hidratado -, confirmei que tinha preservativos e lenços de papel, meti-me no carro e lá fui eu.
Ao virar para a estrada de terra batida, onde no final se encontrava o meu destino, vejo, a meio do trajeto, um carro cinza e um homem maduro encostado ao carro. Para não levantar muita poeira e poder apreciar a figura que via, ainda, um pouco longe - para além de poder provocar o homem à minha passagem - reduzi bastante a velocidade. Ao passar por ele, olhei-o, descaradamente, enquanto ele acariciava, por cima de uns calções de algodão de cor cinza, a zona genital. Este ato era o sinal claro que aquele homem maduro procurava sexo. Eu avancei mais um pouco com o carro, parei enquanto olhava pelo retrovisor. O homem percebia que eu o observava pelos espelhos, interior e exterior do carro, passou a meter a mão por dentro dos calções, acariciando o sexo e tirando-o para fora para o exibir. Pelo tempo que demorei a olhar - não muito tempo, mas o suficiente para ele perceber que eu estava interessado em ter um contacto mais físico - ele entrou no carro deu meia volta e seguiu-me no caminho que conduzia até à praia. Eu tinha percebido que ele não queria ir para a praia porque, caso quisesse, não estava parado a meio do caminho, entre os pinheiros que ladeiam a estrada de terra batida. Assim, parei o meu carro num local, à sombra dos pinheiros, que poderia, dependendo do desenrolar dos acontecimentos, levar-nos ao interior da mata sob a sombra de árvores maiores e com clareiras afastadas do caminho que levava à praia, onde poderíamos estar mais longe dos olhares curiosos que por vezes andam por ali.
Sa�� do carro e comecei, também eu, a acariciar o meu sexo por cima dos calções que trazia vestidos. Ele saiu, também, e voltou novamente a acariciar o seu sexo por cima dos calções. Dirigiu-se a mim e perguntou-me:
Então andas a dar uma voltinha?
Ao que eu respondi:
Sim, está calor e vou para a praia.
Durante o período em que ambos saímos do carro e trocamos aquelas breves palavras eu pude observar aquele homem maduro, que teria cerca de 60 anos, mas que estava muito bem conservado, bem constituído e corpo elegante. Era alto - mais alto que eu - de cabelo farto e grisalho, barba aparada, mãos cuidadas e com jeito de pessoa educada. Agradou-me.
Entrei um pouco mais pela mata, para que ele me seguisse, para nos afastarmos um pouco da estrada estando, assim, mais resguardados dos olhares dos ocupantes dos veículos que poderiam passar em direção à praia. Quando, que nos encontrávamos mais resguardados aproximei-me dele e acariciei-lhe o sexo por cima dos calções, sentindo que já estava a ficar de pau teso. Subi uma das minhas mão por dentro da sua t-shirt para lhe acariciar o peito e os mamilos. Procurava sentir se tinha um peito peludo. Não era peludo no peito, mas tinha um peito e tórax firme. Por seu lado, ele baixou os calções, presos apenas por um elástico, até aos joelhos, expondo, assim, todo o pau que já estava, praticamente, todo teso. Eu que, também, já me encontrava bastante excitado com a situação, desabotoei os calções que trazia vestidos, sem usar roupa interior, expondo a minha verga já bem dura. Ele acariciou-me, gentilmente, o meu caralho e os colhões com uma mão enquanto com a outra na base na nuca puxou a minha cabeça para si e deu-me um beijo na boca. Tudo com muita calma e muito cuidado. Percebi que este homem maduro gostava de beijar e, para mim, isso deixa-me ainda com mais tesão. Enquanto nos roçávamos um no outro ele procurava insistentemente a minha boca, onde introduzia a sua língua de forma suave, mas com excitação. Definitivamente, este homem gostava e sabia beijar muito bem. A minha excitação estava alta e queria, mesmo, estar com a aquele maduro mais tempo sem ser apenas uma “fastfoda” de 10 minutos.
Assim, perguntei-lhe:
Estás com pressa?
Fiz esta pergunta porque muitos daqueles homens, a grande maioria das vezes vão ali para, como que se costuma dizer, descarregar os colhões.
Para alguma surpresa minha ele respondeu:
Eu tenho tempo. Porquê?
Ao que eu propus:
Eu vou buscar a minha toalha de praia ao carro, vamos mais para dentro na mata, e podemos estar mais tempo e com mais calma.
Ele aceitou a minha proposta.
Estendi a toalha de praia numa clareira, à sombra de uma grande árvore, por cima de uma relva fresca que ali crescia. Imediatamente nos despimos e deitámos sobre a toalha.
Os nossos corpos começaram a roçar-se, as duas vergas, agora bem tesas, latejavam com tanto tesão enquanto as nossas bocas se beijavam com luxúria. Desci a minha boca até aos seus mamilos, que chupei delicadamente, enquanto continuava o movimento descendente até encontrar o seu caralho. Abri-lhe as pernas e coloquei-me entre elas. Naquela posição tinha uma visão ótima. O caralho, duns 17 a 18 centímetros, dum branco rosado, teso, apontava para cima com uma cabeça que não era completamente redonda, mas também não era pontiaguda; uma pintelheira, que não era muito farta, mas de um grisalho branco acinzentado, rodeava todo aquele mastro, enquanto dois colhões pendiam, ligeiramente, da base do mastro, também cobertos por uns pelos semelhantes aos que rodeavam o mastro. Apesar da idade, deste homem maduro, era um membro bonito e, sem mais demoras, abocanhei-o. Mamei-o, a minha cabeça oscilava, com volúpia, para cima e para baixo. A minha língua percorria desde a base dos colhões até à cabeça daquela verga que, agora, parecia ainda latejar mais. Engolia aquela verga, lambia e chupava, delicadamente, aquela cabeça latejante, enquanto ele, o homem maduro, gemia de prazer, deitado de costas e pernas abertas na minha toalha de praia. Depois de mamar aquele pau bem mamado, subi novamente até à boca que gemia de prazer e beijei-a, introduzindo a minha língua que agora sabia a caralho de macho. O Beijo foi recíproco, enquanto nos voltávamos a roçar e a sentir os corpos nervosos de tanta luxúria. Delicadamente, virou-me, e, era agora eu que estava deitado de costas com o corpo dele em cima de mim a roçar-se, a querer sentir cada pedaço do meu corpo enquanto me beijava e acariciava o corpo e com uma da mãos. Depois de uns instantes assim, foi ele que desceu e mamou o meu pau que se babava devido a toda aquela excitação. Enquanto me acariciava o sexo com uma das mãos mete dois dedos na boca e, depois de bem humedicidos e lubrificados, leva os dois dedos em direção ao meu cu e começa, gentilmente a massajá-lo e a tentar enfiá-los dentro. Passa alguns momentos a mamar-me e, simultaneamente, a massajar o meu olhinho. Isto, apesar de eu ser versátil mais ativo, dá-me muito prazer e por isso, quase involuntariamente, ia abrindo as pernas expondo cada vez mais o meu olhinho. Quando ele me sentiu mais relaxado tentou penetrar-me, mas eu disse:
Não!
Aquele caralho ia magoar-me.
No entanto, ele pediu-me:
Deixa só entrar a cabecinha.
Ao que eu acedi por breves instantes.
Voltámos a estar deitados, lado a lado, enquanto nos beijávamos e roçávamos os corpos um no outro, com cuidado, peguei naquele caralho que me queria penetrar, e coloquei-o entre as minhas pernas, que apertei ligeiramente, para o sentir acariciar o meu cu e a base do meu pau, enquanto ele fazia movimentos de vai vem, movido pela excitação e luxúria. Nesta posição e com o frenesim da excitação, os seus movimentos foram ficando mais intensos até que ele não aguentou mais, virou-se, com cuidado para não me sujar a toalha, e fecundou a relva sobre a qual estávamos deitados com duas abundantes descargas de leite de macho.
Quando recuperou o fôlego, perguntou-me:
Tu não te queres vir?
Ao que respondi:
Não. Não há problema eu tive muito prazer em estar assim contigo e não tenho a necessidade de me vir.
Era a primeira vez que eu o via por ali, por isso, perguntei:
És daqui de perto?
Tendo ele respondido:
Não! Moro numa vila perto de Coimbra, mas também tenho casa em Coimbra onde por vezes posso receber visitas. Ah! Sou casado e chamo-me José.
Eu sou o Daniel!
E acrescentei:
Que sorte que a tua mulher tem em poder foder com um homem tão carinhoso e tão macho como tu!
Ele riu-se e retorquiu:
Lá isso é verdade! Já lá vão mais de 40 anos de casamento. Eu tenho 70 anos.
Fiquei algo admirado porque não imaginava que tivesse 70 anos, sendo tão carinhoso, gostar de beijar, sem pudor, outro homem e, acima de tudo, com tanto vigor sexual.
Encaminhámo-nos para os carros e despedimo-nos. Eu rumei até à praia e ele, em direção oposta, voltava para casa.
O meu dia ainda não tinha terminado. Como tinha referido no inicio, já há uns dias que não tinha sexo e como não me tinha esporrado com aquele maduro elegante, fui à procura de mais ação na praia.
Ao chegar à praia encaminhei-me para as dunas, há alguns locais nas dunas da praia de Mira que se pode dizer são bem aconchegantes. Escolhi um lugar agradável onde podia ver quem andava na praia e quem passava no caminho de areia por detrás das dunas. Instalei o chapéu de sol, estendi a toalha, despi-me totalmente e fiquei a ver quem estava na praia e se havia movimento nas dunas e no pinhal que fica por detrás das dunas contíguo ao caminho de areia que passa por detrás das dunas.
Eu adoro fazer nudismo. Estar nu na praia é uma das maiores sensações de liberdade que se pode ter. Adoro como o vento, a brisa e, também, a água do mar envolvem o meu corpo. Há depois nestas praias frequentadas por homens homossexuais todo o clima de engate, de nos vermos todos nus que cria um ambiente extremamente excitante.
Passada uma meia-hora de me ter instalado, aparece o meu amigo João. Este meu amigo é, também, um homem maduro com quase 60 anos e com quem eu por vezes tenho sexo. Tínhamos combinado este encontro na praia, por isso o João juntou-se a mim e ficámos ambos no mesmo local.
O João instalou-se e também se despiu. Passados uns 5 minutos já estávamos os dois aos beijos, a apalpar-nos, a roçarmo-nos e a fazer umas mamadas mútuas. Como já nos conhecemos e, ambos sabemos do que gostamos, fazemos tudo com muita calma. Quer eu quer o João não somos, propriamente, púdicos e não nos importamos que nos vejam em intimidades e que até se possam juntar a nós outros homens que nos interessem fisicamente.
O João é ligeiramente mais baixo que eu, cerca de 1,70 metros de altura, é magro, muito pouco peludo, mas tem um bom vergalho entre as pernas, especialmente, quando está com tesão. É um vergalho com uns 18 cm, que curva ligeiramente para cima, relativamente grosso, com uma cabeça arredondada e com os colhões ligeiramente descaídos, o que a mim me excita. No entanto, também gosto de ver o vergalho do João quando não está completamente erecto.
Depois de uma boa troca de beijos, de nos roçamos bem e de umas boas mamadas, eu deitei-me de costas e abri as pernas enquanto era bem mamado. O João estava a mamar-me muito bem e a deixar-me o caralho bem lubrificado, significando que o próximo passo seria sentar-se em cima do meu pau. Não sei o que tem ou se é pura e simplesmente sabedoria ou muita prática, mas o cu do João é algo sensacional. Adoro quando ele se coloca sobre mim, me pega no pau, o encaminha para o seu buraquinho e se senta sobre ele. A sensação de sentir o meu caralho, teso e lubrificado depois de uma boa mamada, a abrir aquele buraco quente e senti-lo a enterrar-se todo, até à base dos meus colhões, enquanto o João solta um leve gemido de prazer deixa-me completamente doido de tesão. Os movimentos de sobe e desce, os gemidos, e um ou outro homem que passa por ali e nos pode ver a foder, ainda nos dá mais tesão aos dois. Como eu estava doido de excitação e luxúria, pego no corpo do João, trocamos de posição, deito-o de costas, levanto-lhe as pernas, que apoiam nos meus ombros, enterro-lhe o caralho no cu com força e começo a bombar, cada vez com maior velocidade e força, até que se torna inevitável e me venho dentro dele com um arrepio e gemido que se pôde ouvir por quem estava ali por perto. Uma característica minha é que quando me venho não perco imediatamente o tesão e, assim, continuei dentro do João a bombar, agora mais devagar, por mais uns minutos. Quando saí de dentro dele ficámos, simplesmente, deitados lado a lado a relaxar por um bom bocado.
O João acabou por dormitar um pouco, depois da foda que tínhamos dado. Eu, pelo contrário, continuei a ver o movimento, de homens nus, na praia, nas dunas e o pinhal por detrás das dunas.
Passado pouco tempo, ainda o João estava a dormitar, vejo caminhar na nossa direção um outro gajo que eu sabia que adorava mamar. Este gajo é peludo, como eu gosto, mas é demasiado gordo, por isso só o quis chamar para vir para o local da praia onde eu e o João estávamos para ele nos fazer uma mamada.
Eu disse ao gajo:
Podes mamar-me e mamar o meu amigo! Mama o meu amigo que ele agora está murcho mas tem um bom caralho se o conseguires pôr com tesão.
O gajo disse:
Não sou homem para recusar um desafio destes!
Este gajo que não fica de caralho teso, fica sempre murcho, ele é passivo, mas tem um bom par de colhões, tirou os calções que trazia vestidos, colocou a mochila no chão e ajoelhou-se. Eu que já estava deitado ao lado do João, perguntei-lhe:
Lembras-te deste nosso amigo? Ele estava a passar por aqui e eu convidei-o para nos vir fazer uma mamada.
Ao que o João, ainda meio ensonado, respondeu, sorrindo:
Fizeste bem! Nunca se recusa uma mamada a uma boca gulosa.
O gajo mamou e mamou a mim e ao João, mas como nós fodido há pouco tempo não nos queríamos vir e o gajo foi engatar outro gajo para mamar e o foder. Este gajo adora mamar e ser bem fodido. Como ele diz “Não há melhor que levar com um pau de homem no cu”.
Eu e o João continuamos na praia e, antes de decidirmos ir embora, ainda fodemos novamente. O João gosta de foder comigo e eu adoro sentir o meu caralho a abrir e entrar naquele cu quente. Eu, desta vez, apesar de ter bombado bem naquele cuzinho, não me esporrei. Arrumámos as nossas coisas e fomos embora em direção aos nossos carros. Já ao lados dos carros trocámos umas breves palavras de despedida. O João entrou no carro dele e foi embora. Eu por meu lado iria fazer o mesmo. No entanto, quando eu estava a colocar o chapéu de sol na bagageira do carro, eis que estaciona ao meu lado um outro carro. Ao sentar-me no meu carro, olho para o homem, que ainda dentro do carro, tinha acabado de o estacionar. Ele correspondeu ao meu olhar direto e completamente indiscreto. Levantei-me e, virado para ele, apalpei o meu sexo enquanto olhava diretamente para ele. Ele saiu do carro e foi à bagageira dele, eu olhava para ele e acariciava, em simultâneo, o meu pau por cima dos calções. Ele não desviava o olhar e disse:
Eu sou passivo.
Ao que eu respondi:
Eu sou ativo. Queres foder?
Ele disse que sim, mas que teria de ser uma coisa rápida porque tinha de ir para casa porque era casado e a mulher esperava-o. Eu disse que não havia problema porque eu também já estava de saída, mas ainda tinha tempo para uma foda rápida.
Assim, fomos em direção à praia para procurar um lugar calmo na mata ou pinhal que fica detrás das dunas. Enquanto discutíamos o local, eis que aparece outro casado, mas ativo, com tesão e que queria foder. O tipo que eu tinha engatado no estacionamento não se importou e eu também não. Ou seja, esta foda seria a três. O casado passivo deu um preservativo ao casado ativo, enquanto ele tirava os calções e podíamos admirar-lho o vergalho. Tinha um pau de um bom tamanho, uns 17 cm, mas não muito grosso e pouco pintelhudo. Mas estava doido de tesão. O passivo mamou-lhe um pouco o vergalho enquanto eu lhe acariciava o cu, o caralho e o peito peludo. O passivo era bem constituído sem ser gordo, era peludo, com um pau, não muito grande rodeado por uma boa pintelheira, que babava com a excitação de estar com dois machos à sua volta. O ativo tesudo, doido de tesão, queria penetrá-lo, mas ainda propôs que eu fodesse o passivo enquanto ele me fodia a mim. Eu recusei.
O passivo virou o cu para o ativo tesudo. Este abre-lhe o cu com os dedos e pergunta-lhe:
Ui! Já levaste no cu hoje. Olha como está o teu cu.
Ao que o passivo responde:
Hoje não levei no cu. É uma pelezita que tenho aí na entrada do cu.
Eu fui ver e de facto era uma pele pequena que tinha na entrada, mas que parecia sair do cu. Mas pude ver que o cu do passivo era apertado.
O ativo enfiou-lhe o caralho no cu, devagar, enquanto o passivo gemia de prazer. Aquele começou a bombar e este começou a mamar-me enquanto levava no cu. Eu, por meu lado, acariciava o peito, o caralho do passivo e passava também a mão no cu para verificar se o ativo tinha o caralho todo enterrado no passivo. Adoro apalpar dois gajos a foder, sentir os colhões do ativo a bater no cu do passivo e sentir, que este, tem um caralho todo bem enterrado no cu. Adoro, ainda, ouvir os gemidos de prazer e adoro ouvir quando o ativo se esporra.
Depois da primeira foda, o passivo descansou um pouco, enquanto eu o acariciava e o beijava. Recuperou o fôlego, eu coloquei o preservativo no meu pau que estava bem teso, abri-lhe as pernas, que apoiei nos meus ombros, encavo-lhe a minha verga, no cu que já estava aberto, enquanto me deito sobre o seu peito peludo e o beijo. Comecei a bombar naquela posição que me deixa doido de tesão. Passados uns minutos ele pediu-me para o foder de lado, porque é a sua posição preferida. Fiz-lhe a vontade e fodi-o por mais uns minutos. Para terminar, ele pôs-se de quatro e eu por trás bombava com força, num movimento de vai vém que o fazia gemer de prazer. Os gemidos dele podiam ser ouvidos por quem passava, por quem se ía embora da praia, que olhava e nos podia ver a foder. Eu enfiava e tirava o meu vergalho daquele cu delicioso, quente e apertado, enquanto lhe acariciava o peito, o cu e as pernas peludas. Até que não aguentei mais e me esporrei dentro dele, com um orgasmo violento, com uns espasmos fortes em que meti e tirei o caralho ainda bem teso dentro do cu do passivo delicioso. Estávamos exaustos, eu pelo dia de praia repleto de fodas e mamadas e ele por ter levado duas fodas seguidas de dois machos tesudos. Ficámos deitados lado a lado enquanto recuperamos forças para ir embora. Durante o curto percurso de regresso ao carro pude perceber que era muito simpático este passivo, para além de ser uma exclente foda, era da Mealhada, mas não me disse o nome. Espero voltar a encontrá-lo um dia.
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Lupe falou: uma pena dura me cerca de muito, uma pena na alma. No trato com as palavras não sou muito bom. Não porque elas não cheguem de alguma maneira, mas porque não consigo nada menos que verter - no limite do sangrar sem ponto ou questão, de sangrar de sangria. As coisas me chegam como uma luz que me assusta, um carrossel eletrizado e veloz, seus cavaletes coloridos e corcovas de cera girando em desgoverno. Não sei o que há pra lidar com o monstro que habita tão dentro de mim. Quantas combinações são possíveis até que ninguém nos faça calar? Eles dizem que é pânico. Pra mim, um horizonte de responsabilidade que aqui, aos cinquenta, talvez eu nem consiga portar. Tudo é tão público, tão torpe e tão nu. Assentar por aqui quando tantos não tem prato nem chão? Poesia letal. Escalo esta tela como quando caminhei ao topo da Pedra Selada: era rampa e mais rampa pra cima e sempre para aquém de saber do perigo, daquele que é fim e é ponto. No topo, entre coisas, pessoas, paisagens, ao redor de um pulmão algo possível, virei de costas e logo João ficou de ponta-cabeça. Depois fui eu mesmo: vi tudo, de azul-chão pintado de nuvem a um teto com planícies imensas de longas que iam fartas até depois das Minas Gerais. Deixei um recado guardado na caixa de ferro que muitos usaram antes de mim. Não havia neblina nem nuvem - nem nada. Ninguém faz memória: ela ronda esses ritos que passam por entre pessoas e que independem de nós. A memória está fora da gente. Quando pequeno queria ser da lide do campo e confesso que preferia mesmo era o trato dos animais. Fui bruto o bastante: tudo era objeto pra mim. Que terá acontecido entre tantos? Com alguma sorte mais fina, largaria das coisas daqui e iria prum mato denso e fechado, lugar onde a vida pudesse ser cortada só por rios e arroios, pelo Irapuá e seus ruídos, coisa da água que passa e que ruma às coisas afins. Curioso que é sempre esse mesmo cenário me vem à memória quando a pena me pesa. O próprio Passo, lugar que ninguém de hoje em dia sequer conheceu, a vista do oitão em tarde de inverno, um buraco quadrado na pedra, o som do taco das botas no chão de basalto. Se ainda o tivesse, levaria o amor, claro. Junto dos discos e livros, dos cães e paninhos que servem para secar minhas questões. Durante muitos anos planejei em silêncio uma casa retangular e vidrada que ficasse exatamente na baixa do Campo do Meio, avarandada pra dentro e cercada de chão. Uma melancolia cipreste era inevitável quando andávamos sobre a geada e gritando mais eira pros bois. Havia um inverno pastoso e escuro que enfrentávamos todos os dias antes das seis. Do amor, volto, melhor seria se deitasse naquela clareira rumo à terra lindeira, depois do corte de arame que dividia o que era pra nós e o que pertencia ao Zizi. Que lá se chegasse por uma picada toda feita de flores silvestres e nunca sem pelo menos um ou dois vaga-lumes pra garantir a visada. Lembro de outras picadas também, como aquela tão mágica que conheci mais ao Norte, onde ainda hoje se diz Siriú. É sempre bom guardar da alma quando dois corpos se juntam. Da distância, a prece. Amar não é pra pequenos. Quando chove aqui entre os altos da Serra sinto que as gotas fazem mar. Meus olhos pingam junto às gotas de luz que entrevejo à janela. Quando mais jovem dizia que ela, a chuva, me caía tão bem - era sorte! Lembro até de uma época onde tudo de bom era aguado do céu. Meu avô costumava medi-la num instrumento simples e rústico que deixava ao ar livre, bem amarrado a uma trama pintada com branco de cal. A benesse das nuvens vinha em favor da família. Sem ela era só desespero, pasto cinza, terra branca e inanição. Verdade é que, anos depois, o espaço esparso também nasce daí, escrito à madrugada com o dedo indicador naquela mesma janela que se abria ao Bom Fim. Era outro lugar. Todos se foram. Luíza e Letícia também. Coincidências da sorte que tudo aquilo era Sul e juventude mal sã. É bonito quando deus pinga por nós. Mais ainda é quando há deus. Essencial que haja céu, aqui um sinômino pra nós.
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Lua do Caçador - Capítulo 1: Retorno.
Corria.
O vento frio era como finas garras, sutilmente percorrendo cada centímetro de seu corpo nu. Seus delicados pés descalços buscavam raízes salientes com a precisão de uma bailarina. Corria com graça.
Mas corria.
Em seus ouvidos, o farfalhar de folhas e sons de animais invisíveis se esparramando pela mata em volta.
E passos.
Pesados, como um bumbo em marcha.
Sutis, como uma almofada caindo ao chão.
Ainda assim, ela ouvia. E, de alguma forma, aquilo fazia sua respiração ficar ainda mais acelerada. O ritmo daquele som. O compasso daquelas batidas. Parecendo mais próximas a cada novo som.
Seu sangue corria mais rápido. Um calor irradiava por todo o seu corpo. Sua respiração começava a ficar errática. Seus dentes se serram delicadamente sobre o lábio inferior.
À sua frente, as árvores abrem caminho para uma clareira. Seus pés roçam por delicadas flores que salpicam o mar de grama baixa, que a noite tinge de um verde quase negro.
Por um instante, ela deixa seu corpo se projetar no ar, como se houvesse tropeçado em éter. Se estende na relva, como se em uma luxuosa cama de lençóis de seda.
No topo da abóbada celeste, a lua cheia parecia lançar um holofote sobre seu corpo, coberto apenas com a pura beleza da graça natural.
Sorrindo, ela observa seu perseguidor se aproximando, um vulto negro, enorme e ameaçador.
Ansiosa, ela convida seu antagonista para perto de si. Para sobre seu corpo.
Suspirando, ela se entrega a seu caçador.
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Por um fragmento de instante, ela treme. Não uma tremida propriamente dita. Mais um sobressalto prolongado.
Ela dá algumas batidas no volante e esfrega o rosto algumas vezes.
Respira fundo.
E de novo.
Pisca.
Quanto tempo ficara desacordada? Tempo suficiente para sonhar? Fora um sonho, ou a lembrança de um sonho? A irritava o fato de que tivera o mesmo sonho tantas vezes que nem sabia mais se era sonho ou lembrança. Pequenas variações, detalhes a mais ou a menos, mas no geral o mesmo sonho.
Com o mesmo resultado incômodo.
Se chacoalhou de leve sobre o banco, tentando ajeitar mais a compostura que a postura. Olhou o relógio no painel. Meia noite e tantas. “Isso não é hora para uma mulher de respeito estar na estrada”. Mas de fato, não sabia se isso era verdade. Podia se considerar uma mulher de respeito?? “Ha!” Sua mãe certamente diria que não.
Um pensamento fora do lugar, e de repente o mar de problemas voltou a sua mente. Levou a ponta dos dedos até a ponte do nariz e esfregou as laterais de leve, tentando não tirar ao menos um dos olhos da estrada. Não como se houvesse muito a sua frente.
Breu. Tudo que os faróis do carro conseguiam iluminar era o asfalto, a faixa e o ocasional galho de árvore que se destacava da beira da estrada. Nenhum farol a frente, nenhum farol atrás. Ninguém dirigia por aquela estrada às 00 horas de uma quinta-feira. “O que eu estou fazendo??”
De repente, o brilho fraco de uma placa refletora rouba sua atenção. Montes Gêmeos: Próxima Direita. “Casa”. Podia ainda chamar de casa? Quantos anos ficara longe? Teria ainda amigas? Mesmo conhecidos? Os jovens tendiam a se mudar dali, e ela mesma o havia feito, mesmo que a contragosto.
Teria tempo de buscar antigos amigos quando chegasse na casa de seu irmão e se estabelecesse.
Passou pelo arco de entrada da cidade, o mesmo desde que se conhecia por gente.
Passou por velhas lojas de beira de estrada, sempre diferentes toda vez que viajava, mas de alguma forma sempre as mesmas. Passou pelo velho restaurante, do outro lado da estrada, onde sempre almoçavam antes de viajar.
Lembranças.
O breu da estrada deu lugar à luz laranja das esparsas lâmpadas da cidade. A paisagem foi mudando gradualmente. Pequenos outdoors. Propagandas. Prédios baixos. De alguma forma tudo parecia levemente diferente, mas... igual. Como se as figuras tivessem mudado, mas os formatos fossem o mesmo.
Como voltar para casa depois de uma reforma.
De alguma forma que ela ainda não compreendia, não se sentia bem com isso.
Era mais nova quando passara por aquelas ruas no limiar da cidade pela última vez. Ainda estava no banco de passageiro. Mesmo assim, ignorou as teimosas e errôneas recomendações do GPS. Antes que percebesse estava em uma avenida principal. Bem iluminada, ainda que boa parte das coisas estivesse fechada devido ao horário.
O pingo de nostalgia que sentia descia como um amargo remédio que se obriga a tomar.
Olha o celular. O GPS ainda buscava um novo caminho para a casa de seu irmão. Saíra muito da rota programada, mas sabia que algo bem dentro de si chamara por aquele passeio noturno.
O programa traça um novo caminho. O semáforo fica verde. Ela respira fundo e traça uma nova linha de pensamento.
O GPS a guia por ruas venais, aos poucos se distanciando dos grandes centros, sentido aos limites da cidade. “Sempre se escondendo”, pensa ela com um sorrido. Por mais que pudesse ser extrovertido no ambiente certo, seu irmão sempre fora do tipo de se isolar, desde a adolescência. Adolescência, no caso, que acabou por separá-los, de certa forma.
“Crianças são idiotas”.
Na época, se achava bem adulta, mas agora era adulta o suficiente para entender o quão infantil foram suas decisões. E foram tantas, que, à época, justificavam ela fugir dali.
“Irônico, realmente”, pensou ela, virando em uma rua que nunca vira, mas lhe era mais familiar do que nas quais vivera nos últimos anos. De um lado, uma série de casas geminadas e antigas, aquelas com enfeites, motivos e estilos similares ligando os pares. Do outro, a queda de um pequeno morro coberto por uma densa mata, separado da via asfaltada apenas por uma pequena faixa de calçada, e uma baixa mureta.
A marca no seu celular indicava o final do percurso, mesmo que lhe parecesse estranho seu irmão morando ali. Andou devagar com o carro até o meio do bloco, onde podia ver uma única casa acesa, com uma figura estranha a sua frente.
Se apoiava junto a mureta da casa como um daqueles típicos bad boys em filmes ruins de adolescente, com um dos pés calçados em botas encostados na mureta e com as duas mãos nos bolsos de uma jaqueta de coiro. O rosto baixo, olhando para o chão enquanto a fumaça de um cigarro sobe lentamente, iluminada pela luz quente do poste.
Ao ver o carro chegando, a figura apaga o cigarro sobre a mureta e se ajeita, enquanto Christine relutantemente para o carro em frente à casa. Por um instante, ela confere o endereço que seu irmão lhe passara, que GPS sinalizava estar correto, desde a rua até o número.
Quando levantou o rosto, um homem de barba lhe encarava pela janela do passageiro.
No susto, seu celular voa de sua mão e se perde no escuro em frente ao banco do passageiro. O homem solta um riso e esconde os olhos com as mãos, enquanto Christine o encara, ainda assustada. A realização talvez a tenha assustado mais do que o primeiro momento.
-Charles?? Mas que merda?!
-Oi, Chris. Sei que sou feio, mas acho que não é pra tanto.
-Não tô te chamando de feio, seu idiota, mas como você chega assim na janela? No meio da noite?
O pior é que ela sabia a resposta. Seu irmão sempre gostara de ser furtivo e assustar os outros. Ela só... não esperava que este fosse o primeiro encontro depois de anos.
-Desculpe, não pude evitar. Acho que estou tão acostumado com a rua que esqueci que podia se assustar tanto assim.
Por um instante, ela fecha os olhos e respira fundo. De alguma forma, era agradável saber que seu irmão não mudara tanto.
O primeiro encontro podia não ter sido o melhor, mas o abraço que dividiram quando desceu do carro era exatamente o que Christine precisava depois do dia, ou mesmo dias, que tivera. Pôde sentir no abraço de seu irmão o carinho e o conforto que a muito precisara.
-Preciso tirar as coisas do carro. -Disse ela, passado vário minutos.
-O que você precisa é de um descanso. Deixa o carro, vem para dentro um minuto.
A vontade de resistir estava ali, mas lhe faltou forças para evitar se deixar ser guiada por seu irmão até a porta de entrada. Ok. Talvez realmente estivesse cansada. Mas ainda assim, tinha algumas malas...
-Senta aqui no sofá, um instante. Quer algo pra beber? Tenho água, suco...
Algo para beber poderia ser bom...
----○----
Ela suspira ao sentir seu toque.
Mãos grandes e pesadas acariciam sua pele alva de forma tão gentil que lançam arrepios por todo seu corpo. Toques sutis sobem por sua barriga devagar, quase provocando, antes de alcançar seus seios.
Um gemido demorado.
Sente uma respiração quente e pesada em seu pescoço e, aos poucos, vai reclinando sua cabeça até seu ombro, se deixando vulnerável.
Sente outro arrepio percorrer todo seu corpo quando sente a aguda sensação de algo afiado descendo por suas costelas. Sabia que devia sentir medo, mas só sentia...
Outro arrepio. Outro gemido mal contido.
O beijo em seu pescoço a deixava inquieta.
Lhe fazia querer mais.
Seus dedos do pé se contraiam enquanto jogava as pernas em tornos da cintura dele.
Rosnados. Gemidos.
Sentia o aperto de uma mão em sua cintura. Forte. Delicada. Desejosa.
Seus dedos se perdem por cabelos suaves.
Dentes se fecham delicadamente por seu pescoço...
...enquanto sua mão guia seu amante.
----○----
O salto que ela dá ao se por sentada quase lança o edredom para fora da cama. O último gemido... Foi no sonho ou...?
Ela tapa a boca com as mãos, como se outro acidente vocal pudesse ocorrer.
Fecha os olhos.
Esfrega o rosto. Merda.
Aquela floresta, aquela... figura. Já tivera sonhos como aquele diversas vezes, mas nada tão... nunca chegara tão longe. O que diabos estava acontecendo? Estava finalmente perdendo a cabeça?
Sem abrir os olhos, leva uma mão por entre as pernas, seus dedos receosos explorando por debaixo da calça. Um arrepio. Não bastava estar... daquele jeito, ainda estava sensível.
Pelo menos não ocorrera nenhum acidente com a cama.
E então... Ela abre os olhos.
Estava sentada no meio de uma cama ampla, provavelmente queensize, forrada com lençóis bege, simples e sem estampa. Atrás de si, o travesseiro onde provavelmente dormira fazia par com outro, forrado, porém intocado, que parecia servir de proteção contra a parede lateral em que a cama se encostava.
Afastou com os pés o resto de lençol que ainda lhe cobria e analisou por um momento suas roupas. Ainda vestia a camisa e a calça jeans da noite passada, mas não lembrava de ter tirado seu casaco. Ou mesmo seu sapato. Ou ter vindo para um quarto, em primeiro lugar.
Sentou-se na borda, e admirou o quarto: Ao lado esquerdo da cama, uma escrivaninha alinhada sob a janela de duas portas. Sobre ela, apenas seu celular, conectado a um carregador que descia até uma das 3 tomadas na parede, entre o móvel e a cama. Do outro lado da escrivanhinha, um pequeno gaveteiro de 3 andares, encimado por uma televisão de... 30 polegadas? Não se lembrava bem dos tamanhos. À sua frente, um armário de duas portas, alto, provavelmente com cabideiro. A porta do quarto era na mesma parede que o gaveteiro, deixando na parede restante dois quadros e uma pequena mesa, daquelas que se vê em corredores, e uma porta que parecia levar a um banheiro.
De certa forma, era um quarto pequeno, e poderia se dizer que simples, não fosse pelos móveis: Todos de madeira sólida e verniz de um vermelho escuro, em um estilo antigo e de acabamento delicado. Os quadros na parede também poderiam parecer simples, com molduras de madeira no mesmo tom dos móveis, mas um olhar mais minucioso mostrava um trabalho mais sofisticado que o tipo de coisa que se encontraria em uma loja de móveis, ainda que os temas fossem simples: um navio em uma tempestade, e um campo florido, com pássaros negros voando. As paredes era simples, de um beje que parecia destoar do assoalho de madeira marrom bem escura, quase negra.
Ao lado da porta do quarto, suas malas lhe aguardavam, perfeitamente alinhadas, e com os sapatos que usara na noite anterior à frente, e sua jaqueta dobrada por cima.
Quando foi que o Charles ficou tão organizado?
Por um segundo, deixou sua mente se perder naquele pensamento. Talvez um segundo demais.
Uma pequena onda de tristeza invadiu sua mente.
Quantos anos se passaram desde que vira seu irmão? Quanto tempo desde que haviam realmente se falado? Será que ainda se davam bem? Teria sido uma boa ideia vir?
Respirou fundo.
Só tem uma forma de descobrir.
Com a vontade e determinação de quem acabara de acordar, Christine se levanta da cama.
Consulta a hora no celular: 08:32.
Com tudo que aconteceu, esperava que fosse mais tarde.
Saindo do quarto, inspecionou por um instante o corredor.
O assoalho de madeira era do mesmo tom escuro que o quarto, mas as paredes eram diferentes. Painéis de madeira cobriam a parte de baixo, no mesmo tom escuro do piso. A pintura vermelho-escuro, quase grená, da parte superior, de alguma forma conseguia ainda complementar o ambiente.
Em molduras de um preto fosco repousavam imagens em preto e branco. Figuras humanas vestidas apenas em sombras. Detalhes do que parecia uma velha catedral. Os olhos brilhantes de um cão sob a sombra de uma árvore. O brilho de correntes e utensílios em metal.
O sol que invadia o corredor através da janela no extremo oposto era filtrado por duas longas e finas cortinas negras. Na outra ponta do corredor em que estava, que parecia dar para a rua, o mesmo tipo de cortina escura, apesar de finas. A janela, entretanto, era diferente. Grande e redonda, diferente das que já vira antes pela cidade.
Se Cristine em algum momento questionou se seu irmão mantivera os gostos góticos, não havia mais do que duvidar. Possivelmente, tivera tempo até mesmo de aperfeiçoá-los.
Apesar de tudo, Christine se sentia à vontade ali.
Após a parede do que deveria ser o banheiro de seu quarto, seguia um trabalhado corrimão até a escada. Era estranho como, por menor que a casa parecesse ser, ela mantinha um estilo... luxuoso? Não sabia se era esse o termo. Sem aviso, m arrepio percorreu sua coluna.
Por mais arrumado e elegante que aquele corredor pudesse ser, algo a incomodava. Uma sensação estranha. Arranhados suaves, mas perceptíveis, no verniz do assoalho. Um odor leve sob o cheiro da madeira que parecia tomar conta. Um odor que, por mais tênue que fosse, a afetava. A deixava inquieta. A fascinava.
Um lampejo de sonho vem a sua mente.
Respirou fundo e buscou colocar tudo aquilo, todo aquele misto de sensações, no fundo de uma gaveta que guardava em um cantinho escuro de sua mente. Junto com aquele sonho recorrente.
Desceu as escadas da forma mais lenta que pode, tentando não fazer barulho. Ao descer o primeiro lance, começa a ouvir o som de um rock mais pesado, acompanhado da voz empolgada, ainda que desafinada, de seu irmão.
Escondida na curva da escada para o térreo, observou a estranha figura na cozinha, separada da ampla sala de estar apenas por um balcão:
Devia ter um metro e oitenta. Usava uma camisa preta, provavelmente de alguma banda pouco conhecida, se ainda conhecia seus gostos. Na parte de baixo, uma calça de moletom preta, apesar do tempo não estar frio. Dançava. Dançava do jeito que só alguém livre do julgamento alheio dança. Parecia cozinhar algo no fogão.
Charles? Cozinhando? Em que universo estranho estamos?
Enquanto seu irmão parecia envolto pela preparação da comida, Christine se distraiu em analisar o resto da casa: Na sala, o sofá de três lugares ficava logo abaixo da janela que dava para a rua, na parede oposta à uma televisão consideravelmente maior que a de seu quarto. 50 polegadas talvez?
Na parede imediatamente a sua frente, um rack com alguns pequenos porta-retratos, livros e utensílios e... um gigantesco espaço na parede.
Tentou analisar se algo parecia estar faltando, mas foi interrompida pela voz de seu irmão.
-Não! Não! Trate de voltar a ir dormir. Eu não acordei cedo para preparar café da manhã na cama e você acordar a essa hora!
Por um momento, ela ficou sem saber se a falta de resposta vinha da surpresa, do sono, ou de ver uma pessoa que, apesar dos traços que tanto conhecia, podia muito bem parecer um estranho, de tão diferente.
-E... E desde quando alguém preguiçoso como você prepara café da manhã na cama para alguém?
Aparentemente, seu instinto de provocação permanecia intocado pelo tempo.
-Nossa... Nossa! Não se pode mais nem tentar um agrado que já leva uma patada... Bom te ver também, maninha.
“Maninha”. Essa palavra aqueceu seu coração de uma forma que não estava esperando.
-Desculpa... acho que não estava tão cansada quanto achei que estava.
-Ahh, tudo bem. Não quer dizer que não possa aproveitar meu café-da-manhã.
Foi então que ela percebeu que, em suas mãos, estavam uma frigideira e uma espátula.
Desceu as escadas e caminhou até um dos banquinhos sob a bancada da cozinha. À sua frente, seu irmão acabara de fechar um sanduíche de queijo e presunto e ovo, envolto em duas torradas de pão de forma. Enquanto olhava o quão bem-preparado estava aquele sanduíche, pelo menos para o pouco que conhecia de seu irmão, surge um copo de suco à sua frente. Ao levantar a cabeça, seu irmão sorria, se apoiando sobre o balcão. Aguardando.
Com um receio que não sabia de onde vinha, leva o sanduíche à boca e morde um pedaço. Mastiga. Demoradamente. Morde outro pedaço.
-Quando foi que aprendeu a cozinhar?
-Bom... Foi aprendendo com o tempo. Acho que tenho bastante pra te surpreender ainda.
-Espero que positivamente.
Um riso meio sem graça
-Bom, também espero que sim.
Mordeu outro pedaço e o saboreou. Estava realmente bom.
-Bom, se me der licença, preciso preparar meu café também.
Com um sorriso, ele se virou e começou a cozinhar: Ovos, pequenos potes de tempero, frigideira.
Lembrava de seu irmão como alguém que pedia, com olhos de filhote, para ela preparar seu leite com chocolate. Quando ficara tão... independente?
Um suspiro.
A última coisa que lembrava de seu irmão era um adolescente revoltado, chorando enquanto anunciava para os pais que iria morar sozinho. 8 Anos atrás.
-Charles... não te incomodo ficando na sua casa?
-Eu já não te respondi isso uma vez? - Pergunta ele, sem se virar.
Sim. Perguntara isso por mensagem ontem. E ele prontamente respondera que não.
-Mas você tem certeza?
-Olha... você para com essas perguntas. Você é minha irmã. Costumava ser minha melhor amiga. É claro que vou te receber se você quiser e precisar.
“Costumava”.
-Aliás... tenho uma pergunta pra você.
Apesar de não virar para falar com ela, ele demora a perguntar.
Um turbilhão de coisas corre pela mente de Christine.
-O que houve? Por que veio tão de repente?
Pergunta difícil, porém, inevitável. Ainda assim, não era o que ela estava esperando.
-Olha... prefiro não falar no momento. Acho que ainda estou digerindo tudo.
-Algo com o noivo? Ou... nossos pais?
Uma pausa. Ainda havia alguma dor com nossos pais?
-Olha... um pouco dos dois, eu acho. Mas, sério. Não quero falar disso agora.
-Hey... - Ele parece tentar recuperar um tom mais animado na voz - ... Se vai ficar na minha casa, vai ter que me contar o porquê, eventualmente.
-Tudo bem! Te conto quando me contar o porquê fugiu de casa.
Ele se vira para ela e a fita com um olhar que talvez fosse para ser bravo, mas... não a impediu de soltar um riso.
-Touché.
Seu irmão ainda era um bobo. Isso á deixou feliz.
Ele puxa um banco à sua frente e se senta com um prato de ovos mexidos.
-Posso saber pelo menos quanto tempo me fará companhia?
-Não se preocupa, não pretendo ficar muito. Peguei umas férias de 2 semanas que eles já estavam me devendo no escritório.
-Suas semanas só? Estava torcendo que fosse passar pelo menos um mezinho com seu irmão querido...
-Não é que eu não queira. Mas tenho um trabalho pra manter. E não posso fugir da... situação muito tempo.
-Entendi... Posso só pedir uma coisinha de você?
-Pode, claro!
Ele mastiga um pedaço generoso de ovo e se levanta do banco, indo até o outro lado da bancada e abrindo os braços.
-Abraço?
Christine não consegue conter o sorriso bobo.
Sem falar mais nada, ela se levanta e o abraça.
O abraça o mais apertado que pode.
Ele faz o mesmo.
Apesar de tudo, dos ocorridos, dos anos, da separação...
Aquele abraço a fazia se sentir em casa.
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PUES LOS HOMBRES ASÍ VIVEN
Todo es cambio de telón, otro cuerpo, otro jergón; para qué si al fin soy yo quien a sí mismo se vende… quien rastrero se prodiga, una sombra sin camisa, en los brazos de otra chica donde arraigado se miente.
Muda el temple, leve o grave, se alarga el sueño un instante, tantos días por delante… tantas noches que llenar. No tenía amor ni abrigo, ni bajo el pie un suelo fijo, pasaba como un zumbido, me dormía como el mar.
Pues los hombres así viven, y sus besos los persiguen.
Era un tiempo sin cabeza, sientan muertos a la mesa, de arena es la fortaleza, el lobo es perro guardián. Norte, arrimo, todo cambia: ¿era tragedia? ¿era farsa? Como yo no me aclaraba, mi papel hice fatal.
En el barrio Hohenzollern, entre río y barracones, como de mielga las flores brotaban pechos de Lola. Su alma de golondrina en un diván se tendía de aquella casa de citas con hipidos de pianola.
Pues los hombres así viven, y sus besos los persiguen.
En el cielo anubarrado volaban los grises gansos gritando la muerte al paso sobre las casas del dique. Por el cristal los miraba, su canto me traspasaba como si lo que cantaran fueran los versos de Rilke.
Era pálida y morena, la mata por la cadera, su carne ponía en venta hasta fiestas de guardar. Tenía de loza los ojos, se empleaba con arrojo por un artillero mozo que nunca vio regresar.
Pues los hombres así viven, y sus besos los persiguen.
Pero soldados hay miles, y de noche, los civiles; ponle a tus pestañas rímel: Lola, cierra la función… bebe otro vaso de vino. Era abril sobre las cinco, rompiendo el alba, su filo hincó en tu pecho un dragón.
Pues los hombres así viven, y sus besos los persiguen como soles idos ya.
*
EST-CE AINSI QUE LES HOMMES VIVENT
Tout est affaire de décor Changer de lit changer de corps A quoi bon puisque c'est encore Moi qui moi-même me trahis Moi qui me traîne et m'éparpille Et mon ombre se déshabille Dans les bras semblables des filles Où j'ai cru trouver un pays
Cœur léger cœur changeant cœur lourd Le temps de rêver est bien court Que faut-il faire de mes jours Que faut-il faire de mes nuits Je n'avais amour ni demeure Nulle part où je vive ou meure Je passais comme la rumeur Je m'endormais comme le bruit
Est-ce ainsi que les hommes vivent Et leurs baisers au loin les suivent
C'était un temps déraisonnable On avait mis les morts à table On faisait des châteaux de sable On prenait les loups pour des chiens Tout changeait de pôle et d'épaule La pièce était-elle ou non drôle Moi si j'y tenais mal mon rôle C'était de n'y comprendre rien
Dans le quartier Hohenzollern Entre la Sarre et les casernes Comme les fleurs de la luzerne Fleurissaient les seins de Lola Elle avait un cœur d'hirondelle Sur le canapé du bordel Je venais m'allonger près d'elle Dans les hoquets du pianola
Est-ce ainsi que les hommes vivent Et leurs baisers au loin les suivent
Le ciel était gris de nuages Il y volait des oies sauvages Qui criaient la mort au passage Au-dessus des maisons des quais Je les voyais par la fenêtre Leur chant triste entrait dans mon être Et je croyais y reconnaître Du Rainer Maria Rilke
Elle était brune et pourtant blanche Ses cheveux tombaient sur ses hanches Et la semaine et le dimanche Elle ouvrait à tous ses bras nus Elle avait des yeux de faïence Et travaillait avec vaillance Pour un artilleur de Mayence Qui n'en est jamais revenu
Est-ce ainsi que les hommes vivent Et leurs baisers au loin les suivent
Il est d'autres soldats en ville Et la nuit montent les civils Remets du rimmel à tes cils Lola qui t'en iras bientôt Encore un verre de liqueur Ce fut en avril à cinq heures Au petit jour que dans ton cœur Un dragon plongea son couteau
Est-ce ainsi que les hommes vivent Et leurs baisers au loin les suivent Comme de soleils révolus
Louis Aragon/Léo Ferré
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Salomão Rossy Pérola Azulada - CEO RiverXAmazon
Salomão Rossy ElgalyÉ músico, cantor e compositor Amazonense, atuou como apresentador do programa PESCANDO & CANTANDO no canal FISHTV.
Salomão Rossy começou a pescar quando criança com seu pai em vários rios do Amazonas.
Possui vasta experiência como guia profissional de pesca, sendo premiado em competições importantes.
Salomão Rossy é o CEO da River x Amazon, desde a concepção da marca até seus produtos, foram criados pelo artista pescador.
Perola Azulada (Zé Miguel)
Já aprendi voar dentro de você Ancorar no espaço ao sentir cansaço Osso da jornada Já aprendi viver como vive nu Um cacique arara cultivando aurora Luz de sua tiara Eu amo você terra minha amada Minha oca meu iglu, minha casa Eu amo você pérola azulada conta No colar de deus, pendurada A benção minha mãe Já aprendi nadar em seu mar azul Adorar água, homem peixe, água Fonte iluminada Já aprendi a ser parte de você Respeitar a vida em sua barriga Quantos mais vão aprender Eu amo você... Terra, terra por mais distante o errante Navegante quem jamais te esqueceria
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