#brandindo
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delirantesko · 2 months ago
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Um esboço de uma fic mágico-medieval? (texto inspirado, 2024)
PS.: Eu comecei a jogar a demo de Metaphor: ReFantazio, disponivel no PS5, e esse texto, que originalmente pretendia falar sobre suficiência virou esse protótipo de fic, sendo que joguei bem pouco, mas é um mundo bem inspirador: o trono está vazio, o que faz com que a ausência de um regente crie o caos tanto internamente quanto externamente. No jogo existem "raças" e adivinhem, algumas são menosprezadas, então um pouco de aula de xenofobia. Fiz um gif reunindo capturas de tela da minha partida inicial. Meu interesse veio porque a obra tem participação do pessoal que trabalhou nos últimos Persona (Persona 5 tem um lore absurdamente foda!). Só a trilha sonora de Shoji Meguro já é um motivo pra eu jogar!
Pobre, desprezível criatura que és tu, humano!
Estou benevolente hoje, então irei lhe agraciar com minhas nobres palavras, mesmo que teus indignos ouvidos não mereçam, mesmo que tua minúscula mente não tenha capacidade de discernimento ou compreensão.
Não passais de mero animal de estimação para mim, uma presença quase tolerável. Meu lobo Thaoret ali dormindo é mais útil que teu frágil corpo consciente poluindo meu campo de visão!
Então ouça com atenção:
Grandes verdades nunca lhe alcançarão! A utopia é um objetivo impossível, um sonho dentro de um sonho!
O único conforto alcançável é uma mentira menos desagradável.
Simpatizo com sua existência pois és como um suíno que, batendo as orelhas tenta alcançar os céus.
Sua mera existência me faz mostrar meus dentes que não seja de forma ameaçadora. Um alívio na guerra sanguinária lá fora dizimando nossas forças.
Agora mesmo nesse momento, o perfume pungente do sangue de nossos compatriotas caindo no chão como se fosse chuva, invade minhas narinas. O alívio da morte perante uma existência aguda de sofrimento contínuo, de desejos não realizados, de tolices fantasiosas.
Uma morte quase digna, o campo de batalha como leito final, e não de uma velhice ociosa, preguiçosa, ofensivamente tranquila. Não! Mas brandindo uma espada com o brasão deste poderoso reino!
Continuais desperto? Vejo que sua atenção não se desviou para a primeira coisa brilhante que esses olhos perceberam!
E vejo que tens ainda ambos os braços. E nesses braços tem mãos firmes o suficiente para carregar nelas a honra de empunhar essa lâmina.
O que mais seria suficiente do que isso?
Ou irás usá-las para esconder seu rosto, para secar essas lágrimas que parece com tanto orgulho produz?
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delphiinea · 1 year ago
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Poema para Ares, Eros e Afrodite 🥀🕊💌❤️‍🩹
Há uma guerra dentro de mim.
A raiva se espalha por minhas células,
Os punhos cerram, os olhos se enchem de lágrimas ,
O ímpeto furioso do deus da guerra me invade.
Quero gritar, quero espernear, quero tomar posse daquilo que acho que é meu.
Minha garganta arranha, as palavras berram pra sair.
As sufoco dentro do meu peito, e sinto o pequeno bater de asas do deus do desejo.
É claro,
Há desejo na guerra dentro de mim.
O desejo de falar, o desejo de me impor, o desejo de sair gritando e berrando e esperneando.
O desejo escorre por meus olhos em forma de lágrimas, mancha o papel em forma de letras.
Eu não consigo fazer nada a respeito disso, só sentir raiva.
Raiva porque tudo aquilo que desejo não pode ser meu.
Às vezes parece que os dois deuses brigam por minha atenção.
Às vezes parece que eles se dividem durante a minha dor.
Mas está mais do que claro que não há guerra sem desejo.
E não há desejo sem guerra.
Eros doce amargo está sempre sentado no ombro de seu pai;
O tempestuoso Ares.
Atirando flechas certeiras que ferem meu coração,
E Ares, brandindo sua lança,
Se diverte ao ver a mudança
De cores e humores que acontecem em meu coração.
Afinal, há uma guerra em mim.
E de longe, a amada Citeréia,
Cujos olhos se alegram a ver o filho e o amado amante,
Deseja silenciosamente
Que dentro dessa guerra que há em mim
Tenha um espaço para ela,
Um espaço para o amor.
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mvstergunncr · 11 months ago
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'cause they took your loved ones, but returned them in exchange for you. but would you have it any other way? (...) you couldn't have it any other way, 'cause she's a cruel mistress and a bargain must be made.
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001.   |   𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑 𝐆𝐔𝐍𝐍𝐄𝐑 : basic details
nome completo: mariana contreras hernández.
conhecida como: hopper.
pronomes: ela/dela.
idade: 29 anos.
signo: tba.
alinhamento moral: neutra.
mbti: tba.
ocupação: pirata (mestre de armas).
lealdade: neutra (tende à bondade).
sexualidade: homossexual homorromântica.
traços positivos: engraçada, inteligente, persistente e respeitosa.
traços negativos: desconfiada, impaciente, supersticiosa e transtornada.
conto: peter pan.
inspirações: frenchie, jim e oluwande (our flag means death), nami (one piece).
faceclaim: christian serratos.
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002.   |   𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑 𝐆𝐔𝐍𝐍𝐄𝐑 : background
A água dá e a água tira. Mariana era uma pescadora, seguindo a tradição que era passada de geração em geração por sua família. O respeito que os Hernández tinham para com a água, fossem os rios, os oceanos ou as marés, era fenomenal, e retribuído de bom grado por ela, que sempre os afortunou com bons resultados após um longo dia trabalhando em seus barcos pesqueiros. A cidadezinha em que viviam prosperava com os frutos que a baía lhe rendia; nunca eram incomodados e muito menos incomodavam ninguém, mas existia um pequeno percalço em toda aquela calmaria. Um porto abandonado ficava não muito longe do centro, pequeno, mas grande o suficiente para que uma embarcação de porte maior pudesse atracar. Nunca o utilizavam, afinal, a maioria das famílias pescadoras viviam próximas o suficiente da água para que pudessem zarpar de seus próprios quintais, então a maioria até esquecia de sua existência; ninguém nem lembrava ao certo de sua origem.
É engraçado como o pior dia da vida de uma pessoa pode começar tão bem. Havia passado toda a manhã no mar, preparando-se para uma grande feira que ocorreria na cidade no dia seguinte. Precisava conseguir os melhores peixes, sua família contava com isso. Estava só, pois os preparativos já haviam começado e vários moradores, seus pais e irmãos incluídos, ficaram responsabilizados por decorar a praça e montar a estrutura da festividade. Serena e focada, como sempre ficava quando estava à “deriva”, os olhos atentos à superfície cristalina. As horas se passaram em um relance, mas já havia pego o suficiente para ter um dia seguinte extremamente lucrativo. Estava longe da costa, mas não distante o suficiente para não perceber a embarcação atracada ao antigo porto, o que lhe causou estranhamento, visto que os visitantes que costumavam vir à feira atracavam no pequeno píer da cidade ou vinham pelas estradas.
Apenas quando seu barco atingiu as margens do quintal de sua casa que percebeu que havia algo extremamente errado. Primeiro, uma calmaria ensurdecedora e agoniante, que logo deu lugar a uma enxurrada de gritos e correria. A cidade estava sob ataque, e não conseguia encontrar a família em lugar algum no meio daquela confusão - os homens brandindo espadas e armas antigas afungentavam e feriam qualquer um entre eles e as mercadorias já organizadas na praça.
Procurou por todos os lugares e nem mesmo um sinal, escapando dos invasores até não poder mais. Estava cercada por eles e pelo mar às suas costas, preparada para atacar com unhas e dentes qualquer um que se aproximasse, quando ouviu o eco de um grito extremamente familiar que lhe mandava fugir. Não teria o feito se não fosse por isso, e pelo ataque súbito feito pelas pessoas ao seu redor, e nem teria conseguido fazê-lo se não estivesse estrategicamente próxima de uma pequena canoa. Correu, empurrou a embarcação para a água, pulou dentro e remou até não poder mais - os tiros por pouco não atingindo à ela e à canoa -, assistindo à medida que a cidade ficava cada vez mais distante.
Quando se deu conta de que estava distante o suficiente, já se encontrava realmente à deriva, cansada, desidratada e faminta demais para conseguir segurar os remos. E provavelmente deve ter desmaiado e navegado ao relento por longas horas, pois quando acordou, viu-se em um convés rodeada por homens que pareceram assustadíssimos quando abriu os olhos e chutou um pobre coitado que estava mais próximo. Recuperados do susto - e do chute -, deram-lhe água, comida e chamaram o capitão, que, supostamente, decidiria o destino da jovem.
A resposta foi curta e grossa: poderia ficar, contanto que contribuísse. E como agradeceu os anos e anos de experiência manejando as embarcações da família, que fizeram com que sua adaptação fosse ainda mais veloz do que o esperado por qualquer um deles. É claro, não pretendia passar o resto de sua vida ali, precisava reencontrar a família a todo custo - não aceitava nem mesmo pensar que poderiam estar mortos -, mas os dias se tornaram semanas, que se tornaram meses, e aquelas pessoas acabaram por se tornar quase como uma nova família para ela, que tão bem se adaptou à vida de pirata vivida pelo grupo, e se provou extremamente útil em combate, principalmente quando resolvia saltar pelos conveses inimigos, derrubando até mesmo marujos experientes, porém, desavisados, o que lhe rendeu o apelido de Hopper - que acabou se tornando sua alcunha ali, visto que se recusava a dizer seu verdadeiro nome.
Jamais desistiria dos parentes, é claro, mas lembrar-se de seu objetivo pessoal se tornava cada vez mais difícil depois de tantos anos, principalmente quando ofuscado por seu novo estilo de vida, e pelos próprios objetivos duvidosos de seu capitão…
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003.   |   𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑 𝐆𝐔𝐍𝐍𝐄𝐑 : anything else?
Hopper é a atual mestre de armas do Jolly Roger. Já teve as mais diversas funções nos cinco ou seis anos em que fez parte da tripulação - já havia parado de contar há muito tempo -, mas só recentemente, há cerca de um ano e meio, conseguiu subir na hierarquia.
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004.   |   𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑 𝐆𝐔𝐍𝐍𝐄𝐑 : abilities
under co.
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cafecomcraseapoliis · 1 year ago
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Mar Alvor
01/08/2023; 18h50min
Observei, em êxtase O mar enamorado, Pois o céu lhe tinha, em epítase, Num tom avermelhado. Me vi como Orfeu, assim como o mar, Num tom angelical de pureza, Brandindo em clamor que me fez suplicar, Por um desejo que me trouxesse leveza. Tudo que tive foi como Orfeu no Hades: “Eurídice, Eurídice”, suplicava com sua harpa, Sob a esperança de tornar sua vida e felicidade, Pois sua poesia angelical lhe fora tirada. De mesmo modo, vi em ti uma beleza encarnada, Imaculada, quase, sua alma adocicada e gentil. Como a flor de pêssego em amor à primavera, Contemplei seu sorriso: que encanto sutil! Enfatizo tamanho apogeu, pois Ainda que tu não sejas o anjo de Dante ou a poesia de Orfeu, Ainda que pequenos versos, és tu inspiração afável, Transcrito de teu mar alvor de poesia infindável.
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lerbibliatododia · 2 months ago
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swfichs · 3 months ago
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S. Stankov
OOC
Oi, eu sou o Kai, sou +18 e tenho triggers com: abuso sexual e tripofobia. Faço faculdade pela manhã e trabalho no horário da tarde e noite, chego em casa por volta das 22h, que provavelmente é quando ficarei mais ativo para responder a turnos, mas a chats posso responder mais rápido. Nos fins de semana sou um pouco mais livre para interagir. Também, faz algum tempo que estou afastado do RP, estou voltando agora após mais de um ano distante (por conta dos afazeres mesmo), e muitas coisas estou reaprendendo.
IC
HERMAN TOMMERAAS? não! é apenas SABIK STANKOV, ele é filho de FÂNTASO do chalé 43 e tem 29 ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por estar no acampamento há 14 ANOS, sabia? e se lá estiver certo, STANKOV é bastante CRIATIVO mas também dizem que ele é IMPREVISÍVEL. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
BIOGRAFIA:
Desde que se lembra, Sabik Stankov nunca sentiu que realmente pertencesse ao mundo ao seu redor. O homem que mais tarde se tornaria um dos pintores mais talentosos da atualidade nasceu em uma remota vila nos Balcãs e sempre viu as coisas de uma maneira peculiar. Desde que começou a formar memórias, Stankov percebeu o mundo de forma diferente. Para ele, sua casa não era uma pequena cabana humilde, mas um vasto castelo, onde os corredores se estendiam infinitamente e as janelas se abriam para paisagens irreais. O aroma do pão fresco, assado por sua mãe, era o perfume de banquetes suntuosos em salões dourados, e os sons da madeira sendo trabalhada por seu pai eram os estrondos rítmicos de enormes máquinas a vapor, operadas por autômatos de cobre e bronze em uma cidade steampunk. Sua mãe, preocupada, via seu filho chamá-la de “Rainha” e os vizinhos de “Cavaleiros” e “Damas”.
As outras crianças, que corriam pelos campos com suas roupas simples, eram, para ele, heróis de contos épicos, vestindo armaduras e brandindo espadas cintilantes. Ele os liderava em batalhas contra dragões e monstros que só ele conseguia ver, mas, ao final do dia, quando era hora de voltar para casa, ele se via sozinho, com os olhares dos outros fixos nele, misturando curiosidade e receio. Principalmente porque vez ou outra, coisas estranhas aconteciam, vislumbres e fragmentos daquelas coisas que Sabik afirmava estar vendo apareciam para eles, e nem sempre era algo agradável. Entretanto, acontecia tão rápido, que nem sempre era levado tão a sério. Esse sentimento de deslocamento, de não pertencimento, o acompanhava como uma sombra. Ele era uma ilha cercada por um oceano de incompreensão. As outras crianças começaram a evitá-lo, temendo suas histórias estranhas e seu olhar distante, sempre voltado para um horizonte que só ele conseguia enxergar. E seus pais, amorosos mas impotentes, tentavam trazê-lo de volta à realidade, sem nunca entender o quão profundamente Sabik estava imerso em seu próprio mundo, em suas próprias criações e seus próprios sonhos.
Ele não pertencia ao mundo das outras crianças, e seus pais sabiam disso. Não era um simples “faz de conta” como eles imaginavam, mas algo… diferente. Às vezes eles tinham vislumbres das criaturas e coisas que o menino interagia, o que no fundo de seus âmagos os deixava apavorados. E não eram só as crianças, o restante das pessoas começaram a vê-lo como alguém estranho, e logo aprenderam a evitar sua companhia. O menino, por sua vez, não se importava. Na verdade, em seus olhos, ele era o herói de uma grande narrativa, e o que outros poderiam ver como solidão, ele percebia como uma jornada solitária, o preço a pagar pela grandeza de ser o rei dos goblins. Contudo, com o passar dos anos, as fissuras começaram a aparecer. O mundo ao seu redor tornava-se mais confuso e hostil. Ele ouvia seus pais cochicharem quando achavam que ele não estava por perto. “O que há de errado com ele?” “Por que ele não pode ser como os outros?”, e isso o fazia se internalizar ainda mais, se perder mais profundamente em suas fantasias infantis para escapar da realidade que havia do outro lado delas.
Quando Sabik completou 7 anos, o mundo começou a mudar. Suas visões, antes tão claras e vívidas, começaram a se fragmentar. Uma manhã, ao acordar, não viu seu castelo, mas uma casa simples e desgastada. Olhou para o rosto cansado de sua mãe e, em vez de uma rainha, viu apenas uma mulher preocupada. O choque foi profundo, como se uma parte dele tivesse sido arrancada à força. Ele começou a perceber que o mundo “real” não era feito de heróis e vilões, mas de pessoas comuns, de dores comuns, e de uma monotonia que parecia esgotá-lo em igual proporção em que despertava curiosidade. Mais tarde ele viria a descobrir que parte dessas visões era seu pai, interagindo com ele durante a infância ainda que grande parte fosse fruto de sua própria imaginação.
Seus pais humanos, desesperados, decidiram que a única solução era buscar ajuda. Assim, o menino foi levado para uma clínica psiquiátrica, onde lhe disseram que seus sonhos eram apenas sintomas de desrealização, alucinações visuais e uma lista de coisas, que eram tudo mas não realidade. Lá, ele se viu cercado por paredes brancas e frias, por pessoas que o tratavam como se fosse quebrado, algo que precisava ser consertado. A realidade se tornou uma prisão, um lugar onde ele não pertencia, onde seu próprio ser estava em guerra contra ele. Stankov nunca entendeu completamente essa decisão. Para ele, a clínica era um lugar estranho, uma prisão disfarçada de hospital, onde os corredores cheiravam a desinfetante e o ar era pesado com o silêncio. As enfermeiras, em seus jalecos brancos, pareciam vilãs de uma ordem secreta, com olhares afiados como lâminas, sempre vigiando, sempre esperando por qualquer sinal de fraqueza. As pílulas que lhe davam eram poções, destinadas a roubar-lhe os sonhos, a silenciar a magia que pulsava dentro de seu coração.
Mas então, algo teve um estalo, talvez enfim fruto das medicações ou que quer que fosse. Aos poucos, os sonhos começaram a desaparecer. O castelo desmoronou, as máquinas a vapor pararam de funcionar, e os banquetes foram silenciados. O mundo que ele tanto amava, aquele que havia construído com tanto cuidado e carinho, desvanecia-se como névoa ao amanhecer. Sabik, pela primeira vez, foi forçado a encarar o que restava: uma clínica fria, paredes brancas e rostos sem vida. A realidade nua e crua o atingiu como uma lâmina gelada. Não havia mais castelos, nem cavaleiros, nem dragões. Havia apenas a dura e implacável verdade: ele estava sozinho, perdido em um mundo que não reconhecia e que jamais o reconheceria. Os olhares dos outros, antes apenas curiosos, tornaram-se penetrantes, desconfiados. Ele podia sentir as palavras não ditas, as acusações silenciosas. "Louco", eles sussurravam com os olhos.
O medo se instalou em seu peito, uma sensação constante de que estava perdendo o controle, de que estava realmente enlouquecendo. Mas então, os sonhos começaram a voltar. Eles surgiam em flashes – uma enfermeira que, de repente, se transformava em uma elfa, um paciente que assumia a forma de um mago. Essas visões, tão reais e ao mesmo tempo tão ilusórias, mergulharam Sabik em uma profunda confusão. Ele não sabia mais em quem ou no que confiar. Estava preso entre dois mundos, incapaz de viver plenamente em qualquer um deles, atormentado pela incerteza e pelo medo de estar perdendo a própria sanidade.
Foi nesse estado de desespero que o garoto teve sua primeira visão de seu pai. Não como um deus distante, mas como uma presença palpável, envolta em um caleidoscópio de cores vibrantes, vestindo um manto de névoa e estrelas. Seus olhos brilhavam como constelações, e sua presença emanava uma calma profunda e um poder indescritível. Ele sorriu, um sorriso que parecia conter todos os sonhos e fantasias do mundo, e se aproximou, colocando uma mão gentil em seu ombro. Sua voz soava como um sussurro etéreo de vento e canções. “Quando chegar a hora, virão te buscar e você deve ir. Você possui um dom, Sabik. Um dom que poucos compreendem, mas lá, não haverá mais solidão. Saiba que estou aqui, sempre estive, mas já é hora de você conhecer um novo mundo, meu filho.”
Tão rapidamente quanto apareceu, desapareceu, em um piscar de olhos, como se nunca tivesse acontecido, mas algo finalmente se acalmou em seu peito, mesmo que, naquele momento, ele tivesse mais perguntas do que respostas. Quando os sátiros chegaram à clínica, o moreno já havia desistido de tentar distinguir o real do imaginário. Mas havia algo neles, uma autenticidade que não podia ignorar. Eles explicaram sobre sua verdadeira natureza, sobre ser filho de Fântaso, o deus dos sonhos irreais, da fantasia e dos devaneios e seus olhos marejaram ao lembrar do homem que vira pouco antes.
A decisão de seguir os sátiros, iniciou uma jornada que era tanto interna quanto externa. Cada passo em direção ao Acampamento Meio-Sangue o afastava de si mesmo, ou talvez o aproximasse do que realmente era. Foi como se sentisse que estava prestes a descobrir algo essencial, ainda que a cada nova revelação, mais perdido parecesse ficar. Foi recebido por Quíron, e o centauro o observou com olhos que transmitiam sabedoria e compaixão, mas também uma preocupação profunda pela alma atormentada por seu próprio dom, incapaz de encontrar paz em um mundo que não conseguia entender.
No Acampamento Meio-Sangue foi onde começou a compreender a extensão de seus poderes e enfim aprendeu a controlá-los. Os outros campistas o observavam com uma mistura de fascínio e medo. Era uma força poderosa, mas também uma ameaça imprevisível. Havia momentos em que ele transformava o lugar que estava no acampamento em uma paisagem de sonho, um lugar de maravilhas e terrores. Mas havia também momentos em que ele se isolava, perdido em seus próprios pensamentos, incapaz de distinguir o amigo do inimigo, a realidade do sonho. Com a experiência ele passou a distinguir o que era fruto de suas fantasias e o que era real, a grande questão era que ele tinha uma mente criativa demais para seu próprio bem, e era fácil se perder em seus próprios devaneios.
Por mais que fosse difícil se acostumar com a rotina e o ambiente diferente, foi bom pela primeira vez estar em um lugar onde ele não era a aberração, onde não havia grandes julgamentos moralizadores e onde poderia, enfim, entender o que era ter amigos, mesmo que a luta para construir laços perdurasse até os dias de hoje. A ideia de começar a pintar veio um pouco mais tarde, no fim da adolescência, quando um de seus primos comentou sobre mostrar o que havia em sua cabeça para aqueles lá fora também, e isso lhe possibilitou conhecer muitos lugares e estudar artes plásticas na universidade, bem como aprender a saborear um pouco mais do charme do mundo que acontecia fora de sua cabeça. Quando Dionísio entrou em contato após algum tempo, mais uma vez ele voltou para o acampamento com facilidade, pois sempre o veria como uma espécie de lar.
PODERES:
Ativo: Materialização dos Sonhos
Nível 1: Um Toque de Sonhar
No estágio inicial de seu poder, Sabik é capaz de influenciar brevemente a percepção da realidade ao seu redor. Quando ele toca algo – uma pessoa, um objeto, até mesmo o chão sob seus pés – uma pequena porção de seu mundo interior se derrama no tecido da realidade. O toque, ao invés de ser uma mera conexão física, torna-se um portal para o onírico. Os que são tocados por Sabik experimentam breves vislumbres de seu universo peculiar. Esses toques podem transformar uma parede de tijolos em uma passagem secreta ou fazer com que uma espada pareça um cetro mágico, mas essas mudanças são apenas visuais e desaparecem rapidamente. As projeções criadas nesse nível são efêmeras e não possuem substância física, mas já demonstram a capacidade de Sabik de projetar sua imaginação sobre o mundo, ainda que de maneira limitada.
Nível 2: Sonhando Acordado
Com um poder mais maduro, ele consegue estender sua influência a uma área maior ao seu redor, criando ambientes inteiros a partir de seus sonhos. Ele pode transformar uma sala comum em um salão de festas gótico, completo com candelabros, tapeçarias e uma atmosfera opressora. Esse mundo onírico é uma extensão de sua mente, onde as leis da física e da lógica são moldadas por seus desejos e temores. Quem está naquele ambiente compartilha da sensação como se estivesse sonhando também. No entanto, o mundo onírico ainda é frágil e pode desmoronar se Sabik for distraído ou se sua sanidade for abalada.
Nível 3: Materialização Onírica
Sabik pode trazer à existência qualquer sonho que sua mente criar, transformando o intangível em realidade. Se ele sonhar com uma criatura fantástica ou com um cenário steampunk, ele pode manifestá-los no mundo físico, tornando o etéreo palpável. No entanto, esse poder é tanto uma bênção quanto uma maldição, pois as criações de Sabik são feitas de acordo com as leis dos sonhos, onde a lógica é fluida e a realidade é maleável; além disso, as criações não possuem consciência própria, precisando ser controladas por ele. Cada uso desse poder exige de Sabik um foco absoluto, em suas mãos, o poder de materializar sonhos é uma dádiva perigosa, uma força que pode tanto salvar quanto destruir, dependendo da fragilidade de sua mente no momento da criação. O tamanho das criações e a quantidade delas gastam energia e influencia diretamente na durabilidade delas, podendo ser perigoso para si mesmo ultrapassar seus próprios limites. Conforme ele cria também fica mais imerso em seu próprio mundo, podendo perder o fio da meada do que acontece na realidade. Seus poderes quando utilizados tem uma energia verde e caramelo brilhantes.
HABILIDADES: Agilidade sobre-humana e previsão.
ARMA: “Crudelis Realitas” ou “Cruel Realidade”, é para aqueles que observam a princípio, apenas braceletes, mas quando se transformam, assumem uma versão diferente de um rope dart, onde correntes se ligam dos pulsos de bronze celestial para ostentar facas de lâmina tripla construídas do mesmo material. As empunhaduras possuem um intricado padrão de desenhos rúnicos com acabamentos que lembram nós celtas. Encontrou-os em seu chalé quando chegou, mas em algum lugar de seu coração, sabe que foi um presente de seu pai.
MALDIÇÃO OU BENÇÃO: Não possui.
ATIVIDADES
DESEJA ESCOLHER ALGUM CARGO DE INSTRUTOR? Rituais, Previsões e Outras Artes Ocultas.
ATIVIDADE OPTATIVAS? Queimada (membro da equipe azul) e Arco e Flecha (membro da equipe azul)
FAZ PARTE DE ALGUMA EQUIPE? Não.
PERMITE QUE A CENTRAL USE SEU PERSONAGEM PARA DESENVOLVER O PLOT? PERMITE QUE A CENTRAL USE SEU PERSONAGEM EM PLOT DROP, EVENTOS, TASK OU ATIVIDADES EXTRAS SEM AVISO PRÉVIO? Sim, permito.
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carlosvalterfraenkelcabral · 6 months ago
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10 EU SOU O AVATAR HOMEM-Deus - KALKY ;Nos VEDAS ; - EU Um Senhor PARA COM ARYANMAN = O NOBRE AZUL II CARLOS ROCKR QUISTY II Para-COM Os *II. 1.2
KALKY
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Representação do deus Kalki
Kalki é uma figura da religião hindu. Trata-se do décimo e último grande avatar de Vishnu, o protetor do Universo. Seu nome é freqüentemente tomado como metáfora para "eternidade", "tempo" ou "a morte" relacionado ao futuro e a morte. Segundo os preceitos do hinduísmo, Kalki virá montado em um cavalo branco e desembainhando uma espada flamejante no fim da idade da escuridão, ou Era de Ferro (Kali Yuga) para eliminar o mal e fazer a restauração do dharma. Podendo assim se iniciar um novo ciclo, o começo de uma Satya Yuga.
A tradição hindu permite interpretações diversas do que avatares são e como eles agem. Avatar significa "descida" e indica uma descida da consciência divina em uma manifestações de forma mundana. O Garuda Purana enumera dez avatares, sendo Kalki o décimo. O Bhagavata Purana inicialmente lista vinte e dois avatares, mas cita um adicional de três para um total de vinte e cinco avatares. Ele é apresentado como o vigésimo segundo avatar na lista.
Imagens populares mostram Kalki montado num cavalo branco com asas. Nestas imagens, Kalki aparece brandindo uma espada na mão direita e está empenhada em erradicar a miséria, corrupção e deboche de Kali Yuga. Às vezes, é representado como a forma de um homem com uma cabeça de cavalo, chamado de Vajimukha.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kalki
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flaviamfs · 7 months ago
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Henry Charles Bukowski
("The Crunch")
O Estouro
demais
tão pouco
tão gordo
tão magro
ou ninguém.
risos ou
lágrimas
odiosos
amantes
estranhos com faces como
cabeças de
tachinhas
exércitos correndo através
de ruas de sangue
brandindo garrafas de vinho
baionetando e fodendo
virgens.
ou um velho num quarto barato
com uma fotografia de M. Monroe.
há tamanha solidão no mundo
que você pode vê-la no movimento lento dos
braços de um relógio.
pessoas tão cansadas
mutiladas
tanto pelo amor como pelo desamor.
as pessoas simplesmente não são boas umas com as outras
cara a cara.
os ricos não são bons para os ricos
os pobres não são bons para os pobres.
estamos com medo.
nosso sistema educacional nos diz que
podemos ser todos
grandes vencedores.
eles não nos contaram
a respeito das misérias
ou dos suicídios.
ou do terror de uma pessoa
sofrendo sozinha
num lugar qualquer
intocada
incomunicável
regando uma planta.
as pessoas não são boas umas com as outras.
as pessoas não são boas umas com as outras.
as pessoas não são boas umas com as outras.
suponho que nunca serão.
não peço para que sejam.
mas às vezes eu penso sobre
isso.
as contas dos rosários balançarão
as nuvens nublarão
e o assassino degolará a criança
como se desse uma mordida numa casquinha de sorvete.
demais
tão pouco
tão grodo
tão magro
ou ninguém
mais odiosos que amantes.
as pessoas não são boas umas com as outras.
talvez se elas fossem
nossas mortes não seriam tão tristes.
enquanto isso eu olho para as jovens garotas
talos
flores do acaso.
tem que haver um caminho.
com certeza deve haver um caminho sobre o qual ainda
não pensamos.
quem colocou este cérebro dentro de mim?
ele chora
ele demanda
ele diz que há uma chance.
ele não dirá
"não".
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poisonhxart · 9 months ago
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#ophpov 15: drop by drop.
▸ tw: menção a morte e suicídio, agulha, envenenamento.
01 de fevereiro de 2024.
O conceito de mitridatismo sempre fora algo interessante nos olhos de Arianrhod. Em suma, é o hábito de um indivíduo ingerir pequenas doses de substâncias tóxicas sem sofrer grandes consequências com isso. O nome, derivado de um antigo nobre, anterior até mesmo à Dinastia Golonov, carrega uma história interessante, um conto pequeno que sua avó a tinha contado certa vez; Mitrídates VI, nobre oriental, querendo fugir de uma possível morte por envenenamento de seus inimigos, ingeria pequenas e crescentes doses de todos os venenos que conhecia até que pudesse suportar mesmo doses mortais desses sem morrer. Curiosamente, em dado ponto de sua vida tentou suicídio por envenenamento, o que fracassou por sua tida imunidade.
Quando criança, ela se perguntava como isso era possível. Foziah, paciente, a havia ensinado da maneira mais inofensiva possível: usando chá. Na época, Arianrhod detestava aynar na mesma medida em que era curiosa e essa fora a maneira que a avó encontrou de ensiná-la sobre o caso de Mitríades. Quanto mais vezes ela bebia o chá, mais o gosto se tornava tolerável, mais ela se tornava “imune”. Naquele tempo, havia sido uma maneira inteligente de unir útil ao agradável, mas Foziah Al-Khelaifi não tinha ideia do palácio que ajudava a construir na mente de sua neta.
Solidificado ainda na infância com memórias das quais já não mais se lembrava, Arianrhod sempre teve gosto por poções, pela terra; era uma herança que Farwa carregava da Essência que lhe fora usurpada e que havia recaído sobre sua filha. Amava a terra, o que vinha da terra, as inúmeras possibilidades com plantas e elementos laboratoriais. Amava poções, amava venenos. Apesar de nunca ter tido tempo para realmente se debruçar sobre isso, o caminho já pavimentado para Arianrhod permitia que estudasse aquilo que a mãe fora obrigada a deixar de lado.
Passando o olhar ao redor do laboratório, ela conseguia vislumbrar não só todas as plantas que cultivava, mas também todas as poções e substâncias tóxicas que havia criado e que estavam em fase de testes. A variedade ainda não era notável, mas havia aprendido que o pouco feito com maestria valia muito.
Sobre a mesa, estava o último que havia feito: modulado a partir de víperotoxinas, com sutis alterações e eventuais potenciações, brandindo a identificação “Viper” por não ter enxergado necessidade em dar para ele nome mais elaborado. A manipulação que tinha feito nos últimos tempos garantia a letalidade com doses extremamente sutis mesmo em sua forma gasosa. Arianrhod havia tomado o cuidado de não deixar a composição oleosa, permitindo uma absorção primária que cumprisse com sua função sem que a exposição precisasse ser prolongada. Seu tipo preferido de poções eram aquelas de natureza gasosa, não seria diferente com seus venenos.
Contudo, como alguém que pretendia usá-los, ela precisava de tomar os devidos cuidados. Uma máscara seria o suficiente, é claro, mas a possibilidade de morrer por sua própria criação não era algo que a atraía. Precisava de mais, de uma garantia mais concreta que antídotos. Precisava garantir certa imunidade para que não fosse vítima da própria armadilha. Nesse ponto, salve Mitríades e sua neura de ser morto por envenenamento. De algo havia servido.
Tomando o vidro do veneno em mãos, a composição ainda líquida brilhava num dourado chamativo. O pensamento de que aquilo poderia levar um homem ao Outro Mundo era tão atrativo quanto a vontade de testar o sabor. Ouro sempre cegara a humanidade até o cinábrio chegar, mas mesmo perante ao cristal, o mineral ainda era mais atrativo. Para ela, ao menos, era. E isso era parte do desejado.
Suspirando, Arianrhod encarou a pipeta e então a agulha. O passo-a-passo que vinha seguindo há um tempo era simples. Primeiro, as administrações orais para evitar um envenenamento letal. A seguir, de maneira a garantir que não correria mesmo risco algum, doses intravenosas. Essa era a segunda.
Com a quantidade calculada já pronta para ser injetada, ela higienizava a pele com cuidado redobrado. Parte de Arianrhod se sentia culpada por fazer o que estava fazendo. Ninguém próximo de si sabia e quando deixou a ideia subentendida para Geoffrey, ele não havia recebido com muito ânimo. Faz parte, ela pensou na ocasião, mas agora não voltaria mais atrás. Estava quase tudo certo, afinal; seu único remorso era não ter contado nem para Ren e tampouco para Blake. Não queria preocupá-los. Não era justo que o fizesse diante de tudo o que vinha acontecendo.
Era quase engraçado pensar na situação por inteiro. Ela estava sozinha em seu laboratório, longe de qualquer pessoa que pudesse salvá-la caso sofresse de uma intoxicação e ainda assim não tinha medo. Arianrhod, que nunca quis se parecer com Owen, tinha herdado com perfeição toda a arrogância e autossuficiência do pai de maneira ainda pior – porque ele era claramente burro e ela não tinha medo algum de subjugá-lo em voz alta. A estúpida confiança elevada em si mesma era traço herdado diretamente daquele homem.
Encostando a cabeça na cadeira depois de concluído o processo, a única reação que teve em meio ao leve tontear foi rir. Algumas pessoas a chamariam de sádica – e talvez fosse; outras a chamariam de psicopata – o que talvez também fosse, mas no fundo só conseguia pensar que era uma cientista e que não havia outra forma de testar tanto suas substâncias quanto a imunidade a elas senão em si mesma. Fechando os olhos por alguns longos instantes, ela finalmente suspirou. Demoraria alguns dias para repetir aquilo, alguns dias para analisar todas as reações de seu organismo durante todo o processo para calcular uma conclusão mais precisa e, finalmente, poder cuidar de alguns acertos de contas.
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ninaemsaopaulo · 10 months ago
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"Franz é forte, mas sua força é voltada unicamente para o exterior. Com as pessoas com quem vive, com aqueles que ama, é fraco. A fraqueza de Franz se chama bondade. Franz nunca daria ordens a Sabina. Jamais ordenaria, como Tomas fizera em outros tempos, que ela pusesse o espelho no chão e andasse de um lado para o outro em cima dele, totalmente nua. Não que lhe falte sensualidade, mas ele não tem força para comandar. Existem coisas que só podem ser conseguidas com violência. O amor físico é impensável sem violência. Sabina via Franz passear pelo quarto brandindo bem alto a cadeira, o que lhe parecia ridículo e a enchia de uma estranha tristeza. Franz pousou a cadeira e sentou, o rosto virado para Sabina. 'Não é que eu não goste de ser forte', disse, 'mas de que me servem estes músculos em Genebra? Carrego-os como um enfeite. São as plumas do pavão. Nunca quebrei a cara de ninguém'. Sabina continuava com suas reflexões melancólicas. E se ela tivesse um homem que lhe desse ordens? Que a dominasse? Quanto tempo ela o suportaria? Nem cinco minutos! Donde concluiu que nenhum homem lhe convinha. Nem forte, nem fraco. Disse: 'E por que você não usa sua força contra mim de vez em quando?' 'Porque amar é renunciar à força', respondeu Franz docemente. Sabina compreendeu duas coisas: em primeiro lugar, que essa frase era bela e verdadeira. Em segundo lugar, que, com essa frase, Franz acabara de se excluir de sua vida erótica."
— KUNDERA, Milan. A insustentável leveza do ser. Tradução de Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca.
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thethornsofwar · 11 months ago
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Veio até mim em um sonho (literalmente)
As paredes estruturadas do chalé de Perséfone eram como um refúgio para Helena, cuja mente caótica acalmava-se apenas diante da presença das flores e brotos que havia plantado em seu novo lar, especialmente fora do clima sutil da primavera. Enquanto as chamas da batalha acendiam a desordem romana que corria por suas veias, apenas o legado grego lhe trazia um pouco de paz.
Isto é, até que os dias em que os pesadelos começaram. Sonhos como aqueles eram sempre comuns entre os semidivinos, um lembrete constante de seu dever para com os deuses que os reclamaram. Mas isso não significava que eram nem um pouco menos perturbadores.
Quando abriu as pálpebras, os olhos de Helena foram agraciados por uma visão familiar. Estava diante da enorme estrutura de guerra do Acampamento Júpiter, o sortimento de campistas espalhando-se para todas as direções. Mas o que deveria ser uma benção ou, no máximo, uma memória que evocava sentimentos saudosos tornava-se um terror completo. Porque as muralhas do acampamento estavam sob ataque.
Lestrigões enormes e monstruosos atiravam pedras contra as colunas e paredes, derrubando casas e impondo uma chama de caos por toda Nova Roma. Campistas feridos amontoavam-se sob os escombros, enquanto vários outros corriam em direção à batalha, brandindo armas de ouro imperial que reluziam mesmo durante a escuridão noturna. 
Em meio à angústia que instaurou-se em seu átimo, ela nem ao menos notava que seus olhos não estavam acostumados à falta de luz como o habitual. Tentou mover o corpo, mas seus músculos não reagiam aos comandos, seguindo para onde bem entendessem.
A semidivina de Perséfone cortava o campo de guerra segundo uma vontade que não era nem ao menos sua, perdendo-se dentre rostos conhecidos enquanto se aproximava cada vez mais do bando de monstros. Por mais que quisesse, não era capaz de cessar os passos para ajudar os feridos. Era como se estivesse sobre o encanto de luta que advinha de seu legado paterno, algo familiar mas também mais intenso do que jamais tinha sentido.
Enquanto os pés avançavam, seu rosto se movia, revelando vislumbres da destruição ao redor. Por mais que boa parte do alinhamento militar ainda estivesse de pé, provavelmente filhos de Vulcano teriam que ficar bastante tempo consertando os estragos. Isto é, se conseguissem se livrar dos malditos monstros.
Então uma voz ecoou, imponente e avassaladora, reclamando atenção. Escutar a voz de Augustus era como sentir uma facada fincada no peito, enchendo suas veias de uma sensação agourenta. Pois foi só então que percebeu que aquela memória não era sua.
E aquilo, acima de todo o resto, foi o causador do medo mais intenso. Porque tudo que podia fazer enquanto era guiada pela cena de batalha era rezar aos deuses para que não estivesse prestes a experienciar a morte do próprio pai.
Durante noites seguidas, fragmentos lhe eram revelados, cada um guiando-a mais próxima do que parecia ser um embate final entre Augustus e os lestrigões que atacavam o Acampamento Júpiter.
Era possível, aos poucos, perceber que o ataque não tinha sido tão letal quanto havia sido levada a acreditar. Mas nem isso era capaz de aplacar a angústia que sentia todo dia ao acordar.
Porque nunca havia conseguido, nem uma única vez, chegar ao momento final da batalha. Era como se algo obscurecesse os detalhes que procediam ao combate do legionário romano com os monstros. Algo pesado e espesso como a Névoa. 
Tudo que via era o avanço guiado até a luta, e então o teto do próprio chalé ao ser acordada de forma súbita. E fora justamente aquela dúvida, aquela pequena parte de si que não sabia dizer se seu único parente mortal estava vivo ou não, que a corroía todas as manhãs. E a guiava cada vez mais para perto da decisão de que precisava, de uma forma ou de outra, retornar ao primeiro lar que foi capaz de chamar de seu. Mesmo que fosse para enfrentar uma tragédia tão grandiosa quanto a profetizada por seu nome ao nascer.
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l-e-ia · 1 year ago
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Ah, o trabalho de escritório, essa floresta de cubículos e estações de trabalho, onde guerreiros da modernidade manejam teclados em vez de espadas, brandindo canetas como se fossem varinhas mágicas. Aqui, o ar está saturado com o aroma de café, o elixir da atenção, e o murmúrio das máquinas é como o canto de sereias tecnológicas, atraindo os navegantes para as profundezas da produtividade.
Os monitores brilham como luas cheias em um céu sem estrelas, cada pixel uma partícula de possibilidade. O clique do mouse é o som do destino sendo moldado, o deslizar das folhas de papel é o sussurro de acordos selados e sonhos registrados. Ah, quão paradoxal é este espaço, onde a monotonia e o milagre coexistem, onde a rotina é tanto uma prisão quanto um palco para a realização.
Entre planilhas e apresentações, os ocupantes deste reino buscam o Graal Sagrado do "Feito", a bênção da tarefa concluída, o triunfo do prazo cumprido. E, na solidão das baias e no silêncio antes da tempestade da próxima reunião, pode-se ouvir o eco de aspirações, o batimento cardíaco pulsante de ambições e desejos.
No entanto, não permita que o brilho frio das lâmpadas de LED ofusque o valor do humano, a poesia escondida entre linhas de código e rascunhos de e-mail. Cada sorriso trocado, cada "bom dia" oferecido, é uma flor de luz em um jardim de vidro e metal. Porque, por mais automatizado que seja o ambiente, é a alma que dá vida ao trabalho, é o espírito que transforma o ordinário em extraordinário.
Então, ó habitante deste santuário de papéis e bytes, lembre-se: você é mais do que um engrenagem na máquina; você é o mago, o herói, o trovador. E neste teatro de telas e cadeiras giratórias, sua performance pode ser uma sinfonia, se você apenas ousar reger a música oculta no dia a dia. Ah, faça de cada ato um ato de criação, e de cada dia, uma obra de arte!
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peterpvn · 7 months ago
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‘ Você ao menos sabe ler, Merry? Estou em choque ’  negou com a cabeça algumas vezes enquanto a encarava, como se apenas os dois estivessem naquele lugar, e não cercados por uma horda de perdidos intrometidos. Para aquelas pessoas devia ser mesmo um acontecimento ver dois personagens interagindo  daquela forma, fora de seus papéis pré-programados.  Peter, por as vez, estava tão focado em Merida e na diversão que ela lhe proporcionava  que quase não prestava atenção nos demais.  ‘ Vou fingir que não entendi o naturalmente na sua frase, pelo bem da nossa amizade. Afinal, acho que estou entre os seus três amigos, não? Nossa relação é preciosa demais para que você não considere ’   alargou o sorriso, esperando que aquela redhead esquentasse. Era  possível que ela o agredisse muito em breve, e não estava errado, pois logo ouviu a palavra duelo.   ‘ Assim, sem nem pagar um jantar antes, princesa? ’   arqueou as sobrancelhas para ela, pescando a espada no ar e sentindo a adrenalina o preencher assim que tocou no cabo.  ‘ Eu não costumo abrir exceções para não piratas, mas vou abrir só porque as crianças estão sedentas por um espetáculo ’   piscou para um espectador aleatório, como se ambos soubessem o que estava prestes a  acontecer ali. Não dispensava uma boa luta; na verdade, era exatamente assim que gostava de passar o tempo. Merida lhe fazia um favor sem saber.  ‘ Vai ser sem carinho dessa vez, alteza ’   disse, pendendo a cabeça antes de partir para cima da ruiva brandindo a espada, sabendo que ela já esperava seu golpe.
"A socialização é aberta a todos, Pete. Não estou vendo nenhuma placa que diga o contrário." E mesmo se tivesse uma, ela não conseguiria ler; mas detalhes à parte. Ela cruzou os braços e ergueu as sobrancelhas quando ele rebateu o argumento. Era incrível como estar na presença de Pan fazia com que a princesa agisse com o dobro de imaturidade que já lhe era inerente. "Ha ha. Joke's on you. Eu tenho muitos amigos. Que foram conquistados naturalmente, inclusive." Se ela ignorasse a lista quase infinita de nomes do Mundo das Histórias que haviam se irritado com ela ao longo dos anos, incluindo o próprio Merlin e o seu marido, poderia até dizer que era querida por um grupo seleto de três pessoas e um cavalo. Uma horda de perdidos interessados na briga entre as figuras havia se reunido, sussurrando coisas entre si. No cume da própria infantilidade, agarrou a oportunidade para se provar melhor do que o rapaz que todas aquelas pessoas pareciam ovacionar. "Que tal um duelo, Pan?" Propôs, caminhando até ele. "Duas espadas, por favor!" Gritou em direção ao céu, esperando que a magia funcionasse dessa forma por ali (não fazia uso dela, então não tinha como saber). Por sorte, uma espada se materializou em sua mão e outra na de Peter. "É pegar ou largar. Ou melhor, pegar ou ser um covarde."
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sofrimentoabreviado · 1 year ago
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“Leite com café numa chávena pequenina, muito pequenina…”
Sobre um mancebo em egocêntricas efabulações, vagueando de terra em terra a apregoar atualidades da urbe e outras fantasias, com os óculos enterrados na face redonda e inchada, seguros sobre a monocelha contígua ao cabelo cortado à escovinha, e que a partir de agora vos darei conta.
Figura caricaturesca, alardeando-se pelas praças e esplanadas com um gato embrulhado à volta do pescoço, não tivesse o felídeo nome inspirado em apetites por exuberâncias e extravagâncias inalcançáveis, vendo-lhe atribuído boçalmente o nome de Turbante.
Aperaltado com o Turbante em volta do pescoço, apresentou-se naquele dia o mancebo junto a uma taberna, munido do pequeno almanaque onde reunia prosa modorrenta, esquecido e meio preenchido num bazar de Midelburgo a aguardar m��o impolida que o arrematasse:
“Incultas produções da mocidade Exponho a vossos olhos, ó leitores. Vede-as com mágoa, vede-as com piedade, Que elas buscam piedade e não louvores.”
Absorto, de fato-macaco coçado e boné mordido pelo Sol, um homem escutava o desvario daquela figura em frente à porta da taberna, atirando a beata para o chão e o quesito que se impunha:
- Olha lá, ó Garoto! Precisas é de deixar de arrepanhar a moca e enfiá-la antes nas brechas de uma desapertada!
Surpreso e acometido, o doravante denominado Garoto - com o Turbante em volta do pescoço e o almanaque seguro por uma das mãos -, continuou:
“Estranho livro aquele que escreveste, Artista da saudade e do sofrer! Estranho livro aquele em que puseste Tudo o que eu sinto, sem poder dizer!”
- Ali pelo número 17 da Rua do Engenho vivem umas irmãs gémeas que te curam a maleita, ó meu Garoto! Vai lá, que elas dão-te ouvidos. Com jeitinho, dão-te tudo! – Condoeu-se o homem dentro do fato-macaco, acabando de acender mais um cigarro.
Com o Turbante embrulhado no pescoço, guiado pelo pequeno almanaque arrematado num bazar de Midelburgo, o Garoto meteu-se ao caminho:
“Qualquer caminho leva a toda a parte.
Qualquer ponto é o centro do infinito.
E por isso, qualquer que seja a arte
De ir ou ficar, do nosso corpo ou espírito.”
Chegado ao número 17 da Rua do Engenho fez-se anunciar, brandindo a voz canhestra e o revoado estrépito da campainha, alvoraçando as gémeas contra a balaustrada da varanda:
“Fui ontem visitar o jardinzinho agreste, Aonde tanta vez a lua nos beijou, E em tudo vi sorrir o amor que tu me deste, Soberba como um Sol, serena como um voo.”
- Ai, com que então, vens aos beijos? Olha que não somos cá de coisas pela metade! Vê lá se te amanhas, pois vais levar folguedo a dobrar.
Num ápice desceram ao rés-do-chão, abrindo a porta de supetão e fitando o Garoto com o Turbante embrulhado no pescoço:
- Ei lá, que isto de dois gatos não é todos os dias!
“Só males são reais, só dor existe: Prazeres só os gera a fantasia; Em nada, um imaginar, o bem consiste, Anda o mal em cada hora e instante e dia.”
- Prazeres de fantasia? Conta com isso, conta!
Trocando olhares trocistas, as gémeas voltaram-se para a porta, iniciando a subida ao primeiro andar através do estreito corredor e indicando por onde as deveria seguir o Garoto com o Turbante embrulhado no pescoço. Só então pode reparar no andejar arqueado daquela parelha de manas, não fossem elas conhecidas lá na terra como as Arcadas.
“Que quer a canção? erguer-se em arco sobre os abismos. Que quer o homem? salvar-se, ao prémio de uma canção.”
Apressaram-se a entrar no quarto, despindo o Garoto em modos sôfregos, deixando-o apenas com o Turbante embrulhado no pescoço. Só faltava tirar-lhe o pequeno almanaque arrematado num bazar de Midelburgo, e ficar assim, desnudada, aquela alma estulta e lenta, vendo atirada para o chão a prosa modorrenta diligentemente reunida e lida num derradeiro vislumbre:
“Chega-te a mim! Entra no meu amor, E à minha carne entrega a tua carne em flor! Prime contra o meu peito o teu seio agitado, E aprende a amar o Amor, renovando o pecado!”
- Ora toca lá a ver onde chegam essas carnes!
Achou-se deitado sobre o colchão, com as Arcadas a afagar-lhe o corpo num bailado de êxtase e devassidão, mesclando olhares libidinosos com onomatopeias de frenesi e deboche, tudo isto ser ousar desembrulhar o Turbante do pescoço. Mas a estocada é infrutífera. Por mais que almejasse comandar o intento, despido do almanaque arrematado num bazar de Midelburgo era como se o desejo se perpetuasse encerrado entre a capa dura e as folhas de guarda do funesto artefacto.
Assim, debaixo das Arcadas com o Turbante embrulhado no pescoço, o Garoto não…
- Olha, olha, cheio de lábia! Carnes tens muitas mas, osso, nem vê-lo! Vai-te lá, ó monte de tretas.
Saltou da cama e vestiu-se num sopro, sempre com o inabalável Turbante embrulhado no pescoço, levando do soalho ao resguardo da mão o pequeno almanaque arrematado num bazar de Midelburgo. Queria afastar-se daquele infame lugar, mas grande era o desejo de se erguer em glória sobre as vis corruptoras abandonadas entre os lençóis.
“O que é um encontro 
breve e interminável sem um adeus final 
um encontro é uma viagem fora do mundo 
no mundo que nunca é verdadeiramente real.”
Cai a noite. Pela janela do quarto alugado na mais modesta das pensões entra agora a claridade do luar, entrecortada pelo puído cortinado de tule, intermitente com a sombra do Garoto à espreita, espantado com a trivialidade do mundo. O pequeno almanaque arrematado num bazar de Midelburgo está seguro pela mão que se agita em joviais contornos, enquanto o dedo médio da outra mão se ocupa da cavidade corporal abaixo da coluna vertebral, enfiado que está nas brechas de um desapertado. Quem sabe, talvez imaginando outro que não o seu, nesta prosa modorrenta onde a finura e a mestria se confundem com espasmos de geofagia, e o efabulado é apregoado de terra em terra pelos ufanos ditos e feitos de um mancebo egocêntrico, anotados em almanaques esquecidos e meio preenchidos num qualquer bazar…
Rui Guedes ©2023, com trechos dos poemas “Incultas produções da mocidade” (Bocage), “A um livro” (Florbela Espanca), “Qualquer caminho leva a toda a parte” (Fernando Pessoa), “Flores velhas” (Cesário Verde), “Só males são reais, só dor existe” (Antero de Quental), “O arco” (Carlos Drummond de Andrade), “A alvorada do amor” (Olavo Bilac) e “O que é um encontro” (António Ramos Rosa).
Fotografia de Adam Riley
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revistatbr · 1 year ago
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 Lista #TBR - Cassandra Clare e o Universo de Caçadores das Sombras
Agora chegou a hora de mais uma polêmica! Decidimos fazer um top 5 das mulheres mais incríveis dos (inúmeros!) livros de Cassandra Clare, uma das rainhas dos YA.
1. Cordelia - Corrente de ouro (vol. 1 de "As últimas horas")
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Cordelia Carstairs é uma Caçadora de Sombras, uma guerreira treinada desde a infância para enfrentar demônios. Quando seu pai foi acusado de um terrível crime, ela e seu irmão viajam a Londres na esperança de evitar a ruína de sua família. Sua mãe, Sona Carstairs, quer que a filha se case... mas Cordelia está mais determinada a ser uma heroína do que uma esposa. Logo, Cordelia encontra James e Lucie Herondale, seus amigos de infância, e é levada a seu universo de bailes reluzentes, tarefas secretas e salões sobrenaturais, onde vampiros e bruxos se misturam a sereias e feiticeiros.
Nota da #TBR: Existem muitas personagens fortíssimas no “Corrente de Ouro”, mas Cordelia é minha xodó. Não apenas ela quer achar uma maneira de salvar a família, mas ela é incrível “Caçadora das Sombras”. E quando uma praga atinge o Instituto de Londrês, ela e os amigos tomam a frente para achar uma cura.
2. Clary – Cidade dos ossos – (Vol. 1 de “Os instrumentos mortais”)
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Um mundo oculto está prestes a ser revelado... Quando Clary decide ir a Nova York se divertir numa discoteca, nunca poderia imaginar que testemunharia um assassinato - muito menos um assassinato cometido por três adolescentes cobertos por tatuagens enigmáticas e brandindo armas bizarras. Clary sabe que deve chamar a polícia, mas é difícil explicar um assassinato quando o corpo desaparece e os assassinos são invisíveis para todos, menos para ela. Tão surpresa quanto assustada, Clary aceita ouvir o que os jovens têm a dizer... Uma tribo de guerreiros secreta dedicada a libertar a terra de demônios, os Caçadores das Sombras têm uma missão em nosso mundo, e Clary pode já estar mais envolvida na história do que gostaria.
Nota da #TBR: E aqui começa a polêmica. Clary tem tantos fãs quanto haters. No entanto, ela não poderia deixar de ficar na segunda colocação pela importante que tem no universo dos “Caçadores das Sombras”. Clary Fray é a personagem que começou tudo, e sua jornada foi longa e difícil. Ela já começa em desvantagem porque nunca teve nenhum treinamento e é nova nesse universo, mas com o tempo vai aprendendo tanto o que é ser uma Caçadora quanto o que significa ser corajosa e como lutar pelas pessoas que ama.
3 – Emma – Dama da meia-noite (Vol. 1 de “Os artifícios das Trevas”)
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Emma Carstairs é uma guerreira, uma Caçadora de Sombras: a melhor de sua geração. Ela vive para lutar. E faz isso ao lado de seu parabatai, Julian Blackthorn. Juntos eles patrulham as ruas de Los Angeles, onde vampiros fazem a festa na Sunset Strip, e fadas - as mais poderosas das criaturas sobrenaturais - tentam se manter na linha depois de uma guerra com os Caçadores de Sombras.
Quando os corpos de fadas e de humanos assassinados começam a aparecer com as mesmas marcas encontradas nos pais de Emma, há alguns anos, uma aliança preocupante se forma. É a chance de Emma se vingar, mas também a oportunidade de Julian recuperar o irmão mais velho, Mark, prisioneiro do Povo das Fadas e integrante da Caçada Selvagem desde a Guerra Maligna - que alçou Clary Fairchild e Jace Herondale ao posto de Caçadores de Sombras-celebridade. Tudo que Emma, Mark e Julian precisam fazer é resolver o mistério dos assassinatos em duas semanas...
Nota da #TBR: Emma Carstain é uma das melhores Caçadora das Sombras do universo de Cassandra Clare. Quando criança, ela chegou a lutar na Guerra e se saiu vencedora. Desde então, ela se dedicou ao treinamento e a se tornar a melhor Caçadora possível. Ela tem habilidade incríveis para combate, instintos afiados e uma cabeça sensata. Além disso, ela também tem um coração enorme.
4 – Tessa – Anjo mecânico (Vol. 1 de “As Peças Infernais)
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Tessa Gray tem apenas 16 anos e, mesmo parecendo ser uma mocinha indefesa, precisa cruzar o oceano de Nova York à Londres vitoriana para encontrar o irmão mais velho. Com a morte da tia Harriet, ela não tem outra escolha senão ir morar com Nathaniel, o único parente vivo. Porém, após ser imediatamente sequestrada pelas irmãs Black e Dark - duas senhoras nada simpáticas que também mantêm Nathaniel em cativeiro - Tessa é logo resgatada pelos Caçadores de Sombras, encontrando abrigo no Instituto de Londres.
Junto ao temperamental e misterioso Will e seu melhor amigo James, cuja frágil beleza esconde um terrível segredo, Tessa vai aprender a usar seu poder e conquistar um lugar ao lado deles na batalha. Tudo isso para tentar descobrir quem é o Magistrado e qual é a origem de sua habilidade sobrenatural. E sem que ela se esqueça, é claro, de tentar controlar a atração que sente pelos dois garotos. Afinal, muitas vezes o amor é mais poderoso do que qualquer magia.
Nota #TBR: Tessa Gray chega ao mundo sobrenatural de Londres em busca de seu irmão e logo descobre que seus únicos aliados são os Caçadores das Sombras. Ela pode não ter chegado com uma Caçadora, mas rapidamente mostra suas habilidades. Além de claro, ser inteligente, corajosa e persistente.
5 – Isabelle Lightwood - Cidade dos ossos – (Vol. 1 de “Os instrumentos mortais”)
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Isabelle começa o livro com atitude esnobe da família Lightwood em relação a mundanos e seres do submundo, mas aos poucos vai mudando de postura, primeiro em relação a Clary e Simon e depois em relação aos mundanos e membros do submundo, em geral. Confiante em si mesma e em suas habilidades, Isabelle sempre foi um foi espírito livre que gosta de festa, moda e flertes. Mas mesmo mostrando uma atitude altiva e indiferente em relação aos outros, ela sempre escondeu um coração desconfiado e frágil. 
Nota #TBR: Isabelle Lightwood não é a personagem principal de Caçadores das Sombras, mas ela rouba nossa atenção desde a primeira aparição.  Ela é uma das personagens que mais cresce durante toda a trama e foi um prazer ver essa mudança (e a história de amor dela e do Simon, claro).
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radioshiga · 2 years ago
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