#arsonheart
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"Right now, we need to be talking about what to do, if they don't make it. " — @arsonheart
Paciente: Lucy Harper
Estado: Grave
Informações: Passageira de um dos carros batidos, gestante de 8 meses, ficou presa por horas no carro amassado. Estado do bebê é desconhecido.
De todos os maiores problemas que Jacqueline poderia enfrentar, o penúltimo da lista seria aquele embate, perdendo apenas para a probabilidade dela precisar trabalhar com a prima. Os olhos azuis continham faíscas que, à qualquer momento, poderia invocar o pior dos incêndios e provocar um estrago. Jacqueline permanecia firme, as mãos segurando com força as barras da maca, os gritos da paciente ecoando pelo corredor. Alguns residentes e atendentes observavam a cena, mas não ousavam se colocar entre a discussão. "Temos pessoas muito competentes e qualificadas para essa paciente no hospital, Di Palma." A voz de Jackie parecia um chicote cheio de sarcasmo enquanto ela encarava a paramédica, os olhos demonstrando certo aborrecimento. "E certamente não precisamos de uma paramédica que desistiu da carreira por não aguentar responsabilidades e perdas." Ela continuou com um largo sorriso, quase diabólico. A oncologista puxou novamente a maca, encarando Martina com desdém. "Solte de uma vez, você não é mais útil a partir daqui."
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"Mas que absurdo!" Exclamou com a tom de voz bastante indignado, apertando a lateral do corpo com um dos braços "Vou reclamar com o seu Sargento. Que atendimento de quinta categoria, você não tinha esse serviço porco na época do jaleco branco." Reclamou, franzindo a testa com os lábios crispados de dor enquanto um leve tremor percorria seu corpo. Os cortes ardiam, mas o faxineiro ignorou, lançando um olhar de acusação.. "Fora que eu posso ter uma concussão e você não sabe porque não fez nenhum dos testes que tem fazer, ai eu vou pra casa e morro e volto pra puxar seu pé..." Ele parou, respirou fundo, pressionando uma gaze contra a testa com mais força do que o necessário, piscando os olhos algumas vezes antes de voltar a falar. "Não tô falando de mim não, tem uma mulher lá presa no carro. Tá apagadona e sangrando muito."
Pelo amor de Deus, ou melhor, per l'amor di Dio, foi tudo que Martina pensou ao reconhecer a figura ensanguentada que caminhava entre outros feridos. A paramédica e sua equipe do corpo de bombeiros haviam acabado de chegar ao local do acidente, suas roupas e mãos já se mostravam sujas de sangue por ter acudido um dos passageiros de um dos carros quando a voz de Thierry a atingiu.
Sua rápida escaneada sobre o homem, a médica catalogou seus ferimentos com precisão, mentalmente tomando nota de que o conhecido não estava quebrado ou em risco de vida, apenas leves arranhões completavam suas feições. A médica terminou de ajudar a colocar uma das vítimas em uma maca, antes de se aproximar do homem, pegando uma das malas de primeiros socorros que estavam próximas à ela.
— Tanto dia para você se atrasar para o trabalho e logo hoje, Thierry? — A italiana gesticulou de forma questionadora enquanto parava a poucos metros do mais velho, antes de abrir a mala em mãos e retirar alguns esparadapos e gazes, os atirando para que o homem pegasse. — Vamos, bidello, não tem nada demais aí. Você seria de melhor ajuda se conseguisse se recompor e ir ajudar os residentes e enfermeiros do hospital. Consegue lidar com esses arranhões superficiais ou quer que eu pare para te costurar?
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closed starter for @arsonheart and she said: “ i wouldn’t do that if i were you ! ”
∴ ─── Ao ouvir a voz feminina, mesmo sem ter certeza de quem era, se baseando apenas pelo tom de autoridade, Olívia parou o que estava fazendo, mas ainda mantendo pressão sob o ferimento da mulher a sua frente, não lhe parecia nada extremo, não comparado com todo o caos e gritos que aconteciam a sua volta. A loira ergueu o olhar para a mulher, abrindo um pequeno sorriso de alívio quando viu o uniforme da outra, aquela definitivamente seria uma ajuda bem vinda.
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descrever chloe como internamente desesperada seria um eufemismo e tanto; no entanto, não havia à residente nada a fazer além de encarar o desafio. escutou cada uma das palavras de martina com atenção. estando em seu terceiro ano de residência, sua prática com acessos realizados em situações de emergência era razoável. “espero que não demorem, a cada minuto ela está parecendo mais agonizante.” a voz saiu quase em um murmuro, e esteve bem perto de dar graças a deus bem alto quando uma dupla trazendo o que necessitariam para a transfusão se aproximou. assumindo o mínimo de comando que era cabível, pegou o kit e outra vez se ajoelhou ao lado da janela da paciente. “vou precisar que a senhora me ajude com o braço.” pediu enquanto colocava as luvas, com toda a suavidade possível, e ajeitou da melhor forma o braço direito da mulher para uma limpeza rápida, antes da realização da punção de uma veia periférica no antebraço. temia ter de realizar um acesso central, e soltou um suspiro de alívio ao perceber que não seria o caso. posicionou o cateter e realizou a sua inserção, a agulha sendo retirada antes de colocar o esparadrapo para a sua fixação. “pronto!” exclamou, virando o rosto na direção de martina a tempo de ver que o guindaste se aproximava. “meu deus, finalmente! vamos, vamos!” não evitou uma pequena comemoração, se erguendo do chão para falar com martina. “podemos fazer algo mais por ela por enquanto, ou só resta esperar? ela deve ser encaminhada com urgência à doutora vaughn quando chegar no hospital.”
Dentre todos os casos que já havia atendido, aquele parecia um dos mais graves e o mais complexo de todo o dia. Martina já havia feito sua avaliação da vítima nos poucos minutos que compartilhou com Chloe ao observarem-na pela janela do carro. Entretanto, a médica decidiu deixar a residente conduzir a situação inicial, considerando um grande ensinamento da prática de como socorrer pacientes com objetos perfurantes. Assim que levou do chão, a médica passou a gritar ordens de comando aos outros paramédicos e bombeiros, praticamente ordenando que trouxessem um guindaste para conseguirem retirar parte do metal do carro e socorrer a mulher plenamente. Ao receber a confirmação da equipe de que estavam vindo com o material necessário, percebeu Chloe a chamando e, no mesmo instante, caminhou até ela com passos rápidos, a irritação com a equipe se dissipando para uma expressão de total atenção. — Perfeito, bambina, sim, você está correta. Vítimas que sofreram algum tipo de perfusão precisam ser removidas para o hospital mais próximo com o objeto ainda preso ao corpo. Ainda não temos certeza se atingiu a femoral, mas é um bom palpite. Vamos estabilizá-la enquanto a equipe do guindaste chega. Pedi material para transfusão de sangue nesses casos, precisamos repor o que ela está perdendo. Consegue fazer um acesso e iniciar a transfusão de emergência?
#𝐅𝐈𝐋𝐋𝐄𝐃 𝐔𝐍𝐃𝐄𝐑 ›› threads.#evento 01.#arsonheart.#socorro tinha ficado perdida#e perdão que ficou péssima pelo horário
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a reação automática de jacob, ao escutar o tom de voz afetado de martina, foi revirar os olhos. “com esse carinho que você tem por mim, eu fico até mexido. muita consideração na hora de me jogar pra merda.” retrucou, um tom divertido ainda se apresentando em sua voz conforme as palavras iam. não se incomodava com as implicâncias de martina - na esmagadora maioria das vezes, ao menos -, já que se divertia as devolvendo. sempre fora assim, com a rivalidade entre sua área e a dela os acompanhando desde o princípio. “na minha aura, di palma? vai me recomendar ir fazer mapa astral ou leitura de tarot junto?” questionou, tendo de rir. “posso ir pra terapia quando você for, que tal? marcamos sessão dupla num psicólogo daqui, prometo segurar sua mão e tudo nos momentos difíceis de auto reflexão.” assentiu com a cabeça, tal como se realmente considerasse a seriedade da proposta. uma gargalhada escapou de seus lábios com o comentário dela sobre os residentes. “e depois eu que sou cruel, martina. não quer me emprestar um dos seus? tô querendo mudar a sala e ia me servir alguém pra arrastar móvel.” brincou, bebericando o café em sequência. “eles continuam falando, então, vou seguir feliz na minha ignorância. e tá me chamando de sem coração? saiba que eu sou um cara muito sensível, martina. assim até me magoa.” devolveu com uma perceptível ironia. enquanto tomava mais do café, a reação de martina fez com que semicerrasse os olhos. “você tá bem longe de ser a primeira ou a última pessoa com essa cagada no histórico, vai passar.” e aquele era o melhor que conseguia fazer para consolar uma pessoa - embora não imaginasse o verdadeiro motivo daquela reação. “é por isso que viro um monge celibatário antes de sair com qualquer pessoa desse hospital por livre e espontânea vontade.” não conteve uma careta. “ainda bem, me doeria você não ver que um dos seus faxineiros tá flertando com neuro ultimamente.”
A italiana levou a caneva aos lábios, bebendo um gole generoso do café antes de começar a responder o neurocirurgião em um tom de falsa simpatia, mas que se marcava principalmente pelo sotaque e pela expressão de compaixão em seu rosto. — Sabe o que eu acho? Eles se sentem pressionados porque você é um chato de galochas. Mas eu falo isso de coração! — Levou a destra até a altura do peito, fingindo estar afetada. — Que tal trabalhar mais nessa sua aura, hein? Terapia ajuda! — Novamente bebeu um gole do café, antes de voltar a prosseguir em seu tom de voz normal, suprimindo uma risada ao pressionar os lábios. — Não pode acusar de trabalho escravo, e bem... Melhor eles limparem a casa do que não terem uma. — Aproveitou a mão livre para apontar para a própria cabeça, em uma expressão de que tinha feito um grande ponderamento. — Eles sabem que você está prestando atenção, Sutherland... Você não é tão sutil quanto imagina. E claro, claro, vamos todos não ter coração, igual ao Jacob, assim todos os cardiologistas morrem de fome! — Dessa vez, a risada saiu leve, livre, genuína. A médica apoiou o quadril no balcão atrás de si, colocando a caneca ainda na metade sobre o mesmo, antes de frustradamente passar ambas as mãos no rosto, como se o ato fosse ajudar. Jacob estava certo, falar das cagadas alheias não tinha tanto peso quanto lidar com as próprias. E Martina? Estava praticamente em um esgoto. — Uma? — Uma risadinha irônica saiu dos lábios da italiana, seguida de um sussurro quase imperceptível: "imagina duas...". O momento passou em um borrão, e a cardiologista praticamente engoliu a frustração ao rir do dedo apontado para ela, retornando a pegar sua caneca do balcão. — Você sabe que eu vou voltar, não sabe? Meu afastamento é provisório, caro mio.
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sorriu largo para a cirurgiã - não tinha jeito, tinha uma carinho muito grande pela mulher. a forma calorosa com a qual a italiana agia lhe trazia conforto, quase lhe deixando a vontade para deixar seu lado portoriquenho aparecer. cogitou levantar de onde estava para acompanhá-la no café, mas ao mesmo tempo que estava cansado, não sabia se seu corpo aguentaria mais uma dose de cafeína - suas mãos logo começariam a tremer. “ — bem, com o meu salário de residente eu não consigo ir nem até o outro lado do rio, quem dirá na itália.” comentou, atuando uma feição amuada. “ — vai dizer que eu e a chloe não seríamos excelentes companheiros de viagem? se a gente se organizar, dá certo…” em seus sonhos, pelo menos.
Não pode evitar o leve tapa que depositou no ombro do jovem, antes de revirar dramaticamente os olhos enquanto caminhava até a máquina de café, enchendo uma das canecas disponíveis e apoiava o quadril no balcão, cruzando os braços.
— He-he, nunca viu palavras mais bonitas... abusato. — Resmungou como uma velha, que não negava ser, terminando por uma palavra em sua língua natal. Levou a caneca aos lábios, bebendo um generoso gole do café quente, antes de prosseguir. — Primeiramente, as férias de residentes são alocadas por período, então não teríamos como juntar todos. Além disso, quem disse que eu tenho como pagar para todos vocês? Já os hospedo aqui na América, vou carregar essas malas sem rodinha para Napoli também?
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fletcher nem piscou diante da provocação de martina sobre o sangue - aquele não era o tipo de coisa que o abalava, se permitindo soltar um risinho irônico, mas sua postura mudou junto ao tom dela. o desespero nos olhos da paramédica fez seu estômago afundar antes mesmo que ele visse o ferimento.
ele não precisava que ela terminasse a frase.
fletcher se inclinou, olhos afiados captando cada detalhe. pele aberta, carne exposta, um fluxo pulsante e rápido demais. ruim. muito ruim. as mãos calejadas se moveram no instinto, pegando as gazes e ajudando a estancar o sangramento enquanto a mente já rodava em planos alternativos. o tempo sempre era o inimigo em situações assim - e aquele homem não tinha muito.
“ — mudança de planos.” ele ergueu o olhar para martina, já puxando o rádio. “ — quero essa ambulância aqui agora. ele não aguenta esperar.” o ruído de estática respondeu antes da confirmação, mas fletcher já estava de volta ao paciente, mantendo a pressão. “ — a ambulância está chegando…” avisou a martina, mesmo não sendo necessário realmente necessário - ela tinha ouvido a resposta no rádio.
— Apenas fazer meu trabalho. — Retrucou de volta, mas seu tom estava mais concentrado do que anteriormente, qualquer mínima irritação se esvaindo a medida em que suas mãos seguravam firmemente o capacete comprometido. — Chame reforços, esse aqui vai precisar ir para o hospital o mais rapidamente possível. Vai precisar de uma ressonância de urgência.
Observou o posicionamento de ambos, Tenente e ela, antes de acenar com a cabeça autorizando a retirada do capacete. Juntos, com calma e destreza de quem já havia feito isso antes, retiraram com cuidado, descartando próximo ao que voltavam ao trabalho.
— Bisturi. — Murmurou para a paramédica ao lado, antes de voltar para o tenente em um tom mais divertido que antes. — Feche os olhos se não aguenta ver sangue, Tenente, porque aqui vai sangrar e muito.
O rosto expressivo de Martina que já demonstrava mais calma ao ver o ferimento logo se fechou por completo, os olhos demonstravam um certo desespero assim que cruzaram com os do homem, antes de abaixar a cabeça para que ele pudesse ver a gravidade do ferimento.
— Tenente, eu… acho que…
#𝐟𝐥𝐚𝐦𝐞𝐬 𝐚𝐧𝐝 𝐚𝐬𝐡𝐞𝐬 ⇋ interactions.#𝐟𝐥𝐚𝐦𝐞𝐬 𝐚𝐧𝐝 𝐚𝐬𝐡𝐞𝐬 ⇋ evento 01.#arsonheart.#nao faço ideia do que to fazendo
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Era como abrir uma capsula do tempo. A silhueta em posição de repouso e o semblante cansado de Martina lhe traziam a nostálgica memória das diversas vezes em que se encontravam no repouso ou por vezes, corredores do Grey-Sloan em uma outra situação. Em parte, Mik`ael entendia como a mudança de ares se fazia necessária após uma brusca mudança. Mas, céus, como sentia falta de Martina no trabalho. Era como se de alguma forma, pelo tempo que se conheciam e a retaliação que ela tinha não apenas com ele mas, com sua familia, não precisasse de muito para ser compreendido. E, melhor que isso, sentia que sempre gastava menos energia perto da amiga porque nunca precisava se lembrar de ser menos… estranho. — Acho que eu e você continuamos tendo visões muito diferentes de um retiro espiritual e juro, se quiser fugir para um spa ou coisa do tipo, eu consigo me reprogramar com um mês. — Respondeu, enquanto o corpo adentrasse a porta aberta, fechando-se atrás de si. — Não quero ser essa pessoas de te dizer para voltar para um lugar que voce precisa de distancia mas, a ala inteira sente sua falta e eu digo isso com a propriedade de quem escuta as lamurias da Esther. E do meu avó, que quer encaminhar todos os velhos amigos para você. Eu acabei tendo de me virar sozinho hoje e juro, fiquei há dois micro lapsos de matar o Patrick. Ele me fez ir a sala dele para me contar que um dos plásticos está tendo um caso com a uma das supervisoras da fisioterapia. E agora eu tenho medo de citar nomes para alguém, perdi 30 minutos nisso e, não sei se eu deveria dar um toque, ficar em silêncio ou informar ao RH. Será que você poderia atropela-ló com a ambulância antes de voltar para a base? — Rolou os olhos enquanto uma risada baixa escapava. — Eu sinto sua falta, de verdade.
closed starter, @mweingartnermd — após acidente
"I'm not tired. I'm just... Exhausted."
Sentados sobre um dos sofás disponíveis na sala de descanso dos médicos, Martina se perguntava o que ainda estava fazendo no hospital, quando deveria ter ido para casa, quando a voz de Mik'ael chamou sua atenção, a tirando de seus pensamentos confusos e muito, muito mesmo, cansados. Uma risada baixa deixou os lábios da italiana, enquanto sacudia a cabeça tentando processar uma resposta mais concisa do que um murmurar.
— Eu já estou cansada e exausta... Acho que estou ficando velha para essa coisa de salvar vidas em meio ao perigo. Assim, eu sei que eu que escolhi tirar esse retiro espiritual fora do hospital, e eu até que gosto da adrenalina pulsando nas veias. Mas depois de um dia como hoje? Voltar a atender aqui parece tão mais tranquilo.
A médica suspirou pesadamente, a cabeça permanecendo apoiada no encosto do sofá quando a virou levemente em direção ao infectologista, o cutucado com a mão livre.
— Mas e você, Mikey? Está exausto somente pelo dia ou tem algo passando por essa sua mente brilhante? Sabe que pode me falar tudo né?
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Entre ordens gritadas por médicos e bombeiros, o som de sirenes, o barulho dos alarmes de carro e o caos generalizado entre as vítimas, Eileen mal conseguia ouvir os próprios pensamentos. Corria de um carro para o outro, ao lado de macas e carregando crianças no colo, auxiliando outros médicos a estabilizarem os pacientes antes de levá-los às ambulâncias. No entanto, sua audição não falhara quando ouvira um choro infantil à distância, um som que escutava quase todos os dias de sua vida e que havia aprendido a nunca ignorar.
Avistara a criança próxima a uma ambulância, sentada e, aparentemente, sozinha. Eileen apressou o passo para alcançá-la, mas, antes que pudesse — e para seu alívio —, uma figura familiar a encontrou primeiro. Ela se aproximou a tempo de ouvir Martina perguntar à criança onde estava ferida, e se agachou ao seu lado para ajudá-la, não deixando de lançar um sorriso à amiga quando comemorou sua chegada.
“Oi, querido. Eu sou a Dra. Eileen, e essa é minha amiga, Dra. Di Palma. Nós estamos aqui para te ajudar, ok? Posso dar uma olhada nesses seus machucados?” A cirurgiã apontou com o queixo para os arranhões da criança, e apenas começou a examiná-los quando ela balançou a cabeça em permissão. Eileen tratava seus pacientes com o mesmo respeito que trataria qualquer adulto: era doce e gentil, mas jamais afinava a voz ou os tratava como estúpidos; os examinava com cuidado, mas apenas depois que permitissem que ela os tocasse; e os explicava tudo que precisavam saber, ainda que em uma linguagem que pudessem compreender.
O garotinho em questão não aparentava ter sofrido lesões graves, somente pequenos arranhões que, provavelmente, foram ocasionados por vidro quebrado. Enquanto o examinava, ele respondeu à pergunta de Martina: o pai lhe deixara próximo à ambulância e pedira para que o esperasse enquanto tentava ajudar sua mãe, desacordada. Ao menos, foi o que Eileen conseguiu entender da explicação, cortada por choro e soluços.
“Ok, querido, eu vou precisar do seu nome e o do seu pai para encontrá-lo, tudo bem? Você pode me dizer isso?” Perguntou Eileen, ainda abaixada. “E, se você puder nos dizer como ele é ou o que estava vestindo, isso nos ajudaria muito.”
closed starter, @bradburymd —
Criança com aproximadamente 7 anos, leves escoriações, chorando longe dos pais.
O som de choro de uma criança ecoava ao redor enquanto a paramédica terminava de enfaixar um dos feridos sobre uma maca. Seus olhos varreram ao redor procurando a pequena figura que chorava copiosamente mas com o caos ao redor, as diversas vítimas e profissionais correndo tampavam seu campo de visão totalmente.
Martina terminou de estabilizar o braço quebrado da vítima e apenas deu um aceno de cabeça para o outro paramédico que a acompanhava antes de começar a procurar a origem do choro. Uma criança ferida era algo que deveriam ter visto, certo?
Aparentemente, não. A médica encontrou o menino de aparente sete anos sentado ao lado de uma ambulância, escondido dos demais. Vulnerável, chorando e completamente arranhado pelo acidente, a criança deu um pulo ao ouvir os passos da médica se aproximando. Com um jeito totalmente maternal, Martina sorriu docemente para ele, levantando as mãos enluvadas em sinal de amenidade, mostrando que não era um perigo para ele.
— Bambino… você está ferido? Onde dói para a tia te ajudar? — Mal havia terminado suas palavras quando ouviu passos de aproximarem da cena, virando-se a tempo de ver Eileen abaixando-se ao lado do garoto. Cruzou olhares com a médica amiga, demonstrando preocupação com a criança já que não havia o examinado ainda. — Graças a Deus! Alguém que sabe lidar com pequenos assustados!
Um sorriso de tranquilidade pintou os lábios da italiana que, seguindo a médica mais nova, também agachou-de próxima ao menino.
— Consegue contar para as tias o que houve com você?
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Uma sobrancelha se ergueu, o sorriso ainda se mantendo nos lábios de Jacqueline enquanto ela encarava Martina da cabeça aos pés, os braços se cruzando na frente do corpo, com aquele pequeno ar arrogante que simplesmente não saia dela, nem se apanhasse. "Ah, eu não estou no seu caminho, meu bem. Pelo contrário, pelo contrário." Disse, negando com a cabeça. Grey tirou do bolso a credencial do hospital de forma calma, toda sorridente. "Estou no meu local de trabalho. Acredito que outra pessoa está perdida no próprio caminho." Ela ronronou, se aproximando de Martina novamente, o corpo ligeiramente inclinado. "Nós duas sabemos quem sempre deixou a emoção agir acima da razão, não é?" Grey continuava com as ofensas e questionamentos que não esperava, ou melhor, não se importava com as respostas, nunca se importou. "Volte para a sua casinha feliz, querida. Talvez os residentes que você adotou possam preencher o vazio que habita seu coração amoroso." A oncologista revirou os olhos teatralmente, passando por Martina esbarrando no ombro dela propositalmente, a cabeça erguida.
A italiana estava prestes a virar as coisas e dar por encerrada qualquer situação que acontecia quando sentiu a mão da ruiva segurar em seu braço. Num movimento um tanto desesperado, tentou puxar o braço de volta, sentindo o aperto de Jacqueline no mesmo instante.
Martina levantou o olhar da mão em seu braço para a médica que a encarava. Os olhos ardiam de pura raiva, um ódio que crescia dentro de si a medida em que Jackie a insultava. Diferentemente de sua conduta anterior, a médica desceu seu tom a um nível que poderia beirar uma ameaça.
— Toglimi di dosso le tue mani sporche, vacca. — Praticamente rosnou as palavras em sua língua natal, não se importando nenhum pouco se seria entendida ou não. Jacqueline estava ultrapassando um limite que Martina acreditava ter deixado bem claro que existia, nenhum contato a mais entre elas. Ignorou a risada da ruiva, assim como encarou firmemente a mesma no instante em que foi solta, as mãos subiram ao ar, gesticulando com a mesma raiva estampada em seus olhos. — E no que te importa se eu estou passando vergonha ou não? Saia da minha frente, saia da minha vida! O que você ainda quer de mim, Jacqueline? Por que ainda está aqui? Vá, vá para o diabo que a parta e me deixe em paz.
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Sendo a grande megera que era, Jacqueline soltou uma risada ácida ao ver o quanto Martina estava irritada, perdendo as estribeiras. Ela deu um sorriso quase diabólico, dando um passo para trás, enquanto via o Chefe da Obstétrica recolhendo a paciente e, praticamente, lançar um olhar acusatório para ela, mas a ruiva apenas abriu ainda mais o sorriso, os olhos se voltando para a italiana. "Tão irritadinha a nossa querida Tina." Jackie disse com uma voz carregada de sarcasmo. Num movimento um tanto repentino, a Grey agarrou o braço de Martina, a puxando para mais perto, o olhar se elevando sobre a cardiologista. "Aprendeu à xingar agora, Hannah Montana?" Questionou, apertando levemente o braço de Martina, se inclinando em direção à ela. "Se continuar gritando desse jeito, querida, você vai acabar tem um infarto, o que seria muito irônico, não é?" Jacqueline segurou o olhar em Martina por um momento, até perceber que as pessoas estavam encarando as duas. Com uma risada baixa, ela a soltou. "Talvez se você deixar de ser uma escandalosa, pare de atrair a atenção e passar vergonha, querida."
— Eu devo ter batido a cabeça quando eu inventei de me… — As palavras carregadas de veneno morreram nos lábios da italiana ao serem cortadas por um grito alto da vítima acamada. Martina sabia que estava sendo irracional, colocando a vida da paciente e de seu filho em risco por continuar naquela discussão sem sentido com Jacqueline. Nenhuma discussão com ela tinha resolução, não seria agora que teria.
— Vá pro inferno, Grey. — Foi sua resposta final, as mãos firmes na maca a puxaram de vez em sua direção, e estava prestes a empurrar a oncologista para longe quando a Chefe de Obstetrícia cortou o corredor em passos largos, tomando a maca das mãos da cardiologista r levando a paciente que ainda gritava por uma das salas de parto desocupadas.
De mãos livres, a italiana inevitavelmente virou-se novamente para a ruiva, e nesse momento, sem uma paciente a se preocupar, Martina sentiu quando o rosto se contorceu em completa raiva. Sua expressão corporal entrou em modo defensivo no mesmo instante, enquanto a destra subia com o indicador em riste e sua voz, muito marcada pelo sotaque, subia um tom acima.
— Quem você pensa que é para dizer que eu, logo eu, pinto e bordo com tudo e todos? Você não tem o direito de falar ou julgar a minha vida e o que eu faço com ela. — As mãos gesticulavam de modo descontrolado, como sempre que ficava nervosa ao ponto de perder o controle da situação. — Vá se foder, Jacqueline.
Sem esperar alguma resposta, a médica virou-se no mesmo instante que as palavras saíram de seus lábios, respirando fundo para se recompor.
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Jacqueline nem tentou evitar a risada sarcástica, chegando até mesmo à tombar a cabeça para trás em uma gargalhada exagerada. "Desde quando você ficou tão engraçada, Tina?" Questionou em um tom totalmente irônico, enquanto ainda tentava puxar a maca. "Você bateu a cabeça durante o resgate, bella? Esqueceu que você decidiu deixar essa instituição?" Jacqueline continuou, ignorando por completo o comentário de Martina, preferindo zombar do sotaque forte da paramédica. Ela nunca ouvia a italiana de qualquer forma, e aquela não seria a exceção, não quando a enxergava com certa inferioridade pela desistência do talento que tinha, apenas para se afastar de um homem. Justo de um homem. "Não me importo se você é o médica competente, Di Palma, eu me importo com a paciente. Pelo que eu me lembre, sua especialização é cardio. Essa menina parece que tem algum problema cardíaco, querida?" Grey arqueou uma sobrancelha acusatória, olhando para a barriga enorme que a paciente sustentava, junto com um gemido de dor e lamurias pelo feto que estava em seu ventre. "Eu vejo aqui uma médica que não trabalha mais o Grey-Sloan e que certamente não sabe o que fazer com uma grávida. Ou você acha que por ser paramédica agora te dá liberdade de pintar e bordar com tudo e todos?"
Desde que chegara ao local do acidente. Martina estava propositalmente evitando alguns médicos e profissionais do Grey-Sloan. Ela conseguiria lidar com eles? Perfeitamente. Ela queria lidar com eles? Obviamente não. Jacqueline era uma dessas pessoas que se a italiana pudesse, atravessaria a rua para não passar ao lado. Os motivos? Muitos para serem colocados à prova.
A verdade é que as mãos da paramédica seguravam firme a maca numa tentativa torpe de estabelecer domínio da situação, a paciente era dela e não da Grey. Ela era uma médica tão competente quanto, ou até melhor, não iria abaixar a cabeça e aceitar qualquer situação proposta por Jackie. Não naquele cenário, não mais.
— Não sei se sua memória te recorda, eu sou médica, Grey. Tão qualificada e competente quanto você. — O tom da italiana estava carregado de sotaque, e irritado e levemente saindo de seu controle ao citar o sobrenome da médica. Sua feições anteriormente irritadas se transformaram em uma risada sarcástica que se misturou aos gritos da paciente. — Você quer falar de responsabilidades e perdas? Você?
A médica puxou ainda mais a maca para si, esquecendo-se totalmente das roupas úmidas coladas ao corpo e do sangue quente que queimava sua face. A raiva misturada ao profissionalismo que não iria deixar ceder mediante ao cenário ao redor, principalmente por saber que eram observadas de perto por outras pessoas.
— A paciente é minha. Saia da minha frente, Jacqueline, eu não vou pedir novamente.
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“ver as cagadas de perto não é tão emocionante pra mim, mas, entendo.” riu baixo, acenando a cabeça em concordância. “cagada sozinha ainda é uma coisa, o problema é ter a chance de pedir ajuda e achar que sabe o suficiente pra da volta sozinho. é demais pra qualquer um.” ponderou, fazendo uma leve careta. se viessem questionar o que estavam fazendo de errado ou pedir ajuda quando percebessem que estavam completamente perdidos em uma situação, poderia até se estressar um pouco dependendo do que era - e reconhecia que precisava melhorar em termos de paciência -, porém, resolvia com muito mais boa vontade que uma decisão tomada sem supervisão e que beirava a negligência. “usando os residentes de faxineiros?” teve de separar aquela parte específica, achando graça. “com notícias, imagino que sejam fofocas. pra isso não preciso de nenhum dividindo apartamento comigo, já ouço mais que o suficiente quando juram que não estou prestando atenção.” revirou os olhos, e logo deixou uma risada escapar. às vezes, até atrasava sua interrupção da conversa para escutar o final das histórias. “bom gosto e cardiologia não funcionam em um mesmo mundo, martina.” retrucou. ergueu as sobrancelhas ao escutar as palavras dela, que inevitavelmente chamavam a sua atenção em certo ponto. “é, não vou dizer nada. a gente ainda fala das cagadas dos outros, mas se relacionar com uma pessoa da mesma área é uma das mais idiotas a se fazer.” e só o dizia por ter cometido a exata mesma burrice. pegou a caneca das mãos dela e tomou um gole longo antes de respondê-la - parando apenas para mostrar o dedo do meio. “uma pena que agora não tem mais a sua diversão pessoal. deveria roubar alguns dos seus protegidos, mas não vai ter a mesma graça se você só vier de visita. uma pena.”
Terminou de preencher a parte estipulada com as cápsulas de café suficientes para dois expressos fortíssimos, apertando os botões de início do processo e se virando para Jacob, o olhar um tanto nostálgico enquanto o respondia. — Sinto falta de ver as cagadas de perto, mesmo que depois sobrasse para mim. Acho importante que eles tenham contato direto, aprendam no dia-a-dia, mas não pedir ajuda é querer se queimar na residência, não acha? — Estalou a língua em desaprovação antes de balançar a cabeça, soltando um riso baixo e um tanto frustrado. — Ah, sim, inquilina! Sabe que eu genuinamente gosto? Eles me trazem notícias daqui, além de serem ótimos faxineiros no tempo livre. — O sotaque marcado ficando levemente mais perceptível a medida em que seu tom animava, assim como passou a gesticular enquanto falava. Uma risada mais alta soou assim que o tom de Jacob chegou em Martina como um jovem frustrado. — Talvez você precise bater mais seus olhinhos castanhos para ele, ou talvez ele apenas tenha bom gosto. — Na brincadeira, apontou para si mesma antes de esboçar um sorriso de satisfação, pegando ambas canecas das mãos do neurocirurgião e se virando novamente para a máquina de café, que apitava informando ter acabado o processo. — Não vou mentir que a rotina da estação pode ser frenética, mas a do hospital é bem pior... É como se eu estivesse de férias, fazendo trabalho comunitário. E bem... tem muitas coisas que me prendem ao Grey-Sloan... — Seu tom desceu uma oitava, parecendo cansado, mas logo foi mascarado ao voltar para a animação inicial, com as duas canecas cheias de café recém passado nas mãos. — Uma delas é te roubar residentes.
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tudo o que chloe conseguia pensar era que precisavam levar a mulher com urgência ao hospital - ou a mesma talvez não resistisse aos ferimentos e a brutalidade da batida que a acometeu. engoliu em seco, assentindo ao escutar as palavras de martina e agradecendo silenciosamente por não estar sozinha; sua companhia e conhecimento seriam o que a guiaria naquele momento. “pode deixar comigo.” não quis se estender para não perderem mais tempo, afinal, martina já se levantava para possivelmente chamar a equipe de bombeiros mais próxima. e esperava que eles pudessem ajudá-las com eficiência.
ergueu o corpo rapidamente e contornou o carro até o outro lado, se ajoelhando ao lado da janela que dava para a mulher. ou o que restava da janela, agora com o vidro estilhaçado quase por completo. realizou suas conferências primárias e tentou se manter o mais tranquila possível para não assustá-la, mas a situação parecia ainda pior do que imaginava em um primeiro momento. fez um sinal para chamar a médica, se levantando rapidamente para que não fossem ouvidas. “ela está completamente pálida, parecendo só ficar cada vez mais, e a pulsação está me preocupando bastante - está fraca. tenho medo de que o vergalhão tenha atingido alguma artéria dela.” o que só tornava a situação de remoção mais difícil. “essa mulher precisa ir o mais rápido possível para uma sala de cirurgia, e o jeito mais seguro… me parece sendo com o vergalhão ainda dentro. se não, corre risco de hemorragia.” esperou que a antiga atendente a corrigisse, caso estivesse interpretando errado, e prosseguiu: “procedemos já com a estabilização?”
A médica esperou pacientemente sua residente avaliar o cenário que se desenrolava à frente de ambas. Assentiu concordando com mais nova, abaixando seu tom de voz assim como Chloe para que somente ela ouvisse suas próximas palavras.
— Perfeita avaliação, bambina. Sim, ela está presa. Vamos chamar a equipe dos bombeiros para retirá-la com calma. — Suspirou cansada, passando a destra na testa para retirar uma camada de suor. Meneou a cabeça em direção à vítima, antes de prosseguir em um tom profissional, como se estivesse lecionando no hospital. — Vou pedir reforços, vamos para o lado dela. Quero que faça um levantamento rápido dos sinais vitais e a profundidade do ferimento na perna. Precisamos saber quanto de sangue ela já perdeu e estabiliza-la antes de movermos o carro.
Com isso, Martina levantou-se do chão, sinalizando para uma equipe de bombeiros mais próxima para que viessem ajudá-las no socorro. No mesmo instante, seu tom atingiu o nível de comando que usava em suas salas de cirurgia.
— Tragam um kit de primeiros socorros, eu quero uma bolsa de sangue O-, um catéter e pelo amor de Deus, cadê o pessoal do guindaste?
#𝐅𝐈𝐋𝐋𝐄𝐃 𝐔𝐍𝐃𝐄𝐑 ›› threads.#evento 01.#arsonheart.#se a chloe não sabe o que tá fazendo imagine eu KKKKKKKK
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o cenário que se desenrolava em sua frente era, provavelmente, o pior que havia encontrado em toda a sua residência. perceber o carro capotado e uma mulher claramente presa dentro a deixou embrulhada, escutar os seus gritos de súplica a transtornou de imediato assim que alcançaram os seus ouvidos; nem ver a figura de uma paramédica parada junto do carro a confortava o suficiente para evitar correr até lá e ver o estrago por conta própria e tentar auxiliá-la. certamente, com o carro virado e presa, deveria ter ficado presa no airbag ou com o próprio cinto, ou… bom, algo mais poderia estar a impedindo de ir e tentar quebrar o que restava do vidro para abandoná-lo. quando a figura abaixada virou-se para ela, foi quando chloe se deu de canto que era martina - sua amiga e mentora de uma vida, uma de suas pessoas favoritas em seattle. e, embora vê-la normalmente a deixasse mais segura, não evitou sentir ainda mais medo sobre a situação agora que os gritos estavam mais próximos. assentiu com a cabeça ao escutar as perguntas e respirou fundo, se abaixando para enxergar melhor através da janela do carro. “os braços estão vermelhos, o airbag provavelmente causou atrito o suficiente para causar lesões leves.” não era, nem de perto, o pior dos problemas dela, porém. “e…” engoliu em seco, franzindo o cenho. “uma barra está despontando da coxa, me parece ter entrado pela outra porta. um vergalhão de ferro da obra do cruzamento.” se aproximou um pouco mais de martina, não querendo que a mulher lhe escutasse. “como vamos tirar ela daqui? a barra atravessou a porta, ela está literalmente presa no carro.” tentou pensar em alguma ideia, mas estava completamente perdida. “talvez um alicate? vocês tem um? mas como não tornar tudo pior?” a mulher estava claramente morrendo de dor.
closed starter, @chloehuangs —
Vítima presa dentro do automóvel, possível penetração de barra de aço na altura da coxa.
Dentro de todos os cenários possíveis do acidente, Martina rezou piamente para não encontrar justamente o cenário que se encontrou no exato instante em que seus olhos fitaram o carro capotado, acompanhado de um choro copioso e gritos pedindo ajuda. Mesmo que a médica estivesse apenas começando a se acostumar com grandes tragédias - por seu pouco tempo como paramédica nos bombeiros -, sempre que encontrava alguma vítima tão ferida, seu coração acelerava e momentaneamente conseguia sentir um certo medo de perder o paciente antes mesmo de conseguir socorrer.
Naquele instante, quando seu corpo entrou em total modo de sobrevivência e correu até o automóvel virado, um leve frio subiu em sua espinha, temendo o que veria, a italiana rezou baixinho em seu idioma, enquanto se abaixava próxima da janela do carona, do outro lado da vítima.
Os olhos da médica escanearam a moça presa entre o volante e o banco, ignorando seus gritos por um instante para que pudesse avaliar qual era o estado da mesma quando uma figura se aproximou e abaixou a seu lado, assustando Martina no mesmo segundo. A cirurgia virou-se rapidamente para a pessoa, seus olhos arregalados ao perceber que era Chloe… logo a residente que mantinha carinho e acolhimento.
Não é que Martina duvidasse de sua pupila residente, mas o cenário a sua frente poderia ser demais para a jovem que ainda estava dando seus primeiros passos na medicina. A médica respirou fundo, acalmando-se momentaneamente para não assustar sua amiga.
— Bambina… — Seu tom de voz esboçava preocupação, ao mesmo tempo em que se recompunha e assumia seu papel de médica atendente, pigarreando levemente para que seu tom voltasse ao profissional, mesmo que seu sotaque estivesse um pouco mais forte que o normal. — Consegue avaliar a vítima? O que temos aqui, Chloe?
Seus olhos retornaram à vítima para que a residente fizesse o mesmo. A moça, na presença das médicas, diminuiu seus gritos para apenas súplicas, o que para Martina era um pouco pior do que o desespero inicial.
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a reclamação saiu arrastada ao passo que o santiago apertava a própria cabeça - suas têmporas latejavam e ele conseguia visualizar a enxaqueca lentamente tomando posse de sua cabeça. tinha vivido muitos dias intensos durante sua breve carreira como médico, mas nada como aquele dia - jurava que conseguia ouvir suas juntas rangendo a qualquer mínimo movimento.
“ — umas duas horas, ainda…” respondeu a pergunta de martina após olhar o relógio em seu pulso, pronto para começar mais uma rodada de drama quando a fala de italiana lhe arrancou um sorriso. “ — nunca vi palavras tão bonitas saindo da boca da minha senhoria.” brincou, arrumando a postura. “ — e cabe a você, ó grande martina di palma, nos levar para a itália nas férias.”
closed starter, @bennysantiago —
"I think could sleep for a week straight."
Espreguiçando-se sobre o sofá da sala de descanso do Grey-Sloan, Martina concordou com o residente soltando um grunhido de dor ao esticar a coluna. Ela estava completamente morta de cansada, e imaginava que os residentes também estariam depois de um dia tão difícil. O que ela ainda estava fazendo no hospital? Diria que apenas vigiando seus pacientes e nada mais.
A médica se levantou do sofá, caminhando pela sala até parar atrás do jovem médico, apoiando ambas as mãos em seus ombros e dando um leve aperto caloroso.
— Também dormiria, ragazzino, mas o dever nos chama. Falta muito para terminar seu plantão? Posso te dar uma carona para casa. E podemos pedir pizza, apesar de detestar isso que chamam de pizza aqui na América. — A médica ponderou por um momento, suspirando pesadamente de forma nostálgica. — Vocês realmente precisam visitar a Itália.
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