#ala primavera
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(vía Bolsa de tela con la obra «Colorful Wings» de 0penvimark)
Colorful Wings Alas de Colores Description: A spectacle of color and delicacy in each butterfly. Descripción: Un espectáculo de color y delicadeza en cada mariposa. Design/Diseño https://www.redbubble.com/es/shop/ap/163638158 Stores/Tiendas. https://www.redbubble.com/es/people/0penvimark/explore?asc=u&page=1&sortOrder=recent
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oi dengo! tenho dois pedidos então!!! Escreve algo com o Anton (friends to lovers) e algo com o jisung (você decide)
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ(Ele tá tão 🤏 nessas fotos, dá vontade de chorar)
about content: estupidamente fluffy, é tudo que eu tenho a dizer!
ㅤㅤㅤㅤw.c: 1.5k
•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•
notas: confesso que comecei a escrever essa só com esse “friends to lovers” de bússola, daí eu tava ouvindo “Love 119” e isso acabou fluindo dessa forma, espero que vocês gostem!
(OBS: tenho um plot do Jisung que dependendo do andar da carruagem, saí em breve, então me aguarde 🙏)
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤBoa leitura, docinhos! ♥️
Você trancou a porta principal da sua casa com todo cuidado do mundo enquanto segurava um par de tênis all star porque ficou com medo de acordar seus pais no caminho do seu quarto até às escadas e finalmente à entrada da residência, Anton desviou o olhar do seu visual composto por um vestidinho e um casaco fino que servia mais como complemento do que para te proteger do frio – levando em conta que o clima daquela madrugada era ameno, típico de uma noite de verão – para os seus olhos que formavam uma meia lua devido ao sorriso completo que você colocou nos lábios, rosados por um gloss com um cheirinho adocicado de frutas vermelhas.
Você se sentou no primeiro degrau dos dois que levavam até a sua porta, para calçar os tênis e esconder os morangos das suas meias, mas Anton foi mais rápido e se ajoelhou diante de você para amarrar os cadarços, ele fez exatamente como costumava fazer quando vocês eram crianças, um nó, duas orelhas de coelho e um laço, o que te fez mexer nos cabelos dele como se tivessem voltado para o jardim de infância.
Anton elevou o olhar ao terminar de colocar seus sapatos feito o príncipe encantado de “Cinderela” e te estendeu a mão, ainda sem trocarem nenhuma palavra com receio de alguém acordar, sua Alexa despertar ou os aspersores do jardim serem de repente ativados. Então, vocês só come��aram a falar quando a fachada da sua casa já não podia mais ser observada.
— Por que você me avisou de última hora que foi convidado pra uma festa do Wonbin? — Você questionou ao seu melhor amigo desde... o berçário? Vocês dois sempre achavam que era fantasia das suas mães, mas elas juravam de pés juntos que vocês viviam com os rostos virados um para o outro nos berços daquela ala específica do hospital, elas contavam que mesmo que as enfermeiras trocassem vocês de lado, ainda assim encontrariam um jeito de direcionar seus rostos em direções favoráveis para espionar um ao outro, mesmo que os olhos mal dessem menção de se abrirem. Daí pra frente vocês cresceram juntos, brincaram juntos, estudavam juntos, sempre davam um jeito de incluir um ao outro nas suas atividades.
Você cresceu com um perfeito modelo de cavalheiro ao seu lado que te tratava feito uma princesa a maior parte do tempo e vivia te sujando de sorvete de iorgute da sorveteria favorita de vocês.
— Porque eu fiquei com medo de você ficar chateada comigo por causa desse novo círculo de amigos — Anton confessou desviando de uma lixeira na calçada. Você negou com a cabeça, mesmo que por dentro estivesse morrendo de ciúmes dos seus novos amigos, principalmente das garotas que não sentiam vergonha em flertar com o Lee na luz do dia, mas serem correspondidas por um sorriso tímido e um aceno de despedida, o que era um tanto quanto frustrante — Você não tá brava comigo, tá?
— É claro que não, Anton — Anton desde criança sempre foi famoso entre as garotas, no entanto isso tomou uma proporção maior quando vocês completaram dezesseis primaveras, e você começou a sentir um incômodo na barriga toda vez que alguma garota lhe pedia ajuda com uma questão de matemática ou a como posicionar o violoncelo nas aulas do clube de música, quer dizer, você era péssima cantando e Anton sabia devido a sua cantoria de Taylor Swift que ele conseguia escutar da casa ao lado, entretanto você se obrigou a aprender tocar o triângulo só pra espionar suas interações — Eu achei que eu era a amiga descolada da relação, mas você tá me dizendo que não. Esse título é seu.
3 anos. Você estava guardando uma confissão e esperando o melhor momento para dizer para Anton que o queria como seu namorado fazia cerca de 3 longos anos, perdendo grandes oportunidades por puro medo de perdê-lo, fitando vez ou outra por tempo demais os lábios que você presumia serem muito macios e com gostinho do lip balm de coco que ele utilizava todos os dias e que deixava seus lábios levemente brilhantes.
Inconscientemente era isso que você estava fazendo, esperando que ele não reparasse no brilho dos seus olhos, nas vezes em que você tinha que parar de falar para engolir a saliva porque tinha se perdido novamente nos olhos atentos de Anton e precisava se lembrar do que estava falando para não parecer estranho.
— Eu tive um sonho estranho hoje — Ele disse, a luz amarelada dos postes iluminando seu rosto e de alguma forma ressaltando cada vez mais a beleza dele — Sabe aquele filme? O bom dinossauro?
Você sorriu, escutando-o comentar sobre seus sonhos esquisitos dignos de uma mente criativa como a dele, como quando vocês montavam cabanas improvisadas no quarto de Anton e compartilhavam desejos de crianças, sonhos e pesadelos que faziam com que vocês dormissem entre os pais na madrugada. Você tinha essas lembranças gravadas a ferro quente na sua memória, do pijama de botões com estampa de nuvens de Anton, da lanterna que projetava pequenas estrelas no céu de lençóis. Estrelas que ainda existiam, nos seus olhos toda vez que o vislumbrava.
Anton Lee segurou sua mão quando entraram na festa lotada de Wonbin, onde se podia ouvir uma música moderadamente alta, muitas vozes e consequentemente muitas risadas vindas dos diferentes cômodos da residência.
— Você tem que ver os fundos daqui — Anton parou de andar de repente e de te guiar por entre as pessoas para te falar no ouvido enquanto a mão direita descansou suavemente e inocentemente sobre a sua cintura, roubando todo seu fôlego por alguns segundos, queria que ele permanecesse daquela forma, com o corpo próximo o bastante para você sentir o cheiro da fragrância de laranja e limão, com um toque amadeirado que você não esperava sentir nele. Por um instante, você pensou que ele sentira as faíscas quando te envolveu num olhar beirando o penetrante e aumentou a pressão no lugar onde te segurava, fazendo com que você se achegasse um pouco mais e quase pisasse no seu pé por puro nervosismo, mas isso só aconteceu para te livrar de um esbarrão.
— É uma piscina — Você constatou sorridente.
— Uma piscina — Anton repetiu com a mesma animação presente na sua voz.
— Anton! Você não vai entrar, não? — Shotaro perguntou da piscina, conforme Anton se aproximava para cumprimentar seus amigos e te apresentar para cada um deles, embora não fosse necessário já que vocês andavam grudados. Você e Anton amavam água, seja mar, rio ou piscina, na infância vocês contavam os dias para poderem visitar a casa de praia dos pais de Anton afim de passarem semanas debaixo de muito sol, protetor solar e muitos refrescos com direito a mini guarda-sóis na borda do copo.
Inesperadamente, Anton assentiu para Shotaro, se livrando da calça jeans e da camisa branca para acompanhar os amigos nas brincadeiras que eles faziam no interior da piscina, você se conteve em se sentar na borda, fitando os cabelos molhados do Lee que ocasionalmente ele tentava colocar para trás com um balançar de cabeça. Anton parecia um legítimo peixinho toda vez que adentrava numa piscina feito aquela.
Depois de quase levar um caldo de Eunseok e Sohee e de mais algumas pessoas que você não fazia ideia de quem eram, os garotos deixaram o quintal para buscar alguma coisa para beber e Anton permaneceu, nadando de uma extremidade até a outra ao passo que as pessoas iam saindo.
Ele impulsionou o corpo pra cima e se sentou bem ao seu lado na borda.
— Lembra quando você sonhou que era uma tartaruga na sua vida passada? — Anton concordou com as mãos espalmadas no chão — Então, eu acho que foi uma visão.
Anton riu baixinho anuindo com a cabeça com veemência, resolvendo te olhar nos olhos uma outra vez naquela noite, com a mesma intensidade que ele utilizou momentos antes dentro da casa, quando a música estava muito próxima dos seus ouvidos, você levantou a mão em direção a bochecha do seu melhor amigo, acariciou alí calmamente, e nessa hora do campeonato, o peito de Anton ia e vinha numa velocidade que você nunca tinha se deparado, a chance dele poder eventualmente retribuir seus sentimentos te encheu tanto de esperança que você se inclinou suavemente, beijando-o nos lábios brevemente, temendo uma reação.
— Por que você parou? — O Lee segurou suas bochechas inicialmente, unindo os lábios de vocês num beijo mais caprichado e envolvente, descendo uma das mãos para a sua nuca ao mesmo tempo que a outra encontrava sua cintura novamente e dava aquele mesmo apertão de antes, só que mais acentuado e preciso, você foi a primeira a se separar buscando ar e perdendo-o novamente com as bochechas vermelhas de Anton.
— Me diz que isso não é um sonho — Você pediu, esfregando a ponta do nariz no nariz de Anton num evidente beijinho de esquim��, ele sorriu e fechou os olhos pra ter consciência de que quando os abrisse de novo, você não ia desaparecer.
— Não, felizmente não é.
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© Lucas Garcete, Emancipación, Malena y Kepletan (Emancipation, Malena y Kepletan)
Los pájaros pequeños tienen menor esperanza de vida y no les interesa mantener una sola pareja, mientras las aves de gran tamaño, más longevas y territoriales, pueden optar genéticamente por la monogamia.
Este último grupo los integran las grandes rapaces, cigüeñas, grullas o albatros, fieles a su pareja, sobre todo por razones ligadas al territorio, y son protagonistas de algunas de las historias de amor más románticas del mundo animal.
Un ejemplo de esta clase de amor son Malena y Klepetan, una pareja de cigüeñas croatas cuya hembra, herida en un ala, fue criada por un granjero, quien le construyó un nido al que dos años después llegó un macho.
Desde ese momento, Klepetan vuela cada año miles de kilómetros desde su área de invernada a encontrarse con su amada, con la que se reproduce con éxito cada primavera. Malena no le acompaña porque hace 22 años un cazador italiano rompió una de las alas, impidiendo que la cigüeña pueda volar de por vida.
Small birds have a shorter life expectancy and are not interested in maintaining a single partner, while large birds, which are longer-lived and territorial, may genetically opt for monogamy.
This last group is made up of large birds of prey, storks, cranes or albatrosses, faithful to their partner, especially for reasons linked to the territory, and are protagonists of some of the most romantic love stories in the animal world.
An example of this kind of love is Malena and Klepetan, a pair of Croatian storks whose female, injured in the wing, was raised by a farmer, who built her a nest where a male arrived two years later.
Since then, Klepetan flies thousands of kilometers from his wintering area every year to meet his beloved, with whom he successfully breeds every spring. Malena does not accompany him because 22 years ago an Italian hunter broke one of the stork's wings, preventing the stork from flying for life.
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Cuando ya no me quieras
Cuando ya no me quieras
Cuando ya no me quieras, no pronuncies nada.
Deja que el silencio hable por ti,
un silencio elocuente que grite a los cielos
la verdad de un amor que se ha ido.
No mires a mis ojos, porque en ellos encontrarás la desolación,
el reflejo de un amor marchitado,
un espejo que devuelve la sombra del vacío.
No me toques, porque tu piel ya no sentirá el calor de mi alma.
Serán tus manos dos extraños sobre mí,
un frío contacto que hiela la piel.
No me pidas que me quede,
porque mis alas ya no me pertenecen.
Se han quebrado con la pena del adiós, y
solo me queda un cuerpo sin vuelo.
Seré el eco en el silencio,
la sombra que se funde en el oscuro sendero.
Entre los pliegues del tiempo,
perdido en el recuerdo,
hallarás mi presencia, como un susurro quedo.
Las estrellas testigos de nuestro amor yacen,
en el firmamento guardan la historia que nace.
Pero en el jardín marchito de los sueños,
se desvanece el aroma,
los besos son dueños.
Las flores en el lecho del olvido se marchitan,
entre pétalos caídos,
nuestros amores gritan.
Las páginas del tiempo escriben con crueldad,
el fin de nuestra historia,
la triste realidad.
Cuando ya no me quieras, déjame ir.
Suelta las amarras que me atan a tu puerto,
y deja que navegue hacia otros sueños,
en busca de un nuevo sol que ilumine mi camino.
No me retengas, porque soy un ser libre,
un ave que necesita volar para encontrar su cielo.
No me llores,
porque las lágrimas no traen de vuelta lo que se ha ido para siempre.
Recuerda los momentos felices,
las flores que brotaron en la primavera de nuestro amor,
y guarda en tu corazón la mejor parte de mí,
un pedacito de la alegría que compartimos.
Aun así, en la penumbra de la noche sin aurora,
mis versos clamarán tu nombre, sin temor a la hora.
Pues aunque ya no me quieras, en cada verso mío,
hallarás el eco eterno de un amorío.
En el rincón del alma, donde el amor persiste,
seré la luz que guía, aunque el destino insista.
Porque aunque ya no me quieras, en el fondo de mi ser,
tú serás el susurro que me haga renacer.
Adiós, mi amor. Que seas feliz.
Y que en tu horizonte se dibujen nuevos amaneceres,
llenos de luz y de esperanza,
porque la vida continúa,
y el amor siempre encuentra su camino.
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Como Casandra yo escuché tu paso en las baldosas de la galería. Como ella, adivinaba yo en los días y en la voz recurrente del ocaso lo que ocultabas y conozco tanto. Ciega, sola, atenta penetré en tu velado reino y consagré bajo sus plantas, al rencor, mi espanto. Transformabas el mundo en un desierto. Como a Casandra no quisiste oírme. Pensando junto al río sólo en irme, en la noche incesante busqué el puerto. Al ver los astros, con aristas, rojos, sabía que el infierno era mirarte y volver a tu lado y no olvidarte. ¡Ah, por qué no quemé más bien mis ojos! ¡Vanas son las mentiras y las guerras! Nuestros ojos traicionan nuestra cara; la vuelven transparente, fría y clara como el agua en la orilla de las tierras. No me perdonarás de haber llorado: no me lo perdonabas, yo tampoco. Tus noches y tus días los evoco. ¡Por qué con tanto amor me has engañado! Símbolos tiene la desesperanza, propiedades antiguas y suntuosas, A veces tiene cosas muy preciosas. Como la muerte, siempre nos alcanza. Con el rostro de piedra, de la ira, por tu amor me acerqué a sus pabellones. Ah, fue triste en los pérfidos frontones de sus oscuras torres tu mentira. Vi que en su primavera con glicinas, la languidez secreta de las ramas, las canciones del mirlo, las retamas, la vegetal constancia que germina, urden una ávida y común tortura a ejemplo de esos ramos en la muerte que simbolizan con un lujo inerte la soledad, el polvo, la locura. Vi al pie de las columnas los despojos de las fiestas en sueño, de la aurora; te seguí paso a paso, hora por hora, más que tu sombra guiada por tus ojos. Oscuros en tu cuarto me rodeaban los muebles habituales: los abismos labraban en desorden cataclismos mientras las furias su clamor callaban. En los iridiscentes labios rojos de alguna flor resplandecía el alma del céfiro purísimo en su calma: mas yo estaba cegada por tus ojos. La llanura, la nieve o la montaña me recibía reconciliadora: y persistía entre árboles sonora la dicha exigua que la duda empaña. Vi caras, muchas caras previsibles; todos mis diálogos fueron falaces; escuché de las voces los compases sin oír las palabras más sensibles; proyecté formas de mi destrucción. En las ciudades, en la calle sucia, en los sórdidos parques, sin astucia llegué al infierno con obstinación. Como alas nacen del cansancio arrojos busqué por todas partes el horror, el desencanto pacificador como los santos porque vi tus ojos. Y conseguí morir perfectamente sin ningún esplendor como soñaba sola en el iris gris que me aterraba viendo tus ojos incesantemente.
Silvina Ocampo.
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¿Qué mundos tengo dentro del alma que hace tiempo vengo pidiendo medios para volar?”.
-Alfonsina Stoni
22 de mayo de 1892
Natalicio de Alfonsina Storni
El 22 de mayo de 1892, en Capriasca, Suiza, nacía la poeta argentina, Alfonsina Storni. Nacida en el extranjero debido a los negocios cerveceros de su padre Sanjuanino, fue anotada con el nombre de Alfonsina Storni Martignoni. De regreso a la Argentina la familia comienza a padecer penurias económicas, prueban instalando un café en Rosario donde Alfonsina limpia y sirve las mesas. A los 12 años escribe su primer poema pesimista y desesperanzador, lo deja debajo de la almohada de su madre que al leerlo la somete a una golpiza para que entienda que la vida es bella.
La muerte de su padre y el desinterés de su madre por su manutención la obligan a trabajar en una fábrica de gorras y también como cantante y corista. Consideró en varias oportunidades quitarse la vida, pero al recibirse de maestra recuperó el amor por la vida y comienza a publicar sus primeros poemas en revistas de Rosario. Mientras aún trabajaba como empleada en una tienda se publica su primer libro "La inquietud del rosal". La publicación de su segundo libro "El dulce daño", llegar a directora de un colegio y hacerse conocida en los ámbitos literarios parecían elevar su autoestima, pero solo hicieron aflorar un comportamiento errático y neurótico. Cada libro que editaba era un éxito de crítica y motivo de admiración de sus pares, hasta Federico García Lorca no perdió la oportunidad de conocerla.
Tuvo una muy cercana relación con Horacio Quiroga, salían, leían y escribían juntos, aunque siempre negaron que su relación tuviera tintes amorosos, decían que era mutua admiración. En la cima de su carrera descubre que padece cáncer de mamas, su íntimo amigo Benito Quinquela Martín la acompaña a todas sus consultas y la apuntala anímicamente antes y después de su operación. La mastectomía a la que fue sometida, dejó tremendas cicatrices físicas y emocionales, si bien ella ya poseía un desequilibrio emocional, este se acrecentó hasta no poder dominarlo.
En octubre de 1938 se traslada al hotel de una amiga en Mar del Plata, escribió varias cartas a sus familiares y envió el poema "Voy a dormir" al diario la Nación. La madrugada del 25 de octubre se dirigió a la playa La Perla y ya no se la volvió a ver hasta que horas después dos obreros la encontraran flotando ya sin vida en las aguas de esa misma playa.
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Date a volar
Alfonsina Storni
Anda, date a volar, hazte una abeja,
En el jardín florecen amapolas,
Y el néctar fino colma las corolas;
Mañana el alma tuya estará vieja.
Anda, suelta a volar, hazte paloma,
Recorre el bosque y picotea granos,
Come migajas en distintas manos
La pulpa muerde de fragante poma.
Anda, date a volar, sé golondrina,
Busca la playa de los soles de oro,
Gusta la primavera y su tesoro,
La primavera es única y divina.
Mueres de sed: no he de oprimirte tanto...
Anda, camina por el mundo, sabe;
Dispuesta sobre el mar está tu nave:
Date a bogar hacia el mejor encanto.
Corre, camina más, es poco aquéllo...
Aún quedan cosas que tu mano anhela,
Corre, camina, gira, sube y vuela:
Gústalo todo porque todo es bello.
Echa a volar... mi amor no te detiene,
¡Cómo te entiendo, Bien, cómo te entiendo!
Llore mi vida... el corazón se apene...
Date a volar, Amor, yo te comprendo.
Callada el alma... el corazón partido,
Suelto tus alas... ve... pero te espero.
¿Cómo traerás el corazón, viajero?
Tendré piedad de un corazón vencido.
Para que tanta sed bebiendo cures
Hay numerosas sendas para tí...
Pero se hace la noche; no te apures...
Todas traen a mí...
-Alfonsina Storni
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Un sol
Alfonsina Storni
Mi corazón es como un dios sin lengua,
Mudo se está a la espera del milagro,
He amado mucho, todo amor fue magro,
Que todo amor lo conocí con mengua.
He amado hasta llorar, hasta morirme.
Amé hasta odiar, amé hasta la locura,
Pero yo espero algún amor natura
Capaz de renovarme y redimirme.
Amor que fructifique mi desierto
Y me haga brotar ramas sensitivas,
Soy una selva de raíces vivas,
Sólo el follaje suele estarse muerto.
¿En dónde está quien mi deseo alienta?
¿Me empobreció a sus ojos el ramaje?
Vulgar estorbo, pálido follaje
Distinto al tronco fiel que lo alimenta.
¿En dónde está el espíritu sombrío
De cuya opacidad brote la llama?
Ah, si mis mundos con su amor inflama
Yo seré incontenible como un río.
¿En dónde está el que con su amor me envuelva?
Ha de traer su gran verdad sabida...
Hielo y más hielo recogí en la vida:
Yo necesito un sol que me disuelva.
-Alfonsina Storni
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Quisiera esta tarde divina de octubre
Alfonsina Storni
Quisiera esta tarde divina de octubre pasear por la orilla lejana del mar; que la arena de oro, y las aguas verdes, y los cielos puros me vieran pasar.
Ser alta, soberbia, perfecta, quisiera, como una romana, para concordar con las grandes olas, y las rocas muertas y las anchas playas que ciñen el mar.
Con el paso lento, y los ojos fríos y la boca muda, dejarme llevar; Ver cómo se rompen las olas azules contra los granitos y no parpadear; ver cómo las aves rapaces se comen los peces pequeños y no despertar; pensar que pudieran las frágiles barcas hundirse en las aguas y no suspirar; ver que se adelanta, la garganta al aire, el hombre más bello, no desear amar...
Perder la mirada, distraídamente, perderla y que nunca la vuelva a encontrar: y, figura erguida, entre cielo y playa, sentirme el olvido perenne del mar.
-Alfonsina Stoni
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Mi mariposa
Creo que no se cuentos días pasan desde que te conocí, pasan rápido pero al mismo tiempo pasan lento, pasan como esa brisa repentina que sientes en tu rostro al caminar, pasan como una noche fría solitaria, pasan como las olas de aquel inmenso mar. Sé que me enamore de ti desde el día en el que te conocí solo que no lo sabia, algo en mi se iba moviendo cada que escuchaba tu risa o tu voz, cada vez que me acercaba más a ti me iba gustando lo que eras y eres. Vi en ti tormentas, lluvia, brisa, días soleados, arcoíris, primavera, otoño, verano, tsunamis, volcanes, auroras boreales y la infinitud de un cielo que al pisar la tierra no se ve ni el principio ni el final. Siempre te voy a elegir a ti mil veces así un día desaparezcas de mi o de la tierra para cumplir tu propósito, al final del día eso es lo que eres, una vez me dijiste que yo era esa mariposa que tenias pegada en tu cuadro de la cama y ahora pensándolo bien tu también eres una mariposa pero al mismo tiempo eres mucho más que eso, tienes todo para ser lo que tu sabes en tu corazón que debes ser. Perdoname por muchas veces por lo que soy, a veces siento que soy esa mariposa que con sus alas causa huracanes y como las polillas deja su polvito en cualquier lugar de la casa hasta que cuando te des cuenta estas estornudando en todo el lugar. Te amo y te amo como se aman en el diario de una pasión, te amo como romeo y julieta, te amo como desde el mismo cielo, te amo como nanami ama a tomoe, te amo como la historia de your name, te amo como se aman en el titanic, te amo como se quieren los gatos, te amo como lo siente mi corazón. Tal vez no son chocolates o algo por el estilo pero de verdad esto lo quise hacer con la mejor intención del mundo y con amor para ti. Perdoname por cerrar mis ojos cuando gritas por mi y por lastimarte con mi inmadurez. Solo quiero lo mejor por y para ti, quiero dejar de ser egoista y verte crecer como tu a mi, es tu momento de vivir. Te amo, feliz 14 de Febrero.
Guardare esto en el rinconcito de nuestros sentimientos.
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... ¡A aquello que invisiblemente te fortalece! <3 <3
"Mantente cerca de aquellos que te recuerdan quién eres.
Los que no te pondrán en marcos y no te expulsarán si eres diferente a ellos.
A los que disfrutarán que cantes, entiendan tu canción o no.
Además de aquel en el que te sientes valioso y apreciado.
Aparte de personas que no te convertirán en otro.
Aférrate a cualquier cosa que alimente tu camino.
A lo que invisible te fortalece.
Mantente cerca de la fuente que te da agua, porque habrá momentos en los que solo ella te alimentará.
Esa primavera que te recuerda que estás aquí por tu propio camino, no el de otra persona.
Quédate cerca de las personas que disparan tu visión y lado a lado caminas,
y no a los que cambian en tu contra como cambian las estaciones.
Todos tenemos una pareja en la vida y ella es la que parece un rebaño.
En el que cada uno extiende sus alas de manera diferente, pero todos permanecen en un rebaño.
Encuentra tu rebaño y vuela con él.
Cada uno tiene su propio lugar. " <3
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De mi universo o Au de Hadas no se si haré una historia como tal, pero tengo algunos datos hacerca de los personajes que tal vez les gusten.
Datos:
Aviva y Zach compiten entre sí para ver quein de los dos es mejor Artesano.
Martin y Chris casi quedan como hadas de los animales pero sus respectivos talentos sonaron más.
Koki conoció a Aviva cuando estaba custodiando una zona de la estación de primavera y justo la vio buscando materiales para un invento que se había roto. Tras esto, se volvieron sercanas.
Jimmy conoció a los hermanos cuando estaba volando y choco por accidente con ellos callando al agua, después de eso se volvieron amigos.
A Donita le gustaría saver porque las alas de los hermanos brillan cuando están serca, según ella deve haber otra explicación aparte de ser hermanos.
Gourmound trata de encontrar recetas de comida que no sean dulces aparte de la sopa, algo salado no vendría mal de vez en cuando.
Dabio y Donita se conocieron cuando ella estaba tratando de enseñarle a las luciérnagas a brillar, a él le dio curiosidad y se hacerco. Un susto más tarde y dabio se combirtio en el guardaespaldas de Donita.
A los hermanos les encanta ver como los animales cambian de estación, se esconden detrás de unas ramas para no asustarlos y los observan cruzar.
Paisley y Rex son vastante jóvenes a comparación del resto, por lo que cada que pueden le preguntan cosas a las hadas que vienen por polvillo o lo que necesiten.
Zach usualmente le pide a Chris si puede darle algunos materiales como hojas o espinas cuando se le acaban.
Jimmy conoció a Gourmound gracias a una comida salada que invento, la Pizza de Rúcula.
Chris y Martin desconocen que Donita los observa, aunque Martin una vez la vio mirando, ella huyo volando antes de que Martin pudiera decirle algo.
Jimmy ayudo a llevar con viento a Paisley al árbol de polvo pixie cuando era una recién llegada (esto no significa que se conozcan).
Conocen a
Chris conoce a Martin, Zach y Jimmy
Martin conoce a Chris y Jimmy
Aviva conoce a Koki y Zach
Koki conoce a Dabío y Aviva
Jimmy conoce a Martin, Chris y Gourmound
Zach conoce a Chris, Aviva y Donita
Donita conoce a Zach, Dabío, "Martin, Chris" y Paisley
Dabío conoce a Koki y Donita
Gourmound conoce a Jimmy
Paisley conoce a Rex y Donita
Rex conoce a Paisley
Amistades💛 y amor ❤
Chris y Martin 💛 no solo son hermanos si no también mejores amigo, se cuentan casi todo lo que paso en su día o tienen algunas aventuras juntos.
Aviva y Koki ❤ en un principio eran muy amigas pero con el tiempo esa amistad se volvió amor.
Jimmy y Gourmound 💛 uno cosina y el otro come, la amistad perfecta.
Chris y Zach ❤ no se lo an dicho al otro aun, solo disfrutan de su mutua compañía.
Dabío y Donita 💛 son amigos aunque Donita trata a Dabío como si fuera su sirviente.
Paisley y Rex 💛 son muy buenos amigos, se conocieron al poco tiempo que llegara Rex a nunca jamás.
Donita y Martin ❤ aunque no se conozcan como tal o se hayan presentado formalmente se nota el interés, además que desde esa ves que Martin la vio a querido conocerla y a preguntado a las otras hadas de la Luz por ella, se podría decir que tienen una gran curiosidad por el otro.
Jimmy, Chris y Martin 💛 son buenos amigos, se les puede ver jugando en el agua aveces.
Zach y Donita 💛 una linda amistad, aveces Zach le pode concejos a Donita sobre amor, ella no sabe que se trata de Chris, pero le ayuda igual (aunque si supiera que se trata de él lo más probable es que trate de conocerlo formalmente y preguntarle sobre sus alas).
Donita y Paisley 💛 son buenas amigas, Donita le da a Paisley consejos de moda o le cuenta algunas cosas, Paisley cada que descubre un dato nuevo lo anota en una hoja y va a contarcelo a Donita cuando termina su turno.
Personalidades.
(Al no vivir las mismas experiencias o por la propia naturaleza de las hadas, algunas personalidades fueron muy modificadas, espero no les moleste)
Chris: sigue teniendo la misma Personalidad solo que es un poco más delicado y se comporta más dulce.
Martin: no es tan desordenado, su personalidad está intacta, es mas protector con su hermano ya que no lo ve todo el tiempo.
Jimmy: no se desmaya o asusta fácilmente, pero si es un poco tímido a extraños.
Koki: esta más a la defensiva, siempre tratando de proteger a los que quiere, además salta a la mínima provocación.
Aviva: es igual, solo menos aventurera, disfruta de recoger o estudiar materiales.
Zach: no tiene el ego alto, es listo eh ingenioso pero algo reservado, le gusta la competencia, no hace trampas.
Donita: le gusta el amarillo y el rosa, también crea vestidos lindos para ella, después sigue teniendo la misma personalidad.
Dabío: es un poco más listo, a veces da comentarios hacertados, de resto igual a la serie.
Gourmound: no cosina animales, solo plantas, crea comidas saladas en su ligar, repite los platos más si son amigos los que lo piden, no le molesta cosinar las comidas normales de Hada, de resto es la misma personalidad.
Paisley: es igual a la serie, solo un poco más curiosa.
Rex: igual a la serie.
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Alas, very soon everything will disappear: the bird calls, the delicate blossoms. In the end, even the earth itself will follow the artist's name into oblivion. How beautiful the blossoms are—emblems of the resilience of life.
Louise Glück, from "Primavera"
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Tengo dos damas
ambas fieles y puntuales
tanto odian como aman
son cura y a la vez armas mortales.
Una me espera
está siempre pendiente
convierte en invierno mi primavera
cuando no estoy consciente.
Ella es la soledad
nunca llega tarde a la cita
esta al acecho en la oscuridad
mientras toma de mí lo que necesita.
aparece cuando no la espero
me hace suyo sin dudar
me lleva al desvarío y al desespero
pero despeja mi mente
y me invita a reflexionar.
La otra me acaricia
es tan cruel como tierna
está llena de avaricia
me habita y me destierra.
Ella es la nostalgia
no es tan triste pero es constante
unas veces calla y otras grita
junto a la soledad, es mi acompañante.
se apodera de mi alma
me desgasta y me desarma
agota por completo mi calma
me cobija entre sus alas.
Las dos parecen enemigas
pero lo cierto es...
que me refugio en ellas
las convierto en mis amigas
en mi corazón han dejado huellas
cuando la vida me desanima.
Estoy seguro
que me abandonarán algún día
para poder darle paso
al amor y a la alegría.
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If there's something you should know about me is that my go-to song for vibing with my OTPs is A contracorriente by Bustamante (mostly because the kind of ships I become obsessed with fit the general idea behind the song).
You can bet your sweet ass Yumalia is no exception, especially when the song has lines like:
"Que en la historia no hay nadie que cuente
De princesas con dementes"
"Nobody tells stories about princesses ending up with madmen"
"Ella es bella flor de primavera
Y yo una burda enredadera"
"She's a beautiful spring flower and I'm a coarse vine"
"Pero el corazón no entiende
Cuando la pasión lo asalta
Y logra de la nada lo imposible realizar
Nadé a contracorriente y aposté por nada
Jugué a cruzar el puente en solo una jugada
Y vine a descubrir que del amor se puede hacer un sueño realidad
Soñé a tocar el cielo sin tener alas
Y pude alzar el vuelo tras su piel dorada
Y ahora que te tengo cada madrugada
Sé que no hay reglas para amar
Alguien dijo el corazón no miente
Cuando es de verdad lo que se siente
Si el amor ataca de repente
No se piensa con la mente
Las apuestas van de veinte a cero
Y en la noche me robé un lucero
Es la historia de un amor sincero
Ella me ama y yo la quiero"
"But the heart does not understand
When passion assaults it
And makes the impossible come true out of nothing
I swam against the tide and gambled for nothing
I played to cross the bridge in just one move
And I came to discover that love can make a dream come true
I dreamed of touching the sky without wings
And I could take flight behind your golden skin
And now that I have you every dawn
I know there are no rules to love
Someone said the heart doesn't lie
When what you feel is real
If love strikes suddenly
You don't think with your mind
The stakes were twenty to zero
And in the night I stole a star
It's the story of a love that's true
She loves me and I love her"
Do you see my vision?? The longing, the euphoria after overcoming insurmountable odds and getting to be with the woman you love, the mentions of spending the nights together and how it all makes it feel more real, the impulsiveness love causes in all of us and that Yugo had to fight off because of his fears, the references to royalty and plants!!!
If this song doesn't have Yumalia written all over it, then I'll buy a cowboy hat and eat it.
#wakfu#wakfu season 4#wakfu spoilers#wakfu the great wave#wakfu la grande vague#yugo the eliatrope#amalia sheran sharm#yumalia#ankama#dofus#krozmos
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Camine hacia ti desnuda de alma, ataviada de estrellas, las olas del mar en mis ojos, la luz de luna trenzando mis cabellos, y mis labios pronunciaron tu nombre como una plegaria del corazón, y te entregué mi amor.
De la suavidad de mi pecho, hice un lecho para tu cabeza y del calmó latido de mi corazón, una corona de paz para tu frente. De mis palabras, un espejo para que te vieras a los ojos y recordarás tu hermosura y la sabiduría que late dentro de ellos. Con mis lágrimas hice una fuente para que bañaras tus alas, y las limpiaras de la brea que las ensuciaba. Y te ofrecí al cielo, pues el amor que te entregue es libre y puro, y tiene tu bien por estandarte y escudo.
La promesa de amor que te hice aquella primavera permanece en mí, y lato con tu nombre en mi centro. Mis brazos estan abiertos, mis labios deseosos de tus besos, mi cuerpo añora las caricias de tus dedos, mi alma, tus versos. Aquí espero por tí para que descubras lo tuya que soy, y lo mucho que te anhelo.
e.v.e.
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«Cuando te miro siento estar viendo todo cuanto quiero; aunque quiera poco, es mucho lo que veo cuando te miro: quizá mil millas a lo lejos, en un océano profuso, las procelosas aguas del pasado y el cosmos; el horizonte que se estrecha entre los árboles y los helechos; los pétalos de una triste caléndula que en primavera recuerda lo que un día fueron desgracias; el suave tacto de las alas de una mariposa; el pequeño sonido de las hojas de un libro replegándose sobre sí; la penumbra nebulosa que inunda los árboles balcánicos; y la tarde insoportable de un domingo de verano. Todo cuanto en ti veo es indeciblemente bello».
More.
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trick or treat! and *boop*
Hello there, darthvaporwave! I really, REALLY wanted this poem for you; it's quite long, sorry. As for the treat, dried fried plantains. They taste better than a banana; they are sweet, crunchy, and a great treat!
*boops you back*
Original poem in Spanish under the cut.
Llega en cada tormenta
¿Y no sientes acaso tú también un dolor tormentoso sobre la piel del tiempo, como de cicatriz que vuelve a abrirse allí donde fue descuajado de raíz el cielo? ¿Y no sientes a veces que aquella noche junta sus jirones en un ave agorera, que hay un batir de alas contra el techo, como un entrechocar de inmensas hojas de primavera en duelo o de palmas que llaman a morir? ¿Y no sientes después que el expulsado llora, que es un rescoldo de ángel caído en el umbral, aventado de pronto igual que la mendiga por una ráfaga extranjera? ¿Y no sientes conmigo que pasa sobre ti una casa que rueda hacia el abismo con un chocar de loza trizada por el rayo, con dos trajes vacíos que se abrazan para un viaje sin fin, con un chirriar de ejes que se quiebran de pronto como las rotas frases del amor? ¿Y no sientes entonces que tu lecho se hunde como la nave de una catedral arrastrada por la caída de los cielos, y que un agua viscosa corre sobre tu cara hasta el juicio final?
Es otra vez el légamo. De nuevo el corazón arrojado en el fondo del estanque, prisionero de nuevo entra las ondas con que se cierra su sueño.
Tiéndete como yo en esta miserable eternidad de un día. Es inútil aullar. De estas aguas no beben las bestias del olvido.
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Mis nervios están locos, en las venas la sangre hierve, líquido de fuego salta a mis labios donde finge luego la alegría de todas las verbenas. Tengo deseos de reír; las penas que de donar a voluntad no alego, hoy conmigo no juegan y yo juego con la tristeza azul de que están llenas. El mundo late; toda su armonía la siento tan vibrante que hago mía cuando escancio en su trova de hechicera. Es que abrí la ventana hace un momento y en las alas finísimas del viento me ha traído su sol la primavera.
Alfonsina Storni, "Vida"
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