#Vasto Mar de Sargaços
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O jardim
"O nosso jardim era grande e belo como aquele jardim da Bíblia. Ali crescia a árvore da vida. Mas tinha-se tornado selvagem. Os carreiros tinham sido invadidos pela vegetação e um odor de flores mortas misturava-se com o vivo perfume fresco."
Jean Rhys, "Vasto Mar de Sargaços"; pintura de Henri Rousseau.
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Jane Eyre - Charlotte Brontë
Jane Eyre – Charlotte Brontë
“Jane Eyre” é um dos mais famosos romances de formação da Literatura e a primeira obra de Charlotte Brontë que leio, justamente sua obra mais aclamada. Gostei bastante da escrita fluida da autora, mas comparando-a com a irmã, Emily Brontë (autora de O morro dos ventos uivantes), ela perde. Emily é mais transgressora e atrevida. Atributos que me encantam mais, principalmente numa escritora do…
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#Charlotte Brontë#Jane Eyre#Jean Rhys#Literatura#Literatura britânica#Literatura universal#Livros#Vasto mar de sargaços
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Ilustração de capa para o livro Vasto Mar de Sargaços, de Jean Rhys, pela @editorarocco. A segunda imagem foi a uma das opções de capa. https://www.instagram.com/p/CFwpDZ0Hhzn/?igshid=11lmyl35pxas6
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33 livros fundamentais escritos por mulheres
A Bula reuniu em uma lista os livros escritos por mulheres que marcaram a história da literatura e, ao mesmo tempo, promoveram mudanças estruturais na sociedade e também de pensamento — seja pelo teor da obra ou pelo simples fato de terem sido escritos por mulheres. A seleção reúne obras de diferentes estilos e gêneros, como os textos teatrais de Agatha Christie, reunidos em “A Ratoeira e Outras Peças”; o necessário livro “A Cor Púrpura”, de Alice Walker, que denuncia a condição das mulheres afro-americanas no início do século 20; e o romance erótico “Pequenos Pássaros”, de Anaïs Nin, cujas personagens centrais são mulheres. Os comentários são adaptações das sinopses das editoras.
A Condição Humana, de Hannah Arendt
No livro, Hannah Arendt pondera sobre como e porque foi possível o surgimento do totalitarismo. Além disso, a autora examina a relação entre totalitarismo e tradição, e como ele converteu-se em uma fenomenologia das atividades humanas fundamentais — ameaçando sempre a condição do homem em sociedade.
Vasto Mar de Sargaços, de Jean Rhys
Publicado em 1966, “Vasto Mar de Sargaços” é a obra-prima de Jean Rhys. Inspirado na personagem Bertha Antoinette Mason, a “louca do sótão” do clássico vitoriano Jane Eyre, de Charlotte Brontë, o romance dá voz à governanta caribenha vivendo na Inglaterra que, assim como a própria autora, sofria com as dificuldades originadas do choque entre culturas.
A Ratoeira e Outras Peças, de Agatha Christie
A autora, que tem seu nome inevitavelmente associado a romances e contos policiais, escreveu cerca de dezoito textos para teatro — alguns originais e outros adaptados de seus textos policiais. O livro “A Ratoeira e Outras Peças” reúne quatro deles: “A ratoeira”, “Os dez indiozinhos”, “Encontro com a morte” e “O refúgio”.
A Cor Púrpura, de Alice Walker
Vencedor do Prêmio Pulitzer em 1983, e inspiração para o filme homônimo dirigido por Steven Spielberg, o romance “A Cor Púrpura” retrata a dura vida de Celie, uma mulher negra que vive no sul dos Estados Unidos no início do século 20. Pobre e praticamente analfabeta, ela é abusada, física e psicologicamente, na infância pelo padrasto e, depois, pelo marido.
Pequenos Pássaros, de Anaïs Nin
“Pequenos Pássaros”, assim como “Delta de Vênus”, é a ficção erótica mais difundida de Anaïs Nin em todo o mundo. As histórias foram escritas na década de 40 e só publicadas em livro após a morte da autora, em meados da década de 70. Em “Pequenos Pássaros”, treze histórias trazem pessoas — sobretudo mulheres — que dão vazão à paixão e ao desejo sob todas as formas.
Noites no Circo, de Angela Carter
Da velha Londres às principais cidades do mundo, Sophia, mais conhecida como Fevvers — a maior trapezista do século — encantava plateias com suas asas enormes, sua malha cor-de-rosa apertada e seus saltos mais que mortais, impossíveis. Angelical e demoníaca, Fevvers vai contando sua história e hipnotizando o incauto jornalista que foi entrevistá-la.
Diário de Anne Frank, de Anne Frank
Publicado originalmente em 1947, o livro se tornou um dos relatos mais impressionantes das atrocidades e horrores cometidos contra os judeus durante a Segunda Guerra. A força da narrativa da adolescente — que mesmo com sua pouca experiência de vida foi capaz de escrever um testemunho de humanidade e tolerância — a tornou uma das figuras mais conhecidas do século 20.
O Deus das Pequenas Coisas, de Arundhati Roy
Elogiado livro de estreia da indiana Arundhati Roy, “O Deus das Pequenas Coisas” narra a história dos gêmeos Rahel e Estha, que, na Índia de 1969, crescem entre os caldeirões de geleia de banana e as pilhas de grãos de pimenta da fábrica da avó cega. Armados da inocência invencível das crianças, os dois tentam inventar uma infância à sombra da ruína que é sua família.
Kitchen, de Banana Yoshimoto
O livro reúne dois contos, que receberam os mais prestigiados prêmios literários japoneses, e que tiveram milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. Original e comovente, ele conta histórias sobre mães, transexualidade, cozinhas, amor e tragédia pela ótica de uma autora que procura se familiarizar com a realidade usando a ficção.
Jane Eyre, de Charlotte Brontë
“Jane Eyre”, romance de estreia da consagrada escritora inglesa Charlotte Brontë, narra a história de vida da heroína homônima. Quebrando paradigmas e criticando a realidade vitoriana da época, Jane Eyre desafia o destino imposto às mulheres e as posições sociais que elas deveriam ocupar.
Chéri, de Colette
A obra, controversa na época de seu lançamento, é um importante retrato da Paris de 1920. Filho de uma cortesã, o belo e mimado Chéri é educado na arte do amor por Léa, uma mulher mais velha. Após aceitar um casamento arranjado com uma mulher rica, Chéri se separa da amante, mas não a esquece, e mergulha em um isolado mundo de sonhos e lembranças.
Rebecca: A Mulher Inesquecível, de Daphne Du Maurier
O livro conta a história de uma jovem insegura de si, que se casa com Max de Winter, um belo e misterioso viúvo rico. O que seria o final feliz é apenas o início de uma trama de enganos assombrada pela memória de Rebecca, a falecida esposa de Max, e pela senhora Danvers, a soturna governanta devotada à antiga patroa.
O Carnê Dourado, de Doris Lessing
Anna é escritora que mantém quatro cadernos de notas: um de capa preta, no qual relembra as experiências de sua juventude na África; um de capa vermelha, em que ela rememora sua desilusão com o comunismo; um de capa amarela, no qual ela escreve um romance autobiográfico; e um caderno azul, usado como diário. Ela, então, resolve reunir as linhas dos quatro cadernos juntos em um carnê dourado.
A Época da Inocência, de Edith Wharton
Vencedor do Prêmio Pulitzer, o romance destaca a inquietação da sociedade nova-iorquina no século 19 com a chegada da condessa Ellen Olenska. Ela retorna aos Estados Unidos após se divorciar na Europa, e se aproxima de Newland Archer, noivo de sua prima. Os dois se apaixonam, mas ficam divididos entre manter as aparências e optar pelo amor e a felicidade.
O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë
A obra conta a história da paixão entre Heathcliff e Catherine, em uma fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes. Amigos de infância, eles são separados pelo destino, mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta — um amor proibido que deixa rastros de ira e vingança.
Contos Completos, de Flannery O’Connor
A obra reúne 31 contos. Nela, O’Connor aborda essencialmente religião, pois ela era católica em uma região predominantemente protestante; racismo, baseadas nas observações enquanto mulher branca e filha de proprietários de terra; e violência. As narrativas são sempre contadas numa atmosfera de extremo realismo.
Bom Dia, Tristeza, de Françoise Sagan
Na França pós-guerra, a jovem Cécile finalmente tem a oportunidade de se aproximar do pai e viver uma vida confortável, após anos em um colégio interno. No entanto, o homem resolve se casar com a conservadora madrinha de Cécile. A jovem, então, decide pôr um fim ao casamento em nome de sua liberdade, mas seus planos tomam um rumo inesperado.
O Sol é Para Todos, de Harper Lee
O livro conta a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca, nos Estados Unidos dos anos 1930, e que enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado, que constrói uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.
Wolf Hall, de Hilary Mantel
Ambientado na Inglaterra da década de 1520, a história é centrada em Thomas Cromwell, gênio político e sedutor, que rompe todas as regras de uma sociedade rígida em sua ascensão ao poder, e se prepara para quebrar outras mais. Confrontando o parlamento, as instituições políticas e o papado, ele está pronto para remodelar a Inglaterra.
O Mar, O Mar, de Iris Murdoch
Charles Arrowby, um semideus do teatro — encenador, dramaturgo e ator — retira-se um dia do seu brilhante mundo londrino para “renunciar à magia e tornar-se um eremita”. Passa a viver numa casa isolada na costa diante de um mar turbulento, transparente e opaco, mágico e maternal. Ali espera conseguir evitar a todos, mas as coisas não saem como planejado.
Cisnes Selvagens: Três filhas da China, de Jung Chang
No livro, Jung Chang resgata a saga das mulheres de sua família. O relato retrocede ao início do século 20, quando sua avó é oferecida como concubina a um poderoso militar. Depois acompanha a história da mãe da autora, que viveu a ocupação japonesa na Manchúria, o governo do Kuomintang, a queda de Chang Kai-chek, a guerra civil e a vitória de Mao.
O Conto da Aia, de Margaret Atwood
“The Handmaid’s Tale”, ou “O Conto da Aia” em português, inspirou a série homônima. A trama é ambientada num Estado teocrático e totalitário em que o fundamentalismo se fortalece como força política. As mulheres são as principais vítimas de opressão, tornando-se propriedade do governo, e sendo utilizadas por homens ricos que não podem ter filhos.
Frankenstein, de Mary Shelley
Um Jovem médico possui uma obsessão com a morte que o leva a criar a vida. No entanto, sua “criatura”, feita a partir de corpos de condenados e o cérebro de um brilhante cientista, é um cruel arremedo de ser humano. Quando a criatura percebe que nunca será aceita pelos homens, ela quer se vingar do seu criador e de sua família.
Reivindicação dos Direitos da Mulher, de Mary Wollstonecraft
Considerado um dos documentos fundadores do feminismo, o livro denuncia a exclusão das mulheres ao acesso a direitos básicos no século 18, especialmente o acesso à educação formal. Escrito em um período histórico marcado pelas transformações que o capitalismo industrial traria para o mundo, o texto discute a condição da mulher na sociedade inglesa de então.
O Romance do Genji, de Murasaki Shikibu
O Romance do Genji, escrito entre 1005 e 1014, encena as intrigas políticas e amorosas da corte Heian, um turbilhão de histórias em que se misturam a sensualidade e o refinamento, a sátira e a comédia, os mitos e as aventuras amorosas. Embora o personagem principal seja Genji, um resplandecente príncipe, o enredo é orquestrado por mulheres.
Primavera Silenciosa, de Rachel Carson
A preocupação apaixonada de Carson com o futuro do planeta reverberou poderosamente por todo o mundo, e seu livro eloquente foi determinante para o lançamento do movimento ambientalista. O notável trabalho de Rachel Carson foi considerado em 2000, pela Escola de Jornalismo de Nova York, uma das maiores reportagens investigativas do século 20.
O Livro do Travesseiro, de Sei Shônagon
O livro foi escrito no final do século 5 e início do século 6 por uma dama da corte a serviço de sua Imperatriz, em Quioto, na sociedade do Japão feudal. A obra inspirou o filme “The Pillow Book”. Shônagon retrata os pequenos fatos do cotidiano no Palácio Imperial, os fenômenos da natureza, as interações da vida social e a refinada trama de valores da cultura japonesa.
A Gravidade e a Graça, de Simone Weil
Os textos nus e simples de Simone Weil reunidos na coletânea de pensamentos “A Gravidade e a Graça” traduzem uma experiência interior. A autenticidade e uma exigência incomuns, característicos da autora, levará o leitor atento ao reconhecimento de uma das pensadoras mais audazes e originais do século 20.
A Redoma de Vidro, de Sylvia Plath
Único romance da poeta americana Sylvia Plath, o livro é centrado em Esther, uma garota que tem uma visão muito crítica, às vezes ácida, da sociedade e de si mesma. Aos poucos, a indiferença se instaura, distanciando a moça do mundo à sua volta. Ao lidar com sua depressão, Esther também realiza a transição de menina para uma jovem mulher.
Amada, Toni Morrison
Ganhador do Pulitzer de 1988 e eleita a obra de ficção mais importante dos últimos 25 anos pelo New York Times, em 2006. A história se passa nos anos posteriores ao fim da Guerra Civil. Sethe é uma ex-escrava que, após fugir com os filhos da fazenda em que era mantida, foi refugiar-se na casa da sogra. No caminho, ela dá à luz um bebê, a menina Denver, que vai acompanhá-la ao longo da história.
A Mão Esquerda da Escuridão, de Ursula K Le Guin
Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar lá, ele percebe que os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura intrigante. No local, os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero.
As Ondas, de Virginia Woolf
Seis personagens estão imersos em monólogos e articulam-se formando vozes, apresentando suas inquietações e sensações íntimas. A dificuldade de controlar o fluxo do tempo transforma este livro, de ondas ora intensas, ora rarefeitas, num verdadeiro jogo existencial, pois a autora utiliza por analogia elementos como a água e a natureza.
Sobre a Beleza, de Zadie Smith
Jerome viaja dos Estados Unidos para a Inglaterra para fazer um estágio com Monty Kipps — negro, professor ultraconservador e maior inimigo de seu pai, Haword. O jovem se apaixona pela filha de Monty, Victoria. O caso é dissolvido, mas pouco depois toda a família Kipps se muda para a cidade natal de Jerome, e a situação se complica.
33 livros fundamentais escritos por mulheres publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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passo após passo: antúrios murchos no basalto
lodo ou folhedo: sobre o restolho o couro sangrento
dos pedregulhos na sola os talhos
o solo árduo
mas alado
guirá ñandu
Para Teodoro (sob a Constelação da Ema, cujas penas são desenhadas por claro-escuros da Via Láctea)
pode que a noite hoje se furte a amanhecer a terra desmorone nos bordos do poente e outra vez o sol como antes não desponte
em busca de outro sol pode alguém se perder abandonando o humano para encontrar seu deus - o mesmo que ao nascer deu-lhe um nome secreto de sua divindade perfeito e repleto
pode que na viagem no trajeto disperso um homem adivinhe a vereda possível sem fim, de sol a sol até que a fome e a febre
o êxtase à flor da pele a intempérie, a prece a dança em excesso transportem o corpo adverso e o espírito pulse e respire e confronte o mar que o separa da terra indestrutível
quem sabe o paraíso que descrevem os antigos não esteja além do vasto nevoeiro e sargaço mas no árduo percurso vencido passo a passo sem bússola ou mapa do céu em pergaminho
talvez além do zênite que ofusca o caminho deixando um invisível roteiro para os olhos que enfrentam o escuro entre os dois crepúsculos
moradas nômades
carunchos e cupins roem, vorazes, a choupana de ripas
pendem do esteio ramos de trigo feito amuleto para celeiro cheios; tachos esfarelam crostas de grãos moídos e redes balançam seus esgarços perto do chão onde uma nódoa preta mostra o antigo fogo
tudo abandono e, no entanto, lá fora o pomar semeado para os que agora cruzam (trouxas vazias), um por um, os onze mil guapuruvus
Josely Vianna Baptista, in Roça Barroca , 2011
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Garanto que ela não ama ninguém, ou então qualquer um. Não poderia tocar-lhe. Excepto do modo como o furacão toca aquela árvore - e a quebra. Diz que eu o fiz? Não. Isso era o violento jogo do amor. Agora hei-de fazê-lo.
Jean Rhys, Vasto Mar de Sargaços
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“Empurrava-me e gritava quando ia vê-la. Disseram-me que eu fazia com que ela piorasse.”
Jean Rhys, “Vasto Mar de Sargaços”; pintura de Paula Rego.
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Medo
"Sabia que vinham atrás. Sabia também que enquanto estivessem à vista da casa da tia Cora nada fariam , não ser saltitar a certa distância de mim. Mas sabia quando chegariam mais perto. Seria quando começasse a subir a colina. Havia muros e jardins de cada lado da ladeira e ninguém estaria lá àquela hora da manhã."
Jean Rhys, "Vasto Mar de Sargaços"; colagem de Elizabeth Catlett.
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Dote
“As trinta mil libras foram-me pagas sem perguntas nem condições. Nenhuma quantia prevista para ela (isso tem também de ser visto).”
Jean Rhys, “Vasto Mar de Sargaços”; pintura de Paul Delvaux.
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Esperança
"Acostumei-me a uma vida solitária, mas a minha mãe continuava a fazer planos e a esperar - talvez fosse forçada a ter esperança sempre que passava em frente a um espelho."
Jean Rhys, "Vasto Mar de Sargaços"; fotografia de Clarence H. White.
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A carta
"... ela não é rapariga com quem se case, com o mau sangue que tem de ambos os lados."
Jean Rhys, "Vasto Mar de Sargaços"; fotografia de Lady Hawarden.
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As meninas De Plana
"Por vezes era o cabelo da menina Hélène, e outras vezes era o comportamento impecável da menina Germaine, e outras era o cuidado com que a menina Louise escovava os dentes belíssimos. E se nós nunca as invejávamos, elas nunca pareciam vaidosas."
Jean Rhys, "Vasto Mar de Sargaços"; pintura de Elisabeth Chaplin.
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Christophine
"Ela foi o presente de casamento que o teu pai me deu... um dos seus presentes. Ele achou que eu gostaria de uma criada da Martinica. Não dei que idade ela tinha quando a trouxeram para a Jamaica, era muito nova. Não sei que idade tem ela agora. Que interessa? Porque me aborreces com todas essas coisas que se passaram há já tanto tempo? Christophine ficou comigo porque quis ficar."
Jean Rhys, "Vasto Mar de Sargaços": pintura de Stephen Slaughter.
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Comecemos
"Dizem que cerremos fileiras quando as dificuldades chegam, e assim fizeram os brancos. Mas nós não estávamos nas fileiras deles."
Jean Rhys, "Vasto Mar de Sargaços".
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Antoinette
“Olhos grandes, tristes, escuros e ausentes. Crioula de pura descendência inglesa, será, mas eles não são nem ingleses nem tão pouco europeus.”
Jean Rhys, “Vasto Mar de Sargaços”; pintura de Giuseppe Molteni.
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