#VIVA EL PRESIDENTE
Explore tagged Tumblr posts
Text
VIVA EL PRESIDENTE!
Hoy es un GRAN dia para Guatemala.
Por fin tenemos un presidente que va hacer bien por el pueblo. Despues de tantos obstaculos, la democracia gana, el pueblo ha ganado.
VIVA EL PRESIDENTE BERNARDO AREVALO!
#moon's thoughts#guatemala#VIVA EL PRESIDENTE#que sea igual a su padre y haga bien por el pueblo guatemalteco
3 notes
·
View notes
Note
YOU'RE NOT ALLOWED NEAR THE FRIDGE ANYMORE I'M HIDING THE MAYO
NEIL, WHAT DID YOU DO TO THE MAYONNAISE???
Hey guys, tomorrow...why don't we, just a suggestion, why don't we go to college?
11 notes
·
View notes
Text
intro/about me!! ⭐️💫
name: charlotte // vyvyan (i dont mind what u call me!!)
age: 15
pronouns: she/he/they (i dont mind again!!)
i have autism + anxiety, and being diagnosed for adhd
fav music: i LOVE ska, rock, glam metal, punk and anything really!!
fav bands/artists: madness, david bowie, queen, the beatles, bad news, ABBA, gary numan, oasis, pulp, and a lot more random shite
interests: i lovelovelove the 80s. films, music, fashion, etc!! i really love britcom too, and am currently hyperfixed on the young ones, bottom, and the comic strip presents, but ill give a proper list.
taskmaster
the young ones
bottom
the comic strip presents
outnumbered
what we do in the shadows
the traitors
philomena cunk
motherland
the mighty boosh
the it crowd
monty python
my favourite comedians:
maisie adam
sean lock
joe wilkinson
james acaster
katherine ryan
jon richardson
mark watson
nish kumar
aisling bea
victoria coren-mitchell
david mitchell
lee mack
katherine parkinson
morgana robinson
bridget christie
adrian edmondson
rik mayall
nigel planer
noel fielding
bradley walsh
dawn french
jennifer saunders
claudia winkleman
+ defo some more i forgot.. oops
my favourite films:
the lost boys
the wedding singer
drop dead fred
back to the future
grosse pointe blank
bill & ted (all films)
the blues brothers
ghostbusters
trading places
pet semetary
karate kid (all films)
monty python.. (again)
gremlins
beetlejuice
+ more!!
favourite food: mashed potatoes, pot noodle (chicken and mushroom OBVIOUSLY!!)
i play guitar and my dream is to be in a band. i want to be a comedian and a film director too!!
i am super duper open for becoming friends/moots, so pls message me!!!! :-)
“viva el presidente!!” - vyvyan basterd
#noel fielding#the it crowd#the mighty boosh#the young ones#rik mayall#ade edmondson#taskmaster#britcom#comedy#Spotify
11 notes
·
View notes
Text
MENSAJE EN ESPAÑOL / MESSAGE IN SPANISH
Como venezolana, me siento obligada a escribir un mensaje en todas mis plataformas, así no sean las más grandes, es un compromiso que tengo con mi país y la gente que más quiero en la vida.
Nicolás Maduro y su cuerda de delincuentes han amañado los resultados de las elecciones presidenciales realizadas el domingo 28 de julio de 2024, autoproclamándose presidente de la república.
Venezuela lleva sufriendo bajo el régimen chavista 25 años, la gente ya está harta, cansada y desesperada. La gente ya no quiere morirse de hambre, no quiere sufrir en los hospitales por falta de medicamentos y recursos, la gente no quiere irse de venezuela por cuestiones de su futuro, LA GENTE QUIERE VIVIR, VIVIR EN PAZ Y LIBERTAD. Y esto es imposible bajo la dictadura chavista, de la cual está a cargo Nicolás Maduro.
Por esto la gente votó por Edmundo González Urrutia, la gente hizo victorioso al candidato Edmundo González, pero el partido socialista de los chavistas manipulan todo a su conveniencia y ahora la gente está muriendo en las calles, luchando por sus derechos.
Hay muertos, detenidos, heridos y desaparecidos en todas las ciudades del país, incluyendo menores de edad. A estas personas las llevan a un sitio llamado “El Helicoide”, el centro de tortura más grande de toda Latinoamérica (cortesía de los chavistas, ya que el proyecto principal era que este fuese un centro comercial enorme). Aquí se someten a las peores torturas (privación de sueño, sofocación metiendo sus cabezas en bolsas de plástico con pesticidas, entre muchas otras cosas), y si estas personas tienen suerte, mueren y no sufren más.
También hacen que estos prisioneros hagan vídeos diciéndole a la gente que no salga a las calles, estos presos obviamente son coaccionados, amenazados y con la promesa de que los dejarán libres sin repercusiones para ellos ni para sus familias.
Nada más el día 29 de julio asesinaron a UN MENOR DE EDAD (15) de un disparo en el cuello.
Y para la gente que apoya a Palestina (como es debido) NO CAIGAN EN LAS PALABRAS DE NICOLÁS MADURO. Ese hombre NO es pro-Palestina, solo es anti-Estados Unidos.
Ese palabrerío de “Viva Palestina libre” en frente de las cámaras es puro cuento, ¿en serio se lo creen? ¿Cuando ni su propio país es libre?
VENEZUELA ES UNA DICTADURA, NO HAY NINGÚN TIPO DE DEMOCRACIA.
En un próximo post voy a recopilar links para que puedan donar para gastos funerarios, donaciones para comprar productos médicos para los heridos (soluciones salinas, gasas, medicamentos, guantes, etcétera…) y, si no puedes donar, por favor ¡CORRE LA VOZ!
#venezuela#Caracas#nicolas maduro#maria corina machado#edmundo gonzález#dictadura#vzla#elecciones 2024#28 de julio
13 notes
·
View notes
Text
@edelgadorgaz
Ayuso ha conseguido llegar al pleno viva sin que el presidente del gobierno consiga matarla. La felicito y aprovecho para preguntarla por qué protegen al bulero macarra de su jefe de gabinete.
4 notes
·
View notes
Text
Canto a Vozes de Mulheres
Poéticas do Canto Polifónico
vimeo
(documentário, 2019)
“Canto a vozes de mulheres” designação criada numa sessão plenária no dia 1 de março de 2020 por cerca de 360 cantadeiras para referir uma expressão vocal coletiva, com três ou mais vozes polifónicas sem acompanhamento instrumental, mantida viva por mulheres, por vezes com o apoio de homens nas vozes mais graves, ao longo de sucessivas gerações, em comunidades do centro e norte de Portugal continental. Nas comunidades onde se faz cantar e ouvir, o canto a vozes de mulheres tem designações distintas, sendo conhecido como cantada, cantaraço, cantaréu, cantarola, cantarolo, cantedo, cantiga, cantiga em lote, cantoria, cramol, moda, modas de campo, ou terno.
Este tipo de canto é considerado dos mais raros e únicos na Europa.
No século XXI, o canto a vozes de mulheres vincula as cantadeiras e os cantadores na salvaguarda do saber fazer tradicional, na coesão das comunidades em que se inserem e na desocultação do papel das mulheres nos processos e práticas culturais, nomeadamente ao atualizar o conhecimento e memória coletivos no espaço público das suas comunidades.
Desde o início do século XX, foi extensamente documentado nas coleções de transcrições musicais e registos sonoros de folcloristas, etnógrafos, coletores e músicos como Gonçalo Sampaio, Armando Leça, Vergílio Pereira, Artur Santos, Michel Giacometti, Fernando Lopes-Graça, José Alberto Sardinha e Tiago Pereira.
Canto a Vozes de Mulheres entrou na lista do Património Cultural Imaterial português
(dezembro 2023)
"É um património riquíssimo, que não é divulgado, a maior parte dos portugueses não o conhece e ele é muito extenso e faz parte da nossa identidade enquanto povo e especificamente enquanto mulheres", defende a vice-presidente da Associação de Canto a Vozes - Fala de Mulheres, Margarida Antunes, que define este canto de trabalho, "que passa de forma oral, de mãe para filhas e netas", como um canto de superação, "um canto de liberdade".

O Canto a Vozes de Mulheres, "não é exclusivo de mulheres, é inclusivo, há homens, mas é um tipo de canto que começou nos trabalhos agrícolas, que era essencialmente realizado por mulheres".
O canto "era usado para aliviarem o trabalho e as dores do trabalho, para estimularem outras mulheres, para se incentivarem e desafiarem, no fundo, era um canto libertador".
Estes cantos de mulheres tiveram um papel central na sociedade rural agro-pastoril durante séculos, até aos anos 80 e 90, do século XX: faziam-se ouvir no trabalho agrícola coletivo, das sementeiras às colheitas, na apanha da azeitona, na limpeza e preservação das florestas e nas festas e rituais religiosos como a “Encomendação das Almas”. O progressivo desaparecimento desses contextos performativos conduziu ao progressivo silenciamento do canto a vozes de mulheres.
"As mulheres viviam fechadas nos trabalhos domésticos e a cuidar dos filhos e depois na agricultura e era lá que soltavam o canto e se expressavam". Era um canto de liberdade.
O Grupo de Cantares de Manhouce, em São Pedro do Sul, distrito de Viseu, é dos grupos mais conhecidos graças ao trabalho da Isabel Silvestre.
O trabalho de Isabel Silvestre parte da ideia de registar o canto de Manhouce e das terras da sua infância. Cantora que co-fundou em 1978 o Grupo de Cantares e Trajes de Manhouce.
fonte: https://www.publico.pt/2023/12/14/culturaipsilon/noticia/canto-vozes-mulheres-entrou-lista-patrimonio-cultural-imaterial-portugues-2073757
#canto a vozes de mulheres#documentário#mulheres#portugal#inspiração#património cultural imaterial#identidade#sonoro#poéticas#canto polifónico#cultura#artivismo#manifesto#mulheres artistas#lugar de fala#feminismo#vimeo
20 notes
·
View notes
Text
é, deus honrou a puta esse ano.

mas o que esperar de uma premiação norteamericana? ao mesmo tempo que essa mão acaricia de um lado dando o prêmio de melhor filme estrangeiro, simplesmente dá um tapão com a outra entregando uma chuva de prêmios para um único filme e não só obstante, entrega de bandeja para uma novata o prêmio de melhor atriz; ignora todo tempo de carreira e experiência de uma atriz latina e despreza uma atriz, na mesma faixa etária, pelo gênero do filme que normalmente não ganha muito destaque. não que eu não gostei de anora (2024), muito pelo contrário!!!; eu amei o filme por tudo que ele consegue trazer, pelo humor mórbido e sátiro e pelas personagens interessantes (principalmente os russos), mas sabe... é meio foda ver que mais uma vez, perdemos em outras categorias principais por puro imperialismo desse país que está colapsando.
ainda estou aqui (2024) continua sendo tão mais importante para tudo: pela história que carrega, pelo fato dele ter saído logo nesse período caótico que o brasil (e o mundo) está vivendo com os avanços massivos da extrema-direita, pela sua permanência diante ataques de todos os lados, de todos os tipos, pela eunice e rubens paiva e por toda essa gente que sofreu tentando livrar o país do pesadelo que foi a ditadura civil-militar no brasil e que infelizmente, durante quatro malditos anos, foi endeusada por um certo presidente da república e seu gado – e que continua exaltando esse período, até mesmo tanto a pachorra de dizer que o filme deveria ser sobre ele, não sobre os paivas. compreendendo também o cenário político nada amistoso dos estragos cunidos, só de ainda estou aqui vencer, já consegue por si só carregar vários simbolismos.
no mais: VIVA A CULTURA & ARTE & CINEMA BRASILEIROS!!! VIVA A RESISTÊNCIA!!! E MEMÓRIA ETERNA POR TODOS AQUELES QUE UM DIA LUTARAM PELA NOSSA LIBERDADE (mesmo que sofrendo ameaças) ATUAL!!!





#bella maia#bella maia opiniões e análises#oscar 2025#ainda estou aqui#i'm still here#fernanda torres#walter salles#cinema nacional
6 notes
·
View notes
Text


Un día como hoy, de 1967, se quitó la vida a sus cincuenta años de edad, la cantautora rebelde: Violeta Parra. "Yo no me suicido por amor. Lo hago por el orgullo que rebalsa a los mediocres", dijo en una carta póstuma a su hijo, en la que además expresó su repudio hacia los gobiernos socialistas y comunistas que en pro de la libertad esclavizan de nuevo a los pueblos: "El presidente Frei es un farsante. Fidel es un romántico. Lenin se equivocó. No quiero que mis hijos sean cobardes". Y concluyó: "No tuve nada. Lo di todo. Quise dar, no encontré quién recibiera".
Violeta no estaba "enferma de tristeza" como publicaron los diarios, estaba asqueada de la opresión económica, política y social originada por los gobiernos y los patrones. Durante su vida luchó como nadie por combatir las injusticias y, por lo mismo, no hubo quien se atreviera a juzgarla por haber puesto fin a su existencia física, ¿quién podría decir que Violeta Parra murió? Ella está más viva que muchos de nosotros...
"Yo canto a la chillaneja si tengo que decir algo
y no tomo la guitarra por conseguir un aplauso.
Yo canto la diferencia que hay de lo cierto a lo falso.
De lo contrario no canto".
-Violeta Parra Sandoval (1917-1967)
5 notes
·
View notes
Text

ÚLTIMA HORA: El presidente Milei defiende a Elon Musk.
Dijo que Elon Musk debe ser una de las personas más importantes de la historia, que está impulsando el progreso humano, y siempre ha defendido la libertad en su forma más pura, para todos.
Compró 𝕏 en un acto que fue considerado una locura desde el punto de vista empresarial, pero que sin duda será considerado uno de sus grandes aportes a la humanidad, tomando el control de una plataforma que se suponía era un foro de debate público, pero resulta que estaba programada para cancelar cualquier discurso que no fuera el discurso hegemónico del progresismo.
Por eso hoy todos los progresistas internacionales se montan en el gesto inocente de Elon Musk de tildarle de nazi. Porque su lucha por la libertad amenaza el control hegemónico del progresismo internacional.
Pero el mundo ha cambiado. Elon no está solo. Los que luchamos por la libertad ya no estamos solos. Somos millones. Y ahora recuperamos también la “tierra de los libres” que estaba en sus manos, gracias a Donald Trump.
No sólo no les tenemos miedo. Pero vamos a ir a buscarlos en cada rincón del planeta en defensa de la LIBERTAD.
¡VIVA LA LIBERTAD! DogeDesigner
@cb_dogemilei
3 notes
·
View notes
Text
Tres meses

Promt: 16 - “No. I'm not OK” / “No. No estoy bien.“
Fandom: The On1y one (mou mou)
Ship: Sheng Wang / Jian Tian
Audiencia: G
TW: none
Los exámenes llegaron como siempre: con estrés, pánico y, en el caso del grupo A, con la esperanza de que Sheng Wang volviese al lugar que le pertenecía. Los tres meses previos a los exámenes fueron caóticos para el A porque los de B sacaban pecho de que Wang estuviese con ellos (a pesar de que estar en el B fuera un “castigo” para aquel que no fuera el mejor en el A) y hubo unos cuantos conatos de peleas entre grupos, que nadie sabía cómo gestionar. El gran bocazas Xu, el querido director del centro escolar, claudicó ante la petición de los profesores y accedió a que, en vez de un semestre, fuera solo un trimestre la prueba para volver a calificar las aptitudes del colegio.
Wang pasó los tres meses estudiando al pie del cañón, concentrado en la promesa que les había hecho a sus amigos. Les echaba de menos, aunque los viese casi cada día no era lo mismo. Y así, también dejaba de pensar en Tian… Sin mucho éxito ya que le ayudaba a estudiar todos los días, y Jiang Tian no iba a dejar que se volviese a repetir lo de la última vez: que Seng se escapase.
Llegó el día de las notas, el ambiente en el A era tenso.
―¿Creéis que le habrá ido bien a Wang? ―Pepper estaba intranquila. ―Ya verás como en una hora está aquí. Los profesores no se van a esperar a que llegue la hora de comer para hacer el cambio. ―Gao Tian Yian sonreía satisfecho, estaba seguro de que volvería―. Es más, voy ahora mismo al B para ayudarle con las cosas. ―Espérate a que digan algo los profesores. ―Jian Tian habló con calma―. Además…
El chico dejó de hablar cuando vio entrar por la puerta, sonriente, a Sheng Wang con una pila de libros y con Shi Yu detrás, llevándole otros cuantos. Libros que Pepper procuró coger liberando al muchacho, que volvió a su clase discretamente.
Jian Tian se levantó de su pupitre, cogió todas sus cosas y se trasladó al pupitre que estaba detrás de él, devolviendo la mesa a su dueño original.
―BRAVO. VIVA. SHENG WANG ESTÁ DE VUELTA A DONDE PERTENECE. JUSTICIA PARA WANG. El karma se ha restaurado. ―Tian Yian aplaudía mientras Wang pasaba delante de él para ocupar su sitio sin darse cuenta de que el chico sonreía cómplice a Jiang Tian. ―No exageres, Yian. ―Has vuelto a casa, como no voy a exagerar. ¿Cuáles han sido tus notas? ―Ha sido el primero del B, y el segundo de esta clase. ―La profesora Jenny entró orgullosa a clase, su pupilo había vuelto al redil. ―Y evidentemente el rey ha sido Jiang Tian, ¿verdad? ―Gao Tian Yian apuntaba con sus dedos índices al muchacho que sonreía con suficiencia. ―Eso es. Que sirva de lección a todos. Es posible enmendar los errores del pasado si te esfuerzas lo suficiente.
Jenny no lo vio, pero Tian soltó un bufido de indignación porque sabía perfectamente que Wang falló los exámenes del trimestre pasado a propósito. No sabía el motivo, aunque lo podía intuir, pero sabía que Sheng Wang no podía fallar esos exámenes.
―Bien muchachos, habéis tenido suerte y ninguno tendrá que ir al B este trimestre.
Un murmullo de alivio recorrió toda la clase.
―Pero recordad que dentro de tres meses volvemos a tener los exámenes de todo el territorio y no podemos volver a fallar, porque esta vez no será un simulacro. En un par de meses sabremos donde será el examen. Hasta entonces, estudiad mucho. No os rindáis.
Todos en la clase estaban contentos, excepto Qi Jia Hao que, mientras Sheng Wang no estaba, había recuperado puestos en el ranking de estudiantes y ahora veía amenazado su puesto, otra vez, por su presencia. De hecho, ya había vuelto siendo el segundo de la clase y él solo era el quinto en el ranking. Quería volver a ser el presidente de la clase, pero Pepper estaba haciendo méritos para seguir ostentando el cargo. El examen del territorio era muy importante para él para recuperar el estatus perdido.
Esta vez Wang miraba por la ventana apreciando los rayos del sol que entraban por el cristal, sabiendo cómo y qué estaba haciendo Tian. Ya no hacía falta preguntárselo a la nada.
La profesora Jenny les había pasado unas hojas de exámenes para que practicaran y se dio cuenta de que se le había gastado la tinta del boli, e hizo lo que siempre hacía cuando tenía a Tian a su espalda: chasquear los dedos y abrir y cerrar la mano y al segundo tenía una recarga, en su mano, para su bolígrafo. Sonrió para él y se dio cuenta de lo mucho que echaba de menos esos gestos entre ellos.
Al terminar las clases los chicos se fueron a celebrar la vuelta de Wang al bar de Benny y Zhao Xi.
―Menos mal que has vuelto, Jiang Tian no es nada comunicativo. ― Tian Yian, el problema es que quieres que te deje los deberes todos los días y eso no puede ser. ―El muchacho sonrió abiertamente. ―Venga hombre, tienes que compartir tus conocimientos… ―Yian, no seas pesado. Has estado torturando a Tian todo este tiempo, creo que con eso le hacen santo. ―Pepper se rio. ―No soy pesado, si fuera pesado estaría dándote la brasa a ti. ―Le sonrió con toda la fuerza de su corazón. ―Lo eres, créeme. ―Pepper se fue corriendo al lado de Li yu, que estaba llamándola para comer unas brochetas. ―Así nunca vas a conseguir que te haga caso. ―Profesor Zhao Xi, cómo puedo hacer que me haga caso. Me interesa lo que me pueda decir al respecto…
La cena transcurrió entre bromas compartidas, anécdotas tontas sobre lo que había pasado esos meses en lo que Wang no estuvo y sobre todo hubo muchas risas, había ganas de volver a estar juntos.
Al terminar el ágape, cada cual se fue a su casa. Esa noche, a Jiang Tian y Sheng Wang les tocaba hacer el camino de vuelta a la residencia solos, puesto que Gao Tian Yian y Shi Yu iban a pasar unos días a sus respectivas casas, para descansar y estar con su familia ahora que habían acabado los exámenes.
La luna estaba decreciente en el cielo, dando un protagonismo especial a las estrellas que brillaban en la inmensidad de la noche.
―Vuelves a mirar la luna. ―Tian le miró melancólico―. ¿Piensas en tu madre? ―No. Hoy solo la miraba. ―El chicho pensó un momento en su madre, la echaba de menos y más en un momento como ese, donde se encontraba un poco perdido―. Mira, ahora si que pienso en mi madre. ―¿Estás bien?
Sheng Wang se paró en seco, estaban caminando por un callejón donde apenas había luz, y meditó sobre si estaba bien y se dio cuenta de algo.
―No, no estoy bien. ―Wang… ―Tian se acercó preocupado. ―A ver, estoy bien de salud. ―El chico cogió la mano que Tian estaba a punto de poner en su frente―. Es otra cosa la que no me tiene bien. ―Qué es. ―Tú. ―¿Yo? Pero… ―O sea, no tu… Soy yo… ―En todo ese rato, Wang no había soltado la mano de Tian. Y él no tenía ninguna intención de quejarse de eso. ―Que está pasando, Wang.
Tian caminaba lentamente hacia Wang mientras este caminaba, hacia atrás, intentando evitar que se acercase, hasta que su espalda chocó contra la pared, quedando atrapado. Tian aprovechó para deshacerse del agarre de Wang y poner su mano en el pecho de su amigo.
―Sinceramente, no sé si quiero saber lo que está pasando. ―Wang, por favor, habla claro.
Estaban a tres centímetros uno del otro. Wang notaba el cálido aliento de Tian cuando le habló y no pudo soportarlo más, los tres meses de dudas, de comerse sus sentimientos, de dudas, dejar todo atrás y lo hizo. Besó a Jiang Tian. Hubo un momento de confusión por parte de Jiang Tian, que no se esperaba que Wang le besase, pero tras ese pequeño instante, el chico movió la mano del pecho al cuello del muchacho y le devolvió el beso. Fue un beso apasionado, los dos llevaban demasiado tiempo esperando ese momento. Pararon cuando se quedaron sin aliento.
―Wang… ―La voz de Tian era un susurro apenas audible, apoyó su cabeza en el hombro del chico mientras se abrazaban. ―Tenía miedo. ―De qué. ―De que fuera correspondido. De que no lo fuera. De esto que siento. Somos familia.
Tian le dio un pequeño beso en el cuello, y luego otro en la mejilla para rematar con otro beso en los labios, dulce, suave como la luz de la luna.
―Somo familia, sí. Pero eso no es un impedimento para esto que sentimos. ―Apoyó su frente en la de Wang―. Tenía tantas ganas de que pasara esto. ―��No tienes miedo? ―Wang miraba fascinado a Tian. ―Mucho. Pero creo que merece la pena.
Escucharon un ruido que les hizo darse cuenta de donde estaban.
―Será mejor que volvamos a la residencia. ―Tian acarició la cara de Wang echando de menos el contacto de su piel cuando retiró la mano. ―Vamos.
3 notes
·
View notes
Note
Oh, I mean, figured the flag meant you're Brazilian, amazing if it didn't, tho, kinda love that idea. So, yeah, was just talking for the rest of us gringos.
Y a huevo, ¡viva el presidente!, él es la razón por la que empecé a aprender, mwah para cc!Forever, tan lindo que está 🫀
NO YEAH I AM!!!!! Oh god did I misspoke at that last one?? So sorry!!!
But YEAH LEARN PORTUGUESE IT'S A BEAUTIFUL LANGUAGE
19 notes
·
View notes
Text
He visto muchas criticas negativas acerca de esta película y quiero expresar mi opinion que parece ser no muy popular. “¡Que viva Mexico!” En mi opinion es una película que refleja perfectamente muchas verdades que el mexicano no le gusta admitir, muchas personas que le han criticado se enfocan mas en detalles como los hoyos en el trama y en la critica política por parte de el director Luis Estrada.
Para mi, me dejo en un estado de reflexion de muchas cosas, las cuales expresare a continuación. (Spoilers!!)
La historia empieza con nuestro protagonista “Pancho” un hombre bien acomodado que parece le va bien en la vida trabajando en una empresa y viviendo en una casa bonita con su esposa Mari y sus dos hijos. Durante los primeros 15 minutos no me agradaba para nada el personaje. Se presenta como una persona que vive en un mundo gobernado por reglas sociales impuestas por las personas de clase alta y literalmente se presenta como si fuera arriba de los demás.

Uno pensaría que le hace falta humildad y que es una persona demasiado vanidosa, superficial o egoísta. Mas adelante cuando nos enteramos que el venia de una familia extremadamente pobre y que tiene mas de 20 años sin verlos también pens�� mal del personaje. Cuando llegamos a la parte de la historia en que se le notifica a Pancho que su abuelo falleció y que en su testamento pidió como ultimo requisito que estuvieran todos los familiares presentes en el funeral antes de leer el testamento y después de pensarlo bien, al principio no queriendo ir, se decide ir y ahí conocemos a su familia.
La abuela, sus padres, hermanos, cuñadas y mas de 20 sobrinos. El hermano mayor que nunca se caso ni tiene trabajo. Una hermana que quiso ser monja pero actualmente se encuentra embarazada de un “poeta” tartamudo e invalido, otro hermano que es mariachi cuya esposa es una jovencita adolescente y ya tienen mas de 10 hijos, un hermano que ahora es hermana ya que es transexual, un hermano narco (o por lo menos quiere aparentarlo o querer llegar a serlo) quien tiene a una mujer muy coqueta como esposa y una hermana de quince años que también ya tiene muchos hijos de diferentes padres cada uno.
Aparte su padre es trilliso, uno de ellos se dedica a la política como presidente municipal, otro es sacerdote y el padre de Pancho es minero. Me encanta la referencia que hace eso a la pelicula “los tres huastecos”

A primera impresión sentí algo de coraje, ya que todos los miembros de la familia se presentan como estereotipos sumamente exagerados. Cosa que al final de la película entendí que fue una elección por parte del director y no de manera maliciosa. En cierto modo tiene razón en personalizar el aspecto conservador, religioso, machista y homofobico en los personajes.
A simple vista puede ser ofensivo pero de esa manera nos llegamos a ver nosotros mismos, nadie es mas racista contra los mexicanos, que el propio mexicano.
La familia le hace pasar malos ratos a pancho, haciendo fiestas las cuales no pueden pagar y Pancho termina pagando, pidiéndole dinero constantemente, espiándole mientras esta íntimamente con su esposa, robándole la ropa y joyas a su esposa, rompiéndole los juguetes a sus hijos, y pidiéndole que page mordida para que no arresten al hermano que se cree narco.
Todo esto hace que Pancho quiera irse lo más pronto posible, al leerse el testamento es revelado que pancho es el heredero universal de todo, los terrenos de una vieja mina que supuestamente esta agotada, tierras en las cuales según no se puede sembrar nada y una casa que esta en el medio de la nada y casi en ruinas (casa en la cual vive la familia de Pancho). Él a no creer ningún valor en los bienes piensa dejárselo todo a su familia, pero todo cambia cuando le entregan la caja fuerte del abuelo y dentro de ella encuentran mucho oro, la familia cree que pancho compartirá el botín pero pancho les miente diciéndoles que dentro de la caja no hay nada de valor. Esto les molesta tanto a la familia que incendian el coche de Pancho, con eso impiden que se vaya, ya que el pueblo esta a horas de la ciudad y no hay transporte fiable en el area.
A partir de ese momento, la atmósfera de la película cambia drásticamente, pasa de sentirse como una comedia a sentirse como un reflejo de la familia quebrada y tóxica. La abuela usando su estados de “viejita dulce e inocente” manipulando a pancho y a los demas, los hermanos y cuñadas queriendo ganar favor con pancho para que comparta el oro queriendo armar lazos por medio del apadrinamiento, sus padres usando el nombre de “la sangre” y “el deber” porque “somos familia”. En este punto de la película empece a simpatizar con Pancho y darme cuenta del porqué abandono a su familia por tanto tiempo.

Por equivocación Pancho termina en la cárcel, para poder sacarlo, su esposa Mari busca el oro que escondieron pero no lo puede encontrar, la familia empieza a ayudar pero no logran encontrarlo, su esposa cansada se regresa a la ciudad con sus hijos en lo que Pancho sale libre. Ya libre, Pancho se dedica a buscar el oro pero exige hacerlo sin ayuda, busca sin parar hasta el punto de colapsar.

Vemos el paso del tiempo, como su barba crece, su familia le insiste que ya pare y mejor se regrese a la ciudad con su familia. Un momento deprimente sin duda, me hace pensar en todas las personas que han dejado todo para alejarse de la familia toxica y al volver, recuerdan el motivo por el que se fueron. Esta en un ambiente en el que no puede pedirles ayuda, ya que no confía en ellos y no lo merecen después de demostrarles que son capaces de todo para realizar sus propios intereses.

Pancho eventualmente se rinde y decide darle todo a su tio el politico presidente municipal, quien inmediatamente al irse Pancho, desaloja de manera violenta a la familia y todos van a la cárcel. El tio politico paga a una compañía estranjera para escarbar y encontrar el oro, el cual efectivamente encuentran y mas aparte encuentran mas oro bajo tierra, pero el tio olvido que al contratarlos firmo un acuerdo en el que dice que todo lo que encuentren les pertenece a los extranjeros.
Al salir la familia de la cárcel, regresan al lugar donde estaba su casa y encuentrar una enorme mina industrial.


Para mi, esta es la parte que me apuñalo al corazón. Sobre todo al ver a la abuela al final de la escena, sola y enfrente de la cerca en donde antes era su hogar.


Para mi el hecho de que en el ultimo fragmento, la única que se ve es la abuela es como si fuera una metáfora de las personas vulnerables e indefensas que son robadas de sus recursos por muchos factores. Así como Mexico mismo, robado de sus materias primas para ser explotado por extranjero que cuentan con los recursos para hacerlo.

Al final, vemos como pancho volvió a trabajar en la misma empresa pero con un puesto mucho mas bajo y “humilde” y recordé como al principio de la película quería verlo exactamente así. Solo para darme cuenta de que me sentía mal por él, quien había llegado al cargo de gerente por su propio esfuerzo y por su cuenta después de haberse ido de casa y de su familia, quien desesperadamente busco un tesoro para mejorar su situación solo para terminar peor que antes y con su tediosa familia viviendo con el, para que su padre le diga en su cara que le da gusto verlo “igual de miserable que ellos” demostrando que la misma sangre puede ser tu peor enemigo.
A muchos se les quedo todo como si el mensaje fuera “el pobre es pobre porque quiere” y les molesto esa impresión. Sin embargo yo creo que el mensaje mas bien es:
El pobre es pobre porque quiere? Si y No.
Si, como por ejemplo en el aspecto de que a pesar de haber muchos miembros de la familia sanos y fuertes, ninguno trabaja y viven dependiendo del gobierno.
No, porque por ejemplo los personajes viven en un lugar en el que no se puede sembrar nada, no hay nada, no hay oportunidades de trabajo y no es tan facil como decir “vamonos a otro lado” y ya. Porque para irse, con que dinero? Como transportarían a toda la familia? Si se fueran solamente algunos familiares, no hay garantia de que tubieran lo suficiente para ayudar a toda la familia cuando apenas una persona pude valerse por si misma en las ciudades, donde todo es mucho mas caro.
No, porque como vemos en la historia, la familia literalmente estaban sentados en oro, pero sin el equipo necesario para trabajar una mina. No tenían para comer, mucho menos para adquirir maquinaria para poder trabajarla, si les ofrecieran ayuda fácilmente se quedan igual que el tio, sin nada porque carecen el conocimiento para manejar contratos llenos de engaños y cláusulas.
Pero mas que nada, el mensaje de como estamos no solamente políticamente sino el origen de porque lad personas son como son, la familia. Los traumas generacionales y las ideologías y maneras de pensar anticuadas y fuera de toque. No solamente esta roto el sistema, el núcleo familiar esta roto. A muchos les ofendió ese mensaje, pero las verdades duelen.
Si en vez de molestarnos por una critica, nos pusiéramos a analizar nuestras propias faltas y como podemos mejorar, creo que podríamos empezar un camino de mejoramiento.
#unviajeenblancoynegro#cine mexicano#cine de oro#quevivamexico#Luis Estrada#Que viva mexico#la ley de herodes#el infierno#la dictadura perfecta#damian alcazar#alfonso herrera#josquin cosio#angelina pelaez#netflix#critica#movie analysis#mexico#mexican cinema#pedro infante#pepe el toro
13 notes
·
View notes
Text

Portugal tem uma dívida enorme para com esta Senhora traduzida em França, Espanha e Alemanha e agraciada com grau Chevalier dans L’Ordre des Palmes Académiques pelo então primeiro ministro francês (e futuro presidente da república) Jacques Chirac e pelo Presidente da República Federal da Alemanha Richard von Weizsäcker com a Verdienstkreuz 1. Klasse.
Escreveu que era juiz de si mesma e não se absolvia. Diz agora que tem 80 anos e ninguém acredita. É uma honra IMENSA tê-la aqui. Ora leiam!
[Em tempos de isolamento social ouso interpelar várias personalidades das artes e das ciências (e em outros domínios). Publicarei uma entrevista por dia ficando arquivada neste mural num álbum – Galego Armado Em Proust – criado para o efeito, podendo ser consultado sempre que queiram. Esta é a vigésima segunda entrevista].
‘[…] Outrora dancei até às cinco, até às sete, mas já namorava, e era com o meu marido. Também já com ele ia ao Hot Club, a cave dos melhores do mundo, e ficava por lá a ouvir Jazz, ou Bossa Nova, pela noite fora. Era a minha segunda vida, de noitadas e boémias…’.
1. Qual é a primeira memória que tem? Que tempo foi esse? _ Primeiras memórias: na antiga École Française de Lisboa, tinha eu três anos, a festinha de fim de ano. Por essa mesma altura brincar no pátio Bagatela, um verdadeiro pátio de vendedeiras, (nada do que é hoje como moderno edifício de luxo) com os meninos do primeiro andar, nossos vizinhos do prédio: o Vasco e a Guidinha. Será que ainda existe hoje? E os meninos?
2. Ainda se lembra do nome do primeiro namorado? _. Lembro, mas não digo.
3. Quem gostaria de ter sido aos 15 anos? E agora? _. Aos quinze anos queria fazer ballet, em Paris, com uma professora russa. Agora quero ser uma avó feliz.
4. Quem e como são os seus amigos? _ São amigos, está tudo dito.
5. É uma mulher que chora? _ Quando li O Monte dos Vendavais chorei que me fartei (tinha 17 anos); e voltei a chorar quando mais tarde vi o filme. Mas não digamos chorar, e sim comover-se. Sim, comovo-me, quando alguma coisa me toca profundamente. Pode ser o Requiem de Bach, ou o sofrimento e a perda de alguém que me seja querido.
6. Qual é o seu maior medo? _. Que sofram à minha volta. Que não venha a morrer em paz.
7. De quem mais sente falta? _ Sinto a falta de todos, quando não estão: marido, filhos, netos, amigos...
8. Qual é a sua caracter��stica mais marcante? _. Outros dirão melhor do que eu. Mas eu diria o gosto de estudar, de escrever, de trabalhar. Trabalhar é algo que considero privilégio. E que nunca falte algum sentido de humor. Não procuro respostas, são mais interrogações.
9. Qual é a sua característica que mais detesta? _ Ter carradas de alergias, a quase tudo. Uma maçada.
10. E a que mais antipatiza nos outros? _ A estupidez e a má educação.
11. Como é que lida com a frustração? _ Primeiro sofro, é uma contrariedade. Depois sigo em frente.
12. O que é que demarca o território da intimidade? _ A liberdade de ter um espaço e um tempo só nossos.
13. Que pessoa viva mais admira? _ O meu marido, um homem excecional, a vários títulos. Quando o conheci jogava hóquei em patins e tocava contrabaixo. E tinha duas paixões, o Jazz e a Bossa-Nova. Ainda hoje.
14. E a que mais despreza? _ Não desprezo ninguém, já não tenho idade para isso.
15. Qual é a qualidade que mais aprecia numa mulher? _ A inteligência e a elegância discreta.
16. E num homem? _ A cultura e o carácter. Mas tanto na mulher como no homem, a amizade leal e a capacidade de rir, mais de si do que dos outros.
17. É doce a sensação de ser mulher? _ Doce porquê? Para a mulher tudo é tão mais difícil...
18. Que mulher gostaria de ver como Presidente da República de Portugal? _ Não há mulher à vista...outrora teria sido a Prof. Teresa Santa-Clara Gomes, da Faculdade de Letras, de quem herdei a paixão pela Cultura Alemã. Uma mulher excepcional, muito à frente daquele tempo.
19. Como interpreta a frase "Não sou racista, tenho até amigos negros"? _ Uma frase infeliz. O racismo, como os outros ismos, que são vários, mostram que ainda não se evoluiu o necessário.
20. O antropólogo José Pereira Bastos defendeu que Portugal devia pedir desculpa aos ciganos. Exagero do investigador? _ Patetice, está na moda escolher e comentar os temas ditos fracturantes. As comunidades ciganas são antigas, os seus hábitos nómadas estão a evoluir, e o que é preciso é que a sociedade (o Estado) lhes garanta saúde, educação, trabalho e o respeito que todos em sociedade merecem.
21. O que responderia a quem que lhe perguntasse ‘A minha filha sente-se um rapaz. O que posso fazer?’ _. Deve ir a um bom Psicólogo, aconselhar-se com ele, dizer que idade tem a sua filha, seguir o acompanhamento feito, voltando lá já com ela, e ver depois o que sucederia. Há casos e casos.
22. Em 2020 feminismo é sinónimo de …? _ Pode ser de tanta coisa...até de ignorância, porque houve um momento histórico bem conhecido, de luta por direitos elementares negados às mulheres, mas estamos no século XXI e a fome no mundo é para mim um problema maior do que esse. Ou o do clima. Ou o da continuação de abuso dos direitos humanos, em todos, crianças e homens, não apenas nas mulheres.
23. Eu não vou em touradas! E a Yvette Centeno? _ Não vou, mas já fui algumas vezes, outrora. Gosto de ver na televisão a Tourada à Portuguesa, cavalos magníficos que desafiam o touro, cavaleiros trajados a rigor, e de grande “Arte”no toureio. Por trás desse espectáculo protege-se uma espécie ibérica, o touro, outra espécie nossa, o cavalo lusitano, e desenvolve-se paisagem e produção agrícola que dá trabalho a muita gente. Não aprecio o ser contra por ser contra. Ou são todos vegan e não comem bifinho de lombo, ainda que de vaca?
24. Laura Ferreira dos Santos na sua luta “pelo direito a morrer com dignidade” implorava “só peço o direito a não morrer aos bocadinhos.”. Eutanásia, crime ou compaixão? _ Eutanásia é um assunto científico, médico, com dimensão ética complexa, não vou dar opinião, porque a exigência de um envolve vários à sua volta. Hoje sabemos que não se morre com sofrimento, e há ainda a opção do testamento vital. Uma coisa é pedir que nos matem, outra que não nos deixem sofrer.
25. Eu preocupo-me muito com os animais, mas ser vegan não será um pouco exagerado? _. Para mim é exagerado, por várias razões, prejudica a saúde, em crianças e adultos, com o tempo; e é tão mais caro...ser vegan é por vezes outra maneira de ser diferente.
26. ‘Nasceu-te um filho. Não conhecerás, jamais, a extrema solidão da vida…’, versos de Jorge de Sena. Subscreve? _ Não. A Mécia, sua mulher de nove filhos é que poderia dizer isso...os filhos não são coisa nossa, são vidas outras, autónomas, tanto exemplo de pais ou mães com filhos e votados à extrema solidão da vida. Sena: um desabafo poético...
27. Já se sentiu roubada no seu tempo para escrever? _ Já. A vida não pára, à volta de um escritor. Mas não se trata bem de ser roubada, é antes interrompida...a escrita recupera-se, a vida nem por isso.
28. Quais são os seus escritores preferidos? E os poetas? _ São muitos, mas alguns deixaram marcas, conforme a idade em que os li: Prévert, quando era jovem, Michaux mais tarde, e René Char, Baudelaire e Rimbaud, já como estudiosa, Goethe, por razões óbvias, é a razão do meu doutoramento, os do Bauhaus, os surrealistas, são muitos e ainda leio muito, leio sempre. E faltam ainda outros, de vários continentes. Dos que traduzi (também traduzo) o mais influente foi Paul Celan. Depurei a minha escrita, ao lê-lo.
29. Alexandre O’Neill disse que achava muito mais tocante para um poeta o aperto de mão de um leitor que a crítica de um crítico. E a Yvette Centeno? _ Uma conversa, sim. Mas há críticas (raras) que nos leem por dentro. E isso faz-nos bem, sentir que comunicámos. Mas não escrevo para a crítica, quem escreve arrisca-se ao bom e ao mau, é assim, e deve continuar o seu caminho sem dar importância ao que se diga.
30. Um verso de que goste muito? _ De Sophia: ia e vinha / e a cada coisa perguntava / que nome tinha.
31. Quem é o seu compositor preferido? _ Mozart; e Wagner...
32. Com quem dançaria até às 5 da madrugada? _. Outrora dancei até às cinco, até às sete, mas já namorava, e era com o meu marido. Também já com ele ia ao Hot Club, a cave dos melhores do mundo, e ficava por lá a ouvir Jazz, ou Bossa Nova, pela noite fora. Era a minha segunda vida, de noitadas e boémias.
33. Qual é o seu maior arrependimento? _ Não tenho. Escolhi a vida que vivo (excepto este corona –vírus!). Ah, lamento não ter aprendido polaco, quando a minha mãe era viva.
34. Qual é o seu actual estado de espírito? _. Sinto que fui uma privilegiada. Vivi entre duas pátrias, Portugal e França. E sempre ligada às artes. Queria escrever, escrevo. Casei, tive filhos, tenho netos, tenho amigos, mesmo os de longe, aos oitenta anos não posso pedir mais nada.
35. Ainda se morre por amor ou isso só acontece nos poemas de Teresa Horta? _. Cada qual, poeta ou não, saberá dizer melhor. A Teresa Horta ainda está viva e escreve...poderá responder.
36. Qual a actriz que gostaria que a representasse num filme sobre si? _ Marina Vlady (mas não é do seu tempo…)
37. Uma palavra de que goste. _. Uma? Depois de tantas por aqui? Amizade.
38. Um poema que seja seu. _ “Toda a arte é limiar / toda a arte é limite”
39. Depois deste suplicio que pergunta gostaria de me fazer? _. Como é que isto lhe passou pela cabeça, Luís? Efeitos do confinamento??? E que método vais usar? Freud, Jung, Lacan, Tomatis?
Foi um privilégio ter contado consigo, muito obrigado Professora Yvette Centeno!
Luís Galego, 16.04.2020
2 notes
·
View notes
Text
esse mês completou 1 ano e meio que meu pai faleceu e o luto ainda é persistente, e sinceramente, carregarei esse luto pelo resto da minha vida. e eu sei que nunca mais serei PLENAMENTE feliz, pois o vazio da ausência dele jamais irá embora.
meu coração se parte cada vez que lembro que viverei praticamente uma vida inteira sem ele, que meus filhos não vão o conhecer e me dói ainda mais saber que eu não pude retribuir 100% de tudo que ele fez por mim, por minha mãe e por meus irmãos.
eu tenho vontade de gritar com cada membro da minha família: “Por favor, não se esqueçam do meu pai, nunca.” porque só de pensar que ele pode ser esquecido por alguém, minha dor aumenta. eu quero a memória dele VIVA em cada dia da minha vida.
o luto é surreal. no velório eu fiquei calma, no enterro eu fiquei um pouco longe porque sabia que seria o momento mais doloroso do funeral. me arrependo disso, por ser covarde, por não estar lá quando abriram o caixão dele pela última vez, por puro egoísmo, por pensar que eu não aguentaria ver ele pela ultima vez.
o luto traz o irracional das pessoas, muitas vezes.
4 dias depois do enterro, voltei ao cemitério com a minha mãe, meus irmãos, minha cunhada e minha sobrinha.
fiquei olhando aquele túmulo recém-construído, apenas no cimento e fui esmagada pela dor insana da realidade de que meu pai não existia mais, que ele não estaria em lugar nenhum nunca mais. e aí fui esmagada novamente pela dor ao olhar para a minha sobrinha e saber que ele não estaria em casa para brincar com ela, nunca mais.
eu não queria ir embora do cemitério porque a minha parte irracional não conseguia entender que era apenas o corpo dele ali. Era meu pai e eu não podia deixá-lo lá, cada passo que eu dava em direção a saída do cemitério meu coração se partia, eu ficava olhando pra trás em direção ao túmulo dele, a dor me dilacerava, eu não queria sair de perto dele, não queria deixá-lo sozinho.
a dani que existia enquanto o pai estava vivo, não existe mais. finalmente compreendi a frase que diz que a dor muda as pessoas, felizmente mudei para melhor, alguns iriam dizer que me tornei mais dura, mas não é verdade.
quando você vive uma experiência de morte, sua visão sobre a vida MUDA. eu não tenho mais paciência para coisas que não importam. eu só quero viver minha vida com amor, paz, sem preconceitos. dessa vida não levarei absolutamente nada material.
eu sei bem que quando morrer, meu corpo se tornará pó, quero viver essa vida na maior simplicidade e leveza possível. eu não quero ser lembrada pelos meus bens materiais, pela minha profissão - quero ser lembrada pela forma que tratei outros. esse é um dos muitos valores que meu pai me deixou.
ainda sinto muita revolta pela série de negligências que o levou a morte. sinto revolta porque a pessoa que contaminou meu pai levou em consideração o discurso negacionista do ex-presidente da república.
me dói saber que meu pai se tornou parte de uma estatística cruel: ele foi um dos 701.494 mortos pela COVID-19, me dói saber que ele não realizou o sonho de se aposentar. ele tinha apenas 63 anos, uma vida toda pela frente.
ainda estou tentando me reencontrar com meu espiritual, ainda não consegui, mas sigo tentando acreditar em Algo que alivie minha dor. gosto de pensar que meu pai ainda cuida de mim e da minha família, onde quer que ele esteja.
te amo, papai. para sempre ❤️

16 notes
·
View notes
Text

eldiarioes
Tiene 100 años y la memoria intacta. Albina Pérez Fernández (León, 1925) acaba de cumplirlos rodeada de su familia tras una vida marcada por la represión franquista. A su padre lo iba a visitar con solo diez años a la cárcel de San Marcos, donde fue encarcelado nada más iniciarse la Guerra Civil. Ella misma fue la que años después pasaría por prisión tras ser condenada en 1947 junto a otros 13 miembros de la Federación Universitaria Escolar (FUE) por su actividad antifranquista. Ellos eran quienes estaban detrás de la histórica pintada ¡Viva la universidad libre!, trazada en el ábside de la Facultad de Filosofía y Letras de la actual Universidad Complutense de Madrid. Fue el arquitecto Pablo Pintado, uno de los condenados, el que se reivindicó como autor material del grafiti antifranquista. “Yo no estuve en la pintada, pero compré la pintura”, cuenta Albina por teléfono desde la casa en la que vive, en León, 58 años después de aquello. De aquel grupo de estudiantes, Albina y Nicolás Sánchez-Albornoz, hijo de Claudio Sánchez-Albornoz, presidente de la República en el exilio, son hoy los dos únicos supervivientes. La FUE escribió en la pared de la Complutense el lema ¡Viva la universidad libre! y los apellidos de Lorca y Machado junto al nombre de Miguel Hernández, los tres escritores víctimas de la dictadura. Los activistas idearon una fórmula a base de nitrato de plata para que las letras se fijaran al ladrillo y solo fueran visibles con la luz del día y se ocultaran por la noche. Para borrarlas, solo pudieron picar en la piedra, lo que hizo que el rastro del lema se mantuviera.
5 notes
·
View notes
Text
Blue Panther, Mistico, Ultimo Guerrero & Volador Jr. vs. Bryan Danielson, Claudio Castagnoli, Jon Moxley & Matt Sydal (CMLL Homenaje a Dos Leyendas 2024)
QUE VIVA LA SANTA LUCHA LIBRE.
A la hora de reseñar esta lucha tuve un gran problema: Tenia que escribir esto en Español si o si.
No veo mucho al Consejo Mundial de Lucha Libre comparado a otras empresas, pero pasa algo fascinante con sus shows y es que puedes volver a arrancar desde cualquier punto de la historia y encontraras lucha libre de calidad. Esta lucha no fue la excepcion a la regla, porque esto realmente se sintio como algo historico.
Ultimamente se habla mucho de historia en la lucha libre, y cada vez se vuelve mas descarado el uso de frases como "la lucha que cambiara la historia", pero parte de mi desea creer que esta lucha si es el caso. "Homenaje a Dos Leyendas" fue un gran evento de pies a cabeza, pero este evento principal supero todas las expectativas que se tenian.
Un show de tal calidad llamo la atencion de muchas personas, y la presencia de estrellas tan grandes en Mexico le dio un valor importante. Los mismos de siempre saltaron a desprestigiar este combate, hablando de que mientras otros luchaban en Wrestlemania, tanto Moxley como Danielson iban a luchar a salones de bingo en Mexico, pero creo que en estos casos los hechos hablan por si solos.
No me gusta decir que alguien es ignorante en algo tan amplio como la lucha libre, pero tenes que elegir negar el impacto que tiene el CMLL en la historia del deporte, y tenes que estar en una marca diferente de Copium para decir que la Arena Mexico, una arena que muchos conocen como "La Catedral", es un salon de bingo.
Esta lucha muestra dos cosas: La primera es que la percepcion internacional de la lucha libre ya no se enfoca exclusivamente en Estados Unidos, porque el ambiente que se vivio en la Mexico fue algo que pocas si no ninguna empresa actual es capaz de replicar. Un momento historico como ningun otro, donde los mejores luchadores del mundo se juntaban en un solo lugar en un choque de titanes que no se puede lograr en la era moderna.
La segunda es que la idea del exito en la lucha libre ya no esta relacionada a WWE y a luchar en Wrestlemania. En palabras de un profeta conocido: "Gano el vertigo, el wrestling cambio! Es otra lucha libre, señor presidente!"
Con la globalizacion a flor de piel y un producto que sencillamente esta en una epoca dorada, poco hay que preocuparse por el rating y mas por la calidad de lo que estamos viendo. Este show en la Arena Mexico fue la prueba de que la lucha libre ya no es un juego de gringos, porque en realidad nunca lo fue. La lucha libre llega a todas partes del mundo, y de todos los paises imaginables.
Mexico, Japon, Reino Unido, y hasta otras empresas en Estados Unidos presentan nuevas oportunidades para luchadores jovenes, y en este caso, luchadores experimentados que buscan explorar nuevos aires y estan en el segundo pico de su carrera, como el caso de Moxley y Danielson.
Me podria sentar aca horas a escribir maravillas sobre luchadorazos como el señor Blue Panther, o el gran Volador Jr, y ni hablar de la leyenda viva que es Mistico (que fue victima de un maltrato en las empresas norteamericanas y que despues de años finalmente esta siendo recibido con el respeto que merece) pero prefiero que ustedes vean este combate por si mismos y se deleiten como yo, porque la santa lucha libre esta de regreso, y la historia se reescribio.
Ahora a esperar el Blue Panther vs Bryan Danielson.
#cmll#bryan danielson#bcc#blue panther#jon moxley#mistico#matt sydal#claudio castagnoli#volador jr#ultimo guerrero#aew#all elite wrestling#consejo mundial de lucha libre
4 notes
·
View notes