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pleasantdestinydragon · 4 years ago

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QUINTO ATO

Nova York – Estados Unidos

Este era o quinto dia em que 99% do planeta, com exceção do pequeno arquipélago das Bermudas, estava sob a ação de poderosas e incontroláveis forças naturais vindas do espaço sideral. O Hades parecia haver subido à Terra com sua mortalha sombria e gélida para completar o trabalho sideral e conduzir todos os viventes do planeta ao sepulcro coletivo, bem abaixo da linha da terra.

Em Saint George os relógios marcavam nove horas da manhã, mas em Nova York, onde o tempo estava paralisado, nenhuma espécie de relógio funcionava, fosse ele movido a corda, pilha, bateria, quartzo, eletricidade, energia solar ou atômica ou até mesmo os antigos relógios de sol – já que não havia luz solar.

A Organização das Nações Unidas estava com o seu Conselho de Segurança reunido extraordinariamente, mas desta vez, apenas com os representantes dos cinco países membros permanentes (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia). Os outros dez países membros não permanentes do conselho – que são eleitos a cada dois anos – não puderam participar das discussões. No evento de hoje, somente os quatro presidentes e um primeiro-ministro do seleto clube permanente e dois de seus mais diretos assessores estavam na sala de reuniões da sede em Nova York, além do secretário da mesa. Todos buscavam decidir o que fazer para resolver a questão do inexplicável e gigantesco fenômeno climático que havia transformado o planeta em um vasto, sombrio e incomunicável território – que parecia ter retrocedido à tenebrosa Idade das Trevas.

Os dignitários do Conselho de Segurança e seus assessores já se encontravam na cidade, desde o dia trinta de julho, para comparecerem no dia seguinte à reunião anual da cúpula do Conselho – a 76ª. – a ser realizada no prédio da ONU, para discussão sobre o conflito envolvendo árabes e israelenses e os testes nucleares iranianos. Devido à neblina e ao fechamento de portos e aeroportos, ocorrido poucas horas após o encerramento da cúpula, nenhum deles pôde deixar a cidade ou utilizar navios, aviões ou helicópteros para outros deslocamentos, nem mesmo veículos automotores movidos a eletricidade ou energia solar, já que a pane de telecomunicações, eletromagnética e de computadores impedia o funcionamento de qualquer tipo de equipamento ou de veículo onde estivesse embarcado ou instalado um sistema elétrico, eletrônico, eletromagnético, informatizado ou monitorado por satélite.

A providencial realização da reunião de cúpula na véspera do nevoeiro permitiu que fosse realizada a reunião extraordinária do Conselho de Segurança – se assim não tivesse acontecido, poucos dignitários poderiam sair de seus países e chegar até Nova York.

As discussões se iniciaram com a análise individual de cada um dos membros do Conselho sobre a grave crise mundial, onde se relatou uma verdadeira catástrofe global em andamento no planeta, sob o olhar atento do secretário responsável pela elaboração da Ata de Reunião Extraordinária.

O presidente americano, estarrecido, disse: “Como presidente deste Conselho de Segurança deixo registrado que é inadmissível esse blecaute generalizado! Pior ainda é a presença desse estranho bloqueio físico, lógico, eletromagnético e de telecomunicações, onde barcos, aviões, trens e qualquer espécie de veículo de transporte estruturado ou comandado por computadores como automóveis, caminhões ou até mesmo elevadores fiquem sem funcionar. Como ficará a nossa estação espacial? E a base de pesquisas das geleiras do polo Sul da Lua, permanecerá incomunicável e perdida no espaço sideral? E o nosso restaurado telescópio espacial – o Hubble – o que será dele? É lamentável e doloroso falarmos sobre a escuridão total do planeta e dos incalculáveis prejuízos sofridos pelo sistema financeiro internacional, bolsas de valores, bancos, seguradoras, operadoras de cartão de crédito, telefonia, seguro saúde e órgãos governamentais. Como ficarão as Forças Armadas, as nossas polícias e as indústrias bélicas? Perdidas e em pânico – com suas finanças arruinadas e com seus bancos de dados inacessíveis. Como ficará o tesouro nacional? É inaceitável que isso seja permitido por nós, os dirigentes mais poderosos do mundo. Coloco à disposição do mundo em perigo, nossa extraordinária força militar: os porta-aviões USS Theodor Roosevelt e USS Enterprise, submarinos nucleares, aeronaves, satélites e até mesmo os recém-aposentados ônibus espaciais, além dos cinco comandos militares americanos: Norte, Sul, Europeu, Central e Pacífico. Ofereço ainda os magníficos e imbatíveis serviços de pelo menos 100 caças invisíveis F/A 22 Raptor, produzidos pela empresa americana Lockheed, que nos custaram US$ 96 milhões a unidade e que são considerados os mais modernos e mais destrutivos caças da história da aviação de combate mundial. A América não ficará muda ou inerte frente a essa gigantesca ameaça global. Nós podemos enfrentá-la! Nós podemos!”

O premiê britânico, pesaroso, falou: “Sou solidário com as pessoas deste mundo que estão sofrendo e que enfrentam graves dificuldades resultantes da pane generalizada nos equipamentos ou sistemas informatizados, privados ou públicos, instalados na sinalização urbana, semáforos, centros de pesquisa, observatórios espaciais, universidades, escolas, hospitais, portos, aeroportos, estações de trem e empresas em geral. A situação urbana, totalmente caótica, traz sérios riscos à vida das pessoas e à segurança pública, sujeita a atos de vandalismo, saques, roubos, furtos, estupros e desordens públicas generalizadas, agravadas pela redução total dos veículos de transporte e pela falta de iluminação e de visibilidade nas ruas. Estou pessoalmente estarrecido com o quadro atual do mundo. Vou sugerir ao representante da Coroa Britânica – Charles de Windsor – a doação de um milhão de libras esterlinas para os cidadãos mais pobres do mundo – os africanos! Do mesmo modo, recomendarei ao Instituto Real para Assuntos Internacionais que contribua com 500 mil libras esterlinas, e ao Comitê dos 300 que doe 600 mil libras esterlinas para os pobres de países sul-americanos como Paraguai, Bolívia e Venezuela. Nossos mais renomados cientistas – de Cambridge, Oxford e da Universidade Imperial de Londres – ainda estão pesquisando para saber o que é e como pode ser enfrentado esse misterioso fenômeno climático espacial, com os equipamentos e ferramentas rudimentares que nos restaram, já que não podemos usar redes de computadores, satélites, aeronaves e equipamentos de prospecção espacial que são controlados e operados por computadores ou satélites! As poucas notícias que tenho recebido de Londres estão chegando através de emissários do MI-6, que têm se deslocado até Nova York, montando cavalos de puro sangue inglês – na parte terrestre –, e navegando em barcos a remo – na parte marítima –, como faziam nossos antepassados há mais de duzentos anos!”

O presidente francês, resignado, disse: “Nós, franceses, estamos vivendo uma situação semelhante – uma súbita e indesejada volta ao passado! Somos solidários com a população mundial e principalmente com o drama enfrentado pelas empresas geradoras de água, eletricidade, gás e energia nuclear, da maior parte dos países, que também estão sem funcionar devido à pane tecnológica. Não existem mais empresas que tenham condições técnicas de fornecer esses bens insubstituíveis – o que é um verdadeiro caos! Onde foi parar a energia elétrica? Onde? Os cientistas franceses, especializados em estudos espaciais e cosmológicos, ainda não obtiveram o menor resultado positivo em suas pesquisas e prospecções espaciais ou climáticas. As principais fontes literárias e científicas disponíveis nas melhores bibliotecas da França – os livros impressos – não nos forneceram indícios que nos levem às causas matrizes desse trágico fenômeno climático ou espacial! Continuaremos nossas pesquisas avançadas!”

O presidente russo, com o semblante sério e acenando com a cabeça em tom de aprovação, falou: “O povo russo não deixará o mundo sem defesa e auxílio, do mesmo modo que fizemos para encerrar a 2ª. Grande Guerra. Fico muito preocupado com a nossa exploração e refino de petróleo, grandemente prejudicada por essa crise climática, que não é de nossa responsabilidade, ou melhor, não foi causada por nenhuma de nossas armas biológicas ou nucleares. Suspeito que esse gigantesco furacão possa ter sido causado artificialmente por nossos inimigos, mas possivelmente essa arma desconhecida saiu de controle. Como é que bússolas, computadores, celulares, radares, sonares, rádios, navegadores via satélite e qualquer tipo de equipamento ou arma informatizada ou dependente de satélites, simplesmente deixaram de funcionar? Mais me parece ser uma espécie desconhecida de sabotagem cibernética. O Conselho de Segurança deve dar uma dura resposta a essas provocações desconhecidas!”

O presidente chinês, com sua habitual frieza, falou: “A República Popular da China repudia veementemente o que está acontecendo no mundo, tanto no oriente quanto no ocidente. Como legítimo representante do povo chinês, eu discordo do colega russo e também não acredito em sabotagem ou em arma letal descontrolada que possa causar um evento sinistro de tamanha magnitude e poder de destruição. Nossos cientistas – peritos em climatologia e cosmologia – bem como a nossa agência aeroespacial, estão unidos na busca de uma solução pacífica para essa crise, que não é de homens contra homens, ou de nações contra nações, mas é uma crise muito maior – da natureza contra o homem. Dizem que somos uma nação sem liberdade e que desrespeita os direitos humanos, mas a China caminha a passos largos para a liderança do capitalismo econômico que se casa muito bem com o comunismo político e social, pois somos a única nação do mundo que conseguiu conciliar desenvolvimento econômico, bem-estar social e segurança interna, para benefício de mais de um bilhão de habitantes. Lamento profundamente a pane tecnológica generalizada e sou solidário com as redes sociais, os sites de relacionamento, o correio eletrônico, as consultas e as pesquisas instantâneas da Rede Mundial de Computadores, que tão repentinamente desapareceram. Não se pode negar que o patrimônio virtual da humanidade está virtualmente enterrado. Porém, as forças armadas chinesas lutarão até o último homem para enfrentar essa terrível ameaça.”

Um terrível e aterrador silencio se fez na sala de reuniões do Conselho de Segurança, onde os cinco principais líderes mundiais, cercados por seus assessores, haviam acabado de discutir causas e efeitos de um terrível fenômeno que, a bem da verdade, eles desconheciam totalmente. O secretário da mesa do Conselho limitava-se apenas a anotar manualmente tudo o que era dito pelos dignitários, sob a luz de lamparinas a querosene!

Na imponente sala revestida com couro natural, uma tela pintada em 1601 por Michelangelo Caravaggio, intitulada “Crucificação de São Pedro”, destacava-se dependurada em uma de suas paredes, onde, magistralmente, o controvertido pintor imprimiu aspectos mundanos a um famoso evento bíblico. Nessa tela de fundo negro, a figura do protagonista, o apóstolo Pedro, era o destaque com sua expressão facial de dor, tristeza e resignação – enquanto era mecanicamente martirizado, de cabeça para baixo, por seus três anônimos algozes. Caravaggio é considerado o pai do tenebrismo, porém o que é verdadeiramente obscuro e tenebroso: o martírio, com seus algozes e vítima inocente, ou a retratação dessa realidade, sob a ótica de Caravaggio?

Repentinamente e à frente da tela de Caravaggio, a figura de Govinda materializou-se. Essa inusitada aparição, ao som de “Lohengrin” – em seu prelúdio –, deixou todos os presentes boquiabertos e perplexos.

O primeiro líder a se manifestar foi o presidente americano, que atônico, questionou em voz alta: “Que espécie de brincadeira é essa? É uma experiência de teletransporte da NASA, acompanhada pela melodia de Wagner? Esta sala é território inviolável e sigiloso. Alguém chame a segurança imediatamente!”

O premiê britânico imediatamente se levantou e disse: “Parem com tudo. Não façam nada, pelo menos por enquanto. Já temos problemas demais, que parecem ser insolúveis. Não vamos começar uma nova crise – desta vez de segurança doméstica!”

Govinda, encarando em pé e com benevolência o líder britânico, disse: “Ouvi os discursos de vocês – quase todos vazios e delirantes. Esta sala se parece com o polo sul da Lua – gélido e escuro – onde nem a luz solar chega. Vocês deveriam ao menos entender a mensagem de Caravaggio, presente na tela que está às minhas costas: gênios, nobres, profetas ou pessoas comuns são apenas seres humanos, que sentem dor, prazer, alegria e solidão. Obscuro ou tenebroso não é aquele ser que retrata a vida humana ou aponta os erros alheios, mas sim quem carrega a escuridão consigo e a espalha – como uma terrível praga! Aprendam com Caravaggio que, apesar de sua breve e desregrada existência, era um artista genial, que em suas telas de episódios bíblicos, retratava sentimentos, alegrias e dores dos homens anônimos das ruas de Roma.”

Antes que fosse interrompido, Govinda completou: “Vejo que o presidente americano é um apreciador da arte e da música clássica, como eu sou! Isso seria motivo de alegria se não estivéssemos em um estado tão crítico. Porém, fora deste pequeno e escuro mundo de vocês, hoje é o dia cinco de agosto do ano de dois mil e vinte e um, mas vocês nem se lembram mais de datas e perderam completamente a noção das horas – para vocês o tempo não existe mais! É até normal que isso aconteça, já que os movimentos de rotação e translação do planeta Terra estão praticamente paralisados, como todo o resto! Saibam que não estou entre vocês para lhes censurar e nem para lhes fazer qualquer tipo de mal. Já basta o mal que vocês fazem a si mesmos! Não desejo disputar coisa alguma com vocês, pois sei que seria uma disputa desigual. Eu sei que os cinco maiores líderes mundiais estão nesta sala fechada tentando resolver a grave crise que trouxe a escuridão total, a ausência de energia atômica, elétrica, eólica e solar e o bloqueio de todas as telecomunicações, além de um sem número de mazelas para 99% da humanidade. Estou falando no idioma hindi, porém cada um de vocês e seus assessores estão me ouvindo em seus próprios idiomas. Esse recurso que utilizei é chamado “o dom de línguas”, porém o que realmente interessa é que eu não tenho muito tempo para gastar com explicações inúteis, pois todo o planeta está em perigo real há cinco dias!”

O presidente chinês, interrompendo a fala de Govinda, disse: “Como o senhor pôde ouvir nossos discursos se nem estava nesta sala? Vejo que o senhor sabe quem nós somos, mas quem é o senhor, e o que deseja de nós?”

Govinda de pronto emendou: “Meu nome é Govinda Gopala e vim diretamente do arquipélago das Bermudas, onde participei e venci há dois dias, o Desafio dos Sábios, um renomado concurso cultural organizado pela UNESCO e patrocinado pela Fundação Rockefeller. Por que estou aqui? Para dar-lhes o aviso final emanado por aquele que tudo sabe e tudo vê, e que é o único responsável pelo fenômeno espacial que está em vias de destruir quase toda a humanidade – o próprio Deus vivo!”

O presidente russo, espantado disse: “O Desafio dos Sábios é um evento real e conhecido, mas ainda não sabemos quem conseguiu vencê-lo. É notável a sua coragem de vir até aqui para falar em nome de um Deus que para nós comunistas, não existe!”

O presidente chinês, a contragosto, falou: “Desta vez sou obrigado a endossar as palavras do camarada russo. Como é que um desconhecido vindo das Bermudas – um conhecido paraíso natural e fiscal – pode ser o representante de um Deus que é apenas uma invenção humana dos capitalistas?”

O presidente francês, com diplomacia, falou: “Não estamos nesta reunião extraordinária para discutir o sexo dos anjos ou para contrapor o comunismo ao capitalismo. Nem mesmo para discutir se Deus existe ou inexiste!”

O presidente americano, contrariado, retrucou: “É conveniente que o desconhecido Govinda Gopala vá embora e nos deixe resolver os assuntos reais e concretos que dizem respeito apenas aos membros deste egrégio Conselho.”

O premiê britânico, em tom conciliador, disse: “Por que Govinda Gopala teria que deixar esta sala? Conforme o regulamento da ONU qualquer tipo de resolução emanada por este Conselho deve ser unânime para que possa ser colocada em prática. Coloco em votação a proposta americana de expulsão do senhor Govinda Gopala desta sala. Se houver unanimidade nos votos a favor, ele sairá. Eu voto contra a proposta!”

O presidente francês, de imediato, respondeu: “Meu voto também é não. Govinda Gopala deve permanecer e ser ouvido a respeito desta crise. Quem não estiver satisfeito com esta resolução aprovada, tem duas opções: não se manifestar ou então sair desta sala!”

O presidente russo e o chinês se entreolharam e nada disseram, enquanto que o presidente americano murmurou: “Eu não acredito no que estou ouvindo!”

Govinda, com indulgência, falou: “Agradeço ao premiê britânico e ao presidente francês pela confiança demonstrada em alguém que realmente pode ser um louco ou um mágico, ou até mesmo o verdadeiro dono do mundo. Se eu fosse condicionar minha ajuda aos homens, aos votos de apoio recebidos neste Conselho – dois a favor e três contrários – a humanidade estaria condenada! Olhem novamente para a tela de Caravaggio – onde três carrascos crucificam um inocente chamado Pedro. Poderá uma turba ou força me dominar?”

Govinda, encarando com severidade o presidente americano, disse: “A humanidade dá a impressão de que em apenas cinco dias retrocedeu mais de duzentos anos, voltando ao tempo das diligências do velho Oeste americano, abruptamente – onde carroças eram puxadas por cavalos; viajantes eram transportados por diligências; locomotivas a vapor cortavam um território sem lei; revólveres e espingardas ficavam à mostra; ruas e estradas empoeiradas e perigosas revelavam uma profusão de bares, tavernas e prostitutas; lamparinas queimavam óleo para iluminar os logradouros; a bebida alcoólica era o bálsamo preferido para curar as feridas; as águas para beber e lavar eram retiradas manualmente de poços; esgotos e ratos corriam livremente a céu aberto; e garimpeiros, pistoleiros e ladrões burlavam a lei e a ordem, em busca de ouro, dinheiro e vida fácil – em uma terra de ninguém! Será este o panorama sombrio de hoje? Esta volta ao passado é motivo de orgulho para a América, senhor presidente? Parece-me que os presidentes americanos que sucederam John F. Kennedy se esqueceram dos compromissos e obrigações que nortearam a elaboração da “Declaração de Independência”, de 04 de julho de 1776. Agora, o retorno da memória ao ano de 1776 é importante e necessário, pois os princípios fundamentais da Declaração de 04 de julho é que deveriam nortear as ações de governo, que hoje estão perdidas no limbo do domínio financeiro e militar do mundo. O senhor presidente é capaz de entender minhas palavras, faladas agora na língua inglesa? É capaz disso?”

Antes que alguém se manifestasse, Govinda completou: “Um mundo chamado Terra está em estado cataléptico e à beira de um grande e devastador cataclismo. Todo o planeta, exceto as Bermudas, desde o primeiro minuto de domingo, está sob o efeito irresistível de dois gigantescos buracos negros espaciais – um cone no hemisfério Norte e outro cone no hemisfério Sul do planeta. A espessa névoa que todos enxergam na ilha de Manhattan é apenas a camada interna desse gigantesco fenômeno espacial do Norte, resultante da poderosa força de aspiração espiral do buraco negro, que além de sugar a energia e a matéria, suga também a luz solar e a atmosfera circundante. É um terrível e mortal cataclismo – criado por mim! É mortal, desde que continue a sugar sem ser detido. Esses buracos negros possuem uma característica singular – diferente dos demais – pois além de serem fenômenos de baixa intensidade, eles estão sugando e deformando o continuum espaço/tempo desde o início do domingo passado, dia primeiro de agosto. Eu então lhes pergunto: de domingo passado até hoje, quantos dias transcorreram? A resposta é cinco dias. Sim, pelo menos virtualmente e enquanto assim eu determinar. O tempo realmente existe? Qual é a velocidade do tempo? Quem é que está no controle de tudo: o Conselho de Segurança, o presidente americano, o sol vermelho – Mao –, ou o grande pai – Stalin? Eu mesmo lhes respondo: eu estou no controle absoluto de tudo e eu sou o único juiz habilitado a lhes julgar – e é exatamente isto o que já está se processando, devido ao estado caótico do mundo dos homens!”

O presidente russo, com impaciência, falou: “Suas próprias palavras o denunciam como o terrorista que procuramos: alguém que se julga acima do bem e do mal, e que ousa criticar o grande Joseph Stalin. Para que governo o senhor trabalha? Quanto lhe pagaram?”

Govinda, respondendo em russo, disse: “Não temos muito tempo. Minha nação é presidida por Deus e o meu trabalho não tem um preço – pois se um valor houvesse para o que eu faço, vocês nunca poderiam pagá-lo! Os capitalistas dizem que tempo é sinônimo de dinheiro, e que templo é indicativo de Deus. A verdade é esta: templo é fonte de dinheiro do mesmo modo que tempo é propriedade de Deus. E quanto aos comunistas, saibam que sei que seu ateísmo e materialismo são subterfúgios para que ocupem o lugar de Deus na Terra. Para isso estão reabilitando e santificando seus líderes mortos, como Stalin e Mao!”

O premiê britânico, com interesse, falou: “Senhor Govinda, suas revelações, ainda que improváveis, são impressionantes. Realmente o mundo que conhecíamos até cinco dias atrás desmoronou e regrediu mais de dois séculos de história. E falando em história, lembrei-me da França de Joana d’Arc, onde uma pobre e iletrada camponesa de dezesseis anos ofereceu-se para salvar a França, no interlúdio da Guerra dos Cem Anos. Ela fez o seu trabalho, mas foi capturada e executada por seus inimigos.”

O presidente francês, intervindo, murmurou: “Joana d’Arc é uma heroína francesa – o maior patrimônio da França, juntamente com o Louvre e a Casa da Ópera de Paris. O colega britânico se esquece de que foram os ingleses que queimaram Joana d’Arc na fogueira! Então, senhor Govinda, eu lhe pergunto: se sua missão é tão divina quanto a de Joana, o que devemos fazer para conter e derrotar essa ameaça que o senhor mesmo criou?”

O presidente chinês, atônito, resmungou: “Não admito que se macule a memória sagrada do grande timoneiro do socialismo – Mao Tsé-Tung. E se esse profeta falastrão é de fato tão poderoso, sua verdadeira missão não é salvar a humanidade, mas promover a sua destruição. Ou então cobrar um alto resgate pela vida humana. Talvez ele seja o próprio Anticristo, e este seja o seu primeiro grande passo para a dominação da Terra!”

O presidente americano, boquiaberto, falou: “Desculpe-me o colega chinês, mas é um absurdo que se fale em Anticristo, que é uma figura alegórica do Novo Testamento Cristão, enquanto que é notório que na República Popular da China não se tolera o cristianismo. Eu, ao contrário, sou um homem tolerante e prático, e apesar de nacionalista não levarei em conta as ofensas pessoais feitas por Govinda, quando fez comparações grosseiras entre o mundo atual e o velho Oeste americano. Ainda assim, nós da América podemos ser condescendentes e humanos. Sim, nós podemos!”

O presidente russo, um tanto quanto contrariado, disse: “É muito tocante o declarado amor do colega francês pelo Louvre e suas 35.000 peças expostas. Perdê-las da noite para o dia seria um golpe difícil de suportar-se. Porém, o gigante Hermitage, localizado no centro histórico de São Petersburgo, na bela Rússia, com seus oito prédios que abrigam 3 milhões de itens, entre eles mais de 734 mil monumentos arqueológicos, pouco mais de 16 mil pinturas e 12 mil esculturas, é certamente o maior e mais importante acervo artístico e cultural do mundo. Temo pela falta que fariam ao mundo telas como “Casa Branca à Noite” de Van Gogh, “La Danse” de Matisse, “Composição IV” de Kandinsky, “Madonna Conestabile” de Rafael, e “Madonna Benois” de Da Vinci. Será que a destruição da Estátua da Liberdade, do Louvre, do Big Ben, dos oito mil guerreiros de terracota de Xian, ou da muralha da China provocariam algum tipo de dano irreparável ou consternação social?”

Govinda, com um leve sorriso nos lábios, disse: “Eu presenciei a construção do Palácio de Inverno de Pedro, o Grande, no início do século XVIII, e esta era certamente uma magnífica obra arquitetônica, digna de um Czar. Hoje só existe uma pequena parte preservada desse belo monumento que faz parte do complexo do Hermitage. No ano 210 antes de Cristo eu presenciei o enterro do Imperador Qin Shi Huang Di em seu mausoléu, acompanhado do exército de terracota, cuja confecção demandou trinta e oito anos de trabalho de setecentos mil homens! Porém, este não é absolutamente o momento propício para análises históricas, que mais se assemelham a fúteis disputas de vaidades e de intolerâncias artísticas e culturais, enquanto a dor humana e a escuridão prevalecem fora desta sala de reuniões.”

Govinda, encarando com severidade o presidente chinês, falou: “Do mesmo modo que o fascismo e o nazismo foram extirpados, o comunismo também o será! As vítimas desse pérfido regime clamam por justiça! O ateísmo e o capitalismo selvagem não são bem-vistos aos olhos de Deus, porém são assuntos a serem discutidos em outra ocasião – se ainda houver um amanhã para vocês! Agora, não é nenhuma surpresa que eu resolva uma situação que eu mesmo criei, pois vocês também criam as crises e os problemas para que depois um de vocês apareça milagrosamente como o salvador da pátria. No meu caso, o Deus que faz e desfaz é o mesmo! Como é possível que cada um dos presentes esteja me ouvindo em seu próprio idioma se estou falando na língua grega e ninguém está usando um aparelho de tradução simultânea?”

Govinda, em tom mais sereno e profético, disse: “Pelo que sei o planeta Terra não executa mais a sua órbita sideral, e a energia elétrica – uma poderosa força que até hoje a ciência não conseguiu explicar – desapareceu, do mesmo modo que as ondas de rádio e de televisão e todo o eletromagnetismo, impedindo o funcionamento de aparelhos ou equipamentos elétricos, eletrônicos, magnéticos, informatizados e operados por satélites. Desse modo toda a tecnologia desenvolvida em pouco mais de sete décadas desapareceu misteriosamente. Por sorte a força da gravidade está intacta, senão o caos seria galáctico. Neste instante o mundo está vivendo o seu inverno da vida, por cinco longos escuros e frios dias, onde o Sol permanece imóvel, alheio e distante, pois sua luz e calor não chegam até os homens. As ruas, praças, habitações e prédios se assemelham a um velório coletivo, onde predominam as velas acesas, que queimam dia e noite, em memória da luz perdida. O dinheiro já está desaparecendo de circulação e até mesmo os que têm recursos econômicos não encontrarão alimentos ou água para comprar. Os gigantescos e moderníssimos cofres-fortes dos grandes bancos suíços, britânicos, americanos, japoneses e alemães estão bloqueados e não podem mais ser abertos, por conta da pane tecnológica. Não existe mais sistema bancário e de crédito, transações eletrônicas e dinheiro de plástico. As pessoas marginalizadas nas principais cidades mundiais, que viviam nas ruas ou em guetos, invadiram e se instalaram em órgãos públicos, escolas e mansões. Os mercados, lojas e centros comerciais estão sendo saqueados por gangues de famintos e desordeiros. Tropas militares cercam os mais destacados órgãos públicos em todos os países do planeta. Os presídios estão a ponto de explodir em violentas rebeliões motivadas pela falta de alimentos, água e luz elétrica. Se assim persistir o caos, estará instalada uma nova modalidade de pena de morte em todos os presídios do mundo: a execução sumária pela inanição. Os poucos meios de transporte disponíveis são os de tração animal, como carroças e charretes, além de cavalos, jumentos, mulas e camelos para montaria. Os povos asiáticos, por sua vez, levam uma grande vantagem em relação aos demais por possuírem milhões de bicicletas – de tração humana – muito úteis para a locomoção nesta crise. Porém, eu lhes pergunto: ir para onde ou para quê? Entendam bem: não há mais uma saída para vocês!”

Diante da perplexidade dos mudos dignitários do Conselho de Segurança, Govinda, tomando um novo fôlego, arrematou: “Algumas pessoas desta sala gostam de cenas e de efeitos espetaculares e desta vez serão atendidas. Vocês assistirão a um breve e interessante filme.”

Do centro da testa de Govinda projetou-se um facho de luz sobre a parede logo a sua frente. Surgiram imagens mudas e reais dos habitantes do planeta. Enquanto as cenas se sucediam, ouvia-se ao fundo a voz de Govinda, o narrador, que dizia: “O mundo estará livre do aquecimento global, mas receberá em troca o resfriamento global – mais especificamente o congelamento ambiental. Os homens do campo sobreviverão por mais tempo que os da cidade por dependerem menos da tecnologia, mas à medida que carvão e madeira forem queimados para aquecimento e cozimento, o oxigênio disponível no ar irá gradualmente diminuindo e a fumaça negra aumentando, até um estado limite e crítico, que logo será atingido porque o fenômeno espacial está sugando mais e mais a atmosfera do planeta. Nas regiões mais frias e próximas das extremidades polares, em pouco tempo os estoques de óleo, madeira e carvão estarão exauridos e nada mais restará para manter o aquecimento doméstico ou para alimentar o fogo para cozimento de alimentos – então essas pessoas estarão mortas. Os demais habitantes, ainda que abrigados do frio e da chuva, presenciarão o término dos estoques de alimentos, enquanto que a ausência prolongada de luz solar matará aos poucos todas as espécies vegetais – as principais fontes de alimentos para homens e animais – e depois as marinhas. A ausência do magnetismo lunar enlouquecerá as marés e as estações do ano. Os rebanhos serão saqueados pelos famintos e os animais que sobreviverem aos ataques morrerão de fome, por falta de víveres. As águas ainda mais poluídas e sem tratamento matarão os peixes e trarão muito mais doenças e mortes aos humanos. Em um mundo sem Sol, Lua, água, alimento, energia elétrica, remédios, hospitais, trabalho ou ordem pública, nenhum governo se manterá em pé e a selvageria humana se disseminará das nações pobres para as ricas. Do terceiro para o primeiro mundo. Do Sul para o Norte. Não haverá mais nações, governos, leis, valores sociais, segurança, saúde, patrimônio privado, bancos, bolsas de valores, sistema financeiro internacional, cartéis, parlamentos, igrejas, partidos políticos, escolas, universidades ou famílias. Centenas de hordas de bárbaros cruzarão cidades, estados e países consumindo e destruindo tudo o que estiver à sua frente. A pobre Humanidade que já havia saído do caos original, a ele retornará, derrotada e finalmente destruída! Nestes terríveis dias, por minha ordem direta, anjos e demônios foram prudentemente afastados da Terra, para que nenhum habitante fosse favorecido ou prejudicado pela influência desses seres. Neste exato momento, enquanto que os homens estão completamente isolados e em pânico, as portas das igrejas de pedra estão mantidas prudentemente trancadas, com seus líderes religiosos estrategicamente escondidos, sob o olhar complacente de seus santos de pedra – que dormem profundamente! Infelizmente, os crepúsculos do amanhecer e do entardecer, bem como as luas-novas e os eclipses não serão mais vistos pelos seus olhos e farão parte de um passado que será esquecido.”

Ditas as últimas palavras de Govinda, a projeção de cinema subitamente desapareceu.

O premiê britânico, consternado, disse: “Senhor Govinda, o espetáculo de cinema foi sobrenatural e tenebroso, porém os sons e as imagens são absurdamente reais. Por isso acredito que não precisamos de mais ninguém para nos indicar o caminho a ser tomado a partir de agora. Os cinco dirigentes mais poderosos do planeta estão em suas mãos. Diga-nos o que devemos fazer. Se preciso for, aprovaremos com unanimidade uma resolução deste Conselho, com os termos de pacto oferecidos pelo senhor.”

Govinda, com indulgência, falou: “É um bom começo. Não aprovem nada previamente, desconhecendo do que se trata. Eu bem sei que os 20 milhões de livros da Biblioteca do Congresso Americano não puderam ajudá-los a sair desta grave crise mundial, porque as soluções não estão mais nas mãos dos homens e nem constam das páginas de qualquer espécie de livro já publicado. Agora, se eu lhes solicitasse que me transferissem o comando supremo do mundo, vocês fariam isso – incondicionalmente – para que eu em troca salvasse a humanidade?”

O presidente chinês, antecipando-se aos demais e com uma inédita animação, respondeu: “Sou obrigado a reconhecer que o conhecimento que nos restou, de nada vale nesta inusitada crise planetária! E ainda que eu acredite que o senhor seja um fenomenal mágico, penso que seria um bom primeiro-ministro. Mas o senhor deseja ir além e quer obter o comando supremo do mundo, que é algo que nenhum de nós possui!”

O presidente russo então falou: “A história demonstra que muitas vezes é melhor dividir o poder do que perdê-lo!”

O presidente francês emendou: “Proponho que seja aberta a votação. Quem concordar que Govinda Gopala seja nomeado o comandante supremo do mundo, que diga sim!”

Todos os cinco dignitários presentes disseram sim à proposta, que foi aprovada e lançada em Ata, pelo secretário da mesa, com força de uma Resolução do Conselho de Segurança da ONU. Assim, o planeta em ruínas passou oficialmente a ter um novo comandante supremo, eleito pelos homens mais poderosos do mundo!”

Govinda, encarando um a um os líderes mundiais, disse: “Parabéns. Vocês agiram corretamente. Incluam na resolução as seguintes palavras: “Resolução aprovada unanimemente no dia cinco de agosto de dois mil e trinta e um, durante a longa noite da humanidade em crise, sob a iluminada presidência de Govinda Gopala”. Talvez assim, vocês não se esqueçam do que houve aqui! Saibam que o poder e a solidão estão interligados. Quanto mais absoluto for o poder, mais absoluta será a solidão. Eu sou um exemplo vivo disso, mas ao manter a vida cósmica, eu me liberto e realizo a minha obra-prima: a vida – como ela é!”

O secretário da mesa, intervindo, falou: “E boa parte dos homens busca o máximo poder, sem medir as consequências dessa escolha!”

Govinda de pronto disse: “Deixem os detalhes comigo, pois o tempo é minha propriedade! Porém, fiquem atentos, porque se eu fosse realmente o Anticristo citado pelo presidente chinês, todos vocês seriam poupados, mas estariam perdidos e condenados à escravidão quase eterna! Ainda bem que eu sou realmente quem digo ser – o portador da doutrina da verdade e não um impostor ou usurpador. Aliás, não necessito que vocês me concedam o poder sobre um mundo, que a bem da verdade já me pertence. Mas a atitude que vocês tomaram foi a mais sensata – para o bem da própria humanidade. Vou me considerar apenas o comandante do Comitê de Crise, nada mais do que isso!”

O presidente americano, encarando Govinda, disse: “Nós fizemos o que tinha que ser feito. Agora tudo está sacramentado e que Deus nos ajude.”

Govinda, sorrindo, emendou: “Eu reconheço que foi mais difícil e trabalhoso convencer os jornalistas que cobriam o Desafio dos Sábios e os populares da ilha de Saint George, de quem eu era e o que eu pretendia, do que convencer vocês – os homens mais poderosos do planeta – de minhas intenções e soluções para esta crise planetária. Isso foi muito bom porque o tempo é curto e a humanidade está agonizando nos campos e nas ruas – sem rumo e sem esperança! E para que servem os governantes e os políticos senão para dar o apoio, incentivo e a solução para os problemas coletivos de seus povos? Do mesmo modo que vocês dirigem suas nações, eu presido a indelével nação do Reino de Deus sobre a Terra!”

O premiê britânico, interrompendo Govinda, disse: “Aguardamos suas ordens e instruções, comandante.”

Govinda então respondeu: “O julgamento do mundo já se iniciou e está em seu quinto dia. A primeira parte já está se processando nas Bermudas – que representa 70% de meu veredicto final – e a segunda parte está acontecendo aqui nesta sala de reuniões – que representa os outros 30% restantes. Antes eu era rejeitado por 60% dos membros do Conselho de Segurança, agora essa rejeição baixou para zero. Mas somente isso não basta. Vocês devem se comprometer comigo a realizar algumas ações muito importantes como: banir todas as armas nucleares de seus arsenais de guerra; utilizar a energia nuclear e a explosão do hidrogênio para fins pacíficos de geração de eletricidade; conter drasticamente a poluição ambiental da atmosfera, solo, subsolo e rios; cuidar especialmente das águas dos mares, pois a manutenção da vida biológica de todo o planeta está diretamente ligada à preservação e despoluição dos mares; promover a liberdade de expressão e de opinião; manter a religião afastada do poder político do estado; expurgar ideologias extremistas, fanáticas ou totalitárias; manter a ordem pública sem uso excessivo de força; evitar os conflitos armados; proteger as populações dos países mais fracos; aprovar leis mais justas e lutar pelo seu cumprimento; banir todas as formas de colonialismo ou exploração; entender que o poder supremo do mundo está nas mãos de Deus e não está com os homens!”

O presidente francês, olhando para os demais colegas, disse: “As condições de Govinda são até razoáveis, pelo menos para os países democráticos. Quanto aos outros países...........nada posso garantir!”

O presidente russo, interrompendo a fala do presidente francês, disse: “A Federação Russa é soberanamente democrática, portanto não.....!”

O presidente chinês, interrompendo o colega russo, resmungou: “Portanto, a República Popular da China não admite que se conteste o seu regime político, pois somos soberanos e favoráveis à liberdade, dentro de nossos limites culturais, éticos e legais.”

O presidente americano, aflito, disse: “Vamos apressar os trabalhos e incluir na Resolução deste Conselho as condições impostas por Govinda, que contam com a aceitação geral. Em compensação Govinda deve nos dar a garantia de que o mundo estará livre desse terrível fenômeno espacial – o duplo buraco negro!”

Govinda imediatamente respondeu: “Posso lhes garantir que meu julgamento levará em conta a conduta de cada um de vocês, suas opiniões, sentimentos e a capacidade de mudança e crescimento individual de todos. Este julgamento envolve duas partes distintas – a sediada nas Bermudas e a de Nova York. Não posso lhes adiantar o teor da sentença final, aguardem mais dois dias, até a meia-noite de sábado, quando então tudo estará concluído. Saibam que Deus não é um carrasco sanguinário e frio e nem mesmo um magistrado incauto e corruptível. Creiam que a justiça será feita. Se o mundo salvar-se desta catástrofe, todos os habitantes vivos do planeta terão a percepção de que passaram por um terrível pesadelo noturno, mas que providencialmente ao acordarem pela manhã, se livraram de todo o sofrimento, que terá durado nada mais do que sete minutos! A memória de vocês e de todos os outros homens, guardará pequenos fragmentos deste terrível e intenso cataclismo em curso – que não será esquecido!”

O premiê britânico então disse: “Concordamos com tudo o que foi dito. O documento que está sendo elaborado pelo secretário da mesa incluirá todas as condições que nós seis aprovamos. O documento ainda será datilografado, isso mesmo, datilografado, em uma máquina de escrever manual que foi localizada no Museu da Imprensa de Nova York.”

O secretário da mesa demorou vinte longos minutos para concluir o texto da Resolução do Conselho de Segurança – elaborado em três vias, com uso de papel carbono –, e em seguida passou o documento ao premiê britânico que, após efetuar a leitura, assinou-o. Os demais dignitários do Conselho também leram e assinaram o documento. Ao final, Govinda leu e assinou a resolução. A primeira via ficou com o secretário da mesa, a segunda com o presidente do Conselho de Segurança e a terceira com Govinda.

Govinda, com a fisionomia grave, dirigiu-se às dezesseis pessoas presentes na sala e então falou: “Estou com uma procuração passada por vocês, para que eu assuma o controle de tudo e resolva essa crise única. Papéis e resoluções não importam muito, mas a humildade e a submissão de vocês, sim, ela vale muito para mim. O ritual humano foi cumprido até o final. Não se esqueçam do que foi falado nesta sala de reuniões. Por derradeiro, informo-lhes que, acreditem ou não, o terrível idealizador e chefe do Terceiro Reich – Adolf Hitler – foi encontrado vivo e recebeu o final que merecia, juntando-se às águas do Atlântico Norte. Aquilo que os antecessores de vocês não fizeram há mais de oito décadas, realizou-se ontem, quarta-feira, nas Ilhas Bermudas, pelo único juiz que tem o poder sobre a vida e a morte. Agora, o nosso compromisso irrevogável está selado, para o bem ou para o mal!”

O presidente francês de pronto disse: “Em relação ao carrasco nazista, espero que o inferno o tenha recebido, mas o que se fará com as pessoas mortas – espalhadas pelo mundo?”

Govinda, com indulgência, respondeu: “Que os mortos enterrem os seus mortos e que os vivos cuidem dos que ainda respiram. Guardem suas lágrimas para os que ainda estão com vida porque os que já morreram cumpriram a sua missão. Saibam que eu não vim para aqueles que já morreram, mas tão somente pelos que ainda vivem. Do mesmo modo que a terra guarda os corpos dos que morreram, as águas dos mares cobrem os continentes perdidos, mas tanto uns quanto os outros apenas dormem e renascerão em breve. Quanto a vocês, me aguardem nesta sala até o meu retorno. Estarei aqui quando faltarem poucos minutos para o desfecho final. Não se ausentem deste prédio, porque vocês já perderam a noção do tempo e do espaço. Boa tarde a todos!”

O corpo de Govinda tomou a forma de um clarão de luz e simplesmente desapareceu no ar, sob o olhar assustado de todos os que estavam na sala.

O premiê britânico então exclamou: “Este homem que esteve entre nós por poucas horas é realmente um ser especial – talvez seja o Cristo ou então até o próprio Deus!”

O presidente francês de pronto completou: “Talvez seja. Ainda temos dois dias até o desfecho. Que seja positivo para nós e para o mundo.”

O presidente americano, com o olhar sério, disse: “Desde o início desconfiei desse misterioso Govinda, mas agora posso lhes dizer: sim, nós podemos confiar nele!”

O presidente russo e o chinês, com um misto de frieza e arrogância nos rostos e subitamente aliados, olharam um para o outro e cruzaram os braços, calados e distantes do mundo e da realidade, sob a tênue e bucólica luz das lamparinas!”

Saint George – Ilhas Bermudas

Era noite. Vincent, em sua casa, remexia as anotações dos últimos dias, quando, repentinamente, Govinda, transportado por um relâmpago, surgiu bem à sua frente, na sala.

Vincent, assustado, falou: “Mestre, não esperava que o senhor viesse dessa estranha maneira! Mas como foi o seu dia fora daqui?”

Govinda gentilmente respondeu: “Estou ficando um pouco preguiçoso para vir caminhando como as outras pessoas. Porém vamos prosseguir com o trabalho e assim você saberá o que ocorreu!”

Todos os fatos ocorridos em Nova York foram transmitidos a Vincent e assim o texto tomou corpo. Encerrada a digitação do texto, Govinda, revisou cuidadosamente o conteúdo do disco magnético, e ao final disse: “Vincent, até este ponto está tudo em ordem. Temos até aqui, cinco capítulos prontos, mas pela minha conta ainda estão faltando mais dois – totalizando sete capítulos!”

Vincent, atônito, respondeu: “Desculpe-me fazer uma correção, mas tenho a certeza de que tudo o que aconteceu está no texto. Não é humanamente possível que faltem dois capítulos, pois tudo o que houve está retratado “na íntegra”. Então creio que não falta nada no texto e o livro está obviamente completo!”

Govinda disse: “Você tem razão, porém apenas parcialmente. Realmente tudo o que houve até este momento, consta do texto digitado e gravado. Porém ainda falta algo e logo resolvermos essa nova questão. Entenda bem Vincent, se o livro deve ter um total de sete capítulos – e ele tem apenas cinco capítulos – obviamente faltam outros dois capítulos.”

Vincent, um pouco confuso, respondeu: “Mestre, não duvido de sua conta aritmética. Não é esse o caso, mas não sei como inserir dois capítulos que efetivamente não existem!”

Govinda, com indulgência, disse: “Cada um dos capítulos corresponde a um dia da semana. Hoje estamos na quinta-feira, mas precisamos chegar até sábado. Desse modo faltam ser escritos os capítulos referentes a amanhã e depois de amanhã – são dois capítulos! Amanhã, bem cedo, estarei de volta e então encerraremos nosso trabalho. Agora procure apenas anotar nossas últimas palavras e vá descansar. Até amanhã!”

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oomeomitoalenda · 5 years ago

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A adorável Jacqueline Kim embarcou na USS Enterprise-B, em Star Trek - Generations (1994), no papel da Alferes Demora Sulu, filha de Hikaru Sulu (George Takei). Então com apenas 29 anos, Kim recebeu o imponente personagem de filha do lendário timoneiro (ou piloto...) da USS Enterprise original, o Tenente e por fim Capitão Sulu - em uma situação que, na ficção, o próprio Almirante (reduzido para Capitão) Kirk (William Shatner) não soube entender "como havia tido tempo para 'fazer uma filha' "...! Mas, ao mesmo tempo, Kirk parabenizou-a: "Parabéns, alferes. Não seria a Enterprise sem um Sulu no comando." - Capitão James T. Kirk , 2293 Na ficção, Demora tem uma história desenvolvida no universo não-canônico dos livros, que é bem interessante: Ela era filha de Susan Ling e Hikaru Sulu. Nascida Demora Ling no final de 2270, passou seus primeiros anos de infância morando com sua mãe. Quando Demora tinha seis anos, sua mãe morreu da doença de Sakuro e ela foi trazida para a Terra, onde ela e seu pai se conheceram pela primeira vez. Hikaru Sulu recusou uma missão como primeiro oficial do USS Bozeman a fim de permanecer na Terra para criar a jovem. Ele a adotou formalmente logo depois, dando-lhe também o seu sobrenome legal. No entanto, os primeiros seis anos sem conhecer o pai tornaram o relacionamento deles muito difícil, o que se seguiu até mesmo na idade adulta. Entretanto, a decisão de Hikaru de se juntar secretamente ao Almirante Kirk em sua missão não autorizada ao planeta Genesis colocou uma nova pressão sobre o relacionamento deles. Neste mesmo livro, "The Captain's Daughter", Demora aparentemente é morta em uma missão, o que faz o Capitão Sulu ir em busca de uma investigação pessoal sobre o fato, acabando por descobrir uma trama no qual a filha havia sido sequestrada e substituída por uma cópia, no final resgatando-a e inciando um processo de cura de seu relacionamento pai-e-filha...! (Fontes: HQ: "Trekkers" e o livro: "The Captain's Daughter". Desejamos a ela parabéns, neste dia...!! 🥳 VLEP...!! 🖖 #GrupoKobayashiMaru #GKM #KobayashiMaru #PortoAlegre #RS #Brasil #StarTrek #Birthday #StarTrekBirthday #JaquelineKim #DemoraSulu #HappyBirthday (em Grupo Kobayashi Maru . Jornada nas Estrelas . Star Trek) https://www.instagram.com/p/B-ar6xnl3uh/?igshid=q96nh4uw6fkf

#grupokobayashimaru #gkm #kobayashimaru #portoalegre #rs #brasil #startrek #birthday #startrekbirthday #jaquelinekim #demorasulu #happybirthday

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rlimarjbr · 5 years ago

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#AVALIAÇÃO #GERAL SOBRE O #EPISÓDIO "#REMEMBRANCE" (#Recordações) DE STAR #TREK #PICARD #StarTrek #StarTrekPicard #JaneiroDe2020 #ST #FC #JornadaNasEstrelas 1 - #Resumo geral: Adorei o episódio, como já falei em outras #postagens, parece uma pintura que vai sendo construída principalmente para quem ainda não é #fã de Star Trek e não conhece todas as referências. Entretanto para quem já é fã, e principalmente da Nova #Geração, está sorrido de orelha a orelha... eu hoje de manhã me vi cantarolando "Blue Skies"... será que sou um androide??? Pela primeira vez desde 2002, #Jornada nas #Estrelas (Star Trek) finalmente está avançando em seu próprio futuro e escrevendo um novo cânone para este Universo Star Trek, muita coisa mudou e vamos falar sobre isso a seguir; 2 - #Referências Star Trek: Tem para todos os gostos, da Série #Clássica até #Discovery, e fizemos um artigo especifico sobre isso no site da #USS #Venture, onde contamos 33 referências, sendo que nesta conta a Sala do Arquivo do Picard contou com apenas 1 e nós falamos de cada item daquela coleção, vale a pena conferir; 3 - Sonhos com Data: Muito interessante pois remetem diretamente a Nova Geração, seja pelos uniformes, locais, pintura do Data, etc... mas cabe lembrar que o Data conseguia sonhar... então isso fica ainda mais significativo. 4 - Chateau Picard: Que cenas lindas, uma fotografia belíssima permitindo mais detalhes deste vinhedo. Ressalta-se que foi o refúgio do Almirante aposentado Picard por alguns anos, nada mais justo que começar a Série por ele. 5 - Nero, o ator revelação do episódio: O cachorro no nosso Almirante Picard se chama "Number One", e o nome foi dado em respeito a seu companheiro de tantos anos Com. Riker, pois o cão é um companheiro dele neste fase da vida. Agora como atuou em o "Nero" que é o nome verdadeiro do cachorro... merece ganhar o prémio de Ator Revelação do episódio. 6 - Imagens das Cidades do Futuro: Que bom que podemos ver estas imagens das cidades do Planeta Terra, e só neste episódio vimos imagens de Boston, Paris, São Francisco e Okinawa no Japão. Durante as Séris e filmes vimos muito pouco do Planeta Terra, apenas em episódios específicos... https://www.instagram.com/p/B7wPWhvnAW6/?igshid=pk6uxpvacxd

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fanscribbling · 8 years ago

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Terra Nova ~Part Six: Panopticon~

[See my Masterlist for earlier sections- don’t know why but right now adding the links are negating my tags. Tumblr.]

I’m ridiculously pleased that the reaction to this series so far has been mainly WHAT THE HELL IS HAPPENING??! XD Exactly what I was aiming for. Well wonder (mostly) no more, this behemoth chapter holds many answers! (I’m afraid the others will most likely be shorter :P ) Six down, four more to go! <3

Fandom: Star Trek (AOS/TOS).

Pairing: Reader X Bones (and they’re FINALLY together!)

Words: 3,066

Warnings: Some mild swearing, general tension, kidnap mention, seizure mention, death mention (non-active character), general angst

Tagging: @medicatemedrmccoy, @outside-the-government, @kilismaiden, @gerardwayisapotato, @yourtropegirl, @malindacath, and @imaginativefanatic. Let me know if you want to be added!

“What the hell!”

Jumping apart, the two of you scrambled out of the bed and pressed your backs into the opposite wall. Bones looped his arm around you and pulled you close, weaving your shaking fingers with his.

“So you saw that too huh?”

You felt Bones laugh weakly. “I’m starting to doubt my psychosis theory, unless someone’s lacing the water.”

“We can’t wait any longer,” you said, ignoring his last comment and turning to face him. “We’re stuck here for God knows what reason, and if it’s generator interference I’m a Klingon. We need to take stock, see what’s around here, then reconvene.”

He nodded silently, pulling his comm from his belt. “Do you know a private frequency the two of us can use?”

“Yes,” you took the device and fiddled with the knob, then did the same to your own. Handing Bones his comm back, you moved across the room.

“Y/l/n to Bones,” you whispered.

“McCoy here,” came his hushed answer.

“Good,” you smiled and walked back to his side. “I’ll check out the expanse behind the houses, see if anything’s odd.”

“Our phasers are gone,” Bones said. “How will you-”

“I’ll be careful,” you said simply. “Promise.”

“Do,” leaning in, Bones pressed his lips to yours. When he pulled away you could see fear in the corners of his eyes. You laid a hand gently on his cheek.

“You’re not getting rid of me Leonard McCoy,” you smirked. “We have unfinished business.”

Bones laughed softly, and his hand came up to meet yours. “As long as you promise - I’ll take the main township.”

**************************************************************************************************** “Are you certain you’ve checked all seventy-six Denovian dialects?”

Kirk pressed his thumbs into his temples, breathing deeply and trying unsuccessfully to force the faint ache from his muscles. If only there could be quiet for one goddamn minute.

“Yes Sir –” Uhura shouted back, her voice cracking with strain, “and all recorded variations. Mr. Spock should be back with more files soon.”

“Good,” Kirk replied, his own voice becoming increasingly ragged. “Thank you Lieutenant, I know I’ve asked this twice already.”

“No problem Captain,” Uhura nodded. She gave him a quick smile, then refocused on her screen.

Closing his eyes, Kirk sighed and turned on his heels. The head was still there. It was hope to the point of foolishness to think otherwise, with the creature’s voice still filling the bridge. The harsh hissing never ceased, like constant intense static, with pops and clicks that were starting to set his teeth on edge. Kirk had no idea how it was even possible to make that sound, and as he settled back into the captain’s chair, his eyes roved over the creature’s face for what was certainly the hundredth time. The skull was long - longer even than those generic twentieth century alien models. Long white hair fell in layers around the large eyes, which blinked with some kind of translucent secondary lid. It felt to Kirk like their gaze never ceased. Silver skin shimmered like fish scales, sparkling in the bridge lights, and the mouth - oddest of all - was frozen in a perpetual O.

They’d be beautiful if they weren’t holding two of my people, Kirk thought. Then, with sudden inspiration, Kirk moved to the head in two quick strides and thrust his face into the open mouth.

“Captain?”

“Yes Mr. Spock?” Came Kirk’s muffled voice.

“May I inquire as to why you are currently inside the projection?”

“Research, Mr. Spock,” Kirk replied, looking around a second or two longer before extricating his head. “I was curious as to how one being made two sounds at once. The answer is two internal mouths, one on each side of the jaw.”

“Fascinating,” Spock said, moving to the head and glancing in as well. “Highly reminiscent of the natives of Targos III.”

“Exactly what I was thinking.”

The captain and his first officer looked at each other for a moment, and Kirk swore he could almost see a smile on the Vulcan’s impassive face.

“Lieutenant Uhura,” Spock said, moving quickly across the bridge. “It looks like we have a framework.”

**************************************************************************************************** “Doctor.”

About to leave the house, Bones spun to find Trixie standing behind him. Her face was set, and he noticed that for the first time there was no hint of a smile.

“Trixie. Look, I just wanted to see the town at night, the stars must be –”

“You saw the wall.”

Bones broke off, momentarily speechless. “Yes.”

Trixie nodded, smiling sadly. “The sweep’s done, we’re safe to talk now. At least,” she laughed humourlessly, “we think so.”

“What do you mean the sweep?” Bones asked, moving towards her. “And okay, if we can speak freely, what on God’s green earth is –”

“Just follow me,” Trixie said, turning to move off into an inner room. “We’ll tell you what we can.”

**************************************************************************************************** “Goddamn leaves,” you muttered to yourself, crushing weeds with your boots as you tramped through what felt like endless underbrush. Turning your flashlight towards the ground you growled. “Goddamn grass and stupid purple flowers.”

You’d been walking for ages, and covered what you were certain was miles of forest. Even as you ranted at nothing, venting your frustration at being trapped, you couldn’t help the happiness that kept pushing its way through the anger and fear. You could still feel his mouth on yours, his hands on your skin. A smile grew across your face, even as you halfheartedly smacked a low hanging branch, a slight spring in your step.

Too late, you realized that you probably should have checked the ground before bouncing. You felt your toes catch on something and stumbled forward, grabbing out for anything, and both your hands landed flat – pressing hard against thin air.

**************************************************************************************************** A door creaked open slowly.

“Hello,” Bones smiled kindly as he greeted the young woman who had appeared. She glanced at him quickly, eyes moving immediately back to the wooden floor, arms wrapped around herself. She moved off around the room, settling down by Lan and pressing herself into her companion’s side. Lan wrapped a protective arm over the woman in turn, rubbing a hand along her back.

They all sat in a circle, chairs and stools pulled up around a fire pit. The flames were false, but still it helped to make the room feel a little warmer. Bones shifted in his seat, looking around at their faces. Like the newcomer, there were a few he’d not seen before. A man with a pointed face, thin dark eyes, and a large scar running across his forehead, nose, and mouth; a stocky woman with short black hair that grew along either side of her head, exposing the deep green markings that ran along her scalp, trailing down the edges of her face, neck and arms, to stop at her fingertips; and last the woman now nestled in Lan’s arms, brown skin unhealthily pale, and her body willow thin - almost emaciated. They fit naturally into the group, who sat hunched, faces in their hands or eyes staring blankly into the flames.

“We wanted to meet your partner too.”

Bones turned to the woman on his right. Her blonde hair fell beyond her waist, and her eyes were a piercing blue against the paleness of her skin.

“Most of you already have.”

“No,” the woman shook her head, “no we haven’t. Where is she?”

“Exploring outside.”

The woman nodded, turning back to the fire.

“I don’t think I caught your name,” Bones said, trying to start some kind of conversation.

“Lenore,” she replied, not looking at him. “Ship’s Counsellor – USS Farragut.”

“What?”

Before Bones could ask anything else, Ayo entered and took the last empty seat.

“We’re sorry we couldn’t say anything,” Trixie began, lifting her head and looking at Bones. “We never can in the day, and last night – with the new baby – they’d wouldn’t have left us alone.”

“Look,” Bones said, running a hand through his hair in exasperation. “You say you can speak freely now, but you’re all being very cryptic. What’s going on, are you being watched?”

People around the circle shared looks. They seemed to be deciding who should answer.

“Yes,” Tanya said, breaking the silence as she shifted Colin in her arms. “At least, that’s what makes most sense.

“They do a final check every night,” Lan added. “And food appears most mornings. On the days it doesn’t, we have to go into town, to the market.”

“We have to keep smiling,” a small voice said, the words halting and slow. The group turned towards the woman by Lan’s side, who shifted her head so she too could look at the doctor. “They don’t like it - when we’re sad.”

“Melody was having trouble adjusting,” Lan said. “We never found out what happened, but out of nowhere she was lying in the middle of the street, seizing.”

“Maybe I can help –” Bones began, leaning forward, but at his movement Melody sunk back, burying her face in Lan’s shoulder.

“When we found out Wendy was expecting they knew too,” Ayo said, and Bones turned to look at him. “Food with more nutrients appeared, heavy in folic acid and calcium. When she craved something, it arrived the next day. That��s why she wanted the sheet. They weren’t going to invade her privacy, not then. They didn’t get to control that.”

“The wind,” Bones said, understanding dawning on him, “and what she was saying –”

He paused, looking from Lan to Trixie to Ayo. He had suddenly realized who was missing. “Where’s Wendy?”

“They don’t like it when we’re sad,” the man with the scar repeated, his hands moving in fluid movements as he signed. “Or when we’re difficult. Sometimes they send challenges, and sometimes –”

“Sometimes,” the tattooed woman broke in, her voice hard. “Sometimes people disappear.”

**************************************************************************************************** It felt like your brain had shorted out. Unable to believe what you were feeling you lifted your right hand, leaving your left flat against the air, and watched as a leaf danced a few inches in front of it, blown by a breeze you couldn’t feel. You replaced your hand – still solid.

Stepping back, you took a few deep breaths. You must be overtaxed, or tired, or something. This could not be real. Shaking your head, you moved a little to the left and extended your arms. This time, your right hand found a transparent wall and the other cut through the air, throwing you off balance.

You tumbled to the ground, knocking the air out of your lungs as you landed on your side. Groaning, you sucked air back into your lungs and rolled onto your knees. Halfway to your feet, you paused when something glimmered a few meters away. Focusing on the light, you moved slowly towards it, careful not to press yourself against the barrier, should it be there. You had no idea what could be on the other side.

**************************************************************************************************** “I was in my quarters.”

Trixie was speaking, her voice low and taut. Her fingers interlaced, hands twisting as she told her story to the floor. “I’d just finished a call with my parents. Dad was so happy; mum had come home from the hospital with the all clear. I was going back to Georgia the next week during my leave. It was a routine maintenance check, nothing dangerous. I’d done it a hundred times, but that day I left the airlock, and then I was here.”

She pressed her palms to the sides of her head. Melody shifted and Lan went to Trixie, kissing her forehead softly. Back shuddering, Trixie took in a long breath.

“There were thirty of us then. I was the last addition before they sent the plague. We woke up one morning and there was just this rotting –” she broke off again, wiping her hands roughly over her glistening face. “Anyway, there were only a few left after that. I’ll never forget the sound Lana made. Fourteen- she was only fourteen,” Trixie looked up, and Bones could see anger rising to replace the pain. She clearly felt it too, and stood in one sudden motion. “I can’t, I need to walk for a minute.”

The room was silent as Trixie left. Ayo sighed. “It’s still hard sometimes, even to remember.”

“All the time,” said the tattooed woman, whose name, Bones had been told, was Jaz. “It’s always hard. I’ve been staying inside for now – can’t smile much. I’ll have to come out soon though, they might start thinking I’m useless,” she let out a harsh bark of laughter. “Can’t hide in the Panopticon.”

“If you need any help –”

“Yeah, Lenore, I know. Thanks.” Jaz said, her voice losing its sardonic edge. Her London accent grew thick as she refocused on the stick she was pulling apart. “I promise, I’ll come to you if I need. Right now I have to wait it out, they were all I had.”

**************************************************************************************************** You could feel damp seeping into your shirt as you pulled yourself around a large bush. Huffing with effort, you extricated yourself, brambles scraping along your boots, and with a few more shuffles, you were there.

The longer you stared at it, the odder it seemed. It crackled with energy, throwing light across your hands and arms. Floating a foot off the ground, it sparked upwards in a long triangle. For a while you sat there, staring at it, your mind working overtime thinking of a way you could interact. Finally, you decided there was only one real option, and took your communicator from your belt.

You extended the device towards the split in the air, memorizing Bones’ frequency just in case your comm survived. Closing your eyes, you listened for the hum of the energy, letting the pitch settle inside you as your mind searched for a memory of a similar tone from the Enterprise. This was a party trick of yours, but even in fun you’d never been more than a few hertz off. Relaxing, you started to hum the sound as well, letting your fingers move the comm dial automatically as a faint memory appeared in the back of your mind. The device began to shake, a thin squealing sound sliding from the casing seams. You were close, so close-

The squeal stopped, the dial slid into place, and your eyes flew open as the energy arced across the air, opening a large cut in the space in front of you.

**************************************************************************************************** “It was a cargo run,” Jaz was saying, directing this towards Bones. “Alpha Taurus VII to the nearest Starfleet base. I was the only human in a mixed crew, I even got these tattoos to match theirs. We were a family, and then I met T’pal.”

Jaz smiled, more to herself than anyone else. “He was so logical about it. I mean Vulcans, that’s how they are, but the way he said it – For us to be parted Ashayam, would be to part your moon from its tides. So straightforward, I loved that about him. We loved each other, and our daughter,” Jaz’s hands were clenched tightly around the stick, knuckles white. “She’ll be walking now, and talking. At least, if it’s been as long as it seems. We were an unlisted freighter, maybe that’s why they felt I wouldn’t be missed,” She laughed softly, running a hand over her scalp. “Maybe they were right, he’s never come for me.”

“No-one’s come for any of us Jaz,” Tanya replied, her voice stern but not angry. “Ayo and I know there are people back on Earth looking for us. We were taken mid-lesson, in front of all our students. They’re getting sloppy, and one day we’ll get out of here, but we have no clue where we are – most likely no-one can find us. T’pal’s looking, you have to believe that.”

“You’re past the horizon line,” Bones said. “It’s not on Starfleet’s charts. The Enterprise was meant to be the first to reach it, that’s why we were so surprised when we got the medical beacon.”

“So that’s how they did it,” Judy breathed. “We were wondering how you found us. If that’s the case the Enterprise won’t be going anywhere. If they can pluck us from our ships halfway across the galaxy, they can keep all of us here, and they won’t give up easily.”

**************************************************************************************************** There was a hallway in front of you, dark and empty, with grey stone floors. Glass walls vaulted upwards, and moving closer to the window in the air, you saw that large pillars marked breaks in the clear surface. The stone arched upwards and fingered out, twisting with ivy that hung down in vines.

It was beautiful, you thought, like a cathedral.

Your eyes roved over the scene, coming to rest on the opposite wall. At once, you felt your heart start to race, jumping into your throat as you shuffled backwards so fast your knees stung. Hiding yourself behind a small fern, you wrapped shaking arms around your sides.

It was a large black frame, set into the glass with thin doors on either side. The inside of the frame was dark, but you could just see small waves slopping against the barrier, the silhouette of a wooden dock not far in the distance. It wasn’t this that had sent you reeling – it was the words, set in gleaming silver against the darkness of the water.

Terran Wing: 1500-1650 CE. Enter to explore.

As you watched, your breathing shallow, a tall figure strode quickly to the other side of your window. They held a small device covered in blinking neon lights, and their mouth was open in a perpetual O.

**************************************************************************************************** “Just one more variation,” Spock said, leaning over as Uhura’s hands flew across the console. “Add an Ataxi- yes, that’s perfect Lieutenant.”

“Should we modulate?”

“No, this will do,” Spock straightened up, turning to Kirk. “Captain, I believe we –”

His words were cut off as the hissing dropped in pitch and skewed, resolving itself into a booming, baritone voice.

“You are in orbit around A’xar, the private property of the Nexus Conservatory. You will leave orbit in two hours or your ship will be disabled and impounded. All unnecessary inhabitants will be removed.”

The head paused, as if listening to something.

“No sound is emanating from your bridge,” it said. “I believe you understand.”

And it disappeared.

#write away the winter blues #Terra Nova #reader X Bones #bones X reader #Leonard McCoy X reader #hehehehehehe #FINALLY SOME ANSWERS!

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ficovolante · 6 years ago

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Acontecimentos Misteriosos Que Não Foram Solucionados

Com o passar dos milênios, surgiram pelo mundo numerosos acontecimentos misteriosos que os pesquisadores não conseguiram decifrar. Este vídeo mostra alguns desses acontecimentos misteriosos mais famosos, discutidos e investigados por muitos anos e que permanecem sendo investigados até os dias de hoje. Alguns desses acontecimentos envolvem os famosos incidentes como o do Passo de Dyatlov e a Explosão em Tunguska. Estes dois despertam a atenção até hoje devido as evidências, as pessoas e a forma como ocorreu. Se você estiver com pouco tempo ou preferir, pode assistir o vídeo sobre este artigo logo abaixo. Nesta lista estão 5 mistérios que não foram resolvidos apesar de todos os trabalhos de investigação que foram feitos. Estes mistérios possuem evidências que confundem e dificultam as investigações, o que faz parecer que são impossíveis de se resolver.

5. O Triangulo das Bermudas e o Triangulo do Dragão

O mais famoso desaparecimento atribuído ao Triângulo das Bermudas está relacionado ao voo 19, um grupo de 5 bombardeiros americanos que desapareceram no Triângulo em 1945. Um avião de resgate enviado para procurá-los também desapareceu. Outras histórias incluem o mistério do USS Cyclops, resultando na maior perda de vidas sem combate na história da Marinha dos EUA. O navio com uma tripulação de 309 desapareceu em 1918. Já em 2015, El Faro, um navio cargueiro com 33 a bordo, desapareceu na área. Teorias Não Faltam Para Justificar os Desaparecimentos Ao todo, até onde sabemos, 75 aviões e centenas de navios encontraram o seu fim no Triângulo das Bermudas. Possíveis causas para as catástrofes têm sido propostas ao longo do tempo, desde a interferência paranormal, eletromagnética que causa problemas na bússola, mau tempo, a corrente do golfo e grandes campos submarinos de metano. Uma teoria fascinante tem sido proposta por meteorologistas, alegando que a razão para os acontecimentos misteriosos que permeiam a área do Triângulo das Bermudas são incomuns nuvens hexagonais criando bombas de ar de 170 mph cheias de vento. Estes bolsões de ar causam todo o dano, afundando navios e derrubando aviões. Embora o notório triângulo das Bermudas esteja no topo da lista dos lugares mais misteriosos do planeta, vários outros locais também permanecem misteriosos, tanto quanto os primeiros. O Mar do Diabo, também conhecido como o Triângulo do Dragão, é um dos pesadelos dos marinheiros nas águas do mundo. Declarado como Área Perigosa para a Viagem Marítima Localizado perto da costa japonesa no Oceano Pacífico, o Mar do Diabo (Ma-no Umi em japonês) é um dos doze Vórtices Vile localizados ao redor da terra. Vórtices vil são aquelas áreas onde a atração das ondas eletromagnéticas do planeta é mais forte que em qualquer outro lugar. Como o título indica, o Triângulo do Dragão se estende como um triângulo entre o Japão e as Ilhas de Bonin, incluindo uma porção maior do Mar das Filipinas. Diz-se que o conquistador Kublai Khan, o quinto Grande Khan do Império Mongol e o neto de Genghis Khan, tentou invadir o Japão em 1274 e 1281 dC. No entanto, em ambas as tentativas, ele não conseguiu invadir o país depois de perder seus navios e 40.000 tripulantes no exterior nesta área triangular, supostamente devido a tufões. No final do século, especialmente nas décadas de 1940 e 1950, vários navios de pesca e mais de cinco embarcações militares desapareceram no mar, em uma área que fica entre a Ilha Miyake e Iwo Jima. Como resultado, o Japão enviou um navio de pesquisa chamado Kaio Maru No.5, em 1952, para investigar as embarcações que haviam faltado e que haviam desaparecido no Triângulo do Dragão sem qualquer vestígio. No entanto, as embarcações de pesquisa com 31 tripulantes no exterior também encontraram o destino das embarcações anteriores que foram para o mar do Diabo. O naufrágio do Kaiyo Maru No.5 foi recuperado mais tarde, mas o paradeiro dos tripulantes nunca mais foi ouvido. Após este incidente, o governo japonês declarou esta área perigosa para a viagem marítima e o transporte de mercadorias.

4. As Bolas de Fogo Conhecidas Como FOO FIGHTERS

Perto do final da Segunda Guerra Mundial, pilotos começaram a relatar vendo OVNIs - Objetos Voadores Não Identificados - na forma de estranhas bolas brilhantes voando ao redor de suas aeronaves à noite. Os objetos pareciam manobrar com grande velocidade e os Aliados começaram a se preocupar que os alemães tivessem desenvolvido uma nova arma com capacidades surpreendentes. Origem do Nome Foo Fighters Os objetos foram apelidados de "foo fighters" por causa de uma história em quadrinhos popular na época, Smoky Stover desenhada pelo cartunista Bill Holman. O personagem de Smoky gostava de dizer "Onde há fogo há" e os objetos parecem ser formas arredondadas. Em 1944, o termo "foo fighter" foi usado pelos operadores de radar para descrever um retorno na tela do radar de um objeto que pode ou não existir. Logo, as tripulações aéreas também usavam o termo para descrever os objetos estranhos que estavam vendo. Ocasionalmente, no European War Theatre, eles também empregavam a expressão "bolas de fogo kraut". Outro encontro foi descrito pelo Major do Ar do Exército William D. Leet: "Minha tripulação B-17 e eu fomos acompanhados por um 'foo-fighter', um pequeno disco, de Klagenfurt à Áustria, ao Mar Adriático. De Quem Eram os Objetos? Isso ocorreu em uma missão de 'lobo solitário' à noite, se bem me lembro , em dezembro de 1944 "Major Leet continua observando que o oficial de inteligência que interrogou a ele e sua tripulação" declarou que era um novo lutador alemão, mas não conseguia explicar por que não atirou em nós, ou se era relatando nosso rumo, altitude e velocidade, por que não recebemos fogo antiaéreo. " Tais acontecimentos misteriosos também não se limitavam à Europa. Em 1944, sobre o Oceano Índico, o co-piloto de uma Super fortress B-29 da Força Aérea do Exército dos EUA relatou um encontro com um peculiar OVNI: Não frequentemente, mas às vezes os objetos também apareceriam no radar. Em 22 de dezembro, um piloto do 415 Night Fighter Squadron relatou dois "grandes raios alaranjados" que subiram rapidamente em direção ao seu avião quando ele voou sobre Hagenau, na Alemanha. No solo, o operador de radar também viu os objetos. Realidade ou Imaginação? Muitas foram as teorias que surgiram durante e após a segunda guerra para tentar explicar estes fenômenos, desde efeitos óticos até OVNIs (veja outros incidentes envolvendo extraterrestres). Os militares decidiram que poderiam ser um efeito elétrico ou ótico incomum que poderia estar relacionado a um raio de uma bola ou ao fogo de St Elmo. Este efeito é conhecido por se formar como um brilho elétrico ao redor das pontas das asas dos aviões, mas não é em forma de uma esfera. Finalmente, eles também consideraram a possibilidade de que a coisa toda estivesse na imaginação das tripulações de avião que estavam justificadamente nervosas sob a pressão de voar perigosas missões de guerra. Durante a guerra, os aliados acreditavam que se tratava de alguma arma secreta dos Alemães e vice-versa. Com o final da guerra, descobriram que não se tratava de armas secreta de nenhum dos dois lados. Apesar de todas essas especulações, nenhuma explicação conclusiva para os foo fighters foi encontrada até hoje.

3. A Misteriosa Explosão em Tunguska no Norte da Rússia

Em 30 de junho de 1908, a floresta perto do rio Tunguska, no norte da Rússia, explodiu misteriosamente devastando uma área de milhares de quilômetros quadrados. A explosão foi tão grande que é considerada a força de impacto mais poderosa da história registrada. Estima-se que a explosão tenha liberado energia equivalente de 5 à 30 megatons, isto é aproximadamente 1000 a bomba atômica lançada em Hiroshima e apesar disto não deixou cratera, como ocorre em quedas de meteoros. No entanto provocou uma destruição de 2.000 quilômetros quadrados de floresta da taiga siberiana. Janelas a 40 milhas de distância se quebraram quando testemunhas observaram uma gigante bola de fogo subir no horizonte. Teorias Sobre a Explosão Assim que os cientistas entraram em cena, notaram que a explosão provavelmente se originou de um único epicentro, notando que todas as árvores foram derrubadas em um padrão concêntrico. Um pesquisador notou uma peculiaridade no centro, observando que as árvores não haviam sido derrubadas, mas, em vez disso, haviam sido despidas de sua casca. Leonid Kulik, um mineralogista russo suspeitava que um meteorito, foi o culpado por todo o fenômeno. Depois de chegar ao centro da catástrofe, Kulik não encontrou nenhuma cratera. Percebendo que havia vários lagos concêntricos na área, ele argumentou que o meteorito explodiu antes do pouso, mas depois de drenar um pântano e encontrar nada além de uma velha árvore, ele ficou perplexo. Como era de se esperar, muitas foram as teorias elaboradas para explicar esses eventos aparentemente estranhos, Alguns acreditam até hoje, que o dano foi causado por um UFO que foi embora antes que pudesse ser descoberto, explicando assim a ausência de uma cratera. Outros acham que uma espaçonave alienígena pode ter intervindo e explodido um perigoso meteorito para proteger a raça humana. Queda de um Cometa é a Explicação Mais Provável Alguns astrônomos sugeriram que um pequeno cometa teria deixado poucas evidências enquanto sua massa gelada se dissipava. Os geólogos teorizaram que uma nuvem de gás natural pode ter sido inflamada. Os historiadores até notaram semelhanças com os padrões de explosão exibidos pelos modelos nucleares soviéticos - ambos deixando um padrão de queima em forma de borboleta. A explicação mais provável para estes acontecimentos misteriosos é o estouro de um meteorito na atmosfera; este fenômeno acabou ganhando mais crédito. Apesar disto nada foi provado até hoje e a dúvida permanece, o que realmente aconteceu em Tunguska.

2. Um dos Maiores Acontecimentos Misteriosos é Puma Punku

Na Bolívia existe um dos locais mais antigos e misteriosos do mundo, Puma Punku. Este local misterioso é considerado verdadeiro tanto para arqueólogos acadêmicos e historiadores. Também existem os historiadores trapaceiros que investigam a hipótese de civilizações pré-históricas avançadas ou assistência antiga de extraterrestres. Puma Punku cobre uma grande parte da cidade antiga maciça de Tiwanaku e está localizado a sudeste do Lago Titicaca, nos Andes. A cidade antecede a presença inca naquela parte da América do Sul. A coisa mais intrigante sobre Puma punku é a pedra. A Puma punku era um monte de terraços com terraços originalmente enfrentados por blocos megalíticos, cada um pesando várias dezenas de toneladas. As pedras de arenito vermelho e andesito foram cortadas de forma tão precisa que se encaixam perfeitamente e travam umas nas outras sem usar argamassa. Talvez o Maior Mistério é a Precisão Empregada A fineza técnica e a precisão exibidas nesses blocos de pedra são surpreendentes. Nem mesmo uma lâmina pode deslizar entre as pedras. Alguns desses blocos possui finos acabamentos com qualidade de 'máquina' e os furos com perfeição. Isto é atribuído à uma civilização que não tinha sistema de escrita e não conheciam a existência da roda. Algo não está bem explicado. As portas finamente cortadas e os blocos de pedra restantes não têm marcas de cinzel e muitos intertravam com precisão muito fina. Um artigo da Wikipedia descreve a engenharia fantástica envolvida na construção do templo. "Ao montar as paredes de Puma punku, cada pedra foi finamente cortada para interligar com as pedras ao redor e os blocos se encaixam como um quebra-cabeça, formando juntas de sustentação sem o uso de argamassa". Teorias Sobre o que Aconteceu Com Puma Punku Uma técnica de engenharia comum envolve cortar a parte superior da pedra inferior em um certo ângulo e colocar outra pedra em cima dela, que foi cortada no mesmo ângulo. A precisão com que esses ângulos foram utilizados para criar juntas niveladas é indicativa de um conhecimento altamente sofisticado de corte de pedras e um profundo conhecimento da geometria descritiva. Muitas das articulações são tão precisas que nem mesmo uma lâmina de barbear se encaixa entre as pedras. Grande parte da alvenaria é caracterizada por blocos retilíneos cortados com precisão de tal uniformidade que eles poderiam ser trocados um pelo outro, mantendo uma superfície plana e até mesmo juntas." O complexo está em ruínas completas hoje com enormes blocos de granito em cima uns dos outros. O local parece ter sido destruído por um terremoto, talvez acompanhado por uma onda do Lago Titicaca. Segundo Jason Yaeger, professor de antropologia da Universidade de Wisconsin; a cidade já estava abandonada quando os incas conquistaram a área em 1470. Os incas não pouparam gastos, no entanto, incorporando Puma Punku e o resto da cidade de Tiwanaku em seu império e cultura. A origem e a idade exatas do site são contestadas De acordo com os resultados de datação por radiocarbono divulgados pelo professor de antropologia William H. Isbell da Universidade de Illinois, o local foi construído entre aproximadamente 500 e 600 DC; outros, no entanto, dizem que a datação por radiocarbono é imprecisa e a estrutura pode ter sido construída há muitos milhares de anos antes disso. O antigo explorador e engenheiro Arthur Posnansky, um dos primeiros exploradores modernos do sítio; datou de Puma Punku a cerca de 15.000 AC. O moderno arqueólogo Neil Steede está por trás da afirmação de Posnansky. O arqueólogo boliviano Dr. Oswald Rivera concorda que o templo foi construído com alinhamentos astronômicos. Os edifícios são deliberadamente orientados para os pontos cardeais, ele disse à História Proibida. Mas, ele disse, os construtores cometeram um erro; é por isso que o sol não se eleva sobre os alicerces dos solstícios. As Pedras Foram Cortadas, Perfuradas e Polidas No entanto atualmente outro arqueólogo chamado Neil Steede, discorda que os construtores meticulosos teriam cometido tal erro. As pedras se encaixavam com tanta precisão que ele não conseguia nem encaixar uma agulha entre elas a qualquer momento. "Depois de observar a perfeição com que este sítio foi construído... para sugerir que coisas como os marcadores de solstício estão desalinhados, acho incrível", disse Steede. As medidas de Posnansky foram confirmadas por engenheiros modernos, embora suas conclusões permaneçam contenciosas. Outras características do local incluem um complexo sistema de irrigação, furos e canais bem trabalhados em certos blocos de pedra. Parecem desafiar o trabalho em pedra dos incas ou povos pré-Incas conhecidos na região. Outros acontecimentos misteriosos se deve ao nível de alvenaria encontrados em Puma Punku. Essas pedras parecem ter sido cortadas com um “laser”. Eles são tão precisos e tão suaves que você não pode dar uma explicação lógica de como o homem antigo poderia ter conseguido isso sem o uso de equipamentos modernos. Muita coisa ainda não foi resolvido e assim o mistério continua.

1. O Incidente de Passo Dyatlov

Este incidente refere-se às mortes não resolvidas de nove excursionistas de esqui nos Montes Urais no norte da União Soviética (atual Rússia ). O incidente ocorreu entre 1º de fevereiro e 2 de fevereiro de 1959. O experiente grupo de caminhada de Grau II, liderado por Igor Dyatlov; inicialmente consistia em 10 pessoas (8 homens e 2 mulheres). Todos na época do Instituto Politécnico de Ural; no entanto, um deles, Yuriy Yudin, ficou doente, por isso foi forçado a voltar para casa. Assim, apenas nove pessoas começaram a subida para a montanha através de um passe sem nome que mais tarde se tornaria conhecido como o Passo de Dyatlov. Ninguém os viu vivos depois disso. havia estabelecido um acampamento nas encostas de Kholat uma área agora nomeada em homenagem ao líder do grupo, Igor Dyatlov. Durante a noite, algo fez com que eles saíssem de suas barracas as presas e fugissem do acampamento. Estavam inadequadamente vestidos para as nevascas e temperaturas abaixo de zero. A História é Real e Foi Documentada Este é um daqueles acontecimentos misteriosos que na realidade pode ser considerado uma tragédia. É antes de tudo uma história real dramática e misteriosa que se desenrolou em Sverdlovsk Oblast da URSS em 1959. Ocorreu nas encostas orientais da montanha Kholat Syakhl (literalmente "Montanha dos Mortos" ou "Montanha Morta" na língua Mansi nativa) chamada de Ural. As circunstâncias que o envolvem são tão bizarras e estranhas que até hoje não possui explicação e este caso não foi solucionado. O acontecimento é descartado como sendo uma farsa. Existem documentos reais, fotos, arquivos, autópsias e outros documentos oficiais que provam que a história do Incidente de Passo Dyatlov é bem real. Foi Utilizado um Grupo de Busca e Salvamento No final do mesmo mês de fevereiro, o grupo não conseguiu se comunicar. As autoridades inicialmente hesitaram em iniciar uma operação de busca e salvamento. Eles até mentiram que havia um contato com um grupo de Dyatlov e eles simplesmente foram atrasados pelos elementos naturais. Logo após um grupo de resgate formado por autoridades locais; estudantes voluntários e guias Mansi repetiu o caminho feito pelo grupo de estudantes e encontrou o último acampamento base no dia 26 de fevereiro. No dia seguinte, eles também descobriram 5 de 9 corpos. As câmeras foram encontradas no local das tendas onde eles abandonaram. As primeiras fotos mostram claramente que estava tudo bem; o ambiente era descontraído e havia uma boa preparação para o inverno rigoroso da região. Definido as Teorias e Hipóteses Uma investigação inicial das autoridades da União Soviética determinavam que seis haviam morrido de hipotermia, enquanto os outros três mostravam sinais de trauma físico. Uma vítima tinha um crânio fraturado; outros dois tiveram fraturas maiores no tórax. Além disso, outro membro da equipe estava sem a língua e os olhos. A investigação concluiu que uma "força irresistível desconhecida" causou as mortes. Inúmeras teorias foram apresentadas para explicar as mortes inexplicáveis. Entre estas teorias estão ataques de animais, hipotermia, avalanche, pânico induzido por infra-som; envolvimento militar ou alguma combinação destes e até o ataque de um Yeti russo, o famoso pé grande. As tribos indígenas locais foram a base para uma teoria que era comum na época do evento. Havia um acampamento de Mansi a nordeste do desfiladeiro. Uma trilha de Mansi passava pelo acampamento dos grupos de Dyatlov, a apenas 200 metros de distância. Mas esta teoria foi descartada, pois os Mansi não tiveram nenhum problema com as pessoas que caminhavam pelas montanhas. Apesar de todas as teorias, ainda temos um mistério inexplicável Alguns fatos foram explicados, mas ainda nos restam muitas perguntas não respondidas. Nenhuma teoria pode esclarecer todos os eventos que ocorreram e, devido à falta de testemunhas, provavelmente permanecerá assim. Isto impede que grandes revelações futuras ou documentos não descobertos sejam revelados. Muitas das teorias "concretas" sensacionalizaram certos aspectos da evidência que simplesmente não eram verdadeiros. A realidade é que ficamos com um genuíno mistério não resolvido, e que provavelmente não será resolvido. Read the full article

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