#Tipos de viadutos
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blogpopular · 1 month ago
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Construção de Pontes e Viadutos: Engenharia, Técnicas e Desafios
A construção de pontes e viadutos é um dos marcos mais impressionantes da engenharia civil. Essenciais para conectar cidades, superar barreiras naturais e melhorar a mobilidade, essas estruturas exigem planejamento detalhado, tecnologias avançadas e uma execução meticulosa. Neste artigo, exploraremos as principais etapas, técnicas e desafios envolvidos na construção de pontes e viadutos, além de…
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twistedcrumbs · 3 months ago
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Outubro, dia 2 - Não confie nas sombras a noite.
Ruggie Bucchi
A luz da manhã mal havia tocado as ruas quando Ruggie e Yuu acordaram embaixo de um viaduto, as caixas de papelão quebradas abaixo deles criando uma proteção temporária contra o frio. O cheiro daquela parte cinza da cidade sempre se misturava ao deles mesmos e era horrível. Sempre uma mistura de sujeira, fumaça e lixo é algo azedo, indescritível.
Acordar cedo era uma necessidade, não um hábito. Era quando a cidade ainda estava meio adormecida e as oportunidades de encontrar comida, algum trocado, ou mesmo uma chance de pegar roupas usadas nos pontos de doação eram maiores. As pessoas não costumam ser gentis, então não é esperto andar por aí nos horários mais tumultuados. Era a regra básica.
Ruggie, com seu olhar atento e experiência, sabia que cada dia nas ruas era uma batalha. Ele escondeu os cobertores velhos em uma sacola, cutucando a parceira e tirando Yuu de seu calor no casulo de panos velhos, tentando manter algo para a próxima noite.
Não tinha muita energia para falar e apenas escutou os resmungos dela, a fome seguia continuamente apertando o estômago vazio, assim limitou-se a pensar que deveria ser hoje, com a determinação de encontrar qualquer coisa para encher o estômago e acabar com a fome cortante que se sobreponha a toda e qualquer sensação desagravael de seu corpo.
Yuu se encolheu como uma bola no chão, olhando Ruggie de canto. Não era tão paciente quanto ele. A fome, para ela, havia se desenvolvido ao ponto de não ser mais a simples necessidade fisiológica e beirava obsessão.
─ Estou cansada de migalhas…─ disse ela, resmungando enquanto se levantava, limpando inutilmente a sujeira da roupa. Ruggie deu de ombros e então jogou a sacola com os cobertores para que ela carregasse.
O relacionamento deles tinha se moldado pelo ambiente em que viviam e girava em torno das necessidades que supriam do outro: calor humano, companhia e acima de tudo, da divisão daquela miséria vivida.
Eles se completavam em suas carências, Ruggie com sua esperteza das ruas e Yuu com sua ambição. Viviam de migalhas, pedaços da vida dos outros, sobrevivendo ao próximo dia, mas a fome constante e a precariedade sempre estavam lá como um fantasma assombrando os dias do casal.
Yuu, por vezes, olhava para Ruggie com uma espécie de inveja silenciosa — ele era mais ágil, sabia como conseguir as coisas, enquanto ela dependia de sua astúcia emocional para se manter viva. Quase patético.
Eles caminharam juntos pelas ruas, procurando algo que pudesse lhes garantir uma refeição. As lojas ainda estavam fechadas, os carros passando rapidamente, indiferentes à sua presença. O desprezo silencioso dos transeuntes os acompanhava em todo lugar. Eles tinham nojo.
O dia se passou em uma névoa de tentativas frustradas: pediram dinheiro, vasculharam lixeiras, mas disso tinha um resultado satisfatório. O cansaço foi se acumulando, e ao cair da noite, Ruggie e Yuu estavam de volta ao beco que chamavam de "casa" por aquela noite. Era uma esquina suja e esquecida, um tipo de lugar onde ninguém prestava atenção.
─ Eu estou com fome, Ruggie. ─ disse Yuu, impaciente, sua voz tingida de raiva. Raiva da situação miserável na qual se encontrava, raiva das pessoas que viravam o rosto quando ela passava. ─ A gente vai acabar morrendo assim….
Ruggie suspirou. Ele sentia o peso do desespero de Yuu, mas o próprio estômago roncava, e o frio começava a se instalar. ─ Eu sei, eu sei... Mas amanhã vai ser diferente. ─ Ele repetia isso todos os dias, orando silenciosamente para que realmente fosse, mas hoje, enquanto o sol se escondia no horizonte, algo no fundo dele sabia que amanhã poderia não chegar. Aquela palavra parecia estranha e desconfortável em sua boca. Foi um sentimento ruim.
A noite caía, e a escuridão sempre trazia consigo uma estranha sensação de ameaça. As sombras se estendiam mais longas, e o som da cidade mudava, acalmando-se aos poucos Mas hoje parecia estranho, silencioso demais, de uma forma perturbadora. Ruggie estava suando frio e incapaz de pregar o olho, como se sentisse algo maligno à espreita. No entanto, eles já estavam acostumados com o perigo; a rua não era um lugar seguro, nem para os que estavam habituados com ela.
A noite estava fria e úmida, o ar carregado de uma neblina pesada que parecia envolver as ruas vazias como uma mortalha. Ruggie e Yuu estavam aninhados em um beco estreito, as costas pressionadas contra uma parede coberta de grafites desbotados, enquanto tentavam encontrar algum consolo sob uma pilha de cobertores puídos. Não era a primeira vez que passavam uma noite assim, mas algo naquela madrugada parecia diferente, errado.
Uma sensação de inquietação pairava no ar, algo além da habitual vulnerabilidade que a rua impunha. Ambos observavam isso envoltos por um silêncio tácito de compreensão imbuído de medo compartilhado por ambos de que se falassem a respeito do sentimento estranho, seus terrores ganhassem vida em meio a escuridão vazia e silenciosa da noite.
Os estômagos roncavam alto, um som que já se tornara uma presença constante. Yuu se encolheu sob o cobertor, os olhos fitando as sombras da rua, buscando algo indefinido, mas ameaçador.
Ruggie, ao seu lado, ficou em silêncio por um momento, seus sentidos aguçados tentando captar de onde advinha sua estranha inquietação. Era como uma corrente de energia invisível que percorria o ar, alertando que algo estava por vir. Mas ele não sabia o quê. ─ Amanhã devemos tentar na outra parte da cidade… ─ disse ele, mais para quebrar o silêncio do que por confiança de realmente conseguir algo melhor, Yuu direcionou a ele um olhar cúmplice e assentiu.
Foi então que Yuu ouviu. Um som leve, quase imperceptível. O farfalhar de algo arrastando-se pelo chão. Ela se virou bruscamente, mas não viu nada. Ruggie franziu o cenho, percebendo a mudança no comportamento dela. ─ O que foi? ─ perguntou ele, com a voz baixa, mas alerta.
─ Nada. ─ disse Yuu, tentando não demonstrar o medo que começava a subir.
Ruggie olhou ao redor. ─ Não tem ninguém. ─ disse ele com um tom seco, mas a inquietação já se instalara nele também. Ele conhecia as ruas, sabia quando algo estava errado. Eles estavam sendo observados
Os dois ficaram quietos por um tempo, ouvindo os ruídos distantes da cidade. Mas então, eles ouviram. Um som diferente, algo que não pertencia à noite. Era sutil, quase imperceptível no começo, como o farfalhar de pés descalços arrastando-se pelo asfalto. Ruggie se levantou lentamente, o coração batendo mais rápido. Seus olhos vasculharam a escuridão do beco, mas ele não via ninguém. Nada além de sombras.
─ Você ouviu isso? ─ perguntou Yuu, a voz agora mais aguda com o medo que ela tentava esconder.
Ruggie assentiu, sem dizer uma palavra. Ele agarrou a mão dela, forçando-a a ficar em pé. ─ Tem algo errado ─ sussurrou ele, seus olhos ainda fixos na saída do beco. A sensação de ser observado crescia, pesada, como um peso que ele não podia ver, mas que conseguiam sentir esmagando seus ossos.
Lentamente, eles começaram a se mover deixando o lar improvisado para trás sem pensar duas vezes. Ruggie puxou Yuu com cuidado, entrelaçando seus dedos aos dela, os dois avançando pelas ruas desertas tentando se afastar do perigo desconhecido. Suas roupas gastas eram quase indistinguíveis da sujeira que cobria as calçadas, e eles mantinham a cabeça baixa, tentando se misturar às sombras. No entanto, o som persistia. Passos leves, constantes, que seguiam a cada movimento que eles faziam.
Quando viraram a esquina para uma rua ainda mais escura, Yuu parou abruptamente, apertando o braço de Ruggie com força. ─ Ali! ─ sussurrou ela, apontando para frente e eles pararam.
O suor frio escorria pelas têmporas do casal e o único som que podia ser ouvido eram as respirações descompassadas.
No meio da névoa, a uma curta distância deles, estavam três figuras. Elas não se moviam, apenas estavam ali, imóveis, observando. A princípio, Ruggie achou que fossem outras pessoas e franziu o cenho ainda temeroso, sentindo-se amargo. Algumas pessoas gostam de se juntar para infernizar a vida de indivíduos como ele e Yuu, apenas por fazer, visando extravasar o novo e a repulsa sentida.
Mas apesar de suas conclusões, algo ainda parecia estar terrivelmente errado.
─ Vamos embora. ─ disse ele com urgência sem pensar mais de uma vez , puxando Yuu, que estava paralisada pelo choque, na direção oposta a das pessoas.
Os passos que no início eram cautelosos, começaram a ficar cada vez mais longos e descuidados, até que, em um certo ponto, eles começaram a correr. Ruggie fazia o seu melhor para puxar Yuu consigo. Cada passo ressoava no silêncio da noite.
Atrás do casal, nenhum som podia ser ouvido e nada podia ser enxergado. Ambos aparentavam correr rumo ao nada. No entanto, à medida que fugiam, Ruggie podia sentir sua presença cada vez mais próxima. Não havia gritos, não havia ameaças. Apenas estranha a perseguição silenciosa onde eles correm sozinhos.
Ruggie e Yuu cambaleiam por becos e ruas, tentando despistar e se livrar da ameaça estranha daquelas pessoas, mas por onde quer que virassem, as figuras estavam lá, aparecendo nas esquinas, paradas ao longe, sempre à vista. A fome que antes era o único peso que carregavam agora foi substituída por puro horror. O medo crescia dentro deles, como se fossem presas sendo caçadas por algo que não podiam compreender.
─ Por que estão atrás da gente? ─ Yuu gritou desajeitada enquanto corriam. Procurando respostas nos olhos azuis acinzentados de Ruggie. ─ O que eles querem?
Ruggie não tinha respostas. Seu instinto de sobrevivência estava no limite, e tudo o que ele sabia era que precisavam continuar. O suor escorria pelo rosto, misturado com o frio da noite. Seus pulmões queimavam, e suas pernas doíam, mas eles não podiam parar. Atrás deles, o silêncio era quebrado apenas pelos seus próprios passos apressados.
Ele se virou lentamente, e foi quando viu as figuras pela primeira vez. Parados na esquina, três formas indistintas, sem rosto. Onde deveriam haver olhos, bocas, traços humanos, havia apenas uma pele pálida e lisa, deformada pela ausência total de feições.
─ Vamos sair daqui. ─ disse Ruggie, puxando Yuu sem rumo e desorientado pelo medo, o pânico começava a tomar conta dele. Cada tentativa de virar uma esquina, de se esconder, era inútil. Os seres sem rosto estavam sempre lá, observando, aproximando-se lentamente.
O terror escalava com a certeza de que, não importa o quanto corressem, não havia escapatória. O cansaço se transformou em desespero. Ruggie tentava pensar em algo, qualquer coisa, para afastar aquelas coisas. Mas como se luta contra o que não tem identidade? Contra o que não faz som, apenas segue?
Yuu tropeçou, caindo no chão frio e sujo da rua, e Ruggie a ajudou a se levantar, os dois ofegantes, sem mais forças. As figuras estavam mais próximas agora, envoltas pela escuridão, os rostos lisos virados em sua direção, como se aguardassem algum momento final.
─ Por que... por que eles estão atrás da gente? ─ Yuu sussurrou, lágrimas escorrendo por seu rosto.
Ruggie não tinha respostas. Ele sabia que estavam sozinhos. Ninguém viria para salvá-los. O mundo tinha se esquecido deles muito antes daquelas criaturas sem rosto aparecerem.
Com o som de passos cada vez mais perto, os dois recuaram até ficarem encurralados em um beco sem saída, sem para onde correr, os olhos fixos nas criaturas que se aproximavam. Ruggie segurou a mão de Yuu, o medo os unindo naquele último momento.
Os seres sem rosto pararam à frente deles, imóveis como sombras. E então, o silêncio absoluto.
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naoqueroserpop · 1 year ago
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307/308 Sul
Toda história tem um começo, e, por não ter uma boa ideia, é que vou direto ao ponto. Recordo-me como do dia de ontem, o momento em que se encontraram, como se cruzaram os olhos, como se complementavam as palavras, mesmo quando não ditas, de repente o mundo parou, e eram apenas, os dois. Tantos corpos em volta, e, mesmo assim, não havia ninguém. Um instante, o ponteiro do relógio parado para eles.
Ela parecia viver para estudar ou o contrário, pouco importa, estudava do raiar o dia até a alta madrugada e, durante a corrida de um ponto a outro, da faculdade de psicologia à de letras, com intervalos recheados por cursos de inglês, francês, alemão e o novo de latim, é que concedia temp0 para estar com aqueles por quem tinha apreço. Com pouco menos de vinte e um, falante, como um turbilhão de informações num só lugar (como cruzar o mundo num minuto). Ele com sua aparência rude, esguio, de uma cor que mais lembra o caramelo, olhos escuros meio mortos, de uma penetração quase aguda, cabelos sem um corte certo, uma barba por fazer, de um vestir maltrapilho, jaqueta jeans, desbotada, carcomida de punhos gastos e gola rota, calças jeans não menos gastas e o tênis vermelho, um caso à parte, tinha rasgos de toda sorte, no calcanhar, acima dos dedos, sola rachada, incrível como permaneciam em seus pés, mas confortáveis, segundo ele.
Encontraram-se, então, em um ônibus cheio até não poder mais, pessoas umas sobre as outras, e todas procurando um espaço para respirar, sem mover os pés, que estes poderiam não mais encontrar a vaga...
Ele estava lá desde a rodoviária, sentado como sempre à janela no sentido do cobrador, observando o movimento, um passatempo, solitário, pois não tinha o hábito de conversar com pessoas estranhas (mesmo que estas estivessem ali todos os dias), entretido em ler o ser humano por seus atos e ações...
Ela embarcou pela altura da 307/308 Sul com sua mochila que mais lembrava um bloco de pedra, dos que ergueram pirâmides, tão cheia estava. Vendo graça na cena, ele, olhos chispados nela, acompanhou suas tentativas de abrir caminho em meio à turba, que, de tão compacta, não cedia centímetro sequer... Cansando-se daquilo, cedeu-lhe o lugar que foi... Rejeitado?
Ela preferiu permanecer de pé, seguindo viagem ao lado dele...
E foram assim, juntos, quase emendados pela pressão dos corpos à volta... Discorreram sobre tudo quase, das coisas triviais do dia a dia, dos amores, desamores, sem do outro tirar os olhos pareciam enlaçados um pelo olhar do outro... Tiveram seus momentos de graça, com um senhor que se escorava nele, como uma rocha que ameaça descer morro abaixo deitando tudo quanto há em seu caminho.
Embevecidos iam um do outro que passaram cerca de horas num engarrafamento deitado sobre o asfalto, da embaixada do Iraque ao viaduto que se liga ao Núcleo Bandeirante, ao Guará, ao Park Shopping e serve de caminho a tantos outros que o percorrem...
Ele perdido nela, a bebê-la, absorvê-la a cada palavra dita, a cada mexer das mãos os cabelos, o sorriso em seus lábios a centelhar os dele, que pareciam se contorcer com aquela novidade, posto nunca sorrisse, e nada o descrevia melhor que uma pedra ao se rachar com o golpe da marreta...
Ela a aninhar-se nele, condições não faltando, ria-se de sua prosa pessimista e coerente ao mesmo tempo... “A verdadeira doença, é a vida, que mata desde início de tudo... Tudo nasce para morrer, não há cura, não conheço um imortal...” O expresso tipo lata de sardinhas veio se esvaziando pelo caminho, mas se sentaram, apenas, quando puderam ficar juntos, perdidos um no outro, ela e ele, os dois... Desculpe se interrompo a história, pois, da mesma forma que não soube começar, não posso encerrá-la, já que desembarquei bem antes...
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alpsfundacoes · 3 months ago
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Introdução à Engenharia de FundaçõesImportância da Engenharia de FundaçõesTipos de FundaçõesFundações SuperficiaisFundações ProfundasComparação entre Tipos de FundaçõesMelhoria da Resistência do SoloMétodos e Técnicas para Melhorar a Resistência do SoloTensão Admissível e Sua Relevância para o Assentamento da EdificaçãoDados de Projetos Anteriores que Demonstram a Eficácia das Melhorias no SoloConclusão Introdução à Engenharia de Fundações A Engenharia de Fundações é um ramo fundamental da engenharia civil que se dedica ao estudo, projeto e execução de fundações e contenções estruturais para edificações. Trata-se de uma etapa crucial para garantir a estabilidade e segurança de qualquer construção, uma vez que as fundações são responsáveis por transmitir as cargas da edificação para uma camada resistente do solo. As fundações desempenham um papel vital na prevenção de deslizamentos e danos estruturais, assegurando que a estrutura permaneça estável e segura ao longo do tempo. De acordo com especialistas, uma fundação bem projetada pode evitar até 90% dos problemas estruturais em edificações (Fonte). A relação entre a engenharia de fundações e a geotecnia é intrínseca. A geotecnia, que estuda o comportamento dos solos e rochas, fornece os dados necessários para a elaboração de projetos de fundação. É através de análises geotécnicas que os engenheiros podem determinar a capacidade de carga do solo, a profundidade adequada das fundações e os métodos mais eficazes para melhorar a resistência do solo. O objetivo deste artigo é fornecer uma compreensão abrangente dos fundamentos da engenharia de fundações, destacando sua importância para a construção de edifícios sólidos e seguros. Vamos explorar os principais tipos de fundações, métodos para melhorar a resistência do solo e a relevância de uma fundação bem projetada para o sucesso de qualquer projeto de construção. Esperamos que, ao final desta leitura, você tenha uma visão clara da importância das fundações e como elas podem contribuir para a durabilidade e segurança das edificações. Importância da Engenharia de Fundações A engenharia de fundações desempenha um papel essencial na prevenção de deslizamentos e danos estruturais em edificações. As fundações são responsáveis por distribuir uniformemente as cargas da construção para o solo, garantindo que a estrutura permaneça estável e segura ao longo do tempo. Sem uma fundação adequadamente projetada, o risco de problemas estruturais, como fissuras, desníveis e até mesmo colapsos, aumenta significativamente. Estudos mostram que aproximadamente 30% das falhas em construções estão relacionadas a fundações inadequadas (Fonte: Instituto Brasileiro de Geotecnia). Além disso, estatísticas indicam que problemas com fundações são responsáveis por até 50% dos custos de reparos em edificações (Fonte: Associação Nacional de Engenharia Civil). A seguir, apresentamos alguns exemplos de casos em que a falta de uma fundação adequada resultou em danos significativos: Edifício Palace II (Rio de Janeiro, 1998): Um dos casos mais emblemáticos no Brasil, o desabamento do Edifício Palace II foi atribuído a falhas nas fundações, resultando em mortes e grandes perdas materiais. Viaduto Santo Amaro (São Paulo, 2018): O colapso parcial deste viaduto foi relacionado a problemas nas fundações, causando transtornos significativos no trânsito e prejuízos econômicos. Edifício em Brasília (2011): Um prédio de seis andares sofreu inclinação e rachaduras devido a problemas nas fundações, levando à evacuação dos moradores e altos custos de reparo. Esses exemplos ilustram a importância crítica da engenharia de fundações na construção civil. Investir em fundações bem projetadas não só aumenta a segurança da estrutura, mas também reduz custos a longo prazo, evitando reparos caros e possíveis desastres. Portanto, a atenção ao projeto e execução das fundações é indispensável para garantir a durabilidade e segurança das edificações.
Recomenda-se a contratação de profissionais especializados e a realização de estudos geotécnicos detalhados para assegurar a qualidade das fundações em qualquer projeto de construção. Tipos de Fundações No âmbito da engenharia de fundações, é crucial compreender as diferentes categorias de fundações e suas especificidades. As fundações podem ser classificadas em fundações superficiais e fundações profundas, cada uma com características e aplicações distintas. Fundações Superficiais As fundações superficiais são aquelas que transmitem a carga da estrutura para o solo próximo à superfície. Elas são geralmente mais econômicas e rápidas de executar, sendo adequadas para edifícios de pequeno e médio porte em solos com boa capacidade de suporte. Exemplos incluem sapatas, radier e blocos de fundação. Sapatas: Estruturas de concreto armado utilizadas para suportar colunas ou pilares. Radier: Laje de concreto que distribui a carga da edificação sobre uma área maior. Blocos de Fundação: Blocos de concreto que suportam cargas pontuais. Fundações Profundas Por outro lado, as fundações profundas são utilizadas quando as camadas superficiais do solo não possuem capacidade de suporte suficiente. Elas transmitem as cargas para camadas mais profundas e resistentes. As principais técnicas incluem estacas escavadas, estacas raiz e execução invertida de subsolos. Estacas Escavadas: Perfurações no solo preenchidas com concreto, utilizadas para suportar grandes cargas e atravessar camadas de solo fracas. Estacas Raiz: Estacas de pequeno diâmetro, perfuradas e armadas com barras de aço, indicadas para solos difíceis e obras de reforço. Execução Invertida de Subsolos: Técnica em que a edificação é construída de baixo para cima, ideal para locais com espaço limitado. Comparação entre Tipos de Fundações Para facilitar a compreensão das diferenças entre os principais tipos de fundações, apresentamos a seguir uma tabela comparativa: Tipo de FundaçãoCustosAplicaçõesVantagensEstacas EscavadasAltoEdifícios altos e estruturas pesadasAlta capacidade de carga e estabilidadeEstacas RaizMédioReforço de fundações e solos difíceisFlexibilidade e aplicação em espaços confinadosExecução Invertida de SubsolosAltoÁreas urbanas com espaço limitadoMaximização do uso do espaço subterrâneoSapatasBaixoEdifícios de pequeno e médio porteEconomia e simplicidade na execuçãoRadierMédioEdifícios de médio porte em solos firmesDistribuição uniforme de cargasBlocos de FundaçãoBaixoPequenas estruturasFacilidade de execução É fundamental escolher o tipo de fundação mais adequado com base nas condições do solo, na carga da edificação e nas especificidades do projeto. Consultar profissionais especializados em engenharia de fundações é essencial para garantir a segurança e a durabilidade da construção. Fundamentos da Engenharia de Fundações: Garantindo a Segurança das Edificações Melhoria da Resistência do Solo Na engenharia de fundações, a melhoria da resistência do solo é um passo crucial para assegurar a estabilidade e durabilidade das edificações. Existem diversos métodos e técnicas que podem ser empregados para incrementar a capacidade de suporte das camadas superficiais do solo. Métodos e Técnicas para Melhorar a Resistência do Solo Os métodos de melhoria do solo variam de acordo com o tipo de solo e as exigências do projeto. Alguns dos principais métodos incluem: Compactação: A compactação do solo é uma técnica amplamente utilizada para aumentar a densidade do solo, reduzindo sua porosidade e aumentando sua capacidade de suporte. Injeção de Cimentos: Consiste na injeção de uma mistura de cimento e água no solo, formando colunas de solo-cimento que aumentam a resistência e a rigidez do terreno. Geossintéticos: Materiais como geotêxteis e geogrelhas são inseridos no solo para melhorar sua estabilidade e resistência à tração. Drenagem: A instalação de sistemas de drenagem pode reduzir o teor de umidade do solo, melhorando sua capacidade de suporte.
Estabilização Química: A adição de agentes estabilizadores, como cal e cimento, pode melhorar significativamente as propriedades mecânicas do solo. Tensão Admissível e Sua Relevância para o Assentamento da Edificação A tensão admissível do solo é um parâmetro fundamental na engenharia de fundações. Refere-se à tensão máxima que o solo pode suportar sem sofrer deformações excessivas ou falhas. A tensão admissível é determinada através de ensaios de campo e laboratoriais, e seu valor é essencial para dimensionar adequadamente as fundações. Assegurar que a tensão admissível do solo seja respeitada é vital para o assentamento seguro da edificação. Solos com baixa capacidade de suporte podem levar a recalques diferenciais, resultando em fissuras e outros danos estruturais. Portanto, é imprescindível realizar um estudo detalhado do solo e, se necessário, aplicar técnicas de melhoria para garantir a segurança da construção. Dados de Projetos Anteriores que Demonstram a Eficácia das Melhorias no Solo Os benefícios das técnicas de melhoria do solo são amplamente documentados em projetos anteriores. A seguir, apresentamos alguns exemplos que ilustram a eficácia dessas práticas: ProjetoMétodo UtilizadoResultadoEdifício Comercial em São PauloCompactação e Injeção de CimentosAumento de 40% na capacidade de suporte do solo, sem recalques observados após 5 anos.Ponte Rodoviária no ParanáEstabilização Química com CalRedução de 60% na deformação do solo, garantindo a estabilidade da estrutura.Residencial em Minas GeraisGeossintéticos e DrenagemMelhoria significativa na resistência à tração e controle eficaz da umidade do solo. Esses exemplos demonstram a importância e a eficácia das técnicas de melhoria do solo na engenharia de fundações. A implementação dessas práticas não só aumenta a capacidade de suporte do solo, mas também garante a segurança e a longevidade das edificações. Conclusão A engenharia de fundações é um dos pilares essenciais para a construção de edificações sólidas e seguras. Ao longo deste artigo, abordamos a importância das fundações, que vão além de meras estruturas de suporte; elas são responsáveis por garantir a estabilidade e a durabilidade das construções. As fundações desempenham um papel crucial na distribuição das cargas da edificação para o solo, evitando problemas como deslizamentos, fissuras e outros danos estruturais que podem comprometer a segurança dos ocupantes e a integridade do imóvel. É importante ressaltar que a escolha do tipo de fundação deve ser feita com base em uma análise criteriosa das condições do solo. Cada terreno possui características específicas que influenciam diretamente na decisão sobre o tipo de fundação a ser utilizada. Por exemplo, em solos mais moles, pode ser necessário optar por fundações profundas, como estacas escavadas ou estacas raiz, enquanto em solos mais firmes, as fundações superficiais podem ser suficientes. Essa escolha errada pode resultar em falhas catastróficas, como o colapso da estrutura, que não só gera prejuízos financeiros, mas também coloca vidas em risco. Além disso, a implementação de técnicas de melhoria do solo é uma prática recomendada que pode aumentar significativamente a resistência das camadas superficiais. Métodos como a compactação do solo, injeção de calda de cimento e o uso de geossintéticos são algumas das opções disponíveis que podem ser aplicadas para garantir uma base sólida para a construção. A tensão admissível do solo, que é a máxima pressão que ele pode suportar sem sofrer deformações, deve ser cuidadosamente considerada durante o planejamento do projeto. Um estudo adequado sobre a tensão admissível pode evitar problemas futuros, como recalques diferenciais, que podem levar a danos irreparáveis na estrutura. Estatísticas mostram que uma porcentagem significativa de falhas em construções está relacionada a fundações inadequadas. De acordo com dados do Associação Brasileira de Engenharia de Fundações, cerca
de 30% das obras apresentam problemas estruturais que poderiam ser evitados com um projeto de fundação bem elaborado. Exemplos de casos em que a falta de uma fundação adequada resultou em danos significativos são alarmantes e servem como um alerta para todos os profissionais da construção civil. Portanto, é vital que engenheiros e arquitetos colaborem desde o início do projeto para garantir que a fundação seja projetada de acordo com as necessidades específicas da edificação e as condições do terreno. Se você está planejando um novo projeto de construção ou reforma, é altamente recomendável que consulte especialistas em engenharia de fundações. A Alps Fundações é uma empresa líder na área, com mais de 10 anos de experiência em Indaiatuba e região. Nossa equipe de profissionais qualificados está pronta para oferecer soluções personalizadas e eficientes para todos os tipos de terrenos e edificações. Trabalhamos com um compromisso inabalável com a qualidade e a segurança, utilizando as melhores práticas e tecnologias disponíveis no mercado. Entre em contato conosco para obter mais informações e solicitar um orçamento através do WhatsApp: (19) 3834-2120. Estamos aqui para ajudar você a garantir a estabilidade e a durabilidade do seu projeto, proporcionando a tranquilidade necessária para que você possa se concentrar em outras áreas do seu empreendimento. Não arrisque a segurança da sua construção. Confie na Alps Fundações para assegurar que sua edificação tenha uma base sólida e confiável, evitando problemas futuros e garantindo a satisfação de todos os envolvidos. A escolha certa em engenharia de fundações é o primeiro passo para o sucesso de qualquer projeto de construção. Fundamentos da Engenharia de Fundações: Garantindo a Segurança das Edificações Agora que soube mais sobre: Fundamentos da Engenharia de Fundações: Garantindo a Segurança das Edificações, faça hoje mesmo seu orçamento e conheça mais sobre os nossos serviços de fundações. Para maiores informações, consulte a ABNT. Escrito por: João Atilio Scaravelli Junior Engenheiro Civil - CREA 5070913012 Tags #fundacoes #destaques #equipamentos #escavacoes #estacasescavadas #sondagensdesolo Assine nossa Newsletter e fique sempre por dentro das novidades
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pacosemnoticias · 5 months ago
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Nova variante entre Maia e Trofa é inaugurada este domingo
Quatro viadutos e uma ponte, numa extensão de 2.000 metros, mais quatro passagens superiores, uma delas pedonal, e duas passagens agrícolas, são parte da variante à Estrada Nacional (EN) 14, a inaugurar domingo entre a Trofa e a Maia.
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Segundo a IP, a circulação entre a Maia e a Trofa melhora a partir de domingo com a inauguração da segunda fase da construção da variante à EN 14, entre a Via Diagonal, na Maia, e o Interface Rodoferroviário da Trofa.
O investimento de cerca de 32 milhões de euros aplicado numa extensão de 10 quilómetros promete resolver o problema que há décadas se verifica naqueles dois concelhos do distrito do Porto para quem circula na EN 14.
Segundo a Infraestruturas de Portugal (IP), a obra corresponde a um troço com cerca de 10 quilómetros, com um perfil transversal tipo 1x1 vias, iniciando-se no nó com a Via Diagonal, já construído na primeira fase, e terminando na Rotunda da Interface Rodoferroviário da Trofa já existente.
Esta empreitada, lê-se ainda na informação enviada à Lusa, faz parte do conjunto de sete obras já lançadas pela IP no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que, no total, correspondem a um investimento de 63 milhões de euros.
A construção da variante foi conhecida em 1 de junho de 2022 quando o então Governo do PS declarou de "imprescindível utilidade pública" a construção da variante à EN 14, entre a Via Diagonal, na Maia, e o Interface Rodoferroviário da Trofa, permitindo, assim, o abate de 21 sobreiros adultos.
A inauguração da nova ligação entre os dois municípios está agendada para as 10h50, na rotunda da EN 318, e está prevista a presença do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.
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papelneutro · 8 months ago
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aquilo que me ferve de dentro pra fora. minha pele expurgada. pedindo socorro. o caminho que não nos leva. não nos carrega. quem tem. tem. quem não tem. não tem. tem gente que passa fome. tem gente que dá tchau de longe. quem cuida de quem dorme no banco molhado. quem cuida de quem coloca pedra na sombra embaixo de viaduto. eu compreendo quem desistiu. pois eu não compreendo quem ainda gosta de continuar. tem o mais difícil. o impossível. o possível. e o que dá. a gente faz o que aguenta. quando dá. a gente acha que vai chegar. naquele final que a gente mesmo marcou. a gente não chega. não chega nunca. a gente não chega nunca. corre. corre. corre. tudo falta. nada se tem. nada se agarra. ninguém sustenta ponte comigo. nem vai. nem vai. corpo fraco. pele rompida. cara explodida. dolorida. manchada. história estampada. como se só você resolvesse. é que quando. suas mãos ainda podiam tocar as minhas. eu ainda não tinha conhecido esse tipo de dor. quando eu ainda podia sentir seu cheiro. a vida não me doía assim. quando eu tinha você. quando eu tive. a vida era muito mais fácil. eu comia sem culpa. sorria inocente. andava sem dor. minha cabeça era minha. eu nem escrevia. eu com você era outra. era eu.
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ocombatente · 8 months ago
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Exposição mostra os impactos das grandes obras durante a ditadura
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A exposição Paisagem e Poder: construções do Brasil na ditadura, aberta na noite de terça-feira (19), no histórico Centro MariAntonia da Universidade de São Paulo (USP), procura refletir sobre as transformações ocorridas no Brasil nos anos da ditadura civil-militar. Com uma vasta documentação de época e material audiovisual, exposição mostra as contradições das grandes obras no período e seus impactos sociais e ambientais. A curadoria é dos arquitetos Paula Dedecca, Victor Próspero, João Fiammenghi, Magaly Pulhez e José Lira. Mostra fica em cartaz até o dia 30 de junho. Nos 21 anos de ditadura civil-militar, o Brasil se transformou profundamente com a construção de conjuntos residenciais, estradas, barragens, viadutos, grandes hidrelétricas e avenidas. Mas foi também nesse período que os recursos naturais foram amplamente explorados, prédios e lugares históricos foram removidos ou destruídos, e em que as desigualdades sociais foram expandidas. Em entrevista à Agência Brasil, o curador Victor Próspero, que acabou de defender seu doutorado na Faculdade de Arquitetura da USP, explica que essas obras, embora tenham sido projeto de desenvolvimento do país, guardam uma face contraditória, porque também retratam uma modernização conservadora e autoritária. “Essa modernização conservadora foi diretamente ligada com a repressão. Não existe milagre econômico sem o rebaixamento dos salários e sem a intervenção dos sindicatos. Várias reformas estruturais deixaram os trabalhadores um pouco mais controlados, como a repressão e a lei de greves, por exemplo, que viabilizaram uma certa forma de modernização sem freios, sem oposição”, disse. “Esse milagre é baseado em números, como em um crescimento do PIB sempre acima de 11%, por exemplo, mas que, na verdade, pressupõe um congelamento do salário mínimo e o controle dos sindicatos e da oposição. É um tipo de desenvolvimento econômico sem rebatimento no desenvolvimento social. É claro que tem um aumento do emprego, mas geralmente esse emprego está relacionado à exploração da mão de obra na construção civil”, avalia Próspero. Um dos exemplos dessa contradição do período, segundo o curador, é a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Duas fotos apresentadas na exposição, colocadas lado a lado, ilustram essa contradição. Uma foto mostra a população visitando a usina durante a sua inauguração e a outra apresenta a usina vista de longe, em construção. “Essa representação do momento de inauguração mostra como essas grandes obras eram uma peça de propaganda importante para a ditadura. Já a outra imagem mostra Itaipu em obras e o grau de violência de transformação do espaço daquela paisagem. Ao lado dessa imagem, colocamos uma reportagem que destaca o Salto das Sete Quedas, que era um ponto turístico, uma paisagem reconhecida, e que dava certa identidade para a população daquela região, e que foi inundada para fazer a represa”. Eixos A exposição conta com diversos registros audiovisuais da época, como reportagens, fotografias, filmes, desenhos e diapositivos, além de documentos e cadernos técnicos. Também mostra que críticas já existiam naquele período, apresentando livros que contestavam o desenvolvimento exploratório e não igualitário desse modelo desenvolvimentista. Todos esses registros foram agrupados em cinco eixos principais. O primeiro trata sobre a urbanização e o planejamento do território. Esse núcleo mostra que o incentivo ao desenvolvimento nos chamados “vazios demográficos”, com a criação da Rodovia Transamazônica e do Banco da Amazônia, por exemplo, também teve uma outra face, marcada pela violência e assimilação dos povos originários e pela devastação ambiental. “Muitas populações originárias foram removidas e seus modos de vida foram transformados. Foi um tipo de produção do espaço muito violenta”, destacou o curador João Fiammenghi. “Essa exploração da Amazônia teve desenho, teve projeto e teve pesquisa. Ou seja, não foi uma destruição caótica, como a gente pensa. Era tudo parte de um plano, de um projeto de país, de uma ideologia do regime militar, de segurança nacional e de ocupação dos vazios demográficos, que não eram vazios, tinham pessoas, tinham pequenos agricultores e indígenas vivendo lá. Quisemos mostrar nesse eixo como que essa produção do espaço violenta foi muito planejada”, explicou. O segundo núcleo trata sobre o extrativismo e sua relação com a produção de componentes para a indústria da construção civil. “E, com isso, a gente não pode deixar de falar do trabalho, da industrialização e do sindicalismo. Então, esse é um núcleo mais ligado com trabalho e produção”, destaca Fiammenghi. Em relação à questão trabalhista, por exemplo, a exposição destaca que o projeto desenvolvimentista da ditadura envolveu um alto número de acidentes e mortes trabalhistas. O terceiro eixo, por sua vez, destaca o território e a integração nacional, tratando sobre a circulação entre as cidades, onde são apresentadas as rodovias, as grandes avenidas e as obras de construção de metrô. Há também um eixo todo dedicado à construção da cidade de São Paulo, que apresenta obras como o Minhocão e o Anhembi. O último núcleo discute a questão da moradia e conta um pouco sobre a verticalização dos espaços urbanos e a criação do Banco Nacional de Habitação (BNH). “Quando a gente adentra os anos 60 e, sobretudo, após o golpe civil-militar, a gente tem o desenho e a promoção de um grande plano habitacional naquele momento, que está ligado à implementação de um Sistema Financeiro de Habitação e ao Banco Nacional de Habitação. O banco se estrutura justamente nessa perspectiva de enfrentamento do déficit habitacional, mas com um discurso, já desde então, ligado a essa espécie de controle das massas e das populações moradoras desses territórios”, explicou a arquiteta, urbanista e também curadora da mostra Magaly Pulhez. Criado com a proposta de reduzir o déficit habitacional, o BNH acaba, no entanto, se transformando em um “motor de arranque” da economia. “Fomentando a construção habitacional, fomenta-se a construção civil e, portanto, se agencia uma série de agentes privados, empresas, construtoras e incorporadoras. E o que a gente vai ver, a partir dessa movimentação toda, não é propriamente uma produção habitacional voltada para as massas populares necessitadas de fato, mas o banco funcionando nessa cadeia produtiva da construção civil”, disse Magaly Pulhez. “Apenas 15% da produção do banco nesse período foi voltada para atendimento das populações de baixa renda”, destacou. A exposição também mostra outro grande paradoxo do período. O trabalhador responsável pela construção dessas grandes obras desenvolvimentistas era o mesmo que, aos finais de semana, precisava construir a sua moradia, quase sempre sem recursos suficientes. “Os trabalhadores que estão na própria indústria da construção civil construindo essas grandes obras não têm casa”, ressalta Magaly. Centro No ano passado, o Centro MariAntonia, espaço importante de luta e de resistência contra a ditadura brasileira, completou 30 anos. O espaço é conhecido, principalmente, por ter sido palco, em outubro de 1968, de uma das mais importantes batalhas pela democracia na ditadura militar. Esse episódio ficou conhecido como a Batalha da Maria Antonia e envolveu estudantes de posições ideológicas opostas - os estudantes da USP e os estudantes do Mackenzie - e a polícia. Nessa batalha, o prédio foi parcialmente incendiado e, em seguida, tomado pelo governo de São Paulo. Somente em 1993, a USP recebeu o prédio de volta e decidiu criar no local um espaço cultural, com exposições regulares e dedicadas à memória e à arte. “Neste ano, nós achamos que seria muito bom olhar para esse período da ditadura pelo ângulo da arquitetura, do urbanismo, do planejamento, da geografia e do meio ambiente, ou seja, da paisagem e do espaço físico brasileiro”, explica José Lira, professor e diretor do Centro Maria Antônia. “A exposição é principalmente uma mostra documental. Durante a seleção desses documentos, nós procuramos focalizar questões que são muito presentes no nosso território ainda hoje, como a questão do desrespeito às populações tradicionais e a questão envolvendo a exploração do meio ambiente. Hoje, o mundo inteiro está sensibilizado pelas questões da crise ambiental e climática. E nós vemos que, naquele momento , essa era uma das coisas menos observadas. A natureza era pensada como fonte inesgotável de riquezas e de recursos e explorada como se fosse substituível. Hoje a gente vê que é bem o contrário. Se a gente não construir de maneira a permitir que a natureza se reconstrua ou se conserve, a gente não tem futuro”, disse o diretor do centro à Agência Brasil. Sua expectativa é de que a mostra possa enriquecer o debate sobre a ditadura e sobre o modelo de construção do país. “Nós esperamos que a exposição possa ser vista por esse cidadão comum, esse habitante do Brasil, principalmente interessado no seu espaço, interessado no ambiente em que ele vive, interessado nas suas cidades, no seu bairro, na sua qualidade de vida, nas suas liberdades, nos seus espaços públicos, para que nesse ano de 60 anos do golpe possa ajudar na autoanálise do país”. Programação Paralelo à exposição, o centro preparou uma programação gratuita e aberta ao público, com mesas de debates e exibições de filmes. Outras informações sobre a exposição e a programação paralela podem ser obtidas no site do Centro MariAntonia. Fonte: EBC GERAL Read the full article
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igorcbarros · 11 months ago
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Quando você enfim descobre que as coisas que você gosta tem nome - por menos gostadas que elas sejam!
Achei que eu NUNCA IRIA SABER DE NADA DISSO. N-U-N-C-A. "É para isso que eu pago a Internet." Uma empresa brasileira acabou dando a cara das cidades do Brasil com os seus produtos. Cidades mesmo, daquelas que tem cruzamentos, ruas e avenidas. A Peterco (que nem sei como se pronuncia, Píderco, Petérco?) fabricava semáforos e iluminação pública, além de outras coisas, como iluminação de pista de aeroporto e até luminárias domésticas, segundo o que se consegue pesquisar deles na Internet. Lamentavelmente, são poucos os que se importam com o que eles fizeram e o legado deles. Alô Deep Web, como é que é?...
Queria saber quem era o designer dessas coisas, porquê não tem NADA que a Peterco não tenha feito que eu torça o nariz e ache feio (por mais sujeira que as luminárias possam pegar, ficando a 20 metros do chão). Nem mesmo uma imagem meio grotesca vista em um anúncio, que mostra luminárias de lâmpada fluorescente tubular. "Ah, aquelas retangulares que ficavam embaixo dos viadutos?" Não, compridas e na ponta de postes curvos! O que devia balançar, não está no gibi - e iluminava alguma coisa?... A Peterco, aliás, anunciava em revistas - só não sei exatamente quais, só me vem a cabeça "Dirigente Municipal", editada por Henry Maksoud. Vamos agora, especificamente, aos monstrengos que espantavam a escuridão das noites brasileiras: Marginal Tietê, Av. Tiradentes (ex-Carnaval de SP), Parque do Ibirapuera, Parque da Independência, CERET, Cidade Universitária, Rua Major Natanael (acesso ao Pacaembu), Av. Prefeito Passos (ao lado da Igreja Deus é Amor, um dos últimos lugares a manter essas luminárias), Igreja O Brasil para Cristo (Barra Funda-SP), Praça Ibrahim Nobre (São Bernardo do Campo), Av. Brasil (Suzano), Quadra da Mangueira (Rio de Janeiro, até 2011) mais aparições em Santos; Curitiba, perto do Moinho Anaconda e Porto Alegre, no bairro Anchieta:
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Peterco X-90 - Nos anos 80 tinha MUITO MAIS luminárias na cidade (estradas, parques, etc.) do que as que chegaram nos anos 2000. Muitas de 3 pétalas foram substituídas por de 4 já nos anos 80. Infelizmente as da Marginal Tietê começaram a ser furtadas por um catador de materiais que dava um jeito de subir nos postes (!), e foi aí que elas começaram a ser substituídas T-T e foram as primeiras a nos deixar desta turma, sei lá em 2024 onde tem mais alguma que se preze. Uma delas aparece, sem vidros, no vídeo do Manual do Mundo, do começo de 2024, onde eles montam uma torre de palitos de madeira na Cidade Universitária. Esta luminária tem um pequeno problema: tem vários tipos e clones bastante parecidos uns com os outros - alguns fabricados pela própria Peterco - como duas versões diferentes que também se chamam X90 - e outros fabricados pelas empresas Metal Arte e Jabaquara (associada à Peterco). Nas luminárias mais antigas da Peterco, do final dos anos 60, o centro tem forma de cruz de malta (quando em 4 pétalas), e nas que vieram depois o centro é um quadrado mesmo, e as partes ficam bem juntas. Metal Arte e Jabaquara tem diferenças mínimas para um leigo (tipo 6 cachorros idênticos que só o dono sabe quem é quem), e o a prefeitura usava todas essas marcas. Acho que devia dar problema na hora de trocar os "vidros" (refrator seria o termo mais correto, mas eu sou nerd de Humanas), o pessoal tinha que ser nerd (desta vez de Exatas) pra acertar qual dos fabricantes/ modelos era. E não importa se tem 3 ou 2 pétalas, o nome continua o mesmo. Mas, na frente do Mercado Municipal de Pinheiros...
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... durante muito tempo houve, não sei por quê, a única X-90 de uma só pétala da cidade. Se eu com as perguntas que eu fazia pros meus pais (por quê alguns semáforos são redondos, e outros, quadrados?...) já deixava eles loucos, imagine se eu tivesse conhecido isto na minha infância. Aliás, porquê não existem luminárias assim no exterior? Desconfio que é pela ausência de terremotos no Brasil. Imagina 100 quilos de alumínio caindo na sua cabeça, de 20 metros?..... Próximo, vamos todos iluminar de coração:
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Av. Paulista, Praça da Bandeira, Viaduto do Chá, Praça Roosevelt, Parque Dom Pedro II (até 2024), Av. Prestes Maia, Praça Charles Miller, Ginásio do Mineirinho em Belo Horizonte: Peterco X-250 (várias delas foram para aquele depósito que eu falei em outra postagem - e esta aqui foi parar no MASP !!) E tem uma X-250 isolada na fábrica abandonada da própria Peterco. Curiosamente, esta luminária é pintada de preto. Será que ela não esquentava muito, não?... E preto fosco, ainda por cima! Não tem clones, então as que estavam funcionando até há pouco, em 2023, costumavam estar completas, com os vidros e tudo. O grande lance da X-250 é que ela tem um cabo de aço dentro dela que faz as pétalas descerem até o nível do chão, facilitando a manutenção. Vi em uma raríssima foto no Estadão um operário de pé, na calçada da Paulista... trocando as lâmpadas. Daí ter um cilindro na parte de cima, que seria onde a luminária se encaixa - e juro que eu já vi postes vazios na Paulista, só com o cilindro (foram os primeiros a colocarem os maledettos "Hzinhos" no lugar). A desgraça é que eu não consigo comprovar isso em nenhum lugar na Internet, e pra piorar, quando a prefeitura removeu as X-250 da Paulista, eles arrancaram com guindaste, pela parte de cima! Segundo matéria dessa ocasião, feita pela prefeitura de São Paulo, o conjunto pesa cerca de 100 quilos. E isso porquê, ao contrário da X-90, de alumínio fundido, a X-250 e a do tópico seguionte são de chapas de alumínio parafusadas, formando caixas. Deu MUITO certo, até hoje não vi ao vivo ou pelo Street View nenhuma luminária com paredes faltando. Ao que tudo indica, neste modelo não há versões de 3 ou 2 pétalas. Ou eu que saio de casa muito pouco, vai se saber. Me lembro de ver, em um local isolado no interior de São Paulo, que o meu pai só foi uma única vez - provavelmente em uma subestação de energia - dois postes da X-90 só que pintados de preto e com um cilindro em cima igual ao da X-250, é claro que eu fiquei maluco. A próxima foi projetada por um fã de Minecraft? Mais de 30 anos antes, não tem como...
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Via Anchieta (São Bernardo do Campo), Av. Brasil (Rio de Janeiro), diversas estações de trem do Rio de Janeiro até alguns anos atrás (ao que tudo indica estão removendo), e estacionamentos dos supermercados Záffari (Porto Alegre, até hoje): Peterco X-100. Outra com detalhes em preto fosco, totalmente quadrilátera (diferente da X-90, que irônicamente não tem um único ângulo de 90 graus no design) e com refratores embaixo e dos lados, com um Fresnel horizontal - ou esse plástico estranho da imagem acima. Essa eu nem imaginava que era deles! (EDIT: Depois de muito pensar, acho que esse plástico com duas barras horizontais dentro - que eu só vejo no Rio de Janeiro - deve ser um acessório opcional para a luz só ser refletida pra baixo, em vez de pra baixo e pros lados como na Anchieta ou na foto abaixo, que tem um Fresnel igual ao de baixo também na lateral, onde cada pétala é praticamente um refletor open face.) Um dos raros vídeos sobre o assunto no YouTube diz que a X-100 foi pouco usada. Acho que seu maior uso foi mesmo nas estações de trem da SuperVia (antes desse nome surgir), com mais de 100 unidades ao todo, que lamentavelmente, com a Peterco não existindo mais, estão sendo retiradas. Várias capturas desta página são da década passada. Ah, menção honrosa:
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Essa eu conheci pessoalmente, eu frequentava esse supermercado Záffari em Porto Alegre. Em cada pétala da X-100 vai apenas uma lâmpada na horizontal, o que significa que essa luminária é menor do que as outras, não parece tanto por ser mais alta. O Rio de Janeiro conheceu essa luminária azulada, com lâmpadas de mercúrio (ou vapor metálico?) já São Paulo e Porto Alegre, amarela, com lâmpadas de sódio. (Até hoje não acredito que no cursinho de vestibular, eu era o único da sala que sabia a diferença entre as duas na aula de química!!!) Ah: Nas minhas andanças de Google Street View pelas estações de trem do Rio, temos uma... menção desonrosa?
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Um gravador em cima do poste, ou uma caixa de sapato? :P É que esse poste está em um canto da rua, onde seria totalmente inútil iluminar para os lados e para trás (pra um lado é em cima de uma casa, e pros outros é só o leito da ferrovia). É claro que 1 pétala não era opção do original, e sim, removeram as outras três (nem tem acabamento nas laterais ausentes - e aqui se vê que é enorme a parte central da luminária, diferente do que acontece com todos os outros modelos, com uma parte central bastante pequena. Acho que em 2 pétalas a X-100 também ficaria muito estranha.
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Rodovia Régis Bittencourt, Av. Celso Garcia, Elevado Costa e Silva, Rua 13 de maio: Peterco X-89 - BEM QUE EU DESCONFIAVA que ela era "parente" da X-90, até os números são consecutivos!!! Esta sim, vai de 1 a 4 pétalas, e eu juro que eu já vi ainda mais (8, se eu não me engano, na Redenção, em Porto Alegre).
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Milhares de ruas Brasil afora (como esta em Santa Maria-RS) : Peterco X-19. (Mais prints em breve - ) Outras zilhares de ruas: Peterco X-58 (parece um bico de pena, sei lá, é uma das mais antigas) Rua São Domingos, que tem luminárias penduradas em cabos de aço: Peterco X-11 (esta também ficava embaixo dos viadutos do Complexo Viário Evaristo Comolatti) Agradecimentos à essa página aqui !! E uma página no Facebook que enfim vai me fazer ressuscitar a monha conta por lá. Eu já fiz a Peterco X-90 em computação gráfica (sonho em colocá-la no Garry's Mod), e a X-90 até já me apareceu em sonhos, com uma versão de 5 pétalas, e também sonhei com uma dessas caindo... (E eu acho que qualquer um de vocês faria a X-100, rsrs.) Embora estes sejam produtos nacionais e jabuticabas, alguma coisa disso foi pro exterior: a Peterco chegou a fabricar semáforos convencionais e de pedestres escrito "Walk/ Don't Walk" para Nova Iorque. E a comunidade do Facebook disse que as X-250 já foram vistas no Uruguai, só não sabemos aonde.
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malditajupiter · 1 year ago
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Ônibus
Desci do metrô, cheguei na parada do meu ônibus, estava vazia. Pensei que demoraria a passar o seguinte. Não demorou. Sentada, cabeça na janela, celular nas mãos, fones que nunca param, músicas que me levam para longe. Além do meu bairro minúsculo, e minha casa que é só um amontoado de tijolos sem sentido. O motorista foi gentil, educado. Como será que é a vida dele? Com certeza a coluna deve doer, estar sentado grande parte do dia deve acabar com ela. Ele estava usando um óculos escuro, típico de motorista. Quase sorri quando percebi o óculos, não por ser engraçado, mas porque pensei que ele se parece com todos os outros motoristas que me levam ao me destino. Uma moda entre eles, talvez. Agora mesmo, o tempo está ameno, do tipo que me deixa respirar, e encostar a cabeça sem franzir a testa. Do meu lado há duas cadeiras, que acabaram de despachar os dois humanos que usufruiam de suas boas vontades. Uma mãe vestida de amarelo, e um garoto, minúsculo, que parecia com todas as outras crianças, roupinha de desenho animado, e uma lancheirinha. A mãe, o chamou de forma rude, de um jeito péssimo pra se falar com uma criança. O tipo de mãe que talvez não deveria ser mãe. Essas mães que gritam e batem em seus filhos, que se acham donas da existência daquele ser humano frágil. Senti pena da criança, porque já fui essa criança. Atrás do ônibus têm um aglomerado de pessoas que sequer olhei os rostos. O sol começou a brilhar de forma irritante, já não dá para encostar a cabeça sem franzir a testa e colocar as mãos para cobrir o rosto. Estou quase passando pelo viaduto que separa a cidade do meu pai da minha, sempre que eu passo por ele a respiração fica mais leve, parece que meu corpo derrete no banco, quase como uma gelatina ou um pudim, ou um sorvete. Essa cidade é uma graça, mas uma prisão. Uma maldição, estou condenada a viver aqui. O ônibus balança demais, se fosse a eu de um ano atrás, pararia a escrita e fecharia os olhos bem forte, até o balançar passar, e parar de sentir que tudo vai desabar da minha boca. Hoje, com tantos ônibus, passageiros e motoristas, não me sobrou tempo para ter náuseas. O cheiro dessa cidade é incomparável, cigarro, mato, frescor e frango assado. Meu bairro cheira a biscoitos e ração de cachorro, e quando chega setembro, fica inundado pelo cheiro da cana-de-açúcar queimada. Falta uns quinze minutos para chegar ao meu destino, e o ônibus fica cadê vez mais cheio. Subiram adolescentes cheirando a perfume amadeirado barato, vestidos iguais, e cabelos mirabolantes. Quando eu era adolescente, nunca cheirei a perfume amadeirado, nunca tive cabelos mirabolantes, os invejo. Minha eu adolescente, com certeza queria ser assim. Eles falam sobre atividades e provas. Que inveja. Eu tenho repetido as mesmas duas músicas desde ontem, uma fala sobre ficar paralisado, enquanto é consumido pelo medo de ser substituído, de não ser excluído. A segunda fala sobre a hipocrisia de quem cobra o que, obviamente, não é retribuído. Às duas formam um looping perfeito da minha situação medíocre. "Eu não posso ser deixada" e "Eu não tenho simpatia por você". Cada vez mais perto da minha casa, posso sentir meu quarto, minha cama, e o estresse subindo. Minha cabeça lateja, não sei se pelo fluxo de pensamentos ou as duas músicas, ou o sol, ou a preocupação, ou a raiva. Bem, meu destino se aproxima. O ônibus está mais vazio. E vai ficar ainda mais assim que eu descer.
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rodadecuia · 1 year ago
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pirapopnoticias · 1 year ago
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portalg37 · 2 years ago
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Aberta licitação para conclusão do viaduto do Complexo da Ferradura
A Secretaria Municipal de Fiscalização de Obras e Planejamento de Divinópolis (Semfop), anuncia o Processo Licitatório nº 67°/2023, Concorrência Pública nº 04/2023, tipo menor valor, para contratar empresa que realize obras de encabeçamento para completar o acesso do viaduto sobre o ramal ferroviário na Estrada DVL-120, Complexo da Ferradura.As obras de encabeçamento englobam estrutura de…
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engalexmarcondes · 2 years ago
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que é forma de madeira? As fôrmas de madeira são usadas na execução de todos os tipos de estruturas em concreto, desde vigas e pilares simples até estruturas mais complexas, como pontes e viadutos. #calculoestrutural #engenhariacivil #gestaodeobras #engenhariacivil #engenharias #engenheiro #engenheirocivil #engcivil2022 #construcao #reformas #obras #vigasbaldrames (em Brazil) https://www.instagram.com/p/Cm0BbIVphhn/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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jjksvlogs · 2 years ago
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“se eu pudesse, voltaria no tempo e desejaria não ter respondido aquela mensagem”. em certos momentos, minha mente me dá esse tipo de pensamento: de que eu seria menos triste se você não tivesse entrado na minha vida. e isso é verdade. não teria que lidar com todo esse buraco instalado em meu peito, com a presença de uma fantasma, sentindo falta da sua risada e do seu sorriso lindo. mas se fosse assim eu não saberia o porque sentir falta da sua risada, que sempre me fez rir automaticamente. ou do seu sorriso, que faz com que seus olhos fiquem tão pequenos e me dá vontade de beijar todo o seu rosto.
te sinto longe de mim todos os dias. te absorvo, como cacos de vidro, cortando-me por dentro e dilacerando. dói. como dói. mas dói porque eu me permiti sentir doer, porque amar alguém é saber que terá que lidar com a tristeza de um dia vê-lo partir. eu faria tudo de novo. tudo. te teria ao meu lado novamente, e novamente seria a pessoa mais feliz do mundo. estou tomando um copo lagoinha de cerveja enquanto escrevo esse texto, sentada na cadeira de metal desgastada do bar da su, debaixo do viaduto santa teresa. observo meus amigos, rindo, felizes, e me permito pensar se algum dia me sentirei inteira como eles, capaz de dar gargalhadas sem sentir a ausência da sua.
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pacosemnoticias · 7 months ago
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Trânsito em Gaia vai piorar com arranque de obras de nova linha do metro
As obras da futura Linha Rubi (H) do Metro do Porto arrancam este sábado em Vila Nova de Gaia, uma empreitada que levará ao corte da rotunda Edgar Cardoso durante os próximos dois anos.
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O anúncio foi feito no início da semana pela Metro do Porto, referindo que a obra da Linha Rubi (Casa da Música - Santo Ovídio) "arranca em força num dos principais eixos rodoviários de Gaia", fazendo com que a via Edgar Cardoso fique "muito condicionada nos próximos dois anos".
Após o arranque da empreitada em Santo Ovídio, que já levou à demolição de habitações para a construção da estação de metro que ligará à Linha Amarela (D) e à futura linha de alta velocidade ferroviária, e de intervenções nas Devesas e outras menos impactantes, uma nova fase dos trabalhos obrigar a uma série de cortes e condicionamentos com impacto nalgumas vias da cidade.
Assim, nesta madruada estava previsto um "corte da via esquerda no sentido ascendente do viaduto do Candal", e entre sábado e domingo "fica suprimida a circulação rodoviária na Rotunda Edgar Cardoso -- na Via com o mesmo nome, também conhecida como VL8".
"Este constrangimento vai permanecer em vigor por um período de dois anos, estando sempre salvaguardados os acessos a casas, garagens, escritórios e estabelecimentos", numa intervenção "motivada pela construção do canal de metro ao longo desta via estruturante" e "pela construção de três estações -- Arrábida, Candal e Rotunda -, sendo esta última desnivelada e contando com um parque de estacionamento subterrâneo".
Em comunicado, a Câmara de Vila Nova de Gaia avisou também sobre os constrangimentos salientando, contudo, que estarão "sempre salvaguardados os acessos a casas, garagens, escritórios e estabelecimentos".
Segundo a Metro do Porto, "os trabalhos vão gerar condicionamentos ao longo de toda a Via Edgar Cardoso, entre a zona de Coimbrões e o nó da Arrábida", mas "em todo o traçado existem alternativas locais de circulação, devidamente sinalizados, assegurando as condições essenciais de mobilidade local nesta área", tendo já sido "reaberta ao trânsito a rua António de Azevedo, junto ao Arrábida Shopping".
O valor global de investimento da Linha Rubi (Casa da Música - Santo Ovídio, incluindo nova ponte sobre o rio Douro) é de 435 milhões de euros, um investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o rio Douro, a ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas.
Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.
A empreitada tem de estar concluída até ao final de 2026.
Segundo a Metro do Porto, a nova linha trará "benefícios de vários tipos, quantificados em 1,7 mil milhões de euros e que se materializam, por exemplo, em mais de 12 milhões de utilizadores anuais do Metro", dos quais 10 mil estudantes com acesso facilitado ao polo universitário do Campo Alegre, "uma redução anual de emissões de CO2 [dióxido de carbono] estimada em 17.475,4 toneladas", e menos 5,2 automóveis nas ruas anualmente.
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kiwibomb · 3 years ago
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eu nem vi se você estava aceitando pedidos antes de pedir as locks, perdoa isa! agora que olhei ali, perdão msmaksm e adivinha... vai dar até gosto de abrir alguma conversa no wpp e dar de cara com o nayu lá todo lindao fazendo carão como se não ligasse para quem fica aqui morrendo de tanto latir por ele 🤡 obrigado pela as locks, viu? ficaram lindas, como tudo por aqui 🥰 e assim, te contar que eu tô é com medo desse cb do 127 me fazer virar metade hard stan do jungwoo porque ele naquelas fotos e teaser‼️‼️ como que pode, isa? ele é todo fofinho, nasceu ontem, e tá naquela indecência para esse cb... ainda lembro dos dias de quando eu era todo soft stan do doyoung, mas aí vi uma certa fancam dele e começou a dar tudo erradoakjskka não quero que isso se repita com o menino jungwoo, cara. seria mt perturbação p pouco nick 🤧... e ah, que bom que comentou sobre isso aqui, porque se eu boiolar demais e o meu coração não aguentar, como foi no presentinho que tu me deu no ano passado que vai estar sempre no meu coração porque sério ainda não acredito que tu tirou um tempinho do seu dia para me fazer aqueles icons e dizer aquelas palavras tão bonitas e genuínas os seus seguidores podem ir testemunhar a sua culpa dps que eu tiver partido dessa p melhor 😌 qkdjkqs FINALMENTE em relação aos "onho", é esse o nome do bromance deles? caso não, perdoakaks mas continuando, podemos julgar o jinki?! podemos não!! imagina morar com uma pessoa como o minho, depois ter que ficar sozinho(?), não poder tirar um tempo para papear sobre alguma coisa, seja algo sério ou só besteiras do dia msm, tu se acostuma com a sensação acolhedora que ele transmite daí puff ele se muda? eu até choraria pedindo para que ele ficasse qksjkaks mas e aí, eles estão morando juntos? o minho conseguiu ser forte o bastante para negar um pedido do jinki? eu também achei eles um tanto parecidos, pelo menos, a vibe que eles me passaram foi praticamente a mesma. até mesmo antes, com as vozes, foram sentimentos muito bons. tipo, como se estivessem me acolhendo mesmo, sem bem que todos passam esse tipo de sensação 🤔 mas não sei, não vou mentir, tem alguma coisinha na voz do jinki que para mim, é como se hmm, não sei se vou saber explicar isso, que ódio akskak é como se ela fosse mais "quentinha", saca? em relação aos outros membros? todas as vozes são simplesmente boas demais para nós meros mortais termos o privilégio de ouvir, mas a do jinki tem algo que sempre que escuto eu fico todo descacetado um 🤏 mais... tipo, a highnote dele em our page (não sabia se ria, chorava ou me jogava do viaduto quando fui pegar para ver um stage dela pela a primeira vez lá pelo final do mês passado). isa, te juro que nem sei quanto tempo que tá como meu despertador dessa highnote para frente, e eu deixo ele tocando até o final da música mesmo já tendo acordado porque depois volta para essa parte, e eu já começo os dias de aula presenciais do curso com essa benção do universo! essa highnote dele toca em mim de um jeito, desde a primeira vez que ouvi a música me deixa mt tipo meio que sem rumo mesmo porque como que pode um homem com voz dessa, meu pai?! mt a minha música fav sim ainda mais por eu saber a importância dela, minha highnote fav dele sim e eu falei um monte e peço perdão por isso e tu nem precisa responder se não quiser, viu? kqjskajs eu tento não vir com textao, mas daí começo a falar dos favs e me empolgo e não consigo resistir, perdoa ): mas yay... eu fico mesmo aliviado de saber que agora você está melhor, mas precisando de qualquer coisa, sabe que vou estar aqui pra ti então é só chamar, tbm é um alívio saber que tomou a vacina e logo mais já toma a segunda dose! eu já tomei tbm, daí a segunda dose é em out, se não me engano... 💕 enfim, boa noite e desde já, espero que tenha não só uma segunda-feira, mas sim, a semana inteira mt da boa, isa 🥰💕 — 🎼
ai que isso, nick... você sabe que aqui os pedidos sempre estão abertos pra você, mesmo quando estão fechados. jdhdjdh nayu é o yuta né?? você botou ele lá?? ficou bonito? 💖 agora vai abrir as msgs do wpp e esquecer de responder, ficar só admirando ele 💫 é uma boa desculpa jdhdjjd ah fui lá ver o teaser que eu não sabia que já tinha e fiquei 🤒💖💭 assistindo eles nerdinhos, trabalhando, bonitinhos, na primeira parte sjhsjdhd mas eles deram até um crop top do jungwoo???? é a era dele mesmo então... se prepare! vai virar hard stan sim! kkk fiquei animada pro comeback agora... ta mt ruim de músicas ultimamente :(( você quer me recomendar umas que você tem gostado esses dias, nick?? eu, parece que enjoei de todas da minha playlist... não tá facil :/ ah não, mas você não pode falecer de amor... tem que ficar vivo pra receber mais e mais e mais sempre, todos anos!!! eu vou preparar tudo mais tarde.. já preparei o básico kkkk e daí tem que estar pronto amanhã que é o dia!!! 💖💕💓💖💕 sim! é onho de onew e minho kkkkkk não é fofinho o nome? kkkk me faz pensar em um bebê bem gordinho(?) kkkk mas eu também iria chorar pedindo pro minho morar comigo :( jdhdjdhd apesar de que ele tá sempre ligado nos 220... igual criança, o único sossego que se tem perto dele, é com ele dormindo kkkkk e ele parece mt o tipo que ama conversar sobre tudo, lembro até uma vez o kibum contando que acordou um dia as 5h da manhã com o celular apitando e era o minho puxando conversa no grupo de chat do shinee jdhshj mas eu iria queria morar com ele porque, apesar de tudo, ele é limpo 💖 jdhdjdh nossa.. se fosse pra morar com ele e o kibum, seria meu sonho, porque os dois gostam de limpeza e organização e ainda sabem cozinhar 💕 mas sim, o minho negou o pedido do jinki e foi morar sozinho (ou com alguma outra pessoa?? não sei, mas), eles não moram mais juntos :( os dois tem uma vibe acolhedora, não?! eu amo a vibe deles... a do jinki é um pouco mais sutil que a do minho mas é a mesma! aaaa mas eu também amo a voz do jinki! honestamente, a minha favorita masculina no kpop... é muito diferente! e ele consegue subir as notas e descer as notas como se fosse a coisa mais fácil do mundo. é tão forte mas é suave... de todos outros membros são fortes também, mas não tem a suavidade da dele.. nem a do taemin tem! ai mas você amou muito mesmo our page, hein?!? que lindo 🤒💓 e que forma maravilhosa de começar o dia, não?!? eu queria poder deixar shinee de despertador pra mim, mas se eu deixasse eu ia dormir porque são meu conforto 💕 kkk aproveitando que você ama our page eu vou planfetar a versão dele dueto com uma moça de selene 6:23. semana passada acho que ele cantou no show que ele tava filmando e é a coisa mais linda... chorei feito uma condenada quando vi pela primeira vez. sempre que eu vejo fico só a carinha do dongwook em 04:05. é perfeita... a chuva??? ele olhando pra cima no começo (eu percebi que ele tem hábito de olhar pra cima quando ele pensa no jonghyun ou fala sobre o jonghyun, inclusive em stages de our page, ele usualmente fala o verso correspondente a "you did well" e olha pra cima)??? a letra que é uma tristeza??? o fato que foi escrita pelo próprio jonghyun??? o jeito que ele canta o verso "missing you" de uma forma mais forte do que a versão original?? não dá.... 😭 também amo a voz da moça! é forte e grossa mas complementa muito com a voz dele. ai é uma coisa feita pra chorar mesmo, não tem palavras.
mas é... hoje eu não fui preguiçosa e respondi! eba! jdhdjdh mas se você quiser deixar pra lá também (que eu acho que falei até mais que você), você sabe que não tem problema né?! 💓 kkkk e eu sei que você é um anjo que dá muito apoio para minha pessoa, sempre! 😥💓 mas que ótimo que já tomou uma dose também!!! fico mt feliz de saber!! 💖💕💗 mas boa semana pra você também, meu bem!!! tenho certeza que será maravilhosa porque é a semana que você tá entrando nos seus 20 anos e você merece sempre uma semana maravilhosa!! 💙💜🧡
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