#Sicília
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homocausticus · 3 months ago
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O amor na Maginot
As estratégias de guerra sempre tiveram pontos fixos para objetivos militares. Me lembro de uma conversa com o meu amigo AVC onde estava desolado com uma desilusão de fundo romântico onde citei o filme MacArthur onde o grande general americano no Pacífico prometeu que iria retornar as Filipinas. Pensei nisso por causa do jovem de Imperatriz-MA onde relatou um fracasso de foro amoroso e logo citei…
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geekpopnews · 1 year ago
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Os Artefatos de "Indiana Jones e a Relíquia do Destino"
Saiba mais sobre os artefatos presentes no filme "Indiana Jones e a Relíquia do Destino". #indianajones
O último filme da franquia “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” saiu em 2023 e trouxe Harrison Ford de volta como o arqueólogo e professor Dr. Henry Jones Junior. Indiana Jones tirou seu chapéu e chicote debaixo da cama e foi atrás da peça completa de Anticítera. Hitler era um amante de artes (aliás, não media esforços para aumentar sua coleção) e mais uma vez Indiana se vê de frente com…
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mailnews · 1 year ago
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LEPTIS TOUR - RECEPTIVO ITÁLIA
Os MELHORES TOURS na ITÁLIA estão aqui - Costa Amalfitana, Sicília, a Beleza da Itália.
"Informativo originalmente direcionado aos Agentes de Viagens. Fale com seu Agente ou com a própria empresa anunciante para mais informações"
MAILNEWS #LEPTISTOUR
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rodadecuia · 2 years ago
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tratadista · 1 year ago
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Teresa Cristina do Brasil, por Vicente Mallio
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negreabsolut · 8 months ago
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Entrada triomfal del rei en Pere el Gran a Messina. Font: El desafiament de Bordeus, dins de Trilogia Medieval, CIM Edicions; 2006. Autor: Oriol Garcia i Quera.
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overdoso · 11 days ago
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Enorme erupção do vulcão Etna na Sicília, Itália 12.02.2025
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neslihvns · 6 days ago
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missing object : o broche de kimberly by : @aaronblackwell & @neslihvns 📍 monte cielo - polizzi generosa , região metropolitana de palermo . sicília !
Aaron estava sentado diante do laptop, a tela iluminando seu rosto cansado. O Monte Cielo era um desafio real, muito além de uma simples escalada. Ele analisava mapas topográficos, cruzava informações meteorológicas e lia relatórios de expedições anteriores – as poucas que tinham voltado para contar a história. O tempo ali era instável, as tempestades podiam se formar em questão de horas, e o gelo acumulado tornava tudo mais traiçoeiro. O que mais chamava sua atenção, no entanto, era a falta de registros sobre o Vale dos Desaparecidos. Nenhuma informação concreta, nenhuma explicação plausível. Apenas teorias e lendas.
Ele já teria descartado isso antes. Mas agora? Agora ele estava aceitando que talvez existisse algo além do que a lógica poderia explicar. Não era só o mistério do monte, ou o fato de todos que tentaram voltar de lá saírem confusos, era tudo que estava acontecendo com eles. A maldição, as coincidências que não pareciam coincidências, e principalmente... Nes. A presença constante dela em sua vida, a parceria entre eles, a sintonia e as similaridades. Blackwell passou muito tempo pensando na história das almas gêmeas e em como talvez Nes ocupasse um lugar outro, ainda mais especial para ele, de irmã, de quem ele podia contar. 
Por mais que Neslihan ainda nutrisse profunda resistência em aceitar que aquilo tudo poderia envolvê-la de qualquer forma que fosse, Aaron parecia querer desvendar e ponderar sobre o mistério, Olivia parecia querer encontrar verdadeiro amor em sua vida — e desconfiava dos motivos para tal —, e não havia medo de condenar alguém a passar o resto da vida consigo no mundo que a faria rejeitar duas das mais importantes presenças em sua vida. Obra do acaso, ou não, porque ela tinha um quê de dúvida acerca da imparcialidade de Aaron com aquela divisão, a Gökçe o tinha ao seu lado, e fora o único motivo por ceder mais facilmente às demandas de Zafira. As passagens, reservas e credenciais eram todas adquiridas com relutância, bem como o guia, que, por segurança ante as informações que recebera de Ace, vira-se obrigada a contratar.
Palermo. A cidade conversava com Neslihan pela confluência de culturas que a compunha, assim como fazia com a mulher, pela arte e pela gastronomia. O azul do Tirreno a acalmava, talvez pela possibilidade de perder-se na imensidão que comportava. A Sicília como o afago de uma avó, que ela nunca conhecera, mas na ilha sentia o calor do afeto. Chegar até o local era relativamente fácil, a viagem de carro até Florença era carregada de uma tensão sutil, embora as palavras entre eles fluíssem com a familiaridade de mais de duas décadas. Já o voo de pouco mais de uma hora era passado em completo silêncio, os pensamentos perambulando de um canto a outro do mundo ante as possibilidades e a monumentalidade do que o futuro reservava. Com o desembarque, outro carro elétrico os esperava, e a distância entre o aeroporto e o Grand Hotel et des Palmes era percorrida em um piscar de olhos ressecados e pálpebras em espasmo, inquietação e apreensão consumindo cada terminação nervosa do próprio corpo. Com os nomes deles dados na recepção, era como um anúncio apocalíptico do que os esperava. A noite que deveria ser um interlúdio de descanso, logo tornou-se um turbilhão de inquietude, e a mulher viu-se tentada a procurar alento no imprevisível, somente a noção de que Aaron estava a alguns metros longe de si, fez com que se contentasse com inúmeras voltas na piscina, o gélido da água cortando a apreensão que se alastrava por seus membros.
As mochilas abastecidas de provisões os esperavam na manhã seguinte, ambas fixas ao aperto de Alessandro, quem os orientaria e guiaria o caminho pelo Monte e Vale. A expressão adornando o rosto alheio só poderia ser descrita como contrária e reticente, e um toque apreensivo se esgueirou pela consciência de Neslihan, mas a urgência em suas veias logo fez com que o raciocínio se dissipasse. O navegador dava as direções enquanto tensão pesava nos ombros femininos, o volante agindo como amortecedor para o aperto de suas palmas, Aaron ao seu lado, tão taciturno quanto a introspecção que ela adotava. Sandro parecia inquieto, os olhos perambulando pelo interior do carro, pela vista panorâmica da ilha, encarando as próprias mãos e com respostas de apenas uma palavra por todo o trajeto de quase duas horas até o Monte Cielo.
O pico glacial reluzia sob o céu límpido, o gelo refletindo como um diamante. Mesmo ao pé da cordilheira o ar já era lancinante, fisgando os pulmões e cortando as bochechas. Com um longo olhar trocado entre eles, ergueram a bolsa contendo os equipamentos que ele havia alugado, retirando as roupas apropriadas e as vestindo por cima das camadas térmicas que Alessandro havia os instruído a portar. A previsão era inconstante, como parecia ser a norma nos arredores da cadeia de montanhas que tinha o Cielo como o maior pico, e não sabendo o que exatamente os esperaria, equipavam-se com piolets, arneses, celulares analógicos, crampons, GPSs com bússola, capacetes, luvas, bastões, cordas, botas e barracas térmicas. Garrafas com água e comidas eram mantidas separadas, em compartimentos impermeabilizados e próprios, de fácil acesso. Por sorte, ambos possuíam um bom condicionamento físico e apenas uma aclimatação de algumas horas, nas partes mais planas e baixas do Monte, fora necessária.
A centenas de metros do nível do Tirreno, Aaron e Neslihan então começavam a ascensão de milhares de metros até o topo, para então se aventurarem no desconhecido do Vale, onde o suposto avião havia desaparecido há quase um século. O terreno íngreme era a menor das preocupações, quando glaciares repletos de crevasses tornavam cada passo incerto. Nevascas os faziam se agarrar à encosta da montanha traiçoeira, por horas incapazes de sequer enxergarem um ao outro, apenas o instinto comunicando que não haviam perdido a conexão que os mantinha próximos. Em meio às tempestades, a neve parecia se intensificar a cada centímetro que se aproximavam do pico, a barraca se tornando inútil, impossível de ser utilizada com o entardecer. Com a junção de vento e rocha os punindo, conseguiam apenas aterem-se aos bastões cravados no aclive de gelo. Neslihan era incapaz de pensamentos além de súplicas ao universo, o coração apertando a cada movimento que os aproximava do desconhecido. Não era bem aquele tipo de adrenalina que ela gostava de se alimentar.
No caminho, o cansaço pesava. O frio, a altitude, o tempo. Cada passo parecia um esforço monumental, e o pior era saber que isso ainda não era nem metade da batalha. Ele segurava firme os equipamentos, tentava manter a clareza para que pudessem continuar. Mas ele estava esgotado. Mental e fisicamente.
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A subida, que deveria ter sido finalizada em um dia, já tomava quase dois, e cada segundo era um fôlego roubado de seu futuro. Um peso de centenas de anos parecia afixado ao seu peito, os braços tremulando e pernas cedendo ao terreno irregular e enganoso. A garganta se fechava e a respiração ofegante não era somente pelo esforço físico, mas por puro medo de perder Ace, de jamais chegarem ao outro lado quando tinham tomado para si aquela responsabilidade. O sentimento pujante tomava conta de cada terminação nervosa da Gökçe. Ao mesmo tempo em que perdia o equilíbrio em uma das passagens estreitas, somente o aperto de Aaron a mantendo como membro do reino dos vivos, praguejava Zafira, Khadel, Rose e quem quer que estivesse envolvido naquela sandice que a colocava à beira de um colapso.
À medida que as horas passavam na montanha carregada de neve e os perigos iam aumentando, Aaron se sentia quase sufocado pelo medo de algo acontecer com sua parceira, sua dupla, a pessoa que esteve ao seu lado nos melhores e nos piores momentos. Era um medo absurdo e irracional de perdê-la. Ele sempre cuidou dela, de um jeito ou de outro. Mas a viagem estava deixando tudo mais claro. O medo que sentiu ao vê-la quase perder o equilíbrio em uma das trilhas íngremes, a maneira como seu coração apertava toda vez que o tempo fechava de repente e ela desaparecia de vista por um segundo. Ele sempre viu Nes como sua melhor amiga, sua parceira de caos. Mas e se fosse mais do que isso? As coisas estavam confusas demais naquele momento e Aaron decidiu que talvez não fosse a hora de descartar hipóteses de maneira tão enfática.
Então, como o raiar de um novo dia, o topo estava diante deles. Deserto, desprovido de nuvens, a visão era vasta, e de onde estavam, o ar rarefeito e o cansaço físico faziam do pico uma miragem, um oásis de calmaria. Resfolegando, Neslihan, pela primeira vez desde que encontrara os olhos de Aaron na comuna de Polizzi Generosa, deixava que seu olhar se firmasse ao dele novamente. As íris se embaçavam com lágrimas, rapidamente contidas, mas permitia que as palmas enluvadas fizessem o caminho até as dele, sentindo a segurança que ele exalava, mesmo que exaurido, como ela. 
Deveriam ter esperado, passado a noite descansando os músculos esgotados e recuperando a sanidade, permitindo que as mentes se acalmassem, mas já haviam perdido tempo demais na subida, e tempo era a essência. O Vale os aguardava, clamando por eles, uma força maior que os puxava para o epicentro do desconhecido. O vão entre o Monte Cielo e o Monte Vespero era o lar do Valle degli Sconosciuti, completamente inexplorado e isolado. Quase mítico, nem a mais extensa das pesquisas tinha fornecido detalhes concretos a Neslihan e Aaron. Sabiam apenas que o gelo que cobria o local era quase impenetrável, soterrando qualquer vestígio da queda secular. Com apenas algumas horas ociosas, eles discutiam possibilidades e planos, enquanto Sandro permanecia alheio, e quando se levantaram, vestindo, calçando e prendendo os equipamentos, o motivo por tal logo se revelou.
Alessandro anunciou que os levaria apenas até aquele determinado ponto. E ele não parecia do tipo que recuava fácil. Aquilo acendeu um certo alerta de perigo na mente cautelosa de Aaron, a preocupação parecia aumentar cada vez mais e ele se perguntava se talvez não fosse melhor pegar na mão de Nes, dizer que tudo ia ficar bem e abortar a missão. Será que valia tanto a pena assim descobrir quem era sua alma gêmea? De que valeria saber de qualquer coisa se havia um grande risco de morrerem? ❛ Daqui em diante, vocês estão sozinhos ❜, foi o que disse, quase como um aviso. Aaron deveria ter escutado. Deveria ter reconsiderado. Mas Nes já tinha conseguido as autorizações, e não era como se ele fosse deixá-la seguir sozinha. E se havia uma coisa que sabia sobre a amiga, é que ela conseguia ser cabeça dura quando queria. Ainda mais do que ele.
Os olhos de Neslihan faiscavam em fúria, e não fosse pela necessidade do piolet para o retorno, teria arremessado o objeto pontiagudo na figura do homem de meia idade. Se ela pudesse, teria o enterrado no declive, para nunca mais ser encontrado. Fosse ela um pouco mais cuidadosa em seu raciocínio, anuviado pela impetuosidade dos sentimentos de indignação e raiva, um sinal teria ascendido aos pensamentos, um aviso de cautela em seu consciente. Com profanidades na ponta da língua, somente a urgência de seguir em frente e acabar com aquele mistério que parecia intrigar o Blackwell e algum dos outros, fez com que ela lançasse apenas o mais vil dos olhares a Alessandro, antes de seguir a passadas firmes as imediações do pico até o outro lado.
De acordo com o mapeamento feito por Aaron, deveriam permanecer na encosta no sentido Sul por alguns quilômetros e então Leste. A apenas alguns passos na direção necessária, uma cortina de neve parecia cair sobre eles, como se eles houvessem pisado em um sensor ativando o temporal gélido. Com a baixa visibilidade, e sem o auxílio do guia, eles não tinham opção alguma se não manterem-se presos um ao outro pela corda de poliamida. Algumas horas seguindo o que achavam ser a porção austral da descida, por sorte não eram surpreendidos por profundos crevasses, mas seracs pareciam se esgueirar pelas laterais, formando uma trilha quase transcendente. Quando se depararam com uma formação impossível de escalar, restou a eles a única opção de contorná-la, e com o primeiro movimento fora do esperado consultaram os GPSs. Para o completo desespero, a agulha que supostamente deveria estar magnetizada aos polos da Terra, se movia em todas as coordenadas possíveis, hora indicando um passo deles para o Norte, o seguinte para o Oeste, outro para o Sul, e cada um dado na mesma direção que o anterior.
Pressionando as palmas contra as pálpebras cerradas, Neslihan virou-se para Aaron, repousando a testa sobre o ombro masculino. Tomando profundas respirações, pânico parecia querer tomar conta de seus pulmões, apenas o peso da mão dele contra o próprio braço fazia com que parte do senso retornasse aos nervos. Lembrava-se então do telefone com sinal de satélite, e com esperança, retirava o aparelho do bolso, somente para perceber que ele também parecia estar com mal funcionamento. Eles estavam perdidos. Completamente perdidos. Recostando contra a formação de gelo, as têmporas latejavam. Eles tinham apenas uma garrafa de água entre eles e dois pacotes de frutas desidratadas até conseguirem a saída daquele inferno gélido.
Com o olhar voltado para o horizonte que parecia infinito, um cintilar fisgou a atenção das íris marejadas. Um brilho tão sútil em meio à tormenta alva da nevasca, que precisou de um tempo isolando as palavras de Aaron, para que o prateado fosco se registrasse na retina. Exclamando, desprendendo-se dele com a abertura do mosquetão, disparou em direção ao lampejo, sem dar-se conta do ranger do gelo que seguia em seu encalço. Sabia que o homem a acompanhava, ele iria até nos confins do Universo com ela, e faria o mesmo por ele. A corrida até o que parecia poucos metros de distância mais se aproximava de uma hora, os olhos castanhos fixos ao ponto enquanto batalhava com a fadiga na respiração, o peso da mochila, e o vento que machucava a ponta do nariz, bochechas e lábios descobertos. Aquela adrenalina de um risco dando resultado era a que a energizava.
Um último pulo sobre um crevasse pequeno os colocava de cara com o que somente poderia ser a fuselagem do avião perdido. Os joelhos se afundavam na vastidão branca ao mesmo tempo em que eles arrancavam o primeiro par de luvas, cavando nos arredores da protuberância metálica exposta. O segundo par de luvas logo se tornava encharcado e Neslihan então percebia o possível motivo pela visibilidade repentina do metal retorcido. Degelo. Um riso amargo escapava a garganta ressecada. Aquecimento global, justo o que tanto a preocupava e uma de suas maiores causas, naquele momento era o maior aliado que eles poderiam pedir. Compreendia então a razão por aquele acidente parecer tão quimérico, sem visuais, sem vestígios. Somente diante do aumento das temperaturas, o derretimento do gelo e neve que se formara ao longo de quase cem anos, era possível. Balançando a cabeça em incredulidade, permaneciam tateando toda a superfície esbranquiçada, encontrando ouro, prata, bronze, madeira, louças, cerâmicas. E então, como se um ímã os atraísse, alcançaram ao mesmo tempo uma caixa não muito maior que a palma feminina.
O porta joia parecia feito de genuíno casco de tartaruga, o material pulsando entre as mãos deles, que o seguravam firmemente, receosos de que fosse uma miragem delirante de ambos. Firmando a ponta de um dos dedos da luva entre os dentes, Neslihan puxou-a delicadamente, descobrindo os dígitos, que imediatamente protestaram a temperatura negativa. Tremulando, apalpou o calor que parecia emanar, até encontrar um pequeno botão, que fez a tampa se abrir lentamente, o mecanismo certamente enrijecido pelo tempo e frio. Aninhado no veludo tão escuro como a noite, o broche descansava. Assim que tocaram o marfim que formava a delicada rosa, o mundo cessava. Os flocos de neve suspensos por meros segundos, as orbes deles presas umas às outras, castanhas às azuis. Um peso antigo que a eles não pertencia se espalhava pelo corpo de cada um, os paralisando por milésimos, antes de todas as sensações retornarem em um ímpeto, os sufocando momentaneamente. Haviam encontrado a relíquia. Imediatamente a mulher dispensava a experiência que beirava o sobrenatural como puro alívio percorrendo o sangue.
O que poderia ser descrito como euforia tomava as reações de Neslihan, que se atirava ao abraço de Aaron no mesmo instante. O sorriso era contagiante, e eles comemoravam, não importava que logo precisariam enfrentar o processo todo novamente, agora com a adição dos compassos digitais e telefones defeituosos. Os lábios entreabriam para comemorar, quando tudo ruiu. 
O estalo foi a única coisa que deu tempo de ouvir antes de tudo se partir. O gelo cedia rápido demais, e num instinto, Aaron se colocava na frente de Nes. O chão sumiu sob seus pés e ele sentiu a queda. O impacto foi violento. Um som seco, um choque cortante no corpo inteiro. Algo cortou seu rosto, a dor latejante na perna indicava que algo estava quebrado. E a cabeça... Ele piscou, tonto, tentando se manter acordado. O frio mordia sua pele, a névoa ao redor parecia engolir tudo.
Com o grito que escapava dela ainda ecoando, o baque era amortecido pelo corpo de Aaron. Por longos instantes, tudo parecia girar. A destra descoberta ardendo como se a tivesse colocado no fogo, o ombro esquerdo pulsando como se o coração dentro do peito tivesse se deslocado para o local. E então algo úmido e pegajoso alcançava a palma ainda queimando. 
A única coisa que importava era ela. ❝ Nessie... ❞ Ele tentou falar, a voz rouca, quase inaudível.
O som falho, rasgado e doído, era acompanhado da percepção de que o líquido que se esgueirava pelos dígitos femininos era o carmesim espesso do sangue de Aaron. ❝ Ace! ❞ Sacudindo a neblina que se formava entre os ouvidos, Neslihan era acometida por apatia incomum. O talho na tez masculina desprovida de cor era gráfico, bem como a projeção inatural do fêmur e tíbia esquerdos. Algo também não estava certo com a respiração masculina, e a maneira como a pele dele espasmava, adotando uma tonalidade azul, infundia a mulher com a mais pura e corrosiva culpa. Se não tivesse seguido adiante, se tivesse insistido em não fazerem parte daquele show de fantoches que Zafira armara, se não tivesse se atirado na direção de algo claramente perigoso, apenas para sentir a adrenalina da vitória, se tivesse se atentado que o mesmo fenômeno que os permitia visibilidade poderia condená-los, se, se, se. Era tarde demais para pensar neles.
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Ela estava ali, viva. E, por um instante, isso foi suficiente para ele suportar a dor. Aaron nunca teve problema em se jogar em situações de risco. Mas agora, tudo o que ele queria era sair dali. Com ela. Porque, maldição ou não, Nes era uma das únicas coisas naquele mundo que ele não podia perder.
Um soluço quase gutural deixava os lábios, os dentes batendo um contra o outro, e somente então percebia que água gélida escorria pelas paredes ocas do glaciar que os engolira e fazia um atalho até as roupas deles. Aaron parecia ter perdido a luta com a lucidez, o corpo retesado agora sem reação alguma que não a respiração laboriosa. Deslizando pelo gelo como navalha, não mais frágil, sob eles, sentiu o tecido cobrindo os joelhos tensionar e ceder. Com a mão direita escoriada profundamente, tateou pela superfície glacial, desnorteada. Se parasse um segundo sequer, sabia que pânico tomaria o controle e não cederia seu lugar à razão. ❝ Pense, Neslihan. Pense pelo menos uma vez na sua vida! ❞ Vociferando para si mesma, podia sentir a visão turvando com a ansiedade aguda, mas cravando as unhas irregulares, umas quebradas, outras ainda intactas, no joelho exposto, mantinha-se ancorada à realidade.
O peso da mochila pressionava contra o ombro que perdia a sensibilidade, e a espalhava para o restante do braço. A constrição a fazia recordar do kit de primeiros socorros. Quase estourando o zíper na pressa de encontrar algo que pudesse ocupar a mão ainda funcional para que o raciocínio pudesse ser liberado, nem mesmo dava-se conta de que não havia nada no conjunto de suprimentos que poderia ajudar na situação de Aaron, não quando tinha a certeza de fraturas, o corte comprido e espesso demais para qualquer uma das ataduras e um possível traumatismo craniano. A destra lacerada gritava contra a aspereza de tudo que entrava em contato, quando encostou no plástico frio do GPS e celular. Fechando o punho ao redor deles, preparava-se para atirá-los contra a parede de gelo, quando viu a leitura do sinal. Impossível.
❝ Impossível! ❞ A palavra reverberava. Como ela poderia acreditar ser possível, quando há algumas horas, o mesmo aparelho parecera inútil. Poderia ser uma alucinação, ainda que não recordasse de dor alguma na cabeça? Depositando-os sobre o nylon da bolsa, levou os dígitos manchados de vermelho até a raiz dos fios, tateando o local por algum ponto sensível, sem sucesso. Retornando o olhar para Aaron, sentiu algumas lágrimas transbordarem, trilhando um caminho pelas bochechas feridas pelo frio. Com movimentos titubeantes, em descrença e desesperança, teclou 118 nos botões rígidos. Com o primeiro toque, toda a vivacidade ainda presente em seu corpo parecia se esvair em alívio. A voz mecânica não demorou mais do que cinco segundos para responder, mas que mais se assemelhavam a cinco horas. ❝ Aiuto! Ho bisogno di aiuto. Per favore. Siamo caduti e il mio migliore amico è gravemente ferito. Si è rotto una gamba... I-I-penso che abbia un trauma cranico e penso che abbia anche l'ipotermia. Anch'io sono ferita, ma ho solo bisogno che tu lo salvi. Siamo da qualche parte tra Monte Cielo e Monte Vespero. Penso… penso di poterti dare le nostre coordinate esatte, ho un GPS con me. Per favore, sbrigati e salvalo. ❞ ¹ O pedido saía quase em único fôlego, as gotas salobras caindo livremente das pálpebras. Equilibrando o telefone entre a orelha e o ombro saudável, alcançou o Garmin, e ditou exatamente o que prometera.
Assim que as coordenadas deixavam os lábios, e a linha desconectava com a promessa de que tudo ficaria bem, Neslihan retirava sua jaqueta, a colocando sobre Aaron, forçando-se mais próxima dele, na tentativa de passar o próprio calor, ainda que já pudesse ver as próprias unhas tornando-se arroxeadas ao transferir suas luvas para as mãos dele, e temesse machucá-lo ainda mais. ❝ Ace, por favor, não me deixe sozinha. Eu prometo ser uma pessoa melhor, me redimir por ter te causado isso. ❞ As lágrimas passavam a ser copiosas, comprometendo sua visão, fluindo pelo material impermeável e térmico que o cobria. Passeando os dedos pelos fios alheios, repousou a testa sobre a dele. ❝ Por favor, não me deixe sozinha. ❞ A súplica era repetida por centenas de vezes, até apenas um sussurro restar ao ouvir a rotação de hélices em meio à cacofonia dos próprios pensamentos. Com o último resquício de força em si, agarrou o porta joia e o guardou em um dos bolsos da própria calça. A Gökçe vibrava em ódio. Se ela perdesse Aaron por conta daquele maldito broche, daquela cidade infeliz, por conta daquela história de maldição infernal, ela garantiria um destino muito pior do que um século de desamor a todos.
@khdpontos
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sunshyni · 2 years ago
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Soda italiana
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Jaehyun × Você Gênero: fluffy Contagem de palavras: 886 Notas: isso aqui foi baseado numa experiência verídica KKKK Recentemente descobri que não sei comer massa sem humilhar nove gerações de italianos. E soda italiana, apesar de ser uma bebida simples, é MUITO, MUITO boa! Daí eu já tava meio ablublubé das ideias com “Horizon” então resolvi unir as duas coisas. Avisos: como sempre faço, mostrei esse texto para o meu amor, @dreamwithlost, e pasmem, no dia seguinte ela sonhou com esse cenário KKKK Sonhar com o Jae é como estar no céu, slk 🥵 Os personagens estão na Sicília, na Itália, e eu ouvi muito “Summer of Love” do Shawn Mendes escrevendo isso, no mais, espero que gostem! Boa leitura, docinhos! 💙
Massa nunca foi seu prato preferido – porque embora “macarrão instantâneo” contesse literalmente a palavra “macarrão” no nome, você preferia não considerá-lo pertencente à categoria, claramente o insigne miojo era merecedor de uma categoria exclusiva – todavia em questão de segundos desde que o garçom entregou os pedidos, deixando a mesa sem se esquecer de desejar um “buon appetito” esganiçado, você passou de uma relação inofensiva para um relacionamento do mais genuíno furor, tudo isso porque você não tinha ideia de como se comia macarrão com polidez feito Jaehyun, que se alimentava tal qual uma pessoa da nobreza. Afinal de contas, pra que servia aquela colher mesmo?
Você sabia que ele estava falando, a julgar pelo movimento dos lábios que você identificou de esguelha pois seus olhos acompanhavam as mãos hábeis que seguravam os talheres com propriedade. Você se sentia um tanto quanto canhota, ou melhor, um bebê que estava tocando num garfo e colher pela primeira vez na qual os utensílios pareciam servir para qualquer coisa, menos para posicioná-los entre os dedos; numa perspectiva mais gentil consigo mesma, você era a Ariel, dessa forma não seria um completo espanto se você conduzisse o pequeno talher até os cabelos ensopados.
Jaehyun comprovou sua imersão nos seus próprios pensamentos condenatórios ao deslizar o singelo enfeite de flores do centro da mesa para o lado a fim de espiar seu prato intocado, como você não fez menção de levantar os olhos na direção das íris escuras, Jaehyun te chamou gentilmente.
E quando o fitou teve vontade de agradecer aquele mecanismo de defesa da pele chamado “bronzeamento”, o sol de Sicília era intenso e tórrido, mais do que suficiente para tornar as bochechas do Jeong purpúreas feito pedras de rubi e os lábios um tanto ressequidos, deixando-o com uma aparência ébria deliciosamente atraente, te roubando todo o juízo. O fato dele estar com as mechas úmidas caindo-lhe no rosto e a camisa ligeiramente aberta apenas piorava sua capacidade de pensar diligentemente, Jaehyun sabia a receita de como transformar seu cérebro num mingau cremoso de cor e salteado, foi por isso que você bebericou a soda italiana de framboesa numa tentativa de recuperar seus pensamentos liquefeitos, gostou da forma que as bolinhas da água com gás estouravam na língua como espumante, molhando-lhe a garganta.
— Yoonoh... — Você choramingou baixinho, saindo da bolha imaginária para finalmente presentear Jae com alguma reação que não fosse a total indiferença involuntária. Com frustração, você contemplou a água azul-turquesa límpida do mar Mediterrâneo que envolvia a região sul da ilha, o céu começando a adquirir um tom avermelhado, mesclando-se com o lilás das nuvens.
— Que foi? Você não gosta? — Seu namorado questionou, expressando confusão íntima, tentando falhamente identificar o que existia de errado com a refeição, dado que você nem encostara no prato e olhava para ele como se estivesse envenenado — Eu deveria ter te levado numa pizzaria, aqui eles te servem uma pizza inteira, não só uma fatia.
— Não é isso — Afundou a folhinha de hortelã que decorava sua bebida rosada com o canudo de inox — Não sei fazer o lance da colher.
— Lance da colher? — Jaehyun devolveu a pergunta, as covinhas lutando para não aparecerem nas bochechas rosáceas, tanto que ele até comprimiu os lábios para não rir, contudo lá estavam elas, realçando sua face um tantinho mais.
— Eu... — Você afastou a porcelana ainda quente, cruzando os braços sobre o tampo da mesa e inclinando-se um bocado para alcançá-lo do outro lado da mesa. Devagar, você admitiu num sibilo — Acho que desaprendi a usar talheres e eu não tô afim de enfurecer italianos de carteirinha, por mio Dio. Então, será que você poderia...
Yoonoh nem esperou você terminar sua sentença para posicionar a cadeira ao seu lado e afastar uma mecha de cabelo solto com a pontinha do indicador, ajeitando-a atrás da orelha, só então ele se permitiu abrir um sorriso esplêndido na boca perfeita.
— Eu devia ter uns cinco anos quando comi espaguete pela primeira vez num restaurante — Ele pegou emprestado o seu garfo, começando a enrolar a massa com o auxílio das extremidades do prato, os olhos dele estavam concentrados no movimento espiral que fazia com o utensílio, todavia os seus não conseguiam parar de acompanhar cada mínimo detalhe do homem a sua frente, desde os lábios meio curvados enquanto articulava, até a clavícula um tanto exposta graças aos botões fora de suas casas — Molho de tomate espirrou para todas as direções, parecia cena de crime.
Você sorriu pequeno, achando graça quando ele pôs o garfo com cuidado na sua boca, te alimentando, no mesmo instante você cobriu o rosto com a palma da mão à medida que testemunhava uma plena explosão de sabores e o Jeong recostou-se no espaldar da cadeira fechando os olhos envergonhado.
— Vontade de vomitar? — Jaehyun arriscou descerrar um dos olhos, vermelho, dessa vez de embaraço.
— Fofo — Você riu, imitando os passos do seu namorado para fazê-lo desfrutar da massa apetitosa, Jaehyun simplesmente foi incapaz de conter o gemido rouco que deixou seu corpo quando a iguaria quente entrou em contato com a língua morna, você se suavizou, inflada de orgulho pelo seu aprendizado.
— Tá vendo? — Inquiriu Jae, contornando sua cadeira com o braço direito para depositar um beijo casto nos seus lábios aveludados — Nem precisou da colher.
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narkosesterbehilfe · 1 year ago
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Cornucópia
Uma grande divindade e representante do arquétipo da Grande Mãe é Cybele, uma figura milenar cultuada inicialmente na moderna Turquia central, entre o povo Frígio daquela terra que era conhecida como anatólia na era clássica. Sua influência se alastrou até amadurecer em colônias Italianas como as da região de Nápoli e Sicília, conhecida antigamente como Magna Graecia. O povo devoto a sua imagem a chamava de Magna Mātēr, para referi-la como Grande Mãe. 
Cybele é a personificação do arquétipo junguiano da Grande Mãe, sobretudo, a semiótica do arquétipo se dá em termos homônimos devido a sua relevância, posteriormente a amplitude do arquétipo da Grande Mãe, desenvolvido por Jung, foi esmiuçada por Neumann, chegando até mesmo a escrever um livro sobre essa figura tão intrigante que é a da Mãe e a simbologia do sagrado feminino; na segunda parte de seu livro, ele retrata a presença imagética da Grande Mãe em mitos (como o da própria Cybele, Deméter, Rhea e Gaia) e em figuras religiosas (como a Virgem Maria no cristianismo, ou a deusa Kālī, no hinduísmo).
Sankhya indiretamente referenciou o arquétipo de maternidade pelas gunas geradas da relação entre Prakrti e Purusha: sattva, rajas, tamas, que representam três princípios extremamente relevantes no arquétipo da Grande Mãe, os princípios traduzidos do sânscrito seriam: bondade, paixão e escuridão. O aspecto luminoso do arquétipo, seria o conceito da maternagem como nutrição, nutrição simbolizada até pela própria amamentação, onde o bebê é dependente do leite que por um tempo considerável é sua única fonte de alimentação, e que além de gerar saciedade e sustento, gera sensação de acolhimento e estimula os laços simbióticos de mãe e bebê. Esse e colo materno exercendo seu papel se torna substancial para a sobrevivência da criança, pois suas necessidades só são supridas pela mesma e sua fonte aparentemente inesgotável de afeto e cuidado, que lhe gera força para crescer. O lado sombra no arquétipo seria justamente o poderio enigmático que a autoridade da mãe exerce, a ambivalência em seu poder de nutrir e desnutrir. Aliás, para que uma mãe seja mãe, é necessário ter filho, é necessário simbiose, por parte de uma doação materna para com o filho, o que consta na devoção de quem é nutrido. Sua figura maternal gera um espaço de conservação e segurança, como uma muralha que o protege do exterior; esse ambiente envolve e o limita a não agir por si mesmo, e de modo sorrateiro, por debaixo dos panos sua “tirania” se apresenta, porque caso haja algum indicativo de autonomia por parte do filho, ela o faz desmamar. Sua força é quase que implícita por ser atrativa, seu colo que acolhe, é o mesmo que te domina, e assim essa possessividade se mascara de passividade magnética. Apesar desse dom deífico, nossas mães ainda são humanas, e justamente por isso são finitas por natureza, e o filho que suga todo o leite como infinito, não sabe que um dia o poço de conservação presente no peito da mãe se esvazia. Esse choque em reconhecer que sua própria mãe não pode ser eternamente seu porto seguro, e que ela ainda é um indivíduo apesar da simbiose advinda da maternidade, cria a desilusão causadora de um corte abrupto no cordão umbilical e a partir disso, se desenvolve um conflito com a projeção que fazemos da nossa própria mãe dentro de um arquétipo desumano.
O arquétipo da Grande Mãe, é representado por divindades inesgotáveis, figuras femininas determinantes que representam fertilidade, como a própria Gaia, que como Mãe Terra, ao mesmo tempo que fertiliza, soterra, que nutre desde as maiores pragas até as mais belas paisagens, que alimenta o filho mais degenerado até o filho pródigo na mesma intensidade. Outro exemplo de Mãe Sagrada seria a própria Mãe de Deus, Virgem Maria, que com seu Coração Imaculado é capaz de perdoar até quem o faz sangrar, que ama desde sua prole, o Deus Filho, até o maior dos pecadores, e ainda os concede a graça da contrição perfeita e amor baseado em redenção. Talvez a Deusa Kālī seja a Deusa mais próxima de uma mãe humana; também conhecida como a “mãe amorosa e terrível” que, ao mesmo tempo que cuida, pune, que apesar de mãe não extingue sua individualidade como anima em prol da maternagem. E um padrão notado desde a Grande Mãe cristã até a pagã, é que seu amor é infinito e perfeito, é um colo almejável que nunca vai embora. E esquecemos que são figuras sagradas, referências divinas que projetamos nas referências humanas. Por fim o resultado disso tudo é que o filho após a cisão com a primeira mulher de sua vida, se desenvolve um desejo consciente por uma anima, mas um desejo inconsciente de encontrar um seio que supra a nutrição inesgotável que lhe foi negada, fica enterrada no seu mundo onírico, e só é apresentada nas nuances de seus desejos. Como mito filosófico, Prakrti dança diante de Purusha para la rememora do “conhecimento discriminatório”, não se remete ao arquétipo da Mãe, mas sim o arquétipo da anima, que reiteradamente se manifesta na psique do homem como uma semelhante à figura de sua mãe, devido ao desejo do filho em reencontrar esse seio.
Assim a figura imagética da anima passa por uma transição, que Jung descreve em quatro estágios, chamados de Eva, Helena, Maria e Sofia, onde a psique masculina conceitua as verdadeiras formas da Anima. No primeiro estágio, o homem ainda associa todas as mulheres a mesma imagem de sua própria mãe, que por consequência da maturidade sexual e puberdade, dado ao desencanto proveniente da falta de semelhança com o papel da anima com o de sua mãe, inevitavelmente faz com que ele, saia desse do estágio Eva para entrar no segundo estágio. O estágio Helena, que seria onde o Eros se apodera do homem com o intuito de libertação da imagem da mãe dentro de um relacionamento amoroso; um verdadeiro divisor de águas entre sua mãe e outras mulheres. Um problema advindo do segundo estágio seria a objetificação e banalização do feminino, proveniente da dissociação do respeito obtido por sua mãe, para com as outras mulheres, já que elas já não compartilham a mesma imagem conscientemente. Até que com a sequência natural das relações, a psique masculina entra no seu terceiro estágio, onde as expectativas e projeções se esvaem, e ocorre a observação factual da anima, um processo semelhante com o da introspecção, como olha para si, de modo mais humano e compreensivo, consequentemente passando a adquirir admiração pela parceira por seus aspectos como indivíduo, além de qualidades nas dinâmicas do relacionamento, dissociando cada vez mais quaisquer projeções. Até que no último, o quarto estágio, a anima adquire uma imagem de musa ao homem, porque é onde o ciclo se reinicia, onde a maternidade é concedida a anima, e todo o espírito maternal presente no ambiente, avassala o coração do antigo filho e agora pai, e o faz encantar-se novamente pelo feminino, porque aquela mulher gerou sua prole, e sacrifica de seu corpo e tempo para nutrir seu filho. E nesses quatro estágios vividos na mente masculina, se vê uma reconexão com o feminino, provenientes da apreciação e beleza da maternidade.
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swftpoet · 1 year ago
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ÁLBUNS DA TAYLOR SWIFT COMO SEMIDEUSES, parte II: evermore como filho de Hécate, 
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 Em grego, Hécate significa “aquela que age como lhe agrada”, uma deusa que prevaleceu a queda dos titãs e continuou sendo adorada e cultuada mesmo com o domínio dos deuses, sendo sagrada em terra, mar e mundo inferior. A deusa também é conhecida como protetora das chaves e das encruzilhadas. 
A origem da deusa não se dá na Grécia, há outros diversos relatos sobre seu culto na Sicília, Líbia, Turquia, Bulgária e Síria, o mais antigo que tem-se relato é em uma antiga província entre de Abdera e Trácia; 
Ainda sobre seu passado e surgimento, mesmo sem ter origens mais confiáveis, adotarei uma das versões mais conhecidas, aquela onde a deusa era na verdade uma titânide, filha do titã Perses( deus da destruição) e de Astéria( titã, que rege as estrelas cadentes, os oráculos e profecias noturnas), Hécate é comumente associada aos gigantes e titãs que se juntaram a zeus na luta contra Cronos e o auxiliaram em sua vitória. Com tanto poder enlaçado em sua origem, a deusa era uma das mais poderosas e cultuada pelos próprios deuses, até mesmo Zeus.
Hécate possui três faces, ou representações, uma deusa tríplice, sendo elas: a jovem, a mãe e a anciã, todas representam a feminilidade, o poder feminino através das gerações.
O blog astrocentro diz: “Em cada uma de suas cabeças, as Luas Crescente, Cheia e Minguante estão presentes em forma de tiaras. Já em suas mãos, é possível encontrar um par de tochas, uma chave e uma adaga – símbolos da Deusa Hécate. Ao viajar, ela era sempre acompanhada por uma coruja, a expressão de sua sabedoria.” 
Dentro dos mitos conhecidos, Medéia e Circe são associados a ela, dentro do universo de Percy Jackson a deusa aparece para Hazel Grace na saga Heróis do Olimpo: “"Eu sou a guardiã dos obstáculos, você pede por segurança e eu te ofereço as chaves para seguir seu próprio caminho" 
Evermore, o nono álbum de estúdio da cantora Taylor Swift, lançado de surpresa, tal qual seu antecessor folklore, é considerado pouco visual, ainda sim apresenta alguns símbolos dos quais pode-se associar a deusa da magia. Pessoalmente, o clipe e a letra da canção willow, tem seu peso enquanto associo, mas para além de uma visão única e minha, aqui vão alguns elementos que listei enquanto lia textos e mais textos sobre Hécate; 
um: o salgueiro; ou inglês willow
dois: caminhos;
três: adaga;
a senhora ou anciã;
fantasmas;
tocha;
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xolilith · 5 months ago
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Eu finalmente comecei a leitura de Casa de Pensão, do Aluísio de Azevedo, sabe? Esse livro deve estar na minha estante a uns três anos (?) 😩
Desde que eu li O Cortiço, eu me apaixonei pelo Aluísio. A escrita dele pra mim é arrebatadora.
Eu fiquei tão obcecada por ele que até escrevi uma fic com o Donghyuck inspirada na vibe do livro: Samba e amor
Enfim, a citação que eu queria fazer hoje sobre esse começo do livro é:
"Ás vezes entrava em casa ao amanhecer. Não podia dormir queixo; era excitado, sacudido pelas impressões e pela bebedeira da noite. Atirava-se à rede, com uma vertigem imponente de conceber poesias byronianas, escrever coisas no gênero de Álvares de Azevedo, cantar orgias, extravagâncias, delírios.
E afinal adormecia, lendo Mademoiselle de Maupuin, Olympia de Clèves ou Confession d'un enfant du siècle.
[...]
Por esse tempo leu a Graziella e o Raphael de Lamartine. Ficou possuído de uma grande tristeza; as lágrimas saltaram-lhe sobre as páginas do livro. Sentiu necessidade de amar por aquele processo, mergulhar na poesia, esquecer-se de tudo o que o cercava, para viver mentalmente nas praias de Nápoles, ou nas ilhas adoráveis de Sicília, cujos nomes sonoros e musicais lhe chegavam ao coração como o efeito de uma saudade, amarga e doce, de uma nostalgia inefável, profunda, sem contornos, que o atraía para outro mundo desconhecido, para uma existência, que lhe acenava de longe, a puxá-lo com todos os tentáculos de seu mistério e da sua irresistível melancolia."
Não paro de pensar em Graziella agora ��
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dicasetricas · 7 months ago
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Descubra a Scala dei Turchi: O Tesouro Natural da Costa Siciliana
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Localizada ao longo da costa sul da bela ilha da Sicília, a Scala dei Turchi emerge como uma das formações rochosas mais distintas e impressionantes da região. O seu nome, que se traduz literalmente como "Escadaria dos Turcos", reflete não apenas a sua forma única, mas também a sua rica história e a conexão profunda com o Mar Mediterrâneo. Este local extraordinário atrai visitantes de todo o mundo não só pela sua beleza natural, mas também pelo seu valor cultural e histórico. A melhor altura para visitar a Scala dei Turchi na Sicília é durante os meses de primavera e verão, de abril a setembro, quando o clima está mais quente e agradável para atividades ao ar livre e para desfrutar das praias. Durante este período, as águas do Mar Mediterrâneo também estão mais propícias para nadar e mergulhar.
Scala dei Turchi Tesouro Natural
Beleza Natural e Formação Geológica Localizada perto de Agrigento, a Scala dei Turchi é um exemplo notável de como a erosão ao longo de milhares de anos pode esculpir paisagens deslumbrantes. As rochas calcárias brancas foram moldadas pelo vento e pela água, criando uma série de degraus naturais que são impressionantes tanto de perto quanto de longe. A luz do sol reflete nas rochas durante o dia, criando uma variedade de tons que vão do branco brilhante ao azul profundo do mar, proporcionando um espetáculo visual inigualável.
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História e Significado Cultural Além da sua beleza natural, a Scala dei Turchi possui uma história rica e um significado cultural profundo. Durante os períodos medieval e renascentista, esta área serviu como ponto estratégico para várias civilizações que navegavam pelo Mediterrâneo. O nome "Escada dos Turcos" remonta aos tempos em que os piratas sarracenos e turcos usavam essas falésias como um ponto de observação e possível esconderijo. Hoje, o local atrai não só turistas em busca de paisagens deslumbrantes, mas também historiadores e arqueólogos interessados na interação entre a natureza e a cultura humana ao longo dos séculos. Como Chegar Para chegar à Scala dei Turchi, pode voar até ao Aeroporto de Palermo ou ao Aeroporto de Catania. A partir daí, é possível alugar um carro e conduzir até à região de Agrigento. A viagem oferece vistas deslumbrantes da paisagem siciliana e é uma excelente oportunidade para explorar outras atrações ao longo do caminho. Visitas e Atividades Os visitantes da Scala dei Turchi podem desfrutar de uma variedade de atividades ao ar livre. A escalada das falésias oferece vistas panorâmicas espetaculares da costa siciliana e do Mar Mediterrâneo. As águas calmas e cristalinas ao redor das rochas convidam os visitantes a nadar e a mergulhar, proporcionando uma experiência única de contato direto com a natureza. As praias adjacentes são ideais para relaxar ao sol e para atividades como piqueniques em família e caminhadas ao longo da costa. Conservação e Sustentabilidade Como parte de um esforço contínuo para preservar a Scala dei Turchi, a área é protegida como uma reserva natural. Medidas de conservação são implementadas para proteger a fauna e a flora locais, além de educar os visitantes sobre a importância da sustentabilidade ambiental. É essencial que todos os que visitam este local único respeitem as diretrizes de conservação e deixem apenas pegadas, garantindo que futuras gerações possam desfrutar da beleza natural da Scala dei Turchi.
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Acesso e Infraestrutura A Scala dei Turchi é facilmente acessível a partir de Agrigento e de outras cidades próximas da Sicília. Existem estacionamentos e áreas de descanso disponíveis para os visitantes, garantindo uma visita confortável e conveniente. Guias locais estão disponíveis para oferecer informações sobre a história e a geologia do local, enriquecendo a experiência dos visitantes.
Degustar a Gastronomia Siciliana
A Sicília é famosa pela sua gastronomia rica e diversificada, que reflete a mistura de culturas que influenciaram a ilha ao longo dos séculos, incluindo grega, árabe, normanda e espanhola. Aqui estão alguns pratos e iguarias que não pode deixar de experimentar quando visitar a região de Agrigento e arredores: Pratos Principais Arancini - Arancini são bolas de arroz recheadas, geralmente com carne, molho de tomate, ervilhas e queijo, e depois fritas até ficarem douradas e crocantes. São um lanche popular e podem ser encontrados em quase todas as pastelarias e bares da Sicília. Caponata - Um acompanhamento ou prato principal, caponata é uma mistura agridoce de beringela, tomate, aipo, azeitonas e alcaparras, cozinhados em azeite de oliva. É frequentemente servido frio e é um ótimo exemplo da influência árabe na cozinha siciliana. Pasta con le Sarde - Uma massa tradicional feita com sardinhas frescas, passas, pinhões, açafrão e funcho selvagem. Este prato combina sabores doces e salgados de uma maneira única e deliciosa. Pasta alla Norma - Este prato de massa é uma especialidade siciliana que inclui molho de tomate, beringela frita, ricota salata e manjericão. É um prato simples mas extremamente saboroso, e uma verdadeira representação da cozinha mediterrânica.
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Arancini
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Caponata
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Pasta con le sarde
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Pasta alla Norma Doces e Sobremesas Cannoli - São tubos de massa frita recheados com um creme de ricota doce, frequentemente aromatizado com raspas de laranja ou chocolate. São uma das sobremesas mais emblemáticas da Sicília. Cassata Siciliana - Um bolo tradicional feito com ricota, açúcar, frutas cristalizadas e uma base de pão-de-ló. É decorado com uma cobertura de pasta de amêndoa e glacê colorido, tornando-se uma verdadeira obra de arte culinária. Granita - Sobremesa refrescante semelhante ao sorvete, feita com água, açúcar e frutas frescas ou café. É especialmente popular durante os meses de verão e é frequentemente servida com brioche. Frutta Martorana - Doces feitos de maçapão, moldados e pintados à mão para parecerem frutas reais. São tradicionalmente preparados durante o Dia de Todos os Santos, mas podem ser encontrados durante todo o ano em muitas pastelarias sicilianas.
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Cannoli
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Cassata Siciliana Bebidas Vinho Siciliano - A Sicília é conhecida pelos seus vinhos de alta qualidade. Algumas das variedades mais populares incluem Nero d'Avola, um vinho tinto encorpado, e Grillo, um vinho branco fresco e aromático. Não deixe de visitar algumas das vinícolas locais para degustações. Limoncello - Um licor doce feito de limões sicilianos, açúcar e álcool. É normalmente servido bem gelado como digestivo após as refeições.
Onde Comer
Trattorias e Osterias - Para uma experiência autêntica, procure trattorias e osterias, que são restaurantes familiares onde pode provar a verdadeira cozinha caseira siciliana. Estes locais são conhecidos pelo seu ambiente acolhedor e pratos preparados com ingredientes frescos e locais. Mercados Locais - Visitar mercados locais, como o Mercado de Agrigento, é uma excelente maneira de explorar os ingredientes frescos da Sicília. Pode encontrar uma variedade de frutas, legumes, queijos, carnes e peixes frescos, bem como provar petiscos locais. Restaurantes de Frutos do Mar - Dada a localização costeira da Sicília, os restaurantes de frutos do mar são abundantes. Experimente pratos como "gambero rosso di Mazara" (camarão vermelho de Mazara del Vallo) e "polpo alla griglia" (polvo grelhado). Festivais Gastronómicos Durante o ano, várias festividades locais celebram a comida e o vinho sicilianos. Estes eventos são ótimas oportunidades para degustar uma variedade de pratos e bebidas tradicionais num ambiente festivo. Alguns dos festivais mais populares incluem o Festival do Pistache em Bronte e o Cous Cous Fest em San Vito Lo Capo. Dicas Úteis - Calçado Confortável: Use sapatos adequados para caminhar nas falésias, pois o terreno pode ser irregular e escorregadio. - Protetor Solar e Água: Traga bastante protetor solar e água, especialmente durante os meses de verão, quando as temperaturas podem ser muito altas. - Respeito pela Natureza: Scala dei Turchi é uma área protegida. Certifique-se de não deixar lixo e respeitar as sinalizações para preservar este belo local para as gerações futuras. Em conclusão, a Scala dei Turchi é um destino imperdível para quem visita a Sicília, combinando beleza natural deslumbrante, uma história fascinante e uma oportunidade única de conectar-se com a natureza. Ao explorar as falésias brancas e as águas azuis do Mar Mediterrâneo, os visitantes podem não só apreciar a paisagem espetacular, mas também refletir sobre o passado culturalmente rico desta região. Seja durante uma caminhada ao longo das falésias, um mergulho nas águas cristalinas ou simplesmente apreciando o pôr do sol sobre o mar, a Scala dei Turchi oferece uma experiência verdadeiramente inesquecível para todos os que a visitam. Read the full article
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castellsipalaus · 10 months ago
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Castelsardo
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L’actual població de Castelsardo és identificada amb la Tibula d’època romana, però el fet és més un mite que una certesa. Amb tota seguretat, el seu castell va esdevenir una fortalesa inexpugnable al llarg de l’Edat Mitjana gràcies a les seves muralles i les seves disset torres.
Inicialment, el castell de Castelsardo va rebre el nom de Castelgenovese en ser erigit pels Doria genovesos, probablement cap a l'any 1102, tot I que d’altres fonts situen la seva construcció un segle més tard. El casc antic de la població va anar creixent al seu voltant. I de la mateixa època és un dels edificis més destacats, el Palau de la Loggia, seu de l'ajuntament des del 1111.
Una possible vinculació amb Catalunya rau en la creació del bisbat d’Ampurias, que recrea el nom del comtat d’Empúries i el del bisbat establert allà entre els segle VI i VII. És per aquest motiu que un dels noms que va rebre a l’Edat Mitjana va ser el de Castell d’Empúries.
La diòcesi sarda va ser creada al segle XI i va mantenir la seva independència eclesiàstica fins el 1506, quan va unir-se a la de Civita per crear un nou bisbat, rebatejat com a Ampurias i Tempio el 1839 i Tempio-Ampurias el 1986.
A principis del s. XVI, sota la dominació de la Corona d’Aragó, Castelsardo va anomenar-se Castell Aragonès i el 1586 es va construir la catedral de Sant Antoni Abat, ara concatedral de la diòcesi. En aquesta època es van reforçar els seus bastions per fer front a les escomeses de l’Imperi Turc.
Sardenya va néixer com a regne vinculat a la Corona d’Aragó, el 1297. Amb la mort de Ferran el Catòlic, el 1516, va passar a mans de la Monarquia Hispànica, primer sota la dinastia dels Habsburg i després amb la borbònica, fins que el 1714 va incorporar-se formalment a l’Imperi Austríac.
El 1720, l’emperador austríac va bescanviar Sicília, més propera als seus territoris continentals, per Sardenya, on s’establí la dinastia dels Savoia. Va ser cap al 1767 quan el poble va prendre el seu nom actual per voluntat del rei Carlo Emanuele III.
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pursimuove · 2 years ago
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E ele debruçou-se para o meu ouvido, falou-me ao ouvido. E eu escutei as suas palavras ao meu ouvido, a rir, «ah! ah!», e falei ao seu ouvido, e fomos dois que se falavam ao ouvido, e ríamos, batíamo-nos com as mãos nos ombros.
“Conversação na Sicília” - Elio Vittorini
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negreabsolut · 8 months ago
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Coberta de la traducció catalana del llibre d’Alan Ryder sobre Alfons el Magnànim, editada per Edicions Sidillà l'any 2024.
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