Tumgik
#Romance contemporâneo
emmieedwards · 1 year
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Resenha: Easy, de Tammara Webber
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Livro: Easy Série: #1 - Contornos do Coração Autora: Tammara Webber Gênero: Romance Contemporâneo, Drama Ano de Publicação: 2013 Editora: Verus Páginas: 305 Classificação: +16
Há livros e »livros«. Com certeza, Easy, não é um »livro« no quesito enredo, em 2012 as coisas eram muito mais…básicas, vamos dizer assim, mas isso não tira o mérito de Tammara Webber de ter um estilo de escrita completamente viciante.
Em "Easy" conhecemos Jacqueline, uma garota que foi para uma faculdade específica para ficar perto do seu namorado de ensino médio e que se vê perdida quando o relacionamento acaba.
E as coisas não poderiam ficar piores: em uma das primeiras festas depois do término, Jacqueline é atacada por uma pessoa próxima que tenta abusá-la sex ualmente.
Desesperada, ela é salva por um misterioso rapaz que estava no lugar certo na hora certa e que parece saber muito mais sobre ela do que o contrário.
Enquanto tenta não dar enfoque no seu trauma recente, Jaqueline começa a perceber que toda a sua vida e carreira foram moldadas em torno de seu ex: a faculdade, seus planos, sua inscrição na matéria de economia, e até mesmo a maioria dos seus amigos eram os amigos de seu ex que depois da separação quase nem olham na cara dela.
De brinde, enquanto se recuperava do pé na bunda, ela se viu incapaz de comparecer na prova do meio do semestre e está prestes a tomar bomba em Economia.
Se esforçando para reparar os estragos, Jacqueline começa a ser mais perceptiva à presença de Lucas, seu salvador misterioso, ao seu redor e começa a contemplar a ideia de colocar a história com seu ex finalmente no passado. O problema é que a conquista com Lucas pode ser um pouco difícil e talvez ela esteja gostando muito mais de trocar alguns e-mails com seu monitor de economia.
"Easy" é um combo de coisas que aparentemente envelheceram mal, mas que surpreendentemente tem um conteúdo cativante. A capa não ajuda nem um pouco, a sinopse é um tanto suspeita e o blurb comparando-o com "Belo Desastre" também não é um bom indicativo.
Mas, contra todas as probabilidades, eu me diverti muito lendo e praticamente não consegui largar a leitura até terminar. O tema sobre o abuso, apesar de não ser extremamente aprofundado foi tratado de uma forma bastante "ok" e lúcida, sem ter aquele tom machista que coloca a culpa nas mulheres. O nosso mocinho emo aparentemente bad boy não é um rebelde sem causa que está pouco se importando para o mundo e ousaria dizer que ele é um dos personagens mais sensatos de todo o livro. A mocinha também não é insuportável e o desenvolvimento de personagem dela não gira apenas em torno do relacionamento.
Além disso, o casal é bem interessante juntos, dialogam bem e tem uma química muito bacana.
Claro, "Easy" não é um livro que vai mudar vidas, nem vai te fazer "cult", mas passa mensagens importantes e, o melhor, vai ser aquele entretenimento que muitos leitores estão procurando.
Recomendo a leitura para aqueles que vão de coração aberto.
Alguém por aí já leu? O que acharam?
NOTA: 🌟🌟🌟🌟 - 4/5
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*Apesar de fazer parte de uma série, a maior parte dos livros são de leituras independentes"
Alerta de gatilhos: tentativa e menção de abuso se xu al (não tem descrição explícita), descredibilização da vítima, as sé dio, agressão física, assas si na to, menção de sui cí dio.
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bloomserpent · 2 years
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lcrosabooks · 1 year
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Sinopse NSR1
Leonardo é um jovem nerd e tímido que está vivendo os anos finais de sua adolescência. Em uma de suas raras aventuras fora do quarto, o rapaz conhece, juntamente ao seu grupo de amigos desajustados, um trio de jovens foliões que o introduz a um novo mundo. Com as novas descobertas acerca de si mesmo, Leonardo é obrigado a lidar com dilemas que o nerd introvertido que fora outrora jamais se deparara, como a paixão avassaladora que sente por uma de suas melhores amigas. Helena, por outro lado, é uma jovem órfã, castigada pelos infortúnios da vida. Encontra na inconsequência e no enfrentamento de regras a chance de ser a adolescente que jamais pôde se dar ao luxo de ser. Ao conectar-se com Leonardo, seu destino muda radicalmente. Numa trama que envolve a passagem da adolescência para a vida adulta, primeiros amores, amizade e família, o destino de dois jovens apaixonados se entrelaça e eles descobrem que tem muito mais em comum do que imaginam.
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jay-ackerman · 1 year
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De fato, um livro jovem e bastante envolvente. Acho justo dizer que me identifiquei muito com o personagem principal, Simon, não só pela vivencia como pessoa LGBT+, mas também, com a forma no geral como ele leva seus problemas de um adolescente. Esse livro foi ótimo para sair de uma ressaca literária , o romance também é muito fofo, a forma tão genuína que Jaques e Blue se apaixonam e se inspiram é linda. usei muitos post-it nesse livros, tanto que tive que comprar mais. Esse livro cumpre o que promete.
Nota: 10/10 ⭐⭐⭐⭐⭐
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xexyromero · 6 months
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Querida Xexy, eu estava aqui pensando....
Eu não sei dançar música lenta, mas amo música americana de jazz dos anos 40. Tipo da Billie Holiday.
"More than you know" é uma das minhas favoritas dela. Inclusive acho que ela combina muito no meu cenário.
Não consigo parar de imaginar Enzo, Esteban e Fernando Contigiani serem aqueles maridos que sabem que momentos de qualidade são importantes. Que não são mega melosos mas são carinhosos...
Eu amo a ideia de que eles poderiam me tirar pra dançar na sala de estar de casa, mesmo eu não sendo uma grande dançarina.
Eu usando um vestido levinho de verão, ele usando uma camisa branca de botão que tá com os primeiros botão abertos (nós dois sem sapatos por estarmos na nossa casa, aquele ar de beleza mas de momento bem domésticos, sabe?)... saímos para aproveitar a noite e voltamos cedo pra casa...
Você consegue fazer um headcanon longo sobre esse cenário pensando nesses homens gostosos e lindos?
Como cada um dos maridos seria? Eles tirariam mesmo pra dançar? Iriam tocar a música no spotify? Me cobrir de beijos? Me pegar nos braços e me encher de elogios e carícias depois de dançamos? Eles iriam falar algo?.... deixo pra ti xexy gosto muito da sua escrita mulher!✨️✨️🩵
Beijão
- K
wn: aff eu amo o jeito que você escreve me levou exatamente pra dentro da cena!!! desculpe a demora, viu? e muito obrigada <3
meninos do cast x domestic romance
fem!reader headcanon
tw: menção de bebidas!!!
enzo:
enzo adora músicas clássicas de todos os tipos - sejam elas clássicas instrumentais ou músicas que marcaram períodos de tempo. é fã de jazz e blues americano e, de vez em quando, coloca um vinil para tocar. você adora - ele te convida para ouvirem juntos, acompanhados de um bom vinho ou simplesmente de uma bebida gelada para os dias quentes. ficam assim, quietinhos, se acariciando, ouvindo uma boa música. apesar da música, o uruguaio rompe o silêncio fazendo comentários sobre os artistas ou sobre a música em questão e sempre pergunta sua opinião. você não fica pra trás e os dois trocam muitas figurinhas e álbuns novos.
chegaram em casa de um jantar, os dois super animados porque encontraram um brechó pequenininho no meio do caminho de casa e encontraram uma jóia rara - as melhores de billie holiday, no vinil, em ótimo estado de conservação.
ele não perde tempo, ajeitando a vitrola e colocando para tocar assim que chegam em casa e tiram os sapatos. ele senta na poltrona, você assume seu lugar no colo dele, apoiada nas pernas fortes e no peitoral. ficam assim, quietinhos, aproveitando a música.
"dança comigo?" você pede.
ele ri, nega veemente com a cabeça.
"não sou homem de dançar, nena."
mesmo assim, você insiste - se levanta, balança o tecido do vestido, se divertindo em um transe só seu. ele te encara com o olhar amoroso, batendo palmas quando você termina. bate nas pernas, te chamando de volta.
esteban:
esteban estava sentado no sofá, estudando um texto para a próxima peça que faria. deixou o spotify tocando no aleatório, as músicas servindo como um som ambiente enquanto ele focava nas palavras em sua frente. você estava sentada tranquila, p´roxima a ele, o vestido esvoaçante espalhado pela poltrona, também dedicada a um romance contemporâneo que lia com avidez. o silêncio era preenchido com os instrumentais. gostavam de ficar assim - os dois em silêncio, em seus próprios mundos, mas juntos fisicamente. vez por outra o argentino comentava algo do que lia e vice versa.
de repente, a voz potente de billie holiday canta pela alexa. o homem começa a se mexer - cabeça para o lado, para o outro.
em segundos, ele larga o texto em cima do sofá e ruma para você, o braço esticado, te convidando para a dança. tenta negar, dizer que tem vergonha, mas ele insiste antes mesmo que você diga qualquer coisa. é tomada pelos braços fortes do seu marido, que te encaixa no próprio peitoral. balançam os corpos com delicadeza, seguindo o ritmo da música. na medida que vão ficando a vontade, a dança vai tomando um lugar mais divertido - rodopiam, brincam, se esbarram. o sorriso dos dois é enorme e vocês dão várias risadinhas.
a música acaba, mas ele te movimenta em um último rodopio. com um riso sincero, aproxima seu corpo do dele novamente. "me cederia a próxima dança também?"
fernando:
fernando adora trabalhar ouvindo música - digita rápido no computador, deixando a trilha sonora por sua escolha, sempre. da música mais moderna a mais antiga, ele balança a cabeça aqui e ali enquanto se concentra.
teve uma ideia genial para uma peça no jantar e, assim que chegaram em casa, correu para não perder a meada do pensamento. você entrou no quarto junto com ele e colocou billie holiday para tocar - estava animada, ainda um pouquinho alta pela bebida do jantar. em poucos segundos de música, ele abandona o teclado e vira a atenção para você. com timidez, e sem perceber o olhar alheio, você dançava de levinho, movendo o corpo a partir da batida do piano.
para de repente, ao perceber que era observada.
"continua! estava tão linda." ele te estimula, vendo o rubor tomando conta do seu rosto.
"só se você dançar comigo."
ele não consegue resistir o pedido e, fechando o computador, e se junta a você. os dois se movem lentamente, abraçados e juntinhos. vez por outra param para trocar um beijo mais lascivo, mas tudo com calma, sem pressa. os pés deslizam pelo cômodo, parando na beira da cama.
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booklovershouse · 6 months
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Oiiii, booklovers!
Pra quem não sabe, o último post falando exclusivamente da minha wishlist foi em julho de 2022 - e com ele aprendi que nem eu mesma aguento ler uma lista de pelo menos 30 títulos - e aquele post no início do ano foi basicamente para falar de lançamentos que pretendo ficar de olho, mas que não me decidi então, puf! falemos da minha humilde wishlist.
Acho que primeiro preciso explicar que sou meio viciada em fazer listas na Amazon, além de um pouquinho perfeccionista e organizada demais. Na verdade, não tenho só uma lista de livros: são seis, mas não se preocupem, não vou listar todos os livros delas aqui hoje kkkkkkk 🤡🫶🏻
As duas principais são a criativamente chamada de "Lista de Livros", onde estão todos os que tenho certeza e a "Dar uma olhadinha", onde ficam os que ainda vou ler as resenhas e amostras ou preciso saber mais pra poder decidir se quero comprar - fiquei traumatizada depois de gastar dinheiro e não gostar do que comprei cinco vezes seguidas.
Maaaaaas, hoje vamos nos concentrar na Lista de Livros e para não listar os 25 que estão nela, vou falar por alto dos gêneros e citar alguns 🙃
💸| Romance YA
O dono da minha wishlist kkkkkkk
Aqui temos alguns famosinhos - n gostar de hypados n quer dizer que eu não queira ler nenhum 🤡👍🏻 - como Melhor do que nos Filmes; Beijos e Croissants; Uma Garota Cubana, Chás e Amanhãs; A Mecânica do Amor e a 4ª e 5ª temporadas de Minha Vida Fora de Série (sim, eu amo MVFS, mas levei anos pra tomar coragem e ler a 3ª)
💸| Romance policial
Admito que até hoje não sei direito a diferença entre mistério, romance policial e suspense (suponho que no suspense não tenha nenhum investigador em específico), mas acho que esse é o gênero certo. De qualquer forma, os títulos são Maisie Dobbs, O Clube do Crime das Quintas-feiras e, é claro, Agatha Christie (não tenho preferência por nenhum dela, só quero ver se gosto).
💸| Romance de época
Andei um pouquinho obcecada por romances de época nos últimos dias e isso refletiu um pouco na minha lista de livros. Para esse gênero, temos A Indomável Sofia (indicação via A Pequena Livraria dos Sonhos), Nicola e o Visconde (ainda da época da minha leitura de Victoria e o Patife), Manual para Damas em Busca de um Marido (Rico) e A Queda de Lorde Drayson.
💸| Romance histórico (Segunda Guerra Mundial)
Esse aqui tem até pouca coisa no momento, apesar de ser um dos meus gêneros preferidos. Temos aqui Somos os que Tiveram Sorte (que vai ter uma adaptação, se é que já não lançaram) e O Livro dos Nomes Perdidos. Pois é, bem pouco mesmo.
💸| Outros
Temos o primeiro volume de uma saga familiar (nunca li nenhuma, ent pra mim é novidade), A Filha Italiana; um raro romance contemporâneo, Se não Fosse por Você (nacional 🤠) e O Poder dos Quietos, que eu tentei ler uns séculos atrás, mas não estava acostumada com e-books e acabei largando ainda no início.
Mas enfim gente, é isso, espero que tenham gostado do post 🫠
Bjs e boas leiturass <333
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jaywritesrps · 1 year
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Guia: Como Escrever ou Desenvolver um Romance (aka como fazer um jantar com sobremesa)
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Olá tag cheirosa!
Já dizia o pensador contemporâneo Tony Garrido: "todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite", e é pensando nisso que resolvi fazer esse guia pra ajudar você, meu queride roleplayer, que quer jantar, mas não faz ideia de como pedir uma janta (ou pra ser jantade, vai do gosto pessoal de cada um).
Zoeira a parte esse guia é pra você que tem dificuldade pra lidar com ships e romances nos grupos, quer seja por vergonha de chegar no coleguinha pra pedir um plot romântico, quer seja porque não sabe mesmo pra onde ir depois do encontro ou depois daquele smutzinho gostoso. Ou até mesmo pra aprender a conciliar o relacionamento com os outros players fora do ship (sim, tem gente fica fechado no ship porque realmente não sabe o que fazer depois que o ship acontece). Está no Keep Reading/Continue Lendo, separado por capítulos pra ficar mais fácil a leitura.
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Capítulo 1 - "Será que Tô de Crush?" (Identificando o personagem)
Tenha em mente que, por mais que você queira, seu personagem não precisa de forma alguma de um ship para conseguir se desenvolver, e que, a qualquer momento, você pode sempre apelar para um NPC caso o outro player rejeite os plots sugeridos ou se os personagens de vocês não tiverem química alguma. Não há nada de errado nisso, e, algumas vezes, dependendo da complexidade ou da toxicidade envolvida no plot, talvez seja melhor fazer com um NPC. Se você realmente acredita que precisa de um romance para tornar seu personagem interessante, recomendo procurar as obras de Robert McKee sobre roteiros e construção de personagens ou estudar mais sobre o assunto antes de se arriscar com um ship. Há muito o que fazer em um grupo que não requer um ship IC. Se você está procurando um interesse amoroso apenas por uma questão de romance, você está jogando errado.
A melhor e mais natural maneira de procurar potenciais parceiros românticos de RP é apenas fazer seu RP como faria normalmente, foque nos aspectos de construção do seu personagem. Além disso, se esforce para conhecer os outros bonecos do jogo, isso significa mostrar interesse nos personagens no rp além do seu próprio umbigo, ler os abouts ou bios ou mesmo prestar atenção no que está sendo jogado na dash, caso as interações já tenham aberto, porque as interações podem te dizer quem aquela pessoa fictícia é além do que está na ficha ou about do boneco.
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1.1 - Flerte
Ok, você já está focade em desenvolver seu boneco. Está feliz com isso e acha que agora é o momento ideal para arrumar um pézinho quente fictício para fazer esquentar pé fictício do seu char, né. Afinal, nas palavras de John Seinbeck: "Um sujeito pode ficar louco se não tiver alguém". O flerte vai depender muito da personalidade do seu personagem, porque é o seu trabalho como o vassalo delu pensar e executar como elu flertaria nas situações do rpg. Exemplo, quando faço personagens trambiqueiros, como a Dominique (Legacies) ou o Diego Lopez (SOA rp/This our world rp/Glee rp), geralmente, apelo pras cantadas de pedreiro, porque, além de serem condizentes com a personalidade deles, por pior que sejam, elas arrancam umas risadinhas e quebram o gelo da primeira interação. Quando são personagens mais introvertidos, como o Beau (Legacies) ou o Hadrian (Vendetta 2), não dá pra ir nessa tática, porque a personalidades deles não permite esse tipo de coisa, com eles, a ideia era ser o mais desajeitado ou o mais esquisito possível, porque é algo que se encaixa neles. A dica aqui é: pense no que vai funcionar melhor com cada boneco.
Além disso, preciso fazer aqui uma observação sobre limites: se uma pessoa disser “não”, respeite-a e se você se sentir desconfortável, avise. Se seu partner disser "não quero mais”, seja IC ou OOC, você obedece. Não é Não, não interessa se já havia sido plotado antes, não interessa se antes a pessoa ou você se sentiam confortável, mas na hora que o plot for executado, uma das partes desistiu. Não é o seu lugar argumentar e tentar fazer esse não virar sim, apenas pare e peça desculpas. Assédio IC ainda é assédio.
Mas tenha cuidado, flertar agressivamente com todas as pessoas, ao ponto de ser inconveniente é uma gafe, além de ser algo que pode lhe causar problema com a moderação. Isso não apenas permite que as pessoas com quem você está flertando pensem que você não se importa com elas (afinal, qualquer personagem serve), mas também faz você parecer desesperade. Pessoas que agem dessa maneira, desesperado por relacionamentos IC, acabam assustando os outros no OOC também. Agir sendo une tarade no cio vai afastar alguém realmente disposto a fazer ship com você. Por outro lado, se alguém está agindo assim na dash, não custa nada você chegar na dm e avisar, porque, muitas vezes, a pessoa nem tem noção de que passou dos limites, só acha que está fazendo um personagem "pegador" quando na verdade, é só mais um vilãozinho da malhação que não sabe a hora de parar.
Capítulo 2 - "Olá Quer TC?" (Convidando o coleguinha pra plotar)
Antes de tudo: Qualquer que seja a forma escolhida, seja sempre educado e saiba se comunicar de maneira honesta, direta e clara. A maior parte dos problemas que acontecem em rpg é justamente pela falta de honestidade e de comunicação, certifique-se de que você e o outro player tenham sempre um canal aberto de comunicação e que vocês não vão ficar pisando em ovos. Saiba que a rejeição é sempre uma possibilidade, e como você lida com ela é que revela se você é um mimadinho bosta que nem o Elon Musk ou uma pessoa bacana com a qual todo mundo vai querer jogar. Mostre interesse pelo personagem do outro, porque a questão não é apenas IC, é OOC também, e nada conquista mais um player do que ouvir "nossa, eu curti tanto seu personagem." junto com você mostrando que realmente leu a bio/about. Não seja um pervertide, que só fala de sexo, nem prometa um romance épico e slow burn, se você sabe que você vai não manter, e nem aceite um relacionamento aberto, se você sabe que vai ficar com ciúmes. O que quero dizer é Não Faça Promessas Que Você Não Pretende Ou Sabe Que Não Vai Cumprir.
Mas ok, você já encontrou um personagem, flertaram, rolou uma química e agora? Bom, agora você tem que chegar no cremoso/cremosa/cremose e chamar pra uma boa e velha safadagem. Como fazer isso?
Tem a abordagem mais clara e direta. Manda um DM, e fala "ow bora plotar uma safadagem entre os nossos chars?" Você deve estar pensando "NOSSA MAS É O CAPITÃO ÓBVIO DE NOVO", mas galera, na moral, é simples assim mesmo. A gente demora a abordar porque incutiram na cabeça da gente de que é melhor esperar alguém vir atrás, só que se todo mundo ficar esperando o outre tomar a iniciativa, vamos ficar todos eternamente jantando sozinho.
Mas se essa não for a sua vibe, você pode sempre chegar na maneira que chamo de "peidar e sair", que é escrever num bloco de notas algo do tipo "oi, gostei do seu personagem, quer plotar alguma coisa romântica?", copiar a mensagem, colar na dm, mandar e sair antes da ansiedade falar alguma coisa. Com esse jeito, que é como tirar um band-aid, a "vergonha" de entrar em contato pra perguntar esse tipo de coisa nem dá tempo de chegar.
Se você quer uma coisa diferente, uma abordagem que nunca falha, é a tática do "Tiozão do Pavê", que é basicamente fazer uma piada daquelas bem bosta (falei "piada bosta" e não "piada que ofende 346854 mil minorias"). É sério, nada ajuda mais a quebrar o gelo do que uma piada ruim ou meme tosco (menos pepe the frog, coisas que nasceram da extrema direita ou do 4chan, ou que podem ser considerados abuso sexual), porque a piada ruim já tira do meio aquele momento chato e desconfortável do primeiro encontro.
Se essa também não é a sua, seja cara de pau e responda um starter do aspirante a ser amado ficcional ou manda um starter fechado. Porque as vezes é melhor você já chegar na voadora nas interações e ver logo se nada ou afunda. Pelo amor de deus, não faça/responda um starter envolvendo logo uma cena sensual ou de sexo logo se cara, tenha o mínimo de noção.
Agora, se essa pessoa disser: "sei lá, acho que não seria legal pro meu personagem" ou algo assim, é seu trabalho recuar gentilmente e voltar a ser como era o seu jogo antes. Você nunca deve forçar o outro player em um ship com você, o outro player tem todo o direito de dizer "hoje não, parça" pra você e tudo bem, faz parte do jogo e da vida lidar com rejeição. A culpa não é de ninguém, só que as vezes a pessoa não está afim. Nesses casos, você só larga pra lá e tenta outra pessoa. Nunca se esqueça que existem outros tipos de conexão sem ser de ship e que você vai ter que lidar com aquele player eventualmente (porque a tag é um ovo de codorna. Todo mundo aqui já jogou com todo mundo). Um "Não" não quer dizer que seu boneco vai morrer sozinho, os sentimentos mudam com o tempo, mesmo em rpgs que acabaram de abrir, tenha paciência e faça seu jogo. Exigir que alguém do rp tenha um romance/ship com o seu boneco, além de nojento e assustador, é um abuso e passível de exclusão de qualquer rpg (E a moderação tem todo o direito de te expulsar do grupo por ser um abusador).
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Capítulo 3 - "Bora Jantar?" (Desenvolvendo o Romance)
Então, deu tudo o certo, e o outro player quer fazer ship com você. PARABÉNS, VOCÊ PASSOU PELA PARTE MAIS DIFÍCIL! Mas não quer dizer que seus problemas acabaram. O "Sim" da pessoa amada fictícia e de seu vassalo (player) não lhe dá licença poética pra meter qualquer ideia romântica que você queira. Seu parceiro não é plot device ou um acessório com o qual você pode flertar quando bem entender ou meter-lhe um chupão imaginário na Dash/TL pra todo mundo ver. Há um ser humano por trás desse personagem e dessa tela, por isso, mais uma vez, pergunte para elu se tudo bem fazer isso pra evitar confusões futuras.
Quanto ao desenvolvimento do ship, O romance entre os personagens é um ótimo para criar um enredo e engajamento, mas não levar o ship com a seriedade necessária, pode fazer com que, além de você desperdiçar o plot, você ainda machuque o player com que você está nessa.
Tenha em mente que relacionamento tem que ter conflitos. Nenhum casal vai ser perfeito todos os dias da vida. Ser o Casal Perfeito costuma ser um arquétipo chato de trabalhar e fica cansativo com o tempo também pra quem está vendo na TL/Dash. Lembrem-se de que é necessário dosar tanto as coisas boas quanto os dissabores, porque até se só acontecer merda na vida dos personagens, acaba sendo chato pra quem está fazendo, porque você sempre tem que ficar procurando coisas novas pra fazer, e chato pra quem tá lendo porque só acontece desgraça na vida daquelas pessoas.
Vocês devem considerar os sentimentos de ambas as partes e o que é orgânico para os personagens, porque nem sempre o que a gente quer fazer e o que o personagem pede estão de acordo. Saiba ouvir o boneco primeiro antes de sair plotando. Entenda que rpg é mutável, é um negócio que está sempre mudando, e pode e vai acontecer de algum de vocês dois querer mudar de ship ou querer conhecer outros personagens. Avise sempre ao seu ship partner se você quiser encerrar o ship ou se planeja algum tipo de traição, não é pq na vida real que o corno é o último a saber que tem que ser do mesmo jeito com seu parceiro de rpg.
Além disso, o plot central do rpg vem na frente do ship. O romance ocupa uma segunda posição quando se trata do plot central porque é o plot central que rege a vida de todos os personagens do rpg, e seu boneco não é especial e imune a isso.
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Capítulo 4 - Smutar ou Não Smutar, Eis a Questão...
Está dando tudo certo, seu ship partner é linde, maravilhose, com cheirinho de lavanda, e chegou no momento da cachorrada e safadagem entre os bonecos.
Antes de mais nada, precisamos falar sobre Cybering. O Cybering é a interpretação pornográfica e explícita do sexo que vale tanto para smut escrito ou para quando você instala mods de safadagem pra ver seus sims cometendo sins. Com o FOSTA/SESTA (lei americana contra o tráfico sexual online), as plataformas de rede social estão pegando bem pesado com esse tipo de conteúdo, uma vez que as empresas podem ser juridicamente penalizadas, em especial se envolver menores. Não sei qual é a política do Twitter quanto a isso, mas no Tumblr e no Discord, smut ou textos identificados como "erotica" podem ser postados sem problema, desde que com as devidas marcações como material adulto ou "Keep Reading". Por conta disso, cheque sempre a política de material adulto quando for jogar em alguma plataforma nova. Como minha mãe diz, até você provar que focinho de porco não é tomada, você já passou muita raiva.
Com isso em mente, não há problema algum em querer deixar no headcanon (HC) o smut. Tem gente que simplesmente não sente confortável smutando e tá tudo bem, eu entendo. O que não está tudo bem é você se sentir desconfortável com isso, e se forçar a escrever porque quer agradar o seu parceiro que gosta de smutar. Nunca faça isso. Comunique para elu sobre seu desconforto. Rpg é um hobby que exige comunicação, tem que ser legal pra todo mundo, você nunca deve aceitar esse tipo de coisa e se seu parceiro forçar, talvez seja melhor sair desse ship. Não vale a pena colocar sua saúde mental em risco por causa de um faz de conta.
Em resumo, a regra é clara: Combinado não sai caro. O consentimento é sempre, sempre, importante. Sempre pergunte ao seu partner os limites. Também vale a pena notar: plots envolvendo estupro e abuso, mesmo que consentido por ambas partes, além de preguiçoso, e banido na maioria das comunidades da tag br do tumblr.
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Capítulo 5 - "Sentimentos são..." (Separando IC do OOC)
Este é o maior erro que pode acontecer com relação a ships. Muitos atores costumam dizer que o corpo e cérebro não sabem diferenciar atuação de uma situação real, o que explica o porque de muitos players terem dificuldade de separar o IC do OOC. Por conta disso, fingir que está apaixonado por alguém pode levar a um aumento rápido na intimidade emocional entre duas pessoas. Afinal, seu parceiro de ship é alguém com quem você passará muito tempo jogando. Passar muito tempo juntos nessas situações românticas pode fazer você pensar que está apaixonado por essa pessoa. Sempre tente manter uma distância emocional saudável. 
Por isso também que as moderações reforçam tanto para players de personagens que estão em relacionamentos amorosos não se fechem em bubbling rp (se fechar em responder só o ship partner). Interagir com os outros membros do RPG ajuda a manter essa distância, além de abrir mais possibilidades de plots para seu personagem.
Acima de tudo, Não Comece Um Ship na Esperança de Evoluir Para Um Romance Real ou Para Compensar Sua Vida Amorosa OOC. Quando eu digo aqui "Sai do computador e vai fazer carinho em um doguinho" é por causa disso, esse movimento de sair um pouco do online é bom pra manter uma distância emocional do rpg e pra saber separar melhor o que é real e o que é ficção. 
Isso também se aplica a coisas como términos de relacionamentos IC. É normal que seu personagem fique triste ou chateado por terminar o relacionamento. No entanto, se você se sentir triste ou com raiva na vida real e se sentir hostil em relação ao seu ex-ship partner talvez seja hora de sair um pouco do tumblr. Rpg não é a vida real. Só porque alguém queria terminar o relacionamento no rp não significa que a pessoa te odeie ou odeie jogar com você. Você não deve reagir a um rompimento de faz de conta da mesma forma que reagiria a um rompimento na vida real.
Embora seu parceiro de ship seja une amigue ou tenha se tornado une amigue, assim como você, elu é apenas alguém que aplicou pra jogar um joguinho pra se distrair. Ninguém em sã consciência entra em um rpg pra arrumar um namoro real. Respeite o espaço e a privacidade de todos, em especial, do seu parceiro de ship.
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Capítulo 6 - Estou Em Um Relacionamento, E Agora?
AEEEEE, você está num relacionamento! Bom pra você!
É importante observar que as seções acima mencionam discussões com pessoas que já estão em ships IC, foi falado sobre interações com os outros personagem do grupo. 
Quando os personagens fazem parte de um plot romântico, há uma tentação enorme em se fechar apenas para responder o ship partner. Por mais que sua intenção seja para estabelecer uma sensação de privacidade ou intimidade entre os bonecos de forma mais rápida, é muito chato pro resto do grupo quando isso acontece. Os outros players também tem a tendência a isolar os ships, por medo de causar ciúmes ou simplesmente porque acha que está interrompendo algo. A dinâmica do grupo e a sensação de controle logo podem parecer desequilibradas tanto para quem está em um ship quanto para que está de fora.
É para isso que interessante as regras contra bubbling e panelinha. É importante que os ships interajam com os outros personagens do grupo, até para saúde mental dos players, já que esses relacionamentos fora do casal deve servir como uma espécie de âncora para ajudar a separar IC do OOC. É importante que todas as partes do rpg tentem interagir.
Conclusão
Parabéns se você chegou até aqui!
Não sou um mestre em escrever ships na tag br, mas essas são coisas que observei ao longo dos anos pesquisei para produzir esse guia. A maior do que foi dito aqui é para ajudá-lo a separar o IC do OOC e a como conseguir aquela jantinha marota. Espero que te ajude a sair do 0 x 0. Obrigado por ter chegado até o final e boa sorte na jogatina.
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considerandos · 4 months
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Sexo Bolchevista
Muito para além do escândalo e do romance rosa, cor com que por vezes o pintam, O Amante de Lady Chatterley, clássico escrito por D.H. Lawrence, no final da década de vinte do mesmo século, revela uma forte crítica social, própria de uma época de profundas transformações e de experimentalismo político, artístico e literário.
É um mundo em crise, e muito particularmente uma Inglaterra decadente e suja, do final da revolução industrial, que Lawrence satiriza, através de uma relação escandalosa e sensual, que provoca o leitor seu contemporâneo, muito mais pela diferença de estatuto social dos amantes, do que pelo adultério, propriamente dito, por mais descritivo e erótico que pudesse parecer às moralidades hipócritas e púdicas de então, como às de agora.
Há apenas uma concessão que me intriga, no contexto da ousadia geral da obra, a ideia de fazer de Lady Chatterley uma burguesa, que ascende à aristocracia pelo casamento, e de Mellors, um guarda de caça que regressa às origens, após ter ascendido à classe média no exército, chegando a exercer o posto de tenente, na Índia.
Sob o ponto de vista da crítica social pura, seria bem mais provocador fazer uma aristocrata de sangue ceder às tentações sensuais de um vulgar rústico ou proletário. Mas Lawrence terá talvez pensado que seria esticar demasiado a corda, que esta relação já seria suficientemente escandalosa para a mentalidade da época e que, afastando ainda mais as origens sociais do casal, tornaria a paixão inverosímil. No entanto, eu atrevo-me a referir que não foi pelas lindas histórias da Índia colonial de Mellors que Lady Chatterley se apaixonou, mas sim pela enorme satisfação sexual que encontrou na sua cama e que não encontrou, não apenas no marido, entrevado de guerra, como nos seus amigos aristocratas ou burgueses, como Michaelis. Por isso tanto podia ser tenente como soldado raso...
Mas também é possível que a intenção de Lawrence fosse outra, a de exaltar uma classe média emergente, de gente que sobe e desce na rígida estrutura social britânica (ele próprio era um híbrido, filho de mineiro que ascendeu ao magistério) sem que isso defina verdadeiramente a sua condição. Uma crítica à aristocracia decrépita e vazia, por oposição a uma classe média que cresce e ganha importância na sociedade britânica, fruto dos seus méritos próprios e apesar dos preconceitos vigentes.
Na verdade, há todo um sentimento revolucionário subjacente à obra, que passa pelo nome de bolchevismo, na boca dos seus personagens, um termo muito em voga na época, em que decorria ainda a guerra civil na Rússia. Mas este bolchevismo de Lawrence não remete diretamente para Lenine e para os seus partidários, para a luta entre brancos e vermelhos ou para a sovietização progressiva da Rússia, num momento em que a vitória dos vermelhos já parecia perfeitamente previsível. Aponta muito mais para a necessidade de ruptura na ordem social vigente, para a decadência do modelo capitalista tradicional, que Lawrence critica exaustivamente. Desde o mais anónimo mineiro até ao Príncipe de Gales, todos vivem para ganhar e gastar dinheiro, modelo vazio de princípios, que ele quer substituir por um novo, social e humanista, que, provocante ou inocentemente, baseia no amor e no sexo.
Os tempos eram de mudança, entre bolchevistas e fascistas, o mundo virava a página da revolução industrial e abria as portas ao desconhecido, que Mellors, num pressentimento acertado, temia ser terrivel. Lawrence não chegou a viver o terror do nazismo, do estalinismo e da segunda guerra mundial, pois morreu tuberculoso, em 1930, apenas com 44 anos de idade. Mas o fantasma da destruição, de uma sociedade à beira do abismo, está bem patente na obra, demonstrando que o mal estava latente nos anos vinte e que profundas e violentas mudanças sociais se anunciavam.
A tentação e, sobretudo, a satisfação sexual, servem aqui de metáfora para a demolição dos preconceitos que amarram uma ordem social decadente e vazia. É preciso confrontar a sociedade caduca com os seus medos, para que se desmorone sozinha.
Um século depois, desprovida do erotismo e escândalo social, que tanto chocou os seus contemporâneos, talvez propositadamente, porque na altura, como agora, o sexo vende, fica a crítica social, pertinente, perspicaz e, até certo ponto, visionária da obra de Lawrence.
Pontuada, é certo, com algumas notas de inocência, que só lhe acentuam o charme e tornam o livro, ainda e sempre, um prazer para o leitor.
4 de Junho de 2014
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george-df · 9 months
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Clássico da literatura, é um romance do escritor contemporâneo Arthur Hailey, lançado em 1968. Narra a seqüência de eventos ocorridos numa tumultuada noite num aeroporto estadunidense, que operava com dificuldades devido a uma forte tempestade de inverno. Siga o link. http://www.portodacompra.com.br/01797.html
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beu-ytr · 9 months
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Resenha de "Primeiro eu tive que morrer" de Lorena Portela
*alguns spoilers, editado
Primeiro eu tive que morrer é um romance contemporâneo cheio de graça, conta a história de uma jovem publicitária que, pra se afastar dos problemas relacionados ao trabalho (na verdade, o excesso dele) viaja para Jericoacoara, no Ceará, pra relaxar a cabeça.
Esse livro tem um quê de verão, que bateu certinho com o lugar que eu sem querer escolhi pra ler ele, a praia
Ler ele na praia movimentada de Jauá enquanto lia as descrições feitas pela autora realmente foi uma experiência formidável kkkkkk me senti meio que na história sabe
E falando em história, até que eu curti um pouquinho. A primeira metade do livro tem uma pegada bem filmezinho mesmo, bem soft. Inclusive acho que esse enredo daria um bom filme coming of age sabe?
Os personagens, embora não muito bem construídos em questão de personalidade e etc (a autora simplesmente os descreve com um monte de adjetivos bons e só) são muito simpáticos a um nível que chega a ser suspeito
Digo isso porque, ao meu ver, na história só quem não bate bem da cabeça é a própria protagonista, porque todos ao redor dela são praticamente perfeitos
Todos com sorriso no rosto 24hrs por dia e todos muito camaradeiros independente de qualquer circunstância. Eu sinceramente comecei a suspeitar disso a um certo ponto mas não tinha nada de errado, ele só eram incrivelmente legais mesmo
Enfim voltando a parte importante, o climáx do livro. Que rola faltando uns dois ou três capítulos pra acabar, foi um pouco repentino e tenso e um pouco confuso também.
Algumas coisas acho que passaram pela minha cabeça e eu não entendi direito sei lá, vou ler denovo depois
A respeito do desfecho, acho que ficou meio acelerado sei lá, quando terminou eu fiquei an? Já acabou? e a febre? e o coisa? An?
Acho que o final não faz justiça a profundidade que o livro se propôs a criar, ficou muito batido e clichê não gostei muito
Vi também no Scoob alguns comentários a respeito dos diálogos, vi gente dizendo que eram irreais e meio, desculpe o linguajar, cringe
E devo admitir que pensei isso também, especialmente na carta que a protagonista escreveu se desculpando pra Gloria no final, achei pá mas também não chegou a me incomodar
Na verdade esse livro não é um livro, é um estado mental, literalmente. Pra curtir ele, tem que se imergir nele, esquecer o resto apagar as inibições e ir
Até porque a mensagem que ele passa (que pra mim é o mais importante) é muito inspiradora, e muito bonita também. E ler ele hoje melhorou muitíssimo meu humor então esse detalhe dos diálogos toscos não me incomodou muito não mas eu entendo o porquê dele ter incomodado algumas pessoas
Enfim, esse livro é uma gracinha mesmo, como eu disse ele é fácil de ler, uma escrita simples que tenta ser um pouco filosófica mas ainda sim simples, espaço moderno, citações de músicas (citou Florence + The Machine e eu amei isso), um monólogo bem foda no final e de quebra um romance ligeiro, meio confuso mas mesmo assim cativante
Esse livro é o tipo exato de livro que se lê em viagens, seja de carro avião sei lá. É curtinho, praiano, profundo até certo ponto e bem estruturado digamos assim
Ótimo romance, ótima autora, quem diacho é Amália?, ótimo casal, ótimo Ceará, quero visitar agora
Obrigado pela atenção e até a próxima ;)
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manuxstudies · 1 year
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⊹ 𝗟𝗼𝗿𝗲 𝗢𝗹𝘆𝗺𝗽𝘂𝘀 𝗜 𝗱𝗲 𝗥𝗮𝗰𝗵𝗲𝗹 𝗦𝗺𝘆𝘁𝗵𝗲 ⊹
Páginas: 384
Gênero: Romance, mitologia
Avaliação: ★★★★★
"Mesmo que, por um milagre, ela pensasse em mim... O Submundo não é lugar para uma deusa como ela".
Perséfone foi criada no mundo mortal por sua mãe superprotetora, Deméter, e pela primeira vez tem a chance de visitar o olimpo. Por conta de um mal-entendido quando estava em uma festa com sua amiga Ártemis, a deusa acaba indo parar desacordada no carro de Hades que só percebe sua presença em seu banco de trás quando chega em casa.
Os dois conversam e se conhecem um pouco, mas apesar de ter se sentido fortemente atraído pela mulher, Hades faz o máximo que pode para se afastar, entretanto com a atração e a curiosidade crescente entre os dois, se manter longe de Perséfone se torna cada ver mais difícil.
Lore Olympus me pegou de surpresa e totalmente desprevenida. Ainda que a autora já tivesse avisado que era uma releitura descontruída do mito de Perséfone e Hades, eu esperava algo mais semelhante à antiguidade clássica do jeito que normalmente vemos sendo retratados em livros e filmes. Mas o que a autora apresentou foi uma graphic novel com elementos contemporâneos, onde podemos ver os deuses interagindo como mortais, usando celulares, trabalhando e não apenas existindo como divindades, tudo isso e ainda trazendo de forma bem colocada os aspectos clássicos da mitologia, cultura e civilização grega.
Esse primeiro volume trouxe os primeiros vinte e cinco capítulos originalmente postados no Webtoon e tem um foco maior na introdução dos personagens e da história. Por isso o casal não tem muitas interações, mas as que tem são muito fofas e engraçadas. Perséfone é uma mulher gentil e adorável, que faz amigos facilmente, já Hades se mostra ser mais frio e reservado, mas ainda muito educado e amigável. Mesmo que muito diferentes, Hades e Perséfone têm personalidades um pouco parecidas e uma química incrivelmente boa.
Rachel Smythe trouxe desenhos lindos com traços delicados e muito bem trabalhados assim como o enquadramento e a disposição das ilustrações. E a forma como as cores foram distribuídas entre os personagens de acordo com suas personalidades e funções me encantou de uma forma que não sei descrever.
A autora abordou também assuntos sérios como abuso sexual, violência física e moral e relações tóxicas de uma forma delicada e realista, não representadas explicitamente, mas ainda sensível. Então atenção aos avisos de gatilhos dados pela autora!
Lore Olympus foi uma leitura muito fofa, gostosa, fluida, divertida e com personagens cativantes. Seu único defeito é terminar tão rápido. Eu amei essa leitura e quero ler o próximo volume o mais rápido o possível!
Fica aqui essa indicação para quem gosta de mitologia grega, slow burn e romances fofos!
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emmieedwards · 1 year
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Resenha: Para Sir, Com Amor, de Lauren Layne
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Livro: Para Sir, Com Amor Volume Único Autora: Lauren Layne Gênero: Romance Contemporâneo Ano de Publicação: 2021 Editora: Paralela Páginas: 286 Classificação: +16
Sim, sim, eu peguei este livro por causa da música da Lulu e eu realmente tenho que dizer que não estou desapontada, já que - assim como a música - se tornou um favorito e deixou um sentimento caloroso em meu coração.
Gracie Cooper é romântica da maneira mais literal possível. Romântica tipo "procurando O cara". Romântica do tipo "a vida é um conto de fadas". Mas não há nenhum tipo de romance real em sua vida ultimamente. Como filha do meio, Gracie sempre foi aquela que resolve problemas e conflitos. Então, quando seu pai morre e deixa uma loja de champanhe para que seus filhos continuem o legado familiar, é ela quem assume a responsabilidade sozinha. Ela desistiu de estudar arte no exterior para dirigir o negócio enquanto seus irmãos viviam suas vidas. Mas mesmo que ela tenha tentado tornar a loja mais lucrativa, as coisas não está indo muito bem. Focada apenas em como resolver este problema, a vida amorosa de Gracie é quase inexistente. Quase. Há um cara que ela "conheceu" em um aplicativo de namoro, mas não sabe seu nome verdadeiro ou sua aparência. Ele atende por "Sir" enquanto ela é simplesmente "Lady" e eles vêm trocando mensagens há algum tempo. Acontece que "Sir" tem uma namorada e acabou neste aplicativo porque um amigo criou o perfil dele. Mesmo com os obstáculos, Gracie está se apaixonando por ele e ela sabe disso. Ela nunca se conectou com alguém como com ele. Ela sabe que ele pode ser O cara. É por isso que quando vê Sebastian Andrews pela primeira vez na rua, ela fica confusa. O que Gracie sentiu quando o viu foi muito próximo do que ela esperava sentir quando encontrasse O cara. Só que esse "cara" está oferecendo a ela uma boa quantia de dinheiro para arruinar o legado da família que ela tanto lutou para preservar.
Ela nunca desgostou de alguém como desgosta dele. “Para Sir, com Amor” é um romance apaixonante que mantém você desejando que o casal fique junto desde o primeiro momento. Mostra também a importância de viver para si e para os seus sonhos e que isso não é egoísmo. A escrita de Layne é tão engraçada e descontraída, faz você querer desesperadamente se apaixonar e realmente acreditar em relacionamentos sinceros e significativos, mesmo quando o mundo está se tornando tão ... impessoal. Eu me apaixonei por cada um dos personagens deste livro, sua personalidade, seu estilo, tudo ... Tentei saborear cada capítulo lentamente, mas cheguei ao ponto que tive que sentar e continuar até o fim. Agora estou feliz porque foi uma leitura maravilhosa. E também estou triste porque já estou com saudades deles. Foi meu primeiro contato com algo de Layne, mas tenho certeza que não será o último. "Para Sir, com Amor" foi lançado no Brasil pela Editora Paralela com a capa abaixo:
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NOTA: 🌟🌟🌟🌟🌟 - 5/5 + 💖
E vocês? Já leram algo da autora? Contem nos comentários.
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*resenha escrita e publicada originalmente no instagram em 2021*
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bloomserpent · 2 years
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frustratorio · 2 years
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Você precisa planejar seu livro antes de escrever ele?
Hoje, eu sou uma grande fã de planejar as histórias que eu escrevo. Mas no meu passado de fanfiqueira (oh no), eu tinha o hábito de só começar a escrever e ver onde ia parar. E, particularmente, não acho que era muito profissional da minha parte ou dava bons resultados. A vergonha que eu sinto de reler algumas fanfics que eu escrevi é enorme (e acredito que tirei todas elas da internet).
Agora, eu entendo que tem autores que não são muito fãs de planejar suas histórias e respeito muito quem consegue fazer isso e tem um bom resultado final. Porém, na minha experiência, quanto mais eu me planejo menos eu sofro depois na hora de escrever o primeiro rascunho. E menos erros e furos na história eu encontro quando vou corrigir o primeiro rascunho. O que significa que, pra mim, a terceira versão do texto costuma ser a versão final (um passo enorme dos meus anos no Nyah!, onde eu escrevia e postava sem corrigir nada kkkkkkk).
O que precisa planejar depende muito de cada autor e do tipo de história que se está escrevendo. Um romance contemporâneo talvez só precise de ficha de personagens e enredo principal, enquanto um romance de época definitivamente precisa de uma pesquisada básica sobre a época que se está escrevendo. Distopias, Ficção Científica e Fantasia precisam de world building.
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Eu estava planejando uma história, até ficar em dúvida em que gênero a pôr. Ela se passa em um país fictício e lembra um pouco a época colonial, porém não é. Não é de fantasia, e nem se encaixa em romance (que é o foco) de época. Eu me baseei na idade média e moderna, misturei alguns aspectos que se encaixavam melhor nela, mas agora não sei como a classificar. Seria romance de época? Eu creio que não porque não se encaixa em nenhum período. Fantasia, obviamente também não, já que não tem elementos mágicos.
Eu deveria classificar simplesmente como romance?
Fica aí dúvida. Se puderem me ajudar seria muito útil, já que um dos motivos para o hiatus na história foi esse.
Oii, tudo bem? Eu encaixaria em romance de época, porque não é nada contemporâneo. Entretanto, uma história pode ter mais de um gênero. Assim, ela poderia ser também considerada como fantasia ou somente romance.
Veja a definição de fantasia da Wikipedia:
"A literatura de fantasia é a literatura ambientada em um universo imaginário, muitas vezes, mas nem sempre, sem locais, eventos ou pessoas do mundo real. A magia, as criaturas sobrenaturais e mágicas são comuns em muitos desses mundos imaginários."
Dessa forma, eu tentaria descobrir o gênero principal da sua história. Se ela gira em torno de romance, seria um romance romântico. Em torno de aventura? Uma fantasia. Foca em conceitos de ambientação? Então, de época. Descubra o foco da sua história e depois fina seu gênero.
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renataescreve · 2 years
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MINHA JORNADA NA ESCRITA (JÁ FAZ 5 ANOS!) ✨
Era março de 2017, levantei da cama em uma noite qualquer e decidi que iria escrever um livro. Fazia quase dois anos desde o falecimento da minha mãe, e eu lidava com os primeiros sinais de depressão e estava buscando uma forma de "lutar" contra eles, de não enlouquecer. Inspirada pela protagonista de um dos livros que li na adolescência, quis tentar fazer algo artístico para lidar com os sentimentos. Primeiro, tentei aprender a pintar, mas não tinha recursos para comprar material, como gostava muito de ler e assistir séries de advogados, resolvi escrever uma história de romance com um casal de advogados e postar no Wattpad.
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Escolhi os nomes dos personagens em homenagem a outros personagens, atrizes e atores que eu amava! Dorian (Como Dorian Havilliard, de Trono de Vidro), Rebecca (Como a Rebecca Mader) e outros. Logicamente, o protagonismo era de pessoas brancas e tinha um único personagem negro (como quase tudo que eu consumia na época), era ambientado em Nova York, séries como How To Get Away with Murder, Drop Dead Diva e Suits eram o combustível da minha imaginação e de onde saíram todas as minhas referências de ambientação, “conhecimento” (vamos chamar assim) em leis, tribunal e toda a parte jurídica. As minhas referências literárias eram os livros de romance contemporâneo independentes da Amazon, como as histórias da Juliana Dantas, que eu amava acompanhar, assim como os livros da Colleen Hoover e Brittany Cherry.
Não preciso nem dizer que NÃO FAZIA A MENOR IDEIA DO QUE ESTAVA FAZENDO! Não sabia desenvolver personagens, nem que precisava fazer pesquisas, ou definir o tempo verbal, ou fazer mais pesquisas, não sabia organizar os acontecimentos, ou sequer alinhar para que  as coisas fizessem sentido, isso sem falar que eu achava que o livro precisava sair perfeito de primeira, pois não conhecia os processos de pós-escrita como edição, preparação e revisão. Sentia como se estivesse falhando toda vez que relia e encontrava erros gramaticais ou furos na história. 
“C4” (como o meu primeiro livro foi carinhosamente apelidado) não funcionava. Eu não sabia escrever personagens adultos, nem uma história que se passasse em outro país, sempre encontrava vários defeitos no enredo, principalmente quando começava a comparar com os romances que estavam na Amazon. Foi aí que, em dezembro de 2017, retirei ele do Wattpad e comecei a reescrever no papel. Ah! Detalhe: eu não tinha computador, então escrevia no meu celular antigo e em bloquinhos de papel! Dei uma pausa na reescrita da história porque não estava fluindo, foi quando ao ouvir a música "Shape of you" do Ed Sheeran pela primeira vez, tive a ideia para um conto, que escrevi em quatro dias durante as férias. E em janeiro de 2018, publiquei um capítulo por dia no Wattpad. Eu mesma fiz capa, aesthetics de personagens e divulgava no meu Instagram literário e em perfis de possíveis leitores no Wattpad, também inscrevi a história em concursos na própria plataforma.
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Fui desencorajada por alguns colegas próximos, que gostavam de reafirmar como outras escritoras terminavam livros mais rápido do que eu, como tinham mais leitores e tinham conquistado as coisas mais rápido. Isso me frustrava bastante, porque por mais que eu tentasse escrever todos os dias, conciliar escrita com outras coisas como fazer a capa, divulgar, cuidar da casa, escola e ajudar o meu pai no trabalho, nunca alcançava o ritmo que desejava. Isso fazia com que, constantemente, eu retirasse e recolocasse a história na plataforma. 
Cheguei a postar na rede laranja muitos títulos que nunca foram sequer desenvolvidos ou que passassem de três capítulos escritos! Tais como:
“Não brinque com fogo”, 
“Vítreo - Prestes a despedaçar”, 
“Doses de amor e maços de cigarro”, 
“Eu, você e as questões sobre o Universo” (minha primeira história com protagonista negra), 
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“Treta!” (que planejei em colaboração com a Clara Caraciolo, que era uma das minhas escritoras favoritas)
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Nessa minha primeira fase no Wattpad, entre 2017 e 2018, tinha muito medo de que pessoas próximas descobrissem o que eu escrevia, então primeiro assinei como “R. Lima” e depois como “R.S. Carter” 
No segundo semestre de 2018, tinha desistido totalmente da ideia de ser escritora. Eu não achava que tinha talento, a Renata de quinze anos não entendia como as coisas funcionavam. Ela queria ser uma escritora profissional, queria ter muitos leitores, ver as pessoas acompanhando e comentando as histórias dela, fazer capas bonitas, ter livros físicos, mas não entendia todo o processo que era necessário para chegar a isso. Começou a sonhar com editoras como a Corvus, Se Liga, Seguinte e PS: Dois Pontos, mas parecia que ia ficar só no sonho mesmo.
Os meses sucederam-se, as ideias continuavam aparecendo, mas eu já não as escrevia. Apenas gostava de passar o meu tempo imaginando os personagens, as histórias, as capas e tudo o que poderia ter sido. Até que, em agosto de 2019, passei por uma situação de assédio no transporte público e o assediador era o crush de uma ex-amiga minha, mas ela não deu a mínima. Foi desse evento que surgiu “Não Conte Aos Garotos”,uma história que falava sobre assédio, relacionamento abusivo, amizade tóxica, estupro, e que foi o incidente incitante que me fez decidir trabalhar como escritora. Primeiro de tudo, Não Conte Aos Garotos atingiu 50 mil leituras no Wattpad antes mesmo de eu terminar de escrever, foi finalista do Prêmio Ecos da Literatura 2019, e graças a ele eu conheci pessoas incríveis como a Laura Machado e a Bruna Ceotto que se tornaram minhas grandes amigas! 
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Aos dezesseis anos, na mesma época em que estava escrevendo Não Conte Aos Garotos e publicando no Wattpad, resolvi tentar mais uma vez reescrever Como Conquistar o Coração de um Canalha. Eu estava trabalhando, era bolsista monitora de Língua Portuguesa e fiz os primeiros investimentos financeiros nos meus livros. Após C4 chegar a 10 mil leituras no Wattpad, travei mais uma vez no desenvolvimento da história e resolvi engavetar de vez. Mas escrever Não Conte Aos Garotos com o passar dos meses foi se tornando maçante, sem falar que era difícil demais por causa dos temas que abordava. Então, comecei a escrever a minha primeira fanfic "A Court of Light and Shadows" protagonizada por uma personagem minha no universo de Corte de Espinhos e Rosas, da Sarah J. Maas. 
O que eu mais amava em publicar no Wattpad (e ACOLAS também no Spirit) era ler os comentários, receber mensagens na DM, receber e-mails... Sentia que as minhas histórias importavam, divertiam, tinham potencial e que talvez eu pudesse ser uma contadora de histórias. Eu também era ambiciosa, pois desde o começo imaginei Não Conte Aos Garotos saindo do Wattpad, indo para Amazon, para uma editora grande e virando websérie. Queria alcançar muitas e muitas pessoas! 
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Sete meses após começar a escrever, coloquei a palavra "Fim" na história  já com um contrato de publicação tradicional fechado com a editora The Books, que entrou em contato comigo após o resultado do prêmio Ecos da Literatura, no meio da pandemia de COVID-19. 47 mil palavras escritas pelo celular, e com muito orgulho! Eu nem conseguia acreditar. 
Uma pena que nem tudo são flores. 
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A publicação nunca aconteceu, e em fevereiro de 2021 eu rescindi o meu contrato. Primeiro, assim que enviei o arquivo do livro para a editora, percebi que precisava me preparar emocionalmente para ser publicada. Agora, não precisava convencer as pessoas a lerem o meu trabalho, mas sim a comprarem ele. Segundo, sabia que ainda era muito jovem e estava começando, tinha muitas inseguranças e me pegava pensando em como poderia lidar com as críticas destrutivas. Fiz curso on-line de marketing digital no IFRS para aprender maneiras de vender o meu livro, coloquei "Colisão Estelar" e “Bebi? Liguei!” no Wattpad, enquanto ainda escrevia e postava a fanfic de Corte de Espinhos e Rosas. 
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Depois de um mês, a editora me mandou o arquivo do livro de volta. Ele havia sido revisado gramaticalmente, corrigindo pontuação, crase e concordância, mas as críticas à estrutura e desenvolvimento da história não vieram e isso me preocupava. Decidi entrar em contato com a pessoa responsável pela publicação e compartilhar com ela algumas inseguranças, como o fato de que a história se passava no Brasil, mas as personagens principais tinham nomes ingleses, se não seria possível fazer uma leitura sensível dos temas abordados e das minorias que apareciam e estavam fora da minha vivência, e a pessoa responsável (que sequer tinha lido meu livro), me disse que não precisava mudar os nomes das personagens e que seguiríamos da maneira que estava. Me sentia muito anti profissional enquanto, sentada na cama, com o arquivo do livro aberto no celular, aceitava as sugestões de revisão. Depois daquele mês, quanto mais eu relia, mais coisas que precisavam de alteração, eu encontrava. Decidi que iria reescrever, e avisei isso ao pessoal da editora.
O problema é que não sabia como reescrever. Porque não sabia como melhorar o que precisava de melhoria, eu precisava de TEMPO, e a editora estava sempre questionando o porquê da demora, me dizendo que o livro estava perfeito, mas eu não conseguia sentir orgulho dele. Tudo isso me fez entrar numa crise! Será que, na verdade, só estava me sabotando? Para o pessoal acreditar que eu estava movimentando as coisas, enquanto nem sequer sabia o que fazer com o texto, entrei em contato com a Larissa Chagas, que é simplesmente uma das minhas capistas favoritas do mundo todo e pedi que ela fizesse a capa da versão física de NCAG. 
Depois de três meses enrolando, conversei com a Laura Machado sobre achar que o meu livro precisava de uma leitura crítica. Eu amava as resenhas dela e achava que ela poderia me iluminar sobre como transformar a história. Estávamos fechadas! Ela iria editar o livro, mas o tempo estava apertado e vi que o melhor que poderia fazer era abandonar o contrato e seguir por conta própria. No mesmo mês, retirei todos os meus livros do Wattpad e quis parar para pensar, reformular, aprender e aperfeiçoar. Mas era muito mais difícil do que eu pensava! Investir na publicação do livro também demandava muito mais dinheiro do que eu ganhava. Passei meses completamente perdida, querendo desistir de tudo, começando histórias novas que nunca passavam de dois ou três capítulos, abandonando brainstormings pela metade, entrei numa pira onde sentia que precisava agradar absolutamente todos os leitores e os livros nunca pareciam ficar perfeitos ao ponto de fazer isso. Para piorar, me torturava vendo que o que eu escrevia não era exatamente o que as editoras e agência dos meus sonhos estavam publicando. 
Estava na hora de admitir que nunca realizaria o sonho de ser uma contadora de histórias, os meus livros não seriam lidos, não despertariam interesse em editoras e nem seriam adaptados. Se por um lado eu pensava assim, por outro tinham pessoas acreditando em mim, como a Bruna Ceotto, que sempre faz tudo o que está ao alcance dela para que eu não desista das minhas histórias. Ou como a Júlia Braga, que gosta de reafirmar que eu ainda vou conquistar o coração de muitos leitores. Como a Bettina Winkler e a Bibiana Pivato, que aguentam mensagens e áudios intermináveis sobre as minhas ideias.
Em 2022, tive a certeza de que não quero fazer nenhuma outra coisa senão escrever. Nunca vou desistir de contar histórias através de livros. Mesmo que hoje eu encare apenas como um hobbie, e não como uma possível profissão.
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